Guia Do Professor11 (Word)
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livro do professor...
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Planificação Anual ....................................................................................
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Fichas de Leitura Leitura ........................................................................................ 1. Discurso 1. Discurso político ............................................................................................ 2. Apreciação 2. Apreciação crítica .......................................................................................... 3. Artigo 3. Artigo de opinião ...........................................................................................
11 12 15 17 4. Artigo 4. Artigo de divulgação científica .................. .................................... ................................... .................................. .............................. ............. 19
Fichas de Escrita Escrita ........................................................................................ 1. Texto 1. Texto de opinião ............................................................................................ 2. Apreciação 2. Apreciação crítica........................................................................................... 3. Síntese 3. Síntese ............................................................................................................. 4. Exposição 4. Exposição sobre um tema .............................................................................
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Fichas de Gramática Gramática ................................................................................. 1. Processos 1. Processos fonológicos .................................................................................. 2. Tempos 2. Tempos e modos verbais ............................................................................. 3. Classes 3. Classes de palavras ....................................................................................... 4. Funções 4. Funções sintáticas ......................................................................................... 5. Frase 5. Frase complexa – subordinação...................................................................
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6. Coordenação 6. Coordenação e subordinação – identificação e classificação de orações ............................................................................. 7. Coordenação 7. Coordenação e subordinação – orações e funções sintáticas .................. .............. .... 8. Coesão 8. Coesão e coerência ........................................................................................ 9. Dêixis 9. Dêixis pessoal, temporal e espacial ............................................................
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Questões de Aula......................................................................................... Aula ......................................................................................... 1. “Serm~o de Santo António”, de P. de P.e António Vieira ................................... 2. Frei Luís de Sousa, Sousa, de Almeida Garrett ....................................................... 3. Amor 3. Amor de perdição, perdição, de Camilo Castelo Branco ............................................ 4. Os Maias, Maias, de Eça de Queirós ......................................................................... 5. Sonetos completos / Cânticos do Realismo .................................................
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Testes de Avaliação Avaliação .................................................................................. 1. “Serm~o de Santo António”, de de P.e António Vieira ................................... 2. Frei Luís de Sousa, Sousa, de Almeida Garrett ....................................................... 3. “Serm~o de Santo António” / Frei Luís de Sousa ....................................... 4. Amor 4. Amor de perdição, perdição, de Camilo Castelo Branco ............................................ 5. Os Maias, Maias, de Eça de Queirós ......................................................................... 6. Amor 6. Amor de perdição / Os Maias Maias ....................................................................... 7. Sonetos completos, completos, de Antero de Quental .................................................. 8. Cânticos do Realismo, Realismo, de Cesário Verde ..................................................... 9. Sonetos completos / Cânticos do Realismo .................................................
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Cenários de Resposta Resposta .............................................................................
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NOVOS PERCURSOS PERCURSOS PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
NOVOS PERCURSOS PERCURSOS PROFISSIONAIS PROFISSIONAIS •
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PLANIFICAÇÃO ANUAL • ANO 2
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MÓDULO 4 Padre António Vieira, “Sermão de Santo António”; Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa Domínios / Tópicos de conteúdo
Objetivos
Horas / Tempos
Educação Literária Padre António Vieira, “Sermão de Santo António” • Capítulos I e V; • Capítulos II, III, IV, VI (excertos). – Contextualização histórico-literária: > objetivos da eloquência ( docere, delectare, movere); > crítica social e alegoria. – Linguagem, estilo e estrutura: > visão global do sermão e estrutura argumentativa; NOVOS PERCURSOS > o discurso2 figurativo: a alegoria, a comparação, a metáfora; PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS • GUIA DO PROFESSOR • ASA > outros recursos expressivos: a anáfora, a antítese, a apóstrofe, a enumeração e a gradação.
14. Ler e interpretar textos literários. 15. Apreciar textos literários. 16. Situar obras literárias em função de grandes marcos históricos e culturais.
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa • Leitura integral. – Contextualização histórico-literária: > dimensão patriótica e sua expressão simbólica; > o sebastianismo: história e ficção; – Recorte das personagens principais. – A dimensão trágica. – Linguagem, estilo e estrutura: > características do texto dramático; > a estrutura da obra; > o drama romântico: características.
33 horas 44 tempos letivos de 45 minutos
Leitura – Relato de viagem. – Apreciação crítica. – Discurso político. – Exposição sobre um tema. – Artigo/Texto de opinião.
7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de complexidade. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento da informação. 9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
Escrita – Apreciação crítica. – Exposição sobre um tema. – Texto de opinião.
10. Planificar a escrita de textos. 11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. 13. Rever os textos escritos.
Oralidade
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
Compreensão do Oral
– Documentário. – Discurso político. – Debate.
1. Interpretar textos orais de diferentes géneros. 2. Registar e tratar a informação. 3. Planificar intervenções orais. 4. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral. 5. Produzir textos orais com correção e pertinência. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com diferentes finalidades.
Expressão Oral – Apreciação crítica. – Exposição sobre um tema. – Texto de opinião.
Gramática – Funções sintáticas. – Formação de palavras. – Subordinação. – Conectores – valor lógico. – Tempos e modos verbais. – Deíticos. – Referente. – Coerência e coesão.
17. Construir um conhecimento reflexivo sobre a estrutura e o uso do português. 18. Reconhecer a forma como se constrói a textualidade. 19. Reconhecer modalidades de reprodução ou de citação do discurso. 20. Identificar aspetos da dimensão pragmática do discurso.
Avaliação
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– Diagnose oral e escrita. – Observação direta (atenção/concentração; participação nas atividades da aula; compreensão e expressão escrita e oral). – Oralidade planificada. – Trabalhos de casa. – Testes de avaliação. – Questões de aula. – Auto e heteroavaliação.
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MÓDULO 5 Camilo Castelo Branco, Amor de perdição; Eça de Queirós, Os Maias Domínios / Tópicos de conteúdo
Objetivos
Horas / Tempos
Educação Literária Camilo Castelo Branco, Amor de perdição • Introdução e conclusão; • Capítulos IV e X. – Sugestão biográfica (Simão e narrador) e construção do herói romântico. – A obra como crónica da mudança social. – Relações entre as personagens. – Amor-paixão. – Linguagem, estilo e estrutura: > o narrador; NOVOS > PERCURSOS os diálogos; PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 2 > concentração temporal da ação. • GUIA DO PROFESSOR • ASA
14. Ler e interpretar textos literários. 15. Apreciar textos literários. 16. Situar obras literárias em função de grandes marcos históricos e culturais.
Eça de Queirós, Os Maias • Leitura integral. – Contextualização histórico-literária: > a representação de espaços sociais e crítica de costumes; > espaços e seu valor simbólico e emotivo; > a descrição do real e o papel das sensações. – Representações do sentimento e da paixão: > diversificação da intriga amorosa (Pedro da Maia, Carlos da Maia e Ega). – Características trágicas dos protagonistas (Afonso da Maia, Carlos da Maia e Maria Eduarda). – Linguagem, estilo e estrutura: > o romance: pluralidade de ações; complexidade do tempo, do espaço e dos protagonistas; extensão; > visão global da obra e estruturação: título e subtítulo; > recursos expressivos: a comparação, a ironia, a metáfora, a personificação, a sinestesia e o uso expressivo do adjetivo e do advérbio; > reprodução do discurso no discurso.
34 horas 46 tempos letivos de 45 minutos
Leitura – Artigo de opinião. – Apreciação crítica. – Artigo de divulgação científica.
7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de complexidade. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento da informação. 9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASA – Exposição sobre um tema.
Escrita 10. Planificar a escrita de textos. 11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. 13. Rever os textos escritos.
– Texto de opinião.
Oralidade Compreensão do Oral – Exposição sobre um tema. – Apreciação crítica. – Documentário.
1. Interpretar textos orais de diferentes géneros. 2. Registar e tratar a informação. 3. Planificar intervenções orais. 4. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral. 5. Produzir textos orais com correção e pertinência. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com diferentes finalidades.
Expressão Oral – Texto de opinião. – Apreciação crítica. – Exposição sobre um tema.
Gramática – Funções sintáticas. – Subordinação. – Relações semânticas entre palavras. – Coesão. – Deíticos. – Referente. – Campo lexical. – Discurso direto, indireto e indireto livre.
Avaliação
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17. Construir um conhecimento reflexivo sobre a estrutura e o uso do português. 18. Reconhecer a forma como se constrói a textualidade. 19. Reconhecer modalidades de reprodução ou de citação do discurso. 20. Identificar aspetos da dimensão pragmática do discurso.
– Diagnose oral e escrita. – Observação direta (atenção/concentração; participação nas atividades da aula; compreensão e expressão escrita e oral). – Oralidade planificada. – Trabalhos de casa. – Testes de avaliação. – Questões de aula. – Auto e heteroavaliação.
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MÓDULO 6 Antero de Quental, Sonetos completos; Cesário Verde, Cânticos do Realismo Domínios / Tópicos de conteúdo
Objetivos
Horas / Tempos
Educação Literária Antero de Quental, Sonetos completos • Sonetos: “O pal|cio da ventura”, “Despondency”, “Lacrimae rerum”. – A angústia existencial. – Configurações do ideal. – Linguagem, estilo e estrutura: > o discurso conceptual; > o soneto; > recursos expressivos: a apóstrofe, a metáfora e a personificação.
14. Ler e interpretar textos literários. 15. Apreciar textos literários. 16. Situar obras literárias em função de grandes marcos históricos e culturais.
Cesário Verde, Cânticos do Realismo NOVOS PERCURSOS • “O sentimento ocidental”; PORTUGUÊS dum 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASAbairro moderno”, “Cristalizações” e “De tarde”. • Poemas: “Num – A representação da cidade e dos tipos sociais. – Deambulação e imaginação: o observador acidental. – Perceção sensorial e transfiguração poética do real. – O imagin|rio épico (em “O sentimento dum ocidental”): > poema longo; > estruturação do poema; > subversão da memória épica: o poeta, a viagem e as personagens. – Linguagem, estilo e estrutura: > estrofe, metro e rima; > recursos expressivos: a c omparação, a enumeração, a hipérbole, a metáfora, a sinestesia e o uso expressivo do adjetivo e do advérbio.
PROFISSIONAIS •
33 horas 44 tempos letivos de 45 minutos
Leitura – Artigo de opinião.
7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de complexidade. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo e ao tratamento da informação. 9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
NOVOS PERCURSOS
Escrita
PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASA – Apreciação crítica.
10. Planificar a escrita de textos. 11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. 13. Rever os textos escritos.
– Texto de opinião. – Exposição sobre um tema.
Oralidade Compreensão do Oral – Documentário. – Exposição sobre um tema.
1. Interpretar textos orais de diferentes géneros. 2. Registar e tratar a informação. 3. Planificar intervenções orais. 4. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral. 5. Produzir textos orais com correção e pertinência. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com diferentes finalidades.
Expressão Oral – Exposição sobre um tema. – Apreciação crítica.
Gramática – Funções sintáticas. – Coordenação. – Campo lexical. – Campo semântico. – Subordinação. – Referente. – Formação de palavras. – Tempos e modos verbais. – Processos fonológicos. – Deíticos.
17. Construir um conhecimento reflexivo sobre a estrutura e o uso do português. 18. Reconhecer a forma como se constrói a textualidade. 19. Reconhecer modalidades de reprodução ou de citação do discurso. 20. Identificar aspetos da dimensão pragmática do discurso.
Avaliação
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– Diagnose oral e escrita. – Observação direta (atenção/concentração; participação nas atividades da aula; compreensão e expressão escrita e oral). – Oralidade planificada. – Trabalhos de casa. – Testes de avaliação. – Questões de aula. – Auto e heteroavaliação.
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Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Queremos um planeta ecologicamente correto!
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A mãe Natureza cada vez mais mostra a sua indignação e revolta contra os nossos caprichos. Ao longo de séculos, o ser humano tem vindo a usar a inteligência para transferir lagos, espremer solos, torturar florestas, aniquilar montanhas e agonizar ecossistemas. Tornar as cidades sustentáveis, reduzir os gastos de água e diminuir a emissão de gases nocivos à nossa atmosfera deveriam ser as maiores preocupações mundiais. No entanto, a sociedade vai mecanicamente satisfazendo a economia mundial e as extravagâncias das cidades, ignorando as feridas ambientais que se vão abrindo em vários pontos do mundo, chagando a nossa vida na Terra. Esta nossa “brincadeira” com o equilíbrio do meio ambiente altera a composição dos gases atmosféricos que, como um escudo defensivo, impedem que os raios solares excessivos refletidos da Terra voltem para o espaço. Este desequilíbrio energético do planeta provoca-lhe um excedente aquecimento térmico (o chamado aquecimento global) que nos está a levar ao abismo. Então, afinal o que provoca a destruição do ar saudável do planeta? Os tais caprichos do ser humano: a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a crescente indústria. E o que resulta deste desequilíbrio ambiental? O derretimento das calotas polares, as mudanças climáticas, a subida do nível dos oceanos, as catástrofes naturais, as secas, a extinção de espécies, a destruição de ecossistemas e as ondas de calor. O mar de Aral, com uma área de 68 mil quilómetros quadrados, ex-situado na Ásia Central (digo “ex-situado” porque deixou de existir), era um dos maiores lagos do mundo. O assassinato ambiental deste mar começou em 1960, quando decidiram desviar as águas dos braços dos seus rios para regar milhões de hectares de algodão. Agora, onde em tempos existiu um mar repleto de vegetação
Mar de Aral (comparação entre 1989 e 2008), NASA. 40
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e de animais e que dava subsistência aos povos circundantes, encontramos um arenoso deserto salgado repleto de restos mortais de conchas e químicos dos pesticidas usados outrora. Nem uma gota de água restou para suster os barcos que por lá jazem enferrujados. Quanto às pessoas que lá viviam, mudaram-se como o mar, doentes com a herança criada por eles próprios. Outro “belo” exemplo de como a degradaç~o ambiental levou ao colapso de uma sociedade é o desaparecimento dos famosos Rapa Nui da ilha inicialmente chamada “umbigo do mundo” (Ilha da Páscoa, situada no Chile-Polinésia) e conhecida pelas suas cerca de 887 colossais estátuas de pedra – os moais (com estaturas entre 1 e 10 metros). O excessivo crescimento da população de Rapa Nui levou-os a usar exaustivamente os recursos oferecidos pela Natureza. Na ânsia obsessiva da construção dos gigantescos e enigmáticos moais e com a necessidade de alimentar a sua sobrepopulação desmataram a ilha e cansaram os campos de cultivo. Hoje a ilha está vazia de gente e de recursos naturais, mas coberta de terra infértil e de estátuas de pedra.
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É mais que urgente refletirmos sobre estas catástrofes causadas pela ambição humana em comercializar a Natureza! E, por isso mesmo, queremos um planeta ecologicamente correto! Ora vejamos Freiburg, na Alemanha! Esta cidade (reconstruída depois da Segunda Guerra Mundial) é o modelo a copiar nas restantes cidades do mundo! É uma cidade sorridente que vive sustentada pela consciência ecológica e pela preservação do meio ambiente: a poluição de dióxido de carbono é zero; o número de bicicletas é o dobro dos automóveis; toda a cidade é abastecida energicamente por 1780 painéis solares; e as casas têm isolamento térmico e vidros duplos para que não seja necessário
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aquecimento elétrico nos dias mais frios. É verdade que construções destas casas são cerca de 10% mais caras do que as regulares; porém, poupam 90% da eletricidade outrora usada. Nesta cidade-modelo de amor por tudo e por todos, assistimos a práticas comportamentais de respeito pelo ambiente, assim como à possibilidade real do ser humano viver em sintonia e harmonia com o planeta! Espero sinceramente que deixemos de ser teimosos e um dia a Terra se transforme num planeta ecologicamente correto para o bem de tudo e de todos!
Agnes Freitas, in www.pan-madeira.com (consultado em agosto de 2015, adaptado).
1. Quanto ao género textual, o texto que leu classifica-se como discurso político, (A) uma vez que é evidente a sua dimensão narrativa e descritiva. (B) dado o seu caráter predominantemente informativo. (C) uma vez que é evidente um discurso valorativo. (D) visto ser evidente a tomada de uma posição em relação a um tema de interesse público, suportada por argumentos e provas. 2. De acordo com a autora do texto, o ser humano (A) já não preserva o ambiente, apesar de o ter respeitado durante séculos. (B) não é o principal responsável pelas alterações climáticas que têm surgido. (C) está agora a sofrer as consequências por ter manipulado e abusado de certos recursos da Natureza. (D) começou agora a preocupar-se verdadeiramente com o planeta e a tomar medidas para a sua preservação. 3. A cidade de Freiburg, na Alemanha, (A) deve ser tida como um exemplo a seguir. (B) é mais um caso paradigmático da influência negativa do ser humano no planeta. (C) é um exemplo difícil de seguir, dado os custos que acarreta. (D) é semelhante a muitas outras cidades existentes no mundo. 4. No contexto em que surge, “nocivos” (l. 8) significa (A) prejudiciais. (C) poluentes. (B) tóxicos.
(D) inofensivos.
5. O recurso expressivo presente em “ignorando as feridas ambientais que se vão abrindo” (A) personificação. (C) metáfora. (B) comparação. NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS •
(ll. 12-13) é a
(D) antítese. PORTUGUÊS 2 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
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6. Explicite o assunto do texto. _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ 7. Exponha a posição da autora do texto relativamente ao assunto. _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ 8. Refira qual tem sido, na opinião da autora, o impacto do ser humano no planeta. _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ 8.1. Apresente os exemplos que corroboram essa opinião. __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________ 9. Identifique o recurso expressivo presente em “Nem uma gota de água restou para suster os barcos que por lá jazem enferrujados.” (ll. 43-45), referindo o seu valor expressivo. _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ 10. Transcreva duas expressões que evidenciam o caráter persuasivo do texto. _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________
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Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
De regresso ao “Pátio das cantigas” Leonel Vieira realiza nova versão de um clássico do cinema português
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Sete décadas depois da estreia, o filme O pátio das cantigas regressa às salas de cinema em Portugal, uma comédia do realizador Leonel Vieira que é a primeira de três "homenagens" aos clássicos portugueses. "Não posso repetir esse filme, então só posso fazer uma homenagem", disse à agência Lusa o realizador Leonel Vieira. O filme baseia-se no sucesso do que foi realizado em 1942 por Francisco Ribeiro, com atores como Vasco Santana, António Silva ou Ribeirinho. Mas é apenas isso, garante o realizador do novo Pátio: "não refilmei o guião, distanciei-me muito, peguei em alguns elementos que mantive, que são para mim uma homenagem ao filme que nos inspira". E acrescenta Leonel Vieira: "Fizemos um corpo totalmente novo, e acho que o nosso humor é renovado. São outros diálogos, as nossas cenas de humor estão noutras cenas e não tentei refazer as cenas emblemáticas". Apesar da distância temporal e do distanciamento do original, diz o realizador que se percebe que um é inspirado no outro, que mais não seja pelo título, pelo nome das personagens, pelas "pequenas homenagens" dentro do filme. É certo que ambos se passam num bairro de Lisboa, o pano de fundo para o cruzamento das várias personagens. Mas lembra o diretor que um contava o Portugal da década de 1940 e que o outro conta a Lisboa e o Portugal atual. E conta-a através de uma dúzia de personagens, de atores conhecidos, alguns ligados à comédia e outros nem tanto e todos escolhidos a dedo por Leonel Vieira. Como o ator Miguel Guilherme, que "só podia ser" o irascível Evaristo, dono de uma drogaria no filme de há 70 anos. Miguel Guilherme, agora um Evaristo dono de uma mercearia "gourmet", não esconde a admiração pelos clássicos do cinema português, mas admite que a maioria das pessoas
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com menos de 30 anos nunca sequer os viu. "Portanto, ou veem este e espero que achem graça e depois saltem para os antigos, que têm mais graça, ou ficam-se por aqui. Eu recomendaria ver os dois", disse também à Lusa, admitindo que tem um pouco de medo da comparação entre o "seu" Evaristo e o outro, interpretado por António Silva, ainda que seja também "uma alegria muito grande" fazer esse papel. O ator Rui Unas é outra das primeiras escolhas. No primeiro Pátio, Carlos Bonito era o músico "galã", mas neste só o mesmo nome assenta num Rui Unas que faz de bombeiro, que pinta a barba e que usa lentes de contacto. "Espero que se riam e que percebam que Carlos Bonito também tem os seus encantos e fragilidades", afirma. Como Miguel Guilherme também Rui Unas foi um fã dos clássicos, que via "quando era mais puto". E frisa que este O pátio das cantigas não é um remake nem um decalque, antes uma homenagem. "Quem conhece o original vai achar graça, quem vê pela primeira vez se calhar vai ter curiosidade em conhecer o original, é um filme vencedor a todos os níveis". Este é um otimismo partilhado por um realizador que tem a cabeça "cheia de projetos", que foi muito instado a fazer algo assim e que acabou por abraçar um projeto que foi ao seu encontro, através da proposta de um amigo. "Quero que seja um êxito logo" (o original não foi bem recebido quando estreou), não porque a crítica o diga, mas porque as pessoas gostam. "Não tentei ser génio e inventar em Portugal a melhor comédia do mundo. Só tentei fazer uns bons filmes de comédia e recuperar a comédia para Portugal". Leonel Vieira fala no plural. Porque a O pátio das cantigas seguem-se O leão da Estrela e A canção de Lisboa. Isabel Pereira, in Rádio Renascença, edição online de 26 de julho de 2015 (consultado em junho de 2017, adaptado).
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1. O realizador Leonel Vieira (A) reproduziu a versão de Francisco Ribeiro. (B) fez uma readaptação de dois clássicos. (C) homenageou três clássicos portugueses. (D) replicou o argumento do original de 1942. 2. O que fundamentalmente distingue a versão atual da anterior (A) são os diálogos e o humor. (C) é o cenário que lhe serve de base. (B) são as cenas acrescentadas.
(D) é o tempo retratado e recriado.
3. O realizador prestou (A) pouca atenção à seleção do elenco. (B) especial atenção à escolha dos atores. (C) muita atenção ao argumento e às cenas. (D) atenção aos filmes de humor portugueses. 4. Segundo o ator Miguel Guilherme, (A) todos os portugueses conhecem os clássicos. (B) os lisboetas viram O pátio das cantigas. (C) os clássicos devem ser repostos no cinema. (D) os mais jovens desconhecem os clássicos. 5. Rui Unas acredita que (A) quem vir esta versão não verá a anterior. (B) quem viu a primeira versão não verá esta. (C) o novo filme interessará a todos os espetadores. (D) o novo filme prenderá a atenção dos mais novos. 6. Indique dois aspetos que permitem distinguir a atual versão de O pátio das cantigas da de 1942. _______________________________________________________________________________________________________________________ 7. Refira os cuidados na seleção de atores, confirmando com elementos textuais pertinentes. _______________________________________________________________________________________________________________________ 8. Justifique a afirmação “um realizador que tem a cabeça ‘cheia de projetos’” (ll. 65-66). _______________________________________________________________________________________________________________________ 9. Comprove a pertinência deste tipo de iniciativas. _______________________________________________________________________________________________________________________ 10. Explique a afirmação “Leonel Vieira fala no plural” (l. 76). _____________________________________________________________________________________________________________________
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Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Braços abertos ao Mundo
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O drama dos refugiados que, fugindo ao terror do Estado Islâmico, acorrem à Europa em busca de uma vida melhor é não apenas um desastre social quase sem precedentes como o grande debate que a civilização moderna tem de enfrentar. O êxodo dos migrantes não é um problema ideológico nem uma questão política. A interrogação que se coloca ao Mundo é saber que sociedade queremos ser. Que princípios e valores devem nortear a ação dos estados perante a barbárie e o desespero de povos confrontados com a total ausência de futuro? Embora o terror seja espalhado na Síria invocando um nome de um Deus, muito menos a questão é religiosa, racial ou cultural. O murro que atinge o estômago da sociedade ocidental, multiplicado pelas histórias trágicas e pelas imagens que não julgámos serem possíveis em pleno século XXI, decorre daquela interrogação. Vamos deixar que isto continue a acontecer? Ou vamos ser dignos do desenvolvimento que proclamamos para nós? Portugal deve ter um papel ativo na política europeia de acolhimento dos migrantes. Somos um país pequeno e não poderemos receber tantos refugiados como a Alemanha, do mesmo modo que não dispomos das condições de integração oferecidas pela França. Temos, porém, uma história de defesa dos direitos humanos e uma longa experiência de inclusão de comunidades expatriadas.
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Portugal recebeu os retornados de África, a seguir ao 25 de Abril. O país, da melhor forma que foi capaz, mobilizou-se para integrar os milhares de cidadãos nacionais que regressavam à pátria, muitas vezes depois de terem perdido tudo o que tinham. Nos anos 1980, acolhemos uma imensa vaga de imigração proveniente do Brasil, que procurava entre nós uma vida melhor, instalando-se sobretudo em Lisboa e no Porto. Mais tarde, após a derrocada da União Soviética, recebemos milhares de cidadãos das repúblicas do Leste, em especial da Ucrânia, em busca de trabalho e de uma nova esperança. Gente trabalhadora e qualificada, que alcançou em Portugal o reconhecimento do mérito. Estivemos sempre à altura do desafio. Agora somos chamados a transformar esse património social em ações concretas. Com a iniciativa e a capacidade mobilizadora da Igreja Católica, com o envolvimento da sociedade civil, das empresas e das comunidades, Portugal saberá de novo acolher e distinguir-se como país de paz, de respeito pela diferença, de acolhimento solidário e de integração harmoniosa. Do Estado espera-se apenas que ajude a criar as condições necessárias para que este grande movimento humanitário possa funcionar.
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Nuno Botelho, in JN , edição online de 9 de setembro de 2015 (consultado em junho de 2017).
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1. Quanto ao género textual, o texto que leu classifica-se como artigo de opinião, (A) uma vez que se expõem factos sobre um determinado assunto. (B) dado ser explicitado um determinado ponto de vista. (C) visto ser evidente o relato de um dado acontecimento. (D) já que se assiste ao predomínio de descrições. 2. Segundo Nuno Botelho, o atual êxodo de migrantes para a Europa (A) é uma consequência de ideologias e políticas. (B) é um facto a que os europeus já se habituaram. (C) deve estar no centro das atenções das sociedades modernas. (D) é um acontecimento que, apesar de recente, tem sido bem gerido. 3. Para o autor do texto, a questão dos refugiados (A) deve ser circunscrita aos países de origem destes migrantes. (B) deve ser um exemplo para o mundo. (C) deve ser entendida como uma exceção. (D) deve suscitar interrogações na sociedade atual e levá-la a refletir. 4. O recurso expressivo presente na expressão “O murro que atinge o estômago da sociedade ocidental” (ll. 15-16) é a (A) personificação. (C) hipérbole. (B) metáfora. (D) sinédoque. 5. Identifique o tema deste artigo de opinião. _______________________________________________________________________________________________________________________ 6. Justifique a pertinência das interrogações presentes no texto. _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ 7. Refira a posição que, segundo o autor, Portugal deve assumir perante o problema em análise. _______________________________________________________________________________________________________________________ 8. Exponha os argumentos e os exemplos apresentados que sustentam a posição do autor. _______________________________________________________________________________________________________________________ 9. Apresente as condições enunciadas pelo autor para que a solução que ele apresenta possa ser uma realidade. _______________________________________________________________________________________________________________________ 10. Identifique os universos de referência invocados pelo texto. _____________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________________________
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Leia o texto e responda, de seguida, às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Criaturas do recife Os valiosos benefícios destas criaturas subaquáticas
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Para além de albergarem e alimentarem inúmeras criaturas, os recifes de coral trazem-nos enormes benefícios. As estruturas subaquáticas ajudam a proteger linhas costeiras, absorvendo 90% da energia de ondas geradas pelo vento e limitando muito os danos causados por tempestades e pela erosão. A indústria pesqueira depende igualmente dos recifes, sendo os seus habitantes uma das principais fontes alimentares para mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo e a sua captura uma receita vital para quem vive em áreas remotas. O comércio de peixes ornamentais para aquários é uma grande indústria, e diferentes criaturas e plantas encontradas no recife são importantes fontes medicinais, utilizadas para tratar diversas doenças, da artrite ao cancro. O maior benefício, porém, talvez seja o turismo, com os milhões de praticantes de mergulho que visitam os recifes anualmente a injetarem cerca de 8600 milhões de dólares na economia global. Proteger os corais Vários fatores ameaçam os recifes de coral mundiais. As alterações climáticas globais estão a causar a subida das temperaturas do mar e a tornar a água mais ácida, enquanto a agricultura, a desflorestação e a urbanização costeiras conduzem à maior infiltração de sedimentos e de outros poluentes no oceano. Ambos os fatores estão a alterar o habitat natural do coral, levando-o
Recife de coral, National Oceanic and Atmospheric Administration, EUA.
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a expelir as suas algas simbióticas e a perder a sua principal fonte de alimento, num processo chamado branqueamento do coral. Também a pesca excessiva perturba este delicado ecossistema, que tende a ser danificado por redes e barcos. Muitos recifes de coral encontram-se agora em áreas marinhas protegidas, com a implementação de estratégias de gestão costeira e piscatória para evitar danos maiores. Tenta-se, ainda, recuperar recifes enfermos através da chamada acreção mineral, que passa por submergir uma estrutura metálica percorrida por uma baixa corrente elétrica. A corrente leva a que minerais naturais na água adiram à estrutura e cristalizem, formando esqueletos rígidos similares aos do coral. Tais estruturas depressa se tornam o lar de peixes e de outros seres marinhos. Alguns cientistas tentam, ainda, cruzar espécies mais resistentes de coral e introduzir espécies novas e robustas nos recifes, na esperança de que sobrevivam aos efeitos das alterações climáticas. www.querosaber.sapo.pt (consultado em junho de 2017, adaptado).
1. Os recifes de coral são valiosos, do ponto de vista ambiental, porque (A) contribuem para a diminuição dos estragos provocados pelas tempestades, pelos ventos e pela erosão. (B) são cada vez mais utilizados para fins medicinais. (C) ajudam a controlar as alterações climáticas. (D) evitam a desflorestação e a urbanização costeiras descontroladas.
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2. A captura de corais (A) tem prejudicado o turismo junto ao litoral. (B) é uma importante fonte de rendimento para os habitantes locais. (C) é proibida para fins ornamentais. (D) tem sido prejudicial para a indústria pesqueira. 3. O chamado processo de branqueamento do coral (A) é uma consequência negativa da alteração do habitat natural do coral. (B) é consequência da infiltração de sedimentos e de outros poluentes no oceano. (C) decorre do número excessivo de visitas de turistas aos recifes. (D) decorre da pesca excessiva e dos danos causados por redes e barcos. 4. Numa tentativa de revitalizar os recifes, os cientistas (A) exigem a proibição da pesca excessiva. (B) têm estudado intensamente as áreas marinhas protegidas. (C) têm desenvolvido técnicas como a acreção mineral. (D) defendem a proteção das linhas costeiras. 5. Os esforços desenvolvidos para recuperar recifes (A) têm permitido o tratamento das algas simbióticas que os danificam. (B) consistem na criação de zonas menos suscetíveis às águas ácidas. (C) incidem sobre o controlo das alterações climáticas. (D) estendem-se ao cruzamento de espécies mais resistentes. 6. Enuncie os principais benefícios que advêm da presença, no fundo do mar, dos recifes de coral. _______________________________________________________________________________________________________________________ 7. Indique os fatores que põem em risco o habitat natural dos corais. _______________________________________________________________________________________________________________________ 8. Refira as ações positivas levadas a cabo pelo ser humano na tentativa de contribuir para a sobrevivência dos recifes de coral. _______________________________________________________________________________________________________________________ 9. Exponha os benefícios resultantes da utilização da chamada técnica da acreção mineral. _______________________________________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________________________________ 10. Demonstre que o texto se pode classificar como um artigo de divulgação científica, apresentando três marcas características deste género textual. _____________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________
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Produza um texto de opinião, de 180 a 200 palavras, no qual evidencie o seu posicionamento relativamente às escutas e à espionagem à escala mundial, considerando a planificação proposta. • Introdução – Identificação do tema e posicionamento crítico: a dimensão das escutas e da espionagem na atualidade como consequência da globalização e da livre circulação e os aspetos positivos e/ou negativos daí decorrentes. • Desenvolvimento – 1.o argumento: globalizar não pode ser sinónimo de perda de autonomia ou de violação da paz no país que se escolhe para viver – nenhum país pode dominar outro só porque se considera superior. Exemplo: os países islâmicos e o radicalismo na defesa dos seus valores levaram-nos a querer dominar o mundo, empreendendo, para tal, atentados como os que ocorreram nos Estados Unidos, em 2001, no Reino Unido, em 2015 e 2017, ou em França, em 2015. – 2.o argumento: controlar ou espiar pode significar violar valores democráticos e a privacidade dos cidad~os, ainda que a desculpa possa ser “evitar a criminalidade”. Exemplo: as redes de espionagem dos Estados Unidos da América e a colaboração de outros sistemas de segurança da maioria dos países europeus. • Conclusão – A vigilância internacional é importante para salvaguardar a paz mundial, mas impõe-se o respeito pela liberdade dos cidadãos, o que significa que a vida privada não pode nem deve ser violada. Memorial em homenagem às vítimas do atentado terrorista de Manchester, em 22 de maio de 2017.
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Produza uma apreciação crítica, de 180 a 200 palavras, considerando a obra Os Maias ou o filme homónimo, realizado por João Botelho, e os aspetos constantes da planificação, que deverá completar antes de redigir o seu texto.
TÓPICOS PARA A PLANIFICAÇÃO • Introdução – Indicação da obra e do seu autor, bem como do ano de publicação.
• Introdução – Indicação do filme, do realizador e do ano de estreia.
• Desenvolvimento – Aspetos percecionados a nível > das críticas a certos aspetos da sociedade do século XIX; > da caracterização e da descrição de espaços e de personagens. – Elementos a destacar no que respeita a linguagem e justificação.
• Desenvolvimento – Aspetos percecionados a nível > do argumento e das aproximações à obra do escritor; > dos cenários, da adequação e da fidelidade ao romance queirosiano. – Elementos a destacar e justificação.
• Conclusão – […]
• Conclusão – […]
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Redija uma síntese do texto que se segue, reduzindo-o a cerca de 90 a 105 palavras.
App que faz a diferença Alunas do Secundário criaram um software inclusivo e ganharam o concurso nacional Apps for Good. Inglaterra à vista para uma disputa internacional? 5
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Os mentores do concurso Apps for Good nunca entraram na Escola Básica e Secundária de Santo António, no Barreiro, mas até parece que falam para os alunos deste território educativo de intervenção prioritária, encravado entre dois bairros sociais. […] Esta foi uma das 16 secundárias escolhidas para a internacionalização da ideia Apps for Good (só se fez por cá e nos EUA), um projeto que já desafiou 600 escolas do Reino Unido a criarem aplicações que resolvem problemas. Talvez as amigas Vera, Daniela, Nélida, Isabel, Kaila e Luana, com idades entre os 17 e os 21 anos, não tenham a noção da responsabilidade que lhes caiu no colo. Foram elas que, durante o ano letivo passado, gastaram horas infinitas a desenvolver uma aplicação para telemóveis e tablets, com o apoio das professoras Sofia Milheiro, de Língua Portuguesa, e Paula Domingues, de Tecnologias de Comunicação e Informação. Até junho, criaram a Mais Especial, uma aplicação para os alunos com necessidades educativas especiais das seis escolas do agrupamento, a tempo da final regional com os candidatos do Centro Sul, onde apresentaram dezenas de vezes a App EBSSA + especial. Um júri que andava disfarçado por entre as bancas atribuiu-lhes o primeiro prémio e com isso ganharam o passaporte para estarem na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, na final nacional, em setembro. Nessa cerimónia, Isabel foi escolhida para subir ao palco e, em três minutos, mostrar o que a aplicação vale. Luana repetiu o discurso em inglês. Explicaram que a construíram a pensar nos colegas do ensino especial, digitalizando as imagens que já os ajudavam a comunicar, mas que, na verdade, a ferramenta pode ser útil a qualquer pessoa que tenha dificuldades de comunicação e conheça esta linguagem. O júri atribuiu-lhes o primeiro prémio. E uma das empresas patrocinadoras ofereceu tablets a todas as meninas, como recompensa por todo o esforço. Ainda hoje sorriem ao falarem nesse momento. Agora esperam pela oportunidade para irem a Inglaterra disputar o prémio internacional. [345 palavras] Luísa Oliveira, in Revista Visão Júnior , n.o 1186, 26 de novembro de 2015.
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PROPOSTA 1 Redija uma exposição, de 140 a 160 palavras, sobre a importância de uma boa alimentação. O seu texto deverá apresentar uma estrutura coesa e seguir a planificação abaixo indicada. • Introdução – Apresentação do tema. • Desenvolvimento – Indicação de estratégias para uma alimentação cuidada e respetivos efeitos. – Referência às causas e consequências de uma má alimentação. • Conclusão – Retoma do tema e fecho. PROPOSTA 2 “[O ‘Serm~o de Santo António’] é uma alegoria da alma humana, dos vícios e das virtudes, sobre as condições de desumanidade da existência”. Manuel Cândido Pimentel, in Documentário Grandes Livros, produzido por Companhia das Ideias (2009).
Recorde o estudo que fez da obra “Serm~o de Santo António”, de Padre António Vieira. Redija um texto expositivo, de 130 a 150 palavras, no qual demonstre que, na referida obra, Vieira critica os vícios da sociedade do seu tempo. Siga o plano orientador que se apresenta e escreva um texto com três parágrafos. • Introdução – Referência ao conceito de “alegoria”. • Desenvolvimento − Apresentação dos aspetos que demonstram a presença da crítica no Sermão. − Exemplificação das virtudes e dos vícios do ser humano. • Conclusão – Reforço da ideia apresentada na introdução e destaque para a atualidade da obra de Padre António Vieira. Não se esqueça de, no final da textualização, proceder a uma leitura atenta do texto que produziu, no sentido de verificar o cumprimento dos aspetos elencados e o respeito pelos princípios da coesão e da coerência. Efetue as correções necessárias.
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1. Identifique os processos fonológicos que ocorrem na evolução das seguintes palavras. a. CRUDELE- > cruel _____________________________________________________________________ b. APOTECA - > bodega ___________________________________________________________________ c. HUMILE- > humilde ___________________________________________________________________ d. REGE- > ree > rei ____________________________________________________________________ e. SEMPER > sempre ____________________________________________________________________ f. ANTE > antes ________________________________________________________________________ g. PERSONA- > pessoa ___________________________________________________________________ h. SPELUNCA - > espelunca ________________________________________________________________ i. PLUVIA- > chuva ______________________________________________________________________ j. DIRECTU- > direito ____________________________________________________________________ k. LEGERE > leger > leer > ler _____________________________________________________________ l. MACULA- > mágoa ____________________________________________________________________ m. Monótono > monotonia _____________________________________________________________ n. *Parteleira > prateleira ______________________________________________________________ 2. Descubra, no crucigrama, alguns dos processos fonológicos que identificou nas palavras anteriores. B
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3. Considere os étimos a seguir dados e apresente, em duas frases para cada situação, palavras que integrem esses étimos. a.
VITA-
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LUNA-
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c.
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1. Selecione uma das formas verbais fornecidas entre parênteses para completar corretamente cada uma das frases. a. __________________ (Disputamos / Disputa-mos) a bola até final do jogo. b. __________________ (Mostraste / Mostras-te) o resultado do teste aos teus pais? c. Quando __________________ ( fizeste / fizestes) os trabalhos estavas sozinho? d. Hoje, ninguém __________________ (ouve / houve) ninguém! e. Nós __________________ (trazíamos / trazia-mos) muitos livros na mochila. f. Fizeste os trabalhos de casa? Então __________________ (mostramos / mostra-mos). g. Na próxima semana __________________ (decorreram / decorrerão) as olimpíadas de Matemática. h. __________________ (Pedi-te / Pedir-te-ei) que chegasses cedo, mas não adiantou.
2. Complete os espaços conjugando os verbos nos tempos e modos indicados. a. Nós __________________ que vocês chegariam atrasados. (supor – pretérito perfeito do indicativo) b. Ele não __________________ na discussão. (intervir – pretérito perfeito do indicativo) c. Os países da União Europeia __________________ com violência aos atentados. (opor-se – futuro do indicativo) d. Ele temia que alguém o __________________. (contradizer – pretérito imperfeito do conjuntivo) e. Os manifestantes queimaram cartazes e __________________ o presidente. (depor – pretérito perfeito do indicativo) f. Se vós __________________ recurso, talvez __________________ os vossos bens. ( interpor + reaver – pretérito imperfeito do conjuntivo)
3. Complete as frases com os verbos indicados, utilizando o tempo e o modo verbal mais adequados. a. Quando tu __________________ (chegar ) da escola, __________________ (arrumar ) o teu quarto. b. Há um mês, ele __________________-te ( pedir ) para lhe __________________ (entregar ) o trabalho que __________________ ( fazer ) o ano passado. c. Para que tu __________________ ( poder ) ter sucesso, __________________ (habituar-se) a estudar todos os dias. d. Se todas as pessoas __________________ (manter ) boas relações e __________________ ( fazer ) novas amizades, viveríamos mais felizes. e. Os pais ainda (manter ) certos princípios, mas os filhos já não __________________ ( crer ) neles e __________________ (divergir ) das suas orientações. f. Se ao menos ele __________________ ( prever ) a confusão que aquilo ia dar! Mas, infelizmente, não se __________________ (conter ) e __________________ (intervir ) também na discussão.
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4. Selecione, para cada frase, a única opção que completa corretamente os espaços deixados em branco. 4.1. Depois que o Sol se __________________, deverão __________________ as atividades. (A) pôr / suspender (B) por / suspenderem (C) puser / suspender (D) puser / suspenderem 4.2. Se __________________ a interferência do provedor nos programas televisivos e se ele __________________, não ocorreriam tantos abusos. (A) requerêssemos / intervisse (B) requerêssemos / interviesse (C) requiséssemos / intervisse (D) requizéssemos / interviesse 4.3. Se __________________ o livro, não __________________ com ele; __________________ onde combinámos. (A) reouveres / fiques / põe-no (B) reouveres / fiques / põe-lo (C) reaveres / fica / ponha-o (D) reaveres / fique / ponha-o 4.4. Se eles __________________ as suas razões e __________________ as suas teses, não os __________________. (A) expuserem / mantiverem / censura (B) expuserem / mantiverem / censures (C) exporem / manterem / censures (D) exporem / manterem / censura 4.5. O programa __________________, quer os participantes __________________ ou não, a menos que algum ministro __________________ as negociações. (A) variará / quisessem / intermedia (B) varia / queira / intermedeie (C) varie / queiram / intermedeia (D) varia / queiram / intermedie 4.6. Era importante que ela __________________ o trabalho para vermos se __________________ os requisitos. (A) trouxe / cumpriu (B) trouxesse / cumpriu (C) traga / cumpre (D) trouxesse / cumprisse
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1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens. 1.1. Em “Ele sabe muito bem o que quer.”, a palavra sublinhada é (A) um pronome pessoal. (B) um pronome demonstrativo. (C) um determinante artigo definido. (D) um quantificador. 1.2. Na frase “Creio que ela estava perturbada.”, o elemento sublinhado é (A) uma conjunção subordinativa completiva. (B) um pronome relativo. (C) um pronome interrogativo. (D) uma conjunção subordinativa causal. 1.3. Na frase “Apesar da chuva, eles v~o sair.”, o segmento sublinhado corresponde a (A) um advérbio de tempo. (B) uma locução subordinativa causal. (C) uma locução subordinativa temporal. (D) uma locução subordinativa concessiva. 1.4. Em “A tua irmã saiu apressadamente.”, os termos sublinhados s~o, respetivamente, (A) um pronome possessivo e um advérbio de frase. (B) um determinante possessivo e um advérbio de modo. (C) um quantificador relativo e um adjetivo qualificativo. (D) um quantificador relativo e um advérbio conectivo. 1.5. Na frase “Primeiro chegaram as crianças, seguidamente os pais e finalmente os animadores.”, os vocábulos sublinhados classificam-se como (A) adjetivos numerais. (B) advérbios conectivos. (C) advérbios de frase. (D) advérbios de predicado.
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1. Identifique as funções sintáticas dos constituintes sublinhados nas frases seguintes. a. A linguagem do “Serm~o de Santo António” é difícil de perceber. b. Vieira levou os seus sermões até ao Brasil. c. A ação do orador Vieira foi criticada pelos colonos. d. Vieira leu alguns dos seus sermões a D. Pedro IV. e. Padre António Vieira publicou o seu último sermão na cidade de Pernambuco. f. A diferença entre Os Maias e A ilustre casa de Ramires é enorme. g. O livro com a poesia completa de Antero custou 15 euros. h. Os alunos acharam alguns poemas de Antero depressivos. i. Os resultados escolares causaram polémica. j. Encontrei o aluno sozinho na sala. 2. Faça corresponder o constituinte sublinhado em cada uma das frases da coluna A à sua correta função sintática, na coluna B. Coluna A
Coluna B
[A] O desejo do meu pai concretizou-se.
[1] Sujeito
[B] As diligências dos advogados foram inglórias.
[2] Complemento direto
[C] A mãe da Maria considerava a filha precoce.
[3] Complemento indireto
[D] A jovem foi abordada por um elemento do clero.
[4] Complemento oblíquo
[E] A diretora de turma deu um novo teste ao Luís.
[5] Predicativo do sujeito
[F] O professor ficou contente com a atitude do Pedro. [G] O funcionário abanou a cabeça em sinal de desagrado.
[6] Predicativo do complemento direto [7] Complemento agente da passiva
[H] Ninguém libertou o pássaro da gaiola.
[8] Complemento do adjetivo
[I] O meu pai optou pela proposta do primeiro vendedor.
[9] Complemento do nome
[J] O João é um homem sarcástico. [K] A obra de Garrett, lírica ou dramática, tem uma
[10] Modificador do nome restritivo
dimensão romântica.
[11] Modificador do nome apositivo
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___. B
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1. Associe cada frase da coluna A à sua correta constituição, na coluna B. Coluna A
Coluna B
[1] Oração subordinante + oração subordinada [A] Era bom que os alunos estudassem. [B] Se adotarmos atitudes corretas,
substantiva completiva + oração subordinada adjetiva relativa restritiva
[2] Oração subordinante + oração subordinada
protegeremos o planeta.
[C] Foram reclassificados os testes que
substantiva completiva
[3] Oração subordinada causal + oração
apresentavam desvios significativos.
subordinante
[4] Oração subordinante + oração subordinada [D] Embora haja inúmeros desempregados, não
adjetiva relativa restritiva + oração subordinada substantiva completiva + oração subordinada adverbial condicional
existem postos de trabalho para todos.
[E] Como adoro música clássica, vou ao espetáculo
[5] Oração subordinada adverbial temporal +
da Casa da Música.
+ oração subordinante
[F] Mal a campainha soou, os alunos entraram. [G] Os alunos não esclarecem as dúvidas, ainda que
[6] Oração subordinante + oração subordinada adverbial temporal
[7] Oração subordinada adverbial causal +
estas sejam muitas.
+ oração subordinante
[H] Eles estão tão preocupados que decidiram
[8] Oração subordinante + oração subordinada
reclamar.
adjetiva relativa restritiva
[I] O professor que os acompanhou na visita de estudo reforçou que, caso prestassem atenção ao guia, compreenderiam melhor o romance.
[J] Atendendo a que não gosto de ler, vi o filme. [K] A leitura do romance foi tão demorada que
[9] Oração subordinante + oração subordinada consecutiva
[10] Oração subordinante + oração subordinada concessiva
[11] Oração subordinante + oração subordinada
não fixei o conteúdo.
substantiva relativa
[L] Eles ouviram quem os alertava
[12] Oração subordinante + oração subordinada
para os perigos.
adverbial consecutiva
[M] Entraram numa discussão saudável logo
[13] Oração subordinada adverbial condicional +
que terminou a peça.
+ oração subordinante
[N] Os professores afirmam que os alunos que lerem
[14] Oração subordinada adverbial concessiva +
as obras ficam melhor preparados.
+ oração subordinante
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___;[G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___; [L] − ___; [M] − ___; [N] − ___. B
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1. Estabeleça a correspondência entre cada uma das orações sublinhadas na coluna A e a sua correta classificação, na coluna B. Coluna A
Coluna B
[A] O texto garrettiano que mais apreciei foi Frei Luís de Sousa.
[1] Oração coordenada
[B] Garrett perguntava se o papel do escritor era o silêncio.
[2] Oração subordinada
[C] Quem lê atentamente Antero de Quental percebe
[3] Oração subordinada
adversativa substantiva relativa
a sua angústia existencial.
substantiva completiva
[D] Eça de Queirós foi tão crítico que chocou mentalidades. [E] Ainda que muitos criticassem Cesário, Pessoa considerou-o
[4] Oração subordinada adjetiva relativa restritiva e oração coordenada disjuntiva
[5] Oração coordenada
um mestre.
conclusiva
[F] Cesário inovou mas foi incompreendido na sua época.
[6] Oração subordinada adjetiva
[G] Cesário percorria os locais onde vivia ou viveu.
[7] Oração subordinada adverbial
[H] Cesário morreu jovem, logo não assistiu ao seu reconhecimento.
[8] Oração subordinada adverbial
relativa restritiva concessiva consecutiva
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___. B
2. Transforme as frases simples em frases complexas, recorrendo a conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas com o valor lógico indicado entre parênteses. a. Julgo que Cesário era pouco reconhecido. Poucos literatos privavam com ele. (Explicativa) b. Alguns escritores contemporâneos de Antero consideravam-no um revolucionário. Outros reconheciam já o seu talento. (Adversativa) 3. Classifique as orações sublinhadas e a conjunção destacada a negrito que as in troduz. a. Pessoa afirmou que admirava Antero de Quental, Cesário Verde e Camilo Pessanha. b. Este é o poema de Cesário que mais críticas suscitou. c. Cesário optou pelo campo para cuidar da sua saúde. d. Antero ficou tão irritado com Castilho que o desafiou para um duelo. e. Este texto, que todos os estudantes de Coimbra leram, deu azo a inúmeras especulações.
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1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens. 1.1. A oraç~o sublinhada em “Eles ficaram interessados na casa, mas o banco recusou-lhes o empréstimo.” classifica-se como (A) coordenada disjuntiva. (C) coordenada copulativa. (B) coordenada copulativa assindética. (D) coordenada adversativa. 1.2. A oraç~o sublinhada em “Os estudantes que entraram na Universidade festejaram com a família.” classifica-se como (A) subordinada substantiva completiva. (B) subordinada adjetiva relativa restritiva. (C) subordinada relativa adjetiva explicativa. (D) subordinada substantiva relativa. 1.3. O segmento sublinhado em “Choveu tanto que a garagem inundou.” corresponde a uma oraç~o (A) subordinada adverbial consecutiva. (B) subordinada substantiva completiva. (C) subordinada adverbial causal. (D) subordinada adjetiva relativa restritiva. 1.4. A oraç~o sublinhada em “Creio que o estudo compensa.” classifica-se como (A) subordinante. (B) subordinada adverbial consecutiva. (C) subordinada substantiva completiva. (D) subordinada substantiva relativa. 1.5. A oraç~o sublinhada em “Eles estavam certamente inseguros pois tremiam imenso.” é (A) coordenada conclusiva. (C) subordinada adverbial causal. (B) subordinada adverbial consecutiva. (D) coordenada explicativa. 1.6. O segmento sublinhado em “Tanto vejo televis~o como estudo.” é uma oração (A) subordinada adverbial comparativa. (C) subordinada adverbial concessiva. (B) subordinada adverbial causal. (D) subordinada adverbial consecutiva. 1.7. A oraç~o sublinhada em “Vemos o filme enquanto as crianças brincam.” classifica-se como (A) subordinada adverbial causal. (C) subordinada adverbial concessiva. (B) subordinada adverbial temporal. (D) subordinada adverbial consecutiva.
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2. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação, na coluna B.
Coluna A
Coluna B
[A] Li Frei Luís de Sousa mas também li Os Maias.
[1] Oração coordenada copulativa
[B] Os alunos ficaram em silêncio logo que a peça começou.
[2] Oração coordenada explicativa [C] O ator deve estar doente pois mal se ouvia.
[3] Oração coordenada adversativa [4] Oração subordinada substantiva completiva
[D] Caso entendam esta peça, perceberão todas as outras.
[5] Oração subordinada substantiva relativa [E] Exigiram que se fizesse silêncio durante a [6] Oração subordinada adjetiva relativa
representação.
restritiva
[F] Leram o texto como se o estivessem a declamar. [G] Disseram-nos para estarmos atentos.
[7] Oração subordinada adjetiva relativa explicativa
[H] Para me concentrar, mudei de lugar. [I] Só perceberá a obra quem a ler.
[8] Oração subordinada adverbial temporal
[J] A obra onde se critica o adultério foi a mais apreciada.
[9] Oração subordinada adverbial final
[K] Vi os atores no palco, que estava ainda às escuras.
[10] Oração subordinada adverbial concessiva
[L] Sei alguma coisa sobre Eça de Queirós, mas não falarei dele na exposição oral.
[11] Oração subordinada adverbial consecutiva [M] Aquele ator falava de tal modo que captava a atenção do público.
[12] Oração subordinada adverbial condicional [N] Ainda que tenhas dificuldade na interpretação, não deves desistir.
[O] Sentaram-se na primeira fila dado que ouviam
[13] Oração subordinada adverbial causal
mal.
[P] Sempre que ouviam Dâmaso Salcede, desatavam a rir.
[Q] O ator que veio à frente simulou um ataque cardíaco.
[14] Oração subordinada adverbial comparativa
[R] Vou terminar a leitura que estou cansada.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___; [L] − ___; [M] − ___; [N] − ___; [O] − ___; [P] − ___; [Q] − ___; [R] − ___.
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3. Divida e classifique as orações nas frases seguintes. a. Na vida, deparamo-nos com vários obstáculos, mas não podemos desistir. b. Logo que os alunos se sentaram, o professor deu início à aula. c. A professora sistematizou os conteúdos para que os alunos pudessem estudar mais facilmente. d. Ela considerou que o teste devia ser adiado. e. Entrei em casa e liguei imediatamente o computador. f. Ele estudou tanto que conseguiu a nota desejada. g. A professora pediu-me para abrir a porta da sala 8. h. Gosto muito de peixe, ainda que prefira a carne. i. Embora tenha dificuldades, ele nunca desiste. j. Os animais que estão em vias de extinção têm de ser protegidos. k. Quando cheguei à escola, que ainda estava fechada, encontrei dois alunos. l. Eles escolheram quem os apoiou.
4. Considere as frases a seguir apresentadas. a. Santo António louvava a Deus ainda que criticasse os homens. b. Vieira ordenou aos colonos que parassem com a exploração dos índios. c. É provável que os colonos andassem aflitos com as críticas de Vieira. d. Antero perguntou aos companheiros como correra a sessão no Casino Lisbonense. e. Alguns alunos perguntaram quem escrevera esse poema. f. Este jovem ofereceu à colega o livro que os pais lhe tinham dado. g. Os Maias têm muitos exemplares na biblioteca para que todos os alunos os possam ler. 4.1. Identifique e classifique a oração subordinada presente em cada uma das frases. 4.2. Registe a função sintática desempenhada pelos elementos sublinhados em cada frase.
5. Leia as frases que se seguem. a. Os colonos que criticavam as pregações de Vieira quiseram expulsá-lo do Brasil. b. Os professores pediram para lermos os poemas expressivamente. 5.1. Classifique a oração subordinada sublinhada em cada frase. 5.2. Indique a função sintática desempenhada por cada uma dessas orações subordinadas.
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1. Una as frases de cada alínea, construindo frases complexas pelo recurso à subordinação. a. (1) A chuva é necessária em todas as regiões do planeta. (2) A maioria das pessoas não tem consciência disso. (3) A chuva é fonte de vida. b. (1) As pessoas reconhecem o valor da chuva e do sol para a agricultura. (2) A atividade comercial depende, antes de mais, dos recursos naturais. c. (1) O planeta Terra é essencial à vida humana. (2) Muitos não preservam o planeta Terra. (3) Extraímos os nossos alimentos do planeta Terra. d. (1) Na cidade, as pessoas esquecem que a harmonia do planeta depende do equilíbrio entre os dias de sol e os dias de chuva. (2) Na cidade já não se tem noção da origem dos alimentos.
2. Detete o uso indevido do relativo e reescreva o segmento textual, corrigindo-o. As comemorações do centenário do Orfeu decorreram na reitoria da Universidade do Porto, cidade cuja eu nasci, e duraram quatro semanas. As atividades que abrilhantaram os festejos realizaram-se na sala magna, onde se assistiu à primeira conferência em que deu início às festividades. O ponto alto das solenidades foi o momento onde o cineasta falou do filme cujo retrata a vida do grupo de intelectuais fundadores da revista.
3. Leia os seguintes segmentos textuais, retirados da revista Saúde & Lar (novembro 2015, p. 24), e que se apresentam de forma desordenada. (A) Mas é sempre positivo tentar calçar os sapatos da outra parte com a qual temos de conviver. (B) Assim, quando reivindicares o teu merecido direito à liberdade, não te esqueças de que os adultos sacrificaram mais do que uma vez esse mesmo direito para satisfazer as tuas necessidades, ou simplesmente os teus gostos. (C) Além disso, o teu intenso sentido de justiça não vai permitir que esqueças que a todo o direito corresponde um dever. (D) É normal que a tua energia juvenil te leve a pensar que necessitas de, e mereces, uma maior independência; mas ao mesmo tempo – a sinceridade acima de tudo – dás-te conta de que te faz falta o apoio dos teus pais e professores. (E) Os jovens têm dificuldade em compreender algumas das atitudes dos adultos. E é lógico que assim seja, porque às diferenças de idade juntam-se as provocadas pelas profundas modificações culturais e sociais com que temos de conviver. 3.1. Ordene-os de modo a obter uma sequência coesa e coerente.
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4. Leia com atenção o excerto textual apresentado e selecione, seguidamente, a opção que completa corretamente cada um dos itens, procurando identificar o mecanismo de coesão presente em cada enunciado. [...] Frei Luís de Sousa é uma peça fantomática em volta de dois fantasmas, um sendo a alegoria do outro, D. João a de Portugal que ele leva no nome. Um só personagem tem os pés no presente por tê-los no futuro, mas os restantes fantasmas acabam por convertê-lo em Frei Luís de Sousa, em cronista encerrado entre os quatro muros, entregue à evocação desse mesmo passado que o devorou vivo. É o duplo de Garrett que por sua vez escreverá o Frei Luís de Sousa para mostrar como também ele não tem presente ou só o tem sob a forma dessa escrita através da qual o presente – todos os presentes – manifesta a sua intrínseca e irremível irrealidade. Eduardo Lourenço, in www.tnsj.pt/2001/minisite20/autor_cntframe.htm (consultado em junho de 2017)
4.1. Em “[...] em volta de dois fantasmas, [...] mas os restantes fantasmas [...]” (ll. 1-3) está presente, através dos elementos sublinhados, a coesão (A) lexical por reiteração. (B) lexical por substituição (sinonímia). (C) gramatical frásica. (D) gramatical interfrásica. 4.2. As palavras sublinhadas na passagem “Um só personagem tem os pés no presente [...] à evocação desse mesmo passado [...]” (ll. 2-4) ilustram a coesão (A) lexical por reiteração. (B) lexical por substituição (antonímia). (C) gramatical temporal. (D) gramatical referencial (por anáfora). 4.3. O elemento sublinhado em “[...] por tê-los no futuro, [...]” (l. 3) assegura a coesão (A) lexical por reiteração. (B) lexical por substituição (hiperonímia/hiponímia). (C) gramatical frásica. (D) gramatical referencial (por anáfora). 4.4. A palavra sublinhada na passagem “[...] mas os restantes fantasmas acabam por convertê-lo [...]” (l. 3) ilustra a coesão (A) lexical por reiteração. (B) lexical por substituição (antonímia). (C) gramatical interfrásica. (D) gramatical referencial (por anáfora). 4.5. Na passagem “[...] acabam por convertê-lo em Frei Luís de Sousa, [...] É o duplo de Garrett [...]” (ll. 3-5) os elementos sublinhados evidenciam a coesão (A) lexical por substituição (sinonímia). (C) gramatical frásica. (B) lexical por substituição (antonímia). (D) gramatical temporal.
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Leia o seguinte texto.
Uma mulher fantástica
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Ela perguntou como ele reagiria se um dia uma tia hipotética dela viesse hospedar-se com eles. Ele respondeu: – E desde quando a sua tia solteira de Surupinga se chama Hipotética? Eu sei que ela se chama Amanda. Você vive falando nela. – Está bem. A tia não é hipotética. É a tia Amanda. – A visita dela é hipotética. – Também não. – Eu sou hipotético. – Não. Você é um homem compreensivo, que receberá a tia Amanda como se ela fosse a sua tia também. Porque você sabe como eu gosto dela. – Você não gosta da sua tia Amanda. Você adora a sua tia Amanda. A tia Amanda é seu ídolo. – Eu sempre a achei um exemplo de mulher moderna, ativa, independente... – Que nunca saiu de Surupinga. – Como não? A tia Amanda mora em Surupinga mas conhece o mundo todo! Já fez até curso de respiração cósmica na Índia. – Respiração cósmica? – Você aprende a respirar no ritmo do Universo, muito mais lento e profundo do que o ritmo da Terra. […] Ela volta sempre para Surupinga porque cuida dos negócios da família. A tia Amanda também é uma executiva de sucesso. É uma mulher fantástica. – E quando seria essa visita hipotética da tia Amanda? Ouvem a campainha da porta. – Deve ser ela agora! – Espera. E onde a tia Amanda vai dormir? – Aqui, no sofá. – No sofá? Não vai ser desconfortável, para uma senhora? – E quem disse que ela é uma senhora? Tia Amanda não é uma senhora. É uma moça. Linda. Elegante. Fantástica. – Titia! – Celinha! Querida! – Entre! – Preciso de um homem para carregar esta mala. – Por sorte, eu tenho um em casa. Tia Amanda examina-o dos pés à cabeça. – Mmm. Então esse é o famoso... como é mesmo o nome? – Reinaldo. Quem diz o nome é a Celinha, porque Reinaldo está paralisado. Fascinado. Embasbacado. Finalmente, consegue falar. – E essa é a famanda tia Amosa. Ahn, a famosa tia Amanda. – E você, titia? Arrasando corações, como sempre?
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– Você sabe o que eu penso dos homens, Celinha. Homem só serve para abrir pote e segurar porta. Ela dá conta da presença de Reinaldo e acrescenta: – Desculpe, Roberto. E para carregar mala. […] Mais tarde, Reinaldo e Celinha no quarto: […] – Você disse que ela era fantástica mas esqueceu um detalhe. – Qual? – Ela, além de fantástica, é... fantástica! – Vocês conversaram bastante enquanto eu fazia o jantar... – Conversamos. Combinamos que ela vai dar-me aulas de respiração cósmica. Celinha ficou pensativa, antes de dizer: – Não sei se vai ter tempo... – Por quê? – Ela vai embora amanhã de manhã. – Já? Por quê? – Os negócios em Surupinga. Estão exigindo a presença dela. – Ela disse-lhe? – Não. Ela ainda não sabe. Celinha chegara à conclusão de que as pessoas às vezes podem ser fantásticas demais. Luís Fernando Veríssimo, Mais comédias para ler na escola, in www.portaldocriador.org (consultado em novembro de 20 15).
1. Transcreva do texto dois exemplos para cada um dos deíticos abaixo indicados. a. Tempo. _____________________________________________________________________________________________________ b. Pessoa. _____________________________________________________________________________________________________ c. Espaço. _____________________________________________________________________________________________________
2. Identifique os referentes dos deíticos: a. “agora” (l. 23). _______________________________________________________________________________________________ b. “Aqui” (l. 25). ________________________________________________________________________________________________
3. Indique o valor espacial do determinante demonstrativo “esta” (l. 32). _________________________________________________________________________________________________________________
4. Selecione o valor temporal do advérbio “amanhã” (l. 54). (A) Anterioridade. (B) Simultaneidade. (C) Posterioridade.
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1. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequadamente o seu sentido, convocando conhecimentos sobre o “Sermão de Santo António”. [5 itens x 16 pontos = 80 pontos]
Coluna A
Coluna B
[1] pretendeu louvar e repreender.
[A] As repreensões
[2] tem uma dimensão alegórica.
[B] A ação do orador português [C] Com o “Serm~o de Santo António”, o padre António Vieira
[3] ganham um relevo maior do que os louvores. [4] equivalem à Introdução e à Peroração. [5] apresentou o seu único texto argumentativo. [6] foi determinante na defesa da liberdade dos índios. [7] integram a Peroração.
[D] O “Serm~o de Santo António”
[8] privilegia o ornato estilístico, servindo-se em particular da metáfora como processo retórico.
[9] correspondem ao desenvolvimento do texto [E] A Exposição e a Confirmação
argumentativo.
[10] limitou-se à crítica dos jesuítas maus pregadores.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___. ___. B
2. Classifique cada uma das afirmações acerca do “Sermão de Santo António” como verdadeira (V) ou falsa (F). [12 itens x 10 pontos = 120 pontos]
a. O “Serm~o de Santo António” foi proferido em S~o Luís do Maranh~o. b. Este sermão está dividido em cinco capítulos. b. Este inteli c. O “Serm~o de Santo António” enaltece os peixes por serem superiores aos homens na inteligência e na compreensão das suas palavras. d. O orador serve-se de um conceito predicável para construir o seu sermão. d. O e. O Exórdio termina com a invocação a Santo António. e. O f. Na Exposição e na Confirmação surgem os louvores louvores e as repreensões aos índios brasileiros. f. Na g. Os louvores são endereçados ao peixe de Tobias, à Rémora, ao Torpedo e ao Quatro-olhos. g. Os h. As repreensões salientam vícios ou defeitos como a ignorância, a cegueira, a vaidade e a h. As hipocrisia. i. Os peixes repreendidos são o Tubarão, a Baleia, o Espadarte e o Polvo. i. Os j. Na Peroração, a comparação deixa de ser feita com os homens e passa a ser feita com j. o próprio orador. k. O orador português é considerado o primeiro defensor dos direitos humanos. k. O l. Vieira foi um orador que marcou uma época no âmbito da eloquência sagrada. l. Vieira
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1. Associe cada um dos tópicos de conteúdo relativos a Frei Luís de Sousa, listados na coluna A, às situações que o exemplificam, na coluna B. [6 itens x 10 pontos = 60 pontos]
Coluna A
Coluna B
[A] Dimensão patriótica e sua expressão simbólica.
[1] O velho aio hesita entre a fidelidade ao passado e o apego ao presente.
[2] O texto apresenta divisão em atos e cenas. [3] O gesto corajoso do marido de D. Madalena de Vilhena ao incendiar a sua casa.
[B] Dimensão trágica.
[4] D. Sebastião é o rei admirado por Maria. [C] Sebastianismo: história e ficção.
[5] Celebração da força e da resistência dos portugueses. [6] O assunto é nacional e está impregnado de messianismo. [7] O afunilamento do espaço e a concentração temporal
[D] Recorte das personagens principais.
indiciam a tragicidade da ação.
[8] A crença no regresso de D. Sebastião é alimentada por Maria e Telmo Pais.
[E] Estrutura do texto dramático. [F] Características do drama romântico.
[9] A perda do retrato anuncia a destruição familiar. [10] Figura fantasmática e trágica que precipita a catástrofe familiar.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___. B
2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos a Frei Luís de Sousa. [7 itens x 20 pontos = 140 pontos]
2.1. As duas primeiras cenas do ato I (A) constituem o momento de apresentação dos protagonistas. (B) dão conta das circunstâncias do desaparecimento de D. Sebastião. (C) mostram a evolução do conflito vivido no seio da família. (D) fazem a apresentação do conflito e dos seus antecedentes. 2.2. As personagens principais são as que (A) vivem diretamente o conflito e sofrem com ele. (B) constituem o núcleo que afronta a família. (C) causam os desacatos que levam à tragédia familiar. (D) têm o mesmo tipo de comportamento ao longo da ação.
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2.3. As figuras femininas em Frei Luís de Sousa (A) estão reduzidas a uma geração. (B) são irrelevantes neste drama. (C) ganham especial relevo nesta obra. (D) pertencem a dois estratos sociais. 2.4. D. Madalena e Maria de Noronha têm a uni-las (A) os laços de sangue e o instinto fatal. (B) a crença sebastianista na vinda de D. João de Portugal. (C) o mesmo conflito: nenhuma delas acredita na sua felicidade. (D) a doença que as impede de viver a felicidade do presente. 2.5. Pode considerar-se que Frei Jorge (A) cumpre a função do coro da tragédia clássica. (B) vai acompanhando o evoluir da crise familiar. (C) agudiza a situação da família, lembrando o pecado em que vive. (D) assume exclusivamente o papel de confessor da família. 2.6. Telmo Pais é o fiel servidor que (A) condena Manuel de Sousa por este ter casado com D. Madalena. (B) acredita que o seu primeiro amo teria morrido na batalha de Alcácer Quibir. (C) vive um enorme conflito interior ao sentir-se dividido entre dois amos. (D) cumpre todas as ordens que D. Madalena lhe dá relativamente a Maria. 2.7. A catástrofe ocorre (A) aquando da decisão dos pais de Maria ingressarem na vida conventual. (B) com a morte física de Maria e a tomada de hábito dos seus progenitores. (C) quando Frei Jorge propõe aos pais de Maria o ingresso num convento. (D) com a chegada do Romeiro trazendo notícias de D. João de Portugal.
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1. Classifique cada uma das afirmações acerca da obra e do autor como verdadeira (V) ou falsa (F). [15 itens x 4 pontos = 60 pontos]
a. O autor de Amor de perdição, à semelhança do protagonista da sua obra-prima, teve uma vida conturbada. b. Na base da prisão de Camilo Castelo Branco está a apropriação indevida de um romance de Ana Plácido. c. O êxito de Amor de perdição deveu-se à grandeza trágica da história e ao sentimentalismo exacerbado. d. A sugestão biográfica prende-se com o facto de o romance camiliano se ter baseado na história de amor de um tio do autor. e. As razões que levaram à prisão de Camilo são muito diferentes das que conduziram o seu tio Simão Botelho ao cárcere. f. A ação do romance camiliano é reveladora da tolerância da sociedade da época face ao poder do amor. g. Ao escrever o seu romance, Camilo tinha a intenção de suscitar a compaixão para a sua situação amorosa. h. A transformação que se verificou no protagonista do romance deveu-se à sua maturidade. i. O amor de Simão e Teresa vai agravar a oposição dos progenitores de ambos. j. A submissão dos protagonistas de Amor de perdição está na base do enredo deste romance camiliano. k. Amor de perdição representa a denúncia de uma sociedade repressiva. l. As denúncias sociais veiculadas no romance são os casamentos por conveniência e o autoritarismo paterno. m. O convento representa, no romance, a forma de apaziguar a paixão. n. A classe social de Mariana não a impede de exprimir o seu amor por Simão. o. A filha do ferrador autorreprime-se e isso leva-a ao suicídio. 1.1. Corrija as afirmações que classificou como falsas.
[35 pontos]
___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________________________
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2. Associe cada um dos tópicos de conteúdo relativos a Amor de perdição, listados na coluna A, aos segmentos textuais da obra que o exemplificam, na coluna B. [5 itens x 11 pontos = 55 pontos]
Coluna A
Coluna B
[1] “Folheando os livros de antigos assentamentos, no cartório das [A] O amor-paixão.
cadeias da Relação do Porto, li, no das entradas dos presos desde 1803 a 1805, a folha 232 […]”
[2] “[…] filho de Domingos José Correia Botelho e de D. Rita Preciosa Caldeir~o Castelo Branco […]”
[B] A obra como crónica da mudança social.
[3] “O leitor decerto se compungia; e a leitora, se lhe dissessem em menos de uma linha a história daqueles dezoito anos, choraria!”
[4] “Amou, perdeu-se, e morreu amando.” [5] “Assim eu lhe soubesse dizer o doloroso sobressalto que me
[C] Relação entre personagens.
causaram aquelas linhas, de propósito procuradas, e lidas com amargura e respeito e, ao mesmo tempo, ódio.”
[6] “Parecia bonançoso o céu de Teresa. Seu pai n~o falava em claustro nem em casamento. Baltasar Coutinho voltara ao seu solar de Castro Daire.”
[7] “– H|s de casar! Quero que cases! Quero!… Quando n~o, amaldiçoada [D] Sugestão biográfica.
ser|s para sempre, Teresa! Morrer|s num convento!”
[8] “Considero-te perdida, Teresa. O sol de amanhã pode ser que eu o n~o veja. Tudo, em volta de mim, tem uma cor de morte.”
[9] “– Vossa senhoria! – disse o meirinho, espantado; e, aproximando-se, acrescentou a meia voz: – Venha, que eu deixo-o fugir.”
[E] Linguagem e estilo.
[10] “É j| o meu espírito que te fala, Sim~o. A tua amiga morreu. A tua pobre Teresa, à hora em que leres esta carta, se me Deus não engana, est| em descanso.”
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___.
3. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos a Amor de perdição. [10 itens x 5 pontos = 50 pontos]
3.1. Pode encontrar-se em Amor de perdição uma sugestão biográfica, dado que Camilo (A) viveu situações semelhantes às do protagonista. (B) se serviu da biografia do irmão, Simão Botelho. (C) relata a biografia do protagonista do romance. (D) tem um percurso de vida idêntico ao do seu primo. 3.2. Entre Simão e Teresa existe (A) uma relação fria e interesseira. (B) um amor incondicional, sem limites. (C) um amor marcado por desavenças. (D) um relacionamento calculista.
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3.3. Tadeu de Albuquerque e Baltasar Coutinho representam (A) as personagens adjuvantes ao relacionamento de Simão e Teresa. (B) indivíduos cujo estatuto social lhes permite certas liberdades. (C) a igualdade social, a razão e a justiça reinantes na época. (D) as personagens oponentes à relação entre Simão e Teresa. 3.4. As decisões de Simão eram (A) refutadas pela sua família. (B) semelhantes às de João da Cruz. (C) incentivadas por Mariana. (D) criticadas por Teresa. 3.5. O protagonista do romance pode considerar-se uma personagem (A) linear, mantendo a mesma conduta do princípio ao fim da ação. (B) digna do respeito de toda a família, exemplificativa dos seus valores. (C) modelada, dado passar por diferentes fases ao longo da ação. (D) controversa e contrária aos ideais defendidos pelo autor. 3.6. O narrador de Amor de perdição (A) adota sempre a focalização omnisciente. (B) assume uma visão interna dos acontecimentos. (C) não tece qualquer tipo de comentários. (D) flutua entre diferentes tipos de focalização. 3.7. O amor-paixão é o sentimento (A) que une Simão a Mariana. (B) que Tadeu de Albuquerque nutre pela filha. (C) espelhado na relação de Simão e Teresa. (D) visível na atitude de Baltasar Coutinho. 3.8. Um dos aspetos característicos do herói romântico presencia-se (A) no recurso ao suicídio. (B) na defesa da honra. (C) na adoção do absolutismo. (D) na obediência às regras sociais. 3.9. A obra de Camilo (A) veicula um elogio aos valores da época retratada. (B) critica qualquer tipo de imposição. (C) funciona como crónica social. (D) constitui uma autobiografia do autor. 3.10. A linguagem utilizada na obra (A) é uniforme e reveladora da erudição do autor. (B) é reveladora do estatuto social das personagens. (C) está em consonância com o estatuto social do autor. (D) revela unicamente a preocupação com a literariedade.
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1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos a Os Maias. [10 itens x 10 pontos = 100 pontos]
1.1. Santa Olávia é o espaço físico onde (A) vive a família de Ega. (B) mora a família Silveira.
(C) Pedro se refugia após a fuga de Maria. (D) Carlos passa a sua infância e juventude.
1.2. A casa de Benfica, que pertencera à família Maia, corresponde (A) a um espaço trágico, onde ocorreu o suicídio de Pedro. (B) ao lugar que Pedro da Maia habitou com Maria Monforte. (C) ao local onde Afonso morou na infância e na juventude. (D) ao espaço que vai ser reabilitado por Carlos da Maia. 1.3. O Ramalhete era um palacete da família Maia que (A) foi vendido quando Afonso da Maia morreu no seu jardim. (B) esteve longo tempo desabitado mas foi, depois, reconstruído. (C) surge apenas referido no início da obra por estar desabitado. (D) foi abandonado por Afonso porque Pedro aí se suicidara. 1.4. Afonso da Maia teve uma juventude conturbada em virtude (A) dos conflitos com a mãe e com o pai. (B) de ter ideais monárquicos, opostos aos do pai. (C) dos ideais liberais e revolucionários que defendia. (D) do seu diletantismo e da sua desobediência para com o pai. 1.5. Os diferentes episódios relatados em Os Maias cumprem o objetivo de (A) salientar a importância de Carlos na sociedade lisboeta. (B) divulgar as atividades culturais típicas do século XIX. (C) proporcionar ao leitor momentos cheios de humor. (D) denunciar mentalidades, costumes e ideais tacanhos. 1.6. Carlos da Maia e Ega envolveram-se ambos em (A) relações adúlteras. (B) conflitos com os Cohen.
(C) disputas literárias. (D) cenas de pancadaria.
1.7. A casa que Carlos comprou ao Craft para viver com Maria Eduarda, a Toca, tinha (A) um jardim com uma estátua de S. João Batista. (B) um quarto com uma decoração estridente e sensual. (C) quadros soturnos e horripilantes espalhados por todo o lado. (D) uma decoração que agradara imenso a Maria Eduarda.
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1.8. A crítica à imprensa é exemplificada (A) nos jornais Corneta do diabo e A tarde. (B) na carta que Dâmaso escrevera e publicara. (C) no bilhete que Maria Monforte deixara a Pedro. (D) no artigo que Ega redige para o jornal O século. 1.9. A verdadeira identidade de Maria Eduarda é desvendada quando (A) Castro Gomes procura Carlos e relata o seu passado com Maria Eduarda. (B) Vilaça, depois das diligências em Paris, a revela a Afonso. (C) o senhor Guimarães procura Ega com um cofrezinho. (D) Carlos conversa com Alencar, que fora amigo da sua mãe. 1.10. Dez anos após o desenlace trágico, Carlos (A) casa em Paris e regressa a Lisboa para se encontrar com Ega. (B) regressa a Portugal e encontra-se com o Eusebiozinho. (C) reencontra Maria Eduarda e esta diz-lhe que casara. (D) passeia com Ega por Lisboa e constatam que nada mudara.
2. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequadamente o seu sentido, convocando conhecimentos sobre Os Maias. [10 itens x 10 pontos = 100 pontos] Coluna A
Coluna B
[A] A geração de 70
[1] impera uma crítica de costumes mordaz. [2] associa-se ao período de acalmia e de amor à vida que Afonso
[B] As Conferências do Casino
e Carlos viveram.
[C] O título Os Maias
[3] visava a alteração da mentalidade e da cultura nacional.
[D] O subtítulo do romance
[4] adquirem um forte valor simbólico.
queirosiano
[5] levaram sempre uma vida recatada.
[E] Nos episódios da vida
[6] correspondem a um projeto levado a cabo pelos jovens
romântica relatados
da geração de 70.
[7] envolveram-se em relações adúlteras.
[F] A representação do sentimento amoroso
[8] sugere a existência de várias gerações de uma família. [9] é palco da ação central e local onde ocorre o convívio social.
[G] Os espaços em Os Maias [H] A quinta de Santa Olávia
[10] assistiu ao desmoronar da família Maia. [11] remete para a representação de espaços sociais.
[I] Lisboa, a capital cosmopolita,
[12] decorreram na cidade de Coimbra.
[J] Maria Monforte, Ega, Carlos, entre outros,
[13] é visível nas relações amorosas de Pedro, Carlos da Maia e Ega.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
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1. Classifique cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F), considerando a produção poética de Antero de Quental. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos] a. Antero de Quental foi um grande defensor dos hábitos mentais do povo português, preconizando uma viragem na lírica portuguesa. b. Na obra Sonetos, constata-se que Antero de Quental procura um sentido para a vida. c. O pessimismo, a angústia existencial e a desilusão são temáticas ausentes da poesia anteriana. d. A morte é encarada por Antero como o único caminho para a libertação do sofrimento. e. Na poesia de Antero, as ideias surgem sob a forma de interrogação angustiada e não respondida. f. O poema “O pal|cio da ventura” assenta a sua construç~o em duas comparações similares. g. Em Antero surge a dimensão religiosa e metafísica, formulada num plano de profunda inquietação. h. A poesia de Antero apresenta duas faces: uma sombria e desesperada e outra mais aberta à esperança. i. Antero acaba por concluir que a luta pelos ideais valera a sua entrega e dedicação. j. O suicídio de Antero pode ser interpretado como desistência da busca da Luz que procurou sem nunca alcançar. 1.1. Corrija as afirmações que classificou como falsas.
[40 pontos]
_________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________
2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relativos à poética de Cesário Verde. [5 itens x 10 pontos = 50 pontos] 2.1. Um dos traços da poesia de Cesário Verde é (A) a subjetividade devido ao caráter biográfico. (B) a rutura com a lírica tradicional. (C) o privilégio dado ao mundo rural. (D) a expressão de sentimentos e emoções. 2.2. A poesia de Cesário Verde assume (A) uma dimensão descritiva. (B) um cariz simbólico-épico. (C) uma vertente visualizante. (D) uma dimensão cronológica.
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2.3. Na poesia cesárica, o leitor (A) é convidado a refletir sobre a realidade retratada. (B) é chamado a ver e a recriar os espaços visualizados. (C) é interpelado pelo sujeito poético para agir. (D) limita-se a usar a visão para ler o que lhe é dado. 2.4. O poeta toma o real como base (A) e retrata-o fiel e objetivamente. (B) e evoca situações da sua infância. (C) e faz a descrição de figuras humanas. (D) mas interpreta-o e transforma-o. 2.5. O imaginário épico resulta (A) das evocações/situações descritas em “O sentimento dum ocidental”. (B) da viagem que o poeta faz pelas cidades que visita. (C) da evocação das viagens marítimas da época quinhentista. (D) da fuga ou evasão do cenário mórbido que presencia em Lisboa.
3. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequadamente o seu sentido, convocando conhecimentos sobre a produção poética de Cesário Verde. [5 itens x 10 pontos = 50 pontos]
Coluna A
Coluna B
[A] Geograficamente, os poemas de “O sentimento dum ocidental” destacam
no mundo urbano.
[2] um gesto transformador e o reconhecimento, no mundo,
[B] O sujeito lírico de
de uma multiplicidade de coisas.
“O sentimento dum ocidental” assume
[C] À poesia cesárica preside [D] A transformação do real ocorre
[E] Cesário Verde revela, na sua poesia,
[1] uma atração pelo quotidiano e o gosto pela deambulação
[3] o gosto pelo lirismo puro e o recurso às emoções. [4] um tom lírico e subjetivo, resultante da comoção sentida. [5] o espaço citadino como palco da deambulação do sujeito poético. [6] a continuidade poética e estilística de tradição nacional. [7] graças à imaginação transfiguradora e criativa. [8] sentimentos de raiva e de nostalgia por não ter vivido uma infância feliz.
[9] a atitude de um observador que se deixa impressionar pelo observado.
[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___.
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MATRIZES DOS TESTES DE AVALIAÇÃO TESTES DE AVALIAÇÃO N.OS 1, 2, 4, 5, 7, 8 — Testes de Unidade Domínios e Conteúdos
GRUPOS
Tipologia de itens
I
II
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
LEITURA E GRAMÁTICA
Excerto da obra lecionada
Conteúdos gramaticais lecionados
Cotação / Pontos
1. a 5. (5 itens x 20 pontos)
Resposta restrita
100
Resposta curta e/ou Escolha múltipla e/ou Verdadeiro/Falso COTAÇÃO
10 itens x 10 pontos ou 20 itens x 5 pontos
100
100
200
100
TESTES DE AVALIAÇÃO N.OS 3, 6, 9 — Testes Finais de Módulo Domínios e Conteúdos
Tipologia de itens
GRUPOS I
II
III
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
LEITURA E GRAMÁTICA
EXPRESSÃO ESCRITA
Conteúdos gramaticais lecionados
Géneros textuais do Programa
Itens A e B Excertos das obras de cada uma das unidades do módulo
Cotação / Pontos
Escolha múltipla
1. a 7. (7 itens x 5 pontos)
35
Resposta curta
8., 9. e 10. (3 itens x 5 pontos)
15
Resposta restrita
Itens A e B (5 itens x 20 pontos)
100
Resposta extensa
COTAÇÃO
56
100
Tema e tipologia – 15 Estrutura e coesão – 10 Léxico e adequação do discurso – 5 Correção linguística – 20 (30 + 20 pontos)
50
100
200
50
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. Leia com atenção o excerto do “Sermão de Santo António”.
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Nesta viagem, de que fiz menção, e em todas as que passei a Linha Equinocial, vi debaixo dela o que muitas vezes tinha visto, e notado nos homens, e me admirou que se houvesse estendido esta ronha, e pegado também aos peixes. Pegadores se chamam estes, de que agora falo, e com grande propriedade, porque sendo pequenos, não só se chegam a outros maiores, mas de tal sorte se lhes pegam aos costados, que jamais os desferram. De alguns animais de menos força, e indústria se conta que vão seguindo de longe aos Leões na caça, para se sustentarem do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes Pegadores, tão seguros ao perto, como aqueles ao longe; porque o peixe grande não pode dobrar a cabeça, nem voltar a boca sobre os que traz às costas, e assim lhes sustenta o peso, e mais a fome. Este modo de vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou, e pegou de um elemento a outro, sem dúvida que o aprenderam os peixes do alto depois que os nossos Portugueses o navegaram; porque não parte Vizo-Rei ou Governador para as Conquistas, que não vá rodeado de Pegadores, os quais se arrimam a ele, para que cá lhes matem a fome, de que lá não tinham remédio. Os menos ignorantes, desenganados da experiência, despegam-se, e buscam a vida por outra via; mas os que se deixam estar pegados à mercê, e fortuna dos maiores, vem-lhes a suceder no fim o que aos Pegadores do mar. [...] Eis aqui, peixezinhos ignorantes, e miseráveis, quão errado, e enganoso é este modo de vida, que escolhestes. Tomai exemplo nos homens, pois eles o não tomam em vós, nem seguem, como deveram, o de Santo António. [...] Lá diz a Escritura daquela famosa árvore, em que era significado o grande Nabucodonosor, que todas as aves do Céu descansavam sob os seus ramos, e todos os animais da terra se recolhiam à sua sombra, e uns e outros se sustentavam de seus frutos: mas também diz que tanto que foi cortada esta árvore as aves voaram, e os outros animais fugiram. Chegai-vos embora aos grandes; mas não de tal maneira pegados, que vos mateis por eles, nem morrais com eles. Padre António Vieira, “Serm~o de Santo António”, in Obra completa (dir. José Eduardo Franco e Pedro Calafate), tomo II, vol. X, Lisboa, Círculo de Leitores, 2014, pp. 157-159.
1. Explique o sentido alegórico da referência aos Pegadores. 2. Indique um argumento e um exemplo de que o orador se socorre para ilustrar o seu raciocínio. 3. Esclareça a importância da referência a Santo António, no final do segundo parágrafo. 4. Retire do texto um exemplo de adjetivação, explicitando a sua expressividade. 5. Explicite a dimensão crítica do excerto.
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GRUPO II Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Leia atentamente o texto.
“A cultura é o capital europeu mais importante”
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O músico catalão Jordi Savall, reconhecido globalmente como voz maior na divulgação da música antiga, é a terceira figura distinguida pelo Prémio Europeu Helena Vaz da Silva. “É um prémio com um grande valor porque vem de instituições europeias com uma grande sensibilidade para a cultura”, comentou ao Expresso, referindo crer que “neste momento, a Europa tem de tomar a consciência de que a sua cultura é talvez o nosso capital mais importante e o que está menos valorizado ao nível das instituições europeias”. A cultura, continuou, “est| fragmentada em cada um dos estados, e n~o h| uma política que a possa coordenar, por isso um prémio como este é importante porque nos ajuda a tomar consciência do valor da cultura europeia”. Esta visão de uma identidade cultural estabelecida através da música passa, de resto, pelas composições que tem chamado aos mais de 200 discos que já lançou. [...] Esta mesma ideia passará pelo programa que apresentará a 10 de outubro na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, dois dias depois da cerimónia em que receberá o prémio que agora o distingue. Acompanhado pelo Hespèrion XXI (um dos vários grupos que fundou), apresentará um programa que percorre obras e compositores europeus de 1500 a 1700. É um programa que apresenta a Europa musical desde o Renascimento até ao primeiro Barroco, com músicas italianas, hispânicas, francesas, alem~s, inglesas… [...] A diversidade deste programa, que assinalará um novo encontro com uma plateia portuguesa, caracteriza a essência de uma obra que não só cruza épocas como geografias. [...] Este ano, depois de nos ter dado já a conhecer dois novos discos [...], prepara- se para lançar “Barroque splendor”, no qual juntou uma multidão de cantores e instrumentistas para a gravaç~o da “Missa Salisburgensis” de Heinrich Ignaz Franz von Biber (1644-1704). [...] O disco, como os demais lançados por ele nos últimos anos, é mais uma edição da Alia Vox. E depois? Com uma agenda de trabalho intensa nos palcos e um ritmo firme no trabalho de preparação de novos programas, Jordi Savall revela ao Expresso que, para a quadra do Natal, haverá um outro disco, com obras do tempo de El Greco. Nuno Galopim, E , A Revista do Expresso, edição 2231, 1 de agosto de 2015.
1. Com a afirmação “reconhecido globalmente como voz maior na divulgação da música antiga” (ll. 1-2), o autor do texto defende que Jordi Savall (A) é o maior músico que se dedica à música antiga. (B) é reconhecido como o mais importante músico na divulgação da música antiga. (C) é reconhecido em todo o mundo como a voz da música antiga. (D) tem um papel irrelevante na divulgação da música antiga. 2. A cultura “está fragmentada em cada um dos estados” (l. 6) significa que (A) cada estado europeu se preocupa apenas com a cultura do seu próprio país. (B) os europeus não dão o devido valor à cultura. (C) não existe propriamente uma cultura europeia. (D) existem alguns mecanismos de coordenação de uma cultura europeia.
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3. Da leitura do texto infere-se que Jordi Savall defende (A) a existência de uma identidade cultural europeia concretizada através da música. (B) a valorização crescente da cultura por parte dos governantes. (C) que só a música poderá conferir uma identidade cultural à Europa. (D) a inexistência de uma identidade cultural europeia. 4. O prémio europeu Helena Vaz da Silva tem um enorme valor porque (A) permite a divulgação da música antiga. (B) reconhece o valor dos músicos laureados. (C) ajuda ao reconhecimento da cultura musical antiga. (D) contribui para a consciencialização da importância da cultura europeia. 5. O constituinte sublinhado em “dois dias depois da cerimónia em que receberá o prémio que agora o distingue” (l. 12) desempenha a função sintática de (A) sujeito simples. (B) complemento indireto. (C) complemento direto. (D) complemento oblíquo. 6. O segmento textual sublinhado na frase “A diversidade deste programa, que assinalará um novo encontro com uma plateia portuguesa, caracteriza a essência de uma obra que não só cruza épocas como geografias.” (ll. 17-18) é uma oração (A) subordinada substantiva completiva. (B) subordinada adjetiva relativa explicativa. (C) subordinada adverbial consecutiva. (D) subordinada adverbial causal. 7. Na oração “haverá um outro disco, com obras do tempo de El Greco.” (A) simples. (B) subentendido. (C) indeterminado. (D) composto.
(l. 24), o sujeito é
8. Indique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em “O músico catalão Jordi Savall […] é a terceira figura distinguida pelo Prémio Europeu Helena Vaz da Silva .” (ll. 1-2). 9. Identifique o referente do determinante possessivo sublinhado em “neste momento, a Europa tem de tomar a consciência de que a sua cultura é talvez o nosso capital mais importante” (ll. 4-5). 10. Classifique a oração subordinada presente no segmento “apresentará um programa que percorre obras e compositores europeus de 1500 a 1700.” (ll. 13-14).
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. Leia o excerto de Frei Luís de Sousa. Se necessário, consulte as notas.
CENA V JORGE , MADALENA , MARIA JORGE – Ora
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30
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seja Deus nesta casa! (Maria beija-lhe o escapulário1 e depois a mão; Madalena, somente o escapulário) MADALENA – Sejais bem-vindo, meu irmão! MARIA – Boas tardes, tio Jorge! JORGE – Minha senhora mana! – A bênção de Deus te cubra, filha! – Também estou desassossegado como vós, mana Madalena: mas não vos aflijais, espero que não há de ser nada. – É certo que tive umas notícias de Lisboa... MADALENA (assustada) – Pois que é, que foi? JORGE – Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade... é um capricho verdadeiro... Depois de aturarem metidos ali dentro toda a força da peste, agora que ela está, se pode dizer, acabada, que são raríssimos os casos, é que por força querem mudar de ares2. MADALENA – Pois coitados! MARIA – Coitado do povo! – Que mais valem as vidas deles? Em pestes e desgraças assim, eu entendia, se governasse, que o serviço de Deus e do rei me mandava ficar, até à última, onde a miséria fosse mais e o perigo maior, para atender com remédio e amparo aos necessitados. – Pois, rei não quer dizer pai comum de todos? JORGE – A minha donzela Teodora 3! – Assim é, filha; mas o mundo é doutro modo: que lhe faremos? MARIA – Emendá-lo. JORGE ( para Madalena, baixo) – Sabeis que mais? Tenho medo desta criança. MADALENA (do mesmo modo) – Também eu. JORGE (alto) – Mas, enfim, resolveram sair: e sabereis mais que, para corte e “buen-retiro”4 dos nossos cinco reis, os senhores governadores de Portugal por D. Filipe de Castela que Deus guarde, foi escolhida esta nossa boa vila de Almada, que o deveu à fama de suas águas sadias, ares lavados e graciosa vista. MADALENA – Deixá-los vir. JORGE – Assim é: que remédio! Mas ouvi o resto. O nosso pobre convento de S. Paulo tem de hospedar o senhor Arcebispo D. Miguel de Castro, presidente do governo. – Bom prelado é ele; e, se não fosse que nos tira do humilde sossego de nossa vida, por vir como senhor e príncipe secular... o mais, paciência. Pior é o vosso caso...
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MADALENA – O meu! JORGE – O vosso e de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores 35
– e aqui está o que me mandaram dizer em muito segredo de Lisboa – dizem que querem vir para esta casa, e pôr aqui aposentadoria5. MARIA (com vivacidade) – Fechamos-lhes as portas. Metemos a nossa gente dentro – o terço de meu pai tem mais de seiscentos homens – e defendemo-nos. Pois não é uma tirania?... – E há de ser bonito!... Tomara eu ver seja o que for que se pareça com uma batalha! Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (ato I, cena V), Porto, Edições Caixotim, 2004, pp. 78-80.
____________ 1 tira
de pano que os frades e freiras de certas ordens trazem pendente sobre o peito; 2 a peste, que começara no fim de outubro de 1598, estava quase extinta em agosto de 1599; contudo, em outubro desse ano, voltaram a ouvir-se os rebates, não tendo parado nunca até fevereiro de 1602; 3 segundo Rodrigues Lapa, a donzela Teodora representa um tipo de sabedoria feminina de elevada qualidade; 4 estância de recreio; 5 instalar-se, alojar-se.
1. Elabore o retrato de Frei Jorge. 2. Refira, por palavras suas, a notícia de que Frei Jorge é portador. 3. Descreva a reação das duas figuras femininas intervenientes. 4. Identifique os argumentos apresentados para a instalação dos governadores em Almada. 5. Indique dois elementos formais que tornam o discurso de Maria mais vivo, tendo em conta a sua última fala.
GRUPO II Responda às questões. 1. Tendo em conta a leitura global da obra Frei Luís de Sousa, classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. a. Frei Luís de Sousa retrata a situação política portuguesa após a batalha de Alcácer Quibir. b. D. Madalena é apresentada, ao longo da peça, como uma personagem com características românticas. c. No palácio de D. João, a sala está decorada com os retratos de D. Sebastião, D. João de Portugal e Camões. d. O Romeiro é uma personagem impiedosa que não se arrepende do sofrimento que provocou na família de D. Madalena de Vilhena. e. A morte de Maria em palco é uma das características da tragédia clássica. 2. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes sublinhados nas frases que se seguem. a. “– Sejais bem-vindo, meu irmão!” (l. 4) b. “– A bênção de Deus te cubra, filha!” (l. 6)
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3. Classifique a oração subordinada presente na frase “– É certo que tive umas notícias de Lisboa...” (ll. 7-8). 4. Indique o tempo e o modo em que se encontra a forma verbal “governasse”
(l. 16).
5. Refira o antecedente do pronome pessoal que integra o vocábulo “Emendá -lo” (l. 20).
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. A Leia com atenção o excerto do “Sermão de Santo António”.
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Começando pois pelos vossos louvores, irmãos peixes, bem vos pudera eu dizer que entre todas as criaturas viventes, e sensitivas, vós fostes as primeiras, que Deus criou. A vós criou primeiro que as aves do ar, a vós primeiro que aos animais da terra, e a vós primeiro que ao mesmo homem. [...] Vindo pois, irmãos, às vossas virtudes, que são as que só podem dar o verdadeiro louvor; a primeira, que se me oferece aos olhos hoje, é aquela obediência, com que chamados acudistes todos pela honra de vosso Criador, e Senhor, e aquela ordem, quietação, e atenção, com que ouvistes a palavra de Deus da boca de Seu servo António. Oh grande louvor verdadeiramente para os peixes, e grande afronta, e confusão para os homens! Os homens perseguindo a António, querendo-o lançar da terra, e ainda do mundo, se pudessem, porque lhes repreendia seus vícios, porque lhes não queria falar à vontade, e condescender com seus erros; e no mesmo tempo os peixes em inumerável concurso acudindo à sua voz, atentos, e suspensos às suas palavras, escutando com silêncio, e com sinais de admiração, e assenso (como se tiveram entendimento) o que não entendiam. Quem olhasse neste passo para o mar, e para a terra, e visse na terra os homens tão furiosos, e obstinados, e no mar os peixes tão quietos, e tão devotos, que havia de dizer? Poderia cuidar que os peixes irracionais se tinham convertido em homens, e os homens não em peixes, mas em feras. Aos homens deu Deus uso de razão, e não aos peixes: mas neste caso os homens tinham a razão sem o uso, e os peixes o uso sem a razão. Padre António Vieira, “Serm~o de Santo António”, in Obra completa (dir. José Eduardo Franco e Pedro Calafate), tomo II, vol. X, Lisboa, Círculo de Leitores, 2014, pp. 140-141.
1. Indique as virtudes dos peixes enumeradas por Padre António Vieira. 2. Explicite a oposição entre os homens e os peixes referida pelo orador.
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B Leia o excerto de Frei Luís de Sousa. Se necessário, consulte as notas.
CENA VIII MADALENA , MANUEL DE SOUSA , JORGE MADALENA – Jorge,
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meu irmão, meu bom Jorge, vós, que sois tão prudente e refletido, não dais nenhum peso às minhas dúvidas? JORGE – Tomara eu ser tão feliz que pudesse, querida irmã. MADALENA – Pois entendeis?... MANUEL – Madalena… senhora! Todas estas coisas s~o j| indignas de nós. Até ontem, a nossa desculpa, para com Deus e para com os homens, estava na boa fé e seguridade de nossas consciências. Essa acabou. Para nós já não há senão estas mortalhas (tomando os hábitos de cima da banca) e a sepultura de um claustro. A resolução que tomámos é a única possível; e já não h| que voltar atr|s… Ainda ontem fal|vamos dos condes de Vimioso... Quem nos diria... oh! incompreensíveis mistérios de Deus!... Ânimo, e ponhamos os olhos naquela cruz! – Pela última vez, Madalena... pela derradeira vez neste mundo, querida... ( Vai para a abraçar e recua). Adeus, adeus! (Foge precipitadamente pela porta da esquerda.)
CENA IX MADALENA , JORGE ; coro dos frades dentro 15
20
25
MADALENA – Ouve, espera; uma só, uma só palavra, Manuel de
Sousa!... (Toca o órgão dentro.) CORO (dentro) – De profundis clamavi ad te, Domine; Domine, exaudi vocem meam1. MADALENA (indo abraçar-se com a cruz) – Oh, Deus, Senhor meu! pois já, já? Nem mais um instante, meu Deus? – Cruz do meu Redentor, ó cruz preciosa, refúgio de infelizes, ampara-me tu, que me abandonaram todos neste mundo, e já não posso com as minhas desgraças... e estou feita um espetáculo de dor e de espanto para o céu e para a terra! – Tomai, Senhor, tomai tudo... A minha filha também?... Oh! a minha filha, a minha filha... também essa vos dou, meu Deus. E, agora, que mais quereis de mim, Senhor? (Toca o órgão outra vez .) CORO (dentro) – Fiant aures tuae intendentes; in vocem deprecationis meae 2. JORGE – Vinde, minha irmã, é a voz do Senhor que vos chama. Vai começar a santa cerimónia. MADALENA (enxugando as lágrimas e com resolução) – Ele foi? JORGE – Foi sim, minha irmã. MADALENA (levantando-se) – E eu vou. (Saem ambos pela porta do fundo). Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (ato III, cenas VIII e IX), Porto, Edições Caixotim, 2004, pp. 144-146.
____________ 1 do mais profundo do ser clamo a ti, Senhor; Senhor,
ouve a minha voz
2 estejam os teus ouvidos atentos à voz da minha súplica
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3. Localize no tempo e no espaço as cenas apresentadas. 4. Caracterize a evolução do estado de espírito de D. Madalena, considerando as suas intervenções. 5. Justifique a atitude de Manuel de Sousa Coutinho.
GRUPO II Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Leia o excerto que relata uma viagem.
Um português na Antiguidade
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Não me recordo como é que percebi que aquele senhor já de idade avançada e aspeto discreto na multidão era português. Talvez ele tenha respondido ao telemóvel, e eu estivesse a passar ao lado. Ou talvez a filha ainda estivesse com ele e a conversa entre ambos tenha sido o descodificador da sua origem. Esta segunda hipótese é menos provável, porque não recordo jamais ter visto a filha; apenas sei que ele a tinha acompanhado a Istambul para um congresso. Eram ambos médicos, isso recordo, mas ele já aposentado. A filha tinha vindo por motivos profissionais; ele por puro deleite pessoal. Há duas razões para que este episódio tenha ficado bem registado na minha memória. Uma é imediata: aquele senhor era o meu primeiro português depois do Equador, teriam passado uns dez meses, uns 17 fusos horários, desde que eu tinha encontrado esse capitão de traineira do Algarve em Guayaquil, vivia lá. Mas isso é outra história. A explicação da distância é que efetivamente entre o Equador e a Turquia, se formos em direção oeste, sucedem-se 17 fusos horários; e a explicação do tempo é que eu não estava a viajar de avião e, entre a travessia de dois oceanos, o Pacífico e o Índico, e dois continentes, a Oceânia e a Ásia, mais as cidades, os desvios e os encontros, realmente quando vamos a dar por ela demoramos num instante dez meses. Há outra razão mais subtil mas mais indelével que mantém o senhor português em Istambul na minha memória: ele representava uma forma que desaparece de viajar e ver o mundo. Com cerca de 80 anos na altura, imagino que teria efetuado as suas grandes viagens entre os vinte e tal e os 60 anos, portanto foi durante as décadas de 40 a 70 que ele esteve mais ativo a percorrer o mundo. Corrijo: ele não percorreu o mundo, isso não o interessava particularmente. Ele percorreu o mundo antigo, o berço da nossa civilização, a nossa origem comum. Visitou com carinho e cuidado tudo o que resta desses lugares definidores da História do Ocidente, quase sempre vendo coisas que não estão ao alcance da vista, mas da imaginação. Viu Persépolis vestida outra vez de gente, sorriu no entulho de Troia com a porta aberta na muralha impenetrável, navegou o Eufrates cintilante pintalgado de velas assírias, trocou sestércios nos mercados esplendorosos de Cartagena, acariciou as paredes ausentes nas basílicas de Éfeso e nos templos de Palmira, pasmou pelos deuses novamente vivos nos altares vazios de Agrigento. Que outra cidade mais adequada para o encontrar do que Istambul, a antiga Constantinopla, a ainda mais antiga Bizâncio? [...]
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Ficámos a conversar à sombra nos jardins que rodeiam a Mesquita Azul. Porquê tanta viagem, perguntei-lhe. Sempre tinha lido e amado os clássicos, estudara profundamente a Antiguidade, percecionava o mundo como um fluir contínuo de diferentes épocas históricas interligadas de tal maneira que não fazia sentido olhar para a nossa sem ter em conta as que lhe antecederam. O pai insistira para que fosse médico, uma tradição de família que a filha tinha mantido. Mas ele, se tivesse podido escolher, teria sido arqueólogo. Claro que nem sequer existia a profissão, em Portugal, na altura. Eis a razão de tanto viajar: reportar à luz o passado. Não como arqueólogo mas como reconstrutor. Colecionava a vida tal como ela acontecera há milénios. E eu fiquei a pensar como era diferente viajar na altura em que ele viajou, e da forma como viajou. Mas que difícil, mas que prazer. Difícil: os anos e anos de estudo e reflexão sobre os lugares e os povos que os ergueram; os meses e meses de preparação com os itinerários, os tempos de percurso, os intérpretes, as divisas, os vistos; uma incerteza sobre o destino e sobre cada dia que passava entre a partida e o regresso. Prazer: chegar a qualquer um desses lugares fundamentais da Humanidade e visitá-lo em silêncio e em paz, respirar tranquilamente a poeira dos séculos, recriar tanta História com a segurança e a precisão de um virtuoso da eternidade. O telemóvel tocou, a filha esperava-o no hotel. Despediu-se de mim com uma cumplicidade reservada, de um jeito antiquado, como se também eu tivesse 80 anos e percebesse por onde ele tinha andado e nada mais nos unisse senão a nostalgia de um mundo que desaparece. Fiquei a vê-lo afastar-se entre as tendas de souvenirs, as roullotes de hambúrgueres, a massa disforme de excursões sinuosas e coloridas que seguiam um altifalante. Gonçalo Cadilhe, in Visão, edição online de 28 de setembro de 2011 (consultado em junho de 2017).
1. A recordação do acontecimento, que é o objeto da reflexão do autor, baseia-se (A) no facto de ter retido dois aspetos: o encontro com um português após a viagem de longos meses e a forma peculiar como este concebia o ato de viajar. (B) no facto de o interlocutor português representar uma forma antiga de viajar. (C) principalmente na alegria sentida por ver portugueses ao fim de dez meses. (D) na surpresa suscitada ao ver dois portugueses médicos em Istambul. 2. Para se deslocar do Equador à Turquia, Gonçalo Cadilhe utilizou (A) os mesmos transportes que o viajante evocado. (B) todos os meios de transporte existentes por onde passou. (C) vários meios de transporte, à exceção do avião. (D) apenas os transportes que seriam utilizados há 40 anos. 3. O velho viajante convocado pelo autor viajou bastante, em tempos, para (A) conhecer os locais onde a nossa civilização teve origem. (B) compreender o efeito das civilizações antigas na atualidade. (C) concretizar em adulto o sonho que não realizou na juventude. (D) perceber em termos arquitetónicos as diferentes épocas históricas.
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4. Na frase “Eram ambos médicos” (l. 5) (A) existe um predicado que integra um complemento direto. (B) o sujeito é “ambos” e “médicos” é o predicativo do sujeito. (C) o sujeito é o constituinte “ambos médicos”. (D) “ambos” é o sujeito e “médicos” é o complemento direto. 5. A palavra “impenetrável” (l. 25) classifica-se, quanto ao processo de formação, como (A) derivada por prefixação e sufixação. (B) composta (radical + palavra). (C) derivada por prefixação. (D) derivada por sufixação. 6. Na frase “Ficámos a conversar à sombra nos jardins” (l. 30), o segmento sublinhado corresponde ao (A) predicativo do sujeito. (B) predicado, constituído pelo verbo e pelo complemento oblíquo. (C) modificador. (D) predicado, constituído pelo verbo e pelo complemento direto. 7. A oração “que a filha tinha mantido” (l. 34) é subordinada (A) adverbial final. (B) substantiva relativa. (C) adjetiva relativa restritiva. (D) substantiva completiva. 8. Transcreva, do primeiro período do texto, duas marcas exemplificativas de deíticos pessoais. 9. Indique o referente do elemento sublinhado em “ que mantém o senhor português em Istambul na minha memória” (ll. 16-17). 10. Identifique o mecanismo de coesão utilizado em “Mas que difícil, mas que prazer.” (l. 39), considerando os elementos sublinhados. GRUPO III As viagens podem proporcionar momentos inesquecíveis, prazeres inarráveis, memórias inolvidáveis. Num texto expositivo, de 140 a 170 palavras, apresente uma experiência relacionada com uma viagem que o(a) tenha marcado, referindo o local e a data, apresentando e descrevendo os acontecimentos vivenciados. Planifique previamente o seu texto e reveja-o no final.
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. Leia o seguinte excerto de Amor de perdição. Se necessário, consulte as notas.
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De manhã, veio a bordo um facultativo1, por convite do capitão. Examinando o condenado, disse que era febre maligna a doença, e bem podia ser que ele achasse a sepultura no caminho da Índia. Mariana ouviu o prognóstico, e não chorou. Às onze horas saiu barra fora a nau. Às ânsias da doença acresceram as do enjoo. [...] Ao segundo dia de viagem, Mariana disse a Simão: – Se o meu irmão morrer, que hei de eu fazer àquelas cartas que vão na caixa? Pasmosa serenidade a desta pergunta! – Se eu morrer no mar – disse ele –, Mariana, atire ao mar todos os meus papéis, todos; e estas cartas que estão debaixo do meu travesseiro também. Passada uma ânsia, que lhe embargava a voz, Simão continuou: – Se eu morrer, que tenciona fazer, Mariana? – Morrerei, senhor Simão. – Morrerá?!... Tanta gente desgraçada que eu fiz... A febre aumentava. [...] Era o dia 27 de março, o nono de enfermidade de Simão Botelho. [...] Ao romper da manhã apagara-se a lâmpada. Mariana saíra a pedir luz, e ouvira um gemido estertoroso2. Voltando às escuras, com os braços estendidos para tatear a face do agonizante, encontrou a mão convulsa3, que lhe apertou uma das suas, e relaxou de súbito a pressão dos dedos. Entrou o comandante com uma lâmpada, e aproximou-lha da respiração, que não embaciou levemente o vidro. – Está morto! – disse ele. Mariana curvou-se sobre o cadáver, e beijou-lhe a face. Era o primeiro beijo. Ajoelhou depois ao pé do beliche com as mãos erguidas, e não orava nem chorava. Algumas horas volvidas, o comandante disse a Mariana: – Agora é tempo de dar sepultura ao nosso venturoso amigo… [...] Do porão da nau foi trazida uma pedra, que um marujo lhe atou às pernas com um pedaço de cabo. [...] Mariana estava, no entanto, encostada ao flanco da nau, e parecia estupidamente encarar aqueles empuxões que o marujo dava ao cadáver, para segurar a pedra na cintura. Dois homens ergueram o morto ao alto sobre a amurada. Deram-lhe o balanço para o arremessarem longe. E, antes que o baque do cadáver se fizesse ouvir na água, todos viram, e ninguém já pôde segurar Mariana, que se atirara ao mar. Camilo Castelo Branco, Amor de perdição (conclusão), Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2006, pp. 220-223.
____________ 1 médico; 2 som
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da respiração que imita o ruído da água que ferve; 3 trémula, agitada.
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1. Faça o levantamento das expressões indicativas da passagem do tempo, explicando a sua funcionalidade. 2. Identifique no texto os comportamentos da personagem Mariana que indiciam o seu destino trágico. 3. Demonstre como o diálogo estabelecido entre Mariana e Simão reflete a relação existente entre os dois. 4. Explicite o sentido da frase “Tanta gente desgraçada que eu fiz...” texto.
(l. 13),
tendo em conta o con-
5. Demonstre que as falas de Mariana são reveladoras do seu estatuto social. GRUPO II Responda às questões. 1. Tendo em conta a leitura global da obra Amor de perdição, classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes. a. O amor entre Simão e Teresa é impossível porque pertencem a estratos sociais diferentes. b. Teresa não aceita casar com Baltasar Coutinho porque ele é seu primo. c. Mariana e João da Cruz são adjuvantes de Simão na sua relação com Teresa. d. Mariana sente por Simão um amor fraterno. e. Simão apresenta-se como um herói romântico, nomeadamente pela sua preocupação na defesa da honra. f. No final da obra, Simão morre e Teresa suicida-se. g. No decorrer da ação, verifica-se, em vários momentos, uma concentração temporal. h. O narrador tece frequentemente juízos de valor sobre as personagens que apresenta. i. Para além de uma história de amor e de paixão, Amor de perdição constitui uma crónica da mudança social. j. Ao longo da narrativa, Camilo Castelo Branco tece elogios aos membros da Igreja. 2. Classifique as orações que se seguem. a. “que era febre maligna a doença” (l. 2) b. “Mariana curvou-se sobre o cadáver, e beijou-lhe a face.” (l. 22) 3. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes sublinhados nas seguintes transcrições textuais. a. “Às onze horas saiu barra fora a nau.” (l. 4) b. “que hei de eu fazer àquelas cartas que v~o na caixa?” (l. 6) c. “Mariana, atire ao mar todos os meus papéis” (l. 8) d. “– Agora é tempo de dar sepultura ao nosso venturoso amigo...” (l. 25)
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4. Refira o tempo e o modo em que se encontram as formas verbais sublinhadas nas passagens apresentadas. a. “– Morrerá?!... Tanta gente desgraçada que eu fiz...” (l. 13) b. “A febre aumentava.” (l. 14) 5. Identifique os referentes dos pronomes pessoais sublinhados nas passagens que se seguem. a. “e aproximou-lha da respiraç~o” (l. 19) b. “Deram-lhe o balanço para o arremessarem longe.” (ll. 29-30)
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. Leia com atenção o seguinte excerto de Os Maias.
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De repente o vozeirão do Vargas dominou tudo, como um urro de toiro. Diante do jóquei, sem chapéu, com a face a estoirar de sangue, gritava-lhe que era indigno de estar ali, entre gente decente! Quando um gentleman duvida do juiz da corrida, faz um protesto! Mas vir dizer que há ladrões, era só de um canalha e de um fadista, como ele, que nunca devia ter pertencido ao Jockey Club! – O outro, agarrado pelos amigos, esticando o pescoço magro como para lhe morder, atirou-lhe um nome sujo. Então o Vargas, com um encontrão para os lados, abriu espaço, repuxou as mangas, berrou: – Repita lá isso! Repita lá isso! E imediatamente aquela massa de gente oscilou, embateu contra o tabuado da tribuna real, remoinhou em tumulto, com vozes de “ordem” e “morra”, chapéus pelo ar, baques surdos de murros. Por entre o alarido vibravam, furiosamente, os apitos da polícia; senhoras, com as saias apanhadas, fugiam através da pista, procurando espavoridamente as carruagens – e um sopro grosseiro de desordem reles passava sobre o hipódromo, desmanchando a linha postiça de civilização e a atitude forçada de decoro... Carlos achou-se ao pé do marquês, que exclamava, pálido: – Isto é incrível! Isto é incrível!… Carlos, pelo contrário, achava pitoresco. – Qual pitoresco, homem! É uma vergonha, com todos esses estrangeiros! […] O marquês, num grupo a que se juntara o Clifford, Craft, e Taveira, continuava a vociferar: – Então, estão convencidos? Que lhes tenho eu sempre dito? Isto é um país que só suporta hortas e arraiais... Corridas, como muitas outras coisas civilizadas lá de fora, necessitam primeiro gente educada. No fundo todos nós somos fadistas! Do que gostamos é de vinhaça, e viola, e bordoada, e viva lá seu compadre! Aí está o que é! Ao lado dele, Clifford, que no meio daquele desmancho todo esticava mais corretamente a sua linha de gentleman, mordia um sorriso, assegurando, com um ar de consolação, que conflitos iguais sucedem em toda a parte... Mas no fundo parecia achar tudo aquilo ignóbil. Dizia-se mesmo que ele ia retirar a “Mist”. E alguns davam-lhe razão. Que diabo! Era aviltante para um belo animal de raça correr num hipódromo sem ordem e sem decência, onde a todo o momento podiam reluzir navalhas. Eça de Queiroz, Os Maias (cap. X), Lisboa, Livros do Brasil, 28. a ed., s/data, pp. 325-326.
1. Contextualize a ação narrada neste excerto. 2. Demonstre a expressividade da comparação presente na primeira frase do texto. 3. Comprove a intenção satírica de Eça ao longo do texto.
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4. Explique o sentido do seguinte segmento textual: “Isto é um país que só suporta hortas e arraiais...” (ll. 19-20). 5. Compare as opiniões e atitudes de Carlos e Clifford com as do marquês.
GRUPO II Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Leia com atenção o seguinte texto. Se necessário, consulte a nota.
Conta-me histórias…
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Ler aos filhos desde cedo foi sempre um conselho dos pediatras. Há quem recomende a leitura desde os seis meses do bebé. Em setembro, a revista norte-americana Pediatrics publicou um estudo que registou imagens de ressonâncias magnéticas da atividade cerebral das crianças de três a cinco anos, enquanto ouviam histórias para a sua idade. Percebeu-se que havia diferenças na ativação cerebral entre crianças a quem liam de vez em quando e as que viviam em casas com muitos livros, em que a leitura era habitual. A ativação era significativamente maior numa região do hemisfério esquerdo do cérebro, chamada córtex, de associação parietal temporal-occipital, que est| relacionada com a “integraç~o multissensorial que integra som e estimulaç~o visual”, explica o autor principal do estudo, John S. Hutton, Investigador do Centro Médico Hospitalar Infantil de Cincinatti, EUA. Crescer com livros, ler em voz alta para as crianças são atos que ajudam ao desenvolvimento da linguagem e ao sucesso escolar, está comprovado. Para o psicólogo clínico Eduardo Sá, este estudo científico n~o é “completamente surpreendente”. “A grande novidade s~o as provas imagiológicas da forma como estimulamos o cérebro, que se torna mais versátil e mais capaz de transformar mais imagens em palavras.” Por outro lado, destaca, “é importante que se perceba que a relaç~o é o grande arquiteto do sistema nervoso, através do modo como estimula áreas cerebrais. E, em função de uma estimulação coerente e constante, cria redes sinápticas 1 estáveis que passam a ser o nosso software. Ou seja, o software adquire-se e desenvolve-se e n~o é um “equipamento de base” da natureza humana, como, por vezes, tantos dos que têm uma vis~o estritamente biológica do desenvolvimento e da vida psíquica s~o levados a “insinuar”. Para o psicólogo, “estes dados permitem-nos perceber que, por falta da estimulação indispensável, muitas crianças acumulam danos, que as limitam vida fora, sem que aqueles que lhes fazem mal sejam severamente punidos. […] «O sistema nervoso funciona como um músculo que precisa de ser estimulado, sob o risco de, ao não suceder assim, atrofiar». Além do mais, porque o acesso à palavra nos permite vestir em palavras aquilo que sentimos, crianças que melhor verbalizam podem tornar-se mais felizes”. Por fim, as histórias de embalar. “As histórias juntam imagens e palavras, ajudam a pensar. Crianças que mais precocemente acedem às histórias são mais aptas para a matemática, para a língua materna, para a representação e para a relação. Mais histórias significa crianças mais saud|veis e crianças mais inteligentes”, remata. Katya Delimbeuf, in E, A Revista do Expresso, n.o 2241, 10 de outubro 2015, p. 100.
____________ 1 relativo a sinapse: pontos de
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comunicação entre células nervosas.
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1. Segundo um estudo divulgado pela revista Pediatrics, (A) a atividade cerebral das crianças com menos de cinco anos varia em função do número de livros que lhes são lidos. (B) não existe qualquer relação entre a atividade cerebral das crianças com menos de cinco anos a quem são lidos livros e a quantidade que é lida. (C) todas as crianças com menos de cinco anos apresentam a mesma atividade cerebral face à leitura. (D) a atividade cerebral como reação à leitura tem o seu início pelos seis meses de vida. 2. Segundo o psicólogo clínico Eduardo Sá, a criação de redes de informação (A) é inata, mas a leitura ajuda a desenvolvê-la. (B) não é inata, construindo-se e desenvolvendo-se através de estímulos. (C) é uma das faculdades do ser humano, seja ou não este submetido a estímulos. (D) não necessita de ser estimulada, uma vez que se trata de uma faculdade inata. 3. Para o psicólogo, a leitura de histórias à noite deve ter início o quanto antes, pois (A) as crianças necessitam de momentos de lazer e de interação com os adultos. (B) desenvolve o sentido da audição. (C) permite o desenvolvimento de competências que melhoram o desempenho escolar e atitudinal. (D) facilita o adormecimento e melhora a qualidade do sono. 4. Os processos fonológicos operados na evolução da palavra LEGERE para “Ler” (l. 1) são (A) apócope, síncope e crase. (B) aférese, síncope e crase. (C) prótese, síncope e sinérese. (D) epêntese, apócope e sinérese. 5. O segmento “quem recomende a leitura desde os seis meses do bebé” (ll. 1-2) configura uma oração subordinada (A) adverbial final. (C) substantiva relativa. (B) adverbial temporal. (D) adverbial consecutiva. 6. No segmento “explica o autor principal do estudo” (ll. 8-9) observam-se as funções sintáticas (A) predicado e complemento direto. (B) predicado, complemento direto e modificador do nome restritivo. (C) predicado, sujeito, modificador do nome restritivo e complemento do nome. (D) predicado, sujeito e complemento do nome. 7. O termo “ software” nado por (A) conversão. (B) acronímia.
(l. 18) exemplifica
o processo irregular de formação de palavras denomi(C) truncação. (D) empréstimo.
8. Indique a classe e a subclasse da palavra que introduz a oração “que ajudam ao desenvolvi mento da linguagem e ao sucesso escolar” (ll. 11-12). 9. Justifique a utilização das aspas na expressão “completamente surpreendente” (l. 13). 10. Classifique a oração introduzida pela conjunção “porque” (l. 24). NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS •
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. A Leia o excerto que se segue de Amor de perdição. Se necessário, consulte as notas.
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Ao romper da alva dum domingo de junho de 1803, foi Teresa chamada para ir com seu pai à primeira missa da igreja paroquial. Vestiu-se a menina assustada, e encontrou o velho na antecâmara a recebê-la com muito agrado, perguntando-lhe se ela se erguia de bons humores para dar ao autor de seus dias um resto de velhice feliz. O silêncio de Teresa era interrogador. – Vais hoje dar a mão de esposa a teu primo Baltasar, minha filha. É preciso que te deixes cegamente levar pela mão de teu pai. Logo que deres este passo difícil, conhecerás que a tua felicidade é daquelas que precisam de ser impostas pela violência. Mas repara, minha querida filha, que a violência de um pai é sempre amor. Amor tem sido a minha condescendência e brandura para contigo. Outro teria subjugado a tua desobediência com maus tratos, com os rigores do convento, e talvez com o desfalque do teu grande património. Eu, não. Esperei que o tempo te aclarasse o juízo, e felicito-me de te julgar desassombrada do diabólico prestígio do maldito que acordou o teu inocente coração. Não te consultei outra vez sobre este casamento, por temer que a reflexão fizesse mal ao zelo1 de boa filha com que tu vais abraçar teu pai, e agradecer-lhe a prudência com que ele respeitou o teu génio, velando sempre a hora de te encontrar digna do seu amor. Teresa não desfitou os olhos do pai; mas tão abstraída estava, que escassamente lhe ouviu as primeiras palavras, e nada das últimas. – Não me respondes, Teresa?! – tornou Tadeu, tomando-lhe cariciosamente as mãos. – Que hei de eu responder-lhe, meu pai? – balbuciou2 ela. – Dás-me o que te peço? Enches de contentamento os poucos dias que me restam? – E será o pai feliz com o meu sacrifício? – N~o digas sacrifício, Teresa… Amanhã a estas horas verás que transfiguração se fez na tua alma. Teu primo é um composto de todas as virtudes; nem a qualidade de ser um gentil moço lhe falta, como se a riqueza, a ciência e as virtudes não bastassem a formar um marido excelente. – E ele quer-me, depois de eu me ter negado? – disse ela com amargura irónica. – Se ele está apaixonado, filha!... e tem bastante confiança em si para crer que hás de amá-lo muito!... – E não será mais certo odiá-lo eu sempre!? Eu agora mesmo o abomino como nunca pensei que se pudesse abominar! Meu pai… – continuou ela, chorando, com as mãos erguidas – mate-me; mas não me force a casar com meu primo! É escusada a violência, porque eu não caso!... Tadeu mudou de aspeto, e disse irado: – Hás de casar! Quero que cases! Quero!… Quando n~o, amaldiçoada ser|s para sempre, Teresa! Morrerás num convento! Esta casa irá para teu primo! Nenhum infame3 há de aqui pôr um pé nas alcatifas de meus avós. Se és uma alma vil, não me pertences, não és minha filha, não podes herdar apelidos honrosos, que foram pela primeira vez insultados pelo pai desse miserável que tu amas!
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Maldita sejas! Entra nesse quarto, e espera que daí te arranquem para outro, onde não verás um raio de sol. Teresa ergueu-se sem lágrimas, e entrou serenamente no seu quarto. Tadeu de Albuquerque foi encontrar seu sobrinho, e disse-lhe: – Não te posso dar minha filha, porque já não tenho filha. A miserável, a quem eu dei este nome, perdeu-se para nós e para ela. Camilo Castelo Branco, Amor de perdição (cap. IV), Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2006, pp. 56-58.
____________ 1 cuidado, interesse; 2 dizer de forma hesitante, sem convicção, gaguejar; 3 que não tem boa fama, vil.
1. Demonstre de que forma é visível neste excerto o tema do amor-paixão. 2. Apresente a conceção que Tadeu de Albuquerque tem sobre o casamento, relacionando-a com a época em análise.
B Leia com atenção o seguinte excerto de Os Maias.
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Até aos Olivais, não cessou de ruminar coisas vagas e violentas que faria para aniquilar o Dâmaso. No seu amor não haveria paz, enquanto aquele vilão o andasse comentando sordidamente pelas esquinas das ruas. Era necessário enxovalhá-lo de tal modo, com tal publicidade, que ele não ousasse mais mostrar em Lisboa a face bochechuda, a face vil... Quando o coupé parou à porta da quinta, Carlos decidira dar bengaladas no Dâmaso, uma tarde, no Chiado, com aparato... Mas depois, ao regressar da quinta, vinha já mais calmo. Pisara a linda rua de acácias que os pés dela pisariam na manhã seguinte: dera um longo olhar ao leito que seria o leito dela, rico, alçado sobre um estrado, envolto em cortinados de brocatel cor de oiro, com um esplendor sério de altar profano... Daí a poucas horas, encontrar-se-iam sós naquela casa muda e ignorada do mundo; depois, todo o verão os seus amores viveriam escondidos nesse fresco retiro de aldeia; e daí a três meses estariam longe, na Itália, à beira de um claro lago, entre as flores de Isola Bela... No meio destas voluptuosidades magníficas, que lhe podia importar o Dâmaso, gorducho e reles, palrando em calão nos bilhares do Grémio! Quando chegou à rua de S. Francisco, resolvera, se visse o Dâmaso, continuar a acenar-lhe, de leve, com a ponta dos dedos. Maria Eduarda fora passear a Belém com Rosa, deixando-lhe um bilhete, em que lhe pedia para vir à noite faire un bout de causerie. Carlos desceu as escadas, devagar, guardando esse bocadinho de papel na carteira, como uma doce relíquia; e saía o portão, no momento em que o Alencar desembocava defronte, da travessa da Parreirinha, todo de preto, moroso e pensativo. Ao avistar Carlos, parou de braços abertos; depois vivamente, como recordando-se, ergueu os olhos para o primeiro andar. Não se tinham visto desde as corridas, o poeta abraçou com efusão o seu Carlos. E falou logo de si, copiosamente. Estivera outra vez em Sintra, em Colares com o seu velho Carvalhosa: e o que se lembrara do rico dia passado com Carlos e com o maestro em Seteais!... Sintra, uma beleza. Ele, um pouco constipado. E apesar da companhia do Carvalhosa, tão erudito e tão profundo, apesar da excelente música da mulher, da Julinha (que para ele era como uma irmã), tinha-se aborrecido. Questão de velhice...
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– Com efeito – disse Carlos – pareces-me um pouco murcho... Falta-te o teu ar aureolado. O poeta encolheu os ombros. – O Evangelho lá o diz bem claro... Ou é a Bíblia que o diz?... Não; é S. Paulo... S. Paulo ou Santo Agostinho?... Enfim a autoridade não faz ao caso. Num desses santos livros se afirma que este mundo é um vale de lágrimas... – Em que a gente se ri bastante – disse Carlos alegremente. Eça de Queiroz, Os Maias (cap. XIII), Lisboa, Livros do Brasil, 28.a ed., s/data, pp. 422-424.
3. Justifique o estado de espírito de Carlos, considerando o primeiro parágrafo e os verbos “ruminar” e “aniquilar” (l. 1). 4. Interprete a última afirmação de Carlos, relacionando-a com o bilhete que Maria Eduarda lhe deixara. 5. Refira três características do estilo da linguagem queirosiana, exemplificando com segmentos textuais.
GRUPO II Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Leia com atenção o seguinte texto.
Que força é Eça?
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Publicado em 1888, com 990 páginas, Os Maias levou oito anos a ser burilado por Eça, que vivia fora de Portugal e, à distância, expôs no romance toda a sua pendência desconsolada por um país obsoleto e estagnado, ridicularizando demolidoramente parlamentares, poetas medíocres e jornalistas. A ironia deste romance é que os porta-vozes dessas críticas são eles próprios, João da Ega e Carlos da Maia, não mais do que uns janotas, ociosos, pedantes, indolentes e parasitas da sociedade. Que têm sempre uns livros para publicar que nunca chegam a escrever ( As memórias de um átomo ou o Lodaçal ). Ou um consultório escrupulosamente decorado, muito bem ataviado, mas que não recebe doentes. “O que domina como objeto de reflex~o é Portugal, personagem oculta por detrás das personagens visíveis. Um país aparentemente sem remédio, um país que as elites n~o s~o capazes de salvar” (Jacinto Prado Coelho); “Livro niilista, livro desesperado mesmo, Os Maias são o dobre a finados duma nação retratada com vitriólica ironia e vingativa s|tira” (Jo~o Medina). Recebido com muitas e severas reservas, { época, é hoje considerado “a mais perfeita obra de arte liter|ria que ainda se escreveu em Portugal, depois de Os Lusíadas” (Gaspar Simões) ou “express~o estética excecional da consciência desistente da geraç~o intelectual a que Eça pertenceu” (Isabel Pires de Lima). E esta é uma das formas como se pode rever Os Maias, buscar a sua dramática atualidade, nesta adaptação de João Botelho, numa reverência muito respeitosa (talvez demasiada), que coloca o texto literário a prevalecer sobre a linguagem cinematográfica, e todos os exteriores ao abrigo de qualquer anacronismo – e de qualquer realismo também: foram filmados num grande
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hangar em Azeitão, com telas de grandes dimensões pintadas pelo artista plástico João Queiroz. Assim, passam as personagens, não só através da Lisboa novecentista, cruzada por transeuntes, pregões, fadistas, caleches e pelo famoso “americano”, mas também das bermas do Douro, Sintra, Itália e Paris. Tudo isto sem sair dos estúdios de Azeitão. Encontramos o Portugal de agora (em crise política, económica e de identidade) sobretudo nas palavras de desalento e desistência. Desde a petul}ncia de Ega e Carlos, que acham que “isto aqui é uma choldra”, a um mestre de obras republicano, a desbarretar-se e a deixar arrastar os trabalhos, enquanto filosofa sobre a soluç~o para “desatravancar” o país desta “cambada”, destas “cavalgaduras”: “Um navio fretado { custa da naç~o, em que se mandasse barra fora o rei, a família real, a cambada dos ministros, dos políticos, dos deputados, dos intrigantes...”. Ana Margarida de Carvalho, in Visão, n.o 1122, 4 a 10 de setembro de 2014 (texto com supressões).
1. Para caracterizar o país queirosiano e os tipos sociais satirizados, a autora, no primeiro período, recorre à (A) dupla adjetivação e à enumeração, respetivamente. (B) ironia e à metáfora, respetivamente. (C) dupla adjetivação e à ironia. (D) ironia e à comparação. 2. Ao referir-se a Carlos e a Ega, a autora pretende (A) enaltecer o comportamento destas personagens da obra queirosiana. (B) enunciar aspetos pouco exuberantes no comportamento dos dois amigos. (C) mostrar o paradoxo que existe no facto de serem estes o motor das críticas presentes em Os Maias. (D) criticar os membros mais ativos da alta sociedade lisboeta. 3. A opção de João Botelho de seguir escrupulosamente o texto da obra, tal como é evidente no penúltimo parágrafo, (A) tem como objetivo mostrar semelhanças entre o Portugal oitocentista e o Portugal do séc. XXI. (B) pretende fazer prevalecer o texto literário sobre a obra cinematográfica. (C) deve-se à falta de dinheiro para retratar fielmente os espaços referidos na obra. (D) mostra o respeito do realizador pela obra de Eça de Queirós. 4. O termo “porta-vozes” (l. 4) exemplifica o processo de formação de palavras por (A) composição por radical mais palavra. (B) derivação por prefixação. (C) derivação por sufixação. (D) composição por palavra mais palavra. 5. A oração “que as elites não são capazes de salvar” (l. 10) é introduzida por (A) um pronome relativo. (B) uma conjunção subordinativa completiva. (C) uma conjunção subordinativa causal. (D) uma conjunção subordinativa consecutiva.
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6. O segmento “pelo artista plástico João Queiroz” (l. 20) desempenha a função sintática de (A) sujeito. (B) complemento direto. (C) complemento agente da passiva. (D) complemento oblíquo. 7. O conector “mas também” (l. 22), no contexto em que surge, tem um valor (A) adversativo. (B) disjuntivo. (C) conclusivo. (D) aditivo. 8. Indique a subclasse a que pertence o verbo viver (l. 1), no contexto em que surge. 9. Indique a função sintática do segmento “personagem oculta por detrás das personagens visíveis” (ll. 9-10). 10. Classifique a oração “que ainda se escreveu em Portugal”
(ll. 13-14).
GRUPO III Escreva um texto expositivo, cuidado e coeso, contendo entre 130 e 170 palavras, sobre a importância das vivências amorosas para o ser humano. Observe os seguintes tópicos: vocabulário claro e diversificado; estrutura tripartida do texto (introdução – apresentação do tema; desenvolvimento – apresentação das ideias e sua fundamentação; conclusão – reforço do tema/ideias).
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. Leia o seguinte poema de Antero de Quental.
Noturno Espírito que passas, quando o vento Adormece no mar e surge a lua, Filho esquivo da noite que flutua, Tu só entendes bem o meu tormento… 5
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Como um canto longínquo – triste e lento – Que voga e subtilmente se insinua, Sobre o meu coração que tumultua, Tu vertes pouco a pouco o esquecimento… A ti confio o sonho em que me leva Um instinto de luz, rompendo a treva, Buscando, entre visões, o eterno Bem. E tu entendes o meu mal sem nome, A febre de Ideal, que me consome, Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém! Antero de Quental, Poesia completa (org. e pref. de Fernando Pinto do Amaral), Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2001, p. 240.
1. Caracterize o estado de espírito do sujeito poético. 2. Faça o levantamento dos vocábulos ou expressões que apontam para a relação entre o sujeito lírico e a noite, explicitando-a. 3. Explicite a funcionalidade do uso dos travessões no verso 5. 4. Justifique o uso das maiúsculas nos vocábulos “Bem”
(v. 11) e “Ideal” (v. 13).
5. Explique o sentido do título do poema.
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GRUPO II Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. 1. O poeta invoca o espírito da noite porque (A) acredita que só na noite encontrará paz e tranquilidade. (B) pede que lhe seja permitido continuar a sonhar. (C) sente que a noite intensifica o seu sofrimento. (D) atenua a solidão que a noite acarreta. 2. A referência à noite, ao longo do poema, constitui uma (A) metáfora. (C) sinédoque. (B) personificação. (D) aliteração. 3. Na primeira quadra, o vocábulo “esquivo” (v. 3) é sinónimo de (A) desconfiado. (C) terno. (B) solidário. (D) afável. 4. No verso “A ti confio o sonho em que me leva” (v. 9), o elemento sublinhado desempenha a função sintática de (A) sujeito. (C) complemento indireto. (B) complemento direto. (D) vocativo. 5. No verso “Um instinto de luz, rompendo a treva,” (v. 10) está presente uma (A) metáfora. (C) antítese. (B) personificação. (D) anáfora. 6. A expressão “Génio da Noite” (v. 14) desempenha a função sintática de (A) sujeito. (C) complemento indireto. (B) complemento direto. (D) vocativo. 7. Associe cada um dos elementos da coluna A ao segmento que na coluna B completa adequadamente o seu sentido. Coluna A
[A] Na express~o “Espírito que passas” (v. 1)
[B] Na passagem “quando o vento / Adormece no mar” (vv. 1-2)
[C] No excerto “Tu só entendes bem o meu tormento…” (v. 4)
[D] No verso “Buscando, entre visões, o eterno Bem.” (v. 11)
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Coluna B
[1] está presente uma conjunção subordinativa. [2] está presente uma oração subordinada adverbial temporal. [3] está presente um complemento oblíquo. [4] está presente um complemento direto. [5] está presente um pronome relativo. [6] estão presentes uma oração subordinada adverbial temporal e uma oração subordinante.
[7] estão presentes dois deíticos pessoais.
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. Leia o excerto do poema de Cesário Verde.
Cristalizações
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[…] Mal encarado e negro, um para enquanto eu passo; Dois assobiam, altas as marretas Possantes, grossas, temperadas d’aço; E um gordo, o mestre, com um ar ralasso E manso, tira o nível das valetas.
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Homens de carga! Assim as bestas vão curvadas! Que vida tão custosa! Que diabo! E os cavadores descansam as enxadas, E cospem nas calosas mãos gretadas, Para que não lhes escorregue o cabo.
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Povo! No pano cru rasgado das camisas Uma bandeira penso que transluz! Com ela sofres, bebes, agonizas: Listrões de vinho lançam-lhe divisas, E os suspensórios traçam-lhe uma cruz! Cesário Verde, Cânticos do Realismo – O livro de Cesário Verde, Lisboa, INCM, 2005, p. 115.
1. Caracterize o grupo social destacado, evidenciando os sentimentos que este provoca no sujeito poético. 2. Descreva o estado de espírito do “eu” lírico perante os aspetos observados, e justifique a sua resposta. 3. Atente na última estrofe e explique de que modo surge a transfiguração do real. 4. Identifique a presença de dois recursos expressivos ao longo do excerto, referindo a sua funcionalidade. 5. Comprove a presença da dimensão épica neste excerto, exemplificando.
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GRUPO II Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Leia o texto.
África acima, de Gonçalo Cadilhe
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Depois do sucesso das fantásticas narrativas de histórias e estórias, em Planisfério pessoal e A Lua pode esperar , Gonçalo Cadilhe ofereceu-nos este sublime livro, da editora Oficina do Livro, sobre as suas ínfimas peripécias no planeta Africano, aquele que os viajantes mais experimentados consideram o mais entusiasmante e desafiante de todos os planetas. Eu devo ter sido dos primeiros a comprá-lo, […] e, assim como o autor, também o livro fez uma larga viagem, de mão em mão. A qualidade da escrita de Cadilhe faz-nos sentir, também nós, a negociar com os guardas das fronteiras, a atravessar “estradas” em condições impens|veis em carros nas mesmas condições, a sofrer com o calor abrasador. Permite-nos, com a qualidade das descrições, imaginar o grandioso mundo que ele vai conhecendo e invejá-lo. E é essa inveja que Cadilhe não entende. A atividade que tem, tem-na porque procurou forma de arranjar meios e apoios para percorrer o Mundo e porque, claro, tem este talento especial para a escrita. E viajar não tem de ser só lazer. Não o é seguramente da forma como ele o faz: “É este o meu projeto: atravessar África. Prosseguir do sul para o norte, utilizando as estradas do continente, recorrendo aos transportes públicos, aos autocarros maltratados pelos anos, aos comboios que ainda andam, pedindo boleia, viajando com as pessoas da terra – em terra onde estiver, farei como vir. Excluo o transporte aéreo, voar sobre África não é viajar por África. Aliás, voar n~o é viajar”. Consegue facilmente, a partir deste excerto, imaginar-se as peripécias, as aventuras, as surpresas e os sustos que se foram sucedendo durante a viagem. Para saber mais, só mesmo lendo. Será certamente uma atividade mais rápida e cómoda do que os oito meses, quinze países, 27 000 quilómetros e 50 000 palavras que depois resultaram em África acima. Deixo uma citação de Gonçalo Cadilhe que retirei há tempos de uma das suas crónicas na revista Única do jornal Expresso: “A solid~o do viajante é a solid~o do palhaço: a de reservar para si toda a tristeza que lhe vai na alma, e de entregar aos outros a m|scara da alegria.” Revista Única, 6 de abril de 2007.
1. O autor do texto centra-se sobretudo (A) em toda a obra de Gonçalo Cadilhe. (B) em África acima. (C) na admiração que tem por Cadilhe. (D) no desejo que tem de viajar por África. 2. Ao afirmar que “o livro fez uma larga viagem, de mão em mão” (ll. 5-6), o autor sugere que (A) também viajou acompanhado por este livro. (B) passou por África, levando esse livro consigo. (C) emprestou o livro a outros para que o lessem. (D) África acima foi divulgado por ele a outros.
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3. O texto apresenta marcas específicas de um (A) artigo de apreciação crítica. (B) artigo de divulgação científica. (C) artigo de opinião. (D) relato de viagem. 4. A frase “Gonçalo Cadilhe ofereceu-nos este sublime livro” (l. 2) integra constituintes com as seguintes funções sintáticas: (A) sujeito e predicado com complemento indireto e complemento direto. (B) sujeito e predicado com complemento direto. (C) sujeito e predicado com predicativo do complemento direto. (D) sujeito e predicado com complemento indireto e complemento oblíquo. 5. O verbo considerar em “consideram o mais entusiasmante e desafiante de todos os planetas” classifica-se como (A) copulativo. (B) transitivo direto. (C) transitivo indireto. (D) transitivo predicativo.
(l. 4)
6. O grupo nominal “A qualidade da escrita de Cadilhe” (l. 7) integra (A) dois modificadores do nome restritivos. (B) dois complementos do nome. (C) um complemento do nome e um complemento do adjetivo. (D) um complemento do adjetivo e um modificador do nome restritivo. 7. A oração “que ele vai conhecendo” (l. 10) é subordinada (A) adverbial causal. (B) substantiva relativa. (C) substantiva completiva. (D) adjetiva relativa restritiva. 8. Identifique a função sintática do constituinte “com os guardas” (l. 7). 9. Indique o referente do elemento sublinhado em “invejá -lo” (l. 10). 10. Transforme em discurso indireto o segmento “em terra onde estiver, farei como vir. Excluo o transporte aéreo, voar sobre África não é viajar por África.” (ll. 16-17), iniciando-o do modo seguinte: Gonçalo Cadilhe afirmou que…
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GRUPO I Apresente as suas respostas de forma bem estruturada. A Leia o excerto do poema de Antero de Quental.
Hino à razão Razão, irmã do Amor e da Justiça, Mais uma vez escuta a minha prece. É a voz dum coração que te apetece, Duma alma livre, só a ti submissa. 5
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Por ti é que a poeira movediça De astros e sóis e mundos permanece; E é por ti que a virtude prevalece, E a flor do heroísmo medra e viça. Por ti, na arena trágica, as nações Buscam a liberdade, entre clarões; E os que olham o futuro e cismam, mudos, Por ti, podem sofrer e não se abatem, Mãe de filhos robustos, que combatem Tendo o teu nome escrito em seus escudos! Antero de Quental, Sonetos, (edição organizada, prefaciada e anotada por António Sérgio), Lisboa, Livraria Sá da Costa Editora, 3.a ed., 1968, p. 56.
1. Explicite o modo como o sujeito lírico encara a Razão. 2. Refira o valor expressivo da anáfora “Por ti”.
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B Leia o excerto que se apresenta da obra de Cesário Verde.
O sentimento dum ocidental I Nas nossas ruas, ao anoitecer, Há tal soturnidade, há tal melancolia, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Despertam um desejo absurdo de sofrer. 5
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O céu parece baixo e de neblina, O gás extravasado enjoa-nos, perturba; E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se d’uma cor monótona e londrina. Batem os carros de aluguer, ao fundo, Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Ocorrem-me em revista, exposições, países: Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo! Semelham-se a gaiolas, com viveiros, As edificações somente emadeiradas: Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros. Voltam os calafates, aos magotes, De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos; Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos, Ou erro pelos cais a que se atracam botes. Cesário Verde, Cânticos do Realismo – O livro de Cesário Verde, Lisboa, INCM, 2005, pp. 122-123.
3. Localize no tempo e no espaço a deambulação do sujeito poético, exemplificando com elementos textuais pertinentes. 4. Justifique o recurso às exclamações na terceira estrofe. 5. Explicite a reação do “eu” poético perante a realidade observada.
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GRUPO II Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Leia o texto.
A poesia objetiva (opinião de Pessoa acerca do poeta Cesário Verde)
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Houve em Portugal, no século XIX, três poetas, e três somente, a quem legitimamente compete a designação de mestres. São eles, por ordem de idades, Antero de Quental, Cesário Verde e Camilo Pessanha. […] Ces|rio Verde foi um dos mais radicais revolucion|rios que h| na literatura. […] Para medir a grandeza de Cesário é preciso lê-lo depois de por ampla leitura se estar saturado e integrado no género poético no meio do qual a sua obra surge como um relâmpago. É depois de ler essas obras que se deve ler Cesário; e é refletindo então em que foi o meio psíquico, onde aquelas eram representativas e usuais, que irrompeu a obra de Cesário Verde. Da violência enorme do contraste salta aos olhos, a par da extraordinária originalidade de Ces|rio, o conceito psicologicamente explicativo […], a chave dessa individualidade sociologicamente considerada. Quanto à novidade da obra o contraste é flagrante. Em vez da retórica oca e do concomitante sentimentalismo difuso, da carência completa de tudo quanto fosse a visão artística do mundo exterior, da longa estrofe retumbante – o verso sóbrio e severo, o sentimento reprimido, a vis~o nítida […] das cousas, o epíteto revelador, o uso simples […] da quadra, ou da quintilha, quase sempre apenas do decassílabo e do alexandrino. […] Dizer que Cesário sofreu influências várias quer dizer simplesmente que foi vivo. Todos os autores sofrem influências; a diferença começa no uso que fazem delas. Quanto maior a capacidade de compreensão de um espírito, mais facilmente influenciado é; quanto maior a sua capacidade de criaç~o mais facilmente converte essas muitas influências na subst}ncia da sua personalidade. […] Um espírito superficial tomará como pormenor curioso da obra de Cesário o cantar ele a cidade e também o campo. O mais curioso deste pormenor é que ele é falso. Cesário não canta nem as cidades nem os campos. Canta a vida humana, e canta nos campos e nas cidades, em relação à natureza livre dos campos e à natureza artificial das cidades. Poderá parecer que é um amante do minucioso da natureza. Mas uma comparação, ainda que ligeira, com os que amam e pintam minuciosamente a natureza, mostra, pela nenhuma parecença com Cesário, mesmo no modo de descrever, que Cesário não é como eles. E finalmente, quanto a sentimento, um só geralmente pode ter o esteta: o amor à vida e, correspondentemente, o horror à morte. Fernando Pessoa, Páginas sobre Literatura e Estética (org. António Quadros), Mem Martins, Publicações Europa-América, pp. 125-126.
1. O texto apresentado pode considerar-se um texto de opinião, uma vez que o autor (A) refere as características da poesia de Cesário Verde. (B) expõe e explicita o seu ponto de vista sobre Cesário Verde. (C) demonstra de forma objetiva e concisa a exemplaridade de Cesário Verde. (D) tenta persuadir o leitor, influenciando-o, através de argumentos incisivos.
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2. A originalidade da obra de Cesário Verde assenta (A) no retrato que faz da cidade e do campo. (B) na visão artística e comum do mundo exterior. (C) fundamentalmente no domínio versificatório. (D) na rutura com o sentimentalismo reinante. 3. No texto afirma-se que na poesia de Cesário (A) predomina o canto da cidade e do campo. (B) está ausente qualquer tipo de preocupação social. (C) se evidencia o canto da vida humana, no campo e na cidade. (D) se privilegia a cidade e alguns grupos sociais que aí se movimentam. 4. O pronome pessoal “(l)o”, em “é preciso lê -lo” (l. 5), exemplifica a coesão (A) lexical, por substituição. (C) gramatical, interfrásica. (B) gramatical, referencial. (D) lexical, por reiteração. 5. No contexto em que surge, a forma verbal “irrompeu” (l. 8) significa (A) surgiu. (B) invadiu. (C) sobreviveu. (D) explodiu. 6. O predicado “converte essas muitas influências na substância da sua personalidade” integra um (A) complemento indireto e um complemento direto. (B) complemento direto e um predicativo do complemento direto. (C) complemento direto e um complemento oblíquo. (D) predicativo do sujeito e um modificador do nome restritivo.
(l. 20)
7. O segmento “da sua personalidade” (l. 20) desempenha a função sintática de (A) modificador do nome restritivo. (B) modificador do nome apositivo. (C) complemento do adjetivo. (D) complemento do nome. 8. Crie um campo lexical, com o mínimo de três palavras, a partir do nome “leitura” 9. Classifique a oração “que Cesário não é como eles”
(l. 5).
(ll. 27-28).
10. Identifique o mecanismo de coesão utilizado em “o amor à vida […] o horror à morte”
(ll. 29-30).
GRUPO III Redija um texto expositivo, entre 120 e 150 palavras, no qual apresente as características da poesia de Antero de Quental e de Cesário Verde que considere mais pertinentes. NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS •
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CENÁRIOS DE RESPOSTA FICHAS DE LEITURA FICHA 1 – DISCURSO POLÍTICO (pp. 12-14) 1. (D); 1. (D); 2. (C); 2. (C); 3. (A); 3. (A); 4. (A); 4. (A); 5. (C). 5. (C). 6. O 6. O texto apresenta como assunto os problemas ecológicos que afetam o planeta, decorrentes da ação humana. Evidenciam-se, contudo, boas práticas para uma vida ecologicamente sustentável. 7. Segundo 7. Segundo a autora do texto, é urgente que se tomem medidas para controlar a situação de degradação do planeta e que se atue de forma a preservá-lo. 8. 8. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento de florestas, a utilização abusiva de recursos naturais e o fomento de indústrias têm levado ao aquecimento global, que, por sua vez, tem conduzido a um desequilíbrio ambiental, à extinção de certas espécies e à destruição de ecossistemas. 8.1. O 8.1. O desaparecimento do mar de Aral, motivado pelo uso excessivo e desmedido das suas águas, e a extinção dos Rapa Nui na ilha da Páscoa são exemplos que ilustram a opinião da autora. 9. 9. O recurso expressivo presente no segmento selecionado é a personificação. Através dela sugere-se a morte dos objetos (neste caso, os barcos), que outrora foram úteis e que, portanto, tinham vida, mas que agora estão parados, enferrujando. 10. “É mais que urgente refletirmos sobre estas cat|strofes causadas pela ambiç~o humana em comercializar a Natureza!” (ll. 64-66); 64-66); “Ora vejamos Freiburg, na Alemanha! Esta cidade (reconstruída depois da Segunda Guerra Mundial) é o modelo a copiar nas restantes cidades do mundo!” (ll. 68-70). 68 -70). FICHA 2 – APRECIAÇÃO CRÍTICA (pp. 15-16) 1. (C); 1. (C); 2. (D); 2. (D); 3. (B); 3. (B); 4. (D); 4. (D); 5. (C). 5. (C). 6. 6. Dois aspetos distintos são a inclusão de outros diálogos e a inclusão de um outro tipo de humor em cenas nas quais originalmente não existia. 7. 7. Os atores são conhecidos e alguns estão ligados à comédia, como é o caso de Rui Unas e de Miguel Guilherme, tal como se pode constatar em “uma dúzia de personagens, de atores co nhecidos, alguns ligados { comédia” (ll. 3232 -33); “o ator Miguel Guilherme, que ‘só podia ser’ o irascível Evaristo” (ll. 36 -37); ou “O ator Rui Unas é outra das primeiras escolhas.” (l. 51). 8. A 8. A afirmação anuncia os aspetos desvendados imediatamente a seguir, onde é dito que esta paixão pelos clássicos não se fica pela atualização de O pátio das cantigas, cantigas, porque o realizador tem em mãos outros projetos. 9. Este 9. Este tipo de iniciativas, para além de preservar um património cultural único, permite aos mais jovens conhecer uma realidade distinta e valorizar o que é feito e divulgado em Portugal. São ações deste tipo que conferem identidade a um país e o enriquecem. 10. A 10. A afirmação remete para a intenção de realizar novas versões de outros clássicos, concretamente O leão da Estrela e A canção de Lisboa. Lisboa. FICHA 3 – ARTIGO DE OPINIÃO (pp. 17-18) 1. (B); 1. (B); 2. (C); 2. (C); 3. (D); 3. (D); 4. (B). 4. (B). 5. O 5. O tema é o êxodo dos migrantes. 6. As 6. As interrogações servem para chamar a atenção para os problemas que o êxodo dos migrantes está a trazer à Europa e, sobretudo, para levar o interlocutor a refletir sobre a importância de certos valores da sociedade ocidental, os quais, na opinião do autor do texto, devem ser tidos em conta nas possíveis soluções que venham a ser encontradas. 7. O 7. O autor do texto defende que Portugal deve ter um papel ativo no que diz respeito ao acolhimento destes migrantes.
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8. Segundo 8. Segundo o autor do texto, Portugal tem condições para receber alguns destes migrantes, porque já deu provas, no passado, de estar à altura destas situações, nomeadamente quando se deparou com a vaga dos retornados de África ou com a imigração elevada de brasileiros e de cidadãos do Leste europeu. 9. Segundo 9. Segundo ele, é necessária a colaboração da Igreja Católica, da sociedade civil, das empresas e das comunidades. É também imperioso que o Estado crie condições para que este acolhimento possa ser uma realidade. 10. O texto invoca acontecimentos atuais, como sendo o drama dos refugiados, que fogem à violência e ao terror perpetrados pelo autoproclamado Estado Islâmico, bem como eventos passados, relacionados com a migração em Portugal, tais como a chegada de milhares de retornados de África, após o 25 de Abril, a afluência de cidadãos brasileiros ao país, nos anos 1980, e a acentuada imigração de cidadãos do Leste da E uropa que veio a verificar-se anos mais tarde. FICHA 4 – ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (pp. 19 -20) 1. (A); 1. (A); 2. (B); 2. (B); 3. (A); 3. (A); 4. (C); 4. (C); 5. (D). 5. (D). 6. Os 6. Os corais albergam espécies marinhas que servem de alimento a outras espécies e ao próprio Homem, ajudam a proteger as linhas costeiras e são importantes fontes medicinais e de rendimento para o ser humano, graças ao comércio e ao turismo que impulsionam. 7. 7. As alterações climáticas, a pesca excessiva, a agricultura, a desflorestação e a urbanização desregrada são fatores que põem em risco o habitat natural dos corais. 8. 8. A delimitação de áreas protegidas, a recuperação de recifes danificados e o cruzamento de diferentes espécies introduzidas nos recifes, com vista à sua sobrevivência, são ações positivas que contribuem para a sobrevivência dos recifes. 9. 9. Esta técnica permite que minerais naturais na água adiram à estrutura e cristalizem, formando esqueletos rígidos similares aos do coral. Assim, depressa se tornam o lar de peixes e de outros seres marinhos. 10. Caráter 10. Caráter expositivo, informação seletiva e hierarquização das ideias são as marcas específicas do artigo de divulgação científica, género em que se integra o texto. A última característica referida é visível, por exemplo, na atribuição de entretítulos, que contribuem para a organização da informação. O uso de vocabulário específico – “algas simbióticas”, “branqueamento do coral”, “ecossistema”, “acreç~o mineral” – está – está ao serviço quer do teor expositivo do texto quer da seleção da informação.
FICHAS DE ESCRITA FICHA 1 – TEXTO DE OPINIÃO (p. 22) As escutas e a espionagem tomaram dimensões extraordinárias, sendo, hoje, uma prática comum, utilizada em quase todos os países do mundo e desencadeada pelo fenómeno da globalização. Efetivamente, a abertura de fronteiras e a facilidade de comunicação entre pessoas assumiram dimensões inimagináveis, ao ponto de qualquer terrorista passar facilmente de um país para outro. Veja-se o sucedido em Nova Iorque, Paris ou Londres, por exemplo, onde centenas de pessoas inocentes perderam a vida. Por isso, e face às constantes ameaças a que todos os cidadãos estão sujeitos, torna-se premente e até aceitável a implementação de escutas, de modo a impedir catástrofes como estas que vão ocorrendo. Porém, se por um lado se percebe que sejam operacionalizados sistemas de vigilância cada vez mais sofisticados, por outro, pode correr-se sérios riscos de violação da privacidade, uma vez que ninguém tem a certeza de que a sua vida pessoal não será vigiada por esses serviços de espionagem, o que pode ser visto como um atentado à liberdade de cada cidadão.
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Deste modo, pode concluir-se que a vigilância internacional se torna premente para salvaguardar a paz mundial, mas é também urgente que se respeite a liberdade dos cidadãos. [194 palavras] FICHA 2 – APRECIAÇÃO CRÍTICA (p. 23) A obra Os Maias, Maias, publicada em 1888, é, porventura, a mais importante de Eça e uma das mais representativas do Realismo/ Naturalismo em Portugal. Uma análise apropriada desta obra permitirá destacar vários aspetos reveladores do modo de pensar e agir da sociedade portuguesa oitocentista. Em primeiro lugar, refiram-se as mordazes, mas adequadas, críticas à sociedade. Desde a imprensa, sensacionalista, dúplice e fingida, patente, por exemplo, no diretor d’ A A Tarde (Neves), à sociedade que vive de aparências, inculta e rude (corridas de cavalos e Teatro da Trindade), são diversos os tipos da elite lisboeta satirizados. Porém, a obra vive também dos interessantes momentos descritivos das personagens e dos espaços onde se movem. Assim, temos o retrato cómico de um Dâmaso gordalhufo, aspirante a “chic”, ou as descrições sensuais de Madame Gouvarinho e Raquel Cohen. Os espaços, detalhadamente apresentados, promovem as sensações que nos permitem captar a realidade. A linguagem, recheada de adjetivos, diminutivos irónicos, verbos fortes e expressivos, está ao serviço da caracterização dos espaços e das personagens, realçando os aspetos mais distintivos. Do exposto, percebe-se a perspicácia de Eça, exímio analista da sociedade sua contemporânea, no modo como, tão habilmente, a desenhou literariamente. [192 palavras] FICHA 3 – SÍNTESE (p. 24) Seis alunas da Escola Básica e Secundária de Santo António, no Barreiro, criaram um software que lhes valeu o primeiro prémio no concurso nacional do Apps for Good, projeto que premeia a criação de aplicações que resolvem problemas. Trata-se de uma ferramenta para telemóveis e tablets, tablets, pensada para alunos com necessidades educativas especiais, que lhes permite digitalizar imagens que os ajudam a comunicar. No entanto, esta aplicação tem utilidade também para outras pessoas que apresentam dificuldades de comunicação. Além de terem sido premiadas com tablets, tablets, estas alunas garantiram a presença na final internacional, em Inglaterra. [95 palavras] FICHA 4 – EXPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA (p. 25) Proposta 1 Dificilmente haverá quem não saiba que a qualidade de vida depende muito dos hábitos alimentares do nosso dia a dia. Está mais que provado que comer várias vezes ao dia e de forma variada e equilibrada contribui para a manutenção da saúde dos indivíduos, prevenindo o aparecimento de doenças e promovendo o bem-estar. Pelo contrário, o consumo excessivo de sal, açúcares e gorduras resulta, muitas vezes, em problemas de saúde vários. Em Portugal, mais de metade da população tem excesso de peso, e o número tem vindo a aumentar, na faixa etária dos 18 aos 25 anos. Efetivamente, é entre os jovens que mais se têm verificado índices de obesidade excessivos, até porque são eles os principais consumidores da designada “comida de pl|stico”. Em suma, são evidentes os efeitos negativos que uma má alimentação pode trazer, pelo que se torna premente que certos hábitos sejam alterados e que a ingestão que fazemos dos alimentos passe a ser mais equilibrada. [159 palavras]
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Proposta 2 O “Serm~o de Santo António” é um texto alegórico, pois Padre António Vieira assume como auditório fictício os peixes, quando, na realidade, se dirige aos homens. Deste modo, ao apresentar as virtudes dos peixes através das referências ao peixe de Tobias, à Rémora, ao Torpedo e ao Quatro-olhos, exerce uma forte crítica ao ser humano – a imagem positiva dos peixes reforça a imagem negativa dos homens, o que permite inferir a superioridade moral dos peixes. Na segunda parte do sermão, Vieira regista os defeitos dos homens; partindo das espécies Pegadores, Voadores, Roncadores e Polvo, critica a corrupção, a repressão, a vaidade, a falsidade, a hipocrisia, a traição, a ambição, o parasitismo, reveladores do caráter humano. A alegoria é, assim, um meio de satirizar o comportamento do ser humano, o que confere a esta obra um caráter intemporal. [137 palavras]
FICHAS DE GRAMÁTICA FICHA 1 – PROCESSOS FONOLÓGICOS (p. 28) 1. a. supress~o: síncope do “d” – apócope do “e”; b. supressão b. supressão + + alteraç~o: aférese do “a” – sonorização – sonorização (p > b; d > g); c. inserção: c. inserção: epêntese do “d”; d. supress~o + alteraç~o: síncope do “g” – sinérese – sinérese e. alteração: metátese (er > re); f. inserção: f. inserção: paragoge do (ee > ei); e. alteração: “s”; g. alteraç~o + supress~o: assimilaç~o (rs > ss) − síncope s íncope do i. alteração: palatalização (pl > ch); “h”; h. inserç~o: prótese do “e”; i. alteração: j. alteração: j. alteração: vocalização (c > i); k. supressão k. supressão + alteração: apócope l. supressão + alteração: do “e” – síncope do “g” – crase – crase (ee > e); l. supressão síncope do “l” – sonorização – sonorização (c > g); m. alteração: m. alteração: redução vocálica; n. alteraç~o: met|tese (“par” / “pra”). 2. B I P A L A T A L I Z A Ç A O S I N C O P E M J L E R B S A O X Z A R T U Y U Q H X N E S N O E T J A K L N O F S A Q G O P R V T Y S U J G N M V B E R E D U Ç A O E V O C A L I C I W A S S I M I L A Ç A O U A Z A S D G U N E S E R E N I S A X P A R A G O G E O U L J K Ç S G U O A Z A L I O I A S A A Z I R C O B R U J A R E C O O T W F X A C Y E S E T O R P N M Q E A R T O J Ç K O P I N A F E R E S E W T U I O L V Z 3. Possibilidades de respostas: a. Este jovem tem uma grande vib. Ontem estavas talidade. / Esta carta de condução já é vitalícia. b. Ontem com um ar lunático. / As sistimos ao eclipse lunar. c. Comprei c. Comprei outros óculos. / Ele tem um problema ocular. FICHA 2 – TEMPOS E MODOS VERBAIS (pp. 29-30) 1. a. Disputamos; a. Disputamos; b. Mostraste; b. Mostraste; c. fizeste; c. fizeste; d. d. ouve; e. trazíamos; e. trazíamos; f. mostra-mos; f. mostra-mos; g. decorrerão; g. decorrerão; h. Pedi-te. h. Pedi-te. 2. a. a. supusemos; b. b. interveio; c. c. opor-se-ão; d. d. contradissesse; e. depuseram; e. depuseram; f. interpusésseis f. interpusésseis / reouvésseis. 3. a. chegares a. chegares / arruma; b. pediu b. pediu / entregares / fizeste; c. possas c. possas / d. mantivessem / fizessem; e. e. mantêm / creem / habitua-te; d. divergem; f. previsse f. previsse / conteve / interveio. 4.1. (C); 4.1. (C); 4.2. (B); 4.2. (B); 4.3. (A); 4.3. (A); 4.4. (B); 4.4. (B); 4.5. (D); 4.5. (D); 4.6. (B). 4.6. (B). FICHA 3 – CLASSES DE PALAVRAS (p. 31) 1.1. (B); 1.1. (B); 1.2. (A); 1.2. (A); 1.3. (D); 1.4. (B); 1.4. (B); 1.5. (B). 1.5. (B).
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FICHA 4 – FUNÇÕES SINTÁTICAS (p. 32) 1. a. Complemento do nome / complemento do adjetivo; b. Complemento direto / complemento oblíquo; c. Complemento do nome / complemento agente da passiva; d. Complemento direto / complemento indireto; e. Complemento direto / modificador (GV); f. Complemento do nome / predicativo do sujeito; g. Modificador do nome restritivo / complemento oblíquo; h. Sujeito / predicativo do complemento direto; i. Modificador do nome restritivo / complemento direto; j. Predicativo do complemento direto / modificador (GV). 2. [A] – [9]; [B] – [5]; [C] – [6]; [D] – [7]; [E] – [3]; [F] – [8]; [G] – [2]; [H] – [1]; [I] – [4]; [J] – [10]; [K] – [11]. FICHA 5 – FRASE COMPLEXA – SUBORDINAÇÃO (p. 33) 1. [A] – [2]; [B] – [13]; [C] – [8]; [D] – [14]; [E] – [3]; [F] – [5]; [G] – [10]; [H] – [9]; [I] – [4]; [J] – [7]; [K] – [12]; [L] – [11]; [M] – [6]; [N] – [1]. FICHA 6 – COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO– IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE ORAÇÕES (p. 34) 1. [A] – [6]; [B] – [3]; [C] – [2]; [D] – [8]; [E] – [7]; [F] – [1]; [G] – [4]; [H] – [5]. 2. a. Julgo que Cesário era pouco reconhecido, pois poucos literatos privavam com ele. b. Alguns escritores contemporâneos de Antero consideravam-no um revolucionário mas outros reconheciam já o seu talento. 3. a. Oração subordinada substantiva completiva – conjunção subordinativa completiva; b. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva – pronome relativo; c. Oração subordinada adverbial final – conjunção subordinativa final; d. Oração subordinada adverbial consecutiva – conjunção subordinativa consecutiva; e. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa – pronome relativo. FICHA 7 – COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO – ORAÇÕES E FUNÇÕES SINTÁTICAS (pp. 35-37) 1.1. (D); 1.2. (B); 1.3. (A); 1.4. (C); 1.5. (D); 1.6. (A); 1.7. (B). 2. [A] – [1]; [B] – [8]; [C] – [2]; [D] – [12]; [E] – [4]; [F] – [14]; [G] – [4]; [H] – [9]; [I] – [5]; [J] – [6]; [K] – [7]; [L] – [3]; [M] – [11]; [N] – [10]; [O] – [13]; [P] – [8]; [Q] – [6]; [R] – [13]. 3. a. “Na vida, deparamo-nos com v|rios obst|culos” – oração coordenada; “mas n~o podemos desistir” – oração coordenada adversativa; b. “Logo que os alunos se sentaram” – oração subordinada adverbial temporal; “o professor deu início { aula” – oração subordinante; c. “A professora sistematizou os conteúdos” – oraç~o subordinante; “para que os alunos pudessem estudar mais facilmente” – oração subordinada adverbial final; d. “Ela considerou” – oraç~o subordinante; “que o teste devia ser adiado” – oração subordinada substantiva completiva; e. “Entrei em casa” – oraç~o coordenada; “e liguei imediatamente o computador” – oração coordenada copulativa; f. “Ele estudou tanto” – oraç~o subordinante; “que conseguiu a nota desejada” – oração subordinada adverbial consecutiva; g. “A professora pediu-me” – oraç~o subordinante; “para abrir a porta da sala 8” – oração subordinada substantiva completiva; h. “Gosto muito de peixe” – oraç~o subordinante; “ainda que prefira a carne” – oração subordinada adverbial concessiva; i. “Embora tenha dificuldades” – oraç~o subordinada adverbial concessiva; “ele nunca desiste” – oração subordinante; j. “Os animais […] têm de ser protegidos” – oraç~o subordinante; “que est~o em vias de extinç~o” – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; k. “Quando cheguei { escola” – oraç~o subordinada adverbial temporal; “que ainda es tava fechada” – oração subordinada adjetiva r elativa explicativa; “encontrei dois alunos” – oração subordinante; l. “Eles escolheram” – oraç~o subordinante; “quem os apoiou” – oração subordinada substantiva relativa.
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4.1. a. “ainda que criticasse os homens” – oração subordinada adverbial concessiva; b. “que parassem com a exploraç~o dos índios” – oração subordinada substantiva completiva; c. “que os colonos andassem aflitos com as críticas de Vieira” – oração subordinada substantiva completiva; d. “como correra a sess~o no Casino Lisbonense” – oração subordinada substantiva completiva; e. “quem escrevera esse poema” – oração subordinada substantiva relativa; f. “que os pais lhe tinham dado” – oração subordinada adjetiva relativa restritiva; g. “para que todos os alunos os possam ler” – oração subordinada adverbial final. 4.2. a. “a Deus” – complemento direto; b. “aos colonos” – complemento indireto; “com a exploraç~o dos índios” – complemento oblíquo; c. “com as críticas de Vieira” – complemento do adjetivo; d. “aos companheiros” – complemento indireto; “a sess~o no Casino Lisbonense” – complemento direto; e. “esse poema” – complemento direto; f. “{ colega” – complemento indireto; “os pais” – sujeito; g. “os” – complemento direto. 5.1. a. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva; b. Oração subordinada substantiva completiva. 5.2. a. Modificador do nome restritivo; b. Complemento direto. FICHA 8 – COESÃO E COERÊNCIA (pp. 38-39) 1. Possibilidades de respostas: a. A chuva, que é fonte de vida, é necessária em todas as regiões do planeta, embora a maioria das pessoas não tenha consciência disso. b. As pessoas, cuja atividade comercial depende, antes de mais, dos recursos naturais, reconhecem o valor da chuva e do sol para a agricultura. c. O planeta Terra, de onde extraímos os nossos alimentos, é essencial à vida humana, apesar de muitos não o preservarem. d. Na cidade já não se tem noção da origem dos alimentos. As pessoas, aí, esquecem que a harmonia do planeta depende do equilíbrio entre os dias de sol e os dias de chuva. 2. As comemorações do centenário do Orfeu decorreram na reitoria da Universidade do Porto, cidade onde eu nasci, e duraram quatro semanas. As atividades que abrilhantaram o evento realizaram-se na sala magna, onde se assistiu à primeira conferência que deu início às festividades. O ponto alto das solenidades foi o momento em que o cineasta falou do filme que retrata a vida do grupo de intelectuais fundadores da r evista. 3.1. (E) – (A) – (D) – (B) – (C). 4.1. (A); 4.2. (B); 4.3. (D); 4.4. (C); 4.5. (A). FICHA 9 – DÊIXIS PESSOAL, TEMPORAL E ESPACIAL (pp. 40-41) 1. a. “agora” (l. 23); “amanh~” (l. 54); “J|” (l. 55); b. “Eu” (l. 3); “Você” (l. 4); “vive falando” (l. 4); “Vocês” (l. 49); c. “saiu de Surupinga” (l. 13); “Aqui” (l. 25); “Esta mala” (l. 32); “em casa” (l. 33). 2. a. Refere-se ao momento da enunciação, ou seja, do diálogo entre o enunciador e o seu interlocutor; b. Reporta-se à sala onde os dois interlocutores se encontram quando soa a campainha. 3. O determinante demonstrativo “esta” indica proximidade. 4. (C).
QUESTÕES DE AULA QUESTÃO DE AULA 1 – “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO”, DE P.e ANTÓNIO VIEIRA (p. 44) 1. [A] – [3]; [B] – [6]; [C] – [1]; [D] – [2]; [E] – [9]. 2. a. V; b. F; c. V; d. V; e. F; f. F; g. V; h. V; i. F; j. V; k. V; l. V. QUESTÃO DE AULA 2 – FREI LUÍS DE SOUSA, DE ALMEIDA GARRETT (pp. 45-46) 1. [A] – [3], [5]; [B] – [7], [9], [10]; [C] – [4], [8]; [D] – [1]; [E] – [2]; [F] – [6]. 2.1. (D); 2.2. (A); 2.3. (C); 2.4. (A); 2.5. (B); 2.6. (C); 2.7. (B).
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QUESTÃO DE AULA 3 – AMOR DE PERDIÇÃO, DE CAMILO CASTELO BRANCO (pp. 47-49) 1. a. V; b. F – Na base da prisão de Camilo Castelo Branco está o caso adúltero com Ana Plácido; c. V; d. V; e. F – As razões que levaram à prisão de Camilo são as mesmas que conduziram o seu tio Simão Botelho ao cárcere: um amor proibido; f. F – A ação do romance camiliano é reveladora da valorização das convenções/conveniências sociais face aos interesses/sentimentos do indivíduo; g. V; h. F – A transformação que se verificou no protagonista do romance deveu-se ao poder transformador/ regenerador do amor; i. V; j. F – A determinação na defesa dos ideais pessoais e a rebeldia face às regras sociais estão na base do enredo deste romance camiliano; k. V; l. V; m. F – O convento representa, no romance, a repressão, o castigo para a paixão; n. F – Mariana, apesar de amar Simão, sabe que a sua classe social nunca lhe permitirá ter um relacionamento com ele; o. V. 2. [A] – [4], [8], [10]; [B] – [9]; [C] – [2], [6]; [D] – [1], [7]; [E] – [3], [5]. 3.1. (A); 3.2. (B); 3.3. (D); 3.4. (A); 3.5. (C); 3.6. (D); 3.7. (C); 3.8. (A); 3.9. (C); 3.10. (B). QUESTÃO DE AULA 4 – OS MAIAS , DE EÇA DE QUEIRÓS (pp. 50-51) 1.1. (D); 1.2. (A); 1.3. (B); 1.4. (C); 1.5. (D); 1.6. (A); 1.7. (B); 1.8. (A); 1.9. (C); 1.10. (D). 2. [A] – [3]; [B] – [6]; [C] – [8]; [D] – [11]; [E] – [1]; [F] – [13]; [G] – [4]; [H] – [2]; [I] – [9]; [J] – [7]. QUESTÃO DE AULA 5 – SONETOS COMPLETOS / CÂNTICOS DO REALISMO (pp. 52-53) 1. a. F – Antero de Quental foi um grande opositor dos hábitos mentais do povo português, preconizando uma viragem na lírica portuguesa; b. V; c. F – O pessimismo, a angústia existencial e a desilusão são temáticas recorrentes da poesia anteriana; d. V; e. V; f. F – O poema “O pal|cio da ventura” assenta a sua construção em duas metáforas antagónicas; g. V; h. V; i. F – Antero acaba por concluir que a luta pelos ideais fora em vão; j. V. 2.1. (B); 2.2. (C); 2.3. (B); 2.4. (D); 2.5. (A). 3. [A] – [5]; [B] – [9]; [C] – [2]; [D] – [7]; [E] – [1].
TESTES DE AVALIAÇÃO TESTE DE AVALIAÇÃO 1 – “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO”, DE P.e ANTÓNIO VIEIRA, (pp. 57-59) GRUPO I 1. Através da referência aos peixes Pegadores, Padre António Vieira atinge os homens oportunistas, interesseiros e parasitas, que se aproveitam dos outros, o que ilustra o caráter alegórico do excerto. 2. O orador apresenta como argumento o facto de os peixes não deverem viver “pegados” aos grandes ao ponto de isso implicar a sua morte (“Chegai-vos embora aos grandes; mas não de tal maneira pegados, que vos mateis por ele s, nem morrais com eles.” – ll. 22-23). 3. Criticando os homens, o orador apresenta, mais uma vez, Santo António como o exemplo a seguir. 4. Exemplos: “peixinhos, ignorantes e miser|veis” (l. 16); “errado, e enganoso” (l. 16). A expressividade da adjetivação reside no pormenor da caracterização, que vai ao encontro do objetivo do orador: incutir vivacidade ao discurso. 5. Ao criticar o comportamento dos peixes e, por inferência, o dos homens, o orador concretiza a crítica social que é característica do “Serm~o de Santo António”, e que conduz { moralidade visível em segmentos como: “Eis aqui, peixezinhos ignorantes, e miser|veis,
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qu~o errado, e enganoso é este modo de vida, que escolhestes.” (ll. 16-17) ou “Chegai-vos embora aos grandes; mas não de tal maneira pegados, que vos mateis por eles, nem morrais com eles.” (ll. 22-23). GRUPO II 1. (B); 2. (A); 3. (A); 4. (D); 5. (C); 6. (B); 7. (C). 8. Complemento agente da passiva. 9. “a Europa”. 10. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. TESTE DE AVALIAÇÃO 2 – FREI LUÍS DE SOUSA, DE ALMEIDA GARRETT (pp. 60-62) GRUPO I 1. Frei Jorge é um homem religioso, preocupado com a família, tranquilizador daqueles que o rodeiam e amistoso para com a sobrinha, Maria. 2. Frei Jorge traz uma notícia que vai colocar em sobressalto toda a família. Neste momento, avisa as senhoras da família que, em virtude da peste que grassava em Lisboa e dos bons ares do local onde se encontram, os governadores pretendem, por capricho, sair de Lisboa e instalarem-se em Almada, mais precisamente no palácio de Manuel de Sousa Coutinho. 3. Inicialmente, D. Madalena fica assustada com as palavras de Frei Jorge e revela compreensão face à pretensão dos governadores quererem fugir da peste. Porém, quando Frei Jorge dá a entender que ela se deverá preparar para uma má notícia relacionada com as decisões dos governadores, fica espantada, admirada, atónita, como se vê em “O meu!” (l. 32). Maria mostra -se revoltada, pois não aceita nem admite que os representantes do povo o abandonem em momentos de grande aflição e mostra-se indignada perante o facto de estes pensarem que as suas vidas valem mais do que as dos outros cidad~os (“– Que mais valem as vidas deles?” – l. 15). 4. Em Almada não havia peste. A vila tinha bons ares, boas ág uas e uma bela paisagem. 5. A vivacidade do discurso de Maria é visível no recurso às exclamações, interrogações retóricas e reticências. GRUPO II 1. a. V; b. V; c. V; d. F; e. F. 2. a. Vocativo; b. Complemento indireto. 3. Oração subordinada substantiva completiva. 4. Pretérito imperfeito do conjuntivo. 5. “o mundo”. TESTE DE AVALIAÇÃO 3 – “SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO” / FREI LUÍS DE SOUSA (pp. 63-67) GRUPO I A 1. Obediência, ordem, quietação e atenção são as virtudes dos peixes enumeradas pelo orador. 2. Os homens perseguiam Santo António, queriam matá-lo por lhes apontar os defeitos, enquanto os peixes, em g rande número, ouviam atentamente as palavras do santo, com uma atitude de respeito e de assentimento. B 3. As duas cenas apresentadas situam-se no final do ato III, uma vez que se referem a aspetos relacionados com a tomada do hábito por parte de D. Madalena e Manuel de Sousa Coutinho. Esta cerimónia decorre na parte baixa do palácio de D. João de Portugal, mais precisamente na capela da Sr.a da Piedade, na igreja de S. Paulo dos Domínicos de Almada, e a altas horas da noite.
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4. Quando D. Madalena se dirige a Frei Jorge, parece ter dúvidas quanto às notícias que davam como vivo o seu primeiro marido, como se percebe na sua primeira intervenção. Contudo, as certezas de Manuel de Sousa Coutinho levam-na a assumir uma atitude de desespero, ao ponto de entrar numa espécie de delírio que a faz dirigir-se a Deus, pedindo-Lhe ajuda para suportar a dor dilacerante provocada pela necessidade de ter de se separar daqueles que mais ama. Seguidamente, revolta-se contra este Deus que tudo lhe tirou, inclusive a filha; só nas duas últimas réplicas se perceciona a resignação, ao aceitar aquele destino trágico. 5. Manuel de Sousa Coutinho sempre agiu com maior racionalidade e, mais uma vez se percebe, pela sua intervenção, que a sua honradez prevalece sobre a emoção. Por isso, vendo D. Madalena vacilar na decisão tomada, reage de forma mais fria, tentando fazê-la compreender que nada mais lhes restava senão concretizar a decisão de se separarem e de ingressarem na vida conventual. Pede, por isso, a D. Madalena que ganhe ânimo e não vacile, afastando-se de imediato. Deste modo, sobressai a racionalidade e a frieza, ainda que c om o intuito de não alimentar as incertezas da esposa. GRUPO II 1. (A); 2. (C); 3. (A); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (C). 8. “me”, “recordo”, “percebi”. 9. ”outra raz~o mais subtil mas mais indelével” (l. 16). 10. Coesão interfrásica. GRUPO III Resposta de caráter pessoal, podendo, todavia, apresentar-se a seguinte planificação como ponto de partida. Introdução – indicação do local visitado e da data/época em que tal aconteceu. Desenvolvimento – descrição dos aspetos observados, em termos arquitetónicos, civilizacionais, culturais, étnicos… Conclus~o – aspetos mais emblemáticos. TESTE DE AVALIAÇÃO 4 – AMOR DE PERDIÇÃO, DE CAMILO CASTELO BRANCO (pp. 68-70) GRUPO I 1. As expressões “De manh~” (l. 1), “Às onze horas” (l. 4), “Ao se gundo dia de viagem” (l. 5), “Era o dia 27 de março, o nono de en fermidade de Sim~o Botelho” (l. 15), “Ao romper da manh~” (l. 16), “Algumas horas volvidas” (l. 24) contribuem para a concentração temporal da ação, a qual decorre, agora, precipitadamente, em nove dias, sendo apenas relatados os aspetos fundamentais que conduzem ao culminar da ação. 2. Mariana vai demonstrando, ao longo do tempo, que está determinada a suicidar-se, se Simão morrer. Assim, a atitude que a personagem assume, quando confrontada com a iminência da morte de Simão, é reveladora de alguém que deixa de sofrer com a vida, convicta de que cedo se vai desprender dos aspetos terrenos e, por isso, não chorou quando ouviu o prognóstico do seu amado e perguntou-lhe, nas palavras do narrador, com uma “Pasmosa serenidade” (l. 7), o que fazer {s suas cartas, se Sim~o morresse no mar. Depois, acaba por revelá-lo explicitamente, quando o degredado lhe pergunta o que fará ela se ele morrer no mar. A resposta é imediata: “– Morrerei, senhor Sim~o” (l. 12). Finalmente, é ainda indicativo do seu suicídio o facto de não ter chorado nem orado, quando Simão morre, como se acreditasse que, em breve, estaria junto dele, e o facto de apresentar uma postura inerte e estranha, enquanto os marujos davam puxões ao cadáver do académico para segurar a pedra à cintura. 3. Apesar de Mariana amar Simão, tem plena consciência de que o seu amor não é correspondido e de que ele sente por ela apenas um amor fraternal. Por essa r azão, designa-o de “meu irm~o”
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(l. 6). Por outro lado, por reconhecer que Simão é detentor de um estatuto social mais elevado do que o seu, as suas palavras revestem-se de alguma formalidade, nomeadamente quando diz “senhor Sim~o” (l. 12). 4. A frase de Simão refere-se à infelicidade de Teresa, à morte de João da Cruz e à eventualidade da morte de Mariana. 5. As falas de Mariana revelam o seu estatuto social na medida em que trata Sim~o por “senhor Sim~o” (l. 12), forma de tratamento que se usava relativamente a alguém com um estatuto social superior. GRUPO II 1. a. F; b. F; c. V; d. F; e. V; f. F; g. V; h. V; i. V; j. F. 2. a. Oração subordinada substantiva completiva; b. Orações coordenadas copulativas. 3. a. Sujeito; b. Complemento indireto; c. Vocativo; d. Complemento indireto. 4. a. “Morrer|” – futuro do indicativo; “fiz” – pretérito perfeito do indicativo; b. “aumentava” – pretérito imperfeito do indicativo. 5. a. “uma l}mpada”; b. “o morto”. TESTE DE AVALIAÇÃO 5 – OS MAIAS , DE EÇA DE QUEIRÓS (pp. 71-73) GRUPO I 1. A ação deste excerto insere-se no episódio relativo às corridas de cavalos, constante do capítulo X, e refere-se ao momento em que o jóquei de um cavalo (o Júpiter, vencido numa das competições) veio pedir satisfações ao juiz da corrida, afirmando que a sua derrota se deveu a uma fraude. Esta situação gerou a indignação do Vargas e os ânimos acabaram por se exaltar. 2. A comparação da voz do Vargas com o som produzido pelo touro põe em evidência não só o vigor da voz da referida personagem mas sobretudo o facto de se tratar de um comportamento pouco adequado em público, o que evidencia o caráter crítico desta passagem. 3. Ao longo do texto, tanto através das palavras do narrador como dos comentários do marquês, é criticado o comportamento dos que assistiam à corrida, afirmando-se que “um sopro grosseiro de desordem reles” (ll. 11-12) tinha desmanchado as aparências de povo civilizado que tinham sido evidenciadas. Critica-se o interesse ridículo e “postiço” dos portugueses pelas corridas e a sua vocaç~o para desordens, afirmando o marquês que “gostamos é de vinhaça, e viola, e bordoada” (l. 21). 4. O segmento referido reduz as preocupações dos portugueses a assuntos considerados insignificantes pelo enunciador, realçando o atraso em que Portugal se encontra. 5. O marquês fica indignado com o comportamento arruaceiro do povo português, a ausência de modos e a hipocrisia ao importar do estrangeiro atividades que não sabia cumprir ou dignificar. Carlos e Clifford veem o tumulto de forma diferente – o primeiro garante que é “pitoresco”, sente-se como observador de toda aquela confusão e nada o afeta. Considera-se, e é, diferente daquela gente, nos gostos, na educação e no comportamento, daí que entenda aquela confusão como um motivo de interesse que dava um certo colorido ao acontecimento. Clifford, apesar de achar deplorável a atitude presenciada, mantém a sua postura educada e correta e desvaloriza o sucedido. GRUPO II 1. (A); 2. (B); 3. (C); 4. (A); 5. (C); 6. (C); 7. (D). 8. Pronome relativo. 9. Trata-se de uma citação. 10. Oração subordinada adverbial causal.
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TESTE DE AVALIAÇÃO 6 – AMOR DE PERDIÇÃO / OS MAIAS (pp. 74-78) GRUPO I A 1. O tema do amor-paixão é visível no facto de Teresa demonstrar estar dominada por um sentimento tão avassalador que está disposta a morrer por ele, recusando o casamento com outro homem. 2. Apesar de ter noção de que Teresa não ama Baltasar, tendo recusado já uma vez contrair matrimónio com ele, Tadeu menospreza o amor e acredita que, enquanto pai, tem o direito de impor à filha o casamento com o primo, chegando mesmo a confessar que o amor de um pai, por vezes, se manifesta sob a forma de violência. Esta mentalidade coaduna-se com a que vigorava na época, uma vez que os casamentos de conveniência eram usuais, como forma de preservar os privilégios ou de ascender económica e socialmente. B 3. Tendo tido conhecimento de que Dâmaso tecia comentários pouco abonatórios sobre o seu relacionamento com Maria Eduarda, em diversos locais incluindo o Grémio, e perante amigos e conhecidos de ambos, Carlos fica indignado e furioso, até porque os uniam laços de amizade, e decide dar uma lição a Dâmaso. Durante o percurso até aos Olivais, a ideia de o destruir, de forma tão visível e violenta que pudesse constituir uma lição, não abandona Carlos, que congemina, demoradamente, sobre essa possibilidade. 4. A última afirmação de Carlos revela a sua felicidade e o modo como o amor entre ele e Maria Eduarda o traz enlevado e deliciado. Perante a constataç~o de Alencar de que o mundo é “um vale de l|grimas” (l. 31), Carlos n~o consegue sen~o pensar em si e na sua felicidade, fruto do bilhete de Maria Eduarda, em que esta o convidava a visitá-la à noite, e que guardou como se fosse uma “doce relíquia” (l. 17). 5. A dupla adjetivaç~o, presente, por exemplo, em “muda e igno rada” (l. 9), “gorducho e reles” (l. 12) ou “moroso e pensativo” (l. 18), o uso de estrangeirismos como “coupé ” (l. 4) e a expressividade do verbo (“ruminar” – l. 1 e “palrando” – l. 12) e do advérbio (“copiosamente” – l. 22) constituem características típicas do estilo da linguagem queirosiana. GRUPO II 1. (A); 2. (C); 3. (B); 4. (D); 5. (A); 6. (C); 7. (D). 8. Verbo principal transitivo indireto. 9. Modificador do nome apositivo. 10. Oração subordinada adjetiva restritiva. GRUPO III Resposta de caráter pessoal. Contudo, o aluno pode seguir o seguinte cenário: Introdução – evidenciação da importância do amor para o ser humano. Desenvolvimento – constatação de que o amor contribui para o bem-estar; factualidade da necessidade de amar para o equilíbrio emocional na relação consigo e com os outros; explicitação de que a consciência de ser amado desenvolve nobres sentimentos no relacionamento social. Conclusão – reforço da ideia de que o amar e ser amado é fundamental para a harmonia pessoal e social. TESTE DE AVALIAÇÃO 7 – SONETOS COMPLETOS , DE ANTERO DE QUENTAL (pp. 79-80) GRUPO I 1. O sujeito poético sente-se só, em sofrimento e incompreendido, num conflito interior, tendo apenas a noite como companheira e confidente, encontrando nela tranquilidade e serenidade. 2. As expressões “Tu só entendes bem o meu tormento…” (v. 4),
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“A ti confio o sonho” (v. 9) ou “E tu entendes o meu mal sem nome” (v. 12) demonstram que o sujeito, atormentado, encontra na noite o apaziguamento de que necessita. 3. Os travessões acrescentam informação adicional, pormenorizando a caracterizaç~o do “canto longínquo”, personificado pelo “espírito” que atenua o sofrimento do sujeito poético. 4. O uso das maiúsculas acentua o caráter transcendente da busca que o sujeito lírico efetua, sem sucesso, advindo daí a razão do seu drama. 5. O título do poema anuncia a entidade a quem o eu lírico confia o seu drama íntimo, e que lhe confere alguma serenidade. GRUPO II 1. (A); 2. (B); 3. (A); 4. (B); 5. (C); 6. (D). 7. [A] – [5]; [B] – [2]; [C] – [7]; [D] – [4]. TESTE DE AVALIAÇÃO 8 – CÂNTICOS DO REALISMO, DE CESÁRIO VERDE (pp. 81-83) GRUPO I 1. O grupo social destacado é o povo e, neste caso concreto, a atenção recai nos cavadores que abrem as valetas e que o sujeito poético compara a animais (“as bestas” – v. 6) por serem “Homens de carga!” (v. 6). Contud o, revela comiseração por eles, até porque tem consciência de que o povo sofre, agoniza e tem, tal como os trabalhadores que a esta classe pertencem, uma “vida t~o custosa” (v. 7). 2. O “eu” lírico mostra-se atento e crítico relativamente a tudo o que observa. Porém, na segunda estrofe, percebe-se que tem pena dos pobres trabalhadores, quando afirma “Que vida t~o custosa!” (v. 7) e d| conta da sua comiseraç~o mas, simult}nea e respetivamente, da sua imaginação criadora, ao falar do sofrimento e da agonia do povo e ao ver uma bandeira no pano rasgado das camisas, divisas nos listrões de vinho e uma cruz nos suspensórios. 3. A transfiguração do real está presente na associação que o sujeito poético faz entre o pano rasgado das camisas dos trabalhadores e a bandeira, os suspensórios e a cruz, o que reforça, simultaneamente, o caráter épico do poema. 4. Neste excerto destaca-se a adjetivação, usada na caracterização dos trabalhadores (“Possantes, grossas, temperadas, […] ralasso” – vv. 3-4; “E manso […] calosas m~os gretadas” – vv. 5 e 9), e fá-lo de forma tão pormenorizada que o leitor pode mesmo imaginá-los no desempenho das suas tarefas. As exclamações conferem bastante expressividade ao texto, uma vez que, através delas, se consegue percecionar as emoções do sujeito poético quando observa a realidade que retrata. Neste caso, a sua comoção vem ao de cima quando avalia o esforço desmedido daqueles homens, bem como a vida dura que levam (“Homens de carga! Assim as bestas v~o curvadas!” – v. 6). 5. A dimensão épica é visível na referência ao povo como uma personagem coletiva e ao esforço do trabalho por ele produzido (“Homens de carga!” – v. 6), realçada pelo recurso à exclamação e a vocabul|rio valorativo (“Possantes, grossas” – v. 3, “custosa” – v. 7, “calosas” – v. 9, “gretadas” – v. 9, “sofres, bebes, agonizas” – v. 13), ilustrativo da visão subjetiva do sujeito poético. GRUPO II 1. (B); 2. (C); 3. (A); 4. (A); 5. (D); 6. (B); 7. (D). 8. Complemento oblíquo. 9. “ele” [Gonçalo Cadilhe]. 10. Gonçalo Cadilhe afirmou que em terra onde estivesse faria como visse. Excluía o transporte aéreo porque voar sobre África não era viajar por África.
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TESTE DE AVALIAÇÃO 9 – SONETOS COMPLETOS / CÂNTICOS DO REALISMO (pp. 84-87) GRUPO I A 1. A Raz~o é, para o “eu” lírico, fonte de virtude, de heroísmo, de harmonia (“irm~ do Amor e da Justiça” – v. 1), e está na base da ânsia de liberdade que move o ser humano. Desta forma, defende a prevalência da racionalidade. 2. A an|fora “Por ti” enfatiza a import}ncia da Raz~o, pois permite explicitar os domínios que ela abrange, deixando claro que ocupa um lugar central no modo como o sujeito poético encara o mundo. B 3. O sujeito poético encontra-se a deambular pela cidade de Lisboa, num fim de tarde, uma vez que logo na primeira estrofe se faz referência ao Tejo, ao bulício e à azáfama típicos do final de um dia de trabalho. Por isso, os versos “Nas nossa ruas, ao anoitecer” (v. 1) e “Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia” (v. 3) atestam a localização espácio-temporal anteriormente registada. A deambulaç~o é também evidente na forma verbal “erro” (v. 20). 4. As exclamações presentes na terceira estrofe traduzem a emotividade, o estado de espírito do “eu” poético; estas exclamações (“Felizes!” – v. 10; “Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!” – v. 12) parecem sugerir uma certa inveja daqueles que partem e, desse modo, fogem da realidade onde se encontra o “eu”. Estes podem ver outras capitais, conhecer o mundo, em vez de ficarem emparedados e sujeitos ao “desejo absurdo de
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sofrer” (v. 4) que a cidade onde o “eu” poético se encontra lhe desperta. 5. Desde o primeiro momento, o sujeito poético refere a perturbação e o enjoo provocados pelo “g|s extravasado” (v. 6), e ainda o “desejo absurdo do sofrer” (v. 4). A deceç~o e o des}nimo s~o ainda despertados pelas edificações, que o “eu” compara a gaio las, e pelos tipos humanos retratados, ao ponto de confessar que se embrenha a cismar e a errar pelos cais. Por tudo isto, facilmente se percebe que no sujeito poético prevalece um sentimento de desânimo e de disforia que lhe desperta o desejo de fuga. GRUPO II 1. (B); 2. (D); 3. (C); 4. (B); 5. (A); 6. (C); 7. (D). 8. Livro, biblioteca, livraria. 9. Oração subordinada substantiva completiva. 10. Coesão lexical por antonímia. GRUPO III Resposta de caráter pessoal. Contudo, o aluno pode seguir a seguinte planificação: Introdução – importância destes dois poetas no panorama da literatura portuguesa. Desenvolvimento – Antero de Quental: características dos Sonetos: a angústia existencial, a inquietação espiritual, a consciência da imperfeição humana, a desilusão e o desespero; Cesário Verde: traços identitários da sua obra: a imaginação, a deambulação, a transfiguração do real, o imaginário épico, a cidade e os tipos sociais. Conclusão – referência aos traços distintivos dos dois poetas, embora pertencentes ambos ao Realismo.
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