Instrução da Primeira Preleção

September 13, 2017 | Author: Rui Barbosa | Category: Freemasonry, Masonic Lodge, Slavery, Saint, God
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AS PRELEÇÕES DOS TRÊS GRAUS NA MAÇONARIA SIMBÓLICA

As Preleções dos Três Graus conforme demonstrado na Loja Emulação de Aperfeiçoamento, Londres. Em uniformidade com o Ritual de Emulação.

© Primeira publicação na Inglaterra em 1974. Tradução da edição publicada em 1993, autorizada pela Grande Loja Unida da Inglaterra por meio do Grão Mestre da Grande Loja Distrital da América do Sul - Div. Norte, Eminente lr. Colin Vaughan Foster.

Edição 2009 2009 1

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ÍNDICE INTRODUÇÃO.............................................................................5 PRIMEIRA PRELEÇÃO Primeira Seção.................................................................11 Segunda Seção................................................................16 Terceira Seção.................................................................28 Quarta Seção....................................................................37 Quinta Seção....................................................................45 Sexta Seção......................................................................53 Sétima Seção....................................................................58 SEGUNDA PRELEÇÃO Primeira Seção................................................................66 Segunda Seção...............................................................75 Terceira Seção................................................................82 Quarta Seção..................................................................87 Quinta Seção..................................................................97 TERCEIRA PRELEÇÃO Primeira Seção...............................................................101 Segunda Seção..............................................................113 Terceira Seção...............................................................118 PERGUNTAS- EXAME DE MESTRE MAÇOM........................122 ANÚNCIO DA LEITURA DAS ATAS.......................................124 ANÚNCIO PARA ENSAIO.......................................................125 CHAMADA PARA O DESCANSO...........................................126 CHAMADA PARA O TRABALHO...........................................127 REVERSÃO DA LOJA PARA QUALQUER GRAU.................128

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INTRODUÇÃO Este livro contém as Preleções Maçônicas relativas aos três graus simbólicos. Estas Preleções fazem uma descrição do ritual desses Graus e o seu significado moral e simbólico, dispostas em caráter formal e organizadas como um catecismo, isto é, em forma de perguntas e respostas para serem apresentadas por dois ou mais Irmãos. Atualmente o conteúdo das preleções está padronizado e na realidade sofreu poucas modificações de monta desde que está em uso mas, por descrever em detalhes o ritual dos três graus e conter uma quantidade razoável das palavras e expressões usadas nas cerimônias, as partes ritualísticas devem estar em concordância com os trabalhos em uso nas Lojas. As Preleções deste livro estão de acordo com o sistema conhecido por “Trabalho de Emulação”, da “Emulation Lodge of Improvement”, a qual vem apresentando o trabalho ritualístico e estas Preleções, ininterruptamente desde a sua formação, em 1823. Estas Preleções se aplicam aos que usam o Ritual de Emulação e refletem a maneira exata como são apresentadas nas sessões das sextas-feiras na “Emulation Lodge of lmprovement”, motivo pelo qual seu conteúdo foi revisto pelo Comitê dessa Loja, que autoriza a sua publicação original. O livro inclui um Apêndice com outros assuntos Maçônicos que não têm conexão com o Trabalho de Emulação e pelos quais a “Lodge of lmprovement” não se sente responsável. Os catecismos estão em uso pela Maçonaria desde os seus primórdios. Primeiramente apareceram como métodos de sabatinas e podem também ter sido usados

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Introdução

como meio de instrução, muito embora, os que apareceram pelo final do Séc.XVIII eram mais em forma de explicações de procedimentos maçônicos do que originados de fonte autêntica. O sistema de Preleções de William Preston desenvolvidas a partir de 1772 (cujo texto integral somente se tornou conhecido 20 anos depois) e a “Master Key” de John Browne, publicado em 1801, foram os primeiros a transmitir-nos informações autênticas. Por essa época as Preleções em uso tinham se tornado um sistema de instrução completo na Maçonaria - não apenas para os procedimentos ritualísticos nos trabalhos das cerimônias dos três graus mas para o próprio espírito da Maçonaria como um todo. As cerimônias em si eram curtas e, nos primeiros anos do Séc.XIX, realizadas numa pequena sala separada, com pequena freqüência, antes que a Loja inteira se reunisse. Naqueles tempos, a reunião completa era feita ao redor de uma mesa e as Preleções eram praticadas na íntegra, como instrução ao Candidato. Com a união das duas Grandes Lojas, em 1813, formando a Grande Loja Unida da Inglaterra, houve gestões no sentido de padronizar o sistema de Preleções. Um novo sistema ritualístico tinha sido elaborado pela “Lodge of Reconciliation” (1813-1816) para uso na Grande Loja Unida e era necessário adaptá-lo a um sistema de Preleção para orientação quanto aos procedimentos e para ir de encontro ao simbolismo das novas práticas. Nenhum dos sistemas de Preleções jamais recebeu aprovação formal da Grande Loja, tal como havia sido acordado na aprovação do novo ritual em 1816. Havia pelo menos três sistemas de Preleções em uso corrente em Londres, antes da União. O que teve aceitação geral na época foi o sistema elaborado para uso nas demonstrações nas “Public Nights” da “Grand

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Introdução

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Stewards’ Lodge”. Sua forma era muito parecida ao tipo de catecismo contido na “Master Key” de John Browne , de uso comum pelas anteriores Lojas dos “Modernos” mas com a incorporação do novo ritual, em 1817, ele foi organizado como um sistema de Preleções integrado ao mesmo, com sete, cinco e três seções, respectivamente nas Preleções do primeiro, segundo e terceiro Graus — o mesmo padrão atualmente em uso.

delas são apresentadas em cada reunião, após os trabalhos da cerimônia daquela noite, nas primeiras, segundas e quartas sextas-feiras do mês; as cerimônias de Instalação são trabalhadas nas outras sextas. A Loja não se reúne nos meses de julho, agosto e setembro. As Preleções devem ser controladas por um Mestre de Preleções que faz as perguntas, podendo as respostas ser dadas por um ou mais assistentes. Na “Lodge of Improvement” o Mestre de Preleções é sempre um membro do Comitê que ocupe a Cadeira de Venerável ou então, o Venerável Imediato. O trabalho é conduzido da Cadeira do V. Mestre por ocasião do Festival anual porém , de um assento qualquer e por um Venerável Instalado, ao longo do ano, O Comitê da “Emulation” acredita que a formulação das perguntas das Preleções resulta no controle dos trabalhos e que essa função deva ser exercida por Veneráveis Passados.

A “Emulation Lodge of lmprovement” para Mestres Maçons foi formada em 1823 e desde o seu início desempenhou suas instruções utilizando o sistema de Preleções da “Grand Stewards’ Lodge”. Tem trabalhado com o mesmo desde então, embora desde 1840 o ensaio de cerimônias tenha sido sua prioridade. Quando em 1860 cessaram as “Public Nights” da “Grand Stewards’ Lodge”, a “Emulation Lodge of lmprovement tornou-se a principal entidade a apresentar essas Preleções com regularidade. Apesar das pequenas alterações sofridas ao longo dos anos — algumas revisões foram feitas no início da década de 1860 pela “Grand Stewards’ Lodge” - elas continuam as mesmas em uso em 1817 e, exceto as correções necessárias para adaptá-las aos novos procedimentos do ritual após 1813, elas têm praticamente o mesmo conteúdo das Preleções usadas pela Maçonaria Inglesa nos últimos anos do Século XVIII. Elas cobrem na íntegra as cerimônias de cada Grau, exceção feita às exortações e às referências aos sinais de além-mar na cerimônia do terceiro Grau. Isto se deve ao fato de que as referências aos mesmos somente entraram em uso após 1870. Atualmente as Preleções são apresentadas nas sessões da “Emulation Lodge of Improvement” num esquema que permite repassá-las completamente duas vezes ao ano. Elas são divididas em seções e uma ou duas

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Nas reuniões da “Emulation” o procedimento normal é o de um Irmão fazer o papel de Assistente e dar todas as respostas de uma seção inteira. De acordo com a conveniência, o trabalho de assistente é feito pelo 1° Vigilante para a primeira seção a ser trabalhada e pelo 2° Vigilante para a seção seguinte. Quando esse trabalho não é feito pelos Vigilantes, o Irmão encarregado de fazê-lo se posiciona do lado norte do pedestal do 1° Vigilante. Como procedimento padrão adotado pela “Lodge of lmprovement” no trabalho das Preleções, o Venerável que está na Cadeira se dirige ao Irmão que dará as respostas — “Irmão ....... podeis ajudar o V. Ir. ....... a colocar em prática a ....... Seção da ....... Preleção?” . O Irmão que será o assistente pode ser referido pelo nome ou pelo cargo devendo o V. Passado ser chamado pelo nome; a Seção e a Preleção são designadas pelos respectivos números. O

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Introdução

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Irmão indicado para dar assistência levanta-se e responde, sem saudação: “Farei o melhor possível, V.M.”; então, se não for um dos Vigilantes, dirige-se ao norte do pedestal do 1º Vigilante. Se o trabalho for feito por um dos Vigilantes ele ficará de pé no seu posto. O assistente então saúda o V.M. no Grau em que a Loja estiver aberta e iniciam-se os trabalhos com a primeira pergunta a ser formulada pelo Mestre de Preleções.

A necessidade de saudar no Grau em que a Loja estiver aberta é enfatizada. A “Emulation Lodge of Improvement” tem a freqüência restrita a Mestres Maçons e o trabalho das Preleções é feito sempre com a Loja aberta no terceiro Grau. Por isso as saudações em geral são as do terceiro Grau, embora os sinais e saudações requeridas nos textos das Preleções devam ser sempre as do Grau correspondente à que estiver sendo apresentada. Pode-se trabalhar as Preleções com a Loja aberta no Grau correspondente mas nunca num inferior ao grau em questão. Como o conteúdo destas Preleções nunca teve aprovação formal da Grande Loja, elas não devem ser consideradas como reflexo de opinião oficial para qualquer dos seus procedimentos. Como o próprio ritual, as Preleções foram desenvolvidas ao longo dos anos e incorporam pensamentos e idéias de numerosos Irmãos e que receberam a aceitação geral na Ordem. Poderá haver uma certa quantidade de idéias e material que nunca foi incluída nas Preleções como também, parte de seu conteúdo poderá estar desatualizada. Estas Preleções tem cunho de antiguidade e consistem em interessante exercício para perscrutar as razões que motivaram os nossos predecessores. Algumas vezes elas são publicadas com notas introdutórias para cada Preleção; essas não são usadas no “Emulação” e portanto não estão inclusas. As Preleções também estão dispostas de forma a concordar com os Juramentos, tal como aprovado em 1813-1816; tomando em conta o seu significado histórico, não se considerou apropriado adaptá-las às alterações dos Juramentos de 1964, mesmo como método alternativo. Setembro de 1974.

Ao final de cada Seção há uma Exortação, normalmente feita pelo Mestre de Preleções, seguida de uma espécie de “bateria”. Exceto as “baterias” ao fim das últimas seções da primeira e segunda Preleções, isto é feito por todos sentados (exceto o Ir. encarregado como assistente). Essa bateria é dada sempre de forma audível, por uma batida a cada movimento. Para as primeiras seis seções da Preleção do Primeiro Grau, a bateria é dada pelo Sn. de AP. , cada movimento terminando com uma palmada na ilharga: para as primeiras quatro seções da Preleção do Segundo Grau, o sinal é similar à saudação desse Grau quando do retorno dos ComP. nas cerimônias de Instalação: para todas as três seções da Preleção do terceiro Grau , a batida é feita batendo com as mãos nas ilhargas ao dar o G. e R. Sn.. Para as últimas seções da primeira e segunda Preleções, todos devem estar de pé, o que já terá sido ordenado no curso da seção. A bateria em cada caso é similar à que é dada na mesa em várias partes do mundo, numa freqüência adequada. Após a bateria, o Mestre de Preleções dirá ao assistente “Obrigado, Irmão.......”, quando então esse Irmão fará a saudação no Grau em que a Loja estiver aberta, retornando ao seu lugar. Procede-se então à seção seguinte da Preleção ou à seqüência dos trabalhos normais.

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PRIMEIRA PRELEÇÃO

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Primeira Seção

VM. Ir. _____ podeis ajudar o Ir. _____ a colocar em prática a Primeira Seção da Primeira Preleção? Ir. Indicado - Farei o melhor possível, VM. (dirige-se ao N do Pedestal do 1º V., saúda no Grau em que a Loja estiver aberta.) P. Sendo Maçons Livres e Aceitos, como nos reunimos pela primeira vez? R. No Esquadro. P. Como esperamos nos separar? R. No Nível P. Por que desta maneira especial? R. Como Maçons devemos agir sempre no Esquadro, habilitando-nos a estar no Nível com toda a humanidade, especialmente com um Ir.. P. Como Maçom, donde vindes? R. Do Ocidente. P. Para onde dirigis vossos passos? R. Para o Oriente. P. Por que motivo deixais o Ocidente para vos dirigirdes ao Oriente? R. Para procurar um Mestre e dele receber instrução. P. Quem sois vós que procurais instrução? R. Um Maçom Livre e Aceito. P. Como deve ser um Maçom Livre e Aceito? R. Um homem livre, nascido de uma mulher livre, irmão de um Rei, companheiro de um Príncipe - ou de um pobre, se Maçom e considerado digno. P. Por que livre de nascimento?

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Em alusão à grande festa que Abraão fez quando seu filho lsaac foi desmamado. Nessa ocasião Sara, esposa de Abraão, viu lsmael, o filho de Agar, a escrava egípcia, brincando com seu filho lsaac e protestou com Abraão, dizendo: “manda embora essa escrava e seu filho, pois o filho de uma escrava não pode ser herdeiro com meu filho lsaac”. Ela falou com espírito profético sabendo que dele descenderia um povo grande e poderoso que iria servir ao Senhor com liberdade, fervor e zelo; ela temia que, se os dois jovens fossem criados juntos, lsaac poderia absorver de lsmael alguns dos princípios de escravo; naqueles dias era crença geral, como agora, que as mentes dos escravos eram mais suscetíveis aos vícios e menos brilhantes do que a dos nascidos livres. Como Franco-Maçom essa é a razão que nós damos para que cada Maçom deva ser homem livre; atualmente, a escravidão está abolida. Por isso a Constituição da Ordem considera que um homem livre, mesmo que não tenha nascido livre, está apto para ser feito Maçom. Por que esta igualdade entre Maçons? Somos todos criados como iguais, o que está reforçado em nosso Juramento Maçônico. Como Maçom, donde vindes? De uma digna e venerável Loja de Irmãos e Companheiros. Que recomendação trazeis? Saudar o Venerável. (dá o S. de Ap.) Trazeis outra recomendação? Fraternais saudações. Já que nada trazeis além de fraternais saudações, o que vindes fazer aqui?

12 11Primeira Preleção

Primeira Seção

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Aprender a orientar e controlar as minhas paixões e fazer progressos na Maçonaria. Posso presumir que sois Maçom? Assim me consideram meus IIr. e Companheiros. Como sabeis que sois Maçom? Pela regularidade de minha iniciação, repetidas provas e aprovações, e a boa vontade de submeter- me, a qualquer tempo, a um exame quando for regularmente convidado. Como provais aos outros serdes Maçom? Por S., T. e os pontos perfeitos de minha entrada. O que são S.? Todos os E., N. e P. são sinais verdadeiros e próprios para se conhecer um Maçom. O que são Toques? Certos toques sensíveis pelos quais podemos distinguir um irmão tanto à noite quanto de dia. Podeis dar-me os pontos de vossa entrada? Dai-me o primeiro e eu vos darei o segundo. Eu guardarei. Eu ocultarei. O que desejais ocultar? Todos os segredos e mistérios de ou pertencentes a Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria. Estando em Loja aberta, podeis revelá-los com segurança. De, A, e Na. Em que De, A, e Na.? De minha livre e espontânea vontade; A porta da Loja; Na ponta de um punhal encostado ao meu p. e. n.. Quando fostes feito Maçom?

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Quando o Sol estava no seu meridiano. Neste pais as Lojas de Franco-Maçons funcionam geralmente à noite; que explicação podeis dar a isso, que à primeira vista parece um paradoxo? Girando constantemente a Terra sobre seu eixo em sua órbita ao redor do sol e estando a Franco Maçonaria universalmente espalhada sobre sua superfície, o sol estará sempre em seu meridiano, com relação à FrancoMaçonaria. O que é a Franco-Maçonaria? Um sistema peculiar de moralidade, velado por alegorias e ilustrado por símbolos. Onde fostes feito Maçom? No seio de uma Loja regular, justa e perfeita. O que é uma Loja de Franco-Maçons? Uma assembléia de Irmãos, reunidos para estudar os mistérios da arte. O que a faz regular? A Carta-Patente da Constituição. Quando reunida, o que a faz justa? O L.S.E. aberto no pedestal. O que a faz perfeita? Sete ou mais Maçons regulares. Por que fostes feito Maçom? Para obter os Segredos da Maçonaria e ser trazido das trevas. Os Maçons têm Segredos? Sim, e de inestimável valor. Onde eles os guardam? Em seus corações. A quem são revelados? Unicamente a Irmãos e Companheiros. Como eles os revelam? Por S., T. e palavras. 14 Primeira Seção

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Como Maçons, como esperamos consegui-los? Com a ajuda de uma chave. Encontra-se pendente ou deitada? Pendente. Por que preferivelmente pendente? Deve sempre pender em defesa de um Irmão e nunca inclinar-se em seu prejuízo. P. Como está pendente? R. Pelo fio da vida, na passagem ao fim da existência, entre gutural e peitoral. P. Por que tão próximo ao coração? R. Como indicador da mente, não deve expressar nada que não fosse verdadeiramente ditado pelo coração. P. E uma chave estranha - de que metal é feita? R. Não é de metal - é a informação de boa reputação. VMI. Irmãos, aqui termina a primeira seção da primeira Preleção. A EXORTAÇAO é: À língua de um Franco-Maçom, a excelente chave que deve falar bem de um Irmão, na sua ausência ou na presença mas, quando isto não puder ser feito com honra e justiça, deve ser adotada aquela excelente virtude da Ordem: o Silêncio. À Ordem Irmãos TODOS sentados, S. de Ap. 3 vezes.

Segunda Seção

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Onde fostes primeiramente preparado para ser feito Maçom? No meu coração. Onde em seguida? Numa sala conveniente, contígua à Loja. Quem vos trouxe para ser feito Maçom? Um amigo, que depois soube ser um Irmão. Descrevei a maneira como fostes preparado. Fui despojado de metais, e v. os o., d.-me o b. d., p. e., e o j. e., calçaram o meu p. d. de ch., e colocaram-me ao pesc. um l. de c.. Por que fostes despojado de metais? Para não trazer para a Loja algo ofensivo ou defensivo, para não perturbar a sua harmonia. Há uma segunda razão? Fui recebido na Maçonaria em estado de pobreza para lembrar-me a dar alívio aos Irmãos indigentes, porém dignos, sem prejuízo para mim ou de meus familiares. Há uma terceira razão? Porque na construção do Templo do Rei Salomão não se ouvia o som de ferramentas metálicas. Como podia ser realizada e completada a construção de um edifício tão majestoso como o T. do R. S. sem o emprego de ferramentas metálicas?

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As pedras foram lavradas na pedreira e lá ajustadas, entalhadas, marcadas e numeradas. A madeira foi derrubada e preparada nas florestas do Líbano e também lá talhada, marcada e numerada; de lá transportadas por balsas até Jopa e dali em carretas até Jerusalém e montadas com malhos de madeira e outros implementos próprios para esse fim. Por que as pedras e a madeira foram preparadas tão longe dali? Para mostrar a excelência da Ordem naquela época, porque embora os materiais tenham sido preparados a tão grande distância, quando trazidos para Jerusalém e procedida a montagem, cada peça foi encaixada com tal exatidão que mais parecia um trabalho do Grande Arquiteto de Universo do que feito por mãos humanas. Por que tivestes os o. v. ? Para que, no caso de uma eventual recusa de prosseguir nas cerimônias usuais para ser feito Maçom, eu fosse retirado da Loja sem descobrir seus detalhes. Qual a segunda razão? Fui recebido na Maçonaria em estado de trevas para lembrar-me de manter velados os mistérios Maçônicos ao resto do mundo, a não ser que lhes fossem legalmente transmitidos, da forma que eu estava por recebê-los. Qual a terceira razão? Para que o meu coração viesse a conceber antes

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que meus olhos descobrissem. Por que fostes calçado de ch.? Considerando que as nossas Lojas são construídas em solo sagrado, alude a uma passagem das S. E. quando o Senhor falou a Moisés, da Sarça Ardente - “tira as sandálias dos pés, pois o chão que pisas é sagrado”. Estando convenientemente preparado, para onde fostes conduzido? Para a porta da Loja. Como estava a porta? Fechada e coberta. Por quem estava coberta? Por alguém que posteriormente soube ser o GE. da Loja. Seu dever? Armado com uma espada desembainhada, impedir a entrada de intrusos e profanos à Maçonaria e verificar se os candidatos estão devidamente preparados. Estando em trevas, como soubestes ser uma porta? Por encontrar um obstáculo e posteriormente ser admitido. Como fostes admitido? Por três batidas distintas. A que aludem essas três batidas? A uma antiga e venerável exortação — “Procura e acharás; pergunta e te será dito; bate e ser-te-á aberto.” Como aplicastes essa exortação àquela vossa situação?

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Tendo percebido em minha mente, solicitei ao meu amigo, ele bateu e a porta da Franco-Maçonaria foi aberta para mim. Quando a porta Maçônica foi aberta para vós, quem veio recebê-lo. Alguém que posteriormente soube ser o GI. O que ele perguntou ao seu amigo, ou ao GE.? Quem está aí convosco? Qual foi a resposta do GE.? O Sr......., um pobre Candidato em trevas, que foi correta e honrosamente recomendado, regularmente proposto e aprovado em Loja aberta e agora se apresenta por sua livre e espontânea vontade, convenientemente preparado, solicitando humildemente ser admitido aos mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria. O que mais perguntou o GI.? Como eu esperava obter esses privilégios. Qual foi a vossa resposta? Com o auxilio de Deus, por ser livre e de boa reputação. Como procedeu então o GI.? Pediu que aguardasse enquanto fazia a comunicação ao VM., que ordenou a minha admissão. Fostes admitido? E em Quê? Sim. Na ponta de um p. encostado ao meu p. e. n.. Na vossa entrada na Loja, por que a ponta de um p. foi encostado em vosso p. e. n.?

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Para me advertir que eu estava por me engajar em algo sério e solene, como também para distinguir o sexo. Quando fostes admitido na Loja, qual foi a primeira pergunta que o Mestre vos dirigiu? “Sr....... como ninguém pode ser feito maçom a não ser que seja livre e de maior idade, pergunto- vos: Sois livre e tendes mais de vinte e um anos de idade?”; ao que respondi afirmativamente. O que então vos pediram para fazer? Ajoelhar para receber o benefício de uma prece Maçônica. Peço-vos que a façais.

VM. (uma) 1°V. (uma) 2ºV. (uma) TODOS ficam de pé, com o S∴ de R∴ R. Pai Todo Poderoso e Supremo Governador do Universo, concede Teu auxílio a nossa reunião e permita que este Candidato à Franco-Maçonaria possa dedicar e devotar sua vida ao Teu serviço, de maneira a tornar-se um verdadeiro e fiel irmão entre nós. Concede-lhe um raio da Tua divina sabedoria, de maneira que, auxiliado pelos segredos da nossa arte Maçônica, ele possa estar melhor capacitado a desvelar as belezas da verdadeira devoção, para honra e glória do Teu Santo Nome. VMI. Assim Seja. TODOS baixam o Sn. de R. e sentam-se P. Após essa prece, qual a pergunta seguinte que vos fez o Mestre? R. Em todos os casos de dificuldade e perigo, em quem depositais vossa confiança?

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Qual foi vossa resposta? Em Deus. E qual foi a resposta do Mestre? Muito me alegra encontrar em vós uma fé tão bem fundamentada; confiando em tão seguro auxilio podeis levantar-vos sem receio e seguir vosso guia com uma firme mas humilde confiança, pois nenhum perigo pode ocorrer onde o nome de Deus é invocado. Como então o Mestre se dirigiu à Loja? Irmãos do N., Or., S. e Oc., prestai atenção que o Sr........ passará diante de vós para mostrar que é um Candidato convenientemente preparado, pessoa digna e apta para ser feita Maçom. Como o vosso guia então vos conduziu? Estando numa condição humilde de penúria e desamparo, precariamente vestido e calçado, ele segurou-me pela mão direita e conduziu-me pelo N, no Or. em frente ao VM., pelo S. e no Oc. colocou minha mão direita na mão do 1°V. Durante a vossa perambulação pela Loja, o que vos foi requerido? Fui submetido a exames pelo 2° e 1° Vs. de modo similar ao feito na porta da Loja. Por que fostes conduzido ao redor da Loja dessa maneira peculiar? Para representar, figuradamente, a condição de pobreza e desgraça aparente na qual fui recebido na Maçonaria. Que eu deveria refletir por um momento neste estado de miséria; para causar uma

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impressão tão profunda a ponto de não ignorar as queixas dos infortunados, particularmente de um Irmão. Mas ouvir com atenção suas lamentações, para que a piedade pudesse fluir do meu peito juntamente com o alívio para suas necessidades, na medida das minhas posses. Também, para mostrar, que eu era um candidato devidamente preparado e pessoa digna e apta para ser feita Maçom. Quais as pessoas dignas e aptas para serem feitas Maçons? Homens justos, honrados e livres, de maior idade, bom senso e rigorosa moral. Por que os privilégios da Maçonaria estão restritos a homens livres? Para que os maus costumes da escravidão não contaminem os verdadeiros princípios de liberdade em que se fundamenta a Ordem. Por que de maior idade? Para possibilitar um melhor julgamento para nós mesmos, bem como para a Fraternidade em geral. Por que de bom senso e rigorosa moral? Para que, por princípios e exemplos, possamos impor obediência às excelentes leis e doutrinas emanadas pela Franco-Maçonaria. Como procedeu o 1°V. quando fostes passado às suas mãos, no Ocidente? Ele me apresentou ao VM. como candidato convenientemente preparado para ser feito Maçom. Qual foi a resposta do Mestre?

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Primeira Preleção

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Ir. 1°V., vossa apresentação será atendida e, para tanto, dirigirei algumas perguntas ao candidato, as quais espero ele responderá com sinceridade. Qual foi a primeira daquelas perguntas? Declarais solenemente, sob vossa honra que, vos oferecendo para participardes de nossos mistérios, não fostes movido por solicitação imprópria de amigos, contra vossa própria inclinação, e que não fostes influenciado por motivos mercenários ou outros, menos dignos; que é livre e espontaneamente que vos ofereceis como candidato aos mistérios e privilégios da Franco- Maçonaria? Qual foi a segunda? Garantis ainda sob vossa honra, que procurais participar desses privilégios levado por favorável opinião preconcebida sobre a Instituição, por um desejo profundo de vos instruirdes, e por vontade sincera de prestar maiores serviços aos vossos semelhantes? E qual a terceira? Ainda mais, prometeis solenemente, pela vossa honra que, sem temor ou imprudência perseverareis firmemente nas provas de vossa iniciação e, uma vez admitido, trabalhareis e sustentareis os antigos usos e costumes estabelecidos da Ordem? — Dei resposta afirmativa a todas as perguntas. O que então o Mestre pediu? Pediu ao 1°V. que ordenasse ao 2°D. para que ensinasse a dirigir-me ao pedestal na devida forma.

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Solicito que demonstreis a forma de dirigir-se do Oc. para o Or. nesse grau. Isso é feito, indo até o pedestal De que consistem esses três passos em forma de esquadro? Linhas retas e ângulos. O que ensinam moralmente? Vidas retas e ações no Esquadro. (Retorna ao lugar) Quando colocado em frente ao Mestre, no Or., como ele se pronunciou? É meu dever informar-vos que a Maçonaria é livre e exige dos candidatos à participação dos seus mistérios uma inclinação inteiramente livre; baseia-se nos mais puros princípios de devoção e virtude. Possui grandes e inestimáveis privilégios e, para assegurar esses privilégios a homens dignos, e somente a eles, exige juramentos de fidelidade; asseguro-vos porém que nesses juramentos não há nada incompatível com vossos deveres civis, morais ou religiosos; estais portanto decidido a prestar um Sol. J. baseado nos princípios que acabo de expor, para manter inviolados os segredos e mistérios da Ordem? Com o que eu concordei. Fostes feito Maçom? Fui, e na devida forma. Descrevei a forma na qual fostes feito Maçom. Aj. S. m. j. esq., pé d. e. f. de e., m. d. sobre o L.S.E., enquanto a m. e. sustentava um C. uma das pts. tocando o meu p. e. n..

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Por que na iniciação o C. foi encostado ao vosso p. e. n.? Para que, no futuro, se estiver em situação de indevidamente revelar os segredos que estavam por ser a mim confiados, lembrar que o compasso era um emblema de tortura ao meu corpo. Naquela condição, o que ireis fazer? Prestar o Grande e Sol. J. de Maçom. Solicito que o façais.

VM. (uma) 1°V. (uma) 2ºV. (uma) TODOS levantam-se, com o S. de Ap. R. Eu, _____ (nome completo) na presença do Grande Arquiteto do Universo e desta digna, regular e venerável Loja de Maçons Livres e Aceitos, regularmente reunida e devidamente consagrada, de minha livre e espontânea vontade, sincera e solenemente prometo e juro, que sempre guardarei, ocultarei e jamais revelarei qualquer parte ou partes, ponto ou pontos dos segredos ou mistérios de ou pertencentes aos Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria, que possam até aqui ter sido por mim sabidos, ou forem agora ou em qualquer período futuro a mim confiados, a não ser a um regular e verdadeiro Irmão ou Irmãos, e nem mesmo a este ou estes, senão depois da devida prova, exame rigoroso ou informação segura de um Irmão bem conhecido que, ele ou eles, sejam dignos de tal confiança, ou no seio de uma Loja regular, justa e perfeita de Antigos

P. R.

P.

Franco-Maçons. Prometo solenemente nunca escrever, gravar, entalhar, marcar, imprimir, ou por qualquer outra forma descrever esses segredos, nem consentirei que outros o façam, se estiver em meu poder impedi-lo, sobre qualquer coisa móvel ou imóvel sob a abóbada Celeste, onde qualquer letra, símbolo ou imagem, ou qualquer vestígio de letra, símbolo ou imagem possa ser legível ou inteligível a mim ou a qualquer outra pessoa no mundo, de maneira que, por minha indignidade, nossas artes secretas e mistérios ocultos possam ser conhecidos indevidamente. Estes diversos pontos eu juro solenemente observar, sem evasivas, equívocos ou restrições mentais de qualquer natureza, estando seguro que, sob a violação de qualquer deles, serei considerado como perjuro voluntário, desprovido de qualquer valor moral, totalmente indigno de ser recebido nesta venerável Loja, ou em qualquer outra Loja regular, ou sociedade de homens que coloquem a honra e a virtude acima das vantagens externas, da posição social e fortuna. Assim me ajude Deus, mantendo-me firme neste meu Gr. e Sol. J. de Ap. Franco-Maçom. TODOS cortam o S. e sentam-se Tendo prestado o Sol. J. de um Maçom, o que mais o Mestre disse? Aquilo que repetistes pode ser considerado tão somente como uma séria promessa; como penhor de vossa fidelidade e para torná-la um J. Sol., vós o selareis com vossos lábios no L.S.E.. O que mais ele disse?

26 25 Primeira Preleção

Segunda Seção

R.

Tendo permanecido por tanto tempo em trevas, qual é, em vossa presente situação, o desejo predominante em vosso coração? P. Qual foi a vossa resposta? R. L., que me foi restaurada pelo 2ºD., por ordem do VM. P. Tendo vos sido restaurada a benção da L. material, para o que foi então chamada a vossa atenção? R. Para a três grandes, embora emblemáticas, L. na Franco Maçonaria, que são: o L.S.E., o E. e o C. P. Para que servem? R. As Sagradas Escrituras servem para guiar a nossa fé; o E., para regular as nossas ações, e o C., para manter-nos dentro dos limites para com toda a humanidade, em particular com nossos Irmãos da Franco-Maçonaria. P. Como procedeu então o Mestre? R. Ele segurou a minha m. d. e disse: Levantai-vos, recém juramentado Irmão entre Maçons. VMI. lrmãos, aqui termina a segunda seção da primeira Preleção. A EXORTAÇÃO é:

PRIMEIRA PRELEÇÃO Terceira Seção P. R. P. R. P. R.

P. R.

Ao coração que guarda e à língua que nunca revela indevidamente quaisquer dos segredos e mistérios de ou pertencentes a Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria. Á ordem, Irmãos! TODOS sentados, S. de Ap. 3 vêzes.

P. R. P. R. P.

27 Primeira Preleção

Após levantar da posição ajoelhada, o que descobristes? As três L. menores. Onde estão situadas? No Oriente, Sul e Ocidente. Para que finalidade? Para mostrar o curso do Sol que, nascendo no Oriente, atinge o seu meridiano esplendor no Sul e se põe no Ocidente; também para iluminar o homem no trajeto ao trabalho, durante o seu labor e em seu retorno. (OBS.: Este texto foi originalmente elaborado no hemisferio norte. Embora estejamos no hemisfério sul, onde o sol atinge seu esplendor ao N, preferimos manter o texto origina!) Por que não há luz no Norte? (No hemisfério Sul seria no Sul) O Sol estando abaíxo da linha do horizonte, não há incidência de seus raios daquele quadrante para o nosso hemisfério. O que essas luzes menores representam? O Sol, a Lua, e o Mestre da Loja. Por que o Sol, a Lua e, o Mestre? O Sol para regular o dia, a Lua para governar a noite, e o Mestre para administrar e dirigir a sua Loja. Por que o Mestre de uma Loja de Franco-Maçons é comparado a esses grandes luminares?

28 Terceira Seção

R.

P. R.

Como homens, estamos habilitados a desempenhar nossos deveres da vida social pela influência benigna do Sol e da Lua. Dessa forma é com o cuidado e a instrução do VM. (saúda o VM. com o S. do Ap.) que estamos aptos a desempenhar os deveres que a Ordem exige de nós. O que o Mestre declarou depois que as luzes menores foram explicadas? Ir. _____, por vosso comportamento submisso e sincero desta noite, simbolicamente escapastes de dois grandes perigos, mas havia um terceiro, que tradicionalmente, vos acompanharia até o último momento de vossa existência. Os perigos dos quais escapastes foram os de ap....to e o de en...to, pois quando entrastes na Loja este P....l foi encostado em vosso p.e.n., para sugerir que, se tivésseis temerariamente vos precipitado para a frente, teríeis sido o causador de vossa própria m...e por ap...to, pois o Ir. que o empunhava teria ficado firme, cumprindo o seu dever. Havia também este l. de c. com um nó cor. à volta de vosso p., o que teria tornado também fatal qualquer tentativa de retirada. Mas o perigo que, tradicionalmente, vos acompanharia até o último momento de vossa existência era a penalidade física que antigamente era incluída no J. de um M., a de terdes vossa g. c. de lado a lado se tivésseis indevidamente revelado os segredos da Maçonaria. A penalidade completa consistia em ter a g. c. de lado a lado, a l. A. pela raiz e enterrada na areia do

29

P. R.

P. R.

P. R. P.

mar, na marca da maré baixa, onde a maré sobe e desce duas vezes a cada 24 horas. A inclusão de tal penalidade torna-se desnecessária, pois o Juramento que fizestes esta noite vos obriga pelo resto de vossa existência. Que mais ele vos disse? Tendo prestado o G. e Sol. J. de um Maçom, me é agora permitido informar-vos que existem diversos graus na Franco-Maçonaria, com segredos peculiares a cada um; estes, no entanto, não são comunicados indiscriminadamente, mas são conferidos aos candidatos de acordo com seus méritos e habilidades. Vou portanto confiarvos os segredos deste Grau, ou aqueles sinais pelos quais nos conhecemos uns aos outros e nos distinguimos do resto do mundo; mas devo enfatizar, para vossa informação, que todos os E., N., e P., são sinais verdadeiros e corretos para se conhecer um Maçom. Assim, ficai perfeitamente ereto, vossos pés na forma de E., vosso corpo representando um emblema de vosso espírito e vossos pés, a retidão de vossas ações. O que o Mestre vos pediu em seguida? Que desse um passo curto em sua direção, com o meu p. e., colocando o c. d. na o. do p. e.; isto, ele me informou, ser o pri. p. regular na Franco-Maçonaria e é nessa posição que os segredos do Grau são comunicados. Do que consistem esses segredos? Um S., T. e P.. Peço-vos o S., na devida forma.

30 Terceira Seção

R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R.

(faz o S.) Comunicai o T. ao Ir. ____ (O T.∴ é dado) Está correto? (Pelo Ir. que o recebeu, com o S. do Grau em que a Loja estiver) - Está, VM.. O que exige ele? Uma palavra. Daí-me essa palavra. Na minha iniciação ensinaram-me a ser cauteloso; eu a soletrarei ou a dividirei convosco. Como quiserdes, começai. (A pal. é dividida) De onde se origina esta palavra? Da Col. e. do p. ou entr. do T do R. S., assim chamada em recordação a ..... B. de D., um P. e R. em l.. Qual o significado da palavra? Em ...... . Tendo sido Juramentado e recebido os segredos, fostes investido? Fui, com a insígnia distintiva de um Maçom, que o 1°V. me informou ser mais antiga que o Tosão de Ouro ou a Águia Romana, mais honrosa que a Ordem da Jarreteira, ou qualquer outra Ordem existente, sendo o símbolo da inocência e o laço da amizade. Ele me exortou encarecidamente a sempre usá-la e considerá-la como tal; advertiu-me também que se eu nunca desonrasse essa insígnia, (bate no avental com a m. d.), ela nunca me desonraria.

P. R.

P. R. P. R.

Repeti a exortação que recebestes do Mestre. Deixai-me acrescentar às observações do 1°V., que jamais deveis revestir-vos desta insígnia ao visitardes uma Loja onde se encontra um Irmão com o qual estais em desacordo ou, contra o qual tendes animosidade. Nesses casos deveis convidá-lo a retirar-se para amigavelmente resolverdes vossas pendências que, sendo satisfatoriamente resolvidas, podeis então colocar as vossas insígnias, regressar à Loja e trabalhar com aquele amor e harmonia que devem caracterizar os FrancoMaçons em todas as ocasiões. Se, infelizmente, as vossas contendas forem de tal natureza que não possam ser resolvidas facilmente, seria melhor que um ou ambos se retirassem para que a harmonia da Loja não fosse perturbada por vossas presenças. Após, onde fostes colocado? Na parte NE da Loja. Queira repetir a preleção. E costume, na construção de todos os edifícios notáveis e majestosos, assentar a pedra fundamental dos alicerces no canto NE do edifício. Ao serdes admitido na Maçonaria, sois colocado na parte NE da Loja, representando aquela pedra e, sobre o alicerce esta noite assentado, possa o vosso esforço construir um edifício perfeito em seus detalhes e que honre ao seu construtor. Vossa aparência é de um leal e perfeito Maçom e concito-vos firmemente a continuardes a agir como tal. Na verdade, vou imediatamente,de alguma

31 Primeira Preleção

32 Terceira Seção

P. R. P. R.

forma, pôr à prova os vossos princípios, pedindo- vos que exerçais aquela virtude que deve ser justamente considerada a característica marcante do coração de um Franco-Maçom: a Caridade. E desnecessário tecer longas considerações sobre seus méritos pois, indubitavelmente, vós a tendes sentido e praticado muitas vezes. Ela conta com a aprovação dos Céus e da Terra e, como sua irmã, a Misericórdia, abençoa aquele que dá, bem como aquele que recebe. Em uma sociedade tão universalmente espalhada como a Franco- Maçonaria, que se estende pelos quatro cantos do globo, não se pode negar que enquanto muitos de seus membros ocupam alta posição social e vivem na opulência, outros há que, por circunstâncias de inevitável calamidade ou infortúnio, estão reduzidos ao mais extremo grau de miséria e desgraça. Em favor destes, é nosso costume despertar os sentimentos de caridade de cada novo Irmão, na medida de suas posses. Assim depositai em mãos do 2°D. o que estais disposto a dar; será recebido com gratidão e fielmente aplicado. A vossa resposta? Que eu tinha sido despojado de todos os objetos de valor antes de entrar na Loja, do contrário daria de boa vontade. Qual foi a resposta do Mestre? Congratulo-me convosco pela manifestação de tão honrosos sentimentos, apesar da impossibilidade em que vos achais de praticá-los no momento. Acreditai que esta pergunta não foi feita para

P. R. P. R.

P. R.

P. R. P. R.

P.

zombar de vossos sentimentos, longe de nós tal intenção. Foi feita por três motivos especiais. Qual o primeiro? Pôr em prova os meus princípios. O segundo? Para mostrar aos Irmãos que eu não trazia comigo dinheiro nem objetos de metal pois, se tal acontecesse, a cerimônia da minha iniciação, até aquele momento, deveria ser repetida. E o terceiro? Como uma advertência ao meu coração para que se no futuro, encontrar um Irmão em precária circunstância, que venha me pedir auxilio, deverei lembrar o momento solene em que fui recebido na Maçonaria, pobre e desprovido de todo o dinheiro para, com satisfação, aproveitar a oportunidade de praticar a virtude que então manifestei admirar. O que o Mestre vos apresentou a seguir? Os instrumentos de trabalho de um Ap. Franco-Maçom, que são: a R. de 24 polegadas, o M. comum e, o Cinzel. Para que servem? A R. de 24 polegadas serve para medir o nosso trabalho; o M. comum, para desbastar todas as saliências e arestas inúteis e, o Cinzel, para melhor polir e preparar a pedra, tornando-a pronta a ser manuseada por um operário mais hábil. Mas, como não somos todos Maçons operativos porém, mais especialmente, livres e aceitos, ou especulativos, como aplicamos esses instrumentos à nossa moral?

33

34

Primeira Preleção

Terceira Seção

R.

P. R.

P. R.

Nesse sentido, a R. de 24 polegadas, representa as 24 horas do dia, das quais devemos aplicar parte em orações ao Deus Todo Poderoso, parte no trabalho e no descanço e, parte em servir um amigo ou Irmão necessitado, sem prejuízo nosso ou de nossos familiares, O M. comum representa a força da consciência, que deve dominar todos os pensamentos vãos e inoportunos que possam ocorrer nos mencionados períodos, de maneira que, nossas palavras e ações possam ascender impolutas ao trono da graça. O Cinzel nos mostra as vantagens da educação, por cujos meios nos tornamos aptos para membros de uma sociedade regularmente organizada. O que o Mestre vos informou a seguir? Como no decorrer da noite a jóia de vossa iniciação vos será exigida, tendes o direito de saber quem nos autoriza a trabalhar. Esta é a nossa Carta Patente, concedida pela Grande Loja Unida da Inglaterra e que podeis examinar hoje ou em qualquer outra noite. Esta é a Constituição da Grande Loja Unida da Inglaterra, e este é o Regulamento Interno da nossa Loja. Recomendo-vos uma séria leitura dos mesmos pois, pelo primeiro sereis instruído sobre vossos deveres para com a Ordem em geral e, pelo segundo, para com esta Loja em particular. Que permissão recebestes então. Para retirar-me para retomar o meu conforto pessoal, informando-me que no meu retorno à Loja ele pediria a minha atenção para uma

Preleção, baseada nas excelências da Instituição e qualificações de seus membros. P. O que descobristes, com a assistência das três luzes menores quando colocado na parte NE da Loja,? R. A forma da Loja. P. Qual é a forma da Loja? R. Um paralelepípedo. P. Descreva suas dimensões. R. Em comprimento, vai do Oriente ao Ocidente; em largura, entre o N e o S; em profundidade, da superfície ao centro da terra e a altura até aos Céus. P. Por que uma Loja de Franco-Maçons é descrita nessa vasta extensão? R. Para mostrar a universalidade da ciência, da mesma forma que a caridade do Maçom não deve conhecer limites, salvo os determinados pela prudência. VMI. Irmãos, aqui termina a terceira seção da primeira Preleção. A EXORTAÇÃO é: A Todos os Maçons pobres e desamparados, onde quer que se encontrem dispersos sobre a terra e a água, desejando um pronto alívio aos seus sofrimentos e um breve regresso às suas terras de origem, se assim o desejarem. Á ordem, Irmãos! TODOS sentados, S. de Ap. 3 vezes.

35 Primeira Preleção

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PRIMEIRA PRELEÇÃO Quarta Seção P. R. P. R. P. R. P. R.

P. R. P. R.

Onde repousam as nossas Lojas? Em Solo Sagrado. Por que em Solo Sagrado? Porque a primeira Loja foi consagrada. Por que foi consagrada? Em razão de três grandes oferendas e que obtiveram a aprovação Divina. Solicito especificá-las. Em primeiro lugar, a pronta submissão de Abraão ao desejo de Deus, não recusando oferecer em holocausto seu filho lsaac ao sacrifício divino, quando ao Altíssimo aprouve substituí-lo por uma oferenda mais propícia. Em segundo, as repetidas preces e purificações do Rei Davi, que aplacaram a ira de Deus, cessando a peste que grassava entre seu povo, que foi por ele inadvertidamente recenseado. Em terceiro, as muitas ações de graças, oblações, sacrifícios divinos e valiosas oferendas que, S. R. de I. fez ao término, dedicação e consagração do Templo em Jerusalém a serviço de Deus. Estas três fizeram então, fazem agora e, confio que farão sempre, tornar sagrado o solo da Franco-Maçonaria. Como estão orientadas as nossas Lojas? Do Oriente ao Ocidente Porque? Porque é assim que devem estar todos os lugares

37 Primeira Preleção

P. R. P. R. P. R.

de adoração Divina bem como as Lojas Maçônicas regularmente constituídas. Para isso damos três razões Maçônicas. Dai-me a primeira. O Sol, a Glória do Senhor, nasce no Oriente e põe-se no Ocidente. Qual a segunda? A Sabedoria originou-se no Oriente e estendeu a sua influência benéfica para o Ocidente A terceira, última e grande razão? Ao contemplarmos as obras do Todo Poderoso Criador, com presteza e alegria nos prostremos diante Dele, que sempre deixou testemunho entre os homens. Desde os primórdios temos sido ensinados da existência de um Ente Divino. Lemos a respeito de Abel, trazendo ao Senhor uma oferenda mais aceitável que seu irmão Caim; de Enoc caminhando com Deus; de Noé, um homem justo e correto nos seus dias e nos da sua geração, um professor da retidão; de Jacó, lutando com um anjo, vencendo e obtendo a benção para si e a posteridade. Mas nós nunca ouvimos ou lemos sobre a designação de um lugar público para a solene adoração Divina a não ser após a feliz libertação dos filhos de Israel do seu cativeiro no Egito, o que ao Todo Poderoso aprouve fazer sob a condução do seu fiel servo Moisés, com o braço estendido e a mão espalmada, conforme a promessa feita ao seu ancestral, Abraão, que de sua semente Ele faria um grande e poderoso povo, numeroso como as estrelas no Céu e as areias do mar. E,

38 Quarta Seção

P. R. P. R. P. R. P. R.

como eles estavam para se libertarem de seus inimigos, conquistando a terra prometida, o Todo Poderoso julgou oportuno revelar-lhes aquelas três excelentes instituições: as Leis Morais, Cerimoniais e Judiciais. E, para dar um cunho de solenidade à adoração Divina bem como um lugar apropriado aos Livros e Tábuas da Lei, Moisés mandou erguer uma Tenda ou Tabernáculo no deserto e que, por ordem de Deus, estava situado do Oriente para o Ocidente, pois Moisés fez tudo de acordo com o modelo recebido do Senhor, no Monte Sinai. Essa Tenda ou Tabernáculo serviu mais tarde como planta baixa, com respeito à orientação, daquele magnífico Templo construído em Jerusalém por aquele sábio e poderoso Príncipe, p R..S.., cujo esplendor e magnificência ultrapassa a nossa imaginação. Esta é a terceira, última e grande razão que eu, como FrancoMaçom, dou para o fato de todos os lugares de adoração Divina e das Lojas Maçônicas regularmente constituídas estarem assim orientadas. O que sustenta uma Loja de Franco-Maçons? As três grandes Colunas. Como são chamadas? Sabedoria, Fôrça e Beleza. Por que Sabedoria, Força e Beleza? Sabedoria para nos orientar; Força para nos sustentar; Beleza para adornar. Quais são seus ensinamentos morais? A Sabedoria para nos conduzir em todos os nossos empreendimentos; a Força para nos sustentar

39 Primeira Preleção

P. R.

P. R.

P.

R. P.

em todas as nossas dificuldades; a Beleza para adornar o nosso íntimo. Queira ilustrá-las. O Universo é o Templo da Divindade a quem servimos; a Sabedoria, Força e Beleza rodeiam o Seu trono como colunas de Suas obras, pois Sua Sabedoria é infinita. Sua Força é onipotente e a Beleza brilha pela criação em simetria e ordem. Os Céus Ele estendeu como uma abóbada; a terra Ele colocou como um apoio para os seus pés; coroou o Seu Templo com estrelas como um diadema e com sua mão espalha o poder e a glória. O Sol e a Lua são mensageiros de Sua vontade e toda a Sua Lei é harmônica. As três grandes colunas que sustentam uma Loja de Franco-Maçons são emblemáticas desses atributos Divinos e, além disso, representam Salomão, Rei de Israel, Hiram, Rei de Tiro e Hiram Abif. Por que esses três grandes personagens? S., R. de I., por sua sabedoria em construir, terminar e dedicar o Templo em Jerusalém ao serviço de Deus; H., R. de T., por sua força em auxiliá-lo com homens e materiais; e H. A. por seu rico e magistral trabalho embelezando e adornando o mesmo. Como não temos nobres Ordens de Arquitetura conhecidas pelos nomes de Sabedoria, Força e Beleza, as quais elas se referem? As três mais celebres e que são: a Jônica, a Dórica e a Coríntia. Como se chama o teto de uma Loja de Franco-Maçons?

40 Quarta Seção

R. P. R. P. R.

Um dossel celestial de diversas cores, assim como os Céus. Como Maçons, como esperamos lá chegar? Com o auxilio de uma escada conhecida nas Escrituras como a Escada de Jacó. Por que é chamada de Escada de Jacó? Rebeca, a amada esposa de lsaac, sabendo por inspiração Divina que uma benção especial foi colocada na alma de seu marido, estava desejosa de obtê-la para o seu filho favorito Jacó, embora sabendo que por direito ela pertencia ao seu primogênito, Esaú. Jacó, que mais tarde obteria a benção de seu pai de modo fraudulento, foi obrigado a fugir da ira de seu irmão que, num momento de raiva e desapontamento, o ameaçara de morte. E, enquanto se dirigia a Padã-aram, na terra da Mesopotâmia, conforme determinado por seus pais, fatigado, pernoitou no meio do deserto e, deitando-se, tomou a terra como seu leito, uma pedra por travesseiro e a Abobada Celeste como uma coberta. Então, em uma visão, viu uma Escada cujo topo atingia os Céus e pela qual os Anjos do Senhor subiam e desciam. Foi então que o Onipotente fez um solene trato com Jacó, de que se ele observasse as Suas leis e guardasse os Seus mandamentos, Ele não só o levaria de volta à casa de seu pai, em paz e prosperidade, como faria de sua descendência um povo grande e poderoso. Isso foi amplamente cumprido, pois após um lapso de vinte anos, Jacó retornou à sua terra de origem,

41 Primeira Preleção

P. R.

P. R. P. R.

P.

foi gentilmente recebido pelo seu irmão Esaú. O seu filho José tornou-se posteriormente, por ordem do Faraó, o segundo homem do Egito. Os filhos de Israel, altamente favorecidos pelo Senhor, constituíram-se ao longo do tempo em uma das maiores e mais poderosas Nações da face da terra. De quantos degraus ou voltas era constituída essa Escada? De muitos degraus e voltas, correspondendo em número às virtudes morais, destacadamente às três principais, que são: a FÉ, a ESPERANÇA e, a CARIDADE. Por que a Fé, a Esperança e a Caridade? Fé no Grande Arquiteto do Universo, Esperança na Salvação e, Caridade para com todos os homens. Eu vos solicito definir a FÉ. É um fundamento da Justiça, um laço da amizade e o principal sustentáculo da sociedade civil. Nós vivemos e caminhamos pela Fé. Por ela temos o contínuo reconhecimento de um Ser Supremo. Pela Fé temos acesso ao trono da graça, somos justificados, aceitos e, finalmente recebidos. Uma Fé verdadeira e sincera é a evidência das coisas que não podemos ver, mas a substância das que almejamos. Assim, bem mantida e seguida em nossa profissão Maçônica, ela nos levará àquelas mansões abençoadas, onde alcançaremos a felicidade eterna com Deus, (S. de R.) o Grande Arquiteto do Universo. (baixa o S.) Queira definir a ESPERANÇA.

42 Quarta Seção

R.

P. R.

P.

É uma âncora da alma, segura e firme, na qual penetra envolta em um véu. Deixemos então que uma firme confiança no Onipotente anime as nossas expectativas e nos ensine a manter os nossos desejos dentro dos limites de Suas abençoadas promessas, assim seremos coroados de êxito. Quando acreditamos que algo seja impossível, a nossa descrença fatalmente levará a isso, mas aquele que perseverar em causas justas ao final vencerá todas as dificuldades. Eu vos solicito definir a CARIDADE. Admirável por si só, é o mais brilhante ornamento de nossa Arte Maçônica. E o melhor teste e a mais segura prova de sinceridade de nossa religião. A Benevolência, praticada com a Caridade Celestial, honra à nação que a tem por berço, pratica e a preza. Feliz é o homem que têm implantadas em seu peito as sementes da benevolência; ele não inveja o seu vizinho, não crê nas falsidades lançadas contra si, perdoa as injúrias dos homens e se esforça em apagá-las de sua memória. Então Ir. lembremonos que somos Maçons livres e aceitos; sempre prontos a ouvir a quem clama por nossa assistência; e não deixemos de estender a nossa mão liberal à aquele que tem necessidade. Que a recompensa dos nossos trabalhos seja a satisfação do fundo do nosso coração, ao que se seguirá o resultado do amor e da Caridade. Onde se apóia essa Escada nas Lojas de Franco-Maçons?

R. P. R.

No L.S.E. Por que ali? Porque, pelas doutrinas contidas naquele Livro Sagrado somos levados a crer nas disposições da Providência Divina; crença que reforça a nossa Fé e nos habilita a subir ao primeiro degrau. Essa Fé naturalmente cria em nós a Esperança de alcançar as abençoadas promessas nele contidas; Esperança que nos habilita a subir ao segundo degrau. Mas o terceiro e último, sendo a Caridade, compreende o todo; e o Maçom que possui essa virtude no seu mais amplo senso, pode com justiça considerar ter alcançado o ápice de sua arte; falando figuradamente, uma mansão etérea, velada aos olhos dos mortais pelo firmamento estrelado, emblematicamente representado em nossas Lojas por sete estrelas, numa alusão a igual número de Maçons regulares; sem cujo número nenhuma Loja é perfeita e nenhum candidato pode ser legalmente iniciado na Ordem. VMI. lrmãos, aqui termina a quarta seção da primeira Preleção. A EXORTAÇÃO é: Que todo Maçom possa atingir o ápice de sua arte, onde os justos seguramente encontrarão a sua devida recompensa. A ordem, Irmãos! Todos, sentados, S. de Ap., 3 vezes.

43 Primeira Preleção

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Primeira Preleção

PRIMEIRA PRELEÇÃO R. Quinta Seção P. R. P. R. P. R.

P. R.

P.

Como é composto o interior de uma Loja de FrancoMaçons? De Ornamentos, Símbolos e Jóias. Indicai os Ornamentos. O Pavimento Mosaico, a Estrela Brilhante e a Moldura Dentada ou Marchetada. Onde estão situados? O Pavimento Mosaico é o belo soalho da Loja; a Estrela Brilhante, a glória no centro; e a Moldura Dentada ou Marchetada, a guarnição que a circunda. Quais são os seus ensinamentos morais? O Pavimento Mosaico pode ser considerado o belo assoalho de uma Loja de Franco-Maçons por ser alternado e em xadrez. Isto assinala a diversidade de objetos que adornam a criação, tanto à parte animada como a inanimada. A Estrela Brilhante, ou glória no centro, lembranos o Sol, que ilumina a terra e pela sua benéfica influência espalha suas bênçãos pelo gênero humano em geral. A Moldura Dentada ou Marchetada lembra-nos os Planetas que em suas várias revoluções formam uma bela moldura ou guarnição em torno desse grande luminar - o Sol - como a Moldura em torno de uma Loja de Franco Maçons. Por que o Mosaico foi introduzido na Franco Maçonaria?

45 Primeira Preleção

P. R. P. R.

Assim como os passos do homem pisam nos variados e incertos incidentes da vida e, seus dias são alternados por uma estranha contrariedade de eventos, sua passagem por esta existência, embora às vezes premiada por circunstâncias de prosperidade, é freqüentemente cercada de males: por isso a nossa Loja é decorada com piso em mosaico para indicar as incertezas de todas as coisas aqui na terra. Hoje podemos viver em prosperidade: amanhã poderemos tropeçar nos caminhos desnivelados da fraqueza, tentação e adversidade. Assim, pela presença desses emblemas, recebemos o ensinamento moral de não desprezar nada, mas atentos em nossa caminhada, andar firmes e com humildade perante Deus, não havendo circunstância na vida em que o orgulho se fundamente com estabilidade: embora alguns tenham nascido em situação mais elevada que outros, quando em nossas sepulturas, somos todos nivelados, porque a morte destrói todas as distinções; enquanto nossos pés andam sobre o piso em Mosaico, lembremo-nos do modelo original que copiamos; como homens de bem e como Maçons, devemos agir de acordo com os ditames de nossa razão, de praticar a caridade, manter a harmonia e procurar viver em unidade e amor fraternal. Indicai os símbolos da Loja. O L.S.E., o C. e o E.. Para que servem. As Sagradas Escrituras para regular a nossa fé

46 Primeira Preleção

R.

P. R. P. R.

Assim como os passos do homem pisam nos variados e incertos incidentes da vida e, seus dias são alternados por uma estranha contrariedade de eventos, sua passagem por esta existência, embora às vezes premiada por circunstâncias de prosperidade, é freqüentemente cercada de males: por isso a nossa Loja é decorada com piso em mosaico para indicar as incertezas de todas as coisas aqui na terra. Hoje podemos viver em prosperidade: amanhã poderemos tropeçar nos caminhos desnivelados da fraqueza, tentação e adversidade. Assim, pela presença desses emblemas, recebemos o ensinamento moral de não desprezar nada, mas atentos em nossa caminhada, andar firmes e com humildade perante Deus, não havendo circunstância na vida em que o orgulho se fundamente com estabilidade: embora alguns tenham nascido em situação mais elevada que outros, quando em nossas sepulturas, somos todos nivelados, porque a morte destrói todas as distinções; enquanto nossos pés andam sobre o piso em Mosaico, lembremo-nos do modelo original que copiamos; como homens de bem e como Maçons, devemos agir de acordo com os ditames de nossa razão, de praticar a caridade, manter a harmonia e procurar viver em unidade e amor fraternal. Indicai os símbolos da Loja. O L.S.E., o C. e o E. Para que servem. As Sagradas Escrituras para regular a nossa fé

46 Quinta Seção

P. R. P. R. P. R.

P. R. P.

R. P. R.

e sobre elas juramentamos nossos candidatos à Franco Maçonaria. O C. e o E., quando unidos, para regular nossas vidas e ações. De quem se origina o primeiro e a quem pertencem os outros dois? O L.S. emana de Deus para os homens em geral; o C. pertence ao Grão Mestre; o E. à toda a Ordem. Por que o L.S. procede de Deus para o homem? Porque aprouve ao Todo Poderoso revelar a Sua vontade no L. S. do que por outros meios. Por que o C. pertence ao Grão Mestre? Sendo este o principal instrumento usado para desenhar e fazer plantas arquitetônicas, é particularmente apropriado ao Grão Mestre, como um emblema de sua dignidade, por ser o Chefe, o Principal e o Governador da Ordem. Por que o E. pertence a toda a Ordem? A Ordem está vinculada a agir sempre no E. onde foi juramentada. Onde nossos antigos Irmãos se reuniam antes de existir Lojas regularmente constituídas, como as conhecemos hoje? No alto dos montes e nos vales profundos, e até mesmo no vale de Josafá e em muitos outros lugares secretos. Por que tão alto, profundo e tão secreto? Para melhor observar todos os que subiam e desciam; se algum estranho se aproximasse, o GE. poderia avisar o Mestre para ocultar os irmãos, fechar a Loja, recolher as Jóias e assim

47 Primeira Preleção

P. R. P. R. P. R.

P. R. P. R.

evitar que os nossos segredos Maçônicos fossem ilegalmente conhecidos. Pareceis ser cauteloso com as Jóias. Quantas são elas na Loja? Três móveis e três imóveis. Indicai as Jóias móveis. São: o E., o N., e o P.. Para que servem? O E. serve para verificar e ajustar os cantos retangulares dos edifícios e auxiliar a dar a devida forma ao material rude; o N., para fazer nivelamentos e provar horizontais e o P., para verificar a ajustar verticais, quando fixando-as nas devidas bases. Por essa descrição parecem ser meros instrumentos mecânicos; por que vós as chamais de Jóias? Porque os seus ensinamentos morais as transformam em Jóias de inestimável valor. Qual o seu significado moral? O E. nos ensina a regular nossas vidas e ações de acordo com a linha e as regras Maçônicas e, harmonizar nossa conduta nesta vida, de tal modo que possamos ser aceitos pelo Ser Divino, de quem emana toda a bondade e a quem devemos dar conta de nossas ações. O N. demonstra que viemos da mesma origem, participantes da mesma natureza e dividindo as mesmas esperanças; e, embora as distinções entre os homens sejam necessárias para preservar a hierarquia, que a eminência dos cargos não nos faça esquecer que somos Irmãos; porque aquele

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que está no degrau mais baixo da roda da fortuna é igualmente digno de nossa estima e consideração; pois virá um tempo — e os mais sábios de nós não sabem quão cedo — quando cessarão todas as distinções, salvo as da bondade e da virtude, e a Morte, a grande niveladora de toda a grandeza humana, nos reduzirá à mesma condição. A infalibilidade do P., assim como a escada de Jacó, liga os Céus e a Terra e é o critério de retidão e verdade. Nos ensina a caminhar com justiça e correção diante de Deus e do homem, sem nos desviarmos para a direita ou para a esquerda dos caminhos da virtude. Não ser um entusiasta rigoroso nem um difamador da religião, nem se deixar desviar para a avareza, injustiça, maldade, vingança, e nem ser um invejoso e revoltado contra a humanidade, mas livrar-se de toda a propensão egoísta que possa prejudicar os outros. Rumar o barco desta vida sobre os mares da paixão, sem baixar o escudo da retidão, é a mais alta perfeição que a natureza humana pode atingir. E todo Maçom deve orientar sua conduta neste mundo como o construtor que levanta sua coluna pelo nível e pela perpendicular; observar um meio termo entre a avareza e o desperdício; segurar a balança da justiça com equilíbrio; fazer suas paixões e preconceitos coincidirem com a linha justa de sua conduta: e ter em vista a Eternidade em todas as suas obras. Assim, o E. nos ensina a moralidade, o N. a igualdade e, o P., a correção e retidão na vida e nas ações.

49 Primeira Preleção

P. R.

Por que são chamadas de Jóias móveis? Porque são usadas pelo Venerável Mestre e seus Vigilantes e são transferidas aos seus sucessores na Instalação. P. Por qual instrumento se distingue o Mestre. R. Pelo E. e, por que V.M.? (faz saudação de Ap.) V.M. (aos Irmãos, segurando o E. com a m. e.) Assim como a forma do material rude é elaborada com o E., a conduta reta do Mestre resolve as eventuais animosidades que possam surgir entre os Irmãos, para que os trabalhos da Maçonaria sejam conduzidos com harmonia e decoro. P. Ir. 1°V., por que sois identificado pelo N. ? R. (pelo 1° V., que segura o N. em sua m. e. e levanta-se com o S. de Ap.) O Nível, sendo o emblema da igualdade, indica o procedimento eqüitativo que eu devo ter, juntamente convosco, (corta o S. de Ap. em forma de saudação) na direção e governo da loja. P. Ir. 2°V., por que sois identificado pelo P.? R. (pelo 2° V. que segura o P. com sua m. e. e levanta-se, com o S. de Ap.) Sendo este um emblema de retidão, indica a integridade de procedimentos que devo ter, juntamente convosco (corta o S. de Ap. em forma de saudação) e com o meu Ir. 1°V. (saúda o 1°V. com o S. de Ap.) para a boa direção e governo da Loja; (volta à sua cadeira) especialmente no exame de visitantes para que, por minha negligência, qualquer pessoa não qualificada seja admitida às nossas reuniões, levando os Irmãos a violar, inconscientemente, o

P. R. P. R.

P. R. P. R.

seu Jur. (Se o 2°V. estiver trabalhando a seção de sua própria cadeira, neste ponto ele voltará a levantar-se para continuar com as respostas.). Indicai as Jóias imóveis. A Tábua de Delinear, a Pedra Bruta e a Pedra Polida. Para que são usadas? A Tábua de Delinear é usada pelo Mestre para traçar linhas e fazer desenhos; a Pedra Bruta para os Ap. trabalharem, marcarem e desbastarem; a Pedra Polida para o companheiro nela testar e ajustar suas jóias. Por que são chamadas Jóias Imóveis? Porque permanecem expostas e imóveis na Loja, para inspirar princípios de moral aos Irmãos. Há uma comparação especial entre as Jóias imóveis e os símbolos da Loja. Solicito vos mencioná-la. Assim como a Tábua de Delinear é usada pelo Mestre para traçar linhas e fazer desenhos, para melhor instruir os irmãos com regularidade e propriedade na construção planejada, o L.S.E. pode perfeitamente ser considerado a Tábua de Delinear espiritual do Grande Arquiteto de Universo, onde estão estabelecidas Leis Divinas e disposições morais com cuja familiarização e cumprimento, seremos levados a uma Mansão Etérea, não feita pelo homem, mas eterna nos Céus. A Pedra Bruta é uma pedra rude e não trabalhada, tal como foi retirada da pedreira, até que, pela arte e aptidão do obreiro, é modelada e trabalhada na forma

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Quinta Seção

Primeira Preleção

apropriada, tornando-a pronta para a construção planejada. Representa o homem na sua infância ou estado primitivo, rude e irregular como aquela pedra, até que, pelo carinho e atenção de seus pais ou tutores, com uma educação liberal e cuidadosa, sua inteligência é cultivada, tornando-o apto para uma sociedade civilizada. A Pedra Polida é uma pedra com esquadro perfeito, medida somente pelo E. e o C.. Representa o homem, depois de uma vida regularmente despendida em atos de piedade e virtude e que não pode ser medido e aprovado de outra forma, a não ser pelo E. da palavra de Deus e o C. do julgamento de sua consciência. P. A quem dedicamos a Loja quando terminada, decorada e ornada? R. A Deus e ao Seu Serviço. P. E a quem, a seguir? R. Ao R. S. P. Porque a o R. S.? R. Porque foi o primeiro Príncipe que despontou na Maçonaria e sob cujo patrocínio muitos dos nossos mistérios foram inicialmente sancionados. VMI. lrmãos, aqui termina a quinta seção da primeira Preleção. A EXORTAÇÃO é: Aos Grandes Patronos da Maçonaria.

52 PRIMEIRA PRELEÇÃO

Sexta Seção P. R. P. R.

P. R. P. R. P. R.

Indicai o primeiro ponto na Franco-Maçonaria. Joelho esquerdo e peito esquerdo. Por que é chamado de primeiro ponto? Em meu joelho esquerdo nu fui ensinado a adorar o meu Criador. No meu peito esquerdo nu, fui iniciado na Maçonaria. Existe um ponto principal. É o de sermos felizes e comunicarmos felicidade aos outros. Qual é o ponto principal? Um ponto dentro de um círculo. Solicito-vos definir esse ponto. Em todas as Lojas regulares e devidamente constituídas há um ponto dentro de um círculo, no qual os Irmãos não podem errar. Este círculo é limitado entre o N. e o S. por duas grandes linhas paralelas, uma representando Moisés e a outra o Rei Salomão; na parte superior deste círculo fica o L.S.E., sustentando a Escada de Jacó, cujo topo atinge os Céus; e, se formos tão versados e cumpridores das doutrinas contidas nesse Livro Sagrado, como aquelas paralelas, chegaremos a Ele que não nos enganará nem Ele ficará decepcionado. Caminhando em torno deste círculo teremos necessariamente que tocar naquelas linhas paralelas, assim como no L.S.. Enquanto um Maçom conservar-se assim circunscrito, não pode errar.

53 Primeira Preleção

P. R. P. R.

P. R

P. R.

Indicai os grandes princípios em que se baseia a Ordem. Amor Fraternal, Caridade e Verdade. Solicito-vos definir AMOR FRATERNAL. Pelo exercício do Amor Fraternal somos ensinados a considerar toda a humanidade como uma família, os altos e os baixos, os ricos e os pobres, criados por um Ser Supremo e enviados ao mundo para ajudar, apoiar e proteger uns aos outros. Neste princípio, a Maçonaria une pessoas de todos os países, seitas e opiniões e pelos seus ditames, concilia a amizade verdadeira entre pessoas que, de outra forma, teriam sempre permanecido à distância. CARIDADE. Aliviar as necessidades dos desafortunados é uma tarefa inerente a todos os homens, particularmente aos Maçons, que estão ligados por uma cadeia indissolúvel de afeição sincera; dessa maneira, confortar os infelizes, solidarizarnos com seu infortúnio, ter compaixão por suas misérias, restaurar a paz em suas mentes perturbadas, é o grande desígnio que temos por meta; nesta base estabelecemos nossas amizades e formamos as nossas conexões. VERDADE. É um atributo Divino e o fundamento de todas as virtudes Maçônicas. Na nossa Iniciação aprendemos a ser homens bons e leais e é sobre este grande tema e pelos seus infalíveis ditames que contemplamos e almejamos regular nossas vidas e ações. Assim, devemos afastar de nós a hipocrisia e a falsidade. A sinceridade e a lealdade

54 Sexta Seção

P. R. P. R.

P. R. P. R.

são as nossas características marcantes, enquanto o coração e a língua devem unir-se para promover o bem estar dos semelhantes, rejubilando na prosperidade da Ordem. Quantas formas originais temos na Franco- Maçonaria? Quatro, a saber: Gutural, Peitoral, Manual e Pedal. Solicito-vos demonstrar Maçônicamente a que partes do corpo correspondem. Gutural, à garganta: (S. de Ap.) se refere à penalidade contida em meu Juramento implicando que, como um homem honrado e como Maçom, eu preferiria ter minha g. c. de lado a lado (corta o sinal) do que indevidamente revelar os segredos da Maçonaria. Peitoral, ao p. (coloca a m. d. no p. e. ), onde esses Seg. estão depositados em segurança e a salvo do mundo profano (baixa a mão). Manual (estende a m. d. espalmada), à m. colocada no L.S.E., em sinal de meu assentimento ao J. de um Maçom (baixa o sinal). Pedal (coloca os p. na posição de um e.) aos p. em forma de um e. na parte NE da Loja significando um Maçom justo e perfeito. Eles têm uma outra alusão? Às quatro virtudes principais, que são: a Temperança, a Energia, a Prudência e a Justiça. Solicito-vos definir a TEMPERANÇA. E a contenção das paixões que mantém o corpo submisso e governável, livrando a mente das tentações do vício. A prática dessa virtude deve ser uma constante em cada Maçom, pois assim ele é ensinado a evitar excessos ou a contrair hábitos de licenciosidade e vícios, pelos quais

55 Primeira Preleção

P. R.

P. R.

venha inadvertidamente ser levado a trair o seu compromisso, sujeitando-se à penalidade contida em seu J., (S. de Ap.), aludindo ao Gutural (corta o S.) A ENERGIA. É aquele nobre e firme propósito da alma que está eqüidistante da precipitação e covardia; ela nos habilita a superar qualquer dor, trabalho, perigo ou dificuldade, quando julgado necessário ou prudente. Esta virtude, como a anterior, deve ficar profundamente marcada no peito de todo Maçom como uma barreira contra quaisquer tentativas, seja por ameaças ou pela violência, de extorquir-lhe quaisquer dos segredos Maçônicos que prometeu solenemente guardar, ocultar e nunca indevidamente revelar; podendo essa revelação indevida tornar-se um tormento à sua mente, da mesma forma que, emblematicamente, o C. atormentou o seu corpo quando apontado ao seu p. e. n. no momento de sua Iniciação, (coloca a sua m. d.. no p. e.) aludindo ao Peitoral (baixa a mão). A PRUDÊNCIA. Ela ensina a regular as nossas vidas e ações de acordo com os ditames da razão e é aquela atitude mental pela qual os homens julgam sabiamente e determinam todas as coisas relativas à sua felicidade temporal e eterna. Essa virtude deve ser a característica marcante de todo o Maçom Livre e Aceito, não só para a boa orientação de sua própria vida e ações, mas como um piedoso exemplo para o mundo profano. Também ensina um comportamento cuidadoso quando em companhia de estranhos, nunca deixando transparecer

qualquer S., T., ou P., pelos quais os nossos segredos Maçônicos possam ser indevidamente obtidos; sempre tendo em mente a ocasião em que esteve colocado no Or., em frente ao V.M., j. e e. p. e. n., p. d. em forma de um e., o corpo ereto no e., a m. d. (estende a m. d. como que colocando-a) sobre o L.S.E., aludindo a Manual. (baixa a mão). P. E a JUSTIÇA. R. E aquela condição ou estado de direito, pela qual somos ensinados a dar a cada homem um tratamento justo, sem fazer distinções. Esta virtude não é apenas consistente com a Lei divina e humana, mas também é o padrão e aglutinador da sociedade civil. Sem o exercício desta virtude o resultado seria a confusão universal, com a força ilegal sobrepondo-se aos princípios de eqüidade, eliminando o intercâmbio social. E a Justiça que forja a qualidade do homem e por isso ele jamais deve desviar-se de qualquer dos seus princípios, tendo em mente a ocasião em que esteve colocado na parte NE da Loja, com os p. em forma de e. (assim faz) e o corpo ereto, quando recebeu do VM. a exortação de ser justo e perfeito em todas as ações; aludindo a Pedal. VMI. Irmãos, aqui termina a sexta seção da primeira Preleção. A EXORTAÇAO é: Que o Amor Fraternal, a Caridade e a Verdade, em conjunto com a Temperança, a Energia, a Prudência e a Justiça possam distinguir os Maçons Livres e Aceitos até o fim dos tempos. Á ordem, Irmãos! Todos: sentados, S. de Ap., 3 vezes.

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57 Primeira Preleção

P. R. P. R. P. R. P. R.

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P. R.

PRIMEIRA PRELEÇÃO

P. R.

Sétima Seção

P. R. P.

Como podem ser os Maçons? Podem ser Livres e Aceitos ou, Operativos. De qual desses pertenceis? Sou Maçom Livre e Aceito. O que aprendeis sendo Maçom Livre e Aceito? Discrição, Moralidade e Companheirismo. O que aprendem os Maçons Operativos? As regras úteis da Arquitetura; atalhar, esquadrejar e moldar as pedras nas formas planejadas para uma construção; a uni-las por suas fixações - em nível, perpendicular ou de qualquer outra forma, com o uso de cimento, ferro, chumbo ou cobre - requerendo essas operações muita prática e destreza e alguns conhecimentos de geometria e mecânica. E o que você aprende, sendo ambos, ao visitar outras Lojas? Agir sempre no E., manter um procedimento modesto e correto em Loja, prestar o devido respeito ao V.M., (saúda o VM. com S. de Ap.) e seus oficiais em exercício (saúda o 1ºV. e após, o 2° V. com S. de Ap.), abstendo-me de toda a discussão sobre assuntos políticos e religiosos que possam provocar ressentimentos entre os Irmãos e expor publicamente a Ordem. Em que grau da Franco-Maçonaria fostes iniciado? No Grau de Ap. 58 Sétima Seção

R. P. R.

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Por quanto tempo um Ap. deve servir o seu Mestre? O tempo prescrito é de sete anos, podendo ser reduzido conforme a aptidão de cada um. Como o Ap. deve servir o Mestre? Com Liberdade, Fervor e Zelo. Essas são excelentes qualidades. Quais os seus emblemas? O Calcário, o Carvão e a Argila. Porque? Nada é mais livre do que o Calcário; ao menor toque deixa um traço. Nada tem mais fervor que o Carvão, pois quando aceso, metal algum resiste à sua força. Nada é mais zeloso do que a argila, nossa mãe Terra, que está continuamente trabalhando para o nosso sustento. Dela viemos e a ela voltaremos. Se quisesses dar ao vosso filho um nome Maçônico, como se chamaria? “Lewis”. Qual é o significado de “Lewis”? Força. Como está representada em nossas Lojas? Por certas peças de metal encravadas numa pedra, formando um engate e, quando em combinação com alguma das forças mecânicas como a talha, habilita o Maçom Operativo a levantar grandes pesos, com o menor esforço, e a fixá-los em suas devidas bases. Sendo “Lewis” o filho de um Maçom, qual é o seu dever para com os seus pais? Sustentar o peso e a carga diária de que seus pais deveriam estar livres pela sua idade; auxiliá-los

59 Primeira Preleção

P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R. P. R.

P.

quando necessário e tornar seus últimos dias alegres e confortáveis. Qual é o seu privilégio por esse procedimento? É o de ser feito Maçom antes de qualquer outra pessoa, por mais digna que seja. Por que somos chamados de Franco-Maçons? Por que somos livres “para” e livres “de”. O que significa livres “para” e livres “de”? Livres “para” o companheirismo e livres “de” vícios. Onde esperais encontrar um Maçom com essa descrição? Entre o E. e o C.. Por que lá? Por que agindo em um, ele pode certamente ser encontrado no outro. Como está paramentado o vosso Mestre? Com o avental que distingue um Maçom. Como reconheceis um Maçom durante o dia? Vendo-o e observando o S.. E à noite? Recebendo o T. e a P.. Como sopra o vento na Franco-Maçonaria? Sempre favorável seja do Oriente ou do Ocidente. Para que? Para aliviar os homens no trabalho. Há uma outra alusão? Aquele vento milagroso que foi tão essencial em proporcionar a feliz libertação dos filhos de Israel de seu cativeiro egípcio. Por que o vento é considerado favorável na Franco-Maçonaria apenas quando entre esses pontos especiais do compasso? 60 Sétima Seção

R.

Quando o Grande Arquiteto do Universo considerou oportuno livrar o Seu povo escolhido do seu cativeiro egípcio, Ele ordenou ao Seu fiel servo Moisés que os conduzisse à terra de Canaã, que Ele lhes havia prometido por herança. Assim, conduziu-os pelo deserto até a extremidade do Egito, onde acamparam à noite, às margens do Mar Vermelho. O Faraó, lamentando a perda de tantos escravos valiosos, juntou uma tropa poderosa, armada com carros, escudeiros e cavalos, para trazê-los de volta ao cativeiro, não duvidando do seu sucesso pois sabia que os Israelitas estavam desarmados e que tinham a sua progressão retardada pelo gado e pesadas bagagens. Os Israelitas, vendo o Mar Vermelho a sua frente, as montanhas intransponíveis à sua direita e esquerda e, o exército Egípcio à sua retaguarda, clamaram ao seu líder dizendo “Por que nos trouxeste para morrermos no deserto? Foi por não haver sepulturas suficientes no Egito?”. Mas Moisés, falando calmamente, tranqüilizou - os dizendo que ainda neste mesmo dia eles veriam a sua salvação pelo Senhor. Após fervorosa oração ao Trono da Graça, ele estendeu a são mão com o cajado sobre o Mar Vermelho, o que fez soprar um forte vento oriental dividindo as águas, que ficaram como muralhas de cada lado, possibilitando aos Israelitas uma passagem em terra seca. Ao ver isto, o Faraó os perseguiu sem hesitação e, já considerava os fugitivos em seu poder quando o Senhor, para abater a sua presunção, enviou uma coluna de fogo e uma de nuvens, que tiveram dois admiráveis efeitos: a coluna de fogo deu luz

61 Primeira Preleção

P. R.

P. R.

aos Israelitas facilitando a sua jornada à noite e a de nuvens provocou escuridão ao Faraó e seus seguidores, retardando-lhes a marcha. O Senhor enviou então outro obstáculo ao inimigo, enviando um anjo que fez emperrar as rodas dos carros, que se arrastavam pesadamente e não deixavam o exército Egípcio alcançar os filhos de Israel. No fim do dia, o Faraó, vendo que a mão do Senhor trabalhava contra ele, ordenou às suas tropas que interrompessem a perseguição e retornassem pelo caminho por onde vieram; mas era tarde, pois a essa altura os Israelitas já haviam chegado à outra margem, quando Moisés pediu-lhes para olharem para traz e verem os seus inimigos pela última vez, pois a partir de então estariam livres para sempre. Outra vez estendeu sua mão com o cajado sobre as águas, rompendo as cadeias invisíveis que as continham e fazendo com que inundassem o canal original, encobrindo o Faraó e seu exército. Em comemoração a essa feliz libertação, os filhos de Israel peregrinaram vários dias pelo deserto, cantando salmos e cânticos de ação de graças ao seu Onipotente Libertador; desde então os ventos vindos do Oriente ou do Ocidente são considerados favoráveis à Franco-Maçonaria. Quais são as características marcantes de um bom FrancoMaçom? A Virtude, a Honra e a Misericórdia (S. de R.) e que elas sejam sempre encontradas no peito de um Franco Maçom. (baixa o S.). Solicito-vos definir a VIRTUDE. Ao lermos à história da Roma antiga, encontramos o relato de que o Cônsul Marcelo tinha a intenção

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P. R.

de construir um Templo a ser dedicado à Virtude e à Honra, mas tendo naquela época sido impedido de levar a cabo o seu intento, posteriormente alterou os seus planos e erigiu dois Templos contíguos um ao outro, situados de tal modo que a única via que levava ao Templo da Honra era aquela que passava pelo da Virtude; assim, deixou para a posteridade uma elegante lição de moral; de que a Virtude é o único caminho que conduz à Honra. A Virtude é o supremo exercício e aperfeiçoamento da razão; a integridade, a harmonia e o equilíbrio justo da afeição; a saúde, a força e a beleza da alma. A perfeição da Virtude é dar à razão seu mais amplo escopo, obedecer a autoridade da consciência com disposição, exercer os talentos defensivos com firmeza, os públicos com justiça, os privados com temperança e a todos esses com prudência, isto é, com a devida proporção a cada um, com calma e difusa beneficência, de amar e adorar a Deus com inigualável e desinteressada afeição e a aceitar os desígnios da providência Divina com serena resignação. Toda abordagem a esse padrão é um passo em direção à perfeição e à felicidade como, qualquer desvio dele tende ao vício e à miséria. Rogo-vos definir a HONRA. Ela pode com justiça ser definida como o espírito e a superação da Virtude, o verdadeiro alicerce da fé e crédito mútuos e, o intercâmbio real pelo qual o negócio da vida é administrado com segurança e prazer. Ela implica nos sentimentos unidos da Virtude, Verdade e Justiça e que uma mente generosa exerce além da mera obrigação

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moral que a lei requer, ou pune pela sua violação. A verdadeira honra, embora um princípio diferente do que a religião, produz os mesmos efeitos. As linhas de ação, embora traçadas de diferentes partes, terminam no mesmo ponto. A religião adota a Virtude por estar prescrita nas leis de Deus e a Honra por ser uma graça e um ornamento à natureza humana, O homem religioso teme enquanto o homem honrado refuta praticar um ato mau; este último considera o vício como algo inferior à sua condição, o outro como algo ofensivo ao Ser Divino. Um verdadeiro homem honrado não se contenta com o simples cumprimento dos deveres como homem e como cidadão; ele os eleva e dignifica à magnanimidade; ele dá, quando seria apropriado recusar; ele perdoa, quando por justiça poderia ressentir. Toda a sua conduta é guiada pelos mais nobres sentimentos de seu coração impoluto; a verdadeira retidão moral é a regra uniforme de suas ações, tendo por recompensa o justo louvor e aprovação. Quereis definir a MISERICORDIA? E uma virtude refinada e quando praticada por um monarca dá novo brilho a cada pedra que adorna a sua coroa; quando por um guerreiro, dá um incessante frescor à grinalda que sombreia a sua testa. Ela é a companheira da verdadeira honra e o aperfeiçoamento da justiça, quando entronizada em sua banca, interpõe em favor da vítima um escudo de defesa impenetrável pela espada. E tal qual a chuva primaveril que desce sobre a terra para refrescar e revigorar o reino vegetal, a Misericórdia, por seu revigorante calor, recoloca a

natureza de volta à sua origem, em torrentes mais puras, aliviando o coração dos homens quando os fluídos vitais estão cheios de rancor e vingança. VM.

(uma) 1°V. (uma) 2ºV. (uma) (todos levantam-se.) Ela é o atributo peculiar da Divindade na qual os melhores e mais sábios de nós depositamos nossas esperanças. Assim, no dia do juízo final, quando intimados perante o Seu tribunal e as ações desta vida mortal forem desvendadas e a Sua justiça levar à condenação, (todos S. de R.) confiamos que Sua Misericórdia aliviará a sentença. VMI. Assim Seja. (baixa o S.) TODOS. (permanecem em pé) VMI. Irmão, aqui termina a sétima seção e a preleção. A EXORTAÇÃO é: Que a Virtude, a Honra e a Misericórdia continuem a distinguir os Maçons Livres e Aceitos. Á ordem, Irmãos! A.  E. 

D.  A. 

E. 

D.  A. 

E.  S∴ S∴ S∴ S∴

   

D.     

(O encerramento da última seção da primeira instrução é conhecida como Fogo Maçônico. Na Loja de Emulação e Aperfeiçoamento isto é feito numa cadência digna e é costume inserir o S. de Ap. antes de cada grupo de três - palmas).

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