FRUTI Videira 2008
Short Description
Download FRUTI Videira 2008...
Description
VITICULTURA VITICULTURA Videira: origem Européia Americanas Asiáticas
VITICULTURA
Morfologia da Folha da Videira
Videira = espécie = planta Variedade (cultivar, castas...) Uva = fruto
Ampelografia: • Ciência que estuda a videira, especialmente, as espécies e as variedades. • Objetivo de poder identificá-las. • Hoje, 6.000 variedades são cultivadas (+/40.000 nomes regionais)
Nervura L1
sino lateral superior
lóbulo terminal Nervuras L2 E e D
lóbulo lateral superior
sino lateral inferior lóbulo lateral inferior Sino peciolar
1
Família
Vitaceae
Ordem: Rhamnales Gêneros (15) Vitis
Ampelopsis
Cissus
(94 sp.)
(350 sp.)
Sub-gêneros
Euvitis (n =38)
Grupos
Européia (1 sp.)
Espécies
V.vinifera
Parthenocissus
Outros
(15 sp.) Muscadínia (n=40)
Americana (20 sp.)
V.riparia
V.labrusca
Asiática (10 a 15 sp.)
V.berlandieri
V.amurensis
Familia: Vitaceae • Compreende 700 espécies distribuídas em 15 gêneros Gêneros: Acareosperma, Ampelocissus. Ampelopsis, Cayratia,
Cissus, Clematicissus, Cyphostemma, Nothocissus, Partenocissus, Pterisanthes, Pterocissus, Rhoicissus, Tetrastigma, Vitis, Yua.
V.rotundifolia
Genero = Vitis (2n =38) Sub-espécie
Variedades
Clones
V.vinifera sativa
C.Sauvignon
INRA 337
R5
Pinot Noir
R 10
V.vinifera sylvestris
Chardonnay
Isabel
Bordô
ENTAV 48
Subgenero Muscadinia (2n=40)
Vitis rotundifolia Costa meridional do EUA e México. e margarodes.
Resistente a doenças e pragas. Porta-enxertos resistentes a nematóides, filoxera
Centro de origim de Vitis VITICULTURA
• A bíblia relata a cultura da videira através de Noé (plantou a uva e fez vinho); • A mais velha obra literária reconhecida, escritos babilônicos de 4000 anos, relata sobre o vinho;
1 Centro Euro-Asiatico (V. vinifera) 2 Asiático oriental 3 América Setentrional e América central
• A primeira representação de vinificação remonta 3000 a.C. no Egito; **publicação recente (EUA) fósseis de vasos chineses com idade de 9000 a. C.
2
Difusão do cultivo da videira • Gregos e os Fenícios plantaram videiras e produziram vinhos
entre 1500 a 500 a.C. Na grande bacia do mar mediterrâneo;
• Os romanos difundiram a videira e o vinho para toda Europa até a queda do império em 472 d.C.; • A civilização cristão «Cristianismo» transporta a cultura da Uva e do Vinho ao mundo; • No tempo o vinho além de ter o «valor comercial » também é sinônimo de alegria e convivialidade; (Hidalgo)
EUROPA (velho mundo) = Vitis vinifera L. Metade do Sec. XVII – Europeus importam material vegetativo do Novo mundo (América Norte e Central); 1834 – surgiu o OIDIUM (Uncinula necator) na Gironde (Bordeaux) – redução 70% dos vinhedos - descoberta do uso do enxofre no controle dessa doença.
Oídio (Uncinula necator) – sintomas folhas, frutos e cachos
3
Velho mundo = Vitis vinifera L. 1858-1862 – surgiu a Filoxera (Dactylosphaera vitifoliae) em 20 anos destriu 50% vinhedos europeus; França : 2,5 milhões hectares para 1,5 ( grande crise de 1873-78) Planchon em 1868 – descreveu as fases sexual e assexual; Laliman em 1869-1871 – Define que variedades americanas são resistentes e suger o uso de enxertia; Prof. Milhardet em 1874 – Estuda a resistência, definindo variedades e recomenda o emprego de Vitis riparia como portaenxertos Ciclo anual da Filoxera (Dactylosphaera vitifoliae)
Velho mundo = Vitis vinifera L.
1878-1885 – Apareceu o Mildio ( ) – Prof. Milhardet descobre por a eficiência do Sulfato de cobre (por azar) – surgimento da Calda Bordaleza e a industria química na agricultura.
Ataque da Filoxera (Folhas e raízes)
4
Mildio (Plasmopara viticola) – sintomas nas folhas
Mildio (Plasmopara viticola) – sintomas nos cachos
DISTRIBUIÇÃO E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DA VITICULTURA
VITICULTURA Importância: sócio-economico
MUNDIAL – 8,7 milhões de ha (Espanha, França e Itália) BRASIL – 87.792 ha 2006 1.228.390 toneladas
RIO GRANDE DO SUL – 47.792 ha 2006 623.847 toneladas
5
VINHOS - PRODUÇÃO (bilhões de litros/ano)
VINHOS - CONSUMO (litros per capita/ano)
1o. Luxemburgo (63,33) 1o. França (5,75) 2o. Itália (5,16) 2o. França (58,15) o 3 . Espanha (4,17) 3o. Itália (53,44) o 4 . Estados Unidos (2,33) 4o. Portugal (49,96) 5o. Argentina (1,25) 5o. Croácia (46,96) 6o. Alemanha (0,98) 6o. Suíça (40,73) 7o. Espanha (34,61) 7o. Austrália (0,80) 8o. África do Sul (0,69) 8o. Argentina (33,67) 9o. Portugal (0,67) 9o. Uruguai (32,60) 10o. Chile (0,64) 10o. Eslovênia (31,13) o 11 . China (0,57) 11o. Áustria (29,52) 12º. Romênia (0,55) ...................................... 13o. Brasil (0,37) 15o. Alemanha (23,63) 14º. Grécia (0,36) ......................................... 15º. Hungria (0.30) 53o. Brasil (1.85) Fonte: Wine Institute (2003-04)
SANTA CATARINA
6
Produção de Uvas (ton) e Área de Videira (ha) no Brasil Unidade Federação Pernambuco Bahia Minas Gerais São Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul
Brasil
Produção (ton) 155783 89.738 12.294 194.461 104.480 47.787 623.847
1.228.390
Área Plantada (ha) 6.471 2.911 929 18.772 5.900 4.986 47.584
87.792
Fonte: IBGE (2006)
●Brasil: - Segunda metade do século XIX → Cultivares de uvas americanas ●Santa Catarina: - Primeiro registro → 1807 → Região São Francisco → Var. Isabel
Vitis labrusca (americana)
Vitis vinifera (européia)
Legenda: ■ Água Doce ■ Campos Novos ■ Videira ■ Tangará ■ São Joaquim ■ Nova Trento ■ Rodeio ■ Urussanga
Municípios com Viticultura em Santa Catarina
7
VITICULTURA Videira: propagação
Fonte: IBGE (2004)
Videira, Tangará, Pinheiro Preto...
Videira: propagação
Videira: propagação
• Sexuada: Semente - Melhoramento (criação varietal)
• Assexuada: Vegetativa - Estaquia = Porta-enxertos
• Plantas matrizes: – Genética e Sanidade Comprovada!!!!
- Enxertia = Produção de mudas
8
Planta Matriz: potencial quantitativo e qualitativo comprovado
Planta matriz de porta-enxerto: genética e sanidade comprovada
9
Enxertia a Campo
10
Enxertia Omega
Conservação: câmara fria (2-4 oC) Re-hidratação: 48 horas
Enxertia Omega Enxertia Omega
Enxertia de Mesa Mecânica (tipo Omega)
11
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Temperatura da cera (liquida) = 85 oC Mistura 2 marca = Rebwachs WF (Vermelha com hormônio) Ciragref 80 (Branca, elástica)
12
Enxertia Omega Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Câmara de calificação (forçagem) Temperatura = 28 oC Umidade Relativa = 85-90% Sem luz (escuro)
13
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Água Aquecida (28 oC) Sulfato de Cobre Pentahidratado (40 ml) Exuberone (0,2%)
Enxertia Omega
Câmara de calificação (forçagem) Temperatura = 28 oC; Umidade Relativa = 85-90% e ausência de luz (escuro)
Enxertia Omega
Forçagem e Calificação com serragem
14
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega Enxertia Omega
15
Enxertia Omega Enxertia Omega
Enxertia Omega Enxertia Omega
16
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega
17
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega
Enxertia Omega
18
VITICULTURA Videira: preparo solo e plantio
Preparo do solo e plantio
19
Captação e conversão da energia solar
SOMBRA
Captação: dimensão e disposição aparato foliar
Conversão: idade, sanidade e eficiência aparato foliar
Sistema condução
VITICULTURA
Espaldeira
Videira: sistema de condução Manjedoura Latada
20
Latada:
Sistema condução
Latada:
ambiente
F – Cordões secundários
B - Cantoneira
•Plantas no plano horizontal; •Proporciona
E – Palanques internos
A – linha mestra
G - Fios simples
C – Palanques externos D - Rabichos
Altura: 1,80 a 2,00 m. acima do solo
úmido,
sombreado e pouco ventilado;
solo
G
F
•Zona de produção 1,80 m do A
E
•Frutos açúcar acidez
D
•Carga de gemas - 100 a 140 mil / ha
C
•Indicado para uvas de mesa
B
Sistema condução
Latada
Sistema condução
Latada
21
Sistema condução
Espaldeira: •Plantas no plano vertical; •Proporciona ambiente seco, ensolarado e ventilado; •Zona de produção 1 a 1,20 m do solo •Frutos açúcar acidez •Carga de gemas - 50 a 80 mil / ha •Indicado para uvas para vinho
Latada
Espaldeira: A – linha de frutificação
Sistema condução
Obs: Fio fruteiro n° 12 ou 14
B - linha de condução da vegetação C – Palanque D – Palanque suporte C
40 cm B
35 cm
A
25 cm
D 1,0 m
Espadeira
22
Sistema condução
Posteamento em espaldeira: Vista dos Palanques de Suporte
Espadeira
Manjedoura:
Manjedoura: A – linha de frutificação
•Sistema intermediário
B - linhas de condução da vegetação
Obs: Fio fruteiro n °12 ou 14
C – Palanque em Y
•Plantas no plano oblíquo; •Problemas no centro da formação
D – Palanque suporte
C B
•Zona de produção 1,45 m do solo •Frutos ~ na qualidade •Carga de gemas – 80 a 100 mil / ha
A
40 cm 35 cm 35 cm 30 cm
1,45 m
•Indicado uvas p/ vinho, suco e mesa
23
Sistema condução
Semi-latada (manjedoura)
Sistema condução
Semi-latada (manjedoura)
Sistema condução
VITICULTURA Videira: poda
Semi-latada (manjedoura)
24
Poda de Formação em Espaldeira:
Poda
Gema
Dois cordões esporonados
•Podam-se as ramos para estimular a brotação do ano, com vigor.
Queda da folhas
Um cordão esporonado
Dormência (repouso)
Complexo Gemário
3 gemas
25
Meristema
Inflorescência (Cacho)
Folhas
Cacho
Meristema
Folhas
Gavinha Brotação
Cacho
26
Estádios fenológicos da videira
A= gema de inverno: gema do ano precedente, ainda completamente coberta de escamas protetoras
Estádios fenológicos da videira
B= gema algodão: gema inchada (intumescida) com escamas que iniciam a abrir, lanugem bem visível
Estádios fenológicos da videira
Estádios fenológicos da videira
C= ponta verde: a gema continua a inchar e se alongar, apresentado um ponto verde constituído do jovem broto
D= folha visível: aparecimento de folhas rudimentares com forma de roseta. As basais ainda protegidas por escamas da gema
27
Estádios fenológicos da videira
E= folha aberta: primeiras folhas estendidas, apresentando as características da variedade
Estádios fenológicos da videira
F= inflorescência visível: aparecimento de cachos rudimentares no ápice dos brotos em crescimento, 4 a 6 folhas estendidas
Estádios fenológicos da videira
Estádios fenológicos da videira
G= inflorescências separadas: elas se abrem e se alongam sobre o broto, os órgãos florais são ainda aglomerações, 6 a 10 folhas estendidas
H= botões florais separados: as flores são claramente separadas, 10 a 14 folhas estendidas
28
Estádios fenológicos da videira
Estádios fenológicos da videira 25% flores abertas
Inicio
I = floração: de 14 a 18 folhas estendidas, caliptro (capucho) abre e cai, duração de 5-10 dias
Estádios fenológicos da videira
I = Inicio de floração
50% flores abertas
I = floração
Estádios fenológicos da videira
J= fertilização: estames secam, visível engrossamento do ovário, queda das flores não fecundadas, de 16 a 20 folhas estendidas.
29
Estádios fenológicos da videira
Estádios fenológicos da videira
(100% polinizadas)
Final fertilização
Final polinização (50% polinizadas)
J = Fertilização
Estádios fenológicos da videira
J = Fertilização
Estádios fenológicos da videira
Fechamento cacho Gão de ervilha
Maturação
30
Estádios fenológicos da videira
Fim fechamento do cacho
Estádios fenológicos da videira
25% coloração
50% coloração
75% coloração
Estádios fenológicos da videira
Inicio maturação “mudança coloração)
Estádios fenológicos da videira
90-95% maturação
Plena maturação
31
Queda da folhas Colheita
Dormência (repouso)
Poda
Poda de frutificação
•No
sistema
condução
Poda
de em
espaldeira faz-se a PODA CURTA.
Poda frutificação na Quinta da Neve, São Joaquim.
32
Poda
Poda verde- Desponta
Poda Vara
Esporão •Corte dos sarmentos herbáceos → desvio da seiva •Possível mecanização Crescimento vegetativo Quinta da Neve, São Joaquim.
Curta
Longa
Desponta vinhedos Portugal
Esporão
Mista
Poda
Poda
Vara
Verde Poda e quebra dormência
33
Doenças
VITICULTURA
Viroses
Videira: doenças e pragas
Enrolamento das folhas ( Leaf roll) Entre nós curtos – Folha em leque ( Fan leaf) Intumescimento dos ramos ( Corky bark) Lenho rugoso ( Lenho riccio) Controle: Material vegetativo (MUDAS) Genética e sanidade comprovada
Doenças
Doenças Antracnose (Elsinoe ampelina) Mildio (Plasmopara viticola) Oidio (Uncinula necator) Podridões cachos (Botrytis spp; Glomerella spp) Podridões raízes (Fusarium spp.; Verticillium spp.) Controle: Variedades resistentes Manejo e produtos químicos Virose: enrolamento das folhas
34
Doenças
Doenças
Míldio (folhas) Plamospara viticola Antracnose (Elsinoe ampelina)
Doenças
Doenças
Míldio (cachos) – Plamospara viticola Oidio (Uncinula necator)
35
Pragas
Pragas Filoxera (Dactylosphaera vitifoliae) Margarodes (Eurhizococcus brasiliensis) Controle: Variedades resistentes manejo e produtos químicos
Filoxera (Dactylosphaera vitifoliae)
Pragas
Pragas
Margarodes(Perola da terra) Eurhizococcus brasiliensis
36
colheita
VITICULTURA
Videira: colheita
colheita
colheita
37
Colheita
Colheita Manual e Mecânica Brasil Serra Gaúcha (RS) e Vale Rio Peixe (SC) Dezembro a Março Precoces = 15 Dez a 15 Jan Intermediárias = 15/Jan a 15/Fev Tardias = 15/Fev a 15/Mar ***Planalto Norte e Sul Catarinense: Março – Abril – Início de Maio
Colheita
Colheita
Refratômetro Grau Brix
38
Colher as uvas pela manhã;
colheita
colheita
colheita
colheita
Proceder à colheita manual; Proceder à seleção da uva colhida Acondicionar a uva colhida em caixas plásticas especiais, limpas, (máxima de 20Kg); Encaminhar a uva à unidade beneficiadora imediatamente O ideal é iniciar seu processamento em no máximo 12 horas após a colheita; Evitar transportes a longas distâncias;
Para a obtenção de 1ºGL de álcool, são necessários 18g/L de açúcar na uva; A legislação brasileira determina que os vinhos de mesa devem ter entre 10 e 13ºGL de álcool e estabelece que todo álcool do vinho deve ser formado via fermentação; Desse modo, para que o vinho contenha pelo menos 10ºGL, o mesmo deverá ser elaborado com uvas contendo pelo menos 18% (180g/L) de açúcar; Entretanto, o ideal para a sua conservação e qualidade é que contenha pelo menos 11ºGL, devendo a uva ser colhida com pelo menos 200g/L de açúcar.
Se possível, resfriar rapidamente a uva na vinícola, antes do esmagamento.
39
colheita
colheita
40
View more...
Comments