Inspeção Visual Da Via

October 14, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Inspeção visual da via

VALER - EDUCAÇÃO VALE

 

COLABORADORES: >

  Edmar Mencher 

>

 Marcos cos Rang Rangel; el;    Mar

>

  Robson Filho;

>

  Henrique da Luz;

>

 Jorge ge Augus Augusto to Dini Diniz z     Jor

 Julhoo de 20  Julh 2011

 

mensagem Valer

Caro Empregado, Você está participando da ação de desenvolvimento Inspeção visual da via de sua Trilha Técnica.  A Valer – Educa Educação ção Vale const construi ruiu u esta Trilha em conj conjunto unto com  profi  pro fissio ssionai naiss técn técnicos icos da sua área área,, com o obj objeti etivo vo de dese desenvol nvolver ver as competências essenciais para o melhor desempenho de sua função e o aperfeiçoamento da condução de suas atividades diárias. Todos os treinamentos contidos na Trilha Técnica contribuem para o seu desenvolvimento profissional e reforçam os valores saúde e segurança, que são indispensáveis para sua atuação em conformidade com os padrões de excelência exigidos pela Vale.  Agora  Ago ra é com você você.. Siga o seu cami caminho nho e cres cresça ça com a Vale Vale.. Vamos Trilhar! 

 

INTRODUÇÃO

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MÓDULO I: IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS DE GEOMETRIA DE LINHA

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Inspeções de rotina

MÓDULO MÓDUL O II: INSPEÇÕ INSPEÇÕES ES PROGRAMADAS Inspeções a pé Inspeções com auto-de auto-de-linha -linha Inspeções com carrocarro-controle controle

MÓDULO III: IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS EM COMPONENTES DE SUPER E INFRAESTRUTUR INFRAESTRUTURA A Principais problemas de superestrut superestrutura ura e infraestrutur infraestruturaa das ferrovias

MÓDULO IV: FAIXA DE DOMÍNIO Identificação de invasões da faixa de domínio

MÓDULO V: AVALIAÇÃO VISUAL DA DINÂMICA DO TREM Avaliação visual da dinâmica do trem

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 | 5 | I    n  t    r   o  d    u   ç   ã    o

Introdução É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA a manutenção das vias de uma ferrovia. Para que seja possível zelar pela via, se faz necessário conhecer os diferentes tipos de inspeção da mesma. De posse desse conhecimento, será possível identificar os problemas que precisam ser sanados.

Além do exposto, veremos também, ao longo deste material didático, as causas dos principais problemas que atingem as vias. v ias.

 Ao finalizar finalizar o estudo deste curso, curso, você será capaz capaz de: > identificar anomalias de geometria de linha; > compreender o que são inspeções programadas; > identificar anomalias em componentes de super e infraestrutura; > identificar invasões da faixa de domínio; > avaliar visualmente a dinâmica do trem.

Tudo isso contribuirá para que você execute, com maior eficácia e eficiência, o seu trabalho.

 

 

VALER ER - EDUCAÇÃO VALE VAL

Módulo I

IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS IDENTIFICAÇÃO DE GEOMETRIA DE LINHA 

São de extrema importância a verificação e a identificação de anomalias de geometria de linha. Por esse motivo, neste módulo, você terá a oportunidade de aprofundar seus estudos a respeito das inspeções de rotina.    Ao finalizar finalizar o estudo deste módulo, módulo, você será será capaz de: de: > identificar as características da inspeção a pé; > identificar as características da inspeção com auto-de-linha; > identificar as características da inspeção de trem.

 

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Inspeções de rotina INSPEÇÕES A PÉ Nas inspeções a pé, as condições da geometria da via são verificadas pela prática e pela sensibilidade do funcionário responsável. Caminhar pelo eixo da linha ou observá-la, lateralmente, ao nível da face superior do boleto são as melhores formas de avaliar os defeitos aparentes da via. Para realizar a inspeção pelo eixo da linha é necessário observar o regulamento de operação ferroviária ferroviária e, se necessário, solicitar ao centro de controle operacional um tempo para realizar a inspeção.

 FIGURA 1.1: FUNCIONÁRIOS CAMINHANDO PELO EIXO DA LINHA.

Nas inspeções de pé devem ser verificadas, além da geometria da via e do estado de conservação dos componentes da superestrutura, a situação dos componentes da infraestrutura. Os rondas de linha devem seguir seus procedimentos operacionais relativos aos trechos que farão suas inspeções.

I   n  s   p  e   ç   õ   e   s   d   e  r   o  t   i   n  a 

 

VAL VALER ER - EDUCAÇÃO VALE

INSPEÇÕES COM CAMINHÕES E AUTO󰀭DE󰀭LINHA Nas inspeções de rotina com auto-de-linha, são verificados os seguintes itens: > Pelo desconforto e choques na linha:

1. o nivelamento da linha em tangente, em curvas e das juntas; 2. o alinhamento da linha em tangente; 3. o puxamento das curvas; 4. o alinhamento e desnivelamento em travessões e AMVs (Aparelho de Mudança de V ia).

> Por sensibilidade visual:

1. o nivelamento da linha nas curvas e das juntas; 2. o alinhamento da linha em tangente; 3. o puxamento das curvas. 4. a invasão de faixa de domínio; 5. a obstrução de drenagens; 6. as anomalias no lastro.

INSPEÇÕES DE TREM Viajando na cauda ou na locomotiva do trem de passageiros, ou na locomotiva dos cargueiros, verifique:

1. o nivelamento da linha, em tangente e em curvas, e o nivelamento das juntas; 2. o alinhamento da linha em tangente; 3. o puxamento das curvas; 4. o alinhamento e desnivelamento em travessões.

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A sensação de desconforto, provocada pelo balanço lateral do veículo, identifica deslocamentos da via e nivelamento transversal irregular, torção e empenamento da via.

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Módulo II

INSPEÇÕES PROGRAMADAS

Um importante e eficiente meio de fazer o levantamento do estado da geometria da via é a inspeção programada. Além dessa função, tal inspeção também tem por finalidade a obtenção de dados para a elaboração elab oração de programas de manutenção, essenciais à via. N este módulo, você conhecerá os tipos de inspeções programadas para essa coleta de dados.    Ao finalizar finalizar o estudo deste módulo, módulo, você será será capaz de: de:  > identificar os processos de inspeção a pé; > identificar os processos de inspeção com auto-de-linha; > identificar os processos de inspeção com carro-controle.

 

 

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Inspeções a pé Quando não podemos contar com o carro-controle, é preciso efetuar inspeções a pé, ao longo da via, pois apenas com levantamentos executados in loco é possível medir os defeitos da geometria da via.

LEVANTAMENTOS COM UTILIZAÇÃO DE BITOLA DE LINHA E RÉGUA COM NÍVEL/ ESCALA Observemos com atenção a relação dos levantamentos com utilização de bitola de linha e régua com nível/escala:

1. bitola da linha; 2. nivelamento transversal em tangente;

3. bitola da linha; RÉGUA NÍVEL/ESCALA

4. nivelamento transversal em tangente; RÉGUA NÍVEL/ESCALA

NÍVEL

NÍVEL

FILA DE TRILHOS BASE

RÉGUA NÍVEL/ESCALA

FIGURA 2.1: LEVANTAMENTOS COM UTILIZAÇÃO DE BITOLA DE LINHA E RÉGUA COM NÍVEL/ESCALA.  

 

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LEVANTAMENTOS COM UTILIZAÇÃO DE CORDA DE PUXAMENTO DA LINHA OU APARELHO MEDIDOR DE FLECHAS Vejamos agora a relação dos levantamentos com utilização de corda de puxamento da linha ou aparelho medidor de flechas:

1. alinhamento das tangentes; 2. puxamento das curvas circulares e de transição.

Neste levantamento, a corda deve ser esticada junto à quina interna do boleto do trilho à direita, sentido São Luís – Carajás. A verificação do nivelamento longitudinal das tangentes e curvas é feito de 10 em 10 metros (aproximadamente 19 dormentes).

LEVANTAMENTOS LEVANT AMENTOS COM UTILIZAÇÃO UTILI ZAÇÃO DE RÉGUA DE MARCO MA RCO A seguir, está listada a relação dos levantamentos com utilização de régua de marco:

1. nivelamento longitudinal da linha, em tangente e curvas; 2. alinhamento das tangentes; 3. puxamento das curvas.

Régua de marco

Marcações pintadas em amarelo no patim do trilho do marco

Nível

Afastamento de 5.000mm de eixo da vida Nível do boleto do trilho

Régua de marco Nível +E

Marco de referência

 FIGURA 2.2: LEVANTAMENTOS COM UTILIZAÇÃO DE RÉGUA DE MARCO.

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Especificamente para as inspeções realizadas pelos rondas de linha, devem ser identificados visualmente todos os problemas que possam contribuir para a interrupção da linha, ou que possam causar acidentes, tais como trilho fraturado ou trincado, solda fraturada ou trincada, juntas seca, talas de junção trincadas ou fraturadas, falta de parafusos das juntas, flambagens, linha desnivelada, linha com problemas de bitola, quedas de barreiras, pedras e obstáculos sobre a via, bueiros entupidos, sucata ao longo da via, fuga de aterro, abatimento da plataforma, fixação deficiente, invasões da faixa de domínio, atos de vandalismo, ou outra situação que julgar anormal. Durante a Ronda, o executante deve portar chave padrão dos cadeados dos AMV’S para que, quando em passagem por algum pátio, possa verificar vedação das agulhas (pressão), situação de limpeza e lubrificação das agulhas; parafusos quebrados, falta de parafusos, calços fundidos quebrados, trincas ou fraturas nos punhos das agulhas, parafusos de ligação entre os punhos e barras de conjugação, fraturas ou trincas nas barras de conjugação, fraturas ou trincas nas agulhas e nos jacarés e a eficiência do trinco (macaquinho) de travamento do braço de manobra. A não verificação de trincos desgastados, que apresentam a possibilidade do escapamento da alavanca de manobra, será considerada FaLHa GraVe, GraVe, pois a utilização deste componente, que permite a retirada do braço de manobra com o mesmo trancado com cadeado, compromete a segurança operacional, com risco de ocorrência de acidentes ferroviários. Para verificação de AMV’S em pátios com grande fluxo de tráfego, o executante deve entrar em contato com a torre de manobra, para ter autorização antes de mexer na posição das agulhas; após completar sua inspeção, é fundamental que o executante deixe as agulhas do AMV na mesma posição encontrada antes da inspeção. Durante as inspeções, caso sejam identificados problemas que coloquem em risco a circulação, deverá ser avaliada a necessidade de restringir a velocidade ou interromper a linha para correção imediata; nestes casos, é obrigatória a comunicação imediata com o Centro de Controle Operacional.

I   n  s   p  e   ç   õ   e   s   a   p  é 

 

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Inspeções com auto-de-linha As inspeções com o auto-de-linha são realizadas sob dois aspectos:

1. pelo desconforto e choques na linha; 2. pela sensibilidade visual.

Sob o aspecto do desconforto e choques na linha, as inspeções com auto-de-linha são:

1. nivelamento de juntas; 2. alinhamento da linha em tangente; 3. puxamento de curvas.

Sob o aspecto da sensibilidade visual, as inspeções com auto-de-linha são:

1. nivelamento da linha nas curvas; 2. nivelamento das juntas; 3. alinhamento da linha em tangente; 4. puxamento das curvas.

I   n  s   p  e   ç   õ   e   s   c   o m    a   u  t    o  d   e  -l   i   n h   a 

 

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Inspeções com carro-controle Os registros obtidos com a inspeção pelo carro-controle determinam todas as irregularidades e os defeitos do estado da geometria da via, indicando as medidas necessárias para solucionar os problemas.

NIVELAMENTO LONGITUDINAL O nivelamento longitudinal é a disposição das cotas de topo do trilho em ambas as filas, e no sentido longitudinal, ao longo do traçado. O chamado defeito de nivelamento longitudinal é caracterizado pela existência de pontos altos e baixos de ocorrência simultânea (por igual em ambas as filas), ao longo da linha.  O defeito de nivelamento longitudinal é menos crítico que o empeno, mas gera desconforto, se ultrapassar certos limites, podendo acarretar desengate dos veículos e fracionamento do trem, em casos extremos.

ALINHAMENTO LONGITUDINAL O alinhamento longitudinal consiste nas operações necessárias à colocação das filas de trilhos, em conformidade com a projeção horizontal do eixo da linha em planta. O alinhamento deverá ser avaliado pela comparação de variações das medidas de flechas entre pontos adjacentes.

I   n  s   p  e   ç   õ   e   s   c   o m    c   a  r  r   o  c   o n  t   r   o l    e 

 

 

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Módulo III

IDENTIFICAÇÃO DE ANOMALIAS IDENTIFICAÇÃO EM COMPONENTES DE SUPER E INFRAESTRUTURA As anomalias em componentes de super e infraestrutura podem ter diferentes origens. O aprendizado sobre as principais causas dos problemas e como eles se manifestam é crucial para a boa manutenção da via. v ia.

 Ao finalizar finalizar o estudo deste módulo, módulo, você será será capaz de: de: > reconhecer os principais problemas dos equipamentos de infraestrutura das ferrovias; > detectar as anomalias da superestrutura da via férrea;

 

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Principais problemas de superestrutura e infraestr infraes tru utura das ferrovias A partir de agora, teremos a oportunidade de analisar como é feita a identificação de anomalias em componentes de super e infraestrutura.

ANOMALIAS ENCONTRADAS NA SUPERESTRUTRURA: Nos AMV´s: verificar ausência e afrouxamento de acessórios de fixação, integridade física dos componentes; nivelamento e alinhamento dos componentes; estado dos dormentes; lubrificação e vedação das agulhas; balanços e choques de composições de trens; Na linha corrida: ausência e afrouxamento dos acessórios de fixação; nivelamento e alinhamento da via férrea; superelevação; bitola; estado da dormentação; lubrificação de trilhos nas curvas (onde se aplica); condições condições do lastro, desgastes e defeitos dos trilhos etc; Passagens em nível: visibilidade de motoristas e operadores de trens: limpeza e drenagens e sinalização vertical e horizontal, quando aplicadas;

P  r  i   n  c  i    p  a  i    s   p r   o  b  l    e  m  a   s   d   o  s   e   q  u i    p  a  m  e  n  t    o

 s   d   e  i   n f   r   a   e   s   t   r   u  t    u r   a   d   a   s  f    e  r  r   o  v i    a   s 

 

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PRINCIPAIS PROBLEMAS DE INFRAESTRUTURA DAS FERROVIAS Os problemas observáveis em taludes são similares àqueles apres entados pelo I PT (1991 (1991), ), a seguir discriminados na Tabela 3.1:

TABELA 3.1: PROBLEMAS OBSERVÁVEIS NOS TALUDES DAS FERROVIAS PROBLEMAS OBSERVÁVEIS EM TALUDES/ENCOSTAS TALUDES/ENCOSTAS Problema

Forma de ocorrência

Principais causas

Em taludes de corte e aterro (em sulcos ou diferenciada).

• deciência de drenagem; • deciência de proteção supercial;

Longitudinal na plataforma.

• concentração de água supercial.

Associada a obras de drenagem.

• concentração da água supercial ou

Erosão interna em aterros (piping).

• deciência ou inexistência de drenagem

Ruptura rotacional ou

• inclinação acentuada;

translacional. Ruptura em cunha ou formas variadas.

• relevo enérgico.

• Erosão

Escorregamento em corte

Escorregamento em aterro

interceptação do lençol freático. interna.

• descontinuidades do solo e rocha.

Movimentos diversos (rastejos, corridas etc.), deflagrados normalmente por precipitações de longa duração.

• saturação do solo.

Movimentação de grandes dimensões e generalizada.

• evolução por erosão; • corte de corpo de tálus; • alteração de drenagens.

Atinge a borda do aterro.

• compactação inadequada da borda.

Atinge o corpo do aterro.

• deciências de fundação; • deciências de drenagem; • rompimento de bueiro; • compactação inadequada; • inclinação inadequada. • deciências de fundação; • deciências de drenagem; • rompimento de bueiro; • compactação inadequada.

Recalque em aterro

Deformação vertical da plataforma.

Queda de blocos

Queda livre.

• ação de água ou raízes nas descontinuidades do

Rolamento de blocos

Movimento do bloco por rolamento no corte ou encosta.

• deslocamento da base por erosão.

maciço rochoso.

Já os problemas observáveis em obras de arte corrente e dispositivos de drenagem em geral são apresentados na Tabela 3.2, a seguir:

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TABELA 3.2: PROBLEMAS OBSERVÁVEIS NAS OAC’S E DEMAIS EQUIPAMENTOS DE DRENAGEM PROBLEMAS OBSERVÁVEIS EM OAC’S E EQUIPAMENTOS DE DRENAGEM Problema

Forma de ocorrência

Principais causas

Ruptura de OAC

Ruptura do corpo de bueiros, alas, valetas/canaletas de concreto, descidas d´água, caixas de passagem ou caixas de dissipação.

•• sobrecarga advinda do aterro; falhas de fundação; • recalques.

Assoreamento

Acúmulo de sedimentos em bueiros, descidas d´água, canaletas, valetas, valas e caixas (passagem/dissipação).

Trincas

Obstrução de OAC

• declividade inadequada; • obstrução a jusante; • excesso de aporte de sedimentos;

falhas de projeto.

Trincas verticais, horizontais ou diagonais em paredes e lajes de bueiro ou alas.

• recalques de fundação; • sobrecarga de aterro; • subdimensionamento estrutural.

Trincas verticais, horizontais ou diagonais em paredes e lajes de descidas d´água e caixas de passagem/dissipação.

• recalques do maciço; • efeitos térmicos; • falhas executivas.

Trincas em sarjetas e meio-fio.

• recalques de apoio; • efeitos térmicos.

Afogamento de bueiros, redução da vazão de bueiros, canaletas e valetas.

• assoreamento intenso; • queda de blocos; • ação antrópica.

Apesar de serem listados os problemas acima, dificilmente o empregado que está com a função de inspetor conseguirá visualizar todos. A intenção é que ele os conheça e, sempre que encontrada alguma anomalia, registre a sua ocorrência.

 

P  r  i   n  c  i    p  a  i    s   p r   o  b  l    e  m  a   s   d   o  s   e   q  u i    p  a  m  e  n  t    o

 s   d   e  i   n f   r   a   e   s   t   r   u  t    u r   a   d   a   s  f    e  r  r   o  v i    a   s 

 

 

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Módulo IV

FAIXA DE DOMÍNIO

Como veremos, adiante, com mais detalhes, as faixas de domínio dizem respeito resp eito ao trecho considerado patrimônio imobiliário da ferrovia. Portanto, ao executar a inspeção da via, é imprescindível que sejam identificadas possíveis p ossíveis invasões no terreno que a compõe, como forma de zelar pelo patrimônio alvo da inspeção. Além de verificar como proceder em casos de invasão, seus estudos poderão ser complementados por meio da análise dos outros problemas, que devem ser identificados por meio da inspeção da via. v ia.

 Ao finalizar finalizar o estudo deste módulo, módulo, você será será capaz de: de: > reconhecer uma faixa de domínio; > identificar como proceder em casos de invasão; > reconhecer como problema o depósito de lixo na faixa de domínio.

 

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Identificação de invasões da faixa de domínio Faixa de domínio (faixa da estrada) é uma faixa de terreno de pequena largura (se comparada ao comprimento), que se localizam as vias férreas e demais instalações da ferrovia, inclusive os acréscimos, necessários à sua expansão. A faixa de domínio é considerada patrimônio imobiliário da ferrovia.

Geralmente, as faixas de domínio estão determinadas nas plantas cadastrais da linha, plantas estas que devem conter todas as instalações existentes na faixa de domínio, inclusive os limites desta com as propriedades confrontantes. A cerca da ferrovia é a que separa a faixa de domínio da ferrovia dos terrenos marginais, de estradas e outras propriedades. A parte da faixa de domínio adjacente a estações, oficinas ou outras dependências, geralmente de maior largura do que a faixa f aixa de domínio na linha corrida, é denominada de “explanada”. Em algumas regiões é o mesmo termo empregado para designar pátios. Nas faixas de domínio temos vários problemas, que precisam ser monitorados durante os trabalhos ao longo da ferrovia e nas viagens de inspeção visual. Os mais graves são: > as invasões das faixas de domínio; > a sua utilização para depositar lixos e entulhos, oriundos das comunidades locais.

Pessoas que moram próximas às ferrovias e/ou de outras regiões invadem a linha do trem ou sua margem, fazendo com que os percursos dos trens possam vir a ter restrições de velocidade em prol da segurança. Tais invasões, quando ocorrem à beira da ferrovia, com intuito de utilizar parte da faixa de domínio para iniciar uma pequena plantação, construção de uma casa ou mesmo barraco, podem ser alvo futuro de pedido de indenizações, gerando prejuízos financeiros à ferrovia, se as invasões não forem percebidas pelos empregados da ferrovia e/ou não denunciadas à segurança patrimonial. Em várias regiões, as pessoas adotam a prática de usar as margens da ferrovia para descarte de entulhos e lixo, gerando assim altos custos de manutenção da via por degradação, além da possibilidade de gerar indenizações e interrupções no tráfego.

I    d   e  n  t   i      c   a   ç   ã   o  d   e  i   n  v  a   s   õ   e   s   d   a  f    a  i   x  a   d   e   d   o m í   n i    o

 

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Outros problemas que devem ser observados nas faixas de domínio são: > necessidade de corte ou poda de árvores que estejam causando perigo à segurança do tráfego; > rompimento e/ou abertura de cerca, permitindo a entrada de criações à margem da via; > estruturas ou obras civis que estejam com riscos de desabamentos; > início de utilização de uma travessia, que possa originar uma passagem em nível; > utilização das margens da ferrovia, para pastagem ou criação de animais; > qualquer outra anormalidade que possa ser observada em uma inspeção visual.

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Módulo V

AVAL ALIA IAÇÃ ÇÃO O VI VISUAL SUAL DA DINÂMICA DINÂMIC A DO TREM

É notório que se deve manter a circulação de trens, de forma mais confortável possível. Para que isso seja posto em prática, analisaremos alguns pontos relevantes ao longo deste módulo. mó dulo.    Ao finalizar finalizar o estudo deste módulo, módulo, você será será capaz de: de: > reconhecer os pontos a serem avaliados nas viagens ou na circulação dos trens; > reconhecer os pontos a serem avaliados nas viagens de inspeção de rotina, com auto ou caminhão de linha.

A identificação dos possíveis problemas na circulação de trens facilita a resolução de problemas com maior presteza e eficiência.

 

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Avaliação visual da dinâmica do tre trem m

Uma das funções da via permanente é permitir que a circulação dos trens ocorra da forma mais confortável possível. A geometria da via permanente é constituída por três planos de referência, que identificam a posição relativa dos trilhos e influenciam na dinâmica comportamental dos trens. No sentido longitudinal, temos as inclinações ou rampas interligadas por curvas de concordância vertical, compondo o perfil altimétrico da via. Em planta, temos as tangentes que, interligadas por setores curvos horizontais de características variáveis, formam o perfil planimétrico da via. Esse plano também pode variar no espaço, no sentido transversal à grade, devido à necessidade de se adotar superelevação nas curvas, ou por anomalias no sentido longitudinal, por desnivelamento, empeno da grade (torção) ou outras anomalias.

As curvas de uma linha férrea têm por finalidade alterar a direção de marcha dos trens em movimento, isto é, fazer com que o material rodante gire em torno de seu eixo vertical. ver tical. Esse giro deve ocorrer de forma a evitar impactos no material rodante e, consequentemente, na composição dos trens.

Para os profissionais que trabalham ao longo da ferrovia, é possível observar quando uma composição de um trem está circulando normalmente, ou quando existe alguma anomalia na sua circulação. Se ficarmos na lateral da ferrovia quando um trem está circulando – ou até mesmo em outro veículo ferroviário –, ao observarmos a composição ao longo da plataforma, podemos verificar se existem balanços na composição, por causa de algum tipo de desnivelamento vertical, empenos ou por desalinhamento nas linhas. Em tangentes, tais anomalias são mais fáceis de serem observadas do que nas curvas. Porém, nas curvas, tais anomalias apresentam um risco maior à segurança operacional.

A  v  a  l   i    a   ç   ã   o  v i    s   u  a  l    d   a   d  i   n  â  m i    c   a   d   o  t   r   e  m

 

VAL VALER ER - EDUCAÇÃO VALE

Em geral, os profissionais com mais experiência em manutenção de via permanente têm mais facilidade de observar essas anomalias, que devem ser medidas e registradas, sempre que encontradas.

Se necessário, a circulação no local deve ter a velocidade restrita ou deve ser até interditada, para que sejam feitas as correções necessárias para restabelecimento da normalidade do tráfego.

O QUE OBSERVAR NAS VIAGENS OU NA CIRCULAÇÃO DOS TRENS Nesta seção, veremos o que deve ser observado nas viagens ou na circulação dos trens.

1. Quando, na inspeção, for utilizado o trem de passageiros, viaje, sempre que possível, na cauda ou na locomotiva, para que possa observar toda a linha. 2. Preste atenção aos choques absorvidos pelos carros de passageiros ou pela locomotiva, para avaliar o estado da via e dos AMVs. 3. Quando, na inspeção, for utilizado um trem de minério ou carga, viaje sempre na locomotiva. 4. Observe sempre as condições da geometria da via, no sentido longitudinal, as juntas, entradas e saídas de AMVs, passagens em nível e os deslocamentos das composições dos trens (choques, balanços etc.). 5. A sensação de desconforto provocada pelo balanço lateral dos veículos identifica os deslocamentos da via e nivelamento transversal irregular, torção e empenamento da via.

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O QUE OBSERVAR NAS VIAGENS DE INSPEÇÃO DE ROTINA COM AUTO OU CAMINHÃO DE LINHA Nesta seção, veremos o que deve ser observado nas viagens de inspeção de rotina, com auto ou caminhão de linha.

1.

Deve ser verificada a sensação de desconforto, provocada por balanços e choques na linha ocorridos nas viagens.

2. Longitudinalmente, também devem ser vistos (sensibilidade visual) o alinhamento da linha em tangente e o puxamento das curvas. 3. Mesmo não estando no trem que está cruzando com o veículo de inspeçã via. 4. Em situações onde houver sequências de AMV’s, deverão ser verificadas as condições geométricas e dinâmicas dos trens, para determinar a velocidade máxima de circulação dos mesmos.

A  v  a  l   i    a   ç   ã   o  v i    s   u  a  l    d   a   d  i   n  â  m i    c   a   d   o  t   r   e  m

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