Fisiologia Digestiva Dos Caprinos

June 12, 2019 | Author: Larissa Feijó | Category: Small Intestine, Bile, Mouth, Gastrointestinal Tract, Liver
Share Embed Donate


Short Description

Download Fisiologia Digestiva Dos Caprinos...

Description

Fisiologia digestiva dos caprinos: Hábitos alimentares e ingestão de alimentos Os caprinos apresentam hábitos alimentares característicos, com preferências bastante definidas. Por isso, uma mesma ração pode ser consumida em quantidades diferentes, dependendo da forma e da freqüência com que é oferecida. O comportamento comportamento alimentar e outras informações da fisiologia digestiva dos caprinos que mostram diferenças com relação a outros ruminantes estão resumidos a seguir: 1. Gastam cerca de um terça do tempo de pastejo, caminhando; 2. Têm preferência por folhas largas e por ração variada, adequando sua alimentação conforme a disponibilidade; 3. São bastante seletivos; 4. Os lábios são bastante móveis e permitem um pastejo mais rente; 5. São hábeis em ingerir alimentos na posição bipedal; 6. A ingestão de alimentos é rápida, mas a mastigação é bem mais demorada; 7. Apresentam comportamento comportamento cíclico, com maior maior atividade no início da manhã e a tardinha, podendo isto ser afetado por condições ambientais; 8. Ao contrário do que se pensa, são animais fastidiosos, capazes de distinguir sabores doces, azedo, salgado e amargo; 9. Mostram um maior turnover de alimentos; 10. A reciclagem de N é mais eficiente nos caprinos; 11. Utilizam água de forma mais eficiente que bovinos e ovinos; 12. Apresentam maior taxa metabólica que os bovinos; 13. Cabras de alta produção podem consumir consumir duas vezes mais matéria seca como porcentagem do peso vivo do que vacas leiteiras. Todas estas peculiaridades somadas à grande mobilidade labial dos caprinos fazem com que ele tenha uma ingestão bastante seletiva, ou seja, a quantidade e a qualidade do alimento ingerido é diferente do alimento oferecido. oferecido.

Conheça o caminho percorrido pelo alimento no trato digestório do ruminante

Para se obter eficiência no manejo alimentar e entender como funciona o manejo nutricional de uma vaca leiteira é necessário conhecer o caminho percorrido pelo alimento no trato digestivo dos ruminantes, r uminantes, assim como a anatomia e a fisiologia do trato digestório dos ruminantes. A Figura 1 ilustra o estômago e intestinos de um bovino adulto, sobre os quais se explanará, de forma concisa, neste artigo. Ingestão de alimentos

Existem várias teorias sobre o controle de ingestão de alimentos, no entanto o aprofundamento nestas teorias foge dos objetivos deste artigo. São dois os principais fatores que interferem na quantidade de alimentos ingeridos pelos ruminantes: o nível de energia da dieta, que exerce o controle metabólico da ingestão, visando manter constante a energia digestível; e a distensão estomacal, ou seja, a restrição pela capacidade física do rúmen, de forma que, quanto maior o teor de fibra em uma forragem, menor a digestibilidade, maior permanência no trato gastrintestinal e menor a ingestão voluntária.

Figura 1 - Aparelho digestivo dos ruminantes r uminantes do rúmen ao reto, adaptado de Russel (2002). Apreensão dos alimentos

O processo de apreensão dos alimentos (captação) varia de acordo com a espécie animal (WELCH e HOOPER, 1993). Nos bovinos, a língua longa e móvel, é o principal órgão de apreensão, pelo quais os alimentos sólidos são apanhados e levados à cavidade oral (boca), auxiliado por movimento da cabeça, na direção posterior. Ao ingerir líquido, colocam apenas a porção média da fenda labial sobre o líquido, havendo retração da mandíbula e da língua, produzindo uma pressão negativa que aspira o líquido para o interior da cavidade oral. Estando o alimento na boca, estes são cortados pela compressão dos dentes incisivos inferiores contra o palato duro superior (os ruminant ruminantes es não possuem dentes incisivos superiores), no processo denominado mastigação, que tem por finalidade reduzir o tamanho dos componentes do alimento a partículas menores, permitindo, junto com a insalivação do alimento, formar o bolo alimentar para facilitar a deglutição, além de tornar as estruturas internas das forragens expostas, ao ataque dos microrganismos microrganismos no retículo/rúmen. Faringe e Esôfago

A propulsão do material sólido da boca para a faringe é realizada pelos movimentos da língua, separando o material, na boca, pela colocação da extremidade da língua contra o palato duro. A porção a ser deglutida é propelida, havendo elevação e retração da língua contra o palato. Simultaneamente, a respiração é inibida e a contração dos músculos da faringe fecha a glote e abre a faringe, permitindo a entrada do bolo alimentar. A propulsão do bolo através da faringe acontece por uma contração peristáltica que começa no constrictor superior e progride através do músculo constrictor da faringe. Essas contrações, juntamente com o relaxamento do esfíncter esofágico superior, propelem o bolo para o esôfago. O esôfago propele o material para o estômago, por contrações coordenadas pelas camadas musculares e sua parede, que são contrações peristálticas. Essas contrações começam exatamente abaixo do esfíncter esofágico e ocorrem sequencialmente, dando a aparência de um movimento ondular de contração em direção ao estômago. Depois da sequência dos passos da contração o músculo esofagiano torna-se novamente flácido. Estômago

O estômago compreende quatro compartimentos: os pré-estômagos (rúmen, retículo e omaso) e o estômago verdadeiro, o abomaso. A mucosa dos pré-estomagos não produz secreções, predominando a presença de microrganismos (bactérias, fungos e protozoários), responsáveis pela “digestão microbiana”, fundamental no suprimento de nutrientes para o animal, especialmente substrato para

produção de energia (TEIXEIRA, 1996). No abomaso, há secreção de enzimas e inicia-se, o processo de digestão ácida.

Por meio de contrações musculares no retículo-rúmen, em consequência de estímulos provenientes do sistema nervoso central, ocorrem movimentos ordenados e sincronizados que fazem com que o bolo alimentar ingerido seja misturado com o alimento já existente no rúmen. Este bolo alimentar retorna à cavidade oral pela regurgitação, é remastigado, reinsalivado e redeglutido, em processo que se denomina ruminação. O tempo despendido dependerá da textura e quantidade de alimento ingerido; os bezerros gastam 120 minutos durante o dia e 180 minutos durante a noite, ruminando. Adultos podem gastar 35 a 80 minutos de ruminação/kg de volumoso consumido, sendo que 66% desse tempo ocorrem à noite (TEIXEIRA, 1996). Simultaneamente, há grande quantidade de gases produzidos no rúmen, provenientes da fermentação microbiana, que escapam pela boca, narinas e traquéia, durante a eructação. Após o retorno da digesta ao rúmen, há retenção por algum tempo, não passando imediatamente ao omaso. O bolo alimentar é depositado na parte dorsal do saco craneal do rúmen, e, por meio de contrações cíclicas coordenadas, iniciadas no retículo ruminal o bolo alimentar é arrastado em sentido caudal, formando um sistema de paredes e canais, que levam o alimento até a goteira reticular e o orifício retículo-omasal. A transferência da digesta para o omaso se dá quando ocorre o final da contração reticular e a diminuição das contrações do omaso. Assim, a passagem da digesta para o omaso é relativamente contínua e controlada pela ação de contrações do retículo e do omaso, sendo que o orifício retículo-omasal funciona como uma válvula. As contrações omasais, menos intensas que as reticulares, propulsionam o material para o abomaso. O abomaso possui forma alongada, situa-se à direita do rúmen e repousa sobre o assoalho abdômen, caudalmente ao retículo. Internamente, é revestido por uma mucosa lisa, que contém numerosas glândulas que secretam o suco gástrico, que inicia o processo de digestão ácida. Na forma semifluida, o bolo alimentar passa ao intestino, onde continua o processo químico, iniciado no abomaso, sofrendo ação de outras secreções do sistema digestivo (suco pancreático, bile e suco intestinal). Intestino Delgado

O intestino delgado é o principal sítio de absorção de nutrientes em todas as espécies (BONDI, 1989). Compreendendo o duodeno, jejuno e íleo, diferentes entre as espécies, com relação ao tamanho e à capacidade. A superfície interna é intensamente pregueada e apresenta numerosas vilosidades, que são projeções em forma de dedo. As vilosidades movimentam-se facilitando o contato da mucosa com os nutrientes digeridos, sob controle do sistema nervoso e estímulo de hormônios. Os nutrientes passam através do epitélio celular e penetram nos capilares sangüíneos ou no sistema linfático, sendo transportados pela veia porta até o fígado, e pelo sistema linfático até o coração. A digesta não absorvida passa para o intestino grosso por meio de contrações rítmicas (peristalses) e segmentadas (segmentação rítmica). Fígado

O fígado é um dos maiores órgãos do organismo e, do ponto de vista metabólico, o mais complexo (TEIXEIRA, 1996). Tem como função básica, no processo de digestão, a formação e secreção da bile, a qual é armazenada na vesícula biliar, que, quando estimulada, libera o conteúdo dentro do intestino delgado, fundamental no processo de digestão e absorção das gorduras, colesterol, vitaminas lipossolúveis e outros. Bile

A bile é composta, principalmente, por ácidos biliares, os quais são produzidos no fígado. Depois de secretados, os ácidos biliares podem ser armazenados na vesícula biliar e, então, propelidos para dentro do intestino delgado, onde participam da digestão e absorção de lipídios. No íleo terminal, os ácidos biliares são ativamente absorvidos e levados, via sangue portal, para o fígado, onde são secretados novamente. Este processo é chamado circulação enterohepática (retorno ao fígado dos ácidos secretados no intestino). A função da bile é de emulsicação dos lipídios, neutralização de ácido e excreção de metabólitos. A emulsificação ocorre devido aos sais biliares ter em grande capacidade de reduzir a tensão superficial da água, sendo capazes de atuar nas gorduras que chegam ao intestino, dissolvendo os ácidos graxos e os sabões insolúveis em água. Além disso, é um importante veículo de excreção de alguns medicamentos, toxinas, pigmentos biliares e diversas substâncias inorgânicas, como cobre, zinco e mercúrio.

Secreção Pancreática

A atividade das enzimas pancreáticas no intestino dos ruminantes é muito baixa. A sua função é a digestão do amido que escapa da fermentação ruminal, pela amilase pancreática. Portanto, a quantidade de amido que chega ao intestino afeta a quantidade de amilase secretada. Intestino grosso

O intestino grosso compreende o ceco, e cólon (ou colo) e o reto. Sua função principal consiste na absorção de água e eletrólitos. É no intestino grosso que ocorre a formação das fezes, a partir do material não digerido e da fração endógena. Após a passagem pelo intestino grosso, os resíduos alimentares do aparelho digestivo são acumulados no cólon e levados até o reto por meio de movimentos peristálticos, onde os esfíncteres anais interno e externo, contraem-se, impedindo a saída das fezes através do ânus. A distensão do reto, provocada pela presença das fezes, dá origem à sensação da necessidade de evacuar, desencadeando o reflexo da defecação. Devido à contração da musculatura longitudinal do cólon, seguida por uma onda peristáltica intensa, as fezes são excretadas dos esfíncteres relaxados.

Compreender o sistema digestivo do animal ruminante Sábado, agosto 22, 2009

Ruminantes possuem um sistema digestivo único que lhes permite o uso de energia a partir  de material vegetal fibroso melhor do que outros herbívoros, escreve o Dr. Jane A. P arish, Dr. J. Daniel Rivera eo Dr. Holly T. Boland neste relatório Serviço de Extensão Mississippi State University. Ruminantes incluem bovinos, ovinos e caprinos. Os ruminantes são mamíferos ungulados que têm um sistema digestivo único que lhes permite uma m elhor utilização de energia a partir de material vegetal fibroso que outros herbívoros.

 Ao contrário de monogástricos, como suínos e aves, ruminantes possuem um sistema digestivo projetado para fermentar alimentos e fornecer precursores de energia para o uso animalto. Através de uma melhor compreensão de como o sistema digestivo das obras de ruminantes, os produtores de gado podem entender melhor como cuidar e alimentar os animais ruminantes.

Ruminantes Anatomy Digestivo e Função O sistema digestivo de ruminantes qualifica exclusivamente animais ruminantes, como bovinos para usar eficientemente alimentos de alto volumoso, incluindo forragens. Anatomia do sistema digestivo de ruminantes inclui a boca, língua, glândulas salivares a produzir saliva (para tamponamento do pH ruminal), esôfago, estômago fourcompartment (rúmen, retículo, omaso e abomaso), pâncreas, vesícula biliar, intestino delgado (duodeno, jejuno, e íleo) e intestino grosso (ceco, cólon e reto). Uma ruminantes usa sua boca (cavidade oral) ea língua para colher forragem durante o pastoreio ou a consumir alimentos colhidos. Gado colher forragem durante pastoreio envolvendo a língua em volta das plantas e, em seguida, puxando a rasgar a forragem para o consumo. Em média, o gado tomar de 25.000 para mais de 40.000 mordidas preênsil para a colheita de forragem ao pastar a cada dia. Eles costumam passar mais de um terço de seu tempo de pastejo, um terço de seu tempo de ruminação (CUD de mascar), e um pouco menos de um terço do seu tempo em marcha lenta onde eles estão, nem pastar, nem ruminando. o céu da boca de ruminantes é um palato duro / macio, sem dentes incisivos. Os incisivos do maxilar inferior trabalhar contra esta almofada dental dura. Os incisivos de grama / volumoso seletores são largas com uma coroa em forma de pá, enquanto aqueles de seletores de concentrado são mais estreitas e chiselshaped. Prémolares e molares corresponder entre superior e mandíbula inferior. Estes dentes esmagar e triturar  material vegetal durante a mastigação inicial e ruminação. ajudas de saliva na mastigação e deglutição, contém enzimas para a quebra de gordura (lipase salivar) e amido (amilase salivar), e está envolvida na reciclagem de nitrogênio para o rúmen.Função mais importante da saliva é para amortecer os níveis do pH do rúmen e do retículo. Uma vaca adulta produz até 50 litros de saliva por  dia, mas isso varia, dependendo da quantidade de tempo gasto alimentação de mascar, pois que estimula a produção de saliva.

Forragem e alimentos para animais se mistura com a saliva contendo sódio, potássio, fosfato, bicarbonato e ureia, quando consumida, para formar um bolo. Isso bolus seguida, move desde a boca até o retículo através de uma passagem de t ubo, chamado o esófago. Contrações musculares e as diferenças de pressão levar essas substâncias para o esôfago para o retículo. Ruminantes comer rapidamente, engolindo muito de seus alimentos sem mastigar suficientemente (
View more...

Comments

Copyright ©2017 KUPDF Inc.
SUPPORT KUPDF