Gabriel Fernandes. p2 de Brasil III
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UNIVERSIDADE DO ESTADO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Faculdade de Formação de Professores Histria do !rasil III
GABRIEL DA CONCEIÇÃO FERNANDES
São Gonçalo Gonçalo "#
%$ 1 – RESPOSTA: Podemos observar através de Ricardo Salles que, na primeira metade do século XIX, o Brasil passava por uma instabilidade político-social provocada pela oposição ao governo de Pedro I onde, segundo o autor, avia temores e receios de uma restauração! "lém disso, nota-se que ap#s a abdicação de Pedro I, apesar de um alívio destes temores, o Brasil mergulou em uma série de disputas internas onde $acç%es políticas, com pro&etos administrativos di$erentes, entravam em con$lito tendo como ob&etivo obter o poder através do 'overno Regencial que avia sido instaurado em ra(ão da vac)ncia do trono! *u se&a, neste conte+to de vac)ncia do trono, de uma $raca coesão entre as elites e da e$ervescncia da participação popular, as disputas advindas das r ivalidades políticas e as tens%es sociais muitas das ve(es e+plodiam em mani$estaç%es violentas! ais revoltas eclodiram em de(enas de movimentos e protestos em todo Império durante o Período Regencial, como demonstra Basile através de um gr.$ico/ apresentando os aspectos e as tendncias di$erentes, desde a Revolta dos 0als, e+aminada por "lberto 1osta e Silva, onde o &iad baiano $oi 2 uma guerra deles contra os cristãos, isto é, contra os brancos, na qual os negros tinham intenção de controlar as terras” 3SI45", 67//, p! 6789, ou como a Sabinada que 2 foi a última das revoltas a sacudir a Bahia com demandas ligadas às reivindicações da ‘gente de cor” 3'RI:B;R', 67/7, p! 6regresso>! "crescenta-se o $ato de que é possível observar, em /?@7, um grande crescimento da imprensa! :este cen.rio, pan$letos e &ornais eram tidos como arenas políticas de .rdua disputa pelo clamor da opinião pAblica! :ota-se que é neste momento que o Brasil apresenta um entusiasmo na cultura política, esta que é protagoni(ada entre as trs $acç%es caramurus, moderados e e+altados que e$etuavam as press%es no governo e no parlamento! " divergncia entre os pro&etos políticos acentuava os antagonismos e estes 1.
B"SI4;, 0arcelo! 2* laborat#rio da nação a era regencial 3/?@/-/?C79=! p! Drelativa omogenei(ação ideol#gica> que $ala Basile é e+aminada por 0attos e caracteri(ada como >& regresso conservador' a união entre restauradores e (liberais mais moderados( em uma luta contra a )desorgani"ação e a anarquia)* *u se&a, )as noções de organi"ação e ordem voltavam a se imor, referidas à +onarquia, isto é, ao governo do stado, e colorindo nossa roosição, à qual devemos retornar) 30"*S, 67//, p!/G@9! "lém do temor E anarquia, destaca-se que tanto os 4u(ias, quanto os Saquaremas compartilavam de um >sentimento aristocr.tico>! Pode-se di(er que este sentimento aristocr.tico se mani$estava e contina um $undo ist#rico produ(ido desde a coloni(ação e que as elites predominantes, as mesmas que condu(iam o processo de emancipação política, não tinam como ob&etivo alterar a ordem social ierarqui(ada e escravista da sociedade brasileira! 5alorava-se o conceito de $elicidade )assim, o aumento da felicidade, a restauração dos mono!lios e a e-ansão da rique"a constitu#am.se em ob/etivos fundamentais ara 0u"ias e $aquaremas, a ra"ão essencial que os distinguia tanto do (ovo mais ou menos miúdo( quanto dos escravos” 30"*S, 67//, p!/6?9, e tais ob&etivos acabavam por pHr em destaque dois atributos $undamentais para esta camada da sociedade liberdade e propriedade! . que, por ser portadora de liberdade e propriedade, cabia a 2boa
sociedade= governar e que 2os dominantes do mundo do governo são animados a convicção da necessidade de reservação de uma ordem que concebem como natural” 30"*S, 67//, p!/boa sociedade>, o 0undo do rabalo constituído pelos escravos que eram e+propriados da >mais preciosa das propriedades> e e+cluídos do >primeiro dos direitos> e que, por essa condição, não tinam reconecidas as suas capacidades de vontade e o 0undo da Fesordem que era $ormado por libertos, agregados ou moradores que, segundo as elites e suas $ervorosas críticas, se aproveitavam dos movimentos sociais para colocar em risco o regime político e social através de ideias de igualdade! *u se&a, as elites visavam $a(er a manutenção de suas posiç%es como atores e organi(adores do 0undo da Política, sub&ugar e e+plorar o 0undo do rabalo e controlar o 0undo da Fesordem e, para isso, empenavam seus ideais e suas $orças na >consolidação mon.rquica> que permitiu, a esta classe política, estabelecer uma egemonia interna, através do empeno na manutenção da ordem, e promoveu a busca de uma egemonia e+terna, através de políticas do ;stado Imperial em relação ao tr.$ico internacional de escravos, em $irmar a posição brasileira no Prata e pelo amplo empeno em relação E guerra do Paraguai! " trila percorrida pela elite imperial brasileira parecia convergir em um camino! " ascensão antecipada de Pedro II pode ser encarada como um >comum acordo> entre 4u(ias e Saquaremas, pois, a maioridade de Pedro II e sua subida ao trono, com todo peso da mística que envolvia a $igura do imperador e a $orça da tradição mon.rquica, a&udaram a consolidar uma recomposição da elite política e a de$inir, assim, um importante mecanismo regulador de con$litos! Pois, graças a esta nova proposição a tare$a do Imperador de e$etivar uma conciliação entre as $acç%es partid.rias, entre os cidadãos ativos e monopoli(adores da >sociedade política>J em suma, o monop#lio da responsabilidade pelo governo deveria ser e+ercido por meio da organi(ação de um novo ministério! :esses termos, a colocação em destaque da 1oroa permitia operar de $orma contr.ria as cis%es que resultavam não s# em posiç%es partid.rias distintas, mas também com as outras que permaneciam no interior de um
agrupamento privilegiado, com ob&etivo de elimin.-las! ; na medida em que os Saquaremas se apresentavam como os $iéis de$ensores de um Império centrali(ado e dotado de um Poder ;+ecutivo $orte para preservar a ordem - isto é, a reprodução da sociedade dos trs mundos -, desde uma erança regencial presente nos caramurus, todos os demais que se identi$icavam com o imperador não dei+avam de se trans$ormar em Saquaremas! Pois, à sombra da magnificência imerial, 0u"ias e $aquaremas areciam semelhantes*
BIBLIOGRAFIA:
•
S"44;S, Ricardo! 2" Planta ;+#tica * pro&eto político imperial=J 2K4ouvam-se as pessoas e despedem-se com &antaresL=! In
Nostalgia imperial: escravido e
!orma"o da ide#tidade #acio#al #o Brasil do Seg$#do Rei#ado ! 6a ;d! R Ponteio, 67/@, pp! @
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