Gramática - Só Português
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Morfologia Definição Em linguística, Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período. A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Preposição, Conjunção e Interjeição.
Estrutura e formação das palavras Estrutura das palavras Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:
art-ista
brinc-a-mos
cha-l-eira
cachorr-inh-a-s
A análise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra "cachorrinhas": Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles: cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contém o significado. inh - indica que a palavra é um diminutivo a - indica que a palavra é feminina s - indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. Obs.: existem palavras que não comportam divisão em unidades menores, tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mórficos: 1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos primeiros 3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligação ou eufônicos.
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Raiz É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma família etimológica. Observe o exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja o exemplo: at-o at-or at-ivo aç-ão ac-ionar Radical Observe o seguinte grupo de palavras: livrlivrlivrlivr-
o inho eiro eco
Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). Radical: elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. Por exemplo: cert-o cert-eza in-cert-eza Afixos Afixos são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": certamente, advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e "-ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados. Quando são colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exemplos: Prefixo in em inter
Radical at pobr nacion
Sufixo ivo ecer al
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Desinências Desinências são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras. Existem dois tipos: Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes. Exemplos: alun-o aluno-s alun-a aluna-s Observação: só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinência nominal de número. Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Exemplos: compr-o compra-va
compra-s compra-va-s
compra-mos
compra-is
compra-m
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma desinência número-pessoal, pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação. Vogal Temática Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três vogais temáticas: A Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Exemplos: buscar, buscavas, etc. E Caracteriza os verbos da 2ª conjugação. Exemplos: romper, rompemos, etc. I Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. Exemplos: proibir, proibirá, etc. Tema Tema é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Nos verbos citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibiVogais e Consoantes de Ligação As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra.
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Exemplo: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligação=i) Outros exemplos: gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc.
Formação das Palavras Existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. A diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical. Derivação Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo: Primitiva mar terra
Derivada marítimo, marinheiro, marujo enterrar, terreiro, aterrar
Observamos que "mar" e "terra" não se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. Tipos de Derivação Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os exemplos: crer- descrer ler- reler capaz- incapaz Derivação Sufixal ou Sufixação Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Por exemplo: alfabetização No exemplo acima, o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. A derivação sufixal pode ser: a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por exemplo: papel - papelaria riso - risonho b) Verbal, formando verbos. Por exemplo: atual - atualizar c) Adverbial, formando advérbios de modo. Por exemplo: feliz - felizmente Derivação Parassintética ou Parassíntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um
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desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". Exemplos: Palavra Inicial mudo alma
Prefixo e des
Radical mud alm
Sufixo ecer ado
Palavra Formada emudecer desalmado
Atenção! Não devemos confundir derivação parassintética, em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo, com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por sua vez provém de valor. É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de "propriar" ou de "expróprio", pois tais palavras não existem. Logo, expropriar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.
Derivação Regressiva Ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução. Exemplos: comprar (verbo) beijar (verbo) compra (substantivo) beijo (substantivo) Saiba que: Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação: - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o verbo palavra primitiva. - Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o contrário. Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar. Por derivação regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Veja: o portuga (de português) o boteco (de botequim) o comuna (de comunista) Ou ainda: agito (de agitar) amasso (de amassar) chego (de chegar) Obs.: o processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. Derivação Imprópria
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A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por exemplo: Os bons serão contemplados. 2) Os particípios passam a substantivos ou adjetivos Por exemplo: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. 3) Os infinitivos passam a substantivos Por exemplo: O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 4) Os substantivos passam a adjetivos Por exemplo: O funcionário fantasma foi despedido. O menino prodígio resolveu o problema. 5) Os adjetivos passam a advérbios Por exemplo: Falei baixo para que ninguém escutasse. 6) Palavras invariáveis passam a substantivos Por exemplo: Não entendo o porquê disso tudo. 7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Por exemplo: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) Observação: os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada "imprópria".
Composição Composição é o processo que forma palavras compostas, a partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: Composição por Justaposição Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor. Obs.: em "girassol" houve uma alteração na grafia (acréscimo de um "s") justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. Composição por Aglutinação Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos. Exemplos: embora (em boa hora) fidalgo (filho de algo - referindo-se à família nobre) hidrelétrico (hidro + elétrico) planalto (plano alto) Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um só acento tônico, o do último componente. Redução Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel cine - por cinema micro - por microcomputador Zé - por José
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Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação atual. Hibridismo Ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes. Por exemplo: auto (grego) + móvel (latim) Onomatopeia Numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
Prefixos Os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras. Veja os exemplos: a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , antiPrefixos de Origem Grega a-, an-: Afastamento, privação, negação, insuficiência, carência. Exemplos: anônimo, amoral, ateu, afônico ana- : Inversão, mudança, repetição. Exemplos: analogia, análise, anagrama, anacrônico anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos: anfiteatro, anfíbio, anfibologia anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos: antídoto, antipatia, antagonista, antítese apo- : Afastamento, separação. Exemplos: apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, primazia, excesso. Exemplos: arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos: cataplasma, catálogo, catarata di-: Duplicidade. Exemplos: dissílabo, ditongo, dilema dia- : Movimento através de, afastamento. Exemplos: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama dis- : Dificuldade, privação. Exemplos : dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:
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eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo en-, em-, e-: Posição interior, movimento para dentro. Exemplos: encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo endo- : Movimento para dentro. Exemplos: endovenoso, endocarpo, endosmose epi- : Posição superior, movimento para. Exemplos: epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio eu- : Excelência, perfeição, bondade. Exemplos: eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia hemi- : Metade, meio. Exemplos: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico hiper- : Posição superior, excesso. Exemplos: hipertensão, hipérbole, hipertrofia hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos: hipocrisia, hipótese, hipodérmico meta- : Mudança, sucessão. Exemplos: metamorfose, metáfora, metacarpo para- : Proximidade, semelhança, intensidade. Exemplos: paralelo, parasita, paradoxo, paradigma peri- : Movimento ou posição em torno de. Exemplos: periferia, peripécia, período, periscópio pro- : Posição em frente, anterioridade. Exemplos: prólogo, prognóstico, profeta, programa pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos: prosélito, prosódia proto- : Início, começo, anterioridade. Exemplos: proto-história, protótipo, protomártir poli- : Multiplicidade. Exemplos: polissílabo, polissíndeto, politeísmo sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos: síntese, sinfonia, simpatia, sinopse tele- : Distância, afastamento. Exemplos: televisão, telepatia, telégrafo Prefixos de Origem Latina a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. Exemplos: aversão, abuso, abstinência, abstração a-, ad- : Aproximação, movimento para junto. Exemplos: adjunto, advogado, advir, aposto ante- : Anterioridade, procedência. Exemplos: antebraço, antessala, anteontem, antever ambi- : Duplicidade. Exemplos: ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou ação. Exemplos: benefício, bendito bis-, bi-: Repetição, duas vezes. Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, biscoito circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos: circunferência, circunscrito, circulação cis- : Posição aquém. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino co-, con-, com- : Companhia, concomitância. Exemplos: colégio, cooperativa, condutor contra- : Oposição. Exemplos: contrapeso, contrapor, contradizer de- : Movimento de cima para baixo, separação, negação. Exemplos: decapitar, decair, depor
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de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, separação. Exemplos: desventura, discórdia, discussão e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos: excêntrico, evasão, exportação, expelir en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos: imergir, enterrar, embeber, injetar, importar extra- : Posição exterior, excesso. Exemplos: extradição, extraordinário, extraviar i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, negação. Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos: internacional, interplanetário intra- : Posição interior. Exemplos: intramuscular, intravenoso, intraverbal intro- : Movimento para dentro. Exemplos: introduzir, introvertido, introspectivo justa- : Posição ao lado. Exemplos: justapor, justalinear ob-, o- : Posição em frente, oposição. Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obstáculo per- : Movimento através. Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar, perverter pos- : Posterioridade. Exemplos: pospor, posterior, pós-graduado pre- : Anterioridade . Exemplos: prefácio, prever, prefixo, preliminar pro- : Movimento para frente. Exemplos: progresso, promover, prosseguir, projeção re- : Repetição, reciprocidade. Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar retro- : Movimento para trás. Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrógrado so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar super-, supra-, sobre- : Posição superior, excesso. Exemplos: supercílio, supérfluo soto-, sota- : Posição inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto-pôr trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para além, movimento através. Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradição ultra- : Posição além do limite, excesso. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos: vice-presidente, visconde, vice-almirante, Quadro de Correspondência entre Prefixos Gregos e Latinos PREFIXOS PREFIXOS LATISIGNIFICADO GREGOS NOS a, an des, in privação, negação anti
contra
anfi
ambi
apo
ab
di
bi(s)
EXEMPLOS
anarquia, desigual, inativo oposição, ação contrá- antibiótico, contraditório ria duplicidade, de um e anfiteatro, ambivalente outro lado, em torno afastamento, separa- apogeu, abstrair ção dissílabo, bicampeão duplicidade
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dia, meta e(n)(m)
trans i(n)(m)(r)
endo
intra
e(c)(x)
e(s)(x)
epi, super, hiper
supra
eu
bene
hemi hipo para peri cata si(n)(m)
semi sub ad circum de cum
diálogo, transmitir movimento através movimento para dentro encéfalo, ingerir, irromper movimento para den- endovenoso, intramuscular tro, posição interior movimento para fora, mudança de estado posição superior, excesso
êxodo, excêntrico, estender epílogo, supervisão, hipérbole, supradito
excelência, perfeição, bondade divisão em duas partes posição inferior proximidade, adjunção em torno de movimento para baixo simultaneidade, companhia
eufemismo, benéfico hemisfério, semicírculo hipodérmico, submarino paralelo, adjacência periferia, circunferência catavento, derrubar sinfonia, silogeu, cúmplice
Sufixos Sufixos são elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. Sufixos que formam nomes de ação -ada - caminhada -ança - mudança -ância - abundância -ção - emoção -dão - solidão -ença - presença
-ez(a) - sensatez, beleza -ismo - civismo -mento - casamento -são - compreensão -tude - amplitude -ura - formatura
Sufixos que formam nomes de agente -ário(a) - secretário -or - lutador
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-eiro(a) - ferreiro -ista - manobrista
-nte - feirante
Além dos sufixos acima, tem-se: Sufixos que formam nomes de lugar, depositório -aria - churrascaria -ário - herbanário -eiro - açucareiro -il - covil
-or - corredor -tério - cemitério -tório - dormitório
Sufixos que formam nomes indicadores de abundância, aglomeração, coleção.
>-aço - ricaço -ada - papelada -agem - folhagem -al - capinzal -ame - gentame
-ario(a) - casario, infantaria -edo - arvoredo -eria - correria -io - mulherio -ume - negrume
Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência -ite -oma -ato, eto, ito -ina -ol -ite -ito -ema
bronquite, hepatite (inflamação) mioma, epitelioma, carcinoma (tumores) sulfato, cloreto, sulfito (sais) cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais) fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto) amotite (fósseis) granito (pedra) morfema, fonema, semema, semantema (ciência linguística)
-io - sódio, potássio, selênio (corpos simples) Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas, sistemas políticos.
-ismo
budismo kantismo
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comunismo
Sufixos formadores de adjetivos 1)
de substantivos -aco - maníaco -ado - barbado -áceo(a) - herbáceo, liláceas -aico - prosaico -al - anual -ar - escolar -ário - diário, ordinário -ático - problemático -az - mordaz -engo - mulherengo -enho - ferrenho -eno - terreno -udo - barrigudo
-ento - cruento -eo - róseo -esco - pitoresco -este - agreste -estre - terrestre -ício - alimentício -ico - geométrico -il - febril -ino - cristalino -ivo - lucrativo -onho - tristonho -oso - bondoso
b) de verbos SUFIXO -(a)(e)(i)nte -(á)(í)vel -io, -(t)ivo -(d)iço, (t)ício -(d)ouro,(t)ório
SENTIDO ação, qualidade, estado possibilidade de praticar ou sofrer uma ação ação referência, modo de ser possibilidade de praticar ou sofrer uma ação, referência ação, pertinência
EXEMPLIFICAÇÃO semelhante, doente, seguinte louvável, perecível, punível tardio, afirmativo, pensativo movediço, quebradiço, factício casadouro, preparatório
Sufixos adverbiais Na Língua Portuguesa, existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o espírito, o intento". Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente
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Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues-mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês.
Sufixos verbais Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. Veja: -ar: cruzar, analisar, limpar -ear: guerrear, golear -entar: afugentar, amamentar -ficar: dignificar, liquidificar -izar: finalizar, organizar Observe este quadro de sufixos verbais: SUFIXOS -ear -ejar -entar -(i)ficar -icar -ilhar -inhar -iscar -itar -izar
SENTIDO frequentativo, durativo frequentativo, durativo factitivo factitivo frequentativo-diminutivo frequentativo-diminutivo frequentativo-diminutivo-pejorativo frequentativo-diminutivo frequentativo-diminutivo factitivo
EXEMPLOS cabecear, folhear gotejar, velejar aformosentar, amolentar clarificar, dignificar bebericar, depenicar dedilhar, fervilhar escrevinhar, cuspinhar chuviscar, lambiscar dormitar, saltitar civilizar, utilizar
Observações: Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida. Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar. Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.
Radicais Gregos O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.
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Radicais que atuam como primeiro elemento Forma
Sentido Exemplos Aeronave Aérosar Ánthroposhomem Antropófago Autósde si mesmo Autobiografia Bíblionlivro Biblioteca Bíosvida Biologia Chrómacor Cromático Chrónostempo Cronômetro Dáktyilosdedo Datilografia Dékadez Decassílabo Démospovo Democracia Eléktron(âmbar) eletricidade Eletroímã Ethnosraça Etnia Géoterra Geografia Héterosoutro Heterogêneo Hexaseis Hexágono Hípposcavalo Hipopótamo Ichthýspeixe Ictiografia Ísosigual Isósceles Líthospedra Aerólito Makrós- grande, longo Macróbio Mégasgrande Megalomaníaco Mikróspequeno Micróbio Mónosum só Monocultura Nekrósmorto Necrotério Néosnovo Neolatino Odóntosdente Odontologia Ophthalmósolho Oftalmologia Ónomanome Onomatopeia Orthósreto, justo Ortografia Pantodos, tudo Pan-americano Páthosdoença Patologia Pentacinco Pentágono Polýsmuito Poliglota Pótamosrio Hipopótamo Pséudosfalso Pseudônimo Psichéalma, espírito Psicologia
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RizaTechnéThermósTetraTýposTóposZóon-
raiz arte quente quatro figura, marca lugar Animal
Rizotônico Tecnografia Térmico Tetraedro Tipografia Topografia Zoologia
Radicais que atuam como segundo elemento: Forma Sentido Exemplos Pedagogo -agogós Que conduz álgos Dor Analgésico -arché Comando, governo Monarquia -dóxa Que opina Ortodoxo -drómos Lugar para correr Hipódromo -gámos Casamento Poligamia -glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário -gonía Ângulo Pentágono -grápho Escrita Ortografia -grafo Que escreve Calígrafo -grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma -krátos Poder Democracia -lógos -mancia -métron -morphé -nómos -pólis; -pterón -skopéo -sophós -théke
Palavra, estudo Adivinhação Que mede Que tem a forma Que regula Cidade Asa Instrumento para ver Sabedoria Lugar onde se guarda
Diálogo Cartomancia Quilômetro Morfologia Autônomo Petrópolis Helicóptero Microscópio Filosofia Biblioteca
Radicais Latinos Radicais que atuam como primeiro elemento: Forma
Sentido
Exemplo
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Agri Campo Agricultura Ambi Ambos Ambidestro ArboriÁrvore Arborícola Bis-, biDuas vezes Bípede, bisavô CaloriCalor Calorífero Crucicruz Crucifixo Curvicurvo Curvilíneo Equiigual Equilátero, equidistante Ferri-, ferroferro Ferrífero, ferrovia Locolugar Locomotiva Mortimorte Mortífero Multimuito Multiforme Olei-, oleoAzeite, óleo Oleígeno, oleoduto Onitodo Onipotente Pedipé Pedilúvio Piscipeixe Piscicultor PluriMuitos, vários Pluriforme Quadri-, quadruquatro Quadrúpede Retireto Retilíneo Semimetade Semimorto TriTrês Tricolor Radicais que atuam como segundo elemento: Forma -cida -cola -cultura -fero -fico -forme -fugo -gero -paro -pede -sono -vomo -voro
Sentido
Exemplos
Que mata Suicida, homicida Que cultiva, ou habita Arborícola, vinícola, silvícola Ato de cultivar Piscicultura, apicultura Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero Que faz, ou produz Benefício, frigorífico Que tem forma de Uniforme, cuneiforme Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo Que contém, ou produz Belígero, armígero Que produz Ovíparo, multíparo Pé Velocípede, palmípede Que soa Uníssono, horríssono Que expele Ignívomo, fumívomo Que come Carnívoro, herbívoro
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Substantivo Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: -lugares: Alemanha, Porto Alegre... -sentimentos: raiva, amor... -estados: alegria, tristeza... -qualidades: honestidade, sinceridade... -ações: corrida, pescaria... Morfossintaxe do substantivo Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras. Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um adjetivo? Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se referem à palavra em sua atuação como adjetivo. Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado] 1- que tem substância ou essência: destacava-se entre os homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva ganhasse clara configuração (REP); se olham as coisas não pelos resultados substantivos (VEJ); 2- essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um modo substantivo e positivo (LC) 3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra (VEJ) 4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito: onde é que está a ideia substantiva no meio desses adjetivos?(CNT). Nm 5- palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: Há-kodesh é na origem um substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particípio passado e não um substantivo (ACM)
Classificação dos Substantivos Substantivos Comuns e Próprios Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em
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ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros). Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. Estamos voando para Barcelona. O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular. Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
Substantivos Concretos e Abstratos
LÂMPADA MALA Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos. Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. Observe agora: Beleza exposta Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. O substantivo beleza designa uma qualidade. Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.
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Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).
Substantivos Coletivos Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame. Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha... No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie (abelhas). O substantivo enxame é um substantivo coletivo. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Principais Substantivos e Suas Formas Coletivas: abelha - enxame, cortiço, colmeia; abutre - bando; acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada; aluno - classe; amigo - (quando em assembleia) tertúlia; animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia; anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria; apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, instrumental; aplaudidor - (quando pagos) claque; arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento; argumento - carrada, monte, montão, multidão; arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu; arroz - batelada; artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco; árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada; asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; asno - manada, récova, récua; assassino - choldra, choldraboldra;
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assistente - assistência; astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação; ator - elenco; autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum; ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem; avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha; bala - saraiva, saraivada; bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba; bêbado - corja, súcia, farândola; boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa; bomba - bateria; borboleta - boana, panapaná; botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando em fileira) carreira; burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando carregado) comboio; busto - (quando em coleção) galeria; cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, madeixa, (conforme a separação) marrafa, trança; cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; cabra - fato, malhada, rebanho; cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque; cálice - baixela; cameleiro - caravana; camelo - (quando em comboio) cáfila; caminhão - frota; canção - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando populares de uma região) folclore; canhão - bateria; cantilena - salsada; cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, matilha; capim - feixe, braçada, paveia; cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando reunidos sob a direção do papa) consistório; carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, rebanho; carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, composição, (quando em desfile) corso; carta - (em geral) correspondência; casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteirão, quadra; castanha - (quando assadas em fogueira) magusto; cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel; cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova, récua, tropa, tropilha; cavalo - manada, tropa; cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes) cambada, enfiada, réstia; cédula - bolada, bolaço; chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca; célula - (quando diferenciadas igualmente) tecido; cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura, (quando em feixes) meda, moreia; cigano - bando, cabilda, pandilha; cliente - clientela, freguesia;
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coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando antigas e em coleção ordenada) museu, (quando em lista de anotação) rol, relação, (em quantidade que se pode abranger com os braços) braçada, (quando em série) sequência, série, sequela, coleção, (quando reunidas e sobrepostas) monte, montão, cúmulo; coluna - colunata, renque; cônego - cabido; copo - baixela; corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame, massame, cordagem; correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem; credor - junta, assembleia; crença - (quando populares) folclore; crente - grei, rebanho; depredador - horda; deputado - (quando oficialmente reunidos) câmara, assembleia; desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, súcia, troça, turba; diabo - legião; dinheiro - bolada, bolaço, disparate; disco - discoteca; doze - (coisas ou animais) dúzia; ébrio - Ver bêbado; égua - Ver cavalo; elefante - manada; erro - barda; escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino) comboio, (quando aglomerados) bando; escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) polianteia, (quando literários) analectos, antologia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio, seleta; espectador - (em geral) assistência, auditório, plateia, (quando contratados para aplaudir) claque; espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaçada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, molho, paveia; estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliçada; estado - (quando unidos em nação) federação, confederação, república; estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas; estátua - (quando selecionadas) galeria; estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelação, (quando em quantidade) acervo, (quando em grande quantidade) miríade; estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudantina, (quando em excursão dão concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) república; fazenda - (quando comerciáveis) sortimento; feiticeiro - (quando em assembleia secreta) conciliábulo; feno - braçada, braçado; filme - filmoteca, cinemoteca; fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metálicos e reunidos em feixe) cabo; flecha - (quando caem do ar, em porção) saraiva, saraivada; flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ramalhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) cacho;
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foguete - (quando agrupados em roda ou num travessão) girândola; força naval - armada; força terrestre - exército; formiga - cordão, correição, formigueiro; frade - (quanto ao local em que moram) comunidade, convento; frase - (quando desconexas) apontoado; freguês - clientela, freguesia; fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo) cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) colheita, safra; fumo - malhada; gafanhoto - nuvem, praga; garoto - cambada, bando, chusma; gato - cambada, gatarrada, gataria; gente - (em geral) chusma, grupo, multidão, (quando indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu; grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo, manolho, maunça, mão, punhado; graveto - (quando amarrados) feixe; habitante - (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação; herói - falange; hiena - alcateia; hino - hinário; ilha - arquipélago; imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia; índio - (quando formam bando) maloca, (quando em nação) tribo; instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha; inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em sucessão) correição; javali - alcateia, malhada, vara; jornal - hemeroteca; jumento - récova, récua; jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados; ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha; lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espécie de lustre) lampadário; leão - alcateia; lei - (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compilação; leitão - (quando nascidos de um só parto) leitegada; livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo; lobo - alcateia, caterva; macaco - bando, capela; malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, sequela, súcia, tropa; maltrapilho - farândola, grupo; mantimento - (em geral) sortimento, provisão, (quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando em cômodo especial) despensa; mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca;
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máquina - maquinaria, maquinismo; marinheiro - marujada, marinhagem, companha, equipagem, tripulação; médico - (quando em conferência sobre o estado de um enfermo) junta; menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada; mentira - (quando em sequência) enfiada; mercadoria - sortimento, provisão; mercenário - mesnada; metal - (quando entra na construção de uma obra ou artefato) ferragem; ministro - (quando de um mesmo governo) ministério, (quando reunidos oficialmente) conselho; montanha - cordilheira, serra, serrania; mosca - moscaria, mosquedo; móvel - mobília, aparelho, trem; música - (quanto a quem a conhece) repertório; músico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmônica, orquestra; nação - (quando unidas para o mesmo fim) aliança, coligação, confederação, federação, liga, união; navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando reunidos para o mesmo destino) comboio; nome - lista, rol; nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço, maço, pacote, (na acepção de produção literária, científica) comentário; objeto - Ver coisa; onda - (quando grandes e encapeladas) marouço; órgão - (quando concorrem para uma mesma função) aparelho, sistema; orquídea - (quando em viveiro) orquidário; osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadáver) esqueleto; ouvinte - auditório; ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, oviário; ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo) postura, (quando no ninho) ninhada; padre - clero, clerezia; palavra - (em geral) vocabulário, (quando em ordem alfabética e seguida de significação) dicionário, léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório; pancada - pancadaria; pantera - alcateia; papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço, (em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20 mãos) resma, (10 resmas) bala; parente - (em geral) família, parentela, parentalha, (em reunião) tertúlia; partidário - facção, partido, torcida; partido político - (quando unidos para um mesmo fim) coligação, aliança, coalizão, liga; pássaro - passaredo, passarada; passarinho - nuvem, bando; pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em cerca) bastida, paliçada; peça - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, serviço, (quando artigos comerciáveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote, (quando pertencentes à artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa,
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(quando pequenas e cosidas umas às outras para não se extraviarem na lavagem) apontoado, (quando literárias) antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletânea, miscelânea; peixe - (em geral e quando na água) cardume, (quando miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando à tona) banco, manta; pena - (quando de ave) plumagem; pessoa - (em geral) aglomeração, banda, bando, chusma, colmeia, gente, legião, leva, maré, massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço, tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva, choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço, em navio ou avião) tripulação, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procissão, séquito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo, punhado, (quando em promiscuidade) cortiço, (quando em passeio) caravana, (quando em assembleia popular) comício, (quando reunidas para tratar de um assunto) comissão, conselho, congresso, conclave, convênio, corporação, seminário, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremiação, associação, centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade; pilha - (quando elétricas) bateria; planta - (quando frutíferas) pomar, (quando hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma região) flora, (quando secas, para classificação) herbário; ponto - (de costura) apontoado; porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira; povo - (nação) aliança, coligação, confederação, liga; prato - baixela, serviço, prataria; prelado - (quando em reunião oficial) sínodo; prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino) comboio; professor - corpo docente, professorado, congregação; quadro - (quando em exposição) pinacoteca, galeria; querubim - coro, falange, legião; recruta - leva, magote; religioso - clero regular; roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa; salteador - caterva, corja, horda, quadrilha; selo - coleção; serra - (acidente geográfico) cordilheira; soldado - tropa, legião; trabalhador - (quando reunidos para um trabalho braçal) rancho, (quando em trânsito) leva; tripulante - equipagem, guarnição, tripulação; utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela; vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, súcia; vara - (quando amarradas) feixe, ruma; velhaco - súcia, velhacada. Obs.: na maioria dos casos, a forma coletiva se constrói mediante a adaptação do sufixo conveniente: arvoredo (de árvores), cabeleira (de cabelos), freguesia (de fregueses), palavratório (de palavras), professorado (de professores), tapeçaria (de tapetes), etc. Nota: o coletivo é um substantivo singular, mas com ideia de plural.
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Formação dos Substantivos Substantivos Simples e Compostos Chuva subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples. Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
Substantivos Primitivos e Derivados Veja: Meu limão meu limoeiro, meu pé de jacarandá... O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa. Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.
Flexão dos substantivos O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: Plural: meninos Feminino: menina Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
Flexão de Gênero Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes: - O velho e o mar - Um Natal inesquecível - Os reis da praia Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
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A história sem fim Uma cidade sem passado As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe: gato – gata homem – mulher poeta - poetisa prefeito - prefeita Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em: Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por exemplo: a criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Saiba que: - Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, são masculinos. Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. - Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Por exemplo: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade) Pó tem sexo? O uso das palavras masculino e feminino costuma provocar confusão entre a categoria gramatical de gênero e a característica biológica dos sexos. Para evitar essa confusão, observe que definimos gênero como um fato relacionado com a concordância das palavras: pó, por exemplo, é um substantivo masculino pela concordância que estabelece com o artigo o, e não porque se possa pensar num possível comportamento sexual das partículas de poeira. Só faz sentido relacionar o gênero ao sexo quando se trata de palavras que designam pessoas e animais, como os pares professor/professora ou gato/gata. Ainda assim, essa relação não é obrigatória, pois há palavras que, mesmo pertencendo exclusivamente a um único gênero, podem indicar seres do sexo masculino ou feminino. É o caso de criança, do gênero feminino, que pode designar seres dos dois sexos.
Formação do Feminino dos Substantivos Biformes a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a. Por exemplo: aluno - aluna b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino.
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Por exemplo: freguês - freguesa c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas: - troca-se -ão por -oa. Por exemplo: patrão - patroa - troca-se -ão por -ã. Por exemplo: campeão - campeã -troca-se -ão por ona. Por exemplo: solteirão - solteirona Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana d) Substantivos terminados em -or: - acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: doutor - doutora - troca-se -or por -triz: imperador - imperatriz e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: -esa -
-essa-
cônsul - consulesa abade - abadessa
-isapoeta - poetisa
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a: elefante - elefanta g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino: bode – cabra boi - vaca h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: czar – czarina réu - ré
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Epicenos: Observe: Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino. Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. Por exemplo: a cobra A cobra macho picou o marinheiro. A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Sobrecomuns: Entregue as crianças à natureza. A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: A criança chorona chamava-se João. A criança chorona chamava-se Maria. Outros substantivos sobrecomuns:
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João é uma boa criatura. Maria é uma boa criatura.
a criatura
o cônjuge
O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Marcela faleceu
Comuns de Dois Gêneros: Observe a manchete: Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante da notícia nos informa que se trata de um homem. A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo. Exemplos: o colega - a colega o imigrante - a imigrante um jovem - uma jovem artista famoso - artista famosa repórter francês - repórter francesa
Substantivos de Gênero Incerto Existem numerosos substantivos de gênero incerto e flutuante, sendo usados com a mesma significação, ora como masculinos, ora como femininos. a abusão
erro comum, superstição, crendice
a aluvião
sedimentos deixados pelas águas, inundação, grande numero
a cólera ou cóleramorbo
doença infecciosa
a personagem
pessoa importante, pessoa que figura numa história
a trama
intriga, conluio, maquinação, cilada
a xerox (ou xérox)
cópia xerográfica, xerocópia
o ágape
refeição que os cristãos faziam em comum, banquete de confraternização
o caudal
torrente, rio
o diabetes ou diabete doença o jângal
floresta própria da Índia
o lhama
mamífero ruminante da família dos camelídeos
o ordenança
soldado às ordens de um oficial
o praça
soldado raso
o preá
pequeno roedor
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Note que: 1. A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gêneros. a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência pelo masculino: Por exemplo: O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de carochinha. b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a personagem. Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma personagem. 2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) são sentidos e usados na língua atual, como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a homens. 3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográfico Ana Belmonte. Observe o gênero dos substantivos seguintes: Masculinos o tapa o clã o eclipse o hosana o lança-perfume o herpes o dó (pena) o pijama o sanduíche o suéter o clarinete o soprano o champanha o proclama o sósia o pernoite o maracajá o púbis
Femininos a dinamite a pane a áspide a mascote a derme a gênese a hélice a entorse a alcíone a libido a filoxera a cal a clâmide a faringe a omoplata a cólera (doença) a cataplasma a ubá (canoa)
São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em -ma: o grama (peso) o quilograma o plasma o apostema o diagrama
o epigrama o telefonema o estratagema o dilema o teorema
o apotegma o trema o eczema o edema o magma
o anátema o estigma o axioma o tracoma o hematoma
Exceções: a cataplama, a celeuma, a fleuma, etc. Gênero dos Nomes de Cidades: Salvo raras exceções, nomes de cidades são femininos. Por exemplo: A histórica Ouro preto. A dinâmica São Paulo. A acolhedora Porto Alegre. Uma Londres imensa e triste. Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre. Gênero e Significação: Muitos substantivos têm uma significação no masculino e outra no feminino. Observe:
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o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão) o cabeça (chefe) o cisma (separação religiosa, dissidência) o cinza (a cor cinzenta) o capital (dinheiro) o coma (perda dos sentidos) o coral (pópilo, a cor vermelha, canto em coro) o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos) o cura (pároco) o estepe (pneu sobressalente) o guia (pessoa que guia outras) o grama (unidade de peso) o caixa (funcionário da caixa) o lente (professor) o moral (ânimo) o nascente (lado onde nasce o Sol) o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor) o pala (poncho) o rádio (aparelho receptor) o voga (remador)
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição de trânsito) a cabeça (parte do corpo) a cisma (ato de cismar, desconfiança) a cinza (resíduos de combustão) a capital (cidade) a coma (cabeleira) a coral (cobra venenosa) a crisma (sacramento da confirmação) a cura (ato de curar) a estepe (vasta planície de vegetação) a guia (documento, pena grande das asas das aves) a grama (relva) a caixa (recipiente, setor de pagamentos) a lente (vidro de aumento) a moral (honestidade, bons costumes, ética) a nascente (a fonte) a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor) a pala (parte anterior do boné ou quépe, anteparo) a rádio (estação emissora) a voga (moda, popularidade)
Flexão de Número do Substantivo Em português, há dois números gramaticais: O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o s final.
Plural dos Substantivos Simples a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. Por exemplo: pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones.
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b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo: homem - homens. c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Por exemplo: revólver – revólveres raiz - raízes Atenção: O plural de caráter é caracteres. d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is. Por exemplo: quintal - quintais caracol – caracóis hotel - hotéis Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxítonos, em is. Por exemplo: canil - canis - Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo: míssil - mísseis. Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras: - Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es. Por exemplo: ás – ases retrós - retroses - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Por exemplo: o lápis - os lápis o ônibus - os ônibus. g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras. - substituindo o -ão por -ões: Por exemplo: ação - ações - substituindo o -ão por -ães: Por exemplo: cão - cães - substituindo o -ão por -ãos: Por exemplo: grão - grãos h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. Por exemplo: o látex - os látex.
Plural dos Substantivos Compostos A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: aguardente e aguardentes girassol e girassóis pontapé e pontapés malmequer e malmequeres O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
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numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior. Exemplos: palavra-chave - palavras-chave bomba-relógio - bombas-relógio notícia-bomba - notícias-bomba homem-rã - homens-rã peixe-espada - peixes-espada d) Permanecem invariáveis, quando formados de: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas e) Casos Especiais o louva-a-deus e os louva-a-deus o bem-me-quer e os bem-me-queres
o bem-te-vi e os bem-te-vis o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural das Palavras Substantivadas As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as flexões próprias dos substantivos. Por exemplo: Pese bem os prós e os contras. O aluno errou na prova dos noves. Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. Obs.: numerais substantivados terminados em -s ou -z não variam no plural. Por exemplo: Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
Plural dos Diminutivos Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o sufixo diminutivo. pãe(s) + zinhos animai(s) + zinhos botõe(s) + zinhos chapéu(s) + zinhos farói(s) + zinhos tren(s) + zinhos colhere(s) + zinhas flore(s) + zinhas
pãezinhos animaizinhos botõezinhos chapeuzinhos faroizinhos trenzinhos colherezinhas florezinhas
mão(s) + zinhas papéi(s) + zinhos nuven(s) + zinhas funi(s) + zinhos túnei(s) + zinhos pai(s) + zinhos pé(s) + zinhos pé(s) + zitos
mãozinhas papeizinhos nuvenzinhas funizinhos tuneizinhos paizinhos pezinhos pezitos
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Obs.: são anômalos os plurais pastorinhos (as), papelinhos, florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzinhas, correntes na língua popular, e usados até por escritores de renome.
Plural dos Nomes Próprios Personativos Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que a terminação se preste à flexão. Por exemplo: Os Napoleões também são derrotados. As Raquéis e Esteres.
Plural dos Substantivos Estrangeiros Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como na língua original, acrecentando-se-lhes um s (exceto quando terminam em s ou z). Por exemplo: os shows os shorts os jazz Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as regras de nossa língua: Por exemplo: os clubes os chopes os jipes os esportes as toaletes os bibelôs os garçons os réquiens Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que joga. O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
Plural com Mudança de Timbre Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado metafonia. Singular
Plural
Singular
Plural
corpo (ô) esforço fogo forno fosso imposto olho
corpos (ó) esforços fogos fornos fossos impostos olhos
osso (ô) ovo poço porto posto rogo tijolo
ossos (ó) ovos poços portos postos rogos tijolos
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho de carne), de molho (ó), feixe (molho de lenha).
Particularidades sobre o Número dos Substantivos a) Há substantivos que só se usam no singular: Por exemplo: o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. b) Outros só no plural:
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Por exemplo: as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: Por exemplo: bem (virtude) e bens (riquezas) honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos) d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com sentido de plural: Por exemplo: Aqui morreu muito negro. Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas improvisadas. “Juntou-se ali uma população de retirantes que, entre homem, mulher e menino, ia bem cinquenta mil”.
Flexão de Grau do Substantivo Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Por exemplo: casarão. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser: Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo: casinha. Amigão é amigo grande ou grande amigo? No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são normalmente empregadas para conferir valores afetivos ao seres nomeados pelos substantivos. Observe formas como amigão, partidão, bandidaço; mulheraço, livrinho, ladrãozinho, rapazola, futebolzinho - em todas elas, o que interessa é transmitir dados como carinho, admiração, ironia ou desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico dos seres nomeados. Substantivos na leitura e produção de textos Saber nomear com precisão os seres e conceitos de que pretendemos tratar quando falamos ou redigimos é, obviamente, um fator de eficiência em nosso trabalho. Nesse sentido, conhecer os substantivos e refletir sobre os sentidos e significados que exprimem em situações de interações entre substantivos abstratos, verbos e adjetivos cognatos nos oferecem a possibilidade de reelaborar frases e estruturas oracionais em busca das mais adequadas a determinada necessidade ou estratégia comunicativa. Conhecer os mecanismos de flexão dos substantivos é fundamental para o estabelecimento da concordância nas frases e orações de nossos textos orais ou escritos. No que diz respeito à indicação de grau, insistimos no valor afetivo que o aumentativo e o diminutivo formados por sufixação costumam transmitir: esse valor afetivo não é explorado apenas na língua coloquial, mas também na língua literária. As formas diminuti-
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vas e aumentativas são exploradas expressivamente por poetas e prosadores. Além disso, os substantivos desempenham um papel importantíssimo nos mecanismos de coesão e coerência textuais. É normalmente por meio de um substantivo que se apresenta pela primeira vez, num texto, o ser, ato ou conceito de que vamos tratar. Depois disso, utilizam-se substantivos que mantêm, com esse primeiro, relações variáveis de significado, num processo de retomada que é parte importante da progressão textual. Por meio desse processo, delimita-se ou expande-se a abrangência do sentido dos conceitos analisados. Ao mesmo tempo, com a seleção vocabular, evidencia-se o ponto de vista do produtor do texto sobre o tema tratado.
Artigo Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.
Classificação dos Artigos Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal.
Combinação dos Artigos É muito presente a combinação dos artigos definidos e indefinidos com preposições. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinações: Preposições a de em por (per)
o, os ao, aos do, dos no, nos pelo, pelos
Artigos a, as um, uns à, às da, das dum, duns na, nas num, nuns pela, pelas -
uma, umas duma, dumas numa, numas -
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por crase. - As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinação dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por. Artigos, leitura e produção de textos O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite não apenas evitar problemas com o gênero e o número de determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significação bastante expressivos. Em geral, informações novas, nos textos, são introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza de muitas modificações de significados transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literários.
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Adjetivo Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa. Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo. Morfossintaxe do Adjetivo: O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Classificação do adjetivo Explicativo: exprime qualidade própria do ser. Por exemplo: neve fria. Restritivo: exprime qualidade que não é própria do ser. Por exemplo: fruta madura.
Formação do Adjetivo Quanto à formação, o adjetivo pode ser: Adjetivo simples Adjetivo composto Adjetivo primitivo Adjetivo derivado
Formado por um só radical. Formado por mais de um radical. É aquele que dá origem a outros adjetivos. É aquele que deriva de substantivos ou verbos.
Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cômico. Por exemplo: luso-brasileiro, castanho-escuro, amarelo-canário. Por exemplo: belo, bom, feliz, puro. Por exemplo: belíssimo, bondoso, magrelo.
Adjetivo Pátrio Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiros: Acre Alagoas Amapá Aracaju Amazonas Belém (PA) Belo Horizonte Boa Vista Brasília Cabo Frio Campinas
acreano alagoano amapaense aracajuano ou aracajuense amazonense ou baré belenense belo-horizontino boa-vistense brasiliense cabo-friense campineiro ou campinense
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Curitiba Estados Unidos El Salvador Guatemala Índia Irã Israel Moçambique Mongólia Panamá Porto Rico Somália
curitibano estadunidense, norte-americano ou ianque salvadorenho guatemalteco indiano ou hindu (os que professam o hinduísmo) iraniano israelense ou israelita moçambicano mongol ou mongólico panamenho porto-riquenho somali
Adjetivo Pátrio Composto Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos: África Alemanha América Ásia Áustria Bélgica China Espanha Europa França Grécia Índia Inglaterra Itália Japão Portugal
afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana germano- ou teuto- / Por exemplo: Competições teuto-inglesas américo- / Por exemplo: Companhia américo-africana ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-europeus austro- / Por exemplo: Peças austro-búlgaras belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-franceses sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-português euro- / Por exemplo: Negociações euro-americanas franco- ou galo- / Por exemplo: Reuniões franco-italianas greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesas anglo- / Por exemplo: Letras anglo-portuguesas ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-portuguesa nipo- / Por exemplo: Associações nipo-brasileiras luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
Locução adjetiva Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada). Observe outros exemplos: de águia de aluno de anjo de ano de aranha
aquilino discente angelical anual aracnídeo
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de asno de baço de bispo de bode de boi de bronze de cabelo de cabra de campo de cão de carneiro de cavalo de chumbo de chuva de cinza de coelho de cobre de couro de criança de dedo de diamante de elefante de enxofre de esmeralda de estômago de falcão de farinha de fera de ferro de fígado de fogo de gafanhoto de garganta de gelo de gesso de guerra de homem de ilha de intestino de inverno de lago de laringe de leão de lebre de lobo de lua de macaco de madeira de marfim de mestre
asinino esplênico episcopal hircino bovino brônzeo ou êneo capilar caprino campestre ou rural canino arietino cavalar, equino, equídio ou hípico plúmbeo pluvial cinéreo cunicular cúprico coriáceo pueril digital diamantino ou adamantino elefantino sulfúrico esmeraldino estomacal ou gástrico falconídeo farináceo ferino férreo figadal ou hepático ígneo acrídeo gutural glacial gípseo bélico viril ou humano insular celíaco ou entérico hibernal ou invernal lacustre laríngeo leonino leporino lupino lunar ou selênico simiesco, símio ou macacal lígneo ebúrneo ou ebóreo magistral
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de monge de neve de nuca de orelha de ouro de ovelha de paixão de pâncreas de pato de peixe de pombo de porco de prata dos quadris de raposa de rio de serpente de sonho de terra de trigo de urso de vaca de velho de vento de verão de vidro de virilha de visão
monacal níveo ou nival occipital auricular áureo ovino passional pancreático anserino písceo ou ictíaco columbino suíno ou porcino argênteo ou argírico ciático vulpino fluvial viperino onírico telúrico, terrestre ou terreno tritício ursino vacum senil eólico estival vítreo ou hialino inguinal óptico ou ótico
Obs.: nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por exemplo: Vi as alunas da 5ª série. O muro de tijolos caiu. É necessário critério! Há muitos adjetivos que mantêm certa correspondência de significado com locuções adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não significa que a substituição da locução pelo adjetivo seja sempre possível. Tampouco o contrário é sempre admissível. Colar de marfim é uma expressão cotidiana; seria pouco recomendável passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois esses adjetivos têm uso restrito à linguagem literária. Contrato leonino é uma expressão usada na linguagem jurídica; é muito pouco provável que os advogados passem a dizer contrato de leão. Em outros casos, a substituição é perfeitamente possível, transformando a equivalência entre adjetivos e locuções adjetivas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibilidades de variação vocabular. Por exemplo: A população das cidades tem aumentado. A falta de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso problema.
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Flexão dos adjetivos O adjetivo varia em gênero, número e grau.
Gênero dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e femininino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em: Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu e judia. Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento. Por exemplo: o moço norte-americano, a moça norte-americana. Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz. Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença político-social.
Número dos Adjetivos Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus feliz e felizes ruim e ruins boa e boas Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará então invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza. Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza. Veja outros exemplos: Motos vinho (mas: motos verdes) Paredes musgo (mas: paredes brancas). Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).
Adjetivo Composto Adjetivo composto é aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por exemplo: Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Olhos verde-claros. Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
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Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por corde-... são sempre invariáveis. - Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.
Grau do Adjetivo Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
Comparativo Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: 1) Sou tão alto como você. Comparativo De Igualdade No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. 2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo De Superioridade Analítico No comparativo de superioridade analítico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é analítica porque pedimos auxílio a "mais...do que" ou "mais...que". 3) O Sol é maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sintético Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom-melhor mau-pior grande-maior
pequeno-menor alto-superior baixo-inferior
Observe que: a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, devese usar as formas analíticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elementos. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qualidades de um mesmo elemento. 4) Sou menos alto (do) que você. Comparativo De Inferioridade Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
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Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas formas: Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O secretário é muito inteligente. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo. Observe alguns superlativos sintéticos: benéfico bom célebre comum cruel difícil doce fácil fiel frágil frio humilde jovem livre magnífico magro manso mau nobre pequeno pobre preguiçoso próspero sábio sagrado
beneficentíssimo boníssimo ou ótimo celebérrimo comuníssimo crudelíssimo dificílimo dulcíssimo facílimo fidelíssimo fragílimo friíssimo ou frigidíssimo humílimo juveníssimo libérrimo magnificentíssimo macérrimo ou magríssimo mansuetíssimo péssimo nobilíssimo mínimo paupérrimo ou pobríssimo pigérrimo prospérrimo sapientíssimo sacratíssimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser: De Superioridade: Clara é a mais bela da sala. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala. Note bem: 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo. 2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo.
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3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í. Adjetivos, leitura e produção de textos A adjetivação é um dos elementos modalizadores de um texto, ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando é excessiva e voltada a obtenção de efeitos retóricos, prejudica a qualidade do texto e evidencia o despreparo ou a má-fé de quem escreve. Quando é feita com sobriedade e sensibilidade, contribui para a eficiência interlocutiva do texto. Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente explicitam a posição de quem escreve em relação ao assunto tratado. É muitas vezes por meio de adjetivos que os juízos e avaliações do produtor do texto vêm a tona, transmitindo ao leitor atitudes como aprovação, reprovação, aversão, admiração, indiferença. Analisar a adjetivação de um texto dissertativo é, portanto, um bom caminho para captar com segurança a opinião de quem o produziu. Lembre-se de que é a sua adjetivação que deve cumprir esse papel quando você escreve. Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma função mais plástica: é por meio deles que se costuma atribuir formas, cor, peso, sabor e outras dimensões aos seres que estão sendo descritos. É óbvio que, neste caso, o emprego de uma seleção sensível e eficiente de adjetivos conduz a um texto mais bem-sucedido, capaz de transmitir ao leitor uma impressão bastante nítida do ser ou objeto descrito. São nessas passagens descritivas que a adjetivação atua nos textos narrativos.
Numeral Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: 1) Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] 2) Eu quero café duplo, e você? ...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] 3) A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
Classificação dos Numerais Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
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Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Leitura dos Numerais Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Por exemplo: 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Flexão dos numerais Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e número: primeiro primeira primeiros primeiras
segundo segunda segundos segundas
milésimo milésima milésimos milésimas
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Por exemplo: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Por exemplo: Teve de tomar doses triplas do medicamento. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços uma terça parte duas terças partes Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma dúzia um milheiro duas dúzias dois milheiros É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: Me empresta duzentinho... É artigo de primeiríssima qualidade! O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
Emprego dos Numerais Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo: Ordinais Cardinais João Paulo II (segundo) D. Pedro II (segundo) Ato II (segundo)
Tomo XV (quinze) Luís XVI (dezesseis) Capítulo XX (vinte)
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Século VIII (oitavo) Canto IX (nono)
Século XX (vinte) João XXIII ( vinte e três)
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Por exemplo: Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. Obs.: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo. Numerais, leitura e produção de textos O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais é obviamente importante para quem tem necessidade de produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em particular nas exposições orais, o uso dessas formas é indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir numerais por algarismos na língua falada!), e evita constrangimentos que podem comprometer a credibilidade do expositor. Os numerais também podem ser empregados na produção e interpretação de textos dissertativos escritos. As palavras dessa classe gramatical compartilham com os pronomes a capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de inter-relacionar partes do texto. São, por isso, elementos importantes para a obtenção de coesão e coerência textuais.
Pronome Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma. Exemplos: 1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! [substituição do nome] 2. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! [referência ao nome] 3. Essa moça morava nos meus sonhos! [qualificação do nome] Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso. Exemplos: 1. Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] 2. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
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3. A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado. Exemplos: 1. [Fala-se de Roberta] 2. Ele quer participar do desfile da nossa escola neste ano. [nossa: pronome que qualifica "escola" = concordância adequada] [neste: pronome que determina "ano" = concordância adequada] [ele: pronome que faz referência à "Roberta" = concordância inadequada] Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
Pronomes Pessoais São aqueles que substituem os substantivos, indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo.
Pronome Reto Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Por exemplo: Nós lhe ofertamos flores. Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular: eu - 2ª pessoa do singular: tu - 3ª pessoa do singular: ele, ela - 1ª pessoa do plural: nós - 2ª pessoa do plural: vós - 3ª pessoa do plural: eles, elas Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui". Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto. Por exemplo: Fizemos boa viagem. (Nós)
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Pronome Oblíquo Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal. Por exemplo: Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração. Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Pronome Oblíquo Átono São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca. Por exemplo: Ele me deu um presente. O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular (eu): me - 2ª pessoa do singular (tu): te - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe - 1ª pessoa do plural (nós): nos - 2ª pessoa do plural (vós): vos - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes Observações: O lhe é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome o ou a e preposição a ou para. Por acompanhar diretamente uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. Os pronomes o, as, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. Saiba que: Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas formas nos exemplos que seguem: - Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a vocês? - Sim, entreguei-to ainda há pouco. - Não, não no-la contaram. No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
Atenção:
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Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo: fiz + o = fi-lo fazeis + o = fazei-lo dizer + a = dizê-la Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. Por exemplo: viram + o: viram-no repõe + os = repõe-nos retém + a: retém-na tem + as = tem-nas
Pronome Oblíquo Tônico Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte. O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo - 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo - 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela - 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas - Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do caso reto. - As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma: Não há mais nada entre mim e ti. Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela. Não há nenhuma acusação contra mim. Não vá sem mim. Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto. Por exemplo: Trouxeram vários vestidos para eu experimentar. Não vá sem eu mandar.
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- A combinação da preposição "com" e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia. Por exemplo: Ele carregava o documento consigo. - As formas "conosco" e "convosco" são substituídas por "com nós" e "com vós" quando os pronomes pessoais são reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral. Por exemplo: Você terá de viajar com nós todos. Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias. Ele disse que iria com nós três.
Pronome Reflexivo São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo. O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado: - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim. Por exemplo: Eu não me vanglorio disso. Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi. - 2ª pessoa do singular (tu): te, ti. Por exemplo: Assim tu te prejudicas. Conhece a ti mesmo. - 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo. Por exemplo: Guilherme já se preparou. Ela deu a si um presente. Antônio conversou consigo mesmo. - 1ª pessoa do plural (nós): nos. Por exemplo: Lavamo-nos no rio. - 2ª pessoa do plural (vós): vos. Por exemplo: Vós vos beneficiastes com a esta conquista. - 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. Por exemplo: Eles se conheceram. Elas deram a si um dia de folga. A Segunda Pessoa Indireta A chamada segunda pessoa indireta se manifesta quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro seguinte:
Pronomes de Tratamento Vossa Alteza Vossa Eminência Vossa Reverendíssima Vossa Excelência
V. A. V. Ema.(s) V. Revma.(s) V. Exª (s)
Vossa Magnificência Vossa Majestade Vossa Majestade Imperial Vossa Santidade Vossa Senhoria
V. Mag. ª(s) V. M. V. M. I. V. S. V. S.ª (s)
príncipes, duques cardeais sacerdotes e bispos altas autoridades e oficiais-generais reitores de universidades reis e rainhas Imperadores Papa tratamento cerimonioso
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Vossa Onipotência
V. O.
Deus
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a senhora" são empregados no tratamento cerimonioso; "você" e "vocês", no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária. Observações: a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de tratamento que possuem "Vossa (s)" são empregados em relação à pessoa com quem falamos. Por exemplo: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro. Emprega-se "Sua (s)" quando se fala a respeito da pessoa. Por exemplo: Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade. - Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa. b) 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa. Por exemplo: Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. c) Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de "você", não poderemos usar "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa. Por exemplo: Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado) Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto) Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (corrreto)
Pronomes Possessivos São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída). Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular) Observe o quadro: NÚMERO PESSOA PRONOME singular primeira meu(s), minha(s) singular segunda teu(s), tua(s) singular terceira seu(s), sua(s) plural primeira nosso(s), nossa(s) plural segunda vosso(s), vossa(s) plural terceira seu(s), sua(s) Note que:
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A forma do possessivo depende da pessoa gramatical a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto possuído. Por exemplo: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele momento difícil. Observações: 1 - A forma seu não é um possessivo quando resultar da alteração fonética da palavra senhor. Por exemplo: - Muito obrigado, seu José. 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Podem ter outros empregos, como: a) indicar afetividade. Por exemplo: - Não faça isso, minha filha. b) indicar cálculo aproximado. Por exemplo: Ele já deve ter seus 40 anos. c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Por exemplo: Marisa tem lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. 3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa. Por exemplo: Vossa Excelência trouxe sua mensagem? 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo. Por exemplo: Trouxe-me seus livros e anotações. 5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos átonos assumem valor de possessivo. Por exemplo: Vou seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos.)
Pronomes Demonstrativos Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso. No espaço: Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala. Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. Exemplos: Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade destinatária). Reafirmamos a disposição desta universidade em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que envia a mensagem). No tempo: Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.
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- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe: Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s). Invariáveis: isto, isso, aquilo. - Também aparecem como pronomes demonstrativos: o (s), a (s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. Por exemplo: Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.) mesmo (s), mesma (s): Por exemplo: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem. próprio (s), própria (s): Por exemplo: Os próprios alunos resolveram o problema. semelhante (s): Por exemplo: Não compre semelhante livro. tal, tais: Por exemplo: Tal era a solução para o problema. Note que: a) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com finalidade expressiva, para salientar algum termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa é que dera em cheio casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, isso é que é sorte! b) O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Por exemplo: O casamento seria um desastre. Todos o pressentiam. c) Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregarse, em tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de). Por exemplo: Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse. Diz-se corretamente: Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer. Mas: Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o que fazer.) d) Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar. Por exemplo: O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado.] e) O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica. Por exemplo: A menina foi a tal que ameaçou o professor? f) Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, nisso, no, etc. Por exemplo: Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
Pronomes Indefinidos São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas. Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
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humano que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Por exemplo: Algo o incomoda? Quem avisa amigo é. Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindolhe a noção de quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo: Cada povo tem seus costumes. Certas pessoas exercem várias profissões. Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos: algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Por exemplo: Menos palavras e mais ações. Alguns contentam-se pouco. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro: Variáveis Singular
Plural
Invariáveis
Masculino
Feminino
Masculino
Feminino
algum nenhum todo muito pouco vário tanto outro quanto
alguma nenhuma toda muita pouca vária tanta outra quanta
alguns nenhuns todos muitos poucos vários tantos outros quantos
algumas nenhumas todas muitas poucas várias tantas outras quantas
qualquer
alguém ninguém outrem tudo nada algo cada
quaisquer
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc. Por exemplo: Cada um escolheu o vinho desejado. Indefinidos Sistemáticos Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos que existem alguns grupos que criam oposição de sentido. É o caso de:
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algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade negativa; alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada, que se referem a coisa; certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza. Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações de que fazem parte: Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático. Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer.
Pronomes Relativos São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas. Por exemplo: O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros. (afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva). O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que. O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as. Por exemplo: Não sei o que você está querendo dizer. Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso. Por exemplo: Quem casa, quer casa. Observe o quadro abaixo: Quadro dos Pronomes Relativos Variáveis Masculino o qual cujo quanto
os quais cujos quantos
Feminino a qual cuja quanta
as quais cujas quantas
Invariáveis quem que onde
Note que: a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo. Por exemplo: O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual) A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
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usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições: Por exemplo: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de que neste caso geraria ambiguidade.) Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar que depois de sobre.) c) O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração. Por exemplo: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural. d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais. Por exemplo: Este é o
caderno (antecedente)
cujas
folhas (consequente)
estão rasgadas.
e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: Por exemplo: Emprestei
Ele fez
tantos (antecedente) tudo (antecedente)
quantos
quanto
foram necessários.
havia falado.
f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição. Por exemplo: É um professor
a (preposição)
quem
muito devemos.
g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar. Por exemplo: A casa onde morava foi assaltada. h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que. Por exemplo: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior. i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: - como (= pelo qual) Por exemplo: Não me parece correto o modo como você agiu semana passada. - quando (= em que) Por exemplo: Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
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j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase. Por exemplo: O futebol é um esporte. O povo gosta muito deste esporte. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que. Por exemplo: A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava. Importância nada relativa Não é difícil perceber que os pronomes relativos são peças fundamentais à boa articulação de frases e textos: sua capacidade de atuar como pronomes e conectivos simultaneamente favorece a síntese e evita a repetição de termos.
Pronomes Interrogativos São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). Por exemplo: Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes. Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.
Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem. Por exemplo: Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.) Aquilo me deixou alegre. Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas as demais concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito inanimado - marca de situação no espaço). Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe uma característica. Por exemplo: Este moço é meu irmão. Alguma coisa me deixou alegre. Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua classificação específica. Por exemplo: Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido). Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome substantivo possessivo).
Verbo Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: Ação (correr); Estado (ficar); Fenômeno (chover); Ocorrência (nascer); Desejo (querer).
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O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Estrutura das Formas Verbais Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos: a) Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-) b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar) 2ª - Vogal Temática - E - (vender) 3ª - Vogal Temática - I - (partir) c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo: falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) d) Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural). Por exemplo: falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ( compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. A vogal "e", apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.
Classificação dos Verbos Classificam-se em: a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. Por exemplo: canto cantei cantarei cantava cantasse b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por exemplo: faço fiz farei fizesse c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais.
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Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são: a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). Por exemplo: Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Por exemplo: Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. Era primavera quando a conheci. Estava frio naquele dia. c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo: Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) d) São impessoais, ainda: 1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis. 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta de tolices. Chega de blasfêmias. 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais. 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo: Não deu para chegar mais cedo. Dá para me arrumar uns trocados? Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, se conjugam apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. Por exemplo: A fruta amadureceu. As frutas amadureceram. Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu bastante. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais; eis alguns: Bramar: tigre Bramir: crocodilo Cacarejar: galinha Coaxar: sapo Cricrilar: grilo Os principais verbos unipessoais são: 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.). Observe os exemplos: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.) Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.) É preciso que chova. (Sujeito: que chova.) 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
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Observe os exemplos: Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.) Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia) Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais. Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo: verbo falir Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos. Por exemplo: verbo computar Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas. d) Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular). Observe: INFINITIVO Anexar Dispersar Eleger Envolver Imprimir Matar Morrer Pegar Soltar
PARTICÍPIO REGULAR Anexado Dispersado Elegido Envolvido Imprimido Matado Morrido Pegado Soltado
PARTICÍPIO IRREGULAR Anexo Disperso Eleito Envolto Impresso Morto Morto Pego Solto
e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir Pôr Ser Saber vou ponho sou sei vais pus és sabes ides pôs fui soube fui punha foste saiba foste seja f) Auxiliares São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
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Por exemplo: Vou espantar as moscas. (verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo) Está (verbo auxiliar)
chegando a (verbo principal no gerúndio)
hora
do
debate.
Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes. (verbo auxiliar) (verbo principal no particípio) Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
Conjugação dos Verbos Auxiliares SER - Modo Indicativo Presente
Pretérito Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do Perfeito Imperfeito Mais-Que-Perfeito Presente Pretérito
sou
fui
era
fora
serei
seria
és
foste
eras
foras
serás
serias
é
foi
era
fora
será
seria
somos
fomos
eramos
fôramos
seremos
seríamos
sois
fostes
éreis
fôreis
sereis
seríeis
são
foram
eram
foram
serão
seriam
SER - Modo Subjuntivo Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro
que eu seja
se eu fosse
quando eu for
que tu sejas
se tu fosses
quando tu fores
que ele seja
se ele fosse
quando ele for
que nós sejamos
se nós fôssemos
quando nós formos
que vós sejais
se vós fôsseis
quando vós fordes
que eles sejam
se eles fossem
quando eles forem
SER - Modo Imperativo Afirmativo
Negativo
sê tu
não sejas tu
seja você
não seja você
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sejamos nós não sejamos nós sede vós
não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês SER - Formas Nominais Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio ser
ser eu
sendo
sido
seres tu ser ele sermos nós serdes vós serem eles ESTAR - Modo Indicativo Presente
Pretérito Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do Perfeito Imperfeito Mais-Que-Perfeito Presente Pretérito
estou
estive
estava
estivera
estarei
estaria
estás
estiveste
estavas
estiveras
estarás
estarias
está
esteve
estava
estará
estaria
estamos estivemos estávamos
estivera estivéramos
estaremos estaríamos
estais
estivestes
estáveis
estivéreis
estareis
estaríeis
estão
estiveram
estavam
estiveram
estarão
estariam
ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo Presente Pretérito Imperfeito
Futuro
Afirmativo Negativo
esteja
estivesse
estiver
estejas
estivesses
estiveres
está
estejas
estiver
esteja
esteja
esteja
esvivesse
estejamos
estivéssemos
estejais
estivésseis
estiverdes
estai
estejais
estejam
estivessem
estiverem
estejam
estejam
estivermos estejamos estejamos
ESTAR - Formas Nominais
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Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio estar
estar
estando
estado
estares estar estarmos estardes estarem HAVER - Modo Indicativo Presente
Pretérito Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do Perfeito Imperfeito Mais-Que-Perfeito Presente Pretérito
hei
houve
havia
houvera
haverei
haveria
hás
houveste
havias
houveras
haverás
haverias
há
houve
havia
haverá
haveria
houvera
havemos houvemos havíamos
houvéramos
haveremos haveríamos
haveis
houvestes
havíeis
houvéreis
havereis
haveríeis
hão
houveram
haviam
houveram
haverão
haveriam
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo Presente Pretérito Imperfeito
Futuro
haja
houvesse
houver
hajas
houvesses
houveres
Afirmativo Negativo
há
hajas
haja
houvesse
houver
haja
haja
hajamos
houvéssemos
houvermos
hajamos
hajamos
hajais
houvésseis
houverdes
havei
hajais
hajam
houvessem
houverem
hajam
hajam
HAVER - Formas Nominais Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio haver
haver
havendo
havido
haveres haver
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havermos haverdes haverem TER - Modo Indicativo Presente
Pretérito Pretérito Pretérito Futuro do Futuro do Perfeito Imperfeito Mais-Que-Perfeito Presente Pretérito
tenho
tive
tinha
tivera
terei
teria
tens
tiveste
tinhas
tiveras
terás
terias
tem
teve
tinha
tivera
terá
teria
temos
tivemos
tínhamos
tivéramos
teremos
teríamos
tendes
tivestes
tínheis
tivéreis
tereis
teríeis
têm
tiveram
tinham
tiveram
terão
teriam
TER - Modo Subjuntivo e Imperativo Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo tenha
tivesse
tiver
tenhas
tivesses
tiveres
tem
tenhas
tiver
tenha
tenha
tenha
tivesse
tenhamos
tivéssemos
tenhais
tivésseis
tiverdes
tende
tenhais
tenham
tivessem
tiverem
tenham
tenham
tivermos tenhamos tenhamos
g) Pronominais São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja: 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
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Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes): Eu me arrependo Tu te arrependes Ele se arrepende Nós nos arrependemos Vós vos arrependeis Eles se arrependem 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: Maria se penteava. A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria penteou-me. Observações: 1- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função sintática. 2- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo: Eu me feri. ----- Eu (sujeito)-1ª pessoa do singular me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular
Modos Verbais Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Em Português, existem três modos: Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo. Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã. Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino. Formas Nominais Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) É indispensável combater a corrupção. (= combate à) O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro. b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
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2ª pessoa do singular: Radical + ES 1ª pessoa do plural: Radical + MOS 2ª pessoa do plural: Radical + DES 3ª pessoa do plural: Radical + EM
Ex.: teres(tu) Ex.: termos (nós) Ex.: terdes (vós) Ex.: terem (eles)
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo) Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. d) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola.
Tempos Verbais Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja: 1. Tempos do Indicativo Presente - Expressa um fato atual. Por exemplo: Eu estudo neste colégio. Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi interrompido. Pretérito Perfeito (simples) - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite. Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames. Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples) Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã. Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste. Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias.
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Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganho esse dinheiro, teria viajado nas férias. 2. Tempos do Subjuntivo Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame. Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que ele vencesse o jogo. Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha estudado bastante, não passou no teste. Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames. Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo: Quando ele vier à loja, levará as encomendas. Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja, levará as encomendas. Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos. Formação dos Tempos Simples Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em primitivos e derivados. Primitivos: presente do indicativo pretérito perfeito do indicativo infinitivo impessoal Derivados do Presente do Indicativo: Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: Pretérito mais-que-perfeito do indicativo Pretérito imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Derivados do Infinitivo Impessoal: Futuro do presente do indicativo Futuro do pretérito do indicativo Imperfeito do indicativo Gerúndio Particípio
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Tempos Primitivos Presente do Indicativo 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal CANTAR
VENDER
PARTIR
cantO
vendO
partO
O
cantaS
vendeS
parteS
S
canta
vende
parte
-
cantaMOS
vendeMOS
partiMOS
MOS
cantaIS
vendeIS
partIS
IS
cantaM
vendeM
parteM
M
Pretérito Perfeito do Indicativo O pretérito perfeito do indicativo é marcado basicamente pela desinência pessoal. 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal CANTAR
VENDER
PARTIR
canteI cantaSTE cantoU cantaMOS cantaSTES cantaRAM
vendI vendeSTE vendeU vendeMOS vendeSTES vendeRAM
partI partISTE partiU partiMOS partISTES partiRAM
I STE U MOS STES RAM
Infinitivo Impessoal 1ª conjugação CANTAR
2ª conjugação VENDER
3ª conjugação PARTIR
Tempos Derivados do Presente do Indicativo Presente do Subjuntivo Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação). 1ª conjugação CANTAR
2ª conjugação VENDER
3ª conjugação
Des. temporal
Des. temporal
1ª conj.
2ª/3ª conj.
Desinência pessoal
PARTIR
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cantE
vendA
partA
E
A
Ø
cantES
vendAS
partaAS
E
A
S
cantE
vendA
partaA
E
A
Ø
cantEMOS
vendAMOS
partAMOS
E
A
MOS
cantEIS
vendAIS
partAIS
E
A
IS
cantEM
vendAM
partAM
E
A
M
Imperativo Imperativo Afirmativo ou Positivo Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o "S" final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja: Presente do Indicativo
Imperativo Afirmativo
Presente do Subjuntivo
Eu canto
---
Que eu cante
Tu cantas
CantA tu
Que tu cantes
Ele canta
Cante você
Que ele cante
Nós cantamos
Cantemos nós
Que nós cantemos
Vós cantais
CantAI vós
Que vós canteis
Eles cantam
Cantem vocês
Que eles cantem
Imperativo Negativo Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo. Presente do Subjuntivo
Imperativo Negativo
Que eu cante
---
Que tu cantes
Não cantes tu
Que ele cante
Não cante você
Que nós cantemos
Não cantemos nós
Que vós canteis
Não canteis vós
Que eles cantem
Não cantem eles
Observações: - No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
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- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós). Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais-que-perfeito Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -RA mais a desinência de número e pessoa correspondente. Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão do m final e acréscimo da desinência de número e pessoa. Ou simplesmente: tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.) Observe o quadro: 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal 1ª/2ª e 3ª conj. CANTAR
VENDER
PARTIR
cataRA
vendeRA
partiRA
RA
cantaRAS
vendeRAS
partiRAS
RA
S
cantaRA
vendeRA
partiRA
RA
Ø
cantáRAMOS
vendêRAMOS
partíRAMOS
RA
MOS
cantáREIS
vendêREIS
partíREIS
RE
IS
cantaRAM
vendeRAM
partiRAM
RA
M
Ø
Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente. Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -ram final e acréscimo da desinência modo-temporal -SSE e da desinência de número e pessoa. Ou simplesmente: tema +{ -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem (1ª, 2ª e 3ª conj.) Observe o quadro: 1ª conjugação
2ª conjugação
3ª conjugação
Des. temporal
Desinência pessoal
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1ª /2ª e 3ª conj. CANTAR
VENDER
PARTIR
cantaSSE
vendeSSE
partiSSE
SSE
cantaSSES
vendeSSES
partiSSES
SSE
S
cantaSSE
vendeSSE
partiSSE
SSE
Ø
SSE
MOS
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS
Ø
cantáSSEIS
vendêSSEIS
partíSSEIS
SSE
IS
cantaSSEM
vendeSSEM
partiSSEM
SSE
M
Futuro do Subjuntivo Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente. Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -am final e acréscimo da desinência de número e pessoa. Ou simplesmente: tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.) Observe o quadro: 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal 1ª /2ª e 3ª conj. CANTAR
VENDER
PARTIR
cantaR
vendeR
partiR
Ø
cantaRES
vendeRES
partiRES
R
ES
cantaR
vendeR
partiR
R
Ø
cantaRMOS
vendeRMOS
partiRMOS
R
MOS
cantaRDES
vendeRDES
partiRDES
R
DES
cantaREM
VendeREM
PartiREM
R
EM
Atenção: Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro do subjuntivo, bastar-nosá verificar a 3ª p. p. do pretérito perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivo com o infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para muitos verbos, o que não ocorre sempre. O verbo fazer, por exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres, fazer, fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do subjuntivo vere-
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mos as formas: quando eu fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se origina da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal Futuro do Presente do Indicativo Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e 3ª conj.) } Veja: 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação CANTAR
VENDER
PARTIR
cantar ei
vender ei
partir ei
cantar ás
vender ás
partir ás
cantar á
vender á
partir á
cantar emos
vender emos
partir emos
cantar eis
vender eis
partir eis
cantar ão
vender ão
partir ão
Futuro do Pretérito do Indicativo Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, 2ª e 3ª conj.) Veja: 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação CANTAR
VENDER
PARTIR
cantarIA
venderIA
partirIA
cantarIAS
venderIAS
partirIAS
cantarIA
venderIA
partirIA
cantarÍAMOS
venderÍAMOS
partirÍAMOS
cantarÍEIS
venderÍEIS
partirÍEIS
cantarIAM
venderIAM
partirIAM
Infinitivo Pessoal Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª pessoa do plural), -des (2ª pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa do plural) (1ª, 2ª e 3ª conj.) Veja: 1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação CANTAR
VENDER
PARTIR
cantar
vender
partir
cantarES
venderES
partirES
cantar
vender
partir
71
cantarMOS
venderMOS
partirMOS
cantarDES
venderDES
partirDES
cantarEM
venderEM
partirEM
Tempos Compostos São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. São eles: 01) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente. 02) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo: Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação. 03) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Maisque-perfeito do Indicativo simples. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. 04) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. Obs.: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido. 05) Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo: Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. 06) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. 07) Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. Veja os exemplos: Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel. Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel.
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Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já". Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir:: Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel. Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel. 08) Infinitivo Pessoal Composto: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro.
Locuções Verbais Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos: Estou lendo o jornal. Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar. Ninguém poderá sair antes do término da sessão. A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja: Pode ocorrer algo inesperado durante a festa. Deve ocorrer algo inesperado durante a festa. Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo: Quero ver você hoje. Também são largamente usados como auxiliares: começar a, deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir, vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.
Aspecto Verbal No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença entre esses tempos é uma diferença de aspecto, pois está ligada à duração do processo verbal. Observe: - Quando o vi, cumprimentei-o. O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído. - Quando o via cumprimentava-o. O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período impreciso de tempo. O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem precisos ao processo verbal: - Faço isso sempre. - É provável que ele faça isso sempre.
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Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos: - Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois dias antes. - Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame. Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz respeito à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos localizados num ponto preciso do tempo: - No momento em que o vi, acenei-lhe. - Tinha-o cumprimentado logo que o vira. Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repetidos: - Sempre que saía, trancava todas as portas. O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal. Veja: - Tenho encontrado problemas em meu trabalho. Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repetido ou frequente, que se prolonga até o presente. - Estou almoçando. A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas também em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.). Obs.: em Portugal, costuma-se utilizar o infinitivo precedido da preposição a em lugar do gerúndio. Por exemplo: Estou a almoçar. - Tudo estará resolvido quando ele chegar. Tudo estaria resolvido quando ele chegasse. As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presente e futuro do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - é a ideia do aspecto perfeito - ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma vez realizada a ação. - Os animais noturnos terminaram de se recolher mal começou a raiar o dia. Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicação do término e do início do processo verbal. - Eles vinham chegando à proporção que nós íamos saindo. As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem processos que se prolongam. - Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar projetos irrealizáveis. As locuções destacadas exprimem o início de um processo interrompido e a interrupção de outro, respectivamente.
Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal Infinitivo Impessoal Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo: Amar é sofrer.
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O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa. Veja: falar
-
Eu
-es
Tu
vender partir
Ele
-mos Nós -des Vós -em Eles
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). Por exemplo: Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase. Observações importantes: O infinitivo impessoal é usado: 1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado; Por exemplo: Querer é poder. Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste muro. 2. Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: Soldados, marchar! (= Marchai!) 3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior; Por exemplo: Eles não têm o direito de gritar assim. As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os convenci a aceitar. No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado. Por exemplo: Eram pessoas difíceis de serem contentadas. Aqueles remédios são ruins de serem tomados. Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos. 4. Nas locuções verbais; Por exemplo: Queremos acordar bem cedo amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar no seu caso. 5. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior; Por exemplo: Eles foram condenados a pagar pesadas multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns livros por (para) publicar.
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Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por exemplo: Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol. Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas crianças. 6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue; Por exemplo: Deixei-os sair cedo hoje. 7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à festa. Observações: a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer", "falar" e sinônimos; Pediu para Carlos entrar. (errado) Pediu para que Carlos entrasse. (errado) Pediu que Carlos entrasse. (correto) b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para eu fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito. Outros exemplos: Aquele exercício era para eu corrigir. Esta salada é para eu comer? Ela me deu um relógio para eu consertar. Atenção: Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblíquo tônico. Infinitivo Pessoal Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se. O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 1. Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; Por exemplo: Se tu não perceberes isto... Convém vocês irem primeiro. O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós) 2. Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal; Por exemplo: O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova. Perdoo-te por me traíres. O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. O guarda fez sinal para os motoristas pararem. 3. Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural);
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Por exemplo: Faço isso para não me acharem inútil. Temos de agir assim para nos promoverem. Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta. 4. Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação; Por exemplo: Vi os alunos abraçarem-se alegremente. Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza. Mandei as meninas olharem-se no espelho. Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo. DICAS: a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j" aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo: Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o substantivo ferrugem é grafado com "g".) Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc. b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "dirigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado por um "j" apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo c) O verbo "parecer" pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo. - Quando "parecer" é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir. - Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. "Parece" é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo "elas mentirem". Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração "Parece que elas mentem".
Vozes do Verbo Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais: a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: Ele fez o trabalho. sujeito agente ação objeto (paciente) b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo: O trabalho foi feito por ele. sujeito paciente ação agente da passiva c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: O menino feriu-se. Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
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1- Voz Passiva Analítica Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: A escola será pintada. O trabalho é feito por ele. Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo: A exposição será aberta amanhã. - A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases seguintes: a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) - Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as folhas. (gerúndio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença. 2- Voz Passiva Sintética A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo: Abriram-se as inscrições para o concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola. Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética. Curiosidade A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Por exemplo: Gutenberg Sujeito da Ativa
inventou
a imprensa Objeto Direto
(Voz Ativa)
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A imprensa Sujeito da Passiva
foi inventada
por Gutenberg Agente da Passiva
(Voz Passiva)
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exemplos: - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. - Eu o acompanharei. Ele será acompanhado por mim. Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: - Prejudicaram-me. Fui prejudicado. Saiba que: 1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros. Por exemplo: O vinho é bom. Aqui chove muito. 2) Há formas passivas com sentido ativo: Por exemplo: É chegada a hora. (= Chegou a hora.) Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) 3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo: Por exemplo: Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Por exemplo: Chamo-me Luís. Batizei-me na Igreja do Carmo. Operou-se de hérnia. Vacinaram-se contra a gripe.
Pronúncia Correta de Alguns Verbos 1) Nos verbos cujo radical termina em -ei, -eu, -oi, -ou, seguidos de consoante, é fechada a vogal base desses ditongos: a) Pronuncie ei (como na palavra lei): aleijo, aleijas, aleija, aleijam, aleije, aleijem abeiro-me, abeira-se, abeiram-se, abeire-se, abeira-te enfeixo, enfeixas, enfeixa, enfeixe, enfeixam, enfeixem, enfeixes inteiro, inteiras, inteira, inteiram, inteire, inteires, inteirem b) Pronuncie eu (como na palavra deu): endeuso, endeusas, endeusa, endeusam, endeuse, endeuses, endeusem c) Pronuncie oi (como na palavra boi): açoito, açoitas, açoita, açoitam, açoite, açoites, açoitem foiço, foiças, foiça, foiçam, foice, foices, foicem desmoito, desmoitas, desmoita, desmoitam, desmoite, desmoites, desmoitem noivo, noivas, noiva, noivam, noive, noives, noivem. d) Pronuncie ou ( como na palavra ouro): afrouxo, afrouxas, afrouxa, afrouxam, afrouxe, afrouxes, afrouxem
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roubo, roubas, rouba, roubam, roube, roubes, roubem estouro, estouras, estoura, estouram, estoure, estoures, estourem 2) Nos verbos terminados em -ejar e -elhar, como despejar, almejar, arejar, velejar, pelejar, planejar, espelhar, aparelhar, semelhar, avermelhar, etc., o e tônico profere-se fechado: despejo (ê), despejas(ê), despeja (ê), despejam (ê), despeje (ê), despejes (ê), despejem (ê) espelho (ê), espelhas (ê), espelha (ê), espelham (ê), espelhe (ê), espelhes (ê), espelhem (ê) 3) Verbos como englobar, desposar, forçar, rogar, mofar, ensopar, escovar, estorvar, enroscar, rosnar, lograr, etc., têm o o aberto nas formas rizotônicas: escovo (ó), escova (ó), escove (ó), desposa (ó), ensopa (ó), ensopam (ó), etc. 4) Na terminação -oem, a vogal o é: a) fechada nos verbos finalizados em -oar: voem, magoem, coem, doem (doar), soem (soar), abençoem, coroem, abotoem, etc. b) aberta nos verbos terminados em -oer: doem (doer), soem (soer), moem, roem, corroem, etc. 5) Nas três pessoas do singular e na 3ª do plural do presente do indicativo e do subjuntivo do verbo saudar, a vogal u forma hiato e não ditongo: saúdo (sa-ú-do), saúdas, saúda, saúdam saúde (sa- ú-de), saúdes, saúde, saúdem 6) O u do dígrafo gu dos verbos distinguir e extinguir não soa. Pronuncie gue, gui como no verbo seguir: segue, seguem, seguiu, seguiu distingue, distinguem, distinguiu, extinguiu, etc.
Advérbio Compare estes exemplos: O ônibus chegou. O ônibus chegou ontem. A palavra ontem acrescentou ao verbo chegou uma circunstância de tempo: ontem é um advérbio. Marcos jogou bem. Marcos jogou muito bem. A palavra muito intensificou o sentido do advérbio bem: muito, aqui, é um advérbio. A criança é linda. A criança é muito linda. A palavra muito intensificou a qualidade contida no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um advérbio. Advérbio é uma palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio. Às vezes, um advérbio pode se referir a uma oração inteira; nessa situação, normalmente transmitem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o conteúdo da oração. Por exemplo: As providências tomadas foram infrutíferas, lamentavelmente.
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Quando modifica um verbo, o advérbio pode acrescentar várias ideias, tais como: Tempo: Ela chegou tarde. Lugar: Ele mora aqui. Modo: Eles agiram mal. Negação: Ela não saiu de casa. Dúvida: Talvez ele volte. Observações: - Os advérbios que se relacionam ao verbo são palavras que expressam circunstâncias do processo verbal, podendo assim, ser classificados como determinantes. Por exemplo: Ninguém manda aqui! mandar: verbo aqui: advérbio de lugar = determinante do verbo - Quando modifica um adjetivo, o advérbio acrescenta a ideia de intensidade. Por exemplo: O filme era muito bom. - Na linguagem jornalística e publicitária atuais, têm sido frequentes os advérbios associados a substantivos: Por exemplo: "Isso é simplesmente futebol" - disse o jogador. "Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova campanha publicitária ufanista.
Flexão do Advérbio Outra característica dos advérbios se refere a sua organização morfológica. Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: Grau Comparativo Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo: de igualdade: tão + advérbio + quanto (como) Por exemplo: Renato fala tão alto quanto João. de inferioridade: menos + advérbio + que (do que) Por exemplo: Renato fala menos alto do que João. de superioridade: Analítico: mais + advérbio + que (do que) Por exemplo: Renato fala mais alto do que João. Sintético: melhor ou pior que (do que) Por exemplo: Renato fala melhor que João. Grau Superlativo O superlativo pode ser analítico ou sintético: Analítico: acompanhado de outro advérbio. Por exemplo: Renato fala muito alto. muito = advérbio de intensidade alto = advérbio de modo Sintético: formado com sufixos. Por exemplo: Renato fala altíssimo. Obs.: as formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Observe: Maria mora pertinho daqui. (muito perto) A criança levantou cedinho. (muito cedo)
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Classificação dos Advérbios De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio pode ser de: Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta. Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora, amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia. Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior parte dos que terminam em "-mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, generosamente. Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, deveras, indubitavelmente. Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe. Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das árvores. Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Por exemplo: O indivíduo também amadurece durante a adolescência. Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer aos meus amigos por comparecerem à festa. Saiba que: - Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se ao advérbio o mais ou o menos. Por exemplo: Ficarei o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos tarde possível. - Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, em geral sufixamos apenas o último: Por exemplo: O aluno respondeu calma e respeitosamente. Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido Há palavras como muito, bastante, etc. que podem aparecer como advérbio e como pronome indefinido. Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
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Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
Advérbios Interrogativos São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? por que? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Interrogação Direta Interrogação Indireta Como aprendeu? Perguntei como aprendeu. Onde mora? Indaguei onde morava. Por que choras? Não sei por que riem. Aonde vai? Perguntei aonde ia. Donde vens? Pergunto donde vens. Quando voltas? Pergunto quando voltas.
Locução Adverbial Quando há duas ou mais palavras que exercem função de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinariamente por uma preposição. Veja: lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto, para dentro, por aqui, etc. afirmação: por certo, sem dúvida, etc. modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão, em geral, frente a frente, etc. tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde, hoje em dia, nunca mais, etc. Obs.: tanto a locução adverbial como o advérbio modificam o verbo, o adjetivo e outro advérbio. Observe os exemplos: Chegou muito cedo. (advérbio) Joana é muito bela. (adjetivo) De repente correram para a rua. (verbo)
Relação de Algumas Locuções Adverbiais às vezes à esquerda ao lado a cavalo ao vivo de repente por fora por trás com certeza lado a lado
às claras à direita ao fundo a pé a esmo de súbito por dentro por ali sem dúvida passo a passo
às cegas à distância ao longo às pressas à toa de vez em quando por perto por ora de propósito o mais das vezes
Atenção: não confunda locução adverbial com a locução prepositiva. Nesta última, a preposição vem sempre depois do advérbio ou da locução adverbial. Por exemplo: perto de, antes de, dentro de, etc.
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Palavras e Locuções Denotativas São palavras que, embora, em alguns aspectos (ser invariável, por exemplo), assemelhem-se a advérbios, não possuem, segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, classificação especial. Do ponto de vista sintático, são expletivas, isto é, não assumem nenhuma função; do ponto de vista morfológico, são invariáveis (muitas delas vindas de outras classes gramaticais); do ponto de vista semântico, são inegavelmente importantes no contexto em que se encontram (daí seu nome). Classificam-se em função da ideia que expressam: Adição: ainda, além disso, etc. Por exemplo: Comeu tudo e ainda repetiu. Afastamento: embora Por exemplo: Foi embora daqui. Afetividade: ainda bem, felizmente, infelizmente. Por exemplo: Ainda bem que passei de ano Aproximação: quase, lá por, bem, uns, cerca de, por volta de, etc. Por exemplo: Ela quase revelou o segredo. Designação: eis Por exemplo: Eis nosso carro novo. Exclusão: apesar, somente, só, salvo, unicamente, exclusive, exceto, senão, sequer, apenas, etc. Por exemplo: Não me descontou sequer um real. Explicação: isto é, por exemplo, a saber, etc. Por exemplo: Li vários livros, a saber, os clássicos. Inclusão: até, ainda, além disso, também, inclusive, etc. Por exemplo: Eu também vou viajar. Limitação: só, somente, unicamente, apenas, etc. Por exemplo: Só ele veio à festa. Realce: é que, cá, lá, não, mas, é porque, etc. Por exemplo: E você lá sabe essa questão? O que não diria essa senhora se soubesse que já fui famoso. Retificação: aliás, isto é, ou melhor, ou antes, etc. Por exemplo: Somos três, ou melhor, quatro. Situação: então, mas, se, agora, afinal, etc. Por exemplo: Mas quem foi que fez isso? As palavras denotativas frequentemente ocorrem em frases e textos diretamente envolvidos com as estratégias argumentativas. Por esta razão, fique atento para o papel de palavras como até, aliás, também, etc. e para os efeitos de sentido que produzem nas situações efetivas de interlocução. Podem se difíceis de classificar, mas isso não impede que sejam importantes e necessárias.
Preposição Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. Essa relação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os elementos ligados pela preposição não há sentido dissociado, separado, individualizado; ao contrário, o sentido da expressão é dependente da união de todos os elementos que a preposição vincula. Exemplos: 1. Os amigos de João estranharam o seu modo de vestir. amigos de João / modo de vestir: elementos ligados por preposição de: preposição 2. Ela esperou com entusiasmo aquele breve passeio. esperou com entusiasmo: elementos ligados por preposição com: preposição
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Esse tipo de relação é considerada uma conexão, em que os conectivos cumprem a função de ligar elementos. A preposição é um desses conectivos e se presta a ligar palavras entre si num processo de subordinação denominado regência. Diz-se regência devido ao fato de que, na relação estabelecida pelas preposições, o primeiro elemento – chamado antecedente – é o termo que rege, que impõe um regime; o segundo elemento, por sua vez – chamado consequente – é o termo regido, aquele que cumpre o regime estabelecido pelo antecedente. Exemplos: 1. A hora das refeições é sagrada. hora das refeições: elementos ligados por preposição de + as = das: preposição hora: termo antecedente = rege a construção "das refeições" refeições: termo consequente = é regido pela construção "hora da" 2. Alguém passou por aqui. passou por aqui: elementos ligados por preposição por: preposição passou: termo antecedente = rege a construção "por aqui" aqui: termo consequente = é regido pela construção "passou por" As preposições são palavras invariáveis, pois não sofrem flexão de gênero, número ou variação em grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em diversas situações as preposições se combinam a outras palavras da língua (fenômeno da contração) e, assim, estabelecem uma relação de concordância em gênero e número com essas palavras às quais se ligam. Mesmo assim, não se trata de uma variação própria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela se funde. Por exemplo: de + o = do por + a = pela em + um = num As preposições podem introduzir: a) Complementos Verbais Por exemplo: Eu obedeço "aos meus pais". b) Complementos Nominais Por exemplo: Continuo obediente "aos meus pais". c) Locuções Adjetivas Por exemplo: É uma pessoa "de valor". d) Locuções Adverbiais Por exemplo: Tive de agir "com cautela". e) Orações Reduzidas Por exemplo: "Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.
Classificação das Preposições As palavras da Língua Portuguesa que atuam exclusivamente como preposição são chamadas preposições essenciais. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás
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Observações: 1) A preposição após, acidentalmente, pode ser advérbio, com a significação de atrás, depois. Por exemplo: Os noivos passaram, e os convidados os seguiram logo após. 2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com pouca frequência em autores modernos. Por exemplo: Dês que começaste a me visitar, sinto-me melhor. 3) Trás, modernamente, só se usa em locuções adverbiais e prepositivas: por trás, para trás, para trás de. Como preposição simples, aparece, por exemplo, no antigo ditado: Trás mim virá quem bom me fará. 4) Para, na fala popular, apresenta a forma sincopada pra. Por exemplo: Bianca, alcance aqueles livros pra mim. 5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão. Por exemplo: Os ladrões roubaram-lhe até a roupa do corpo. Há palavras de outras classes gramaticais que, em determinadas situações, podem atuar como preposições. São, por isso, chamadas preposições acidentais: como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= conforme), consoante (= conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, visto (=por). Saiba que: As preposições essenciais regem sempre a forma oblíqua tônica dos pronomes pessoais: Por exemplo: Não vá sem mim à escola. As preposições acidentais, por sua vez, regem a forma reta desses mesmos pronomes: Por exemplo: Todos, exceto eu, preferem sorvete de chocolate.
Locução Prepositiva É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Principais locuções prepositivas: abaixo de a fim de apesar de ao invés de em vez de junto com defronte de de encontro a sob pena de
acima de além de antes de diante de graças a junto de através de em frente de a respeito de
acerca de a par de depois de em fase de junto a à custa de em via de em frente a ao encontro de
Combinação e Contração da Preposição Quando as preposições a, de, em e per unem-se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa união pode ser por:
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Combinação: ocorre quando a preposição, ao unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fonemas. Por exemplo: preposição a + artigo masculino o = ao preposição a + artigo masculino os = aos Contração: ocorre quando a preposição sofre modificações na sua estrutura fonológica ao unir-se a outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, formam contrações com os artigos e com diversos pronomes. Veja: do num disto naquele
dos nuns disso naqueles
da numa daquilo naquela
das numas naquelas
Observe outros exemplos: em + a = na em + aquilo = naquilo de + aquela = daquela de + onde = donde Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pelas resultam da contração da antiga preposição per com os artigos definidos. Por exemplo: per + o = pelo
Encontros Especiais A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a, as ou com o "a" inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo resulta numa fusão de vogais a que se chama de crase - que deve ser assinalada na escrita pelo uso do acento grave. Por exemplo: a + a = à Exemplos: às - àquela - àquelas - àquele - àqueles - àquilo Principais Relações estabelecidas pelas Preposições Autoria - Esta música é de Roberto Carlos. Lugar - Estou em casa. Tempo - Eu viajei durante as férias. Modo ou conformidade - Vamos escolher por sorteio. Causa - Estou tremendo de frio Assunto - Não gosto de falar sobre política. Fim ou finalidade - Eu vim para ficar Instrumento - Paulo feriu- se com a faca. Companhia - Hoje vou sair com meus amigos. Meio - Voltarei a andar a cavalo. Matéria - Devolva-me meu anel de prata. Posse - Este é o carro de João. Oposição - O Flamengo jogou contra Fluminense. Conteúdo - Tomei um copo de (com) vinho. Preço - Vendemos o filhote de nosso cachorro a (por) R$ 300, 00. Origem - Você descende de família humilde.
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Especialidade - João formou-se em Medicina. Destino ou direção - Olhe para frente!
Distinção entre Preposição, Pronome Pessoal Oblíquo e Artigo Preposição: ao ligar dois termos, estabelecendo entre eles relação de dependência, o "a" permanece invariável, exercendo função de preposição. Por exemplo: Fui a Brasília. Pronome Pessoal Oblíquo: ao substituir um substantivo na frase. Por exemplo: Eu levei Júlia a Brasília. Eu a levei a Brasília. Artigo: ao anteceder um substantivo, determinando-o. Por exemplo: A professora foi a Brasília. Preposições, leitura e produção de textos A referência constante às preposições quando se estuda a Língua Portuguesa demonstra a importância que elas possuem na construção de frases e textos eficientes. As relações que as preposições estabelecem entre as apartes do discurso são tão diversificadas quanto imprescindíveis; seja em textos narrativos, descritivos ou dissertativos, noções como tempo, lugar, causa, assunto, finalidade e outras costumam participar da construção da coerência textual e da obtenção dos efeitos de sentido discursivos.
Conjunção Além da preposição, há outra palavra que, na frase, é usada como elemento de ligação: a conjunção. Por exemplo: A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amiguinhas. Deste exemplo podem ser retiradas três informações: segurou a boneca a menina mostrou viu as amiguinhas Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações: 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou 3ª oração: quando viu as amiguinhas. A segunda oração liga-se à primeira por meio do "e", e a terceira oração liga-se à segunda por meio do "quando". As palavras "e" e "quando" ligam, portanto, orações. Observe: Gosto de natação e de futebol. Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou termos de uma mesma oração. Logo, a palavra "e" está ligando termos de uma mesma oração. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração.
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Morfossintaxe da Conjunção As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem propriamente uma função sintática: são conectivos.
Classificação da Conjunção De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade de sentido que cada um dos elementos possui. Já no segundo caso, cada um dos elementos ligados pela conjunção depende da existência do outro.
Conjunções Coordenativas São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em: 1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só...como também, bem como, não só...mas ainda . Por exemplo: A sua pesquisa é clara e objetiva. Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório. 2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Por exemplo: Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. 3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou...ou, ora, já...já, quer...quer, seja...seja, talvez...talvez. Por exemplo: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. 4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Por exemplo: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa. 5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo) , porquanto. Por exemplo: Não demore, que o filme já vai começar. Saiba que: a) As conjunções "e"," antes", "agora"," quando" são adversativas quando equivalem a "mas". Por exemplo: Carlos fala, e não faz. O bom educador não proíbe, antes orienta. Sou muito bom; agora, bobo não sou. Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem. b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "mas sim". Por exemplo: Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade. c) Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. Por exemplo: Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta. Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.
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d) A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. Por exemplo: Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques. Quando é conjunção explicativa, "pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. Por exemplo: Não tenha receio, pois eu a protegerei.
Conjunções Subordinativas São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha começado quando ela chegou. O baile já tinha começado: oração principal quando: conjunção subordinativa ela chegou: oração subordinada As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 1. Integrantes Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, se. Por exemplo: Espero que você volte. (Espero sua volta.) Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 2. Adverbiais Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc. Por exemplo: Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. Como não se interessa por arte, desistiu do curso. b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Por exemplo: Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. Eu não desistirei desse plano mesmo que todos me abandonem. c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc. Por exemplo: Se precisar de minha ajuda, telefone-me. Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro. São elas: conforme, como (= conforme), segundo, consoante, etc. Por exemplo: O passeio ocorreu como havíamos planejado. Arrume a exposição segundo as ordens do professor.
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e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. Por exemplo: Toque o sinal para que todos entrem no salão. Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais...(mais), quanto menos...(menos), quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc. Por exemplo: O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. Quanto mais reclamava menos atenção recebia. Obs.: são incorretas as locuções proporcionais à medida em que, na medida que e na medida em que. g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal. São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc. Por exemplo: A briga começou assim que saímos da festa. A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com referência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que(combinado com menos ou mais), etc. Por exemplo: O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Ele é preguiçoso tal como o irmão. i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. Por exemplo: Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. A dor era tanta que a moça desmaiou.
Locução Conjuntiva Recebem o nome de locução conjuntiva os conjuntos de palavras que atuam como conjunção. Essas locuções geralmente terminam em "que". Observe os exemplos: visto que desde que ainda que por mais que à medida que à proporção que logo que a fim de que Atenção: Muitas conjunções não têm classificação única, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acordo com o sentido que apresentam no contexto. Assim, a conjunção que pode ser:
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1. Aditiva ( = e) Por exemplo: Esfrega que esfrega, mas a mancha não sai. 2. Explicativa Por exemplo: Apressemo-nos, que chove. 3. Integrante Por exemplo: Diga-lhe que não irei. 4. Consecutiva Por exemplo: Onde estavas, que não te vi? 5. Comparativa Por exemplo: Ficou vermelho que nem brasa. 6. Concessiva Por exemplo: Beba, um pouco que seja. 7. Temporal Por exemplo: Chegados que fomos, dirigimo-nos ao hotel. 8. Final Por exemplo: Vendo o amigo à janela, fez sinal que descesse. 9. Causal Por exemplo: "Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo." (V.Coaraci) Conjunções, leitura e produção de textos O bom relacionamento entre as conjunções de um texto garante a perfeita estruturação de suas frases e parágrafos, bem como a compreensão eficaz de seu conteúdo. Interagindo com palavras de outras classes gramaticais essenciais ao interrelacionamento das partes de frases e textos - como os pronomes, preposições, alguns advérbios e numerais -, as conjunções fazem parte daquilo a que se pode chamar de " a arquitetura textual", isto é, o conjunto das relações que garantem a coesão do enunciado. O sucesso desse conjunto de relações depende do conhecimento do valor relacional das conjunções, uma vez que estas interferem semanticamente no enunciado. Dessa forma, deve-se dedicar atenção especial às conjunções tanto na leitura como na produção de textos. Nos textos narrativos, elas estão muitas vezes ligadas à expressão de circunstâncias fundamentais à condução da história, como as noções de tempo, finalidade, causa consequência. Nos textos dissertativos, evidenciam muitas vezes a linha expositiva ou argumentativa adotada - é o caso das exposições e argumentações construídas por meio de contrastes e oposições, que implicam o uso das adversativas e concessivas.
Interjeição Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Observe o exemplo: Droga! Preste atenção quando eu estou falando! No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ter dito: - Estou com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra. Ele empregou a interjeição Droga!
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As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro lado, são uma espécie de "palavra-frase", ou seja, há uma ideia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Veja os exemplos: 1. Bravo! Bis! bravo e bis: interjeição Sentença (sugestão): "Foi muito bom! Repitam!" 2. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição Sentença (sugestão): "Isso está doendo!" ou "Estou com dor!" A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um contexto específico. Exemplos: 1. Ah, como eu queria voltar a ser criança! ah: expressão de um estado emotivo = interjeição 2. Hum! Esse pudim estava maravilhoso! hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. Exemplos: 1. Psiu! contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua significado da interjeição (sugestão): "Estou te chamando! Ei, espere!" 2. Psiu! contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital significado da interjeição (sugestão): "Por favor, faça silêncio!" 3. Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! puxa: interjeição tom da fala: euforia 4. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! puxa: interjeição tom da fala: decepção As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: a) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tristeza, dor, etc. Por exemplo: - Você faz o que no Brasil? -Eu? Eu negocio com madeiras. -Ah, deve ser muito interessante. b) Sintetizar uma frase apelativa Por exemplo: Cuidado! Saia da minha frente. As interjeições podem ser formadas por: a) simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. b) palavras: Oba!, Olá!, Claro! c) grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus! Ora bolas! A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma interjeição tenha mais de um sentido.
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Por exemplo: Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade) Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria)
Classificação das Interjeições Comumente, as interjeições expressam sentido de: Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Atenção!, Olha!, Alerta! Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa! Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora! Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! Desculpa: Perdão! Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, Eh! Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, Ora! Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, Putz! Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!, Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora! Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade! Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus! Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio! Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh! Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem variação em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
Locução Interjetiva Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão com sentido de interjeição. Por exemplo: Ora bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem! Observações: 1) As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa! Perdão! = Peço-lhe que me desculpe. 2) Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais podem aparecer como interjeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) Fora! Francamente! (Advérbios)
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3) A interjeição pode ser considerada uma "palavra-frase" porque sozinha pode constituir uma mensagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! Silêncio! Fique quieto! 4) Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por exemplo: Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quáquá-quá!, etc. 5) Não se deve confundir a interjeição de apelo "ó" com a sua homônima "oh!", que exprime admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa depois do" oh!" exclamativo e não a fazemos depois do "ó" vocativo. Por exemplo: "Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!" (Olavo Bilac) Oh! a jornada negra!" (Olavo Bilac) 6) Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no diminutivo ou no superlativo. Por exemplo: Calminha! Adeusinho! Obrigadinho! Interjeições, leitura e produção de textos Usadas com muita frequência na língua falada informal, quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante - como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos - particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso das interjeições com o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e conteúdo mais emocional do que racional fazem das interjeições presença constante nos textos publicitários.
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FONOLOGIA Definição Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas.
Fonema A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ("som, voz") e log, logia ("estudo", "conhecimento"). Significa literalmente “estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor – ator morro – corro vento - cento Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra 1) O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). 2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: Exemplos: Zebra casamento exílio 3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema sê: texto - o fonema zê: exibir - o fonema chê: enxame - o grupo de sons ks: táxi 4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Exemplos: tóxico
fonemas:
galho
fonemas:
/t/ó/k/s/i/c/o/ 1234567 /g/a/lh/o/ 1234
letras: letras:
tóxico 123456 galho 12345
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5) As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra conta Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n. 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Exemplos: hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 123 1234
Classificação dos Fonemas Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: 1) Vogais As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sílaba há necessariamente uma única vogal. Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca. Por Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: /ã/: fã, canto, tampa / /: dente, tempero / /: lindo, mim /õ/ bonde, tombo / / nunca, algum c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade. Por Exemplo: até, bola d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade. Por Exemplo: até, bola Quanto ao timbre, as vogais podem ser: Abertas Exemplos: pé, lata, pó Fechadas Exemplos: mês, luta, amor Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras. Exemplos: dedo, ave, gente. Quanto à zona de articulação: Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca). Exemplos: é, ê, i Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino). Exemplos: ó, ô, u Médias - A língua fica baixa, quase em repouso. Por Exemplo: a 2) Semivogais
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Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico. Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, história, série. Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m". Veja: pães / pãis mão / mãu/ cem /c i/ 3) Consoantes Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.
Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 1) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser: a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. Por Exemplo: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. Por Exemplo: pai (a = vogal, i = semivogal) c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca. Exemplos: pai, série d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: mãe 2) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos: Paraguai - Tritongo oral quão - Tritongo nasal 3) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. Por Exemplo: saída (sa-í-da) poesia (po-e-si-a) Saiba que: - Na terminação -em em palavras como ninguém, também, porém e na terminação -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes. - É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre
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uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas diferentes, como em ge-lei-a, ioiô.
Encontros Consonantais O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos: - os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... - os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta... Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go...
Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras. Por Exemplo: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. Dígrafos Consonantais Letras
Fonemas
Exemplos
lh
lhe
telhado
nh
nhe
marinheiro
ch
xe
chave
rr
Re (no interior da palavra)
carro
ss
se (no interior da palavra)
passo
qu
que (seguido de e e i)
queijo, quiabo
gu
gue (seguido de e e i)
guerra, guia
sc
se
crescer
sç
se
desço
xc
se
exceção
Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais.
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Fonemas Letras Exemplos ã
õ
am
tampa
an
canto
em
templo
en
lenda
im
limpo
in
lindo
om
tombo
on
tonto
um
chumbo
un
corcunda
Observação: "Gu" e "qu" são dígrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguiça, aquífero...). Nesse caso, "gu" e "qu" não são dígrafos. Também não há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).
Sílaba Observe: A - MOR A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a mor. A cada um desses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais.
Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas 1) Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe, flor, lá, meu 2) Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por 3) Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir 4) Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gista
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Divisão Silábica Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: a) Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co d) Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car
Acento Tônico Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as demais. calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade. sólido - a sílaba só é a de maior intensidade. Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras, em meio a sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que dão melodia à frase.
Classificação da Sílaba quanto à Intensidade Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade. Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à tônica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo: Palavra primitiva:
Palavra derivada:
be átona
be átona be subtônica
bê tônica zi tônica
nho átona
Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classificados em: Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exemplos: avó, urubu, parabéns Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: dócil, suavemente, banana Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
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Saiba que: São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter. São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a). São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano, trânsfuga. As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão.
Monossílabos Leia em voz alta a frase abaixo: O sol já se pôs. Essa frase é formada apenas por monossílabos. É possível verificar que os monossílabos sol, já e pôs são pronunciados com maior intensidade que os outros. São tônicos. Possuem acento próprio e, por isso, não precisam apoiar-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem. Já os monossílabos o e se são átonos, pois são pronunciados fracamente. Por não terem acento próprio, apoiam-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem.
Critérios de Distinção Muitas vezes, fazer a distinção entre um monossílabo átono e um tônico pode ser complicado. Por isso, observe os critérios a seguir. 1- Modificação da pronúncia da vogal final. Nos monossílabos átonos a vogal final se modifica ou pode modificar-se na pronúncia. Com os tônicos, não ocorre tal possibilidade. Exemplos: Vou de carro para o meu trabalho. (de = monossílabo átono - é possível a pronúncia di ônibus.) Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = monossílabo tônico - é impossível a pronúncia di um auxílio.) 2- Significado isolado do monossílabo O monossílabo átono não tem sentido quando isolado na frase. Veja: Meus amigos já compraram os convites, mas eu não. O monossílabo tônico, mesmo isolado, possui significado. Observe: Existem pessoas muito más. Nessa frase, o monossílabo possui sentido: más = ruins. São monossílabos átonos: artigos: o, a, os, as, um, uns pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, nos, vos preposições: a, com, de, em, por, sem, sob pronome relativo: que Conjunções: e, ou, que, se
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São monossílabos tônicos: todos aqueles que possuem autonomia na frase. Exemplos: mim, há, seu, lar, etc. Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autonomia fonética, um mesmo monossílabo seja átono numa frase, porém tônico em outra. Exemplos: Que foi? (átono) Você fez isso por quê? (tônico)
Acentuação Gráfica Acento Prosódico e Acento Gráfico Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja: es - per - te - za ca - pí - tu - lo tra - zer e - xis - ti - rá Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se que: Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são: Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas. Exemplos: Pará, ambíguo, saúde, vintém Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. Exemplos: pé, herói Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e pronomes. Exemplos: à, às, àquele Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com timbre fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n ou nh. Exemplos: mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo Til (~): indica que as letras a e o representam vogais nasais. Exemplos: balão, põe
Regras de Acentuação Gráfica Baseiam-se na constatação de que, em nossa língua, as palavras mais numerosas são as paroxítonas, seguidas pelas oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, são sempre acentuadas. Proparoxítonas Sílaba tônica: antepenúltima
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As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos: trágico, patético, árvore Paroxítonas Sílaba tônica: penúltima Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: fácil l pólen n cadáver r bíceps ps tórax x vírus us júri, lápis i, is iândom, íons om, ons álbum, álbuns um, uns órfã, órfãs, órfão, órfãos ã(s), ão(s) ditongo oral jóquei, túneis (seguido ou não de s) Observações: 1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que terminam em "ens", não. (hifens, jovens) 2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i "e "r". (semi, super) 3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s),io(s). Exemplos: várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início Oxítonas Sílaba tônica: última Acentuam-se as oxítonas terminadas em: sofá, sofás a(s): jacaré, vocês e(s): paletó, avós o(s): em, ens: ninguém, armazéns
Monossílabos Os monossílabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos.
Monossílabos Tônicos Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:
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a(s): lá, cá
e(s): pé, mês
o(s): só, pó, nós, pôs
Monossílabos Átonos Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam. Exemplos: o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc. Observações: 1) Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido, vindo representados por artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação (preposições, conjunções). 2) Há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos em outras. Exemplos: Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua mochila? (átono) Há sempre um mas para questionar. (tônico) / Eu sei seu nome, mas não me recordo agora. (átono) Saiba que: Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, produzem formas oxítonas ou monossilábicas que devem ser acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminações contidas nas regras. Exemplos: beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo
Acento de Insistência Sentimentos fortes (emoção, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade de enfatizar uma ideia podem levar o falante a emitir a sílaba tônica ou a primeira sílaba de certas palavras com uma intensidade e duração além do normal. Exemplos: Está muuuuito frio hoje! Deve haver equilíbrio entre exportação e importação.
Regras Especiais Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr em evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:
Ditongos Abertos Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja: éi (s):anéis, fiéis, papéis éu (s):troféu, céus ói (s): herói, constrói, caubóis Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados. Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc. Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "r" (e não por possuir ditongo aberto "ói").
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Hiatos Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh". Exemplos: sa - í - da e - go - ís -mo sa - ú - de Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras: ju - iz
ra - iz
ru - im
ca - ir
Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba. Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por serem hiatos, mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo: po-é-ti-co: proparoxítona bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente. ja-ó: oxítona terminada em "o".
Verbos Ter e Vir Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir, intervir, etc.). Veja: Ele tem
Eles têm
Ela vem
Elas vêm
Ele retém
Eles retêm
Ele intervém Eles intervêm Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular. Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo: ele detém -eles detêm ele advém -eles advêm.
Acento Diferencial Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos são utilizados para diferenciar palavras homógrafas (de mesma grafia). Veja: a) pôde / pode Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a forma do presente do indicativo. Exemplos: O ladrão pôde fugir. O ladrão pode fugir. b) pôr / por Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos: Você deve pôr o livro aqui. Não vá por aí! Saiba que: Para acentuar as formas verbais com pronome oblíquo em ênclise
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(depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo), cada elemento deve ser considerado como uma palavra independente. Observe: jogá-lo jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento) lo = monossílabo átono (portanto, sem acento) jogá-lo-íamos jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento) lo = monossílabo átono (portanto, sem acento) íamos = proparoxítona (portanto, com acento)
Acento Grave O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposição "a" com os artigos a, as e com os demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às, àquele(s), àquela(s), àquilo.
Ortoépia ou Ortoepia A palavra ortoépia se origina da união dos termos gregos orthos, que significa "correto" e hépos, que significa "palavra". Assim, a ortoépia se ocupa da correta produção oral das palavras.
Preceitos 1) A perfeita emissão de vogais e grupos vocálicos, enunciando-os com nitidez, sem acrescentar nem omitir ou alterar fonemas, respeitando o timbre (aberto ou fechado) das vogais tônicas, tudo de acordo com as normas da fala culta. 2) A articulação correta e nítida dos fonemas consonantais. 3) A correta e adequada ligação das palavras na frase. Veja a seguir alguns casos frequentes de pronúncias corretas e errôneas, de acordo com o padrão culto da língua portuguesa no Brasil. CORRETAS
ERRÔNEAS
adivinhar
advinhar
advogado
adevogado
apropriado
apropiado
aterrissar
aterrisar
bandeja
bandeija
bochecha
buchecha
boteco
buteco
braguilha
barguilha
bueiro
boeiro
cabeleireiro
cabelereiro
caranguejo
carangueijo
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eletricista
eletrecista
emagrecer
esmagrecer
empecilho
impecilho
estupro, estuprador
estrupo, estrupador
fragrância
fragância
frustrado
frustado
lagartixa
largatixa
lagarto
largato
mendigo
mendingo
meteorologia
metereologia
mortadela
mortandela
murchar
muchar
paralelepípedos
paralepípedos
pneu
peneu
prazerosamente
prazeirosamente
privilégio
previlégio
problemas
poblemas ou pobremas
próprio
própio
proprietário
propietário
psicologia, psicólogo pissicologia, pissicólogo salsicha
salchicha
sobrancelha
sombrancelha
superstição
supertição
verruga
berruga
Em muitas palavras há incerteza, divergência quanto ao timbre de vogais tônicas /e/ e /o/. Recomenda-se proferir: Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, grelha, groselha, ileso, obeso, obsoleto, dolo, inodoro, molho (feixe, conjunto), suor. Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse (substantivo), reses, algoz, algozes, crosta, bodas, molho (caldo), poça, torpe.
Prosódia A prosódia ocupa-se da correta emissão de palavras quanto à posição da sílaba tônica, segundo as normas da língua culta. Existe uma série de vocábulos que, ao serem proferidos, acabam tendo o acento prosódico deslocado. Ao erro prosódico dá-se o nome de silabada. Observe os exemplos. São oxítonas:
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condor mister
novel Nobel
ureter ruim
2) São paroxítonas: austero caracteres
ciclope filantropo
Madagáscar pudico(dí)
recorde rubrica
3) São proparoxítonas: aerólito alcíone
lêvedo munícipe
quadrúmano trânsfuga
Existem palavras cujo acento prosódico é incerto, mesmo na língua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo que a primeira pronúncia dada é a mais utilizada na língua atual. acrobata - acróbata réptil - reptil Bálcãs - Balcãs xerox - xérox projétil - projetil zangão - zângão
Ortografia A ortografia se caracteriza por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver dúvida.
O Alfabeto O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minúscula e outra maiúscula. Veja: a A (á) b B (bê) c C (cê) d D (dê) e E (é) f F (efe) g G (gê ou guê) h H (agá) i I (i)
j J (jota) k K (cá) l L (ele) m M (eme) n N (ene) o O (ó) p P (pê) q Q (quê) r R (erre)
s S (esse) t T (tê) u U (u) v V (vê) w W (dáblio) x X (xis) y Y (ípsilon) z Z (zê)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
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Emprego das letras K, W e Y Utilizam-se nos seguintes casos: a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista. b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt.
Emprego de X e Ch Emprega-se o X: 1) Após um ditongo. Exemplos: caixa, frouxo, peixe Exceção: recauchutar e seus derivados 2) Após a sílaba inicial "en". Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-" Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 3) Após a sílaba inicial "me-". Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão Exceção: mecha 4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas. Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu 5) Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, etc. Emprega-se o dígrafo Ch: 1) Nos seguintes vocábulos: bochecha, bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc. Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos: Gesso: Origina-se do grego gypsos jipe: Origina-se do inglês jeep.
Emprego das letras G e J Emprega-se o G: 1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem Exceção: pajem 2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio. 3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g
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Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem) 4) Nos seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. Emprega-se o J: 1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear Exemplos: arranjar: arranjo, arranje, arranjem despejar:despejo, despeje, despejem gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando enferrujar: enferruje, enferrujem viajar: viajo, viaje, viajem 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji. 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j Exemplos: laranja- laranjeira cereja- cerejeira
loja- lojista varejo- varejista
lisonja - lisonjeador rijo- enrijecer
nojo- nojeira jeito- ajeitar
4) Nos seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento
Emprego das Letras S e Z Emprega-se o S: 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical Exemplos: análise- analisar catálise- catalisador casa- casinha, casebre liso- alisar 2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem Exemplos: burguês- burguesa inglês- inglesa chinês- chinesa milanês- milanesa 3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa Exemplos: catarinense gostoso- gostosa amoroso- amorosa palmeirense gasoso- gasosa teimoso- teimosa 4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose
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5) Após ditongos Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea 6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos repus, repusera, repusesse, repuséssemos 7) Nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás 8) Nos seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, cortesia, decisão,despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita, etc. Emprega-se o Z: 1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical Exemplos: deslize- deslizar razão- razoável vazio- esvaziar raiz- enraizar cruz-cruzeiro 2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos Exemplos: inválido- invalidez limpo-limpeza macio- maciez rígido- rigidez frio- frieza nobre- nobreza pobre-pobreza surdo- surdez 3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos Exemplos: civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização colonizar- colonização realizar- realização 4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita 5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. 6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre o S e o Z Exemplos: cozer (cozinhar) e coser (costurar) prezar( ter em consideração) e presar (prender) traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos: exame
exato
exausto
exemplo
existir
exótico
inexorável
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Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe: Emprega-se o S: Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir","ender", "verter" e "pelir" Exemplos: expandir- expansão estender- extensão
pretender- pretensão suspender- suspensão
verter- versão converter - conversão
expelir- expulsão repelir- repulsão
Emprega-se Ç: Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer" Exemplos: ater- atenção torcer- torção deter- detenção distorcer-distorção manter- manutenção contorcer- contorção Emprega-se o X: Em alguns casos, a letra X soa como Ss Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, texto, trouxe Emprega-se Sc: Nos termos eruditos Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc. Emprega-se Sç: Na conjugação de alguns verbos Exemplos: nascer- nasço, nasça crescer- cresço, cresça
descer- desço, desça
Emprega-se Ss: Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir" Exemplos: agredir- agressão progredir- progressão
demitir- demissão transmitir- transmissão
ceder- cessão exceder- excesso
discutir- discussão repercutir- repercussão
Emprega-se o Xc e o Xs: Em dígrafos que soam como Ss Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar Observações sobre o uso da letra X
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1) O X pode representar os seguintes fonemas: /ch/ - xarope, vexame /cs/ - axila, nexo /z/ - exame, exílio /ss/ - máximo, próximo /s/ - texto, extenso 2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xciExemplos: excelente, excitar
Emprego das letras E e I Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser nítida. Observe: Emprega-se o E: 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar Exemplos: magoar - magoe, magoes continuar- continue, continues 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior) Exemplos: antebraço, antecipar 3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc. Emprega-se o I : 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir Exemplos: cair- cai doer- dói influir- influi 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) Exemplos: Anticristo, antitetânico 3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilégio, etc.
Emprego das letras O e U Emprega-se o O/U: A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir som) e suar (transpirar) Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque. Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua
Emprego da letra H Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. Emprega-se o H: 1) Inicial, quando etimológico Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio 2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh Exemplos: flecha, telha, companhia 3) Final e inicial, em certas interjeições Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
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4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se etimológico Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. Observações: 1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha ele não é utilizado. 2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. Veja: Herbívoro, hispânico, hibernal.
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 1) Utiliza-se inicial maiúscula: a) No começo de um período, verso ou citação direta. Exemplos: Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso." "Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que à luz do sol encerra As promessas divinas da Esperança…" (Castro Alves) Observações: - No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra maiúscula. Por Exemplo: "Aqui, sim, no meu cantinho, vendo rir-me o candeeiro, gozo o bem de estar sozinho e esquecer o mundo inteiro." - Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula. Por Exemplo: "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira) b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. c) Nos topônimos, reais ou fictícios. Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. d) Nos nomes mitológicos. Exemplos: Dionísio, Netuno. e) Nos nomes de festas e festividades. Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã. f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª. g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas. Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, União, etc. Observação: esses nomes escrevem-se com inicial minúscula quando são empregados em sentido geral ou indeterminado. Exemplo: Todos amam sua pátria.
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Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade Igreja do Rosário ou igreja do Rosário Edifício Azevedo ou edifício Azevedo 2) Utiliza-se inicial minúscula: a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc. b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. segunda, sexta, domingo, etc. primavera, verão, outono, inverno c) Nos pontos cardeais. Exemplos: Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste. Observação: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula. Exemplos: Nordeste (região do Brasil) Ocidente (europeu) Oriente (asiático) Lembre-se: Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra minúscula. Exemplo: "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. Exemplos: Crime e Castigo ou Crime e castigo Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes sagrados e que designam crenças religiosas. Exemplos: Governador Mário Covas ou governador Mário Covas Papa João Paulo II ou papa João Paulo II Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor Santa Maria ou santa Maria. c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas. Exemplos: Português ou português Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas História do Brasil ou história do Brasil Arquitetura ou arquitetura
Notações Léxicas Para representar os fonemas, muitas vezes há necessidade de recorrer a sinais gráficos denominados notações léxicas.
Emprego do Til Til (~) O til sobrepõe-se sobre as letras a e o para indicar vogal nasal.
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Pode aparecer em sílaba: Tônica: balão, corações, maçã Átona: órgão, bençãos
Pretônica: balõezinhos, grã-fino
Outros Exemplos: Capitães, limão, mamão, bobão, chorão, devoções, põem, etc. Observação: Se a sílaba onde figura o til for átona, acentua-se graficamente a sílaba predominante. Por Exemplo: Órfãos, acórdão
Emprego do Apóstrofo Apóstrofo (´) O uso deste sinal gráfico pode: a) Indicar a supressão de uma vogal nos versos, por exigências métricas. Ocorre principalmente entre poetas portugueses Exemplos: esp´rança (esperança) minh'alma (minha alma) 'stamos (estamos) b) Reproduzir certas pronúncias populares Exemplos: Olh'ele aí...(Guimarães Rosa) Não s'enxerga, enxerido! (Peregrino Jr.) c) Indicar a supressão da vogal da preposição de em certas palavras compostas Exemplos: copo d´água, estrela d'alva, caixa d'água
Emprego dos Porquês POR QUE A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo": Exemplos: Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. Por que você comprou este casaco? Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais). Exemplos: Estes são os direitos por que estamos lutando. O túnel por que passamos existe há muitos anos. POR QUÊ Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico. Exemplos: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? Será deselegante se você perguntar novamente por quê! PORQUE A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. Exemplos: Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar? PORQUÊ A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).
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Exemplos: Não consigo entender o porquê de sua ausência. Existem muitos porquês para justificar esta atitude. Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê. Veja abaixo o quadro-resumo: Forma
Por que
Emprego
Exemplos
Por que ele chorou? (interrogativa Em frases interrogativas (diretas direta) Digam-me por que ele chorou. e indiretas) Em substituição à expressão (interrogativa indireta) Os bairros por que passamos eram "pelo qual" (e suas variações) sujos.(por que = pelos quais)
Por quê
No final de frases
Eles estão revoltados por quê? Ele não veio não sei por quê.
Porque
Em frases afirmativas e em respostas
Não fui à festa porque choveu.
Porquê
Como substantivo
Todos sabem o porquê de seu medo.
Emprego do Hífen O hífen é usado com vários fins em nossa ortografia, geralmente, sugerindo a ideia de união semântica. As regras de emprego do hífen são muitas, o que faz com que algumas dúvidas só possam ser solucionadas com o auxílio de um bom dicionário. Entretanto, é possível reduzir a quantidade de dúvidas sobre o seu uso, ao observarmos algumas orientações básicas.
Conheça os casos de emprego do hífen (-): 1) Na separação de sílabas. Exemplos: vo-vó; pás-sa-ro; U-ru-guai. 2) Para ligar pronomes oblíquos átonos a verbos e à palavra "eis". Exemplos: deixa-o; obedecer-lhe; chamar-se-á (mesóclise); mostre-se-lhe (dois pronomes relacionados ao mesmo verbo); ei-lo. 3) Em substantivos compostos, cujos elementos conservam sua autonomia fonética e acentuação própria, mas perdem sua significação individual para construir uma unidade semântica, um conceito único. Exemplos: Amor-perfeito, arco-íris, conta-gotas, decreto-lei, guarda-chuva, médico-cirurgião, norte-americano, etc. Obs.: certos compostos, em relação aos quais se perdeu, em certa medida, a noção de composição, grafam-se sem hífen: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, etc. 4) Em compostos nos quais o primeiro elemento é numeral. Exemplos: primeira-dama, primeiro-ministro, segundo-tenente, segunda-feira, quinta-feira, etc. 5) Em compostos homogêneos (contendo dois adjetivos, dois verbos ou elementos repetidos).
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Exemplos: técnico-científico, luso-brasileiro; quebra-quebra, corre-corre, recoreco, blá-blá-blá, etc. 6) Nos topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão, ou por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos. Exemplos: Grã- Bretanha, Grão -Pará; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes. Obs.: os outros topônimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc. O topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso. 7) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento. Exemplos: couve-flor, erva-doce, feijão-verde, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, bem-me-quer (planta), andorinha-grande, formiga-branca, cobra-d'água, lesma-de-conchinha, bem-te-vi, etc. Obs.: não se usa o hífen quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido: bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental, com hífen) e bico de papagaio (deformação nas vértebras, sem hífen). 8) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem. Exemplos: além-mar, aquém-fronteiras, recém-nascido, sem-vergonha. 9) Usa-se o hífen sempre que o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: anti-inflacionário, inter-regional, sub-bibliotecário, tele-entrega, etc. 10) Emprega-se hífen (e não travessão) entre elementos que formam não uma palavra, mas um encadeamento vocabular: Exemplos: A divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; A ponte Rio-Niterói; A ligação Angola-Moçambique; A relação professor-aluno. 11) Nas formações por sufixação será empregado o hífen nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, tais como -açu, -guaçu e -mirim, se o primeiro elemento acabar em vogal acentuada graficamente, ou por tônica nasal. Exemplos: Andá-açu, capim-açu, sabiá-guaçu, arumã-mirim, cajá-mirim, etc. 12) Usa-se hífen com o elemento mal antes de vogal, h ou l. Exemplos: mal-acabado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo. 13) Nas locuções não se costuma empregar o hífen, salvo naquelas já consagradas pelo uso. Exemplos: café com leite, cão de guarda, dia a dia, fim de semana, ponto e vírgula, tomara que caia. Locuções consagradas: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-queperfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.
Prefixos e Elementos de Composição Usa-se o hífen com diversos prefixos e elementos de composição. Veja o quadro a seguir:
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Usa-se hífen com os prefixos:
Quando a palavra seguinte começa por:
Ante-, Anti-, Contra-, Entre-, Extra-, Infra-, Intra-, Sobre-, Supra-, Ultra-
H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O PREFIXO Exemplos com H: ante-hipófise, anti-higiênico, anti-herói, contra-hospitalar, entre-hostil, extra-humano, infra-hepático, sobre-humano, supra-hepático, ultra-hiperbólico. Exemplos com vogal idêntica: anti-inflamatório, contra-ataque, infra-axilar, sobre-estimar, supra-auricular, ultra-aquecido.
Hiper-, Inter-, Super-
H/R Exemplos: hiper-hidrose, hiper-raivoso, interhumano, inter-racial, super-homem, super-resistente.
Sub-
B-H-R Exemplos: sub-bloco, sub-hepático, sub-humano, sub-região. Obs.: as formas escritas sem hífen e sem "h", como por exemplo "subumano" e "subepático" também são aceitas.
Ab-, Ad-, Ob-, Sob-
B-D-R Exemplos: ab-rogar (pôr em desuso), ad-digital, ad-rogar (adotar), ob-reptício (astucioso), sob-roda.
Ex- (no sentido de estado anterior), Sota-, Soto-, Vice-, Vizo-
DIANTE DE QUALQUER PALAVRA Exemplos: ex-namorada, sota-soberania (não total), soto-mestre (substituto), vicereitor, vizo-rei.
DIANTE DE QUALQUER PALAVRA Exemplos: pós-graduação, pré-escolar, Pós-, Pré-, Pró- (tônicos e com signifipró-democracia. Obs.: se os prefixos não forem autônomos, cados próprios) não haverá hífen. Exemplos: predeterminado, pressupor, pospor, propor.
Circum-, Pan-
H / M / N / VOGAL Exemplos: circum-meridiano, circum-navegação, circum-oral, pan-americano, pan-mágico, pan-negritude.
Pseudoprefixos (diferem-se dos prefixos por apresentarem elevado grau de independência e possuírem uma significação mais ou menos delimitada,
H / VOGAL IDÊNTICA À QUE TERMINA O PREFIXO Exemplos com H: geo-histórico, mini-hospital, neo-helênico,
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presente à consciência dos falantes.) Aero-, Agro-, Arqui-, Auto-, Bio-, Eletro-, Geo-, Hidro-, Macro-, Maxi-, Mega, Micro-, Mini-, Multi-, Neo-, Pluri-, Proto-, Pseudo-, Retro-, Semi-, Tele-
proto-história, semi-hospitalar. Exemplos com vogal idêntica: arqui-inimigo, auto-observação, eletro-ótica, micro-ondas, micro-ônibus, neo-ortodoxia, semi-interno, tele-educação.
Importante 1) Não se utilizará o hífen em palavras iniciadas pelo prefixo ‘co-’. Ele irá se juntar ao segundo elemento, mesmo que este se inicie por 'o' ou 'h'. Neste último caso, corta-se o 'h'. Se a palavra seguinte começar com 'r' ou 's', dobram-se essas letras. Exemplos: coadministrar, coautor, coexistência, cooptar, coerdeiro corresponsável, cosseno. 2) Com os prefixos pre- e re- não se utilizará o hífen, mesmo diante de palavras começadas por 'e'. Exemplos: preeleger, preexistência, reescrever, reedição. 3) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por r ou s, estas consoantes serão duplicadas e não se utilizará o hífen. Exemplos: antirreligioso, antissemita, arquirrivalidade, autorretrato, contrarregra, contrassenso, extrasseco, infrassom, eletrossiderurgia, neorrealismo, etc. Atenção: Não confunda as grafias das palavras autorretrato e porta-retrato. A primeira é composta pelo prefixo auto-, o que justifica a ausência do hífen e a duplicação da consoante 'r'. 'Porta-retrato', por outro lado, não possui prefixo: o elemento 'porta' trata-se de uma forma do verbo "portar". Assim, esse substantivo composto deve ser sempre grafado com hífen. 4) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento começar por vogal diferente, não se utilizará o hífen. Exemplos: antiaéreo, autoajuda, autoestrada, agroindustrial, contraindicação, infraestrutura, intraocular, plurianual, pseudoartista, semiembriagado, ultraelevado, etc. 5) Não se utilizará o hífen nas formações com os prefixos des- e in-, nas quais o segundo elemento tiver perdido o "h" inicial. Exemplos: desarmonia, desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc. 6) Não se utilizará o hífen com a palavra não, ao possuir função prefixal. Exemplos: não violência, não agressão, não comparecimento. Lembre-se: Não se utiliza o hífen em palavras que possuem os elementos "bi", "tri", "tetra", "penta", "hexa", etc. Exemplos: bicampeão, bimensal, bimestral, bienal, tridimensional, trimestral, triênio, tetracampeão, tetraplégico, pentacampeão, pentágono, etc. Observações: - Em relação ao prefixo "hidro", em alguns casos pode haver duas formas de grafia. Exemplos: "Hidroavião" e "hidravião"; "hidroenergia" e "hidrenergia" - No caso do elemento "socio", o hífen será utilizado apenas quando houver função de substantivo (= de associado).
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Exemplos: sócio-gerente / socioeconômico
Saiba Mais sobre o Uso do Hífen - Travessão e Hífen Não confunda o travessão com o hífen: o travessão é um sinal de pontuação mais longo do que o hífen. - Hífen e translineação Havendo coincidência de fim de linha com o hífen, deve-se, por clareza gráfica, repetilo no início da linha seguinte. Exemplos: ex- - alferes guarda-chuva Por favor, diga-nos logo o que aconteceu. Conheça algumas diferenças de significação que o uso (ou ausência) do hífen pode provocar: Significado sem uso do hífen
Significado com uso do hífen Ao meio-dia = às 12h
Meio dia = metade do dia
Pão duro = pão envelhecido Pão-duro = sovina
Cara suja = rosto sujo
Cara-suja = espécie de periquito
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Copo de leite = copo com leite
Copo-de-leite = flor
Sinais de Pontuação
Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. Basicamente, têm como finalidade: 1) Assinalar as pausas e as inflexões de voz (entoação) na leitura; 2) Separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; 3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade. Veja a seguir os sinais de pontuação mais comuns, responsáveis por dar à escrita maior clareza e simplicidade.
Vírgula ( , ) A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período. Geralmente é usada: - nas datas, para separar o nome da localidade. Por Exemplo: São Paulo, 25 de agosto de 2005. - após o uso dos advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase. Por Exemplo: – Você gostou do vestido? – Sim, eu adorei! – Pretende usá-lo hoje? – Não, no final de semana. - após a saudação em correspondência (social e comercial). Exemplos: Com muito amor, Respeitosamente, - para separar termos de uma mesma função sintática. Por Exemplo: A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal. Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e o penúltimo termo. - para destacar elementos intercalados, como: a) uma conjunção Por Exemplo: Estudamos bastante, logo, merecemos férias! b) um adjunto adverbial
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Por Exemplo: Estas crianças, com certeza, serão aprovadas. Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o advérbio e a locução adverbial, principalmente quando de pequeno corpo, a não ser que a ênfase o exija. c) um vocativo Por Exemplo: Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado. d) um aposto Por Exemplo: Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular. e) uma expressão explicativa (isto é, a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.) Por Exemplo: O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princípio em Deus. - para separar termos deslocados de sua posição normal na frase. Por Exemplo: O documento de identidade, você trouxe? - para separar elementos paralelos de um provérbio. Por Exemplo: Tal pai, tal filho. - para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo. Por Exemplo: As flores, eu as recebi hoje. - para indicar a elipse de um termo. Por Exemplo: Daniel ficou alegre; eu, triste. - para isolar elementos repetidos. Exemplos: A casa, a casa está destruída./Estão todos cansados, cansados de dar dó! - para separar orações intercaladas. Por Exemplo: O importante, insistiam os pais, era a segurança da escola. - para separar orações coordenadas assindéticas. Por Exemplo: O tempo não para no porto, não apita na curva, não espera ninguém. - para separar orações coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas. Exemplos: Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio. Vá devagar, que o caminho é perigoso. Estuda muito, pois será recompensado. As pessoas ora dançavam, ora ouviam música. ATENÇÃO Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes de sua ocorrência: 1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Por Exemplo: O homem vendeu o carro, e a mulher protestou. Neste caso, "O homem" é sujeito de "vendeu", e "A mulher" é sujeito de "protestou". 2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Por Exemplo: E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, consequência, por exemplo) Por Exemplo: Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. - para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais, sobretudo quando vêm antes da principal.
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Por Exemplo: Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir. Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova. - para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas. Por Exemplo: A incrível professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo.
Ponto e vírgula ( ; ) O ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos seguintes casos: - para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si. Por Exemplo: O rio está poluído; os peixes estão mortos. - para separar orações coordenadas, quando pelo menos uma delas já possui elementos separados por vírgula. Por Exemplo: O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra. - para separar itens de uma enumeração. Por Exemplo: No parque de diversões, as crianças encontram: brinquedos; balões; pipoca. - para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.) , substituindo, assim, a vírgula. Por Exemplo: Gostaria de vê-lo hoje; todavia, só o verei amanhã. - para separar orações coordenadas adversativas quando a conjunção aparecer no meio da oração. Por Exemplo: Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porém, apenas alguns.
Dois-pontos ( : ) O uso de dois-pontos marca uma sensível suspensão da voz numa frase não concluída. Emprega-se, geralmente: - para anunciar a fala de personagens nas histórias de ficção. Por Exemplo: "Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz : – Podemos avisar sua tia, não?" (Graciliano Ramos) - para anunciar uma citação. Por Exemplo: Bem diz o ditado: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Lembrando um poema de Vinícius de Moraes: "Tristeza não tem fim, Felicidade sim." - para anunciar uma enumeração. Por Exemplo: Os convidados da festa que já chegaram são: Júlia, Renata, Paulo e Marcos. - antes de orações apositivas. Por Exemplo: Só aceito com uma condição: Irás ao cinema comigo. - para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse. Exemplos: Marcelo era assim mesmo: Não tolerava ofensas. Resultado: Corri muito, mas não alcancei o ladrão. Em resumo: Montei um negócio e hoje estou rico.
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Obs.: os dois-pontos costumam ser usados na introdução de exemplos, notas ou observações. Veja: Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, etc. Nota: a preposição "per", considerada arcaica, somente é usada na frase "de per si " (= cada um por sua vez, isoladamente). Observação: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, melhorzinho, etc. - na invocação das correspondências. Por Exemplo: Prezados Senhores: Convidamos a todos para a reunião deste mês, que será realizada dia 30 de julho, no auditório da empresa. Atenciosamente, A Direção
Ponto Final ( . ) O ponto final representa a pausa máxima da voz. A melodia da frase indica que o tom é descendente. Emprega-se, principalmente: - para fechar o período de frases declarativas e imperativas. Exemplos: Contei ao meu namorado o que eu estava sentindo. Façam o favor de prestar atenção naquilo que irei falar. - nas abreviaturas. Exemplos: Sr. (Senhor) Cia. (Companhia) Saiba que: Pontuação nos títulos e cabeçalhos Todos os cabeçalhos e títulos são encerrados por pontos finais. Não há uniformidade quando ao uso desta pontuação, mas é de bom tom seguir o que determina a ortografia oficial vigente. Muitas pessoas consideram mais estético não pontuar títulos. Em jornalismo, por exemplo, não se usa a pontuação de titulação.
Ponto de Interrogação ( ? ) O ponto de interrogação é usado ao final de qualquer interrogação direta, ainda que a pergunta não exija resposta. A entoação ocorre de forma ascendente. Exemplos: Onde você comprou este computador? Quais seriam as causas de tantas discussões? Por que não me avisaram? Obs.: não se usa ponto interrogativo nas perguntas indiretas. Por Exemplo: Perguntei quem era aquela criança. Note que: 1) O ponto de interrogação pode aparecer ao final de uma pergunta intercalada, entre parênteses. Por Exemplo: Trabalhar em equipe (quem o contesta?) é a melhor forma para atingir os resultados esperados. 2) O ponto de interrogação pode realizar combinação com o ponto admirativo. Por Exemplo: Eu?! Que ideia!
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Ponto de Exclamação ( ! ) O ponto de exclamação é utilizado após as interjeições, frases exclamativas e imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignação, piedade, ordem, súplica, etc. Possui entoação descendente. Exemplos: "Como as mulheres são lindas!" (Manuel Bandeira) Pare, por favor! Ah! Que pena que ele não veio... Obs.: o ponto de exclamação substitui o uso da vírgula de um vocativo enfático. Por Exemplo: Ana! venha até aqui!
Reticências ( ... ) As reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se: - para indicar continuidade de uma ação ou fato. Por Exemplo: O tempo passa... - para indicar suspensão ou interrupção do pensamento. Por Exemplo: Vim até aqui achando que... - para representar, na escrita, hesitações comuns na língua falada. Exemplos: "Vamos nós jantar amanhã? – Vamos...Não...Pois vamos." Não quero sobremesa...porque...porque não estou com vontade. - para realçar uma palavra ou expressão. Por Exemplo: Não há motivo para tanto... mistério. - para realizar citações incompletas. Por Exemplo: O professor pediu que considerássemos esta passagem do hino brasileiro: "Deitado eternamente em berço esplêndido..." - para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretação pessoal do leitor. Por Exemplo: "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocação eclesiástica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. Há de dar um padre de mão-cheia. Também, se não vier em um ano..." (Machado de Assis) Saiba que As reticências e o ponto de exclamação, sinais gráficos subjetivos de grande poder de sugestão e ricos em matizes melódicos, são ótimos auxiliares da linguagem afetiva e poética. Seu uso, porém, é antes arbitrário, pois depende do estado emotivo do escritor.
Parênteses ( ( ) ) Os parênteses têm a função de intercalar no texto qualquer indicação que, embora não pertença propriamente ao discurso, possa esclarecer o assunto. Empregam-se: - para separar qualquer indicação de ordem explicativa, comentário ou reflexão. Por Exemplo: Zeugma é uma figura de linguagem que consiste na omissão de um termo (geralmente um verbo) que já apareceu anteriormente na frase. - para incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.) Por Exemplo: "O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros" (JeanJacques Rousseau, Do Contrato Social e outros escritos. São Paulo, Cultrix, 1968.)
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- para isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões. Por Exemplo: Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas. - para delimitar o período de vida de uma pessoa. Por Exemplo: Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1986). - para indicar possibilidades alternativas de leitura. Por Exemplo: Prezado (a) usuário (a). - para indicar marcações cênicas numa peça de teatro. Por Exemplo: Abelardo I - Que fim levou o americano? João - Decerto caiu no copo de uísque! Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já! (sai pela direita) (Oswald de Andrade) Obs.: num texto, havendo necessidade de utilizar alíneas, estas podem ser ordenadas alfabeticamente por letras minúsculas, seguidas de parênteses (Note que neste caso as alíneas, exceto a última, terminam com ponto e vírgula). Por Exemplo: No Brasil existem mulheres: a) morenas; b) loiras; c) ruivas.
Os Parênteses e a Pontuação Veja estas observações: 1) As frases contidas dentro dos parênteses não costumam ser muito longas, mas devem manter pontuação própria, além da pontuação normal do texto. 2) O sinal de pontuação pode ficar interno aos parênteses ou externo, conforme o caso. Fica interno quando há uma frase completa contida nos parênteses. Exemplos: Eu suponho (E tudo leva a crer que sim.) que o caso está encerrado. Vamos confiar (Por que não?) que cumpriremos a meta. Se o enunciado contido entre parênteses não for uma frase completa, o sinal de pontuação ficará externo. Por Exemplo: O rali começou em Lisboa (Portugal) e terminou em Dacar (Senegal). 3) Antes do parêntese não se utilizam sinais de pontuação, exceto o ponto. Quando qualquer sinal de pontuação coincidir com o parêntese de abertura, deve-se optar por colocá-lo após o parêntese de fecho.
Travessão ( – ) O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado: - no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos. Por Exemplo: – O que é isso, mãe? – É o seu presente de aniversário, minha filha. - para separar expressões ou frases explicativas, intercaladas. Por Exemplo: "E logo me apresentou à mulher, – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis) - para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realçar o aposto. Por Exemplo: "Junto do leito meus poetas dormem
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– O Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron – Na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo) - para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos, em alguns casos. Por Exemplo: "Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana – acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase." (Raul Pompeia)
Aspas ( " " ) As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas: - antes e depois de citações ou transcrições textuais. Por Exemplo: Como disse Machado de Assis: "A melhor definição do amor não vale um beijo de moça namorada." - para representar nomes de livros ou legendas. Por Exemplo: Camões escreveu "Os Lusíadas" no século XVI. Obs.: para realçar títulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. também podemos grifar as palavras, conforme o exemplo: Ontem assisti ao filme Central do Brasil. - para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias, expressões populares, ironia. Exemplos: O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado. (Veja) Com a chegada da polícia, os três suspeitos "se mandaram" rapidamente. Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova! - para realçar uma palavra ou expressão. Exemplos: Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "não". Quem foi o "inteligente" que fez isso? Obs.: em trechos que já estiverem entre aspas, se necessário usá-las novamente, empregam-se aspas simples. Por Exemplo: "Tinha-me lembrado da definição que José Dias dera deles, 'olhos de cigana oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia o que era oblíqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar." (Machado de Assis)
Colchetes ( [ ] ) Os colchetes têm a mesma finalidade que os parênteses; todavia, seu uso se restringe aos escritos de cunho didático, filológico, científico. Pode ser empregado: - em definições do dicionário, para fazer referência à etimologia da palavra. Por Exemplo: amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. (Novo Dicionário Aurélio) - para intercalar palavras ou símbolos não pertencentes ao texto. Por Exemplo: Em Aruba se fala o espanhol, o inglês, o holandês e o papiamento. Aqui estão algumas palavras de papiamento que você, com certeza, vai usar: 1- Bo ta bon? [Você está bem?] 2- Dios no ta di Brazil. [Deus não é brasileiro.] - para inserir comentários e observações em textos já publicados. Por Exemplo: Machado de Assis escreveu muitas cartas a Sílvio Dinarte. [pseudônimo de Visconde de Taunay, autor de "Inocência"] - para indicar omissões de partes na transcrição de um texto.
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Por Exemplo: "É homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e risonho" (Machado de Assis)
Asterisco ( * ) O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, costuma ser empregado: - nas remissões a notas ou explicações contidas em pé de páginas ou ao final de capítulos. Por Exemplo: Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria, etc. * É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras. - nas substituições de nomes próprios não mencionados. Por Exemplo: O Dr.* conversou durante toda a palestra. O jornal*** não quis participar da campanha.
Parágrafo ( § ) O símbolo para parágrafo, representado por §, equivale a dois ésses (S) entrelaçados, iniciais das palavras latinas "Signum sectionis" que significam sinal de secção, de corte. Num ditado, quando queremos dizer que o período seguinte deve começar em outra linha, falamos parágrafo ou alínea. A palavra alínea (vem do latim a + lines) e significa distanciado da linha, isto é, fora da margem em que começam as linhas do texto. O uso de parágrafos é muito comum nos códigos de leis, por indicar os parágrafos únicos. Por Exemplo: § 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do disposto no § 4º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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Semântica Definição Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico.
Linguagem É a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. A Linguagem está relacionada a fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a Linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se.
Tipos de Linguagem A linguagem pode ser: Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informação). Não Verbal: é aquela que utiliza outros métodos de comunicação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, etc.
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Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam.
Língua A Língua é um instrumento de comunicação, sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da língua portuguesa. A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Por outro lado, não é possível criar uma língua particular e exigir que outros falantes a compreendam. Dessa forma, cada indivíduo pode usar de maneira particular a língua comunitária, originando a fala. A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da língua, mas é suficientemente ampla para permitir um exercício criativo da comunicação. Um indivíduo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira: A família de Regina era paupérrima. Outro, no entanto, pode optar por: A família de Regina era muito pobre. As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às diversas manifestações da fala de cada um. Note, além disso, que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da língua portuguesa, para não correrem o risco de produzir enunciados incompreensíveis como: Família a paupérrima de era Regina.
Língua Falada e Língua Escrita Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se: Fatores regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há variações no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado.
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Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola. Fatores contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura. Fatores profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas. Fatores naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.
Fala É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa.
Níveis da fala Devido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns níveis: Nível coloquial-popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua. Nível formal-culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.
Signo O signo linguístico é um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o significante. Ao escutar a palavra cachorro, reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora, armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo cachorro. Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal irracional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo cachorro e também se encontra armazenado em nossa memória. Ao empregar os signos que formam a nossa língua, devemos obedecer às regras gramaticais convencionadas pela própria língua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o artigo indefinido um diante do signo cachorro, formando a sequência um cachorro, o mesmo não seria possível se quiséssemos colocar o artigo uma diante do
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signo cachorro. A sequência uma cachorro contraria uma regra de concordância da língua portuguesa, o que faz com que essa sentença seja rejeitada. Os signos que constituem a língua obedecem a padrões determinados de organização. O conhecimento de uma língua engloba tanto a identificação de seus signos, como também o uso adequado de suas regras combinatórias. Signo = significado (é o conceito, a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata do signo) + significante (é a imagem sonora, a forma, a parte concreta do signo, suas letras e seus fonemas) Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem às regras gramaticais. Signo: elemento representativo que possui duas partes indissolúveis: significado e significante. Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade e ao desenvolvimento da liberdade de expressão e compreensão.
Significação das Palavras Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:
Sinônimos As palavras que possuem significados próximos são chamadas sinônimos. Exemplos: casa - lar - moradia - residência longe - distante delicioso - saboroso carro - automóvel Observe que o sentido dessas palavras são próximos, mas não são exatamente equivalentes. Dificilmente encontraremos um sinônimo perfeito, uma palavra que signifique exatamente a mesma coisa que outra. Há uma pequena diferença de significado entre palavras sinônimas. Veja que, embora casa e lar sejam sinônimos, ficaria estranho se falássemos a seguinte frase: Comprei um novo lar. Obs.: o uso de palavras sinônimas pode ser de grande utilidade nos processos de retomada de elementos que inter-relacionam as partes dos textos.
Antônimos São palavras que possuem significados opostos, contrários. Exemplos: mal / bem ausência / presença fraco / forte claro / escuro subir / descer cheio / vazio possível / impossível
Polissemia Polissemia é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Veja alguns exemplos de palavras polissêmicas: cabo (posto militar, acidente geográfico, cabo da vassoura, da faca) banco (instituição comercial financeira, assento) manga (parte da roupa, fruta)
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Homônimos São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo: acender (colocar fogo)
ascender (subir)
acento (sinal gráfico)
assento (local onde se senta)
acerto (ato de acertar)
asserto (afirmação)
apreçar (ajustar o preço)
apressar (tornar rápido)
bucheiro (tripeiro)
buxeiro (pequeno arbusto)
bucho (estômago)
buxo (arbusto)
caçar (perseguir animais)
cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego)
segar (cortar, ceifar)
cela (pequeno quarto)
sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento)
senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente)
séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro)
serração (ato de serrar)
cerrar (fechar)
serrar (cortar)
cervo (veado)
servo (criado)
chá (bebida)
xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento)
xeque (lance no jogo de xadrez)
círio (vela)
sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar)
sito (situado)
concertar (ajustar, combinar)
consertar (reparar, corrigir)
concerto (sessão musical)
conserto (reparo)
coser (costurar)
cozer (cozinhar)
esotérico (secreto)
exotérico (que se expõe em público)
espectador (aquele que assiste) expectador (aquele que tem esperança, que espera) esperto (perspicaz)
experto (experiente, perito)
espiar (observar)
expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar)
expirar (terminar)
estático (imóvel)
extático (admirado)
esterno (osso do peito)
externo (exterior)
estrato (camada)
extrato (o que se extrai de algo)
estremar (demarcar)
extremar (exaltar, sublimar)
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incerto (não certo, impreciso)
inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante)
insipiente (ignorante)
laço (nó)
lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho)
russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno)
taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a)
taxar (fixar taxa)
Homônimos Perfeitos Possuem a mesma grafia e o mesmo som. Por Exemplo: Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo) Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo) Atenção: Existem algumas palavras que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos. Observe os exemplos: almoço (substantivo, nome da refeição) almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo) gosto (substantivo) gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
Parônimos É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos no quadro abaixo. absolver (perdoar, inocentar)
absorver (asprirar, sorver)
apóstrofe (figura de linguagem)
apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (tomar conhecimento)
apreender (capturar, assimilar)
arrear (pôr arreios)
arriar (descer, cair)
ascensão (subida)
assunção (elevação a um cargo)
bebedor (aquele que bebe)
bebedouro (local onde se bebe)
cavaleiro (que cavalga)
cavalheiro (homem gentil)
comprimento (extensão)
cumprimento (saudação)
deferir (atender)
diferir (distinguir-se, divergir)
delatar (denunciar)
dilatar (alargar)
descrição (ato de descrever)
discrição (reserva, prudência)
descriminar (tirar a culpa)
discriminar (distinguir)
despensa (local onde se guardam manti-
dispensa (ato de dispensar)
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mentos) docente (relativo a professores)
discente (relativo a alunos)
emigrar (deixar um país)
imigrar (entrar num país)
eminência (elevado)
iminência (qualidade do que está iminente)
eminente (elevado)
iminente (prestes a ocorrer)
esbaforido (ofegante, apressado)
espavorido (apavorado)
estada (permanência em um lugar)
estadia (permanência temporária em um lugar)
flagrante (evidente)
fragrante (perfumado)
fluir (transcorrer, decorrer)
fruir (desfrutar)
fusível (aquilo que funde)
fuzil (arma de fogo)
imergir (afundar)
emergir (vir à tona)
inflação (alta dos preços)
infração (violação)
infligir (aplicar pena)
infringir (violar, desrespeitar)
mandado (ordem judicial)
mandato (procuração)
peão (aquele que anda a pé, domador de cavalos)
pião (tipo de brinquedo)
precedente (que vem antes)
procedente (proveniente; que tem fundamento)
ratificar (confirmar)
retificar (corrigir)
recrear (divertir)
recriar (criar novamente)
soar (produzir som)
suar (transpirar)
sortir (abastecer, misturar)
surtir (produzir efeito)
sustar (suspender)
suster (sustentar)
tráfego (trânsito)
tráfico (comércio ilegal)
vadear (atravessar a vau)
vadiar (andar ociosamente)
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Sintaxe DEFINIÇÃO A Sintaxe é a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações.
Análise Sintática 1- FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO.
Frase Frase é todo enunciado de sentido completo, podendo ser formada por uma só palavra ou por várias, podendo ter verbos ou não. A frase exprime, através da fala ou da escrita: Ideias emoções ordens apelos A frase se define pelo seu propósito comunicativo, ou seja, pela sua capacidade de, num intercâmbio linguístico, transmitir um conteúdo satisfatório para a situação em que é utilizada. Exemplos: O Brasil possui um grande potencial turístico. Espantoso! Não vá embora. Silêncio! O telefone está tocando. Observação: a frase que não possui verbo denomina-se Frase Nominal. Na língua falada, a frase é caracterizada pela entoação, que indica nitidamente seu início e seu fim. A entoação pode vir acompanhada por gestos, expressões do rosto, do olhar, além de ser complementada pela situação em que o falante se encontra. Esses fatos contribuem para que frequentemente surjam frases muito simples, formadas por apenas uma palavra. Observe: Rua! Ai! Essas palavras, dotadas de entoação própria, e acompanhadas de gestos peculiares, são suficientes para satisfazer suas necessidades expressivas. Na língua escrita, a entoação é representada pelos sinais de pontuação, os quais procuram sugerir a melodia frasal. Desaparecendo a situação viva, o contexto é fornecido pelo próprio texto, o que acaba tornando necessário que as frases escritas sejam linguisticamente mais completas. Essa maior complexidade linguística leva a frase a obedecer as regras gerais da língua. Portanto, a organização e a ordenação dos elementos formadores da frase devem seguir os padrões da língua. Por isso é que: As meninas estavam alegres. Constitui uma frase, enquanto: Alegres meninas estavam as. Não é considerada uma frase da língua portuguesa.
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Tipos de Frases Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser integralmente captados se atentarmos para o contexto em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase "Que educação!", usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que aparentemente diz. A entoação é um elemento muito importante da frase falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo de como é dita, uma frase simples como "É ela." pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. Na língua escrita, os sinais de pontuação podem agir como definidores do sentido das frases. Veja:
Existem alguns tipos de frases cuja entoação é mais ou menos previsível, de acordo com o sentido que transmitem. São elas: a) Frases Interrogativas: ocorrem quando uma pergunta é feita pelo emissor da mensagem. São empregadas quando se deseja obter alguma informação. A interrogação pode ser direta ou indireta. Você aceita um copo de suco? (Interrogação direta) Desejo saber se você aceita um copo de suco. (Interrogação indireta) b) Frases Imperativas: ocorrem quando o emissor da mensagem dá uma ordem, um conselho ou faz um pedido, utilizando o verbo no modo imperativo. Podem ser afirmativas ou negativas. Faça-o entrar no carro! (Afirmativa) Não faça isso. (Negativa) Dê-me uma ajudinha com isso! (Afirmativa) c) Frases Exclamativas: nesse tipo de frase o emissor exterioriza um estado afetivo. Apresentam entoação ligeiramente prolongada. Por Exemplo: Que prova difícil! É uma delícia esse bolo! d) Frases Declarativas: ocorrem quando o emissor constata um fato. Esse tipo de frase informa ou declara alguma coisa. Podem ser afirmativas ou negativas. Obrigaram o rapaz a sair. (Afirmativa) Ela não está em casa. (Negativa) e) Frases Optativas: são usadas para exprimir um desejo. Por Exemplo: Deus te acompanhe! Bons ventos o levem! De acordo com a construção, as frases classificam-se em: Frase Nominal: é a frase construída sem verbos. Exemplos:
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Fogo! Belo serviço o seu!
Cuidado! Trabalho digno desse feirante.
Frase Verbal: é a frase construída com verbo. Por Exemplo: O sol ilumina a cidade e aquece os dias. Os casais saíram para jantar. A bola rolou escada abaixo.
Estrutura da Frase As frases que possuem verbo são geralmente estruturadas a partir de dois elementos essenciais: sujeito e predicado. Isso não significa, no entanto, que tais frases devam ser formadas, no mínimo, por dois vocábulos. Na frase "Saímos", por exemplo, há um sujeito implícito na terminação do verbo: nós. O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. É normalmente o "ser de quem se declara algo", "o tema do que se vai comunicar". O predicado é a parte da frase que contém "a informação nova para o ouvinte". Normalmente, ele se refere ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. É sempre muito importante analisar qual é o núcleo significativo da declaração: se o núcleo da declaração estiver no verbo, teremos um predicado verbal (ocorre nas frases verbais); se o núcleo da declaração estiver em algum nome, teremos um predicado nominal (ocorre nas frases nominais que possuem verbo de ligação). Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é "O amor". A declaração referente a "o amor", ou seja, o predicado, é "é eterno". É um predicado nominal, pois seu núcleo significativo é o nome "eterno". Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é "Os rapazes", que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo "jogam". O predicado é "jogam futebol", cujo núcleo significativo é o verbo "jogam". Temos, assim, um predicado verbal.
Oração Uma frase verbal pode ser também uma oração. Para isso é necessário: - que o enunciado tenha sentido completo; - que o enunciado tenha verbo (ou locução verbal). Por Exemplo: Camila terminou a leitura do livro. Obs.: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como partes de um conjunto harmônico: elas são os termos ou as unidades sintáticas da oração. Assim, cada termo da oração desempenha uma função sintática. Atenção: Nem toda frase é oração. Por Exemplo: Que dia lindo! Esse enunciado é frase, pois tem sentido. Esse enunciado não é oração, pois não possui verbo. Assim, não possuem estrutura sintática, portanto não são orações, frases como: Socorro! - Com Licença! - Que rapaz ignorante! A frase pode conter uma ou mais orações. Veja: Brinquei no parque. (uma oração) Entrei na casa e sentei-me. (duas orações)
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Cheguei, vi, venci. (três orações)
Período Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto. Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos: O amor é eterno. As plantas necessitam de cuidados especiais. Quero aquelas rosas. O tempo é o melhor remédio. Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. Exemplos: Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias. Quero aquelas flores para presentear minha mãe. Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que acontece ao anoitecer. Cheguei, jantei e fui dormir. Saiba que: Como toda oração está centrada num verbo ou numa locução verbal, a maneira prática de saber quantas orações existem num período é contar os verbos ou locuções verbais.
Objetivos da Análise Sintática A análise sintática tem como objetivo examinar a estrutura de um período e das orações que compõem um período.
Estrutura de um Período Observe: Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando. Ao analisarmos a estrutura do período acima, é possível identificar duas orações: Conhecemos mais pessoas e quando estamos viajando.
Termos da Oração No período "Conhecemos mais pessoas quando estamos viajando", existem seis palavras. Cada uma delas exerce uma determinada função nas orações. Em análise sintática, cada palavra da oração é chamada de termo da oração. Termo é a palavra considerada de acordo com a função sintática que exerce na oração. Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira, os termos da oração podem ser: 1) Essenciais Também conhecidos como termos "fundamentais", são representados pelo sujeito e predicado nas orações. 2) Integrantes Completam o sentido dos verbos e dos nomes, são representados por: complemento verbal - objeto direto e indireto; complemento nominal; agente da passiva. 3) Acessórios
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Desempenham função secundária (especificam o substantivo ou expressam circunstância). São representados por: adjunto adnominal; adjunto adverbial; aposto. Obs.: O vocativo, em análise sintática, é um termo à parte: não pertence à estrutura da oração.
Termos essenciais da oração Sujeito e Predicado Para que a oração tenha significado, são necessários alguns termos básicos: os termos essenciais. A oração possui dois termos essenciais, o sujeito e o predicado. Sujeito: termo sobre o qual o restante da oração diz algo. Por Exemplo: As praias estão cada vez mais poluídas. Sujeito Predicado: termo que contém o verbo e informa algo sobre o sujeito. Por Exemplo: As praias estão cada vez mais poluídas. Predicado
Posição do Sujeito na Oração Dependendo da posição de seus termos, a oração pode estar: Na Ordem Direta: o sujeito aparece antes do predicado. Por Exemplo: As crianças brincavam despreocupadas. Sujeito Predicado Na Ordem Inversa: o sujeito aparece depois do predicado. Brincavam despreocupadas as crianças. Predicado Sujeito Sujeito no Meio do Predicado: Despreocupadas, as crianças brincavam. Predicado Sujeito Predicado
Classificação do Sujeito O sujeito das orações da língua portuguesa pode ser determinado ou indeterminado. Existem ainda as orações sem sujeito. 1 - Sujeito Determinado: é aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal. Pode ser: a) Simples Apresenta apenas um núcleo ligado diretamente ao verbo. Por Exemplo: A rua estava deserta. Observação: não se deve confundir sujeito simples com a noção de singular. Diz-se que o sujeito é simples quando o verbo da oração se refere a apenas um elemento, seja ele um substantivo (singular ou plural), um pronome, um numeral ou uma oração subjetiva.
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Por Exemplo: Os meninos estão gripados. Todos cantaram durante o passeio. b) Composto Apresenta dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo. Tênis e natação são ótimos exercícios físicos. c) Implícito Ocorre quando o sujeito não está explicitamente representado na oração, mas pode ser identificado. Por Exemplo: Dispensamos todos os funcionários. Nessa oração, o sujeito é simples e determinado, pois o sujeito nós é indicado pela desinência verbal - mos. 2 - Sujeito Indeterminado: é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração: a) Com verbo na 3ª pessoa do plural: O verbo é colocado na terceira pessoa do plural, sem que se refira a nenhum termo identificado anteriormente (nem em outra oração): Por Exemplo: Procuraram você por todos os lugares. Estão pedindo seu documento na entrada da festa. b) Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se: O verbo vem acompanhado do pronome se, que atua como índice de indeterminação do sujeito. Essa construção ocorre com verbos que não apresentam complemento direto (verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação). O verbo obrigatoriamente fica na terceira pessoa do singular. Exemplos: Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo) Precisa-se de técnicos em informática. (Verbo Transitivo Indireto) No casamento, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação) Entendendo a Partícula Se As construções em que ocorre a partícula se podem apresentar algumas dificuldades quanto à classificação do sujeito. Veja: a) Aprovou-se o novo candidato. Sujeito Aprovaram-se os novos candidatos. Sujeito b) Precisa-se de professor. (Sujeito Indeterminado) Precisa-se de professores. (Sujeito Indeterminado) No caso a, o se é uma partícula apassivadora e o verbo está na voz passiva sintética, concordando com o sujeito. Observe a transformação das frases para a voz passiva analítica: O novo candidato foi aprovado. Sujeito Os novos candidatos foram aprovados. Sujeito No caso b, se é índice de indeterminação do sujeito e o verbo está na voz ativa. Nessas construções, o sujeito é indeterminado e o verbo fica sempre na 3ª pessoa do
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singular. c) Com o verbo no infinitivo impessoal: Por Exemplo: Era penoso estudar todo aquele conteúdo. É triste assistir a estas cenas tão trágicas. Obs.: quando o verbo está na 3ª pessoa do plural, fazendo referência a elementos explícitos em orações anteriores ou posteriores, o sujeito é determinado. Por Exemplo: Felipe e Marcos foram à feira. Compraram muitas verduras. Nesse caso, o sujeito de compraram é eles (Felipe e Marcos). Ocorre sujeito oculto. 3 - Oração Sem Sujeito: é formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal. Observe a estrutura destas orações: Sujeito -
Predicado Havia formigas na casa. Nevou muito este ano em Nova Iorque.
É possível constatar que essas orações não têm sujeito. Constituem a enunciação pura e absoluta de um fato, através do predicado. O conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser, a mensagem centra-se no processo verbal. Os casos mais comuns de orações sem sujeito da língua portuguesa ocorrem com: a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza: Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc. Por Exemplo: Choveu muito no inverno passado. Amanheceu antes do horário previsto. Observação: quando usados na forma figurada, esses verbos podem ter sujeito determinado. Por Exemplo: Choviam crianças na distribuição de brindes. (crianças=sujeito) Já amanheci cansado. (eu=sujeito) b) Verbos ser, estar, fazer e haver, quando usados para indicar uma ideia de tempo ou fenômenos meteorológicos: Ser: É noite. (Período do dia) Eram duas horas da manhã. (Hora) Obs.: ao indicar tempo, o verbo ser varia de acordo com a expressão numérica que o acompanha. (É uma hora/ São nove horas) Hoje é (ou são) 15 de março. (Data) Obs.: ao indicar data, o verbo ser poderá ficar no singular, subentendendo-se a palavra dia, ou então irá para o plural, concordando com o número de dias. Estar: Está tarde. (Tempo) Está muito quente. (Temperatura) Fazer: Faz dois anos que não vejo meu pai. (Tempo decorrido) Fez 39° C ontem. (Temperatura) Haver: Não a vejo há anos. (Tempo decorrido) Havia muitos alunos naquela aula. (Verbo Haver significando existir). Atenção: Com exceção do verbo ser, os verbos impessoais devem ser usados SEMPRE NA TERCEIRA PESSOA DO SINGULAR. Devemos ter cuidado com os verbos fazer e haver usados impessoalmente: não é possível usá-los no plural.
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Por Exemplo: Faz muitos anos que nos conhecemos. Deve fazer dias quentes na Bahia. Veja outros exemplos: Há muitas pessoas interessadas na reunião. Houve muitas pessoas interessadas na reunião. Havia muitas pessoas interessadas na reunião. Haverá muitas pessoas interessadas na reunião. Deve ter havido muitas pessoas interessadas na reunião. Pode ter havido muitas pessoas interessadas na reunião.
Predicado Predicado é aquilo que se declara a respeito do sujeito. Nele é obrigatória a presença de um verbo ou locução verbal. Quando se identifica o sujeito de uma oração, identifica-se também o predicado. Em termos, tudo o que difere do sujeito (e do vocativo, quando ocorrer) numa oração é o seu predicado. Veja alguns exemplos: As mulheres
Durante o ano, Predicado
compraram roupas novas Predicado
muitos alunos
A natureza
desistem do curso. Predicado
é bela. Predicado
Os verbos no predicado Em todo predicado existe necessariamente um verbo ou uma locução verbal. Para analisar a importância do verbo no predicado, devemos considerar dois grupos distintos: os verbos nocionais e os não nocionais. Os verbos nocionais são os que exprimem processos; em outras palavras, indicam ação, acontecimento, fenômeno natural, desejo, atividade mental: Acontecer – considerar – desejar – julgar – pensar – querer – suceder – chover – correr fazer – nascer – pretender – raciocinar Esses verbos são sempre núcleos dos predicados em que aparecem. Os verbos não nocionais exprimem estado; são mais conhecidos como verbos de ligação. Fazem parte desse grupo, entre outros: Ser – estar – permanecer – continuar – andar – persistir – virar – ficar – achar-se acabar – tornar-se – passar (a) Os verbos não nocionais sempre fazem parte do predicado, mas não atuam como núcleos. Para perceber se um verbo é nocional ou não nocional, é necessário considerar o contexto em que é usado. Assim, na oração: Ela anda muito rápido. O verbo andar exprime uma ação, atuando como um verbo nocional. Já na oração: Ela anda triste. O verbo exprime um estado, atuando como verbo não nocional.
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Predicação Verbal Chama-se predicação verbal ao resultado da ligação que se estabelece entre o sujeito e o verbo e entre os verbos e os complementos. Quanto à predicação, os verbos podem ser intransitivos, transitivos ou de ligação. 1) Verbo Intransitivo É aquele que traz em si a ideia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido. Sua ação não transita. Por Exemplo: O avião caiu. O verbo cair é intransitivo, pois encerra um significado completo. Se desejar, o falante pode acrescentar outras informações, como: Local: O avião caiu sobre as casas da periferia. Modo: O avião caiu lentamente. Tempo: O avião caiu no mês passado. Essas informações ampliam o significado do verbo, mas não são necessárias para que se compreenda a informação básica. 2) Verbo Transitivo É o verbo que vem acompanhado por complemento: quem sente, sente algo; quem revela, revela algo a alguém. O sentido desse verbo transita, isto é, segue adiante, integrando-se aos complementos, para adquirir sentido completo. Veja: S. Simples As crianças
Predicado precisam de carinho. 1 2
1= Verbo Transitivo 2= Complemento Verbal (Objeto) O verbo transitivo pode ser: a) Transitivo Direto: é quando o complemento vem ligado ao verbo diretamente, sem preposição obrigatória. Por Exemplo: Nós escutamos nossa música favorita. 1 1= Verbo Transitivo Direto b) Transitivo Indireto: é quando o complemento vem ligado ao verbo indiretamente, com preposição obrigatória. Por Exemplo: Eu gosto de sorvete. 2 2 = Verbo Transitivo Indireto de= preposição c) Transitivo Direto e Indireto: é quando a ação contida no verbo transita para o complemento direta e indiretamente, ao mesmo tempo. Por Exemplo: Ela contou tudo ao namorado. 3
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3= Verbo Transitivo Direto e Indireto a= preposição 3) Verbo de Ligação É aquele que, expressando estado, liga características ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e características) certos tipos de relações. O verbo de ligação pode expressar: a) estado permanente: ser, viver. Por Exemplo: Sandra é alegre. Sandra vive alegre. b) estado transitório: estar, andar, achar-se, encontrar-se Por Exemplo: Mamãe está bem. Mamãe encontra-se bem. c) estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se Por Exemplo: Júlia ficou brava. Júlia fez-se brava. d) continuidade de estado: continuar, permanecer Por Exemplo: Renato continua mal. Renato permanece mal. e) estado aparente: parecer Por Exemplo: Marta parece melhor. Observação: a classificação do verbo quanto à predicação deve ser feita de acordo com o contexto e não isoladamente. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo, ora como de ligação. Veja: 1 - O jovem anda devagar. anda = verbo intransitivo, expressa uma ação. 2 - O jovem anda preocupado. anda= verbo de ligação, expressa um estado.
Classificação do Predicado Para o estudo do predicado, é necessário verificar se seu núcleo significativo está num nome ou num verbo. Além disso, devemos considerar se as palavras que formam o predicado referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. Veja o exemplo abaixo: Os animais Sujeito
necessitam de cuidados especiais Predicado
O predicado, apesar de ser formado por muitas palavras, apresenta apenas uma que se refere ao sujeito: necessitam. As demais palavras ligam-se direta ou indiretamente ao verbo (necessitar é, no caso, de algo), que assume, assim, o papel de núcleo significativo do predicado. Já em: A natureza Sujeito
é bela Predicado
No exemplo acima, o nome bela se refere, por intermédio do verbo, ao sujeito da oração. O verbo agora atua como elemento de ligação entre sujeito e a palavra a ele relacionada. O núcleo do predicado é bela. Veja o próximo exemplo: O dia Sujeito
amanheceu ensolarado Predicado
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Percebemos que as duas palavras que formam o predicado estão diretamente relacionadas ao sujeito: amanheceu (verbo significativo) e ensolarado (nome que se refere ao sujeito). O predicado apresenta, portanto, dois núcleos: amanheceu e ensolarado. Tomando por base o núcleo do que está sendo declarado, podemos reconhecer três tipos de predicado: verbal, nominal e verbo-nominal. Predicado Verbal Apresenta as seguintes características: a) Tem um verbo como núcleo; b) Não possui predicativo do sujeito; c) Indica ação. Por exemplo: Eles revelaram toda a verdade para a filha. Para ser núcleo do predicado verbal, é necessário que o verbo seja significativo, isto é, que traga uma ideia de ação. Veja os exemplos abaixo: O dia clareou. (núcleo do predicado verbal = clareou) Chove muito nos estados do sul do país. (núcleo do predicado verbal = Chove) Ocorreu um acidente naquela rua. (núcleo do predicado verbal = Ocorreu) A antiga casa foi demolida. (núcleo do predicado verbal = demolida) Obs.: no último exemplo há uma locução verbal de voz passiva, o que não impede o verbo demolir de ser o núcleo do predicado. Predicado Nominal Apresenta as seguintes características: a) Possui um nome (substantivo ou adjetivo) como núcleo; b) É formado por um verbo de ligação mais o predicativo do sujeito; c) Indica estado ou qualidade. Por Exemplo: Leonardo é competente. Predicado Nominal No predicado nominal, o núcleo é sempre um nome, que desempenha a função de predicativo do sujeito. O predicativo do sujeito é um termo que caracteriza o sujeito, tendo como intermediário um verbo de ligação. Os exemplos abaixo mostram como esses verbos exprimem diferentes circunstâncias relativas ao estado do sujeito, ao mesmo tempo que o ligam ao predicativo. Veja: Ele está triste. (triste = predicativo do sujeito, está = verbo de ligação) A natureza é bela. (bela = predicativo do sujeito, é = verbo de ligação) O homem parecia nervoso. (nervoso = predicativo do sujeito, parecia = verbo de ligação) Nosso herói acabou derrotado. (derrotado = predicativo do sujeito, acabou = verbo de ligação) Uma simples funcionária virou diretora da empresa. (diretora = predicativo do sujeito, virou = verbo de ligação) Predicativo do Sujeito É o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito. Pode ser representado por: a) Adjetivo ou locução adjetiva: Por Exemplo: O seu telefonema foi especial. (especial = adjetivo) Este bolo está sem sabor. (sem sabor = locução adjetiva)
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b) Substantivo ou palavra substantivada: Por Exemplo: Esta figura parece um peixe. (peixe = substantivo) Amar é um eterno recomeçar. (recomeçar = verbo substantivado) c) Pronome Substantivo: Por Exemplo: Meu boletim não é esse. (esse = pronome substantivo) d) Numeral: Por Exemplo: Nós somos dez ao todo. (dez = numeral) Predicado Verbo-Nominal Apresenta as seguintes características: a) Possui dois núcleos: um verbo e um nome; b) Possui predicativo do sujeito ou do objeto; c) Indica ação ou atividade do sujeito e uma qualidade. Por Exemplo: Os alunos saíram da aula alegres. Predicado Verbo-Nominal O predicado é verbo-nominal porque seus núcleos são um verbo (saíram - verbo intransitivo), que indica uma ação praticada pelo sujeito, e um predicativo do sujeito (alegres), que indica o estado do sujeito no momento em que se desenvolve o processo verbal. É importante observar que o predicado dessa oração poderia ser desdobrado em dois outros, um verbal e um nominal. Veja: Os alunos saíram da aula. Eles estavam alegres. Estrutura do Predicado Verbo-Nominal O predicado verbo-nominal pode ser formado de: 1 - Verbo Intransitivo + Predicativo do Sujeito Por Exemplo: Joana Sujeito
partiu Verbo Intransitivo
contente. Predicativo do Sujeito
2 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Objeto Por Exemplo: A despedida Sujeito
deixou Verbo Transitivo
a mãe Objeto Direto
aflita. Predicativo do Objeto
3 - Verbo Transitivo + Objeto + Predicativo do Sujeito Por Exemplo: Os alunos Sujeito
cantaram Verbo Transitivo
emocionados Predicativo do Sujeito
aquela canção. Objeto Direto
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Saiba que: Para perceber como os verbos participam da relação entre o objeto direto e seu predicativo, basta passar a oração para voz passiva. Veja: Voz Ativa: As mulheres julgam os homens insensíveis. Sujeito Verbo Significativo Objeto Direto Predicativo do Objeto Voz Passiva: Os homens
são julgados Verbo Significativo
insensíveis Predicativo do Objeto
pelas mulheres.
O verbo julgar relaciona o complemento (os homens) com o predicativo (insensíveis). Essa relação se evidencia quando passamos a oração para a voz passiva. Observação: o predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre predicativo do objeto indireto com o verbo chamar. Assim, vem precedido de preposição. Por Exemplo: Todos o chamam de irresponsável. Chamou-lhe ingrato. (Chamou a ele ingrato.)
Termos integrantes da oração Certos verbos ou nomes presentes numa oração não possuem sentido completo em si mesmos. Sua significação só se completa com a presença de outros termos, chamados integrantes. São eles: Complementos verbais (objeto direto e objeto indireto); Complemento nominal; Agente da passiva.
Complementos Verbais Completam o sentido de verbos transitivos diretos e transitivos indiretos. São eles: 1) Objeto Direto É o termo que completa o sentido do verbo transitivo direto, ligando-se a ele sem o auxílio necessário da preposição. Por Exemplo: Abri os braços ao vê-lo. Objeto Direto O objeto direto pode ser constituído: a) Por um substantivo ou expressão substantivada. Exemplos: O agricultor cultiva a terra./ Unimos o útil ao agradável. b) Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, vos. Exemplos: Espero-o na minha festa. / Ela me ama. c) Por qualquer pronome substantivo.
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Exemplos: Não veio ninguém à aula hoje. / O menino que conheci está la fora. / Onde você leu isso? Atenção: Em alguns casos, o objeto direto pode vir acompanhado de preposição facultativa. Isso pode ocorrer: - quando o objeto é um substantivo próprio: Adoremos a Deus. - quando o objeto é representado por um pronome pessoal oblíquo tônico: Ofenderam a mim, não a ele. - quando o objeto é representado por um pronome substantivo indefinido: O diretor elogiou a todos. - para evitar ambiguidade: Venceu ao inimigo o nosso colega. Obs.: caso o objeto direto não viesse preposicionado, o sentido da oração ficaria ambíguo, pois não poderíamos apontar com precisão o sujeito (o nosso colega). Saiba que: Frequentemente, verbos intransitivos, podem aparecer como verbos transitivos diretos. Por Exemplo: A criança chorou lágrimas doídas pela perda da mãe. Objeto Direto 2) Objeto Indireto É o termo que completa o sentido de um verbo transitivo indireto. Vem sempre regido de preposição clara ou subentendida. Atuam como objeto indireto os pronomes: lhe, lhes, me te, se, nos, vos. Exemplos: Não desobedeço a meus pais. Objeto Indireto Preciso
Enviei-lhe Objeto Indireto
de ajuda. (Preposição clara "de") Objeto Indireto
um recado.
(Enviei a ele - a preposição a está subentendida)
Obs.: muitas vezes o objeto indireto inicia-se com crase (à, àquele, àquela, àquilo). Isso ocorre quando o verbo exige a preposição "a", que acaba se contraindo com a palavra seguinte. Por Exemplo: Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido) Observações Gerais: a) Pode ocorrer ainda o (objeto direto ou indireto) pleonástico, que consiste na retomada do objeto por um pronome pessoal, geralmente com a intenção de colocá-lo em destaque. Por Exemplo: As mulheres, eu as vi na cozinha. (Objeto Direto) A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto) b) Os pronomes oblíquos o, a, os, as (e as variantes lo, la, los, las, no, na, nos, nas) são sempre objeto direto. Os pronomes lhe, lhes são sempre objeto indireto.
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Exemplos: Eu a encontrei no quarto. (OD) Vou avisá-lo.(OD) Eu lhe pagarei um sorvete.(OI) c) Os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos podem ser objeto direto ou indireto. Para determinar sua função sintática, podemos substituir esses pronomes por um substantivo: se o uso da preposição for obrigatório, então se trata de um objeto indireto; caso contrário, de objeto direto. Por Exemplo: Roberto me viu na escola. (OD) Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "Roberto viu o amigo na escola." Veja que a preposição não foi usada. Portanto, "me" é objeto direto. Observe o próximo exemplo: João me telefonou. (OI) Substituindo-se "me" por um substantivo qualquer (amigo, por exemplo), tem-se: "João telefonou ao amigo". A preposição foi usada. Portanto, "me" é objeto indireto.
Complemento Nominal É o termo que completa o sentido de uma palavra que não seja verbo. Assim, pode referir-se a substantivos, adjetivos ou advérbios, sempre por meio de preposição. Exemplos: Cecília tem orgulho da filha. substantivo complemento nominal Ricardo estava consciente de tudo. adjetivo complemento nominal A professora agiu favoravelmente aos alunos. advérbio complemento nominal Saiba que: O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em -mente.
Agente da Passiva É o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo quando este se apresenta na voz passiva. Vem regido comumente da preposição "por" e eventualmente da preposição "de". Por Exemplo: A vencedora foi escolhida pelos jurados. Sujeito Verbo Agente da Paciente Voz Passiva Passiva Ao passar a frase da voz passiva para a voz ativa, o agente da passiva recebe o nome de sujeito. Veja: Os jurados escolheram a vencedora. Sujeito Verbo Objeto Direto Voz Ativa Outros exemplos: Joana é amada de muitos. Sujeito Paciente Agente da Passiva Essa situação já era conhecida de todos.
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Sujeito Paciente Agente da Passiva Observações: a) O agente da passiva pode ser expresso por substantivos ou pronomes. Por Exemplo: O solo foi umedecido pela chuva. (substantivo) Este livro foi escrito por mim. (pronome) b) Embora o agente da passiva seja considerado um termo integrante, pode muitas vezes ser omitido. Por Exemplo: O público não foi bem recebido. (pelos anfitriões)
Termos acessórios da oração Sobre os Termos Acessórios Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do enunciado. Ao acrescentar informações novas, esses termos: - caracterizam o ser; - determinam os substantivos; - exprimem circunstância. São termos acessórios da oração: o adjunto adverbial, o adjunto adnominal e o aposto. Vamos observar o exemplo: Anoiteceu. No exemplo acima, temos uma oração de predicado verbal formado por um verbo impessoal. Trata-se de uma oração sem sujeito. O verbo anoiteceu é suficiente para transmitir a mensagem enunciada. Poderíamos, no entanto, ampliar a gama de informações contidas nessa frase: Por Exemplo: Suavemente anoiteceu na cidade. A ideia central continua contida no verbo da oração. Temos, agora, duas noções acessórias, circunstanciais, ligadas ao processo verbal: o modo como anoiteceu (suavemente) e o lugar onde anoiteceu (na cidade). A esses termos acessórios que indicam circunstâncias relativas ao processo verbal damos o nome de adjuntos adverbiais. Agora, observe o que ocorre ao expandirmos um pouco mais a oração acima: Por Exemplo: Suavemente anoiteceu na deserta cidade do planalto. Surgiram termos que ser referem ao substantivo cidade, caracterizando-o, delimitandolhe o sentido. Trata-se de termos acessórios que se ligam a um nome, determinandolhe o sentido. São chamados adjuntos adnominais. Por último, analise a frase abaixo: Fernando Pessoa era português. Nessa oração, o sujeito é determinado e simples: Fernando Pessoa. Há ainda um predicativo do sujeito (português) relacionado ao sujeito pelo verbo de ligação (era). Trata-se, pois, de uma oração com predicado nominal. Note que a frase é capaz de comunicar eficientemente uma informação. Nada nos impede, no entanto, de enriquecer mais um pouco o conteúdo informativo. Veja: Fernando Pessoa, o criador de poetas, era português. Agora, além do núcleo do sujeito (Fernando Pessoa) há um termo que explica, que enfatiza esse núcleo: o criador de poetas. Esse termo é chamado de aposto.
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Adjunto Adverbial É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo: Eles se respeitam muito. Seu projeto é muito interessante. O time jogou muito mal. Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo. Veja o exemplo abaixo: Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça. Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias: amanhã indica tempo; de bicicleta indica meio; àquela velha praça indica lugar. Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar. O adjunto adverbial pode ser expresso por: 1) Advérbio: O balão caiu longe. 2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar. 3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me. Observação: nem sempre é possível apontar com precisão a circunstância expressa por um adjunto adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibilidades de interpretação dão origem a orações sugestivas. Por Exemplo: Entreguei-me calorosamente àquela causa. É difícil precisar se calorosamente é um adjunto adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade, parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo tempo as duas circunstâncias. Por isso, é fundamental levar em conta o contexto em que surgem os adjuntos adverbiais.
Classificação do Adjunto Adverbial Listamos abaixo algumas circunstâncias que o adjunto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar os exemplos. Acréscimo Por Exemplo: Além da tristeza, sentia profundo cansaço. Afirmação Por Exemplo: Sim, realmente irei partir. Ele irá com certeza. Assunto Por Exemplo: Falávamos sobre futebol. (ou de futebol, ou a respeito de futebol). Causa Por Exemplo: Com o calor, o poço secou. Não comentamos nada por discrição. O menor trabalha por necessidade. Companhia Por Exemplo: Fui ao cinema com sua prima. Com quem você saiu? Sempre contigo irei estar. Concessão Por Exemplo: Apesar do estado precário do gramado, o jogo foi ótimo. Condição Por Exemplo: Sem minha autorização, você não irá. Sem erros, não há acertos.
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Conformidade Por Exemplo: Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o combinado) Dúvida Por Exemplo: Talvez seja melhor irmos mais tarde. Porventura, encontrariam a solução da crise? Quiçá acertemos desta vez. Fim, finalidade Por Exemplo: Ela vive para o amor. Daniel estudou para o exame. Trabalho para o meu sustento. Viajei a negócio. Frequência Por Exemplo: Sempre aparecia por lá. Havia reuniões todos os dias. Instrumento Por Exemplo: Rodrigo fez o corte com a faca. O artista criava seus desenhos a lápis. Intensidade Por Exemplo: A atleta corria bastante. O remédio é muito caro. Limite Por Exemplo: A menina andava correndo do quarto à sala. Lugar Por Exemplo: Nasci em Porto Alegre. Estou em casa. Vive nas montanhas. Viajou para o litoral. "Há, em cada canto de minh’alma, um altar a um Deus diferente." (Álvaro de Campos) Matéria Por Exemplo: Compunha-se de substâncias estranhas. Era feito de aço. Meio Por Exemplo: Fui de avião. Viajei de trem. Enriqueceram mediante fraude. Modo Por Exemplo: Foram recrutados a dedo. Fiquem à vontade. Esperava tranquilamente o momento decisivo. Negação Por Exemplo: Não há erros em seu trabalho. Não aceitarei a proposta em hipótese alguma. Preço Por Exemplo: As casas estão sendo vendidas a preços muito altos. Substituição ou troca Por Exemplo: Abandonou suas convicções por privilégios econômicos. Tempo Por Exemplo: O escritório permanece aberto das 8h às 18h. Beto e Mara se casarão em junho. Ontem à tarde encontrou um velho amigo.
Adjunto Adnominal É o termo que determina, especifica ou explica um substantivo. O adjunto adnominal possui função adjetiva na oração, a qual pode ser desempenhada por adjetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e numerais adjetivos. Veja o exemplo a seguir: O poeta inovador
enviou
dois longos trabalhos
ao seu amigo de infância.
Sujeito
Núcleo do Predicado Verbal
Objeto Direto
Objeto Indireto
Na oração acima, os substantivos poeta, trabalhos e amigo são núcleos, respectivamente, do sujeito determinado simples, do objeto direto e do objeto indireto. Ao redor de cada um desses substantivos agrupam-se os adjuntos adnominais: o artigo" o" e o adjetivo inovador referem-se a poeta; o numeral dois e o adjetivo longos referem-se ao substantivo trabalhos; o artigo" o" (em ao), o pronome adjetivo seu e a locução adjetiva de infância são adjuntos adnominais de amigo. Observe como os adjuntos adnominais se prendem diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente notável quando
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substituímos um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que estão ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição. Por Exemplo: O notável poeta português deixou uma obra originalíssima. Ao substituirmos poeta pelo pronome ele, obteremos: Ele deixou uma obra originalíssima. As palavras "o", notável e português tiveram de acompanhar o substantivo poeta, por se tratar de adjuntos adnominais. O mesmo aconteceria se substituíssemos o substantivo obra pelo pronome a. Veja: O notável poeta português deixou-a. Saiba que: A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o núcleo do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz parte dele. Observe: Sua atitude deixou os amigos perplexos. Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos: Sua atitude deixou-os perplexos. Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.
Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal É comum confundir o adjunto adnominal na forma de locução adjetiva com complemento nominal. Para evitar que isso ocorra, considere o seguinte: a) Somente os substantivos podem ser acompanhados de adjuntos adnominais; já os complementos nominais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e advérbios. Assim, fica claro que o termo ligado por preposição a um adjetivo ou a um advérbio só pode ser complemento nominal. Quando não houver preposição ligando os termos, será um adjunto adnominal. b) O complemento nominal equivale a um complemento verbal, ou seja, só se relaciona a substantivos cujos significados transitam. Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo. Observe os exemplos: Exemplo 1: Camila tem muito amor à mãe. A expressão "à mãe" classifica-se como complemento nominal, pois mãe é paciente de amar, recebe a ação de amar. Exemplo 2: Vera é um amor de mãe. A expressão "de mãe" classifica-se como adjunto adnominal, pois mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.
Aposto Aposto é um termo que se junta a outro de valor substantivo ou pronominal para explicá-lo ou especificá-lo melhor. Vem separado dos demais termos da oração por vírgula, dois-pontos ou travessão. Por Exemplo: Ontem, Segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça. Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo ontem. Dizemos que o aposto é sintaticamente equivalente ao termo a que se relaciona porque poderia substituí-lo. Veja: Segunda-feira passei o dia com dor de cabeça.
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Obs.: após a eliminação de ontem, o substantivo Segunda-feira assume a função de adjunto adverbial de tempo. Veja outro exemplo: Aprecio
todos os tipos de música: Objeto Direto
MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc. Aposto do Objeto Direto
Se retirarmos o objeto da oração, seu aposto passa a exercer essa função: Aprecio
MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc. Objeto Direto
Obs.: o termo a que o aposto se refere pode desempenhar qualquer função sintática (inclusive a de aposto). Por Exemplo: Dona Aida servia o patrão, pai de Marina, menina levada. Analisando a oração, temos: pai de Marina = aposto do objeto direto patrão. menina levada = aposto de Marina.
Classificação do Aposto De acordo com a relação que estabelece com o termo a que se refere, o aposto pode ser classificado em: a) Explicativo: A Ecologia, ciência que investiga as relações dos seres vivos entre si e com o meio em que vivem, adquiriu grande destaque no mundo atual. b) Enumerativo: A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação. c) Resumidor ou Recapitulativo: Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, tudo isso está na base de um país melhor. d) Comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixaram-se por muito tempo na baía anoitecida. e) Distributivo: Drummond e Guimarães Rosa são dois grandes escritores, aquele na poesia e este na prosa. f) Aposto de Oração: Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico. Além desses, há o aposto especificativo, que difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase: Por Exemplo: O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda. A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco. Atenção: Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase: A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa. Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal. Observações: 1) Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo pausa, não haverá vírgulas. Por Exemplo: Acabo de ler o romance A moreninha.
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2) Às vezes, o aposto pode vir precedido de expressões explicativas do tipo: a saber, isto é, por exemplo, etc. Por Exemplo: Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o recreio. 3) O aposto pode aparecer antes do termo a que se refere. Por Exemplo: Código universal, a música não tem fronteiras. 4) O aposto que se refere ao objeto indireto, complemento nominal ou adjunto adverbial pode aparecer precedido de preposição. Por Exemplo: Estava deslumbrada com tudo: com a aprovação, com o ingresso na universidade, com as felicitações.
Vocativo Vocativo é um termo que não possui relação sintática com outro termo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou interpelar um ouvinte real ou hipotético. Por seu caráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Veja os exemplos: Não fale tão alto, Rita! Vocativo Senhor presidente, queremos nossos direitos! Vocativo A vida, minha amada, é feita de escolhas. Vocativo Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam o interlocutor a que se está dirigindo a palavra. Obs.: o vocativo pode vir antecedido por interjeições de apelo, tais como ó, olá, eh!, etc. Por Exemplo: Ó Cristo, iluminai-me em minhas decisões. Olá professora, a senhora está muito elegante hoje! Eh! Gente, temos que estudar mais.
Distinção entre Vocativo e Aposto - O vocativo não mantém relação sintática com outro termo da oração. Por Exemplo: Crianças, vamos entrar. Vocativo - O aposto mantém relação sintática com outro termo da oração. Por Exemplo: A vida de Moisés, grande profeta, foi filmada. Sujeito Aposto
Período composto Coordenação e Subordinação Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta. Por Exemplo: A menina comprou chocolate.
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Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação: a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática. Por Exemplo: Saímos de manhã e voltamos à noite. b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal). Por Exemplo: Não fui à aula porque estava doente. Oração Principal Oração Subordinada c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas. Por Exemplo: Fui à escola Oração Coordenada
e busquei minha irmã Oração Coordenada
que estava esperando. Oração Subordinada
Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa. Por Exemplo: Fui ao mercado
e comprei os produtos
Oração Coordenada (1)
Oração Coordenada (2) (Com relação à 1ª.) e Oração Principal (Com relação à 3ª.)
que estavam faltando. Oração Subordinada (3)
Período composto por coordenação Já sabemos que num período composto por coordenação as orações são independentes e sintaticamente equivalentes. Observe: As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo. O período é composto de três orações: As luzes apagam-se; abrem-se as cortinas; e começa o espetáculo. As orações, no entanto, não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas. A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada na escrita por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso da conjunção "e". As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjunção, são chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes apagam-se" e "abrem-se as cortinas". As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. No exemplo acima, a oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção coordenativa "e".
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Obs.: a classificação de uma oração coordenada leva em conta fundamentalmente o aspecto lógico-semântico da relação que se estabelece entre as orações.
Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas. a) Aditivas Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas. Por Exemplo: Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções. As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja: Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem. Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país. Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "e nem" para introduzir orações aditivas. Por Exemplo: Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções. b) Adversativas Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas. Veja os exemplos: "O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar) O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria. Tens razão, contudo controle-se. Janaína gostava de cantar, todavia não agradava. O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória. Saiba que: - Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes. Por Exemplo: Deus cura, e o médico manda a conta. Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!" - A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo. Por Exemplo: Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta. c) Alternativas Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já,
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quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas. Exemplos: Diga agora ou cale-se para sempre. Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza. Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá". d) Conclusivas Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto e pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas. Exemplos: Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar. A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente. O time venceu, por isso está classificado. Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente. e) Explicativas Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas. Exemplos: Vou embora, que cansei de esperá-lo. Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro. Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário. Atenção: Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiais causais. Observe a diferença entre elas: - Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior. Por Exemplo: A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.) - Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem a causa do fato. Por Exemplo: Henrique está triste porque perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa da tristeza de Henrique.) Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Período composto por subordinação Classificação das Orações Subordinadas As orações subordinadas dividem-se em três grupos, de acordo com a função sintática que desempenham e a classe de palavras a que equivalem. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. Para notar as diferenças que existem entre esses três tipos de orações, tome como base a análise do período abaixo:
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Só depois disso percebi a profundidade das palavras dele. Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na terminação verbal da palavra "percebi". "A profundidade das palavras dele" é objeto direto da forma verbal "percebi". O núcleo do objeto direto é "profundidade". Subordinam-se ao núcleo desse objeto os adjuntos adnominais "a" e "das palavras dele ". No adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é o substantivo "palavras", ao qual se prendem os adjuntos adnominais "as" e "dele". "Só depois disso" é adjunto adverbial de tempo. É possível transformar a expressão "a profundidade das palavras dele", objeto direto, em oração. Observe: Só depois disso percebi que as palavras dele eram profundas. Nesse período composto, o complemento da forma verbal "percebi" é a oração "que as palavras dele eram profundas". Ocorre aqui um período composto por subordinação, em que uma oração desempenha a função de objeto direto do verbo da outra oração. O objeto direto é uma função substantiva da oração, ou seja, é função desempenhada por substantivos e palavras de valor substantivo. É por isso que a oração subordinada que desempenha esse papel é chamada de oração subordinada substantiva. Pode-se também modificar o período simples original transformando em oração o adjunto adnominal do núcleo do objeto direto, "profundidade". Observe: Só depois disso percebi a "profundidade" que as palavras dele continham. Nesse período, o adjunto adnominal de "profundidade" passa a ser a oração "que as palavras dele continham". O adjunto adnominal é uma função adjetiva da oração, ou seja, é função exercida por adjetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor adjetivo. É por isso que são chamadas de subordinadas adjetivas as orações que, nos períodos compostos por subordinação, atuam como adjuntos adnominais de termos das orações principais. Outra modificação que podemos fazer no período simples original é a transformação do adjunto adverbial de tempo em uma oração. Observe: Só quando caí em mim, percebi a profundidade das palavras dele. Nesse período composto, "Só quando caí em mim" é uma oração que atua como adjunto adverbial de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adverbial é uma função adverbial da oração, ou seja, é função exercida por advérbios e locuções adverbiais. Portanto, são chamadas de subordinadas adverbiais as orações que, num período composto por subordinação, atuam como adjuntos adverbiais do verbo da oração principal.
Forma das Orações Subordinadas Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes: "Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto." Oração Principal Oração Subordinada
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Observe que na Oração Subordinada temos o verbo "existe", que está conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo. As orações subordinadas que apresentam verbo em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas ou explícitas. Podemos modificar o período acima. Veja: Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. Oração Principal Oração Subordinada Observe que a análise das orações continua sendo a mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo objeto direto é a oração subordinada "existir em meu gesto o teu gesto". Note que a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção que, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais (infinitivo - flexionado ou não - , gerúndio ou particípio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, introduzidas por preposição.
Orações subordinadas substantivas A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se). Por Exemplo: Suponho que você foi à biblioteca hoje. Oração Subordinada Substantiva Você sabe
se o presidente já chegou? Oração Subordinada Substantiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os exemplos: O garoto perguntou
Não sabemos
qual era o telefone da moça. Oração Subordinada Substantiva
por que a vizinha se mudou. Oração Subordinada Substantiva
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas De acordo com a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser: a) Subjetiva É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal. Observe: É fundamental Sujeito É fundamental Oração Principal
o seu comparecimento à reunião. que você compareça à reunião. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
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Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome " isso". Assim, temos um período simples: É fundamental isso ou Isso é fundamental. Sujeito Dessa forma, a oração correspondente a "isso" exercerá a função de sujeito. Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração principal: 1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - Está evidente Está comprovado Por Exemplo: É bom que você compareça à minha festa. 2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado Ficou provado Por Exemplo: Sabe-se que Aline não gosta de Pedro. 3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar - importar - ocorrer - acontecer Por Exemplo: Convém que não se atrase na entrevista. Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular. b) Objetiva Direta A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função de objeto direto do verbo da oração principal. Por Exemplo: Todos querem sua aprovação no vestibular. Objeto Direto Todos querem que você seja aprovado. (Todos querem isso) Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta As orações subordinadas substantivas objetivas diretas desenvolvidas são iniciadas por: 1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíptica) e "se": Por Exemplo: A professora verificou se todos alunos estavam presentes. 2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Por Exemplo: O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
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3- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Por Exemplo: Eu não sei por que ela fez isso. Orações Especiais Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Observe: Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar. Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas: Deixe que eu repouse. Mandei que eles saíssem. Ouvi que ele gritava. Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil compreender agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas. c) Objetiva Indireta A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de preposição. Por Exemplo: Meu pai insiste em meu estudo. Objeto Indireto Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste nisso) Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na oração. Por Exemplo: Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta d) Completiva Nominal A oração subordinada substantiva completiva nominal completa um nome que pertence à oração principal e também vem marcada por preposição. Por Exemplo: Sentimos orgulho de seu comportamento. Complemento Nominal Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sentimos orgulho disso.) Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal Lembre-se: Observe que as orações subordinadas substantivas objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações subordinadas substantivas completivas nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo, o segundo, um nome.
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e) Predicativa A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre depois do verbo ser. Por Exemplo: Nosso desejo era sua desistência. Predicativo do Sujeito Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo era isso.) Oração Subordinada Substantiva Predicativa Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva "de" para realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova. f) Apositiva A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de aposto de algum termo da oração principal. Por Exemplo: Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu casamento. Aposto (Fernanda tinha um grande sonho: isso.) Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento chegasse. Oração Subordinada Substantiva Apositiva Saiba mais: Apesar de a NGB não fazer referência, podem ser incluídas como orações subordinadas substantivas aquelas que funcionam como agente da passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome indefinido. Veja os exemplos: O presente será dado por quem o comprou. O espetáculo foi apreciado por quantos o assistiram .
Orações subordinadas adjetivas Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente. Observe o exemplo: Esta foi uma redação bem-sucedida. Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: Esta foi uma redação que fez sucesso. Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede. Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração.
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Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reconhecer o pronome relativo que: ele sempre pode ser substituído por: o qual - a qual - os quais -as quais Por Exemplo: Refiro-me ao aluno que é estudioso. Essa oração é equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Por Exemplo: Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas. Exemplo 1:Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem que passava naquele momento. Oração Subordinada Adjetiva Restritiva Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e particulariza o sentido da palavra "homem": trata-se de um homem específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando naquele momento. Exemplo 2: O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo em relação à palavra "homem": na verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de "homem". Saiba que: A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas: de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, não.
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Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é necessário levar em conta as diferenças de significado que as orações restritivas e as explicativas implicam. Em muitos casos, a oração subordinada adjetiva será explicativa ou restritiva de acordo com o que se pretende dizer. Exemplo 1: Mandei um telegrama para meu irmão que mora em Roma. No período acima, podemos afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordinada adjetiva restritiva. Exemplo 2: Mandei um telegrama para meu irmão, que mora em Roma. Nesse período, é possível afirmar com segurança que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um irmão, o qual mora em Roma. A informação de que o irmão more em Roma não é uma particularidade, ou seja, não é um elemento identificador, diferenciador, e sim um detalhe que se quer realçar. Observações: As orações subordinadas adjetivas podem: a) Vir coordenadas entre si; Por Exemplo: É uma realidade que degrada e assusta a sociedade. e = conjunção b) Ter um pronome como antecedente. Por Exemplo: Não sei o que vou almoçar. o = antecedente que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Emprego e Função dos Pronomes Relativos O estudo das orações subordinadas adjetivas está profundamente ligado ao emprego dos pronomes relativos. Por isso, vamos aprofundar nosso conhecimento acerca desses pronomes.
Pronome Relativo QUE O pronome relativo "que" é chamado relativo universal, pois seu emprego é extremamente amplo. Esse pronome pode ser usado para substituir pessoa ou coisa, que estejam no singular ou no plural. Sintaticamente, o relativo "que" pode desempenhar várias funções: a) Sujeito: Eis os artistas que representarão o nosso país. Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: Eis os artistas. Os artistas (= que) representarão o nosso país. Sujeito b) Objeto Direto: Trouxe o documento que você pediu. Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: Trouxe o documento Você pediu o documento (= que) Objeto Direto c) Objeto Indireto: Eis o caderno de que preciso. Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: Eis o caderno.
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Preciso do caderno (= de que) Objeto Indireto d) Complemento Nominal: Estas são as informações de que ele tem necessidade. Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: Estas são as informações. Ele tem necessidade das informações (= de que) Complemento nominal e) Predicativo do Sujeito: Você é o professor que muitos querem ser. Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: Você é o professor. Muitos querem ser o professor (= que) Predicativo do Sujeito f) Agente da Passiva: Este é o animal por que fui atacado. Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: Este é o animal. Fui atacado pelo animal (= por que) Agente da Passiva g) Adjunto Adverbial: O acidente ocorreu no dia em que eles chegaram. (adjunto adverbial de tempo). Substituindo o pronome pelo antecedente, temos: O acidente ocorreu no dia Eles chegaram no dia. (= em que) Adjunto Adverbial de Tempo Observação: Pelos exemplos citados, percebe-se que o pronome relativo deve ser precedido de preposição apropriada de acordo com a função que exerce. Na língua escrita formal, é sempre recomendável esse cuidado.
Pronome Relativo QUEM O pronome relativo "quem" refere-se a pessoas ou coisas personificadas, no singular ou no plural. É sempre precedido de preposição, podendo exercer diversas funções sintáticas. Observe os exemplos: a) Objeto Direto Preposicionado: Clarice, a quem admiro muito, influenciou-me profundamente. b) Objeto Indireto: Este é o jogador a quem me refiro sempre. c) Complemento Nominal: Este é o jogador a quem sempre faço referência. d) Agente da Passiva: O médico por quem fomos assistidos é um dos mais renomados especialistas. e) Adjunto Adverbial: A mulher com quem ele mora é grega.
Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s) "Cujo" e sua flexões equivalem a "de que", "do qual" (ou suas flexões "da qual", "dos quais", "das quais"), "de quem". Estabelecem normalmente relação de posse entre o antecedente e o termo que especificam, atuando na maior parte das vezes como adjunto adnominal e em algumas construções como complemento nominal. Veja:
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a) Adjunto Adnominal: Não consigo conviver com pessoas cujas aspirações sejam essencialmente materiais. (Não consigo conviver com pessoas / As aspirações dessas pessoas são essencialmente materiais). b) Complemento Nominal: O livro, cuja leitura agradou muito aos alunos, trata dos tristes anos da ditadura. (cuja leitura = a leitura do livro) Atenção: Não utilize artigo definido depois do pronome cujo. São erradas construções como: "A mulher cuja a casa foi invadida..." ou "O garoto, cujo o tio é professor..." Forma correta: "cuja casa" ou "cujo tio".
Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS "O qual"," a qual"," os quais" e "as quais" são usados com referência a pessoa ou coisa. Desempenham as mesmas funções que o pronome "que"; seu uso, entretanto, é bem menos frequente e tem se limitado aos casos em que é necessário para evitar ambiguidade. Por Exemplo: Existem dias e noites, às quais se dedica o repouso e a intimidade. O uso de às quais permite deixar claro que nos estamos referindo apenas às noites. Se usássemos a que, não poderíamos impor essa restrição. Observe esses dois exemplos: a) Sujeito: Conhecemos uma das irmãs de Pedro, a qual trabalha na Alemanha. Nesse caso, o relativo a qual também evita ambiguidade. Se fosse usado o relativo que, não seria possível determinar quem trabalha na Alemanha. b) Adjunto Adverbial: Não deixo de cuidar da grama, sobre a qual às vezes gosto de um bom cochilo. A preposição sobre, dissilábica, tende a exigir o relativo sob as formas " o / a qual", "os / as quais", rejeitando a forma "que".
Pronome Relativo ONDE O pronome relativo "onde" aparece apenas no período composto, para substituir um termo da oração principal numa oração subordinada. Por essa razão, em um período como "Onde você nasceu?", por exemplo, não é possível pensar em pronome relativo: o período é simples, e nesse caso, "onde" é advérbio interrogativo. Na língua culta, escrita ou falada, "onde" deve ser limitado aos casos em que há indicação de lugar físico, espacial. Quando não houver essa indicação, deve-se preferir o uso de em que, no qual (e suas flexões na qual, nos quais, nas quais) e nos casos da ideia de causa / efeito ou de conclusão. Por Exemplo: Quero uma cidade tranquila, onde possa passar alguns dias em paz. Vivemos uma época muito difícil, em que (na qual) a violência gratuita impera.
Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO a) Quanto, quantos e quantas: são pronomes relativos que seguem os pronomes indefinidos "tudo", "todos" ou "todas". Atuam principalmente como sujeito e objeto direto. Veja os exemplos: Tente examinar todos quantos comparecerem ao consultório. (Sujeito) Comeu tudo quanto queria. (Objeto Direto) b) Como e quando: exprimem noções de modo e tempo, respectivamente. Atuam, portanto, como adjuntos adverbiais de modo e de tempo. Exemplos: É estranho o modo como ele me trata. É a hora quando o sol começa a deitar-se.
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Orações subordinadas adverbiais Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Dessa forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das integrantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Por Exemplo: Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. Oração Subordinada Adverbial Observe que a oração em destaque agrega uma circunstância de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adverbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios que indicam uma circunstância referente, via de regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial depende da exata compreensão da circunstância que exprime. Observe os exemplos abaixo: Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vida. Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. No primeiro período, "naquele momento" é um adjunto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal "senti". No segundo período, essse papel é exercido pela oração "Quando vi a estátua", que é, portanto, uma oração subordinada adverbial temporal. Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal do modo indicativo ("vi", do pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la, obtendo-se: Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha vida. A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das formas nominais do verbo ("ver" no infinitivo) e não é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição ("a", combinada com o artigo "o"). Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela oração.
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais a) Causa A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do que se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele que determina um acontecimento". Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE Outras conjunções e locuções causais: como (sempre introduzido na oração anteposta à oração principal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto que. Exemplos: As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte. Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve alternativa a não ser cancelá-lo. Já que você não vai, eu também não vou. Por ter muito conhecimento (= Porque/Como tem muito conhecimento), é sempre consultado. (Oração Reduzida de Infinitivo) b) Consequência
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As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem um fato que é consequência, que é efeito do que se declara na oração principal. São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que. Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE (precedido de tal, tanto, tão, tamanho) Exemplos: É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.) Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou concretizando-os. Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de Infinitivo) Sua fome era tanta que comeu com casca e tudo. c) Condição Condição é aquilo que se impõe como necessário para a realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal. Principal conjunção subordinativa condicional: SE Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). Exemplos: Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, certamente o melhor time será campeão. Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato. Caso você se case, convide-me para a festa. Não saia sem que eu permita. Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os alunos), o professor não os teria punido. (Oração Reduzida de Gerúndio) d) Concessão As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. Observe este exemplo: Só irei se ele for. A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for satisfeita. Compare agora com: Irei mesmo que ele não vá. A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva.
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Observe outros exemplos: Embora fizesse calor, levei agasalho. Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da população continua à margem do mercado de consumo. Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não estudasse). (reduzida de infinitivo) e) Comparação As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO Por Exemplo: Ele dorme como um urso. Utilizam-se com muita frequência as seguintes estruturas que formam o grau comparativo dos adjetivos e dos advérbios: tão...como (quanto), mais (do) que, menos (do) que. Veja os exemplos: Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteligência O orador foi mais brilhante do que profundo. Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Agem como crianças. (agem) Oração Subordinada Adverbial Comparativa No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do verbo falar e do verbo fazer). f) Conformidade As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo adotado para a execução do que se declara na oração principal. Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo (todas com o mesmo valor de conforme). Exemplos: Fiz o bolo conforme ensina a receita. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos iguais. Segundo atesta recente relatório do Banco Mundial, o Brasil é o campeão mundial de má distribuição de renda. g) Finalidade As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração principal. Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que.
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Por Exemplo: Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse. h) Proporção As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À PROPORÇÃO QUE Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto menor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto menos...(menos). Exemplos: À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões. Visito meus amigos à medida que eles me convidam. Quanto maior for a altura, maior será o tombo. Lembre-se: À medida que é uma conjunção que expressa ideia de proporção; portanto, pode ser substituída por "à proporção que". Na medida em que exprime uma ideia de causa e equivale a "tendo em vista que" e só nesse sentido deve ser usada. Por Exemplo: Na medida em que não há provas contra esse homem, ele deve ser solto. Atenção: não use as formas “à medida em que” ou “na medida que”. i) Tempo As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. Exemplos: Quando você foi embora, chegaram outros convidados. Sempre que ele vem, ocorrem problemas. Mal você saiu, ela chegou. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Período composto por coordenação e subordinação Num período podem aparecer orações que se relacionam pela coordenação e pela subordinação. Assim, tem-se um período misto. Por Exemplo: O atleta entrou na piscina e pediu que todos saíssem. 1ª Oração 2ª Oração 3ª Oração 1ª Oração: Oração Coordenada Assindética
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2ª Oração: Oração Coordenada Sindética Aditiva (em relação à 1ª oração) e Oração Principal (em relação à 3ª oração). 3ª Oração: Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta (em relação à 2ª Oração). Observe outro exemplo: Eram alunas que tiravam boas notas, mas não estudavam. 1ª Oração 2ª Oração 3ª Oração 1ª Oração: Oração Principal 2ª Oração: Oração Subordinada Adjetiva Restritiva 3ª Oração: Oração Coordenada Sindética Adversativa (em relação à 2ª oração) e Oração Subordinada Adjetiva Restritiva (em relação à 1ª oração).
Orações reduzidas Sobre as Orações Reduzidas Observe as frases abaixo: Ao terminar a prova, todo candidato deve aguardar. Ouvimos uma criança chorando na praça. Comprada a casa, a família mudou-se. Veja que as orações em destaque não são introduzidas por conjunção. Além disso, os verbos estão em suas formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). As orações que apresentam essa forma recebem o nome de Orações Reduzidas. Para reconhecer mais facilmente o tipo de oração que está sob a forma reduzida, podemos desenvolvê-la da seguinte maneira: 1) Substitui-se a forma nominal do verbo por um tempo do indicativo ou do subjuntivo; 2) Inicia-se a oração com um conectivo adequado (conjunção ou pronome relativo), de modo que apenas a forma da frase seja alterada, e não o seu sentido. Observe agora como seria o desenvolvimento das orações já vistas: Ao terminar a prova, todo candidato deve aguardar. Forma Desenvolvida: quando terminar a prova, todo candidato deve aguardar. Análise da Oração: oração subordinada adverbial temporal reduzida de infinitivo. Ouvimos uma criança chorando na praça. Forma Desenvolvida: ouvimos uma criança que chorava na praça. Análise da Oração: oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de gerúndio. Comprada a casa, a família mudou-se. Forma Desenvolvida: Assim que comprou a casa, a família mudou-se. Análise da Oração: oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio. Obs.: dependendo do contexto, as orações reduzidas podem permitir mais de um tipo de desenvolvimento.
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Orações Reduzidas Fixas Esteja atento às orações reduzidas fixas, pois não são passíveis de desdobramento. Exemplos: Tenho muita vontade de comprar este vestido. Este homem enriqueceu vendendo pastéis.
Orações Reduzidas de Infinitivo Podem ser: 1 -Subordinadas Substantivas a) Subjetivas: Não é conveniente comprar todos estes materiais. b) Objetivas Diretas: Quanto ao José, dizem ter viajado para a Europa. c) Objetivas Indiretas: O sucesso da tua carreira depende de teres dedicação. d) Predicativas: A única alternativa é estudarmos no exterior. e) Completivas Nominais: Jorge tinha grande necessidade de passar no concurso. f) Apositivas: Diante deste vexame, só nos resta uma saída: ficarmos calados. 2 -Subordinadas Adjetivas Quando saí de casa, encontrei o vizinho a tropeçar no meio da rua. 3 -Subordinadas Adverbiais a) Causais: Não te procurei novamente por encontrar-me doente. b) Concessivas: Apesar de ter chorado, sorriu a todos os convidados. c) Consecutivas: O professor se atrasou tanto a ponto de não termos aula naquele período. d) Condicionais: Meus filhos não ganham sobremesa sem almoçar direito. e) Finais: Estamos aqui para convidá-la para nossa festa. f) Temporais: Ao rever o amigo, deu-lhe um longo abraço.
Orações Reduzidas de Gerúndio Podem ser: 1- Subordinadas Adjetivas Encontramos alguns turistas andando perdidos pelo centro da cidade. 2 -Subordinadas Adverbiais a) Temporais: Retornando ao museu, avise-me. b) Causais: Notando seu desânimo, pensei em outra hipótese. c) Concessivas: Embora cozinhando diariamente, o almoço não ficou bom. d) Condicionais: Querendo uma amiga para conversar, conte comigo. 3 -Coordenadas Aditivas Organizou os presentes, entregando-os às crianças carentes.
Orações Reduzidas de Particípio Podem ser: 1 -Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas adjetivas podem ser consideradas simples adjuntos adnominais. Veja o exemplo: Os documentos trazidos pela secretária serão arquivados. 2 -Subordinadas Adverbiais a) Causais: Assustado com a situação, liguei para a polícia. b) Concessivas: Mesmo cansado, tentou cumprir os compromissos.
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c) Condicionais: Desvendado este mistério, o problema será resolvido. d)Temporais: Terminada a palestra, alunos e professores aplaudiram. Observação: o infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. Exemplos: Preciso estudar mais este semestre. Os palhaços estão divertindo as crianças. A viagem foi cancelada pela agência.
Estudo complementar do período composto Sobre o Período Composto No período composto, podemos encontrar: a) Orações subordinadas justapostas (sem conectivo): Por Exemplo: Ana e Gustavo já se conheciam, mostravam-se muito amigos. b) Orações cujo verbo encontra-se elíptico (subentendido): Por Exemplo: O candidato promete que, se eleito, transformará o país. c) Orações intercaladas ou interferentes: São sintaticamente independentes, se interpõem a outras orações expressando uma ressalva, um comentário ou uma opinião. Podem vir de forma intercalada em apenas uma oração ou ainda no meio de outras. Exemplos: No dia da nossa formatura - como me lembro bem! - todos estavam deslumbrantes. Este ano, disse a torcedora, o prêmio é do Brasil! Nenhum destes artistas, que eu saiba, gosta de dar autógrafos. Caso não me emprestasse os livros (Devo ter comprado aproximadamente dez já) estaria muito chateada.
Sintaxe de concordância Concordância Verbal e Nominal Observe: As crianças estão animadas. Crianças animadas. No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem. Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.
Concordância verbal Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito. a) Sujeito Simples Regra Geral O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos:
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A orquestra tocou uma valsa longa. 3ª p. Singular 3ª p. Singular Os pares que rodeavam a nós dançavam bem. 3ª p. Plural 3ª p. Plural Casos Particulares Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir. 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por Exemplo: A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados: Por Exemplo: Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento. Obs.: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto. 2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe: Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade. Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olímpíadas. Obs.: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Por Exemplo: Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro) 3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural. Exemplos: Os Estados Unidos determinam o fluxo da atividade econômica do mundo. Alagoas impressiona pela beleza das praias e pela pobreza da população. As Minas Gerais são inesquecíveis. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha. 4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja: Quais de nós são / somos capazes?
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Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras. Obs.: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia. Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular. Por Exemplo: Qual de nós é capaz? Algum de vós fez isso. 5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo. Exemplos: 25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação. 85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito. 1% do eleitorado aceita a mudança. 1% dos alunos faltaram à prova. Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja: 25% querem a mudança. 1% conhece o assunto. 6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome. Exemplos: Fui eu que paguei a conta. Fomos nós que pintamos o muro. És tu que me fazes ver o sentido da vida. Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem. 7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural. Por Exemplo: Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas. Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance. Atenção: A tendência, na linguagem corrente, é a concordância no singular. O que se ouve efetivamente são construções como: "Ele foi um dos deputados que mais lutou para a aprovação da emenda". Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos: "Ela é uma das alunas mais brilhante da sala." A análise da construção acima torna evidente que a forma no singular é inadequada. Assim, as formas aceitáveis são: "Das alunas mais brilhantes da sala, ela é uma”. "Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um". 8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome. Exemplos: Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta. Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro. 9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural. Por Exemplo: Vossa Excelência é diabético? Vossas Excelências vão renunciar? 10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral.
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Por Exemplo: Deu uma hora no relógio da sala. Deram cinco horas no relógio da sala. Obs.: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. Por Exemplo: O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. 11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: Havia muitas garotas na festa. Faz dois meses que não vejo meu pai. Chovia ontem à tarde. b) Sujeito Composto 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural: Exemplos: Pai e filho conversavam longamente. Sujeito Pais e filhos devem conversar com frequência. Sujeito 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Veja: Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. Primeira Pessoa do Plural (Nós) Tu e teus irmãos tomareis a decisão. Segunda Pessoa do Plural (Vós) Pais e filhos precisam respeitar-se. Terceira Pessoa do Plural (Eles) Obs.: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural. Aceita-se, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão." 3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação. Por Exemplo: Faltaram coragem e competência. Faltou coragem e competência. 4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural. Observe: Abraçaram-se vencedor e vencido. Ofenderam-se o jogador e o árbitro. Casos Particulares 1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular.
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Por Exemplo: Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento. 2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito. Por Exemplo: Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / satisfaz. No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série gradativa. 3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plural se a declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos. Por Exemplo: Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira. Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular. Por Exemplo: Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada. Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um) 4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado. Por Exemplo: Um e outro compareceu / compareceram à festa. Nem um nem outro saiu / saíram do colégio. 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". Veja: O pai com o filho montaram o brinquedo. O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre. Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento. O pai com o filho montou o brinquedo. O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre. Obs.: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja: "O pai montou o brinquedo com o filho." "O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado." 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também", "tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural. Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor.
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Por Exemplo: Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia. Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas. Outros Casos 1) O Verbo e a Palavra "SE" Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal: a) quando é índice de indeterminação do sujeito; b) quando é partícula apassivadora. Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular. Exemplos: Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país. Confia-se em teses absurdas. Era-se mais feliz no passado. Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Construiu-se um posto de saúde. Construíram-se novos postos de saúde. Não se pouparam esforços para despoluir o rio. Não se devem poupar esforços para despoluir o rio. 2) O Verbo "Ser" A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito. O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito: a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predicativo estiver no plural. Exemplos: Isso são lembranças inesquecíveis. Aquilo eram problemas gravíssimos. O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos. b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo no plural. Exemplos: Nosso piquenique foram só guloseimas. Sujeito Predicativo do Sujeito Sua rotina eram só alegrias. Sujeito Predicativo do Sujeito Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. Por Exemplo: Gustavo era só decepções. Minhas alegrias é esta criança. Obs.: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento sobre o outro. Por Exemplo: A vida é ilusões. c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem.
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Por Exemplo: Que são esses papéis?
Quem são aquelas crianças?
d) Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com o numeral. Exemplos: É uma hora. São três da manhã. Eram 25 de julho quando partimos. Daqui até a padaria são dois quarteirões. Saiba que: Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias: 1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje é dia quatro de março. 2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje são quatro de março. 3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia. Por Exemplo: Hoje é quatro de março. e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no singular. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Duas semanas de férias é muito para mim. f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o verbo. Por Exemplo: No meu setor, eu sou a única mulher. Aqui os adultos somos nós. Obs.: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito. Por Exemplo: Eu não sou ela. Ela não é eu. g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo ser concordará com o predicativo. Por Exemplo: A grande maioria no protesto eram jovens. O resto foram atitudes imaturas. 3) O Verbo "Parecer" O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, admite duas concordâncias: a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexiona o infinitivo. Por Exemplo: Alguns colegas pareciam chorar naquele momento. b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infinitivo sofre flexão. Por Exemplo: Alguns colegas parecia chorarem naquele momento. Obs.: a primeira construção é considerada corrente, enquanto a segunda, literária. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo parecer fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos.) 4) A Expressão "Haja Vista" A expressão haja vista admite as seguintes construções:
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a) A expressão fica invariável (seguida ou não de preposição). Por Exemplo: Haja vista as lições dadas por ele. ( = por exemplo) Haja vista aos fatos explicados por esta teoria. ( = atente-se) b) O verbo haver pode variar (desde que não seguido de preposição), considerandose o termo seguinte como sujeito. Por Exemplo: Hajam vista os exemplos de sua dedicação. ( = vejam-se)
Concordância nominal A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupase da relação entre nomes. Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais: 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo. Por Exemplo: As mãos trêmulas denunciavam o que sentia. 2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos: a) Adjetivo anteposto aos substantivos: - O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Por Exemplo: Encontramos caídas as roupas e os prendedores. Encontramos caída a roupa e os prendedores. Encontramos caído o prendedor e a roupa. - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. Por Exemplo: As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. Encontrei os divertidos primos e primas na festa. b) Adjetivo posposto aos substantivos: - O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino). Exemplos: A indústria oferece localização e atendimento perfeito. A indústria oferece atendimento e localização perfeita. A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros diferentes. - Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural. Exemplos: A beleza e a inteligência feminina(s). O carro e o iate novo(s). 3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo:
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a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador. Por Exemplo: Água é bom para saúde. b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo. Por Exemplo: Esta água é boa para saúde. 4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere. Por Exemplo: Juliana as viu ontem muito felizes. 5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular. Por Exemplo: Os jovens tinham algo de misterioso. 6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere. Por Exemplo: Cristina saiu só. Cristina e Débora saíram sós. Obs.: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função adverbial, ficando, portanto, invariável. Por Exemplo: Eles só desejam ganhar presentes. 7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções: a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo. Por Exemplo: Admiro a cultura espanhola e a portuguesa. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. Por Exemplo: Admiro as culturas espanhola e portuguesa. Obs.: veja esta construção: Estudo a cultura espanhola e portuguesa. Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma única, espano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo. Casos Particulares É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo). Exemplos: É proibido entrada de crianças. Em certos momentos, é necessário atenção. No verão, melancia é bom. É preciso cidadania. Não é permitido saída pelas portas laterais. b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele. Exemplos: É proibida a entrada de crianças. Esta salada é ótima. A educação é necessária. São precisas várias medidas na educação. Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite
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Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem. Observe: Seguem anexas as documentações requeridas. A menina agradeceu: - Muito obrigada. Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas faremos isso. Seguem inclusos os papéis solicitados. Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites. Bastante - Caro - Barato - Longe Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais. Exemplos: As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo) Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) As casas estão caras. (adjetivo) Achei barato este casaco.(advérbio) Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) "Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas." (Cecília Meireles) (advérbio) "Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles). (adjetivo) Meio - Meia a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere. Por Exemplo: Pedi meia cerveja e meia porção de polentas. b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável. Por Exemplo: A noiva está meio nervosa. Alerta - Menos Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis. Por Exemplo: Os escoteiros estão sempre alerta. Carolina tem menos bonecas que sua amiga.
Sintaxe de regência Regência Verbal e Nominal Definição: Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras.
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Regência verbal Termo Regente: VERBO A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe: A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar. A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer. Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém". Saiba que: O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos: Cheguei ao metrô. Cheguei no metrô. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta. Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.
Verbos Intransitivos Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. a) Chegar, Ir Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. Exemplos: Fui ao teatro. Adjunto Adverbial de Lugar Ricardo foi para a Espanha. Adjunto Adverbial de Lugar Obs.: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere também o retorno. Importante: reserva-se o uso de "em" para indicação de tempo ou meio. Veja: Cheguei a Roma em outubro. Adjunto Adverbial de Tempo Chegamos no trem das dez. Adjunto Adverbial de Meio
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b) Comparecer O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. Por Exemplo: Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo.
Verbos Transitivos Diretos Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos. São verbos transitivos diretos, dentre outros: Abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo amar: Amo aquele rapaz. / Amo-o. Amo aquela moça. / Amo-a. Amam aquele rapaz. / Amam-no. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). Exemplos: Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor)
Verbos Transitivos Indiretos Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: a) Consistir Tem complemento introduzido pela preposição "em". Por Exemplo: A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. b) Obedecer e Desobedecer: Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a". Por Exemplo: Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Eles desobedeceram às leis do trânsito. c) Responder Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a quem" ou "ao que" se responde.
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Por Exemplo: Respondi ao meu patrão. Respondemos às perguntas. Respondeu-lhe à altura. Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. d) Simpatizar e Antipatizar Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com". Por Exemplo: Antipatizo com aquela apresentadora. Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privilegiada.
Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos Há verbos que admitem duas construções, uma transitiva direta, outra indireta, sem que isso implique modificações de sentido. Dentre os principais, temos: Abdicar Abdicou as vantagens do cargo. / Abdicou das vantagens do cargo. Acreditar Não acreditava a própria força. / Não acreditava na própria força. Almejar Almejamos a paz entre as nações. / Almejamos pela paz entre as nações. Ansiar Anseia respostas objetivas. / Anseia por respostas objetivas. Anteceder Sua partida antecedeu uma série de fatos estranhos. / Sua partida antecedeu a uma série de fatos estranhos. Atender Atendeu os meus pedidos. / Atendeu aos meus pedidos. Atentar Atente esta forma de digitar. / Atente nesta forma de digitar. / Atente para esta forma de digitar. Cogitar Cogitávamos uma nova estratégia. / Cogitávamos de uma nova estratégia. / Cogitávamos em uma nova estratégia. Consentir Os deputados consentiram a adoção de novas medidas econômicas. / Os deputados consentiram na adoção de novas medidas econômicas. Deparar Deparamos uma bela paisagem em nossa trilha. / Deparamos com uma bela paisagem em nossa trilha. Gozar Gozava boa saúde. / Gozava de boa saúde. Necessitar Necessitamos algumas horas para preparar a apresentação. / Necessitamos de algumas horas para preparar a apresentação. Preceder Intensas manifestações precederam a mudança de regime./ Intensas manifestações precederam à mudança de regime. Presidir
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Ninguém presidia o encontro. / Ninguém presidia ao encontro. Renunciar Não renuncie o motivo de sua luta. / Não renuncie ao motivo de sua luta. Satisfazer Era difícil conseguir satisfazê-la. / Era difícil conseguir satisfazer-lhe. Versar Sua palestra versou o estilo dos modernistas. / Sua palestra versou sobre o estilo dos modernistas.
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: Agradecer, Perdoar e Pagar São verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Veja os exemplos: Agradeço aos ouvintes a audiência. Objeto Indireto Objeto Direto Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. Objeto Direto Objeto Indireto Paguei o débito ao cobrador. Objeto Direto Objeto Indireto O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. Observe: Agradeci o presente. / Agradeci-o. Agradeço a você. / Agradeço-lhe. Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. Paguei minhas contas. / Paguei-as. Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. Saiba que: Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como objeto indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. Veja os exemplos: A empresa não paga aos funcionários desde setembro. Já perdoei aos que me acusaram. Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. Informar Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. Por Exemplo: Informe os novos preços aos clientes. Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles) Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. Comparar Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento indireto. Por Exemplo: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
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Pedir Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. Por Exemplo: Pedi-lhe favores. Objeto Indireto Objeto Direto Pedi-lhe que mantivesse em silêncio. Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta Saiba que: 1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é considerada correta quando a palavra licença estiver subentendida. Por Exemplo: Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). 2) A construção "dizer para", também muito usada popularmente, é igualmente considerada incorreta. Preferir Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela preposição "a". Por Exemplo: Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Prefiro trem a ônibus. Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio verbo (pre).
Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, estão: AGRADAR 1) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar. Por Exemplo: Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando o revê. Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. 2) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição "a". Por Exemplo: O cantor não agradou aos presentes. O cantor não lhes agradou. ASPIRAR 1) Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar), inalar. Por Exemplo: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
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2) Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambição. Por Exemplo: Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas) Obs.: Como o objeto direto do verbo "aspirar" não é pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas "lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) ASSISTIR 1) Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência a, auxiliar. Por Exemplo: As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. As empresas de saúde negam-se a assisti-los. 2) Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar presente, caber, pertencer. Exemplos: Assistimos ao documentário. Não assisti às últimas sessões. Essa lei assiste ao inquilino. Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela preposição "em". Por Exemplo: Assistimos numa conturbada cidade. CHAMAR 1) Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a atenção ou a presença de. Por exemplo: Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la. Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. 2) Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não. Exemplos: A torcida chamou o jogador mercenário. A torcida chamou ao jogador mercenário. A torcida chamou o jogador de mercenário. A torcida chamou ao jogador de mercenário. CUSTAR 1) Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial. Por exemplo: Frutas e verduras não deveriam custar muito. 2) No sentido de ser difícil, penoso pode ser intransitivo ou transitivo indireto. Por exemplo: Muito custa viver tão longe da família. Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Intransitivo Reduzida de Infinitivo Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude. Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Indireto Reduzida de Infinitivo Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por pessoa. Observe o exemplo abaixo: Custei para entender o problema. Forma correta: Custou-me entender o problema.
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IMPLICAR 1) Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: a) dar a entender, fazer supor, pressupor Por exemplo: Suas atitudes implicavam um firme propósito. b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, provocar Por exemplo: Liberdade de escolha implica amadurecimento político de um povo. 2) Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envolver Por exemplo: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas. Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto e rege com preposição "com". Por Exemplo: Implicava com quem não trabalhasse arduamente. PROCEDER 1) Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se, agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo. Exemplos: As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá-las. Você procede muito mal. 2) Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição" de") e fazer, executar (rege complemento introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto. Exemplos: O avião procede de Maceió. Procedeu-se aos exames. O delegado procederá ao inquérito. QUERER 1) Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, cobiçar. Querem melhor atendimento. Queremos um país melhor. 2) Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, amar. Exemplos: Quero muito aos meus amigos. Ele quer bem à linda menina. Despede-se o filho que muito lhe quer. VISAR 1) Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Por Exemplo: O homem visou o alvo. O gerente não quis visar o cheque. 2) No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a". Exemplos: O ensino deve sempre visar ao progresso social. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público.
Regência nominal Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que deri-
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vam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja: Obedecer a algo/ a alguém. Obediente a algo/ a alguém. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Substantivos Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
Medo a, de
Aversão a, para, por
Doutor em
Obediência a
Atentado a, contra
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por
Bacharel em
Horror a
Proeminência sobre
Capacidade de, para
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por
Adjetivos Acessível a
Diferente de
Necessário a
Acostumado a, com
Entendido em
Nocivo a
Afável com, para com
Equivalente a
Paralelo a
Agradável a
Escasso de
Parco em, de
Alheio a, de
Essencial a, para
Passível de
Análogo a
Fácil de
Preferível a
Ansioso de, para, por
Fanático por
Prejudicial a
Apto a, para
Favorável a
Prestes a
Ávido de
Generoso com
Propício a
Benéfico a
Grato a, por
Próximo a
Capaz de, para
Hábil em
Relacionado com
Compatível com
Habituado a
Relativo a
Contemporâneo a, de
Idêntico a
Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a
Impróprio para
Semelhante a
Contrário a
Indeciso em
Sensível a
Curioso de, por
Insensível a
Sito em
Descontente com
Liberal com
Suspeito de
Desejoso de
Natural de
Vazio de
Advérbios Longe de
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Perto de Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Sintaxe de colocação Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos Fernanda, quem te contou isso? Fernanda, contaram-te isso? Nos exemplos acima, observe que o pronome "te" foi expresso em lugares distintos: antes e depois do verbo. Isso ocorre porque os pronomes átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, lhes, os, as) podem assumir três posições diferentes numa oração: antes do verbo, depois do verbo e no interior do verbo. Essas três colocações chamam-se, respectivamente: próclise, ênclise e mesóclise. 1) Próclise Na próclise, o pronome surge antes do verbo. Costuma ser empregada: a) Nas orações que contenham uma palavra ou expressão de valor negativo. Exemplos: Ninguém o apoia. Nunca se esqueça de mim. Não me fale sobre este assunto. b) Nas orações em que haja advérbios e pronomes indefinidos, sem que exista pausa. Exemplos: Aqui se vive. (advérbio) Tudo me incomoda nesse lugar. (pronome indefinido) Obs.: caso haja pausa depois do advérbio, emprega-se ênclise. Por Exemplo: Aqui, vive-se. c) Nas orações iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos. Exemplos: Quem te convidou para sair? (pronome interrogativo) Por que a maltrataram? (advérbio interrogativo) d) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas optativas (que exprimem desejo). Exemplos: Como te admiro! (oração exclamativa) Deus o ilumine! (oração optativa) e) Nas conjunções subordinativas: Exemplos: Ela não quis a blusa, embora lhe servisse. É necessário que o traga de volta. Comprarei o relógio se me for útil. f) Com gerúndio precedido de preposição "em". Exemplos: Em se tratando de negócios, você precisa falar com o gerente. Em se pensando em descanso, pensa-se em férias. g) Com a palavra "só" (no sentido de "apenas", "somente") e com as conjunções coordenativas alternativas. Exemplos: Só se lembram de estudar na véspera das provas. Ou se diverte, ou fica em casa.
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h) Nas orações introduzidas por pronomes relativos. Exemplos: Foi aquele colega quem me ensinou a matéria. Há pessoas que nos tratam com carinho. Aqui é o lugar onde te conheci. 2) Mesóclise Emprega-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, desde que não se justifique a próclise. O pronome fica intercalado ao verbo. Exemplos: Falar-lhe-ei a teu respeito. (Falarei + lhe) Procurar-me-iam caso precisassem de ajuda. (Procurariam + me) Observações: a) Havendo um dos casos que justifique a próclise, desfaz-se a mesóclise. Por Exemplo: Tudo lhe emprestarei, pois confio em seus cuidados. (O pronome "tudo" exige o uso de próclise.) b) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais ocorre a ênclise. c) A mesóclise é colocação exclusiva da língua culta e da modalidade literária. 3) Ênclise A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo. Emprega-se geralmente: a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não estejam no tempo futuro), pois, na língua culta, não se abre frase com pronome oblíquo. Exemplos: Diga-me apenas a verdade. Importava-se com o sucesso do projeto. b) Nas orações reduzidas de infinitivo. Exemplos: Convém confiar-lhe esta responsabilidade. Espero contar-lhe isto hoje à noite. c) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não venham precedidas de preposição "em".) Exemplos: A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe carinho e proteção. O menino gritou, assustando-se com o ruído que ouvira. d) Nas orações imperativas afirmativas. Exemplos: Fale com seu irmão e avise-o do compromisso. Professor, ajude-me neste exercício! Observações: 1) A posição normal do pronome é a ênclise. Para que ocorra a próclise ou a mesóclise é necessário haver justificativas. 2) A tendência para a próclise na língua falada atual é predominante, mas iniciar frases com pronomes átonos não é lícito numa conversação formal. Por Exemplo: Linguagem Informal: Me alcança a caneta. Linguagem Formal: Alcança-me a caneta. 3) Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos Futuro do Presente ou Futuro do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como a ênclise.
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Exemplos: Eu me machuquei no jogo. As crianças se esforçam para acordar cedo. As crianças esforçam-se para acordar cedo.
Eu machuquei-me no jogo.
Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais As locuções verbais podem ter o verbo principal no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. 1) Verbo Principal no Infinitivo ou Gerúndio a) Sem palavra que exija a próclise: Geralmente, emprega-se o pronome após a locução. Por Exemplo: Quero ajudar-lhe ao máximo. b) Com palavra que exija próclise: O pronome pode ser colocado antes ou depois da locução. Exemplos: Nunca me viram cantar. (antes) Não pretendo falar-lhe sobre negócios. (depois) Observações: 1) Quando houver preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação do pronome será facultativa. Por Exemplo: Nosso filho há de encontrar-se na escolha profissional. Nosso filho há de se encontrar na escolha profissional. 2) Com a preposição "a" e o pronome oblíquo "o" (e variações) o pronome deverá ser colocado depois do infinitivo. Por Exemplo: Voltei a cumprimentá-los pela vitória na partida. 2) Verbo Principal no Particípio Estando o verbo principal no particípio, o pronome oblíquo átono não poderá vir depois dele. Por Exemplo: As crianças tinham-se perdido no passeio escolar. a) Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará depois do verbo auxiliar. Por Exemplo: Seu rendimento escolar tem-me surpreendido. b) Se houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará antes da locução. Por Exemplo: Não me haviam avisado da prova que teremos amanhã. Obs.: na língua falada, é comum o uso da próclise em relação ao particípio. Veja: Por Exemplo: Haviam me convencido com aquela história. Não haviam me mostrado todos os cômodos da casa.
Crase A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regên-
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cia dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe: Vou a a igreja.
Vou à igreja.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo "a" que está determinando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave. Observe os outros exemplos: Conheço a aluna. Refiro-me à aluna. No primeiro exemplo, o verbo é transitivo (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou um dos pronomes já especificados. Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a" (s) após uma preposição "a": 1- Colocar um termo masculino no lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo feminino. Veja os exemplos: Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno. Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna. 2- Trocar o termo regente acompanhado da preposição a por outro acompanhado de uma preposição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se essas preposições não se contraírem com o artigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na (s), da (s), pela (s),...), não haverá crase. Veja os exemplos: - Penso na aluna. - Apaixonei-me pela aluna. - Cansou de brigar. - Começou a brigar. - Insiste em brigar. - Foi punido por brigar. - Optou por brigar. Atenção: lembre-se sempre de que não basta provar a existência da preposição "a" ou do artigo "a", é preciso provar que existem os dois. Evidentemente, se o termo regido não admitir a anteposição do artigo feminino "a" (s), não haverá crase. Veja os principais casos em que a crase NÃO ocorre: - diante de substantivos masculinos: Andamos a cavalo. Fomos a pé. Passou a camisa a ferro. Fazer o exercício a lápis. Compramos os móveis a prazo. Assisitimos a espetáculos magníficos. - diante de verbos no infinitivo: A criança começou a falar. Ela não tem nada a dizer. Estou disposto a ajudar. Voltamos a contemplar o céu.
Estavam a correr pelo parque. Continuamos a observar as plantas.
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Obs.: como os verbos não admitem artigos, constatamos que o "a" dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. - diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona: Diga a ela que não estarei em casa amanhã. Entreguei a todos os documentos necessários. Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos. Mostrarei a vocês nossas propostas de trabalho. Quero informar a algumas pessoas o que está acontecendo. Isso não interessa a nenhum de nós. Aonde você pretende ir a esta hora? Agradeci a ele, a quem tudo devo. Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método explicado anteriormente. Troque a palavra feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo: Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.) Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.) Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) - diante de numerais cardinais: Chegou a duzentos o número de feridos. Daqui a uma semana começa o campeonato. Casos em que a crase SEMPRE ocorre: - diante de palavras femininas: Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Sempre vamos à praia no verão. Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores. Sou grata à população. Fumar é prejudicial à saúde. Este aparelho é posterior à invenção do telefone. - diante da palavra "moda", com o sentido de "à moda de" (mesmo que a expressão moda de fique subentendida): O jogador fez um gol à (moda de) Pelé. Usava sapatos à (moda de) Luís XV. Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho. O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro. - na indicação de horas: Acordei às sete horas da manhã. Foram dormir à meia-noite.
Elas chegaram às dez horas. Ele saiu às duas horas.
- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo: à tarde às ocultas às pressas à medida que à noite às claras às escondidas à força à vontade à beça à larga à escuta às avessas à revelia à exceção de à imitação de à esquerda às turras às vezes à chave
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à direita à luz à semelhança de
à procura à sombra de às ordens
à deriva à frente de à beira de
à toa à proporção que
Crase diante de Nomes de Lugar Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo "a". Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a preposição "a". Para saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino "a", deve-se substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição "de" ou "em". A ocorrência da contração "da" ou "na" prova que esse nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo: Vou à França. (Vim da França. Estou na França.) Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.) Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália) Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.) Cheguei a Pernambuco. (Vim de Pernambuco. Estou em Pernambuco.) Retornarei a São Paulo. (Vim de São Paulo. Estou em São Paulo.) ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja: Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. Irei à Salvador de Jorge Amado.
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente exigir a preposição "a". Por exemplo: Refiro-me
a Preposição
aquele Pronome
atentado.
Refiro-me àquele atentado. O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre a crase. Observe este outro exemplo: Aluguei aquela casa. O verbo "alugar" é transitivo direto (alugar algo) e não exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja outros exemplos: Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. Quero agradecer àqueles que me socorreram. Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai. Não obedecerei àquele sujeito. Assisti àquele filme três vezes. Espero aquele rapaz. Fiz aquilo que você disse. Comprei aquela caneta.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos, utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo regido masculino. Por exemplo:
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A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase. Veja outros exemplos: São normas às quais todos os alunos devem obedecer. Esta foi a conclusão à qual ele chegou. Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder nenhuma das questões. A sessão à qual assisti estava vazia.
Crase com o Pronome Demonstrativo "a" A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo "a" também pode ser detectada através da substituição do termo regente feminino por um termo regido masculino. Veja: Minha revolta é ligada à do meu país. Meu luto é ligado ao do meu país. As orações são semelhantes às de antes. Os exemplos são semelhantes aos de antes. Aquela rua é transversal à que vai dar na minha casa. Aquele beco é transversal ao que vai dar na minha casa. Suas perguntas são superiores às dele. Seus argumentos são superiores aos dele. Sua blusa é idêntica à de minha colega. Seu casaco é idêntico ao de minha colega.
A Palavra Distância Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está determinada.) Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra está especificada.) Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode ocorrer. Por exemplo: Os militares ficaram a distância. Gostava de fotografar a distância. Ensinou a distância. Dizem que aquele médico cura a distância. Reconheci o menino a distância. Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: Gostava de fotografar à distância. Ensinou à distância. Dizem que aquele médico cura à distância.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA - diante de nomes próprios femininos: Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: Paula é muito bonita. A Paula é muito bonita.
Laura é minha amiga. A Laura é minha amiga.
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Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas: Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto. Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto. Contei a Laura o que havia ocorrido na noite passada. Contei à Laura o que havia ocorrido na noite passada.
Contei a Pedro o que havia ocorrido na noite passada. Contei ao Pedro o que havia ocorrido na noite passada.
- diante de pronome possessivo feminino: Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes possessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe: Minha avó tem setenta anos. A minha avó tem setenta anos.
Minha irmã está esperando por você. A minha irmã está esperando por você.
Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das seguintes formas: Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar à minha avó. Diga a sua irmã que estou esperando por ela. Diga à sua irmã que estou esperando por ela. - depois da preposição até: Fui até a praia. Acompanhe-o até a porta. A palestra vai até as cinco horas da tarde.
Cedi o lugar a meu avô. Cedi o lugar ao meu avô. Diga a seu irmão que estou esperando por ele. Diga ao seu irmão que estou esperando por ele.
ou ou ou
Fui até à praia. Acompanhe-o até à porta. A palestra vai até às cinco horas da tarde.
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Estilística Definição A Estilística estuda os processos de manipulação da linguagem que permitem a quem fala ou escreve sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio das palavras. Além disso, estabelece princípios capazes de explicar as escolhas particulares feitas por indivíduos e grupos sociais no que se refere ao uso da língua.
Denotação e Conotação A significação das palavras não é fixa, nem estática. Por meio da imaginação criadora do homem, as palavras podem ter seu significado ampliado, deixando de representar apenas a ideia original (básica e objetiva). Assim, frequentemente remetem-nos a novos conceitos por meio de associações, dependendo de sua colocação numa determinada frase. Observe os seguintes exemplos: A menina está com a cara toda pintada. Aquele cara parece suspeito. No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo". Algumas vezes, uma mesma frase pode apresentar duas (ou mais) possibilidades de interpretação. Veja: Marcos quebrou a cara. Em seu sentido literal, impessoal, frio, entendemos que Marcos, por algum acidente, fraturou o rosto. Entretanto, podemos entender a mesma frase num sentido figurado, como "Marcos não se deu bem", tentou realizar alguma coisa e não conseguiu. Pelos exemplos acima, percebe-se que uma mesma palavra pode apresentar mais de um significado, ocorrendo, basicamente, duas possibilidades: a) No primeiro exemplo, a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico. b) No segundo exemplo, a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico. Obs.: a linguagem poética faz bastante uso do sentido conotativo das palavras, num trabalho contínuo de criar ou modificar o significado. Na linguagem cotidiana também é comum a exploração do sentido conotativo, como consequência da nossa forte carga de afetividade e expressividade.
Figuras de Linguagem São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividemse em figuras de som, figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de construção.
Classificação das Figuras de Linguagem Observe:
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1) Fernanda acordou às sete horas, Renata às nove horas, Paula às dez e meia. 2) "Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela." 3) Seus olhos eram luzes brilhantes. Nos exemplos acima, temos três tipos distintos de figuras de linguagem: Exemplo 1: há o uso de uma construção sintética ao deixar subentendido, na segunda e na terceira frase, um termo citado anteriormente - o verbo acordar. Repare que a segunda e a última frase do primeiro exemplo devem ser entendidas da seguinte forma: "Renata acordou às nove horas, Paula acordou às dez e meia.” Dessa forma, temos uma figura de construção ou de sintaxe. Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside num jogo conceitual entre as palavras fecha e abre, que possuem significados opostos. Temos, assim, uma figura de pensamento. Exemplo 3: a força expressiva da frase está na associação entre os elementos olhos e luzes brilhantes. Essa associação nos permite uma transferência de significados a ponto de usarmos "olhos" por "luzes brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra.
Figura de Palavra A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma associação, uma comparação, uma similaridade. Esses dois conceitos básicos contiguidade e similaridade - permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: a metáfora e a metonímia.
Metáfora A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo e momentâneo; se a metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com "pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira"). Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece. Observe a gradação no processo metafórico abaixo: Seus olhos são como luzes brilhantes. O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes. Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile, ou seja, qualidade do que é semelhante. Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me. Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa é a verdadeira metáfora. Observe outros exemplos: 1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa) Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.). 2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum. Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiada-
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mente inútil), há uma comparação subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a lugar algum.
Metonímia A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo: 1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.) 2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= As lâmpadas iluminam o mundo.) 3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. (= Não te afastes da religião.) 4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (= Fumei um saboroso charuto.) 5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Sócrates tomou veneno.) 6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que produzo.) 7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (= Bebeu todo o líquido que estava no cálice.) 8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram atrás dos jogadores.) 9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (= Várias pessoas passavam apressadamente.) 10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse mundo.) 11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram chamadas, não apenas uma mulher.) 12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (= Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.) 13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= Alguns astronautas foram à Lua.) 14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado.) Saiba que: Atualmente, não se faz mais a distinção entre metonímia e sinédoque (emprego de um termo em lugar de outro), havendo entre ambos relação de extensão. Por ser mais abrangente, o conceito de metonímia prevalece sobre o de sinédoque.
Catacrese Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: "asa da xícara" "batata da perna" "maçã do rosto" "pé da mesa" "braço da cadeira" "coroa do abacaxi"
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Perífrase Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos: O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem. O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jovem. O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
Sinestesia Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplos: Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil) No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)
Figuras de Pensamento Dentre as figuras de pensamento, as mais comuns são:
Antítese Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Observe os exemplos: "O mito é o nada que é tudo." (Fernando Pessoa) O corpo é grande e a alma é pequena. "Quando um muro separa, uma ponte une." "Desceu aos pântanos com os tapires; subiu aos Andes com os condores." (Castro Alves) Felicidade e tristeza tomaram conta de sua alma.
Paradoxo Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditórias. Veja o exemplo: Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.
Eufemismo Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante. Exemplos: Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor. (= morreu) O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou) Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
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Ironia Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em ressaltar algum aspecto passível de crítica. A ironia deve ser muito bem construída para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emissor. Veja os exemplos abaixo: Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima! Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
Hipérbole É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia. Exemplos: Faria isso milhões de vezes se fosse preciso. "Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)
Prosopopeia ou Personificação Consiste em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos. Observe os exemplos: As pedras andam vagarosamente. O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um cego que guia. A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse. Chora, violão.
Apóstrofe Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos: Moça, que fazes aí parada? "Pai Nosso, que estais no céu..." "Liberdade, Liberdade, Abre as asas sobre nós, Das lutas, na tempestade, Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada)
Gradação Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou decrescente. Quando a progressão é ascendente, temos o clímax; quando é descendente, o anticlímax. Observe este exemplo: Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões... O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos olhos de Joana. Para chegar a esse detalhe, ele se refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. Nota-se que o pensamento foi expresso em ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos:
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"Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor". (Olavo Bilac) "O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)
Figuras de Construção ou Sintáticas As figuras de construção ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expressividade que se dá ao sentido.
Elipse Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto. Exemplos: 1) A cada um o que é seu. (Deve se dar a cada um o que é seu.) 2)Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira. Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e amo permitem-nos a identificação do sujeito em elipse "eu". 3) Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada). 4) As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As margaridas florescem em agosto).
Zeugma Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado anteriormente. Exemplos: Ele gosta de geografia; eu, de português. Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só móveis modernos. Ela gosta de natação; eu, de vôlei. No céu há estrelas; na terra, você.
Silepse A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz com um termo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.
Silepse de Gênero Os gêneros são masculino e feminino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos: 1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso. Nesse caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade de Porto Velho). 2) Vossa excelência está preocupado. Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa excelência.
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Silepse de Número Os números são singular e plural. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que nele está contida. Exemplos: A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador. Como vai a turma? Estão bem? O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto. Note que nos exemplos acima, os verbos andaram, estão e gritavam não concordam gramaticalmente com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissão, turma e povo, respectivamente), mas com a ideia de pluralidade que neles está contida. Procissão, turma e povo dão a ideia de muita gente, por isso que os verbos estão no plural.
Silepse de Pessoa Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito. Exemplos: O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação. Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho. "Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos." (Machado de Assis) Observe que os verbos persistamos, temos e somos não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasileiros, agricultores e cariocas que estão na terceira pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).
Polissíndeto / Assíndeto Para estudarmos essas duas figuras de construção, é necessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre período composto. No período composto por coordenação, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo) é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assindética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas figuras de construção: 1) Polissíndeto É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: "Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça, e morre." (Olavo Bilac) "Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fêlo chefe da natureza. 2) Assíndeto É uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. "Vim, vi, venci." (Júlio César)
Pleonasmo Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva. Veja este exemplo: O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.
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Nesta oração, os termos "o problema da violência" e "lo" exercem a mesma função sintática: objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome "lo" classificado como objeto direto pleonástico. Outro exemplo: Aos funcionários, não lhes interessam tais medidas. Aos funcionários, lhes = Objeto Indireto Nesse caso, há um pleonasmo do objeto indireto, e o pronome "lhes" exerce a função de objeto indireto pleonástico. Exemplos: "Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões) "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa) "E rir meu riso." (Vinícius de Moraes) "O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem." (Manuel Bandeira) Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleonasmo vicioso. Exemplos: Vi aquela cena com meus próprios olhos. Vamos subir para cima.
Anáfora É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando assim, um efeito de reforço e de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar determinado elemento textual. Os termos anafóricos podem muitas vezes ser substituídos por pronomes relativos. Assim, observe o exemplo abaixo: Encontrei um amigo ontem. Ele disse-me que te conhecia. O termo ele é um termo anafórico, já que se refere a um amigo anteriormente referido. Observe outro exemplo: "Se você gritasse Se você gemesse, Se você tocasse a valsa vienense Se você dormisse, Se você cansasse, Se você morresse... Mas você não morre, Você é duro José!" (Carlos Drummond de Andrade)
Anacoluto Consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos desligados do resto do período. Veja o exemplo: Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles. A expressão "esses alunos da escola" deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma interrupção da frase e essa expressão fica à parte, não exercendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é chamado de "frase quebrada", pois corresponde a uma interrupção na sequência lógica do pensamento. Exemplos: O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem. A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco) Obs.: o anacoluto deve ser usado com finalidade expressiva em casos muito especiais. Em geral, deve-se evitá-lo.
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Hipérbato / Inversão É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da oração. Exemplos: Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu ao ódio.) Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas).
Figuras de Som Aliteração Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro significativo. Exemplos: Três pratos de trigo para três tigres tristes. O rato roeu a roupa do rei de Roma. "Vozes veladas, veludosas vozes, Volúpias dos violões, vozes veladas Vagam nos velhos vórtices velozes Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas." Cruz e Souza (Aliteração em "v")
Assonância Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos. Exemplos: "Sou um mulato nato no sentido lato mulato democrático do litoral."
Onomatopeia Ocorre quando se tentam reproduzir na forma de palavras os sons da realidade. Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem. Miau, miau. (Som emitido pelo gato) Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar. Cócórócócó, fez o galo às seis da manhã.
Vícios de Linguagem Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor. Observe:
Pleonasmo Vicioso ou Redundância Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária de uma informação na frase. Exemplos: Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer. Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada. Encontraremos outra alternativa para esse problema. Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.
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Barbarismo É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis: 1) Pronúncia a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico. Por Exemplo: Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica) b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas. Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas) c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra. Exemplos: Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei) O segurança deteu aquele homem. (deteve) 2) Morfologia Exemplos: Se eu ir aí, vou me atrasar. (for) Sou a aluna mais maior da turma. (maior) 3) Semântica Por Exemplo: José comprimentou seu vizinho ao sair de casa. (cumprimentou) 4) Estrangeirismos Considera-se barbarismo o emprego desnecessário de palavras estrangeiras, ou seja, quando já existe palavra ou expressão correspondente na língua. Exemplos: O show é hoje! (espetáculo) Vamos tomar um drink? (drinque)
Solecismo É o desvio de sintaxe, podendo ocorrer nos seguintes níveis: 1) Concordância Por Exemplo: Haviam muitos alunos naquela sala. (Havia) 2) Regência Por Exemplo: Eu assisti o filme em casa. (ao) 3) Colocação Por Exemplo: Dancei tanto na festa que não aguentei-me em pé. (não me aguentei em pé)
Ambiguidade ou Anfibologia Ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase. Exemplos: Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado. (O namorado é de Ana ou da amiga?) O pai falou com o filho caído no chão. (Quem estava caído no chão? Pai ou filho?)
Cacofonia Ocorre quando a junção de duas ou mais palavras na frase provoca som desagradável ou palavra inconveniente. Exemplos: Uma mão lava outra. (mamão) Vi ela na esquina. (viela) Dei um beijo na boca dela. (cadela)
Eco Ocorre quando há palavras na frase com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância. Por Exemplo: A divulgação da promoção não causou comoção na população.
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Hiato Ocorre quando há uma sequência de vogais, provocando dissonância. Exemplos: Eu a amo. Ou eu ou a outra ganhará o concurso.
Colisão Ocorre quando há repetição de consoantes iguais ou semelhantes, provocando dissonância. Por Exemplo: Sua saia sujou.
Funções da Linguagem Para que serve a linguagem? Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz. Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona? A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir: 1) Função Referencial ou Denotativa Palavra-chave: referente Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. Exemplo: Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial). 2) Função Expressiva ou Emotiva Palavra-chave: emissor Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação. Exemplos:
a) Ah, que coisa boa! b) Tenho um pouco de medo... c) Nós te amamos! 3) Função Apelativa ou Conativa Palavra-chave: receptor Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e
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você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. Exemplos:
a) Você já tomou banho? b) Mãe, vem cá! c) Não perca esta promoção!
4) Função Poética Palavra-chave: mensagem É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade. Exemplos: a) “... a lua era um desparrame de prata”. (Jorge Amado)
b) Em tempos de turbulência, voe com fundos de renda fixa. (Texto publicitário)
c) Se eu não vejo a mulher que eu mais desejo nada que eu veja vale o que eu não vejo (Daniel Borges)
5) Função Fática Palavra-chave: canal Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares. Exemplo:
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Alô? Está me ouvindo?
6) Função Metalinguística Palavra-chave: código Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem. Exemplo: Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado. (Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)
Observações: - Em um mesmo texto podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo. - As funções para a linguagem foram bem caracterizadas em 1960, por um famoso linguista russo chamado Roman Jakobson, num célebre ensaio intitulado "Linguística e Poética".
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Índice MORFOLOGIA ........................................................................................................... 1 ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ............................................................... 1 ESTRUTURA DAS PALAVRAS ............................................................................................... 1 RAIZ ............................................................................................................................. 2 DESINÊNCIAS ................................................................................................................. 3 FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ............................................................................................... 4 DERIVAÇÃO REGRESSIVA .................................................................................................. 5 COMPOSIÇÃO................................................................................................................. 6 PREFIXOS ...................................................................................................................... 7 SUFIXOS ...................................................................................................................... 10 Sufixos formadores de adjetivos .......................................................................... 12 Sufixos adverbiais ................................................................................................ 12 Sufixos verbais ..................................................................................................... 13 RADICAIS GREGOS......................................................................................................... 13 RADICAIS LATINOS ........................................................................................................ 15 SUBSTANTIVO .............................................................................................................. 17 CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS.................................................................................. 17 Substantivos Comuns e Próprios.......................................................................... 17 Substantivos Concretos e Abstratos .................................................................... 18 Substantivos Coletivos ......................................................................................... 19 FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS ...................................................................................... 25 Substantivos Simples e Compostos ...................................................................... 25 Substantivos Primitivos e Derivados .................................................................... 25 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS ............................................................................................ 25 Flexão de Gênero ................................................................................................. 25 SUBSTANTIVOS BIFORMES E SUBSTANTIVOS UNIFORMES ...................................................... 26 Formação do Feminino dos Substantivos Biformes ............................................. 26 Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes........................................... 27 SUBSTANTIVOS DE GÊNERO INCERTO ................................................................................ 28 FLEXÃO DE NÚMERO DO SUBSTANTIVO ............................................................................. 30 Plural dos Substantivos Simples........................................................................... 30 Plural dos Substantivos Compostos ..................................................................... 31 PLURAL DAS PALAVRAS SUBSTANTIVADAS .......................................................................... 32 Plural dos Diminutivos ......................................................................................... 32 Plural dos Nomes Próprios Personativos ............................................................. 33
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Plural dos Substantivos Estrangeiros ................................................................... 33 Plural com Mudança de Timbre ........................................................................... 33 Particularidades sobre o Número dos Substantivos ............................................ 33 FLEXÃO DE GRAU DO SUBSTANTIVO.................................................................................. 34 ARTIGO....................................................................................................................... 35 Classificação dos Artigos ..................................................................................... 35 Combinação dos Artigos ...................................................................................... 35 ADJETIVO .................................................................................................................... 36 Classificação do adjetivo ..................................................................................... 36 Formação do Adjetivo.......................................................................................... 36 ADJETIVO PÁTRIO ......................................................................................................... 36 Adjetivo Pátrio Composto .................................................................................... 37 LOCUÇÃO ADJETIVA ....................................................................................................... 37 FLEXÃO DOS ADJETIVOS .................................................................................................. 40 Gênero dos Adjetivos ........................................................................................... 40 NÚMERO DOS ADJETIVOS ............................................................................................... 40 Plural dos adjetivos simples ................................................................................. 40 ADJETIVO COMPOSTO.................................................................................................... 40 Grau do Adjetivo .................................................................................................. 41 COMPARATIVO ............................................................................................................. 41 SUPERLATIVO ............................................................................................................... 41 NUMERAL ................................................................................................................... 43 Classificação dos Numerais ................................................................................. 43 Leitura dos Numerais ........................................................................................... 44 Flexão dos numerais ............................................................................................ 44 Emprego dos Numerais ....................................................................................... 44 PRONOME ................................................................................................................... 45 Pronomes Pessoais .............................................................................................. 46 Pronome Reto .............................................................................................................. 46 Pronome Oblíquo ......................................................................................................... 47 Pronome Oblíquo Átono .............................................................................................. 47 Pronome Oblíquo Tônico.............................................................................................. 48 Pronome Reflexivo ....................................................................................................... 49 Pronomes de Tratamento ............................................................................................ 49 Pronomes Possessivos .................................................................................................. 50 Pronomes Demonstrativos ........................................................................................... 51 Pronomes Indefinidos .................................................................................................. 52 Pronomes Relativos ...................................................................................................... 54
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Pronomes Interrogativos .............................................................................................. 56 Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos ............................................................ 56
VERBO ........................................................................................................................ 56 Estrutura das Formas Verbais ............................................................................. 57 Formas Rizotônicas e Arrizotônicas ..................................................................... 57 Classificação dos Verbos ...................................................................................... 57 Conjugação dos Verbos Auxiliares ....................................................................... 60 Modos Verbais ..................................................................................................... 64 Tempos Verbais ................................................................................................... 65 Locuções Verbais ................................................................................................. 73 Aspecto Verbal..................................................................................................... 73 Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal.......................................................... 74 Vozes do Verbo .................................................................................................... 77 Formação da Voz Passiva .................................................................................... 77 Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva ........................................................................ 78
Pronúncia Correta de Alguns Verbos ................................................................... 79 ADVÉRBIO ................................................................................................................... 80 Flexão do Advérbio .............................................................................................. 81 Classificação dos Advérbios ................................................................................. 82 Advérbios Interrogativos ..................................................................................... 83 Locução Adverbial ............................................................................................... 83 Relação de Algumas Locuções Adverbiais ........................................................... 83 Palavras e Locuções Denotativas......................................................................... 84 PREPOSIÇÃO ................................................................................................................ 84 Classificação das Preposições .............................................................................. 85 Locução Prepositiva ............................................................................................. 86 Combinação e Contração da Preposição ............................................................. 86 Encontros Especiais ............................................................................................. 87 Distinção entre Preposição, Pronome Pessoal Oblíquo e Artigo ......................... 88 CONJUNÇÃO ................................................................................................................ 88 Morfossintaxe da Conjunção ............................................................................... 89 Classificação da Conjunção ................................................................................. 89 Conjunções Coordenativas ........................................................................................... 89 Conjunções Subordinativas .......................................................................................... 90
Locução Conjuntiva.............................................................................................. 91 INTERJEIÇÃO ................................................................................................................ 92 Classificação das Interjeições .............................................................................. 94
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Locução Interjetiva .............................................................................................. 94 FONOLOGIA ............................................................................................................ 96 FONEMA ..................................................................................................................... 96 Fonema e Letra .................................................................................................... 96 Classificação dos Fonemas .................................................................................. 97 ENCONTROS VOCÁLICOS ................................................................................................ 98 ENCONTROS CONSONANTAIS .......................................................................................... 99 Dígrafos ............................................................................................................... 99 SÍLABA ...................................................................................................................... 100 Classificação das Palavras quanto ao Número de Sílabas ................................. 100 Divisão Silábica .................................................................................................. 101 ACENTO TÔNICO ........................................................................................................ 101 Classificação da Sílaba quanto à Intensidade.................................................... 101 Classificação das Palavras quanto à Posição da Sílaba Tônica ......................... 101 MONOSSÍLABOS ......................................................................................................... 102 Critérios de Distinção ......................................................................................... 102 ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................................ 103 Acento Prosódico e Acento Gráfico ................................................................... 103 Regras de Acentuação Gráfica .......................................................................... 103 MONOSSÍLABOS ......................................................................................................... 104 Monossílabos Tônicos ........................................................................................ 104 Monossílabos Átonos......................................................................................... 105 Acento de Insistência ......................................................................................... 105 REGRAS ESPECIAIS ...................................................................................................... 105 Ditongos Abertos ............................................................................................... 105 Hiatos ................................................................................................................ 106 Verbos Ter e Vir ................................................................................................. 106 ACENTO DIFERENCIAL .................................................................................................. 106 Acento Grave ..................................................................................................... 107 ORTOÉPIA OU ORTOEPIA .............................................................................................. 107 Preceitos ............................................................................................................ 107 PROSÓDIA ................................................................................................................. 108 ORTOGRAFIA ............................................................................................................. 109 O Alfabeto.......................................................................................................... 109 Emprego das letras K, W e Y ....................................................................................... 110 Emprego de X e Ch ..................................................................................................... 110
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Emprego das letras G e J ............................................................................................ 110 Emprego das Letras S e Z ............................................................................................ 111 Emprego de S, Ç, X e dos Dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs .................................................... 113 Emprego das letras E e I ............................................................................................. 114 Emprego das letras O e U ........................................................................................... 114 Emprego da letra H..................................................................................................... 114
EMPREGO DAS INICIAIS MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS......................................................... 115 Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: ..................................................... 116 Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: ..................................................... 116 NOTAÇÕES LÉXICAS ..................................................................................................... 116 Emprego do Til ................................................................................................... 116 Emprego do Apóstrofo....................................................................................... 117 EMPREGO DOS PORQUÊS ............................................................................................. 117 EMPREGO DO HÍFEN.................................................................................................... 118 Conheça os casos de emprego do hífen (-): ....................................................... 118 Prefixos e Elementos de Composição ................................................................ 119 Saiba Mais sobre o Uso do Hífen ....................................................................... 122 SINAIS DE PONTUAÇÃO ................................................................................................ 123 Vírgula ( , ) ......................................................................................................... 123 Ponto e vírgula ( ; ) ............................................................................................ 125 Dois-pontos ( : ) ................................................................................................. 125 Ponto Final ( . )................................................................................................... 126 Ponto de Interrogação ( ? ) ................................................................................ 126 Ponto de Exclamação ( ! ) .................................................................................. 127 Reticências ( ... ) ................................................................................................. 127 Parênteses ( ( ) ) ................................................................................................. 127 Os Parênteses e a Pontuação ............................................................................ 128 Travessão ( – ).................................................................................................... 128 Aspas ( " " ) ........................................................................................................ 129 Colchetes ( [ ] ) ................................................................................................... 129 Asterisco ( * ) ..................................................................................................... 130 Parágrafo ( § ).................................................................................................... 130 SEMÂNTICA .......................................................................................................... 131 LINGUAGEM .............................................................................................................. 131 Tipos de Linguagem ........................................................................................... 131 Língua ................................................................................................................ 132 Língua Falada e Língua Escrita .......................................................................... 132
220
Fala .................................................................................................................... 133 Níveis da fala .............................................................................................................. 133
Signo .................................................................................................................. 133 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS........................................................................................ 134 Sinônimos .......................................................................................................... 134 Antônimos ......................................................................................................... 134 Polissemia .......................................................................................................... 134 Homônimos ....................................................................................................... 135 Homônimos Perfeitos ................................................................................................. 136
Parônimos.......................................................................................................... 136 SINTAXE ................................................................................................................ 138 ANÁLISE SINTÁTICA .............................................................................................. 138 FRASE ....................................................................................................................... 138 Tipos de Frases .................................................................................................. 139 Estrutura da Frase ............................................................................................. 140 ORAÇÃO ................................................................................................................... 140 PERÍODO ................................................................................................................... 141 OBJETIVOS DA ANÁLISE SINTÁTICA ................................................................................. 141 ESTRUTURA DE UM PERÍODO......................................................................................... 141 TERMOS DA ORAÇÃO................................................................................................... 141 TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO ......................................................................... 142 SUJEITO E PREDICADO.................................................................................................. 142 Posição do Sujeito na Oração ............................................................................ 142 Classificação do Sujeito ..................................................................................... 142 PREDICADO ............................................................................................................... 145 Predicação Verbal .............................................................................................. 146 Classificação do Predicado ................................................................................ 147 TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO .................................................................... 150 COMPLEMENTOS VERBAIS ............................................................................................ 150 COMPLEMENTO NOMINAL............................................................................................ 152 AGENTE DA PASSIVA.................................................................................................... 152 TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO ....................................................................... 153 ADJUNTO ADVERBIAL .................................................................................................. 154
221
Classificação do Adjunto Adverbial ................................................................... 154 ADJUNTO ADNOMINAL ................................................................................................ 155 Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal .......................... 156 APOSTO .................................................................................................................... 156 Classificação do Aposto ..................................................................................... 157 VOCATIVO ................................................................................................................. 158 Distinção entre Vocativo e Aposto..................................................................... 158 PERÍODO COMPOSTO ........................................................................................... 158 COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ................................................................................. 158 Período composto por coordenação .................................................................. 159 Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas .................................................... 160
Período composto por subordinação ................................................................. 161 Forma das Orações Subordinadas .............................................................................. 162 Orações subordinadas substantivas ........................................................................... 163 Classificação das Orações Subordinadas Substantivas ............................................... 163
Orações subordinadas adjetivas ........................................................................ 166 Forma das Orações Subordinadas Adjetivas .............................................................. 167 Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas .................................................... 167
EMPREGO E FUNÇÃO DOS PRONOMES RELATIVOS ............................................................. 168 Pronome Relativo QUE ............................................................................................... 168 Pronome Relativo QUEM ........................................................................................... 169 Pronome Relativo CUJO (s), CUJA (s) .......................................................................... 169 Pronome Relativo O QUAL, OS QUAIS, A QUAL, AS QUAIS......................................... 170 Pronome Relativo ONDE ............................................................................................ 170 Pronome Relativo QUANTO, COMO, QUANDO .......................................................... 170
Orações subordinadas adverbiais ...................................................................... 171 Circunstâncias Expressas pelas Orações Subordinadas Adverbiais ............................ 171
Período composto por coordenação e subordinação ........................................ 174 ORAÇÕES REDUZIDAS................................................................................................... 175 Orações Reduzidas Fixas............................................................................................. 176 Orações Reduzidas de Infinitivo ................................................................................. 176 Orações Reduzidas de Gerúndio ................................................................................ 176 Orações Reduzidas de Particípio ................................................................................ 176
ESTUDO COMPLEMENTAR DO PERÍODO COMPOSTO ........................................................... 177 SINTAXE DE CONCORDÂNCIA ......................................................................................... 177 Concordância Verbal e Nominal ........................................................................ 177 Concordância verbal .......................................................................................... 177 Concordância nominal ....................................................................................... 184
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SINTAXE DE REGÊNCIA .................................................................................................. 186 Regência Verbal e Nominal ............................................................................... 186 Regência verbal ................................................................................................. 187 Verbos Intransitivos.................................................................................................... 187 Verbos Transitivos Diretos ......................................................................................... 188 Verbos Transitivos Indiretos ....................................................................................... 188 Verbos Transitivos Diretos ou Indiretos ..................................................................... 189 Verbos Transitivos Diretos e Indiretos ....................................................................... 190 Mudança de Transitividade versus Mudança de Significado ...................................... 191
Regência nominal .............................................................................................. 193 SINTAXE DE COLOCAÇÃO............................................................................................... 195 Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos ........................................................ 195 Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais ..................... 197 CRASE ...................................................................................................................... 197 Crase diante de Nomes de Lugar ................................................................................ 200 Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela (s), Aquilo .............. 200 Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais .................................................. 200 Crase com o Pronome Demonstrativo "a" ................................................................. 201 A Palavra Distância ..................................................................................................... 201 Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA................................................. 201
ESTILÍSTICA ........................................................................................................... 203 DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO.......................................................................................... 203 FIGURAS DE LINGUAGEM .............................................................................................. 203 Classificação das Figuras de Linguagem ........................................................... 203 FIGURA DE PALAVRA.................................................................................................... 204 Metáfora ........................................................................................................... 204 Metonímia ......................................................................................................... 205 Catacrese ........................................................................................................... 205 Perífrase ............................................................................................................ 206 Sinestesia ........................................................................................................... 206 FIGURAS DE PENSAMENTO............................................................................................ 206 Antítese.............................................................................................................. 206 Paradoxo ........................................................................................................... 206 Eufemismo ......................................................................................................... 206 Ironia ................................................................................................................. 207 Hipérbole ........................................................................................................... 207 Prosopopeia ou Personificação.......................................................................... 207
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Apóstrofe ........................................................................................................... 207 Gradação ........................................................................................................... 207 FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU SINTÁTICAS ....................................................................... 208 Elipse.................................................................................................................. 208 Zeugma .............................................................................................................. 208 Silepse ................................................................................................................ 208 Silepse de Gênero ....................................................................................................... 208 Silepse de Número ..................................................................................................... 209 Silepse de Pessoa ....................................................................................................... 209
Polissíndeto / Assíndeto..................................................................................... 209 Pleonasmo ......................................................................................................... 209 Anáfora .............................................................................................................. 210 Anacoluto .......................................................................................................... 210 Hipérbato / Inversão .......................................................................................... 211 FIGURAS DE SOM ........................................................................................................ 211 Aliteração .......................................................................................................... 211 Assonância ......................................................................................................... 211 Onomatopeia ..................................................................................................... 211 VÍCIOS DE LINGUAGEM ................................................................................................ 211 Pleonasmo Vicioso ou Redundância .................................................................. 211 Barbarismo ........................................................................................................ 212 Solecismo ........................................................................................................... 212 Ambiguidade ou Anfibologia ............................................................................. 212 Cacofonia ........................................................................................................... 212 Eco ..................................................................................................................... 212 Hiato .................................................................................................................. 213 Colisão ............................................................................................................... 213 FUNÇÕES DA LINGUAGEM ............................................................................................ 213
224
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