Introdução A Agronomia

May 14, 2024 | Author: Anonymous | Category: N/A
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SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3

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O QUE É AGRONOMIA ................................................................................... 4

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RESOLUÇÃO VERDE ................................................................................... 12

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CONCEITO DE AGRICULTURA FAMILIAR .................................................. 16

6

5.1

Máquinas e implementos para agricultura familiar .................................. 18

5.2

Operações de manejo e revolvimento do solo ........................................ 22

RECEITUÁRIO AGRONÔMICO: O QUE É? ................................................. 26 6.1

Como elaborar um receituário agronômico (recomendação de inseticidas) 28

7

REFERÊNCIAS ............................................................................................. 33

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INTRODUÇÃO

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor

e fazer

uma

pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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O QUE É AGRONOMIA

Fonte: jornalboavista.com.br

Você sabia que o Brasil é um dos maiores produtores agrícolas do mundo e que os meios para atingir esse patamar contam com o envolvimento direto da agronomia? A agricultura surgiu há milhares de anos. No princípio, o homem apenas pescava e caçava. Com o passar do tempo, a comunidade começou a perceber que alguns grãos coletados poderiam ser plantados, gerando plantas iguais às anteriores, o que deu origem ao plantio e ao manejo dessas plantas. Iniciavam-se ali as primeiras práticas agronômicas. A agricultura alterou o meio ambiente para atender às necessidades do homem. Falando sobre agricultura e agronomia, é importante compreendermos a origem dessas palavras. Agricultura é um substantivo feminino que deriva do latim, sendo que ager significa campo e cultura, enquanto colere tem o sentido de cuidar, cultivar plantas (DICIO, sd -A). O significado, portanto, é o conjunto de trabalhos 4

que transformam o meio natural para a produção de vegetais e de animais úteis ao homem. Já agronomia que se refere a um substantivo feminino com origem grega, que significa o estudo científico de problemas físicos, químicos e biológicos apresentados na prática da agricultura (DICIO, sd - B). O termo agrônomo surgiu em Atenas, em meados dos anos 1300, designando o magistrado encarregado pela administração da produção agrícola ao redor da cidade. Na Europa, por volta dos anos de 1700, surgiu nos dicionários franceses o termo “agrônomo” designando especialista que domina a agricultura, ou o que escreve sobre ela. Na mesma época, surgiram outros termos, como “agricultor físico”, aquele que estuda exclusivamente a natureza, conforme cita Almeida (2004). Na prática, o que significam esses dois termos? A agricultura corresponde às técnicas usadas pelos profissionais do campo, agricultores orientados por engenheiros agrônomos na produção dos mais diversos segmentos que a agronomia oferece. A agronomia, por sua vez é uma ciência que examina as propriedades do solo e das plantas, como forma de desenvolver a agricultura. Ela estuda as práticas de produção e cultivo da terra por meio de técnicas que se modificam continuamente, devido à revolução tecnológica, nos últimos 80 anos, a agronomia apresentou um grande avanço tecnológico, abrindo novos horizontes e proporcionando novas formas de pensar a agricultura. (RODRIGUES, 2001). Antigamente, não havia tantos recursos tecnológicos como nos dias atuais. Os profissionais precisavam cuidar de grandes áreas sem o uso de tecnologias que atualmente têm revolucionado os diversos processos agrícolas. Antigamente, os diagnósticos ocorriam por saberes populares, como a observação do movimento das nuvens e do voo dos pássaros, denominado conhecimento empírico. FREIRE (1981), afirma que as técnicas, o saber científico, assim como o procedimento empírico dos produtores se encontram condicionados históricos cultural de cada região. Acredita-se que os expressivos ganhos de produtividade de safras agrícolas e o expressivo aumento da produção em relação à área colhida em sejam devidos em grande parte aos avanços tecnológicos ocorridos no setor agrícola. Fatores 5

como o uso de produtos bioquímicos (inseticidas, fungicidas, fertilizantes) e mecânicos incluem máquinas e maquinários agrícolas (tratores e seus implementos, como arados, pulverizadores, fertilizantes, semeadores, etc.), da década de 1940 ao longo dos anos utilização de sementes híbridas e melhoradas a partir dos anos 1970. (VIEIRA FILHO, 2014). A agricultura pode ser dividida em moderna, extensiva, itinerante e orgânica, cada uma delas adequada às necessidades, às condições climáticas e aos objetivos dos produtores e consumidores finais. São elas:

1. Agricultura Moderna: Tecnologia para mais produtividade em campo, eliminando a maior parte do trabalho braçal por meio do uso de máquinas agrícolas — tratores, semeadouras, colheitadeiras, etc. 2. Agricultura extensiva: caracteriza-se por apresentar pouco ou nenhum uso de maquinário. Esse tipo de produção é de subsistência, realizado por famílias do campo, com foco no próprio consumo. Plantar, cultivar e colher são realizados manualmente, sem investimentos em sementes e adubos, como ocorre nas produções em larga escala. 3. Agricultura itinerante: agricultura mais antiga, fazendo uso do fogo para “limpar” as áreas a serem plantadas. A queima gera a destruição de árvores, animais, rios e nascentes, sendo um ponto negativo para o meio ambiente. É chamada de itinerante porque, à medida que o solo se esgota, o produtor procura outro local para plantar, repetindo a destruição. Esse modelo é responsável pelos altos índices de queimadas no Brasil e destruição de florestas. 4. Agricultura orgânica: caracteriza-se por ser sustentável e não utilizar agrotóxico, fertilizante, adubo, regulador de crescimento e sementes geneticamente modificadas. No plantio orgânico, o solo recebe tratamento diferenciado para que não se esgote, por meio de medidas preventivas, como o uso de rotação de culturas, adubação verde, composto e controle biológico de insetos e doenças.

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A agronomia moderna tem a necessidade de ser multidisciplinar, trazendo assuntos que promovam um conhecimento teórico-prático, colocando os profissionais ligados diretamente na gestão individual ou coletiva. A abordagem mais sistêmica, com dimensões ecológicas nos processos produtivos, trouxe a agroecologia, com pensamentos voltados à conservação dos recursos naturais, conforme leciona ALMEIDA (2004). Esses pensamentos trouxeram conhecimentos que permitiram uma visão mais global sobre o solo, o clima, a produção vegetal e a preocupação com o real potencial dos solos para uso agrícola. A agronomia sempre terá como desafio o aprimoramento das formas de se abordar a exploração e a conservação da natureza, com o objetivo de sustentar a população em crescimento, sem esquecer a preservação dos recursos naturais. Há muitos anos, a agricultura era nômade e tinha como objetivo atender às necessidades do grupo social. Com o crescimento da população, surgiram grupos mais complexos e organizados, transformando as formas de cultivo. Assim, os cultivos tornaram-se mais prósperos, ultrapassando questões de sobrevivência. Segundo Almeida (2004), é possível dividir a história da agricultura e da agronomia em cinco fases, para a compreensão de como as duas surgiram. Na primeira fase, a sobrevivência se dava por meio da coleta de alimentos, da caça, dos desmatamentos e das queimadas para abrir novas áreas para o cultivo primitivo. Na segunda fase, na Idade da Pedra, por volta de 7000 a 2500 a. C., surge uma agricultura mais organizada, para atender às necessidades dos nobres e do clero. Os operários da época eram escravos e servos das glebas. A terceira fase se caracterizou pelo surgimento das primeiras unidades agrícolas, em áreas cedidas pela Igreja ou por senhores feudais. Nessa época, surgiu o uso de tração animal com bois e cavalos, o que era uma tradição da Antiguidade, atingindo o ápice no século XIX. Durante o século XX, na quarta fase, a economia recebeu novas terminologias, como economia rural, surgindo, portanto, conceitos capitalistas ou socialistas. O mesmo autor cita também que o objetivo da atividade agrícola passou a ser o acúmulo de capital para amparar a economia de consumo. Ao final do século 7

XX, iniciou-se a quinta fase, caracterizada pelo surgimento de novas ideias agronômicas, transformando os pensamentos de uma agricultura familiar para outra de nível empresarial. Em relação às épocas, os pensamentos evoluíram para uma agronomia mais global, abordando as relações entre as pessoas e o ambiente. Na Europa, surgiram, nos anos 1960, estudos sobre a instabilidade estrutural dos solos, caracterizando uma nova forma de abordar temas como solo, clima, manejo dos cultivos e população de plantas. Nessa mesma época, algum dos métodos agronômicos que se destacaram foi a experimentação agrícola, a condução e observação de situações controladas e, ainda, a análise e a investigação das situações da região. (VIEIRA FILHO E SILVEIRA, 2012). Aliado a isso, surgiu um grande entendimento das relações entre os cultivos e o meio ambiente, devido aos conhecimentos adquiridos em algumas disciplinas, como pedologia, fisiologia vegetal e climatologia. A pedologia estuda os solos como se formaram, quais fatores estão atuando para que o solo se forme, qual é a sua forma, sua classificação e suas propriedades físicas, químicas e biológicas. A fisiologia estuda a nutrição, o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento dos vegetais relacionados com os fatores externos. Já a climatologia é a disciplina que trata das questões de radiação, temperatura e pressão sobre as plantas e animais. (ALMEIDA, 2004). No Brasil, a agronomia surgiu em função da pressão ao governo por parte da aristocracia agrária. Essa pressão não trazia melhorias para a população em geral, mas modificava os estudos agronômicos, moldando-os a uma nova realidade. Essa mesma nobreza iniciou um processo de declínio financeiro, pela expansão de áreas no Sudeste do país, devido ao cultivo do café e pela falta de mão de obra. Esses fatores geraram uma grande insatisfação popular devido à redução da oferta de produtos, em função da exportação de produtos e da monocultura (ROSA & LEAL, 2015). A imagem abaixo mostra o processo de formação do solo a partir das alterações das rochas devido à ação do clima, dos organismos e do relevo por um determinado tempo. 8

Fonte: sobiologia.com.br

Durante muitos anos, a agricultura usou áreas desmatadas que, em sua originalidade, eram férteis devido ao equilíbrio do ecossistema, sem a necessidade, por exemplo, de usar fertilizantes, segundo MAZOYER & ROUDART (2010). Ao longo do tempo, houve vários ciclos de cultivos, por exemplo, de pau-brasil, canade-açúcar e café. O Brasil possuía excelentes características de clima, solo e mercado e oportunizava o cultivo de milho, fumo, frutíferas e horticultura. No Brasil, em 1837, o café tornou-se o principal produto de exportação do país, após oito anos, o país já produzia 45% do café mundial. As frutas foram introduzidas pelos portugueses no país, sendo o Brasil hoje um dos grandes produtores mundiais (PINTO, 2020). Além disso, outros avanços na agricultura ocorreram no país, como a criação de aves de corte ou postura e de suínos e o cultivo de algodão na região CentroOeste. Os plantios de florestas para exploração da madeira e combustível tiveram

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início no ano de 1904, com o eucalipto, para uso da companhia responsável pelas estradas de ferro de São Paulo, conforme DUARTE (2017). Com o progresso da agricultura, houve uma organização para dominar a prática de cultivo, adquirindo mais experiências. Foi nessa época que surgiu o agrônomo e a prática agronômica, com o objetivo de prevenir o aparecimento de pragas e doenças e desenvolver cuidados com o uso e o manejo dos solos. A partir do desenvolvimento da prática agronômica, surgiram na Europa as primeiras Universidades de agronomia. Os nutrientes necessários para os cultivos de plantas no solo surgiram ainda na agricultura antiga. Nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre eram e ainda são elementos essenciais para o crescimento de plantas, provenientes do próprio meio de cultivo. Os agricultores de antigamente sabiam como melhorar a fertilidade do solo por meio de recursos da própria terra que cultivavam — por exemplo, por meio das cinzas, das folhas, da terra orgânica, das algas marinhas, dos dejetos animais, do esterco, etc. (GOMES et al, 2008). No Brasil, a agronomia surgiu pela pressão que os aristocratas das áreas agrárias fizeram sobre o governo da época, em função de uma crise financeira, sendo nessa época o estudo agronômico voltado apenas aos interesses de uma minoria. No ano de 1875, surgiu a primeira escola de agronomia do Brasil, na Bahia, no município de São Bento de Lages, conforme leciona TOSCANO (2003 apud ROSA; LEAL,2015). No século XIX, um químico chamado Justus Von Liebig destacou-se como cientista na criação de fertilizantes químicos, sabão e explosivos. Foi ele quem chegou à famosa fórmula NPK, iniciando a era dos fertilizantes químicos. Outro legado desse cientista é a lei do mínimo, também conhecida como lei do barril, discutida nos cursos de agronomia, nas disciplinas de fertilidade do solo. Diz essa lei que a falta de um nutriente essencial para o desenvolvimento da planta, seja um macronutriente (N, P, K, Mg, Ca, S) ou um micronutriente (Mn, Zn, Fe, Cu, B, Mo) será capaz de limitar o desenvolvimento da planta (DEROSSI, 2018).

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Fonte: docplayer.com.br

O ensino de agronomia no Brasil surgiu apenas após o Decreto n° 8.319, de 20 de outubro de 1910 (BRASIL, 1910), ou seja, após 35 anos da inauguração da primeira escola na Bahia. Esse Decreto tinha como objetivo definir o papel do engenheiro agrônomo, deixando bem claro qual era o papel desse profissional frente às políticas de governo. Por volta dos anos 1960 e 1970, surgiram profissionais qualificados,devido à criação de cursos de pós-graduação nas mais diversas áreas. A divisão da Embrapa em unidades, a formação de professores e a construção de laboratórios mais bem equipados foram ações dos Ministérios da Educação e da Agricultura para a elaboração de um plano estratégico para o setor. Os docentes nas universidades começaram estudos de doutorado no exterior; algo em torno de 1.000 doutores retornaram ao país, conforme aponta BUAINAIN (2014). 11

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RESOLUÇÃO VERDE

Outro marco importante na agronomia foi a revolução verde na agricultura mundial , que trouxe uma série de estratégias e novas tecnologias para aumentar a produtividade . A Revolução Verde é um modelo baseado no uso intensivo de pesticidas e fertilizantes sintéticos na agricultura . É um conjunto de estratégias e inovações tecnológicas que visam através do desenvolvimento de pesquisas sobre sementes, fertilização do solo, uso de pesticidas e agricultura, mecanização para alcançar maior produtividade. É um fato atual na área e está presente no dia a dia da agricultura em várias regiões do mundo. (SERRA et al, 2016). Resolução verde é o nome dado ao conjunto de iniciativas tecnológicas que transformou as práticas agrícolas e aumentou drasticamente o volume de alimentos produzidos no mundo. Esse processo de modernização da agricultura acompanhou a revolução industrial e devia um grande desempenho nos países desenvolvidos, a inovação industrial é um dos pilares para a modernização agrícola, é de se esperar que os países mais pobres ficassem marginalizados nesse processo de modernização. Apenas na década de 60 essa tecnologia começou a se espalhar no continente asiático e na América latina, porém eles desistiram. O processo de revolução verde, criou forma depois da Primeira Guerra Mundial, quando alguns países da Europa e os Estados Unidos começaram a perceber que dava para controlar as pragas do campo, utilizando doses menores do mesmo veneno que eles utilizavam em batalhas. Depois da Segunda Guerra Mundial que ela de fato começou a ganhar corpo, preocupado com o aumento da fome no mundo, um agrônomo chamado estadunidense chamado Norman Borlaug começou a criar uma série de práticas para aumentar a produção e a produtividade no campo, e fazer com que essas plantas fossem mais resistentes a uma série de situações. Mas apesar de ser muito importante para formar o espaço rural que a gente conhece hoje em dia, existe uma série de críticas a resolução verde. A primeira delas é que essa modernização foi 12

usada sobre a justificativa de radicalizar a fama do mundo, a ideia era que se houvesse um aumento da produção não existiria mais fome. Mas ainda existe muita gente morrendo de fome no mundo hoje em dia, isso acontece porque a solução sugerida foi a mudança da técnica, mas não se enfrentaram algumas questões estruturais como, por exemplo a má distribuição de renda. O problema não é o volume de alimentos produzidos, mas é a má distribuição no mundo. Um forte argumento é o de exterminar a fome no mundo, bem ilustrado por Rosa: O problema da fome tornava-se cada vez mais sério em várias partes do mundo, e o governo americano e os grandes capitalistas temiam que se tornasse elemento decisivo nas tensões sociais existentes em muitos países, o que poderia ampliar o número de nações sob o regime comunista, particularmente na Ásia e na América Central, tradicionais zonas de influência norte-americana (ROSA, 1998, p. 19).

Outra questão a ser discutida é a sustentabilidade questionável das técnicas, além de aumentar muito o nível de degradação ambiental e basicamente acabar com a semente crioula é necessária uma quantidade muito grande de água para continuar produzindo nesse ritmo. Temos também uma alta dependência tecnológica dos países desenvolvidos e um aumento da concentração fundiária no campo, como esta tática tem um valor agregado, a pessoa com a renda alta tem acesso. Sendo assim forma uma disputa entre pequenos e grandes produtores em uma relação desigual, se os menores produtores não conseguem competir de uma maneira justa a uma elevação. Inserida no que se convencionou chamar de meio técnico-científicoinformativo, a Revolução Verde beneficiou-se, sobretudo, dos avanços científicos e tecnológicos em biotecnologia, área geográfica de diferentes formas, sejam ecológicas, econômicas ou sociais. ( RAPACCI, 2018 ). A agricultura tem sido a conexão mais importante do homem com a natureza desde o início da história, mas essa conexão foi e é responsável por gerar diferentes poluições ambientais de diferentes intensidades em determinados momentos e durante determinados períodos de tempo. (BIANCHINI; MEDAETS, 2013). A crise ambiental de a meados do século XX e o desenvolvimento da chamada "consciência ambiental" motivaram estudos sobre o meio ambiente em 13

vários campos científico e séculos, como os de Alexander von. Humboldt, Conceito da Base Física da Vida foram realizados, neste sentido trabalhos com práticas capitalistas, cultura de consumo destruição ambiental são comum. (SOUTO, 2016). No âmbito da geografia crítica, o conceito de espaço geográfico se relaciona à um conjunto de sistemas de objetos e ações, isto é, itens e elementos artificiais e ações humanas que utilizam esses instrumentos para construir e transformar o meio ambiente, seja ele natural ou social. (SANTOS, 2006). A sala é formada por uma série inseparável, solidariedade e um conjunto contraditório de objetos e sistemas de ação que não são vistos sozinhos, mas como um único quadro em que a história passou. Nesse sentido, o geógrafo brasileiro Milton Santos (2002, p. 39) afirmou que: O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e de sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como um quadro único no qual a história se dá.

Com o objetivo de lidar com as mudanças espaciais que refletem as constantes evoluções humanas, Santos (2006) formulou o conceito de ambiente geográfico no qual os indivíduos, ao longo de sua existência, modificam as propriedades dos espaços em que vivem ou retêm etapas, a saber: o ambiente natural; meios técnicos; e o ambiente técnico-científico-informativo, esta é a fase atual em que vivemos. O

desmatamento

de

imensas

áreas

dedicadas

ao

cultivo

de

monoculturas tem levado à disseminação de pragas que se alimentam dessas plantas, como a lagarta da soja, o besouro, o caranguejo cítrico das laranjeiras, as diversas pragas da cultura as plantações de café, os fungos, que atacam o trigo e o milho [...] ”. Ele faz isso principalmente eliminando os inimigos naturais dessas pragas. Para combater aqueles que destroem as monoculturas, agricultores têm recorrido ao uso intensivo de agrotóxicos - inseticidas, fungicidas químicos e herbicidas - para ervas daninhas indesejadas, conhecidas como ervas daninhas e que crescem rapidamente no meio da remoção das plantações. Há relatos de a que como esses agentes são usados para erradicar pragas, eles se tornam mais

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resistentes e requerem cada vez mais o uso de pesticidas. (ROSS, 2001, p. 226 apud RAPACCI, 2018 ). São extremamente tóxicos e o uso sistemático desses insumos leva à contaminação do solo, dos rios, dos animais e de todo o ecossistema. No caso da água, elemento de fundamental importância para a agricultura, as principais consequências, além do nível do lençol freático, são a contaminação dos rios. Uma boa ideia do poder destrutivo de pesticidas e monoculturas é: O veneno afeta a fauna, pássaros e os peixes desaparecem, rapidamente, das áreas de monocultura, favorecendo a proliferação de pragas, lagartas, mosquitos e insetos em geral (ROSS, 2001, p. 226 Apud ANDRADES, 2007).

O processo de infiltração da água da chuva transporta alguns desses elementos tóxicos, outra parte vai direto para os rios, de onde a água é utilizada para consumo do rebanho, família, cidade, etc. E por fim, encontram-se os restantes desses elementos tóxicos em alimentos salvos por si mesmos, os morangos são um exemplo clássico de alta concentração de pesticidas. ( ANDRADES, 2007). Rosa (1998) também destaca alguns efeitos da irrigação. Ela se usada incorretamente, na forma da Revolução Verde, muda todo o ciclo natural da água. O alagamento é um problema que reduz a produção de devido à má drenagem, fazendo com que o solo fique empoçado e perca a fertilidade. A salinização do solo é um fenômeno em que o lençol freático sobe à superfície de transportar sais minerais de dentro do subsolo. O terceiro problema ambiental é o acúmulo de fertilizantes químicos nos rios. Esse acúmulo ocasiona a multiplicação de algas, que reduzem a concentração de oxigênio na água. Esse processo é denominado de eutrofização em um ciclo de destruição ambiental. É evidente que a Revolução Verde, com a introdução de novas técnicas e avanços tecnológicos, trouxe um aumento substancial da produção agrícola mundial, dos lucros da atividade agrícola ao agronegócio, o que deixa o produtor rural estreita margem, o que leva ao endividamento. Assim, é evidente que a Revolução Verde não só falhou em atingir seu objetivo principal, mas também é conhecida por aumentar a concentração fundiária

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e a dependência das sementes, e por mudar a cultura dos pequenos proprietários que em lutaram para se integrar à terra. Essa concentração da propriedade da terra e o êxodo rural resultante causaram o crescimento urbano, que rapidamente resultou em um processo complexo de favelas nas grandes cidades, principalmente nos países em desenvolvimento. Assim, pode-se dizer que a fome atualmente coexiste com as condições técnico-científicas para sua solução, portanto não se denomina problema técnico, pois não se deve à falta de alimento, mas à forma como é alimentado produzidos e distribuídos na situação atual.

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CONCEITO DE AGRICULTURA FAMILIAR

Com a modernização da agricultura na segunda metade da década de 1960 de e nas décadas que se seguiram, renovou-se o interesse das elites patronais por este segmento da agricultura familiar, que em era considerada apta a contribuir para o progresso e desenvolvimento da nação brasileira. Nesse processo, o modelo de negócios e a ideologia cooperativa da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), foram de grande importância. Como ele forneceu a justificação para a justificação para a relação entre dois grupos sociais: um apelo participativo e democrático, solidariedade, independência e autonomia. (MENDONÇA, 2005 apud Bruno, 2016). A partir da segunda metade da década de 1960 começa a ocorrer um processo de modernização da agricultura brasileira, no qual ocorre uma intensificação das relações agricultura/indústria. A segunda metade da década de 1960 é considerada uma referência no processo de modernização da agricultura brasileira, como um novo método de produção agrícola ocorrendo neste período, que ocorre um aumento nas relações agrícolas / agrícolas, depende de insumos que ele recebe de certas indústrias. (MAZALLI, 2000 apud TAVARES, 2019).

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Nos anos que se seguiram, houve desenvolvimentos socioeconômicos e avanços tecnológicos que levaram ao êxodo rural à medida que a cidade se tornou atraente e os imóveis perderam sua autossuficiência. Iniciou-se um processo de especialização em algumas atividades e as propriedades rurais passaram a depender de insumos e serviços que eles não podiam mais fornecer a si próprios. (ARAÚJO, 2005 apud TAVARES, 2019). Segundo Bruno, 2016 uma das direções foi a luta simbólica para difundir e priorizar o debate sobre a formação do tecido social no campo e para estabelecer o papel de cada grupo no processo discursos políticos que caracterizam a estrutura social do país. Na construção discursiva das elites agroindustriais rurais sobre a estrutura social rural atentamos para três momentos históricos principais: "integrados" e "profissionais" e agricultores familiares "incondicionais". Além disso, há um segundo momento, caracterizado como Na época do agronegócio nós teríamos três agricultores, um agricultor do mercado empresarial, um agricultor familiar que se orienta pela lógica da empresa familiar e o agricultor familiar “marginal”. No terceiro momento, em, que é visto como a era do agronegócio, o discurso sobre a estrutura social de no país se reduz à presença de dois grupos sociais: o agronegócio e o empresário familiar rural. A criação de empregos não-agrícolas nas zonas rurais é, portanto, a única estratégia possível capaz de, simultaneamente, reter essa população rural pobre nos seus atuais locais de moradia e ao mesmo tempo, elevar o seu nível de renda. (SILVA, 1998, p. 26)

Segundo TAVARES, 2019 o governo brasileiro atuou fortemente, concedendo o crédito agrícola e fornecendo financiamentos com taxas de juros subsidiadas, sendo os principais objetivos: 

Modernização da agricultura;



Incentivo à produção de alimentos;



Administração dos preços agrícolas

A modernização da agricultura exigia investimentos em tecnologia, mas a estrutura agrícola existente era arcaica, o que acabou prejudicando os pequenos 17

produtores e favorecendo os médios e grandes produtores. Em 1965 foi implantado o Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), o que levou à intensificação da modernização do Brasil. ( TAVARES, 2019).

5.1

Máquinas e implementos para agricultura familiar A agricultura familiar é a principal cadeia do agronegócio responsável pela

geração de produtos de consumo in natura para a população, como, por exemplo, olerícolas, leite, ovos, frutas, castanhas e alimentos minimamente processados, como queijos, compotas e doces. Para manter essa importante cadeia agrícola, os produtores familiares usam força animal na tração de implementos e equipamentos, bem como tecnologias que foram sendo desenvolvidas ao longo dos anos. Na agricultura familiar, práticas agrícolas como, por exemplo, o manejo do solo e a manutenção de canteiros e lavouras são realizadas com o uso de implementos (roçadeiras, arados, pulverizadores, semeadoras e colhedoras, etc.) e máquinas (motocultivadores, enxadas rotativas, microtratores, etc.). Além desses equipamentos, os produtores também acabam criando as suas próprias tecnologias, que facilitam as operações exigidas por determinada tarefa no campo e, assim, diminuem o tempo de serviço. A agricultura familiar representa a maioria das unidades de produção agropecuária no Brasil. São unidades de produção, ou propriedades rurais, que possuem uma série de características e especificidades que determinam muito da organização social no meio rural brasileiro; reconhecer e compreender essas características e especificidades se torna uma importante ferramenta para os profissionais que atuam com as atividades agropecuárias. Tendo em vista as peculiaridades da agricultura familiar, algumas atividades se tornam mais relevantes e estratégicas para essas unidades de produção agropecuária. A agroecologia, atividade já antiga quando se fala em agricultura familiar, é uma estratégia que tem se tornado cada vez mais importante para essa categoria social, tendo em vista a dinâmica mundial da agricultura.

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A fim de melhorar o desempenho agrícola, há muito tempo a humanidade lança mão de práticas de manejo do solo, como aração, gradagem e uso de fertilizantes e corretivos. Os gregos, os egípcios e os maias são exemplos de povos que já dominavam muitas das práticas agrícolas adotadas até hoje, como é o caso do uso do arado para o revolvimento do solo (Figura 1). (GAVIOLI, 2011).

A evolução das tecnologias agrícolas acompanhou o desenvolvimento científico e cultural das civilizações. Isso pode ser observado, por exemplo, no uso de defensivos agrícolas para o controle de pragas e doenças, no melhoramento genético de plantas e no controle do microclima na lavoura, como as práticas de irrigação e plantio direto. Além disso, também as máquinas e os equipamentos agrícolas passaram a ser usados de maneira diferente ao longo dos anos. (OCTAVIANO, 2010). Nessa operação, o animal, preso ao implemento, realiza todo o esforço necessário para que o arado possa fatiar e revolver o solo, expondo as camadas mais profundas de modo a contribuir para as demais operações, como o uso de fertilizantes e corretivos, a semeadura ou, caso seja necessária, a gradagem (SILVA, 1983). O operador (produtor) tem a função de manter o implemento na linha de aração e controlar sua profundidade no solo.

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A tração animal também é largamente utilizada na semeadura e na aplicação de produtos fitossanitários (agrotóxicos). Na semeadura, o implemento, preso ao animal, tem as funções de fatiar o solo e distribuir as sementes no sulco de semeadura. Durante o processo, o operador controla o implemento, a fim de evitar falhas, e inspeciona a profundidade da semeadura (ALMEIDA et al., 2002). Outros usos comuns da tração animal são na pulverização, em que a tração animal facilita o transporte do tanque pulverizador e diminui o tempo de execução do serviço no campo; no transporte de pessoas, produtos agrícolas, insumos e produtos oriundos da colheita; na distribuição de adubos e fertilizantes; entre outros (RANGEL et al., 2007). Os animais mais utilizados para tração são cavalos, burros, mulas, jumentos, bois e búfalos. Os equinos exigem menos alimento que os bubalinos, os quais, por sua vez, apresentam maior capacidade de tração devido ao seu peso e força — porém, executam as operações com menor velocidade de trabalho (EMPRESA BRASILEIRA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA, 1993). Para alguns produtores rurais, a tração animal pode ser a única opção viável. Embora tenha uma baixa eficiência operacional (relação entre horas trabalhadas e área agricultável), essa prática agrícola oferece vantagens, dentre as quais podemos destacar as seguintes (EMPRESA BRASILEIRA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA, 1993): 

A tração animal é uma alternativa mais econômica para a pequena propriedade, podendo servir de montaria, movimentar máquinas estacionárias, tracionar implementos e transportar mercadorias;



O animal tem grande adaptabilidade, podendo ser utilizado em praticamente qualquer terreno, independentemente de sua topografia;



A criação dos animais pode ser efetuada na própria propriedade rural pelos agricultores.

Por outro lado, a tração animal também oferece desvantagens: 

A dependência das condições de saúde e fitossanitárias dos animais para a realização da tração animal; 20



O custo com a alimentação e as instalações (baias, curral, cercas, etc.) para os animais;



O custo com a saúde dos animais;



A falta de legislação adequada sobre o uso do trabalho animal voltado para as operações agrícolas, principalmente em relação às práticas que envolvam produtos fitossanitários;



A morte do animal e a consequente necessidade de compra de outro para continuar as operações no campo;



A baixa velocidade de trabalho nas operações agrícolas, se comparada à velocidade obtida com máquinas dotadas de motores de combustão;



A falta de investimentos tecnológico e financeiro para essa prática agrícola

Portanto, o uso da tração animal atende aos objetivos dos pequenos produtores rurais que atuam na agricultura familiar. Operações como levantamento de canteiros e construção de hortas podem ser concluídas com certa facilidade utilizando-se os animais como fonte de energia para esses trabalhos. No entanto, importa ressaltar que é fundamental que os agricultores familiares recebam aperfeiçoamento tecnológico e especializado para que efetuem com maior eficácia suas atividades no campo, não sendo dependentes apenas da tração animal para operar as máquinas e os implementos agrícolas. Diversas operações agrícolas demandam ferramentas específicas para serem realizadas. Sendo assim, é comum haver em pequenas propriedades familiares implementos e máquinas de uso rotineiro, tais como arados de aivecas ou discos, grades, enxadas rotativas, motocultivadores, roçadeiras e tratores de potência reduzida (microtratores), equipamentos esses que tornam mais fáceis as operações. A seguir, descreveremos o funcionamento dessas máquinas e desses implementos, bem como as situações em que eles são mais empregados na agricultura familia.

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5.2

Operações de manejo e revolvimento do solo O manejo do solo para a agricultura é uma prática realizada há milênios pelo

ser humano, podendo ser dividida em preparo primário e preparo secundário. Seus objetivos são revolver a camada mais profunda do solo para a superfície, reduzir de maneira inicial plantas invasoras na área agricultável, aumentar a infiltração de água no solo, facilitar a distribuição das sementes e das mudas no local, contribuir para o aumento da taxa de germinação das sementes e fornecer de modo homogêneo fertilizantes e corretivos agrícolas nas camadas do solo. No preparo primário, ou inicial, os implementos mais comumente utilizados são os arados e as enxadas rotativas, os quais são responsáveis por ceder as camadas do solo e, assim, torná-las mais fáceis de ser revolvidas. Nessa etapa, são muito usados arados de aivecas e discos, visto que, além de afrouxar as camadas do solo, eles também conseguem revolvê-las, isto é, realizar uma inversão entre as camadas mais superficiais e as mais profundas do solo. Essa ação é de extrema importância para a agricultura, pois ela não apenas descompacta o solo, mas também pode tornar a matéria orgânica presente em camadas profundas mais próxima da superfície e, consequentemente, das raízes das plantas (MANTOVANI, 2008). Já o preparo secundário do solo visa a garantir maior homogeneidade entre as camadas superficiais, tendo como principais finalidades o destronamento (quebra dos torrões do solo) e o nivelamento da camada mais superficial. Nessa prática, os implementos comumente utilizados são as grades. No entanto, também é possível usar alguns arados e enxadas rotativas, dependendo das condições do solo no local — o produtor pode realizar duas ou mais “passadas” do implemento na área. Outras finalidades do preparo secundário são facilitar a distribuição de corretivos do pH do solo (calcário) e fertilizantes (adubos minerais ou orgânicos), e realizar o controle inicial de plantas invasoras (PRIMAVESI, 2002). Nos implementos agrícolas temos as grades e os arados de aivecas ou discos têm como função trabalhar sobre a superfície e a subsuperfície do solo, podendo atingir profundidades de até 40 cm e realizar “recortes” de até 200 cm 22

(STOLF; SILVA; GOMEZ, 2008). O uso desses implementos visa ao revolvimento das camadas do solo e à destruição de seus torrões, a fim de que, na sequência, possam ser realizadas outras operações, como a correção do pH do solo, o uso de fertilizantes e as práticas de cultivo, como a semeadura, a abertura de sulcos, canteiros, ou o transplantio de mudas (LINS, 1980). Esses implementos podem ser tracionados por animais (dependendo do porte) ou, no caso de implementos mais pesados ou que exijam serviços mais pesados no campo, por máquinas.

Fonte: pt.dreamstime.com

Dentro da propriedade rural, também são utilizadas as semeadoras- adubadoras, que, na agricultura familiar, costumam ser encontradas em versões menores, se comparadas às usadas na agricultura extensiva. Seus principais objetivos são facilitar a semeadura de culturas (p. ex.: soja, milho, olerícolas, pastagens, etc.) e distribuir fertilizantes (químicos ou minerais) e corretivos, como calcário, por exemplo (ANDERSSON et al., 2014). Com o desenvolvimento e o aperfeiçoamento dos motores de combustão interna, houve um aprimoramento das máquinas agrícolas. Isso resultou em alta produtividade no campo, ao oferecer um enorme parque tecnológico para os pequenos e os grandes produtores rurais (BALASTREIRE, 1987). 23

Esse nicho de mercado está em constante desenvolvimento e atualização. Todos os anos, no Brasil e em outros países, empresas do setor de máquinas agrícolas apresentam suas inovações tecnológicas para as safras seguintes. Mesmo os pequenos produtores familiares têm à disposição, por preços acessíveis, algum tipo de máquina que contribuirá para os serviços da propriedade rural. Como exemplos de máquinas utilizadas na agricultura familiar, podemos citar os motocultivadores, as enxadas rotativas, os pulverizadores e atomizadores, as roçadeiras, as colhedoras mecanizadas ou semimecanizadas e os microtratores (MENASCHE, 2007). Os motocultivadores, junto com as enxadas rotativas, são máquinas que auxiliam bastante o trabalho dos agricultores familiares, pois são capazes de operar em alta velocidade e com força suficiente para o revolvimento do solo e o levante de canteiros, fato que torna mais eficiente, organizado e produtivo o cultivo das olerícolas, como, por exemplo, folhosas, tubérculos, raízes e frutos. Existem modelos de motocultivadores com maiores potências, que podem ser utilizados em diversas operações no campo e acoplados a outros implementos, como roçadeiras (capineiras) (VEIGA, 2015). Algumas culturas, como frutas, hortaliças, raízes, bulbos e plantas ornamentais, necessitam de equipamentos com design próprio para que as atividades sejam executadas com eficiência operacional e facilidade. Isso porque esses veículos precisam trafegar em espaços reduzidos e, algumas vezes, com topografia irregular (REGO, 2007). Para tanto, os produtores podem encontrar microtratores capazes de entregar resultados satisfatórios de acordo com as necessidades de cada cultura no campo. Os microtratores (até 50 cv) são muito utilizados na agricultura familiar, pois desenvolvem serviços mais pesados e acoplam inúmeros implementos agrícolas, como, por exemplo, roçadeiras, arados, grades, pulverizadores, distribuidores de adubos e corretivos, colhedoras, carretas, etc. Além disso, eles podem ser usados em outras atividades, como operações de bombas de água para irrigação (acopladas na tomada de potência) e transporte de insumos agrícolas e animais. 24

Há um desenvolvimento cada vez mais acentuado das novas tecnologias agrícolas, como máquinas que operam via satélite, computadores de bordo e veículos aéreos não tripulados. Porém, uma vez que o custo de tais tecnologias é alto, os pequenos agricultores familiares acabam não tendo acesso a essas modernizações (SAUER, 2008). O que tem contribuído para mudar esse cenário são os incentivos de empresas privadas e universidades públicas, que têm se unido com produtores familiares para realizar ensaios de campo com o uso de máquinas e implementos em pequenas lavouras e hortas, propiciando o aumento da produtividade e oferecendo condições de investimentos futuros pelos produtores (BUAINAIN; ROMEIRO; GUANZIROLI, 2003). A história da agricultura é permeada por muitas modificações. A evolução de técnicas e a inserção de tecnologias trazem segurança, comodidade e um pouco mais de conforto a quem trabalha no campo. Com a adoção das novas tecnologias, será possível reduzir cada vez mais o uso de tração animal à medida que ela continuar sendo substituída pela tração mecânica. Além disso, aumentará cada vez mais a eficiência operacional de práticas agrícolas como o revolvimento do solo, a semeadura, a distribuição de corretivo e fertilizantes, entre outras. Entre os fatores limitantes para a aquisição de máquinas agrícolas pelos pequenos produtores familiares, estão o elevado custo desses equipamentos, a alta carga tributária e a escassez de políticas públicas que atendam a todos. Nesse sentido, a pequena propriedade rural, se receber o apoio adequado das entidades governamentais, das universidades públicas, das empresas do setor privado e dos produtores, poderá se tornar o novo laboratório da agricultura moderna, sendo capaz de gerar segurança alimentar para as cidades e para o país. Assim, a agricultura familiar se tornará pioneira no desenvolvimento de novas máquinas e implementos agrícolas. Compete ao profissional da agronomia conhecer essas tecnologias e difundir seus usos a fim de atender a esse nicho de mercado, responsável por boa parte da produção alimentícia do nosso país.

25

6

RECEITUÁRIO AGRONÔMICO: O QUE É?

Para suprir as necessidades alimentares de mais de sete bilhões de pessoas no mundo, são fundamentais a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor agrícola. Entre essas tecnologias, está o uso de agrotóxicos, que vem garantindo benefícios para a produção com relação ao combate de insetos, ácaros, ervas daninhas, fungos e doenças presentes nos cultivos. Essas substâncias são indispensáveis no momento que a fauna ou a flora se tornam pragas, sem inimigos ou combatentes naturais. Porém, seu uso deve ser a última das alternativas, uma vez que há métodos mais baratos para o produtor, mais saudáveis para o meio ambiente e mais seguros, do ponto de vista sanitário. Assim, a regulamentação de um documento que garante o uso adequado dos agrotóxicos por profissionais qualificados é um importante passo para o sucesso da produção e a promoção da sustentabilidade; esse documento é o receituário agronômico. Segundo Santos, 2019 o aumento e a expansão da agricultura mundial estão baseados no princípio da produção de alimentos de qualidade para a erradicação da fome. Porém, atualmente, a prática agrícola se encontra além e procura formas de manter a produção para as futuras gerações, garantindo a sustentabilidade do agronegócio com responsabilidade social, sanitária e ambiental. Por isso, repensar os aspectos relacionados ao uso de agrotóxicos ou defensivos agrícolas é um grande desafio. Os agrotóxicos são, conforme a legislação brasileira, produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos utilizados tanto no setor de produção quanto no de armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas. Também podem ser utilizados em pastagens e florestas (nativas ou implantadas) ou em qualquer outro ecossistema natural, com o objetivo de alterar a composição da flora e da fauna, preservando-as das ações de organismos que possam vir a causar algum tipo de dano ou prejuízo. Essas substâncias químicas são utilizadas amplamente no mundo, e o principal motivo é a grande quantidade de pragas existentes nas produções, principalmente os insetos e os ácaros. Porém, o uso 26

indiscriminado de agrotóxicos pode ser potencialmente nocivo tanto para a saúde humana, incluindo os próprios trabalhadores rurais, quanto para o meio ambiente, afetando indiretamente as espécies benéficas da fauna e da flora e contaminando o solo e as águas. Com isso, percebe-se a necessidade de uma legislação para regulamentar a produção, a venda, o transporte, as formas de utilização e a destinação final dos recipientes relacionados aos agrotóxicos. A receita agronômica inclui a receita e o guia técnico para o uso adequado de um agroquímico ou acessível. A apresentação desse documento garante a sua comercialização para o usuário. Porém, este deve ser prescrito por um profissional habilitado em sua entidade de classe, como os engenheiros agrônomos e florestais, os engenheiros agrícolas e também os técnicos e tecnólogos agrícolas. Além de valorizar o profissional habilitado, oportunizando uma nova área de atuação, o receituário agronômico fornece uma importante ferramenta para o uso racional dos agrotóxicos por seus usuários, além do total acompanhamento técnico, com orientações para o sucesso da produção. (SANTOS, 2019). Sabe-se que a aplicação incorreta ou, ainda, desnecessária de agrotóxicos pode agredir o meio ambiente, incluindo as sociedades humanas. A seguir, estão listados os riscos as pessoas e ao meio ambiente relacionados ao uso de agrotóxicos, conforme apontado por Campagnolla e Bettiol (2003). 

Aumento da dependência do uso de ainda mais agrotóxicos. Ao eliminar

insetos,

ácaros

e

outros

organismos

pragas

dos

agrossistemas, o defensivo também pode eliminar os possíveis predadores desses animais danosos, provocando um desequilíbrio ambiental e a necessidade de mais insumos ou, ainda, o aparecimento de novas espécies-praga ou espécies resistentes. 

Danos relacionados à saúde. Esse aspecto inclui principalmente os trabalhadores do campo, que aplicam ou manipulam os agrotóxicos. Há um aumento no número de casos de intoxicação por agrotóxicos no Brasil, e isso se dá principalmente pela falta de informação e capacitação e pela falta de uso de equipamentos adequados no ambiente rural. 27



Efeitos fora dos limites dos agrossistemas. O uso de agrotóxicos pode causar danos para o consumidor, como doenças e envenenamento, além de causar a poluição do ar, da água e do solo, o que impacta diretamente na biodiversidade e, por consequência, na qualidade de vida do homem.

O receituário agronômico tem como objetivo principal a orientação do uso racional dos agrotóxicos, utilizando o diagnóstico como pré-requisito para sua prescrição. Essa medida favorece o uso mínimo ou, até mesmo, o não uso de insumos, buscando a origem do problema na lavoura, levando o profissional a repensar sobre todas as possibilidades de soluções eficientes para a questão. Devido aos possíveis impactos causados pelo uso de agrotóxicos, faz-se necessária a promoção da fiscalização e da exigência do receituário agronômico. As vantagens do uso desse protocolo incluem a ampla conscientização do uso de produtos fitossanitários, a valorização e a proteção do meio ambiente incluindo aí o homem e a promoção da utilização de outros métodos para o controle de pragas, como o manejo integrado de pragas. Além dos aspectos fitossanitários, observa-se que a utilização de uma metodologia como o receituário agronômico garante a valorização do profissional, o que também o torna uma ferramenta importante. Isso faz com que o engenheiro, agrícola ou florestal, aproxime-se mais do agricultor, oferecendo melhorias e benefícios para a produção, além de divulgar a importância do seu trabalho junto a esses sistemas.

6.1

Como elaborar inseticidas)

um

receituário

agronômico

(recomendação

de

Para a construção de um receituário agronômico, é preciso estabelecer a sua competência legal. Apenas engenheiros agrônomos e engenheiros florestais podem fazer a prescrição de inseticidas. Esse profissional deve saber da sua responsabilidade ética, social, política e ambiental, conhecendo todos os potenciais riscos do uso indiscriminado ou, ainda, incorreto de agrotóxicos para a produção e para o meio ambiente. Conforme a legislação, o receituário agronômico deve 28

possuir cinco vias: uma deve ficar com a empresa, outra com o profissional que o elaborou, outra com o produtor e as duas últimas com o conselho profissional regional e o órgão estadual competente, respectivamente. Esses documentos devem permanecer à disposição por, no mínimo, cinco anos, para fins de fiscalização. (SANTOS, 2019). Antes mesmo da elaboração do receituário, uma parte importante da sua elaboração diz respeito à conversa inicial com o produtor, conforme apontam Guerra e Sampaio (1988). Nesse momento, ocorre a exposição do caso pelo produtor, sem interrupção, a anamnese passiva, e o interrogatório realizado pelo profissional a anamnese ativa. Dessa etapa, forma-se uma história pregressa do problema atual, que serve de base para a próxima etapa, a visita técnica. Assim, após a análise local, começa a elaboração da receita técnica. A segunda parte está relacionada aos dados técnicos. Dentro dessa sessão está o diagnóstico, ou seja, o objetivo do receituário. Inicia-se pela área em hectares que receberá a prescrição, o tipo de cultura, as instalações e o nome da espéciealvo. Com relação a diferentes culturas, há a necessidade de realizar um receituário para cada tipo, uma vez que as variedades de cultivos demandam recomendações específicas. Além disso, a área do cultivo reflete o modo como o agrotóxico será indicado, sendo aplicado somente na área especificada no receituário. Com relação à espécie-alvo, há a necessidade da descrição da praga, incluindo o nome comum e o nome científico, conforme você pode ver no exemplo da abaixo, inclui-se também um complemento sobre a ação do inseto dentro do sistema a ser controlado. (SANTOS, 2019).

29

Fonte: Almeida, Sousa e Barros (2015, p. 12).

A recomendação técnica inclui as informações sobre as formas de aplicação do agrotóxico, como a dosagem, o tipo, a época de aplicação, entre outras recomendações, instruções específicas e precauções, conforme a ordem e as características apresentadas a seguir (CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANÁ, 2016). 

Nome do produto e/ou equivalentes que serão utilizados para o controle da praga e seu ingrediente ativo;



Dose de aplicação e o total que deverá ser adquirido;



Modalidade de aplicação, a qual deve estar de acordo com a realidade do cliente;



Instruções específicas sobre as modalidades de aplicação quando estas abrangem riscos maiores do que a maioria, como pulverização, uso de produtos voláteis e outros métodos que exigem protocolos de uso e equipamentos especiais, aplicações aéreas, por exemplo, têm obrigatoriedade de apresentação de todas as informações sobre aplicação;



Época em que ocorrerá a aplicação.

Alternativas como o manejo integrado de pragas (MIP) devem estar presentes no receituário agronômico, dependendo da situação. O MIP é uma importante ferramenta que serve como opção barata e ambientalmente segura ao uso de agrotóxicos, os quais devem ser recomendados somente em último caso. 30

Há também a obrigatoriedade de informar sobre o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como toucas árabes, respiradores, viseiras faciais, avental impermeável, jaleco, luvas, calças e botas. Esses equipamentos são específicos para o tipo de aplicação recomendado pelo profissional.

Fonte: socicana.com.br

Na prescrição do agrotóxico, devem constar os seguintes aspectos: 

A quantidade que será utilizada;



A formulação, indicando o método pelo qual o ingrediente ativo do agrotóxico será mais efetivo em sua aplicação;



O período de carência, que estabelece o intervalo entre a última aplicação e a colheita, garantindo que o cultivar possua níveis de resíduos de agrotóxicos abaixo dos limites permitidos;



O grau de toxicidade do agrotóxico.

31

Segundo Santos, 2019 a parte final do receituário inclui a assinatura do profissional técnico, seu número de registro, o local e a data. Além disso, deve haver a recomendação “Usuário, leia o rótulo e a bula” na parte da frente do receituário agronômico. Percebe-se, então, que a elaboração e a aplicação do receituário agronômico podem beneficiar, em um primeiro momento, três importantes elos do sistema agrícola: a produção, o profissional técnico e as indústrias de agrotóxicos. Para além, os benefícios do uso correto de defensivos agrícolas aliado à ética profissional dos engenheiros agrônomos garantirão o futuro da alimentação humana e a preservação ambiental.

32

7

REFERÊNCIAS

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