Hempel - Filosofia da Ciência Natural

May 14, 2019 | Author: Sls Brgs Mntr | Category: Argument, Ciência, Temperature, Deductive Reasoning, Experiment
Share Embed Donate


Short Description

Download Hempel - Filosofia da Ciência Natural...

Description

CURSO MODERNO

l

F1LOS F1LOSOHA OHA

C* RL O

HfcMPEL

Vãiitrrmtode dr PrincrtoH

FILOSOFIA CIÊNCIA NATURAL .I O Sl'k »*WN Ii >'- VllWtill&nU

í"1"*t

C/m.n.ift.".i

V.y—llll ! • « , * '

ZAHA ZAHAR R

EDI TOl

Vs i . r . i

J A N e m o

Titulo Oii(iiul: Phitosophy d Natural SãeHct Tr"iluiido dl (vimtíri cdi^io. publicada cm 196$ pela P w n c f c H a i J . . INC.. de Englewood Çlifft, Jervey. EsUdot Unidin da Amínc». na •én* FDUNDATIONS EUWim PWLGSOPHY, dirigida Copfrighl © /°*o by FrtMkfHaB.

CK

IST* DireitM para a língua portuguesa adquiridos por ZAHAR EDITORE Riu Méxko, i\ Rio de Janeiro reservam a propriedade d«ia tradu;ao Imf/ruo no Biaul

Int.

C Prefácio Alcance e Obfttivo deste Livro Investigação Científica: Invenção Verificação m Cai Histórico como Exemplo, 13 As Etapas Fundamentais para Verificar unia Hipótese, 16 Papel da Indução na Investigação Cientifica, A Verificação Verificação de uma H ipótese: ipótese: Saa Lógica e Sua Força Verificações Experimentai» Não-Experimen Não-Experi men Papel Hipóteses Auxiliarei. 36. tais. hoc, Verificações ruciais, ruciais, 40 . Hipóte Hipótese se Vcrificabilidade cm Principio e Significação Em pírica. 45. Critérios Confirmação Aceitabilidade Ouantidadc. Variedade c Prccisio da Evidência Sustentados, Confirmação po "Novas" Im plicações. 52. Apoio Teórico, 54. Simplici dade, 57. A Probabilidade das Hipóteses. As Leis e seu Papel na Explicação Cientifica Dua* Exigências Básicas para as Explicações Dcdulivo- omolóCientificai. 65 Explicação Dcdulivogica. . Leis Leis Universai Universaiss c Genera G eneralilizações zações Aciden Probab illsticas: sticas: Seus Fun tais, 73. As Explicações Probabill damentos, 78. Probabilidades Estatísticas c Leis probabilisticas. Caráter Indutivo da Expli cação Probabilística. 89. A* Teorias e Hxplicação Teórica aracterí aracterísti sticas cas Gerais das Tconas, . O* Pr n cípios Internos c os Princípios de Transposição. "Status" da 95 Compreensão Tcóric», 98. Entidade* Entidade* Teóricas. Teó ricas. 100. Explicação Explicação e "Redu "R edução ção ,i(i E-tinilíar". 106.

32

48

FltOSOFIA D* CrffCM NATURAL Formação d< Concciioi Dcfmtcio, 109. DcfíoKôes Oprracioniii, 113. Importância Siitcmática e Empírica Concei Quesiôçi "Opera to Científicos. 117. Sobre cionalmente Km Sentido". 123. O Caráter dai Sente rifai I n te rprç ativas. 124. Reduçòo Ttérka Controvínia MceanieiwiQ VítaKim», 129. RcilusJo do» Teimo». 131. Redução das Leis. 133. Rcfocmuluifio do Mictmicitmo. 134. Rcdiiçllo da Psicologia; o Beliaviotiímo, 135. Ieiluras Aduiotutíl

109

12

141

F U N D A M E N T O S D A F L O SO F I Muito* dos problemas da Filosofia sio í o ampla rckvAocia para ai preocupações humanas, c tüo complexos em suas ramifii-iiivri, que encontram, uma formji ou outra, cons ta ntrmrnie ntrmrn ie prrtfntr*. Embora, no decorrer do tempo, cies se luhmctam invcsii#içflo filosófica. lalvci necc*iilcm ser recoo«ulrriilirt em tadl ípnen. A lui cmiliccínicntos cientificoi mais vastos c mais profunda experiência ética c religiosa. Me lhore* soluções slo dctcobcrtai por métodos mais refinado* c rigorosos. Assim, quem abordar o estudo da fitotofia ni espe rança de compreender o melhor do que el proporciona, procurara tanto at questões fundamentais corno reallaações con(cmpor/liKM. •'.Krlio por um jiiupo de eminentes Mofo* Mofo*.. o "C urs Moderno do Mlosoíia" tem por finalidade expor alguns dos piliiiipnii |»ruliliiiiji mu divmoi ciinpnh hlirtolia, tal CM IO apreieiitam na aluai fase da história filosófica. Conquanto seja prnvívcl qu ceitos setoríi citcjam rcpic sentados na maloiia doa catot do introdução a Filosofia, as classes universitárias dife difere rem m muito em finfa»e. finfa» e. nos mildos de instrução e no ritmo de progresso. Todo* os professores necessitam de liberdade para alterar seus curto* medida que o* leus próprio* Interesses filosóficos, o tamanho e caracteriillcas da composição de suas classes e ai necessidades de seui nlunoi variem de ano pura ano. Ui dlvetiót volumei "Curió Moderno de Fitotofla" (cada um completo cm meimo, a* •crvlndo lambem de complemento para o» outros) oferecem nova flexibilidade ao professor, que pode criar seu próprio curso mediante a combinação de vários volume*, conforme dc ncjar, e pode escolher diversas combinações em diferentes oca siões. Aqueles volumes que oi tão usados num curso iniciação podem ser comprovadamente valiosos, a par de outros (extot ou compilações de lições, para os curto* maii cspceiali/.iidoi de nfvcl superior. EUZABETH BEARD4LBY

M O N í Q B BEAROsirv

e TOBY ANNE

PREFACIO lUIc livro oferece um introdução a alguns dos teVptco» 1-ilutofia da Ciíncia Natural con centrai* da Metodologia temporâneas. Cata atender às exigências do espaç» disponível, preferi tratar com cena minúcia um número limitado ques itos ímpotlonlCf » tentar um esboço rudimentar menos claro do que o que distingue a investigação erapÚKa da itio-cnararica e não existe acordo geral sobre onde se caçoam « linha de separação. costume incluir nas Ciências Satanss a Física, a Química, Biologia e as suas umas fronteiriças. Gèecias Sociais compreendem eniio Sociologia, Ciência laca, a Aatropotogu, Economia, HistoriograTia c drserpacampo, vezes noutro e não raro dita pertencer * ambos. coleção, niotofu das Ciências Sócias» sao tratada* em volumes drierest•rs. Es«a separação usa apenas ao ptopóiiso pratico de perna** dmcaatão dmcaatão maã maã o largo camp camp Cácaçã; são pretende prcjnlgar a questão de ter ou não essa divisão sãtasfieacao sistemática, i. e. de serem as Ciências Naturais diferentes Ciências Sociais cai astuto*, preisipouos. Que existam diferenças

12

FILOSOFIA DA C I í N C I A N A T U R A I ,

sicas cnttc esses vastos domínios o (oi amplamente afirmado diversas uni co pleto ple to es es argumentos argume ntos requer uma análise cerrada tanto das Ciências Sociais como das Naturais, o que ultrapassa o domínio dest de stee pequeno pequeno volum e. En Entretan tretanto, to, no a discus discussão são derramará derram ará exploração das Ciências Naturais teremos, de quando cm vez, ocasião de lançar um olhar comparativo cm relação às Ciências Sociais c veremos qu muito do que vamos descobrir quanto aos métodos railonalc da investigação cientifica aplica-se tanlo às Ciên cias Naturais como às Ciências Sociai Sociais. s. As palavr palavras as "c iê ci " "científico" serâu, portanto, frcqücntcmcnic usadas cm referên ia to domínio inteiro da Ciência empírica; mas quando a cla reia o exigir, restrições convenientes serão acrescentadas. enorme prestígio desfrutado pela Ciência hoje cm dia certamente devido cm grande parte aos sucessos espetaculares c á rápida expansão expansão do alcanc alcancee e sua suass aplicações. aplicações. uitos ramos da Ciência empírica vieram constituir base para tecnologias as sociadas, qu colocam os resultados da investigação cientifica cm ma freqüentemente * quisa pura ou básica novos dudos, novos problemas c novos ins trumentos para a Investigação. Mas, alem de le sobre seu ambiente, a Ciência responde a uma outra necessi dade, desinteressada, mas não menos profunda c pcrsis i p a m r descritas como mudanças "cosmico-lclúiico-atmosfcricas" espaIhando-sc sobre bairros inteirose causando a febre «as res inicrnaiiiv Mas, raciocina Scntmelweis. como pnderiw Um influências afetar o Primeiio Serviço durante anos c poupar o Segundo? E como poderia reconciliar-se essa idéia com o falo de estar a fcbic grassando no hospital que praticamente ocorresse outro caso na cidade Viena ou em seus arredores' Uma epidemia genuína, como cólera nio podena ser io seletiva, finalmente. Scmmclv-cis nota que alfumas dai BM Iheres admitida nu PTUUCíIO Serviço, residindo lonçe do henpiHl vencidas pelo trabalho de parlo ainda tm laininho, tinhas luz em plena rua: pois. a despeito dessas condições dcvfai veis, laia de morte por febre pucrpcral entre esses caso» de "parto de tua" era menor que a media no Primeiro Serviço. Segundo outra opinião, a ouvi mortalidade no Pruneuo Serviço era o excesso gente. Mas Scmmciwcu observa que .•• o ..M- cin*i .1.1 ainda aitkM H topado parte se explicava como resultado esforce* desesperado» as pacKntet para evitar o Primeiro Srrviço já mal afanado. Ele rejeita também duas conjcluras Mimliiuruct entao corrente», observando ijue não havia diferença entre os dois Serviços quan to à dieta c ao cuidado geral com as pacientes. Em 1846, uma comissão nomeada para investigar o assunto atribuía a predominância da doença no Primeiro Serviço a da no ei usados usados pelo exame grosseiro feito petos estudantes Medicina, que recebiam se treino cm obstetrícia apenas no Primeiro Serviço. Semmelwcis observa, refutando ena opinião, que: a) danos resultante* naturalmente do processo de pano são muito mais extensos que os que poderiam ser cansados por um exame grosseiro; b) parteiras qu recebiam seu treino no Segundo Segundo Serviç Serviçoo examinavam suas suas pacientes quase quase do mesmo modo, mas sem os mesmos efeitos nocivos; e) quando, cai con seqüência do relatório da comissão, o número dos cstadaBks Medicina ficou diminuído da metade e os seus exames das mulheres foram reduudos ao mínimo, a mortalidade, depois de breve declínio, elevou-se a níveis ainda mais altos do qo aatts.

INVENçãO

VERIFICAçãO

Varias explicações psicológicas tinham sida tentadas. delis lembrava qu o Primeiro Serviço estava disposto de tal modo que um padre, levando o último sacramento a uma ribunda. Unha que passar por cinco enfermarias' antes de alcan çar o quarto da doente; o aparecimento do padre, precedido por auxiliar soando uma campainha, produziria um efeito ater rador e debüitante nas pacientes dessas enfermarias c as trans formavam em vítimas vítimas prováveis da febre, febre, o Segundo Serviç Serviç nlo havia esse fator prejudicial porque o padre tinha acesso dsrrto ao qu arto ar to da da doente Para veri verifi fica carr est conjetura. Semtneí«cis convenceu ao padre de tomar um outro caminho e de nlo soar • campainha, chegando ao quarto da doente silencio samente e m ser ser observado observa do Mas a mortalidade mortalidade no Primeiro Primeiro Serviço diminuiu. Observaram ainda a Scmmclwcis que no Primeiro Serviço as mulheres no parto ficavam deitadas de costas e no Segundo Serviço, de lado. Mesmo acha ac hand ndoo a idéia inver inverossí ossímil, mil, decidiu, 'como naufrago te agarra a uma palha", verificar se a dierença posição poderia ser signifícanlr Introduzindo o uso da posição lateral no Primeiro Serviço a mortalidade nlo se alterou. Finalmente, no começo de 1847, um acidente de > Semroelwcs a chave decisiva para solução do problema. Um se colega. Koilcischka. feriu-se no dedo com o bitturi de um estu dasse que realizava uma Julórmj e morreu depois de uma agonia em que se revelaram os mesmos sintomas observados •as viiimu da febre pucrpcial. Apesar de nessa época não estar ainda reconhecido o pape) desempenhado nas infecções pelos microrganismos, Semmelwcis cociprcemlcu que "a matéria cadavérica", introduzida na cor rente sangüínea de Koltcuchta pelo bisturi. é que causara a doença fatal do seu colega. As semelhanças entre o curso da doença de Kollctschka c a das mulheres cm sua clinica levaram Sceunclweis à conclusão de qu suas pacientes morreram da mesma espécie de envenenamento do sangue: ele, seus colegas, c os estudantes tinham sido os vekutos do material infeccioso, pois vinham às enfermarias logo após realizarem dissecações na sala de autópsia e examinavam as mulheres em trabalho de parto depois de Lavarem as mãos apenas superficialmente, muitas ve zes retendo o cheiro nauseante. Novamente, Semmdweu submeteu sua idéii a um teste. Raciocinou que. se estivesse certo, então a febre puerperal pode-

1*

FILOSOFIA

QéWCTA NATU«AI

ria ser prevenida peta destruição química do material infeccioso aderido às mãos Ordenou então que iodos os estsdarües lavas sem soas mãos numa solução de cal dotada ances de procede re qualquer exame. A modalidade pela febre logo começou decrcsccr, caindo cm 18*8 a 1.27 por cento ao Prianciro Serviço, enquanto que Segundo era de 1.13 Justificando ainda mais sua idéia sara kàpótrte. como também ditemos. Semmelwcis observou que ela explicava o (ato de sei a mortalidade do Segundo Serviço mab b a i u - lá as pacienles eram socorridas por porteiras, cujo treino não ladoia instrução anatômica po druecaç&o dos cadáveres. E a hipótese também explicava a menor •oçiaaaaaifc entre os casos de "panos de nu": ai mulheres que sá chegavam maçado seus bebes ao colo raramente eram examinadas após a admissão c tinham assim melhor sorte de escapar à infeceâo. Finalmente, a hipótese explKata (ato de só serem vitimas de febre os recém-nascidos cujas mães tinham coetrakío a doen durante o trabalho de pano, pob então mfccçao podia ser transmitida criança ames do nascimento, através da cor rente sangüínea comum à mac ao filho, qae era impossível quando a mie permanecia sadia. Ultrriorcs cxpchcacias clinicas levaram Semmelwtis cm pouco tempo a alargar sua hipótese Numa ocasião, por exem c seus colaboradores, apó» desinfetarem cuidadosamente plo, mãos. examinaram primeiro tanu mulher em trabalho de pano que sofria de câncer cervical purulenio. passaram em se guida a examinar dou outras mulheres na mesma sala, limitaado-sc a lavar as mãos sem repetir a Jciaafccyto. Oaze da dote pacientes morreram de febre pucrperal. Sranwrparii enacadavérico, mas urnbém po "maioria pútrida retirada de um organismo vivo**. ETAPAS ETAPAS FUNDAM ENTAIS PAR PAR LHA SUPÓTESE

VEtlFKAB

Vimos como, procurando a causa - lebre poerperal. Senntdweíi examinou várias hipóteses que haviam sido sugeridas como possí possíveis veis respostas. respostas. Porque Porqu e essas essa s hipóteses se apresenta apresen ta ram em primeiro lugar é questão debatida que iremos

•v

s,;.

VEIIPICAçãO

cottsiderar mais urde. De inicio, vamos examinar como ma hipótese, ma vez proposta, verificada. vetes, o procedimento direto. direto. £ o que aconteceu aconteceu coro cwijcturas qu diferenças em aglomeração, em dieta ou atenção explicariam a diferença de mortalidade entre dois Servi Serviço çoss e aternidade. aternidade. om Semmelwcis observou. aâo concordavam com os fatos imediatamente observiveb. Não existiam diferenças entre os Serviços; as hipóteses fo ram portanto receitadas como falsas. as habitual me nte n te a verificação n£ é tão simples e direta Consideremos, por exemplo, a hipótese qu atribuía a alta mortalidade no Primeiro Serviço ao temor evocado pelo aparecimento aparecimento do padre com com o seu auxiliar. auxiliar. ão sendo sen do a inte inten n sidade do temor seu efeito sobre a febre diretamente deter minados, como o são. a diferença em aglomeração e cm dieta. Semmclocis usou um método indireto de verificação. Pergun tou a si mesmo: Existe algum efeito facilmente observável que ocorra ocorra caso se a a hipótese hipótese verdadeira? E raciocinou: raciocinou: Se hipótese fosse verdadeira, imâo um mudança apropriada no procedimento do padre deveria ter acompanhada de um declínio noa casos fat fatais ais-- Verif Verific icou ou esta es ta implicação por po r uma simples experiência e achando que ela era falsa rejeitou a hipótese. Analogamente, para verificar a omjetura sobre a posiçio conictura fosse das mulheres durante o pano, raciocinou: verdadeira, eaiào «doção da posição lateral no Primeiro Ser viço reduziria a mortalidade. Outra vez a experiência mostrou Ser falsa a implicação e a conpetura foi afastada. os dois Ul mo* casos a verificação verificação baseava-se baseava -se o seguint seguint argumento: a hipótese considerada, que designaremos por for verdadeira, ewfão certos evento* observáveis (e.f., declínio mortalidade) deverão ocorrer sob certas circunstâncias espe cificada* (e\í.. te o padre se abstiver de passar pelas enferma rias ou se o parto realizar em posiçio lateral)", mal* breve verdadeira, também mente, se /. sendo / um enunciado qu descreve a* ocorrências observáveis a serem esperadas. conveniente dizer que / é inferido de ". ou implicado por que / c uma implicação verificável da hipótese // (Mais tarde daremos uma descrição mais apurada da relação entre / e H.) esses dois dois últimos últimos exemplos a experiência experiência mostrou ser falsa a implicação verificável e por isso a hipótese foi rejeitada.

FILOSOFIA DA GÍMCIA NATtUAL

O raciocínio o;uc cooduriu da seguinte mineira: fl

Sc

"(rdsdeito. Itornu malt» verdadeiro.

rcjeiçio pode ser ejquematizado tio / lambem o cuJèmn)

* vttdtdt-.to

Oualqucr argumento desta f o r m a , chamado modut laíUm Lógica, dedutivamente válido, isto e. *e suas premissas sentenças acima da linha honiontal) sao verdadeiras, trtáo conclusão Knlença abano da linha horizontal) infalivH a>) fá estiverem mente verdadeira l o g o , se ai prcmttMi iimvenientemciitc eitabclccidas, • hipoie K " que eita tendo ve rificada deve >er crrlamenle receitada Consideremos agora o caio em que a observação ou a ex periência apoia • implicação hipótese de ser a febre puerperal envíncnamcnlo do sangue provocado pela matéria cadaverica, Semmclwcii inferiu que medidas antissíplicas apro priadas reduziriam os casos fat fatais ais da doença. Des ta vez. experiência mo»trou ser verdadeira a implicação. Mas euc sultado favorável nio provava concluuvamente que a hipótese fosse verdadeira, pois o argumento subtteente seria a forma: *)

II

|(Ui |(Ui>o >o

verdadciiu. (alio u a i f i > O é. evidencia) I •eidadcim

'/ >:iJ>i::.r

aftrmaç&o Fite modo de raciocinar, chamado a talácta da cí*i*fQiienu, con c dedutivamente n i o - v á l i d o , ralo e , clusão p o d e falsa ainda que suai premissas sejam verda isso e de fato tiempJifn*Jo pela própria c i p e o t o c u deiras.' interpretação da febre de Semmclweii A versão inicial de puerperal c o m o uma f o r m a de envenenamento do sangue m e a cionava iníeoião matéria cadaverica como sendo a única fonte da doença; corretamente ele raciocinara q u e . se asã h i p ó  tese fosse verdadeira, então a destruição 4as partículas c a d a v e n pela aniisscpiia deveri deveriaa reduzi reduzirr a oda lidade. le disso.

IX

A>

deullm. .:-al

«ro •olnr da cihdai. W. laaata*.

ira**t,lo p a i *

SaMoa. 1-a*.

17-».

4,

'-

Ut*.

T -'•

1*B

INVENçãO

VERIFICAçãO

so eípcncacia mostr mo strou ou ser verdadeira verdadeira a implicação. imp licação. Logo. nes te caso, as premissas de *) eram ambas verdadeiras. Contudo, sua. hipótese era falsa, pois como ele descobriu depois, a febre podia lambem ser produzida por malcríal pútrido proveniente de organismo» vivos. Assim, o resultado favorável um verificação, 1. ., de ser hipótese, prova que a hipótese se a verdadeira. Mesmo Mesmo que que mMas impbcaçõcs de uma hipótese tenham sido sustentadas por vcíifkacões cuidadosas, amda assim a hipótese pode ser falsa. O arnunenco falácia de St

.(filadíifa. eólio lambem o sio

I,.

j, .... /.

-Efdaleira. Isso alada pode ser ilustrado pela hipótese final de Semantenornxlwcii >ção e correu. Torricrtt pro curou verificá-la indiretamente. Raciocinou que cr fouc verdadeira su conjetura, então a pressão atmosfertea sena tam bém capaz de auporlar uma coluna proporcioaalssseMc •—of de mercúrio; com efeito, sendo a densidade do asercuno cerca de 14 vezes menor qu a da água. a altura da colossa de atercúrio deveria ser da ordem de 10.5/14 metros, nto é. da ordem de 75 cm. Verificou essa implicarão por meio de aparelho engenhosamente simples, que era, de fato. o barometro de mer cúrio. poço de água e substituído por uma cuba contendo mercúrio, o cano de sucção da bomba é substituído por um tubo de vidr vidroo fechado numa das extremidades. Enchendo Enche ndo com pletamente o tubo com mercúrio c obturando enrcmidade aberta com o dedo polcgar. Torricclli inverteu-o, iMbmrrgindo no mercúrio a extremidade tapada pelo polegar. Redrando era seguida o polcgar, a coluna de mercúrio caiu a cerca de 75 cm. tal como pievira pievira O knH ••rsHtut umi fipn^lc s Imo riHinuw riHinuw I. Ceaam. md Y»fc UaMnrtf Picn. mi). |taa CMU *= Tom** •«iam i wlfa:aflo deli, •» át um •««•••AO *UMl rofxBm Mif*, S~*« *.** tttae. Kkw Kkw m f*,™ ICAiil pn«. uso. «i MP

INVENçãO

VERIFICAçãO

21

Outra implicação dessa hipótese foi anotada por Pascal, c«rraciocinando que. mercúrio no barôm barômct ctro ro de de To kc sobre o mercúrio da cuba pressão igual à do ar, então a altura da coluna deve diminuir medida que cresce a altitude, pois a atmosfera vai-vc tornando menor. A pedido de Pascal. esia implicação fi» verificada pelo seu cunhado, Pcricr, que mediu a altura da coluna de mercúrio no barômctro ao pi de Puy-dc-IXVne. montanha com 1600 melroa de altura, pa ra em seguida transportar cuidadosamente o aparelho até nwdida, enquanto um barômetro de con cimo, lá repetindo trole ficava em batio sob a supervisão de um assistente. Périer achou que a coluna de mercúrio levada ao topo da montanha se encurtara de mais de oito ccntimclros enquanto a do bardmciro de controle permanecera invaiiávcl durante iodo o dia. DA INDUÇÃO NA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Vimos aljrtimai investigações cientificas nas quais um pro blema foi enfrentado ensaiando respostas em forma de hipóteses, que eram então verificadas derivando delas implicações apro priadas a serem confrontadas com a observação ou com a ex periência. Mas como chega pela primeira a hipóteses apropria das'' Asscgura-sc às véus que elas silo inferidas de dados an teriormente coligidos por meio de um procedimento chamado Inferincia indutiva, para distingui-lo da inferíncia dedutiva, da qual difere, em pontos importantes. Num argumento dedutivamente valido, a conclusão se rela ciona com co m s premissas premissas tal modo que, sendo estas verda deiras, então a conclusão conclusão é infalivelmentc infalive lmentc também também verdadeira. Essa eiigineia fica satisfeita, por eiemplo, por qualquer argu mento da seguinte forma;

Si tnuo .( n.t,i > uvi nílo « o .»ui enuncia Um rápida reflexão mostra que selam quais forem dos particulares qu ocupem os lugares marcados pelas letras conclusão ser» certamente verdadeira se as premissas o fore fo rem. m. De fato, fat o, nosso nosso esquema esquema represen representa ta a forma for ma de argu mento chamada modus tolltns. a que já nos referimos.

FtLOSOpiA

A



I A N A T UB UB A L

Outro tipo de inferencia dedutivamente válida está ilustrado por este exemplo: Qualquer, ia! de v-dio. quando colocado na cham;. de um

bico de Bintfn. lorni • chama amarela tire pedaço de tal de pedn ii>Jlo. Este (vdiço de ia! de pcUm. quanlo coito u ctuin um bico de BuriKti. loraari c h u a amarela.

Dii-ic mui!,11 vezes que o* argumentos dessa espécie levam d geral (aqu i a prem issa sobre todo* o* sais dte sódio) ao particular (uma conclusão sobre o pedaço particular de sal de inferencia* indutivas lewam de prepedra). Ao contrário, missas sobre casos particulares a uma conclusão que tem caráter e ei geral ou de prin cipio . Por Por exem plo, partind o da premissas de qu cada uma das amostras particulares de vario* foram colocados na chama de Bunscn tor sais de sadio naram a chama amarela, a inferencia indutiva levaria a conclusão geral geral de e todos os sais de sódio, o coloc ado s na cha de de Bunsc», tornam a cha a amarela. as óbvio, neve caso. que a verdade dai premisiat náo garante a v e r d a d e d a c o n d u t l o ; poii ainda que todas as amostrai de sais de sódio examinadas ate- agora tenham tornado amarela a chama de Bunscn, é perfeitamente pnuivrl ninas especiri de sais de sódio sejam e n ccoonn t r a ddaa!! estarem de acordo u generalização Alem Alem disso, mesmo algumas espé cies de i*l de sódio já examinadas com resultado positivo deriam deixar de satisfazer à generalização sob condições físicas especiais (tal como campos magnético* intensos ou coisa pa recida), em que ainda n-lo foram examinadas. Por esse tivo, diz-se freqüentemente que premissas de uma inferencia indutiva implicam a conclusão apenas com maior ou menor probabilidade, enquanto as premissas de uma inferencia de dutiva implicam a conclusão com certeza. idéia de que, em investigação científica, a inferencia indutiva parte de dados previamente cougjdo* para chegai a princípios gerais apropriados, está claramente exposta no se guinte resumo do procedimento ideal um cientista: Se tencgn-mc-i imaginar como ura npinto de poder e al cance sobre-humano-, m*< normal quanto ao processos lóficoa te pcrnamtnto. ... usaria o métod) cientifico. diiUmoa Miuic-icr Fiimcíro, todos oi fatos seriam obter-

IHVíNÇÍO

VERIFICAÇÃO

25

rada* C f i i i t r i d o i . irm itlrxiv ou « l i m a t i t i * prlori (tio* quanto Importância relativa dtUa. Srgumlo, otiMivadoi r (rgliliaJua (rgliliaJua ícnarn analiuifcn. «'inparadea doa toUnMof d i i i i f l i i d o i , ttm iiiT.ii hip&cut necciuriairicnlt «nvolvidoi na lorca do penaaoicnlo. Terwiro, il-amtntr. |in«ra1i»(4a quanto ai lua* rtlaç&M, claniAcalArlaa ou CButail, Quarlu. tmqiina adk.unal poderia ar tanto iluru» conto indutiva, «mnr*l*ndo Infrrtiu Infrr tiu pa>ul dai I«nr(ali(át4ti prevlimintr f i u K H n i J u i ' E*la H M t f V B d i i l i n p i e q u a t r o clapa» n u m a invciii»»

cientifica i d e a l : 1) obiervacâo rcRiiito de l o d o i o i f i l o » . 2) aiioliM claMiflcaçlo dciaei í a t t » , derivarão indutiva pcnerali/avoci p a r t i r delci e vertfkac.lo a d i c i o n a l gcnciali*ac.oei A d m i t e capreiiamenle que ai duai piimeitai hlpotcic, leii np.ii i . i " f.,.im " v i . de q u a l q u e r c u i m a t i v i . difflo paicce l i d o Impoala pela crença de que Idélai procotHchlilai pirjuillttiriain Itrnvno ncccMlfla objetividade cientifica inveitiumíii. concepção cxpicua »u chatrecho citado tnarei do i-o»r«*/«,*fln Iruluiiia ttlreiM da lnyf.Ulgüç/ii> iirniifna 4 Iniuilctitavcl variai m o » , vunoi retumir para luplemehtai o \h oliaeivamol tOrM" prtkfder ampliar CiclllIfiCO. P r i m e i r o , um« lnveill|[açlo cientifica como e»la apretenprimeira Mapa lada nunca poderia desenvolve r i e . M e s m o IHHiui llllii CUCVUlAdn, lolrtuu de forfitr os f*l«n teria. a u l m duer, mrsmo aguardar mundo; todo todo»» o fatos ait agora. poderia colecionada totalidade b o i » *l« "TO n u m e r o i n f i n i t o e de Infinita variedade. T e r í a m o s , or e x e m p l o , examinar lodo* os grftot de desertos iiicla lodo» todai m p r a i a i . reRiifando-lnea peso, * composição q u í m i c a , distanciai mútua», li f o r m a , ai temperatura» constantemente variando c distancia centio também variando constantemente? Teríamos que regis t r a r oi pemamcntoi fluluanlci alràvíltam noiiiiv fipirilül formai nuvem cotai nene proceder fastidioso"' cambiantei ecu? conilrucfto e o fabricante noiu> equi do regiuro? o? i próprlai biografia» p a m e n t o p a r a regiur

l u m t"l (. •aaatdwl,

.t..

24

FILOS FILOSOFI OFIA A

A



IA

ATURAL ATURAL

companheiros invesipcio? Tudo isso e Unia coisa pertencem, afinal de costas, a "totalidade dos fatos ate Dir-se-i talvez qoe todo quanio se requer na primeira fase que sepm colecionados todos tod os os fatos relevantes. Mas tefevanies para que? Ainda que o autor não o mencione, suponfcaraos que * investigação se restrinja a um problema deter minado Não deveríamos cotio começar colecionando todos os fatos — ou melbof. todos os fatos disponíveis — relevantes pergunta lein sentido claro. Sempara para o problema? melwea procurava resolver problema be definido c tretanto cüleoonava dados os mars diversos nas diferentes etapas de sua sua investigaçãoinvestigação- E estava estava certo c erto:: pois os dado da doss particulares a serem colecionado* ni estão determinados pelo problema estudo mjs pela tentativa razoável de resposta que investi gador formula em forma de conjetura ou hipótese. Se se conjetura que aumento de mortalidade pela febre puerpcral devido ao apareciroeoto aterrador do padre com a campainha aauaciaoora da morte, o que se torna relevante colecionar dados sobre s consequeacas con sequeacas do haver sido suprimida cisa apa rição; as scri totalmente irrelevante procurar saber o que acontecem se os doutorei e os estudantes desinfetassem suas mios antas de eiamiaar os pacientes. Esses dados c que pas saram a r relevantes rel relat ati»a i»anve nveoie oie hipótese da contaminação eventual, para a qual os dados anteriores se lorrwiim irrele vante» "Fatos" ou dados empíricos só podem se qualificados mo lopcamcnle relevantes ou irrelevantes relativamente a um dada hipótese, c não rela&vameate a um dado problema. ta como tentativa de resposta a um problema em pesquisa: Ou; espécie de dados serio relevantes para Hf Nossos esemplos teriores sugrri nana resposta: fato é relevancc para se sua ocorrência oa aao-ocorrência peder ser inferida de tf. memos, por exemplo, a hipótese de TorriceUi. Como vimos. Pascal inferiu dela que a coluna de mercúrio nu barómecro deve ir diminuindo à medida ique subimos subimos na na atmosfera. Por Po r tanto, qualquer verificação de que assim acontece num parti cular é relevante para a hipótese, mas igualmente relevante teria sido ,achar que a coluna de mercúrio permanecera estacionária oa que tivera diminuído para depois crescer durante a ascensão, pois tais fatos refutariam a implicação tirada por

IHVENçAO

VBBIFKAçAO

25

Piml c. portanto, • hipótese Torrieclli. Diremos qu o* dados da primeira espécie i3o positivamente, ou favoravelmente, relevante* c que o* da última espécie sâo negativamente, negativa mente, ou desfavoravclmcnte, relevantes. Em «uma. o preceito de que os dados devem ser reunidos a guia de uma hipótese preliminar sobre as conexões entre os fatos cm estudo é autodcslruldor c, certamente, não é seguido na investigaç investigação ão cientifi cientifica. ca. o contra co ntrario, rio, necessário tentar hi póteses que décm uma dircçAo investigação cientifica. lissai hipóteses é qu determinam, entre outras coisas, quais dados devem ser collgidos a um cerio momento da investigação. Interessa notar qu os cientistas sociais ao tentarem veriAofll uma hipótese usando o vasto arquivo fatos registrados pelos Serviços de Rcccnscamcnto. ou por outras organizações coletoras de dados, ficam às vezes desapontados por nlo en contrarem registro algum dos valores um» variável que de sempenha um papel central na hipótese. Ksta observaçftn visa, em entendido, criticar n sistema usado para o censo: duvida alguma as pessoas pessoas encarregada» df fazé fazé Io procuram selecionar faliu que possam ser relevantes pata futuras hipó teses; visa simplesmente ilustrar 1 tmpossilrilldade tmpossilrilldade de wllg wllglr lr "Iodos os dados relevantes" sem conheci menu* da hipótese para qual os dado* devem te rclcvllncla. Critica semelhante pode ic feita segunda etapa consi derada derada no trecho trecho citado. citado. Um conj conjunt untoo de "fatos" empíricos pode ser analisado e classificado de multas maneiras diferentes, das rpiais a maioria nenhuma luz trará ao que pretende atin gir com uma determinada investigação. Scmmclwcis poderia ter classificado as mulheres nas enfermarias da maternidade confuimc a idade, idade, rctld ncii, nc ii, calado calado civil hábiioi dlciftlcoi e t c ; nada disso forneceria qualquer indicação quanto à probabilidade de uma paciente vir ser vitima da febre puerperal. qu Semmelwcis procurava oram critérios de classificação que fos sem vinculados aquela probabilidade de um modo significativo; assim era, como ele acabou achando, o separar as mulheres examinadas por pessoa) medico com mãos contaminadas; pois era com esta característica ou com a correspondente classe de pacientes que estava associada a alta mortalidade pela febre. Portanto, para que maneira punkular de analisar e classificar os dados empíricos posta conduzir a uma explicação dos fenômenos correspondentes é necessário fundamentá-la em

FILOSOFIA DA CIêNCIA NATURAL

hipóteses fobre como estão esses esses fenômenos correlacionados; sem essas hipóteses, a análise e a classificação são cegas. Essas nossas reflexões criticas sobre as duas primeiras eta pas da investigação tal como foi descrito na passagem citada invalidam também idéia de que as hipóteses só são introduíídas na terceira etapa, pela inferência indutiva a partir de dados previamente eoligidos. Convém, entretanto, acrescentar algumas Observações sobre o assunto. A indução é não raro concebida como um método para passar dos fatos observados aos principio* gerais correspondentes po meio de regras reg ras mecanicamente mecanicamente aplicáveis aplicáveis.. Segundo Segundo esta ccjccpcão. as regras da inferência indutiva forneceriam câno eficazes para a descoberta cientifica; a indução seria um procedimento mecânico análogo a familiar rotina para multipli cação inteiros, que leva, em número Imito de passos prede terminados e executáveis mecanicamente, «o correspondente pu>duto. a realidade, realidade, não se dispõ dispõee até agora de nenhum nenhum pro cedimento geral e mecânico de indução; se assim não fósse, dificilmente se compreenderia, por exemplo, por que ficou até hoje Km solução o ultra-estudado problema da causa do câncer. em que esperar pela descoberta de um la procedimento. Pois — para mencionar apenas uma ratão — at hipôteici teoria* cientificai são habitualmente formuladai em térmoi absolutamente não ocorrem na descrição dos dados empíricos cm que estão baseadas e que ciai servem para explicar. Por exemplo, teorias sobre estiutura atômica subatômica da matéria contém termos como -átomo", "eléctron". "próton". "néutron", "função psi" etc; entretanto, estão baseadas em da dos fornecidos pelo laboratório sobre os espectros de vários gases, rastros deixados em câmaras de nuvem e de bolha, aspec tos quantitativos reações químicas etc. cuja descrição pode ser feita sem emprego daqueles "termos teóricos". As regras de indução do tipo aqui considerado teriam portanto que for necer uma rotina mecânica para construir, sobre a base dos dados encontrados, uma hipótese nu um teoria formulada em termos de conceitos inteiramente novos, nunca usados na des crição crição daquel daqueles es dados. dados. ertamente nenhuma regra regra de proceder mecânico poderia realizar isso. Poderia haver, por exemplo, uma regra geral que. aplicada aos dados de que dispunha Galileu referentes ao limite de eficiência das bombas aspirantes, produzisse um hipótese baseada no conceito de um oceano de r?

IN VEN çãO E VERIFI VERIFI AçãO AçãO

27

Cctto, em situações especiais e relativamente simples, po demos receitar um procedimento mecânico para "inferir indu tivamente uma hipótese a partir de certos dados. Por exemplo, uma vez medido o comprimento de uma barra cobre cm diferentes temperaturas, os resultantes pares de valores asso ciados podem ser representados num plano, mediante um sis tema de coordenadas, por pontos, por onde se fará passar uma curva seguindo uma regra particular de intcrpolação. A curva assim obtida representa graficamente uma hipótese geral quan titativa, que exprime o comprimento da barra cm função de sua temperatura. Mas. note-se. essa hipótese nã contêm qualquer termo novo. podendo ser expressa cm leimns conditos de comprimento e temperatura que foram usados na descrição dados. Além disso, a escolha de valores "associados" de comprimento c temperatura, como dados, )á pressupõe uma hipótese diretriz, a de que a cada valor de temperatura esteja associado exatamente um valor de comprimento barra de cobre, ou. cm outras palavras, que o comprimento da barra seja função apenas de sua temperatura. temp eratura. A rotina rotina mecânica da intcrpolação serve apenas para selecionar ma função psdicular como a apropriada. Es e ponto Importante; pois suponhamos que em lugar de borra de cobre estejamos examinando gás nitrogênio encerrado num reservatório obturado por um embolo móvel c que meçamos o volume ocupado pelo gis em diferentes temperaturas. Se quiséssemos usor o mesmo procedimento para extrair dados colhidos um hipótese gfral representando o volume do gás como função sua temperatura, fracassaríamos, porque o volume de um gás é função tanto da temperatura como da pressão exercida sobre cie, de modo que. ã mesma temperatura, um dado gás pode ter diferentet volumes Assim, mesmo nesses casos simples, os procedimentos me cânicos para construção de uma hipótese executam ap:nas parte do trabalho, pois eles pressupor..) uma hipótese antece dente, menos especifica (í que uma certa variável física seja função apenas de um outra variável física), que não pode se obtida pelo mesmo procedimento. ão exist existem, em, portant p ortanto, o, "regras "regras indução" aplicáveis em geral, mediante as quais hipóteses ou teorias possam ser me canicamente derivadas ou inferidos dos dados empíricos. A transição dos dados à teoria requer uma imaginação criadora. dm\*dai do fatos As hipóteses e as teorias científicas não observados, mas inventadas com o de explicá-los. Cons-

28

FILOSOFIA

CIêNCIA N«URAI.

t i t u e m . se ass im e po d i z e r , palpites sobre o* nexos que possam ser obtidos entre os fenômenos em estudo, sobre as uãiformidadcs e estruturas que possam estar por baixo da ocor r ê n c i a deies. " P a l p i t e s f e l i z e s ' * dessa natureza requerem um grande engenho, especialmente quando encerram afastamento radical dos modos correntes de p e n s a m e n t o c i e n t í f i c o , c o m o aconteceu, por exemplo, com a teoria da relatividade c a teoria dos qu anta . Na tur alm en te, e e esfo rço inve ntiva so pode ser b e n e f i c i a d o p o r u m a familiarida.de c o m p l e t a c o m o c o n h e c i m e n t o c o r r e n t e d o c a m p o e m questão. U m p r i n c i p i a n t e d i f i c i l m e n t e fará uma descoberta científica importante, pois o p i o v á v e l que as idéias que vcnhnm a lhe ocorrer sejam simples duplica tas do que já foi tentado antes ou entrem em conflito com teorias ou fatos bem eslabcleciiJos de que ele tem conhecimento. S e m e m b a r g o , o s c a m i n h o s p e l o s q u a i s s e ch c h ec e c a a p a l p i te te s científicos proveitosos diferem m u i t o d e qualquer processo inferência s i s te con te m á t i c a . P o r e x e m p l o , q u í m i c o K e k u l c t a c o m o , n u m a n o i t e d e 1 8 6 5 , enquanto dormitava -diante de sua lareira, achou a solução pari o problema de esboçar uma fórmula estrutural para a molécula de benzeno, após tí-Ia p r o  curado sem sucesso por muito tempo. Olhando para as chamas pareceulhe á t o m o s d a n ç a n d o c m filas sinuosas. Subitamen uma dessas filas formou um a n e l , co o se se fora a serpente serpente segurando segura ndo seu ró ri o ra bo o pôs-se pôs-s e a r vertigi vertiginosame nosame nte como se estivesse caçoando dele. K e k u l c a c o r d o u n u m a c x u l t a ç à o : nele surgira a idéia, agora famosa c familiar, de repre sentar a estrutura molecular d» benzeno pnr um anel h e x a g o n a l . E passou o resto da noite trabalhando para tirar as conseqüên cias dessa hipótese Esta últim a inf or aç ão nos tra z de volta à que stão da jetividade jeti vidade científica. o seu o para achar ach ar uma solução do

t i n t u i t i i u K f c i d'i« nl » u WiHum WiHum lxv tll a •* «B » TW 1H71. ili.i-ii..i M * Mm ií.# Vio -v. » fftei. ••»H' "i»ViS*n~ • " I " " " B « « . 41 W M - H I I iinihim í J ! J foplri t »«,•* » birMr** o aeliao. Hieiiimi,mt | - » " . - Vort ca* •*• n«'0 CoWítmti and Hieiiimi,mt Wille. ,.„,„.>.*, rJictU " M l N » nntedi. A. («Mini» Xfcíl lr.HIWiiUi Mamiilncflll. ImUlf "*«•*i™ *•< "•.« .* "!».>-• i m B i B H BBUII I » mAtada", »I*"BM — f • [ ! • Mlíiiu c a»*» o™**» iriMlho l p . < » r a a b IHH» ™ * » t o i « . •!" BrinA* NlâMrll d* Krt-M tat A. r » l n . T Cl. r~i>l ÇAmni», i l . . « X - ; C*r»a One»»-** !*•*). í> U • eJ H»i»m»«. Ud-, l « l ) , »!•.-

; •

. . , "

i ' . '

l

l

l

-

i

'

l

'

i

.

-

M

U

.



VUN çãO çãO • VERIFIC AçãO

29

se problema, o cientista pode soltar ns rédeas rédeas d imaginação c rumo wu pensamento citndor pode icr influenciado até po iii",'» » cienlificumcnlc discutíveis. Ao eiludar o movimento planetário, por exemplo, Kepler foi inspirado po MU interesse numa doutrina mística sobre o» números c por um apaixonado desejo de demonstrar a música esfe esfera rass- ada disso impede objetividade cientifica fique salvaguardada. P0Í1 ai In pAlcscs ai teorias que podem ser livrcmcnlc inventadas e li vremente prtifwmas não podem ser miiiut se nua passarem pe lo escrutínio critico, especialmente pela verificarão das impli cações a aus au s de serem observadas ou experimentadas. Nilo • sem interesse obscivar que a e a livre invenção desempenham um papel igualmente importante nas disciplinai cujos resultados são legitimado* exclusivamente pelo raciocínio dedutivo; por exemplo, cm atemáti atemática. ca. Pois Pois s re gras da inferincia dedutiva tumpouco oferecem regras mecâni cas para descoberta. om o ficou ficou ilustrado acima pelo nosso enunciado do modus iollcm. essas regras «c et primem habitual mente cm forma de esquemas gerais, cujos casos particulares são argumentos dedutivamente validos. verdade, tais esque mas determinam um modo de chegarmos • uma conseqüência lógica punindo de premissa premissass dadas. Ma para qualquer conjun to de premissas que poisam ser dadas, a* regras de srfliMCk dedutiva fornecem uma infinidade conclusões validnmcnte dcdutlvci» Tomemos, por exemplo, a simples regra represen tada pelo seguinte esquema:

fcle nos di/. com efeito, proposição que /> cuso. se gue-se que ou c o caso, onde podem ser quaisquer proposições. vocábulo 'ou' deve ser aqui entendido no sen tido "não exclusivo", de modo qu 'p ou eqüivale 'ou conjunt conjuntament amente*. e*. É claro que sendo verdadeira a premissa de um argumento deste tipo. também o é a conclusão; logo. é válido qualquer argumento da forma especifleuda. Mus. isolada, mu icgia nos permite infeiir uniu infinidade de conse qüências diferentes a partir qualquer premissa. Assim, de 'a l.ua na tem atmosfera' ci nos autoriza inferir qualquer enunciado da forma 'a Lua não tem atmosfera, onde pode ser substituído por qualquer enunciado, seja ele falso ou

0

FiUM f

Gfctcu S*rum*L

verdadeiro: por rtrmpto. atmosfera da Lm ê rmão aêaae'. 'a t.jia não c habitada'. *o ouro ê ma» denso qae a prata', praia é mar* deesa que caaro* etc. (Ni© seai iiirrw não difícil pregar pregar qae qae pode formar uma. iafimdade de enun ciados diferentes erc português, cada deks pode ser posto no local da vanavd •**.) aataralmenle, outras regrai de

inleréneia dedatrva í L I L H ü M ao aovo voss eaiaaciador eaiaaciador dcri«a dcri«a»e* »e* a oo ao premiam premiam oetamo, oetamo, para MI dado eonjaato de ptemisHS. as regras de dedaçÉo. KMte KMteM M acaar M dirttna para DOSSOí peoo peooaaneB aaneB C mferc iait. ao isolam, isolam, enunciado Umco como "a" coaesasão ser rarada prcm.ua*. Nraa ao duzm como obter coackasoes lintnitcwnuM MpcataMes; MO fornecem Matemátxa do posmecaaKa para. exemplo, MUlfca koteaaar tkearfKatrxa- A descoberta Matemática leorcaaas wconantes fecundo» como a descoberu • > vtaéõt PO exemplo, ama das hipóteses, consideradas por Semmel-

iw-cto E uma das implicações da sua hipótese final era malktru as Pnaw*o Stn^o curad a. «*ão momwt«w e cal curada.

(e^t aarmvni manasirl.

A VERIFICAçãO DE IIMA HIPóTESE

33

Analogamente, a* implicações cU hipótese de Torricclli cluíam enunciado* condicionai* como St uin birúiflcuo d« TorrKclk uva polindo • IIIíIIMUI coluna de mercúrio diminuirá eontv cicKcntev «nl*o comprimento. pondeQfcnttMc t iimpli mplicações cações de uma hipótese pois normalmente enunciados implicados pela r ^ T f ^ f i num duplo sentido: hipótese c tão enunciados da forma se-Pntío. que. em Lógica. si chamados condicionais ou implicações materiais. Em cada um dos tres exemplos que acabamos de citar, as cctndiçoM C especificadas sio iccmilogjía,mcnie círqilíveis e de las podemos portanto dispor à vontade, para rciiliz.t-l.11, lemos que controlar um (ator (posição durante o parlo; ausíncla ou presença de matéria infectada; altitude da leitura barometrica) que. de acordo com a hipótese considerada, afeta o fenômeno cm estudo *>., incidência da (ebre puerperal nos dois primeiro» da col coluna una de m ercúri ercúrioo no terce iro). Implic Implicações ações caoot; altura da natureza fornecem base para uma vtrilkaçAo ou '! irue exptfimtitiül. qu se reiumc em produzir as condições e ornervar fc ocoffc como cila implicado pela liipóic-K Muitas das hipóteses cientificas -á-, expressai em (ermos quantitati qua ntitativos. vos. o caso caso mai maiss simples, simples, repres represent entam am o valor va lor unia vaiiável quantitativa como uma funçio matemática de nu tras variáveis. variáveis. Assim é que a lei clássica. c.T/P. repre senta o volume de como função de sua temperatuta e de sua pressio (c c um fato fatorr con sum e). m enunc enunc ado desu csp.-cie pode produzir uma infinidade de implicações veriforma seguinte: te ftcávcb. que. no nosso exemplo, temperatura do T, e sua pressio i P,, entio seu Volume verificaçio eipenmcnui consiste entio em va c.Ti/Pt. riar os valores das variáveis "independentes" e em observar a variável "dependente" toma os valores implicados pela hipótese.

Ouando o controle experimental é impossível, quando condições C mencionadas na implicação r-ã-j podem ser rea lizadas ou variadas pelos meios tecnológicos disponíveis, entio ah C deve K l Verifica Verificada da nào experimentalmente, seja procwrando. seja esperando os casos cm que as condições C r u  cificadas sfto realizadas pela natureza c observando se de fato ocorre.

34

FILOSOFIA DA Ciísci» NATUKU

Da-sc às vezes que na verificação ciperíacataJ de uma hipótese quantitativa somente um das grandezas neta neacaonadas é variada de cada vez, mantendo-se mantendo-se consta consta cies iodas as outras ou tras condições. as isso isso é impossí impossível vel Certo, verificarmos a lei dos gases a peessão pode ver variada mantendo-se a tem peratura consume, ou vice-versa; mas variai outras circunstâncias mudarão durante o processo — talvez a anssdadc rela tiva, talvez a intensidade da iluminação, talvez o campo magnctico no laboratório — c certamente a distância entre entre o co rpo gasoso e o Sol ou a Lua. Nem há razão para. tanto quanto possível, tentar manter constantes esses [atores se a experiên cia visa apenas verificar a le dos gases como foi formulada Pois a lei diz que o volume um dado corpo gasoso faca completamente determinado por sua temperatura c por sua pressão Ela implica portanto qu todos os outros fatores são "irrelevantes para o volume", no sentido de qu esses fatores nã afetam o volume do gás. Permiti Permitirr qae qa e esse essess outros outro s fatores variem e. portanto, explorar um domínio mais vasto de a procura dai possíveis violações da hipótese que está verificada Eatretjnlo. a experimentação e usada cm afaria não so mente tomo um método de verificação, mas, também, como um método de descoberta; e neste outro contexto, conto vamos ve agora, exigência da constância de certos fatores é per feitamente procedente. uso da experimentação como um método de verificação Pér>er, está exemplificado pelas experiências de Torncclli e que foram realizadas justamente para verificar urru hipótese já proposta Mas quando não existe linda hipótese formulada, o cientista pode se levado a começar por uma estimativa gros seira c usar então a experimentação conto um guia para chegar a uma hipótese mau- precisa. Ao estudar como um peso distenoe distenoe metálico que o sustenta, o físico pode conacturar que o alonaaaKnto depende do comprimento inicial do fio. da sua seção, da espécie de metal dV que leilo c do peso do corpo suspens suspensoo Pode Pode entã rcaliur experiências pata determinai esses fatores influenciam alongamento (a eaperirzwntaç-ão serve então como um métudo de verificação) e. se assim for. isto qual o quanto eles afetam a "variável dependente" expressão matemática da dependência (a experimentação serve então como método dcKvncrta). Sabendo que o compri mento do fio varia também com sua temperatura, o eiperimcn-

VUlFKAÇÃO DE UMA HlPÜIfsi lador. antes de tudo, manterá a temperatura constante para eli

minar a influencia perturbadora dessr fator (embora possa, mais Urde. variar sistematicamente a temperatura pata averiguai os valorei de certos parâmetros, que comparecem na expresta» daquela fundão, dependem da temperatura), e nessas cxpciiínuma teniperatuia constante, variara o» fatores julgur relevante*, uni de cada vei, u mond mondoo oi outros constantes. Ap.*hl,i no* resultado* aiiini obtido* ele ternura formular #c u li/a li/açóc çóc que exprimam o alongamento em função comprimento inicial peso etc, poderá então prosseguir pw construir um fórmula mais geral, que represente o alongamento em funçlo de todas as variáveis examinadas. Em cato* dessa natureza, experimentação serve como mctiwio heurístico, como guia psra a descoberta de hipóteses, qu dá sentido ao princípio de manter constantes todos os "fatores relevantes*', salvo um Mas, naturalmente, o máximo qu pode ser feito c manter constantes, salvo um, aqueles fa tores que se acredita serem "rele',,inies" no sentido afetarem o fenômeno estudo c sempre sempre possível possível que tenham ficado despercebidos outros fatores, lambem importantes. £ unu dos características notáveis da Ciência Natural, uma Jc suas grande* vantagens metodológicas, qu sua* hipó teses admitem cm geral verificando experimental. Mas nJo se pode di/vr se).i > iraeterislica distintiva de todas as Ciências Naturais c exclusivamente delas, formando linha divisória entre a Ciência Natural c a Ciência Social- Pois verificações experimentar* também são uiad.is cm Psicologia e, posto que Sociologia lém disso, o alca alcance nce da vc* mais raramente, em Sociologia nfícaçáo experimental cresce firmemente com o avanço da tectodas hipóteses nas •olofria indispensável. De resto, Cieavíai Nalurais Nalurais são WfnVIwsi experimentalmente. Por exem plo, lei formulada por Lcavili Shaplcy paru as flutuações periódicas no brilho de um certo tipo de estrelas variáveis, as chamadas Cefeidas: quanto maior o período de uma dessas estrebi, i.t.o irítcivalo de tempo entre dois estados sucessivos de máximo brilho, maior é a sua luminosidade intrínseca; em magnitude logr*). omle exprtsiáo exata Aí da estrela, por deliniçáo inversamente proporcional »o se brilho. A lei implica dedutiva mente mente um sem-número de sentenças que serviriam para verificá-b, dando a grandeza de um Ceftida correspondente ao valor particular do seu período, por exemplo, C efeidas co com m es s períodos deur5. dias 17,5 dias. as Cefeidas

FILOSOFIA CM C i t s o * N A T V « * I

•••dos podem ser produzidas 1 vontade, l o f o . utrrmoao pode ser verifi verificada cada por cxpennsea -ação. ntes, peocura tera que olhar para o cé novas Ccfcidas para averiguar se grandna e o período das que for eacootraodo obedecei ou não lei presumida. PAPEL DAS HIPÓTESES AUXILIAM* Dissemos aate* que implicações tio "derivadas"" ou "rafendas" da hipótese a ser verific verificadaada- Assim di to. poecra. o que se obtém e somente uma posseira indicação da relação qu hipótese e tesKocas que serrem para *cn> existe entre ficã-la. £ bem «cidade que em aLgv» casos pode-tc mfcrir dedutivameatc de uma hipótese certo» enunciados coasmcáaams •MC podem servir a sua verificação. a lei de Leavm-Shapkv:. po exemplo, implica sentenças da forma "Se i e uma Ceiem* com um período de íamos dias. entfco su mapiitude terá tal e tal' Mas. freajueniementc. a "•demação"" de uma unplicacão coofioatavd com a rtpetiencia c menos simples c conctusrva. Tomemos, por exemplo, a hipótese semmelvvcimri» que matéria] mfecfebre pucrpèral e causada por couaammucao tado e consideremos a uii implicação se o pessoal cmdaado das pacientes lavar *s mãos mama solução de sal dotada, nu ata do então ficará redunda 4 mortali mo rtalidade dade pela febre. Este e nu não decorre dedutivamente apenas da hipótese; pressupõe tam bém a premissa que a cal dotada dcstnúã o material infectado, o que rsio c feito por Igua e sab ão. Esta premissa, tacrumeatc admitida ao argumento, desempenha o papel do que c-himarcmos fctpóiupaaçAo mnrf*a» hipõirst tmittiar o denvarm o* da fctpólesc Scmoetvtcis sentença que se coafroota com os fatos Logo. aao estamos amornados a asseverar aqui se a hi pótese H verdadeira, catão deve ser lambem verdadeira a im plicação I. mas somem; que. i c M c i hipótese auxiliar são verdadeiras, então também . Confia Confiança nça era era hipót hipótes eses es . com o verem os, repa não a exceção mi de hipóteses científica*; e isso Km « ceuttccjmmãa •murtaale para decidirmos se um resultado desfavorável. que mostra ' «et fabo, pode ser considerado como relutarão da hipótese em investigação. sarxknle para imphcar / e te os resultados em píricos mostram é falsa, calão deve ser m m m m i

UMA UMA HIPó TES E

VEBIFICAçAO

37

como falsa, de acordo cosa o argumento modui loürm (a). quando I decorre de H cm conjunção com outra ou mais hipóteses auxiliarei A. esquema deve «t substituído pe lo K|ui«e: a» unfcM «ij*dí.i»v (Mio

%t t í

"">

IWMB

c Haia de mera possibilidade abstrata. nomo Tycho Brahe. cujai observações apuradas fornecem a base empírica para as le» de Kcpltr. rejeitou a concepção copermeana de qui a Tetra te move cm torno do Sol, dando, entre outras, as seguintes raróes SC hipótese de Copernieo fosse terdadeira, a direção segundo a qual uma estrela fixa seria vista po» um observador terrcsire * mesma hora do dia Iria gradualmente mudando; pois no decurso da viagem anual da Terra cm tmno do Sol. a estrela iria sendo observada de uma posição qu vana conslaniemcnie assim como uma criança num carrossel obscria um espectador de uma posição que vai mudando c portanto o »í secundo uma direção que também va mudando Mari exatamente, a reta que passa pelo obser vador e pela estreia variaria periodicamente entre dois extre mos, correspondentes a posições opostas na órbita da Terra torno do Sol. O angulo subentendido por essas posições chamada paralaie anual da estrela; quanto mais longe da Terra n;c estrela, tanto menor menor será será sua sua p aralaie. arala ie. Brahe. que fei suas obscrsaçóct antes da introdução do telescópio, procurou com os seus instrumentos mass precisos uma coufiimaçao desses "movimentos pataU icos" das estrelas fixas — e nã achou nenhuma Kcjciiou por isso a hipótese de que a Terra move. Mas a dcdu;ão de que as estrelas fixas tenham movi mento* paralaiicoi observáveis só pode ser feita a partir da

38

Fnosoru

IíííC I* N

AL

hipótese de Copcrnicci com auxilio da suposição de que elas estejam tão próximas da Terra que seus movimentos paraláiicos tenham amplitude suficiente para serro observados com os Instrumentos. Brahe não ignorava que estava fazendo essa pjffffl* auxiliar, mas acreditada ter tarem para julga-la verda deira; dai sua rejeição da hipótese de Copérnico. Mai* tarde ficou provado que Brabc se enganara: mesmo as estrelai fixas mais próximas estão muitíssimo mais longe do que ci supunha, de modo qu as medidas de paralaic exigem telescópio* pode rosos e técnicas uhraprcctsav Somente em 1858 a ser realizada a primeira medida Bniversalroenle aceita de uma ralaxe csiclar. significação dai hipóteses « • • • u m vai alem Supo nhamos que uma hipótese im seja vc-^cada mediante plicação c C então qu decorreu II r de um conjunto de hipót hipótes eses es auxil au xiliara iara . verificação se reduz então a constatai ococie ou não numa situação em que. tanto quanto saiba iambfador, «tiú rcalírada.» as condkõcs C Sc e fato fato nã for «Me caio por exemplo o equipamento usado estiver •';ít . : •.,. •!•. •! •. l •Sfta •Sftamm mmnN nNml ml WmÈtÚ ,vx«nl ocorrer mesmo que II t A sejam ambas verdadeiras Po caia r u ã o , rnlrc aa hipóteses auxiliarcs pressupostas pela veri ficação deve-tc incluir a de que a situação inicial satisfaça condicócs condicócs 4c ler m nadai C. Este ponto é particularmente importante quando a hipótese em exame já foi vitoriosa em provas anteriores c * parle essen cial de um sistema mais vasto de hipóteses mutuamente ligadas. ambé ambém m apoiado por múltipla múltipla evidencia. evidencia. provável que em tal caso seja feito um esforço para justificar a aao-ocorré&cia e mostrando que da condições alo estavam tisfeitas Como exemplo. ciHtudcrrnt"* hipótese de que as cartas elétricas tem uma ruiuturu ainmnlica i«i sejam todas múltiplos inteiros da carga cfc» •ílonm de cktricidaa;. dectron F**a i pótese recebeu apeão iuipn-uMiiuntc experiências W1 . N etas, as cargas elétricas A. Millikan. a partir de goticulas isoladas um IKJUKIO tal como óleo ou mercúrio eram determinadas medindo velocidades das goticulas ao caírem no ar sob a influencia gravidade ou ao subirem sob influencia de um campo cam po elétri elétrico co oposto. Millika Millika todas as cargas ou eram iguais a. ou eram

ViairtcAçÂo

Hir-oTrsr

39

un certa carga mínima fundamental que ele, confor midade hipótese, identificou como sendo a carga numerou* ou* medida* cuidadosamente (ci décima. Baseado cm numer tas eoconlrou como seu valor cm unidade» cktrostãlicjs 4,774 10-**. Esta hipótese foi logo contestada pelo físico Ehrcnhaft cm Viena, qu JHUTK-.OU IC repetido a cxp.-iiêiicia de Millikan encontrado cargas consideravelmente menores que a curga ele trônica determinada por este. Discutindo os tcsultudoi de Fhrcnhafl. supriu Oc cnos (i '.. violações das condições cxpcnmeniais) que poderiam dat conta dos resultados aparentemente discordantes de Ehrcnhaft: evaporação durante ob«rviie.ã«. fj/endo diminuir o peto da goticuta; fotmac.au de um película de ósido nas gotrçulas de mercúrio usadas em algumas das experiências de Ehrcnhaft: in fluência perturbadora das partículas de poeira suspensas no ar: afastamento da partícula cm relação foco da luneta usada p*'a obscrví-la; modificação da forma esférica preuuposta. quando as gotlcutas sao muito pequena»; erros inevitáveis na cronoiuctragem dos movimentos pequenas partícula». Rcfcrin do te a duas partí partícul culas as abcrrantcs observadas por um outro hHMliaailiu que usara gotas de óleo, Millikan conclui "A única interpretação possível então para o comportamento «lestas dum partículas. • er que. . nAtj eram esferas de óleo", ma parBciriM dc poeira (pp. 170, 169). Milhkan afirma ainda que os resultados de repetições mais precisas dc sua própria experiên cia, estavam todos cm acordo essencial com o resultado ante riormente anunciado por ele. Ehrcnhaft continuou por muitot anos a defender c multiplicar os resultados com que pretendia exiittnria de carga* subclcuonuaii mas cm geral ttUbcteccr esssa resu resu ad ados os n o pude ram se serr reproduzidos po r o utro ut ro * físicos físicos dc modo que a concepção atomlstica da carga elétrica man tida. valor numérico achado por Millikan para a carga ele trônica, entretanto, foi mau tarde reconhecido como sendo ligeiramente ligeira mente pequeno; o desvio foi atribuída a um erro numa das hipóteses auxiliarei do próprio Millikan: el usara um valor demasudo pequeno para a viscosídade do ar nos cálculos qu filtra com as informações fornecidas pela goticula de óleo'

i

I » I W

ff mi

VEIIPICAçãO DE UM* H I P ó T E S E

43

que medidas med idas cuidado cuid adosas sas foram feitas feitas.. mesmo que a lei de Galileu tivesse sido rigorosamente satisfeita em todos os casos observados, não se teria obviamente excluído a possibilidade de certos casos não observados no passado c no futuro não a seguirem. seguirem. Em suma. sum a. a experiência experiência mai cuidadosa e mais repe tida não pode provar uma de duas hipóteses nem refutar a outra. outra. este sentido estrito, experiência crucial impos sível na ciência. Mas uma experiência conto de Foucault ou a de Unard pode ser crucial num sentido menos rigoroso, mais prático: pode denunciar uma de duas teorias em con flito como seriamente inadequada apoiar fortemente a teoria rival, exercendo, por isso. uma influência decisiva sobre o rumo subsequente tomado pela teoria c pela experimentação. HIPóTESES "AD HOC"

Ouando manciia particular de verificar uma hipótese prtiiupiit enunciados auxiliarei .41, Ai 1.«., quando A. estes usados como premissas adicionais ao se derivar de II implicação relevante / — cnlão. como viu antes, um Ms», diz apenas qu resultado ncfialivo, mostrando que ou uma djs hipótcsci, auxiiiarcs deve ser falsa c que algo deve ser mudado nesse conjunto, de sentenças para que ci se ajuste ao resultado da verificação, quer modificando ou abandonando completamente alterando o sistema de hipóteses auxilia Em principio, pode-se sempre reler //. mesmo cm face de multados seriamente adversos, desde que se queira rever ss hipóteses auxiliarcs úc um modo suficientemente radical, ainda ente trabalhoso. Mas a tiêticia nao está interessada cm protegei suas hipóteses ou suas tcocias a qualquer preço — e tem boas razões para isso- Consideremos um exemplo. Antes de Torricclli introduzir sua concepção da pressão atmosférica, expli cava-se comportamento das bombas aspirantes admitindo que a natureza tem honor ao vácuo c que, portanto, água sobe pelo cano da bomba para encher o vácuo criado pela elevação do embolo. A mesma idéia servia também para explicar di Iwiw-n -«-«am de m D M m liite i JnuoftaA* cltoíl. l-m«««. P« II VI de KU IWfO TH Aim —4 S»«n.>r yu?ti ( P I , K « C « U n n a n i j no«, 191». r n r a i w i ) . fw—i. m Mas outro* cmenos irifonecessários quando funções de outra natureza, como notnéliicai, devam *»•( laiiibiiu consideradus. Sugere-se às WtaYs •• iiimi.io de fiipooçõti básicat seja um indicador da ciuiipkxidadv de unia Icoiia Mas suposi ções podem ter combinada* |>n,,lidai de vársot modos; nio

6 f HiW>. «f«« 'V 1« *—I»». *—I»». t ipKt-tHü «•

Pn>i. |«U|. Ot .ipUitUn 4 . A — ••*• ilmpl-iab* ai ..»-m. (Mm, UIIHH Piolii*. pbUi- u r i . - ' <

J

i

'

r

i

>

S

K



>



I

J

I

I

»

.

I

>

>

.

«

M

*»•" ••— irmmiu™n- l .r— >*tnnm » *i «m«li l*»«»*>• I1 moéUun iiMM «S >

l

d

B

>

1

C

«

f

»

r

M

n

,

OUTéSUOS

CONFIRMAçãO E ACEITABILIDADE

59

há manei m aneira ra inequívoca inequívoca de contá-las. co ntá-las. Por exemplo, dizer dizer qu para qualquer par de pontos existe exatamente uma rela passsado por ele» pode ser contado como expressão doas supo sições em vez de uma; a de que existe pelo menos um la reta e a de que existe no máximo uma. E mesmo que houvesse acordo na contagem, diferentes suposições básicas ainda po deriam diferir pela complexidade, devendo portanto ser pesadas cm vez contadas. Observações semelhantes se aplicariam à sugestão de que o número de conceitos táticos usados numa teoria poderia servir como Índice de sua complexidade. A questão dos critérios de simplicidade recebeu recente mente uma atenção especial da parle dos lógicos c dos filósofos, qu obtiveram resultados interessantes, mas ainda não consegui ram ma caracterização geral satisfatória da simplicidade. En tretanto, como está sugerido pelos nossos exemplos, existem certamente casos cm que mesmo na ausência de critérios explí citos há substancial acordo sobre qual seja a mais simples de duas hipótcsei ou teorias rivats. Outro problema intricado atinenie simplicidade é o da sua justificação: que razoes existem pari seguir o chamado principia simplicidade, isto é. o preceito de que deve pre ferir, estimar como mais aceitável, entre duas hipóteses ou teo rias rivais c igualmente confirmadas aquela que a mais simples Muitos grandes cientistas manifestaram a convicção de que leb básicas básicas da natureza n atureza são simples simples Se assim assim o fosse fosse,, poder-sc-ta de fato admitir que mais provavelmente verdadeira de duas hipóteses rivais a mais mais simples. simples. Mas supor que as leis Nfjfn da natureza sáo simples ê. naturalmente, pelo menos tio problemático quanto a legitimidade do principio de simpli cidade c não pode portanto fornecer uma justificação para ele. Alguns dentistas e filósofos — entre os quais Mach, Avenarius, Ostwald Prarson — sustentaram que a ciência visa dar uma descrição econômica ou parcimoniosa do mundo c que hipóteses gerais promovidas a leis da natureza são expedien tes econômicos para o pensam ento, servindo servindo para condensar um número indefinido de casos particulares (como os de queda livre) numa única fórmula simples (como a lei Galilcu); desse ponto de vista parece inteiramente razoável adotar a mais simples das hipóteses adversárias. argumento seria convin cente se tivéssemos que escolher entre diferentes descrições um mesmo conjunto de jatos; ma ao adotar uma entre várias

F*OSOÍU CM CtfxTlA NATVftAL

hipóteses OB drspcu. tais COMO também as predições vejJkjoor. e respeito as •ápoKlts H$ meate. Assim mje. para //,. as valores 150. 30 c 6 respecrivMncmc. Cabe Basta reconhecei qor //» matraaafkamenic a mais simples para considerá-la M prov prováv áv stf verdadara. para ba• = 4 c rjão nas amas mpósrsrs «me acertam aos casos medidos co a mesma precisão? resposta iateressaate a esta oaestão foi sa-enda por Rochcabad*- Ea rrr—j, sei atgmm C o sepamae: prmhamm. ao nosso cscmplo • seja 4c falo ama fmacia de = /- Seji o tem pifiem cm ate— liiKmi de coorl i m J n . n eaco eacoma ma aã emracisl 'rijamai Inação / c sca gráfico jt são. natardmeme. i1rwcmhtr.idut peto cnbata mede os valom smociadoi das dam variáven. Ammtoja. para tavorcoa ao arpas»: ato, aaas mtmdm iriam exatas. de achará certo «úmero ir pomos 'dados mjc penoacem "verdadeira" enrva Sapaahamji em aramas: oac. de acorda com o prmdpso de nmnli.idsifc. etc pies. mo e, » Mlmtrvameai posso* O trafico ass*m obtido, mjc rb amarem tu pode afas tar-se comaicravcsmeasc da verdadesra carva, irado, catrgsaato, cientista vai dctcmu dctcmuoaa oaad© d© m cornos traçam» aovos grá •• ficos mais simples $,. r» irão coiaodmdo cada com a vodawkwa carva r. assim coma das aproaima»-*t-ão cada vez mais da relação fanfiarol ttOt-uVncu ao principio de pode pois n r a m •*noma nação / de aaaa só ve* vária*: mas c*n*r am rrtacád fnaoonul entre o* mesmo processo coada/ira rrj.hcahm.-nte a ama (nação oae se aproxima da verdaaewa n ordem rfcrc rfcrcja jada. da. O armanemo de Rcv^cnh».*. aomi rtpraJnsnlu ean forma força ê maátada. tasto simplificada, c eapamao. mas Pots, por mais longe oae tenha ido aa i iimatiii emV rma, m».

i

C U T é B I O S DF C O N F I R M A ç ã O

ACEII^MUIMOE

cos e das íunçôes. o process processoo o fornece indicação alguma sobre a aproximação com a qual foi aoagsda a verdadeira função — é que existe uma verdadeira fasse fasseio io.. (C omo om o notamos lei, o volume de um corpo gasoso pode parecer ser. mas de falo não ê. função apenas da texnperarara.) Alem dbsso. o ar gumento baseado na convergência pari uma curva verdadeira poderia se usado para justificar outros snêtodos. intuitivamente complexos nio-raroívcis. e dr wh ai s gráficos gráficos.. Por exem plo. *ê-sc imediatamcnie iiráado doa pontos dado* jdjacente por um scmidrcul© cato diâmetro seja a distância entre os pomos as curvas obtidas convergiriam eventualmente para a verdadeira curva, se esta existi existisse. sse. ontad on tado, o, a despeito despeito dessa "fuslificacJo"'. o procedimento não seria considerado como o legitimo de formar hipóteses qsxantfutnas. Entretanto, outros procedimentos não simple simpless — como o aoar pontos dados adja caio* comprimentos sempre centes por arcos em forma de excedem um valor mínimo deterananado — não são justificá veis desta as—cita. sendo nrcsmo auudcslruidorcs. como pode ser mostrado pelo argumento de Rescbeahach Sua idéia guarda auirn um interesse próprio. Muito diferente concepção de Popper. Para ele mais de duas hipóteses é aquela que Um mator conteúdo eanpirico e pode portanto ser nua facúncnic falsificada (ser verificada como laba mais f^cilraeMc). se de fato falsai ciência, suas conjeturas ã mais cooupkta vcrdãeacão e falsificação possível. Ele mesmo resume o seu Mg—vmu com as seguin te palavras: "S nosso objetivo conhecimento, o» enun ciado» simples devem ler cotação anais alta que os mcnJs sim ples porque eles nos dL;em mais. porque conteúdo rtnpirico deles é maior e porque são nenfKéreis melhor grau.""* Popper torna sua noção de simplicidade como grau de falsiDcabilidade mais explicita por meio de dois critérios diferentes. De acordo com um deles, a ftipõcese de qj*e órbita de um planeta seja um circulo c mais simples do que a qj

nmt,

*o

FILOS FILOSOF OF A DA DA O íS

él

A

ATUR ATURAL AL

s-j.i

pela determinação de quatro posições qu pertençam um mesmo círculo (três pontos podem icf sempre unidos po circulo), ao pasto que a falsificação da segunda hipóusc planeta. Neste sentido, a hipótese mais simples é a mais facilmente falsifKivel c é também mais forte porque logicamente implica aipotese menos simples. Este critério certamente contribuí para esclarecer a espécie de simplicidade interessa à Ciência. Mas Poppcr dia alicrnali vãmente que uma hipótese é mais ralnficJYCi. logo ma simples, que outra quando implica esta dedutivo, nem sempre maior conteúdo se une * maior simplicidade erto, uma teori teori lu-rtç "tomo a teoria ncwtoniana do movimento c da gravitado pode ser considerada de akancc mais limitado, que são implicadas por ela. as desejável espécie de simplificação atum conseguida por uma (corta nio e apenas uma questão de maior conteúdo, pois se duai hjpólcses desvinculadas {tf.. • lei de llooke c de min, sem te mais simples, que cada componente. qual quer ires hipóteses fft, lf< consideradas acima, qu certamente não são igualmente simples, iz mais que uma das qualquer uma delas pode ser revelada falsa com a mesma facilidade: uni única caso contrário, por exemplo o par 10). uma vez medida, falsificaria a todas ela». A*sim. ainda que as diferentes idéia* aqui rapidamente

revistas iluminem de certo modo raiitmale do principio da simplicidade, permanece sem solução satisfatória o problema precisa, naiticada* «*u6»

aimiii»- S j»tnr. Ini>inr II potlanlo, deveríamos falat da cndiMuladr conjunto X reUium a MR0 MTJW de cimlicamenua, qu i lodo* os enunciados aceitos pela ciência da época. Mirgc naturalmente questão de saber K possível prcuar essu cieiiibtlidudc em lermos quantitativos exatos, diante uma ililiiiiv.n' que paia qualquer hipótese II c qualquer conjunlo de enunciado» determine um nunieio c(/7. K) qu scia o grau de cicditnlidade que // pouui cm relação a K. fc ja que talamos freqüentemente em hipóteses mais menos prováveis, pciguntamos logo se esle conceito quantitativo não podenu ser dcliiiido de mudo luiiifazcr aos pnnclpktt bancos da icoria da probabilidade. Neste cato, credibilidade to relativa a scliu numcio real não inferior a O •upenoi a hipótese qu C verdadeira verdadeira por p or rat ratões ões pura mente lógicas (tal como 'Amanha chovera ou não chovera Corcovado') lera sempre a credibilidade I; e a credibili dade da hipótese de que seja verdadeiro um ou outro de dois enunciados II, c Hi logicamente incompatíveis será igual a c ( / / i , K) soma de suas credibilidade!: cW, o u / / , , )

H.H»,

De lato, várias teorias para essas probabilidades foram propostas. " Partindo de ceitos uxiomai. como os que acaba os de mencionar, chegam uma variedade de leoninas mais ou menos complexos que servem para determinar certas pro babilidades amumio qur outras irfun cimhedtku; nã o/tracem uma definição da probabilidade uma hipótese lativa a uma informação dada. li a dificuldade de definir o conceito c(II.K), levando em consideração todos os diferentes (atores que encontramos, e enorme, para dizei o menos; pois como vimos não ficou sequer 10 Umi «•!« ff> ííonomt.'. lohn Marurd (Tino, Ir™ Pn>biMbi> (InHin: Macmlll» Hd ComrilT. LU- 1*111. Titailrt

64

FILO FILOSO SOFI FIA A DA

IêN IA

ATUBAL

claro como caracterizar com rigor fatores como a simplicidade de una hipótese oa a variedade da evidência que a sustenta; muito menos, como eipreuá los numericamente. Entretanto, certos resultados clxidativos e de enorme alcance focam obtidas rcwaenxntt por Carnap, que estudou o problema em liafuareni modelo rigorosamente formalizada, cuja estruma lógica eoosideravelraeoie mais simples que a requerida para os propósitos da âéTKi âéTKia. a. arnap arna p desenvolveu desenvolveu um método rcral de definir o que chamou o grau confir mação para qualquer Marfim expressa cm tal linguagem. conceito assim definido satisfaz; a iodos os princípios da teoria da probabilidade, o que permiti permitiuu a arnap refer refer r-se r-se a ele com probabilidade lógica om atdullra da hipótese relativa In formação dada."

«

I I I M

â nu nu s n*

; « W I . n>

de

sim—v f-1*.

S-n«

I n u . UaMni» * » * • .

«

tfa^ta

«li •

<

MaiaM. twnpwT. • m lawpai < • • • • • • • • a e»T» * l h >L(e, » C " . f. M«uy l-" «» *fo >f C * o » n « iSutí-xd XIHIIMJ M»1. imã l — i r ^

N * « B '

(*««">

AS LEIS E SEU PAPEL NA EXPLICAÇÃO CIENTIFICA DUAS lMi.ft.tlAS BÁSICAS FARá

S EXPLI EXPLICA CAÇÕE ÇÕES S CIENTIFICAS CIENTIFICAS

Explicai os fenômeno* do mundo físico um dos prin cipais objetive* dar Oíncias alui aluiai ais. s. l)c fato, quase Iodas investigação científicas que serviram como ilustrações nos capítulos precedentes visaram não à descoberta de um falo par ticular, mas à conquista de uma concepção explicativa; pro curou-se uber como era contraída a lebre puerperal. po havia uma limitação característica para a capacidade eleva tória das bombas, por que a transmissão da luz obedecia a* ki da óptica geométrica etc. NeaJe capitulo c no próximo vamos examinar com algum detalhe o caráter dai explicações científi ca» c a tspecte da compreensão qu ela. lornecem. Oue o homem sempre e persistentemente preocupou-se cm comprecrtdcr a enorme diversidade das ocorrências no mundo que o envolvia, deixando-o muitas vezes perplexo nio raro amedrontado, prova-o multiplicidade d« mitos c metáforas qu imaginou para justificar a existência mesma do mundo e de si próprio, a vida e a morte, os movimentos dos astros, a suces são regular do dia e da noite, cambiantes estações, a chuva e o bom te po, o relâmpago relâmpago c o trovão. Algumas Algum as dessas dessas expl expli i cações basearam em concepções anttopomórficas das forças da natureza, outras apelavam para podeies ou agentes invisíveis, quando não invocavam o destino ou os inescruliveis desígnios de um Deus. é inegável que davam a quem as aceitava o senlimenio de uma compreensão, porque lhe aplacava a perple xidade; IKSK sentido eram "respostas" às perguntas formuladas Mas por mais satisfatórias qu o fossem psicologicamente, não eram adequadas à finalidade da ciência que é. cm suma, a de desenvolver um concepção do universo apoiada clara e k>p-

FllOSOf

Cii-sci* NATUBAI

c u w i r f n aos» capc capcra ra-a -aci ciaa i n m i a veri verifi fica caçã çã razão, saobjcma- i r » deveaa. por fjsfazer a dois woaáinus. oae cnaraareaos rernaWilo da rele vância rrphaaiáiia e rriyiin da verrficac*lsdac)íantrvaaaa» fraarraro Ssò aarcacatoa sífuinte arpi«ae. ao coarrário do que seu COBsnento para Éiaaanuai VBporaaeo Gaaar* afirmava ler «ata aaaa laneta, na Etattea Wc jaadai aa cabeça, daas venta*, doai orelhas. er ii o ec momo modo. ei erii daas desfavoravetf. daas lomie ãadaercMe. Mrroino. c «V a—M ontros (caõaKaot armrtrtiaarT da (aaat raeia» d e . ) , sera füiearMí ram oac snsaero dos planetas e loco loco Alta da», oa sanas alo avaveei otto podem Ia atacaria sobre a Terra, logo sao náten, loto O defcuo araaaaal «case Minriia e endeatt. os - ! i u » adaz. atada «ne acesa» ae a Ia rasai sao mafusmente Mkvaaaespara o noa» oa pana. ano foraecea raxao alpina » lépsar senha ssaflün. o aso de palavras coeao Tono' 'accnaanaaacaK-. cosa o f-t, dar aata avrttsao de ríkviacu, é intrsraaaear *if'—i" Maãu dsfereatc c rrpacacto arco-irâ dada pela a O scaóaeao scaóaeao sara: cação coeso reatado da reflexão e da n*açao na branca do Sol nas foticatas catencas de ágaa ptraNca prever ioda ioda «ca «ca aac i a fc» iluminada por ssssa e de a z br a rãasdt atras ao observador fenôcação coaaatasria bom fasanaento para acreditar saeno sareria nas ensaapãci PsarraVartas- A esu aracterisbea oae ossereaos aos refcrar s|aaado daesnos que a expbcaçáo ém rtlnámas «adraaaKvãr: a irrforsnaçâo r-n utoíai leadadnida fornece noa faaaaaeaj para acreditar *t ser riaicadu de faao inoaarrcu ou acontecera. E a

As LEIS E SEU PAPEL HA EXPLICAçãO

condição a ser satisfeita para que estejamos autorizados a dlfer: "O fenômeno está explicado é iusiamcnte o que se esperava na circunstancias dadas." requisito traditf uma condição necessária para ma ex suficiente. e. Por exemplo, o desloca plicação adequada, mas não suficient galáxias nece uma forte base para acreditar essas galáxia* se afastam qur de nó* nó* com com enormes enorm es velocidades, as na para explicar esse afastamento. Para introduzir o segundo requisito, consideremos uma vez mais a concepção da atração gravitacional como manifestação uma tendência natural comparável ao amor. Como já obser vamos, essa concepção te nenhuma implicação verificá vel Portanto, nenhum resultado empírico poderia sustentá-la vazia co não pode justificar a expectativa dos fenômenos caracterís ticos da atração gravitacional; falta-lhe poder explicativo obje tivo. O mesmo se pode dizer sobre as explicações feitas em de um tnescruiivcl: como esta. longe de ter tina) de uma visão profunda, é apenas re nunci nunciaa a qualquer explicação. o contrário co ntrário,, os enunciados se baseia a explicação ftika arco-lt» têm várias impli cações verificáveis: por exemplo, quanto ás condições em que vê um arco-íris cêu. quanto i ordem das cores que nele figuram, quaniu ao KU aparecimento nj poeira liquida levan cie. onda* quebrar Esses exemplos ilustram uma icgunda condição para as explica ções cient científ íficas icas,, que qu e chamaremos cham aremos o requluto verijicabilidnér. os enunciados que constituem uma explicação científica devem prestar-K Como já foi sugerido, a concepção da gtavitação como uma afinidade universal subjacente não pode ler poder explanatório porque não tçm implicações verificáv verificáveis. eis. om efeito, efeito, para jus tificar a ocorrência da graviiaçáo universal ou qualquer um de seus aspectos característicos, a concepção teria que implicálos quer dedutivamente quer num sentido mais fraco induüvoprobabilístico, venfic4vel fere a essas conseqüências. Este exemplo mostra que os dois requisitos nár> sã independentes: uma explicação que satisfaz á exigência de relevância satisfaz também á de vcrificabiüdadc. daro

FILOSOFIA

Gê*CM

S.m.i

Vejamos a^ora gae {amas ciptocôes daxtTio cas como das satisfazem ao aoss do u raqúãos faodajneauéc EXPLICAçãO DíCKJ i ivo-wo ivo-woaaoiò aaoiòojCA ojCA

Consideremos sda sda ama « rcsaludo achado por érier na experiência dc Pav-de-Donse: comprimento da coíana dc mercúrio no baianamu dc TocnccHi dunÉnoi Cjaando atótade aumenta. As «dc**» de Torriccüi e dc Pascal sobre pres casacasã atmosférica i i e o çao qoc. dc modo «ai tanno pcdiianr. pode ser formulada como • pnw*. BHpMBkai

cotou

«M*a» ipansaw W M I I U * r»» r» » ( !•!>>.

•>—n»s» «a «w

d) (PonsMel. Ai lrii dai clincias nolurais são cm maioria quantitativas: estabelecem

74

FILOSOFI FILOSOFIA A D*



IA

ATUR ATURAL AL

relações matemática* entre diferentes características quantitativas do» sistemas físicos (pot exemplo, entre o volume, a pressão e temperatura um gás) ou de processos (por exemplo, entre o tempo tempo e distância percorridos cm queda livre na lei de Galileu; entre o período de revolução ura planeta e sua distância mé dia ao Sol na terceira lei de Kepler; entre os ângulos de inci dência e de refraçáo na lei de Snell >. Estritamente falando, um enunciado que asseverai uma co nexão uniforme nâ será considerado uma lei se na\o houver razoes para admiti-lo como verdadeiro: normalmente, ninguém fala de falsas leis a natureza. as se isso fosse fosse rigidamente rigidamente observado, os enunciados habitualmente chamados leis alikv e leis de Kcplcr nío seriam classificados como leis. pois de acordo com o q,uc se sabe hoje em di eles só valem aproxiaadMKOte. e. como vçrcmos mais larde, a teoria física ex plica por que assim o c. Observações análoga* se aplicam as leis da óptica óptica geométrica. geométrica. Por exemplo, exem plo, mesmo mesmo em meio me io homo move rigorosamente cm linha rela; pode gêneo, a luz ni-> ser rncurvada nesta. Usaremos entretanto a palavra lei' de modo um tanto liberal, aplicando o termo também a enunciados do tipo aqui mencionado, válidos apenas com apro ximação c com restriçio qu teoria justifi justifica. ca. Voltar Vo ltaremo emoss este ponto quando, no próximo capitulo, considerarmos a ex plicação as pelas teorias. Vimos que as leis invocadas nas explicações científicas dutivo-nomológKas têm uma forma básica: 'Em todos os casos cm que se realizam condições de espécie realizam-se também condições da espécie G\ Interessa observar, entretanto, que em todo enunciado com cita forma universal, ainda que verdadei pode ser qualificado como ei a natureza. Por exemplo, exem plo, sentença Todas as rochas nesta caiu contém ferro' le forma universal (f condição condição de s r uma rocha na caixa, C a de conter ferro); contudo, mesmo sendo verdadeira, não seria con siderada como uma lei. e sim como um asserçao de algo que "acontece ser o caso'', como unia "generalização acidental"'. Como outro exemplo, tomemos o enunciado: Todos os corpos iOiaTlftiHM de ouro puro tem massa inferior a 100.000 quilograosas'. Sem dúvida alguma, todos os blocos de ouro alé agora examinados pelo homem estão de acordo com esse enunciado; há, assim, considerável evidencia confirmatóna dele e ne nhum caso conhece que o refute. refute. E mesmo mesmo possív possível el que na história do Universo nunca tenha existido ou venha a existir um

Luís C «EU PAPEL

EXPLICAçãO

c o r p o de o u r o p u r o massa superior à de 1 0 0 . 0 0 0 q u i l o g r a mas. Sr assim f o u c . generalização em pauta teria na todavia, de pre mcnic bem c o n f i r m a d a , m a s v e r d a d e i r a . sumir que sua verdade continuasse a ser vista como acidentai, p o r q u e n e n h u m a le f u n d a m e n t a l d a n a t u r e z a , c o n c e b i d a p e l a ciínci» contemporânea, exclui a possibilidade de haver — me sm o a possibilidade de prod uzirm os - • um s olido ob jeto de o u r o lendo massa superior u 100 quilogramas. Portanto, iicntilioa nao fica adequadamente de f i n i d a como um e n u n c i a d o v e r d a d e i r o forma universal: a condição # necessária sufkicnlc para as leis do tipo em dtKuido. O que qu distingue cnlfto uma lei genuína de uma problema intricado e foi discuti gcncrallzaçlo acidental? do Intensamente os ú l t i m o s anoa. Vejamos rapidamrnle gumas das principais idéias que e m e r g i r a m d o d e b a t e , q u e a i n d a continua. notável c sugestiva diferença, notada por Nelson C k i o d m a n . ' a l e g u l n l e : uma lei p o d e , a o passo que uma gene nmdkimali raltiaçBn ocidental n a o p o d e . acrvtr p a r a wsientai amiralaiuoli, fosse f i i w s s e lato i, anunciados da forma 'Sc «ido) coto, enllo seria (lerta l i d o ) o c a t o ' , o n d e d e f a l o na ( n l o l o l ) o caso. A u i m , •sserçAo 'Se esta vela de p a r a f i n a llvessc sido coloiada n u m a ilialciru Água f e r v e n d o teria derretido' pode ter sustentada adurindo-se le de que a parafina liquida acima de nO giaut centígrado» aau lei :ior 1UCI.ÜO0 qaüo£rama*' u • a mesmo que ciiutsse Uarteiw unu infinidade de corpo» feitos feitos de oura. Assim, o criscrio em tela falha por varias razões. Finalmente. aem*ios eme aa enunciado de forma uni versal pode ser rtasamcaabcomo lei mesmo sena ler sido verificado em alnaa cato paràcalar. Um exemplo a sen tença: 'Em cmaJoaer corpo cekste que tenha o mesmo raio a Terra c «ma massa doas vezes maior, a queda feVre Pode oao haver partii d* repouso obedece ã ki « = *,9i no Universo inteiro objeto qae lenha raso e essa massa, e contudo o enunciado le caráter de uma hâ. Pots (ou ames, uma estreita aproximação dek. como no caso da

As LEIS

PAPBI NA EXPLICAçãO

77

lei Galilcu) decorre da teoria ncwtoniana do movimento e da gravitaçlo cm conjunção com o enunciado de qu a ace leração de qued' livre na Terra é de 9,8 metros por segundo por segundo; te assim um forte apoio teórico, exatamente como a lei mencionada anteriormente da queda livre na Lua. .i observamos que uma pode sustentar enunciados condicionais subjuniivos contrafaluais sobre casos poten cial*, bt #, w*rc casos paiticularcs que possam ocorrer ou Cpoderiam ter ocorrido mas ocorreram. De modo anáa teoria de Ncnimi «uiicntu nosso enunciado geral numa versão subjuntiva íugcre suo condição do lei, a saber: Tm qualquer corpo ccktlc que pudesse existir com o mesmo tamanho da Terra mas com o dobro de sua massa, a queda livre obedeceria â fórmula » 9.9/' metros. metros. Ao contrário, a generalização *°brc as rochas não pode ser parafraseada como •firmando qu qualquer rocha que ciiivcsse na caixa conteria ferro, nem esta ultima afirmação teria evidentemente qualquer apoio Mor K ii Analogamente, nó* riflo usailaiiun im*ia generalização no bre massa di*s cornos de ouro intime mo-Ia mo-Ia // pura apoiar enunciado* como esie: 'Dois corpot da ouro puro cuias massas individuais tomada* « mim de I lo nio podem ter fundido* para formar um corpo unien; ou, se fusão foi possível, a massa do corpo resullanle terá menor que 100.000 kg', po» as teorias vigentes da Hik* da Quí mica nã excluem a espécie de fusão mencionada nem Impli cam que i um perda de massa massa do valor valor referido. referido. Por tanto, ainda que a generalização // fone verdadeira, lito é. ainda que nenhuma exceção ci viesse a ocorrer, isso cons tituiria mero acidente ou mera coincidência, a julgar pela teo ria corrente permite a ocorrência de exceções a Depende, pois, cm parte das teorias aceitai na época decaao «obre vt um enunciado de forma universal é ou nio considerado conto uma lei. Issu nlo quer dizer que •'generali zações empíricas" — enunciados de forma universal qu estão bem confirmados pela experiência mas que ni se baseiam numa teoria — não sejam classificadas como leis: as leis de Boyle, por exemplo, foram aceitas Galilcu. de Keplcr como tal antes de receberem uma justificação teórica. A rc-, Icvineia da teoria e. ante*, a seguinte: um enunciado forma univcrtal, quer esteja confirmado empiricumente, quer nio te nha sido ainda submetido u unia verificação, será classificado

78

FllOSOFl»

ClfííClA NATUBAL

como lei te for implicado por ama teoria aceita (os ._ do deste gênero sã freqüentemente chamados de leu teóricas); mas. ainda que venha a ver bem confirmado pela experiêncü e presumido como verdadeiro de fato. não seri qualificado como uma lei se eicluir certas ocorrências hipotéticas (como fusio de dois blocos de ouro com massa resultante superior a 100 00 quilosramas. ao caso de nossa rencraluaria rencraluaria que uma icoria aceita considera possíveis.

BXFUGAÇAfiS FBOBAtlLlsTKrAS; SEUS H.KDAMIHIO» Nem toda explicação cientifica cst> baseada em leis de forma estritamente universal Por exemplo, pode-se explicar que Paulinho esleja co sarampo dizendo que ele apanhou a tivera, gravemente, doença de qu dias antes. Ainda uma um a vez, o que se faz ç hgar evento exptmandum uma ocorrência anterior, a oposição de Paulinho ao urampo; diz-se que esta fornece um explicação porque existe um conexio cnire ficar perto de um doente sarampo e apanhar a doença Entictanto. essa eoocaao nio pode ser ex pressa por uma lei de forma universal, po nem todo caso de produz conta contagi gio. o. Tu do quanto se pode cxposíçlo «o sarampo produz diicr f que as pessoas expostas ao sarampo contrairão doen com alia probabilidade, at é. numa alta percenlaeem examinare iodos os casos. Enunciados gerais deste tipo, mos daqui pouco m*is de perto, serio chamados de ptohabiturtna forma probabiUstica ou. abreviadamente. No nosso exemplo, enfio, o exptMOW coosuie na prohabilistica que acabamos de mencionar e no enunciado de qu Paulinho esteve cxposiu ao sarampo contrário do que acontece na explicação dcdttl| • O u n i n p i da apanharem acene»

Paulinho t>l» t>l»v» v» tlpuM tlpuMO O *° MunipO Paulinho apanhou t a i u n t f

II

altamente píi>v»vel|

CiHtumcira jprclCAIaÇao de um argumento dedutivo, qu usamos no esquema D-N) visto antcriormcnCe. a coníluUo fica «eparada dai premíiiai p evento dado explicado pela referencia a outroi. com qu.ni rvcntn •> pUmimdiim fita ligado por leii Uai num caio le forma univei*al; no outro, de foi a probabiliaiiça F «quanto uma explicação dedutiva mostra que pela informarão contida no explanam rxpianaiulum deve wr esperado com "certeza dedutiva", uma ciplit*,'âi) indutiva mostra apertai pela informação cMtlida no explanam explananJum deve »er ciperado com alta probabilidade, e talvez com "certeza pratica"; desta maneira í que o último aigumenio satisfaz ao requinto de relevância ciplanatoria. PaOBABItmADES ESTATÍSTICAS E LEISPROBABILfSIlCAS Devemos agora considerar mi de perto m doli iraçoa característicos da explicação prObabilistica que acabamos de anotar: as kit probabilisticas que ela invoca c o gênero peculiar de implicação probabilistica que liga o explanam explana"-

FHOSOFIA D* CIêNCIA NATUBAL

Supotüiarnos que vr façam sucessivas extrações numa urna contendo várias bolas de momo umiaho de mesma massa., mas não acrcss^namcntc ««ma coe. Em cada extração rclíra-s; somente orna bola e anota-se sua cor. Recoloca-se ca tecida a bola aa orna. -cujo conteúdo c completamente matutado aMcs da sova extração. Tem~«c assim um exemplo -z picccsao fonuilo ou 4e experimento fortuito. conceito que em breve caracterizaremos com mais poemenores. Nos nos re ferimos ao procedimento que acabamr» de descrever como experimento a cada extração como ama ciecução de ã cor da boto retirada ooio rcsuhado da execução Sc são brancas iodas as bolas da urna, então c verdadeiro um enunciado de forma estritamente umvcrsal sobre os resul tados produzidos pela execução de toda extração da urna produz um boto branca simplesmente, produz o resultado Se sorucnle 600 das 1000 botas contidas na urna são bran um enunciado geral de forma cas, então verdadeiro sobre probatoiktijca probarxkdade para uma execução pro duzir um boto branca, ou letuludo 0.6: em limbolou st

MUt

o>

Analogamente, pfobabddadf de obler cara como rciullado do experimento fortuKo *# de atirar uma moeda sem defeito* dada por ft

HCMÍ

c a probabilidade de obter um és como resultado do experi mento lortuito de lançar ura dado refutar í HAJU

:.:nfcam emUmmmoal Dt HONn C00I MM oumiio naiio di* ulgada. chamada vezes de concepção "clás teria que ser inter sica" da tvobabutdade, o enunciado pretado da sepunte maneira, cada execução de efetua uma escolha de uma entre 100» possibilidades básicas, ou alterna tivas básicas, individualmcMc representadas pelas bolai na urna: dessas possíveis escomas. 600 são "favoráveis" ao resultado probabüidad.- de tirar uma bola branca simplesmente o Q-:

I-EIS | StU PAftl. NA EX EXU. U.II II

v

Kl

quoclcnte entre numero de escolha* l.ivn-.,.,.. disponíveis número de ioda* «colhas possíveis, íslo é, 600 /100 0. in1CfpICln iMwiifl. de f>) c) seria unàloga. Mas esu cafacicrii.ic.ao inadequada; se antes de cad.i extração as 600 bolas branca» estivessem colocadas abaixo das 400 restantes — nova especie de experimento com a urna qu chamaremos — quocicntc entre us alternativas bátkas favo ráveis c possíveis continuaria o mesmo, mm a probabilidade tirar um bola branca wn menor que onde houve mistura completa das bolas antes cada extração. A con cepção clássica leva m conta esta dificuldade exigindo que as illlcrnaiitjit básicas, mencionadas na sua definição de pro babilidade, sejam "cqUipotsivcji" ou "cqul prováveis" _ exi gência presumivelmente violada no caso do experimento Esta, cláusula adicional levanta a questão de como definir cqllipossibilidade ou eqüiprobabilidade. Ouestão prnosa con trovertida, passaremos por cinta dela porque — míífflo admi tindo que a cqiliprobabilidade tivesse Vido satisfatoriamente caractcnx»da - • concepção clássica ainda assim seria Inade quada, puis SC atribuem lambím probabilidades a resultados de capcrimcnlul foituito» para o* quais nau se conhece maneira plausível de assinalar alternativas básicas cqulpruvAvcli. Por exemplo, pura o oxpírimcnlo ftutuito /> de lançar um dado regular, as tela face» podem ser consideradas como represen tativas das alternativas cquiprováveis; mas atribuímos probabi lidades resultados como tair um um mlrncro Impar de pontos etc. lambem no caso de um dado carregado, mesmo poder indicar quais resultados básicos seriam eqliipiováveii. Tara chegarmos a uma interpretação mais satisfatória dos nowvs enunciados prohubiliitK-os, consideremos como se pode ria avaliar a probabilidade de sair um ás com dado que se sabe não ser regular. Obviamente poderíamos consegui-lo fazen um grande número lançamentos e achando a freqütneia relativa, Isio a proporção dos casos em que o ás ficou para cima. %c, por exemplo, o experimento D' de lançar o dado c realizado 300 u - / , - e o ás fica para cima em 62 casos, então freqüência relativa 62/300 seria considerada como um valor aproximado da probabilidade pf.1.I>') obter um ás com o dad dado. o. Procedimentos Procedime ntos análogos análogos poderiam pode riam ser ser usados usados para es timar probabilidades associadas com o lançamento de uma moeda, rotação um roleia etc. !>:• modo semelhante, as

I I O V í I I A DA CiÍNt I A N A T U R A L

a*»o."iadai com a desintegração radioativa, com

as transicòei cnnc diferentes estados de energia atômica, com processo* genético» cK'. > i mi nada nada pela avcrifiiaciio das ÍVcqücncia* relativas corrcipondcntc»; entretanto, é muitai vc/c* feito por iticioi altamente indireto» c nlo pela contagem eventos atômico» individuaii ou evento» individual da» ou tra* cípctlc» relevante». Interpretação cm termo» do freqüência* relativa» apli enunciado* como ca concernente* a resul tado* do lançamento de uma moeda perfeita (isto 6. homogínca rigorosamente cilíndrica) ou do lançamento de um iludo re gulai (hoitiouCno) > iiíiifcwaiiiriilü i t i h i u i ) : i\\w iiilvioti.i ao cientista (ou ao jogador, nesio cato) act act fa/.-r fa/. -r um anunciado anunci ado relativa com r«ulpode ler operado numa longa terie de rcpellçoc» tte certo experimento forluito A contagem alternativa» I» que, dentre ela*, "favoráveis" sica* "cqülprnvávcli" c R. pode Kr considerada como um recurso heurístico paro adivi nhar a relativa de K. P. na verdade, dado ou uma moedn regular lançados um grande mimem diliiiiiir* uUH tcntlum u ficar pjrn cima com dr v c / t t , tonai frcqiieinii podenu >er onerado pu conildcraçoei limelria. du gênero freqüentemente unido na foimiçttn da» for hipótese» fiiica-, put» nono conhecimento empírico nece railo alguma para se ciperar que qualquer umA tia» fa ce» favorecida que outra*. Tai* cillmuitai ve/.ci úteis heuriiticainente, nlo devem itveimni: madai como certa* mi como vcrdndci evldcntei plausíveis, como a do principio de suposições de ilnu il nutr trla la piiidJtlc. foram refutada* pula experiência nível lubaiAmko, sobre portanto do» dado» empírico* tobre ai rcai* freicita» corrcçuo quencias relativa» do fenômeno cm questão. Este ponto fica ilustrado também pelai leiMia* estatísticas dos gases docnvolvldai po Iluw EinMcln e por 1'crmi c Dirae. respectivamente, »e apoiam sobre a eoiilprobahilidade da» dutrlbuK'oc» de particulai espaço dai /asei. probabilidade* especificada» na lei» probabílisiicai rc sintam portanto freqüência* relativas. Entretanto, ná definidas como relativas numa dem, a rigor. longa serie de repeliçòcs do experimento foituito relevante. Poi» a proporção, di«amm. doi atei obtido» pelo lançamento

U l S B SE

PWEL NA EXPLICAÇÃO

de

cotio d a d o m u d a r * , ainda que m u i t o p o u c o , à medida p r o l o n g a u sírlc de lançamento» c mesmo duas séries que tem cxniaincnlc a m e s m a e x t e n s ã o o n ú m e r o d e u c * comumenlc d i f e r e n t e . A c h a - s e e n t r e t a n t o q u e , medida .-I.I cresce o número de lançamento», a freqüência n l a t l ' i u m d o » d i f e r e n t e » re r e » u lltt a do do » t e n d e a m u d r c a d a v e z r o e n o s , ainda que o* resultado» do» sucessivos lançamentos continuem vanar de maneira irregular c praticamente ImprcdfzívcJ. Esta em geral a característica de u m e x p e r i m e n t o fortuilo resultado» Ri, Ri Rn', exccuçòc* sucessivas de ' díi ou outro des»c» rc»ultadi» de u m a m a n e i r a i i . g u l . i i , freqüência relativa do» resultados tende a se t o r n a r cstàvd qua ndo o : r o de de e xe x e c uuçç õe õe s a u m e n t a . E a s p r o b a b i l i d a d e » dos resultado» p(R,,Fl, p(Rt.F). p(R..F) podem *er considerada» como valore» ideais que as freqüenn*» reais t e n  li assumir ã medida que t o r n a m c a d a vez mai» estivei». conveniência matemática, as probabilidades são definidas iis vezes como o» limites matemilicos p a r a quais convergem as freqüências relaiiva» q u a n d o o númcio de exccuçôe» a u m e n t a inderinida mc nlc. as definição ccitos defeitos concept u a l l c, cm estudo» matemático» mail recentes tobre o a u u n t o . o conteúdo empírico almejado para o conceito de probabilidade d e l i b e r a d a m e n t e , c p o r boa» razoe*, caracter i n d o d e m o d o chamada interpretação estatística da m a i l v a g o p o r meio

probahilidadf

enunciado

significa que numa longa serie de execuções d o e x p e r i m e n t o fortuílo q u a * e « r i o q u e a proporção ca»o» com resul tado c o n c e i t o d e probabitidad* esta seja p r ó x i m a d e .1 tística assim caracterizado deve ser cuidadosamente disúnguido d o c o n c e i t o de probabilidade lógica ou indutiva, que conside ramos o ca pit ulo 4. A prob abilidad e lógica c uma relação lógica entre enurttiados precisos; a Wntença

tiH.K) = - . - i * « r - «i I! N i » l iNImiii «(i l> tl*«t, .) /v.,*.(.tl,M'O ctH.Jit -t eíHuK) ciH, «i H..KÍ ;(*,

A probabilidade um resultado que ocCte necessa riamente cm todos os casos — tal como — í a probabilidade, com qualquer evidencia, um pipótese qu ncslc nctcssaiijroente) verdadeira, tal como // u nao é ou

ou nio

A, Fl

As hipóteses cientificas que tini a forma de enunciados de probabilidade estatística podem ser. e o sao. verificadas cucdtt; e. falando

bilidades hipotéticas e

e*e-

linhas gerais, a confirmação dei** íreqúcnciaí observadas.

lópca

« f

P*riL

ExrLiCAçAo

85

verificações, entretanto, apresenta problemas e»peciai* que pedem um rume, ainda que breve. Comidcremo» a hipótese. probabilidade de de qu lançar um ás com um certo dado seja 0.15; cm notação conciu p)A.D) p) A.D) 0.15. onde é o experimento focluito de lançar o dado em questão hipowie nio implica dedu tivamente quantoi ases sairão numa série íinita lançamento». Nfto implica, por exemplo, que exatamente cm 75 dos primeiro* lançamentos sairá », nem meuno que o numero de «e/e» cm qu sairá um esteja compreendido, dlgamoi, entre proporção do» ases r:alm?nte obtida 100. 1-ogo. ic num grande numero de lançamento* diferir Cons Consid ider eráv ável el m de 0.15, Uso nio refuta // no sentido em que uma hipótese de forma estritamente universal, como "Todo* ciines sfto brancos", pode ser refutada por um to contia-cicmplo. como o de um cisne preto, em virlude do argumento modm tolltns. Analogamente, se numa longa serie de lançamentos proporção 0.15, isso S apar aparece ece d» (ato muito prosima n sentido em que uma hipótese f,,a confirmada confirma pela descoberta de que uma sentença /, logicamente implicada poi ela. e d falo verdadeira. Pu». Miie ülluihi u s o , hlrWiir-uj MtVtn / implicaçlo lógica e o resultado da verificação < confirniatorio no sentido de mostiar que uma cerla parta do que a hipótese usicvcia de falo verdadeita Mas nada de estritamente joihign fica mostrado para // por medidas do fr« quéncia confirmatorias, pois II nlo assevera por implicação qu a freqüência do ases numa longa serie de lançamcnlo» seta certamente muito próxima de 0.15. Mas embora // nao impeça logicamente que a proporção dos ases obtido» numa longa serie de lançamento» posta a f i l  0,15, certamente implica logicamente iar-»* grandemente, qu cases afastamentos sejam altamente improváveis icnlido «latistico, isto é, que se repetirmos um grande número de veie» eipenmcnto de executar uma longa tíric de lançamen tos (digamos, 1000 deles por série), então somente dimi nuta proporção dessas longa» series produzir* um proporção de ase» qu difere consideravelmente de 0,15. Admite-se habitualmente que o» resultados de »uces»ivot lançamentos um mesmo dado »cjam "estatisticamente inde pendente»", isto i, gr-oiro modo. que a probabilidade de obter um as num lançamento nlo dependa do resultado do lançamen to precedente. A analise matemática mostra que, juntamente

FILOS FILOSOFI OFIA A

A

IêN IA N ATURAL ATURAL

cora suposição de ndepeodcKU. nos» hipótese deter mina dedutivamente a probabilidade estatística para qo a pro porção dos ases obtidos em lançamentos nã difira de 0,15 além de uma quantidade determinada. determinada. Por exemplo, 0.976 a probabilidade para aae, suma serie de 1000 lançamentos, a proporção dos ases obtidos fique cnüx 0.125 e 0,175; c c 0.995 probabilidade para que. rm 10000 lançamentos, a proporção dos ases fique entre 0.14 c 0,16. Pode-se dizer catão que, tendo verdadeira, praticamente certo que numa longa serie de execuções a propo pro porção rção dos ases ases diferirá diferirá muito muito pouc po uc da probabilidade hipotética 0.15. Logo, se a freqüência obser vada de um multado nana longa serie não estiver próxima probabilidade a ela atribuída por ama hipótese probabilbtlca, probabil btlca, então é muito provável çue hipótese seja fa sa. sa. este este caso, a freqüência observada coma como uma dcsconfirmaçlo da hipótese ou como redução de soa credibilidade; e se for achada uma evidência descoafinnadora suficientemente forte, a hipótese seiá considerada como praticamente refutada, embora não logica mente, e terá por isso rejeitada. Analogamente, uma concordlncu estreita entre probabilidade hipotética freqüência obser vada tenderá a confiramu hipótese probabiIJUica c pode levai a tua aceitação aceitação Para qu hipóteses probabülsucas sejam acei tai oa rejeitada* i luz da evidência cstatiüica fornecida pelai freqüências observadas, ai que apelar para normas apropria das que deteiaMaaráo «) quais demos freqüência* obser vadas em relação às probabilidades enunciadas por um hipó tese podem ser considerado* conto rudes para rejeitar a hipótese com que aproximação devem as freqüências observadas concordar com a probabilidade hipotética para que se possa aceitar a hipótese Easas narinas podem ser mais ou menos rígidas rígid as conforme conforme a escolha e serão de uma uma severidade severidade variável •a» geral com o contexto e com os objetivos da pesquisa cm questão- Em linhas geras, a severidade dependerá da impor tância te da. no contexto, á conveniência de evitar duas espécies possíveis de erro: rejeitar a hipótese que esti sendo examinada apesar de ser ela verdadeira e aceitá-la apesar de falsa. A importância deste ponto é particularmente clara quan do a aceitação oa rejeição da hipótese serve de base i ação prática. Por exemplo, exemp lo, se fupecese se refere a provável efi cácia e MgurjTÇ' d; uma sova vacina, decisão wbre sua aceitação terá que levar em conta o grau de concordância dos resultados eflatnôcos com as probabilidades especificadas pela

As I.E1S

Sl;u PAPtl.

EXPLICAÇÃO

87

hipótese, mas lambem quão seria seria a conseqüência de acci1.11 hipótese c agir em conformidade §„ inoculando crianças com a vacina.) quando de falo cia c lalsa ou de rejeilat a hipótese c a^if cm conseqüência (e jf.. destruindo a vacina modificando ou interrompendo o processo de manulaiuto) quando de l.nn a hipótese é verdadeira. Os problemas com plexos que surgem neste contexto formam a matéria da teoria das verificações c decisões estatísticas, que se desenvolveu na décadas recentes baseada na teoria matemática da probabilidade e estatística.* Muitas leis e muitos princípios teóricos importante* Ciências Naturais de caráter probibilUlieo. embora Iftjtftt freqüentemente de forma mais complicada que os simples enun ciados probabilidade probabilidade que discut discutimos. imos. Por exemplo, de acor do com a teoria física corrente, a desintegração radioativa é um fenômeno forluilo cm que os fllomc* de cada elemento radioativo possuem um probabilidade cataclctfstica de dcstntcI ' M I durante um determinado período de tempo. As leis pr babilístkat correspondentes usualmente formulada» como enunciados que dio a "vida média" do elemento referido por eles. A íiiin. ;u leis de qu "víd.i média" do tlidio' 1620 unos c a do polônio'" é 3.03 minutos si|[nificam 1/2 a probabilidade para um átomo de r á d i o ' " dcslnser teurnr-se dentro de 1620 anos c ser de 1/2 a probabilidade para um átomo de polônio dcsinteurar-ic dentro de 3,05 i nutos. De acordo com a interpretação estatística citada ante riormente, Ckiai leis implicam que, um grande número 11 de átomos rádio*" ou polônio existentes a certo instante, praticamente a metade continuará existindo ainda 1620 anos ou 3.03 minutos depois; a outra parte desintegrou-se r a dioa vãmente. Outro exemplo bem conhecido é o as hipó teses feitas em teoria cinética paia explicar várias umformidaes no comportamento do» gases, inclusive as leis de Termo dinâmica: sã'j hipóteses probabilísticas sobre a regularidade es tatística nos movimentos e nos choques das moléculas. Convém finalmente acrescentar algumas observações sobre noção de lei prob ablllstica. Poderia parecer parecer que iodas ai leu ciciiiifuai dcvciicni tu clísiilícadai conto prubiíbiliMicu, de vez A Soorc iiumio. » D. II Hoini Yí.t» John W*,, SM,. |. 1WÍJ.

*8

FILOSOFIA

CIêNCIA NATURAL

evidencia de apoio achada para elas c sempre a de um conjunto de descobertas e verificações finita c logi lo gica ca ente en te conclusivo-, que lhes pode conferir somente uma probabilidade mais ou menos alta, Ma« esie argumento esquece que a dis tinção entre leis forma universal c leis de forma probabdísfica não se refere à força do suporte evidenciai para os dois lipos de enunciado, mas ã forma deles, que reflete o caráter lógico do que eles afirmam. lei de forma universal é essencialmente uma afirmação de que em todo* os casos onde são realizadas condições da espécie F. realizam-se também con dições da espécie G; uma ki de forma probabilistica assevera, essencialmente, que sob certas condições, qu constituem execução de um experimento fottuito uma certa espécie resultado ocorrerá numa determinada peretntagem dos casos. Verdadeiros ou nio. bem amparados ou mal amparados, esses dois tipos de afirmação diferem quanto ao caráter lógico e e sobre essa diferença que baseia a nossa distinção. Com» foi vista antes, unia lei de form UltWl *SM|n que * então (! nã é modo algum o equivalente abreviado um relatório onde se rejfistrou » associação de uma ocorrên a de C a cada ocorrência ate então exam examin inad adaa Pol contem também assereões sobre iodos os casos nio examinadas passados, presentes e futuros; e implica, ainda, condicio nais contrafatuais e hipotéticos sobre, por assim dizer, "pos síveis ocorrências ****: justamente essa característica que dá a essas leis leis o seu poder wplan w planatório atório . E o mesmo mesmo pode dizer das leis tle forma prubabilística. A lei que se desintegração radioativa do um processo forluito com uma vida média associada de 1620 anos não eqüivale eviden temente a um relatório sobre aí taxas de desiategraçâo fora foram m observadas em certas amostras am ostras de rádio™. Ela refe re-se ao processo de desintegração de qualquer corpo de rá di»-**. passado, presente ou futuro; e implica condicionais subjunitvos c contrafatuais como. por exemplo: dois corpos d; rádio forem combinados num só, as taxas de desintegração permanecerão as mesmas como se os dois corpos se manti vessem separados. Aqui também esta é a característica que ás Ira orooabüisdcas tua forca preditiva çsoliaatórJa.

S

H--

»E

PAPÍL

NA

EXPLICAÇÃO

KS

O CARÁTER INI>t"IVO DA FXPMCAlAO PBOBAliLlSTKA tipo* t i m p l c * de explicação probabtlluica o que i limi tado pelo pelo noivo noivo e x e m p l o d o aarampo de Pauli nho. A formn (tcral dciic a r g u m e n t o cxplanatório pode ver enunciada do icjtuinlc m o d o :

• ]ii>rr meio me io de leis enunciadjis tcimos desses obtcivávcis. nossos esforços teriam um sucesso bem limitado. Pois ai leis qu sfto formuladas ao nível dq ubscrvuç.1o acabam por valer de um modo apenas upioxlmado c dentro de certos limi tes; recorrendo entretanto teoricamente a entidades e eventos subjacentes a superfície que noa familiar, podemos chegar a uma exposição muito mais compreensiva multo mais exala. Poder-sc-ia mesmo por em dúvida que sejam concebiveis muodos mais simples onde Iodos oi fenômenos estivessem por assim dizer na superfície observável, onde ocorressem talvez apenas mudanças do cor c de figuia. dentro de uma estreita faixa ae possibilidade! e estritamente de acordo com algumas leis sim ples de foima universal. "STATUS" DAS ENTIDADES TEÓRICAS

Seja como for, foi descendo abaixo do nível dos fenômenos empíricos familiares que as Ciências Naturais conseguiram che gar às suas concepções mais profundas c maior alcance; não é pois surpreender que alguns pensadores considerem as es truturas, as forças e os processos subjacentes, postulados pelas teorias estabelecidas, como os únicos constituintes riais do uni verso. Esta é a opinião de Eddington na provocante introdução

TEORIAS E

V P I . I T ..... T E ó R I C A

hvro Naiurt oi lh Physical World. Ed&ngtoa começa dizendo aos leitores que, ao sentar-sc para escrever.

Uma delas rac * familiar dride infância... Tean exseav lio, í relativamente permanente, í colorida c. lobretuda. o." . A a minha mesa cicalificaM *aii *aiioo ciiâo ciiâo numerout numerout cargas elétr-cai movendo-tt coa btLcsnma porte do tamanho da prOpiia mesa. (Enltfjato) ••poeta o papel em que e«icvo lio latitiaioriamentc «ntv lo •***> I: pois quando coloco a folha «obre esta, aá •ama sucessão veriigtaoia dt choquei dai pariiculaa elétrica* cocara o verto, de modo que papel fica pialicameMe DUD tido ao meimo nível como M fora um* pétrea Tudo

cbvcaa* eK em ubee te o papel etta equilibrado como toexe um eniamc moteas ... ou te e*tS ami porque «liste uma lubilãncia embaiio dele. tendo é+è* intrínseca da uma tubatlncia a de ocupar de outra aubuancia flo flo preetto preetto dia» rna, eipmínc.ai. convenceu me que a minha única qu realmente eati ali . •MM. a cientifica. Nata fracM» acrescentai que a 1iuca moderna Mf*ira «tconjuiar peimena meia cilianbo de na tureta tu reta exteeioi, de i matei» mentaii mentaii e de aianco — que permanece visível ao* meut olho» e t*aa)>«l tato. Mas essa concepção, por mais persuasiva que seja a ssst fenômeno não é su apresentação, insustentável. Eiplicar primi-lo. ão í objelivo nem o efeito das explicações teóricas mostrai que as coisas c os acontecimentos familiares à expcraêQcia quotidiana nao estão "realm ente ali". A teoria cirtétsca muda a pressão, que se difundem através paredes porosas com velocidades características cie. e que "realmente" são ape nas enxames de moléculas a zumbirem em movimentos caóticos. Ao contrario, a teoria admite sem discussão que existem esses acontecimentos uniformidades macroscópicas e procura expucilo cm lermos de microestrutura dos gases e dos microprooesI A.

t » i f . f* \ = - t et

hau.

l*iniii4o U OaColac (JUVIIUí]

FliyiKtí WvU INOvi T«t-

102 102

FILO SO FIA DA CIèíCCIA N A T C I A L

que estão envolvidos nas toas transformações. Qu os acrofenornenos estão pressupostos pela teoria c que se vê cla ramente na referência espocita que os seus princípios trans posição fazem a catacterisòcas macroscópicas — como a pres são, o volume, a temperatura, a velocidade de difusão — que estão associadas com ntacroobjctivos c macroprocessos. macroprocessos. mesmo modo , a teori atômica da matéria não nega que a mesa c um objeto substancia!. sólido c duro. discute essas coisas c procura mostrar em virtude que aspectos dos microprocestos subjacentes a mesa eaibe aquelas características macroscó picas Ao faze-lo. a teoria pode. evidentemente, revelar serem enganos certas ooçoes particulares que poderíamos ter mantido sobre a natureza de um corpo gasoso ou de um objeto sólido, como por exemplo a noção de serem esses corpos físicos per feitamente homogêneo», por menor que seja a parte considerada, mas, ao corrigir concepções fal falsas sas co o esta, esta, est estamos amos longe longe miliares nio estejam 'realmente a l i " Alguns cientistas e alguns filósofos da ciência silo de opi nião diametralmeaic oposta • esta que acabamos considerar. I ú ú H H gera*, efcs segam a existência de "entidades toórie»s" ou acham que as hipóteses leóncas sobre elos lio ficçfle* samente inventadas, que permitem uma concepção for conveme «emente descritiva c preditiva dai te simples e conveme«emente coisas e dos acontecimento* obscrvávcri. Esta opinião foi sus tentada óe varias raaneiras c com razões bem diversas. tipo de coasaáeracio que influenciou os recente* **tudo» filosóficos sobre a questão pode ser resumido da sejuintc maneira: para que uma teoria tenha uma significação clara, novos conceitos teóricos usados na sua formulação devem ser clara e objetivamente def.nidos em lermos conceitos já dis poníveis comprtMaAdof- Mas, via de regra, tais definições plenas nio são fornecidas aa habitual formulação um teo ria e um exame lógico mais cerrado da maneira pela quat oi novos conceitos são ligados ao já disponíveis sugere que essas definições possam ser de fato inatingíveis. Mas, contínua o ar gumento, uma teoria expressa em termos de conceitos tão ina dequadamente caracterizados deve, por sua vez, carecer de uma signJicação plenamente definida: seus p-rinciplos. que pretendem pretendem tohmmente enunciados precisos; não são verdadeiros nem fal sos; quando muito formam uma conveniente e efetiva apare-

TEOMIAS E

EXPLICAçãO TEóKICA

103

Ihagem simbólica para inferir certos fenômenos empíricos (co nto o aparecimento de raias características num espectrógrafo convenientemente colocado) a pariir de outros (como a passa m de u m descar descarga ga elétrica através do gás hidrogênio). No próximo capitulo examinaremos melhor como se dcteimina o significado de um ter o cientí científi fico. co. Por ora. notemos notemos apenas que a exigência de uma definição plena demasiado se vera. Ê possível possível tomar tom ar claro e preciso preciso uso de conceito do qual não se um definição plena, ms somente somente uma um a determi determi nação parcial parc ial do seu seu signifi significado. cado. Por exemplo, a caracterização do conceito de temperatura pelai leituras de um termômetro de mercúrio fornece uma definição gcial temperaturai nada diz sobre uma temperatura abaixo do ponto de solidificação ou acima do> ponto de ebulição do mercúrio ontudo, ontudo, dentro desses limites, o conceito pode ser usado de maneira precisa e objetiva. objetiva. E pode MI aplicado além destes limites pela especifi cação de outros métodos para medir temperaturas. Outro exemplo < dado pelo principio de que massa de um corpo e inversamente proporcional à aceleração comunicada pela forca aplic aplicada ada.. N io define assim o significado pleno da massa de um corpo, rrias consegue-se uma caracterização parcial que per mite a verificação de certoa enunciado* onde aparece o conoriio de ma*». Analogamente, em qualquer scoria. os princi tiansposiçao fornecem pio* fornecem critérios critérios para o uso dos do s termos termos teóricos cm termos de conceitos já compreendidos. com preendidos. Portanto, Portan to, ausência de definições plenas dificilmente poderá justificar a coacepção de que os termos teóricos r os princípios teóricos que os contêm sejam meramente dispositivos de computação simbólka Um segundo argumento contra existência d; cntidadcii teóricas difeíc bastante do primeiro. OuikjinT conjunto fatos empíricos, por mais rico e va riado que seja. pode cm principio ser subsumido em leis ou teo rias uito difer diferente entes. s. Por exemplo, exem plo, podemos uair por curvas muito diferentes, como vimos, os pontos representativos, num gráfico, dos pares de valores simultaneamente determinados pela experiência de duas variáveis físicas; cada uaia dessas cur vas representa lei compatível com os pares associados efe tivamente medidos O mesmo se pode dizer sobre as teorias. Mas quando duas teorias alternativas se aplicam aos mesmos fenômenos empíricos — como o faziam as teorias corpuscular ondulatón;i da luz antes dos "experimentos cruciais'* do sé

04

FII-OSOFU DA C I I S C I A NATURAL

culo xix — atam* "existência real" deve ser atribuída tanto ás entidades postuladas por uma como às entidades pos tuladas pela outra; isso implica negar que essas enti dades realmente existam Esie argumento nos obrigaria a dizer quando julgamos ouvir um pássaro cantar que não devemos admitir a existência real do pássaro, pors poderia ser explicado pela hipótese de alguém estar assoviaado como um pássaro. Mas. evidentementç. existem maneiras achai qual das suposições é ver dadeira, se alguma o for. pois além de explicarem o som ou vido, as duas hipóteses (èra outras implicações qiK podemos verificar para sabei se foi "realmente" um pássaro ou uma pesso pessoaa ou alguma alguma outra coisa coisa que produziu produziu o som. som . Analoga Analoga mente, como «itnos. as duas teorias da luz têm implicações adicionais discordantes pelas quais podem ser. e o foram, sub metidas a uma verificação que confirme apenas uma. Vef* dade que a eliminação gradual de algumas das hipóteses ou teorias rivais nunca poderá chegar ao ponto em qu somente um delas fique de nunca poderemos estabelecer ctrirza que uma teoria tesa verdadeira, que as entidades que ela introduz sejam rcaa. as reconhece-lo nio c revelar um falha inerente as coastraçoti teóricos registrar uma ractemtica que permeia wrfo conhecimento empírico. Um terceiro argumento ainda (oi aduzido e, cm resumo, seguinte: A investigação cientifica visa. cm última análise, a um descrição sisiemiiãca c coerente dos "fatos", dos fenô menos que prrcebcrnos pesos nossos sentidos Suai suposições explanatónas deveram, a ngor, referir-se somente a entida des e processos que foascaa pelo menos fatos potenciais, isto potencialmente aoeasftcss aos nossos nossos sentidos. Hipóteses Hipóteses teo rias qu pretendem ir atem do» fenômenos de nossa experiência podem, quando muito, ser uteo artifícios formais, mas não po dem representar aspectos aspectos do undo un do físi físico. co. Foi com com razões deste jaez que o eminente fisico-filósofo Ernst Mach. entre outros, sustentou que a teoria atômica da matéria fornecia um modelo matemático para a representação de certos fatos, as qu nenhuma Teaiãdadt" física podia ser atribuída to átomos e às racíecuías. Já observamos, entretanto, que se a ciência se limitasse ao estudo dos fenômenos observáveis, dificilmente Sena capaz de formular leis gerais expsanatórias com a precisão- e o alcan-

As TEORI TEORIAS AS E A EXPLIC AçãO TEóR IC

05

cc do princípio» que se referem a entidades subjacentes mo as moléculas, os átomos c ai partículas partículas subatômicas. E se CSKS pilncíplos 180 verificados confirmados confirmados essencial essencial mente mesmu modo que as hipóteses referentes a coisas e eventos mais ou menos diretamente observáveis ou mcnsurAvci», parece arbitrário rejeitar como fictícias enlidudes postuladas leoricaincnle. Mas, afinal, existe ou na existe uma diferença importan te entre os dois níveis? Suponhamos que se queira explicar o com com porta porta inento de uma "caixa preta", que responde diferen tes "entradas" com "saídas" especificas c complexas. Podería os -IVIIHJI ma hipótese sobre csirulura interna da caixa — talvez um mecanismo com rodas, engrenagens c catracas, talvez um circuito com bobinas, válvulas c pilhas. pilhas. A hipótese hipótese poderia str verificada variando os "entradas" e conferindo as correspondentes "saldas"; ouvirão os ruídos produzidos pela caixa etc. Mus se as componentes da estrutura imaginada fo rem rem iodas macroscópicas macroscópicas e, em principio, principio, acessíveis acessíveis A observa ção. rcsUiá aempre a possibilidade de ubrlr a caixa c verificar a hipótese por inspeção direta. Essu inspeçlo dircu t qu nlo c possível quando a caixa 1 relaçio "entrada""aalda" u obtervadu mire as variações de pressão e a* corres pondente» mudanças de volume sob temperatura constante e explicada pelo comportamento de micromecanismos mole culares. verdade porem qu a distinção seja ti clara c con vincente como parece, pois a classe de observáveis a que se refere refere não é delimitada delimitada de maneira precisa Presumivelment Presumivelment ela deveria Incluir todas at coitas, todas as propriedades c to dos os processos cuja presença ou ocorrência pudesse ser constatada po observadores humanos normais "imediatamen te", sem a mediação de instrumentos especiais ou de hipóteses e teorias interprelalivas. rodas, as engrenagens as ca tracas do nosso exemplo pertencem certamente a essa classe, assim como os seus movimentos solidários. solidários. Observáveis lam lam bem neste sentido sa os fioa c as chaves do nosso outro exem plo. Mu* surgirum dúvidas quanto A classificação de coisas como com o as válvula válvulas. s. Inegavelmente Inegavelmente um válvula e um objeto físico que pode ser "diictamenic" percebido; mas quando nos referimos uma válvula {como poderíamos te feito na expli cação da comportamento da caixa preta) estamos pensando

106

FILOSOFIA DA G è N C I A N A T U R A L

objeto que tem uma estrutura física característica; pode os perguntar então se uma válvula observável neste senti a propriedade de ser uma válvula é contestável pela do servação imediata. Sabemos que o é. pois a propriedade ser uma válvula, Funcionar convenientemente como w admitiu na hipótese sobre a caixa preta, só pode ser verificada pelo uso de insiiuinentos cujas leituras para serem significati vas pressupõem leis e princípios teóricos da r-ísKa. para caracterizarmos um objeto como uma válvula temos que ir alem do reino dos observáveis, o exemplo da caixa preta per de sua força. reslo, o argumento poderia prosseguir numa direção diferente. Quando dizemos que um fio no interior da caixa preta um observável, ccnamcnle não queremos dizer qu um fio fino tramioimou-sc numa entidade fictícia porque a vista cansada nos obriga a u*ar ócu os para vi -l . Mas entào seria arbitrário classificar como fictícios objetos, como um fio capilar ou um partícula de que só são visíveis ao olho humano munido uma lente. pela morna raiio leremos que admitir existência de objcios que só podem ser obser vados com auxílio de um microscópio, logo depois do ob jeto» que só podem ser observados por meio de contadores Gciger, câmaras de bolha, microscópios eletrônicos c outros ins trumentos. Há assim uma transição gradual entre os objcios macros cópicos da experiência quotidiana e as bactérias, os vírus, as moléculas, os átomos as partículas subatômicas; qualquer linha traçada para djvidi-los em objetos físicos reais e enti dades fictícias seria inteiramente arbitrária.' EXPLI CA ç ãO

"REDUçãO AO FAMíLIA*"

Diz-se às vezes que as explicações científicas efetuam a redução de um fenômeno enigmático, scnâo estranho, a fatos princípios princípios com que já es amo amoss familiarizados. Se Sem m dúvida, esia Nona dnnuto da M-tfui d» «wididn MOrim llmliou-t* » COMidctutia ítrunii MMBM MMCM impara*"** Um cuudo iu» o—ipkm tomo retnínciai 1 liKtMMi* idiiunil. e*caKii-w no> i«f». S pinttrinii. '. Nivrl. !'• Scníiuti o) Stimtr Ot*fi obn wliMlinlt mtt I I I I I » J. I. C. Sn*H. pAdOw^t/ tud Surml/tr MrMsm •M M »Hllir F m i . I*MI. Rcuikó» i*d K «çlicaçõc» da teoria da relatividade referentes à relatividade do comprimento, da massa, da duração temporal e da Bmultaneiclade; c o que acootcccu também cona o priaoP » A i i e « r t e a em mecânica quãnbca e reoúncia desu envolvem indrriconcep concepção ção estritamente carnal carnal dos processo processo que envolvem dualmente as paxrioilas elementares-

FORMAÇÃO DE

CONCEITOS

v Ao enunciado» científicos sio tipicamente formulados em termo* especiais, (aii como 'ma.ua', 'foiça', 'campo magnético', 'entropia', 'espaço dai fases* etc. Paia ld |>ldoo fiuawlfi t íltlrdll íltl rdllt» t» q roínwf him o> Kld(0|llni.-•-.-< IOIKCCIB «cnplnt ( cnmti.» tdklonin fclior poor *l' 1lt>l'*M"H *M"H wnK «p.L é mais duro que o mineral s' e cm oulras frases qu são i = i u características termos do -•»••—«T detentas (Mi) lodat os aspectos do compor «ar podes de fato eiptl teoria* oe:

ahawtfi dessas uoervões. daro oo no asa dos fcsotscaot bioèopcot reajuer «to irmos da Ftaica da Qséraka. nas de tensos vocabulário bicdõecos qae ado fifarua T f l w w . por eieaiaso. ensaciado ocorre. escre costas, coa«se p - o - Secsado biotteKot neles ccrolas núcleos. er carseteria-

ata* especifica de qu irtafwi se todas os fcnotncsos btotó-

••*!âycts de leis pnadpaos troncos d* tese o pode er enca Fbka e da Oaatca rada cosa© «asa versão asast especifica de caamare-

foiot sJadMf • ceaot como as kit d dade doa coseekot atsts oBCsais* os de ostra asterprctsda respeetrvasseste cosso aesáatWsdsde dos con-

•M oeja

oâs dJttrr as o atecas atecasãtas ãtaso o afi an redoa Fitara 1 Ottssáca oa prefere, os coaccitot prioasaonossia da Jaohpia. u

REDUçãO TEóRICA

13

» biol biológ ógic ico» o» Dir-scl cotio que o neovitaUsmo afirma autonomia c suplementa, casa tcie com a doutiina dai forc.it v i u n . Vamos Vamos agora considerar considerar » lese leses s roecan roe canici icisla slas s mais pofmenoriiadamente. Rrou^Ao txM T U * » A lese Mi", sobre a defmibilidade doa termo* biológico». n*o pretende, pretende, claro, cla ro, afirmar a possib possibilida ilidade de de atribuir «igntfiít ko-q -qul ul mico micos s ao« ao« tcrm tc rmoi oi biológico biológicos s por definições definições citic*doa ítko 1'ulitivj» arburariat. Admite tem discussío discussío i|uc ,n termos no mcabuliiio da Biologia tenham tigmfkadot tccnKoa dcfinidot, •na» pretende que, num tentido que devcmoi tentar esclarecer, a significação significaçã o del dele» e» posta posta ter ter «dequadanKnle «dequadanKnle expres expressa sa com au xi io e conceit conceito» o» da Hstea e da Química. que que a M afirafir-in.1 t dei .11!.i". .1 [vmiluliJ.nli .1 wrem il 1 I cnUvM" doa conecitoa biológico» cm termo* de Fliica e de Iruimica. conforme a cUuificaçlo da» definições que apresen tamos cm linhai gciai» no capítulo 7. 7. Or Ora. a. no cato. citai de fini finiçO çOe» e» datcril datc riliva iva» » dificilme difi cilmente nte poderiam er analítica». analítica». Una obviamente (alio pretender que para t^da termo htológteo — por exemplo, 'ovo de galinha', 'rctina'. 'miloae'. 'vírus', 'hormônio' - u uma uma ex ress ressão ão cm term term s fltk fl tko-q o-qul ulmk mko» o» qiM lenha o metmo sigmficado, no sentido cm que 'criança' tem mesmo significado que. nu 4 sinônimo de. 'menino ou nina' Seria metmo diftcil indicar um to termo biológko para o qual se se e dar um sinônimo físico-qu físi co-químic ímico, o, e u absur absur do atribuir ao mccaniclsmo tal interpretação de sua sua lese. Ma» Umi definição dciculivj lambem pode Kl tniiipirnHlula num sentido menos « m i o . m que o Minam nao precisa Ut mesmo lignifkado, ou intenção, que o dtUnandum. nua so mente a mesma extensão, ou aplicação. Wniens então peçifici condições que lio, de fato. satisfeitas por lodo* o* caso», « lomaotc por eles, aos quais se aplica o dtUntendum. Um txcfltplo tradiciooal < definição 'homem' como 'bipede impl im plume ume';'; n o era era que a palavra palavra 'homem 'ho mem'' tenha tenha o tignifícado que a expressão 'bipede implume'. mas apenas que tem a mesma extensão, que termo 'homem' se aplica a Iodas «a coisas que são bipede» Implumcs e somente a c i t a i , ou que ser um bipede implume c condição ncceuaiia c suficiente pari

Fuosoru DA CrfNOA SATURAI ser uni homem. Podíi» rcíerii-oos a enunciados deste gênero como drflrãç&et em rxJmsõo podemos esquemarizá-los P» forma.



ttm w oKTdo j i S* desie tipo as definições a que um recorrer para àatstnr e apoiar sua lese. Exprime* rrmjíçpf físico qausuúcai •eccsuirâs ssafjoeate» para a ipncabiudadc resultados de pesquisa* termo» biológicos c são porUato biofísicas bsoramaakai quase sempre difice» £ qoc « exempüfica pela caracterização de substâncias coano pesuc*coksterol cm ternos de esüluiiU Una. a tesaosterona e moleculares — uma tacanha qu Derrote "defatãr" oc termos biológico* mcd:aole knsos panMMt ipafinj ia tais finições não pretendem expressar os significados dos termos Uoló Uo lópc pcos os O significado significado origM origMal al da palavra 'acaualma'. eieropl eieroplo. o. qae ser istdkado caracterizando a peaàáswa peaàáswa mo Btu sabstancia bartrricida prodárida pelo fungo Pentcdhufn leslosteroea ongiaalmcnle definida conto um nofimatton. monio KiuaJ masculino, produzido pelos testículos, c asai» por diante. A caracterização deasas snbailncias peU estrutu/a molecular alcançada aao por analise do signuVado. mas analise qolnuca; o wiufcaiu coauotui uma descoberta bioquí mica, c ato lógtca ou filosófica, capresao aras rHipirifui po oVKasgatfaa de saaonámu Na realidade, ao accàtarmc* car*clerizac.ões qmunúcaa coano sovas definições doa termo» biológicos, fairmos uma mudança não so de "t '--»'*iT iav tencão, mas lambem extensão Pois os enainos najauirm fiajatifr**^ como [n rTiiisuji critérios operacionais para constatar a presença um deter minado eslad
View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF