Guerra Fria (Trabalho Escolar ABNT)
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ESCOLA ESTADUAL PROFª MARIA TEIXEIRA GÓES FILOSOFIA
WESLEY
GUERRA FRIA
MANAUS 2012
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WESLEY
GUERRA FRIA
Trabalho solicitado pela prof.ª de Filosofia para aquisição de nota parcial no 2º bimestre
MANAUS 2012
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Sumário
INTRODUÇÃO...............................................................................................................04 A GUERRA FRIA E O MUNDO BIPOLAR................................................................05 A GENÊSE DAS TENSÕES..........................................................................................05 ALGUNS DOS ACONTECIMENTOS MAIS IMPORTANTES DURANTE A GUERRA FRIA..............................................................................................................08 AS “GUERRAS QUENTES” DURANTE A GUERRA FRIA......................................09
UMA GUERRA IDEOLÓGICO: ENTRE O ESPAÇO E O CINEMA.........................11 EXISTIRAM VITORIOSOS NA GUERRA FRIA?.......................................................11 CONCLUSÃO.................................................................................................................15 BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................16
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Introdução
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo. A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.
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A Guerra Fria e o Mundo Bipolar
A Guerra Fria estabeleceu um c lima tenso entre as grandes potências do pós-Segunda Guerra.
O período da Guerra, que vai de 1945 a 1991, marca aquilo que conhecemos como velha ordem mundial. Trata-se de um importante período da história geopolítica do planeta no qual os dois principais países vencedores da Segunda Guerra Mundial passam a disputar a hegemonia política e militar de todo o planeta. Trata-se, portanto, de um período de intensas tensões, ameaças e disputas que são muito mais em outros campos (ideológico, espacial, cultural) do que em efetivas batalhas e disputas militares. Para que possamos compreender os fatores que constituíram a gênese da Guerra Fria e que lhe deram esta característica marcante de uma guerra de ameaças faz-se necessários que compreendamos o final da Segunda Guerra mundial e o equilíbrio de poder dela nascente.
A gênese das tensões
De certa maneira, EUA e URSS podem ser considerados os dois principais vencedores da Segunda Guerra Mundial. De um lado, temos o exército norte-americano vencedor do conflito em seu eixo de batalha no pacífico após o bombardeamento nuclear sobre duas cidades no Japão (Hiroshima e Nagasaki). Do outro, o exército vermelho que após a famosa batalha de Stalingrado marchou sobre a Europeu até o ponto do total encurralamento dos alemães em Berlim que levou Hitler ao suicídio. Mantida as posições do final da segunda Guerra, estes dois países passam, nas conferências de Potsdam e Yalta a repartir o mundo a partir de seus interesses. Vale ressaltar que nestas primeiras divisões, os EUA levam grande vantagem pelo fato de que, naquele determinado contexto, ser o único país a possuir a tecnologia nuclear. Esta
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diferença tecnológica entre os dois países verificado quando do fim da Segunda Guerra Mundial levou alguns autores a afirmar que, de fato, a Guerra Fria, teve início a partir de 1950, momento no qual a URSS desenvolveu a tecnologia nuclear. É importante, porém, ressaltar que desde 1944-45, as posições dos dois países em pontos estratégicos do mundo irá configurar o ordenamento geopolítica da Guerra Fria, que seja, a bipolaridade, a formação de dois grandes blocos de poder e de influência dominado por EUA e URSS.
Figura 1: Churchil, Truman e Stálin na Conferência de Potsdam.
Figura 2: bomba atômica sobre Hiroshima.
Tais blocos de poder surgidos no final da segunda Guerra Mundial vão se fortalecendo a partir de medidas que, tanto os EUA, como a URSS colocam em práticas com vistas a
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fomentar um ambiente de cooperação. É o caso, por exemplo da criação de planos econômicos, como o Plano Marshal pelos norte americanos e a Comecom pela URSS. Tratam-se de dois instrumentos de influência econômica que buscam aproximar os aliados, tornando-os dependentes. No caso do plano Marshal, os norte-americanos emprestavam, a fundo perdido, vastos recursos para que alguns países europeus (França, Inglaterra, Alemanha Ocidental) e o Japão se recuperassem da destruição causada pela Guerra em troca da participação de tais países na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aliança militar sob domínio norte-americano. Da mesma forma, a Comecom criava uma zona de cooperação econômica entre os países sob domínio e influência da URSS, fortalecendo assim o domínio da mesma sob tais países e a formação do Pacto de Varsóvia. Como em um grande jogo de xadrez, a cada jogada feita por uma superpotência outra jogada, igual e contrária era realizada com vistas a neutralizar a ação do seu oponente. Não se tratava de ataques diretos, de se criar maiores do que aqueles que cada um dos jogadores poderia suportar. Pelo contrário, era preciso agir discretamente, criar influência sem gerar, diretamente conflito. Esta característica da Guerra Fria, que seja, da inexistência de um conflito direto entre dois países, está no fato de que, a partir da tecnologia nuclear, a guerra ganha outros contornos e significados. Já não se trata mais de conflitos localizados, de disputa militares. Na nova guerra, sob o domínio da tecnologia nuclear, o que está em jogo são as próprias condições de existência do ser humano. O cientista político francês Raymond Aaron talvez seja aquele que melhor sintetizou, em uma frase, o período da Guerra. Segundo o autor, tratava-se de um momento no qual “a paz era impossível e a guerra improvável”. Analisemos estas duas
afirmações. No caso da Guerra Fria, o que também estava em disputa, pelo menos em discurso, era a supremacia mundial de dois sistemas, aparentemente, antagônicos. De um lado, a defesa veemente do capitalismo feita pelos EUA; do outro, o socialismo soviético e o discurso da igualdade social por intermédio do Estado. Tratava-se, portanto, de saber quais dos dois sistemas era capaz de se espalhar pelo mundo, de se tornar dominante. Quais dois sistemas poderia resultar em melhor qualidade de vida para os seres humanos. Cada um, a seu modo, prometia uma série de avanços, seja a liberdade econômica e o progresso tecnológico representado pelo capitalismo, seja a equidade social e as mesmas oportunidades para todos presentes no discurso socialista. Daí o fato de a paz ser impossível: nenhum dos países aceitava que o sistema que defendia era pior do que o outro. Ao mesmo tempo, porém, era improvável que a guerra de fato ocorresse. Neste caso fazer a guerra significava colocar a própria existência humana sobre o planeta Terra em risco e por mais irracionais que fossem os “senhores da guerra” não estavam dispostos a pagar tal preço.
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Alguns dos acontecimentos mais importantes durante a Guerra Fria.
Um dos primeiros episódio marcante da Guerra Fria ocorreu em 1961. Neste ano, o governo soviético, em uma reação as constantes migrações de pessoas de Berlim Oriental (República Democrática da Alemanha, socialista) para Berlim Ocidental (República Federativa da Alemanha, capitalista), ergueu um muro dividindo as duas partes da cidade. Surgia assim o marco divisória da Guerra Fria, que seja, o famoso muro de Berlim. Além disso, a construção do muro de Berlim definiu os limites da Cortina de Ferro, termo cunhado por um estadista inglês para definir os limites entre a Europa Ocidental e a Europa Oriental. Com o tempo, o muro tornou-se uma pedra no sapato do governo soviético, uma vez que a manutenção constante de soldados para fazer a vigilância total na área do muro mostrou-se uma ação cara. Além disso, a construção do muro foi vista pelo mundo todo como uma ação autoritária e insensata do governo soviético, fomentando assim, por parte dos europeus, maior apoio ao bloco norte-americano.
Figura 3: a divisão da Alemanha e a Cortina de Ferro.
Outro importante momento diz respeito a chamada crise dos mísseis ocorridas em 1963. Desde a década de 1950, os EUA iniciaram, a partir da chamada Doutrina Truman, a
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instalação de uma série de bases militares pelo mundo todo. Esta bases, colocadas em pontos estratégicos, tinha como principal objetivo pressionar a URSS, bem como facilitar um ataque norte-americano ao território soviético em caso de uma guerra real. Um das mais importantes bases norte-americanas foi instalada na Turquia. Nesta base, uma série de mísseis de médio e longo alcance foram armados e apontados diretamente para Moscou, em uma clara demonstração de força do governo norte-americano. Vendo-se ameaçados por esta ofensiva norte-americana, os soviéticos decidem reagir. Aproveitando-se da Revolução Cubana de 1959 que representou a chegada de Fidel Castro ao poder, os soviéticos passam a se aproximar da ilha caribenha. Em troca de ajuda econômica, recebem do governo cubano a autorização para instalarem mísseis de médio e longo alcance na ilha, armados e apontados para os EUA. A disputa se acirra no momento em que aviões espiões norte-americanos, em um sobrevoo sobre Cuba, fotografam as instalações dos mísseis soviéticos. Em um tom de ameaça, o presidente norte-americana, John Kennedy, num discurso em cadeia nacional, afirma que qualquer ataque que parta de Cuba em direção aos EUA será considerado um ataque soviético e será revidado na mesma proporção. Estava-se, portanto, naquele momento, diante do perigo real de uma guerra nuclear. Foi neste momento que os cidadão norte-americanos começaram a construção de abrigo anti-nucleares, correram desesperados aos supermercados para fazerem compras e se abastecerem de suprimentos para anos. Foi, efetivamente, um momento de desespero e angústia que se desenrolou por mais duas semanas, até o momento em que os governos norte-americano e soviético decidiram recuar. Os EUA retiraram os mísseis da Turquia e os Soviéticos desativaram as instalações militares cubanas. A partir deste momento, as disputas entre norte-americanos e soviéticos passam a ocorrer de forma indireta, em conflitos espalhados pelo mundo.
As “Guerras Quentes” durante a Guerra Fria.
O conceito de Guerra Quente é utilizado para caracterizar os conflitos ocorridos durante a Guerra Fria nos quais EUA e URSS se enfrentaram de forma indireta. Tais conflitos se espalharam pelo mundo, principalmente na Ásia e na África, sendo os dois mais importantes a Guerra do Vietnã e o conflito entre Afegãos e Soviéticos, em 1979. A Guerra do Vietnã se inicia, a partir do momento em que o Vietnã do Norte, comunista, com o apoio da URSS, invade o Vietnã do Sul, capitalista, unificando o país sob o domínio do comunismo. Apesar de, do ponto de vista econômico, o Vietnã não representar nenhuma grande perda para o capitalismo e os seus interesses na Ásia, os EUA não poderiam, de forma alguma, aceitar este avanço soviético. Como resposta a iniciativa soviética, os EUA decidem invadir o Vietnã, em uma guerra que ficará conhecida para sempre como a tragédia norte-americana. Por mais armas e tecnologias que possuísse, o exército norte-americano não conseguiu neutralizar as forças
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vietnamitas que impuseram um histórica derrota aos EUA. Conhecendo muito bem o território repleto de florestas equatoriais, densas e úmidas, do Vietnã, os vietnamitas armaram uma série de emboscadas para os soldados norte-americanos, revelando assim a fragilidade que possuiu tal exército em batalhas corpo-a-corpo. Sofrendo imensas pressões internas (movimento hippie, movimento pelos direitos civis, festival de woodstock) e pressões externas que aumentaram, em grande medida, depois da descoberta da utilização, pelo exército americano, do agente laranja (um produto químico despejado sobre a floresta para desfolhá-la que, em muitos momentos, foi atirado diretamente sobre a população vietnamita), os norte-americanos veem-se obrigados a recuar. Sofrem, portanto, a pior derrota de sua história e, em certa medida, uma derrota nas batalhas disputadas até aquele momento na guerra Fria.
Figura 4: Menina vietnamita atingida por bomba de napalm jogada pelo exército norte-americano.
Sedentos por vingança, os norte-americanos esperaram o momento certo para dar “o troco na União Soviética”. E o momento veio. Em 1979, a URSS decide invadir
o Afeganistão em um tentativa de minar os movimentos contrário ao socialismo e ao domínio soviético na região. Os EUA vêem neste momento uma chance de devolver a humilhação do Vietnã ao soviético. Para tanto, armam a resistência afegã contra os soviéticos, fornecendo todo o treinamento de guerra para Osama Bin Laden, principal líder da resistência afegã. Treinado e preparado, o grupo de Bin Laden impõe um terrível derrota para os soviéticos. Começavam ai as promíscuas relações entre o governo norte-americano e o grupo de Osama Bin Laden. Em textos posteriores, analisaremos um pouco melhor tais relações.
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Uma Guerra Ideológico: entre o espaço e o cinema.
Uma das principais características da Guerra Fria que a difere de todas as guerras anteriores é que esta ocorreu, principalmente, no campo ideológico. Como vimos, o que estava em jogo era a disputa pela supremacia global entre dois grandes sistemas econômicos, capitalismo e socialismo. Para tentar provar tal supremacia, URSS e EUA recorreram a uma série de instrumentos ideológicos que variavam desde o cinema ate o balé, passando pela corrida espacial e pelos jogos olímpicos. Em vários momentos da Guera Fria, o que vimos foram uma série de discursos ideológicos reproduzidos com o intuito de convencer ao mundo acerca de verdades muitas vezes irreais. O que dizer da chegada do homem a lua em 1969: mito ou realidade? Ou dos segredos de Walt Disney, principalmente aqueles relacionados a sua participação como espião da Cia no período do Macarthismo, nos quais muitos nomes ilustres foram perseguidos, presos e até mortos acusados de serem comunistas? Ou o que falar das disputas gigantescas entre os times de vôlei e basquete da URSS e dos EUA durante as olimpíadas? Como a guerra não podia acontecer de fato, URSS e EUA utilizaram-se de todos estes momentos anteriormente citados para acirrarem a disputa travada. Sorte da indústria da publicidade que a partir daí ganhou mais um mercado consumidor, que seja, a indústria da Guerra.
Existiram vitoriosos na Guerra Fria?
De maneira geral, os livros de história e geografia difundiram a idéia de que os EUA e o sistema que ele representava (o capitalismo) foram os grandes vitoriosos da Guera Fria. Tal discurso se pautava na derrocada do regime soviético e na crise do socialismo real que se espalhou por diversos países do mundo. Porém, a crise soviética não significa, necessariamente, a vitória do sistema norte-americano. Talvez a crise econômica que por ora verificamos seja a prova clara de que, já em 1991, o sistema norte-americano apresentava suas próprias contradições. Se recorremos aos dados econômicos e sociais dos dois países no final da Guerra Fria podemos observar a seguinte situação: ambos apresentavam um imenso endividamento interno e externo em decorrência dos investimentos realizados durante o período da Guerra Fria, principalmente aqueles relacionados aos setores aeroespacial e militar. Além disso, ambas as economias apresentavam sinais de recessão econômica, com a crescente elevação das taxas de desemprego. A queda primeiro da URSS não significou que os problemas norte-americanos estivessem resolvidos. Ao contrário, se deu em decorrência das próprias condições de partida dos países no início da Guerra Fria. Enquanto os EUA, no final da Segunda Guerra Mundial, já se destacava como principal potência industrial do mundo, a URSS ainda se caracterizava como um país
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basicamente agrário-feudal, com uma série de contradições entre campo e cidade longe de serem resolvidas. Obrigada, a partir do desenvolvimento da Guerra Fria a acompanhar os investimentos realizados pelos EUA em uma série de setores (militar, aeroespacial, esportivo) retardou em resolver as contradições inerentes ao pais. E foram exatamente estas contradições que, ao virem a tona, resultaram na derrocada da URSS. Entendamos este processo. Em meados da década de 1980, o endividamento interno e externo da URSS chegava a níveis astronômicos. De um lado, uma indústria pesada bastante desenvolvida; do outro atraso e escassez de produtos relacionados a bens de consumo duráveis e não-duráveis. O principal problema, porém, estava no campo. Desde a coletivização forçada realiza por Stálin nas décadas de 1930 e 1940, a modernização do campo foi interrompida. Com o crescimento populacional da URSS e dos países do leste, a produção agrícola Soviética tornou-se insuficiente para abastecer a todos os países do bloco soviético. A falta de alimentos resultava em longas filas na cidade e em um descontentamento cada vez mais amplo da população. Por outro lado, ficava cada vez mais evidente o descompasso entre a vida levada pelos burocratas do Partido Comunista Soviético e o resto da população. Enquanto a mesma amargava duras filas para conseguir alimentação, os dirigentes soviéticos desfilavam em carros importados, organizavam festas e jantares, esbanjando luxo e riqueza em um país bastante empobrecido. Esta ostentação do luxo realizada pelos dirigentes do PC soviético aumentou o descontentamento da população soviética. A pressão por mudanças levou a indicação de Mikhail Gorbachev para o cargo de primeiro secretário do PC soviético, cargo de dirigente da URSS. Gorbachev era considerado um liberal pelos dirigentes soviéticos e as medidas por ele adotadas ratificaram esta mensagem. Entre tais medidas, destacam-se a Glasnost e a Perestroika.
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Figura 5: Mikhail Gorbachev
A Glasnost ou transparência política tinha como intuito diminuir o poder da burocracia do Partido Comunista Soviético. A partir da Glasnost foi permitida a criação de outros partidos políticos, terminando com o sistema de partido único que vigorava no país desde a Revolução Russa de 1917. Além disso, possibilitava a população uma maior participação política o que, poderia, em certa medida, minimizar a insatisfação da mesma com os múltiplos casos de corrupção verificados na URSS. Já a Perestroika ou reestruturação econômica visava uma abertura da economia soviética em direção ao capitalismo. Consistiu em um série de estímulos fiscais e políticos com vistas a atrair empresas estrangeiras para o país, aumentando assim a capacidade produtiva do mesmo, principalmente no setores de bens de consumo duráveis e não-duráveis. Devido ao grande endividamento Soviético, Gorbachev acreditava ser esta a única medida possível capaz de reabastecer o país e diminuir a insatisfação da população decorrente das péssimas condições econômicas e sociais do pais. Porém, tais medidas não foram suficientes para evitar a já eminente derrocada da URSS. Com dívidas que aumentavam cada vez mais, a URSS não conseguia mais reprimir as manifestações que surgiam em diversos países do Leste Europeu. Na Romênia, a população revoltada assassinou o ditador socialista Nicolau Ceacescu. Na Polônia, o sindicato Solidariedade, com apoio da Igreja católica iniciou um intenso movimento de libertação do país do domínio da URSS. A cada novo movimento vindo
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do Leste Europeu, enfraquecia-se a hegemonia soviética na região. O ponto culminante, porém, foi a queda do muro de Berlim, em 1989 que demonstrou a total falta de capacidade que possuía a URSS naquele momento. Se externamente a URSS encontrava-se quase totalmente derrotada, internamente as coisas também não estavam tranquilas. Descontentes com as medidas feitas por Gorbachev, consideradas liberais demais pela cúpula do Partido Comunista, alguns burocratas soviéticos iniciaram um movimento que culminou com um golpe que retirou Gorbachev do poder. Os burocratas soviéticos queriam, naquele momento, retornar ao contexto político anterior a indicação de Gorbachev. No entanto, muita coisa já havia mudado. A população não aceitou o retrocesso e pressionou pela volta de Gorbachev. Cercados pela pressão popular, os burocratas viram-se obrigados a recuar, reconduzindo assim Gorbachev ao poder. O mesmo, em um ato digno de um grande estadista, renunciou, no dia 13 de dezembro de 1991, ao cargo de dirigente do Partido Comunista, ao mesmo tempo em que decretava o fim da URSS.
Figura 6: cidadão alemão ajuda na derruba do muro de Berlim sob o olhar atento dos soldados soviéticos.
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Conclusão
Terminava assim um dos mais longos e conturbados períodos da história mundial e se iniciava um novo momento, marcada pela onipresença norte-americana. Mas como dissemos, para além de vencedores da Guerra Fria, os EUA estavam diante de imensos desafios, principalmente no que dizia respeito as contradições de sua economia interna. Cada vez mais, a tão aclamada economia norte-americana mostrava sinais de fraqueza e de fragilidade, representados pelo aumento do desemprego, pela perda de competitividade de suas indústrias, pela diminuição do poder de compra da classe média e por um, cada vez mais claro e evidente, aumento do poder das corporações sobre a classe política norte americana
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Bibliografia
http://www.suapesquisa.com/guerrafria/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Fria http://www.sohistoria.com.br/ef2/guerrafria/ http://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/
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