Gramática Português 12 Ano

October 13, 2017 | Author: Mónica Januário | Category: Pronoun, Subject (Grammar), Linguistics, Language Mechanics, Style (Fiction)
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Preparação Exame Nacional Gramática Deixis A deixis designa o conjunto de palavras ou expressões (expressões deíticas) que têm como função ‘apontar’ para o contexto situacional. Assim, assinalam o sujeito que enuncia (locutor), o sujeito a quem se dirige (interlocutor), o tempo e o espaço da enunciação. Em função da sua natureza deítica, é possível apresentar a seguinte classificação: . Deítico pessoal – indica as pessoas do discurso (locutor e interlocutor); integram

este

grupo

os

pronomes

pessoais

(ex:

tu,

me,

nós,

etc.),

determinantes e pronomes possessivos (ex: o meu, o vosso, teu, etc.), sufixos flexionais de pessoa-número (ex: falas, falamos, etc.), bem como vocativos. EX: «Aceita que eu exista como os sonhos.»; «Quando eu disser não ouças.» . Deítico espacial – assinala os elementos espaciais, evidenciando a relação de maior ou menor proximidade relativamente ao lugar ocupado pelo locutor; integram este grupo os advérbios ou locuções adverbiais de lugar (ex: aqui, cá, além, lá de cima, etc.), os determinantes e pronomes demonstrativos (ex: este, essa, aquilo, etc.), bem como alguns verbos que indicam movimento (ex: ir, partir, chegar, aproximar-se, afastar-se, entrar, sair, subir, descer, etc.). EX: «Vamos até ali.» . Deítico temporal – localiza fatos no tempo; integram este grupo os advérbios, locuções adverbias ou expressões de tempo (ex: amanhã, ontem, na semana passada, no dia seguinte, etc.) e sufixos flexionais de tempo-modo-aspeto (ex: falarei, faláveis, etc.). EX: «Depois de amanha serei outro.» . Deítico social – assinala a relação hierárquica existente entre os participantes da interação discursiva e os papéis por eles assumidos (ex: o senhor, vossa excelência, senhor diretor, etc.) EX: «Eu quero prevenir já o senhor doutor que ele não está bom da cabeça.»

Atos de Fala Sempre que alguém fala, realiza em simultâneo três ações: · Ato locutório - enunciação de palavras ou frases que veiculam uma determinada mensagem;

· Ato ilocutório - ao proferir um enunciado, o locutor realiza uma ação (ex: prometer, ordenar, pedir, etc.); · Ato perlocutório - resultado ou efeito provocado no interlocutor por um determinado ato ilocutório (ex: convencer, persuadir, assustar, etc.).

Considere-se o seguinte exemplo, enunciado por um professor na sala de aula: - Está a ficar escuro! Este enunciado é um ato locutório, na medida em que o professor pronuncia uma frase que obedece às regras gramaticais e é contextualmente correta. É também um ato ilocutório, pois trata-se da ação de afirmar ou de ordenar (indiretamente) que levará a uma determinada ação por parte do interlocutor. A ação realizada pelo interlocutor constitui o ato perlocutório. Neste caso, a enunciação pode levar um aluno a acender a luz ou a abrir os estores. Atos Ilocutórios É possível classificar os atos ilocutórios com base nas intenções comunicativas (objetivo ilocutório) e na função que assumem no contexto da sua enunciação (força ilocutória).

Dois enunciados podem ter o mesmo objetivo ilocutório mas forças ilocutórias distintas. Por exemplo, uma ordem e um pedido têm o mesmo objetivo ilocutório (levar alguém a agir), no entanto as suas forças ilocutórias são diferentes, já que o primeiro tem a força ilocutória de uma ordem e o segundo a de um pedido. Tipo

Objetivo ilocutório

Atos ilocutórios assertivos

Descrever um determinado estado de coisas e exprimir a crença na verdade do seu enunciado (1).

Atos ilocutórios diretivos

Levar o interlocutor* a praticar uma ação futura, que pode ser de natureza verbal [ato ilocutório diretivo de resposta verbal: perguntas (2)] ou não verbal [ato ilocutório diretivo de resposta não verbal (3)].

Atos ilocutórios compromissivos

Comprometer o locutor*1 relativamente à prática de uma ação futura (4).

Atos ilocutórios expressivos

Exprimir o estado psicológico do locutor relativamente ao conteúdo do seu enunciado, sendo necessário que este

seja sincero naquilo que exprime. Podem ser realizados utilizando verbos como agradecer (5) ou lamentar (6); frases e expressões exclamativas com adjetivos valorativos (7) ou ainda frases exclamativas com verbos de valor afetivo como adorar (8), gostar, odiar, etc. Atos ilocutórios declarativos

Ciar uma nova realidade, capacidade que lhe advém do seu estatuto institucional (9).

Atos ilocutórios indiretos

Transmitir no enunciado do locutor mais do que aquilo que realmente diz, ou transmitir algo diferente (10). *1 a quem a frase se dirige *2 quem anuncia a frase

EX: (1) «Não percebo esta matéria.» (2) «O que pensas deste filme?» (3) «Conduz mais devagar!» (4) «Prometo que estarei lá à hora marcada.» (5) «Obrigada pela folha.» (6) «Lamento o atraso.» (7) «Boa noite!» (8) «Adoro viajar!» (9) «Declaro-vos marido e mulher.» (10) «Sabe onde fica o Centro de Congressos?» o que o locutor quis de fato transmitir foi diga-me onde fica o Centro de Congressos.

Reprodução do discurso no discurso Quando relata um discurso anteriormente proferido, o locutor reproduz, no seu próprio discurso, o discurso de outro locutor expresso noutra situação de enunciação. Há cinco grandes modalidades

de reprodução do discurso no

discurso: . Discurso Direto É o modo de enunciação que reproduz o discurso de locutores ocorrido em situação enunciativas anteriores, tal como foi dito ou pensado. Quando se trata de um texto ficcional, o narrador coloca as próprias personagens a apresentar

diretamente as suas palavras. Geralmente introduzido por verbos de tipo declarativo (ex.: dizer, afirmar, etc.) que podem surgir no início, no meio ou no fim do relato, carateriza-se pela utilização de alguns sinais auxiliares que permitem identificar um novo enunciado de um locutor: travessões, por exemplo. E foi já ao café que uns gaúchos fizeram o favor de servir à mesa, […], que Joel se inclinou um pouco para Carmos Vermelho e ciciou: ─ Precisava de falar contigo… . Discurso Direto Livre É um modo de relato de discurso frequente na literatura atual, permitindo criar novos efeitos estéticos pelas possibilidades de maior liberdade narrativa

que

oferece. As falas ou os pensamentos das personagens aparecem imersos no discurso do narrador e desaparecem as marcas formais que assinalam a mediação do narrador (mudança de parágrafo, aspas, uso de travessões, etc.). «Já não via as pessoas. Passava o tempo a falar com elas mas tinha deixado de as ver. As pessoas começavam logo de manhã a falar. A primeira era a voz do canalizador que tinha ficado de ir às oito e meia mas não tinha podido aparecer e por isso pede muita desculpa mas agora só daqui a dois meses e três e dois minutos é que volta a ter tempo para ocupar-se daquele assunto da banheira bem vistas as coisas não é assim tão urgente ele até tinha um problema semelhante na casa do engenheiro nunes não sei se conhece o senhor engenheiro aquele que trabalha na câmara e por isso isto da banheira arruma-se de vez lá para julho em todo o caso ainda antes das férias porque depois metem-se as férias e é o diabo.»

. Discurso Indireto O discurso indireto implica uma enunciação indireta, na medida em que um locutor ou narrador se apropria de um discurso proferido anteriormente para o reproduzir à sua maneira. Este tipo de discurso é geralmente introduzido por verbos declarativos (dizer, afirmar, responder, etc.).

Eva quis saber mais sobre este Dalai-Lama de que tanto se falava. Maria das Dores disse que a perita era a irmã, que tinha melhores olhos e conseguia ler a letra pequenina. . Discurso Indireto Livre

Neste modo de relato de discurso, a enunciação do locutor-relator funde-se com a enunciação do primeiro locutor, sendo difícil fazer a sua identificação, ao contrário do que se verifica no discurso direto e no discurso indireto. . Citação A citação é um texto ou excerto reproduzido noutro discurso, fazendo-se referência ao autor e/ou à obra a que pertence. Assinala-se graficamente com aspas ou com um tipo de letra diferente e são uma das manifestações da intertextualidade. A principal mudança de natureza fonológica que marca o português do séc. XVI é a simplificação do sistema de sibilantes […]. A este respeito, Teyssier afirma categoricamente que o português clássico ainda encontra um sistema de quatro sibilantes: “A existência de quatro unidades distintivas no português do início do século XVI não sofre dúvida.” (Teyssier 1982: 50) . Frase simples e Frase complexa Frase simples - frase em que existe um único verbo principal ou copulativo. Frase complexa - frase em que existe mais do que um verbo principal ou copulativo, que contêm mais do que uma oração. Numa frase complexa, podemos ter orações coordenadas e/ou subordinantes e subordinadas. . Coordenação A coordenação é a relação sintática estabelecida entre elementos que pertencem à mesma categoria gramatical e que desempenham a mesma função sintática. As orações coordenadas podem-se classificar em: Copulativa – estabelece uma relação de adição com a(s) oração(ões) com que se combina. EX: «Estou cansado e vou descansar.» Adversativa – transmite uma ideia de contraste, de oposição, relativamente à ideia expressa na frase ou oração com que se combina. EX: «Estou cansado, mas vou continuar.» Disjuntiva – exprime um valor de alternativa face ao que é expresso pela oração com que se combina. EX: «Ou descanso ou não posso continuar.» Conclusiva – transmite uma ideia de conclusão decorrente da ideia expressa na frase ou oração com que se combina.

EX: «Estou cansado, logo não posso continuar.» Explicativa – apresenta uma justificação ou explicação relativa à frase ou oração com que se combina. EX: «Estou cansado porque andei muito.»

. Subordinação A subordinação é a relação sintática estabelecida entre orações em que uma (subordinada) está sintaticamente dependente de outra (subordinante). As orações subordinadas podem-se classificar em: Substantiva – desempenha a função sintática de sujeito ou de complemento de um verbo, nome ou adjetivo, podendo ser facilmente substituída por um pronome como isso e subdividindo-se em: Completiva, que completa a ideia da oração anterior e pode ser introduzida pelas conjunções subordinativas «que», «se» e «para». EX: «Eu bem sei que tu não voltas». Relativa, que é introduzida por quantificadores e pronomes relativos sem antecedente, como quem, o que, onde, quanto, que, o qual, os quais, a qual, as quais. EX: «Quem espera sempre alcança.»

Adjetivas – exerce a mesma função que um adjetivo e subdivide-se em: . Relativa restritiva, que tem como função restringir a informação dada sobre o antecedente; a sua omissão acarreta uma alteração do sentido da oração subordinante,

pois

apresenta

informação

relevante

para

a

definição

do

antecedente. EX: «O poeta português que escreveu Os Lusíadas foi grandioso.» . Relativa

explicativa,

que

apresenta

informação

adicional

sobre

o

antecedente; a sua omissão não altera o sentido da oração subordinante, uma vez que o antecedente já se encontra suficientemente definido.

EX: «A literatura, que é imortal, encanta os leitores.» . Adverbiais – desempenha a função sintática de modificador da frase ou do grupo verbal e, modificando o sentido de outras orações, subdivide-se em:

. Causal, que indica a causa ou o motivo daquilo que é expresso na subordinante. EX: «Não compro este carro porque consome muito.» . Final, que enuncia o objetivo da realização da situação descrita na subordinante. EX: «Leva dinheiro para pagares as compras.» . Temporal, que estabelece a referência temporal em relação à qual a subordinante é interpretada. EX: «Estavas ao telefone, quando entrei.» . Concessiva, que admite algo contrário ao que é apresentado na subordinante mas incapaz de impedi-lo. EX: «Iremos à piscina, embora não seja do meu agrado.» . Condicional, que indica uma hipótese ou condição em relação ao que é expresso na subordinante. EX: «Se ele fosse rico, teria muitos criados.» . Comparativa, que contém o segundo elemento de uma comparação que estabelece em relação a uma situação apresentada na subordinante. EX: «Ele trata-me como se eu fosse sua inimiga.» . Consecutiva, que apresenta uma consequência da situação expressa na subordinante. EX: «Comi tanto que fiquei indisposta.»

Funções Sintáticas Funções sintáticas ao nível da frase: . Sujeito – elemento que controla a concordância, em pessoa e em número, relativamente ao núcleo. Pode ser: . Simples – constituído apenas por um grupo nominal ou por uma frase. . Composto – constituído por duas ou mais expressões nominais ou por duas ou mais frases. . Nulo – não está realizado lexicalmente, sendo possível classificá-lo em:

. Subentendido –

quando é possível identificar no contexto o referente para o

qual remete o sufixo flexional. EX: «[Tu] Querias crescer depressa, aí tens.»

. Indeterminado –

quando o verbo se encontra na 3ª pessoa do plural ou do

singular, acompanhado, neste último caso, do pronome pessoal se com valor impessoal,

não

sendo

possível

identificar

o

referente

do

sujeito

nulo

indeterminado, uma vez que não é definido nem específico. EX: «Disseram-me que ia chover.»; «Via-se bem que alguns deles faziam logo as contas.»

. Expletivo –

ocorre apenas com verbos impessoais. EX: «Havia já algumas

pessoas à sombra dos toldos ou estendidos ao sol.»

. Predicado – função sintática desempenhada pelo grupo verbal. . Modificador da frase – grupo preposicional (1) ou adverbial (2) que, ao contrário dos complementos, não sendo selecionados pelo verbo, modificam-no, acrescentando informação suplementar. Caracterizam-se essencialmente pela sua grande mobilidade, podendo ocorrer em várias posições da frase. EX: (1) «O carrinho partiu, com Lourival, por entre a azinhaga.» (2) «O conselheiro enrolava vagarosamente o seu lenço de seda da Índia.»

. Vocativo – constituinte (não obrigatório) que identifica o interlocutor, ocorrendo em frases imperativas (1), exclamativas (2) e interrogativas (3).

EX: (1) «Fecha a porta, Pedro.» (2) «Dói-me muito o peito, mãe!» (3) «Quando tenho alta, senhor doutor?»

Funções sintáticas internas ao grupo verbal: . Complementos – constituintes da frase selecionados pelo verbo: . Complemento direto – grupo nominal (1) ou oração substantiva completiva (2) que pode ser substituído respetivamente pelo pronome pessoal de 3ª pessoa (o/a, os/as) e pelo pronome demonstrativo átono o. EX: (1) «Dois homens seguravam o porco.» «Dois homens seguravam-no» (2) «Hão de jurar que não me conhecem.» «Hão de jurá-lo.»

. Complemento indireto – grupo preposicional (geralmente introduzido pela preposição a) que pode ser substituído por um pronome pessoal de 3ª pessoa (lhe/lhes). EX: «Perguntem aí ao Gouveia.» «Perguntem-lhe aí.» . Complemento oblíquo – grupo adverbial (1) ou preposicional (2) que, ao contrário do complemento indireto, não pode ser substituído por um pronome pessoal (lhe/lhes).

EX: (1) «Faz bem à alma.» «Faz-lhe à alma.» (2) «Também me lembro do sopro do maçarico.» «Também me lembrolhe.»

Exemplos de verbos que pedem complemento oblíquo: . ir a, vir de, estar em, partir de (nome ou pronome precedido de preposição; advérbio); .

comunicar com, concordar com, discordar de, precisar de, necessitar de,

troçar de, casar-se com, divorciar-se de, dispor-se a, arrepender-se de, interessar-se por (nome ou pronome precedido de preposição).

. Complemento agente da passiva – grupo preposicional (geralmente introduzido pela preposição por) que, na frase ativa correspondente, passa a grupo nominal com função de sujeito. EX: «Uma Câmara não é eleita pelo povo, é nomeada pelo Governo.» «O povo não elege uma Câmara, o Governo nomeia-a.»

. Predicativos: . Predicativo do sujeito – grupo nominal (1), adjetival (2), adverbial (3) ou proposicional (4) ou oração (5) selecionado por um verbo copulativo (estar, ficar, continuar, parecer, permanecer, revelar-se, ser, tornar-se…) que atribui uma propriedade ou uma localização (espacial ou temporal) ao sujeito. EX: (1) «A mãe era uma criatura desagradável e azeda.» (2) «Garcia ficou aturdido.» (3) «Olhe que isto é preciso é que todos fiquem bem.» (4) «Caeiro era de estatura média.»

(5) «Pensar é estar doente dos olhos.»

. Predicativo do complemento direto – grupo nominal (1), adjetival (2) ou preposicional (3), selecionado por um verbo transitivo predicativo (achar, chamar,

considerar,

eleger,

julgar,

nomear,

tratar,…)

que

atribui

uma

propriedade ou uma localização (espacial ou temporal) ao complemento direto. EX: (1) «[…] se o ministro fizer esse ladrão recebedor de comarca.» (2) «Todos a achavam simpática.» (3) «Todos o tinham por tolo.»

. Modificador do grupo verbal – grupo preposicional (1), adverbial (2) ou oração subordinada (3) que, ao contrário dos complementos, não sendo selecionados pelo

verbo,

modificam-no,

acrescentando

informação

suplementar.

Caracterizam-se essencialmente pela sua grande mobilidade, podendo ocorrer em várias posições da frase. EX: (1) «O carrinho partiu, com Lourival, por entre a azinhaga.» (2) «O conselheiro enrolava vagarosamente o seu lenço de seda da Índia.» (3) «Não te posso dar minha filha, porque já não tenho filha.»

Funções sintáticas internas ao grupo nominal: . Complemento do nome – grupo preposicional [oracional (1) ou não oracional (2)] ou, menos frequentemente, adjetival (3) que integra o grupo nominal, ocorrendo sempre à direita do nome que completa e sendo sempre de preenchimento opcional. EX: (1) «Tem curiosidade de saber como é esta pobre máquina por dentro […].» (2) «Ter pena dele seria como ter pena dum plátano […].» (3) «A procura turística tem aumentado.» . Modificador do nome – função sintática que integra o grupo nominal, modificando-o através de informações suplementares. . Restritivo – grupo preposicional (1), grupo adjetival (2) ou oração relativa restritiva (3) que modifica o nome, restringindo a sua referência. EX: (1) «Fechou a porta da cela atrás de si […].» (2) «De repente, a rapariga loira viu uma criança sair a correr.»

(3) «Há palavras que fazem bater mais depressa o coração […].» . Apositivo – grupo nominal (1), adjetival (2) ou preposicional (3) ou oração relativa explicativa (4) que, ao modificarem o nome, não limitam a sua referência. Na escrita, está sempre separado por vírgulas do nome que modifica e ocorre normalmente à direita do mesmo. EX: (1) «Alguma vez a sua Loló, magra e frenética criatura de olhos verdes, brincara nos jardins dos palacetes […]?» (2) «Que doença estranha, lenta mas tenaz, matava o Rei?» (3) «A velha tinha-se dado preparatoriamente um choro, de grande efeito em corações de viajante.» (4) «O rapaz, que chegou pelo lado de trás, abriu a cancela de madeira.»

Funções sintáticas internas ao grupo adjetival: . Complemento do adjetivo – grupo preposicional [não oracional (1) ou oracional (2)] que integra o grupo adjetival, ocorrendo sempre à sua direita. Não é de preenchimento obrigatório. EX: (1) «E será o pai feliz com o meu sacrifício?» (2) «Sou fácil de definir.» . Modificador do adjetivo – grupo adverbial que integra o grupo adjetival, correspondendo a um advérbio colocado à esquerda do adjetivo. EX: «Verão como o elefante se enfrenta com os mais furiosos ventos contrários.»

Testes práticos para identificar os complementos do verbo e o modificador do grupo verbal . Complemento direto: pode ser substituído pelo pronome pessoal o, a, os, as. Se for uma oração, pode substituir-se pelo pronome demonstrativo isso. Surge na resposta à questão: O sujeito + verbo + o quê? ou + quem? . Complemento indireto: pode ser substituído pelo pronome pessoal lhe, lhes. Surge na resposta à questão: O sujeito + verbo (+ complemento direto) + a quem? . Complemento agente da passiva: na frase ativa, desempenharia a função de sujeito.

. Complemento oblíquo: não pode ser substituído pelos pronomes pessoais o e lhe.

Classes de Palavras . Nome: . Comum – não se aplica a uma entidade única, podendo designar objetos, seres, fatos e conceitos de forma não individualizada. EX: «Quero aquele pão.» .

Próprio –

designa

uma

única

entidade

num

determinado

contexto

comunicativo. EX: «Basílio tomou-lhe as mãos.» . Contável – designa entidades ou seres singulares, passíveis de serem divididos em partes distintas e enumerados. EX: caderno, cadeira, lápis, etc. . Não-contável – designa algo que é concebido como um todo contínuo, não podendo ser dividido em partes singulares nem contado. Ex: farinha, açúcar, água, etc. . Concreto – designa objetos ou entidades físicas que podem ser localizadas no tempo e no espaço. EX: janela, porta, árvore, gato, etc. . Abstrato – refere-se a entidades não tangíveis, imateriais, como sentimentos ou conceitos. EX: felicidade, beleza, perigo, medo, verdade, etc.

. Adjetivo: . Qualificativo – modifica um grupo nominal, atribuindo-lhe uma qualidade. . Numeral – modifica o nome, atribuindo-lhe uma determinada ordem dentro de uma série. Corresponde a uma palavra tradicionalmente classificada como numeral ordinal. EX: primeiro, segundo, vigésimo lugar, etc. . Relacional – palavra que se distingue dos restantes adjetivos por apresentar características próprias: completa, geralmente, o sentido do nome, atribuindolhe informações de natureza classificatória, deriva de nomes [comércio comercial], não admite variação em grau [uma manifestação operária uma manifestação muito operária], ocorre sempre em posição pós-nominal e não tem antónimo.

. Variação em género: . Biforme – possui uma forma para o feminino e para o masculino. . Uniforme – possui apenas uma forma para ambos os géneros.

. Variação em grau: . Normal – expressa simplesmente a qualidade. . Comparativo – compara uma qualidade entre duas entidades, distinguindo-se três modalidades: . De superioridade – EX: «Londres é mais cosmopolita do que Lisboa.» . De inferioridade – EX: «Lisboa é menos agitada do que Londres.» . De igualdade – EX: «Londres é tão movimentada como Paris.» . Superlativo: . Relativo – apresenta uma qualidade atribuída a uma entidade que é comparada a um conjunto de entidades. . De superioridade – EX: «O Everest é a mais alta montanha do mundo.» . De inferioridade – EX: «Os países da África subsariana são os menos desenvolvidos.» . Absoluto – indica uma qualidade que supera a noção que normalmente se tem dessa mesma qualidade, não se relacionando com nenhum conjunto de entidades. . Sintético – EX: «Este problema é facílimo.» . Analítico – EX: «Aquele ator é bastante célebre.»

. Pronome: . Pessoal . Demonstrativo . Possessivo . Indefinido . Relativo . Interrogativo

. Determinante: . Artigo definido . Artigo indefinido . Demonstrativo . Possessivo

. Indefinido . Relativo . Interrogativo

. Quantificador: . Universal . Existencial . Numeral . Relativo . Interrogativo

. Verbo: . Principal . Copulativo . Auxiliar

Advérbio: . De negação . De afirmação . De quantidade e grau . De inclusão e exclusão . Relativo . Interrogativo . De predicado . De frase . Conetivo

. Conjunção/locução conjuncional: . Coordenativa . Subordinativa

. Preposição/locução prepositiva . Interjeição

Processos Morfológicos de Formação Regular de Palavras . Flexão Designa o processo que se aplica apenas às palavras variáveis, permitindo especificar as suas propriedades morfossintáticas e morfossemânticas (número, tempo, modo, etc.).

. Flexão nominal e adjetival - aplica-se aos nomes e adjetivos, podendo também incidir em determinantes, quantificadores e pronomes. . Flexão de número - permite distinguir o singular do plural. Enquanto o singular não possui qualquer afixo, o plural é realizado pelo sufixo –s. [Pé (singular), pés (plural)] . Flexão de género - permite distinguir o masculino do feminino. [Aluno, aluna] . Flexão em grau - permite estabelecer uma gradação no significado de alguns nomes e adjetivos. [Carro, carrinho, carrão] . Flexão de caso - permite identificar as funções sintáticas dos pronomes pessoais.

. Flexão verbal - os verbos flexionam em tempo, modo, pessoa e número. Apresentam-se no quadro abaixo os sufixos flexionais de tempo (T), modo (M), pessoa (P) e número (N).

Modo

Indica tivo

Temp o

Sufixo TM (Temp o e Modo)

Prese nte

Amálgama1

Pretér ito

Amálgama1

Sufixos PN (Pessoa e Número) Singular 1 ª

2 ª

Plural 3 ª

1 ª

2 ª



Perfei to

Conju ntivo

Pretér ito Imper feito

-va

s

m o s

i s

-m

Pretér ito maisqueperfei to

-ra

s

m o s

i s

-m

Prese nte

-e (1ª conjug ação)

s

m o

i s

-m

-a

s

-a (2ª e 3ª conj.) Pretér ito Imper feito

-sse

s

m o s

i s

-m

Futur o

-r / -re

s

m o s

d e s

-m

Infinitivo Pessoal

-r / -re

s

m o s

d e s

m

O presente e o pretérito perfeito do indicativo não possuem sufixos individuais de TM e PN, ocorrendo apenas um que reúne todas as informações, designado amálgama. . Derivação É o processo morfológico que permite a formação de novas palavras a partir de uma forma de base, podendo envolver a junção de um afixo. . Afixação

É o processo morfológico que associa uma afixo a uma base, permitindo formar novas palavras. Uma palavra formada por afixação resulta da junção de um afixo a uma base. [etern: eternizar ; fala : falador; clara: claramente]. Fazem parte da afixação os processo de: . Derivação por sufixação - processo de formação de palavras que consiste na junção de um afixo (sufixo) à direita da base. [(estudant)e - estudantil; (activ)o - activista; (gag)o - gaguejar] . Derivação por prefixação - processo de formação de palavras que consiste na junção de um afixo (prefixo) à esquerda da base. [gordura - anti-gordura; legal - ilegal; (lig)ar - desligar] . Derivação parassindética - processo de formação de palavras que consiste na junção simultânea de um prefixo e de um sufixo a uma base. [tronar des(tron)ar; patriar → ex(patri)ar; lisar - a(lis)ar]

. Derivação não-afixar Permite formar nomes a partir de verbos, mas, ao invés de se juntar um afixo, retira-se um segmento à base. [atacar - ataque; chorar - choro]

. Conversão É um processo de formação de palavras que não implica qualquer alteração formal, na medida em que apenas se procede à alteração da classe de palavra. [O comer e o coçar vão do começar.]

. Composição Designa o processo morfológico de formação de palavras que associa duas ou mais formas de base.

. Composição morfológica Resulta da associação de dois ou mais radicais, ligados entre si por meio de uma vogal de ligação (i ou o), podendo ocorrer um hífen entre os radicais. À forma composta atribui-se o nome de composto morfológico. [lus(o)-(descendente); fot(o)grafia, queim(ó)dromo]

. Composição morfossintática

Designa o processo de composição que associas duas ou mais palavras. [atorencenador; governo-sombra; surdo-mudo; guarda-roupa]

Processos irregulares de formação de palavras O léxico de uma língua pode ser alargado através do recurso a processos irregulares de formação de palavras, permitindo assim a criação de neologismos → novos conceitos ou realidades, podendo ser de natureza formal (amálgama, sigla, acronímia, onomatopeia e truncação) ou semântica (extensão semântica e empréstimo). . Extensão Semântica Processo que ocorre quando são atribuídos novos sentidos a uma unidade lexical já existente. [Não embarco nessas ideias! → o verbo embarcar começou por significar “entrar numa embarcação”, mas, por extensão semântica, também passou a ter o sentido de “aderir, aceitar”] . Empréstimo Processo que resulta da apropriação de uma unidade lexical de outra língua. [gabardina (do francês); piza (do italiano)] . Amálgama Processo de criação de palavras que resulta da junção de partes de duas ou mais unidades lexicais. [informática (informação+automática)]

. Sigla Unidade resultante da junção das iniciais de um grupo de palavras, que são pronunciadas individualmente. [PSP (Polícia de Segurança Pública)] . Acrónimo Unidade lexical resultante da junção das letras ou sílabas iniciais de um conjunto de palavras, sendo pronunciada como uma palavra. [sida, nato, onu] . Onomatopeia Unidade lexical resultante da imitação de um som natural. [fru-fru, tique-taque] . Truncação Processo de criação lexical que resulta da supressão de uma parte da palavra. [disco (discoteca), Alex (Alexandre)]

Significação lexical

O significado de uma unidade é lexical sempre que refere entidades do mundo, podendo ser denotativo ou conotativo.

. Denotação Parte objetiva do significado lexical, podendo ser analisada fora do discurso, uma vez que é literal e estável. “A chave da porta desapareceu.” - o sentido denotativo de chave é: instrumento metálico destinado a abrir portas

. Conotação Parte subjetiva, instável do significado lexical que se atualiza em sentidos secundários ancorados ao sentido denotativo da unidade lexical. “Precisas de te concentrar para encontrares a chave do teu problema.” - um dos sentidos conotativos de chave é: solução

. Monossemia Caraterística semântica de unidades lexicais que apenas possuem um único significado em todos os contextos. É frequente nos termos de linguagens especializadas [“telefone; estetoscópio”].

. Polissemia Caraterística semântica da maior parte das unidades lexicais que possuem vários significados, relacionados entre si [borracho - pombo novo; bonito; bêbado].

Relações Semânticas entre Palavras Atendendo ao seu significado, as palavras podem estabelecer entre si diferentes tipos de relações. Estas relações assumem particular relevância na construção da coesão textual, já que representam um contributo indispensável para a unidade semântica do conjunto (enunciado/texto) a que pertencem.

Relações de Semelhança – Sinonímia Existe sinonímia quando a substituição de um item lexical por outro não altera o significado do enunciado:

. Sinonímia total - quando as unidades lexicais têm o mesmo significado em todos os contextos linguísticos no mesmo registo. · Sinonímia parcial - quando as unidades lexicais têm o mesmo significado em muitos contextos, mas não em todos, não sendo, portanto, substituíveis entre si em todos os enunciados.

Morrer e falecer não podem ser usados em todos os contextos: Morrer de susto - Falecer de susto [X] O doente faleceu - A planta faleceu [X]

Relações de Oposição – Antonímia A antonímia é a relação de oposição que se estabelece entre o significado de duas ou mais unidades lexicais. [gordo – magro]

Relações de Hierarquia São estabelecidas através de hiperónimos e hipónimos. . Hiperonímia - relação hierárquica de inclusão de significado entre duas unidades lexicais, em que o significado do hiperónimo (por ser mais geral) inclui o dos hipónimos; · Hiponímia - relação hierárquica de inclusão de significado entre duas unidades lexicais, em que o significado do hipónimo (por ser mais específico) é incluído no do hiperónimo. [Flor (hiperónimo): cravo, rosa, lírio, jarro, malmequer, etc. (hipónimos)]

Relações de Parte-Todo São estabelecidas através do recurso a holónimos e merónimos. . Holonímia - relação de inclusão semântica entre duas unidades lexicais, em que o significado de uma (o holónimo) é considerado um todo cujas partes constituintes são os merónimos. · Meronímia - relação de hierarquia semântica entre duas unidades lexicais, em que o significado de um (o merónimo) corresponde a uma parte constituinte da outra (holónimo). [Computador (holónimo): teclado, monitor, rato, etc. (merónimos)]

As relações de hiperonímia – hiponímia distinguem-se das de holonímia – meronímia, na medida em que as primeiras equivalem a uma relação de ser, enquanto as segundas se definem como uma relação de ter. Baleia (hipónimo) é um mamífero (hiperónimo). Barco (holónimo) tem vela, leme, convés… (merónimos).

Estrutura Lexical . Campo Lexical - conjunto de unidades lexicais que se referem ao mesmo domínio conceptual. Calças, saia, camisola, camisa, vestido, etc. → pertencem ao mesmo campo lexical: vestuário. . Campo semântico - conjunto de sentidos que uma unidade linguística pode atualizar nos diferentes contextos em que pode ocorrer. Campos semânticos de bola e neve: bola de futebol, bola de neve, vela do barco, vela do carro, etc. Figuras de Estilo . A nível fónico - incidem nas propriedades fonéticas das palavras selecionadas pelo seu autor, que procura assim criar efeitos estético-expressivos através dos sons, conferindo ritmo e musicalidade ao texto. . Aliteração - repetição intencional de sons consonânticos [consoantes] em palavras sucessivas ou próximas. O vento vago voltou

. Assonância - repetição intencional dos mesmos sons vocálicos em palavras sucessivas ou próximas. À tona de águas paradas

· A nível sintático - resultam da criação de efeitos estéticos e expressivos através de recursos sintáticos e morfológicos

. Anáfora - repetição sucessiva de uma palavra ou expressão no início de frases ou versos.

É urgente o amor. É urgente um barco no mar. É urgente destruir certas palavras, ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas.

. Anacoluto - interrupção brusca da construção sintática inicial da frase, resultante de uma mudança inesperada do pensamento. Ó senhor doutor. O senhor vai ver que o Alentejo… Eu tenho aí uma herdade, havemos de lá ir.

. Anástrofe - alteração da ordem direta da frase devido à anteposição de um complemento ou à deslocação de uma palavra. Às horas em que um frio vento passa.

. Assíndeto - omissão da partícula de ligação entre palavras ou frases, que passam a estar separadas através de vírgulas E aos meus olhos saqueados é como se a cidade ardesse, uma cidade fantástica, aberta de quarteirões, de praças, de sonhos.

. Epanadiplose - repetição da mesma palavra ou expressão no início e no final de um verso ou de uma frase. Noite igual por dentro ao silêncio, Noite Com as estrelas lantejoulas rápidas No teu vestido franjado de Infinito.

. Epanalepse - repetição da mesma palavra ou expressão em vários momentos de um texto, relativamente próximos. Amei a mulher, amei a terra, amei o mar.

. Epífora - repetição da mesma palavra ou expressão no final de versos ou de frases sucessivas. Não sou nada. Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

. Enumeração - apresentação sucessiva de elementos. Mas o melhor do mundo são as crianças, Flores, música, o luar e o sol.

. Gradação -

sucessão de elementos que se apresentam segundo uma ordem

significativa, positiva ou negativa, de modo a destacar uma evolução ascendente ou descendente. A minha vida é um avental que se soltou. É uma onda que se alevantou. É um átomo a mais que se animou…

. Hipérbato - separação de palavras que pertencem ao mesmo grupo sintático; transposição da ordem normal das palavras de uma oração As inquietas ondas apartando. [apartando as ondas inquietas]

. Paralelismo de construção - repetição da estrutura frásica para memorizar ou destacar ideias Três vezes do leme as mãos ergueu, Três vezes ao leme as reprendeu.

. Polissíndeto - repetição do elemento de ligação entre frases ou palavras E com as mãos e os pés E com o nariz e a boca.

A nível interpretativo: . Alegoria - representação física de ideias, realidades abstratas, obtida através de um conjunto de imagens, de comparações, de metáforas, de personificações ou de animismos. Normalmente concretizada através de seres animados. O polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha,

parece a mesma brandura, a mesma mansidão. [Neste excerto, a figura do polvo é a representação física de ideias como a hipocrisia e a traição.]

. Animismo -

atribuição de propriedades anímicas a seres ou realidades

inanimados. Não se confunde com a personificação na medida em que as propriedades atribuídas não são humanas. Um vento selvagem, sem cabresto, cavalgava pelas ruas.

. Antítese

- apresentação de dois conceitos opostos para realçar o seu

contraste. Julguei que isto era o fim e afinal é o princípio.

. Antonomásia - substituição de um nome próprio por uma palavra ou expressão que o designem de modo inconfundível. Cessem do sábio grego e do Troiano.

. Apóstrofe/invocação - interpelação, chamamento de alguém ou de algo personificado Ó céu! Ó campo! Ó canção!

. Comparação - relação de semelhança entre duas ideias usando uma partícula comparativa ou verbos como «parecer», «assemelhar-se», etc. O meu olhar é nítido como um girassol.

. Disfemismo -

apresentação, de forma violenta, de uma ideia que pode ser

expressa de forma suave. Cheiro que não ofende estes narizes, habituados, que estão ao churrasco do auto-de-fé.

. Eufemismo - expressão, de uma ideia chocante, de uma forma suave. Quando a fogueira se apagar tens de te ir embora [= morrer].

. Hipálage - transferência de caraterísticas de uma realidade para outra com a qual está relacionada. Nós fumámos um preguiçoso charuto no jardim.

. Hipérbole - exagero da realidade. Corre um rio sem fim.

. Ironia - afirmação que pretende sugerir ou insinuar o contrário;

. Metáfora - comparação de dois conceitos sem utilização da partícula comparativa. Numa onda de alegria.

. Metonímia - utilização de um vocábulo em vez de outro, com o qual tem uma relação de contiguidade. Estou a estudar Camões.

.

Oximoro -

expressão

que

inclui

contradição,

revelando

assim

a

sua

complexidade. São coisas vestindo nadas.

. Perífrase - utilização de muitas palavras para dizer o que pode ser expresso por poucas. Pelo neto gentil do velho Atlante [= Mercúrio]

. Personificação - atribuição de caraterísticas humanas a seres inanimados ou a animais. Quando uma nuvem passa a mão por cima da luz.

. Pleonasmo - utilização de duas palavras ou expressões que significam o mesmo, tendo geralmente valor de insistência. Vi, claramente visto, o lume vivo.

. Sinestesia - expressão simultânea de sensações diferentes. Brancura quente da calçada. Noções de Versificação Verso Entende-se por verso cada uma das linhas de um poema. . Ritmo - efeito sonoro produzido intencionalmente pela alternância entre sílabas tónicas (acentuadas) e sílabas átonas (não acentuadas). Ao conjunto das sílabas acentuadas presentes num verso atribui-se a designação de acento rítmico. · Metro/métrica – medida poética que corresponde ao número de sílabas métricas de um verso. A contagem do número de sílabas métricas: . É efetuada apenas até à sílaba tónica (sílaba acentuada) da última palavra do verso; . Procede-se normalmente à junção das vogais átonas finais quando a palavra seguinte é iniciada por vogal.

EX: «Mu/dam/-se os/tem/pos/, mu/dam/-se as/von/ta/des.» 1

2

3

4

(última sílaba métrica)

5 (elisão)

6

7 (elisão)

Classificação dos versos quando à métrica: . Monossílabo – uma sílaba . Dissílabo – duas sílabas . Trissílabo – três sílabas . Tetrassílabo – quatro sílabas . Pentassílabo/redondilha menor – cinco sílabas . Hexassílabo – seis sílabas . Heptassílabo/redondilha maior – sete sílabas . Octossílabo – oito sílabas . Eneassílabo – nove sílabas . Decassílabo – dez sílabas . Hendecassílabo – onze sílabas . Dodecassílabo – doze sílabas

8

9

10

Rima Rima é a correspondência dos mesmos sons.

Classificação da rima: . Em função da correspondência de sons: . Rima consoante/perfeita - correspondência total de sons (consoantes e vogais) a partir da última sílaba tónica. Cruel como os Assírios Lânguido como os Persas, Entre estrelas e círios Cristão só nas conversas.

. Rima toante/imperfeita - existe apenas uma correspondência de sons vocálicos a partir da última sílaba tónica. Veio pela encosta um monte E a rir de modo a ouvir-se de longe.

. Em função da natureza gramatical das palavras que rimam: . Rima rica - incide em unidades pertencentes a classes de palavras diferentes. . Rima pobre - incide em unidades pertencentes à mesma classe de palavras.

. Em função do esquema rimático (combinações de rima): . Rima cruzada- a b a b . Rima emparelhada - a a b b . Rima interpolada - a b b a ou a b c a . Rima encadeada - última palavra de um verso rima com o meio do verso seguinte. E há nevoentos desencantos Dos encantos dos pensamentos. . Rima interior - uma das palavras (ou ambas) que rima encontra-se no interior do verso. E eu na alma – tenho a calma.

Estrofe Classificação da estrofe em função do número de versos: . Monóstico – um verso . Dístico ou parelha – dois versos . Terceto – três versos . Quadra – quatro versos . Quintilha – cinco versos . Sextilha – seis versos . Oitava – oito versos . Novena – nove versos . Décima – dez versos

Deíticos: Palavra importada do grego antigo com o significado “ato de mostrar”. Os deíticos são elementos linguísticos que indicam o lugar (aqui) ou o tempo (agora) em que um enunciado é produzido e também indicam os sujeitos da enunciação (eu/tu). a) Deíticos pessoais (que designam as pessoas da interação) - Pronomes pessoais relativos à 1ª e 2ª pessoa. Ex: Eu, Tu. - Pronomes e determinantes possessivos. Ex: Meus, Minhas, Teu, Tua. - Vocativos. Ex: Eu acho que vou à praia. E tu? b) Deíticos temporais - Advérbios de tempo. Ex: Depois, Agora, Ontem. - Tempos verbais (Presente, Pretérito ou Futuro). Ex: Hoje ainda não preguei olho.

c) Deíticos espaciais - Advérbios de lugar. Ex: Aqui, Ali, Acolá. - Determinantes e pronomes demostrativos. Ex: Este, Esse, Aquele. - Verbos de movimento (que indicam aproximação e afastamento). Ir/vir; trazer/levar; chegar/partir Ex: Este saco é teu? E aquele também é?

Verbos

Futur o

Presente Indicativ o

Presente Conjuntiv o

Terei

Passa

Fitemos

Lembrar -(te)-às

Estamos

Pensemos

Ser(me)-às

Passamos

(des)enlacemo s

Gerúndi o

Infinitiv o Pessoal

Pretérito Imperfeit o Indicativ o

Pretérito Perfeito Indicativ o

Iria

Ouvindo

Se…levares

Podíamos

Fomos

Correria

Vendo

Condicion al

Pensando

Aprendamos Gozemos

Modos Verbais Há formas verbais finitas e não finitas. Não finitas: . Infinitivas . Participais . Gerúndios Verbos defectivos – não se encontram em todas as formas verbais; são de conjugação incompleta (banis, demolir, florir, florescer).

Verbos impessoais – encontram-se apenas no infinitivo e na 3ª pessoa do singular (chover, trovejar, etc). Verbos unipessoais – encontram-se apenas na 3ª pessoa do singular e do plural. (miar, ganir…). Verbos principais – (podem ser intransitivos; Transitivos – directo, indirecto, directo e indirecto, Transitivo – predicativo). Verbos auxiliares – auxiliam os verbos principais Verbos copuladores – ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer, pedem o predicativo do sujeito.

Indicativo – Exprime factos, certezas, e verdades intemporais Subjuntivo - Exprime uma dúvida, uma possibilidade ou um desejo. Imperativo - Exprime uma ordem, um pedido ou um conselho. Conjuntivo – Exprime eventualidade, hipótese, possibilidades, duvida, ordem (com sentido de imperativo), vontade, desejo. Condicional – Exprime possibilidade perante uma condição. Infinitivo – Representação vaga.

1-Aquisição - Adquirir 2-Contenção - Conter 3-Rescisão - Rescindir 4-Adesão - Aderir 5-Detenção - Deter 6-Assunção - Assumir 7-Conexão - Conectar 8-Intromissão - Intrometer 9-Reclusão - Recluir 10-Devolução - Devolver 11-Inquisição - Inquirir

41-Omissão - Omitir 42-Intuição - Intuir 43-Fusão - Fundir 44-Sedução - Seduzir 45-Reflexão - Reflectir 46-Transacção - Transaccionar 47-Comunhão - Comungar 48-Dissensão - Dissentir 49-Convicção - Convencer 50-Retracção - Retrair 51-Opressão - Oprimir

12-Gestão - Gerir

52-Isenção - Isentar

13-Intercepção - Interceptar

53-Concepção – Conceber

14-Ablução - Abluir

54-Interrupção - Interromper

15-Indução - Induzir

55-Agressão - Agredir

16-Concessão - Conceder

56-Incursão - Incorrer

17-Decepção - Decepcionar

57-Contradição - Contradizer

18-Remissão - Remitir

58-Evasão - Evadir

19-Absolvição - Absolver

59-Consecução - Conseguir

20-Redacção - Regir

60-Admissão - Admitir

21-Objecção - Objectar

61-Corrupção - Corromper

22-Intersecção - Intersectar

62-Alusão - Aludir

23-Absorção - Absorver

63-Perdição - Predizer

24-Deserção - Desertar

64-Sugestão - Sugerir

25-Suspensão - Suspender

65-Delação - Delatar

26-Inserção - Inserir

66-Resolução - Resolver

27-Dissuasão - Dissuadir

67-Inversão - Invertir

28-Unção - Ungir

68-Deposição - Depor

29-Tensão - Tencionar

69-Eclosão - Ecluir

30-Manutenção - Manter

70-Irrupção - Irromper

31-Infecção - Infectar

71-Cisão - Cindir

32-Aspensão - Aspergir

72-Abstenção - Abster

33-Remoção - Remover

73-Invasão - Invadir

34-Inflexão - Inflectir

74-Repreensão - Repreender

35-Liquefacção - Liquefazer

75-Tradução - Traduzir

36-Congestão - Congestionar

76-Promoção - Promover

37-Percussão - Percutir

77-Contracção - Contrair

38-Compunção - Compungir

78-Retrovecção - Retroverter

39-Repressão - Reprimir

79-Torrefacção - Torreficar

40-Flexão - Flectir

80-Antevisão - Antever

Adjectivos

O valor do adjectivo “Ela canta, pobre ceifeira.” (Adj.)

(nome)

Infeliz

“Ela é uma ceifeira pobre.” (nome)

(Adj)



Triste Inocente Desgraçada Sofredora € Sozinha

O adjectivo tem um valor

O adjectivo tem um

NÃO RESTRITIVO

valor RESTRITIVO

(vários significados)

(um só significado)

Advérbios O advérbio é uma palavra invariável que funciona frequentemente como modificador do grupo verbal ou de frase. Desempenha a função sintáctica de complemento oblíquo ou de predicativo do sujeito (pedido com o verbo copulativo ser, estar, parecer, ficar, continuar, permanecer). de predicado Lugar (locativo) – a baixo, a cima, aí, ali, aqui, cá, dentro, fora, longe, perto, atrás… Tempo (temporal) – ainda, hoje, ontem, amanha, cedo, tarde, nunca, jamais, logo… Modo – bem, mal, depressa, devagar, melhor, pior, amavelmente, e muitos outros terminados em -mente de frase Modo – certamente, efectivamente, (in)felizmente, francamente, possivelmente, provavelmente, talvez

conectivo Assim, contrariamente, consequentemente, contudo, depois, finalmente, nomeadamente, primeiramente, primeiro, segundo… negação Não de afirmação Sim de quantidade e grau Assaz, bastante, bem, demais, demasiado, demasiadamente, mais, menos, muito, pouco, quanto, tanto, tão… de inclusão Até, mesmo, também, inclusivamente… de exclusão Apenas, exclusivamente, salvo, senão, simplesmente, unicamente, só, somente interrogação Onde? Quando? Como? Porque? relativo Onde

Locuções Adverbiais (Têm a mesma função do advérbio mas são constituídas por mais do que uma palavra).

A custo

Ao largo

De pé

Pela manhã

À direita

As avessas

De perto

Por acaso

À distância

As escuras

De repente

Por ali

À esquerda

Com certeza

De tarde

Por aqui

À noite

Com efeito

De tempos a tempos

Por certo

À pressa

De bom grado

De vez em quando

Por norma

A sós

De cima

Em breve

Por cima

À tarde

De dia

Em cima

Por demais

À vontade

De forma alguma

Em geral

Por dentro

Ao acaso

De longe

Em vão

Por forra

Ao contrário

De manhã

Frente a frente

As vezes

Ao lado

De modo nenhum

Na verdade

Sem dúvida

Interjeições Interjectivas As interjeições são palavras geralmente invariáveis que servem para expressar sentimentos e emoções de uma forma espontânea. O valor das interjeições depende do contexto e da entoação. Geralmente, são acompanhadas de ponto de exclamação, na escrita, e de mímica e gestos, na oralidade.

Locuções Interjectivas

As locuções interjectivas são grupos de palavras que têm a mesma função emotiva que as interjeições Por exemplo :

Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim!

Valha-me Deus!

Que pena!

Graças a Deus!

Quem me dera!

Alto lá!

Caluda!

Muito bem!

Uau!

Ora bolas!

Locuções Prepositivas É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra dessas locuções é sempre uma preposição. Principais locuções prepositivas: Abaixo de

Atrás de

Fora de

Acerca de

Através de

Graças a

Acima de

À volta de

Junto a

A despeito de

Acerca de

Junto de

A fim de

Debaixo de

Longe de

À frente de

Dentro de

Para cima de

Além de

Depois de

Para com

Antes de

Diante de

Perto de

Ao lado de

Em cima de

Por baixo de

Ao pé de

Em frente de

Por causa de

Apesar de

Em volta de

Por cima de

A respeito de

Em vez de

Por entre

Preposições Prepositivas a

Contra

Para

Sobre

Ante

De

Perante

Trás

Após

Desde

Por

Até

Em

Sem

Com

Entre

Por vezes, as preposições aparecem contraídas. a + o(s) -> ao(s)

Em + o(s) -> no(s)

a+ aquele(s) -> àquele(s)

de + aí -> daí

a+ a(s) -> à(s)

em + a (s) -> na(s)

a+ aquela(s) -> àquela(s)

de + ali -> dali

de + o(s) -> do(s)

de + a(s) -> da(s)

por + o (s) -> pelo(s)

por + a (s) -> pela(s)

de + ele(s) -> dele(s)

de + ela(s) -> dela(s)

Campo lexical / Campo semântico Campo lexical de uma palavra é o conjunto de palavras que se relacionam com elas em termos de sentido (mas não são sinónimos nem palavras da mesma família). . Coração, sentimento, emoção, paixão, dor, agonia, sofrimento. Campo Semântico de uma palavra são os vários sentidos que uma mesma palavra pode ter quando inserida em contextos diferentes, . Ele sofre do coração. (órgão do corpo) . Ele é mesmo um coração de pedra. (Sem sentimento) . Não tens coração. (não tem sentimentos) . Quando ele lhe deu a notícia, caiu-lhe o coração aos pés. (ficou desalento/chocado) . Ela falou-lhe com o coração nas mãos. (sinceridade) . Ele não consegue impor-se, é um coração mole. (sensível/sentimental) Denotação – é a linguagem caracterizada pelo uso de palavras no seu sentido próprio. “Dói-me o coração”. Conotação – é a linguagem caracterizada pelo uso de palavras no seu sentido figurado ou metafórico. “Não tens coração.”

Exercício: Campo semântico de mão/mãos. . O Manuel tem uma ferida na mão. (parte do corpo) . Eles fazem mão-de-obra. (trabalho) . A Maria e o Zé deram um aperto de mão. (cumprimentar) . Ele trouxe mão de vaca do talho. (carne) . Tenho-te na mão. (chantagem) . A Maria é mão de vaca. (forreta) . Aquele carro estava em contra mão. (Sentido contrário) . Traz-me aquele carrinho de mão. (Instrumento de trabalho) . Meteu mãos à obra. (trabalho) . Ele meteu os pés pelas mãos. (atrapalhar) . Queres uma mãozinha? (Ajuda) . És um mãos de manteiga. (Atrapalhar) . Pedir a mão em casamento. (pedido) . Mão na cara. (estalada) . Mãos de princesa. /Mãos de fada. (delicada) . Mais vale um pássaro na mão que dois a voar. (não perder oportunidade) . Tens umas mãos de ouro. (pessoa com jeito) . Damos a mão, querem logo o braço. (oportunismo) . Dá-me a tua mão amiga. (Ajuda) . Por a mão na massa. (roubar) . A ajuda de berço é uma mão amiga. (Apoio) . Tens a mão pesada. (Estalada) . Soube a notícia de antemão. (antecipadamente) . Sou um mãos largas. (generoso) . Recebeste o prémio de mão beijada. (facilmente) . Foi mão de Deus (milagre) . Comprei um carro em segunda mão. . Ele não tem mão no filho. (controlo) . Levo já este livro que é o que está mais à mão.

. Ele é um mão de ferro. (poder) . Mão cheia. (grande oportunidade) . Noticia em primeira mão. (primeiro a dizer)

Morfologia Classes abertas

Classes fechadas

Engloba um número ilimitado de

Limitada a um número pequeno de

palavras que vai aumentando com a

palavras a que muito raramente se

evolução da língua.

acrescentam novos vocábulos.

· Nomes

· Preposições

· Adjectivos

· Conjunções

· Verbos

· Advérbios

· Interjeições

· Determinantes · Quantificadores · Pronomes

A Frase complexa Orações coordenadas . Copulativas (exprimem a ideia de adição) O João comeu o bolo Oração Coordenada

conj. coord. copulativa

e

bebeu o sumo.

oração coordenada copulativa

. Adversativas (exprimem contradição/oposição) O João comeu o bolo mas não bebeu o sumo. . Disjuntivas (apresenta alternativa) O João comeu o bolo ou bebeu o sumo. . Explicativas (apresenta uma explicação) Fui ao médico pois estava com gripe.

. Conclusivas (exprimem conclusão) O João comeu o bolo logo não tem fome.

Conjunções Coordenativas

Locuções Coordenativas

Não só…mas também/como também,

Copulativas

E, nem, também

Tanto…como, nem...nem

Apesar disso , no entanto, ainda

Adversativas

Mas, porém, todavia, contudo

assim, não obstante, de outra sorte

Ou

Ou…ou, já…já, ora…ora, quer…quer,

Disjuntivas

seja…seja, seja…ou

Conclusivas

Logo, pois, portanto, assim

Por conseguinte, por consequência, por isso

Explicativas

pois

Orações subordinadas . Substantivas Completivas (integrantes) Sinto Oração Subordinante

que vai chover.

oração subordinada substantiva completiva

Relativas sem antecedente Quem vai ao mar, Subordinada substantiva relativa sem antecedente

. Adjectivas Relativas com antecedente restritivas

perde o lugar.

Subordinante

Os bolos

que estavam estragados

foram para o lixo.

(Só os bolos que estavam estragados) Subordinada adjectiva relativa com antecedente restritiva

Subordinante

Relativas com antecedente explicativas Os bolos

,que estavam estragados,

foram para o lixo.

(Todos os bolos estavam estragados) Subordinada adjectiva relativa com antecedente explicativa

Subordinante

. Adverbiais Temporais Fico em casa enquanto estiver doente. Subordinante

Subordinada adverbial temporal

Finais Estudo Subordinante

para ser bom aluno.

Subordinada adverbial final

Causais Estudo Subordinante

porque quero passar de ano. Subordinada adverbial causal

Comparativas Ele come Subordinante

como se não comesse há um ano. Subordinada adverbial comparativa

Consecutivas Ele comeu tanto Subordinante

que ficou maldisposto.

Subordinada adverbial consecutiva (consequência)

Concessivas Ele comeu muito Subordinante

embora não tivesse fome.

Subordinada adverbial concessiva (contradição)

Condicionais Ele comeria Subordinante

se tivesse fome.

Subordinada adverbial condicional

Conjunções subordinativas Completivas

Temporais

Que, se, … Conjunções subordinativas adverbiais

Locuções subordinativas adverbiais

Quando, enquanto, apenas, mal,

Até que, à medida que, antes

que (= desde que)

que, logo que, sempre que, assim que, desde que, …

Finais Causais Comparativas

Que (= para que)

Para que, a fim de que, …

Porque, pois, porquanto, como,

Pois que, já que, visto que, por

que (= porque)

isso que, por isso mesmo que, …

Como, conforme, consoante,

Assim como, bem como, que

segundo, que

nem, mais…do que, tão…como, tal qual, …

Consecutivas Concessivas

Que (antecedido de tal, tanto, de

De maneira que, de sorte que, de

tal maneira, de tal modo, tão)

modo que, …

Embora, conquanto, que

Apesar de que, ainda que, posto que, se bem que, mesmo que, por mais que, …

Condicionais

Se, caso (= se)

A menos que, contanto que, desde que, no caso de que, salvo se, excepto se, sem que, …

Orações não finitas: . Infinitivas (o verbo encontra-se no infinitivo) . Gerundivas (o verbo encontra-se no gerúndio) . Participiais (o verbo encontra-se no particípio passado)

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