Hinos Órficos - Parte 2
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Parte 2 dos Hinos Órficos....
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mereça a alg lgu uns rep repar aro os, a ideia ch chaave que a nucle leia ia me pa e res esis isttir à crí tica. Decert rto o não é poss vel encontra em Of todos os el eleementos que caracterizaria iam m um x xaamã " prototpi
um tipo ideal de xamã. No entanto, é i negáv el que notá ei componentes de sua i im magem m mí í tica apontam nessa direçã.
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Creio t taambém que a crí tica de raf f àà f amosa tese de Hll.. krantz (1 (19 954) não dá conta de elu lud dir as claras correspondêia
entr tree o mito do herói grego e as le leggendas do corpus e O refe ferrid idoo autor compôs, reunindo, sob o nome de N orth Ame - orth cann Orp ca rphheus T dio ionn, histórias colhidas entre povos ind í gea norte-americanos, além de si sim milare ress p prrocedentes d daa Ásia e a P olinésia Os paralelos sã são o cogentes Se os protagonistas desse
conto toss heróis que via ja jam m ao mundo dos mortos paa esga ta um u ma pessoa querida não são neles caracteri rizzados c xamãs, é fa fatto que o xamanis ism mo está presente nos domí i cultu turrais onde se ef etuou a recolh lhaa. Essa sass histórias ofe ferrece aos xamãs das áreas onde ela lass f oram coletadas precedentes e
1970). Wst (983 fi um dos grands studioss da matéra órfica qu a acatara O painl ds studs sbr o amanism vu-s muit nriqucid e sgnifcativat altado cm pgss das psquisas tngráficas na Ásia, na cania a Américas, gand dbats innss ntr antpôogs histriadors da rliiã grand mdl d Eiad sofru muitas cíticas Rcntmnt dpois d ua fas d cticism "pósmd qu vu aguns autors à rjiçã da catria xamanism s studs antrpoógics sobr o assun alcançaam nv ncr a rspit, vr Atkinsns 992 C f também artig "Shamanis" da ESCA assia pr Bard Saladin d'nglur No curso d uma psquisa n Xngu iv coat cm xamãs da rgiã Quas tdos ram cnt s músics Um ds m z o rla rla a sta d ua viagm sua à aldia dos morts aiada m trans prfundo, m st smhant a um cma A propósit, vr Sra 006 Basos 999
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is .29 uais dade a se seu us "mitos in idu rid divid auttori ind m au alels que confe e pa al
rovável el que tenha havido xamãs na Tácia. improváv N nada imp
Imagens agens,, id vaores ores rário. Im ideias eias e va var o cont contrário. prov esm mo seia pro íil es Dif íi cas , e r ânica em, o , t te do amâni odem a nto nt tido ti as x xam s p pod orta ort ticas p práátic m pr cm dss c elaciad ela uí da da de Orfeu, constit nstituí ção o da mítia de rfeu, co formaçã sivaa na forma deci cisiv lê a de if lê trácios. cios. Af inal, inal, ao eaio geca de mitos trá interpeaio se de uma interp base à ba
tou u oetaa miste encan canto do poet rioso oso en figuraa do p isteri quee a figur em qu l d tempo em onista o apese ntaam ele é é protag protagonista apesentaam de que ele istóriass de s as história ees s ee homem , cudor dee mago, capaz d capaz ente te com como mago ltaneam neamen simlta sim sucessiva ica que te:: mús música sicafascnan fascnante tre de uma mú música mestre vj o ndo dos mortos, mes vj cvia as bestas, ou seja estabeecia comunicação com os bchos.
Essas caacteísticas convêm perfeitamente a um xamã. Pr t lado é certo que o motivo da catábase não se ede ecesaiamente ao background xamânico, não se liga de fra ecsiva ao ideáio do xamanismo. A aventura máxima e rfe inscreve em um campo mitológico muito rico e aaic tema está pesente no thesaurus de diversas cutu as editeâneas, em particua nas póximo-orientais. Cabe iaia m encontro futífero de vertentes religiosas diversas iaia e se fetiizaram mutuamente para dar origem às criações, rescetes em solo grego, ligadas à figura de Orfeu Orfeu eporto orto-e ao conceit de "mits 29 Rep anropólog "mi ts individuais" empregad peo anropólog
rasiliro Jlio sar Mlatti m su std intitad mit o xamã (latti
963).. Ele cham 963) chamou ou de "mto indvidual" tip transmite tip de narrativa em que um xamã transmite a exe exeriê riêcia através da qual Segundo undo da qual f lead à niciaçã, papel. el. Seg de seu pap niciaçã, à asunçã de seu
be be os osr roo , o n oss etnól g es a modelo de etnólg e tipo de tipo de naativa se acomda ac omda a ese u
ito coetios que descrevem descreve m uma aventura prototípica d gênr, gên r, prtagnzada
P al P r i i rcn hcido hcido
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nhecia bem razão pea qual Zes mato o fiho do oua médo esuscaa m mora A moe de Acl "pgou" a va e ouo omm Aiane a mesma peç, o coro reoa ess xro rio scess lamando qe só o fiho de poo podera l ainha agoizate de eu exíco - ó e Aslép se estivese Afnal o crdor podigoo já essciaa um Mas avae que por so mesmo ele tha pereco, fum peo a de Zeu Eur .2130). And na ua faa inca Apolo eclaece qe se eç a Adto e pouou deenderhe a i, ngondo c Moias. As Sehora do Destino h oncdram qe a vi o e amigo sea popda cas ele encotasse m st algm isposto a moer em e ugar. Aceste a aina a úca qu se dspôs ao acfc a "paga m sa morte plngameto da ida d epoo. N enno egndo A bem resse em ua aeba discsso com o segdo p em a etar em cena nguém menos que Thánatos, o Morte- gnerosa Alcet haeia d rssuciar ser a ta de ola o fúnbe domínio eebese bem a edundâna de 9ue faei acma tan hstóra d Aclépi pemnr do enedo que a faa apol aunia- como na rama pinpal levada à ea, dáse u j de ras de more por da, envoveo noa paadoxa ssueção Aclpio sca m homm, a po sso mes em de oer sucumbe po ue reviveu um defno fa te nefao o humno om o etorn à vda. S pga" a voa do fnado à z Anaogamente Aese more 58
sobe ivêna do esposo e também " r e a , "g é de vo vida à uz. c r m eseição: ela a ó ht n o da a veta e
ot Cl á nse
ex o a voaç
a se e ti ver se caxa mio bem. Melho and a Ofu Linf orth. cea a póse d
auniada por Apoo a pa ó lza a ah de comum om Orfe Senão v jamos e ag o pdiz a Thánatos, aqe q viá - s poa
) é u (cabria crescntar: to m-h a pa (Hacles
como O e). T a
apoximam o vrado Nã é u . Dempehos semelhantes
s e b ador de Euídc:
abs frm rgoata; o scam vvos aos nfernos b eendeam esgae de motos, de atos do Haes P tno m como o outro se lgaam Mistérios ncado elo Caos OT 5 K, nsttuiu vos tco (OT 0104 K; incose em êusi ntes de r ao Hads em sca bo (Dod IV, 4. Apoo Bibl. , 5, 12) •
•
P so é tempo de ver d u mod a htória d rfe aa o dm eripdao A evoaço s dá em a a Admo que ao despedse da po gaate v . Ale. 57 362): 5
I
p. 232) comenta que outrora esse nome "pertencia ape à rainha do mundo subterrâneo" •
•
A catábase do poeta evoca imediatamente outra de i
aos infenos: uma avenua do deus ágco a cuja celeb çã
ele se dedicou. Na verdade, as semelhanças entre Orfeu e Di
niso são notáveis Ambos eram considerados estrangeiros el gregos, que sempre os ligavam à Trácia. T al como Doi
(fuo de Zeus e Sêmele) Ofeu nasceu de uma unio de o rt l com imoal - pelo menos segundo as vaianes que o dze filho de Eago, ei dos ácios e da musa Calíope. Se Dioi onou mais amena a vida dos homens pelo dom do v que mitiga as dores e faz esquecer as penas Orfeu prod i o mesmo efeito com sua música: a serenidade o olvdo
males (é o que dizem os poetas). Além disso ambos rfe Doniso, desceram aos nfernos em busca do resgate de mulher querida: o flho de Sêmele o fez por sua mãe, por sua esposa. Por fim, a more de Orfeu despedaçado iit
a do deus dilacerado
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As semelhanças impressionam mas além da distância hier· quica entre deus e herói há uma diferença notável nas tret r prodigiosas desses personagens As perseguições e ameaças que Dioniso sofreu sempre l vieram de varões. E o deus compartiu com mulheres sua
ues. Encontrou socorro no seio aflição desses ataq gidoras, a . C rado em meo a ninas (Ho I. VI, 129 sq) n dvi as dam de n. 39 femnno, ou prncipamente fem uto séq re sem fas, teve lheres que dversos mtos e ritos é com mu Segundo indcam raz. Baco se comp
Orfeu viúvo, que repeliu as mueres contraste se dá com as de anhia de varões. Ee excuiu as dam s ó rocurou a com trucidado se rito. E fi por elas ência o herói ctaredo aparece Na conografa com frequ eiros que o escutam serenos, ceodeado de homens, de guerr Smetrcamente, muitas pntudendo ao fascí no de sua músca muleres furiosas. as de vaso o mostram atacado por e seu devoto Em todo o caso, esta oposição entre o deus complementar. ã o os afasta Antes parece igá-los de forma 40
•
•
Doso vem a ser a fgura central do Hnário a dvndade as ceebrada n a syllogé dos P er f ume. As teogonias órficas tam le do o máxmo destaque. É mas que usual a lgação de recetos doutrinas e crenças relacionados figura de Orfeu co rtos donsíacos Heródoto ( 81) faz referênca - ndreta as mto sgnfcativa a cutos desgnados peos nomes de k e Bkkk, caracterizando seus adeptos pea observân " Es se corte j pdia nlu át ln, pan paník am m p ap. Ma s a am b êcia fma r a domnante.
" Nas lista s d Brommr (19 73, p. 50 4-7) ncnram-e quarna va á "
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Cf OF 210-24 Kern.
figr a vrmlha s q mor am Or feu end aacad pr mur tráca.
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viático como o achado em Derveni" Imagem 14). Lebr t bém imagens, figradas em vasos e espehos, em qe a cabe ç : vate, já desigada do corpo, tem os ábios entreabertos e it u escriba qe a contempa com sa paqeta e se estiete n ã2 Reporo-me ao ensaio de M eienne intitulado Ua escria inventiv a" il í em seu livro s (p 7990) Destaco os rchos enr as páginas 88 e 8 À página Detienne cia um spelho de Boston, do século IV a.C onde r no meo dos animas enquano a seus pés uma caixa redonda d eixa aparecerem r papros" Quanto ao vaso ápuo a que l se reere ibdm trata-se de uma âa, pertncente a uma coleção parcular da Basleia daada de 330-320 obra d Pir Ganmedes, com ua pntura que Sarian 1990 p. 39 descrve assim: N cetr vaso veem-se Oreu e um homem sentado no nerior de um skos Na parte extr oeranes oferendas A figura de Orfeu é partcular com passos de dança ele aproxma do homem senado, o dfunto para ele oca sua ctara" [. ] senado segura com a mão esquerda um objeo de orma cilndr ca, evidentmet roo como os d papiro que existam na antgudade Não há dú vida de qu se trat u texto escrio". Segue-s a convincene nterpetação da esudiosa "odmos atir com uma cra segurança que a fgura representada esá d e posse de um txto relii que a acompanha no além. A presença de Orfeu nos leva a interpretar qu se tt um exto órfco, tano é clara a reação ntre o defuno dotado de um teo feri e o própro Oreu" Imagem 4) Quano à cabeça proética diando orl represenação ambém evocada por enne cab menconar uma clice do P r Ruvo, hoe conservada Cambrdge, no Fitzwiliam Museum e outrora pertet ao Corpus hrs Lews Colege Cerquera (op c p 12) descreve assm a it Sobre a ace A vmos um ovem com raes de viante com péasos na nuca âi e botas, sntado sobre uma base rochosa, transcrevendo sobre um tablet o cat cabeça de Orfeu sob a proeção d Apoo sentado atrás da cabeça apoado sr ramo de olvra. Sobre a fac B esão duas Musas uma delas, provavelmeneCal segura a y de Oreu M Detinne quando faa desse motivo refere-se genrica t a vasos e espehos que representam a cabeça oracular de olhos aberos a a escriba munido de plaquea e siete E comena Certamene os meios tc eram suprfluos só a cabeça depunha sinas scritos sobre a paquea. Crei dzêlo o sábio francês tnha em mnte a passagem da ragédia Alcese, ev aqu em que o dramaturgo faz rrncia às sandes com o rgistro da ala d r
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unhos escr itos. Consider ando o tr echo Mas volto aos testem
íp ides par ece-me claro
de Eur ac.a c·tado da trag édia Hipóito, dotes habituados a alegar, e Jª· no s éculo V a·C · havia sacer
idade r eigiosa, livr os "de Or feu: havia coo ne de sua autor n(sses textos sagr ados suas pr áticas inicadores que bas avam r itos catár ticos. A crer no e istagogos especializados em do cer tos poeta eles se compor tavam como uma seita, observan preceitos escr úpulos e tabus que os distinguiam; tinham ritos pr ópr ios - envolvendo "transpor tes báquicos e se abstinham e coer alimentos or iundos de s eres vivos. O fumo evocado
na fr ase ir ônica do T eseu eur ipideano pode ser um i ndicativo a ealizaçã de oferendas turiferárias (em ve de sacr ifícios cr entos) na litur gia desses gr upos.
No crso de escavaões reaiadas em Óbia, cidade cita às argens do Dnieper, perto do trecho em qe este desemboca no Mar Negro (Crimeia, Rússia meridiona, foram encontradas, e 95 nas rnas de m antiga colônia de ieto fndada por olta do sco V aC, plaqetas ósseas datáveis do sco V, co letras e desenhos incisos Sa pbicao, e 78, ano noa lz sobre o assnto Embora incompeta ma inscrio e a dessas plaqetas sgere qe á naqea atra haveria reigiosos aodenominados órficos" Essas plaqetas parecem ter servido à identificao dos ebros de m grpo místico de adoradores de Dioniso 43
" A Proós vr W est, 1983 p. 17. Cf reprodução das nscriçõs desenhos das aqtas à . 19 do livro citado. A leitura o hko " é conjetural, pois a aavra está ma )
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deus cu jo ome, abreviado, aparece em duas delas. T ud ini que houve grêmios semehaes em plea Grécia coie nt
particuarmete a Ática
Os seguidores de Orfeu iroicamee evocados pr persoagem de Eurípides o drama Hipólito eram cert a en
da mesma casta que os profetas-mistagogos-purificadores a �I
mais arde já o século IV Paão se referiu, o rech a R. pública acima lembrado: o filósofo também os diz munis , um monte de ivros atribuídos ao poeta teólogo.
Mas volemos um pouco arás Escrevedo por vola e 430
a.C, Heródoto
(11, 8)
registra que os egí pcis não envl i
seus moros em úicas de lã, mas sim em veses de li ampouco eravam os emplos com roupas de lã Niss - menta o historiador-, eles estavam de acordo com certas re
que eram chamadas de "órficas e báquicas", mas na ver vinham a ser "egípcias e pitagóricas.
Muito se tem discutido essa passagem. Segudo a in· preto, uma conclusão se impõe: fala-se aqui de um escrúl
reigioso que devotos de Baco e seguidores de Orfeu s vavam, mas que, evidetemete ão era acatado pela ra maioria dos gregos piedosos: idetificava grupos sigla com feição de seita No particular ;s pitagóricos (outra sei) tiham o mesmo preceito Pelo meos quato a iss eles assemelhavam aos praticates de modalidades de cult i báquicas e "órficas Heródoto sugere que esse tabu te a com a religião dos egípcios Egito à pare etedo que são recohecidas esse tre seão duas, três formas idiossicrásicas de expressão relii 74
tificação pendência entre distinção ou iden A úv1·a ·nc ,·e na não permite decidir quico e órfico pois a frase s reg· es bá que bakkhikà ka orphikà alternativas: tanto pode ser a as o é possí vel cateoria - digamos assim - com esine a esa Inclinome a duas classes " (mí sticas ) distintas. e faa referência pois temos sobra de bons motivos para a a a segna opã u de Mistérios de Baco cu ja floração se de recnhecer a e xistência
radições ligadas a Orfeu. Os apóstolos ineenentemente as t levado a efeit uma transformaão as adiões órficas terão 4
dos Mistérios báquicos.
convergência Heródt assinala diferenças e aponta uma ert (1993 p. 570 ) L iaões e xistem, mas com razão W alter Burk
a cí rculos que maru s báquics, os órficos e os pitagóricos centro: res próprio eba se entre rtem - têm, cada qual, seu sábio. pecivaente um deus, um herói semidivino e um homem
distinção entre esses c í rculos n em sempre é fácil. Zuntz (1971 ) afirmu que s vasos ápulos do século IV com figuraões s inferns eram antes de inspiração pitagórica que órfica
(uit ebra neles apareça a figura de Orfeu): aegu que só
a itagris crresponderia a crença em reencarnação e em
julaet das alas após a morte É ifí il sustentar essa tese quando se tem em mente o eseunh de certos documentos, em particular das famosas
IAa as áureas. Nos textos nelas inscritos se faz referência ao . it anrgnco · or , f1co e tambem ao tema da procura das A
• Nlson e Cuthri, nr ouro caraczaam o orfo coo a rfoa 'polí ne " do cuto
iosao.
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[1942]) po exemplo. Todavia ela contino a e deenres, qe Wet contti m exemplo noável Em e amoo livo obe o Orphic Poems (We 83 2) o gande helenia maca a poição de foma conne ; Começa po homenagea Wllamowitz e Linoh ec ma indicível conaação eia po ambo a abe a e o aoe anigo alam de oba "de Oe (o atib Oe) ma aamene de óico e nnca de "oimo . u qe na oba da Anigdade o emo ófico qando nã u lifica ivo apena deigna m modo de vida acéico E o cao - pondea ainda We o fao qe conee n do io é pa e impemene o nme de Oe. Poco depoi ele va mai longe: egndo aima u aácia po qe odo o poema e odo o iai di ico etão de fao elacionado n com o oto o p e nepeado como difeente manieaçõe de m úi movimeno eligioo Apea de d ma pondeação e impõe e We deixa de azêla admie qe em algn cao pode have lig ene ceo poema e ceo io do óco pela ai oém advee pincpio báico a e obevado é qe poema e nava óico pa e impmene po e au a Ofe e óico nada mai eam qe peoa ca pát cença eligioa eja lá qai oem ela coneiam a m poo de hona po ther was no doctrinal cteron for ascrpton to Orphu no copyrght estrcton. t was a dvce for conferrn antq! and athorty pon a text that stood n ned of them
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nte. A ainese ponto há um e xageo e vde arece-me que Orf eu dif icilmene seia ue espécie de tese a 1 ça e u me dee nã era um selo pes gregs antigos. O no e vaa a sér ue coisa Po outro nã esta va à mão para u tã f ác de usa ideas cnsidea vam gaanta de validade paa I nem s es, por óte geal. Não paece que Platão e Aist cen ças ts em vam assim. Nem eram antos os que peza e xemp, aceitassem a pono de submete-se sem mas aquela, a tide de Of eu ize em seu nome a que se iza ou puesse d a auoidade de O f eu Já s que peza vam eigiosamene algum moi v o f aziam s qe valizavam ese n ome por E se o peza vam, se ecet, p alg mais q ue o puro nome. apreciavam enaltecam, se tnham por símbolo de quano de af irtipo e nã acetaiam que e le osse usado paa uu com ma çã, que f sse empregado paa ju stif icar ideias e valores todo s qas nã estivessem de acordo, o u que lhes fossem de indf erentes. Celatamene, quem usa va o nome de Ofeu paa rrc e te xtos que produzia (visando ganho de auoridade) p cer tnha agum cuidado com a verossmilhança procu vel com as v cn vence, aa va de ornar seu escito compaí e xpecta vas ds destinaários da oba que assim marcava. Essas e xpectativas certamente varia vam (mais ou menos) de um lugar
paa de um tempo paa ouro. Nada po va que f ossem nulas, indefinids Nada atesta que sua variação fosse eráca. De rest, Orfeu não era só um nome. Ele vinha a ser o pro-
tgnit de m1ts conhecdos, um pesonagem com o qua se
c stuv elaci ona detemnadas técnicas e atitudes, práticas . e prcedmens bem caractest1cos
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Decerto não á omogeneidade doutrinária ta uma rigorosa coerência dogmática no conjunto eter 6cit escritos atribuídos a Orfeu Mas a maioria dees revea i discutíve "ar de famia" Exporar as reações entre esses d ments não é tarefa inúti. West admite que no acervo dito rfico tere are co tions beteen different poems, beteen separate rituas, or een certain poems and certain rituas" Ora, despre zar conexões porque na massa de textos ditos "órficos ne t se articua nem tudo se combina ou conecta com careza abuso tão grande quanto forçar artificiamente a composi um sistema órfico, querer que tudo se armonize no ideaiz conunto. Se conforme West concede, existe igação entre t tos quaificados de órficos e ntre ritos assim designados e i ainda, entre certos textos e certos ritos que a tradição assi desse modo, ta reação constitui um fundamento sóido e · gente para sua abordagem sinótica Todavia, como já se mostrou, na perspectiva de t referência a Orfeu será o fator determinante para fazer co um texto possa se considerado órfico: h whh w ° P h h h w h' ; w k h h w h w h As condições são rigorosas É preciso conecer o poea ti buído a Orfeu de que derivou uma ideia supostamente rfi
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omo a tradição é fragmenua obra antiga. C e a d ra pleto, encon te quase sempre será incom heciento da fon con 0 a ári o tr as citas.
documentos, a reeterá a outros uase sere se vero. tante para o crítico Nunca será bas ra em um poema or acaso a gente encont Ele exige ais: se , ainda assim não se e uma deterinada tese aibuí do a Orf o, ou a ele ea se a oriunda de verso órfic ode garantir que ca se pode garantir que ela se ja órfi eculiar E suma não com jo cote do eria vir ? T alvez De onde essa garantia pod isso a Orfeu. Mas receio que nem ouros oeas atribuídos bse.. W est continua
y h h h' h h h y hy h h Cae u aralelo nnca se deve dier que "os cristãos" acredi nisso ou fazem aqilo ois a quem ouse diêlo quaquer ode indagar de modo cortante "que cristãos?" onde se onclui que a gente nunca deve faar e cristianismo •
•
est é menos severo do que aparenta Fa concessões im otantes descoerta arqueoógica feita em Obia tornou roáel adite ele a existência naquela locaidade, no século V a de ua seita qe ode ser camada propriamente de rica s testemunos da arte (da pintura cerâmica de vasos uos) indicou qe avia um grupo órfico em Tarento na sed etade do século I antes de nossa era Resulta cito 81
potanto fala d e óficos taentinos e de ófico s de Ólbia continua defeso fala de óficos em geal Oa ve jam os.. N1 das plaquetas de Ólia lê-se a sequência:
e u dos vasos ápuos evocados, sentado em pntor f i urou es, com u rolo de papiro em punho diante rono, no Ha
VID A: MOR T E: VD A - VERD ADE. A Z DO N PHfi
rveni. A designação é muito f eliz "iro ático De
A
sequência
VIDA : MORTE :
lira, M . Detie nne pensou imediatamente no e Orfe co sua
sugere clarament
•
depois de mote há vida. O sucinto enunciado aponta pa
domínio da morte com uma n ota de es perança que Dioni
toizava em muitos cultos místicos conhecidos, em patcar Mistéios elacionados com Ofeu pela tadição. P o sinal l logo em seguida a paava Aléheia (vedade ) a suge i e l ç mas tamém vitóia soe soe o leths e depo is o no Dioniso, aeviado. P o fim, uma efeência a Ofeu se ac mesma plaqueta, que se leia na última aeviatua or phikí o p8n (neste último caso, é de supo que a pala va no iti plual aludiia a itos óficos) P ois bem: nas pintuas dos vasos ápulos evocados po W vêse Ofeu nos Infeos, no eino dos motos, a ecepci defuntos po ceto niciados dando-lhes, com sua eia gaantia de vida feliz paa além da mote. Isso faz pensar
Mistérios, em Dioniso. Que nos im ede de fazer essa rela ç ã?
P oque não seia lícito, contemplando as plaquetas de Ól i
pensar também nas sanides de que fala Eurípides em su tra i a
Alceste (967-8
= O T 82), peças encontráveis em um santi
trácio de Orfeu no Monte Haimos, segundo o testemun
Heráclides P ôntico (O T 332)? Outras apro ximações logo acodem à lembrança. Ao co ·
tar a imagem de um homem (evidentemente um morto ) O
•
papiro a que o sábio francês se refere oi encontrado 1962, e parte queimado, junto a uma tumba escavada na ocaia de Dereni, cerca de quilômetros a noroeste de Tssanica na Macednia grea Achavase entre os destroços a pira unrária na chamada umba A Fica evidente que o papiro scapou à cremação O stio arqueológico pôde ser datado nais o século IV aC Considerando a caligrafia, especialistas aiuíra ao papiro uma data entre 340 e 320 aC Mas trata-se ua cpia de que o original não pode ser datado com certeza txto rsatado, aém de reerências a ritos iniciáticos (nas sete prieiras colunas e na vigésima) encerra um comentário a um poea atribuído a rfeu de que refere alguns trechos. ora ogo reconhecidas citações das chamadas Rapsódias Óricas, cua datação essa descoberta obrigou a rever: ficou eiene a istncia de um seu arquétipo no século V a.C. Ente otras coisas, achamse no papiro alusões à punição dos iníos no reino da morte (co II, tema figuado nos vasos pulos temática inernaJ47 " O des conh cio autor o mtái m m i
of o pé-o áti c
e em reende uma xeges e base alegóra, m re ª
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Harmoniza-se com essa ideia o lea " corpo, túmulo que se lê no Crátilo (Pla. Cratyl. 400 C): a queda na carne p-·
tiânico pecado original Ao evocá-lo, o filósofo mosrou co a doutrina órfica elaconada com o mito da paxão de D·
A teogonia das Rapsódias Óicas desemboca nua pogonia que em po aemate uma escatologia. Tornase i sível nega que passagens noáves da sua pacela escaol -· haonzam-se uito bem com a doutina evocada e poemas e agmenos pndáicos, assim como em sente ç
Empédocles e em Endmythen do Mese da Acadeia É incontestável que Platão bebeu muito de ones r 50
e óeopiagóicas. Sua eoia da anamnese, suas eferê i metempsicose e sua concepção da alma considerada i e de oigem d ivina emboa não s e eduzam de modo al
dogmas aceitos às cegas revela uma elaboação inspir atéia teológca ligada ao nome de Oeu matéia essa o ilósoo deu nova oma e novo senido É vedade que Plaão às vezes traa a igua míica de • com ieverência. Quanto aos soi-disa seguidoes do poe · gado, quase sempe ele os ioniza: pinta a aioria como si l chalaães. Mas há passagens em que o grande lósof oua atitude ouva Oeu (Plat. 536b = OT 244) e li ica os óicos de gene capaz de ocupar-se co seeda cuidado da alma (Pla. Phad. 69c = OF 5) 1
sito: assi Paão uid ade em propó bg a a ess e Creio qu e de sua ntepretação cra mosrar a novdad ra pa a nc â ço intelecoa ds defender sua transpos as órfcos, busca e t s do Va co a lira e Orfeu, orfismo. Rvalizando do s rio é st Mi s al do E quer mostrá-a supeior
sik a fosofa. de extos que sea tomou conhecimento Platão se d úvid arran jo e cu ja
õe ma no va mou
ia, H er õs L6 go em 24 Rapód ra re ndos no orgens fora co e as s de dferenes dat
coosção elemento
pelo os ndícos de que ee conheceu nados.52 T ab é há s éri ma T eogona Órfica Aniga, quiçá u enos a varante de uma ha ja sóeles, Eudeo e Crspo ersão dsnta da que era Ar a
alog a quando se compara a gene sta a dscrepânca verifcad se. 40d = OF 16 Kern) co a i vina e x posta no T imeu ( e radção órica domnan no q u ênca de casais cosmog ôncos da 26. Chrys. fag 363). eso conte x to (Cf. Aristot Met. 071b lat ônico Damása eogona rfca antga dá cênca o neop pulo de Aristóees o q e se repora a Eudemo de Rodes, dscí complexo (oruit cir ca 380 aC ). De outra v ariante do mesmo coral da oéico-teoógico talvez proceda um famoso echo erra oméda arstofânca As aves (Aistoph. A. 690-703), que enc ª par óia de ua cosmogonia do estlo. O cero é que no sécuo V a.C. circulaa em Atenas nuerosos poemas órfcos, que a partir de lá muto se popagara
. e e x erceram forte fluenca sobre vaos pensadoes gregos. A
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'º C. x 1 S ô ú " C 00 . 7
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" Ver a oósito Bn a bé, 2003 p . 93.
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que a tradção manusrta não é onfável, em que é prcs análse flológa antes de dedr pela interpretação as Naturalmente para ompreender esses hnos ã b conhecimento da língua em que eles for am escrits: · estar informado sore a religião gr ega, m particular sb
cultos de Mistério da Antiguidade e ter noção da filosi
uda muto se o letor estudoso tver êna de s sore a hstóra a ultura do mundo greo-roa . Sb não grego, o leigo nesses assuntos precisará de recrrer _
erudta Assm a versão moderna se quer dar aesso as a quem não é helensta não pode dspensar ometárs 1 A onstrução dos hnos é paratáta e smples Se láro é ro mas não emaraçoso apesar da aundâna le góiena, sto é de palavras que em toda a lteratura gr· oorrem nesses textos Não se trata de um óe s na mensa maora esses nomes de aparção sngular sã t ompostos ujos formadores logo se dexam reonh quem domna a língua lássa dos helenos esm � le gómenon não omposto quase sempre tem seu sgnfa ado om lareza por sua raz é tornado aessível pela ' de seus ognatos Nessas mposções a onstrução paratáta nada te gênua Grupos d termos que se suedem, om flexã aso onsttuem verdaderas undades sntátas n ntr r versos segundo m oservou Jean Rudhardt (199, 2 onsttundo o que ele hamou de "sntaxe dentr o da par a
Gedichte escr ito por sbr e as "r phische O f ms ar tig fa vor da unidade do
par a a RE tstemunha em K yl Zigler com clar eza a concatena ds Per fumes: suger hár ór i c eles for mam s que integr am, mostr a que ã das cmpsiç õe eço r deada, cr tamente r efltida. Com a q êcia bem
afasto em sugest ões desse ar tigo, mas dele me c panhan as do hinár io. i vos na iner pr etação da cadeia alguns ps ecis que a obr a assim estr utur ada te ve R minha c vicçã de quiçá r ecor r esse a um r eper tór io úic a r , embr a ele
em da squência de xist. É mui pr vá vel que a or d
a litur gia, ou s ja, que his m apr ç tr aduza cânon de um o par ticular. n a a r i seguid por um gr upo místic como P r sst, esse grup alegava a ispiração órfica e tinha cr s ua pr áica r eligisa a paixão de Dioniso e a mística l usia ambas a s v ertenes as sociadas nesse contexto, a tr a-
içõs car acterí sticas de antigos cu ltos da Ásia Menor . Passo à sraçã da refrda sequêna
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A lga sér ie coça com H t (O 1), senhora r i-
at s vstuls elerada tamém om P (HO 2) ass se daram a um tempo o umral do Hnáro, o I
liiar r it e tr se do nascimento (é de ver que o con junto
s cha a evação de Thánatos Morte Ultrapassado ral ve prer (HO 3 ou seja, a potêna r iiár ia na tegia
órfica trasmitida por Eudemo (OF 28
K). Sg m-se Uran (HO
4),
o Céu, e Étr (HO
5
o ele
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