FIORIN, J.L., Introdução à Linguistica.
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FIORIN, J.L., Introdução à Linguistica. I – objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2002. Linguística: área de estudo cientifico da linguagem. Modistas: afirmavam a autonomia da expressão e da gramática, com relação à lógica. Segundo seus princípios, uma categoria gramatical não deve ser definida por seu significado, mas pela relação que existe entre esse seu significado e a maneira como ele é expresso. (Dicionário de linguística) Gramática Comparada ou Linguística Comparada: surgiu no século XVII, mas ganhou força somente no sécul XIX, com os pensamentos voltados para a idéia de um ideal universal das línguas, tendo como referentes razões bíblicas,crenças, formação de uma gramática universal, preocupando-se então com os aspectos diacrônicos das línguas, como elas evoluem, assim sendo, buscavam compará-las e assim encontrar parentescos entre as diversas línguas. Linguística Histórica: é a disciplina linguística que estuda o desenvolvimento histórico de uma língua como ela surgiu, quais línguas influenciaram sua estrutura e uso, as mudanças que sofreu ao longo do tempo e o porquê dessas mudanças, etc.
Linguagem, língua e linguística. Associação da palavra (linguagem verbal) ao poder de criar. A linguagem verbal é a matéria do pensamento e o veiculo da comunicação social. Tudo o que se produz como linguagem ocorre em sociedade. Como realidade material a linguagem é relativamente autônoma; como expressões de emoções, ideias, propósitos, no entanto, ela é orientada pelo falante. - p. 12Os hindus começaram a estudar a língua por motivos religiosos, para que os textos sagrados não sofressem modificações ao serem proferidos. Os gregos preocupavam-se em definir a relação entre o conceito e a palavra que o designa (há uma relação necessária entre a palavra e o seu significado?). Na Idade Média, os modistas consideravam que a estrutura gramatical das línguas é uma e universal, e que, em consequência, as regras da gramática são independentes das línguas em que se realizam. - p. 13 – A linguística moderna, embora também se ocupe da expressão escrita, considera a prioridade do estudo da língua falada como um de seus princípios fundamentais. É com a divulgação dos trabalhos de Ferdinand Saussure que a linguagem passa a ser reconhecida como estudo cientifico. - p. 14 – Para Saussure a linguagem abrange vários domínios, é ao mesmo tempo física, fisiológica e psíquica. A língua é para Saussure “a parte social da linguagem”, exterior ao individuo, não poder ser modificada pelo falante e obedece as leis do contrato social estabelecido pelos membros da comunidade. Conforme Saussure, a fala é um ate individual; resulta das combinações feitas pelo sujeito falante utilizando o código da língua. A teoria da analise linguística herdeira das ideias de Saussure foi denominada estruturalismo. - p. 15 Para Chomsky a linguagem é uma capacidade inata e especifica da espécie, isto é, transmitida geneticamente e própria da espécie humana. Chomsky e os que compartilham essa ideia dedicam-se à busca de propriedades universais, na tentativa de construir uma teoria geral da linguagem fundamentada nesses princípios. Essa teoria é conhecida como gerativismo. - p. 17 A comunicação das abelhas não é uma linguagem, é um código de sinais, como se pode observar pelas suas características: conteúdo fixo, mensagem invariável, relação a uma só situação, transmissão unilateral e enunciado indecomponível. A linguística detem-se somente na investigação
Estruturalismo: centrado não no discurso próprio, mas nas regras e convenções subjacentes que permitiam a língua operar: qual a lógica que subjaze oculta por detrás da fala das gentes. Saussure estava interessado na infra-estrutura da língua, aquilo que é comum a todos os falantes e que funciona em um nível inconsciente. Seu inquérito concentrou-se nas estruturas mais profundas da língua, mais nos fenômenos de superfície, não fazendo nenhuma referencia à evolução histórica do idioma. Gerativismo: a linguagem é uma capacidade inata; a criatividade é o principal fator responsável pela identificação da linguagem humana, pois o ser humano é capaz de criar, interpretar e reproduzir outras formas de comunicação. Os gerativistas defendiam que com um número finito de regras gramáticais podemos formular infinitas sentenças de uma língua. Esse princípio do gerativismo ficou conhecido com Propriedade de Infinitude Discreta. Os linguístas gerativistas tem dois princípios: a Competência e o Desempenho linguístico. A competência destaca-se como a nossa capacidade de produzir variadas sentenças, ou seja, o sujeito sabe produzir sentenças de acordo com uma gramática interna, no qual, já sabemos distinguir uma frase gramatical ou a gramatica.
cientifica da linguagem verbal humana e ela estuda a principal modalidade dos sistemas de signicos, as línguas naturais. As línguas naturais situam-se numa posição de destaque entre os sistemas signicos porque possuem, entre outras, as propriedades de flexibilidade e adaptabilidade, que permitem expressar conteúdos bastante diversificados. Ao observar a língua em uso o linguista procura descrever e explicar os fatos: os padrões sonoros, gramaticais e lexicais que estão sendo usados. - p. 18 – A metodologia de analise linguística focaliza, principalmente, a fala das comunidades e, em segunda instancia, a escrita. Os critérios de coleta, organização, seleção e analise dos dados linguísticos obedecem aos princípios de uma teoria linguística expressamente formulada para esse fim. Os resultados obtidos são correlacionados às informações disponíveis sobre outras línguas com o objetivo de elaborar uma teoria geral da linguagem. Distinguem aqui dois campos de estudo: a linguística geral e a descritiva. A linguística geral oferece os conceitos e modelos que fundamentarão a analise das línguas; a linguística descritiva fornece os dados que confirmam ou refutam as teorias formuladas pela linguística geral. No séc. XIX os linguistas preocupavam-se com o estudo das transformações por que passam as línguas, na tentativa de explicar as mudanças linguísticas. A linguística era histórica ou diacrônica. Saussure, no inicio do séc. XX, introduziu um novo ponto de vista do estudo das línguas , o ponto de vista sincrônico, segundo o qual as línguas eram analisadas sob a forma que se encontravam num determinado momento histórico, num ponto do tempo. A descrição sincrônica analisa as relações existentes entre os fatos linguísticos num estado da língua; os estudos diacrônicos são feitos com base a analise de sucessivos estados da língua. - p.19 A gramática tradicional assumiu desde sua erigem um ponto de vista prescritivo, normativo em relação a língua. A conjunção do descritivo e do normativo efetuada pela gramática tradicional opera uma redução do objeto de analise que, de intrinsecamente heterogêneo, assume uma só forma: a do uso considerado correto da língua. - p. 20 Está suficientemente demonstrado que a língua escrita não pode ser modelo para a língua falada. A Linguística histórica, estudando em profundidade as transformações da linguagem, mostrou que a as mudanças linguísticas frequentemente tem sua origem na fala popular: muitas vezes o errado de uma época passa a ser consagrado como a forma correta da época seguinte. - p.21 A Linguística como qualquer ciência, descreve ser objeto como ele é, não especula nem faz afirmações sobre como a língua deveria ser.
- p. 22 Uma sequencia de palavras é agramatical quando não respeita as regras gramaticais do sistema linguístico. A gramática é gerativa, porque de um numero limitado de regras permite gerar um numero infinito de sentenças. A gramática funcional leva em consideração o uso das expressões linguísticas na interação verbal; inclui na analise da estrutura gramatical toda a situação comunicativa: o propósito do evento da fala, os participantes e o contexto discursivo. - p. 55 A realidade só tem existência para os homens quando é nomeada. Os signos são, assim, uma forma de aprender a realidade. Só percebemos no mundo o que nossa língua nomeia. - p. 56 – A língua não é um sistema de mostração de objetos, pois a linguagem humana pode falar de objetos presentes ou ausentes da situação de comunicação. A atividade linguistica é uma atividade simbólica, o que significa que as palavras criam conceitos e esses conceitos ordenam a realidade, categorizam o mundo. Para Saussure o pensamento é como uma nebulosa onde nada esta necessariamente definido, não existem ideias preestabelecidas, e nada é distinto antes do aparecimento da língua. - p. 57 – A mesma realidade, a partir de experiências culturais diversas, é categorizada diferentemente. - p. 58 – A definição de signo dada por Saussure é substancialista, pois ele trata do signo em si, como união de um significante e um significado. - p. 59 – Para Hjelmslev há uma forma do conteúdo e uma substancia do conteúdo; uma forma da expressão e uma substancia da expressão. A substancia da expressão são os sons e a substancia do conteudo, os conceitos. - p. 60 – Qualquer produção humana dotada de sentido é um signo. - p. 61 – A arbitrariedade do signo não se aplica a todas as linguagens, pois há linguagens que tem signos em que a relação entre significante e significado é motivado.
- p. 62 – Jakobson mostra que, embora estivesse correta a afirmação de saussureana de que os signos linguísticos são arbitrários, ela deveria ser matizada, pois, em muitos casos, em todos os níveis da língua aparecem motivações. Os sons parecem ter um simbolismo universal. - p. 65 – A linearidade é uma característica das línguas naturais, segundo a qual is signos, uma vez produzidos, dispoen-se uns depois dos outros numa sucessão temporal ou espacial. Por causa dessa característica, não se pode produzir mais de um elemento linguístico de cada vez: um som tem que vir depois dos outro, uma palavra depois da outra. O signo é a
união de um plano de expressão a um plano do conteúdo. Signo conotado é um signo cujo plano de expressão é um signo. - p. 68 – Signo é toda produção humana dotada de sentido. - p. 71 – De acordo com Adam Schaff, levando em conta o critério da intenção comunicativa presente nos signos, eles podem classificar-se em signos naturais ou signos artificiais. Os signos naturais são fenômenos da natureza que servem de veiculo para nos fazer perceber um fenômeno natural. Os signos artificiais são produzidos para fins de comunicação. - p. 72 – Considerando a função que os signos artificiais tem na interpretação das diferentes linguagens, eles podem ser divididos em signos verbais e signos com expressão derivativa. - p. 73 -
signos verbais artificias (signos propriamente ditos) Signos naturais
sinais signos com expressão derivativa
signos substitutivos signos substitutivos
stricto sensu simbolos
- p. 121 –
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