Goétia e a Evocação de Demônios - Cuidados
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Goétia e a evocação de demônios
A Goétia é um conjunto de técnicas e procedimentos cerimoniais que visam evocar demônios para que eles obedeçam ao magista. Por meio dessas técnicas o magista se utiliza do demônio sem que este exerça influência sobre o magista. Para isso, são utilizados uma série de selos e chaves de proteção, todas explicadas, ensinadas e detalhadas na Goétia. Uma vez que esses seres, ou melhor, alguns desses seres, aparecem nos mais diversos segmentos relacionados ao Ocultismo, é importante que se tenha ao menos um estudo e conhecimento básico sobre o assunto. Ninguém sabe ao certo qual a origem da Goétia, alguns dizem que ele foi entregue pelos Anjos para o rei bíblico Salomão. Mas fontes mais coerentes dizem que tal grimório foi escrito na Idade Média, por um magista que desenvolveu o sistema e registrou alguns de seus contatos com entidades capazes de atendê-lo por ele. Para popularizar o sistema sem ter problemas com a Inquisição Católica, o autor original teria nomeado o grimório de Chave de Salomão, esquivando-se da fama de demonólatra e popularizando o livro com o nome de um personagem histórico (prática comum na Idade Média). Na Goétia são utilizadas duas técnicas bastante comuns no Ocultismo: a evocação e a invocação. Sim, há uma diferença entre INvocação e Evocação: Invocação - quando alguém "invoca", ele chama, ou intima, uma forma de energia universal para dentro de si mesmo ou para dentro do círculo dentro do qual ele está operando. Evocação - quando alguém "evoca", chama algo a comparecer à sua frente, muitas vezes forçadamente. Continuando, a Goétia é uma prática mágica que se dedica exclusivamente a evocação de 72 demônios(olha só que coincidência, 66 + 6 = 72). A principal característica da Goétia, é que os praticantes desse segmento consideram os seres ali registrados não como demônios, mas sim como deuses e que seriam até benéficos.
Alguns até acham que os espirítos da Goétia eram divindades de tempos passados, e outros dizem que esses espirítos já foram pessoas como nós, que andaram pela Terra. Os praticantes da Goétia consideram olhar esses seres como demônios uma forma de preconceito. Apesar disso, muitos ainda consideram esses seres demônios e apenas entram em contato por considerá-los entidades malignas, com o intuito de mandar maldições e coisas do tipo. Uma coisa interessante é que cada um dos seres da Goétia comanda e tem influência sobre algo específico. Furcas, por exemplo, "(...)ensina as artes da filosofia, astrologia, retórica, lógica, priomancia, em todas suas partes e perfeitamente." Para o praticante da Goétia, esses seres deveriam ser evocados para o aprendizado dessas artes. Assim, o magista escolhe um desses seres específicos para contato direto por afinidades que tem com ele. Cada um desses seres Goéticos possui uma forma diferente, e cada um deles possui um "selo", uma marca que o identifica e que é utilizada para chamá-lo. O conceito dos selos é algo interessante, uma vez que é um símbolo que identifica um espírito. Os rituais Goéticos sao muito complexos, e utilizam-se de uma série de instrumentos mágicos, selos e chaves...
Montagem Básica de um Ritual Goético O sistema de invocação é simples, embora construído de uma maneira complexa. Entre seus elementos mínimos temos: a Varinha, o Círculo Mágico, o Triângulo, o Selo, o Hexagrama, o Pentagrama e o Disco de Salomão. Varinha – Ferramenta da vontade manifesta do magista; Círculo Mágico – Onde ficará o adepto protegido de qualquer influência externa; Triângulo – É o local destinado a manifestação do espírito invocado, que lá estará contido e sob as ordens do mago; Selo do Espírito – Cada um dos 72 espíritos possui seu próprio selo, que será disposto no triângulo para a conjuração.; Hexagrama de Salomão e Pentagrama de Salomão – Usados na proteção do mago; Disco de Salomão - Usado em casos de emergência(nem queiram saber quais são). Ilustração de como é um ritual goético (ignorem a aparência do demônio e o retrato de Baphomet ao fundo):
O que leva as pessoas a invocar demônios? Na Idade Média, o que mais obcecava os meios religiosos cristãos era o poder do demônio. Esse foi o tempo do florescimento da demonologia como disciplina teológica, do exorcismo como prática religiosa e do satanismo como corrente mística individualizada. Seguindo a filosofia que citei acima, os magos desejavam o poder dos demônios por pensarem que ele era muito maior que o dos anjos para realizar seus desejos, uma vez que, aos anjos, não interessavam os fatos e objetos do mundo material. O que os magos buscavam era sempre algum elemento desse mundo, como poder, riqueza ou vingança. Por esse motivo, grande parte do material mágico escrito na época era relacionado a invocações de demônios e demonologia. Mesmo nos casos em que Deus era INvocado, o objetivo era obrigar os demonios a obedecer ao mago. Os anjos ficavam com as funções de proteger o mago, pois embora os magos desejassem usar as entidades demoníacas para atingir seus propósitos, tinham muito medo delas, pois consideravam que os demônios, com seu grande poder e maldade, poderiam arrastá-los para o pecado, arremessando-os em sofrimento eterno. Por esse motivo, os magos ocultavam-se atrás do poder de Deus para tentar proteger-se dos demônios que atraiam para junto de si.
Na prática o que faziam era repetirem orações e escreverem ao redor do circulo mágico muitos nomes pelos quais Deus é designado nas disciplinas judaico-cristãs, intimando assim os espirítos a respeitarem e obedecerem a esses nomes. Usavam o poder dos demonios para realizar seus desejos, e o poder de Deus e dos anjos para se protegerem dos demônios, podendo assim fazer o ritual sem que causassem consequências desastrosas, sem que precisassem... como dizem popularmente hoje em dia... vender suas almas. Daí vemos o porque, mesmo nos rituais que visam evocar demônios, vemos os nomes de anjos, de Deus e de tantos outros seres celestiais utilizados nos circulos mágicos e evocações. A Goétia então é basicamente isso: - INvoca-se Deus e os anjos; - e Evoca-se os demônios;
E então Revelador, vai nos ensinar como fazer o Ritual? Não. A Goétia parece algo muito fácil e trânquilo, mas não é. Por exemplo: você tem um demônio preso a um triângulo, enquanto você está protegido por uma tonelada de proteções em um círculo mágico. Você ordena, ele não tem opções e obedece. Se demora ou recusa-se, você o coage por medo, dor ou negociação a fazê-lo. Até aí parece tudo lindo, perfeito e maravilhoso. Só parece. A maioria dos magista se esquece que ao sair do círculo, do local selado e protegido, a entidade pode ter armado um belo de um golpe para eles. E é justamente nessas horas em que as ofensas proferidas aos espíritos são cobradas, e a dor devolvida. Há relatos de gente que acabou enlouquecendo ou morrendo em rituais Goéticos. Na maioria das vezes, pessoas que fazem o ritual por fazer, sem o minímo de preparação e sem pesquisar sobre o assunto. Há uma coisa que vocês tem de entender: a Goétia só funciona do modo desejado se você acreditar nessas coisas. Uma coisa é você fazer o ritual por fazer, pra ver se vai dar certo mesmo, outra coisa é você fazer o ritual por realmente acreditar que aquilo vá dar certo.
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