Instrumentos de Avaliação Autismo
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Instrumentos de avaliação A avaliação é o primeiro passo essencial para uma futura e correta intervenção nas crianças com estas perturbações. Estas crianças apresentam déficits em todas as áreas de ocupação, no entanto manifestam mais comprometidas as áreas de comunicação – interação e comportamento, entre outras. Assim a avaliação deve ser feita por uma equipa de vários profissionais com experincia em todas as áreas de desenvolvimento. !uma primeira fase é poss"vel avaliar e determinar se o dia#n$stico foi correto através de entrevistas e c%ec&lists de avaliação psicol$#ica e comportamental das crianças dia#nosticadas com 'EA. Al#uns dos instrumentos mais utili(ados são a )ia#nostic *%ec&list for +e%avior – )isturbed *%ildren, a Autism +e%aviour *%ec&list, a *%ild%ood Autism atin# -cale *A * A-/ -/,, a +e +e%a %avi vior oral al 0b 0bse serv rvat atio ionn -c -cal alee fo forr Au Auti tism sm + +00-/,/, a Au Auti tism sm )i )ia# a#no nost stic ic Intervie1 2 evised A)I2/, a *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/, a Autism )ia#nostic 0bservation -c%edule A)0-/ A)0-/ e a Autism -pectrum 5uestionnaire A-5/. 0 'IA 3%e 'arent Intervie1 for Autism/ e o 6A)I* 6in# Autistic )isorder Intervie1 *%ec&list/ são aplicados aos responsáveis pela criança avaliada. Atualmente, em 'ortu#al, os instrumentos mais utili(ados são a *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ e a *%ec&list for Autism in 3oddlers *4A3/. 3ambém são utili(ados a Escala de Avaliação das *ompetncias no )esenvolvimento Infantil -7- II/ 829 anos/, quee pe qu perm rmit itee id iden enti tifi fica carr o n" n"ve vell de de dese senv nvol olvi vime ment ntoo da cr cria ianç nçaa em : ár área eass de compet com petnc ncias ias – *on *ontro trolo lo 'os 'ostur tural al 'a 'assi ssivo, vo, *o *ontr ntrolo olo 'os 'ostu tural ral Act Activo ivo,, ;oc ;ocomo omotor toras, as, ala e ;in#ua#em, Interação -ocial e Automonia 'essoal, a Escala de )esenvolviemnto da 7rifft%s, utili(ada dos ? aos @ anos, avaliando seis áreas ;ocomoção, 'essoal2social, Audição e ;in#ua#em, *oordenação $culo2manual, eali(ação e acioc"nio prático, e o *urr"culo de *arolina 82? anos/ que é composta por uma avaliação e intervenção 'sicopeda#$#ica para bebés e crianças com !ecessidades Educativas Especiais. A )ia#nostic *%ec&list for +e%avior – )isturbed *%ildren, numa se#unda versão, é constitu"da por um #rupo de B8: questões que devem ser completadas pelos pais da criança. Al#uns dos temas abordados são interacção social, lin#ua#em, competncias motoras, inteli#ncia, reacções a est"mulos sensoriais e caracter"sticas familiares desde o nascimento até aos 9 anos de idade. A Autism +e%aviour *%ec&list é preenc%ida por profissionais e visa diferenciar crianças autistas de crianças com deficincia mental severa, ce#as2surdas e com perturbações emocionais.
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*%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ A *%ild%ood Autism atin# -cale *A-/ é uma escala com o obCectivo de identificar as crianças com autismo e distin#ui2las das crianças com atraso de desenvolvimento sem autismo. Esta inclui quin(e itens comportamentais D elação com pessoas D Imitação D esposta emocional D Fso do corpo D Fso de obCetos D Adaptação G mudança D esposta visual D esposta auditiva D esposta e uso do paladar, c%eiro e tacto D oca2se em atividades naturais nomeadamente nas rotinas 2 eali(a2se em diferentes contextos tomando todas as atividades da vida quotidiana das criançasPCovens para mel%or planear a intervenção 2 !as crianças mais novas pode também implicar observar as brincadeiras, de modo a poder constatar2se as interações com o ambiente obCetos, pessoas e ações/ As atividades naturais observadas podem ser a/ Atividades iniciadas pela criança as que ela escol%e/ b/ Atividades de rotina previs"veis e re#ulares por ex. as refeições, mudar a fralda/ c/ Atividades planeadas implicam a intervenção direta doa adulto/ 'articipação da fam"lia no processo de avaliação 2 A participação da fam"lia no processo de avaliação é importante, mas o #rau de participação dependerá da vontade da fam"lia. 0s seus valores devem ser respeitados. 2 A fam"lia poderá intervir diretamente na observação e avaliação ou poderá apenas contribuir com dados complementares G avaliação, cedendo informações sobre a criançaPCovem. 2 A seleção das atividades para a reali(ação da avaliação tem que ter em conta a realidade cultural de cada fam"lia em que a criança se insere. +iblio#rafia D 111.cadin.net D ;ampreia *., A=A;IAXYE- 5FA!3I3A3I=A E 5FA;I3A3I=A )E F< uncionamento 7A>/ foram aplicadas em uma amostra consecutiva de N8 pacientes. A inclusão consecutiva ocorreu por ordem de c%e#ada para consulta de 9
rotina no ambulat$rio. A *A-2+ foi reaplicada em 98 pacientes desta amostra definidos por sorteio. 3odos os responsáveis le#ais foram informados sobre os obCetivos da pesquisa e um consentimento informado para cada participante foi obtido. Este estudo foi aprovado pelo *omit de Vtica e 'esquisa do 4ospital de *l"nicas de 'orto Ale#re e também foi avaliado e autori(ado pela 6estern 'sQc%olo#ical -ervices 6'-/, que detém os direitos autorais da *A-. oi utili(ada neste estudo com obCetivo de obter a validade conver#ente da *A-2+. 10
7A> 3rata2se de uma escala de B88 pontos cuCo principal obCetivo é fornecer um escore capa( de refletir o n"vel #lobal de funcionamento do paciente. Esta escala pode ser utili(ada para planeCar e medir o impacto do tratamento, se#uir as mudanças do paciente ao lon#o do tempo, avaliar qualidade de vida e estimar o pro#n$stico. 'ode ser utili(ada em qualquer situação em que uma avaliação de #ravidade é necessária?8. !este estudo, foi utili(ada a fim de obter a validade discriminante da *A-2+. Análise estat"stica 'rimeiramente, foi utili(ado o alfa de *ronbac% para avaliação da consistncia interna. 0 coeficiente de correlação de 'earson foi utili(ado para avaliação da validade conver#ente e validade discriminante. A confiabilidade teste2reteste foi obtida através do cálculo do n"vel de si#nificUncia de 9. 3odos os dados foram analisados através do pro#rama estat"stico -'-- B?.8. esultados !a amostra estudada, %ouve predom"nio do sexo masculino, e a média de idade foi de BBB,@ meses :,H anos/. Aproximadamente 99 dos pacientes eram procedentes de 'orto Ale#re, e 9@,H tin%am acesso G escola especial para atendimento de crianças com transtorno invasivo do desenvolvimento. As caracter"sticas sociais e demo#ráficas do #rupo estudado são apresentadas na 3abela B. A versão da *A- em portu#us encontra2se na 3abela ?. Aproximadamente N9 H:/ dos pacientes avaliados encontravam2se na cate#oria de autismo #rave, e H? na cate#oria de leve a moderado. 0 restante H/, se#undo a *A-2+, não apresentava autismo. A associação entre autismo infantil e epilepsia é bem con%ecida e, neste estudo, esteve presente em ?@,H dos pacientes avaliados. 'ropriedades psicométricas *onsistncia interna A média -)/ do total de pontos obtidos foi H:, 9,8O/. !a análise da consistncia interna da escala utili(ando o coeficiente alfa de *ronbac%, obteve2se o valor 8,@? I*:9 8,OB28,@@/, indicando um elevado #rau de consistncia interna. =alidade conver#ente A associação observada entre a *A- e a A3A foi expressa por um coeficiente de 'earson r K 8,@: I*:9 8,O28,:8/ p J 8, 88B >i#ura B/.
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=alidade discriminante *onforme esperado, %ouve uma correlação inversa si#nificativa entre a *A- e 7A> r K 28,O9 I*:9 28,@28,NB/ p J 8,88B >i#ura ?/.
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*onfiabilidade teste2reteste Ap$s um per"odo m"nimo de semanas, 98 pacientes foram novamente avaliados. A análise, através do coeficiente &appa de *o%en, mostrou concordUncia de 8,:8. 0 resultado é uma indicação da estabilidade da escala ao lon#o do tempo, não sendo necessário reaplicar a escala nos N8 pacientes iniciaisB. )iscussão )esde sua descrição, %á mais de N8 anos, o autismo representa um desafio fascinante e eni#mático para neurolo#istas e psiquiatras9. -abe2se %oCe que o autismo não é uma doença Wnica, e sim um distWrbio de desenvolvimento complexo associado a mWltiplas etiolo#ias e a #raus variados de severidade, sendo caracteri(ado por alterações comportamentais, de lin#ua#em e de co#nição, com retardo mental em O8 dos casos e crises epilépticas em H8N,O. !ão %á duvida da importUncia dos fatores biol$#icos na #nese do autismo, porém, não %avendo um marcador, seu dia#n$stico e o con%ecimento de seus limites permanecem uma decisão cl"nicaH,O e, portanto, o uso de testes padroni(ados para avaliação do transtorno é de considerável interesse na comunidade cient"ficaB. !osso estudo tradu(iu e validou para a l"n#ua portu#uesa, do +rasil, a *A-, uma escala mundialmente utili(ada para dia#n$stico e classificação do autismo e que, pela sua importUncia, Cá está tradu(ida para o Capons, sueco, francs, entre outros idiomas?B2 ?H. A *A-2+ apresentou boa consistncia interna, validade discriminante, validade conver#ente e confiabilidade teste2reteste, utili(ando uma amostra de crianças e adolescentes com autismo tratados em re#ime ambulatorial em um %ospital terciário. Estes resultados são comparáveis ao da escala ori#inal e Gs outras versões. A confiabilidade é a reproducibilidade de uma medida e pode ser avaliada de várias formas confiabilidade teste2reteste, que é o #rau de concordUncia entre as avaliações em momentos diferentes e pode ser estimada pelo coeficiente &appa, confiabilidade entre diferentes observadores e consistncia internaB,?. A confiabilidade entre observadores mereceu atenção em diversos estudos envolvendo a *A-, mas os resultados são dif"ceis de avaliar e comparar?? e, portanto, não foi utili(ada neste estudo. A consistncia interna representa o #rau no qual a escala, vista como um todo, mede um fenmeno isolado e é medida através do coeficiente alfa de *ronbac%??,?. As medidas de validade estão relacionadas aos ac%ados de confiabilidade e são o aspecto mais importante da avaliação psicométricaB,??. 'odem ser definidas como a capacidade em realmente medir aquilo a que o instrumento se propõe e inclui a validade de critério, de conteWdo e de construção conver#ente, diver#ente e discriminante/?. As caracter"sticas psicométricas da versão em portu#us da *A- são semel%antes Gs da amostra que deu ori#em ao instrumentoB8. A literatura, de um modo #eral, sustenta a confiabilidade da *A- com vários estudos demonstrando uma consistncia interna com valores aceitáveis 8,:8BH,??,?9. A consistncia interna da *A-2+, medida pelo coeficiente de *ronbac%, é considerada boa 8,@H/, assim como na escala ori#inal 8,:/, e Custifica a combinação de B9 itens individuais em um Wnico escoreB8,?. 0 valor do alfa de *ronbac% na versão sueca foi 8,:B?? e, na versão Caponesa, de 8,@O?B,?9. Ap$s o paciente ter sido avaliado para cada um dos B9 itens, foi calculado um escore total. Aproximadamente H? B:/ dos pacientes deste estudo foram inclu"dos na cate#oria de autismo leve a moderado, e N9 H:/ dos pacientes apresentavam critérios de autismo #rave. Estes resultados podem ser explicados pelo fato de a amostra ser 13
proveniente de um %ospital universitário com atendimento especiali(ado na área. 0 )-rancesa para se c%e#ar ao século ]I], aos primeiros estudos sobre deficincias. 0 dia#n$stico sobre autismo apresenta al#umas controvérsias, assim como sua pr$pria definição. !o entanto, apresentaremos, trs definições que podemos considerar como adequadas A da A-A – American -ocietQ for Autism Associação Americana de Autismo/ A da 0r#ani(ação , A.
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