Guia Professor Novas Leituras 8
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Guia do Professor
Guia do Professor
Novas Leituras 8 Língua Portuguesa 8.o Ano
Para o Professor • Manual (Edição do Professor) • Guia do Professor • Guiões de Leitura • Planos de Aula • www.novasleituras8.asa.pt • (CD-ROM e online)
Novas Leituras 8 Língua Portuguesa 8.o Ano
Guia do Professor Novas Leituras 8
Para o Aluno • Manual • Caderno de Exercícios • www.novasleituras8.asa.pt • Manual Multimédia (CD-ROM e online)
Alice Amaro
• Anualização do programa* • Planificação anual* • 10 Testes de avaliação* • Grelhas de apoio • Transcrição dos documentos áudio/vídeo • Soluções do Caderno de Exercícios * MATERIAIS DISPONÍVEIS, EM FORMATO EDITÁVEL, EM:
978-888-88-9751-6
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ÍNDICE Introdução ....................................................................................................................... 5 Apresentação do projeto e recursos multimédia ............................................ 7 1. Metas de aprendizagem ...................................................................................... 11 2. Anualização do programa .................................................................................. 21 3. Planificação anual ................................................................................................ 33 Referencial de textos do programa ......................................................................
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4. Testes de avaliação .............................................................................................. 45 Propostas de resolução dos testes de avaliação .................................................
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5. Grelhas de apoio ................................................................................................... 93 Grelha de avaliação da expressão oral/participação oral ....................................
94
Grelha de avaliação atitudes/desempenho global ..............................................
95
Contrato Pedagógico de Leitura ...........................................................................
96
6. Transcrição dos documentos áudio/vídeo ................................................. 97 Transcrição dos documentos áudio/vídeo do manual ..........................................
99
Transcrição dos documentos áudio/vídeo dos testes ........................................
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7. Soluções do Caderno de Exercícios do aluno ........................................... 119
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INTRODUÇÃO Os atuais Programas de Português do Ensino Básico (PPEB) surgem organizados em torno de quatro Competências – Compreensão/Expressão oral, Leitura, Escrita e Conhecimento Explícito da Língua (CEL) –, enumerando os Resultados Esperados e os Descritores de Desempenho que constituem referenciais de progressão programática, indicadores do que o aluno deve ser capaz de fazer até o final de cada um dos ciclos de ensino. O princípio de progressão, que preside aos novos PPEB, bem como a estrutura organizativa que prevê a confluência das diversas competências e a operacionalização das aprendizagens, subjazem, de igual modo, às Metas de Aprendizagem, emanadas do Ministério da Educação, e cuja persecução está implícita. As metas de aprendizagem estruturam-se, assim, em domínios de referência que, por sua vez, se dividem em subdomínios que procuram ir ao encontro dos saberes previstos nos PPEB, numa lógica de continuidade faseada e articulada de aprendizagens por anos de escolaridade. Neste quadro de ensino, o professor tem uma responsabilidade acrescida e um papel determinante na sua prática docente quotidiana, na medida em que é a ele que compete gerir o programa de forma a garantir desempenhos escolares que permitam aos alunos atingir as metas de aprendizagem e desenvolver as competências essenciais, até o final de cada ciclo. Considerando que, embora prevista, a anualização dos conteúdos e dos descritores de desempenho não é delineada nos PPEB, é o professor que, no seio do grupo disciplinar, deve fazer a distribuição dos conteúdos específicos por ano de escolaridade, em função do Projeto Educativo delineado pela sua escola e do perfil dos seus alunos relativamente ao saber e ao saber-fazer, procurando, no entanto, respeitar e gerir a heterogeneidade do público discente com que se depara no processo de ensino e aprendizagem. Por conseguinte, este Guia do Professor pretende dar um contributo na planificação e gestão dos PPEB, assim como procura servir de apoio à prática docente, nomeadamente com propostas de testes e de grelhas de avaliação, que possam libertar o professor para a realização de outras tarefas ligadas à sua profissão e que exigem cada vez mais trabalho e permanência nas escolas, deixando pouco tempo livre para a preparação de materiais pedagógico-didáticos.
A Autora
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Apresentação do projeto O projeto Novas Leituras abarca os seguintes componentes:
Para o Aluno – Manual – Caderno de Exercícios – 20 Manual Multimédia
Para o Professor – Manual (Edição do Professor) – Guia do Professor – Planos de Aula – Guiões de Leitura – CD Áudio _
Manual O Manual encontra-se estruturado em cinco sequências temáticas, com organização semelhante: Sequência 0 – Organizar o estudo Sequência 1 – Textos dos media e instrucionais Sequência 2 – Texto narrativo I – Literatura juvenil Sequência 3 – Texto narrativo II – Autores portugueses, de língua oficial portuguesa e estrangeiros Sequência 4 – Texto dramático Sequência 5 - Texto lírico Esta organização em sequências temáticas respeita e valoriza o princípio de progressão ao apresentar os conteúdos num crescendo de complexidade, desde o texto não literário ao texto paraliterário e literário, possibilitando ao aluno uma perspetiva clara e sistematizada da matéria objeto de ensino e aprendizagem. A Sequência 0 tem por objetivo orientar os métodos e hábitos de estudo dos alunos, fornecendo-lhes técnicas e instrumentos de trabalho que lhes permitam organizar, mas também autoavaliar, o seu processo de aprendizagem ao longo do ano letivo.
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Ao longo de cada Sequência são mobilizados os recursos e os conhecimentos transversais às quatro competências estabelecidas no PPEB: Leitura, Compreensão/Expressão Oral, Escrita e Conhecimento Explícito da Língua. A par do desenvolvimento destas competências, procura-se, ainda, promover a educação para a cidadania – Saber ser e/ou Saber estar –, ao mesmo tempo que se apresenta propostas de trabalho de caráter interdisciplinar – Saber interagir. No final de cada Sequência de aprendizagem, consta uma breve sistematização dos conhecimentos por meio de uma ficha informativa – Para saber – e ainda um Teste formativo dos conteúdos trabalhados até àquele momento. O Manual contempla com um Suporte Gramatical com os conteúdos do CEL previstos para o 8º ano de escolaridade. Do Manual Edição do Professor constam, também, sugestões metodológicas e propostas de resolução das atividades. Esta obra afigura-se, assim, como um instrumento facilitador do trabalho docente, libertando o professor para outras tarefas. O Manual Novas Leituras possibilita um trabalho exequível ao nível dos vários domínios da língua, através de atividades e exercícios essenciais e rigorosos. Apresenta várias tipologias textuais, permitindo ao aluno o contacto com textos de qualidade, entre os quais se destacam as seguintes obras integrais, de autores consagrados e previstos no programa e/ou no PNL: - “A Fuga de Polichinelo” de Gianni Rodari; - “O Homem Trocado” de Luís Fernando Veríssimo; - “In Excelsum” de Mário de Carvalho; - “A Palavra Mágica” de Vergílio Ferreira; - “O Mendigo Sexta-Feira Jogando no Mundial” de Mia Couto; - Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett. Além destes textos presentes na íntegra no manual, também é facultada a abordagem integral, através dos guiões de leitura disponibilizados aos professores, das seguintes obras parcialmente trabalhadas no manual: - Um Fio de Fumo nos Confins do Mar de Alice Vieira; - A Pérola de John Steinbeck; - Os Herdeiros da Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez.
Caderno de Exercícios Caderno de treino das aprendizagens de CEL, disponibilizando propostas de exercícios que abarcam todos os planos do DT. As soluções encontram-se disponíveis no Guia do Professor e em www.novasleituras8.asa.pt.
Guia do Professor Guia prático de apoio à implementação dos PPEB que inclui: – Metas de aprendizagem; – Anualização do programa; – Planificação anual e trimestral (8º ano); – Testes de avaliação (dois testes por sequência do Manual), incluindo oralidade; – Contrato pedagógico de leitura; – Grelhas de observação e grelhas de avaliação por competência; – Transcrições dos documentos áudio e vídeo do Manual e dos testes do Guia do Professor; – Soluções das atividades do Caderno de Exercícios do aluno.
Guiões de leitura Guiões que propõem a leitura integral de três das obras trabalhadas parcialmente no Manual: Um Fio de Fumo nos Confins do Mar de Alice Vieira, A Pérola de John Steinbeck, e Os Herdeiros da Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez. Contém ainda uma ficha de verificação de leitura do texto dramático Falar Verdade a Mentir de Almeida Garrett.
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Planos de Aula 93 planos de aula, pensados para 90 minutos, que abarcam todos os conteúdos trabalhados no Manual e que promovem a articulação entre todos os recursos do projeto Novas Leituras. De forma a constituírem uma base de trabalho útil, que o professor poderá ajustar ao perfil de cada uma das suas turmas, todos os planos encontram-se disponíveis, em formato editável, em .
CD Áudio Reforço do trabalho da componente oral, com vocalização de alguns textos do Manual bem como com recursos áudio de apoio a atividades. Inclui booklet com transcrições áudio.
O possibilita a fácil exploração do projeto Novas Leituras, através das novas tecnologias em sala de aula. Trata-se de uma ferramenta inovadora que permite: n
a projeção e exploração das páginas do manual em sala de aula;
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o acesso um vasto conjunto de conteúdos multimédia integrados com o manual: • animações – abordam de forma interativa os diversos conteúdos, possibilitando uma avaliação do aluno através de atividades de consolidação; • gramática interativa – tópicos gramaticais abordados ao longo do manual, acompanhados de avaliação da informação apresentada; • fichas (formato Word) – conjunto de fichas editáveis de consolidação de conhecimentos; • testes interativos – banco de testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversos capítulos do manual; • apresentações em PowerPoint – apresentações editáveis que exploram de forma pedagógica, sintetizadora e motivante diversos conteúdos; • jogos – atividades lúdicas que permitem a revisão de conteúdos, de forma divertida, conjugando as vertentes lúdica e didática; • links Internet – endereços para páginas na Internet de apoio às matérias, de forma a complementar os conteúdos destacados no Novas Leituras 8;
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a disponibilização dos Planos de Aula, em formato Word, para que o professor os possa adaptar de acordo com as características de cada turma: • utilizando as sequências de recursos digitais propostas em cada plano, recorrendo a um projetor ou a um quadro interativo; • personalizando os Planos de Aula com outros recursos;
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a avaliação dos alunos: • utilização de testes predefinidos ou criação de novos a partir de uma base de cerca de 200 questões; • impressão de testes para distribuição; • envio, online, de testes para os alunos, com a correção automática; • relatórios de avaliação detalhados que permitem um acompanhamento do progresso dos alunos;
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a troca de mensagens e a partilha de recursos com os alunos.
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METAS DE APRENDIZAGEM
SUBDOMÍNIOS
Fluência
Organização do discurso
Adequação aos objetivos e aos participantes em situação de interação
Compreensão de discursos orais
O aluno: – faz exposições preparadas sobre temas escolares, com e sem apoio de guiões, com e sem recursos multimodais. – apresenta argumentos numa sequência lógica, servindo-se de recursos persuasivos. – usa vocabulário preciso e diversificado em situações formais. – usa a complexidade gramatical requerida no discurso oral produzido em situações formais. O aluno: – usa gestos e diferentes recursos prosódicos para persuadir e argumentar. – usa fluentemente o português padrão em situações formais.
O aluno: – faz exposições orais preparadas sobre temas escolares. – faz apresentações, salientando de forma clara factos, exemplos, evidências e justificações. – usa o vocabulário técnico exigido nas disciplinas curriculares. – usa o vocabulário técnico que conhece em debates ou discussões formais.
O aluno: – usa gestos e diferentes recursos prosódicos para envolver a audiência na narração de um evento real ou ficcional. – usa o português padrão em situações formais.
9º Ano de escolaridade
O aluno: – usa a discussão em grupo para, de uma forma lógica e metódica, fazer deduções e testar e avaliar ideias. – monitoriza o discurso, tendo em conta as reações do interlocutor e da audiência. – coopera para o desenvolvimento da interação verbal em situações formais (e.g: na assunção de diferentes papéis; no respeito das máximas conversacionais e do princípio de delicadeza).
O aluno: – usa a discussão em grupo para, de uma forma lógica e metódica, resolver problemas, partilhar e testar ideias. – colabora na discussão em grupo, desenvolvendo e criticando os pontos de vista dos outros participantes. – adapta o discurso em função das reações do interlocutor. (7.º ano) – modifica o seu próprio ponto de vista, à luz das evidências apresentadas pelo interlocutor. – formula e responde a críticas de forma construtiva.
7º/8º Anos de escolaridade
O aluno: – usa notas e resumos de discursos orais para preparar as suas próprias exposições e os seus textos escritos. – elabora relatos que resumam discussões em grupo. – resume exposições orais, integrando informação visual que as apoie e explicando o modo como ela contribui para a clarificação do assunto. – identifica os principais recursos usados pelos falantes para persuadir e argumentar. – reconhece o ponto de vista do interlocutor e posiciona-se relativamente a ele.
O aluno: – faz perguntas relevantes e comentários pertinentes acerca de exposições e de debates. – resume exposições orais, integrando informação visual que as apoie. – identifica os principais recursos usados pelos falantes para explicar e divertir.
DOMÍNIO: Exprimir oralmente ideias e opiniões
9º Ano de escolaridade
7º/8º Anos de escolaridade
DOMÍNIO: Compreender discursos orais e cooperar em situação de interação
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SUBDOMÍNIOS
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
Identificação do sentido de palavras e de frases em contexto
Mobilização e construção de conhecimentos e ideias
Identificação de ideias centrais e de pormenores relevantes
9º Ano de escolaridade O aluno: – identifica o modo como o autor desenvolve as ideias centrais do texto. – cita pormenores do texto para fundamentar a compreensão de informação explícita ou implícita. – reconhece diferentes modos de concatenação de ideias ou de imbricação de eventos, bem como funções a eles associados. – identifica a importância do uso da recorrência (e.g.: expressões; processos retóricos; acontecimentos) para o desenvolvimento de um tema ou de uma ideia central no texto. – apresenta um resumo com todas as ideias fundamentais do texto e apenas essas. – estabelece correlações entre múltiplos elementos de um texto (e.g.: influência dos eventos no estado de espírito da personagem; conexão entre ação e cenário; semelhança / contraste).
O aluno: – usa a configuração gráfica da página para hierarquizar informação. – consulta diversas fontes bibliográficas, impressas ou digitais, para aprofundar o conhecimento textual e contextual. – relaciona informação gráfica e / ou quantitativa com informação disponibilizada no corpo principal do texto. – usa o conhecimento prévio para detetar sentidos implícitos no texto. – mobiliza conhecimento enciclopédico para comparar o modo como o mesmo tema ou tópico é abordado em diferentes textos. – avalia, e reformula se necessário, as primeiras impressões sobre o texto após a análise do mesmo.
O aluno: – identifica o modo como uma palavra ou expressão contribui para o desenvolvimento de uma ideia ou para o tom do texto (e.g.: humor; ironia). – explica como processos metafóricos ou analogias contribuem para o sentido do texto. – distingue tipos de processos linguísticos que marcam progressão (e.g.: tipos de progressão temática; manipulação temporal retrospetiva e prospetiva).
7º/8º Anos de escolaridade
O aluno: – cita pormenores do texto expressos literalmente ou reconstituídos por inferência. – hierarquiza as informações contidas num texto, distinguindo informações principais de informações secundárias. – estabelece a relação entre uma determinada parte do texto e a estrutura mais ampla em que se insere (e.g.: elemento da descrição / descrição geral; episódio / enredo; fala / didascália; verso / estrofes; estrofes/ soneto).
O aluno: – usa a informação gráfica ou quantitativa para confirmar a compreensão do que leu.
O aluno: – compara diferentes interpretações de um parágrafo, de uma sequência ou de um texto. – usa pistas contextuais para inferir o sentido de palavras polissémicas e de expressões idiomáticas.
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras
Novas Leituras 8 –
SUBDOMÍNIOS
DOMÍNIO: Compreender e interpretar textos
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Domínio da complexidade textual
9º Ano de escolaridade O aluno: – analisa os efeitos de sentido produzidos pelo uso de diferentes técnicas discursivas (e.g.: explicação causal; justaposição temática; efeito de retardamento). – analisa o modo como pontos de vista e recursos estilísticos contribuem para o sentido do texto (e.g.: argumento / contra-argumento; ironia; cómico). – distingue factos de opiniões perante informação textual convergente ou divergente. – compara a recriação literária de uma época ou de uma personagem com fontes históricas. – identifica elementos que compõem a estrutura efabulatória (e.g.: relações entre personagens; valor do monólogo interior; instância narradora). – identifica esquemas de construção de textos argumentativos. – compara um texto com a sua transposição para outra linguagem (e.g.: filme; representação teatral; versão multimédia). – interpreta objetos multimodais, complexos (e.g.: canções; videoclips; cinema de animação).
7º/8º Anos de escolaridade
O aluno: – analisa e compara diferentes pontos de vista expressos por diversos autores. – identifica elementos que compõem a estrutura efabulatória (e.g.: personagens e respetivas reações; articulação entre as categorias de tempo e de espaço e a delineação da ação)
DOMÍNIO: Compreender e interpretar textos
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SUBDOMÍNIOS
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
O aluno: – lê, autónoma e regularmente, textos de diferentes géneros (e.g.: narrativas policiais; narrativas de caráter realista; diários; peças de teatro; poesia lírica). – usa a informação sobre autores, contextos históricos e culturais, recolhida em obras de referência ou sítios da Internet, para obter informação para a compreensão e interpretação de obras literárias. – apresenta, oralmente ou por escrito, experiências de leitura e opiniões sobre obras literárias, em atividades de socialização da leitura (e.g.: fóruns de leitores presenciais e no ciberespaço). – lê, autónoma e regularmente, obras integrais de autores clássicos e contemporâneos, evidenciando experiência de leitura de obras de reconhecida qualidade literária. – reconhece, através da leitura de obras de diferentes períodos e culturas, a importância da literatura na aquisição de conhecimentos, no alargamento de experiências pessoais e na construção de mundos possíveis. – explicita as razões pelas quais determinadas obras marcaram a sua experiência de leitor. – aprecia uma obra com base em diferentes aspetos (e.g.: tratamento do tema; estilo do autor). – reconhece a importância do património literário e os motivos por que alguns textos são particularmente influentes ou significativos.
Estudo e construção de conhecimentos
Formação do gosto literário
9º Ano de escolaridade O aluno: – lê, de forma fluente, textos expositivos e argumentativos de diferentes áreas curriculares, utilizando com proficiência métodos e técnicas de estudo (e.g.: esquematizar; identificar tópicos; resumir). – seleciona e usa estratégias de leitura (e.g.: diminuição da velocidade de leitura; releitura; leitura em voz alta) adequadas ao nível de dificuldade do texto e ao grau de conhecimento do assunto. – utiliza a “leitura em diagonal” para identificar com rapidez e eficácia o conteúdo essencial de um texto. – lê por iniciativa própria textos com relevância cultural ou científica, dirigidos a um público não especializado (e.g.: crónicas; artigos de opinião; críticas sobre música, filmes, exposições; artigos sobre ciência). – rentabiliza de forma estratégica os recursos disponíveis em bibliotecas (suporte de papel, digital, multimodal).
7º/8º Anos de escolaridade
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras
Novas Leituras 8 –
SUBDOMÍNIOS
DOMÍNIO: Tornar-se leitor
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Difusão do texto
Revisão do texto
Redação do texto
Planificação do texto
O aluno: – redige com correção formal e sintática, mobilizando recursos linguísticos adequados ao género, objetivos e destinatário do texto. – integra no texto explicitações com o objetivo de facilitar a compreensão de termos e expressões por parte do leitor (e.g.: isto é, ou seja, por exemplo, quer dizer, por outras palavras). – faz uso estratégico da pontuação para a produção de efeitos de sentido. – estrutura a progressão do texto em frases, períodos e parágrafos, seguindo estratégias de facilitação da leitura.
O aluno: – reformula passagens do texto, encontrando formas de expressão correspondentes a uma maior adequação ao género, objetivos e destinatário do texto. – avalia a qualidade do texto e reformula-o, local ou profundamente, se necessário.
O aluno: – recorre a mecanismos de remissão para outros elementos do texto que reforçam a coesão e a coerência internas. – redige com correção formal e sintática, mobilizando vocabulário e unidades linguísticas adequadas ao género de texto.
O aluno: – reformula passagens do texto, encontrando formas de expressão mais coerentes com o sentido global do texto.
O aluno: – explicita as relações que pretende estabelecer por meio da configuração gráfica adotada no texto (e.g.: diferenciação, estruturação, hierarquização de elementos). – integra no documento outros modos de expressão (e.g.: fotografias, desenhos, ilustrações, figuras, esquemas), efetuando no texto as referências e as explicitações adequadas. – divulga os seus textos e interage com os leitores, participando numa comunidade construída em torno da escrita e da leitura.
O aluno: – seleciona o conhecimento relevante para construir o texto, sendo capaz de articular de forma coerente os elementos recolhidos em diversas fontes. – seleciona o tópico e os subtópicos em função do género, objetivos e destinatário e elabora o plano de texto em conformidade. – justifica os elementos e as relações inscritos no plano, com base no género, objetivos e destinatário do texto.
9º Ano de escolaridade
O aluno: – elabora o plano do texto tendo em conta o género, objetivos e destinatários do texto.
7º/8º Anos de escolaridade
DOMÍNIO: Elaborar e divulgar textos
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SUBDOMÍNIOS
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
Conhecimento de técnicas e formatos de texto para argumentar
Conhecimento de técnicas e formatos de texto para construir e transmitir saberes
Conhecimento de técnicas e formatos de texto para narrar
9º Ano de escolaridade O aluno: – redige narrativas com esquema narrativo mais complexo (e.g.: narrativa de ficção científica; novela policial; história de vida; novela fantástica; reportagem; crónica). – expressa consistentemente relações espácio-temporais ancoradas quer na enunciação, quer no evento (e.g.: anterioridade / posterioridade relativamente à enunciação ou relativamente a um evento). – introduz sequências argumentativas na narrativa. – reescreve uma descrição, de acordo com novos parâmetros (e.g..: ponto de vista; tempo/espaço). – reconhece e utiliza processos que asseguram a coesão entre os períodos e a coesão temporal (e.g.: sequência de tempos / modos).
O aluno: – elabora textos expositivos (e.g.: relatório de experiência científica; ensaio temático; nota de síntese). – usa técnicas de seleção e de contração de informação a partir de vários textos sobre o mesmo tema. – organiza por categorias e conceitos a informação sobre o tópico e os subtópicos, mencionando factos relevantes e recorrendo a definições e pormenores. – usa a reformulação do discurso (e.g.: paráfrases; explicitações; exemplificações) como estratégia de explicação. – usa consistentemente linguagem técnica e um estilo formal.
O aluno: – elabora textos em que assume e justifica uma tomada de posição (e.g.: carta de reclamação; recensão de um livro; comentário; editorial de jornal ou revista). – explicita o tema da controvérsia na introdução do texto. – desenvolve os argumentos, sustentando-os com exemplos e com citações e recorrendo a organizadores argumentativos que marcam refutação, concessão e oposição. – usa estratégias de persuasão e formatos de construção de argumentos na produção de texto argumentativo. – escreve uma conclusão em que resume o essencial da argumentação.
7º/8º Anos de escolaridade
O aluno: – integra no texto informação pormenorizada acerca do que as personagens ou os intervenientes fizeram, pensaram ou sentiram. – recria texto narrativo em texto para teatro, adotando diversos recursos dramatúrgicos.
O aluno: – usa técnicas de esquematização da informação (e.g.: mapas conceptuais). – integra exemplos como estratégia de explicação. – reconhece e utiliza processos que asseguram a coesão entre os períodos e a coerência entre parágrafos.
O aluno: – usa citações como estratégia de explicação e de argumentação. – elabora argumentos e contra-argumentos, agrupando-os por temas.
1. Metas de aprendizagem | Novas Leituras
Novas Leituras 8 –
SUBDOMÍNIOS
DOMÍNIO: Reconhecer e reproduzir diferentes géneros e tipos de texto
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O aluno: – identifica e usa as formas dos verbos irregulares que fazem parte do seu capital lexical. – usa recursos em papel e online para tirar dúvidas (e.g.: dicionários de verbos flexionados).
Mobilização do conhecimento das propriedades de palavras
Mobilização do conhecimento dos paradigmas flexionais
Aprendizagem de palavras novas
Mobilização do conhecimento de processos de inovação lexical
O aluno: – reconhece e usa relações de oposição de diferentes tipos entre significados (e.g.: morto-vivo, quente-frio, pai-filho). – identifica a rede de significados e usos das palavras polissémicas que conhece. – seleciona palavras e expressões que exprimem com precisão as ideias que pretende transmitir, evitando a redundância e a repetição lexical desnecessárias. – reconhece e respeita as propriedades de seleção das palavras que fazem parte do seu capital lexical.
O aluno: – usa e explicita estratégias de descoberta do significado de palavras desconhecidas.
O aluno: – identifica e usa processos derivacionais de formação de nomes, adjetivos e verbos. – identifica os radicais eruditos das terminologias das disciplinas curriculares. – identifica e usa resultados dos diferentes tipos de processos neológicos. – reconhece os efeitos de sentido associados ao uso de expressões idiomáticas e de provérbios.
O aluno: – aplica corretamente as regras de uso do hífen em compostos (e.g.: decreto-lei, bem-estar). – faz a translineação em palavras com hífen e com grupos consonânticos complexos.
9º Ano de escolaridade
Domínio de convenções ortográficas
7º/8º Anos de escolaridade
DOMÍNIO: Conhecer a propriedade das palavras e alargar o capital lexical
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SUBDOMÍNIOS
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
Conhecimento e mobilização de processos sintáticos internos à frase complexa
Identificação de constituintes das respetivas funções sintáticas
7º/8º Anos de escolaridade
O aluno: – reconhece e aplica os processos de concordância envolvidos em vários tipos de predicação secundária. – reconhece e aplica os processos de formação de frases coordenadas e subordinadas. – usa conscientemente a ordem de palavras para produzir efeitos de sentido, designadamente para assinalar informação nova. – distingue significados associados a processos sintáticos de formação de frases complexas (e.g.: interpretações factuais, hipotéticas e contrafactuais de subordinadas concessivas e de concessivas condicionais; valores temporais, causais, condicionais e concessivos de subordinadas infinitivas, gerundivas e participiais) e mobiliza esse conhecimento na compreensão e na produção de textos. – usa as propriedades de seleção de tempo e de modo dos verbos, nomes e adjetivos superiores e dos conectores na compreensão e na produção de frases complexas – reconhece cadeias anafóricas usando pistas sintáticas (e.g.: oposição entre indicativo / conjuntivo / infinitivo nas orações subordinadas, função sintática e posição da anáfora e do potencial antecedente). – seleciona as construções mais adequadas ao que pretende exprimir, mostrando sensibilidade às variáveis modo e situação (e.g.: relativas cortadoras toleradas no modo oral, não toleradas no modo escrito).
O aluno: – usa testes para identificar as funções sintáticas dos constituintes. – distingue objetivos ilocutórios e significados associados a diferentes tipos de frases e mobiliza esse conhecimento em situações de uso da língua, orais e escritas. – identifica subclasses de verbos auxiliares (modais e aspetuais) e mobiliza esse conhecimento na compreensão e na produção de textos. – identifica os diferentes tipos de orações subordinadas, finitas e não finitas. – distingue advérbios de frase de advérbios de predicado e mobiliza esse conhecimento para reconhecer e exprimir o ponto de vista. – distingue conjunções de outros conectores e mobiliza esse conhecimento na compreensão e na produção de textos.
9º Ano de escolaridade
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Novas Leituras 8 –
SUBDOMÍNIOS
DOMÍNIO: Estruturar e analisar unidades sintáticas
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ANUALIZAÇÃO DO PROGRAMA
NOTAS 1. Os conteúdos apresentados a cinza podem ser trabalhados, mas o termo não deverá ser explicitado aos alunos (cf. PPEB, pp. 27-28). 2. Os descritores de desempenho/conteúdos apresentados a verde são introduzidos no 8º ano e retomados no ano seguinte. 3. Os descritores de desempenho/conteúdos apresentados a laranja serão introduzidos no 9º ano. 4. A numeração entre parênteses, nos descritores de desempenho, remete para notas explicativas nos PPEB.
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Novas Leituras | Guia do Professor
COMPREENSÃO/EXPRESSÃO ORAL RESULTADOS ESPERADOS • Saber escutar, visando diferentes finalidades, discursos formais em diferentes variedades do Português, cuja complexidade e duração exijam atenção por períodos prolongados. • Interpretar criticamente a informação ouvida, analisando as estratégias e os recursos verbais e não verbais utilizados. • Compreender o essencial da mensagem, apreendendo o fio condutor da intervenção e retendo dados que permitam intervir construtivamente em situações de diálogo ou realizar tarefas específicas. • Tomar a palavra em contextos formais, selecionando o registo e os recursos adequados às finalidades visadas e considerando as reações dos interlocutores na construção do sentido. • Interagir com confiança e fluência sobre assuntos do quotidiano, de interesse pessoal, social ou escolar, expondo e justificando pontos de vista de forma lógica. • Produzir discursos orais corretos em português padrão, usando vocabulário e estruturas gramaticais diversificados e recorrendo a mecanismos de organização e de coesão discursiva. ESCUTAR PARA APRENDER E CONSTRUIR CONHECIMENTO Descritores de desempenho
Conteúdos
Dispor-se física e psicologicamente a escutar, focando a atenção no objeto e nos objetivos da comunicação (1).
Ouvinte (DT C.1.1.)
Utilizar procedimentos para clarificar, registar, tratar e reter a informação, em função de necessidades de comunicação específicas (2): − identificar ideias-chave; tomar notas; − solicitar informação complementar; − elaborar e utilizar grelhas de registo; − esquematizar.
Informação (DT C.1.1.)
Interpretar discursos orais com diferentes graus de formalidade e complexidade: − formular, confrontar e verificar hipóteses acerca do conteúdo; − agir em conformidade com instruções e informações recebidas; − identificar o assunto, tema ou tópicos; − distinguir o essencial do acessório; − distinguir visão objetiva e visão subjetiva; − fazer inferências e deduções (3); − identificar elementos de persuasão; − reconhecer qualidades estéticas da linguagem.
Discurso; universo de discurso (DT C.1.1.)
Reproduzir o material ouvido recorrendo a técnicas de reformulação (identificação do essencial da informação ouvida, transmitindo-a com fidelidade)
Relato; paráfrase; síntese Pragmática (DT C.1.)
Distinguir diferentes intencionalidades comunicativas (5), relacionando-as com os contextos de comunicação e os recursos linguísticos mobilizados (6).
Ato de fala (DT C.1.1.) Contexto (DT C.1.1.)
Apreciar o grau de correção e adequação dos discursos ouvidos.
Características da fala espontânea e características da fala preparada
8º Ano
9º Ano
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Processos interpretativos inferenciais (DT C.1.1.3.) Figuras de retórica e tropos (DT C.1.3.1.)
Manifestar ideias, sentimentos e pontos de vista suscitados pelos discursos ouvidos.
Novas Leituras 8 –
7º Ano
Identificar e caracterizar os diferentes tipos e géneros presentes no discurso oral (7).
Tipologia textual: texto conversacional (DT C.1.2.)
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X
Caracterizar propriedades de diferenciação e variação linguística, reconhecendo o papel da língua padrão (8).
Variação e normalização linguística (DT A.2.) Língua padrão (traços específicos) (DT A.2.2.)
X
X
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2. Anualização do Programa | Novas Leituras
FALAR PARA CONSTRUIR E EXPRESSAR CONHECIMENTO Descritores de desempenho Planificar o uso da palavra em função da análise da situação, das intenções de comunicação específicas e das características da audiência visada [utilização de suportes escritos (notas, esquemas…) para apoiar a comunicação oral].
Conteúdos
8º Ano
9º Ano
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Variedades situacionais; variedades sociais (DT A.2.1.)
Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou dados obtidos em diferentes fontes.
Organizar o discurso, assegurando a progressão de ideias e a sua hierarquização (P. ex., organização cronológica, lógica, por ordem de importância, argumento/contraargumento, pergunta/resposta).
Produzir textos orais, de diferentes tipos, adaptados às situações e finalidades de comunicação (3) (4): − exprimir sentimentos e emoções; − relatar/recontar; − informar/explicar; − descrever; − fazer apreciações críticas; − apresentar e defender ideias, comportamentos e valores; − argumentar/convencer os interlocutores; − fazer exposições orais; − dar a conhecer/reconstruir universos no plano do imaginário.
Oralidade (DT C.1.1.) Características da fala espontânea e características da fala preparada Tipologias textuais: texto narrativo, descritivo, expositivo, argumentativo, instrucional, preditivo (DT C.1.2.) Coerência; coesão DT C.1.2.) Princípio de pertinência e de cooperação (DT C.1.1.1.) Sequência de enunciados Progressão temática (C.1.2.) Deixis pessoal, temporal e espacial (C.1.1.) Implicaturas conversacionais (DT C.1.1.3.)
Usar da palavra com fluência e correção, utilizando recursos verbais e não verbais com um grau de complexidade adequado às situações de comunicação (5) (6).
Prosódia/ Nível Prosódico (DT B.1.2.) Características acústicas (DT B.1.2.1.) Entoação (DT B.1.2.4.) Elocução (DT C.1.3.2)
Diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas no discurso, com recurso ao português padrão.
Língua padrão (traços específicos) (DT A.2.2.)
Explorar diferentes formas de comunicar e partilhar ideias e produções pessoais (Por ex., recitação, improvisação, leitura encenada, representação, etc.) selecionando estratégias e recursos adequados para envolver a audiência (8).
Recursos linguísticos e extralinguísticos
Novas Leituras 8 –
Utilizar adequadamente ferramentas tecnológicas para assegurar uma maior eficácia na comunicação.
7º Ano
23
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Novas Leituras | Guia do Professor
PARTICIPAR EM SITUAÇÕES DE INTERAÇÃO ORAL Descritores de desempenho Seguir diálogos, discussões ou exposições, intervindo oportuna e construtivamente (1).
Implicar-se na construção partilhada de sentidos: − atender às reações verbais e não-verbais do interlocutor para uma possível reorientação do discurso; − pedir e dar informações, explicações, esclarecimentos; − apresentar propostas e sugestões; − retomar, precisar ou resumir ideias para facilitar a interação; − estabelecer relações com outros conhecimentos; − debater e justificar ideias e opiniões; − considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
Conteúdos
7º Ano
8º Ano
9º Ano
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X
Tipologia textual: texto conversacional (DT C.1.2.) Comunicação e interação discursivas (C.1.1.)
Locutor; interlocutor (C.1.1.) Princípios reguladores da interação discursiva (C1.1.1.) Máximas conversacionais; princípio de cortesia; formas de tratamento (DT C.1.1.) Diálogo; dialogismo (DT C.1.1.) Estratégias discursivas (DT C.1.1.)
Assumir diferentes papéis (Por ex., porta-voz, Competência discursiva (DT C.1.1.) relator, moderador, entrevistador/entrevistado, Argumentação (DT C.1.3.3) animador…) em situações de comunicação, adequando as estratégias discursivas às funções e aos objetivos visados (…elementos prosódicos; tom de voz; elementos retóricopragmáticos, entre outros).
Novas Leituras 8 –
Respeitar as convenções que regulam a interação verbal (Por ex., ouvir os outros, esperar a sua vez, demonstrar interesse.).
Explorar os processos de construção do diálogo e o modo como se pode agir através da fala (Por ex., relações de poder e processos de manipulação que se estabelecem através da fala) (Por ex., participação em dramatizações, simulações, improvisações.).
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2. Anualização do Programa | Novas Leituras
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LEITURA RESULTADOS ESPERADOS • Ler de forma fluente, apreendendo o sentido global de textos com diferentes intencionalidades e registos. • Ler textos de diferentes tipos e em suportes variados para obter informação, organizar o conhecimento ou para aceder a universos no plano do imaginário, adequando as estratégias de leitura às finalidades visadas. • Posicionar-se criticamente quanto à validade da informação, selecionando os dados necessários à concretização de tarefas específicas e mobilizando a informação de acordo com os princípios éticos do trabalho intelectual. • Apreciar textos de diferentes tipos, analisando o modo como a utilização intencional de recursos verbais e não verbais permite alcançar efeitos específicos. • Posicionar-se enquanto leitor de obras literárias, situando-as em função de grandes marcos temporais e geográfico-culturais e reconhecendo aspetos relevantes da linguagem literária. • Estabelecer relações entre a experiência pessoal e textos de diferentes épocas e culturas, tomando consciência do modo como as ideias, as experiências e os valores são diferentemente representados e aprofundando a construção de referentes culturais. LER PARA CONSTRUIR CONHECIMENTO(S) Descritores de desempenho Definir uma intenção, seguir uma orientação e selecionar um percurso de leitura adequado (1).
Conteúdos Leitor (DT C.1.2.) Informação (DT C.1.1.) Bibliografia (DT C.1.2.)
Utilizar, de modo autónomo, a leitura para localizar, selecionar, avaliar e organizar a informação. Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação: − tomar notas; identificar ideias-chave; − elaborar e utilizar grelhas de registo; − esquematizar.
Descritores temáticos Hipertexto (DT C.1.2.)
Interpretar textos com diferentes graus de complexidade, articulando os sentidos com a sua finalidade, os contextos e a intenção do autor (2) (3): − formular hipóteses sobre os textos; − identificar temas e ideias principais; − identificar pontos de vista e universos de referência; − identificar causas e efeitos; − fazer inferências e deduções (4); − distinguir facto de opinião; − identificar elementos de persuasão; − identificar recursos linguísticos utilizados; − explicitar o sentido global do texto.
Texto (D.T C.1.2.) Tema (DT C.1.2.) Propriedades configuradoras da textualidade (DT C.1.2.) Sequência textual (DT C.1.2.) Estratégia discursiva (DT C.1.1.) Contexto e cotexto; Significação lexical (DT B.5.2.) Processos interpretativos inferenciais (DT C.1.2.) Figuras de retórica e tropos (C.1.3.1)
Identificar relações intratextuais, compreendendo de que modo o tipo e a intenção do texto influenciam a sua composição formal (5).
Princípio de pertinência (DT C.1.1.1.)
Comparar e distinguir textos, estabelecendo diferenças e semelhanças em função de diferentes categorias (Por ex., aspetos temáticos, formais, de género).
Texto literário e texto não-literário Tipologia textual (texto conversacional, narrativo, descritivo, expositivo, argumentativo, instrucional, preditivo) (DT C.1.2.)
Interpretar processos e efeitos de construção de significado em textos multimodais (Por ex., análise da combinação da palavra escrita com sons e imagens fixas ou em movimento).
8º Ano
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Macroestruturas textuais (DT C.1.2.) Microestruturas textuais (DT C.1.2.)
Novas Leituras 8 –
Identificar e caracterizar as diferentes tipologias e géneros textuais. (7)
7º Ano
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Novas Leituras | Guia do Professor
LER PARA APRECIAR TEXTOS VARIADOS Descritores de desempenho
Conteúdos
Expressar, de forma fundamentada e sustentada, pontos de vista e apreciações críticas suscitados pelos textos lidos em diferentes suportes (1). Discutir diferentes interpretações de um mesmo texto, sequência ou parágrafo.
Semântica lexical: significação e relações semânticas entre palavras (DT B.5.2.)
7º Ano
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Identificar processos utilizados nos textos para influenciar o leitor (2). Distinguir diferenças, semelhanças ou a novidade de um texto em relação a outro(s).
Intertexto/ intertextualidade (DT C.1.2.) - Alusão, paráfrase, paródia
Reconhecer e refletir sobre os valores culturais, estéticos, éticos, políticos e religiosos que perpassam nos textos. Comparar ideias e valores expressos em diferentes textos de autores contemporâneos, com os de textos de outras épocas e culturas (3).
Contexto (DT C.1.1.) Contexto extraverbal Contexto situacional
Ler por iniciativa e gosto pessoal, aumentando progressivamente a extensão e complexidade dos livros e outros materiais que seleciona (4). LER TEXTOS LITERÁRIOS
Novas Leituras 8 –
Descritores de desempenho
Conteúdos
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X
X
7º Ano
8º Ano
9º Ano
Analisar os paratextos para contextualizar e antecipar o conteúdo de uma obra (1).
Paratexto; prefácio; posfácio; epígrafe (DT C.1.2.)
X
X
X
Exprimir opiniões e problematizar sentidos, como reação pessoal à audição ou leitura de uma obra integral.
Enciclopédia (conhecimento do mundo) (DT C.1.1.) Informação; universo de discurso (DT C.1.1)
X
X
X
Caracterizar os diferentes modos e géneros literários.
Géneros e subgéneros literários dos modos narrativo, lírico e dramático Níveis e categorias da narrativa Elementos constitutivos da poesia lírica (convenções versificatórias)
X
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X
Analisar processos linguísticos e retóricos utilizados pelo autor na construção de uma obra literária (2) (3): − analisar o ponto de vista (narrador, personagens); − identificar marcas de enunciação e de subjetividade; − analisar as relações entre os diversos modos de representação do discurso (Por ex., funções da descrição na narração, funções do diálogo); − analisar o valor expressivo dos recursos retóricos.
Elementos constitutivos do drama e espetáculo teatral Enunciação; enunciado; enunciador (DT C.1.1.) Autor (DT C.1.2.); Estilo (DT C.1.2.) Significado (DT B.6.); Sentido (DT C1.2.); Plurissignificação (DT C.1.2.) Figuras de retórica e tropos (DT C.1.3.1) - de natureza fonológica: aliteração; assonância; - de natureza sintática: hipérbato; apóstrofe; - de natureza semântica: antítese; alusão; metonímia; hipérbole.
X
X
X
Comparar o modo como o tema de uma obra é tratado em outros textos.
Intertexto/ Intertextualidade (DT C.1.2.) Texto literário e texto não-literário Interdiscurso/ interdiscursividade (DT C.1.1.)
X
X
X
Explorar processos de apropriação e de (re)criação de texto narrativo, poético ou outro (5).
X
X
X
Analisar recriações de obras literárias com recurso a diferentes linguagens (Trabalho com filmes, séries de TV, representações teatrais, pintura, publicidade, ilustrações, etc.).
X
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X
Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e coletivo.
X
X
X
Reconhecer e refletir sobre as relações que as Contexto obras estabelecem com o contexto social, Contexto extraverbal: situacional, sociocultural, histórico e cultural no qual foram escritas (7). histórico, (DT C.1.1.)
X
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X
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2. Anualização do Programa | Novas Leituras
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ESCRITA RESULTADOS ESPERADOS • Escrever para responder a necessidades específicas de comunicação em diferentes contextos e como instrumento de apropriação e partilha do conhecimento. • Recorrer autonomamente a técnicas e processos de planificação, textualização e revisão, utilizando diferentes instrumentos de apoio, nomeadamente ferramentas informáticas. • Escrever com autonomia e fluência diferentes tipos de texto adequados ao contexto, às finalidades, aos destinatários e aos suportes da comunicação, adotando as convenções próprias do género selecionado. • Produzir textos em termos pessoais e criativos, para expor representações e pontos de vista e mobilizando de forma criteriosa informação recolhida em fontes diversas. • Produzir textos em português padrão, recorrendo a vocabulário diversificado e a estruturas gramaticais com complexidade sintática, manifestando domínio de mecanismos de organização, de articulação e de coesão textuais e aplicando corretamente regras de ortografia e pontuação. ESCREVER PARA CONSTRUIR E EXPRESSAR CONHECIMENTO(S) Descritores de desempenho
Conteúdos
Produzir enunciados com diferentes graus de complexidade para responder com eficácia a instruções de trabalho.
Escrita (DT C.1.1.)
Recorrer à escrita para assegurar o registo e o tratamento de informação ouvida ou lida (Por ex., notas, esquemas, sumários, sínteses).
Enunciados instrucionais Enunciação; enunciado (DT A.1.)
Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizar conhecimentos (2). Utilizar, com autonomia, estratégias de preparação (Por ex. brainstorming, mapas de ideias, guião de trabalho, roteiro) e de planificação da escrita de textos (Por ex., definição da temática, intenção, tipo de texto, do(s) destinatário(s) e do suporte em que vai ser lido).
Texto / textualidade (DT C.1.2.) Macroestruturas textuais (semânticas e formais) (DT C.1.2.) Microestruturas textuais (semânticas e estilístico-formais) (DT C.1.2.) Plano do texto (C.1.2.)
Selecionar tipos e formatos de textos adequados a intencionalidades e contextos específicos (5): − narrativos (reais ou ficcionais); − descritivos (reais ou ficcionais); − expositivos; − argumentativos (6); − instrucionais; − dialogais e dramáticos; − preditivos; − do domínio dos media (7); − do domínio das relações interpessoais.
Tipologia textual (DT C.1.2.) Sequência textual (DT C.1.2.) Sequência narrativa (eventos; cadeia de eventos) Sequência descritiva (descrição literária, descrição técnica, planos de descrição) Sequência expositiva (referente; análise ou síntese de ideias, conceitos, teorias) Sequência argumentativa (facto, hipótese, exemplo, prova, refutação) Sequência dialogal (intercâmbio de ideias, comentário de acontecimentos).
Redigir textos coerentes, selecionando registos e recursos verbais adequados (8): − desenvolver pontos de vista pessoais ou mobilizar dados recolhidos em diferentes fontes de informação (9); − ordenar e hierarquizar a informação, tendo em vista a continuidade de sentido, a progressão temática e a coerência global do texto; − dar ao texto a estrutura e o formato adequados, respeitando convenções tipológicas e (orto)gráficas estabelecidas; − diversificar o vocabulário e as estruturas utilizadas nos textos, com recurso ao português-padrão; − respeitar as regras da pontuação e sinais auxiliares da escrita (10).
Reprodução do discurso no discurso (DT C.1.1.2.) Coerência textual (DT C.1.2.)
7º Ano
8º Ano
9º Ano
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Convenções e regras para a configuração gráfica (DT E.4.)
Novas Leituras 8 –
Língua padrão (traços específicos) (DT A.2.2.) Variedades sociais e variedades situacionais (DT A.2.1.) Pontuação e sinais auxiliares de escrita (DT E.2.)
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Novas Leituras | Guia do Professor
ESCREVER PARA CONSTRUIR E EXPRESSAR CONHECIMENTO(S)
7º Ano
8º Ano
9º Ano
X
X
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X
7º Ano
8º Ano
9º Ano
X
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X
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Explorar efeitos estéticos da linguagem mobilizando saberes decorrentes da experiência enquanto leitor (Por ex., exploração da imitação criativa).
X
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X
Reinvestir em textos pessoais a informação decorrente de pesquisas e leituras efetuadas.
X
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X
X
X
Utilizar os recursos tecnológicos para desenvolver projetos e circuitos de comunicação escrita (… jornal da escola ou de turma; antologias; exposição de textos; blogue, página da Internet da escola, da turma ou pessoal).
X
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Escrever por iniciativa e gosto pessoal, de forma autónoma e fluente.
X
X
X
Descritores de desempenho Utilizar, com progressiva eficácia, técnicas de reformulação textual (1).
Conteúdos Paráfrase, síntese, resumo
Utilizar, com autonomia, estratégias de revisão e aperfeiçoamento de texto (… operações de releitura, reescrita, expansão ou clarificação de ideias, apagamento de repetições, etc.). Assegurar a legibilidade dos textos, em papel ou suporte digital (Por ex., considerar a mancha gráfica, a utilização de parágrafos para organizar o conteúdo do texto, a função das ilustrações, a produção de índices).
Configuração gráfica (DT E.3.)
Utilizar com critério as potencialidades das tecnologias da informação e comunicação nos planos da produção, revisão e edição de texto (Utilização adequada de dicionários online e de corretores ortográficos). ESCREVER EM TERMOS PESSOAIS E CRIATIVOS Descritores de desempenho Explorar diferentes vozes e registos para comunicar vivências, emoções, conhecimentos, pontos de vista, universos no plano do imaginário (Por ex., diário, autobiografia, memória, carta, retrato, autorretrato, comentário crítico, narrativas imaginárias, poemas).
Texto / textualidade (DT C.1.2.) Polifonia (DT C.1.1.)
Explorar a criação de novas configurações textuais, mobilizando a reflexão sobre os textos e sobre as suas especificidades.
Intertexto/ Intertextualidade (DT C.1.2.)
Explorar formas de interessar e implicar os leitores, considerando o papel da audiência na construção do sentido (3).
Novas Leituras 8 –
Conteúdos
Registo formal/informal (DT C.1.1) Recursos expressivos
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2. Anualização do Programa | Novas Leituras
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CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA RESULTADOS ESPERADOS • Refletir sobre o funcionamento da língua para, a partir da realização de atividades de caráter oficinal, analisar e questionar os sentidos dos textos. • Explicitar, usando a terminologia apropriada, aspetos fundamentais da estrutura e do uso do português padrão nos diferentes planos do conhecimento explícito da língua. • Mobilizar o conhecimento reflexivo e sistematizado para resolver problemas decorrentes da utilização da linguagem oral e escrita e para aperfeiçoar os desempenhos pessoais. • Analisar marcas específicas da linguagem oral e da linguagem escrita, distinguindo diferentes variedades e registos da língua e adequando-os aos contextos de comunicação. • Respeitar e valorizar as diferentes variedades do português, usando o português padrão como a norma. PLANO DA LÍNGUA, VARIAÇÃO E MUDANÇA Descritores de desempenho
Conteúdos
7º Ano
8º Ano
9º Ano
Reconhecer a língua como sistema dinâmico, aberto e em elaboração contínua.
Mudança linguística (DT A.4.)
X
X
X
Identificar, em textos orais e escritos, a variação nos vários planos (fonológico, lexical, sintático, semântico e pragmático) (1).
Fatores internos e externos e tipos de mudança (DT A.4.1.)
X
X
X
X
X
Distinguir contextos geográficos, sociais, situacionais e históricos que estão na origem de diferentes variedades do português. Caracterizar o português como uma língua românica.
Famílias de línguas; etimologia, étimo (DT A.4.3.)
X
Identificar dados que permitem contextualizar a variação histórica da língua portuguesa (2).
Variação histórica (português antigo, português clássico, português contemporâneo); palavras convergentes/ palavras divergentes (DT A.4.2.)
X
Caracterizar o processo de expansão da língua portuguesa e as realizações associadas ao seu contacto com línguas não-europeias.
Substrato, superstrato, adstrato; crioulos de base lexical portuguesa; bilinguismo, multilinguismo (DT A.3.)
X
Reconhecer especificidades fonológicas, lexicais e sintáticas nas variantes do português não-europeu (3).
Variedades do português; variedades africanas e variedade brasileira (DT A.2.3.)
X
X
Sistematizar propriedades da língua padrão (4).
ormalização linguística; língua padrão (DT A.2.2.)
X
X
Consultar regularmente obras lexicográficas, mobilizando a informação na análise da receção e da produção do modo oral e escrito.
Glossários, thesaurus; terminologias. (DT D.1.)
X
X
X
7º Ano
8º Ano
9º Ano
PLANO FONOLÓGICO Descritores de desempenho
Conteúdos Propriedades acentuais das sílabas (DT B.1.2.3)
X
X
X
Sistematizar propriedades do ditongo e do hiato.
Semivogal Ditongo: oral, nasal, crescente, decrescente Hiato (DT B.1.1.2.)
X
X
X
Sistematizar propriedades da sílaba gramatical e da sílaba métrica: − segmentar versos por sílaba métrica; − utilizar rima fonética e rima gráfica (2).
Sílaba métrica e sílaba gramatical Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia (DT E.5.)
X
X
X
Caracterizar processos fonológicos de inserção, supressão e alteração de segmentos.
Processos fonológicos (DT B.1.1.) Processos fonológicos de inserção, supressão e alteração; redução vocálica, assimilação e dissimilação; metátese (DT B.1.3.)
Distinguir contextos de ocorrência de modificação dos fonemas nos planos diacrónico e sincrónico (3).
X
X
Novas Leituras 8 –
Distinguir pares de palavras quanto à classe morfológica, pelo posicionamento da sílaba tónica (1).
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Novas Leituras | Guia do Professor
PLANO MORFOLÓGICO Descritores de desempenho
Conteúdos
Sistematizar especificidades da flexão verbal em: − verbos de conjugação incompleta; − contraste das formas do infinitivo pessoal com as do infinitivo impessoal e respetivas realizações linguísticas.
Verbos defetivos impessoais; unipessoais; forma supletiva (DT B.2.2.2.) Formas verbais finitas e formas verbais não-finitas (DT B.2.2.2.)
Sistematizar paradigmas flexionais regulares e irregulares dos verbos.
Verbo regular; verbo irregular (DT B.2.2.2.)
Sistematizar paradigmas flexionais irregulares em verbos de uso frequente e menos frequente (Por ex., dizer, estar, fazer, ir, poder, querer, ser, ter, pôr, medir; despender, redimir, intervir, etc.).
Flexão: − Nominal, adjetival e verbal. − Determinantes e pronomes. − Pronomes pessoais: caso nominativo, acusativo, dativo e oblíquo (2).
Sistematizar padrões de formação de palavras complexas (3) (4): − por composição de duas ou mais formas de base.
Composição Composição morfológica; composição morfossintática
Explicitar o significado de palavras complexas a partir do valor de prefixos e sufixos nominais, adjetivais e verbais do português.
Afixação; derivação não-afixal (DT B.2.3.1.)
PLANO DAS CLASSES DE PALAVRAS
Novas Leituras 8 –
8º Ano
9º Ano
X
X
X
X
X
X
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X
7º Ano
8º Ano
9º Ano
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X
X
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X
X
X
X
X
X
Sistematizar as categorias relevantes para a flexão das classes de palavras variáveis.
Descritores de desempenho
7º Ano
Conteúdos
Caracterizar classes de palavras e respetivas propriedades.
Classe aberta de palavras (DT. B.3.1.) Classe fechada de palavras (DT B.3.2.)
Sistematizar propriedades distintivas de classes e subclasses de palavras.
Nome: contável; não-contável (DT B.3.1.) Adjetivo relacional (DT B.3.1.) Verbo principal: transitivo direto, indireto, direto e indireto; auxiliar (1) temporal, aspetual e modal (DT B. 3.1.) Determinante: indefinido (2); relativo (DT B.3.2.) Quantificador universal; existencial (DT B.3.2.) Conjunção coordenativa: conclusiva, explicativa (3) Conjunção subordinativa: comparativa, concessiva, consecutiva (3) (DT B.3.2.) Locução conjuncional (3) (DT B.3.2.) Locução preposicional (DT B.3.2.) Advérbio de predicado, de frase e conectivo (DT B.3.1.) Locução adverbial (DT B.3.1.)
Caracterizar propriedades de seleção de verbos transitivos.
Transitivos indiretos (4); transitivos-predicativos
Aplicar as regras de utilização do pronome pessoal átono (reflexo e não reflexo) em adjacência verbal (5).
Pronomes: próclise, mesóclise, ênclise (DT. B.3.2.)
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2. Anualização do Programa | Novas Leituras
PLANO SINTÁTICO Descritores de desempenho
Conteúdos
7º Ano
8º Ano
9º Ano
Sistematizar os constituintes principais da frase e respetiva composição (1).
Grupo nominal; grupo verbal; grupo adjetival; grupo preposicional; grupo adverbial (DT B4.1.)
X
X
X
Sistematizar processos sintáticos de concordância (2).
Concordância; elipse (DT B.4.5.)
X
X
X
Sistematizar relações entre constituintes principais de frases e as funções sintáticas por eles desempenhadas.
Funções sintáticas ao nível da frase (DT B.4.2.)
X
X
X
Detetar diferentes configurações da função sintática de sujeito.
Sujeito frásico (oração completiva e oração substantiva relativa) Sujeito composto (4) (DT B.4.2.)
X
X
X
Sistematizar funções sintáticas: − ao nível da frase; − internas ao grupo verbal; − internas ao grupo nominal; − internas ao grupo adjetival; − internas ao grupo adverbial.
Funções sintáticas (DT B.4.2.) Sujeito; predicado; modificador; vocativo. Complemento (direto, indireto e oblíquo); predicativo (predicativo do sujeito e predicativo do complemento direto); modificador (modificador de frase, modificador do grupo verbal); modificador do nome (com forma de GN, GP e GAdj) e modificador do nome (com forma de oração relativa restritiva e relativa explicativa). Complemento do nome; modificador. Complemento do adjetivo Complemento do advérbio
X
X
X
Transformar frases ativas em frases passivas e vice-versa (passivas reversíveis a partir de frases ativas com complexo verbal).
Frase passiva (DT B.4.3.)
X
X
X
Sistematizar processos de articulação de grupos e de frases (8).
Coordenação assindética (DT B.4.4.)
X
X
X
Distinguir processos sintáticos de articulação entre frases complexas (9).
Coordenação: oração coordenada conclusiva e explicativa Subordinação: oração subordinada substantiva (completiva); oração subordinada adjetiva (relativa restritiva e relativa explicativa); oração subordinada adverbial: concessiva e consecutiva (DT B.4.4)
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7º Ano
8º Ano
9º Ano
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PLANO LEXICAL E SEMÂNTICO Descritores de desempenho
Conteúdos Vocabulário; neologismo, arcaísmo (DT B.5.1.)
Caracterizar os processos irregulares de formação de palavras e de inovação lexical.
Acrónimo, sigla, extensão semântica, empréstimo, amálgama, truncação (DT B.5.3.)
Determinar os significados que dada palavra pode ter em função do seu contexto de ocorrência (2).
Estrutura lexical; campo semântico (DT B.5.2.)
Distinguir propriedades semânticas que diferenciam palavras com um só significado de palavras com mais do que um significado.
Significação lexical; monossemia e polissemia (DT B.5.2.)
Sistematizar relações semânticas de semelhança e oposição, hierárquicas e de parte-todo (3).
Hiperonímia, hiponímia (DT B.5.2.)
Caracterizar relações entre diferentes categorias, lexicais e gramaticais, para identificar diversos valores semânticos na frase (4).
Valor temporal (DT B.2.) Valor aspetual/classes aspetuais: evento; situação estativa (DT B.6.3.) Aspeto lexical/ aspeto gramatical (DT B.6.3.)
Caracterizar atitudes do locutor face a um enunciado ou aos participantes do discurso (5).
Valor modal; modalidade (DT. B.6.4.)
X
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X
Novas Leituras 8 –
Sistematizar processos de enriquecimento lexical do português (1).
31
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Novas Leituras | Guia do Professor
PLANO DISCURSIVO E TEXTUAL Descritores de desempenho
Conteúdos
8º Ano
9º Ano
X
X
X
Usar paratextos para recolher informações de natureza pragmática, semântica e estético-literária que orientam e regulam de modo relevante a leitura (1).
Prefácio; posfácio; epígrafe; bibliografia (DT C.1.2.)
Caracterizar elementos inerentes à comunicação e interação discursivas.
Enunciação; enunciado; enunciador/destinatário; intenção comunicativa; contexto extraverbal, paraverbal, verbal; universo do discurso (DT C.1.1.)
X
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Identificar diferentes atos de fala.
Ato de fala direto/indireto (DT C.1.1.) (2)
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Caracterizar modalidades discursivas e sua funcionalidade. Distinguir modos de reprodução do discurso no discurso e sua produtividade.
Monólogo (3) Discurso indireto livre (4) (DT C.1.1.2.)
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X
Usar princípios reguladores da interação verbal (5).
Princípio da cooperação; máximas conversacionais: de quantidade; de qualidade; de modo (DT C.1.1.1.)
X
X
X
Deduzir informação não explicitada nos enunciados, recorrendo a processos interpretativos inferenciais (6).
Pressuposição; implicação; implicatura conversacional (DT C.1.1.3.)
X
X
X
Reconhecer propriedades configuradoras da textualidade: − coerência textual; − referência; − coesão textual.
Macroestruturas textuais/microestruturas textuais (DT C.1.2.) Progressão temática Deixis (pessoal, temporal, espacial) (DT C.1.1); anáfora (DT C.1.2.) Conectores discursivos (aditivos ou sumativos; conclusivos ou explicativos; contrastivos ou contra-argumentativos) (DT C.1.1.)
X
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X
Interpretar várias modalidades e relações de intertextualidade (7).
Intertexto; hipertexto (DT C.1.2.)
Caracterizar os diferentes géneros e subgéneros literários e respetiva especificidade semântica, linguística e pragmática.
Modo narrativo, modo lírico e modo dramático Tipologia textual (DT C.1.2.) Plurissignificação (DT C.1.2.) (DT C.1.3.1.9)
Identificar figuras de retórica e tropos como mecanismos linguísticos geradores de densificação semântica e expressividade estilística: − figuras de dicção (de natureza fonológica, morfológica e sintática); − figuras de pensamento; − tropos.
Aliteração; pleonasmo; anáfora; hipálage Prosopopeia; imagem; antítese; perífrase; hipérbole; eufemismo; ironia Metáfora; alegoria; símbolo; sinédoque
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X
X
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7º Ano
8º Ano
9º Ano
X
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X
Sistematizar regras de uso de sinais Sinais auxiliares da escrita (DT E.2.) auxiliares da escrita para: Aspas (6) − destacar contextos específicos de utilização.
X
X
X
Sistematizar regras de configuração gráfica para: − destacar palavras, frases ou partes de texto; − adicionar comentários de referência ou fonte.
Formas de destaque (DT E.3.) Sobrescrito Susbscrito Nota de rodapé
X
X
X
Desambiguar sentidos decorrentes de relações entre a grafia e fonia de palavras.
Conhecimento gramatical e lexical Homonímia (DT E.5.) (7)
X
X
X
PLANO DA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRÁFICA Descritores de desempenho Sistematizar as regras de uso de sinais de pontuação (1) para: − delimitar constituintes de frase; − veicular valores discursivos.
Novas Leituras 8 –
7º Ano
Conteúdos Sinais de pontuação (DT E.2.) (2) (3) (4) (5);
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3
3
3
PLANIFICAÇÃO ANUAL
Estes materiais encontram-se disponiveis, em formato editável, em
1º
Calendarização/ PERÍODO
1º
Calendarização/ PERÍODO
Aulas
Leitura
Autoavaliação
Dicas úteis para o sucesso escolar
Vamos conhecer
3º Período:
• Utilizar procedimentos para clarificar, registar, tratar e reter a informação, em função de necessidades de comunicação específica: − identificar ideias-chave; tomar notas − solicitar informação complementar − elaborar e utilizar grelhas de registo − esquematizar • Utilizar a escrita para estruturar o pensamento e sistematizar conhecimentos
• Ensaio – “O que é hoje a televisão?”, Eduardo Cintra Torres – explicitação do sentido global do texto – identificação do tema e ideias principais
LEITURA
• Sugestões de leitura
• Ficha de Leitura
• Polissemia • Campo semântico
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• Produção escrita de um texto de opinião a partir de uma tira de banda desenhada (BD) do Calvin & Hobbes
ESCRITA
SEQUÊNCIA 1 – Textos dos Media e Instrucionais
RECURSOS COMPLEMENTARES
Aulas
• Planos de aula (n.º 4, 5, 6, 7) • 20 Aula Digital • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
• Guia do Professor: Contrato Pedagógico de Leitura
• Plano de aula (n.º 1, 2, 3)
• Antecipação de sentidos – Cartoon do Quino “As Tecnologias da Informação e da Comunicação”, – intenção crítica: apresentação oral das conclusões
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
• Utilizar procedimentos adequados à organização e tratamento da informação: − tomar notas; identificar ideias-chave − elaborar e utilizar grelhas de registo – esquematizar
• Recorrer à escrita para assegurar o registo e o tratamento de • Autoavaliação do trabalho de casa informação ouvida ou lida (P. ex., notas, esquemas, sumários, sínteses) • Autoavaliação do comportamento • Utilizar informação pertinente, mobilizando conhecimentos pessoais ou nas aulas dados obtidos em diferentes fontes • Autoavaliação do caderno diário • Utilizar, de modo autónomo, a leitura para localizar, selecionar, avaliar e organizar a informação
• Métodos e hábitos de estudo • Organização do material • Tomada de notas • Resumos • Construção do portefólio - Regras essenciais na elaboração de um portefólio • Resolução dos testes - Glossário de verbos frequentes nos questionários
Descritores de desempenho
Aulas
• Usar paratextos para recolher informações de natureza pragmática, semântica e estético-literária que orientam e regulam de modo relevante a leitura
2º Período:
• O manual de Língua Portuguesa
SEQUÊNCIA 0 – Organizar o estudo
TESTE DIAGNÓSTICO
1º Período:
PLANIFICAÇÃO ANUAL - 8º Ano de Escolaridade
34
ESCOLA
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Novas Leituras | Guia do Professor
• Produção de um texto de caráter expositivo subordinado ao tema da obesidade na adolescência
• Funções sintáticas: complemento direto vs. complemento indireto • Frase ativa vs. frase passiva • Frases passivas reversíveis a partir de frases ativas com complexo verbal
• Formas/tempos verbais: • Produção escrita de um o imperativo e o texto de caráter presente do conjuntivo instrucional, “Receita para fazer um bom aluno”: exploração da imitação criativa
• Artigo informativo – “Jovens passam muito tempo sentados” – explicitação do tema e das ideias principais – interpretação de dados estatísticos
• Texto 1 – Receita: “Arroz de atum no forno”, Programa 100% – texto instrucional: finalidade e características • Texto 2: “Receita para fazer um herói”, Reinaldo Ferreira – texto literário vs. texto não literário
• Visionamento de um vídeo – “Obesidade na infância e na adolescência”: causas, consequências e medidas de prevenção da obesidade
• Audição de uma notícia – “Alterações climáticas deixam mil milhões de pessoas em risco”: identificação das ideias-chave
• Plano de aula (n.º 23) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Planos de aula (n.º 19, 20, 21, 22) • 20 Aula Digital • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Plano de aula (n.º 18) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Planos de aula (n.º 15, 16, 17) • • CD Áudio • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
TESTE FORMATIVO
Para saber: Texto de opinião – estrutura e linguagem; argumentos e contra-argumentos
Atividades complementares: Recolha de informações sobre os primórdios da televisão; Debate sobre reality shows; Pesquisa biográfica sobre Clifford Stoll; Recolha de informações sobre o aquecimento global e suas consequências na vida do planeta (Ciências Naturais); Concurso de produção escrita; Elaboração de um inquérito sobre os hábitos dos adolescentes (Formação Cívica), aplicação do inquérito e apresentação dos dados sob a forma de gráficos (Matemática); Troca de ideias sobre distúrbios alimentares; Pesquisa sobre receitas de culinária saudáveis (Programa 100%).
• Produção escrita da carta solicitada no concurso: “Imagina que és uma árvore. Explica porque é importante proteger a floresta”
• Regulamento – “A melhor carta de 2011”, CTT e • Processos irregulares ANACOM de formação de – identificação das entidades promotoras, do objetivo, palavras: sigla e dos destinatários e dos requisitos do concurso acrónimo
• Planos de aula (n.º 8, 9, 10, 11) • PowerPoint (a entrevista; o debate) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 12, – exploração do sentido 13, 14) do texto a partir de um • Suporte Gramatical cartoon • Caderno de Exercícios
. Debate – vantagens e desvantagens da Internet: apresentação, justificação e defesa de ideias
3. Planificação anual | Novas Leituras
Novas Leituras 8 –
1º
• Tempos verbais: o • Produção de um texto futuro do indicativo e do de caráter preditivo a conjuntivo partir de uma • Complexos verbais com publicidade da Quercus valor de futuro
• Artigo informativo – “O futuro do planeta para treinadores de bancada”, Jornal i – explicitação do sentido global do texto – identificação do tema e ideias principais
• Produção escrita de uma história verdadeira ou fictícia, destinada a um blogue
• Variedades linguísticas: variedade brasileira vs. variedade europeia (norma padrão)
• Texto de um blogue – “Relacionamentos virtuais” – explicitação do sentido global do texto – identificação do tema e ideias principais
. Correção ortográfica do anúncio “Computador solitário…”, Alguém A. Chuva, e produção escrita da resposta ao anúncio
• Processos irregulares de formação de palavras: extensão semântica, empréstimo, onomatopeia
• Entrevista – “Internet é receita para deixar de pensar”, Clifford Stoll – estrutura da entrevista – identificação do tema e das ideias principais – opinião vs. facto
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35
1º
• Produção escrita de um texto de opinião com caráter instrucional: enumeração das vantagens da leitura/ incitamento à leitura
ESCRITA
• Campo lexical • Frase simples vs. frase complexa • Coordenação e subordinação • Classes das palavras: advérbio conectivo
• Campo lexical • Classes das palavras: o nome
• Produção de um texto narrativo subordinado a um tema proposto, baseado nas aventuras de Robinson
• Produção escrita do desenrolar dos acontecimentos do excerto lido
• Processos morfológicos • Produção de um texto de formação de palavras: de caráter descritivo: derivação por apresentação de um prefixação, por espaço (a escola) sufixação, por parassíntese e não-afixal
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• PPEB – O Conto da Ilha Desconhecida, José Saramago • Hiperonímia e hiponímia • Produção escrita da • Discurso direto vs. biografia de José (excerto) discurso indireto Saramago: pesquisa – ordenação de frases de acordo com a sequência • Pontuação: reescrita do sobre a vida e a obra do dos acontecimentos no texto segundo período do escritor e leitura de um – ação: identificação das ideias principais texto excerto da sua – narrador: classificação quanto à presença e à autobiografia focalização
• PPEB/PNL – Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, Michel Tournier (excerto) – ação: identificação das ideias principais – interpretação
• PPEB/PNL – Sexta-Feira ou a Vida Selvagem, Michel Tournier (excerto) – localização da ação no tempo e no espaço – personagens – ação: identificação das ideias principais – expressividade dos recursos de retórica
• PPEB – Um Fio de Fumo nos Confins do Mar, Alice Vieira (excerto) – explicitação do sentido global do texto – identificação das ideias principais – narrador: classificação quanto à presença
• Mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil – “Um livro espera-te. Procura-o”, Eliacer Cansino – explicitação do sentido global do texto – identificação do tema e ideias principais
LEITURA
SEQUÊNCIA 2 – Texto Narrativo I: Literatura Juvenil RECURSOS COMPLEMENTARES
• Planos de aula (n.º 34, 35, 36) • • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Planos de aula (n.º 30, 31, 32, 33) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios • CD Áudio
• Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 37, – partilha oral de um 38, 39, 40) sonho/pesadelo, a partir • Suporte Gramatical da leitura de uma • Caderno de Exercícios prancha de BD do Calvin & Hobbes • Reflexão em grupo sobre uma afirmação de Amyr Klink
• Antecipação de sentidos: visionamento de um excerto do filme O Náufrago, Robert Zemeckis – apresentação oral das ideias registadas por tópicos • Debate – benefícios e malefícios do mar: defesa de um ponto de vista
• Antecipação de sentidos: audição da música “Senhora do Mar”, interpretada por Vânia Fernandes – diálogo orientado
• Diálogo orientado – • Planos de aula (n.º 27, meio de transporte mais 28, 29) adequado para • Suporte Gramatical empreender uma viagem • Caderno de Exercícios longa: manifestação de opiniões
• Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 24, – diálogo orientado a 25, 26) partir de cartazes do “Dia Mundial do Livro” • Reconto oral de uma história de aventuras
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
36
Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
• Funções sintáticas: complemento indireto vs. complemento oblíquo, sujeito, modificador do grupo verbal e modificador de frase • Classes de palavras: adjetivo • Flexão do adjetivo em grau • Funções sintáticas: predicativo do sujeito, modificador (do nome) restritivo • Formas verbais: infinitivo impessoal e infinitivo pessoal
• PNL – Pardinhas, António Mota (excerto) – ação: explicitação do sentido global do texto – personagens: caracterização, estado de espírito – expressividade dos recursos de retórica – manifestação de opiniões
• PPEB – O Clã do Urso das Cavernas, Jean M. Auel (excerto) – verdadeiro/falso: explicitação do sentido global do texto – ação: identificação das ideias principais – personagens: caracterização
• PNL – Novas Histórias ao Telefone, “A Fuga de Polichinelo”, Gianni Rodari (conto integral) – completamento de frases de acordo com o sentido global do texto – ação: identificação das ideias principais – expressividade dos recurso de retórica – manifestação de opiniões
• Produção escrita de um texto de caráter informativo: apresentação das conclusões do debate
• Produção escrita de um texto de caráter descritivo: o retrato (físico e psicológico)
• Produção escrita do desenrolar dos acontecimentos narrados no excerto, a partir da audição da música “Ei-los que partem”, Manuel Freire
• Produção escrita da página de um diário: reinvestimento em textos pessoais de informações decorrentes da leitura efetuada
ESCRITA
• Planos de aula (n.º 41, 42, 43) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios •
RECURSOS COMPLEMENTARES
• Antecipação de sentidos – audição de uma notícia: especulação sobre o motivo da situação relatada • Debate – manifestação/ defesa de opiniões (fuga de Polichinelo)
• Planos de aula (n.º 50, 51, 52) • CD Áudio • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Planos de aula (n.º 47, 48, 49) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 44, – visionamento de uma 45, 46) reportagem: causas da • emigração • CD Áudio • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Antecipação de sentidos – exploração de universos no plano imaginário: narração de uma possível história que o avô poderia contar aos netos
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
TESTE FORMATIVO
Para saber: Texto narrativo – categorias da narrativa
Atividades complementares: Elaboração de cartazes e criação de slogans promotores da leitura; Visionamento de um excerto do filme Robinson Crusoe; Pesquisa sobre os navios Hispaniola e Nautilus e as personagens Rocinante, Sinbad e Huckleberry; Sugestão de leitura das obras correspondentes; Trabalho de grupo: semelhanças e diferenças entre a obra Sexta-Feira ou a Vida Selvagem e o filme O Náufrago; Recolha de informações sobre Ramadés e a escrava Aída; Análise de gráficos sobre a emigração portuguesa; Sugestão da leitura integral de O Clã do Urso das Cavernas, Jean M. Auel; Recolha de informações e visionamento de um vídeo sobre a evolução do Homem (História); Produção escrita do autorretrato; Produção escrita de uma biobibliografia.
• Funções sintáticas: modificador do grupo verbal, modificador de frase e modificador (do nome) apositivo
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• PNL – Pardinhas, António Mota (excerto) – localização da ação no tempo e no espaço; – personagens: caracterização – ação: identificação das ideias principais – narrador: classificação quanto à presença
LEITURA
SEQUÊNCIA 2 – Texto Narrativo I: Literatura Juvenil
3. Planificação anual | Novas Leituras
Novas Leituras 8 –
2º
Calendarização/ PERÍODO
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37
2º
• Variedades linguísticas: variedade brasileira • Formas verbais: pretérito imperfeito, pretérito perfeito e pretérito mais-queperfeito (tempos simples e compostos) • Funções sintáticas: tipos de sujeito • Flexão verbal: verbos defetivos impessoais e unipessoais
• Oração subordinada adverbial comparativa • Relações entre palavras escritas e entre grafia e fonia: homonímia, homografia, homofonia • Campo semântico • Campo lexical • Processos irregulares de formação de palavras: amálgama • Variedades linguísticas: variedade africana vs. variedade europeia (norma padrão)
• Frases simples vs. frase complexa • Orações finitas vs. orações não finitas
• PPEB – A Inaudita Guerra da Avenida de Gago Coutinho e Outras Histórias, “In Excelsum”, Mário de Carvalho (conto integral) - ordenação de frases de acordo com a sequência dos acontecimentos no texto - ação: identificação das ideias principais - personagens: estado de espírito - manifestação de opiniões
• PPEB – Contos, “A Palavra Mágica”, Vergílio Ferreira (conto integral) - delimitação da estrutura da ação - organização da ação - ação: identificação do tema e das ideias principais - personagens: estado de espírito - caracterização do espaço social
• O Fio das Missangas, “O Mendigo Sexta-Feira Jogando no Mundial”, Mia Couto (conto integral) - ordenação de frases de acordo com o sentido do texto - delimitação dos momentos da ação - ação: identificação das ideias principais - personagens: retrato - narrador: classificação quanto à presença e quanto à focalização - intenção crítica subjacente à ação
• PPEB – A Pérola, John Steinbeck (excerto) - localização da ação no espaço - personagens: caracterização, estado de espírito - ação: identificação das ideias principais - narrador: classificação quanto à presença
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• PPEB – Comédias para se Ler na Escola, “O Homem Trocado”, Luís Fernando Veríssimo (conto integral) – localização da ação no tempo e no espaço – ação: identificação das ideias principais – personagens: estado de espírito – adequação de um provérbio ao sentido do texto
LEITURA
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
RECURSOS COMPLEMENTARES
• Produção escrita de um narrativo a partir de uma sequência de imagens: reconstituição dos acontecimentos retratados
• Produção escrita de uma carta formal, com base na leitura efetuada
• Produção escrita de uma publicidade de caráter institucional, a partir de uma imagem
• Produção escrita da rotina diária do Calvin, a partir de uma tira de BD da personagem
• Planos de aula (n.º 65, 66, 67) • CD Áudio • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Antecipação de sentidos • Plano de aula (n.º 68, – reconstituição oral dos 69, 70) acontecimentos • Suporte Gramatical retratados numa • Caderno de Exercícios sequência de imagens
• Antecipação de sentidos – audição da música “Quem me leva os meus fantasmas?”, Pedro Abrunhosa: identificação das ideias principais
• Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 59, – manifestação de 60, 61, 62, 63, 64) opiniões • Suporte Gramatical • Leitura encenada do • Caderno de Exercícios conto
• Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 56, – partilha de reações/ 57, 58) sensações provocadas • Suporte Gramatical por uma situação de • Caderno de Exercícios tensão
• Produção escrita de um • Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 53, texto de opinião, a partir – exploração de 54, 55) de uma tira de BD do elementos • Suporte Gramatical Calvin & Hobbes paratextuais • Caderno de Exercícios
ESCRITA
SEQUÊNCIA 3 – Texto Narrativo II: Autores Portugueses, de Língua Oficial Portuguesa e Estrangeiros
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Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
ESCRITA
• Orações subordinadas • Produção escrita de substantivas uma notícia sobre a completivas descoberta da maior • Discurso indireto vs. pérola do mundo orações subordinadas substantivas completivas • Frase simples vs. frase complexa – exercício de transformação
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• Antecipação de sentidos – visionamento de um excerto do filme Diamante de Sangue, Edward Zwick: exploração de universos no plano imaginário • Simulação de uma reportagem
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
• Planos de aula (n.º 71, 72, 73) • • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
TESTE FORMATIVO
Para saber: O Conto – estrutura e características
Atividades complementares: Recolha de vocábulos característicos de uma zona geográfica e de uma época; Listagem de autores de origem africana; Recolha de informações sobre o “Exército da Salvação”; Leitura de notícias sobre mendigos e sem-abrigo; Trabalho de pesquisa sobre populações indígenas; Pesquisa sobre o valor e a simbologia das pérolas; Investigação sobre a realidade dos “diamantes de sangue”.
• PPEB– A Pérola, John Steinbeck (excerto) – ação: identificação das ideias principais – personagens: relações interpessoais – caracterização do espaço social
LEITURA
SEQUÊNCIA 3 – Texto Narrativo II: Autores Portugueses, de Língua Oficial Portuguesa e Estrangeiros
3. Planificação anual | Novas Leituras
Novas Leituras 8 –
2º
Calendarização/ PERÍODO
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39
3º
• Modo oral vs. modo escrito • Variedades linguísticas: variedades geográficas, sociais e situacionais • Norma padrão
• PNL – Os Herdeiros da Lua de Joana, Maria Teresa Maia Gonzalez (excerto) – ação: identificação das ideias principais – personagens: caracterização, estado de espírito – as didascálicas
• Produção escrita de um guião para uma peça de teatro, a partir de um provérbio relacionado com a mentira
ESCRITA
• Antecipação de sentidos – diálogo orientado: vícios que põem a vida em risco • Visionamento da notícia sobre a morte precoce de Amy Winehouse: exploração de sentidos; comparação de textos em função da temática e dos objetivos
• Visionamento do testemunho de Rui Mendes sobre teatro: “O que é o teatro?”: identificação das ideias principais; exposição oral sobre o que, na perspetiva do ator, é o teatro • Antecipação de sentidos: exploração do sentido de provérbios • Dramatização de uma das cenas de Falar Verdade a Mentir
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
• Planos de aula (n.º 80, 81, 82) • • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Planos de aula (n.º 74, 75, 76, 77, 78, 79) • • PowerPoint (Almeida Garrett – biobibliografia; Romantismo) • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
TESTE FORMATIVO
Para saber: Texto dramático – elementos constitutivos do texto dramático
Atividades complementares: Pesquisa sobre a vida e a obra de Almeida Garrett, a época em que viveu, sobretudo os hábitos de vida da burguesia lisboeta, e a estética do Romantismo; Dramatização de textos; Pesquisa sobre celebridades que perderam a vida precocemente devido ao consumo de drogas; Elaboração de um cartaz de sensibilização (Educação Visual)
• Classes de palavras: interjeição e locução interjetiva • Ortografia: senão e se não • Pronominalização
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• PPEB/PNL – Falar Verdade a Mentir, Almeida Garrett (texto integral) – elementos constitutivos do texto dramático: • estrutura externa (atos e cenas) • estrutura interna (exposição, conflito e desfecho) • texto principal (falas das personagens) • texto secundário (didascálias) • Personagens: relações interpessoais, caracterização • o aparte • tipos de cómico (cómico de linguagem, de caráter e de situação) • género dramático: comédia
LEITURA
SEQUÊNCIA 4 – Texto Dramático
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Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
RECURSOS COMPLEMENTARES
• Funções sintáticas: predicativos do sujeito; modificador (do nome) restritivo
• Ortografia: Ah, há e à
• “Desejos vãos”, Florbela Espanca - tema (desejos vãos) - análise temática - estrutura formal: estrofe, rima, sílaba métrica e esquema rimático
• “A criança que fui chora na estrada”, Fernando Pessoa - tema (perda de identidade) - análise temática
• Produção escrita de um texto com características poéticas: exploração da imitação criativa
• Produção escrita de um • Antecipação de sentidos • Planos de aula (n.º 86, • Classes de palavras: texto com 87) preposição – campo vs. cidade: características poéticas: • Suporte Gramatical • Processos morfológicos manifestação de exploração da imitação • Caderno de Exercícios de formação de preferências criativa palavras: composição morfológica e composição morfossintática
• Audição do poema “Destino”, Fernando Pessoa, interpretado pelo grupo Da Weasel: comparação dos textos em função da temática
• • • •
Plano de aula (n.º 90) CD Áudio Suporte Gramatical Caderno de Exercícios
• Planos de aula (n.º 88, 89) • • CD Áudio • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• Planos de aula (n.º 84, 85) • • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
• “Cidade”, Sophia de Mello Breyner Andresen • “Cidade”, Carlos Queiroz - tema (a cidade) - comparação dos textos em função da temática e dos objetivos - estrutura formal: esquema rimático
• Antecipação de sentidos – leitura de frases construídas pelos alunos sobre os livros • Visionamento de O Planeta Agradece, “As florestas”: importância da preservação das florestas • Declamação de poemas
• Classes de palavras: • Produção escrita de adjetivo; quantificadores uma síntese a partir da • Flexão do adjetivo em audição do texto: grau O Planeta Agradece, “As Florestas”
• Antecipação de sentidos • Plano de aula (n.º 83) – exploração de uma tira BD
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
• “Num exemplar das geórgicas”, Eugénio de Andrade • “Livros”, João Pedro Mésseder - tema (os livros) - comparação dos textos em função da temática e dos objetivos - valor semântico de recursos expressivos
• Conclusão do poema inacabado de Jeremy
ESCRITA
• Figuras de retórica e tropos: comparação, metáfora, personificação; valor expressivo
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• “Poetas”, Florbela Espanca - tema (a alma dos poetas) - análise temática - sujeito poético: estado de espírito - estrutura formal: noção de estrofe, rima e sílaba métrica
LEITURA
SEQUÊNCIA 5 – Texto Lírico
3. Planificação anual | Novas Leituras
Novas Leituras 8 –
3º
Calendarização/ PERÍODO
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3º
• Discurso direto vs. discurso indireto • Divisão e classificação de orações
• “Retrato”, Cecília Meireles • “Autorretrato”, Manuel Bandeira - tema (autorretrato) - sujeito poético: estado de espírito - análise temática - comparação dos textos em função da temática e dos objetivos.
TESTE FORMATIVO
Para saber: Texto lírico – verso, estrofe, metro e rima
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
• Produção escrita de um texto com características poéticas: exploração da imitação criativa
• Produção escrita de um • Audição do poema texto com “Amor é um fogo que características poéticas: arde sem se ver”, Luís exploração da imitação de Camões, interpretado criativa pelo grupo Pólo Norte: comparação dos textos em função da temática
ESCRITA
Atividades complementares: Pesquisa sobre a vida e obra dos poetas citados ao longo da sequência.
• Classes de palavras: advérbio de predicado • Funções sintáticas: modificador do grupo verbal
CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
• “Adeus”, Miguel Torga - tema (despedida de amor) - análise temática - sujeito poético: estado de espírito
LEITURA
SEQUÊNCIA 5 – Texto Lírico
• • • • •
CD Áudio Suporte Gramatical Caderno de Exercícios
Plano de aula (n.º 93)
• Planos de aula (n.º 91, 92) • CD áudio • Suporte Gramatical • Caderno de Exercícios
RECURSOS COMPLEMENTARES
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Calendarização/ PERÍODO
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
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3. Planificação anual | Novas Leituras
COMPETÊNCIAS
COMPREENSÃO/ EXPRESSÃO ORAL
REFERENCIAL DE TEXTOS • • • • • • • • • • • • • •
LEITURA
• • TEXTOS LITERÁRIOS E PARALITERÁRIOS • • • • • • • • • • •
TEXTOS NÃO LITERÁRIOS
ESCRITA
• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
diálogos orientados discussões; debates; discursos; entrevistas notícias; reportagens; documentários críticas; comentários anúncios publicitários; propaganda relatos; recontos exposições orais descrições leituras em voz alta; recitação de poemas leituras encenadas; dramatizações narrativas da literatura portuguesa, clássica e contemporânea narrativas da literatura dos países de língua oficial portuguesa narrativas da literatura universal, clássica e contemporânea literatura popular e tradicional (cancioneiro, contos, mitos, fábulas, lendas,…) narrativas juvenis de aventura, históricas, policiais, de fição, científica e fantásticas… narrativas juvenis de caráter realista, com registo intimista, de reflexão social… textos dramáticos, espetáculos de teatro poemas crónicas relatos de viagem biografias; autobiografias diários; memórias narrativa historiográfica adaptações para filme e séries de televisão de obras literárias ensaios; discursos descrições; retratos; autorretratos textos científicos; textos de enciclopédias, de dicionários, etc.; textos de manuais escolares notícia; reportagem; entrevista texto de opinião; crítica; comentário textos de blogues e fóruns de discussão propaganda; material de publicidade banda desenhada cartas; correio eletrónico; SMS; convites; avisos; recados regulamentos; normas roteiros, sumários, notas, esquemas, planos índices; ficheiros; catálogos; glossários currículo; carta de apresentação narrativas recontos, resumos, paráfrases de narrativa autobiografias, diários, memórias descrições, retratos, autorretratos relatórios, relatos, textos expositivos e explicativos resumos, sínteses e esquemas de textos expositivos e explicativos notícias; artigos informativos; reportagens entrevistas, inquéritos textos de opinião; comentários; textos para blogues e fóruns de discussão diálogos, guiões para dramatizações ou filmes; bandas desenhadas textos com características poéticas cartas; correio eletrónico; SMS; convites; avisos; recados roteiros; sumários; notas; esquemas; planos regulamentos; normas
7º Ano
8º Ano
9º Ano
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X X X X X X X X X X X X X
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Novas Leituras 8 –
NOTA: Corpus textual de leitura integral a incluir no Projeto Curricular de Turma, no 8.º Ano (pág. 138 PPEB): • três narrativas de autores portugueses • dois textos dramáticos de autores portugueses (incluindo literatura juvenil) • um conto de autor de país de língua oficial portuguesa • um texto de autor estrangeiro • dois textos da literatura juvenil • poemas de subgéneros variados
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TESTES DE AVALIAÇÃO
NOTA Estes testes estão disponíveis, em formato editável, em
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Novas Leituras | Guia do Professor
TESTE N.° 1
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Assinala verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmações seguintes de acordo com o sentido da notícia que acabaste de ouvir. Corrige as falsas. 1.1. Um estudo revelou que as crianças e os jovens portugueses são os que correm mais riscos quando utilizam a Internet.
1.2. O mesmo estudo concluiu que as crianças e os jovens portugueses são os menos vigiados pelos pais.
1.3. O objetivo deste estudo era perceber a ocorrência de fatores de risco associados ao uso da Internet.
2. Escreve na coluna do meio a alínea correspondente à pessoa entrevistada que proferiu as declarações da primeira coluna. DECLARAÇÕES
ENTREVISTADOS
2.1. “… a minha mãe não vai ver em que sites é que eu estive…” 2.2. “Eu conheço amigos que já tiveram encontros, mas […] é preciso ter cuidado.”
a) aluna
2.3. “A minha mãe […] vai ver o que é que eu consultei.”
b) aluno
2.4. “… a minha mãe também tem facebook…”
Novas Leituras 8 –
2.5. “… nas redes sociais […] não falo com pessoas desconhecidas…” 3. Seleciona a alínea que te permite obter uma resposta correta. 3.1. O lema do projeto SeguraNet é: a) “Tu decides onde navegas.” b) “Tu decides para onde vais.” c) “Tu decides o que consultas”.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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GRUPO II
A dependência da Internet
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Apenas na segunda metade da década de 90 se começou a falar de dependência da Internet, e desde então os estudos sobre a questão têm vindo a multiplicar-se. No entanto, ainda não existe consenso quanto à definição desta nova forma de comportamento dependente, já que geralmente as perturbações relacionadas com dependências envolvem o uso de substâncias químicas ou outras. A Internet, contrariamente a outras dependências, oferece benefícios diretos, sendo que apenas se poderá considerar o seu uso patológico quando o consumo excessivo de tempo em atividades na mesma tem prejuízo pessoal evidente, quer a nível individual como profissional. Este uso excessivo tem como sintomas: preocupação com a Internet; necessidade de gastar cada vez mais tempo online para conseguir satisfação; incapacidade de controlar, reduzir ou parar a utilização da Internet; ligar-se para fugir a problemas ou para aliviar um estado de ansiedade, tal como depressão ou malestar; arriscar a perda de uma relação significativa quer seja pessoal, profissional ou educacional; mentir às pessoas com quem se convive sobre o tempo que se está ligado; etc. É difícil definir com exatidão quais as causas desta dependência. Alguns estudos consideram que é a
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própria natureza da Internet que a torna propensa à dependência, outros defendem que não é a Internet por si só que causa dependência, mas sim as aplicações com características interativas. Certamente não se poderá atribuir o desenvolvimento da dependência a uma característica por si só. O impacto comportamental da Internet será provavelmente causado pela conjugação de várias características da mesma, tais como: a facilidade de acesso; a diversidade de conteúdos; o baixo custo; a estimulação visual; a autonomia; o anonimato e a interatividade, aliadas à própria personalidade do utilizador. Não se pretende com este texto desincentivar o uso da Internet, apenas recomendar o uso moderado e consciente, da mesma. A Internet é um instrumento de trabalho e de lazer que se tornou indispensável nos nossos dias. Importa, no entanto, compreender que esta ferramenta deve ser utilizada de modo a que o seu uso não afete de forma negativa a nossa vida nas suas várias vertentes. A chave para evitar a dependência é essencialmente o uso moderado. Leituras Cruzadas, 05.04.2010 http://leituras-cruzadas.blogspot.com/2010/04/dependenciada-internet.html (acedido a 21.11.2010)
1. “… os estudos sobre a questão têm vindo a multiplicar-se. (linha 3-4) 1.1. Identifica a “questão” objeto de vários estudos.
1.2. Explica o facto de não haver consenso relativamente a essa “questão”.
1.3. Esclarece em que circunstâncias pode o uso da Internet ser considerado uma doença.
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2. O uso da Internet pode tornar-se patológico. 2.1. Enuncia, de forma sucinta, o modo como se manifesta essa doença a nível comportamental.
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Novas Leituras | Guia do Professor
2.2.Aponta as causas enunciadas no texto que determinam esse comportamento.
3. Seleciona a opção que te permite obter uma afirmação adequada ao sentido do texto, justificando a tua resposta. 3.1. Com este texto pretende-se que as pessoas: a) deixem de utilizar a Internet. b) utilizem a Internet apenas como instrumento de trabalho. c) utilizem a Internet moderada e conscientemente.
GRUPO III
1. “A chave para evitar a dependência é essencialmente o uso moderado.” (linhas 45-46) 1.1. Esclarece o sentido da palavra “chave” na frase anterior.
1.2. Constrói uma frase em que essa palavra adquira um significado diferente.
2. Há pessoas que precisam “ligar-se para fugir a problemas ou para aliviar um estado de ansiedade…” (linhas 18-19) 2.1. Na frase anterior, a palavra “estado” significa: a) condição. b) domínio. c) governo. 2.2.Atenta no campo semântico da palavra estado e estabelece a correspondência correta entre as expressões e o seu significado.
Novas Leituras 8 –
EXPRESSÕES
SIGNIFICADO
1. estado de sítio
a) magistrado supremo de uma nação
2. estado de choque
b) indivíduo com aptidão reconhecida para dirigir os assuntos da nação
3. chefe de Estado
c) situação oficialmente declarada como grave para a manutenção da ordem pública
4. golpe de Estado
d) ato de força que derruba um governo e o substitui por outro
5. homem de Estado
e) reação do organismo a uma situação de emoção violenta e inesperada que geralmente se manifesta na perda de autocontrolo
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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2.3. Constrói uma frase para cada uma das expressões.
3. Transcreve do texto um exemplo de uma palavra formada por empréstimo.
4. Atenta nas frases seguintes: a) A Internet é usada imoderadamente por algumas pessoas. b) Os investigadores têm realizado vários estudos sobre o uso da Internet. 4.1. Transforma a frase ativa em uma frase passiva e vice-versa. a) b)
GRUPO IV “A Internet é um instrumento de trabalho e de lazer que se tornou imprescindível nos nossos dias.” (linhas 40-42)
Tendo em conta a tua própria experiência enquanto utilizador da Internet, escreve um texto correto e bem estruturado, em que manifestes a tua opinião sobre a afirmação acima transcrita. Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem: – escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; – redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia; – pontua corretamente o texto. Lembra-te que, no final, deves:
Novas Leituras 8 –
• reler com atenção o texto que produziste, • verificar se obedeceste à planificação que fizeste; • conferir se há erros do foro gramatical; • proceder às correções que entenderes necessárias.
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Novas Leituras | Guia do Professor
TESTE N.° 2
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Depois de ouvires com atenção a notícia, completa os espaços em branco do texto abaixo transcrito, com as palavras que te são a seguir fornecidas.
Novas Leituras 8 –
aquecimento árvores baleias comportamento Conservação corais espécies eucalipto glaciares Homem koalas pinguins-imperador raposas tartarugas
Segundo a União Internacional para a da Natureza, há dez em vias de extinção devido ao global. As alterações climáticas, ocasionadas pelo inconsequente do face ao ambiente, ameaçam a preservação de espécies como as do Ártico, os peixes-palhaço, os corais, os pinguins-imperador, as de Couro, os corais, as focas-aneladas, as Quiver, os salmões e as beluga. A ameaça aos deve-se, sobretudo, à concentração de CO2 na atmosfera, que tem implicações na capacidade nutritiva do , único sustento destes animais. No que respeita aos o problema prende-se com a dimuição da espessura dos , cujo impacto negativo se estende aos , devido ao aumento da temperatura dos oceanos. No sentido de alertar para a importância de uma relação sustentável entre a humanidade e o reino animal, mais de 70 países celebraram o Dia Internacional do Animal.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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GRUPO II
O aquecimento global é “irreversível” Por Susana Salvador
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Estudo. Se a humanidade acabasse hoje com as emissões de dióxido de carbono, só dentro de mil anos é que o clima do nosso planeta voltaria ao normal. Cientistas pedem que se atue o mais rapidamente possível para impedir o piorar da situação
O aquecimento global é "irreversível" e nem mil anos serão suficientes para apagar aquilo que a humanidade tem feito ao planeta. "As pessoas pensavam que, se deixássemos de emitir dióxido de carbono, o clima voltaria ao normal dentro de cem ou duzentos anos. Isso não é verdade", disse a norteamericana Susan Solomon, principal autora do estudo ontem publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. As mudanças na temperatura da superfície dos oceanos, no nível de precipitação e no aumento do nível das águas "são em grande parte irreversíveis, por mais de mil anos depois das emissões de CO2 terem parado completamente", acrescentou a cientista da National Oceanic and Atmospheric Adminis-
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tration, dos EUA, e líder do Grupo Intergovernamental sobre a Evolução do Clima das Nações Unidas. "Penso que a verdadeira escala de tempo da persistência destes efeitos não foi percebida", referiu Solomon. "As mudanças climáticas são lentas, mas também são imparáveis e, por isso, temos de atuar agora para que a situação não piore", acrescentou. O estudo surge numa altura em que o Presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou a revisão das medidas tomadas pelo seu antecessor, George W. Bush, defendendo uma maior eficiência energética e dizendo que o futuro da Terra depende da redução da poluição atmosférica. Segundo o estudo, o aquecimento global tem sido travado pelos oceanos, porque a água absorve muita energia para aquecer. Mas o efeito positivo vai dissolver-se com o tempo e os oceanos vão acabar por manter o planeta mais quente durante mais tempo ao libertarem para a atmosfera o calor que têm vindo a acumular. Daí ser falso pensar que as mudanças climáticas podem reverter-se em poucas décadas. Diário de Notícias (versão online), 28/01/2009 (excerto)
Esclarece a que se refere “aquilo que a humanidade tem feito ao planeta” (linhas 7-8).
2. “O aquecimento global é “irreversível”…” (linha 6) 2.1. Especifica os efeitos do aquecimento global no planeta.
3. “Isso não é verdade” (linha 11) 3.1. Diz a que se refere a afirmação anterior.
Indica a condição indispensável para contrariar o aumento do aquecimento global.
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Novas Leituras | Guia do Professor
5.
Identifica o elemento que tem contribuído para abrandar o aquecimento global.
6.
Explica em que medida essa contribuição tende a ser negativa no futuro.
7.
Enquanto conversavam sobre o aquecimento global, dois amigos fizeram os comentários seguintes. António: Eu acho que, se acabarmos com a poluição atmosférica, o planeta voltará ao normal. José: Não me parece! Pelo que tenho lido, o planeta jamais será o que era.
7.1. Indica qual dos dois comentários é o mais adequado ao sentido do texto. Justifica a tua opção, fundamentando-a em elementos do texto.
GRUPO III 1.
Repara nas frases seguintes: a) “… o futuro da Terra depende da redução da poluição atmosférica.” (linhas 32-33) b) Ele lançou por terra tudo o que tinha conseguido até agora. c) Ele é muito terra a terra. d) Ele moveu céus e terra para conseguir o que queria.
1.1. Identifica as expressões que constituem o campo semântico da palavra “terra”.
1.2. Explica o significado de cada uma dessas expressões.
2. O aquecimento global é travado pelos oceanos. 2.1. Reescreve a frase anterior na ativa.
Novas Leituras 8 –
3. “… os oceanos vão acabar por manter o planeta mais quente…” (linhas 37-38) 3.1. Identifica o complexo verbal na frase anterior.
3.2. Reescreve a frase com a forma simples do verbo principal no tempo e modo correspondentes.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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Completa as frases seguintes com os verbos entre parênteses, no presente do conjuntivo. a) Para preservar o planeta, b)
(gastar) menos água.
(fazer) a separação do lixo.
c) Sempre que possível,
(andar) de bicicleta ou a pé.
4.1. Reescreve as frases, usando os mesmos verbos no modo imperativo.
GRUPO IV A preservação do planeta e das espécies é da responsabilidade de todos os cidadãos.
Escreve um texto, que pudesse ser divulgado em um jornal escolar em que manifestes a tua opinião relativamente à responsabilidade de cada cidadão na preservação do planeta e das espécies, apelando ao envolvimento de todos. Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem: – escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; – redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia; – pontua corretamente o texto. Lembra-te que, no final, deves: • reler com atenção o texto que produziste, • verificar se obedeceste à planificação que fizeste; • conferir se há erros do foro gramatical; • proceder às correções que entenderes necessárias.
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Novas Leituras | Guia do Professor
TESTE N.° 3
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Ouve, com atenção, o excerto da Carta de Pero Vaz de Caminha a El-Rei Dom Manuel e, depois, assinala verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmações que se seguem. Corrige as afirmações falsas. 1.1. A fórmula de saudação com que Pero Vaz de Caminha inicia a carta é: “Vossa Alteza”.
1.2. Pero Vaz de Caminha, o capitão-mor da frota, assegura ao rei que percebe muito de navegação.
1.3. O capitão pretende informar El-Rei Dom Manuel sobre a descoberta de uma terra.
1.4. Pero Vaz de Caminha garante ao rei que pretende relatar-lhe apenas a verdade dos factos presenciados.
1.5. A viagem atrasou-se devido a uma tempestade no mar.
1.6. A nau de Vasco de Ataíde desencontrou-se da restante frota.
1.7. A terra que avistaram era plana e tinha muito arvoredo.
Novas Leituras 8 –
1.8. Os habitantes daquela terra tinham a pela clara, vestiam trajes feitos com penas de papagaio e usavam colares de contas brancas.
1.9. Os navegadores e os indígenas trocaram presentes entre si.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
GRUPO II Em menos de um quarto de hora tinham acabado a volta pelo barco, uma caravela, mesmo transformada, não dá para grandes passeios, É bonita, disse o homem, mas se eu não conseguir arranjar tripulantes suficientes para a manobra, terei de ir dizer ao rei que já não a quero, Perdes o ânimo logo à primeira contrariedade, A primeira contrariedade foi estar à espera do rei três dias, e não desisti, Se não encontrares marinheiros que queiram vir, cá nos arranjaremos os dois, Estás doida, duas pessoas sozinhas não seriam capazes de governar um barco destes, eu teria de estar sempre ao leme, e tu, nem vale a pena estar a explicar-te, é uma loucura, Depois veremos, agora vamos mas é comer. Subiram para o castelo de popa, o homem ainda a protestar contra o que chamara loucura, e, ali, a mulher da limpeza abriu o farnel que ele tinha trazido, um pão, queijo duro, de cabra, azeitonas, uma garrafa de vinho. A lua já estava meio palmo sobre o mar, as sombras da verga e do mastro grande vieram deitar-se-lhes aos pés. É realmente bonita a nossa caravela, disse a mulher, e emendou logo, A tua, a tua caravela, Desconfio que não o será por muito tempo, Navegues ou não navegues com ela, é tua, deu-ta o rei, Pedi-lha para ir procurar uma ilha desconhecida, Mas estas coisas não se fazem do pé para a mão, levam o seu tempo, já o meu avô dizia que quem vai ao mar avia-se em terra, e mais não era ele marinheiro, Sem tripulantes não poderemos navegar, Já o tinhas dito, E há que abastecer o barco das mil coisas necessárias a uma viagem como esta, que não se sabe aonde nos levará, Evidentemente, e depois teremos de esperar que seja boa a estação, e sair com a boa maré, e vir gente ao cais a desejar-nos boa viagem, Estás a rir-te de mim, Nunca me riria de quem me fez sair pela porta das decisões, Desculpa-me, E não tornarei a passar por ela, suceda o que suceder. O luar iluminava em cheio a cara da mulher da limpeza, É bonita, realmente é bonita, pensou o homem, que desta vez não estava a referir-se à caravela.
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In O Conto da Ilha Desconhecida, José Saramago, Caminho, 1999
1. Assinala a resposta correta para cada um dos itens de acordo com o sentido do texto. 1.1. As personagens intervenientes na ação são: a) o homem, os tripulantes e a mulher da limpeza. b) o homem, os marinheiros e a mulher da limpeza. c) o homem e a mulher da limpeza. 1.2. A ação passa-se num barco: a) em alto mar, durante a noite. b) ancorado num porto, durante a noite. c) fundeado num cais, durante a tarde. Novas Leituras 8 –
2. Demonstra que o barco onde se encontram as personagens é pequeno.
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Novas Leituras | Guia do Professor
3. “Perdes o ânimo logo à primeira contrariedade” (linhas 4-5) 3.1. Indica de que “contrariedade” se trata.
3.2. Confronta a atitude do homem e a da mulher perante esse contratempo.
3.3. Identifica o argumento usado pelo homem para demonstrar que não desanima “logo à primeira contrariedade” (linha 5)
4. A certa altura, a mulher da limpeza afirma algo que deixa o homem incrédulo. 4.1. Transcreve do texto a afirmação supracitada.
4.2.Esclarece a razão da perplexidade do homem.
5. “A tua, a tua caravela” (linhas 15-16) 5.1. Explica estas palavras da mulher, evidenciando a sua intenção ao proferi-las.
6. Indica a razão pela qual a expressão “E há que abastecer das mil e uma coisas necessárias a uma viagem como esta” (linha 20) pode ser considerada uma hipérbole, salientando o que o homem pretende evidenciar.
7.
Esclarece o significado do provérbio “quem vai ao mar avia-se em terra”, elucidando a intenção da mulher ao citá-lo.
Novas Leituras 8 –
8. Identifica o destino da viagem que as personagens pretendem empreender, sustentando a tua resposta com dados textuais.
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GRUPO III 1.
Constrói, a partir do texto, o campo lexical de navegação.
2. “O homem ainda a protestar contra o que chamara loucura” (linhas 10-11) 2.1. Classifica a palavra sublinhada quanto ao seu processo de formação.
2.2. Forma um verbo a partir da base da palavra anterior e classifica-o quanto ao seu processo de formação.
3. “Pedi-lha para ir procurar uma ilha desconhecida”. (linhas 17-18) 3.1. Reescreve a frase anterior, colocando no plural a oração sublinhada.
3.2. Explicita a regra que justifica o uso do infinitivo na frase anterior.
4. Com efeito, a mulher da limpeza abriu ali o farnel. 4.1. Regista, ao lado de cada expressão, o número que corresponde à respetiva função sintática. a) Com efeito b) da limpeza c) abriu ali o farnel d) ali e) o farnel 1. sujeito 2. predicado 3. complemento direto 4. complemento indireto 5. predicativo do sujeito 6. modificador do grupo verbal 7. modificador de frase 8. modificador apositivo 9. modificador restritivo 5. Transforma em discurso indireto a afirmação seguinte: “É bonita, disse o homem, mas se eu não conseguir arranjar tripulantes suficientes para a manobra, terei de ir dizer ao rei que já não a quero” (linhas 2-4). Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
GRUPO IV “Pela hora do meio-dia, com a maré, A Ilha Desconhecida fez-se enfim ao mar, à procura de si mesma.” In O Conto da Ilha Desconhecida, José Saramago, Caminho, 1999
O conto de José Saramago, cuja ação é aberta, não permite saber qual terá sido o desfecho da viagem realizada pelas personagens. Como tal, imagina o desenvolvimento e a conclusão deste conto. Para te ajudar na planificação do teu texto, procura responder às perguntas que a seguir se colocam: • Introdução – Quando e onde é que se passa a ação? Quem são as personagens? Como se chamam? Que relação existe entre elas? • Desenvolvimento – Em que condições se desenrola a viagem? Que aconteceu durante a mesma? Quais são as condições de navegação? O mar mantém-se calmo? Avistam terras, pessoas e/ou animais? Desembarcam em algum lugar especial? • Conclusão – As personagens encontraram uma ilha desconhecida ou, pelo contrário, confirma-se que estas não existem? Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem: – escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia; pontua corretamente o texto. Lembra-te que, no final, deves:
Novas Leituras 8 –
• reler com atenção o texto que produziste; • verificar se obedeceste à planificação que fizeste; • verificar se há erros ortográficos ou sintáticos; • proceder às correções que entenderes necessárias.
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TESTE N.° 4
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Depois de ouvires atentamente a reportagem com Alice Vieira, escolhe a alínea que completa corretamente cada item, de acordo com o sentido do texto.
1.1. O assunto em destaque na reportagem é a: a) entrevista à escritora Alice Vieira. b) vida da escritora Enid Blyton. c) reedição da coleção de Os Cinco. 1.2. As aventuras de Os Cinco começaram a ser editadas: a) durante a primeira Guerra Mundial. b) durante a segunda Guerra Mundial. c) nos anos 50. 1.3. Aquilo que mais espantava Alice Vieira nas aventuras de Os Cinco era: a) os lanches que eles faziam. b) os gelados que eles comiam. c) o facto de o cão comer gelados. 1.4. A partir dos finais dos anos 70, Os Cinco: a) desvendavam sozinhos os segredos dos adultos. b) passaram a ser exibidos na televisão. c) deixaram de ser editados. 1.5. Na sua vida privada, Enid Blyton era uma: a) mulher afável, carinhosa e criativa. b) mãe atenciosa, presente e protetora. c) mulher fria, distante e artificial.
Novas Leituras 8 –
1.6. Segundo Alice Vieira, as vivências das crianças de Os Cinco: a) contrastavam completamente com a vida privada de Enid Blyton. b) eram um retrato fiel da vida privada da escritora. c) aproximavam-se bastante da vida privada da autora.
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GRUPO II
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Quando aqui há uns meses a minha mãe, pelo meio dos seus Arraiolos, assim como quem não quer a coisa, disse “a Mina acaba o 9.º ano e depois vai trabalhar” – eles olharam para ela como se estivessem diante de um extraterrestre. – Sempre pensei que ela fizesse o 12.º ano e depois fosse para Românicas – murmurou a Nani. Ao tempo que o curso já não se chama assim, mas ela não sabe. Desde que entrei em nossa casa, vinda da maternidade, a Nani teve a certeza absoluta de que eu iria tirar um curso onde houvesse Francês. De resto, para lá de rodear a minha infância de árias de ópera, ensinou-me também o Frère Jacques e o Meunier, Tu Dors, que eu cantei muito antes do Come a Papa, Joana, Come a Papa, o nosso hino nacional dos Sub-3. Já o devia ter ensinado também à minha mãe, evidentemente. E depois passou-me para as mãos a coleção toda do Spirou e do Tintin no original, que já vinham das mãos da minha mãe, mas a minha mãe nunca fora uma leitora muito interessada, os álbuns pareciam novos, nem sequer os cantos das páginas virados – um dos meus grandes “crimes” aos olhos do Crispim, que tem pelos livros quase a mesma veneração que tem pelo Partido. Para além dos álbuns, vieram ainda os romances da Condessa de Ségur, em livros de capa vermelha e ilustrações a preto e branco, com as meninas sempre de vestidos compridos e calças aos folhinhos a aparecer debaixo das saias. Nessa altura sonhei chamar-me Camila de Fleurville, ter uma tia Lourença, e um primo com o nome de Leôncio. Depois fui crescendo, e a Nani deu-me uma coleção de romances de amor com capas de tom creme e riscas cor de rosa. Num deles havia um príncipe russo e sem dinheiro, a trabalhar de chofer para não morrer de fome em Nova Iorque, e que me fez chorar noites a fio. Morrer de fome deve ser horrível, então em Nova Iorque, com hambúrgueres e coca-cola por todo o lado, deve ser mesmo um pesadelo. Nessa altura a minha mãe tinha acabado de conhecer o Crispim, e eu ainda olhava para ele meio desconfiada. Mas lembro-me de o ver uma tarde folhear o livro, torcer o nariz e dizer entredentes: – Como é que ainda dão às miúdas porcarias destas! Uma manipulação indecente. A Nani ouviu e ofendeu-se muito. – O que é que o senhor tem contre les romans d’amour? Irrita-se, lá vem o francês, é fatal. O Crispim engasgou-se um bocado, não que ele não tivesse argumentos, se há coisa que nunca falta ao Crispim são argumentos, mas não queria ferir as suscetibilidades de quem poderia vir a ser sua sogra. – Nada, nada. Mas não acha que ela podia, por exemplo, ler Os Cinco, como toda a gente? A Nani nem lhe respondeu limitando-se a atirar-lhe com um sorriso a transbordar de desprezo.
In Um Fio de Fumo nos Confins do Mar, Alice Vieira, Caminho, 2004
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
1.
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Comprova com expressões do texto que o narrador recorda acontecimentos que se situam num tempo anterior ao da narração.
2. Classifica o narrador quanto à presença, justificando a tua resposta.
3. Identifica as personagens intervenientes na ação e o tipo de relação existente entre elas.
4. “… eles olharam para ela como se estivessem diante de um extraterrestre.” (linhas 2-3) 4.1. Indica a quem se refere o pronome sublinhado na frase. 4.2. Interpreta o significado da comparação entre a mãe de Mina e “um extraterrestre.”
5. Demonstra que a Nani sempre procurou incutir a Mina o gosto pela música e pela leitura.
6. Comprova que a mãe de Nina não apreciava muito a leitura, fundamentado a tua resposta com uma expressão do texto.
7.
Explica em que sentido é usada a palavra “crime”, na linha 15.
8. “Nessa altura a minha mãe tinha acabado de conhecer o Crispim, e eu ainda olhava para ele meio desconfiada.” (linhas 29-30) 8.1. Esclarece o motivo da desconfiança de Mina em relação ao Crispim.
9. “– O que é que o senhor tem contre les romans d’amour?” (linha 35) 9.1. Indica a razão de ser da pergunta da Nani. Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
9.2. Identifica a alternativa aos romances de amor apresentada pelo Crispim.
9.3. Justifica o facto de o Crispim não ter ripostado à Nani.
GRUPO III 1.
“… em livros de capa vermelha e ilustrações a preto e branco…” (linhas 17-18)
1.1. A partir da palavra destacada a negrito, forma outra palavra derivada por: a) sufixação. b) parassíntese. 2. “… para lá de rodear a minha infância de árias de ópera…” (linha 7) 2.1. Reescreve a citação transcrita no plural.
2.2. Explicita a regra que justifica o uso do infinitivo na citação anterior.
3. Classifica as orações sublinhadas nas frases seguintes: a) Assim que Mina terminar o 9.º ano, vai trabalhar.
b) Nina lia não só banda desenhada, como também lia romances de amor.
c) Crispim não ripostou, para não ferir suscetibilidades.
Novas Leituras 8 –
4. Na verdade, o Crispim tem sempre argumentos válidos. 4.1. Regista, ao lado de cada expressão, o número que corresponde à respetiva função sintática. a) Na verdade b) o Crispim c) sempre d) argumentos válidos e) válidos
1. sujeito 2. predicado 3. complemento direto 4. complemento indireto 5. predicativo do sujeito
6. modificador do grupo verbal 7. modificador de frase 8. modificador apositivo 9. modificador restritivo
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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GRUPO IV Para muitas pessoas é importante prosseguir estudos. Contudo, para outras, tal não tem assim tanto valor.
Redige um texto correto e bem estruturado, no qual expresses uma opinião favorável à progressão dos estudos, tentando convencer as pessoas da importância da escola na sua vida futura. Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem: – escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; – redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia; – pontua corretamente o texto. Lembra-te que, no final, deves: • reler com atenção o texto que produziste; • verificar se obedeceste à planificação que fizeste; • verificar se há erros ortográficos ou sintáticos; • proceder às correções que entenderes necessárias.
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
TESTE N.° 5
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Depois de veres atentamente “Retrato à Minuta” de Vergílio Ferreira, escolhe a alínea que completa corretamente cada item, de acordo com o que ouviste.
1.1. Vergílio Ferreira nasceu a 28 de janeiro de 1996, em Melo, numa: a) quinta-feira, pelas quinze horas. b) sexta-feira, pelas quinze horas. c) sexta-feira, pelas três horas.
1.2. Quando Vergílio Ferreira tinha entre 3 e 4 anos: a) o pai e a mãe emigraram. b) a mãe e a irmã mais velha emigraram. c) os pais e a irmã mais velha emigraram.
1.3. Aquando da partida da mãe: a) Vergílio Ferreira chorou toda a noite. b) os filhos choraram toda a noite. c) a irmã mais velha chorou toda a noite.
Novas Leituras 8 –
1.4. A partir dos 4 anos, Vergílio Ferreira foi criado: a) pela mãe e a irmã mais velha. b) por duas tias maternas. c) por duas tias e avó maternas.
1.5. Aos dez anos, Vergílio Ferreira foi: a) viver com um tio da mãe que era padre. b) internado num seminário do Fundão. c) morar num casarão enorme de um tio padre.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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GRUPO II
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Ora um domingo, o Silvestre ensarilhou-se, sem querer, numa disputa colérica com o Ramos da loja. Fora o caso que ao falar-se, no correr da conversa, em trabalhadores e salários, Silvestre deixou cair que, no seu entender, dada a carestia da vida, o trabalho de um homem de enxada não era de forma alguma bem pago. Mas disse-o sem um desejo de discórdia, facilmente, abertamente, com a mesma fatalidade clara de quem inspira e expira. Todavia o Ramos, ferido de espora, atacou de cabeça baixa: – Que autoridade tem você para falar? Quem lhe encomendou o sermão? – Homem! – clamava o Silvestre, de mão pacífica no ar. – Calma aí, se faz favor. Falei por falar. – E a dar-lhe. Burro sou eu em ligar-lhe importância. Sabe lá você o que é a vida, sabe lá nada. Não tem filhos em casa, não tem quebreiras de cabeça. Assim também eu. – Faço o que posso – desabafou o outro. – E eu a ligar-lhe. Realmente você é um pobre-diabo, Silvestre. Quem é parvo é quem o ouve. Você é um bom, afinal. Anda no mundo por ver andar os outros. Quem é você, Silvestre amigo? Um inócuo, no fim de contas. Um inócuo é o que você é. Silvestre já de dispusera a ouvir tudo com resignação. Mas, à palavra “inócuo”, estranha ao seu ouvido montanhês, tremeu. E à cautela, não o codilhassem3 por parvo, disse: – Inoque será você. Também o Ramos não via o fundo ao significado de “inócuo”. Topara por acaso a palavra, num diálogo aceso de folhetim, e gostara logo dela, por aquele sabor redondo a moca grossa de ferros, cravada de puas. Dois homens que assistiam ao barulho partiram logo dali, com o vocábulo ainda quente da refrega, a comunica-lo à freguesia: – Chamou-lhe tudo, o patife. Só porque o pobre entendia que a jorna de um homem é fraca. Que era um paz de alma. E um inoque. – Que é isso de inoque? – Coisa boa não é. Queria ele dizer na sua que o Silvestre não trabalhava, que era um lombeiro, um vadio. Como nesse dia, que era domingo, Paulino entrara em casa com a bebedeira do seu descanso, a mulher praguejou, como estava previsto, e cobriu o homem de insultos como não estava inteiramente previsto: – Seu bêbado ordinário. Seu inoque reles. Quando a palavra caiu da boca da mulher, vinha já tinta de carrascão. E desde aí, inoque significou, como é de ver, vadio e bêbado. In Contos, Vergílio Ferreira, Bertrand Editora, 1991
1. “… o Silvestre ensarilhou-se, sem querer, numa disputa colérica com o Ramos da loja.” (linha 1) 1.1. Identifica o tema da conversa entre o Silvestre e o Ramos.
1.2. Enuncia a posição assumida pelo Silvestre relativamente a esse assunto.
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1.3. Baseando-te em expressões textuais, comprova que o Silvestre não tinha qualquer intenção de se aborrecer com o Ramos.
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Novas Leituras | Guia do Professor
1.4. Esclarece o motivo pelo qual, a certa altura da conversa, o Silvestre se sentiu ofendido pelo Ramos.
2. A partir deste momento, a palavra “inócuo” sofre modificações ao nível do significado, mas também da pronúncia. 2.1. Aponta a alteração fonética sofrida pela palavra inócuo no texto transcrito.
2.2.Identifica os significados atribuídos a esta palavra, neste excerto.
2.3. Justifica o facto de a palavra “inócuo” ser adulterada pelas personagens intervenientes na ação.
2.4. Considerando o verdadeiro significado da palavra “inócuo”, demonstra a ironia de que se reveste o seu emprego ao longo do texto.
GRUPO III 1.
“Não tem filhos em casa, não tem quebreiras de cabeça.” (linhas 8-9)
1.1. Reescreve a frase anterior, substituindo o advérbio de negação destacado a negrito por uma conjunção coordenativa de sentido equivalente.
1.2. Divide e classifica as orações da frase que acabaste de construir.
2. O Ramos perguntou que autoridade tinha o Silvestre. 2.1. Classifica a oração sublinhada na frase anterior.
2.2.Identifica a função sintática desempenhada por essa oração.
Novas Leituras 8 –
3. A partir das frases simples a seguir apresentadas constrói frases complexas, estabelecendo a relação de sentido indicada entre parênteses. Procede para tal às alterações que forem necessárias. 3.1. O Silvestre era um homem pacífico. O Silvestre ensarilhou-se com o Ramos. (oposição)
3.2. O Ramos chamou-lhe inócuo. O Silvestre irritou-se. (tempo)
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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3.3. O marido chegou bêbado a casa. A mulher insultou-o. (causa)
4. “Fora o caso que ao falar-se […] em trabalhadores e salários.” (linhas 1-2) 4.1. Identifica o tempo e o modo da forma verbal sublinhada.
4.2.Reescreve a frase com a forma composta do verbo, no tempo e no modo correspondentes.
4.3. Constrói uma frase com uma palavra homógrafa da sublinhada na frase transcrita.
GRUPO IV Tal como aconteceu em “A Palavra Mágica”, há equívocos que podem gerar situações conflituosas entre as pessoas. Conta uma pequena história, imaginária ou baseada na tua própria experiência, que tenha sido motivada por um mal-entendido entre as pessoas, respeitando as orientações seguintes: • Introdução – localização da ação no tempo e no espaço e apresentação da situação que gerou o conflito entre as personagens; • Desenvolvimento – relato das peripécias decorrentes desse equívoco; • Conclusão – revelação do desenlace dos acontecimentos. Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem: – escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; – redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia; – pontua corretamente o texto. Lembra-te que, no final, deves:
Novas Leituras 8 –
• reler com atenção o texto que produziste, • verificar se obedeceste à planificação que fizeste; • conferir se há erros do foro gramatical; • proceder às correções que entenderes necessárias.
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Novas Leituras | Guia do Professor
TESTE N.° 6
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Depois de veres atentamente a reportagem sobre a Comunidade Vida e Paz, escolhe a alínea que completa corretamente cada item, de acordo com o que ouviste.
1.1. As pessoas que integram a equipa da Comunidade Vida e Paz: a) recebem um pequena remuneração pelos serviços prestados. b) trabalham voluntariamente sem qualquer remuneração. c) trabalham voluntariamente sem qualquer recompensa. 1.2. O objetivo desta equipa é: a) ganhar um dinheiro extra. b) alimentar os sem-abrigo. c) reabilitar os sem-abrigo. 1.3. Todas as noites, a carrinha da Comunidade Vida e Paz: a) segue o mesmo percurso. b) percorre um caminho diferente. c) vai onde a chamam. 1.4. Segundo a equipa da Comunidade Vida e Paz, os sem-abrigo: a) mostram-se imediatamente recetivos à sua presença. b) demonstram inicialmente alguma resistência à sua presença. c) sentem-se desrespeitados com a sua presença. 1.5. O lema da equipa da Comunidade Vida e Paz fundamenta-se: a) na esperança de uma vida melhor para os sem-abrigo. Novas Leituras 8 –
b) na necessidade de alimentar os sem-abrigo. c) em ganhar algum dinheiro ao apoiar os sem-abrigo.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
GRUPO II Eu sei, doutor, lhe estou roubando o tempo. Vou direto no assunto do meu ombro. Pois aconteceu o seguinte: o dono da loja deu ontem ordem para limpar o passeio. Não queria ali mendigos e vadios. Que aquilo afastava a clientela e ele não estava para gastar ecrã em olho de pobre. Recusei sair, doutor. O passeio é pertença de um alguém? Para me retirarem dali foi preciso chamar as forças policiais. Vieram e me bateram, já eu estendido no chão e eles me ponteavam, com raiva como se não me batessem em mim, mas na sua própria pobreza. Proclamei que hoje voltaria mais outra vez, para assistir ao jogo. É que jogam os africanos e eles estão a contar comigo lá na assistência. Não passam sem Sexta-Feira. O dono da loja me ameaçou que, caso eu insistisse, então é que seria um festival de porrada. O que eu lhe peço, doutor, é que intervenha por mim, por nós os espectadores do passeio da Avenida Direita. O proprietário do Dubai Shoping não vai dizer que não, se for um pedido vindo de si, doutor. Pois eu, conforme se vê, vim ao hospital não por artimanha, mas por desgraça real. O doutor me olha, desconfiado, enquanto me vai espreitando os traumatombos. Contrariado, ele lá me coloca sob o olho de uma máquina radiográfica. Até me atrapalho com tanta deferência. Até hoje, só a polícia me fotografou. Se eu soubesse até me tinha preparado, doutor, escovado a dentuça e penteado a piolheira. Quando me mostram a chapa, porém, me assalta a vergonha de revelar as minhas pobres e desprevenidas intimidades ósseas. Quase eu grito: esconda isso, doutor, não me exiba assim às vistas públicas. Até porque me passa pela cabeça um desconfio: aqueles interiores não eram os meus. E o doutor não fique espinhado! Mas aquilo não são ossos: são ossadas. Eu não posso estar assim tão cheio de esqueleto. Aquela fotografia é de chamar saliva a hienas. Sem ofensa, doutor, mas eu peço que se deite fogo nessa película. E me deixe assim, nem vale a pena enrolar-me as ligaduras, aplicar-me as pomadas. Porque eu já vou indo, com as pressas. Não esqueça de telefonar ao dono da loja, doutor. Não esqueça, por favor. Foi por esse pedido que eu vim. Não foi pelo ferimento.
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In O Fio das Missangas, Mia Couto, Editorial Caminho, 2004
1. “Vou direto no assunto do meu ombro.” (linhas 1-2) 1.1. Especifica o estado em que se encontra o ombro do mendigo Sexta-Feira.
1.2. Enuncia, por palavras tuas, o motivo pelo qual o seu ombro se encontra nesse estado.
Novas Leituras 8 –
2. “O passeio é pertença de um alguém?” (linha 5) 2.1. Comenta esta interrogação do mendigo, evidenciando a sua intenção ao proferi-la.
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Novas Leituras | Guia do Professor
3. “Aquela fotografia é de chamar saliva às hienas.” (linhas 24-25) 3.1. Diz a que se refere a fotografia.
3.2. Explica o significado da frase transcrita.
4. Refere em que medida na expressão “Até me atrapalho com tanta deferência.” (linha 18) está presente a ironia, evidenciando a intenção crítica implícita.
5. “Foi por esse pedido que eu vim. Não foi pelo ferimento.” (linhas 27-28) 5.1. Esclarece o pedido do mendigo e a razão pela qual ele o dirige ao médico.
5.2. Apresenta dois argumentos que procurem convencer o médico a aceder ao pedido do mendigo.
GRUPO III
1.
Repara nas frases seguintes: a) “Proclamei que hoje voltaria mais uma vez, para assistir ao jogo.” b) “O proprietário do Dubai Shoping não vai dizer que não, se for um pedido vindo de si, doutor.” (linhas 13-14) c) “O doutor me olha, desconfiado, enquanto me vai espreitando os traumatombos.” (linhas 16-17)
1.1. Classifica as orações sublinhadas em cada uma das frases anteriores. a) b) c)
Novas Leituras 8 –
2. Classifica quanto ao seu processo de formação as palavras destacadas a negrito nas alíneas b) e c).
2. O texto transcrito apresenta marcas linguísticas da variedade africana. 2.1. Identifica duas dessas marcas, exemplificando com dados textuais.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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3. “… esconda isso, doutor…” (linha 22) 3.1 Regista, ao lado de cada expressão, o número que corresponde à respetiva função sintática. a) esconda isso _____ b) isso _____ c) doutor _____
1. sujeito 2. predicado 3. complemento direto
4. complemento indireto 5. vocativo 6. modificador do grupo verbal
4. Repara nas frases seguintes: a) “Até porque me passa pela cabeça um desconfio…” (linhas 22-23) b) Desconfio que esses interiores não são os meus. 4.1. Classifica as palavras sublinhadas quanto à grafia, à pronúncia e ao significado.
GRUPO IV O mendigo Sexta-Feira e os seus companheiros indigentes foram proibidos de permanecer no passeio, em frente à loja de televisões. Escreve um texto, correto e coeso, no qual manifestes a tua opinião relativamente à situação vivida por Sexta-Feira, obedecendo à estrutura que se segue: • Introdução – apresenta a tua opinião sobre o assunto em causa; • Desenvolvimento – enumera os argumentos e os contra-argumentos seguidos de exemplos/citações que sustentam a tua posição; • Conclusão – retoma a afirmação inicial, reforçando a teu ponto de vista, para concluíres o teu raciocínio. Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem: – escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; – redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia; – pontua corretamente o texto. Lembra-te que, no final, deves:
Novas Leituras 8 –
• reler com atenção o texto que produziste, • verificar se obedeceste à planificação que fizeste; • conferir se há erros do foro gramatical; • proceder às correções que entenderes necessárias.
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Novas Leituras | Guia do Professor
TESTE N.° 7
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Ouve, com atenção, “A Viagem de Garrett” e, depois, assinala verdadeiro (V) ou falso (F) nas afirmações que se seguem. Corrige as afirmações falsas. 1.1. Almeida Garrett nasceu em 1799, na Rua do Calvário, no Porto.
1.2. No tempo de Almeida Garrett, os comerciantes portuenses importavam o Vinho do Porto de Inglaterra.
1.3. No início do século XIX, a burguesia portuense conquistou cada vez mais poder.
1.4. Nesta época, tornou-se insuportável viver no Porto a partir do momento em que os ingleses invadiram a cidade.
1.5. Devido às invasões napoleónicas, a família de Garrett mudou-se para a capital.
1.6. Como a família era abastada, Garrett pôde prosseguir estudos, tendo aprendido Latim, segundo os princípios morais e religiosos.
1.7. Devido à sua educação clássica e tradicional, Garrett pensou em ser padre.
Novas Leituras 8 –
1.8. A propensão de Garrett para o galanteio e a exibição teatral, levaram Dom Frei Alexandre a perceber que o sobrinho não tinha vocação religiosa.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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GRUPO II Cena IV
Ditos e um criado da hospedaria
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Criado (trazendo uma carta) – Para o Senhor Brás Ferreira, do Porto.
Duarte – Em bem má ocasião, co’a fortuna! não tenho um pinto.
Brás Ferreira – Sou eu: dá cá. (Abre) Ah! é para o tal pagamento. (O criado sai.) Vejamos as minhas contas: quanto tenho eu em dinheiro?... Dá-me licença, Duarte; tenho uns papéis que arranjar. Conversa com 45 minha filha. (Tira a sua carteira e vai sentar-se à esquerda.)
Brás Ferreira – Não tens!... e aquele dinheiro?
Amália (baixo a Duarte) – Não se emenda, está visto.
Brás Ferreira – Já dispuseste dele?
Duarte – De a adorar? não, decerto. Amália – Não é disso, é do seu maldito vício, que nos deita a perder: meu pai jurou que desfazia o nosso casamento se daqui até à noite o apanhasse numa mentira.
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Brás Ferreira – O da tua casa. Duarte – Da minha casa?... Ah sim, é verdade. É que atualmente…
Duarte – Não, não, isto é, de certo modo já; mais propriamente… Amália (baixo a Duarte) – Vê o que é mentir. Duarte – Em suma, porque lhe não hei de dizer francamente o que é, meu tio?... Eu tinha minhas dívidas…
Duarte – Oh! meu Deus, o que fiz eu?!
Amália – Outra, Duarte? Amália – Pois que é, Duarte? Tudo quanto tem estado 55 Duarte – Não, esta não; é verdade puríssima. Um rapaz a dizer?... não pode viver sem isso. Ora sucedeu, por uma coinciDuarte – É verdade, no fundo; acredite: agora os deta- dência esquisita, que o comprador da minha casa, o tal lhes… os pormenores… eu não sei como isto é… não é Senhor José Marques… com má tenção… mas a maior parte das vezes, as coisas contadas tal como elas são… ficam duma sensa- Brás Ferreira – Inda agora disseste Tomás… boria tal… 60 Duarte – Tomás José Marques, um fino agiota de Amália (com ironia) – Que não pode resistir ao desejo gema… de as enfeitar, e de mostrar a riqueza da sua imaginação.
Brás Ferreira – Tinhas-me dito um negociante…
Duarte – Não torno mais. Juro-lhe que nunca mais. Amália – Cale-se, que pode ouvir meu pai.
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Duarte – Qual dinheiro?
Duarte – Não me importa, não tenho medo: estou emendado e para sempre. Amália, prometo, hei de ser o modelo dos maridos, leal, sincero, verdadeiro, sempre…
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Duarte – Negociante, porque negoceia em papéis e descontos por atacado, e faz usura em grosso. Enfim, o meu honradíssimo homem, que já é comendador e sai conselheiro um dia destes, era o que me tinha emprestado o dinheiro. De sorte que na compra da casa, feitas bem as contas… Brás Ferreira – E tu devias ao comprador?
Amália – Sempre! Se meu pai ouvisse essa palavra, 70 Duarte – Uns dez a doze contos de réis. desfazia logo o nosso casamento. Brás Ferreira – Então vendeste por trinta e três; tem de te dar ainda de tornas vinte e um contos. Duarte – Amália, isso também é de mais!... 35
Novas Leituras 8 –
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Brás Ferreira (chegando com um papel) – Não tenho Duarte (atrapalhado) – Vinte contos de réis… É o que dinheiro que chegue. E eu sem me lembrar! Duarte, hás lhe eu dizia… (Aparte) Como hei de eu sair desta? de me fazer um favor. 75 Brás Ferreira (olhando para ele) – Dar-se-á caso que tu me pregasses uma das tuas… que tal comprador não Duarte – Qual? Estou pronto. exista?... Brás Ferreira – Uma letra de três contos de réis para descontar. In Falar Verdade a Mentir, Almeida Garrett, Dom Quixote, 2001
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Novas Leituras | Guia do Professor
1. “Ditos e um criado da hospedaria” 1.1. Especifica a que se refere “Ditos”.
2. Na sua primeira fala, Amália afirma que Duarte “não se emenda”. (linha 9) 2.1. Esclarece estas palavras de Amália, evidenciando as consequências do que afirma.
2.2. Justifica as indicações cénicas, nesta fala de Amália.
3. Enuncia a explicação de Duarte para o seu “vício”.
4. Esclarece o significado da expressão “não tenho um pinto”. (linhas 41-42)
5. Durante a sua conversa com Brás Ferreira, Duarte parece ter-se esquecido de algumas mentiras. 5.1. Comprova a veracidade da afirmação anterior.
6. “Como hei de eu sair desta?” (linha 74) 6.1. Tendo em conta o conhecimento que tens da obra, esclarece de que forma Duarte conseguiu “sair desta”.
7.
Situa o excerto transcrito na estrutura interna da obra, justificando a tua resposta.
GRUPO III 1.
Atenta nas falas a seguir transcritas: a) “Ah! É para o tal pagamento.” (linhas 3-4) b) “Oh! meu Deus, o que fiz eu?!” (linha 15)
Novas Leituras 8 –
1.1. Identifica as interjeições e locuções interjetivas nas frases transcritas.
1.2. Indica os sentimentos e/ou emoções que as mesmas procuram exprimir.
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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2. Reescreve as frases seguintes, substituindo os grupos sublinhados pelo pronome correspondente. a) Duarte tinha o vício de dizer muitas mentiras.
b) Brás Ferreira pretendia apanhar Duarte a mentir.
c) Se pudesse, Amália avisaria Duarte para não mentir.
d) Apanhando Duarte a mentir, Brás Ferreira romperá o noivado.
3. Transcreve do texto um exemplo para cada uma das características do modo oral a seguir apresentadas. a) frases curtas b) frases inacabadas c) bordões linguísticos d) pausas 4. Preenche os espaços em branco com se não ou senão. a) Duarte seria genro de Brás Ferreira __________ fosse o seu vício. b) Duarte não casaria com Amália __________ parasse de mentir. c) Duarte não tinha outra solução ___________ deixar de mentir. d) Duarte só tinha um __________: mentia compulsivamente.
GRUPO IV Garrett recordaria mais tarde o lugar [onde viveu], o ambiente terno e protetor de umas tias, as brincadeiras dos pequenos da casa. A imaginação do pequeno João Batista fervilhava com as histórias de encantar contadas pelas criadas: a boa Brígida e a mulata Rosa de Lima, que o avô trouxera do Brasil In Grandes Escritores Portugueses: documentário sobre Almeida Garrett RTP2, 1999
Escreve uma “história de encantar”, que conheças ou imaginada por ti, que pudesse ter sido contada a Garrett pelas criadas, respeitando as orientações seguintes: • Introdução – localização da ação no tempo e no espaço e apresentação das personagens; • Desenvolvimento – relato das peripécias vividas pelas personagens; • Conclusão – revelação do desenlace dos acontecimentos. Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem:
Lembra-te que, no final, deves reler com atenção o texto que produziste; verificar se obedeceste à planificação que fizeste; conferir se há erros do foro gramatical, e proceder às correções que entenderes necessárias.
Novas Leituras 8 –
– escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; – redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia e pontua corretamente o texto.
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TESTE N.° 8
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1. Depois de ouvires atentamente a gravação de um excerto de A Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez, escolhe a alínea que completa corretamente cada item, de acordo com o sentido do texto. 1.1. Joana conseguiu tirar algumas positivas na escola: a) porque estudou bastante. b) apesar de ter estudado pouco. c) embora não tenha estudado. 1.2. Ao considerar “extraordinário” o facto de ter conseguido falar com o pai, Joana quer dizer que isso é: a) maravilhoso. b) uma raridade. c) fantástico. 1.3. A expressão “despejei o saco”, significa que Joana: a) desabafou tudo com o pai. b) abriu o saco das compras. c) tirou o que tinha no saco. 1.4. Quando o pai soube que Joana tinha tido maus resultados na escola e desistido do basquete, ficou: a) muito aborrecido e castigou a filha. b) dececionado e ralhou com a filha. c) dececionado, mas não ralhou com a filha.
Novas Leituras 8 –
1.5. Perante a reação do pai, Joana sentiu-se: a) aliviada. b) surpreendida. c) desapontada. 1.6. Nas palavras de Joana, os adultos: a) não têm tempo para se “chatear”. b) gastam muitas energias a “chatear-se”. c) estão sempre prontos para se “chatear”.
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GRUPO II DIOGO: (Surpreendido) A Joana deixou uma carta… assim tipo carta de… despedida, foi? Não imaginava… DR. BRITO: Não, Diogo. A Joana escrevia, nos últimos anos, cartas, muitas cartas… 35 5
DIOGO: (Surpreendido) Escrevia-lhe cartas… a si?! DR. BRITO: Não a mim… (Pausa breve) Eram dirigidos à… tua irmã. DIOGO: (Incrédulo) À minha irmã?! À Marta?! E ela já tinha morrido?
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DR. BRITO: Já, rapaz, já… Eu sei que parece estranho, mas a Joana sentia-se muito desamparada, percebes? Não tinha com quem falar, depois que a tua irmã faleceu; assim, foi a maneira que ela encontrou de se sentir menos só… DIOGO: (Indignado) Fogo! Nunca pensei! Ela devia ‘tar na pior! (Pausa) A Joana nunca aceitou a morte da minha irmã… Eu fartei-me de lhe dizer para ela não pensar mais naquilo que tinha acontecido, mas ela teimava em puxar o assunto… (Pausa) Mas… e ela escrevia a contar o quê?...
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DIOGO: (Acanhado) Nem por isso… Acho que a Joana só queria ver-me para falar da Marta… Sei lá… Julgo que gostava de ir lá a casa para, de alguma forma, se sentir mais perto da Marta. DR. BRITO: (Pensativo) Talvez. Elas eram muito amigas…
DR. BRITO: Não foste só tu, Diogo. (Eleva um pouco o tom de voz.) Eu também! E nem fazíamos ideia disso; não é? (Suspira.) Às vezes, sem darmos conta, estamos tão longe daqueles que amamos… DIOGO: (Acenando afirmativamente) Pois estamos…
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DR. BRITO: (Pausadamente) Temos de aprender com os nossos erros, sobretudo os que nos custam mais caro, não é? DIOGO: (Cabisbaixo) É…
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DR. BRITO: Quando quiseres desabafar, podes contar comigo, Diogo, estás a ouvir? Não faças cerimónia! (Pausa breve) Sabes, eu agora tenho uma outra noção do tempo; uma outra noção das prioridades… DIOGO: (Acanhado, levanta-se) Bem, eu até gostava de ficar aqui mais tempo a conversar consigo, mas fiquei de passar em casa de uma amiga…
DR. BRITO: O que se ia passando de importante na vida dela, na cabeça dela… Foi assim que comecei a conhecer a minha filha, Diogo… Só assim! (Pausa breve) E vi que tu foste importante para ela… 25
DIOGO: Éramos amigos os três… Amigos de infância… (Sorri.) Amigos de sempre! Quando éramos pequenos e íamos os três à praia com a minha mãe, divertíamo-nos à brava!... Ríamo-nos por tudo e por nada! Gozávamos com tudo… (Pausa) Mas, depois, eu não soube ser o amigo que ela precisava. (Pesaroso) Agora, sei que a devo ter dececionado muito…
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DR. BRITO: (Levantando-se) Claro, claro, compreendo. Eu acompanho-te à porta. (Saem ambos)
In Os Herdeiros da Lua de Joana, Maria Teresa Maia Gonzalez, Edição Babel, 2010 (Ato V, Cena I – excerto)
1. “A Joana escrevia, nos últimos anos, cartas, muitas cartas…” (linhas 3-4) 1.1. Identifica o destinatário das cartas de Joana.
1.2. Interpreta a reação do Diogo ao tomar conhecimento desse destinatário.
1.3. Explica a importância destas cartas para a Joana, mas também para o seu pai. Novas Leituras 8 –
2. A certa altura, o Digo relembra acontecimentos passados. 2.1. Relaciona esses acontecimentos com os diferentes estados de espírito manifestados pelo Diogo no seu discurso.
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3. “Não foste só tu, Diogo. (Eleva um pouco o tom de voz.)” (linhas 38-39) 3.1. Esclarece o motivo pelo qual o Dr. Brito “Eleva um pouco o tom de voz”, na fala transcrita.
4. “Sabes, eu agora tenho outra noção do tempo; uma outra noção das prioridades…” (linhas 49-50) 4.1. Considerando o texto que ouviste, no Grupo I, comenta esta afirmação do Dr. Brito.
GRUPO III 1.
Reescreve as frases a seguir apresentadas, substituindo os grupos sublinhados pelo pronome correspondente. a) A Joana escrevia muitas cartas à amiga.
b) A Joana teimava em puxar o assunto da morte de Marta.
c) Se pudesse, o pai de Joana mudaria a sua atitude anterior.
d) A morte de Joana fez o pai repensar as suas prioridades.
2. Repara no excerto seguinte: DIOGO: (Surpreendido) A Joana deixou uma carta… assim tipo carta de… despedida, foi? Não imaginava… DR. BRITO: Não, Diogo. A Joana escrevia, nos últimos anos, cartas, muitas cartas… DIOGO: (Surpreendido) Escrevia-lhe cartas… a si?! DR. BRITO: Não a mim… (Pausa breve) Eram dirigidos à… tua irmã. 2.1. Identifica nas falas do Diogo e do Dr. Brito as marcas do modo oral aí presentes.
Novas Leituras 8 –
3. No discurso do Diogo, há palavras e expressões que se desviam da norma padrão. 3.1. Transcreve dois exemplos do texto e reescreve-os segundo a norma.
4. Preenche os espaços em branco com se não ou senão. a) Joana era jovem e inteligente, mas havia um _________: sentia-se muito só. b) Joana tem de estudar __________ as notas pioram. c) Joana podia ser feliz ___________ fosse a indiferença da família.
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GRUPO IV Baseando-te na experiência de Joana, escreve um texto que pudesse ser divulgado no jornal de uma escola, no qual alertes para a importância da família na vida de um adolescente. Na planificação do teu texto, indica por tópicos: • as possíveis consequências familiares resultantes da sua indiferença; • exemplos concretos de adolescentes que sofreram com o desinteresse da família pelos seus problemas; • os aspetos positivos do apoio e da compreensão da família…
Antes de iniciares a tua redação, atenta nas indicações que se seguem: – escreve um texto com um mínimo de 140 palavras e um máximo de 180 palavras; – seleciona vocabulário variado e adequado ao texto; – redige frases claras e corretas; – aplica corretamente os conectores discursivos; – respeita as normas de ortografia; – pontua corretamente o texto.
Lembra-te que, no final, deves: • reler com atenção o texto que produziste; • verificar se obedeceste à planificação que fizeste; • conferir se há erros do foro gramatical; • proceder às correções que entenderes necessárias.
Novas Leituras 8 –
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TESTE N.° 9
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Depois de veres atentamente o vídeo de O Planeta Agradece, indica: a) um dos principais causadores da poluição do ar nas cidades.
b) a designação do gás libertado pelos canos de escape dos automóveis.
c) a consequência mundial da libertação desse gás na atmosfera.
d) as alternativas dos condutores para reduzir a poluição do ar.
e) as vantagens de viajar nos transportes públicos.
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2. Escreve um texto correto e bem estruturado, com um mínimo de 70 e um máximo de 120 palavras, no qual faças a síntese do conteúdo do texto que ouviste.
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GRUPO II
Os Paraísos Artificiais Na minha terra, não há terra, há ruas; mesmo as colinas são de prédios altos com renda muito mais alta.
5
Na minha terra, não há árvores nem flores. As flores, tão escassas, dos jardins mudam ao mês, e a Câmara tem máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores. O cântico das aves — não há cânticos, mas só canários de 3.º andar e papagaios de 5.º. E a música do vento é frio nos pardieiros.
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Na minha terra, porém, não há pardieiros, que são todos na Pérsia ou na China, ou em países inefáveis. A minha terra não é inefável. A vida na minha terra é que é inefável. Inefável é o que não pode ser dito. In Antologia Poética, Jorge de Sena, Babel, 2010
1. “Na minha terra, não há terra, há ruas;” (v. 1) 1.1. Esclarece o duplo sentido da palavra “terra”, no verso transcrito.
2. “mesmo as colinas são de prédios altos / com renda muito mais alta.” (vv. 2-3). 2.1. Indica a razão pela qual há uma metáfora nos versos transcritos, salientando a crítica implícita nos mesmos.
3. Na segunda estrofe, o sujeito poético tece uma crítica à Câmara. 3.1. Comprova a afirmação anterior, fundamentando a tua resposta com base no poema.
5. Seleciona a alínea que completa cada item corretamente de acordo com o sentido do poema:
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4. Tendo em atenção a terceira estrofe, explica em que medida se poderá afirmar que os habitantes procuram compensar o facto de viverem afastados da natureza.
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Novas Leituras | Guia do Professor
5.1. Ao afirmar que na sua terra “não há pardieiros” (v. 10), o sujeito poético pretende: a) esclarecer uma situação objetiva. b) insinuar que vive numa região rica. c) evidenciar a miséria que o rodeia. 5.2.Com a repetição da palavra “inefável”, na última estrofe, o sujeito poético pretende sugerir que: a) há qualidade de vida, na terra onde vive. b) as condições de vida são intoleráveis, na sua terra. c) não consegue descrever a vida na sua terra. 6. Demonstra a ironia contida no poema, relacionando-a com a crítica implícita ao longo do texto.
GRUPO III 1. “mesmo as colinas são de prédios altos / com renda muito mais alta.” (vv. 2-3) 1.1. Indica o grau em que se encontram os adjetivos sublinhados.
1.2. Reescreve os versos, colocando o primeiro adjetivo no grau superlativo absoluto analítico e, o segundo, no grau superlativo absoluto sintético.
2. “a Câmara tem máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores.” (v. 6) 2.1. Regista, ao lado de cada expressão, o número que corresponde à respetiva função sintática.
a) tem máquinas especialíssimas b) máquinas especialíssimas c) especialíssimas
1. sujeito 2. predicado 3. complemento direto
4. complemento indireto 5. modificador apositivo 6. modificador restritivo
2.2.Classifica a oração sublinhada no verso. GRUPO IV
Novas Leituras 8 –
Sendo as cidades cada vez mais poluídas e agitadas, olhar a/pela natureza torna-se quase impossível, ainda que as pessoas não possam viver sem ela.
Escreve um texto, que pudesse ser divulgado num jornal escolar, em que alertes para a necessidade de defesa das florestas e de todos os espaços verdes que promovam a natureza. Antes de começares a escrever, toma atenção às instruções que se seguem: • escreve um mínimo de 180 e um máximo de 240 palavras; • procura organizar as ideias de forma coerente.
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TESTE N.° 10
ESCOLA:
TESTE FORMATIVO DE LÍNGUA PORTUGUESA Ano: 8.° | Turma:
Data:
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Antes de responderes às questões propostas, lê com atenção o enunciado.
GRUPO I 1.
Depois de ouvires atentamente a reportagem sobre a Fundação Eugénio de Andrade, escolhe a alínea que completa corretamente cada item, de acordo com o sentido do texto.
1.1. A Fundação Eugénio de Andrade foi inaugurada: a) em 2005, pouco tempo após a morte do poeta. b) em 1995, ainda o poeta era vivo. 1.2. A criação da Fundação teve como objetivo: a) reunir e preservar a obra poética de Eugénio de Andrade. b) fazer uma última homenagem a Eugénio de Andrade. 1.3. Inicialmente, a Fundação recebia subsídios da Câmara Municipal do Porto e: a) do Ministério da Cultura. b) do Ministério da Educação. 1.4. A partir de certa altura, a Fundação deixou de ser subsidiada e passou a viver de: a) doações dos herdeiros e de amigos de Eugénio de Andrade. b) uma mínima parte de direitos de autor de poesia. 1.5. A proposta de extinção da Fundação deve-se, sobretudo, a: a) desentendimentos entre os herdeiros. b) problemas de ordem financeira. 1.6. O espólio poético de Eugénio de Andrade corre o risco de se perder, porque: a) os herdeiros se recusam a assinar autorizações e contratos. Novas Leituras 8 –
b) a humidade do edifício tem vindo a deteriorar alguns manuscritos.
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GRUPO II
Adeus
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Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, e o que nos ficou não chega para afastar o frio de quatro paredes. Gastámos tudo menos o silêncio. Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, gastámos as mãos à força de as apertarmos, gastámos o relógio e as pedras das esquinas em esperas inúteis. Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada. Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro; era como se todas as coisas fossem minhas: quanto mais te dava mais tinha para te dar. Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes. E eu acreditava. Acreditava, porque ao teu lado todas as coisas eram possíveis. Mas isso era no tempo dos segredos, era no tempo em que o teu corpo era um aquário, era no tempo em que os meus olhos eram realmente peixes verdes. Hoje são apenas os meus olhos. É pouco, mas é verdade, uns olhos como todos os outros. Já gastámos as palavras. Quando agora digo: meu amor, já não se passa absolutamente nada. E no entanto, antes das palavras gastas, tenho a certeza de que todas as coisas estremeciam só de murmurar o teu nome no silêncio do meu coração. Não temos já nada para dar. Dentro de ti não há nada que me peça água. O passado é inútil como um trapo. E já te disse: as palavras estão gastas. Adeus.
In Os Amantes sem Dinheiro, Eugénio de Andrade, Quasi Edições, 2006
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5. Testes de Avaliação | Novas Leituras
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1. Há uma forma verbal que se repete ao longo do poema. 1.1. Indica-a, esclarecendo o valor expressivo dessa repetição.
2. O sujeito poético ora se refere ao passado ora ao momento presente. 2.1. Comprova, com elementos textuais, a veracidade da afirmação anterior.
3. A quarta estrofe começa com a conjunção “Mas”. (v. 18) 3.1. Indica a relação que esta conjunção estabelece entre o que ficou dito nas estrofes anteriores e o que se diz nas seguintes.
4. Explica o sentido da comparação “O passado é inútil como um trapo.” (v. 36)
5. Relaciona o título do poema com o seu conteúdo temático, evidenciando o facto de a última estrofe coincidir com o título.
6. Classifica cada uma das estrofes quanto ao número de versos que as constituem.
GRUPO III 1. “E já te disse: as palavras estão gastas.” (v. 37) 1.1. Passa para o discurso indireto o verso transcrito.
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2. “Hoje são apenas os meus olhos.” (v. 22) 2.1. Indica a classe e a subclasse à qual pertencem as palavras sublinhadas no verso.
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Novas Leituras | Guia do Professor
2.2.Regista, ao lado de cada expressão, o número que corresponde à respetiva função sintática. a) Hoje _____
1. sujeito
5. predicativo do sujeito
b) são apenas os meus olhos _____
2. predicado
6. modificador do grupo verbal
c) apenas _____
3. complemento direto
7. modificador de frase
d) os meus olhos _____
4. complemento indireto
3. Preenche os espaços em branco com as palavras ah, há ou à. 3.1.
muito tempo que a relação do sujeito poético terminou. se ele pudesse dizer a dizer! amada o quanto lamentava magoá-la. Todavia, nada mais
GRUPO IV Quando agora digo: meu amor, já não se passa absolutamente nada. “Adeus”, Eugénio de Andrade
Tomando como fonte de inspiração o poema de Eugénio de Andrade, e assumindo a perspetiva do sujeito poético, escreve uma carta de amor, na qual apresentes os motivos da separação. Antes de começares a escrever, toma atenção às instruções que se seguem:
Novas Leituras 8 –
• escreve um mínimo de 140 e um máximo de 240 palavras; • procura organizar as ideias de forma coerente e exprimi-las corretamente; • revê o texto com cuidado e corrige-o se necessário.
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5. Testes Formativos | Novas Leituras
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PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO DOS TESTES FORMATIVOS (Guia do Professor) TESTE N.° 1 Grupo I 1.1. F – Um estudo revelou que as crianças e os jovens portugueses são os que correm menos riscos quando utilizam a Internet. 1.2. V 1.3. V 2.1. a) 2.2. b) 2.3. b) 2.4. a) 2.5. a) 3.1. b) Grupo II 1.1. a dependência/o vício da Internet 1.2. há quem considere que a Internet não cria dependência pelo facto de não envolver substâncias químicas ou similares e de trazer benefícios aos utilizadores 1.3. sempre que as pessoas passam tanto tempo ligados à Internet, que a sua vida pessoal e profissional é prejudicada 2.1. as pessoas não admitem que passam muito tempo ligadas, dependendo o seu estado de espírito da utilização da Internet, a tal ponto que sacrificam a sua vida pessoal, profissional ou educacional em prol da Internet 2.2. a Internet é acessível, não só no manuseamento mas também no preço, permite navegar anonimamente e interagir com vários utilizadores, bem como oferece uma grande diversidade de conteúdos, o que, associado à própria personalidade dos utilizadores, pode criar uma relação de “dependência” 3.1. c) (a Internet pode trazer muitos benefícios aos utilizadores que a saibam utilizar de forma comedida) Grupo III
TESTE N.º 2
1.
Grupo I Conservação, espécies, aquecimento, comportamento, Homem, raposas, tartarugas, árvores, baleias, koalas, eucalipto, pinguins-imperador, glaciares, corais
Grupo II poluição atmosférica pelas emissões de dióxido de carbono 2.1. aquecimento das águas dos oceanos, descida do nível de precipitação (chuvas), aumento do nível das águas do mar 3.1. “não é verdade” que “se deixássemos de emitir dióxido de carbono, o clima voltaria ao normal dentro de cem ou duzentos anos.” 4. acabar definitivamente com as emissões de dióxido de carbono na atmosfera 5. os oceanos 6. o calor que os oceanos têm acumulado tende a libertar-se na atmosfera, o que terá como consequência a continuidade do aquecimento do planeta 7.1. José, porque “O aquecimento global é irreversível”, “As mudanças na temperatura da superfície dos oceanos, no nível de precipitação e no aumento do nível das águas "são em grande parte irreversíveis…”, “As mudanças climáticas são lentas, mas também são imparáveis…”, “… o efeito positivo vai dissolver-se com o tempo e os oceanos vão acabar por manter o planeta mais quente durante mais tempo…” 1.
Novas Leituras 8 –
1.1. solução; segredo 1.2. Exemplo: Perdi a chave de casa. 2.1. b) 2.2. 1. c) 2. e)
3. a) 4. d) 5. b) 2.3. Os gregos criaram um estado de sítio em Atenas./ Quando vi a reportagem fiquei em estado de choque./ O presidente da república é um chefe de Estado./ Os militares fizeram um golpe de Estado./ Aquele é um verdadeiro homem de Estado. 3. online 4.1. a) Algumas pessoas usam a Internet imoderadamente. b) Vários estudos têm sido realizados pelos investigadores.
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Novas Leituras | Guia do Professor
Grupo III 1.1. Terra, lançar por terra, terra a terra, mover céus e terra 1.2. Terra: planeta; lançar por terra: destruir; terra a terra: simples, franco; mover céus e terra: fazer todos os esforços para conseguir algo 2.1. Os oceanos travam o aquecimento global. 3.1. “vão acabar” 3.2. Os oceanos acabarão por manter o planeta mais quente. a) gaste b) faça c) ande 4.1. Para preservar o planeta, gasta menos água./ Faz a separação do lixo./ Sempre que possível, anda de bicicleta ou a pé.
TESTE N.º 3 Grupo I 1.1. F – A fórmula de saudação é “Senhor”. 1.2. F – Pero Vaz de Caminha afirma que percebe pouco de navegação. 1.3. V 1.4. V 1.5. F – A viagem atrasou um dia devido à calmaria do vento. 1.6. V 1.7. V 1.8. F – Os habitantes da terra eram pardos/muito morenos e estavam nus. 1.9. V
4.2. segundo o homem, era impossível apenas duas pessoas empreenderem uma viagem daquela natureza 5.1. uma vez que a mulher da limpeza se referiu à caravela como sendo de ambos, ela pretende corrigir o que disse e enfatizar o facto de o barco pertencer apenas ao homem 6. na expressão citada há um exagero no número de coisas necessárias à viagem, que evidencia as dificuldades que terão de enfrentar e ultrapassar 7. ao citar este provérbio, a mulher da limpeza pretende reforçar a necessidade de se munirem das coisas necessárias à viagem, antes de partirem 8. o destino da viagem é uma ilha desconhecida: “Pedi-lhe para ir procurar uma ilha desconhecida” Grupo III 1. campo lexical de navegação – barco, caravela, tripulantes, manobra, marinheiros, leme, castelo de popa, mar, verga, mastro, viagem, maré, cais… 2.1. palavra derivada por sufixação (louco + -ura) 2.2. enlouquecer – palavra derivada por parassíntese 3.1. Pedi-lha para irmos procurar uma ilha desconhecida. 3.2. quando a frase possui duas orações cujo sujeito não é o mesmo, usa-se o infinitivo pessoal 4.1. a) 7; b) 9; c) 2; d) 6; e) 3 5. O homem disse que era bonita, mas se ele não conseguisse arranjar tripulantes suficientes para a manobra, teria de ir dizer ao rei que já não a queria.
TESTE N.º 4
Novas Leituras 8 –
Grupo I Grupo II 1.1. c) 1.2. b) 2. como o homem e a mulher da limpeza deram a volta ao barco em menos de quinze minutos, este deve ser pequeno 3.1. a contrariedade tem a ver com o facto de o homem não conseguir arranjar marinheiros dispostos a embarcar com eles 3.2. enquanto o homem se mostra desanimado ao ponto de pensar em desistir da viagem, a mulher da limpeza revela-se destemida e perseverante 3.3. o homem lembra à mulher da limpeza que esperou três dias pelo rei, sem nunca desistir 4.1. “Se não encontrares marinheiros que queiram vir, cá nos arranjaremos os dois”
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 1.6.
1.
2.
3.
c) b) a) b) c) a) Grupo II “Quando aqui há uns meses”, “Desde que entrei na nossa casa, vinda da maternidade”, “Depois fui crescendo”, “Nessa altura”, “uma tarde” o narrador é autodiegético, pois é a personagem principal que narra os acontecimentos na primeira pessoa as personagens são a Mina, a sua mãe, a Nani e o Crispim, que é namorado da mãe de Mina
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5. Testes formativos | Novas Leituras
4.1. o pronome refere-se à Nani e ao Crispim 4.2. ao declarar que Mina acabava o 9.º ano e ia trabalhar, a mãe lembrou-lhes um “extraterrestre”, isto é, um ser de outro planeta que desconhece a realidade do mundo onde vive 5. por intermédio de Nani, a Mina contactou desde criança com árias de ópera, temas musicais, banda desenhada, o romance da Condessa de Ségur e, mais tarde, romances de amor, quase todos franceses 6. a coleção do Spirou e do Tintin, que já tinha pertencido à mãe de Mina, dava a ideia de nunca ter sido lida, pois “os álbuns pareciam novos, nem sequer os cantos das páginas virados” 7. de acordo com Crispim, não se deve virar os cantos das páginas dos livros, para não os danificar (profanar) 8.1. uma vez que a mãe e o Crispim namoravam há pouco tempo, Mina ainda não o conhecia bem e, como tal, tinha algumas reservas em relação a ele 9.1. a pergunta da Nani deve-se à crítica de Crispim relativamente aos romances de amor 9.2. o Crispim sugere como leitura alternativa Os Cinco 9.3. o Crispim não queria contrariar a Nani, pois ela poderia vir a ser sua “sogra” e, como tal, não queria criar conflitos entre eles Grupo III 1.1. a) brancura; b) esbranquiçar 2.1. … para lá de rodearem a minha infância de árias de ópera… 2.2. depois de uma locução prepositiva usa-se o infinitivo pessoal 3. a) oração subordinada adverbial temporal b) oração coordenada copulativa c) oração subordinada adverbial final 4.1. a) 7; b) 1); c) 6; d) 3; e) 9
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1.2. o Silvestre considerava que, tendo em conta a inflação, os trabalhadores eram mal pagos 1.3. “disse-o sem um desejo de discórdia”, “o Silvestre, de mão pacífica no ar”, “Calma aí, se faz favor. Falei por falar” 1.4. o Silvestre sentiu-se ofendido quando o Ramos lhe chamou “inócuo”, pois desconhecia o termo e pensou tratar-se de um insulto 2.1. inoque 2.2. “inócuo” passou a significar “lombeiro”, “vadio”, e “bêbado” 2.3. as personagens, aparentemente de um nível baixo de instrução, desconheciam a palavra e, como tal, deturpavam-na 2.4. “inócuo” significa inocente, inofensivo; no entanto, ao longo do texto esta palavra é usada como insulto, tornando-se um termo ofensivo Grupo III 1.1. Não tem filhos, nem (tem) quebreiras de cabeça. 1.2. Não tem filhos – oração coordenada; nem tem quebreiras de cabeça – oração coordenada copulativa 2.1. oração subordinada substantiva completiva 2.2. complemento direto 3.1. O Silvestre era um homem pacífico, mas ensarilhouse com o Ramos. 3.2. Quando o Ramos lhe chamou inócuo, o Silvestre irritou-se. 3.3. A mulher insultou o marido, porque ele chegou bêbado a casa. 4.1. pretérito mais-que-perfeito (simples) 4.2. Tinha sido o caso que ao falar-se […] em trabalhadores e salários.” 4.3. Exemplo: Lá fora está frio.
TESTE N.º 6 TESTE N.º 5 Grupo I Grupo I b) c) a) c) b)
Grupo II 1.1. o Silvestre e o Ramos conversavam sobre o trabalho dos homens do campo e a respetiva remuneração
b) c) a) b) a)
Grupo II 1.1. o ombro de Sexta-Feira está magoado, ferido 1.2. Sexta-Feira recusou-se a sair do passeio em frente à loja das televisões e, como tal, foi agredido pelos
Novas Leituras 8 –
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
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Novas Leituras | Guia do Professor
agentes da polícia, chamados pelo dono do estabelecimento 2.1. a interrogação de Sexta-Feira pretende questionar a legitimidade da atitude agressora dos policias, evidenciando o facto de o passeio pertencer ao domínio público 3.1. a fotografia refere-se à radiografia 3.2. a frase transcrita salienta o facto de Sexta-Feira ser extremamente magro 4. ao contrário do que é dito, o médico mostra-se “desconfiado” e “contrariado” ao examinar SextaFeira, atitude esta evidenciadora da segregação a que são votados os mendigos que se dirigem ao hospital 5.1. Sexta-Feira apela ao médico que interceda a favor dos mendigos, telefonando ao proprietário do Dubai Shoping, pois trata-se de uma pessoa respeitável, cujo pedido poderá ser atendido 5.2. resposta pessoal Grupo III 1.1. a) oração subordinada substantiva completiva; b) oração subordinada adverbial condicional; c) oração subordinada adverbial temporal 1.2. b) empréstimo; c) amálgama 2.1. uso preferencial do gerúndio em vez do infinitivo precedido de preposição – “lhe estou roubando o tempo”; colocação do pronome lhe, me à esquerda do verbo – “lhe roubando”, “me bateram”, “me pontapeavam”, “O doutor me olha”, etc.; emprego de preposições diferentes – “Vou direto no assunto”; omissão de palavras – “lhe estou roubando o [seu] tempo”, “Não [se] esqueça de telefonar” 3.1. a) 2; b) 3; c) 5 4.1. palavras homónimas
TESTE N.º 7
Novas Leituras 8 –
Grupo I 1.1. V 1.2. F – No tempo de Garrett, os comerciantes portuenses exportavam o Vinho do Porto para Inglaterra. 1.3. V 1.4. F – Nesta época, tornou-se insuportável viver no Porto a partir do momento que os franceses invadiram a cidade. 1.5. F – Devido às invasões napoleónicas, a família de Garrett mudou-se para os Açores. 1.6. V
1.7. F – Dom Frei Alexandre, tio de Garrett, queria fazer do sobrinho padre. 1.8. V Grupo II 1.1. “Ditos” refere-se às personagens já mencionadas na cena anterior, nomeadamente Brás Ferreira, Amália e Duarte 2.1. ao afirmar que Duarte “não se emenda”, Amália quer dizer que o noivo não corrige o seu vício de mentir, o que fará com que o seu pai não permita o casamento de ambos 2.2. Amália falou baixo para que apenas Duarte a ouvisse, pois o pai não podia perceber que ela sabia que o noivo mentia 3. embora afirme que não o faz por mal, Duarte confessa que mente, porque as histórias que conta seriam menos interessantes se não lhe acrescentasse “detalhes”, “pormenores” 4. a expressão “não tenho um pinto” significa que Duarte não tem dinheiro 5.1. ao longo da sua conversa, Duarte esqueceu-se de ter dito que tinha uma casa, bem como do nome e da profissão do suposto comprador da sua casa 6.1. Duarte conseguiu encobrir as mentiras a Brás Ferreira graças à ajuda de José Félix, que se disfarçou de Tomás José Marques e encenou a história relacionada com a venda da casa, tornando verdade as mentiras de Duarte 7. este excerto situa-se no conflito, no momento em que Duarte mente compulsivamente Grupo III 1.1. interjeições – “Ah!”, “Oh”!; locução interjetiva –“Meu Deus” 1.2. a interjeição “Ah!” exprime surpresa; “Oh! Meu Deus” traduz a aflição, o horror de Duarte 2. a) Duarte tinha o vício de dizê-las. b) Brás Ferreira pretendia apanhá-lo a mentir. c) Se pudesse, Amália avisá-lo-ia para não mentir. d) Apanhando Duarte a mentir, Brás Ferreira rompêlo-á. 3. a) “Não torno mais.” b) “Dar-se-á o caso que tu me pregasses uma das tuas…” c) “Não, não, isto é, de certo modo já; mais propriamente…” d) “… agora os detalhes… os pormenores… eu não sei como isto é…”
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5.5.Testes Testesde formativos Avaliação | Novas Leituras
4.
a) se não b) se não c) senão d) senão
TESTE N.º 8 Grupo I 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 1.6.
b) b) a) c) c) a)
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2.1. repetições de palavras – “A Joana deixou uma carta… assim tipo carta de… despedida, foi?”; frases curtas – “Não, Diogo.”; frases incompletas – “Não a mim…”; hesitações – “Eram dirigidas à… tua irmã.”; “A Joana deixou uma carta… assim tipo carta de… despedida, foi?” 3.1. “A Joana deixou uma carta… assim tipo carta de… despedida, foi?” – A Joana deixou uma carta de despedida, foi?; “Ela devia ‘tar na pior!” – Ela devia estar muito deprimida! 4. a) senão b) senão c) se não
TESTE N.º 9 Grupo II 1.1. o destinatário das cartas de Joana é a Marta 1.2. Diogo tem alguma dificuldade em acreditar que Joana escrevia cartas a Marta, porque esta já tinha morrido nessa altura 1.3. estas cartas foram importantes para Joana, na medida em que era uma forma de ela se sentir menos só, partilhando a sua vida, os seus problemas com a amiga; mas também o foram para o pai, pois através do que Joana deixou escrito ele pôde conhecer melhor a filha, já que enquanto esta era viva ele raramente conversava ou estava com ela 2.1. ao recordar que, na infância, ia para a praia com a Joana e a irmã, o Diogo sorri, pois esse foi um tempo feliz; porém, fica angustiado por constatar que desiludiu a amiga, não tendo sido capaz de ficar ao seu lado 3.1. o Dr. Brito eleva o tom de voz, porque se sente revoltado pelo facto de não ter compreendido a filha, nem ter sido um pai atento aos problemas da Joana 4.1. quando a filha era viva, o Dr. Brito “não tinha tempo” para estar com ela, pois a sua prioridade era o trabalho; agora, que ela morreu, ele reconhece que há coisas mais importantes na vida e, como tal, pretende dar mais atenção às pessoas que o rodeiam
1. a) b) c) d)
e)
2.
o trânsito automóvel dióxido de carbono aquecimento global aquisição de automóveis menos poluentes, mais pequenos e menos potentes; redução da velocidade; utilização de transportes públicos menos poluição do ar e sonora, despreocupação com o estacionamento e com o trânsito, economia de combustível O trânsito automóvel é caótico, na cidade de Lisboa, e um dos grandes responsáveis pela poluição do ar e sonora. As emissões de dióxido de carbono na atmosfera, libertadas pelos canos de escape, provocam o aumento do aquecimento global, pelo que devemos adquirir automóveis menos poluentes, mais pequenos e menos potentes, bem como reduzir a velocidade, para minimizar a poluição do ambiente. Por seu turno, se utilizarmos os transportes públicos, além de não termos de nos preocupar com o estacionamento nem com o trânsito, estaremos a contribuir para um ambiente menos poluído ao mesmo tempo que economizamos no combustível.
Grupo II 1.1. no primeiro caso, “terra” significa cidade; no segundo, campo, solo 2.1. os prédios, pela sua dimensão e altura, são associados à ideia de colinas, criticando-se, por um lado, um espaço tipicamente urbano e, por outro, o facto de as rendas terem um custo muito elevado
Novas Leituras 8 –
1.
Grupo III a) A Joana escrevia-lhas. b) A Joana teimava em puxá-lo. c) Se pudesse, o pai de Joana mudá-la-ia. d) A morte de Joana fê-lo repensar as suas prioridades.
Grupo I
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Novas Leituras | Guia do Professor
3.1. o sujeito poético critica a quase ausência de espaços naturais, na sua terra, facto este agravado pelo desbaste de árvores efetuado pela Câmara: “a Câmara tem máquinas especialíssimas para desenraizar as árvores.” 4. de certo modo, os pássaros nos apartamentos contribuem para a recriação de um ambiente ligado à natureza, que poderá contribuir para que as pessoas se sintam mais próximas desta 5.1. c) 5.2. b) 6. ao longo do poema, critica-se o caráter artificial da cidade, na qual se perdeu o contacto com a natureza e a vida se tornou insuportável, o que é, desde logo, sugerido ironicamente no título, pois, na realidade, não se trata de “paraísos”, mas de “infernos” Grupo III 1.1. “altos” – grau normal; “alta” – grau comparativo de superioridade 1.2. mesmo as colina são prédios muito altos com renda altíssima 2.1. a) 2; b) 3; c) 6 2.2. oração subordinada adverbial
TESTE N.º 10 Grupo I
Novas Leituras 8 –
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5. 1.6.
b) a) a) b) b) b)
Grupo II 1.1. o verbo gastar, no pretérito perfeito do indicativo, é repetido ao longo do poema, enfatizando a ideia de que algo se perdeu no passado 2.1. as formas verbais encontram-se ora no pretérito perfeito do indicativo, como em “gastámos” e no pretérito imperfeito do indicativo como, por exemplo, “dizias”, “acreditavas”, “era”; ora no presente do indicativo – “são”, “digo”, “estão”, “é”; além disso, o sujeito poético faz referência a “Antigamente” e a “Hoje”, “agora”, ora evocando o tempo passado ora o tempo presente 3.1. a conjunção “Mas” marca uma oposição entre o tempo presente, marcado pelo desgaste e pela rutura da sua relação amorosa, e o passado em que havia amor e cumplicidade entre ambos 4. apesar do amor que viveram e dos momentos felizes por que passaram, agora, estes não têm qualquer valor, pois estão “gastos” como um “trapo” que outrora foi novo e útil e se tornou “inútil, tal como o amor entre eles 5. o poema apresenta uma estrutura circular ao iniciar e terminar com a palavra “Adeus”, sugerindo que um ciclo de vida do sujeito poético se fechou e que, portanto, é o momento da despedida 6. primeira e quinta estrofes – oitavas, segunda estrofe – quadra; terceira e sexta estrofes – quintilhas; quarta estrofe – sétima; sétima estrofe – monóstico Grupo III 1.1. O sujeito poético já lhe disse que as palavras estavam gastas. 2.1. hoje – advérbio de predicado; apenas – advérbio de exclusão 2.2. a) 6; b) 2; c) 7; d) 5 3.1. Há/ Ah!/ à/ há
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5 7. Grelhas de Apoio | Novas Leituras
5
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GRELHAS DE APOIO
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Novas Leituras | Guia do Professor
ESCOLA GRELHA DE AVALIAÇÃO DE REGISTO INDIVIDUAL Nome:
Nº:
Turma:
EXPRESSÃO ORAL / PARTICIPAÇÃO ORAL 1º Período
2º Período
3º Período
Descritores de desempenho NS Altura de voz Timbre Dicção Elementos prosódicos/ paralinguísticos
Ritmo Expressão facial Contacto visual Gestos Postura Cumprimento do tema Adequação discursiva Extensão do discurso Construção frásica
Organização do discurso
Organização das ideias Pertinência da informação Justificação de opiniões Repertório vocabular Fluência Sabe ouvir Espera pela sua vez Pede a palavra
Atitudes
Demonstra interesse Aceita opiniões do outro Participa regular e ativamente AVALIAÇÃO FINAL
Novas Leituras 8 –
Observações:
S
SB
NS
S
SB
NS
S
SB
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7. Grelhas de Apoio | Novas Leituras
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ESCOLA GRELHA DE AVALIAÇÃO DE REGISTO INDIVIDUAL Nome:
Nº:
Turma:
AVALIAÇÃO ATITUDES/DESEMPENHO GLOBAL 1º Período
2º Período
3º Período
Descritores de desempenho NS
S
SB
NS
S
SB
NS
S
SB
É assíduo(a) É pontual Atitudes
Traz o material necessário para a aula Participa ativamente na aula Respeita o outro Cumpre as tarefas de leitura
Plano Nacional de Leitura
Sabe interpretar o que lê Transmite oralmente, com correção, o que lê Tem hábitos de leitura Tem iniciativa É criativo(a) Cumpre os trabalhos de pesquisa
Trabalho de Projeto
Trata e organiza adequadamente os dados recolhidos Sabe apresentar e defender o seu trabalho Conclui os trabalhos em tempo útil Cumpre as tarefas É solidário com o grupo
Trabalho de Grupo
Partilha materiais Respeita a opinião dos colegas Coopera na resolução de conflitos AVALIAÇÃO FINAL
Observações:
Novas Leituras 8 –
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Novas Leituras | Guia do Professor
CONTRATO PEDAGÓGICO DE LEITURA Aos ______ dias do mês de ______________ de dois mil e __________, pelas ______ horas e ______ minutos, na aula de Língua Portuguesa, na Escola ___________________________________, sala ______, celebrou-se um Contrato Pedagógico de Leitura entre os alunos do oitavo ano, turma _______ e o(a) docente daquela disciplina, nos termos seguintes:
O(A) docente compromete-se a: u
Fornecer aos alunos uma lista diversificada de obras, contempladas nos Programas de Português do Ensino Básico e/ou no Plano Nacional de Leitura;
u
Dar a conhecer, em linhas gerais, o conteúdo das obras, sempre que requerido;
u
Orientar a leitura dos alunos, sempre que solicitado;
u
Corrigir as fichas de leitura preenchidas pelos alunos;
u
Organizar a apresentação das leituras efetuadas pelos alunos;
u
Contemplar as leituras realizadas nos critérios de avaliação de final de período.
Os alunos comprometem-se a: u
Ler _______ textos e ________ livros no primeiro período;
u
Ler _______ textos e ________ livros no segundo período;
u
Ler _______ textos e ________ livros no terceiro período;
u
Preencher uma Ficha de Leitura por cada livro;
u
Incluir no seu Portefólio as fichas de leitura corrigidas pelo(a) professor(a) e passadas a limpo pelo(a) aluno(a);
u
Apresentar oralmente à turma _______ das leituras realizadas;
u
Participar ativa e disciplinadamente nas discussões sobre as leituras realizadas.
Este Contrato Pedagógico de Leitura determina, ainda, que: u
Caso haja incumprimento por parte do(a) docente, a percentagem destinada ao cumprimento deste contrato por parte do(a) aluno(a) seja distribuída pelos outros parâmetros de avaliação.
u
Caso haja incumprimento por parte do(a) aluno(a), seja atribuída a classificação de zero, neste parâmetro de avaliação.
Novas Leituras 8 –
O(A) docente e todos os alunos responsabilizaram-se pelo cumprimento deste Contrato Pedagógico de Leitura, que vai ser assinado pelas partes interessadas. O(A) docente: Os alunos:
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TRANSCRIÇÕES DOS DOCUMENTOS ÁUDIO/VÍDEO
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
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TRANSCRIÇÕES DOS DOCUMENTOS ÁUDIO SEQUÊNCIA 0
– Sim, Esmeralda, quando largares os bolos. Lembro-te que é proibido comer na sala de aula. – Bom, a verdade é que a média dele subiu de 6,75 para 7,25… Portanto… – Neste momento, não estamos a discutir as notas mas o comportamento. – Tenho a impressão que… devíamos considerar uma ação disciplinar. O comportamento é incorreto. – Comigo é simples. De duas em duas aulas, ponho-o na rua. – Eu já nem o ponho na rua. Sempre que isso acontece ele fica contente. Não vale a pena. – Acho que com ele, a ação disciplinar não vai resultar, porque assim é que as coisas vão correr mesmo mal. – Mas já corre muito mal. Já passamos os limites. Senão, como pedimos aos outros que tenham um comportamento normal? – E lembro-lhe, sr. Marin, que ontem o levou ao meu gabinete. – Sim, mas ontem foi o primeiro incidente do ano. Ele foi mal-educado, e tive que impor limites. Fiz o que fiz, mas penso que foi um incidente que não se repetirá. Desde o início do ano que não tenho razões de queixa, tirando o que se passou ontem. – Mas o nosso trabalho não é assegurar que os alunos se sentem quietos no fundo da sala e fiquem calados. Temos que puxar por eles! – Eu não quero fazer isso com ameaças e castigos. Prefiro valorizar o que ele faz bem. E há coisas que o interessam. Ele diz e faz coisas bastante boas. – Sob o pretexto que, de vez em quando, ele faz coisas boas, deixamo-lo afundar-se sozinho na sua toca e não fazemos nada. Isso é comprar a paz social. – Posto isto, o que dizemos? O que é que fazemos? Um aviso? – Acho que não é de um aviso que ele precisa. O melhor é dizer que o Souleymane já chegou aos limites, porque, do ponto de vista escolar, é limitado. – Isso é muito bonito, mas eu sou parvo e preciso de preencher esta caixa. O que é que escrevemos?
In A Turma de Laurent Cantet (excerto do filme)
Novas Leituras 8 –
Teste diagnóstico – Grupo I (página 20) – A seguir, o Chérif. O nosso amigo Chérif. – Tenho um grande problema com o Chérif. É um miúdo com capacidades, e daria um ótimo aluno. Podia facilmente dar-lhe um 17, mas como conversa muito e perturba o funcionamento da aula, a média dele é muito fraca. E é uma pena. – Tem um comportamento muito irregular. Umas vezes, é um desastre e não conseguimos fazer nada com ele, e outras vezes é ótimo. – O que é que dizemos ao Chérif? Um aviso sobre o trabalho ou sobre o comportamento? – No meu caso, é comportamento, e não trabalho. – Na minha aula, é mais trabalho. – Parece-me mais um problema de trabalho. Olhando as notas dele… Matemática: 6. Francês: 8. História e Geografia: 9. Inglês: 9,5… – Peço desculpa. – Ciências: 12. Música: 11. – As notas dele são bastante baixas, mas pareceme é que há um problema de comportamento. Porque é que não lhe dizemos apenas isso, e deixamos o trabalho de lado, por agora? – Então vou escrever: “Chérif, pode melhorar desde que mude a sua atitude em relação ao trabalho.” – Vamos passar ao Souleymane. – O Souleymane… Não sou eu que vou começar. – O que é que dizemos? – Mal. – E que mais? – Falamos sobre o caso dele no 1.º período, e acho que já dissemos tudo. Tem grandes lacunas, nomeadamente na expressão escrita. Acho que não há nada de extraordinariamente novo a referir neste 2.º período. – Já te sentes melhor, Esmeralda? Não sabia que era tão engraçado ser delegada de turma. Estávamos a falar do Souleymane. – Queria acrescentar ao que o François disse que durante este período ele se esqueceu quase sempre do material e não fez grande coisa. – E não é só isso, é muito mais que isso. Está cada vez mais indomável. Impede os outros de trabalharem. – Posso dizer uma coisa, por favor?
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Novas Leituras | Guia do Professor
SEQUÊNCIA 1 Alterações climáticas deixam mil milhões de pessoas em risco (página 43) (texto gravado) Cerca de mil milhões de pessoas vivem em zonas que se podem tornar de alto risco devido ao aquecimento global, revela um estudo do Banco Mundial divulgado na terça-feira no Brasil. “Para muitas das pessoas pobres que vivem nas cidades as cheias e os deslizamentos de terra podem já fazer parte da rotina, mas as alterações climáticas podem piorar a situação”, afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, citado pela AFP. Robert Zoellick explicou que as áreas vulneráveis vão estar mais sujeitas a deslizamentos de terras, inundações, assim como à subida do nível do mar. Para contornar o problema, o responsável do Banco Mundial defendeu a necessidade dos responsáveis políticos investirem no planeamento e na gestão urbana de forma a adaptarem-se às mudanças climáticas e assim reduzirem o risco de desastres naturais. A divulgação do estudo surge na véspera da realização de uma conferência sobre clima que reúne quarenta grandes cidades, entre as quais Nova Iorque, Jacarta, Berlim, Barcelona, Rio de Janeiro, Barcelona e Cidade do México. Nas quarenta cidades representadas na conferência habitam cerca de 300 milhões de pessoas que contribuem para a produção de 10 por cento das emissões globais de gases de efeito de estufa para a atmosfera. In Jornal de Notícias (versão online), 01/06/2011 (texto adaptado, com supressões)
Novas Leituras 8 –
“Obesidade na Infância e na Adolescência”, Psicóloga Clínica Dr.ª Cláudia Pereira – “Portugal no Coração” (RTP 1) – vídeo (página 52) João Baião (JB) – A taxa de obesidade na infância e adolescência é cada vez mais prevalente, não só em Portugal, como em todo o mundo. (Tânia Ribas Oliveira) TRO – Exatamente, é um cenário que já é preocupante e importa analisar e também combater. JB – Está connosco para falar deste problema a psicóloga, doutora Cláudia Pereira.
TRO – Muito bem, muito obrigada por estar connosco, doutora Cláudia, obrigada. Ah, bom, se calhar é começar precisamente por aí, não é! Porque é que de repente, porque eu julgo que, na nossa geração, na minha, na tua e na sua que também já é diferente da nossa, se calhar as crianças não tinham tanto esse problema como têm hoje em dia. De onde é que vem todos estes maus hábitos, donde é que vêm? Cláudia Pereira (CP) – Aliás, portanto, obesidade é um problema multideterminado, portanto vários fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, temos os fatores genéticos, comportamentais, ambientais, mas de facto para explicar o aumento, crescente, digamos assim, principalmente nas últimas décadas, da obesidade principalmente em crianças e adolescentes temos que focar realmente os fatores sociais e culturais, portanto, temos uma sociedade cada vez mais sedentária, eu ainda sou da época em que nós, quando éramos crianças, saíamos à rua para brincar, brincávamos com os nossos amigos, íamos andar de bicicleta, saltar à corda, não é; e, hoje em dia, isso não acontece, temos uma sociedade cada vez mais insegura não é, portanto, ouve-se falar cada vez mais em raptos, em pedofilia, etc., e, portanto, temos pais cada vez mais preocupados, mais inseguros e, portanto, acabam por incentivar as suas crianças e os seus filhos a permanecerem em casa, portanto, com a playstation, com o computador, com a televisão, e portanto isto tem de facto cultivado, digamos assim, a propagação deste problema e, se a isto nós acrescentarmos o facto de muitas vezes as crianças terem estas atividades sedentárias, não é, portanto, estarem a ver televisão ou computador e ingerirem os snacks, não é, portanto, os alimentos que não são nada saudáveis e que nos bombardeiam a toda a hora na publicidade da televisão, etc., portanto, a ingerir bolachas, batatas fritas, portanto, compreendemos que realmente isto tem… tudo isto tem contribuído para o aumento das taxas de prevalência da obesidade. JB – Mas será que também não temos pais que são cada vez mais permissivos, no sentido de deixar que as crianças comam tudo o que elas querem? CP – Exatamente, aliás toca num ponto muito importante que é: hoje em dia, os pais têm muito pouco tempo para estar com os filhos. E o que acontece é que, ok, então, no fim de semana, fazemos
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
pressão, muitas vezes pensamentos suicidas, não é, portanto, e é não deixar arrastar até esse ponto que depois, quer dizer, é muito mais complicado, não é? JB – E o papel dos estabelecimentos de ensino, não têm que ter também aqui uma palavra a dizer? CP – Exatamente. TRO – Aliás, doutora, e continuando a pergunta do João, há até algumas escolas que inclusivamente já fecham a parte do bar à hora do almoço, para que as crianças não comam cachorros quentes e tenham que ir ao refeitório comer fruta, sopa… que é o que nós comemos ao almoço. JB – E comer uma sopinha, salada… CP – Isso é muito verdade, isso é muito verdade, porque lembra-me uma menina, que eu estava a seguir, que me dizia precisamente isso, que “ah, agora na hora da refeição o bar fecha para nós realmente irmos ao refeitório” e de facto a intervenção, a intervenção de facto com as crianças e com os pais é importante, mas tem que haver uma prevenção macro, que envolva diferentes sistemas: a família, sim, mas também a escola, a própria comunidade, o próprio Governo tem que tomar estas medidas que são muito importantes, não é… são de facto muito importantes e algumas medidas vão sendo tomadas, de facto, como isso que estava a dizer, mas é preciso mais, não é, porque de facto é… TRO – São precisas cada vez mais medidas. JB – Exatamente, uma intervenção macro para “microcalorias”. TRO – Exatamente. CP – Exatamente. TRO – Macroatividade para microssedentarismo. CP – Exatamente. JB – Senão isto, temos mesmo que assustar as pessoas, para elas de facto tomarem consciência do problema que é a obesidade, senão o quê que é que pode acontecer em termos futuros, doutora Cláudia? CP – Bom, nós sabemos que, portanto, a adolescência, aliás, peço desculpa, a obesidade, portanto na infância e na adolescência tende a propagar-se para a idade adulta, não é, está associada a uma maior obesidade na idade adulta, e está associada também a outros problemas, portanto, hipertensão arterial, colesterol, triglicerídeos elevados, doenças cardiovasculares, portanto, e depois as tais… Aliás, temos outros problemas de frisar: problemas respiratórios, a apneia do sono, problemas de mo-
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tudo o que tu quiseres, então está bem, então, olha mãe quero, ao almoço, ir comer piza e, ao jantar, quero ir comer um hambúrguer, e portanto… TRO – E o hambúrguer nós sabemos sempre onde é que é… JB – Claro! CP – Exatamente, não é, eu não quis aqui referenciar nomes, não é, mas de facto é verdade, temos pais que cada vez mais por… para compensar esta falta de estar com os filhos, não é, porque antigamente, não é, havia mais a tendência para as mães ficarem em casa, não é, com e emancipação da mulher, portanto, ambos trabalham, e portanto há esta tendência para compensar de alguma forma o não estar com as crianças e, de facto, isso tem também contribuído, não é… TRO – Mas voltando, quer dizer, portanto, os factos são estes, as causas são multivariadas, como disse, mas e as consequências, ou seja, por onde e que se pode começar a combater essas mesmas consequências? CP – Bom… TRO – Sendo que os pais não vão ter tempo, porque não têm atualmente, não vão ganhá-lo. CP – Aliás, pais com crianças com excesso de peso, crianças ou adolescentes, não é, com excesso de peso e obesidade, o meu conselho é, de facto, irem até ao médico de família, procurar ajuda, e que essa referência seja feita. Por exemplo, nós no Hospital D. Estefânia recebemos crianças, vindas um pouco de todo o país, que são vistas por pediatras, e há uma equipa multidisciplinar pronta para receber essas crianças e ajudá-las o mais possível, equipas multidisciplinares compostas por pediatras, por endocrinologistas, nutricionistas, psicólogos, não é, portanto, tem que haver aqui… e todos estes profissionais são de facto muito importantes, todos eles têm um contributo a dar que é insubstituível; portanto, o meu conselho é de facto procurar ajuda não é, portanto. TRO – E não deixar o problema arrastar... CP – Exatamente, porque quanto mais ele se arrasta, pior, não é, portanto, muito mais difícil é depois o voltar para trás, não é, e com essas consequências de que estava a falar, portanto, não são consequências só médicas, porque sabemos que a obesidade traz consigo outros problemas médicos, mas também problemas psicológicos, de baixa autoestima, insatisfação com o corpo, a de-
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bilidade, dificuldade em se movimentarem, etc., problemas gastrointestinais, em muitos dos casos, mais graves e os problemas emocionais, não é, portanto, a depressão, a ansiedade, tentativas de suicídio que, por vezes, nos casos mais graves, portanto, são consumadas. TRO – Bem, só temos uma geração que aí vem, que pode ser maioritariamente uma geração triste, já é muito mau sinal, não é, é uma geração que se fecha em casa e que não sai para a rua e não dá aquilo que tem de melhor. Portanto, é começar agora de facto. Muito obrigada por ter vindo ao “Portugal no Coração”. CP – Obrigada, eu. http://www.youtube.com/watch?v=1WzbZkZmiFA (acedido em 22/08/2011)
TESTE FORMATIVO Grupo I (página 58) Bullying (TVI_20/01/2011)
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Jornalista – O número de casos de bullying e de violência escolar está a diminuir. O Ministério da Educação garante que no ano passado houve menos 10% deste tipo de casos. Repórter – Imagens como esta repetem-se pelas escolas de todo o país. São casos de bullying ou violência escolar, situações que acontecem cada vez menos de acordo com os dados do Ministério da Educação. Paula Peneda (Gabinete de Segurança Escolar do Ministério da Educação) – A tendência que temos e uma diminuição das ocorrências de violência na escola de cerca de 10%. Corresponde a uma diminuição de cerca de 3500 para 3100. Aquelas escolas que nos preocupam ou que demonstram que estão com um clima menos estável, nós temos aplicado medidas preventivas, temos vigilantes que fazem a segurança nas escolas. Repórter – Crimes cometidos dentro das salas de aula ou nos recreios, até setembro de 2010, a procuradoria-geral da república abriu 127 inquéritos a casos de violência escolar em Lisboa. Já a linha SOS PROFESSOR registou 386 pedidos de ajuda para situações de indisciplina, casos onde a criminalização do fenómeno de bullying pode ajudar. Nazaré Barros (professora) – A lei pode ajudar a clarificar, a estabelecer limites, a dar uma cons-
ciência, uma visibilidade maior; ainda que eu pense particularmente que, para além da lei, as escolas têm que prevenir o fenómeno. Paula Peneda – Criou-se a ideia de que, muitos dos crimes praticados na escola, como são alunos, como são menores, têm um efeito de impunidade e, portanto, o facto de estar previsto no código penal terá certamente um efeito dissuasor, eu estou convencida disso. Repórter – É em Lisboa e no Porto que há mais casos de violência escolar. Agressões entre alunos ou a professores é o crime cometido mais vezes.
SEQUÊNCIA 2 Emigração (SIC_20/09/2011) (página 96)
Miguel Lima – Trabalho como chefe de equipa na empresa Somague. Repórter – Há quanto tempo? Miguel Lima – Cinco anos. Repórter – E porque que foi? Miguel Lima – Termos económicos cá, lá é mais fácil. Isildo Sebastião – Construção civil, construção de estradas, civil, obras públicas. Repórter – Está a trabalhar onde? Em que parte do país? Isildo Sebastião – Em Angola? Já estive no sul, estive no centro, agora estou no norte, agora estou na área de Malanje. Repórter – Vai andando, construindo estradas. Isildo Sebastião – Nunca é, nunca tenho um sítio certo para estar. Luís Miguel Ferro – Trabalho no departamento de engenharia da Cypon, num projeto Farm, que está a ser realizado em Cabinda. Vamos colocar uns equipamentos novos para aproveitamento do gás que é queimado nas plataformas. Repórter – Luís Miguel Ferro foi trabalhar para Angola em 1998 e nunca mais voltou para Portugal. Luís Miguel Ferro – Não é assim tão breve, porque o mercado vai continuar assim durante mais uma serie de anos, e eu prefiro andar por fora. Repórter – Assim como? Luís Miguel Ferro – Está, está muito complicado. Repórter – Argumentos partilhados por quase todos os que partem. Isildo Sebastião – A ver se isto melhora cá um bocado.
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
Repórter – Quais são os seus planos para mais tarde? Filomena Nunes – Sei lá, estar em casa com o meu marido, descansar. Repórter – Em casa, em Portugal ou em Angola? Filomena Nunes – Em Portugal, em Portugal, se tiver que ser em Angola, olhe, também, já estou tudo por tudo. Repórter – De Portugal saem todas as semanas vinte voos para Luanda entre aeroporto de Lisboa e Porto, dez voos da TAP, e dez das linhas aéreas de Angola, TAG. Menor foge de casa com carro da mãe Por Manuela Teixeira (página 107) (texto gravado) Mário Couto Monteiro, de 14 anos, fugiu de casa dos pais, em Ponte da Barca, e levou o Renault Clio azul da mãe. O menor foi visto pela última vez anteontem, ao final da tarde, dentro do automóvel. Como não foi dormir a casa, os pais telefonaram-lhe para o telemóvel. Mário atendeu e respondeu que estava bem, com amigos de infância. Desligou e não voltou a atender. Os pais entraram em pânico, e quando perceberam que o carro tinha desaparecido contactaram as autoridades, denunciando a fuga. No quarto de Mário, os pais encontraram um papel com o percurso rodoviário desde Ponte da Barca até ao Seixal. “Os pais não fazem ideia onde está e por que saiu de casa. Temem que esteja com algum adulto, porque ele não tem carta. Estão com receio de que o Mário tenha conhecido alguém nas redes sociais da internet”, disse ao CM Valdemar Cunha, amigo da família. Valdemar diz ainda que o rapaz costumava dizer que ia para Lisboa mas que a ameaça não foi valorizada. Os pais já forneceram os elementos à PJ. In Correio da Manhã (versão online), 06/10/2010
TESTE FORMATIVO Grupo I (página 113) Reportagem Especial SIC_Violência Doméstica (04/03/2010) Clara de Sousa – No ano passado morreram, pelo menos, vinte e cinco mulheres às mãos dos maridos, namorados ou ex-companheiros. Vinte e cinco
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Repórter – Mas gostava de voltar então para cá, é isso? Isildo Sebastião – Ai, isso era o essencial, era voltar a trabalhar aqui em Portugal. Repórter – Porque que não vem? Isildo Sebastião – Ah, onde, onde é que temos trabalho, não há trabalho agora, onde é que há trabalho em Portugal. António Reis – Nesta altura então, pelo o que se ouve, diariamente nas televisões, é de fugir aqui desta área, desta nossa terra, que a gente gosta tanto, não é? Repórter – Fugir da terra à procura de melhores oportunidades, dizem que elas existem em Angola. O seu emprego é estável, está satisfeito? José Manuel Nunes – Estou satisfeito, e é estável. Repórter – Ganha bem? José Manuel Nunes – Ganho, ganho. Repórter – Mais do que ganharia cá? José Manuel Nunes – Muito mais, muito mais. Repórter – Muito mais, é quantas vezes mais? José Manuel Nunes – Para aí três vezes mais, três, quatro vezes mais. Miguel Lima – Como a gente daquele dinheiro que ganha lá, não o mexe para ter a vida lá, consegue suportar um bocadinho mais. Repórter – Envia dinheiro para cá, é isso? Para a família? Miguel Lima – Sim, sim. Repórter – E quer dizer que não tem custos com a habitação, e a alimentação, é isso? Miguel Lima – Ter, temos, mas a empresa facilita isso, ajuda. Vera Rodrigues – A gente fica sempre tristes, ele vai embora, a gente fica cá as duas, é sempre triste. Repórter – Como é que fazem? Vera Rodrigues – Como é que fazemos, a gente vai se virando, o trabalho, a escola dela e a gente vai falando com ele, todos os dias a gente fala com ele e mato um bocadinho as saudades. Repórter – Outra alternativa é mudar de país e levar a família inteira. Vera Rodrigues – Eu ia, e a filha também, mas não, por enquanto ainda não dá, lá ainda não está muito estável, e para ela, para segurança dela não, ainda não. Repórter – Mas admite essa possibilidade? Vera Rodrigues – Admito.
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mulheres vítimas de violência doméstica, o que representa mais do dobro registado em 2008. Hoje, em reportagem especial, conheça histórias de mulheres que conseguiram escapar. Vitima 1 – O amor pesava mais do que eu. Repórter – Que idade é que tem? Vitima 1 – Quarenta. Repórter – Quantos anos suportou a violência doméstica? Vitima 1 – Quase vinte e um. Vitima 2 – Batia com vassouras… batia com o que tivesse na mão. Vitima 3 – Deixei um trabalho onde ganhava bem, deixei uma família que praticamente nós não éramos empregadas, éramos família. Deixei tudo. Vitima 2 – Muitas vezes disse: não, eu vou aguentar esta cruz, foi Deus que ma deu, eu vou aguentála, até ao fim; não consegui. Repórter – Desconhecidas no passado, a vida destas três mulheres cruza-se agora neste centro de acolhimento temporário. Cada uma no seu canto, cada uma a tentar refazer a vida que o passado quase destruiu. Com elas trouxeram três filhos menores de quatro, oito e nove anos. Crianças que a vida condenou a deixar o lar, os amigos e a escola. Criança – Bem, para mim é melhor estar do que em casa. Repórter – Porquê? Criança – Porquê? Em casa, chegava lá, pumba… pumba. Pontapés da porta da sala que era para aí acolá, vinha parar à porta do quarto. Hugo Ferraz (Assistente social) – Muitas vezes as crianças que nos chegam, portanto, também vêm, portanto, vêm de um ambiente desestruturado e muitas vêm a imitar os comportamentos que viam em casa. Portanto, muitas vezes temos que lidar com a falta de respeito perante as mães. Alexandra Loureiro (Psicóloga) – Até mesmo o autoconceito como mães está alterado. Muitas vezes elas não se acreditam sequer como elementos de autoridade e de competência para educar as crianças.
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SEQUÊNCIA 3 Quem me leva os meus fantasmas (página 142) Aquele era o tempo Em que as mãos se fechavam E nas noites brilhantes as palavras voavam, E eu via que o céu me nascia dos dedos E a Ursa Maior eram ferros acesos.
Marinheiros perdidos em portos distantes, Em bares escondidos, Em sonhos gigantes. E a cidade vazia, Da cor do asfalto, E alguém me pedia que cantasse mais alto. Quem me leva os meus fantasmas? Quem me salva desta espada? Quem me diz onde é a estrada? Quem me leva os meus fantasmas? Quem me leva os meus fantasmas? Quem me salva desta espada? E me diz onde é a estrada Aquele era o tempo Em que as sombras se abriam, Em que homens negavam O que outros erguiam. E eu bebia da vida em goles pequenos, Tropeçava no riso, abraçava venenos. De costas voltadas não se vê o futuro Nem o rumo da bala Nem a falha no muro. E alguém me gritava Com voz de profeta Que o caminho se faz Entre o alvo e a seta. Quem leva os meus fantasmas? Quem me salva desta espada? Quem me diz onde é a estrada? Quem leva os meus fantasmas? Quem leva os meus fantasmas? Quem me salva desta espada? E me diz onde e a estrada
De que serve ter o mapa Se o fim está traçado, De que serve a terra à vista Se o barco está parado, De que serve ter a chave Se a porta está aberta, De que servem as palavras Se a casa está deserta? Quem me leva os meus fantasmas? Quem me salva desta espada?
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
Quem me diz onde é a estrada? Quem me leva os meus fantasmas? Quem me leva os meus fantasmas? Quem me salva desta espada? E me diz onde é a estrada Letra e Música: Pedro Abrunhosa
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des a extrair de cada zona são, previamente, determinadas. In Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume XXI, Editorial Enciclopédia, L.DA
SEQUÊNCIA 4 (página 166)
TESTE FORMATIVO Grupo I (página 159) (Texto gravado)
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Pesca das pérolas: As ostras eram antigamente, arrancadas dos bancos e trazidas à superfície por homens adestrados, que, desde novos, exerciam a profissão. Desciam, agarrados a uma corda, lastrada com uma pedra, e, apenas chegados ao fundo, tratavam de colher o maior número de moluscos, que metiam num pequeno cesto colgado do pescoço, puxando a corda, a dar sinal para serem elevados logo que percebiam estar a esgotar-se a resistência pulmonar. O nome por que os conheciam no Oriente era o de buzos e eram levados até ao local dos bancos em pequenos barcos ou pirogas, nos quais, após cada mergulho, despejavam a carga das canastras. Desciam nus ou com uma simples tanga, obturando os ouvidos com algodão e as narinas com uma pinça de madeira. Como muitas vezes eram atacados por tubarões, polvos e grandes raias, iam armados com uma longa faca, muito afiada, que apertavam entre os dentes e com a qual defrontavam aqueles inimigos, morrendo muitos nesses combates submarinos. O tempo médio de imersão era, de quarenta segundos a um minuto, havendo alguns cuja resistência ia até seis minutos. A vida desses homens era, em geral, curta, sendo muitas vezes atacados por uma doença, que se manifestava por chagas sangrentas, disseminadas pelo corpo. Embora a profundidade da água em que se encontravam os bancos não vá, de ordinário, a mais de oito metros, a luz dificilmente chega ao fundo, sendo as ostras procuradas pelo tato. No arquipélago das Taoumoctou os pescadores usavam umas caixas altas, de fundo envidraçado, que mergulhavam na água para localizarem os bancos. Hoje, perante os escafandros e os focos elétricos, tudo isto desapareceu, sendo a colheita das ostras mais regular e menos perigosa. Não se pesca durante certos períodos do ano, como da desova, e as quantida-
Testemunho do ator Rui Mendes sobre o teatro Pedem-me para falar de teatro. Teatro tem sido uma grande parte da minha vida, senão quase toda a minha vida. Tenho mais de cinquenta anos de fazer teatro, quer como ator, quer como encenador, quer como tradutor de peças, quer como cenarista que, aliás, foi como comecei. Eu comecei a fazer teatro na escola, não muito tempo, que fui logo convidado para uma companhia de teatro infantil e juvenil que havia na altura, o teatro do Gerifalto. Alguns dos mais velhos, da minha idade, ainda talvez se lembrem! Mas o teatro é para mim, e para muita gente, uma coisa muito importante… Ah! é claro que eu não comecei por fazer teatro nem como ator, nem como encenador, nem como cenarista. Comecei por fazer teatro como espectador. Eu (como na altura era relativamente fácil, porque não havia grandes proibições quando eu era mais novo) eu com cinco, seis anos, ia com os meus pais ver estreias de teatro. Claro que não é obrigatório ver estreias de teatro, mas é bom ver teatro. É tão bom ver teatro como fazê-lo, ou é tão bom fazê-lo como vê-lo; a ordem dos fatores é arbitrária, porque… há países onde com quatro, cinco anos se começa logo a fazer teatro. E isso dá aos alunos, às pessoas, aos cidadãos, a nós todos, uma enorme vantagem para a vida, porque, no fundo, o que é o teatro? O teatro é quando em cima de um estrado, num local que se chama palco, habitualmente, há um ator e, em frente, está uma outra pessoa pelo menos, que é um espectador. E há um texto para dizer, há uma ação para fazer, há uma história para contar, há uma anedota para contar, às vezes, um poema para dizer ou até uma mímica, uma pantomima que, às vezes, não há palavras; porque o teatro pode ser feito de mil e uma maneiras. Há quem diga que o teatro é a junção de todas as outras artes e pode de facto sê-lo. Pode ser a junção da literatura, porque alguém escreveu um texto; da poesia, porque a poesia é muito importante, não só no teatro mas em tudo, até na vida; da arquitetura, porque
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é preciso um espaço onde as coisas se passam; da música, pode haver música tocada ao vivo, pode haver música gravada, pode haver música feita pelos próprios atores, mas tudo isto… a pintura também aparece, porque há cenários por vezes pintados, enfim, a poesia, já falei na poesia. O teatro envolve tudo e o teatro é que nós quisermos. Não é o que nós quisermos, porque se fizermos uma coisa de que o público não goste não o devemos fazer; o público não nos deixa fazer coisas pateia, manda-nos embora. O teatro é, mas também não pode ser só feito na tentativa de agradar de qualquer maneira às pessoas que estão a ver, há aqui um meio-termo, um equilíbrio entre aquilo que nós queremos fazer e dizer e aquilo que os outros estão dispostos e querem ouvir e ver. A coisa mais engraçada que há no teatro é ser uma coisa que não fica para sempre, fica só na memória de quem o fez e de quem o viu. O cinema fica registado em filme ou em vídeo, já muitos filmes são feitos em vídeo e não em filme, há múltiplos sistemas de registar, de gravar, peças de teatro, filmes, cenas, até somente o som. Claro que isso não é o teatro! O teatro é ao vivo e acaba e fica e não há mais. Fica na nossa cabeça. E uma das coisas interessantes que há no teatro é quando acaba a peça, aquilo que une os atores que estiveram no palco aos espectadores que estiveram na plateia, que estiveram embebidos na mesma coisa, no mesmo espírito, nas mesmas ideias, no mesmo enriquecimento mútuo que as pessoas tiveram. Porque o teatro enriquece, como todas as artes, mas como parece que já vimos que é a súmula, a acumulação de muitas ou quase todas as artes, o teatro enriquece mais do que qualquer outra arte, porque por vezes é inesquecível. Eu lembro-me de coisas que vi com cinco e seis anos no teatro. Também me lembro de outras coisas, lembro-me de jogos de futebol, lembro-me de espetáculos de circo. O circo também é teatro de alguma maneira, como é o bailado, como é a ópera, como é um bom concerto de música moderna ou antiga, clássica ou atual. Tudo isto é teatro.
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(página 202)
Amy Winehouse morre aos 27 anos Esta é a voz que conquistou milhões de fãs, um pouco por todo o mundo. Ao longo de 27 anos, viveu nos limites. Ficou conhecida pelo talento
como pelos problemas pessoais que sempre a atormentaram. O álcool e as drogas estiveram muitas vezes de braço dado com a cantora. Chegou a estar internada em clínicas de reabilitação. Nunca superou ou quis superar os vícios. Vendeu milhares de álbuns, ganhou vários prémios, esgotou concertos, só que perante o público nem sempre correspondeu ao carinho dos fãs. Em 2008, esteve no Rock in Rio Lisboa, o que era para ser uma festa tornou-se num pesadelo para os fãs e para a própria Amy Winehouse. (Devia ter cancelado, porque… Não! A sério, porque a minha voz… Não estou a cantar bem e mal consigo segurar no microfone. Queria tanto vir…) No mês passado esteve em Belgrado. Foi assobiada e, a meio do concerto, desapareceu para irritação dos fãs. Já era impossível esconder o estado de Amy Winehouse. Os representantes da cantora cancelaram a digressão europeia, alegando problemas de saúde. Em agosto estava prevista a presença da cantora britânica no Festival Sudoeste. A última aparição pública aconteceu na passada quarta-feira: atuou ao lado de outra cantora britânica. Este sábado, foi encontrada morta no apartamento de Londres. Não são ainda conhecidas as causas da morte. Amy Winehouse faz parte de um núcleo de diversos cantores que perderam a vida aos 27 anos de idade. Nomes como Jim Morrison, Janis Joplin, Jimmi Hendrix ou Kurt Cobain desapareceram de forma precoce e no auge das carreiras. Amy Winehouse será sempre recordada por diversos motivos, um dos quais, esta voz que encantou milhões de pessoas por todo o mundo. In SIC Notícias, 23/07/2011
TESTE FORMATIVO Grupo I (página 204) (texto gravado) Molière, cujo verdadeiro nome era Jean-Baptiste Poquelin, nasceu em Paris, em 1622. Escrevendo, quer em verso, quer em prosa, desde a farsa até à comédia de costumes, passando pela comédia musical, Molière deixou uma obra tão rica quanto diversa que continua a ser representada em todo o mundo. Filho primogénito de uma abastada família portuguesa, Molière fez os primeiros estudos no Colégio
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
de Clermont, dirigido por jesuítas. Continuou depois os estudos em Orleães onde obteve a licenciatura em Direito. Segundo parece, terá então pensado em seguir a advocacia, mas a literatura, a filosofia e principalmente o teatro atraíam-no mais. O estudo do grego e do latim permitiu-lhe conhecer os grandes pensadores e autores clássicos, sua fonte de inspiração. No entanto, esta atração pela vida artística não agradava o pai, que, desejando afastar o filho do meio do teatro, lhe cede o cargo que ocupava na corte, de camareiro do rei, cujos direitos de transmissão já tinha reservado para o filho. Não foi duradoura a permanência de Molière na corte. Logo que atingiu a maioridade, libertou-se da tutela paterna para se dedicar completamente ao teatro. O ano de 1643 marca o início da atividade artística de Molière, quando decide fundar, com os irmãos Béjart e mais cinco amigos, um grupo teatral a que deram o nome de Ilustre Teatro. A este seguem-se outros grupos, todos eles sem sucesso, até que, em 1658, Molière se fixa em Paris, sob a proteção do rei Luís XIV que instala a companhia numa dependência do Louvre, a sala do Petit-Bourbon. Lutando contra intrigas e difamações, Molière conhece então o triunfo. Escola de Mulheres, Tartufo, Dom João, O Misantropo, Médico à Força, O Avarento, As Sabichonas são testemunho evidente de quanto o teatro lhe ficou a dever. Molière sucumbe aos 51 anos, em pleno período de consagração. Adoece repentinamente durante uma representação de O Doente Imaginário e vem a falecer poucas horas depois. In O Avarento de Molière, “Nota Introdutória”, Publicações Europa-América, 1999 (excerto)
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Florestas (página 214) Com a chegada do verão e do calor, sabe bem fugir do stresse da cidade e procurar um lugar descansado e fresco. Felizmente que, em Portugal, ainda existem lugares como este, com árvores e sombras, onde podemos trazer a família e os amigos para um piquenique. Não é só pela sua beleza e valor recreativo que devemos preservar e cuidar bem das florestas. As
florestas são uma fonte de bens essenciais, sem os quais a nossa vida seria bem diferente. Às florestas vamos buscar madeira, combustível, alimentos e matéria-prima para uma série de aplicações e produtos. “Protegem o solo contra a erosão; controlam os ciclos e qualidade da água; e é nas florestas que se concentra a maior parte da biodiversidade terrestre. Em nenhum outro local do planeta existe um repositório tão grande e tão variado de espécies animais e vegetais.” Sabia que as florestas são o melhor aliado contra os efeitos do dióxido de carbono enviados para a atmosfera? E que 2/5 de todo o carbono armazenado nos ecossistemas está nas florestas? As florestas, além de libertarem oxigénio, ajudam a limpar o ar, porque absorvem o dióxido de carbono. Talvez por isso são vulgarmente chamadas “o pulmão do mundo”. “Infelizmente, esse grande pulmão está a diminuir à escala mundial. Apesar de na Europa se terem implementado políticas ambientais, no sentido de aumentar a área florestal, o resto do mundo não seguiu essa tendência. De 1990 até 2005, o mundo perdeu 3,1% das suas florestas. Por ano, 8,4 milhões de hectares de árvores foram extintos. O equivalente ao espaço de Portugal Continental. Ou seja, em 15 anos desapareceu da terra uma área arborizada equivalente a 15 vezes o nosso país.” Consegue imaginar? Há certos comportamentos que não devemos ter quando estamos numa floresta. Não devemos pisar as plantas e as flores, não devemos gravar o nosso nome nas árvores e não devemos abandonar o lixo. Não se esqueça que um saco de plástico pode demorar 100, ou mais anos, a degradar-se; e que uma simples garrafa de vidro, quando exposta diretamente ao sol, pode provocar um incêndio. “Outra regra que devemos respeitar é não fazer lume. O ideal é levar a refeição preparada. Deste modo, evitamos acender fogueiras. Mas, se não for possível, devemos utilizar sempre os locais apropriados.” Não se esqueça que a época crítica para as florestas já começou, e que dura até finais de setembro. Durante este período, todo o cuidado é pouco. Em Portugal, os fogos florestais são dos principais fatores responsáveis pela desflorestação. “Fatores de pressão sobre a floresta portuguesa: conversão para a agricultura, fogos florestais, sobre-exploração da madeira, fragmentação por
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estradas etc., poluição atmosférica, alterações climáticas, introdução de espécies exóticas, plantas, fungos, etc.” O carbono está presente em todos os organismos vivos e, como tal, existe também nas árvores, respondendo por cerca de metade da composição de uma árvore. “O problema é que, quando as árvores ardem, uma parte do seu carbono transforma-se em fumo e é lançada na atmosfera, sob a forma do tão falado dióxido de carbono. A outra parte acaba também por ser transferida para a atmosfera uns meses ou anos depois, com a decomposição das árvores mortas.” Em termos de emissão de gases com efeitos de estufa provocados pelo homem, a desflorestação é responsável por um a dois milhões de toneladas. Os fogos florestais não são a única forma de libertar dióxido de carbono para a atmosfera. O abate das árvores pode provocar o mesmo efeito. A razão é simples e fácil de entender se pensarmos nos materiais resultantes do aproveitamento da madeira cortada: da madeira faz-se papel, fazemse móveis, fazem-se materiais de construção, que, mais tarde ou mais cedo, vão acabar por se degradar e libertar dióxido de carbono para a atmosfera. Não restam dúvidas: a destruição da floresta intensifica o efeito de estufa, agravando o problema do aquecimento global. “Sabia que podemos ir buscar à floresta a biomassa, um dos grandes recursos energéticos em Portugal? Os restos de madeira, as folhas e os ramos das árvores, caídos no chão, podem ser queimados em incineradores para produzir vapor e eletricidade. Esses resíduos florestais são a biomassa. Se os resíduos resultantes da limpeza das matas forem também aproveitados, além de evitar grandes incêndios, podem gerar energia. Em Portugal, já existem centrais de energia a partir da biomassa.” As nossas florestas cobrem 38% do território. É claro que não vamos cortar as árvores, mas podemos aproveitar o potencial energético da biomassa quando se faz a limpeza das matas. Dessa limpeza resultam resíduos que servem para produzir energia. “Estima-se que a quantidade disponível da biomassa florestal é de 2 milhões de toneladas. Caso atingíssemos estes valores energéticos, a biomassa florestal representaria entre 8% e 9% da eletricidade renovável produzida em 2010, isto é, 3% a 4% de toda a eletricidade produzida.”
Tratar bem a floresta que temos é contribuir para que as gerações futuras cresçam num ambiente mais saudável. É permitir que respirem um ar mais limpo. Viva a floresta, protegendo-a! O planeta agradece. In O Planeta Agradece, RTP1
DESTINO (página 222) Encostei-me Encostei-me para trás na cadeira de convés e fechei os olhos, E o meu destino apareceu-me na alma como um precipício. A minha vida passada misturou-se com a futura, E houve no meio um ruído do salão de fumo, Onde, aos meus ouvidos, acabara a partida de xadrez. Ah, balouçado Na sensação das ondas, Ah, embalado Na ideia tão confortável de hoje ainda não ser amanhã, De pelo menos neste momento não ter responsabilidades nenhumas, De não ter personalidade propriamente dita, mas sentir-me ali, Em cima da cadeira como um livro que a sueca ali deixasse. Ah, afundado Num torpor da imaginação, sem dúvida em pouco de sono, Irrequieto tão sossegadamente, Tão análogo de repente à criança que fui outrora Quando brincava na quinta e não sabia álgebra, Nem as outras álgebras com x e y’s de sentimento. Ah, todo eu anseio Por esse momento sem importância nenhuma Na minha vida, Ah, todo eu anseio por esse momento, como por outros análogos – Aqueles em que compreendi todo o vácuo da existência sem inteligência para o compreender E havia luar e mar e a solidão, ó Álvaro. In Citações e Pensamentos de Fernando Pessoa, Paulo Neves da Silva (org.), Casa das Letras, 2011 Interpretado pelo grupo Da Weasel
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pessoas esquecem-se que os animais não são coisas. Eles sentem, sofrem, precisam da companhia do homem, também, para serem felizes. Então, aqui abandonam-nos depois, doentes, porque não adianta levá-los a um veterinário e tratá-los; abandonam-nos bebés, porque atempadamente não se esterilizou a mãe; abandonam-nos já magríssimos e, olhe, abandonam-nos doentes, abandonam-nos todas as noites: cães de raça, cães sem raça definida; é tudo, é tudo, é um descalabro. Joana Latino – E era bom que não abandonassem, e era bom que, pelo menos durante alguns instantes, as pessoas pudessem vir aqui e, talvez, apaixonar-se (ai, peço desculpa, ó João) por um destes queridíssimos habitantes temporários, espera-se, do Cantinho dos Animais. Eu vou quebrar todas as regras dos diretos e vou passar o cão ao Rui Carvalho, ele que nos ajudou a batizar esta família. E, fica então esta informação: porque não, quem esteja aqui perto ou longe, porque não aproveitar para fazer uma viagem. Há aqui muitos animais para adotar. De facto, fazem bem a todos nós. Aqui está mais um companheiro, que nos veio aqui visitar no final deste direto, mais um que podemos levar para casa. Eu se pudesse, levava-os todos, Conceição. Conceição Lino – Já voltamos aí, a falar dos cuidados que recebem esses animais aí, em Viseu. In, Nós por cá, SIC
TESTES GUIA DO PROFESSOR Teste nº 1 – Grupo I Internet Segura (SIC_21/10/2010) Um estudo revela que Portugal é dos países com menos crianças e jovens em risco quando utilizam a Internet. No entanto, o mesmo estudo conclui que, apesar disto, as crianças portuguesas são as menos vigiadas pelos pais. O objetivo do estudo era perceber a ocorrência de fatores de risco associados ao uso da Internet: pornografia, bullying ou mensagens de cariz sexual são alguns dos riscos a que podem estar sujeitos os mais jovens. Nos portugueses, 58% tem perfil nas redes sociais. Aluna – A maioria dos meus amigos também anda nas redes sociais e eu falo lá com eles, não falo com pessoas desconhecidas, nunca. Há homens e mulheres que, muito mais velhas que nós, que nos adicionam, e eu acho que são esses que nos devíamos recusar.
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TESTE FORMATIVO Grupo I (página 229) Cantinho dos Animais, em Viseu Conceição Lino – Os animais domésticos, em tempo de férias e de crise, sofrem ainda mais maus tratos e abandono. Pelo país, o auxílio chega, na maioria das vezes, de voluntários. Hoje, estamos em Viseu, para conhecer uma associação que recolhe gatos e cães. Os animais são tratados, desparasitados e vacinados, mas… (Boa tarde, Joana Latino!) …o mais difícil é arranjar-lhes um novo dono! Joana Latino – E o mais difícil, também, é conseguir resistir às preciosidades que aqui vêm parar. Este cãozinho que aqui tenho nas mãos, pelo facto de me chamar Joana, aqui, no Cantinho dos Animais, deram-me o privilégio de o batizar, e passase a chamar João. Já agora, porque o Roger Nicolau, que nos está a mostrar este cão, e o Rui Carvalho, que faz parte do carro de satélite, que aqui nos ajuda a chegar a todo o país, também se apaixonou por um destes cães, que está aqui nas mãos (é o irmão da Maria Luísa) passou a chamarse Rui, como o nosso assistente do carro de satélite. E, Ana Maria, temos aqui a mãe (que é a Estrelinha), estes animais abandonados. O quê que se passa em Portugal, para serem abandonados cada vez mais? Ana Vaz – Eu julgo que isto é uma perda de cidadania, de sensibilidade, de caráter, de vergonha. Porque tem que se perder muita vergonha, tem que se não ter vergonha absolutamente nenhuma, para se vir de noite, pela calada da noite, deixar ficar amarrada ao portão, esta mãe, com estes dois filhotes tão pequeninos. Esta noite, outra mãe, assim pequenina, com mais quatro bebés acabados de nascer. Quando chegamos de manhã, um já estava morto. É preciso ter muita falta de vergonha. Joana Latino – E aqui são mais de mil os animais que são recolhidos por ano. Apenas 500 são distribuídos, muitos chegam com claríssimos sinais de maus tratos. O quê que se passa para as pessoas maltratarem os animais? Maria Luísa – Eu continuo como a dona Ana Maria acabou de dizer: acho que é falta de sensibilidade. E os maus tratos vão desde não lhes darem de comer, manterem-nos presos uma vida inteira a uma corrente, não fazem exercício, não lhes dão mimos, põem-nos, muitas vezes, num bidão, atolados de lama ao frio, à chuva e à torreira do sol. As
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Aluno – Já vi falar e isso nos chat a pessoas que não conheciam e a dizerem-lhe a idade e para virem ter com elas e disse: “Olha, tem cuidado com isso porque isso não é assim!”. Eu conheço amigos que já tiveram encontros e isso, mas nunca nada de grave, nunca… Mas isso é preciso ter cuidado. Portugal é um dos países que apresentam menos queixas mas é também aquele em que os jovens mais usam a Internet com pouca ou sem qualquer supervisão. Aluno – A minha mãe, ela, confia em mim, e às vezes vai lá ver, entra no quarto e vê o que eu estou a fazer e vai ver o que é que eu consultei. Aluna – Não controlam, mas, por exemplo, a minha mãe também tem facebook, e a minha irmã também, e… pronto, nós vemos o facebook umas das outras, mas a minha mãe não vai ver em que sites é que eu estive, nem nada. Ela confia em mim. Nas escolas o projeto SeguraNet tem tentado educar para uma navegação sem riscos. José Fernando (Coordenador do Projeto SeguraNet) – Aquilo que o lema este ano, portanto, este ano indica: “tu decides para onde vais”. Portanto, mas para essa decisão é necessário, portanto, estar consciente dos perigos que encerra a utilização, ou seja, da Internet, seja das redes sociais, seja do telemóvel; portanto estar consciente deles, e portanto, saber em determinadas situações que acontecem, portanto, saber decidir. Um trabalho para jovens e professores, mas também para os pais.
As implicações negativas do comportamento do ser humano nos habitats das espécies são evidentes: 21 por cento de todos os mamíferos, 29 por cento de anfíbios, 12 por cento das aves, 35 por cento das árvores coníferas e cicadófitas, 17 por cento dos tubarões e 27 por cento dos recifes do coral estão em risco de desaparecer. Os koalas, alerta a UICN, são uma espécie muito sensível, devido às necessidades alimentares muito específicas. O eucalipto é a sua única forma de alimento, mas as folhas dessa árvore têm perdido capacidade nutritiva com o aumento da concentração de CO2. O resultado será a extinção por falta de alimento. Na Antártica, a situação dos pinguins-imperador é igualmente preocupante, devido à espessura da camada de gelo sazonal que tem vindo a diminuir. O aquecimento global também tem impacto nas temperaturas dos oceanos. Os corais, por exemplo, são dos mais prejudicados. O planeta está atento a estas situações e hoje mais de 70 países assinalam o Dia Internacional do Animal, que pretende alertar para um melhor relacionamento entre a humanidade e o reino animal.
Teste nº 2 – Grupo I (texto gravado) Dia do Animal: Mais de 70 países aderiram à celebração Dez espécies em risco de extinção
Senhor, o capitão-mor desta frota e outros capitães das naus dar-vos-ão notícia sobre a descoberta da terra a que agora chegámos. Ainda assim, dir-vos-ei por palavras minhas como tudo se passou. Não sei grande coisa de navegação, perdoeme a ignorância. Mas creia Vossa Alteza que em nada do que escreverei se faltará à verdade do que vi ou me impressionou. Saímos de Belém na segunda-feira, 9 de março, e no sábado, 14, atingimos as Canárias, onde a calmaria do vento nos atrasou um dia de viagem. A 22, domingo, avistámos Cabo Verde. Na manhã seguinte, demos por falta da nau de Vasco de Ataíde. Apesar das buscas, não mais voltou a aparecer. Retomámos o rumo que trazíamos, até que a 21 de abril, sendo
A União Internacional para a Conservação da Natureza coloca dez espécies a caminho da extinção, consequência do aumento da temperatura global. As alterações nos habitats deixam as raposas do Ártico, os peixes-palhaço, os koalas, os pinguinsimperador, as tartarugas de Couro, os corais, as focas-aneladas, as árvores Quiver, os salmões e as baleias beluga sob ameaça. Por André Pereira/ J.M.G.
In Correio da Manhã (versão online), 04 de outubro de 2010 (excerto)
Teste nº 3 – Grupo I (texto gravado) Pero Vaz de Caminha Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o Achamento do Brasil
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oitavas de Páscoa, vimos umas ervas à deriva, sinal de que havia terra por perto. Um dia mais, apareceram aves, ditas fura-buchos, e à tarde tínhamos terra à vista: um monte a que o Capitão pôs o nome de Pascoal. Por trás dele, terra plana e muito arvoredo. Chamou-se-lhe Terra de Vera Cruz. Navegámos até 6 léguas da costa e ancorámos ao pôr do sol. Dormimos e depois fomos lançar âncoras junto à foz de um rio. Vendo uns homens na praia, baixámos os batéis de bordo, com a ideia de os irmos apanhar. Foi Nicolau Coelho quem tomou a dianteira. Ainda não tinha chegado ao rio, já outros homens (uns 20) se mostravam. Eram pardos, isto é, muito morenos, e vinham todos nus, nuzinhos como Deus Nosso Senhor os pôs no mundo, armados de arcos e setas com pontas feitas de canas afiadas. Correram ao encontro do batel, com vontade de a ele subir. Mas Coelho fez-lhes logo sinal para que deitassem fora os arcos, e obedeceram. Dado o barulho das ondas, não pôde falarlhes; limitou-se a oferecer um barrete vermelho a um, uma carapuça de linho a outro e um vulgar chapéu a um terceiro. Retribuíram-lhe com um sombreiro de penas de papagaio e um colar de contas brancas. Tudo isso o Capitão mandará, creio eu, a Vossa Alteza. In Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o Achamento do Brasil. Pero Vaz de Caminha, adaptado por João de Melo, Quasi Edições, 2008
In SIC Notícias, 27/09/2011
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Teste nº 4 – Grupo I O regresso d’ Os Cinco, entrevista a Alice Vieira Jornalista – São o quinteto mais famoso da literatura infantil, há muito esgotados em Portugal, os vinte e um volumes d’ Os Cinco começam agora a ser reeditados para uma nova geração. Repórter – Alice Vieira só apanhou Os Cinco na adolescência, as aventuras do quinteto criado pela escritora britânica Enid Blyton começaram a ser editadas em plena segunda Guerra Mundial, mas nos anos 50, em Portugal, as histórias ainda espantavam. Alice Vieira – Uma das coisas que eu, apesar de tudo, ainda me lembro de me espantar, quando era adolescente e quando li aquilo, era, e penso que todas as pessoas que leram Os Cinco falam sempre nisso, os lanches, aquelas almas passam a vida a
comer, e o cão também, eu tinha uma inveja daquele cão, porque, comia gelados, e eu lembravame, quando era miúda, nós só comíamos gelados no inverno se éramos operados a garganta, aí é que comíamos, senão, o gelado era só no verão, e quando era. Repórter – Vinte e uma aventuras foram publicadas até 1963, mas Os Cinco perduraram na vida de várias gerações. A partir dos finais dos anos 70, para além dos livros, havia também a série da televisão. Três rapazes, uma rapariga e um cão constituíam o quinteto que invariavelmente desvendavam os segredos de adultos sem escrúpulos e sem a ajuda de ninguém. Uma fórmula que se repetia e que tornava possível também às crianças leitoras entender a escritora. Alice Vieira – Há um crítico que diz que ela, que a Enid Blyton, era uma criança, que viveu sempre como uma criança e escreveu como uma criança. Eu tenho a certeza que se me viesse parar as mãos um livro d’ Os Cinco, em original, num concurso daqueles que há muitos por aí, ai, eu acreditava-me perfeitamente que aquilo era um livro escrito por uma adolescente com jeito para escrever; acreditava perfeitamente. Repórter – Mas esta não é a única crítica a Enid Blyton, a também criadora, por exemplo, do Noody, dos Sete ou das Gémeas, autora muito para além do meio milhar de livros, era acusada de ser uma mulher fria, distante e artificial. Alice Vieira – Uma das filhas, que é terrível, porque ela diz, a minha mãe, era mãe das crianças…, ocupou a vida toda a ser mãe das crianças do mundo inteiro menos das dela. E a vida dela, em contraste com aquilo que ela escreve, nós estamos a ver e a ler Os Cinco, estamos a ler aqueles piqueniques, estamos a ler aquelas crianças contentes e felizes e não sei quê, e aquilo é um contraste completo com a vida particular dela, onde as filhas iam para o sótão, as filhas… ela nem as via; onde as filhas eram tratadas pelas criadas, porque ela não tinha tempo… Portanto, não há, aquilo é tudo artificial. Repórter – Alice Vieira prepara, justamente, uma biografia da autora. Seja como for, o fascínio pel’ Os Cinco mantém-se e a obra que estava esgotada começa agora a ser reeditada: três volumes até ao final do ano; os restantes dezoito em 2012.
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Teste nº 5 – Grupo I Vergílio Ferreira, Retrato à minuta (RTP 2) Vergílio Ferreira – Nasci em Melo, na Serra da Estrela, a 28 de janeiro de 1916, numa sexta-feira. Minha mãe dizia que eu tinha nascido às três horas da tarde. No registo, parece que indicam outra hora, e eu não sei qual deles tem razão. Voz off – Andava Vergílio Ferreira pelos três ou quatro anos quando o pai partiu, rumo a emigração. Ator – Vejo o meu pai no limite da minha infância dobrar a porta do pátio com um baú de folha na mão. Vejo-o de lado e sem se voltar. Eu estou dentro do pátio e não há, na minha memória, ninguém mais ao pé de mim. Devo ter o olhar espantado e ofendido por ele partir. Mas, alguns meses depois, o corredor da casa da minha avô amontoa-se de gente na despedida de minha mãe e da minha irmã mais velha que partiam também. Dessa vez houve choro pela noite adiante. Tia Quina contava, conta ainda, mas não conta de choro algum dos meus dois irmãos que ficavam também. Deve-me ter vibrado pela vida fora esse choro que não lembro. Voz off – Em Conta Corrente Vergílio Ferreira descreve, assim, essa mãe, longamente ausente. Ator – Minha mãe sofreu, amou, foi amada, lutou, criou filhos, envelheceu entre os seus. Teve uma história de amor difícil. Meu pai não estava entremeado aos projetos da família, e toda a família disse que não. Um tio-padre utilizou mesmo argumentos contundentes. Só o pai dela, o meu avô, não o conheci, lá lhe entendeu a paixão. E a certa altura, teria eu uns três anos, partiram. Ficamos eu e dois irmãos, levaram só a mais velha para a continuação do lar. Depois regressaram. A minha irmã mais velha morreu. Depois voltaram a partir. O meu irmão mais novo foi ter com eles. Depois voltaram de novo e não sei se partiram de novo. E, finalmente, regressaram de vez. Ficaram a viver com a minha outra irmã. Nesta variabilidade de família, só eu fiquei sempre de fora de todos os arranjos possíveis, porque, mesmo depois do regresso, convívio era só nas férias. Assim, a família e os pais se criaram o mito da razão. E foi essa mãe de razão e a legenda não vem dela mas do oculto apelo a que fosse, que só quase me calhou. Vergílio Ferreira – Deve ter sido uma experiência extremamente traumatizante. Uma tia minha contava-me que eu tinha passado uma noite a chorar,
e me perguntava, depois, porque é que eu chorava, explicando eu que, enfim, chorava, porque justamente a minha mãe se tinha ido embora. Naturalmente esqueci tudo isso. Mas com certeza, essa experiência me deve ter ficado a marcar a vida inteira. Ator – Depois, a infância recomeçou. Três irmãos, duas tias e avó maternas. Depois a vida recomeçou. Mas toda essa infância me parece atravessar apenas um longo inverno. É um inverno soturno de chuvas e de vento, de neves na montanha, de histórias de terror contadas à luz da candeia, no negrume da cozinha, assombrada de tempestade. Até que um dia, um tio de minha mãe, que era padre na aldeia, se pôs o problema de eu não ser talvez estúpido. E imediatamente se empolgou, para me consagrar ao altíssimo. Vergílio Ferreira – Aos dez anos, eu entrei no seminário do Fundão. E, dessa experiência, eu retirei a matéria para o meu romance Manhã Submersa. Ator – Lentamente, o casarão foi rodando com a curva da estrada, espiando-nos do alto da sua quietude lôbrega pelos cem olhos das janelas. Até que, chegados à larga boca do portão, nos tragou a todos imediatamente, serrando as mandíbulas logo atrás. Enrolado na multidão silenciosa, fui subindo a larga escadaria, em cujo topo um padre quieto, de mãos escondidas nas mangas do viatório, ia separando as divisões para as respetivas camaratas. Vergílio Ferreira – Fez há dias, precisamente 52 anos, que eu entrei pela primeira vez nesta casa, que era então seminário, o seminário do Fundão. Constituiu o centro do meu romance Manhã Submersa. Imagina-se facilmente como seria forte o impacto num miúdo de 10 anos, que vem lá de longe, e entra nesta casa, um casarão enorme, pessoas desconhecidas… Mas eu digo a distância é muito importante, também, porque foi um dia inteiro de viagem. Como se sabe, a distância não se mede por metros ou quilómetros, mede-se pelo grau de dificuldade em transpor essa distância. Teste nº 6 – Grupo I Comunidade Vida e Paz Jornalista – A noite começa cedo para a Comunidade Vida e Paz. A carrinha é abastecida e a equipa de voluntários reúne-se para uma ronda de distribuição de alimentos pelos sem-abrigo da capital. Patrícia Lourenço – O nosso objetivo é trazer uma palavra de esperança para as pessoas, portanto,
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
Voluntário – Ninguém diz que ia ser fácil, dissemos que valia a pena. In Companhia das Manhãs, SIC (postado a 24/05/2011)
NOTA: A Comunidade Vida e Paz começa por conhecer as pessoas sem-abrigo através das equipas da noite, que se aproximam com as ceias com o objetivo bem definido de conhecer a situação em que as pessoas se encontram e perceber como podem ser ajudadas. Distribui comida (28 800 sandes e 1920 litros de leite por mês) e roupa pelos sem-abrigo de Lisboa todas as noites do ano, como forma de construir uma relação com estas pessoas, que permita conhecer a sua situação e ajudá-las ou encorajá-las a entrar no programa de recuperação. Teste nº 7 – Grupo I “A Viagem de Garrett” Almeida Garrett nasceu no Norte, nas margens do Douro. No seu tempo o rio era diferente e as expectativas das pessoas também. Garrett viveu e retratou essa época. Atribulada foi a viagem da sua vida. O Douro é hoje um gigante adormecido, mas há duzentos anos atrás a Foz era um mar de embarcações em madeira. Todo o comércio com o interior da região Norte estava centralizado na cidade do Porto. Daqui era exportado para Inglaterra o famoso Vinho do Porto, mas havia também o comércio de algodão e açúcar, com o Brasil. um quotidiano marcado pelo negócio onde as pessoas, à custa do esforço individual, podiam até enriquecer. Em 1800, o Porto é uma cidade em crescimento, simplória com uma classe burguesa cada vez mais importante. O pai de Garrett conhece bem a zona da Ribeira. Aqui trabalha como selador-mor da alfândega. Mas a alegre prosperidade desses tempos será interrompida pelas Invasões Francesas. Luís Cabral – Aqui o que corria na cidade era: “Vêm aí os franceses! Vêm aí os franceses!”. O ambiente na cidade é que era já um ambiente de excitação popular e houve até, inclusivamente, tentativa e, mesmo linchamento, mesmo aqui entre Douro e Minho, de várias pessoas que eram consideradas jacobinas, simpatizantes dos franceses. Portanto, o ambiente já era muito mau. A família Garrett morava perto dos Clérigos, uma zona mais alta da cidade como convinha a um lar
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não é, dar-lhes o conforto, não é. Apenas nós lhes damos alguma coisa para comer, mas a nossa intenção é tira-los da rua. Jornalista – A primeira paragem é debaixo de um viaduto, um local improvável para ser a morada de alguém, mas a equipa sabe que aqui vive Fernando Pessoa. Repórter – Mora aqui há quanto tempo, o senhor Fernando? Fernando Pessoa – Eu não posso dar uma resposta, pá, direta, pá, ou correta, porque não me recordo, pá. Talvez… não chegue a um ano. Repórter – Para além destes alimentos, consegue obter mais alimentos ao longo do dia? Fernando Pessoa – Não, nem procuro tal. Patrícia Lourenço – Normalmente trazemos sempre, são sempre duas sandes e é um bolo ou dois bolos. Hoje trazemos maçãs, trazemos iogurtes; por vezes, trazemos chá quente. Jornalista – O percurso segue noite dentro numa rota fixa. Em cada paragem, a carrinha é esperada, muitas vezes, por rostos já habituais. Repórter – Há quanto tempo é que vive na rua, há quanto tempo? Paulo Alexandre – Muitos anos mesmo, muitos anos. Mesmo, estando a trabalhar, sempre vivi na rua. Repórter – Já tentou procurar ajuda, para sair da rua? Paulo Alexandre – É assim: pedir ajuda para sair da rua, consegue-se, consegue-se… só que, pá, é complicado. Voluntário – Às vezes demora anos até nos conseguirmos aproximar deles, até conseguirmos motivá-los o suficiente para eles saírem; e independentemente disso, por muita motivação que a gente possa dar, tem que partir deles. Jornalista – O compromisso e a entrega dos voluntários é essencial num trabalho onde as recompensas nunca são materiais. Voluntário – O que nos motiva é este contacto humano. É o facto de sentirmos que tocamos outra pessoa, que motivamos outra pessoa, portanto, isto é uma recompensa muito grande, o facto de estarmos com alguém e sentirmos que fazemos a diferença. Jornalista – Tirar os sem-abrigo da rua é o objetivo, e o lema das equipas de voluntários baseiase na esperança de uma vida melhor.
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de burguês e tradicional. Em 1799, nascera numa casa da Rua do Calvário, João Batista, um dos cinco filhos do casal Silva Leitão. Só muito mais tarde, será adotado o apelido de Garrett por iniciativa do próprio poeta, baseado em uma presumível ascendência fidalga de uma avó. O pequeno João Batista é uma criança frágil e inteligente, mimada pela mãe que dessa forma procurava contrabalançar a austeridade do pai. Ofélia Paiva Monteiro – Devia ser uma criança irrequieta e fantasiosa, com certeza, porque ele conta, talvez ficcionalizando um pouco, como é próprio do escritor, não é, alguns episódios da vida infantil, onde diz que, desde muito menino foi jacobino, por exemplo, que comprou numa feira uma imagem de Bonaparte, o que motivou a zanga da família, porque era uma família tradicionalista. Bom, isso prova que era uma criança irrequieta, curiosa, atenta ao que se passava, embora tivesse muito poucos anos; mas atenta ao que se passava na Europa, não é. Até então, Garrett conhecera uma ditosa infância no seio de uma família sólida, honesta, cristã. Pelo lado materno houvera um avô rico, João Bento Leitão, homem de negócios, sem quaisquer pergaminhos, mas que enriquecera no Brasil. Assim se percebe como a família podia usufruir de duas quintas de recreio no lado de Gaia: a Quinta do Castelo, já desaparecida, e a Quinta de Sardão, convertida em colégio há largos anos. Garrett recordaria mais tarde o lugar, o ambiente terno e protetor de umas tias, as brincadeiras dos pequenos da casa. A imaginação do pequeno João Batista fervilhava com as histórias de encantar contadas pelas criadas: a boa Brígida e a mulata Rosa de Lima, que o avô trouxera do Brasil. Os jardins da quinta tornavam-se misteriosos ao som das lendas e bruxarias que as criadas cantavam em verso. […] Chegou a hora do terror francês. Sabia-se que uma segunda invasão descia da Galiza em direção ao Porto. Braga já caíra às mãos de Soult. Os portuenses estão desamparados e em pânico. Em março de 1809, a cavalaria francesa entra na cidade e persegue a população até à Ribeira. Os fugitivos tentam passar o rio, mas a ponte cede, há centenas de vítimas naquela que foi a tragédia da Ponte das Barcas. As gentes da Ribeira ainda hoje mantêm
viva a memória do desastre. Naquela altura e durante três dias, a cidade do Porto foi saqueada. Só não fugiu quem não podia. A família de João Batista parte para os Açores. Uma longa e forçada viagem até a ilha Terceira. O pai de Garrett nascera no arquipélago e por estes lados dispunha de algumas terras. A uma distância tão grande do continente, a família podia sentir-se segura e protegida dos terrores e da desordem da guerra. Garrett é um rapazinho de dez anos quando o navio que os transportava atracou na baía de Angra. À sua espera, um meio mais pequeno, mais fechado, mas, apesar de tudo, uma cidade próspera e senhorial, situada na rota das Índias, e por isso mesmo, desde há muito, um importante porto marítimo. Por decreto do Marquês de Pombal, Angra era na altura sede da capitania geral dos Açores. É no centro da cidade, no meio do buliço moderado de Angra, que a família Garrett se instala. Poucos vestígios existem hoje, a não ser a própria casa, situada na rua de São João. Muitas vezes acorrem os turistas a esta local em busca de alguma memória de Garrett, mas pouco encontram. Ainda este século a casa foi propriedade de um negociante de chá. Passou depois para a posse da família de um outro comerciante, agora reformado, Francisco Valadão. Francisco Valadão – A casa mantêm-se quase como no tempo do Garrett, mas não tem assim nada de especial, atrativo, que mereça a pena ver. Repórter – Nem mobiliário, nem coisa nenhuma? Francisco Valadão – Mobiliário também não. Aliás dá impressão que levava uma vida muito modesta, em relação ao tempo que aqui viveram. Garrett viveu nesta casa sete anos, dos dez aos dezassete. O pai continuava a ser funcionário do Reino, trabalhando na alfândega, o que lhe permitia garantir à família uma boa qualidade de vida. Sem problemas, o pequeno João Batista vai poder prosseguir os seus estudos. Aprende Latim, recebe uma educação portuguesa velha, imbuída de bons princípios morais e religiosos. Na Terceira, Angra é a sede do bispado dos Açores e a família pode por isso mesmo contar com o apoio de alguns parentes. Machado Pires – Eles tinham bens aqui e sobretudo três irmãos padres. O tio do Garrett, o Frei Alexandre da Sagrada Família, era um dos grandes mentores de Garrett, que lhe ensinou as letras
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
clássicas, a poesia arcádica e queria fazer do Garrett padre. A família de Garrett frequentava assiduamente a sede de Angra. O tio, bispo é um cristão enérgico, culto e muito viajado, rondando os setenta anos quando se fixa nesta diocese. Antes fora bispo de Malaca e de Angola. Sabia mover influências e cuidar dos interesses próprios, mas não tardou muito para que Frei Alexandre da Sagrada Família percebesse que o sobrinho dileto não tinha vocação para padre. Ofélia Paiva Monteiro – Há, a serem verdadeiras, cenas desse universo açoriano que não dizem muito bem com a vocação religiosa, não é. Há notícias de jovens amores, há realmente já um certo pendor para a exibição teatral, como por exemplo, o facto de ter a dada altura, com quinze ou dezasseis anos, resolvido pregar um sermão numa igreja, quer dizer, são atitudes que, evidentemente, talvez traduzissem aos olhos de Dom Frei Alexandre pouca vocação para, quer para o celibato sacerdotal, quer para uma vida de austeridade. In Grandes Escritores Portugueses: documentário sobre Almeida Garrett, RTP2,1999
Teste nº 8 – Grupo I (texto gravado) Lisboa, 5 de junho Querida Marta,
lhete, um sermão, são coisas que podem durar horas, e ele não se pode dar a esse luxo, tem coisas muito mais importantes para fazer… Só os adolescentes gastam energias nisso, mas nem todos, eu, por exemplo, cada vez me chateio menos. É o melhor. Se ao menos a avó Ju fosse viva, sempre tentaria dar-me uns conselhos! Ou tu… Vou ouvir música. Não quero pensar. Um beijo da Joana In A Lua de Joana, Maria Teresa Maia Gonzalez, Editorial Verbo, 2007
Teste nº 9 – Grupo I Poluição do Ar Esta é uma manhã normal, numa das entradas de Lisboa. Todos os dias entram na capital cerca de 400 mil automóveis. No país inteiro são consumidos cerca de 22 milhões de litros de gasolina e gasóleo. Em Portugal, a cada dois minutos, é vendido um automóvel. Um dos principais problemas dos automóveis está aqui, mesmo quando não se vê, o tubo de escape lança para o ar um autêntico cocktail de poluição. “Alguns dos produtos que saem do tubo de escape poluem o ar que respiramos todos os dias. Eles são libertados e permanecem no ar das cidades. Mas os carros também causam outro tipo de poluição. Há um poluente que tem um efeito global no mundo todo: o dióxido de carbono.” O dióxido de carbono é um dos gases que está a provocar o aquecimento global. Pouco importa se sai do tubo de escape no meu carro, aqui, em Portugal. Dentro de décadas, o que o meu carro polui irá contribuir para efeitos dramáticos em todo o planeta. “Em África, na Ásia ou em qualquer outro ponto do planeta.” Há muita coisa que se pode fazer para reduzir a poluição de cada cidadão ao volante do seu automóvel. Uma delas é adquirir um automóvel menos poluente, por exemplo, um carro menos potente. Com menos cilindrada e menos potência é necessário menos combustível e, logo, produz-se menos poluição. “Um carro pequeno, económico, 1.0 urbano, que ande 15 mil quilómetros num ano, polui pouco. Este é um carro um pouquinho maior: 1.3. Um desportivo: 1.6. Um monovolume: 1.8. E um sedan 2.0, com mudanças automáticas.”
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Finalmente, consegui tirar algumas positivas de que estava a precisar. Acho que vou passar de ano. Só estudei o mínimo, mas penso que chega. Já consegui falar com o meu pai! Extraordinário, não é? Apanhei-o antes de sair para o consultório, fomos até à cozinha e despejei o saco. Contei-lhe das notas e da desistência do basquete. Ouviu tudo sem me interromper. Depois, fez uma cara séria e disse que achava grave que eu me tivesse desinteressado do basquete que já praticava há quatro anos. Percebi que ficou dececionado comigo, mas não me ralhou nem nada. Preferia que o tivesse feito. Será que alguma vez o fará? Não me parece que se dê a esse trabalho. Os adultos não estão para se chatear, é um esforço muito grande para eles. Aliás, o meu pai tem outra justificação: ele não tem tempo para se chatear. Uma discussão, um ra-
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Mas existem alternativas ainda menos poluentes. Este é um carro híbrido, ou seja, funciona de duas formas: a gasolina, como qualquer outro automóvel, mas também tem um motor elétrico, que não tem emissões nem ruído. O próprio carro aproveita a energia das travagens, para carregar as baterias. Num carro destes, a poluição é muito menor do que num carro convencional. O único problema é que ainda é caro. Mas olhe que compensa. “Já foram vendidos pelo menos 500 carros híbridos em Portugal. No mundo todo, só no ano passado, foram vendidos mais de 300 mil.” Mas seja qual for o automóvel, pode-se sempre poupar em poluição e em combustível, simplesmente alterando a maneira de conduzir. Reduzir a velocidade é uma forma eficaz de combater a poluição. Veja agora como funcionam as emissões de CO2, no automóvel. “Se fizermos uma viagem de Lisboa ao Porto, num monovolume, a 110 km/h, ao invés de 120 km/h, deixamos de lançar mais de 5 kg de CO2 para o ar. É uma redução de 10% na poluição e na gasolina.” Mas se quer mesmo ajudar a reduzir a poluição atmosférica provocada pelo seu automóvel, então a melhor forma é usá-lo menos. Uma cidade como Lisboa, há muitas alternativas que servem perfeitamente muitos dos percursos que fazemos no nosso dia a dia. Se formos para o trabalho de transportes públicos e deixarmos o nosso carro em casa, então, não vamos ter que nos preocupar, nem com o estacionamento nem com o trânsito. “Imagine se todos os cidadãos de Lisboa e do Porto, conseguissem uma vez por semana ir para o trabalho em transportes públicos; ou digamos, o suficiente para reduzir em 5% as viagens de carro diárias. Sabem quanto CO2 o país deixaria de lançar para a atmosfera? Quase 350 mil toneladas.” Facilmente qualquer pessoa poderá reduzir em 10% o seu consumo de gasolina. Em vez de 33 litros em cada duas semanas, que é o consumo médio de cada português, precisará apenas de trinta litros. Com isso, reduzimos a poluição que respiramos, o problema do aquecimento global, o ruído, a dependência do petróleo e, já sabe: o planeta agradece. In O Planeta Agradece, RTP1
Teste nº 10 – Grupo I Fundação Eugénio de Andrade em risco de fechar Eugénio de Andrade sempre teve consciência das dificuldades de uma fundação sem dinheiro. Eugénio de Andrade – Eu estou aflito é porque vaise gastar na inauguração tanta eletricidade, e quem paga a conta? O número 584 do Passeio Alegre ainda não passava de uma fachada em construção, mas era já um sonho de um poeta, que se dizia “rico de nada ter”. Aqui, Eugénio quis guardar um espólio que andava espalhado pelos sótãos de amigos. A fundação foi inaugurada em 1995 e, durante alguns anos, recebeu subsídios do Ministério da Cultura e também da Câmara do Porto. Eugénio de Andrade morreu em 2005, e as iniciais preocupações financeiras do poeta acabaram por ditar, agora, o pedido de extinção da fundação. Miguel Moura – O meu padrinho demorou uma vida inteira a reunir aquele espólio. E custa-me muito que, por más opções, esse espólio, agora, corra o risco de ser espalhado por diferentes locais ou até desaparecer. Mário Cláudio – Lamento que não se tenha cumprido com aquilo que era a vontade dele e, sobretudo, que tenha acontecido isto tão pouco tempo depois da sua morte. Arnaldo Saraiva – As razões de ordem financeira prendem-se com o facto de a fundação não ter, à partida, nenhum fundo, não ter nenhuma doação de origem, e viver de uma mínima parte de direitos de autor de poesia. Para além das razões financeiras a direção da fundação justifica o pedido da extinção também com problemas jurídicos. À luz dos estatutos a propriedade da obra literária do poeta pertence à fundação. Mas, em testamento, Eugénio de Andrade deixa claro que quer que esse controlo seja feito pelos herdeiros. Miguel Moura – Os herdeiros não tinham nada a ver com a atual situação da fundação. Nunca limitaram a atuação da fundação. A fundação nunca deixou de se afirmar, apesar dos nossos protestos, mas nunca deixaram de assinar autorizações, contratos. Entretanto o espólio de Eugénio de Andrade corre o risco de se perder. Miguel Moura – Há um desumidificador a funcionar em toda a fundação, nos três andares da fundação. Há quadros que começam já a apresentar sinais claros de deterioração, manuscritos.
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8. Transcrições dos Documentos Áudio | Novas Leituras
Mário Cláudio – Há aqui um laxismo, uma negligência, que me parece ser, de criticar, de censurar, asperamente. Mário Cláudio está disposto a impedir que a fundação feche. Integra uma lista de cerca de trinta pessoas que querem lutar por aquela que Eugénio chamou a casa da amizade. Miguel Moura – Não é um castelo de areia, é uma
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alternativa viável. Há pessoas que estão dispostas a assumir aquela fundação. A direção da fundação fala em pelo menos em trinta mil euros anuais, para manter uma atividade cultural viva. O pedido da extinção foi entregue à presidência do conselho de ministros. A Câmara Municipal do Porto não se quer pronunciar por enquanto. In SIC Notícias
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SOLUÇÕES DO CADERNO DE EXERCÍCIOS DO ALUNO
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PLANO DA LÍNGUA VARIAÇÃO E MUDANÇA Variedades linguísticas 1. a) Jeremy; b) mãe do Jeremy 2.1. “Estava só a tentar perceber quem tu és.”/”Tenho de ir… a estúpida da minha mãe está a guinchar não sei porquê.” 3. a linguagem empregue nas mensagens 4. expressões textuais: “eu acho que tu és uma pessoa bué de especial e que te admiro há bué da tempo”, “Qual é? Não curtes mistérios?”; norma padrão: eu acho que tu és uma pessoa muito especial e que te admiro há muito tempo, Então? Não gostas de mistérios? 5.1. “prontos?”, “estes cromos!”, “o cota passa-se”, “a gente aqui na boa” 5.1.1. Ou enfermeiro, pronto?, Olhem para estes palermas!, Daqui a bocado o homem ainda morre, e nós aqui a olhar como se nada fosse! 6. b) 7.1. café 7.2. a)
Variedades europeia, brasileira e africana 8.1. variedade africana: “passo uma água”, “meus pés de noite se levantam”, “continuasse dormindo”; variedade europeia: passo água, os meus pés levantam-se, continuasse a dormir 9. b) 10. “compondo… para Liz”, “quebra”, “Você… quebrado…” “tem seus padrões” 11. Passei a manhã a compor um soneto amoroso, apaixonado e carinhoso para a Liz…/ E agora este computador idiota avaria-se/fica avariado!!/ Tu não estás avariado, pois não?/ Até mesmo a Internet tem os seus padrões.
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PLANO FONOLÓGICO 1.1. a-rru-ma-ção; caos; con-fu-são; har-mo-ni-a 2.1. poesia, névoa, dia, sombria, aliança, alegoria, harmonia 2.2. outro, caos – ditongo oral, decrescente; mãos, arrumação, confusão – ditongo nasal, decrescente; deflagram, desdobram, soçobram, consagram – ditongo nasal 3. monossílabos – o, é, de, a, da, à, do, que, se, em, sob, das, mãos, caos; dissílabos – todo, tempo, desde, manhã, outro, dia, ventre, entre, bombas, corpos, sangue, vidas, amar, pedem, arco; trissílabos – névoa, quentura, frigidez, deflagram, corolas, des-
dobram, soçobram, consagram, cúpula, sombria, vingança, celeste, confusão; polissílabos – poesia, agonia, aliança, alegoria, arrumação, harmonia 4.1. sílabas gramaticais – En-tre bom-bas que de-flagram (8 sílabas); cor-pos que em san-gue so-çobram (9 sílabas); Vi-das que a a-mar se con-sa-gram (10 sílabas); das mãos que pe-dem vin-gan-ça (8 sílabas); sílabas métricas – En-tre bom-bas que de-fla-gram (7 sílabas); Cor-pos que em san-gue so-ço-bram (7 sílabas); Vi-das que a a-mar se con-sa-gram (7 sílabas); das mãos que pe-dem vin-gan-ça (7 sílabas) 5.1. palavra esdrúxula – célebre, câmara, esdrúxula; palavra grave – cantora, carinho, repórter, Óscar; palavra aguda – encenar, representar
PLANO MORFOLÓGICO Flexão nominal 1.
Tabela A – aluna, professora, juíza, ministra, gata, menina, escritora, infanta, escultora, camponesa; Tabela B – irmã, leoa, cidadã, patroa, anciã, anã, sabichona, aldeã, cirurgiã, comilona; Tabela C – abadessa, baronesa, condessa, diaconisa, duquesa, sacerdotisa, profetisa, heroína, poetisa; Tabela D – europeia, hebreia, plebeia, fariseia, ateia, pigmeia, sandia, judia, ré 2. a) B; b) A; c) A; d) D; e) C 3.1. mãe, esposa, nora, madrinha, comadre, madrasta, rapariga, mulher; fêmea, cadela, égua, ovelha, galinha, vaca, cabra, abelha 4.1. a) o/a selvagem, o/a jornalista, o/a pianista, o/a estudante, o/a colega, o/a emigrante, o/a dentista b) leopardo-macho/ leopardo-fêmea, mosca-macho/ mosca-fêmea, onça-macho/ onça-fêmea, sardinha-macho/ sardinha-fêmea, crocodilo-macho/ crocodilo-fêmea c) a pessoa, a criança, a testemunha, o cônjuge, a criatura, a vítima, a sentinela, o indivíduo 5. Tabela A – pais, rapazes, padrinhos, professores, abdómenes, escolas, mares, afilhados; Tabela B – cães, leões, irmãos, aldeões/ãos/ães, cidadãos, patrões, corrimãos/ões, emoções; Tabela C – animais, papéis, lençóis, jornais, azuis, faróis, túneis, capitais; Tabela D – ardis, répteis, peitoris, funis, projéteis, covis, fósseis, barris 6. a) D; b) A; c) D; d) C; e) A; f) B 7.1. banhos-maria, guarda-roupas, obras-primas, contra-ataques, luas de mel, chupa-chupas, palavras-chave, sextas-feiras, fins de semana, porta-vozes,
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9. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras
abaixo-assinados, novos-ricos, beija-flores, vice-reitores, guardas-florestais, pães de ló 8. olhos, carão, pés, altura, facha, figura, nariz, meio 9. carão 10. diminutivo – carinha/carita, pezinho/pezito, figurinha, narizinho/ narizito; aumentativo – carão, pezão, figurão, narigão 11. aumentativo – a), d), e), g), h), i), j), n), o), p), r) 12. diminutivo – b), d), e), g), i), j)
Flexão adjetival 1. 2.1. 3.
4.1. 5. 6.
7.1.
7.2.
altivo, imensa, rude, forte, intensa, humilde, tosca, densa, vão altiva, imenso, rude, forte, intenso, humilde, tosco, denso, vã adjetivos biformes – altivo/altiva, imenso/imensa, intenso/intensa, tosco/tosca, denso/densa, vão/vã; adjetivos uniformes – rude, forte, humilde O Sol e o Mar altivos e fortes, ao fim do dia,/ Têm lágrimas de sangue na agonia! 1. e), 2. b), 3. g), 4. c), 5. a), 6. d), 7. h), 8. f) a) altivíssimo, b) rudíssimo, c) intensíssima, d) densíssima, e) tosquíssima, f) humílimo, g) aspérrimo, h) fidelíssimo, i) crudelíssimo, j) amabilíssimo, k) amicíssimo, l) audacíssimo, m) vaníssimo, n) magnificentíssimo a) maior – grau comparativo de superioridade; b) facílimo – grau superlativo absoluto sintético; c) melhor – grau superlativo relativo de superioridade; d) péssimo – grau superlativo absoluto sintético; e) pior – grau comparativo de superioridade grau normal – a) grande, b) fácil, c) bom, d) mau, e) mau
Flexão verbal
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1.1. a) 1.2. a) 2. presente do indicativo – confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam; pretérito imperfeito do indicativo – confiava, confiavas, confiava, confiávamos, confiáveis, confiavam; pretérito perfeito do indicativo – confiei, confiaste, confiou, confiámos, confiastes, confiaram; pretérito mais-queperfeito do indicativo – confiara, confiaras, confiara, confiáramos, confiáreis, confiaram; futuro do indicativo – confiarei, confiarás, confiará, confiaremos, confiareis, confiarão 3. verbo correr: presente do indicativo – corro, corres, corre, corremos, correis, correm; pretérito imperfeito do indicativo – corria, corrias, corria,
corríamos, corríeis, corriam; pretérito perfeito do indicativo – corri, correste, correu, corremos, correstes, correram; pretérito mais-que-perfeito do indicativo – correra, correras, correra, corrêramos, corrêreis, correram; futuro do indicativo – correrei, correrás, correrá, correremos, correreis, correrão; verbo partir: presente do indicativo – parto, partes, parte, partimos, partis, partem; pretérito imperfeito do indicativo – partia, partias, partia, partíamos, partíeis, partiam; pretérito perfeito do indicativo – parti, partiste, partiu, partimos, partistes, partiram; pretérito mais-que-perfeito do indicativo – partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram; futuro do indicativo – partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão 4.1. a) 4.1.1. respeitam a flexão do paradigma a que pertencem 5. 1. c), 2. b), 3. a) 6. a) indicar; b) ser 7. presente do indicativo – sou, és, é, somos, sois, são; pretérito imperfeito do indicativo – era, eras, era, éramos, éreis, eram; pretérito perfeito do indicativo – fui, foste, foi, fomos, fostes, foram; pretérito mais-que-perfeito do indicativo – fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; futuro do indicativo – serei, serás, será, seremos, sereis, serão 8. a) miou, choveu/chovia/chovera; b) anoitece/anoitecia; há/havia; c) troveja, ladram; d) Há, chove, neva 9. a) Quem me dera que o sol brilhasse durante todo o ano./ Não acredito que o sol brilhe durante todo o ano. b) Gostava que não houvesse miséria no mundo./ Duvido que não haja miséria no mundo. c) Oxalá que todas as pessoas sejam felizes./ Desejava que todas as pessoas fossem felizes. d) Queria que não existisse vida noutros planetas./ É provável que não exista vida noutros planetas. e) É possível que o homem se esforce por saber cada vez mais./ Seria bom que o homem se esforçasse por saber cada vez mais. 10.1. a) tem estado; b) tinha anunciado; c) tiver passado 10.2.a) 10.3. a) Durante a semana esteve bom tempo. b) Depois do que o boletim meteorológico anunciara, Garfield foi para a rua. c) Quando a chuva passar, ele irá para o jardim. 11. infinitivo – ouvir, cantar, ter, escrever; particípio – ouvido, cantado, tido, escrito, dito; gerúndio – ouvindo, cantando, tendo, escrevendo
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Novas Leituras | Guia do Professor
Processos morfológicos de formação de palavras
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1.
nome – agrado, civilização, dificuldade, facilidade, natureza, organização, sabor, teima; adjetivo – agradável, civilizável, difícil, fácil, natural, organizável, saboroso, teimoso; verbo – agradar, civilizar, dificultar, facilitar, naturalizar, organizar, saborear, teimar; advérbio – agradavelmente, civilizadamente, dificilmente, facilmente, naturalmente, organizadamente, saborosamente, teimosamente 2. formas de base – dente, economia, fado, piano, barba, sapato, pedra, peixe; afixo (sufixo): –ista/–eiro; b) 3. agradável, desejável, fiável, perdoável, realizável, recomendável, suportável; b) 4.1. caridoso, carinhoso, desejoso, gostoso, pastoso, piedoso, saudoso, vaidoso 4.2. o sufixo –oso; palavras derivadas por sufixação 5.1. b) contra-ataque, c) contracapa, d) contraindicação, e) contrainformação, f) contramão, g) contramanobra, h) contraordenação, i) contrarrevolta, j) contrassenha 5.2. palavras derivadas por prefixação 6.1. a) relatar; b) sublimar; c) destruir 6.2. a) re-, valor de repetição; sentido contrário; b) sub-, valor locativo ou temporal; insuficiência, dependência; c) des-, valor de negação; afastamento, cessação 7. 1. antirrugas, 2. deselegância, 3. inação, 4. infravermelho, 5. minissaia, 6. preconceito, 7. sobrecarga, 8. subnutrição 7.1. palavras derivadas por prefixação 8.1. desparasitar, embelezar, envaidecer, esbranquiçar 8.2. c) 9. esburacar, escavacar, desmembrar, empacotar, apadrinhar, empobrecer, apedrejar, enriquecer, avolumar 10.1. ajuda, berro, compra, desculpa, dúvida, esforço, namoro, pio, risco, suspeita, toque, traço, troca 10.2.b) 10.2.1. a partir dos verbos indicados formaram-se nomes, substituindo as marcas da flexão verbal pelas vogais –a, –e ou –o 11.1. lava-louça, porta-moedas, peixe-espada, sexta-feira, radiogravador, pontapé, paraquedas, passaporte 11.2. b) 12. 1. ambivalente, 2. anglo-saxónico, 3. locomobilidade, 5. neurocirurgião, 6. neorromantismo, 7. omnipresente, 8. videoconferência 13.1. 2. ludoteca, 3. lusofonia, 4. monossemia, 5. neologismo, 6. oftalmologia, 7. ortopedia, 8. litografia
13.2. a) 14. b) palavra derivada por parassíntese, c) palavra derivada por parassíntese, d) palavra derivada por prefixação, e) composto morfológico, f) palavra derivada por sufixação, g) composto morfossintático, h) palavra derivada por sufixação, i) composto morfossintático, j) composto morfológico
PLANO DA CLASSE DAS PALAVRAS 1.
nome – cartão, corações, prenda, coisas, dinheiro, mês, sorte, vez; verbo – ia comprar, pensei, dei, é, Acho, estás, teres; adjetivo – carmesim, fácil; advérbio – depois melhor, não, tão, ainda; interjeição – Ai; pronome – te, mim; determinante – um, uma esta (de+esta); quantificador – pouco; preposição – com, a, por, em, de (de+esta); conjunção – mas, e, que
Classes abertas de palavras Nome 1. 2.
3.
X R A E M C H T F O L K Q
intrusos: país, honra, mãe, teatro nome comum contável – bola, carro, dia, gato, hera, kart, mala, ovo, queijo, uva, xaile, zebra; nome comum não-contável – areia, educação, farinha, juventude, inteligência, luxo, natureza, prata, razão, saudade, tristeza, verdade a) enxame, b) pomar, c) frota, d) manada, e) matilha, f) coro, g) alcateia, h) banda, i) cardume, j) vara, k) cordilheira, l) exército V A R U P O C A R D U M E
Ç S H M O T O B O I C U E
E N X A M E R U T R N A T
X B M C A N P B A N D A V
É W A O R X T F E G Y I A
R U L V O D C I R T U L M
C R C O R D I L H E I R A
I F O M O I A L C I E K T
T G R E L N E V P O M E I
O A O T M A N A D A X S L
P R D S O M D R Z J S A H
A L C A T E I A D A L C A
Verbo 1.1.
verbo auxiliar dos tempos compostos – ter, haver; verbo auxiliar da passiva – ser; verbo principal – investigar, descobrir, aplaudir 2.1. verbo intransitivo – chegar, cair; verbo transitivo direto – encontrar, ganhar; verbo transitivo indireto – obedecer, assistir; verbo transitivo direto e indireto – entregar, mostrar
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9. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras
3.
exemplos: a) Ele empurrou a colega., b) O bebé adormeceu., c) Ela parece feliz., d) Ele pediu um livro à professora., e) Ele foi ao café., f) O bebé nasceu., g) Ele está contente., h) Ele comprou um livro., i) A professora emprestou um livro ao aluno., j) A Maria simpatiza com o José. 4.1. a) “são inimputáveis”, b) “serão puníveis”, “foi aprovada”
advérbio de frase – seguramente, talvez, efetivamente, certamente 5. primeiro, a seguir, mais tarde, depois 5.1. c)
Interjeição 1. 2. 3.
Adjetivo 1.
1.2. 2.1. 2.2.
3.1.
3.2. 4.1.
4.2.
a) medrosa, b) envergonhada, c) arenoso, d) brilhante, e) perfumada, f) encantadora, g) manhosa, h) mágico, i) metódico, j) encaracolado, k) preguiçoso, l) sedento, m) talentoso, n) florido a) a) rico, b) grande, c) triste, d) simples a) um homem com muito dinheiro/um homem excelente; b) um homem alto/um homem poderoso/talentoso; c) um homem que se sente triste/ um homem miserável, d) um homem humilde/apenas um homem adjetivos – castanha, curta, macia, superior, pesada, longa, emaranhada, estival, grandes, redondos, inteligentes, escuros, encovados, saliente, cheios, velha, primeira, estéril, visível estival – adjetivo relacional; primeira – adjetivo numeral a) Os habitantes nortenhos protestaram contra o pagamento das portagens nas SCUT., b) A luta estudantil contra as propinas foi em vão., c) A poluição marinha está a alastrar-se., d) A proteção ambiental constitui um dever mundial. c)
4.
Ena!, surpresa 1. a), 2. f), 3. e), 4. c), 5. b), 6. d) exemplos: 1. Bravo! conseguiste resolver o exercício., 3. Irra! que isto nunca mais acaba., 4. Oxalá que amanhã não chova!, 5. Pst! Anda cá!, 6. Ui! que me piquei! a) Ah!, Oh!; b) Ufa!, Livra!, c) Hum!, Ora!, d) Eia!, Força! e) Irra!, Arre!
Classes fechadas de palavras Pronome 1. 2. 3. 3.1. 4.1. 5. 6. 7. 8. 9.
10.
Advérbio 11.1.
12.
13.
14.
15.
eu, ele, contigo “contigo” – preposição com a) Tu, b) nós, c) tu, d) Eu Eu vou deixar os miúdos contigo! pronome pessoal: reflexo – d); recíproco – a), f); inerente – c); impessoal – b); passivo – e) a), b) pronome pessoal inerente c) pronome pessoal reflexo si a) a mim, b) a ti história a) Ela viu-o na cantina., b) Encontrei-os., c) Vou comprá-lo., d) Eles realizaram-no., e) A Maria fê-lo., f) Façam-nos sempre! Ela não o viu., b) Não os encontrei., c) Não vou comprá-lo./ Não o vou comprar., d) Eles não o realizaram., e) A Maria não o fez., f) Não os façam sempre! a) Empresta-lhe um lápis., b) Contaram-lhe essa história., c) Atira-lhe a bola., d) Agradeceram-lhes o presente. b) Dou-to se te portares bem., c) Ofereço-lhos no aniversário., d) Deem-no-lo, no Natal., e) Empresto-vo-las durante um mês., f) Compro-lhas todos os meses. b) Tu dá-la-ás aos colegas., c) Ele informá-los-á sobre o trabalho., d) Nós ouvi-lo-emos na televisão., e) Vós encontrá-lo-eis., f) Eles fá-la-ão. b) Tu compreendê-lo-ias se estivesses atento., c) Ela ouvi-lo-ia se te calasses., d) Nós fá-lo-íamos se soubéssemos., e) Vós conhecê-lo-íeis se o tivésseis lido., f) Elas visitá-la-iam se pudessem. b) Alguém te prepara uma surpresa., c) Toda a gente o conhece bem., d) Só o vi ontem na escola.,
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1. a) “porque” – advérbio interrogativo, “tão” – advérbio de (quantidade e) grau; b) “sim” – advérbio de afirmação, c) “até” – advérbio de inclusão, “demais” – advérbio de quantidade (e grau); d) “não” – advérbio de negação, “exceto” – advérbio de exclusão 2. exemplos: a) Os alunos estudaram bastante., b) Até a Maria faltou ao teste., c) A professora não vai entregar os testes., d) Sim, os rapazes correram muito no corta-mato. 3.1. a) O veterinário trata os animais carinhosamente., b) Ele ouviu a explicação atentamente., c) O juiz castigou duramente os culpados., d) A Maria adoeceu repentinamente., e) Ela falta às aulas frequentemente. 3.2. a) 4. advérbio de predicado – amanhã, cedo (tempo), ali, aqui (lugar), corretamente, depressa, bem (modo);
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e) Bem te disseram que ele estava na escola., f) Já vos apresento os colegas novos., g) Ainda o encontro na paragem do autocarro. 16. a) esta, b) isso, c) nestas, d) este, aquele; e) aquele, f) isso, g) disso 17. b) minhas, c) teu, d) sua, e) nossos, f) vossa, g) seu 18. a) tudo, b) todos, c) todos, ninguém, d) tudo, tudo, e) Todos, alguns, f) todos, ninguém, g) Ninguém, 19. a) que, b) quem, c) os quais/que, d) quem, e) o qual/quem, f) quem 20. a) Quem, b) O que, c) Que/O que, d) Quem, e) o quê, f) O que/Que
Determinante 1.
artigos definidos – os, o, a, as; artigos indefinidos – uma 2.1. do (de+o), ao (a+o), pelo (por+o), na (em+a), da (de+a), dos (de+os), à (a+a) 3.1. determinante possessivo 3.2. apenas tomar conhecimento do meu totem... 4. determinante demonstrativo - este, estes, estas, esta 5. a) 6. a) certo, b) Certos, c) outra, d) certas, e) outro 7. a) cujos, b) cuja, c) cujo, d) cujas 8. Que história é esta? 9. a) Que, b) qual/que
Quantificador 1. três 2.1. o triplo 3. quantificadores numerais – duas, o dobro de, metade de, dez; quantificadores universais – ambas, todos, cada, nenhuma, quaisquer, todas; quantificadores existenciais – algumas, bastantes, pouca, muitas, várias, tanta
Preposição 1. em (em+o=no; em+as=nas), com, de (de+os=dos) 2.1. na, nestes, na, daqui, neste, da, do 3. a) Segundo, no; b) Desde, c) No, por; d) entre, e) contra, f) com, ao; g) perante, h) sob/sobre
Novas Leituras 8 –
Conjunção 1. 2.
a) e, b) logo, c) pois, d) mas, e) ou, f) logo, g) nem conjunções/locuções subordinativas: causais – como; finais – para; temporais – enquanto, quando, depois de; condicionais – se; comparativas – como se, do que
PLANO SINTÁTICO Frase simples vs. Frase complexa 1.
frase simples – a), d), f); frase complexa – b), c), e)
Coordenação e subordinação 1.
1. O navio naufragou, mas Robinson sobreviveu., 2. Era uma ilha deserta, pois não se via vivalma., 3. Robinson teve sorte ou foi muito corajoso., 4. Robinson levantou-se e foi explorar a ilha., 5. Robinson tinha sede, logo foi procurar água. 2. a) 4., b) 3., c) 1., d) 5., e) 2. 3. a) A Maria foi a uma festa e divertiu-se imenso., b) Os alunos fizeram o trabalho de casa, mas (este) estava errado., c) Hoje choveu muito, pois/ logo as barragens estão cheias., d) Não estudei para o teste de Matemática, logo tive negativa., e) Os alunos estudaram bastante, ou o teste era fácil, pois todos tiveram nota máxima. 4. a) oração subordinada adverbial condicional, b) oração subordinada adverbial final, c) oração subordinada adverbial comparativa, d) oração subordinada adverbial causal, e) oração subordinada adverbial temporal 5. a) Logo que termines o trabalho – oração subordinada adverbial temporal/ podes sair – oração subordinante; b) Como a Maria é muito estudiosa – oração subordinada adverbial causal/ tem sempre boas notas – oração subordinante; c) Podes sair com os teus amigos – oração subordinante/ contanto que venhas cedo para casa – oração subordinada adverbial condicional; d) Gosto tanto de cinema – oração subordinante/ quanto de teatro – oração subordinada adverbial comparativa 6. exemplos: a) …, porque as pessoas os abandonam., b) … para que protegesse a casa., c) … se fossem punidas., d) … sempre que ouve um ruído estranho., e) … como se fossem objetos. 7.1. a) Quando reli o trabalho, reparei que havia erros. b) Mal termine o trabalho, posso descansar um pouco., c) Se não fosse assim, eu não teria terminado o trabalho., d) Caso pesquise mais, posso melhorar o trabalho. 8. “que não vou para a escola hoje.”, “que você vai.”, “que não.” 9.1. a) que não ia para a escola., b) para não ir para a escola., c) se podia ficar em casa., d) que ele não vinha à escola. 9.2. b)
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9. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras
10.1. a) Foi bom que tivesses vindo., b) seria desejável que lessem mais., c) Teria sido prudente que tivéssemos trazido/ trouxéssemos um casaco mais quente., d) Será necessário que façamos mais exercícios., e) É urgente que resolvas este problema., f) É necessário que estejamos mais atentos., g) É indispensável que digas a verdade. 10.2.a)
4.
por ganhar., g) Os adeptos ficariam certamente felizes. exemplos: a) Provavelmente, vou ver o jogo., b) Com certeza, aplaudiremos os jogadores., c) Lamentavelmente, um dos jogadores lesionou-se., d) O jogador possivelmente não jogará no próximo desafio., e) Ele pensa que o jogo talvez termine dentro de poucos segundos.
Constituintes da frase
Vocativo
1.1. c), a), b), e), d) 2.1. a) 4., b) 3., c) 1., d) 2. 2.2. exemplos: a) Ele procedeu corretamente com o colega., b) Tu jogaste bem., c) Eles continuaram unidos., d) Todos aplaudiram os jogadores.
5.1. a) Calvin, poderia ir ao quadro demonstrar o próximo problema?, b) Sim, D. Hermengarda. 6. exemplos: a) Calvin, continua a ler, por favor!, b) O teu problema, Calvin, é seres distraído., c) Emprestas-me um lápis, Calvin?
Funções sintáticas ao nível da frase Sujeito
Funções sintáticas internas ao grupo verbal Complemento direto
1.1.
1.
a) O José e a Maria, b) A maioria das pessoas, c) nulo, d) nulo, e) Nenhum dos jogadores, f) Ler e caminhar, g) nulo, h) nulo 1.2. sujeito simples – b), e); sujeito composto – a), f); sujeito nulo – c), d), g), h)
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b) A professora orientou-a. (a pesquisa dos alunos), c) A turma concluiu-as a tempo. (as tarefas), d) A professora elogiou-os. (os alunos), e) A turma agradeceu-o. (o elogio)
Complemento indireto Predicado 2.1. a) desenvolve bastante os músculos, b) Ontem, fui ao ginásio de manhã, c) descobriu a solução do quebra-cabeças, d) ganhou a aposta facilmente, e) Ontem, encontrei um anel muito valioso, f) pagou o prejuízo ao amigo, g) é praticamente impensável 2.2. b) grupo adverbial, grupo proporcional+grupo preposicional, c) grupo nominal+grupo preposicional, d) grupo nominal+grupo adverbial, e) grupo adverbial+grupo nominal+grupo adjetival, f) grupo nominal+grupo preposicional, g) grupo adverbial+grupo adjetival
Modificador de frase
Complemento oblíquo 3.1. d) Os espectadores assobiaram-lhe., g) O jogador agradeceu-lhes os aplausos. 3.2. c)
Complemento agente da passiva 4.1. a) No ano letivo de 2011/2012, o acordo ortográfico foi adotado por todas as escolas., b) O célebre quadro da Gioconda foi pintado por Leonardo da Vinci., c) Os trabalhos de casa são sempre feitos pelos bons alunos., d) Na época de férias, os monumentos e as paisagens interessantes são fotografados pelos turistas., e) Enquanto a antena da televisão era reparada pelo técnico, não choveu., f) O doce de chocolate era cobiçado por ele com gulodice., g) No sábado, as árvores de fruto serão podadas pelo horticultor., h) Na apresentação do livro, estes poemas serão recitados pelo próprio autor., i) Em 2016, o acordo ortográfico já terá sido adotado por todas as pessoas., j) Nesta altura, a grafia anterior
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3.1. a) felizmente, b) Com efeito, c) realmente, d) como é natural, e) talvez, f) como é óbvio, g) com certeza 3.2. a) Felizmente, a minha equipa ganhou o jogo., b) Os jogadores, com efeito, estão em boa forma., c) Realmente, a equipa jogou bem., d) Como é natural, o treinador ficou orgulhoso., e) Talvez eles ganhem o campeonato., f) Como é óbvio, a equipa esforçar-se-á por ganhar., g) Com certeza, os adeptos ficariam felizes. 3.3. exemplos: b) Efetivamente, os jogadores estão em boa forma., d) O treinador, naturalmente, ficou orgulhoso., f) Obviamente, a equipa esforçar-se-á
2.1. a) O José passou-lhe a bola. (ao colega), b) A Maria ganhou-lhe a aposta. (à amiga), c) O José enviou-lhe um email. (à colega), d) O diretor comunicou-lhe a notícia. (ao grupo), e) O professor lançou-lhes um desafio. (às turmas), f) A professora contou-lhes uma história. (aos alunos)
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ao acordo ortográfico terá sido esquecida pela maioria., k) Uma tempestade tinha sido prevista pelo boletim meteorológico., l) A notícia tinha sido publicada com destaque pelos jornais., m) Ontem, os crimes já tinham sido assumidos pelos réus perante o juiz.
Predicativo do sujeito 5. 6.
“Você parece gordo.”, “Eu pareço gordo?”, “Então isso é algum tipo de ilusão de ótica?” exemplos: a) Nós somos incansáveis., b) Ele ficou triste., c) Os alunos continuam distraídos., d) A aluna está desconcentrada.
Modificador do grupo verbal 7.1. a) por causa do vento, b) amanhã, c) para evitares constipações, d) na praia, e) com os amigos, f) Com o mar calmo/ sem qualquer perigo 7.2. b) grupo adverbial, c) oração, d) grupo preposicional, e) grupo preposicional, f) grupo preposicional, grupo adverbial
Funções sintáticas internas ao grupo nominal Modificador restritivo e modificador apositivo 1.1.
2. 3.
modificador restritivo – notável, de aventuras, obedientes, leais, favorito, primeiro, português, açoriana; modificador apositivo – animais obedientes e leais, desporto favorito dos homens, Manuel de Arriaga b) exemplos: a) Eles comeram peixe no refeitório., b) O bebé, filho da Maria, nasceu ontem., c) A professora enviou uma mensagem importante aos alunos., d) Os alunos certamente ficaram curiosos., e) O quadro foi pintado a óleo pelo artista., f) José, desliga o computador, imediatamente!
PLANO LEXICAL E SEMÂNTICO
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Denotação e conotação 1.1. “arma” – objeto cortante, perfurante ou contundente, usado como forma de ataque ou de defesa 1.2. exemplos de armas: faca, pistola, espingarda, metralhadora, bomba, granada, etc. 1.3. “arma secreta” – amor 1.4. neste caso, “arma” refere-se ao amor como meio (instrumento) de combate à violência, à destruição, “ao serviço das nações” 2. c)
Monossemia e polissemia 1.1.
a) “Eu no caso da cultura descia e continuava a pé.”, b) “a T.V. é um veículo de cultura”
1.2. a Mafalda não considera que a televisão seja um meio de transmissão de cultura, o que é evidente não só pela sua expressão facial, que denuncia um total desagrado perante o que está a ver, mas também pelo que diz na última fala, onde sugere que a televisão se demita 2. 1. j), 2. c), 3. b), 4. i), 5. f), 6. a), 7. d), 8. h), 9. e), 10. g) 3. exemplos: Tem cuidado com o que fazes., A vítima precisou de cuidados médicos., Este bolo foi feito com especial cuidado., Os pais tratam os filhos com mil cuidados.
Hiponímia e hiperonímia 1. 2.
árvore todas as palavras destacadas a negrito e: buxos, teixos, trepadeiras de hera, clematite, lianas 3.1. c) 4. hipónimos de animal – mosquitos, bisontes, veados, alces, javalis, raposas, texugos, lobos, linces, leopardos, gatos-bravos, esquilo, urso 5. hipónimos de felino – linces, leopardos, gatos-bravos
Campo lexical e campo semântico 1.1. campo lexical de floresta – pântanos, mosquitos, carvalhos, carpinos, carvalhais, faias, nogueiras, buxos, teixos, trepadeiras de hera, clematite, lianas, pinheiros, abetos, áceres, bisontes, veados, alces, paisagens arborizadas, javalis, raposas, texugos, lobos, linces, leopardos, gatos-bravos, esquilo, fauna, urso, cavernas 2.1. O grupo de viajantes percorria a floresta a caminhar. 3.1. a) não tem pés nem cabeça, b) do pé para a mão, c) dos pés à cabeça, d) com pés de lã, e) bateu-lhe o pé, f) jurou a pés juntos 3.2. a) não fazer sentido, b) de um momento para o outro/de modo inesperado, c) de modo completo, d) de modo sorrateiro, e) mostrar-se firme/insistir, f) com firmeza/determinação 3.3. em pé de igualdade, de pé atrás, não ter pé, não chegar aos pés de, ao pé da letra, meter os pés pelas mãos, entrar/começar com o pé direito… 3.3.1.exemplos: No início da corrida, todos os atletas estavam em pé de igualdade., Desde que ele mentiu, ela ficou de pé atrás., Nesta parte da piscina, não tens pé., Ele respondeu-lhe ao pé da letra., Como estava a mentir, meteu os pés pelas mãos., Para começar com o pé direito, devemos respeitar as regras desde o início...
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9. Soluções do Caderno de Exercícios do Aluno | Novas Leituras
Processos irregulares de formação de palavras 1.1. 1.2.
2.1.
3. 4.1. 5. 6.1.
7.
8.
para Dadá, um “banco de dados” consiste num assento sem encosto feito de pequenos cubos na realidade, o que se pretendia era que Dadá tratasse do sistema de armazenamento de dados interrelacionados, que representam informações de um assunto específico, numa ordem precisa; no entanto, este interpretou à letra a instrução que lhe foi dada exemplos: a) O rato do meu computador tem a forma de uma carro., b) Se abrir muitas janelas em simultâneo, o meu computador bloqueia., c) Hoje consultei um portal sobre turismo muito interessante. a) “TAP”, b) “software” a) jeans, hip-hop, cibernética; b) TPC, c) sida, TAP a) grupo 5, b) grupo 2, c) grupo 6, d) grupo 3, e) grupo 4, f) grupo 1 a) Eletricidade de Portugal, b) Plano Nacional de Leitura, c) Plano Poupança Reforma, d) Rádio Televisão Portuguesa a) INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, b) TIC – Tecnologias da Informação e da Comunicação, c) OVNI – Objeto Voador Não Identificado, d) PALOP – País Africano de Língua Oficial Portuguesa a) cibernética+astronauta, b) crédito+telefone, c) dicionário+enciclopédia, d) informação+automática
PLANO DISCURSIVO E TEXTUAL Atos de fala 1.1.
a) informar, b) comprometer-se, c) ordenar, d) exprimir sentimentos, e) expressar uma opinião f) aconselhar, g) argumentar, h) descrever, i) despertar a curiosidade, j) instruir 2.1. a) o locutor pretende que lhe deem a manteiga, b) o locutor pretende que lhe digam as horas 2.2. a) Passe-me a manteiga, por favor!, b) Diga-me as horas, por favor!/ Que horas são, por favor? 2.3. os primeiros enunciados exprimem um pedido de forma indireta, denunciando uma atitude bastante delicada e formal relativamente ao interlocutor; no segundo caso, a forma de tratamento não é tão delicada como a primeira, ainda que também seja cortês 1. 2.
(as falas das personagens) … e respondeu que para ele estava tudo bem. Se a senhora Ana o dizia, então ele aceitava./ E o seu pai esclareceu que havia um ror de tempo que an-
davam a pensar naquilo. Se ele aceitasse, e se se entendessem, podia ficar ali o tempo que quisesse. A terra dava que fazer, precisava de muito mato, e ele podia ajudá-lo a cortar e acartar. Enfim, ajudava no que fosse preciso. E quando uma ovelha parisse, ficava com uma anha para ele. 3.1. a) Os pais perguntaram aos filhos: – Querem que o Joaquim more connosco? b) Comovido, o Joaquim prometeu: – Vocês não se vão arrepender de me acolher! c) A mãe pediu ao Leonel: – Vai com o Lucindo comprar um bacio de barro.
Modos de expressão: o oral e o escrito 1.1.
exemplos: a) “A moda é esta.”…, b) “Nem eu: nem ninguém.”…, c) “Não me interrompas, não me interrompas, deixa ir.”… d) Oh, Joaquina, anjo, mulher, sopro, silfo, demónio!”… 2.1. as reticências assinalam hesitações – “e estas artérias têm… não têm… as artérias não têm nada”, mas também interrupções – “amo-te porque…”; e os pontos de exclamação e de interrogação indicam uma mudança no tom de voz que procura reproduzir a expressão de sentimentos e a teatralidade empregue no discurso de José Félix 2.2. Não me interrompas, deixa ir, Silfo, anjo, sopro, mulher! Eu amo-te porque o meu coração está em brasa, e tenho umas veias cujas artérias batem como os sinos que dobram pelo finado na hora do passamento, que é morrer. E o que é a morte? É a vida que cai nos abismos estrepitosos da Eternidade.
Conectores discursivos 1.1. “Primeiro”, “Depois”, “e”, “quando” 1.2. Antes de mais... Em segundo lugar… De seguida… bem como... Por último… assim que… 2.1. a) Robinson ficou sozinho na ilha, não desanimou, todavia., b) Robinson, além disso, tinha sede; foi, portanto, explorar a ilha., c) Robinson, com efeito, teria de se adaptar, à sua nova vida., d) Robinson, decerto, não tinha outra alternativa, a menos que aparecesse alguém. 2.2. exemplos: a) Robinson ficou sozinho na ilha, contudo, não desanimou., b) Robinson, também, tinha sede; foi, por isso, explorar a ilha., c) Robinson, efetivamente, teria de se adaptar, à sua nova vida., d) Robinson, com certeza, não tinha outra alternativa, a não ser que aparecesse alguém.
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Reprodução do discurso no discurso
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PLANO DA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E ORTOGRÁFICA Relações entre as palavras escritas e entre grafia e fonia 1.1.
a) são (verbo)/são (adjetivo), b) sabias/sábias, c) morar/murar, d) fruir/fluir 1.1.1. a) …, mas o significado é diferente., b) A grafia é igual, mas a pronúncia e o significado são diferentes., c) A pronúncia é igual, mas a grafia e o significado são diferentes., d) As palavras são semelhantes na pronúncia e na grafia, embora sejam diferentes no significado. 2. exemplos: a) Ontem, comprei um livro./ Nunca mais me livro deste trabalho., b) Ele encontrou uma cura para a doença./ Este medicamento cura todas as doenças., c) O paciente teve de esperar durante horas./ Ele até foi muito paciente com a sua falta de delicadeza., d) Esta boneca tem uma cara engraçada./ A boneca é muito cara., e) Os pedidos que eu lhes fiz foram em vão./ Eles não vão cumprir o que lhes pedi. 3. a) Eu nunca transito por esta rua, pois tem muitos buracos., b) Todos os dias da semana, vou para a escola., c) Este edifício precisa de ser pintado., d) Eu nunca segredo na presença de várias pessoas., 4. a) trás/traz, b) estufar/estofar, c) tensão/tenção, d) roído/ruído 5. a) infringiu, b) apóstrofo, c) ratificar, d) proscreve 6. a) O juiz infligiu uma pena dura aos criminosos., b) A apóstrofe é uma figura retórica usada para invocar algo ou alguém, geralmente sob a forma de vocativo., c) Ainda tenho de retificar este texto., d) O médico prescreve a medicação de acordo com a doença diagnosticada.
Sinais de pontuação
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1.
a) a segunda frase – nunca se usa vírgula entre o sujeito e o predicado; b) a primeira frase – o modificador apositivo deve ser sempre separado por vírgulas dos restantes elementos da frase, c) a segunda frase – emprega-se sempre uma vírgula na enumeração de palavras que desempenham a mesma função sintática, sempre que as conjunções e, nem, ou estão ausentes; d) a segunda frase – emprega-se uma vírgula depois das orações subordinadas que surgem antes das subordinantes, e) a primeira frase – emprega-se uma vírgula nas orações em que há a elisão de uma palavra ou de um grupo de palavras, f) a primeira frase – usa-se
uma vírgula para separar o vocativo dos restantes elementos da frase, g) a primeira frase – usa-se vírgula para separar os modificadores quando não ocorrem no fim da oração dos restantes elementos da frase, h) a primeira frase – usa-se uma vírgula para separar a conjunção coordenativa adversativa mas da oração precedente, i) a segunda frase – usa-se uma vírgula para separar algumas expressões como isto é, ou seja, por exemplo, com efeito, sem dúvida, a meu ver, entre outras. 2. a) Ser, estar, permanecer e parecer são, entre outros, verbos copulativos., b) Estudaste as subclasses do verbo, José?, c) Se quiseres, podes ser bom aluno: só depende de ti!,/ Se quiseres, podes ser bom aluno; só depende de ti., d) O José é inteligente; porém, estuda pouco e, por conseguinte, tem fraco aproveitamento., e) Ter bons resultados, isto é, ser bom aluno, requer estudo, empenho e bom comportamento. 3.1. “Que é que tu queres”, “Quero falar ao rei”, “Já sabes que o rei não pode vir, está na porta dos obséquios”, “Pois então vai lá dizer-lhe que não saio daqui até que ele venha, pessoalmente, saber o que quero” 3.2. Contudo, no caso do homem que queria um barco, as coisas não se passaram bem assim. Quando a mulher da limpeza lhe perguntou pela nesga da porta: – Que é que tu queres? O homem, em lugar de pedir, como era costume de todos, um título, uma condecoração, ou simplesmente dinheiro, respondeu: – Quero falar ao rei. – Já sabes que o rei não pode vir, está na porta dos obséquios – respondeu a mulher. – Pois então vai lá dizer-lhe que não saio daqui até que ele venha, pessoalmente, saber o que quero – rematou o homem, e deitou-se ao comprido no limiar, tapando-se com a manta por causa do frio.
Sinais auxiliares da escrita e formas de destaque 1.1. a) “A Palavra Mágica”, dos Contos de Vergílio Ferreira, é um texto muito interessante., b) A certa altura, os habitantes da aldeia usam a palavra inoque como forma de insulto., c) “Inoque será você.” foram as palavras textuais do Silvestre., d) A palavra “inócuo” foi adulterada pelas personagens do conto.
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