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Gêneros textuais e suas características Nos comunicarmos é algo que parece simples e fácil para qualquer indivíduo, pois se trata de uma agilidade e habilidade que todos têm de usar. Porém, durante este processo que realizamos diariamente e sem uma real consciência não questionamos a seqüência de passos que percorremos para conseguir realizar este complexo ato de comunicação comunicação.. Gêneros textuais normalmente está associado aos estudos literários literários,, científicos e técnicos diferente dos tipos textuais, a qual é considerada mais simples de ser estudados. Os gêneros textuais contribuem para ordenar e estabilizar atividades comunicativas no nosso dia-a-dia. Os gêneros textuais discursivos que são divididos em: Textos Narrativos: A narração é um tipo de gênero literário que é dividido em Romance, Conto, Novela, Crônica, Fábula, Parábola, Lenda e outros. O principal objetivo de um texto narrativo é contar e narrar um fato, fazendo com que este fato sirva de informação, entretenimento e aprendizado, visando sempre o bem-estar do receptor, ou seja, leitor. Gênero Descritivo: É a ação de descrever algo ou alguém, sendo considerado o ato de narrar, porém minuciosamente, visando sempre os mínimos detalhes, fazendo um retrato distinto e pessoal de alguém ou algo que viu. Para fazer uma boa descrição não é necessário que a mesma seja perfeita, pois ela varia de acordo com o grau de percepção de cada um. Deve-se sempre descrever as cores cores,, a altura, o comprimento, dimensões, características físicas, características psicológicas, tempo, clima, vegetação, peso, textura, localização entre outros. Gênero Dissertativo/Argumentativo: Dissertação é um texto que tem com principal característica a defesa de idéias e de um ponto de vista do escritos. Para se obter um bom texto dissertativo é necessário manter o mesmo com três partes, sendo a primeira a introdução em que se apresenta a idéia ou até mesmo o ponto de vista que será defendido futuramente, depois verificamos o desenvolvimento ou a argumentação em que se desenvolve o ponto de vista para assim tentar convencer o leito, por isso deve-se utilizar sempre argumentações sólidas com citação de exemplo e fornecimento de dados e, por último encontramos a conclusão em que se dá um final para o texto, sendo coerente com o desenvolvimento e todos os argumentos que foram apresentados. Nesta parte se dá a apresentação da sua defesa de idéias e de seu ponto de vista, não se esquecendo da estrutura desde gênero textual.
Gênero textual é um nome que se dá às diferentes formas de linguagem que circulam socialmente, sejam mais informais ou mais formais. Os gêneros podem circular em linguagem escrita ou oral.
Cada gênero tem características próprias e assim pode ser identificado. Um artigo de opinião, por exemplo, tem uma forma muito diferente de um poema, de um texto de memórias ou de uma carta.
Isso acontece porque a situação de produção de cada um desses gêneros de texto é marcada por elementos próprios: quem escreve (autor do texto), para quem escreve (os leitores do texto), quais as finalidades que tem o texto (divertir o leitor ou convencê-lo de alguma idéia, por exemplo), para quem o autor escreve (uma empresa
jornalística, uma editora, pessoas próximas etc.) e, finalmente, onde será publicado.
A forma de publicação e circulação interfere em algumas de suas características. As características podem mudar de d e acordo com o lugar onde o gênero é publicado: jornais e revistas, revistas , livros, cartas etc., de forma material, em papel, ou de forma virtual, pela Internet.
Um bilhete para uma pessoa próxima, por exemplo, pode ser escrito em linguagem informal, em qualquer papel e não tem número limitado de palavras. Por outro lado, o fato de um artigo de opinião ser publicado em um jornal interfere diretamente na forma que ele vai assumir, no número de palavras que pode ter, t er, na obrigatoriedade de o autor assinar o artigo, responsabilizando-se pelo que escreve.
As características dos gêneros orais também são resultado r esultado das situações em que eles são produzidos. Uma conversa de namorados, por exemplo, tem marcas de linguagem muito diferentes das de um debate apresentado na televisão. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino Autores: Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz Professores doutores das Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra (Suíça)
Onde encontrar: Portal da ANPEd texto na íntegra RESENHA O ensino dos gêneros textuais é mais uma "moda" em educação? Para Schneuwly e Dolz, a escola sempre trabalhou com os clássicos c lássicos gêneros
jornalística, uma editora, pessoas próximas etc.) e, finalmente, onde será publicado.
A forma de publicação e circulação interfere em algumas de suas características. As características podem mudar de d e acordo com o lugar onde o gênero é publicado: jornais e revistas, revistas , livros, cartas etc., de forma material, em papel, ou de forma virtual, pela Internet.
Um bilhete para uma pessoa próxima, por exemplo, pode ser escrito em linguagem informal, em qualquer papel e não tem número limitado de palavras. Por outro lado, o fato de um artigo de opinião ser publicado em um jornal interfere diretamente na forma que ele vai assumir, no número de palavras que pode ter, t er, na obrigatoriedade de o autor assinar o artigo, responsabilizando-se pelo que escreve.
As características dos gêneros orais também são resultado r esultado das situações em que eles são produzidos. Uma conversa de namorados, por exemplo, tem marcas de linguagem muito diferentes das de um debate apresentado na televisão. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino Autores: Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz Professores doutores das Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra (Suíça)
Onde encontrar: Portal da ANPEd texto na íntegra RESENHA O ensino dos gêneros textuais é mais uma "moda" em educação? Para Schneuwly e Dolz, a escola sempre trabalhou com os clássicos c lássicos gêneros
escolares narração, descrição e dissertação ou com o estudo de gêneros literários, como o conto ou a crônica. A novidade consiste em fazer com que a aprendizagem dos gêneros que circulam fora da escola - os literários, li terários, jornalísticos ou mesmo os gêneros cotidianos - seja significativa para o aluno e contribua para um domínio efetivo de língua, possibilitando seu uso adequado fora do espaço escolar. Segundo os autores, os diferentes gêneros textuais são mobilizados pelas pessoas de acordo com a condição específica da situação de comunicação em que se encontram, oralmente ou por escrito (desde um simples cumprimento matinal até a elaboração de um programa de televisão ou de um artigo científico), e devem ser escolhidos conforme o contexto para serem bem compreendidos. Prosseguindo a análise, os autores levantam três das formas como os gêneros são usados na escola atualmente, as quais qu ais quase sempre aparecem mescladas: 1. Gênero somente como objeto de estudo, fora de seu contexto de produção. É o caso, por exemplo, de se estudar notícias com os alunos, retirando-as do jornal - seu lugar de produção e circulação e colocando-a como parte de um livro didático. Neste caso, o aluno pode não ver ligação entre o jornal, que é onde se publica e se lê a notícia na situação de comunicação original e o uso didático da notícia como objeto de estudo. A notícia, nesse caso, pode ser compreendida como sendo somente uma matéria da escola. 2. Gênero estudado dentro de uma situação de produção ficcionalizada. É o caso de produzir um jornal na classe, como se fosse um jornal verdadeiro, para estudar as formas de produção e circulação de notícias de um modo mais próximo do que ocorre fora da escola. Neste caso, o professor leva jornais para a sala s ala de aula, explica seu funcionamento e cria, com os alunos, uma situação de “faz -deconta” próxima da situação real de produção de um jornal que circula
em sociedade. Aqui, primeiro se mostra, pela ficcionalização, como é o uso social do gênero, depois ele é tomado como coisa a ser ensinada. Dessa maneira, para o aluno, a notícia não perde o vínculo com o jornal e é compreendida de forma mais completa. Esse modo modo de ensinar os gêneros textuais é bastante eficaz porque não separa a
forma escolar de abordar a notícia de sua situação de comunicação original. 3. Gênero estudado numa situação real de comunicação , utilizado pelos alunos para dizer algumas coisas a alguém. É o caso, por exemplo, da escrita de uma carta ao prefeito, solicitando que a rua da escola seja asfaltada, ou um debate com pessoas convidadas para falar de orientação sexual para pré-adolescentes, em que os debatedores são os alunos. Esta é uma situação de comunicação em que o aluno está realmente envolvido: ele vai usar o gênero para se comunicar e, por isso, precisa estudá-lo para que a comunicação seja boa. Neste caso, o gênero não é somente um objeto de estudo, ele é condição para que a comunicação ocorra. É um modo muito eficaz de ensinar gêneros, porque há necessidade de seu uso, o que torna a situação mais significativa. Ao final do artigo, Dolz e Schneuwly sugerem uma organização didática de propostas de ensino de três gêneros (debate, entrevista radiofônica e resumo) que eles consideram importantes para o ensino de língua materna.
SOBRE OS GÊNEROS TEXTUAIS Prof. Dr. Marcos Baltar - UCS Há muito se tem falado em leitura e produção de textos nas nossas salas de aula. Entretanto uns professores pedem para os alunos escrever uma redação, outros pedem uma pequena narrativa, outros um pequeno texto, outros uma composição, outros pedem para que os alunos escrevam cartas, bilhetes, anúncios, contos, etc. Na tentativa de resolver essas hesitações terminológicas , e a título de sistematização de nosso trabalho de pesquisa-ação UCS-PRODUTORE: laboratório de produção e de recepção de textos – os gêneros textuais, proporemos as seguintes definições: Chamaremos de TEXTOS as unidades básicas de ensino que se organizam sempre dentro de certas restrições de natureza temática, composicional e estilística, o que os caracteriza como pertencentes a um
determinado gênero textual. Para os PCN, por exemplo, o texto e a noção de gênero textual, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino em nossas escolas. Em Bronckart (1999 p. 75) lê- se : “[...] chamamos de texto toda a unidade de produção de linguagem situada, acabada e auto-suficiente (do ponto de vista da ação ou da comunicação). Com relação ao texto empírico o autor diz: [...] todo o texto empírico é o produto de uma ação de linguagem , é sua contraparte, seu correspondente verbal ou semiótico; todo o texto empírico é realizado por meio de empréstimo de um gênero e, portanto, sempre pertence a um gênero; entretanto todo texto empírico também procede de uma adaptação do gênero-modelo aos valores atribuídos pelo agente à sua situação de ação e, daí, além de apresentar as características comuns ao gênero, também apresenta propriedades singulares, que definem seu estilo particular. Por isso, a produção de cada novo texto empírico contribui para a transformação histórica permanente das representações sociais referentes não só aos gêneros de textos (intertextualidade), mas também à língua e às relações de pertinência entre textos e situações de ação.” (Bronckart 1999 p.108).
chamaremos de GÊNEROS TEXTUAIS a diversidade de textos que ocorrem nos ambientes discursivos de nossa sociedade, os quais são materializações lingüísticas de discursos textualizadas, com suas estruturas relativamente estáveis, conforme Bakhtin, disponíveis no intertexto para serem atualizados nos eventos discursivos que ocorrem em sociedade; em outras palavras os Gêneros Textuais são unidades triádicas relativamente estáveis, passíveis de serem divididas para fim de análise em unidade composicional , unidade temática e estilo , disponíveis num inventário de textos (arquitexto ou intertexto), criado historicamente pela prática social, com ocorrência nos mais variados ambientes discursivos, que os usuários de uma língua natural atualizam quando participam de uma atividade de linguagem, de acordo com o efeito de sentido que querem provocar nos seus interlocutores.
Vejamos o que nos diz Bronckart (1999 p. 137): Na escala sócio-histórica, os textos são produtos da atividade de linguagem em funcionamento permanente nas formações sociais: em função de seus objetivos, interesses e questões específicas, essas formações elaboram diferentes espécies de textos, que apresentam características relativamente estáveis (justificando-se que sejam chamadas de gêneros de textos) e que ficam disponíveis no intertexto como modelos indexados, para os contemporâneos e para as gerações posteriores. chamaremos de MODALIDADES DISCURSIVAS as formas de organização lingüístico-discursivas em número limitado que existem e que são percebidas no folhado textual dos gêneros textuais na forma de predominância, com a finalidade de produzir um efeito discursivo específico nas relações entre os usuários de uma língua, como é o caso do narrar , do relatar , do argumenta r, do expor , do descrever e do instruir .
Poderíamos acrescentar ainda a modalidade discursiva do dialogar e o autotélico , esse último conforme (Adam, 1992). chamaremos SEQÜÊNCIAS TEXTUAIS os modos deorganização linear que visam a formar uma unidade textual coesa e coerente, que vão expressar lingüisticamente o efeito de sentido que as modalidades discursivas pretendem instaurar na interação entre os interlocutores de uma atividade de linguagem. De acordo com as modalidades discursivas e a serviço da sua textualização em um determinado gênero textual, as seqüências textuais, homônimas dessas modalidades discursivas são fruto de uma reestruturação da unidade temática de um texto de um determinado gênero textual, organizado na mente do produtor desse texto de forma lógica em macroestruturas semânticas, que operam no eixo paradigmático da escolha e no eixo sintagmático da combinação, que necessitam, no ato de sua textualização, serem organizadas linearmente para a formatação de um texto.
chamaremos de SUPORTES TEXTUAIS os espaços físicos e materiais onde estão grafados os gêneros textuais, como por exemplo, o livro, o jornal, o computador, o folder, o manual de instrução, a folha da bula de remédio, etc. Numa concepção ampla de texto, sob o ponto de
vista da semiótica, a televisão, o cinema, o rádio o “outdoor” também
podem ser considerados como suportes textuais. Marcuschi (comunicação pessoal) aponta para alguns suportes denominados “incidentais” e dá
como exemplo uma tatuagem afixada em um a parte do corpo humano, ou ainda uma inscrição produzida no céu – no ar – por um avião da esquadrilha da fumaça. Poderíamos acrescentar a areia da praia que serve de suporte para pequenos poemas, tal qual os troncos de árvores; ou, até mesmo, as portas dos banheiros de nossas universidades. chamaremos de AMBIENTES DISCURSIVOS os lugares ou as instituições sociais onde se organizam formas de produção com respectivas estratégias de compreensão onde ocorrem as atividades de linguagem, através dos textos empíticos classificados em gêneros textuais; por exemplo, o Ambiente Discursivo escolar, acadêmico, mídia, jurídico, religioso, político, etc. Há ainda que se considerar que esses
ambientes discursivos os “lieux sociaux” podem ser recortados em
formações discursivas, de acordo com as suas formações sociais, conforme (Foucault, 1969).
chamaremos de EVENTOS DISCURSIVOS as atividades de linguagem que se dão no tempo e em determinados ambientes discursivos, através de gêneros textuais constituídos de modalidades discursivas e de seqüências textuais, envolvendo enunciadores determinados, com objetivos específicos de interagir com enunciatários reais.
admitiremos o uso de GÊNEROS DE DISCURSO, como o discurso do judiciário, da mídia, da escola, da academia, o discurso
religioso, o familiar, o político, etc.; referindo-se respectivamente aos AMBIENTES DISCURSIVOS correspondentes. Obs.: Enquanto que o número de gêneros textuais numa determinada sociedade é, em princípio, ilimitado , ampliando-se de acordo com os avanços culturais e tecnológicos, sendo passível de se fazer um corte sincrônico num determinado tempo e lugar, para efeito de análise, o número de modalidades discursivas é menor e mais ou menos limitado . Vejamos a seguinte tabela para melhor compreender estas definições : Tabela 1. Terminologia GÊNE
MODALID
SUPO AMBIEN INTERAÇÃO RO ADE RTE DO TE VERBAL TEXTUAL DISCURSIVA TEXTO DISCURSIVO ENUNCIADORES (INSTITUIÇÃO ) NOVELA Narrar Televisão Mídia televisiva Autores telespectadores CRÔNICA Expor / Seção Mídia impressa Escritor leitor de Argumentar coluna de ornal/revista ornal/revista ornal/revist a ROMANCE Narrar Livro Indústria Escritor leitor literária ENTREVIST Interativo/Dialoga Revista Mídia escrita Jornalista e A l entrevistado/leitor CARTA OFÍCIO
Expor/Argumenta Folha papel Acadêmico Universidade/Escol r timbrado e escolar oficial a envelope Prefeitura BIOGRAFIA Relatar Livro Indústria Escritor/Leitor Literária MANUAL DE Instruir INSTRUÇÃO DE TV CHEQUE Expor/Instruir
Folheto, folder, livro impresso Talão de cheque
Indústriacomércio (mercantil) Bancária
Empresa indústria cliente Cliente - banco
EDITORIAL Argumentar/Expo Jornal Mídia jornal r /revista impresso impressos
Empresa (jornal/revista) leitor
NOTICIÁRIO Relatar
Apresentador público
Jornal tevê Mídia rádio
NARRAÇÃO Narrar DE JOGO DE FUTEBOL
por:
Rádio/TV
Mídia esportiva Narrador – ouvintes/telespectadores
Vânia Maria do Nascimento Duarte
Texto Prescritivo e Texto Injuntivo Embora dotados de aspectos distintos, o texto prescritivo e o texto injuntivo apresentam natureza instrucional
Retomemos, pois, à noção relacionada aos tipos textuais, cujas modalidades se expressam pelo narrativo, dissertativo e descritivo. Todos dotados de características distintas que, possivelmente juntas, manifestam-se nos chamados gêneros textuais. Aparecem “juntas” quando consideramos um editorial, por exemplo. Nele podemos encontrar aspectos narrativos e dissertativos ao mesmo tempo, assim como também poderá ocorrer nos demais gêneros. Uma vez retomadas tais noções, partamos para uma modalidade de gênero muito comum a todos nós, cuja finalidade discursiva cumpre o papel de nos instruir acerca de um determinado assunto. Dessa forma, há dois tipos de texto que serão retratados aqui, com o intuito de explicar as características que os demarcam. São eles: o texto prescritivo e oinjuntivo. O chamado texto prescritivo, que nos remete à noção de prescrever, trata-se de algo que deve ser cumprido à risca, cujas instruções são inquestionáveis, ou seja, devemos segui-las ao “pé da letra”, digamos assim. Trata-se, pois, de uma imposição de natureza coercitiva, cujos exemplos se manifestam por: * As cláusulas regidas mediante um dado contrato; * As regras proferidas mediante os pressupostos gramaticais; * As instruções manifestadas na maioria dos editais de concursos públicos; * Os discursos revelados nos artigos da Constituição ou do Código de Processo Penal. Já o chamado texto injuntivo, de semelhante finalidade (instrução), já não apresenta esse caráter coercitivo, haja vista que apenas induz o interlocutor a proceder desta ou daquela forma. Assim, torna-se possível substituir um determinado procedimento em função de outro, como é o caso do que ocorre com os ingredientes de uma receita culinária, por exemplo. São exemplos dessa modalidade: * A mensagem revelada pela maioria dos livros de autoajuda; * O discurso manifestado mediante um manual de instruções; * As instruções materializadas por meio de uma receita culinária.
Painel O painel caracteriza-se como um gênero voltado para a oralidade
Vivenciamos as mais diversas situações comunicativas, mediante nossa condição de seres eminentemente sociais, cujas finalidades comunicativas também se mostram distintas, a depender dos fatos circunstanciais em que se estabelece a relação entre os interlocutores. Dessa forma, como estamos nos referindo aos gêneros textuais , torna-se passível mencionar que há aqueles de natureza oral, cujos participantes se posicionam frente a um determinado assunto e o discutem segundo alguns aspectos que lhe imprimem total pertinência. O seminário representa um caso bastante representativo e, semelhantemente a ele, figura-se o painel. Esse, por sua vez, mostra-se recorrente nos ambientes de sala de aula, sobretudo em se tratando de cursos de graduação e pós-graduação. Assim, por meio de um tema específico, geralmente elegido pelo professor, as turmas se dividem e partem em busca de pesquisas e informações que possam dar sustentabilidade ao assunto posto em discussão. Antes de tudo, tal como ocorre no seminário, tudo precisa ser minuciosamente planejado por todos os componentes, de modo a fazer com que cada membro se ocupe de uma determinada função, cuja proposta é chegar a um consenso, a uma resposta acerca do que se busca. De ampla recorrência em tais ambientes, destaca-se o chamado painel de exposição , no qual as manifestações se revelam pelo fato de que cada grupo possui um mediador, cujo atributo é ser o coordenador das ações desenvolvidas pela equipe, tais como: determinar o tempo de apresentação de cada componente, bem como elaborar questões a serem discutidas durante a apresentação, mediando a participação dos expectadores. Também da competência desse personagem é apresentar uma síntese das ideias discutidas pelo grupo, estando essas em consonância com as de outros autores, a fim de que a credibilidade, tão necessária quanto importante, seja perfeitamente posta em prática. Durante as apresentações, geralmente contando com a participação de dois grupos, ambas as equipes se posicionam no sentido de debater os pontos de vista que lhes foram atribuídos, podendo haver pontos que divergem entre si, efetivamente ressaltados e discutidos sob o comando do moderador. Pode também haver convergência entre os posicionamentos firmados pelos membros participantes, cujas conclusões se complementam a partir de perspectivas semelhantes entre si. Concluídas as discussões, é chegado o momento de abrir espaço aos expectadores, com vistas a permitir que façam perguntas – orais ou por escrito – aos painelistas, podendo ou não haver abertura para réplica e tréplica. Como procedimento final das apresentações de cada equipe, entra em cena mais uma vez o mediador, cujo intuito é fazer um resumo das conclusões obtidas e agradecer aos participantes. Mediante as elucidações ora elencadas, torna-se mister afirmar que o painel, além de solidificar ainda mais o inter-relacionamento entre os participantes, corrobora de forma efetiva para o aprimoramento dos conhecimentos, bem como para o desenvolvimento da capacidade argumentativa e do raciocínio de uma forma geral.
Verossimilhança
Numa determinada história, a verossimilhança se constitui pela lógica impressa nos fatos narrados
Narrar, relatar... tudo parece fazer parte de nossa rotina enquanto seres eminentemente sociais. Narramos uma história ocorrida conosco ou até mesmo com outras pessoas, ouvimos também outras tantas, sejam elas verdadeiras ou não, relatamos um acontecimento por nós presenciado, enfim, muitas são as circunstâncias em que nos encontramos narrando algo. Seja por meio da oralidade, seja pela escrita, todo interlocutor espera, ao menos, que aquilo que contamos tenha um início, meio e fim. Numa história, a cada novo acontecimento vão surgindo fatos que desencadeiam outro; tudo parece ir se complicando, chegando a um ponto máximo, até que, enfim, ou tudo se resolve ou a história toma rumos inesperados pelo próprio leitor/ouvinte. É natural, pois faz parte da trama, do enredo. E é sobre esse desencadear de ações que apostamos nossa discussão acerca de um importante elemento que norteia o gênero narrativo: a verossimilhança . Para compreendê-la, devemos partir do pressuposto de que os fatos não precisam ser verdadeiros, isto é, correspondentes à realidade, mas que sejam dotados de lógica, coerência, pois o que se espera é que eles façam sentido.Ainda que inventados, precisam satisfazer às expectativas do interlocutor, de modo a fazer com que ele encontre sentido naquilo que está compartilhando. Caso contrário, as ideias ficarão incompreensíveis, vagas. Tal aspecto se deve ao fato de que quando estamos lendo, parece que mergulhamos naquele universo, e mais: o que na realidade é fictício, à medida que vamos estabelecendo familiaridade, parece se tornar real, tamanha é a organização dos fatos, levando em consideração a forma como eles nos são repassados. Acredite! Isso é verossimilhança!
Seminário O seminário representa um gênero oral que requer posicionamentos definidos por parte dos apresentadores
São muitas as circunstâncias em que você tem de expor seus argumentos, revelar suas ideias, opiniões, enfim, posicionar-se acerca de um determinado assunto. Contudo, não estamos falando da escrita, mas sim de um procedimento essencialmente realizado por meio da oralidade. Dentre as várias circunstâncias comunicativas com as quais temos contato diariamente, surge mais um gênero textual: o seminário. Amplamente difundido no meio escolar, acadêmico, científico e técnico, o seminário confere às pessoas que dele participa a oportunidade de apresentar os conhecimentos adquiridos mediante o estudo de um determinado tema. Nesse sentido, torna-se essencial que os apresentadores adotem posturas condizentes com o contexto no qual se encontram inseridos, levando em conta todos os aspectos requeridos pela situação comunicativa em questão. Dessa forma, o objetivo a que se presta o artigo em pauta é exatamente fazer algumas abordagens acerca desse fato, no sentido de fazer com que você, caro (a) usuário (a), mantenha-se a par de todos esses pressupostos. A palavra de ordem, num primeiro momento, é “planejamento”. Assim, todo apresentador deve se conscientizar de que o público-alvo espera, “no mínimo”, domínio do conteúdo abordado.
Para tanto, cercar-se de todas as informações é imprescindível, sendo essas obtidas por meio de uma pesquisa muito bem preparada, através de livros, meio eletrônico, jornais, revistas, vídeos, etc.
Uma vez elencadas, torna-se necessário elaborar um esquema, no sentido de pontuar aquelas informações importantes, essenciais. O esquema funciona como uma espécie de roteiro que guiará o apresentador. Assim, trabalhando a hipótese de que algumas das principais ideias podem ser esquecidas, entra em ação o roteiro previamente elaborado. Mas isso não dá ao apresentador o direito de “ler” aquilo que anotou, salvo em se tratando de uma citação, proferida por outrem, haja vista que aí não há como proceder de forma diferente. Outro aspecto reside no fato de que os demais participantes precisam estar em sintonia com tudo aquilo que está sendo apresentado. Principalmente no ambiente escolar, o que mais se constata é a “distribuição de partes”, isto é, cada um fica com uma fala determinada – fato que corrobora tão somente para que o discurso se manifeste como truncado, denotando não haver nenhum entrosamento entre o grupo. Nesse sentido, é essencial que todos estejam bem preparados e dispostos a responder aos questionamentos da plateia. Mas e em relação à postura, como essa deve ser concebida? Saiba que se trata de algo notadamente importante, pois a imagem que devemos passar às pessoas que nos assistem tem de ser positiva, a começar pelas vestimentas, gestos, entonações, expressões faciais. Nesse sentido, antes de tudo, você deve passar uma ideia de respeito para com o público, utilizando-se de um tom de voz que consiga atingir a todos, ou seja, nem estridente ao extremo, nem monótono demais. Posicionar-se de frente é também sinal de postura firme. Mesmo quando há a necessidade de escrever no quadro-negro ou realizar algum procedimento nos recursos audiovisuais, é sempre bom ficar de lado para a plateia, nunca de costas. O uso da linguagem, não menos importante, deve estar de acordo com a situação, sendo essa materializada por uma linguagem formal, totalmente isenta de chavões, gírias, cacoetes ou quaisquer sinais que porventura possam contradizer o “protocolo”. Cabe ressaltar, ainda, que a apresentação deve seguir alguns critérios básicos, tais como a abertura, que normalmente fica a cargo do professor ou de uma pessoa designada a tal. Feito isso, é chegado o momento de passar a palavra ao apresentador (a), que explanará acerca do que será abordado durante a apresentação. Na sequência, dá-se início ao desenvolvimento do assunto em pauta e, ao final, faz-se uma retomada daquilo que foi falado, bem como se apresentam as conclusões a que o grupo chegou mediante o trabalho realizado. Postas em prática tais ações, a conquista de bons resultados é fato certeiro, sempre lembrando que o fator “tempo” também impera nessas questões, principalmente quando outros grupos
também deverão realizar um seminário. Respeito e cordialidade nunca são demais!
A resenha crítica - Um gênero do âmbito jornalístico Ao nos referirmos sobre o âmbito jornalístico, torna-se importante mencionarmos acerca de suas finalidades. Sendo estas, basicamente, voltadas para a informação e para a opinião em se tratando dos acontecimentos sociais como um todo. Entretanto, há também uma outra, cuja intenção é informar aos seus leitores sobre as inúmeras opções voltadas para a cultura e lazer referentes a um determinado local. A título de comprovação, basta folhearmos algumas páginas de um jornal de grande circulação que lá ela se encontra. Trata-se de uma seção na qual existe toda uma programação relacionada a eventos cinematográficos, teatrais, shows artísticos, mostras culturais, passeios, dentre outros. Conjuntamente a esta, se encontra aquela direcionada para a crítica, cujo objetivo do emissor é descrever sobre o objeto cultural, podendo referir-se a um livro, filme, peça teatral, CD, entre outros, com vistas a estimular ou não o leitor a apreciá-lo. Como bem nos revelam Lakatos e
Marconi (1996, p. 90) ao ressaltarem:
Resenha crítica é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos: é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista. A resenha crítica, em geral, é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Também pode ser realizada por estudantes; nesse caso, como um exercício de compreensão e crítica. A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês, sobre o assunto tratado no livro ou artigo, evidenciando a contribuição do autor: novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. A resenha visa, portanto, a apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra. Em se tratando de termos estruturais, pode-se dizer que o gênero possui uma estrutura livre. Tal afirmativa não quer dizer que não seja prioritário o relatar de seus principais aspectos. De modo contrário, faz-se necessário o destaque de alguns elementos, tais como: * Referência bibliográfica – Autor (es), título, subtítulo, local da edição, editora e data. * Dados referentes ao autor – Quando? Por quê? Onde? * Dados referentes ao objeto analisado – De que se trata? O que diz? Possui alguma
característica especial? * Resumo ou síntese das ideias principais. * Estilo atribuído pelo objeto de estudo – Conciso, objetivo, simples? Claro, coerente, preciso?
Linguagem adequada? * Forma – lógica, sistematizada?
Quanto à extensão do texto, esta pode variar conforme o espaço para o qual ela é destinada, sendo que, geralmente se perfaz de um texto mais curto, assemelhando-se a um resumo. A título de constatação acerca de tais pressupostos, observe a seguir um exemplo representativo:
Um gramático contra a gramática Gilberto Scarton
(L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula. Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino
Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas "aulas de português". O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e
linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante. Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si. Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores - vítimas do ensino tradicional - e os professores de português - teóricos, gramatiqueiros, puristas - têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.
O relato pessoal Parece interessante... mas a verdade é que nós, enquanto seres eminentemente sociais, somos contagiados pelo desejo de compartilhar fatos decorrentes da nossa vivência com alguém em que podemos confiar, seja um parente próximo ou “aquele velho amigo”. Tais fatos tanto podem ser
alegres, tristes, trágicos, horripilantes ou cômicos, o fato é que a todo o momento estamos relatando sobre algo, embora às vezes passe despercebido. Por se tratar de um procedimento corriqueiro, nem sempre nos damos conta da referida atitude. Tem-se assim uma ideia generalizada do assunto em questão. No entanto, nosso objetivo é dar ênfase ao estudo do relato enquanto modalidade textual, levando-se em consideração suas características de ordem linguística. Quando nos referimos ao ato de narrar, tão logo nos remetemos à ideia de contar sobre algo, e como tal, todo e qualquer acontecimento se perfaz de determinados elementos, entre os quais podemos mencionar: personagens, tempo, narrador, espaço enredo. Aspectos esses que nos parecem bastante familiares, semelhantes a algum tipo textual que já norteia nossos conhecimentos, não é verdade? Pois bem, parecemos estar convictos de que se trata de uma narração. Portanto, partindo desta prerrogativa, temos que o relato, por se tratar de um discurso condizente a experiências pessoais, geralmente é narrado em 1ª pessoa, no qual os verbos se encontram no presente ou no pretérito, e a linguagem pode variar, podendo adquirir um caráter tanto formal quanto informal. Tudo dependerá do grau de intimidade existente entre narrador e seus respectivos interlocutores. Tendo como foco o estudo do relato como gênero, atentamos para o fato de que este pertence à modalidade escrita da linguagem e, por assim dizer, o caracterizamos como sendo um gênero no qual alguém conta fatos relacionados à sua vida, cuja função é registrar as experiências pessoais no intento de que estas possam servir como fonte de consulta ou aprendizado para outras pessoas. Entretanto, o relato pode materializar-se pela oralidade, tendo como público expectador um ou
mais ouvintes. Comumente, ao participarmos de um evento, no qual temos a oportunidade de assistirmos a palestras, seminários e conferências, percebemos que o palestrante em um determinado momento alia ao seu discurso fatos que envolvem sua trajetória cotidiana, os quais denotam verdadeiras lições de vida e ensinamento. Sendo assim, para que o relato possa se tornar passível de constatação por várias pessoas, ele poderá ser gravado, seja em áudio ou vídeo e, posteriormente, ser transcrito e publicado por inúmeros meios de comunicação, dentre estes, jornais, revistas, livros, sites, entre outros, passando a se caracterizar com documentos históricos de notável importância.
O blog - comunicando e interagindo Caso fôssemos discorrer acerca dos benefícios proporcionados pelos recursos tecnológicos, apoiaríamos em uma infinidade de argumentos e, certamente, todos denotando um caráter positivo. O blog caracteriza-se como uma página da web que permite a postagem de artigos organizados
de forma cronológica, contando com a participação de um número variado de pessoas, dependendo de sua própria política. No que se refere ao conteúdo, este abrange uma infinidade de assuntos, indo desde um simples diário, até piadas, fotografias, links e notícias, aliando linguagem verbal e não verbal ao tema em discussão. Antes eram tidos apenas como um diário online, atualmente, funcionam como importantes ferramentas que visam à informação e ao entretenimento. Muitos constam-se de comentários ou notícias acerca de um assunto em particular, permitindo, portanto, que o leitor interaja com o autor do texto. É nessa interação que reside a finalidade do gênero. Quanto à linguagem, esta costuma diferenciar-se de outros veículos de comunicação, os quais se primam por um vocabulário voltado para o formalismo, pois a intenção é deixar o blogueiro completamente familiarizado com o assunto e à vontade para deixar suas impressões mediante o contato com o discurso. Portanto, ao criarmos um blog estamos criando uma mensagem instantânea para toda a web, ou seja, escrevemos sempre que tivermos necessidade, e todos aqueles que visitá-lo, terão a oportunidade de compartilhar com nossas ideias, proporcionando assim uma recíproca interatividade.
O anúncio publicitário - Uma análise linguística Basta sairmos pelas ruas que tão logo nos deparamos com uma infinidade de faixas, cartazes, anúncios, outdoors ... Todos envoltos por um único objetivo: o de atrair a atenção do leitor mediante o ato comunicativo. O discurso apresenta-se de forma variada – divulgando um determinado evento, como por exemplo, um show, uma feira cultural, de moda, anunciando uma promoção referente ao comércio lojístico, anunciando um produto que acabara de ser lançado no mercado. Enfim, vários são os objetivos traçados por parte do emissor, tentando persuadi-lo de alguma forma.
Diante de tal finalidade discursiva, a linguagem, necessariamente, precisa não somente ser clara e objetiva, mas também, bastante atrativa. Para tanto, torna-se indispensável o predomínio de uma linguagem não verbal, uma vez que imagens tendem a ser mais chamativas e, consequentemente, contribuem para a concretização dos objetivos propostos. E, falando sobre linguagem, é essencial que saibamos sobre um aspecto bastante peculiar – a presença de alguns recursos estilísticos voltados para a conotação, ou seja, passíveis de múltiplas interpretações. Assim, metáforas, comparações, hipérboles, dentre outras, são indispensáveis. Analisemos, pois, um caso representativo:
Defrontamo-nos com uma linguagem ambígua – o fato de o sorriso ser amarelo em seu sentido literal, como também representar aquele sorriso sem entusiasmo, enfadonho, abnegado de qualquer traço atrativo. Percebemos que o próprio produto (marca) intertextualiza um procedimento inerente às atitudes humanas – o sorriso. Quanto aos elementos que constituem o gênero em pauta, destacamos: Título – Compõe-se de frases concisas, porém atrativas. Imagem – Representa um elemento de fundamental importância para o discurso, dado o seu
caráter persuasivo. Corpo do texto – Trata-se do desenvolvimento da ideia em si, proporcionando uma interação
entre os interlocutores por meio de um vocabulário sugestivo e adequado ao público-alvo. Identificação do produto ou marca – Constitui-se de uma assinatura do próprio anunciante, podendo também haver um slogan – uma frase curta que defina o produto anunciado. No
exemplo acima podemos perfeitamente constatar este fato.
A reportagem e seus aspectos relevantes O cotidiano jornalístico dispõe de vários gêneros, dos quais tomamos conhecimento diariamente, ora retratados oralmente, ora impressos, ou até mesmo veiculados pelo meio eletrônico. A reportagem, assim como a notícia, representa tal modalidade, cujo objetivo é proporcionar ao
público leitor/expectador a interação com os fatos decorrentes da sociedade. A notícia e a reportagem apresentam aspectos convergentes e divergentes ao mesmo tempo.
Em virtude de tal semelhança, daremos ênfase não somente às características inerentes à reportagem, mas também à notícia, no intuito de compreendermos efetivamente sobre suas peculiaridades. Os pontos em que se convergem estão relacionados aos aspectos estruturais, ou seja, é comum identificarmos na reportagem os mesmos elementos constituintes da notícia: Título ou manchete – Geralmente escrito em letras garrafais (maiúsculas), tem por objetivo
atrair a atenção do público-alvo para o que se deseja comunicar. Daí o perfil atrativo, composto por frases concisas, embora bastante objetivas. Título auxiliar – Como bem retrata a própria nomenclatura, trata-se de um complemento do
título principal, proporcionando um maior interesse por parte do interlocutor. Lide – Refere-se ao primeiro parágrafo e, de forma sucinta, apresenta todos os aspectos
relevantes da comunicação em pauta, respondendo aos seguintes elementos constitutivos: Como? Onde? Quando? Por quê? Quem? . Corpo da reportagem – Caracteriza-se pelo desenvolvimento em si, apontando todos os pontos
relevantes ao assunto abordado. O aspecto divergente é em relação à forma como se apresenta. A reportagem precisa ir além de uma simples notificação, fato representado pela notícia. Ela é resultante de inúmeras relações de causa e efeito, questionamentos, comparações entre pontos de vista diferentes, dados estatísticos, dentre outros pressupostos. Partindo-se de tais premissas é importante ressaltarmos também sobre como se materializa o tema proferido pela reportagem, podendo este ser narrado de forma expositiva – na qual o repórter se atém à apresentação simples e objetiva dos fatos; interpretativa – modalidade em que se estabelece conexão com acontecimentos já decorridos; e a opinativa – em que há um propósito de convencer o interlocutor acerca de uma determinada opinião.
Carta aberta Várias são as situações comunicativas nas quais se efetiva a interação entre emissor/receptor, seja para persuadir, informar, entreter, informar, instruir, ou outras finalidades discursivas. Tais situações manifestam-se, didaticamente, por meio dos chamados “gêneros textuais”, cuja ocorrência se exprime em todas as esferas da sociedade – no âmbito jornalístico (tanto oral quanto impresso), escolar, acadêmico, no meio eletrônico, entre outros. Os gêneros textuais, ora representados pela carta, primam-se por distintos objetivos – o de apenas estabelecer a comunicação de uma forma livre, e aquele em que se predomina a força da argumentação, ou seja, ocasiões em que a intenção do remetente é persuadir o destinatário, no intento de convencêlo por meio de argumentos plausíveis. Na referida situação, o instinto persuasivo é representado por uma reivindicação destinada a alguém com amplos poderes em manifestar-se acerca do caso, com vistas a concretizar os
objetivos propostos pelo emissor, ou seja, promover a solução para a problemática apontada. Esse alguém pode ser uma autoridade política, diretor de um estabelecimento educacional, reitor de uma universidade e até mesmo uma pessoa com grau de hierarquia mais elevado, em se tratando de uma empresa. Aqui, de maneira específica, ater-nos-emos às particularidades inerentes à carta aberta – caracterizada como sendo um gênero textual de caráter argumentativo pertencente a uma pessoa ou até mesmo a um grupo, cujo objetivo é manifestar-se publicamente, revelando sua opinião ou reivindicando algo. Outro aspecto de total relevância é que, normalmente, ela é veiculada pelos órgãos de imprensa. Quanto aos aspectos estruturais, o gênero em foco apresenta a seguinte estrutura: • Um título: sua finalidade é revelar o destinatário, sendo que este pode ser amplo, como por
exemplo, a sociedade como um todo. • A introdução: consta-se de um trecho, geralmente atrativo, que enfatiza o problema a ser
resolvido; trata-se da exposição do assunto em si, pautado por argumentos concretos e passíveis de análise, visando a uma posterior solução; • O desenvolvimento:
• A conclusão: encerra todo o discurso, solicitando uma possível solução para o caso abordado.
O e-mail - Um gênero textual do meio eletrônico Eis que nos deparamos com mais um gênero... Mas só que desta vez parece se tratar de uma modalidade que as pessoas utilizam mais frequentemente, não é verdade? O termo e-mail (redução de eletronic mail) significa “correio eletrônico”. Tem por função designar tanto a mensagem enviada por meio da Internet quanto o endereço para o qual enviamos a mensagem. Normalmente, costuma obedecer ao seguinte padrão:
[email protected], no qual o nome se refere ao usuário; o símbolo @ informa ao
computador que o conjunto das informações é um endereço de e-mail; o provedor é a empresa que possibilita o acesso à Internet, mediante o pagamento de uma taxa; o termo “com” significa comercial e “br”, Brasil.
O fato é que as inovações tecnológicas estão em plena ascendência e, por sua vez, acabam exercendo influência no cotidiano de seus usuários. Por incrível que pareça, é notória a necessidade que a própria sociedade nos impõe para acompanharmos seu dinamismo. Quando o contrário acontece, sentimo-nos excluídos, sem contar que tal adequação nos confere também um aperfeiçoamento no que diz respeito ao campo profissional, uma vez que precisamos acompanhar essa evolução, posto que é tamanha a exigência do mercado “lá fora”.
Assim sendo, o surgimento da Internet possibilitou uma maior interação entre as pessoas. Por meio dos inúmeros recursos, tais como os sites de relacionamento, representados pelo Orkut, Facebook, dentre outros, elas têm a oportunidade de trocar experiências com outras, não importando o local em que se encontrem. De forma que, atualmente, o contato é feito de maneira
precisa e dinâmica, visando a atender as reais necessidades entre os interlocutores. Logo, ao enfatizar sobre as características linguísticas a que se refere o e-mail, temos que, em termos estruturais, ele se assemelha a outros gêneros, tais como: o bilhete, memorando e, sobretudo, a carta. Analisemos cada um de seus elementos juntamente com as funções desempenhadas por estes, de modo a efetivarmos plenamente os nossos conhecimentos: * Vocativo - refere-se à pessoa para a qual é destinada. * Texto - caracterizado pela mensagem propriamente dita. * Despedida , seguida da assinatura do remetente.
Quanto à linguagem, esta varia de acordo com o grau de intimidade entre os interlocutores envolvidos, podendo haver até redução de termos, representada pelas “inevitáveis” abreviações.
O esquema e o resumo - fortes aliados diante da compreensão textual Caso parássemos para analisar, chegaríamos à conclusão de que a língua nos oferece uma infinidade de recursos para que possamos interagir com o dinamismo e com a riqueza de detalhes proporcionados por ela. Como exemplos de tais benefícios, enfatizamos o esquema e o resumo – duas importantes ferramentas que nos auxiliam na compreensão de um texto, bem como nos norteiam de modo a delimitarmos nossas ideias diante da arte de redigir. Compreender o discurso retratado por todo e qualquer texto é estabelecer familiaridade com este, tendo em vista o único objetivo em si mesmo firmado pelo emissor – promover a verdadeira interação com o leitor. Tal ato assemelha-se à desmontagem de um aparelho, em que cada peça parece desempenhar uma função específica. Tal qual acontece à matéria discursiva, em que as palavras se manifestam por meio de frases, períodos subsequentes, parágrafos bem dispostos e, por fim, resultando numa materialidade linguística. Apoiados no propósito de realizar efetivamente esse procedimento, podemos fazer uso do esquema e do resumo, os quais, como dito anteriormente, nos subsidiarão para tal. Ao resumirmos um texto, estamos realizando uma espécie de intertextualidade, aqui representada pela paráfrase, procurando manter sua essência e focalizar apenas suas principais ideias. Assim acontece com a produção de um esquema, pois por meio dele separamos a ideia central, identificamos os argumentos favoráveis e contrários e, sobretudo, atribuímos a conclusão a que podemos chegar, como sendo o resultado final de nossa análise. Quando imbuídos no propósito de redigir um texto, os referidos benefícios também se mostram bastante eficazes, pois uma produção textual só pode ser concebida plausível quando o discurso se mostra claro, objetivo e preciso. Sendo assim, para que tal propósito seja alcançado, se faz necessário, primeiramente, elencarmos o ponto de vista a ser defendido e, principalmente, nos apoiarmos em argumentos que o justificarão. Não podemos deixar de mencionar também que ambos os recursos tendem a nos auxiliar em algum processo avaliativo, provas aplicadas nos mais variados ambientes educacionais, tais como: escolas, faculdades e cursos profissionalizantes, ou em concursos públicos e vestibulares.
O debate - Uma modalidade essencialmente argumentativa Tendo em vista que a linguagem cumpre um papel estritamente social, o fato de estarmos a todo momento dialogando com as pessoas ligadas ou não ao nosso convívio diário, retrata o dinamismo que nutre a vida em sociedade. Pode até parecer imperceptível, mas a verdade é que cotidianamente estamos argumentando e contra-argumentando acerca do mais variados assuntos. Dado o caráter ímpar que norteia o ser humano, tal ato nos revela a capacidade que temos em retratar nossos desejos, opiniões, pensamentos, de modo a nos posicionar diante de algo, aceitando ou refutando. Assim, demonstramos não ser alienados, haja vista a necessidade que temos em convencer o “outro” por meio de nossos argumentos, expondo livremente nossa ideias
e, obviamente, mantendo o bom senso em respeitar as opiniões alheias às nossas. Até então, a arte de debater foi observada de uma maneira ampla, retratando uma atitude extremamente corriqueira. Atendo-nos ao caráter didático a que se insere o debate, sua ocorrência está ligada ao universo escolar, como também ao acadêmico. Mediante a proposta do educador em realizar um debate, ele tem por objetivo aguçar a oralidade dos discentes e, ao mesmo tempo, avaliar o nível de conhecimento e o poder de argumentação acerca de um determinado assunto. Em geral, o que se propõe a discutir deve estar condicionado a um fato polêmico, passível de discussões e, na maioria dos casos, até de propostas visando à solução da problemática instaurada. Há também o debate veiculado pelos meios de comunicação, comumente manifestado em épocas eleitorais, em que os candidatos discutem suas propostas de campanha, visando a se manifestar publicamente junto aos seus eleitores. Em tal situação, sempre há a presença de uma pessoa que intermedia o momento das falas, coordenando o grupo de debatedores, dando a palavra a cada um dos participantes e atribuindo-lhes o direito de réplica. A linguagem utilizada diante dessa ocorrência, pauta-se pelo emprego do padrão formal, posto que se trata de algo que, necessariamente, tende a conferir uma certa credibilidade por parte do público expectador. A postura ocupada pelos participantes também é de fundamental importância, visto que a imagem retrata muito sobre o perfil dos emissores. Notadamente, concluímos que em quaisquer que sejam as situações, o privilégio de poder discutir sobre um determinado tema, visto sob variados ângulos, é uma atitude altamente enriquecedora, uma vez que “debater” significa não somente mudar o outro, mas também
modificar a nós mesmos. A partir desta troca de experiências temos a oportunidade de crescermos coletivamente, ampliando os nossos conhecimentos e enriquecendo nossa visão de mundo.
A carta pessoal
A linguagem varia de acordo com o nível de intimidade entre remetente e destinatário
Falar sobre o uso recorrente deste gênero textual, aqui representado pela carta, parece um tanto quanto retrógrado, posto que os recursos tecnológicos proporcionaram mudanças significativas no modo de ser e agir de grande parte das pessoas. Tempos atrás, a carta e o telegrama eram os únicos meios de comunicação escrita. Atualmente, a tecnologia permite que as pessoas, mesmo residindo em lugares distintos, interajam pelos inúmeros sites de relacionamento, dialogando em tempo real, como se estivessem frente a frente. Entretanto, torna-se essencial mencionarmos que a “era digital”, por motivos socioeconômicos, não atingiu toda a população. Há, portanto, quem ainda faça uso da carta para se corresponder com amigos e familiares que se encontram fora do convívio diário. Sem contar que, a carta, por se classificar dentre os inúmeros gêneros com os quais compartilhamos no nosso dia a dia, está entre os conteúdos relacionados aos diversos processos avaliativos, ora representados pelos exames de vestibulares e concursos públicos. Assim sendo, ela se classifica como um gênero textual especificamente utilizado na comunicação entre pessoas que mantêm um vínculo de relacionamento, cuja finalidade discursiva pode pautarse por objetivos diversos – fazer um convite, atribuir agradecimentos, trocar notícias entre os interlocutores envolvidos, relatar sobre um passeio, dentre outros. Quanto aos aspectos de natureza linguística, a carta pessoal, assim como bem retrata a própria nomenclatura, se difere das demais correspondências em que prevalece um certo tecnicismo mediante regras pré-estabelecidas, como por exemplo, a carta argumentativa, a de apresentação e as demais correspondências oficiais. Tal divergência se refere ao predomínio de uma linguagem, que varia de acordo com o grau de intimidade entre o remetente e o destinatário, podendo prevalecer tanto o padrão formal quanto o coloquialismo. De modo a efetivarmos nossos conhecimentos acerca das particularidades inerentes ao gênero em questão, atentemo-nos para os seguintes elementos: * O local e a data – Geralmente compõem as partes iniciais, se encontrando posicionados à
esquerda da folha; * O vocativo – Como se trata de uma comunicação relacionada a um assunto livre, poderá haver
o emprego de alguns termos coloquiais, até mesmo gírias ou que denotem uma intimidade maior entre os interlocutores, tais como: Querida amiga; brother, caríssimo companheiro, etc. O vocativo pode ser seguido de dois pontos, vírgula ou não conter nenhum sinal de pontuação; * O texto – Trata-se do discurso propriamente dito, sendo desenvolvido de acordo com a
finalidade a qual o remetente se propõe; * A despedida e a assinatura – Como dito anteriormente, dependendo do grau de intimidade
estabelecido pela convivência, a despedida tende a variar, podendo ser formal ou mais cortês, com vista a retratar uma certa afetividade. Quanto à assinatura, constará apenas o nome do remetente, sem atribuição ao sobrenome, algo bem simples, sem resquícios de formalidades. Outro aspecto elementar da referida modalidade está no fato de que ela é enviada pelo correio. Para tanto, precisa-se de todos os dados necessários a fazer com que a comunicação seja realmente efetivada, ou seja, na frente do envelope deverá conter os dados do destinatário – nome, endereço completo e CEP. No verso, deverão constar os dados referentes ao remetente, seguidos também de todos os elementos citados.
O editorial - Uma modalidade que circunda no cotidiano jornalístico O editorial expressa a opinião de um jornal ou revista acerca de um assunto
Situando-nos ao contexto que caracteriza os gêneros veiculados pelo universo jornalístico, ressaltamos uma característica que lhes é peculiar – a objetividade. Embora um repórter, estando diante do exercício de suas funções, prima-se por se manter o mais imparcial possível, é inegável que ele, assim como qualquer outro ser, seja dotado de pensamentos e opiniões próprias. Diante de tal ocorrência, os veículos de comunicação, ora representados pelos jornais impressos e revistas, optam por estabelecerem delimitações entre a notícia e o editorial. Tais delimitações referem-se aos aspectos que se divergem em ambos os gêneros, uma vez que este retrata um discurso voltado para a argumentação, ressaltando a opinião coletiva dos integrantes do jornal, e aquele tem por objetivo apenas informar ao leitor/expectador acerca dos fatos inerentes a um determinado acontecimento. Daí a imparcialidade, isentando-se de quaisquer traços de pessoalidade por parte do emissor (no caso, o profissional atuante). As referidas elucidações nos fazem concluir que o editorial se caracteriza por representar um gênero textual que expressa a opinião de um jornal ou revista em relação a um determinado assunto – aspecto que revela sua finalidade persuasiva. Pelo fato de se atribuir a uma opinião coletiva, a autoria não é identificada. Notadamente, em virtude da heterogeneidade de posicionamentos. No que tange ao discurso apresentado, esse costuma se apoiar em fatos polêmicos ligados ao cotidiano social. E quando falamos em discurso, logo nos atemos à questão da linguagem que, mesmo em se tratando de impressões pessoais, o predomínio do padrão formal, fazendo com que prevaleça o emprego da 3ª pessoa do singular, ocupa lugar de destaque. A título de complementaridade, analisemos a forma pela qual se compõe o gênero em questão. Em termos estruturais, podemos dizer que ele se apresenta sob: * Uma síntese, constituída por uma apresentação – Constituída geralmente pelo 1º e 2º
parágrafo, refere-se à exposição da ideia principal com base na ideia a ser defendida. * O corpo do editorial – Revela os argumentos que fundamentam a ideia principal em relação
ao posicionamento atribuído pelo veículo de comunicação em referência. * A conclusão – Refere-se a uma possível solução para o problema levantado ou, em
determinados casos, incita o leitor a uma reflexão sobre o assunto em pauta.
A entrevista - Um gênero basicamente oral O enfoque aplicado ao termo “basicamente” se refere a uma noção genérica de que estamos
acostumados a presenciar pessoas concedendo entrevistas aos veículos de comunicação, ora representados pelo rádio ou televisão, de forma presencial, ou seja, ao vivo. No entanto, há entrevistas que são transcritas para a linguagem escrita, como é o caso da ocorrência em jornais impressos ou revistas. O aspecto que incide na diferença entre a modalidade oral/escrita é justamente as marcas da oralidade, visto que a linguagem corporal, como, por exemplo, gestos, interrupção e retomada de pensamentos, também compõem o perfil do entrevistado. Tal gênero possui uma finalidade em si mesmo – a informação. Trata-se da interação entre os interlocutores, aqui representados na pessoa do entrevistador e do entrevistado, cujo objetivo desse é relatar suas experiências e conhecimentos acerca de um determinado assunto de acordo com os questionamentos previamente elaborados por aquele. Referindo-nos à questão inerente ao preparo prévio, este se faz necessário em função da credibilidade requisitada pelo gênero em foco. Mesmo sendo algo relacionado à fala, o emprego de um certo formalismo e a adoção de uma postura adequada são imprescindíveis. Analisemos de fato sobre a importância desse ato de proceder como tal. Ora, sabemos que há diferentes tipos de entrevistas, entre elas: a entrevista de emprego, a entrevista médica, a jornalística, dentre outras. A “imagem” que pretendemos passar fala muito a respeito de nós
mesmos, daí a importância de nos posicionarmos de maneira condizente com os fatos circunstanciais. Não podemos deixar de mencionar que aliado a esses requisitos também se encontra aquele a que nos é primordial - a busca incessante pelo conhecimento com vistas à amplitude de nossa visão de mundo. No caso do entrevistador, é elementar que, antes de tudo, ele tenha domínio do assunto em referência de modo a elaborar um roteiro de perguntas consideradas plausíveis e, assim, alcançar seus objetivos propostos. Concluindo nossos conhecimentos com relação às particularidades da referida modalidade, analisemos alguns de seus elementos constitutivos. Geralmente, a entrevista costuma compor-se de: * Manchete ou título – Como o objetivo é despertar o interesse no público expectador, essa
costuma vir acompanhada de uma frase de efeito, proferida de modo marcante por parte do entrevistador. * Apresentação - Nesse momento faz-se referência ao entrevistado, divulgando sua autoridade
em relação ao posicionamento social ou relevância no assunto em questão, como, por exemplo, experiência profissional e conhecimentos relativos à situação em voga, como também os pontos principais relativos à entrevista. * Perguntas e respostas – Trata-se do discurso propriamente dito, em que perguntas e respostas
são proferidas consoante ao assunto abordado. Em meio a essa interação há um controle por parte do entrevistador para demarcar o momento da atuação dos participantes.
O relatório A prática relacionada à busca pelo conhecimento deve ser uma constante em nosso cotidiano. Tal afirmativa parece tornar-se ainda mais verídica à medida que nos conscientizamos de que “o saber”, tomado em seu sentido amplo, é incomensurável e, sobretudo, imprescindível ao nosso
crescimento, pessoal e profissionalmente falando. Sempre que estabelecemos contato com um assunto que, até então, não nos é muito familiar, procuramos associá-lo, primeiramente, ao nosso conhecimento de mundo, ou seja, aquele conhecimento adquirido ao longo de nossa vivência. De forma que, ao nos atermos à questão do título em pauta, desde já o contextualizamos à nossa “bagagem” cultural e, desta feita, reconhecemos que ele se encontra relacionado à ação de relatar
acerca de um determinado procedimento, fatos circunstanciais, leituras realizadas, filmes assistidos, dentre outras instâncias. Parece que se assim procedermos, tudo torna-se ainda mais claro e evidente, não é mesmo? Mas de modo específico, partiremos para conhecer um pouco mais sobre as características inerentes a essa modalidade textual. O relatório compõe aquela que ora se denomina de Redação Técnica, que além de requisitar o emprego do padrão formal da linguagem, ainda se constitui de determinadas técnicas essenciais à sua produção. Assim como o requerimento, a declaração, o manifesto, a carta comercial, dentre tantos outros casos representativos. O gênero em questão costuma se evidenciar tanto no universo escolar quanto no acadêmico. Sem contar que em meio ao ramo empresarial ele também se encontra inserido, dada a infinidade de situações de aplicabilidade. Em virtude de pertencer ao âmbito linguístico escrito, compõe-se de algumas particularidades, é o que veremos adiante: * Título – Esse costuma ser objetivo, claro e sintético; * Remetente – Refere-se à autoria do documento; * Destinatário – Refere-se à pessoa para a qual é destinado; * Assunto – É o desenvolvimento em si do discurso proferido, contendo todas as informações
relevantes ao que ora se pretende relatar; * Conclusão – Trata-se do fechamento das ideias apresentadas, ou seja, o que pôde ser obtido
com o procedimento realizado como um todo.
Anúncio classificado Você já percebeu quão grande é a diversidade de textos com os quais travamos familiaridade no nosso dia a dia?
Em função disso, novamente estamos diante de um gênero textual bastante propagado pelos veículos de comunicação em massa, tais como jornais impressos, revistas e até pelos jornais divulgados no meio eletrônico. O gênero textual denominado “anúncio classificado” possui uma característica que lhe é intrínseca, a persuasão. Como a finalidade discursiva pauta-se por divulgar algo, o objetivo é, realmente, persuadir o interlocutor com vistas a satisfazer tal pretensão. Comumente, temos a oportunidade de nos deparar com anúncios de diversas naturezas: venda, troca, aluguel de imóveis, veículos, objetos, dentre outros. Há também aquele anúncio no qual o emissor oferece vagas relacionadas à oferta de empregos, como também existem profissionais que se dispõem a oferecer sua mão de obra de acordo com a sua formação e experiência obtida ao longo do tempo. Em relação à maneira como são dispostos, geralmente costumam ser separados por categoria. Até mesmo por uma questão de estética e organização, como também para facilitar o contato por parte do interlocutor. No que se refere ao discurso, esse se apresenta conciso, claro e objetivo. A presença de uma linguagem não verbal (imagens) atua como uma fonte atrativa. Outro aspecto de total relevância é que o emissor procura estabelecer um contato mais direto com o público-alvo, ao mencionar dados pessoais que possibilitem um contato maior, tais como número de telefone, endereço físico ou eletrônico ou qualquer outro. Analisemos, pois, um pouco mais sobre a estrutura inerente ao gênero em questão: Título – Costuma ser atrativo, claro e direto; Corpo do texto – Constitui-se das informações necessárias a alcançar o que se pretende, como,
por exemplo, dados completos acerca do produto anunciado; Meio de contato – Imprescindível para que a comunicação se efetive.
O cartaz - Um gênero textual informativo Em se tratando do gênero em foco, esse nos parece tão familiar, não é mesmo? A todo momento nos deparamos com algum, afixado nos mais variados ambientes sociais. Tal modalidade, assim como as demais, pauta-se por uma finalidade discursiva. Mas qual será ela? Estabelecer a comunicação entre o emissor/receptor, informando-o acerca de um determinado evento, bem como o instruindo sobre a localização de certos ambientes relacionados a quaisquer acontecimentos sociais, dentre outros. Outra finalidade está relacionada à reivindicação, como é o caso de manifestações proferidas pela sociedade em geral em decorrência de uma greve, solicitando melhorias salariais, clamando por mais segurança, saúde e outros aspectos ligados aos direitos do cidadão. Quanto à estética que o constitui, há uma fusão entre a linguagem verbal e não verbal, pois em alguns casos, a imagem influencia de maneira decisiva no discurso ora proferido. No que se refere à linguagem, se trata de algo conciso e objetivo, geralmente grafado com letras maiores, com vistas a despertar a atenção do leitor. Observemos, pois, um exemplo representativo da modalidade em questão, de modo a conferirmos tais peculiaridades:
Ao analisarmos, percebemos que se trata de uma campanha publicitária informando aos leitores sobre a importância de se prevenir contra a paralisia infantil por meio da vacina. No que se refere à finalidade discursiva, essa é norteada pela informação transmitida a um público em massa, que, por intermédio de um discurso breve, aliado à presença de imagens, estabelece uma afinidade entre os interlocutores envolvidos.
Artigo de opinião Posicionar-se acerca de um determinado tema – Principal característica do gênero
Em meio à nossa vivência do dia a dia, estamos a todo instante nos posicionando a respeito de um determinado assunto. Essa liberdade que nos é concedida faz com que nos tornemos seres ímpares, dotados de pensamentos e opiniões acerca da realidade circundante, por vezes absurda e cruel. Tal particularidade, relacionada a este perfil singular, desencadeia uma série de posicionamentos divergentes, os quais são debatidos e confrontados por meio de uma interação social – fato que confere uma característica dinâmica à sociedade, visto que, caso contrário, as relações humanas se tornariam frustrantes e monopolizadas. De forma específica, atenhamo-nos ao título em questão quando o mesmo perfaz-se de dois termos básicos: Artigo e opinião. Procurando compreendê-los de acordo com seu sentido semântico, surge-nos numa primeira instância, a ideia de algo relacionado à escrita. Munidos de tal percepção, sabemos que a mesma constitui-se de certas particularidades específicas, e mais! Trata-se de um gênero textual comumente requisitado em exames de vestibulares e concursos públicos de uma forma geral. Sendo assim, torna-se imprescindível incorporá-lo aos nossos conhecimentos e, sempre que necessário, colocá-lo em prática. Enfatizaremos então sobre alguns pontos pertinentes à modalidade em referência.
O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá. Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.
A Carta Argumentativa Situando-nos diante do contexto que hoje rege de modo contundente as relações sociais, determinados meios de comunicação parecem não se adequar mais aos ditames vigentes. Mediante tal afirmativa, remetemo-nos ao assunto ora em discussão, ou seja, a carta. Durante muito tempo esse instrumento vigorou como sendo a principal, senão a única, alternativa da qual as pessoas dispunham para manterem contato entre si. Mas como sabemos, a evolução é algo essencial à nossa vivência e, como tal, ela se faz presente a cada dia que passa, permeando os mais diversos setores da esfera social. E para sermos um tanto quanto precisos, ressaltamos o caso dos recursos tecnológicos. Estes, por excelência, estão gradativamente se entremeando no cotidiano das pessoas e, de certa forma, influenciando-as no que diz respeito ao comportamento adotado. Diante disso, retomamos sobre a recorrência da carta, pois torna-se notório que a mesma cedeu lugar às inúmeras formas de comunicação que atualmente norteiam a convivência humana, como é o caso do E-Mail, Orkut, MSN, entre tantos outros. Tamanha diversidade surgiu no intuito de dinamizar e ampliar o contato entre os seres e seus semelhantes. Mediante essa ocorrência, será que devemos abolir a existência e, sobretudo, a utilidade inerente à carta? De forma alguma, mesmo em meio a tanta tecnologia, tal recurso comunicativo ainda prevalece, até porque nem todas as pessoas tiveram a oportunidade de compartilhar deste crescente desenvolvimento. Não somente por este motivo, mas também em virtude de a carta, na qualidade de gênero textual, compor um dos conteúdos requisitados pela maioria dos concursos públicos e vestibulares. Em decorrência disso, e principalmente por nos referirmos sobre algo pertencente à linguagem escrita – uma vez que esta constitui-se de elementos específicos, é que devemos nos conscientizar da importância de estarmos aptos a compô-la de maneira correta. A carta argumentativa é um texto que, como a própria nomenclatura revela, pauta-se por persuadir o interlocutor por meio dos argumentos por ela atribuídos. A intencionalidade discursiva é retratada por uma reclamação e/ou solicitação por parte do emissor no sentido de convencer o destinatário de forma específica (geralmente na pessoa de uma autoridade ou alguém com poder de decisão) a fim de que o mesmo possa atender à solicitação ora realizada. No que se refere à linguagem, esta poderá ou não ser totalmente objetiva, mas certamente deverá ser clara e coesa. Quanto à estrutura, ela compõe-se dos seguintes elementos:
# Local e data; # Identificação do destinatário; # Vocativo – o nome da pessoa para a qual a carta é endereçada. Neste caso, o pronome de
tratamento ocupa lugar de destaque, dependendo do grau de ocupação/função desempenhada. # Corpo do texto – É a exposição do assunto em si, de forma a abordar todos os aspectos
pertinentes de maneira clara, sucinta e precisa. # Expressão de despedida – Tal procedimento pode variar em se tratado do grau de intimidade
entre os interlocutores, podendo ser mais formal ou denotando certa informalidade. # Assinatura do remetente.
Abaixo-assinado - Um gênero textual reivindicativo Em meio à dinâmica que norteia nosso cotidiano, nem sempre nos atemos às nossas atitudes, até porque uma característica inerente ao ser humano é priorizar àquilo que retrata novidade. Em função disso, algumas delas tornam-se banais aos nossos olhos. Exatamente pelo caráter corriqueiro é que não percebemos, mas a todo o momento estamos argumentando e contra-argumentando, mediante as mais variadas situações das quais compartilhamos. E quando se trata de tal argumentação, a mesma está condicionada ao privilégio que nos é atribuído enquanto seres humanos ímpares – o de podermos expressar nossas opiniões, revelar nossos sentimentos e, sobretudo, manifestar nosso senso crítico diante dos fatos pertinentes às relações sociais como um todo. Aqui, de forma específica, enfatizaremos sobre um dos gêneros textuais comumente utilizados no nosso dia a dia – o abaixo-assinado. Trata-se de um texto de cunho argumentativo, no qual um determinado grupo de pessoas se mobiliza em prol de uma reivindicação destinada a alguém com poder de decisão, visando à solução da problemática ora requisitada. Lembrando de que, ao nos referirmos sobre este alguém, estamos relacionando-o a reitores de universidades, autoridades políticas de uma maneira geral, síndicos, representantes de bairros, dentre outros. Tendo em vista a necessidade de formalizar a solicitação por meio de algo que esteja devidamente registrado, visando à credibilidade da mesma, destacaremos alguns pontos que incidirão no momento da escrita, e que, diga-se de passagem, precisam de nossa atenção. Como se trata de uma comunicação realizada de forma coletiva, embora endereçada a um destinatário específico, a estrutura assemelha-se àquela presente nas cartas. Vejamos, pois: # Vocativo – Relaciona-se à pessoa para a qual a solicitação é destinada, acompanhada do
devido pronome de tratamento, relacionando-o ao cargo/função desempenhado. Como por exemplo: Excelentíssimo Governador, Ilustríssimo Prefeito, dentre outros. # Corpo do texto – Constitui-se pela exposição da mensagem em si, procurando reforçá-la por
meio de argumentos sólidos que justifiquem o objetivo pretendido.
# Local, data e assinaturas dos solicitantes – permite-se que sejam anexados dados pessoais
junto às assinaturas, tais como número do documento de identidade, endereço, profissão, dentre outros.
Carta do leitor
Gênero textual que se reserva às opiniões dos leitores
Deparamo-nos com uma modalidade relacionada aos diversos gêneros textuais que permeiam a nossa convivência em meio à sociedade. E por assim dizer, você já teve a oportunidade de enviar, ou mesmo já se dedicou a ler alguma? Caso sua resposta seja negativa, não se assuste! O dinamismo pelo qual perpassa as relações sociais é tamanho e, em função disso, nem sempre temos o privilégio de priorizarmos esta ou aquela tomada de atitude. Tendo em vista que o conhecimento deverá ser concebido sempre como algo não mensurável, ampliaremos os nossos conhecimentos acerca das características concernentes a mais uma situação comunicativa da qual compartilhamos cotidianamente. Geralmente veiculada pelos meios de comunicação representados pelos jornais e revistas, a carta de leitor pauta-se pela exposição de determinados comentários por parte do emissor. Ele, ao travar conhecimento sobre uma matéria jornalística divulgada por um jornal ou revista, tem a liberdade de expor sua crítica, apresentar seu elogio, expressar alguma dúvida e até mesmo sugerir algo acerca do assunto ora relatado. Quanto aos aspectos referentes à linguagem, há uma flexibilidade no que tange ao público-alvo, ou seja, em se tratando de um público mais jovem, poderá prevalecer uma certa informalidade, e no caso de uma revista destinada à informação, como por exemplo, Veja, Isto é, Superinteressante, dentre muitas outras, a linguagem tende a ser mais formal. Não deixando de mencionar sobre os elementos que a constituem, estes se assemelham aos da carta pessoal, tais como: data, vocativo (a quem a carta se dirige), corpo (a mensagem propriamente dita), despedida e assinatura do remetente.
Em virtude de haver variação quanto à complexidade das cartas enviadas (tamanho), a equipe de redação do jornal tem plenos poderes para condensá-las, com vistas a torná-las aptas à publicação, mesmo porque o espaço a elas destinado não é muito amplo. Quando publicadas, as cartas costumam ser agrupadas por assunto, isto é, relacionadas às devidas matérias jornalísticas a que se referem.
A notícia - Um gênero textual de cunho jornalístico
A objetividade – característica pertinente a essa categoria
Antes de adentrarmos de forma minuciosa no que se refere às características que norteiam o gênero em evidência, ora constituído pela notícia, torna-se de fundamental importância compreendermos o sentido retratado pelo termo – gênero textual. Ao nos referirmos a este, devemos associá-lo às inúmeras situações sociocomunicativas que circundam pelo nosso cotidiano. Todas possuem uma finalidade em comum, ou seja, uma intencionalidade pretendida pelo discurso que as compõe. Tais finalidades se divergem, dependendo do objetivo proposto pelo emissor mediante o ato comunicativo. Em se tratando da notícia, qual seria a intenção por ela pretendida? Certamente, a de nos informar sobre uma determinada ocorrência. Trata-se de um texto bastante recorrente nos meios de comunicação de uma forma geral, seja impressa em jornais ou revistas, divulgada pela Internet ou retratada pela televisão. Em virtude de a notícia compor a categoria preconizada pelo ambiente jornalístico, caracteriza-se como uma narrativa técnica. Tal atribuição está condicionada principalmente à natureza linguística, pois diferente da linguagem literária, que, via de regra, revela traços de intensa subjetividade, a imparcialidade neste âmbito é a palavra de ordem. Assim sendo, como a notícia pauta-se por relatar fatos condicionados ao interesse do público em geral, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades que porventura tenderem a ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor. De modo a aprimorar ainda mais os nossos conhecimentos quanto aos aspectos inerentes ao gênero em foco, enfatizaremos sobre seus elementos constituintes: Manchete ou título principal – Geralmente apresenta-se grafado de forma bem evidente, com
vistas a despertar a atenção do leitor. Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal, acrescentando-lhe algumas
informações, de modo a torná-lo ainda mais atrativo.