geopolítica classica e comtemporanea
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Aula 4 - A evolução do pensamento pensamento em Geopolítica Geopolítica 2.1. Clássica 2.2. Contemporânea ou Nova Geografia Política 2a. Fase = de 1945 até os anos 1970. • Guerra Fria (1946 a 1991) - é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Em resumo, foi um conflito de ordem política, militar, tecnológica, econômica, social e ideológica entre as duas nações e suas zonas de influência. 2a. Fase = de 1945 até os anos 1970. • As origens da Guerra Fria podem ser encontradas no final da Primeira Guerra
Mundial quando, na Rússia, ocorreu a Revolução Socialista, e os Estados Unidos despontavam como grande potência • O primeiro confronto declarado
entre Estados Unidos e União Soviética ocorreu na Guerra da Coréia (19501953), quando a Coréia do Norte, com ajuda soviética, invadiu a Coréia do Sul, apoiada pelos EUA. 2a. Fase = de 1945 até os anos 1970. • Em 1953, com o término da guerra, a Coréia permaneceu dividida entre o
Norte e o Sul, mantendo as influências soviética e norte-americana, respectivamente. • Na segunda metade da década de 1950, os Estados Unidos
e a União Soviética, com o domínio da energia nuclear (produção de armas atômicas), iniciaram uma fase de coexistência pacífica, entremeada por algumas crises, mas que não levaram a um conflito direto entre as duas grandes potências que dominaram o mundo até o in ício da década de 1990. 2a. Fase = de 1945 até os anos 1970. • Corrida armamentista - processo no qual um país fabríca armas, em meio a tempos de guerra, para vender e para uso próprio, porém não precisa investir necessariamente em armas, um exemplo é a corrida c orrida armamentista da guerra fria, na qual dois países, Estados Unidos e União Soviética, disputavam poder tanto em armas quanto em tecnologia diversificada, como por exemplo foguetes. Enquanto um país fabricava um foguete para chegar à Lua, o outro preparava outro foguete, melhor, para levar um homem à Lua, como ocorreu durante a guerra fria. http://www.geografiaparatodos.com.br/img/img05.jpg 1949 é criada a OTAN (Organização ( Organização do Tratado do Atlântico Norte), 1955 foi firmado o Pacto de Varsóvia
Vanderson G. N. Battestin Geopolítica Clássica Trabalho realizado a fim de obteção de nota Para a disciplina de Geografia, direcionado ao Professor Vanderson G. N. Battestin da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Camila Motta Alfredo Chaves – ES Abril de 2012 Índice Introdução..........................................................................................................03 A Geopolítica – Um Breve Histórico..................................................................04 Rudolf Kjellén (1864-1922) ...............................................................................04 Autores Geopolíticos Clássicos.........................................................................04 1 - Rudolf KJELLÉN (1864-1922) ...............................................................04 2 - Alfred MAHAN (1840-1914) ..................................................................05 3. - Halford MACKINDER (1861-1947) .......................................................05 4. Karl HAUSHOFER (1869-1946) .............................................................06 A revista Zeitschrft für Geopolitik com freqüência repercutia as idéias de “raça [ariana] superior” ...............................................................................................06
O que há de comum nos geopolíticos clássicos (Kjellén, Mahan, Mackinder, Haushofer e outros)? ........................................................................................09 As Geopolíticas Clássicas.................................................................................09 Teorias Geopolíticas Clássicas ........................................................................13 Conclusão..........................................................................................................14 Bibliografia.........................................................................................................15 Anexos...............................................................................................................16 Introdução A evolução dos conflitos étnicos, sociais e políticos do mundo contemporâneo questionam o processo de globalização, simbolizados pelas redes de interligação entre vários países e pela movimentação contínua de capitais, mercadorias e informações. Para compreender os acontecimentos desse mundo dito “globalizado”, se faz
necessário um estudo das relações entre política e territór io, independentemente da escala onde ocorrem os conflitos, pois repercutem no mundo inteiro e atingem toda população. Nesse contexto, a Geografia, Geografia Política e a Geopolítica são de extrema importância. Diversos estudiosos enfrentaram a complexidade dessas disciplinas e contribuíram significativamente para a compreensão de seus conceitos. Neste trabalho abordaremos sobre a Geopolítica e suas características além dos seus principais autores que tiveram um grande influência nesse período. A Geopolítica – Um Breve Histórico Esse termo nasceu com o jurista e professor universitário sueco Rudolf Kjellén, em 1905, como uma proposta de divisão da política, como um ramo da ciência do Estado ou ciência política. Kjellén na verdade propôs várias disciplinas
(Demopolítica, Ecopolítica, Cratopolítica, Sociopolítica...), mas só a Geopolítica ganhou repercussão e teve continuidade. Rudolf Kjellén (1864-1922) Foi quem cunhou o termo geopolítica em 1899 ou 1905. Ao pretender renovar a ciência política e inserir o nacionalismo como um de seus modos de manifestação, vislumbrou quatro elementos como elaboradores do Estado: território, economia, sociedade e governo. A política t eria cinco “dedos” ou
estudos: a geopolítica (território), a demopolítica (povo, raças), a ecopolítica (atividade econômica e política), a sociopolítica (sociedade) e a cratopolítica (governo). Autores Geopolíticos Clássicos 1 - Rudolf KJELLÉN (1864-1922) * Criador do conceito, num artigo publicado numa revista jurídica sueca: As grandes potências (1905). * Posteriormente, num livro – O Estado como forma de vida (1916) – ele define a geopolítica como “a ciência do Estado como organismo geográfico”.
* Kjellén foi professor de Ciência Política e Teoria do Estado nas universidades de Uppsalla e Guthemburg. Foi também parlamentar (deputado) em dois mandatos: 1905-8 e 1911-17. Leitor de Ratzel e político conservador, além de pan-germanista, Kjellén concebeu a geopolítica como um ramo da ciência política, vista como “ciência pragmática”, engajada no fortalecimento do Estado.
A geopolítica para Kjellén seria dividida em três partes: a Topolítica (situação geográfica, lage), a Morfopolítica (território, raum) e a Fisiopolítica (domínio = recursos naturais) 2 - Alfred MAHAN (1840-1914) Almirante e principal nome da estratégia naval, enfatizou o poder marítimo (marinha, controle dos mares ou das rotas de comércio); Obra principal: The influence of Sea Power upon History (1890). Influenciou a política externa e as forças armadas dos EUA no final do séc. XIX e início do XX (ex: Canal do Panamá); O almirante norte-americano Alfred T. Mahan, historiador naval e segundo diretor do United States Naval War College, apresentou seus conceitos na Teoria do Poder Marítimo. Analisando o progresso do poder marítimo de grandes potências e as batalhas da Inglaterra contra a França e Holanda, concluiu que o controle de áreas marítimas tinha papel decisivo em todas as guerras desde o século XVII “Aquele que comanda o mar, comanda todas as coisas”.
3. - Halford MACKINDER (1861-1947) Principal teórico da geopolítica clássica, via a Geografia como Pivot (base, sustentáculo) da História; Criou os conceitos de Heartland (terra-coração), World Island (ilha mundial) e outros, enfatizando o poderio terrestre (a guerra no solo, o exército, o controle de áreas geoestratégicas na Europa central); Principais obras: The Geographical Pivot of History (1905) e Democratic Ideals and Reality (1919).
Na configuração de cenários geopolíticos, Halford Mackinder, destacado geógrafo e estrategista britânico, foi o mais proeminente. Sua teoria política do pivô geográfico da história, mais conhecida como Teoria do Poder Terrestre, dividia o mundo em três grandes áreas: (1) a Ilha Mundial (Europa, Ásia e África), abrangendo a maior parte do Poder da terra; (2) as Ilhas do Exterior (Américas e Austrália); (3) a massa líquida (oceanos). Identificou ainda mais três regiões: a) uma área pivô, o Heartland, de grande valor estratégico, correspondendo à região eurasiana (abrigando a Europa Oriental, Rússia, Cazaquistão, Irã e Paquistão, entre outros); b). o Crescente Interior ou Marginal, compondo uma meia lua em torno da área pivô, compreendendo a Alemanha, a Áustria, a Turquia, Índia e a China; e c). o Crescente Exterior ou Insular, abrangendo Grã-Bretanha, sul da África, Austrália, EUA, Canadá e Japão. 4. Karl HAUSHOFER (1869-1946) Tornou-se o nome mais conhecido da geopolítica clássica, devido ao uso de suas idéias pela política expansionista da Alemanha nazista e pela revista Zeitschrft für Geopolitik, por ele editada entre 1924 a 44. A revista Zeitschrft für Geopolitik com freqüência repercutia as idéias de “raça [ariana] superior” Identificado com a idéia de Espaço vital ou “ Espaço é Poder”;
Uso de conceitos de Mahan e principalmente de Mackinder com vistas ao poderio alemão e uma (nova) ordem mundial ideal. A geopolítica alemã surgiu como uma reação ao Tratado de Versalhes, ou seja, à derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. Além disso, a coesão social obtida por Bismarck tinha sido rompida. A então República de Weimar conhecia uma acirrada luta de classes, com ameaças dos comunistas, da aristocracia conservadora e dos racistas nacionalistas. O desemprego era grande, e a inflação elevadíssima. Nesse contexto, general aposentado Haushofer fundou em Munique a Revista de Geopolítica, apregoando um desmanche no Tratado de Versalhes, uma restauração dos territórios perdidos e uma reconstrução da Alemanha que se tornaria numa potência mundial. Tudo apoiado em pretensas leis científicas e princípios geopolíticos. As pan-regiões, idealizadas seriam áreas que permitiriam a realização do ideal de uma nova ordem mundial. Discriminou quatro pan-regiões: 1. Pan-América, liderada pelos Estados Unidos, 2. Pan-Euráfrica, liderada pela Alemanha, 3. Pan-Rússia, liderada pela União Soviética, e 4. Pan-Ásia, liderada pelo Japão Os continuadores: o Rimland e a Teoria do Poder Aéreo Nicolas Spykman (1893-1943), a projeção polar (pólo norte) e a importância do Rimland (zona-tampão entre o poder terrestre e o marítimo) – preocupação com a segurança dos EUA no mundo bipolar; Douhet e Seversky e o poder aéreo pós Segunda Guerra Mundial Em 1942, o holandês naturalizado norte-americano Nicholas John SPYKMAN (1893-1943), apresentou sua teoria, considerando que a base geográfica de
um Estado exercia relevante influência em sua política externa. Para ele, as seguintes características influiriam, de forma direta, no planejamento estratégico e político: a extensão territorial, a densidade populacional, a organização econômica, os recursos naturais, a localização geográfica (em relação aos centros de poder, às zonas de conflito e às principais rotas oceânicas) e a inter-relação com outros Estados. Spykman contrapos ao princípio mackinderiano de controle do Heartland o princípio da contenção do Rimland (região das fímbrias = franja, orla), que abrangeria as faixas marginais e mediterrâneas da Eurásia. Compunha, desta forma, o acesso marítimo que integrava a Ilha Mundo em termos de poder marítimo. Por apresentar uma frente marítima e outra continental, o Rimland teria a possibilidade de realizar ações tanto ofensivas, como defensivas, por terra ou pelo mar. A política de segurança na Eurásia deveria adotar, portanto, o seguinte lema: “Quem controlar os espaços periféricos – o Rimland – , dominará a Eurásia; quem dominar a Eurásia, controlará os destinos do mundo”.
Utilizando como argumento o fator emocional em suas avaliações geopolíticas, o general italiano Giulio DOUHET (1869-1930) apresentou o bombardeio intenso dos centros vitais do inimigo e a ofensiva aérea como ações relevantes para abaixar o moral da população inimiga e, conseqüentemente, sua vontade de prosseguir lutando. Defendia que o poderio aéreo deveria decidir a guerra no futuro. “A arma aérea, a arma suprema, podia ela só ir romper sobre os inimigos e obter a decisão, atacando em massa os centros vitais do adversário”.
Para Douhet, o Exército e a Marinha não deveriam considerar a Aeronáutica somente como um meio auxiliar, mas verdadeiramente como uma terceira força armada. Com a sua teoria, surgiu o conceito de domínio do espaço aéreo, no qual a conquista do domínio do ar é um requisito indispensável para realizar, com vantagem, as operações de guerra no terreno e no mar. Alexander SEVERSKY (1894-1974), piloto naval russo, naturalizado norteamericano, deu continuidade aos estudos de Douhet e arquitetou uma força aérea independente das forças terrestres e navais, com aviões de grande raio de ação e bases de apoio nas costas próximas às principais rotas oceânicas. Sobre uma carta geográfica, de projeção azimutal eqüidistante e centrada no pólo Norte, Seversky dividiu o globo terrestre em duas grandes áreas de domínio aéreo: uma dos Estados Unidos e outra da União Soviética. A área de sobreposição dos dois domínios, que envolvia quase todo o hemisfério norte, foi denominada “área de decisão”. Segundo Seversky, para sua segurança, os
Estados Unidos deveriam manter o predomínio nessa área. O que há de comum nos geopolíticos clássicos (Kjellén, Mahan, Mackinder, Haushofer e outros)? 1. Ênfase no poderio militar, na guerra e na(s) grande(s) potência(s) mundial(is); 2. Preocupações com o “seu” Estado nacional e com o fortalecimento dele;
3. Criação de idéias (ou melhor, projetos) estratégicas e pragmáticas que sempre têm o Estado como sujeito; 4. Visão geoestratégica do poder, ou seja, não diferenciação entre Geopolítica e Geoestratégia
As Geopolíticas Clássicas Segundo Becker (2009, p. 273), podemos definir o paradigma Geopolítico a partir do realismo, no campo das relações internacionais. Esse realismo pressupõe o Estado como unidade política básica do sistema internacional, cujo atributo principal é o poder, em suas dimensões predominantes de natureza militar ideológica e econômica; poder entendido como a capacidade de uma unidade política alterar o comportamento de outra no sentido de fazê-la comportar-se de acordo com seu interesse; e as unidades se relacionarem no sentido de otimizar os interesses respectivos visando o equilíbrio de poder. Ainda segundo a autora, a herança ideológica da Geopolítica reside no Estadonação como única unidade política da ordem mundial e pelo determinismo geográfico, com a atribuição de poder ao espaço. Vesentini (2000, p. 16), afirma que a preocupação básica da geopolítica clássica nunca foi a de um conhecimento (geográfico e/ou científico) sobre um aspecto da realidade (a dimensão espacial da política) e sim a de estabelecer bases para que o “seu”
Estado se fortalecesse no cenário internacional. As geopolíticas clássicas sempre foram, assim, relacionadas às explicações sobre a importância estratégica de determinados territórios para determinados Estados. Esse discurso se origina na criação da disciplina pelo sueco Rudolf Kjellen (1864-1922), que pela primeira vez empregou o termo “Geopolítica” num ensaio intitulado “As Grandes Potências”, em 1905, e na teoria do Estado de Friedrich Ratzel (1844-1904). Para Kjellen, influenciado por Ratzel, o Estado se assemelha a uma forma de vida que para crescer necessita expandir o seu espaço – o chamado espaço vital – levando ao auge o determinismo geográfico e legitimando a prática estratégica do poder do Estado. Assim, as características fundamentais de um Estado seriam a posição e o tamanho do território, além de sua forma. A partir da primeira metade do século XX, a expansão dos transportes e dos meios de comunicação (BECKER, 2009, p. 277), altera a visão europeicêntrica, dando origem à hipóteses geoestratégicas da distribuição do poder mundial elaboradas por teóricos das potências imperialistas. A teoria mais difundida na Geopolítica foi a do poder terrestre, elaborada por Sir Halford Mackinder (1861-1947), geógrafo inglês. Mackinder hierarquizou os espaços como se eles tivessem um valor intrínseco e permanente para o poderio mundial. Chamou de ilha mundial (world island) a Europa que seria constituída por uma terra-coração (heartland), que seria considerada a região geoestratégica do planeta, o “pivô” geográfico da história onde teriam
acontecido as mais importantes guerras. Mackinder chegou a essa conclusão a partir da presença de uma porção importante da maior planície do mundo na região, o que favoreceria a mobilidade de povos e guerreiros; a presença de alguns dos maiores rios do mundo; e a sua natureza mais ou menos fechada em relação às incursões marinhas (VESENTINI, 2000, p. 19). Segundo Becker (2009, p. 279) Mackinder não considerou o desenvolvimento tecnológico que afetaria a noção de monopólio do poder e tampouco levou em conta as desvantagens da continentalidade. Mackinder viveu a época do Estado territorial militarizado que tinha sua base no número de soldados, navios e armamentos, e não na tecnologia de precisão, como atualmente. A diminuição gradativa da importância dos recursos naturais (minérios, solo, espaço físico) ao utilizar
técnicas de biotecnologia para produzir mais alimentos em menos espaço, que teve seu boom na década de 1960, também não poderia ser prevista por Mackinder. O nome mais famoso da Geopolítica é Karl Haushofer (1869-1946), adaptador para a Alemanha das idéias de Mackinder. Haushofer idealizou a formação de Pan-Regiões como forma de alcançar a autarquia a partir de recursos advindos de diferentes climas, esboçando uma “ordem mundial ideal”. A Revista de
Geopolítica, organizada por Haushofer, abordava temas já utilizados por Ratzel e Kjellen como o espaço vital, adaptando-os para o contexto geopolítico alemão em meio ao nacional-socialismo, apesar de Haushofer ter negado a ligação de sua Geopolitik com o Estado nazista. Após a Segunda Guerra Mundial, reconhece-se que a tecnologia permite atacar à distância e que o controle de apenas uma via de movimento, seja o poder terrestre, naval, ou aéreo, se torna inútil. O desenvolvimento histórico do capitalismo passa a se reproduzir não mais apenas nas relações econômicas, mas também nas relações sociais de produção, no espaço inteiro (BECKER, 2009, p.285). O valor estratégico não se resume mais apenas aos recursos e posições geográficas, mas passa a estar ligado à ciência e à tecnologia. Segundo Becker (2009, p. 282), ao lado da distribuição de terras e mares e linhas de interconexão, passam a pesar variáveis como população, ideologia e comércio, resultando em duas grandes regiões geoestratégicas, base da Guerra Fria: o mundo marítimo dependente do comércio, liderado pelos EUA, e o mundo continental eurasiano, liderado pela URSS. Limites rígidos – divisão da Alemanha e Coréia, e uma zona de fragmentação correspondente ao Oriente Médio e Sudeste da Ásia passaram a ser importantes para manter o equilíbrio geopolítico. Esse processo parece estar intimamente ligado à crise da Geopolítica clássica. A crise da geopolítica clássica se deu, também, devido à identificação que os vencedores da Segunda Guerra Mundial produziram entre a disciplina e os regimes fascistas. A Geopolítica apenas seria retomada, nas décadas de 1970 e 1980, com o aumento dos gastos com armamentos por parte das duas potências (EUA e URSS) e a iminência de um confronto; porém, essa retomada se deu sem os métodos e pressupostos dos geopolíticos considerados clássicos. Segundo Vesentini (2000, p.28) ocorre até mesmo a mudança no conceito do que é uma grande potência mundial, sendo atualmente, para ele, um Estado (ou uma confederação no caso da União Européia) que possui tecnologia moderna, com uma força de trabalho qualificada – o que pressupõe um elevado nível de escolaridade, e não o Estado que possui apenas um grande território, numerosa população, boa estratégia militar e armamentos pesados. Conceitos da geopolítica clássica foram concebidos pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1904) no final do século XIX, ainda sob influência do imperialismo europeu tratava-se, a bem da verdade, de um conjunto de doutrinas usado como instrumento da política externa expansionista de seu país. Essas doutrinas baseavam-se na valorização do espaço, considerada uma condição estratégica para um país exercer sua hegemonia em nível mundial. Trocada em miúdos, a geopolítica de Rafael condicionava a hegemonia alemã à anexação de territórios alheios. Assim, a aplicação da ideologia do espaço t4tal (em alemão, Lebensraum) segundo a qual a política
externa de um país deveria basear-se em sucessivas anexações territoriais faria da Alemanha um Estado cada vez mais poderoso. Com seus objetivos definidos pelo contexto histórico da Revolução Industrial, a geopolítica alemã visava a anexação de territórios ricos em matérias-primas, fontes de energia e mercados consumidores. Os estrategistas da época acreditavam que tais conquistas elevariam a Alemanha recém-unificada (1871) à condição de potência imperialista hegemônica, superando o Reino Unido e a França. A implementação da geopolítica alemã dependia de um minucioso conhecimento da geografia dos território rios pretendidos. Daí a forte inter relação da geopolítica clássica com a geografia. Ainda hoje, os Estados mais poderosos desenvolvem sua política externa baseada em estratégias de caráter geopolítico. Eu caso dos Estados Unidos, que estruturou a mais poderosa frota de porta-aviões da história sob influência das opiniões de um de seus almirantes, Alfred Mahan, que, no final do século XIX, enfatizou a importância do domínio dos mares como condição para a expansão e o fortalecimento de seu país. Teorias Geopolíticas Clássicas Conclusão Conclui-se que na Geopolítica Clássica, o espaço é visto como um instrumento de hegemonia e de poder. O poder torna-se instrumento para a gestão a preservação do espaço. A diferença reside no fato do poder ser instrumento ou objetivo. Bibliografia http://www.clickescolar.com.br/a-geopolitica-classica.htm http://geografiapoliticaufrgs.wordpress.com/2010/08/09/as-geopoliticasclassicas/ http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Vesentini/flg036 5/GP-aula03.ppt https://woc.uc.pt/feuc/getFile.do?tipo=4&id=103 Anexos Alfred MAHAN (1840-1914) Rudolf Kjellén (1864-1922) Karl Haushofer, à esquerda, tendo ao lado Rudolf Hess Halford MACKINDER (1861-1947)
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