Igbó (2021)

January 20, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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igbó

alisson

siwaju

nathê  vitor barbara

thaís thalia

mel zeni

nalú paulo

 

 jul/2021 

 

igbó do yorubá  floresta, também pode significar estrangeire.

 

alisson nogueira lanú nalú mel almeida nathê ferreira paulo emilio siwaju lima thaís carmello thalia silva  vitor barbara zeni frasão

 

Esse é um poema coletivo e um mapa de afetos.

 

Como vai a vida e o que eu posso fazer? A partir desses dois questionamentos, o coletivo que aqui se forma mergulhou no encontro. No encontro do eu, do nós, do que queremos ser... E criamos esse livro poema, esse mapa de plantios. Buscou-se então refletir sobre nossas memórias e relação com o território, e projetar o desejo de trocar afetos, de criar laços. Passo tão simbólico frente ao distanciamento imposto pela pandemia de Covid-19. Assim, resgatamos a escrita enquanto desabafo e grito, enquanto desenho em si e de si. Conectamos com um registro de afeto, uma foto, um objeto. E plantamos. Sementes espalhadas nos diferentes locais aos quais pertencemos, na esperança de que essas palavras nos conectem a nós mesmes, a essa rede que se cria, e ao mundo em que estamos.

 

plantio

 

zeni frasão | plantio

 

 vitor barbara | plantio

 

thalia silva| plantio

 

thaís carmello | plantio

 

siwaju | plantio

 

mel| plantio

 

alisson nogueira | plantio

 

nathê ferreira | plantio

 

lanú nalú | plantio

 

paulo emilio | plantio

 

postais

 

Ampliando as possibilidades de encontro, para além da experiência virtual, o ato de trocar postais surge como uma forma de adentrarmos a casa uns dos outros, e dessa forma produzir outra forma de construir encontros e afetos. O tempo do postal é outro, depois de enviado o seu tempo de chegada tem um tanto de mistério. E quando enfim chega, reativa memórias de um alguém que eu fui, de um outro alguém que encontrei por entre as correrias da vida. E nos reconecta naquele instante, em um fragmento da grande etc que é nossa vida.

 

nós

 

 Alisson Nogueira, 1995. Parido e criado em Vermelho-PE, mas atualmente vive e

trabalha em Petrolina – PE. Está se graduando em Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF - Juazeiro / BA. Vem construindo uma produção multimídia, com a qual tenciona narrativas poéticas refletindo sobre os atravessamentos múltiplos no tocante ao território, memória, esquecimento, família e narrativas confessionais. Empacado neste rastro de morte produzido pelo êxodo. @nxgueira_

Lanú Nalú (1997, São Paulo). Artista multidisciplinar e arte-educadora em formação

pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As experiências corporais, como fio condutor de seu trabalho, tratam de memórias íntimas, coletivas e/ou afetivas relacionadas à saúde mental, identidade e pertencimento. Foi bolsista CNPq nos anos 2019-2020 na área de teoria e crítica de arte e atuou como curadora e produtora em diversos eventos, dentre eles o Festival FEIA (2017-2018). Atualmente é professora no cursinho popular Arte Pra Quê. @analucche

Mel Almeida  é artista multidisciplinar, graduanda em Artes Visuais pela Unesp,

empreendedora e moradora do Jardim Ângela, São Paulo. Sua pesquisa visual aborda temáticas em torno das questões de identidade, memória e pertencimento pertencimento.. @bruxasemcoracao [email protected]

Nathália Ferreira, ou só Nathê, tem 26 anos, é cria da Cohab 1 em Jaboatão dos

Guararapes, Pernambuco. Grafiteira, arte-educadora, recém-formada recém-formada em Lic. em Artes Visuais na UFPE. Reflete sobre as representações do corpo feminino negro em seus trabalhos na rua, na academia e na rede. Inicia sua trajetória artística em diversos movimentos sociais e brincante da cultura popular. Hoje, já viajou para diversos estados em Festivais de Graffiti, Residências Artísticas, Exposições, Congressos Acadêmicos e ministrando oficinas de Arte Urbana. Integra os Coletivos Afronte, Trovoa e Maracatu Xangô Alafim. @natheferreira__

 

Paulo Emilio.  Multiartista não binário. P(r)o(f)eta Performer. Arte Educador.

Arteterapeuta. Psicólogo. Professor. Vive em trânsito, desde que saiu de Juazeiro do Norte/Ce, onde nasceu. Dr. em Educação Artística, FBAUP. Atualmente faz Licenciatura em Teatro, UFBA. Articulador do Laboratório de Criatividade e Saúde Mental - LACRIAS, UPE. Cerzidor de sonhos no Coletivo Tuia de Artifícios.

Siwaju  é gravadora especializada em buris, escultora e pesquisadora de diversos

minérios, linguagens e técnicas que possa se apropriar para desaguar em suas peças e matrizes. Vive entocada no que se entende sobre margem/território à procura de luz e símbolos da memória em busca de uma reimaginação reimaginação social. Atualmente é graduanda graduanda em Artes Visuais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, bolsista na oficina 3D do Parque Lage onde desenvolve desenvolve peças tridimensionais. Passageira do BraZil. Falhida. Vive e produz na cidade do Rio de Janeiro, zona norte, planeta terra.

Thaís Bravin Carmello é natural de Presidente Prudente-SP. Concluiu Concluiu Licenciatura e

Mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá, e pós-graduação lato sensu em Políticas Públicas e Projetos Sociais pelo Centro Universitário SENAC. É educadora e redatora, além de pesquisadora na área de Estética e Filosofia da Arte. Atualmente cursa graduação em Artes Visuais na Uninter.

Thalia Santos Silva  é natural de Taperoá, interior da Bahia. Graduanda de

Arquitetura e Urbanismo pela UFBA e Técnica em Informática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA (2016). Atualmente pesquisa as relações entre as representações iconograficas de trabalhodres negros e seu trabalho no espaço urbano, buscando compreender os silêncios, apagamentos imagéticos em torno da presença negra na cidade. Artista visual, tem se debruçado pelo mundo das colagens, animações e pinturas analógicas e digitais.

 

 Vitor Barbara. Nascido em 1985, renascida em 2016. É artista visual em formação

pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Realiza trabalhos em diversas linguagens como pintura, gravura, fotografia, instalação, intervenção urbana e performance. Suas temáticas abordam desde subjetividades subjetividades da solidão e da memória à questionamentos questionamen tos de ordem política e social, da arte, do gênero e do especismo.

Zeni Frasão. Formada em Produção Audiovisual, pós-graduada em Produção

Executiva e Gestão de TV, pós-graduada em Direção de Arte para Audiovisual pelo SENAC e pós-graduada em Projetos Sociais e Direitos Humanos, pela faculdade Anhembi Morumbi. Membro fundadora do coletivo I N Á formado por mulheres pretas e LGBTQIA+ das favelas de São Paulo. O coletivo surgiu como plataforma alternativa para criação, produção e transformação social por meio da arte, buscando e construindo processos de autoconhecimento e cura para pessoas em  vulnerabilidade.  vulnerabilidad e. Produtora cultural, desenvolve desenvolvedora dora de projetos, criativa e artista  visual em processos processos de experimentações experimentações imagéticas imagéticas e afrofuturistas. afrofuturistas. @orun.design

ficha técnica

textos descritivos: thaís carmello, thalia silva diagramação: lanú lanú nalú | artistas: artistas: alisson nogueira, lanú nalú, mel almeida, nathê ferreira, paulo emílio, siwaju lima, thaís carmello, thalia silva, vitor barbara, zeni frasão.   projeto realizado para o curso entreolhares universitário (2021) do itaú cultural, sob mentoria de luciara ribeiro.

 

depoimentos sobre o curso

 

 Alisson. Esses encontros têm me tocado de uma maneira muito especial. Sempre

acreditei que meu trabalho se construía também, mas possibilidades de encontro do eu com o outro, e assim ser afetado mutuamente. Seja em uma conversa, seja num processo de escuta, seja numa mesa de bar resenhando com amigues. E a pandemia ao qual todos estamos atravessando, até isto. o sorriso e as lutas que Encontrar com novas narrativas,nose têm comcerceado elas conhecer acompanham cada uma delas, tem sido um processo muito revigorante. Feliz em ter a oportunidade de vivenciar todo esse processo com esse grupo, neste curso.

Nalú. O Entreolhares foi um momento de pausa, mas de movimento também.

Reavivar sonhos que estavam frios, ressignificar memórias, abrir caminhos para os afetos. Apesar da correria do dia-a-dia, foi possível imaginar novos laços dentro dos encontros propostos por cada pessoa convidada. Como arte/educadora, fiquei encantada com a sensibilidade e o brilho nos olhos de Luciara, porque transparece nesse lugar de encontros imaginados por ela e a equipe, ajudou a transmutar algumas tensões e dificuldades que tínhamos sobre os fazeres artísticos nesse momento de dureza. A escrevivência é mesmo uma ferramenta de luta dos afetos.

Nathê. Finalizar a Universidade em plena pandemia é doloroso e assistir aulas online

têm sido um pesadelo, têm tirado todas as minhas esperanças e expectativas que gerei, não foi assim que imaginei terminar e me formar, em frente à uma tela. Esse curso do Entreolhares foi um respiro pra mim, aprender e trocar ainda virtualmente, mas de forma mais leve, com assuntos que me interessam e que me geram vontade de ler, aprender sobre História e Arte com artistas que estão fora do eixo hegemônico de Arte Acadêmica, eixo este que foi centrado durante todo tempo que fiquei na universidade. Aprender, sobre mim e em coletivo, é muito mágico!

Siwaju. O curso tem me mostrado pouco a pouco como organizar meus trabalhos e

pensar a mim mesma dentro deste turbilhão de informações, imagens e encontros  virtuais que cada vez mais estamos nos acostumando no cotidiano. Tem sido uma descoberta esplêndida para imaginar e pensar junto com outras pessoas, poder conciliar ideias e fazer novas conexões. Acredito muito na força da atração e estar rodeada de gente incrível traz uma vibe boa em meio a tudo.

 

Thaís. Solitude foi a grande palavra da pandemia para mim. Embora necessária, vivê-

la tornou-se cômodo e natural demais com o passar dos meses. A experiência do Entreolhares, em especial esse trabalho coletivo, me lembrou como a partilha e a escuta do outro também é fundamental, além da introspecção. Levarei o que aprendi aqui sempre comigo, na minha arte e na minha vida.

Thalia. O processo de trabalho em grupo foi uma experiência muito rica e afetuosa.

Pensar em conjunto, se reunir e ouvir o outro foi muito bom. Aprendi bastante!

Zeni. Essa imersão me trouxe muitas reflexões sobre os desdobramentos da escrita

afetiva e do poder de nos conectar a nossa história e memória. As aulas foram bem dinâmicas e os orientadores e convidados foram incríveis. Criar esse mapa de afetos foi uma experiência coletiva maravilhosa. Todes os integrantes do grupo participaram com muito empenho para que esse trabalho fosse um retrato da imensidão de amor e leveza que somos.

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