Histórico Hatha Yoga RobertoMartins 2016
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Uma descrição da evolução do Hatha Yoga tradicional indiano...
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Pós-Graduação em Yoga, Instituto Fênix Encontro: 20 e 21 de Fevereiro de 2016
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Duas obras úteis, publicadas por Polo Books / Shri Yoga Devi:
Neste módulo vamos estudar uma parte da tradição indiana mais antiga sobre o Yoga: Yoga: Bhagavad-G ī tā – uma obra importan importante te sobre espiritualidade e Yoga Yoga (aprox. séc. III a.C.) obrass Textos clássicos do Ha ṭha-Yoga – as obra indianas mais antigas a respeito desse assunto (sécs. X-XVI d.C.) •
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Há vários textos clássicos de Ha ṭha-Yoga traduzidos, disponíveis no site Shri Yoga Devi: www.shri-yoga-devi.org
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O Yoga indian indianoo passou por por muitas fases diferentes, ao longo do tempo: 1. Civilização dos rios Indus e Sarasvat ī ī
2. Tradição dos Vedas 3. Tradição Brahmânica ramaṇa 4. Tradição Ś rama 5. Upani ṣ ṣads antigas 6. Surgimento Surgimento do Jainismo Jainismo e do Budismo 7. Dharma S ūtras
8. Mahā bharata e Bhagavad-Gī tā 9. Medicina Ā yurveda āṅkhya 10. Yoga de Patañjali e S āṅ 11. Pur āṇ āṇas antigos 12. Tantra 13. Ś aṅkar ācārya 14. Alquimia indiana ( Rasā yana) ha-Yoga oga 15. Ha ṭ ha-Y Primeiro vamos ver a história do Ha ṭ ha-Y ha-Yoga oga clássico. [capítulos 3-5 da Introdução de ha-Yoga oga”] “Uma luz sobre o Ha ṭ ha-Y
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Haṭha-Yoga Quando se fala sobre Haṭ ha-Yoga, atualmente, a imagem que nos vem à mente é a de uma academia como esta
Haṭha-Yoga No entanto, a origem do Haṭ ha-Yoga é muito diferente... E até hoje existem pessoas que seguem a antiga tradição que vamos estudar neste encontro.
Haṭha-Yoga O Haṭ ha-Yoga moderno é uma simplificação surgida no século XX, partindo do Haṭ ha-Yoga original. Conservou principalmente as posturas (āsanas) e alguma coisa de pr āṇā yāma, deixando de lado outros aspectos do Yoga antigo. Adicionou também técnicas de ginástica e de lutas.
Haṭha-Yoga Embora os aspectos físicos sejam importantes, o Haṭ haYoga original, como todos os outros ramos do Yoga indiano, tem a finalidade última de um desenvolvimento espiritual, e de levar à libertação (mok ṣa) do ciclo de renascimentos.
Haṭha-Yoga O Haṭ ha-Yoga original é um método tradicional de transformação do ser humano, desenvolvido na Índia, no período medieval. Distingue-se do Yoga clássico de Patañjali (descrito no YogaS ūtra) por valorizar muito alguns aspectos físicos, como posturas (āsanas) e respiração ( pr āṇā yāma).
Ha ṭ ha-Yoga
séculos X a XV d.C. O Haṭ ha-Yoga tradicional começou a se desenvolver em torno do século X d.C. Atribui-se sua criação ao sábio Matsyendra e ao seu discípulo Gorak ṣa, mas foi o segundo deles quem estruturou e difundiu esse método.
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O Haṭ ha-Yoga tradicional se caracteriza pela importância das purificações do corpo ( ṣaṭ karmaṇi), uma variedade de posturas (āsanas), exercícios de pr āṇā yāma, práticas para purificação das nāḍī s (canais internos) e dos cakras, controle dos pr āṇas e de kuṇḍ alinī através de contrações internas (bandhas) e mudr ās, e técnicas especiais de samādhi como a concentração nos sons cósmicos, nāda.
Seguindo a influência da alquimia indiana ( Rasā yana), o Haṭ ha-Yoga tradicional pretende obter a libertação espiritual (mok ṣa) em um corpo divino, imortal. Por isso, ao contrário de outros ramos do Yoga, os textos do Haṭ haYoga clássico descrevem muitos efeitos físicos das práticas de Yoga.
O nome Haṭ ha é explicado em alguns textos tradicionais como sendo formado por ha, que significa o Sol, e ṭ ha, que significa a Lua; e que sua união é o objetivo deste Yoga. Mas esta é uma interpretação simbólica, que não tem relação B������� �� ����� com o significado da palavra. “O Sol [Sū rya] é conhecido pela sílaba ha, e a Lua [ Indu] pela sílaba ṭ ha. Ha ṭ ha-Yoga recebe esse nome pela união [ yoga] do Sol [Sū rya] com a Lua [Candrama]”. (Yogab ī ja 148-149)
Ao contrário do Yoga de Patañjali, o Haṭ ha-Yoga dá pouca ênfase aos aspectos éticos ( yama e niyama). Dá importância à alimentação e ao local onde o Yoga deve ser praticado intensamente. Embora os textos se refiram a Ś iva e a Ś akti, este tipo de Yoga não tem aspectos devocionais.
A palavra Haṭ ha, em sânscrito, significa violência, força. Pode também significar obstinação, persistência, esforço, disciplina dura e extrema. O nome Haṭ ha (força) pode ter sido adotado porque várias técnicas do Haṭ haYoga são difíceis, exigindo um esforço semelhante ao que encontramos na tradição ascética indiana mais antiga.
As práticas mais antigas do Yoga indiano foram surgindo aos poucos. É muito difícil indicar uma data para elas. Podemos, apenas, determinar as épocas aproximadas de textos que as descrevem. Os textos mais antigos do Haṭ ha-Yoga indiano são dos séculos X e XI.
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A tradição do Haṭ ha-Yoga indiano remonta aos yogins Matsyendra N ātha e Gorak ṣa N ātha. A palavra nātha (ou nāth, em Hindi) tem o sentido de ajuda ou refúgio. Quando aplicada a uma pessoa, significa protetor. Pode também representar um marido, patrão ou proprietário. No Haṭ ha-Yoga, é utilizada para indicar os mestres e seguidores dessa tradição.
A tradição N ātha ensina que Ś iva foi o mestre original dos segredos do Yoga, sendo por isso considerado como o Ā di-N ātha, o N ātha primordial ou o iniciador dos N ātha. Há várias lendas que relatam como Matsyendra aprendeu o Haṭ ha-Yoga de Ś iva.
Porém, sem que Ś iva e Parvat ī percebessem, a conversa entre eles foi ouvida por uma pessoa que estava perto da ilha, na água, escondida dentro de um peixe. Depois, saiu de dentro do peixe e se apresentou a Ś iva. Este lhe ordenou que difundisse pelo mundo esse ensinamento; e lhe deu o nome de Matsyendra N ātha – um nome derivado de matsya, que significa peixe.
Há divergência entre os diversos estudiosos a respeito do período em que Matsyendra viveu. As datas variam entre o século V e o século XIII d.C. Acredita-se que Gorak ṣa N ātha viveu no final do século X ou início do século XI e, por isso, seu mestre Matsyendra N ātha provavelmente teria nascido no século X.
Parvat ī ou Umā, a companheira divina de Ś iva, pediu-lhe que a instruísse sobre o Yoga. Como
esse era um ensinamento secreto, que não devia ser conhecido por todos, Ś iva a levou para uma ilha deserta, onde lhe transmitiu o que ela havia pedido.
Como muitos outros yogins, Matsyendra viveu durante anos em uma caverna, praticando exercícios de yoga de forma intensa, para obter sua transformação espiritual.
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Há um āsana que é atribuído a
A explicação apresentada na
Matsyendra ( Matsyendr āsana)
Gheraṇḍ a-Samhit ā
é bem diferente:
Haṭha-Yoga-Prad ī pikā I.28. Coloque o pé direito na base da coxa esquerda e o pé esquerdo no lado externo do joelho direito. Segure os pés passando os braços por trás e permaneça com o corpo virado para o outro lado. Este é o ā sana ensinado por Ś rī Matsyanā tha.
Atualmente, Matsyendrā sana é interpretado de outro modo, que não corresponde às descrições. HYP I.28 Coloque o pé direito na base da coxa esquerda e o pé esquerdo no lado externo do joelho direito. Segure os pés passando os braços por trás e permaneça com o corpo virado para o outro lado. GS II.22-23 Estique a barriga e as costas sem esforço. Dobre a perna esquerda e a coloque sobre a coxa direita. Então coloque sobre ela o cotovelo direito, apoiando a face sobre a mão direita, e fixe o olhar entre as sobrancelhas.
Este é um dos quatro templos de K āṭ hmāṇḍ au que são dedicados a Matsyendra N ātha
(templo de Karuṇāmaya)
Gheraṇḍa-Saṁhitā II.22-23. Estique a barriga e as costas sem esforço. Dobre a perna esquerda e a coloque sobre a coxa direita. Então coloque sobre ela o cotovelo direito, apoiando a face sobre a mão direita, e fixe o olhar entre as sobrancelhas. Isto é chamado Matsyendrā sana.
Matsyendra N ātha tem grande
importância, não apenas no Hinduísmo, mas também em outras tradições. No Nepal, Matsyendra é identificado com Avalokite śvara, um importante boddhisattva do Budismo Mahā yāna, sendo culturado até hoje. Avalokite śvara, também conhecido como Loke śvar , era um grande asceta, com poderes sobrenaturais (siddhis).
Segundo a tradição indiana, Matsyendra N ātha, ou Macchanda, foi quem divulgou um tipo de Yoga chamado Yoginī Kaula. Esta é uma corrente tântrica que utiliza o corpo como instrumento para o desenvolvimento espiritual, e cultua o poder feminino divino, Ś akti.
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Alguns autores afirmam que Matsyendra
estruturou a corrente tântrica Kaula para suavizar práticas mais radicais de yogins e yoginī s que viviam nos locais de cremação de cadáveres.
No Kaulajñānanir ṇaya, Matsyendra descreve um sistema de oito cakras, cada um com oito pétalas, associadas às 64 yoginī s. Os bī ja-mantras dos oito cakras são: k ṣaṁ no Brahmarandhra, laṁ na testa, haṁ entre os olhos, saṁ na boca, ṣaṁ na garganta, śaṁ no coração, vaṁ no umbigo e haṁ (repetido) nos órgãos genitais.
Duas obras de Matsyendra, o Kaulajñ ānanir ṇaya (talvez do século X) e a MatsyendraSaṃhit ā (século XIII ?), descrevem práticas tântricas, incluindo elementos sexuais. Estas e outras obras atribuídas a Matsyendra incluem descrição de práticas de meditação e uso de mantras da tradição Kaula mas não têm relação com o Haṭ ha-Yoga.
Este é um dos templos dedicados às 64 Yoginī s. Fica em Hirapur, Odisha (Orissa), Bengala.
Na parte interna do templo há 64 esculturas diferentes, de Yoginī s.
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Há um santuário dedicado a Matsyendranath em Ujjain, Madhya Pradesh, onde se supõe que ele foi enterrado (os yogins não são cremados)
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Matsyendra é um personagem popular na cultura indiana. Uma versão lendária de sua vida, Maya Machhindra, já foi filmada várias vezes (uma das versões, de 1975, está disponível no YouTube).
Infelizmente, não possuem legendas em inglês. ����://�����.��/��1�3����9�
Há lendas importantes relacionando Gorak ṣa N ātha com Matsyendra-N ātha. Uma delas fala a respeito do nascimento milagroso de Gorak ṣa. Uma mulher estéril fez preces a Ś iva para poder ter um filho. Matsyendra lhe deu um pó que ela deveria comer. Depois que ele foi embora, a mulher ficou em dúvida, e acabou atirando esse material em uma pilha de esterco de vaca.
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Doze anos depois, Matsyendra passou por lá e lhe perguntou sobre a criança; ela acabou confessando o que havia feito. Então, procurando no monte de esterco, encontraram um menino com 12 anos de idade, que foi chamado Gorak ṣa, da palavra go, que significa vaca e rak ṣa, protetor.
A lenda afirma que quando Matsyendra ouviu Ś iva instruindo sua esposa sobre os segredos do Yoga, Pārvat ī teria ficado furiosa com o pescador e o teria amaldiçoado, dizendo que posteriormente ele esqueceria totalmente de todos os ensinamentos.
Gorak ṣa teve pena do seu antigo mestre e
resolveu resgatá-lo. Disfarçou-se de mulher, foi até o palácio de Kadalī e fez com que Matsyendra se recordasse de sua vida anterior e da sabedoria que possuía.
Em seguida, Gorak ṣa se tornou discípulo de Matsyendra e passou a servi-lo e acompanhá-lo. Porém, mais tarde, houve divergências entre os dois. Gorak ṣa não aceitava a doutrina tântrica Kaula e acabou se afastando de Matsyendra.
Posteriormente, Pārvat ī expulsou Matsyendra para um reino chamado Kadalī , onde caiu sob o domínio de mulheres e perdeu a lembrança não apenas dos segredos do Yoga mas até mesmo de quem ele próprio era.
Gorak ṣa é considerado como discípulo de Matsyendra, mas a tradição também se refere a sérias divergências entre eles. Matsyendra seria um Śākta, ou devoto da Grande Deusa (Ś akti) e seguia o caminho tântrico V āmācāra (“da mão
esquerda”), incluindo práticas sexuais.
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Gorak ṣa tinha uma tendência puritana e ascética;
e não era devoto da Grande Deusa. Estruturou o Haṭ ha-Yoga, de orientação Ś aiva, que não utiliza rituais nem outras práticas devocionais, dando grande importância à concentração no som inarticulado (nāda).
Talvez essas divergências históricas tenham servido como inspiração para a lenda já referida, segundo a qual Matsyendra teria se esquecido de quem era e de toda a sabedoria, por ter sido seduzido por mulheres, sendo depois resgatado por Gorak ṣa.
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Por outro lado,
Os picos de Machhindragad e Gorakhgad, vistos da vila Daheri, a 30 km de Mumbai
Matsyendra
desenvolveu a teoria do corpo sutil que tem grande importância no Haṭ ha-Yoga criado por Gorak ṣa. Suas contribuições se complementaram.
A cidade Gorakhpur , em Uttar Pradesh, tem este nome em homenagem ao mestre N ātha, e uma antiga tradição afirma que ele nasceu ou foi enterrado lá.
Vista interna do templo de Gorakhnātha, em Gorakhpur, Uttar Pradesh
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Templo dedicado a Gorak ṣa N ātha, em Ghorahi, Dang, Nepal
Templo dedicado a Gorak ṣa N ātha, em Ghorahi, Dang, Nepal
Há uma postura atribuída a Gorak ṣa descrita na Gheraṇḍ a-Saṃhit ā: Gheraṇḍa-Saṃhitā II.25. Coloque os pés voltados para cima, entre as pernas e as coxas. Colocar as mãos abertas, para cima, cobrindo os calcanhares.
Templo dedicado a Gorak ṣa N ātha, em Ghorahi, Dang, Nepal
Em Gorkha, no Nepal, existe uma caverna que se supõe ter sido utilizada por Gorak ṣa-N ātha para práticas espirituais.
Atualmente, chama-se de Gorak ṣāsana uma postura bem diferente: GS II.25 Coloque os pés voltados para cima, entre as pernas e as coxas. Colocar as mãos abertas, para cima, cobrindo os calcanhares.
26 A garganta deve ser contraída e o olhar fixado na ponta do nariz. Isto é chamado Gorakṣā sana , e dá a perfeição ao yogin.
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Há muitos pequenos templos dedicados a Gorak ṣa, como este que fica no alto da montanha Girnar, perto de Junagadh, Gujarat e que pode ser acessado por um caminho de 10.000 passos.
surgiu o Ha ṭ ha-Yoga A partir de Gorakṣ a-N ā tha indiano, que começou a se difundir no século XI, produzindo obras, gerando uma tradição e criando uma linhagem de mestres.
As obras mais conhecidas que apresentam o Haṭ ha-Yoga tradicional indiano são: Gorak ṣa-Ś ataka (século XI ou XII) Ś iva-Samhit ā (século XV?) •
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Haṭ ha-Yoga-Prad ī pik ā
(século XV ou XVI) Gheraṇḍ a-Samhit ā (século XVII?) Yoga-Upani ṣads (séculos XVII-XVIII)
São atribuídos a Gorak ṣa cerca de 30 textos em sânscrito, além de obras poéticas em hindi. O mais famoso é o Gorak ṣaŚ ataka. É difícil saber quais delas são autênticas. As obras mais antigas conhecidas que se referem a Gorak ṣa-N ātha são do século XIII; nessa época, ele já era considerado um grande siddha e circulavam lendas a seu respeito
Os yogins e yoginī s seguidores de Gorak ṣa eram ascetas que se dedicavam a práticas intensas de Haṭ ha-Yoga fora das cidades ou vilas, vivendo em cavernas ou pequenas cabanas.
Existe uma tradição sobre os 9 principais N āthas (navanātha). Diz-se que eles se tornaram imortais e que ainda vivem na região do Himalaia: Gorak ṣa N ātha, Matsyendra-N ātha, Carpaṭ -N ātha, Mangal N ātha, Ghugo-N ātha, Gopi-N ātha, Pr āṇ-N ātha, S ūrat-N ātha e Camba N ātha.
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Os nomes mencionados nas listas variam muito. O próprio Ś iva é considerado o primeiro dos N āthas, o Ā di-N ātha ou mestre primordial.
A corrente mística conhecida com o nome N ātha se desenvolveu em Bengala e se espalhou por toda a Índia, pelo Nepal e pelo Tibet. Os seguidores dessa corrente são também chamados Gorakhnāthis e, às vezes, de K ānphaṭ a yogins, por causa da fenda na orelha e do brinco que usam.
Os mestres e seguidores da tradição N ātha geralmente (mas nem sempre) utilizam a terminação -nātha em seus nomes. Porém, há também santos da tradição jainista chamados Ā dinātha e Pār śvanātha, por exemplo; K ṛṣṇa é chamado de Gopī nātha, e Vi ṣṇu é cultuado com o nome Jagannātha em Puri.
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O brinco utilizado pelos N āthas (kuṇḍ al, dar śan ou mudr ā) atravessa uma
fenda no pavilhão da orelha, feita com uma faca durante o segundo ritual de iniciação.
Não se sabe como se originou essa tradição; há imagens de Ś iva anteriores à época dos Gorakhnātis com esse tipo de brinco, como no Ś iva-liṅga do século III ou IV d.C. existente no templo de Para śur āme śvara.
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Gur ū N ānak (1469-1539), o fundador do Sikhismo, relata que encontrou Gorak ṣa e outros mestres N ātha no Himalaia, durante uma de suas
viagens; e que estes queriam que ele se tornasse um Yogi, propondo furar suas orelhas.
Há uma forte relação entre a corrente dos Siddhas e a dos N āthas. A tradição dos Siddhas, mais antiga do que o Haṭ ha-Yoga, enfatiza o método do corpo, k ā yasādhana, como processo para atingir a transformação espiritual. A palavra sânscrita sādhana significa algo que leva a um objetivo determinado, uma orientação, uma disciplina, um método; k ā ya, por sua vez, significa corpo ou habitação.
Segundo a tradição tâmil, teriam existido 18 grandes siddhas (ou siddhars ), que conquistaram a imortalidade do corpo, como Agastya, Thirumular e Bogar .
O objetivo dos Siddhas era transformar o corpo, tornandoo perfeito e imortal. Essa corrente estava fortemente associada à alquimia indiana, Rasā yana. Através de processos alquímicos, seria possível atingir a perfeição (siddhi) e produzir um corpo divino, através do uso da “essência” (rasa), às vezes identificada com o mercúrio líquido.
No Budismo tântrico (Vajrayāna) existe a tradição de 84 mahāsiddhas, como Luipa, Saraha, Minapa (Matsyendra), Gorakṣa, Caurangipa, Nagarjuna, Naropa, Tilopa, Jalandhara.
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A tradição dos 84 mahāsiddhas do Budismo tântrico inclui quatro mulheres e vários N āthas.
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Um dos N āthasiddhas foi J ālandhara, que criou uma corrente tântrica de Yoga independente da que se originou com Gorak ṣa.
Eles apenas conhecem as lendas sobre os mestres N ātha, cultuam Gorak ṣa e cantam as músicas dessa tradição.
Há também 84 siddhas da tradição N ātha, que tem nomes em comum com a tradição budista tântrica.
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Existem atualmente nātha-yogins em toda a Índia e no Nepal. Eles usam os brincos na orelha cortada e se consideram seguidores de Gorak ṣa. No entanto, possuem pouco conhecimento sobre o Haṭ ha-Yoga antigo. Não conservaram a tradição.
Em sua maioria, os nātha-yogins são casados e levam uma vida normal. Alguns poucos são sādhus e se dedicam intensamente à vida espiritual, mas sem seguir o Haṭ ha-Yoga antigo.
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O Ha ṭ ha-Yoga original é muito raro, na Índia.
De um modo geral, os sādhus que vivem em cavernas ou cabanas não são nātha-yogins.
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