Fichamento Texto_PIMENTEL. Qué Es La Historia Cultural de La Ciencia_Práticas Em HCM 2018

April 18, 2019 | Author: Vitor Martins Menezes | Category: Ciência, History Of Science, Rhetoric, Knowledge, Culture (General)
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Fichamento e resumo do texto....

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ENS-225 - Práticas em História das Ciências e da Matemática FICHAMENTO DE TEXTO

 (Juan Pimentel) “¿Qué es la Historia Cultural de la Ciencia?”  (Juan Aluno:

Vitor Martins Menezes |

RA: 21201831140

1. RESUMO

De maneira geral, o principal objetivo do autor com o artigo é apresentar e explicar o que é a “História Cultural da Ciência”, bem como suas características, algumas diferenças de outros modos de se fazer história, e o trabalho e as preocupações de um historiador cultural da ciência. Não é raro de se ver a ideia, mesmo no ambiente acadêmico, que ciência e cul ultu tura ra oc ocup upam am la lad dos opo post stos os do co conh nhec ecim imen ento to;; on onde de a ciê iênc ncia ia é re res spo pons nsáv ável el po por  r  uma ra raci cio ona nali lid dad ade e, ob obje jeti tivi vida dade de e mét étod odos os,, e a cu cult ltu ura est stá á re rela lac cio iona nada da com o la lado do subjetivo, afetivo, criativo e as artes. Nas palavras do autor, de acordo com essa idei id eia, a, “c “ciê iênc ncia ia e cu cult ltur ura a oc ocup upam am he hemi misf sfér ério ios s op opos osto tos s do co conh nhec ecim imen ento to”. ”. Co Cont ntud udo, o, é importante ressaltar que a ciência é cultura, e essa perspectiva é de muita importância para a História Cultural da Ciência. Não apenas a história da ciência, mas toda história é uma história cultural. Concentrando-se na questão científica, vale ressaltar que todo feito científico (teorias e práticas) é um feito cultura e um feito social.  A História Cultural da Ciência se diferencia da “história tradicional da ciência”, dessa forma o autor a coloca como “uma disciplina reorientada”. Na perspectiva tradicional, a história da ciência possui um formato historiográfico com cara ca ract cter erís ísti tica cas s de um uma a gr gran ande de na narra rrativ tiva, a, fo foca cand ndo o em al algu guns ns ‘h ‘her erói óis’ s’ do pe pens nsam amen ento to,, seus textos e descoberta tas s; de uma maneira progre res ssiva e ascendente. Enquanto que a História Cultural da Ciência é formada por uma visão que se utiliza de div ive ersas perspecti tiv vas e ideias, como: os estudos socio iollógic ico os do conhecimento científico, a antro rop pologia, os estudos cultura raiis e a pró róp pria histó tórria cultural (o autor  apresenta algumas ideias centra raiis dessas pers rsp pectivas de estudo que compõe a História Cultural da Ciência). O autor apresenta dois termos que fazem parte do escopo de análise da História Cultural da Ciência: as “práticas” e as “representações”. As práticas da ciência (p. ex: práticas médicas ou observações astronômicas) são objetos de estudo para entender o comportamento e as formas de se produzir conhecimento. Um exemplo interessante dado pelo autor se refere às viagens/viajantes. Várias áreas da ciência necessitam/necessitavam de observações feitas pelos viajantes e observadores; porém, a história tradicional da ciência acabava os deixando de lado, pelo fato de estar centrada nos resultados e não como se havia chegado em tais resultados. Contudo, hoje em dia, os trabalhos que buscam estudar essas viagens e práticas têm aumentado; levando, também, em

consideração, a circulação desses conhecimentos. Nessa perspectiva não se leva em consideração apenas os conteúdos, mas como os mesmos foram obtidos e estudados; estabelecendo e constatando essas relações de forte dependência. Outro ponto a ser destacado é a proximidade da atividade científica com qualquer outra atividade humana impregnada pelas questões poéticas e de retórica. Entrando, nesse ponto, nas “representações”. Afinal, o discurso científico busca convencer uma comunidade (de especialistas e leigos, em alguns casos), e está dotada de vários aspectos comunicativos de qualquer outra linguagem, ou seja, nesse sentido, também é poética e retórica. Devido a isso vários estudos tem sido feito sobre as técnicas literárias de comunicação da ciência, a retórica e a estrutura narrativa dos escritos científicos. O autor ainda cita que, palavras como “argumentação” e “metáforas”, são comuns nesses estudos culturais da ciência.  A cultura “visual” e “material” também são outras duas grandes preocupações para a História Cultural da Ciência. Os historiadores têm considerado as imagens como fontes de pesquisa, suscetíveis de serem analisadas e interpretadas, como se fossem um texto. Diferentemente da “antiga história da ciência”, que se preocupa mais com as ideias e a palavra escrita. Como já dito, a História Cultural da Ciência também se preocupa como se obteve determinado conhecimento, e levando isso em consideração, é evidente a importância de também levar em conta a “cultura material”, ou seja, com quais procedimentos e instrumentos a ciência tem sido feita. Assim, nessa perspectiva, a história da ciência também irá se preocupar com os propósitos, as condições com que foram fabricados, adquiridos e postos a venda ou circulação, os instrumentos utilizados na elaboração de determinados conhecimentos. Nas palavras do autor, a História Cultural da Ciência acaba por fazer “aqueles objetos sem palavras falarem”.  Através da exposição dessas e de outras ideias, o autor consegue apresentar  as principais caracterísitcas da História Cultural da Ciência; uma perspectiva que entende a “ciência como cultura” e algo inserido em uma realidade diversa e mutável, diferentemente da perspectiva mais tradicional, que a entende como universal e permanente. Por fim, vale ainda ressaltar algumas outras preocupações de um historiador  cultural da ciência, que no artigo o autor faz um excelente apanhado utilizando como exemplo possíveis estudos sobre a obra Óptica de Newton. O historiador cultural da ciência irá se perguntar “como” e “de que forma” determinado experimento foi feito; verifica qual foi a recepção e implicações que determinado conceito teve fora do contexto em que foi produzido; entre várias outras possibilidades de perguntas, ampliando assim seu repertório de estudo. Assim, sua preocupação não estará tanto no “pai das coisas” ou quando foi traduzido determinada obra. Para isso, o historiador cultural da ciência terá uma variedade de fontes para trabalhar, como: documentos, materiais, imagens, instrumentos, espaços urbanos, planos de laboratório, as técnicas pedagógicas utilizadas pelo cientista com seus estudantes, as notas de aulas de seus alunos, entre outras fontes.

Para finalizar, vale dizer que através da História Cultural da Ciência é possível “remodelar a imagem que tínhamos da atividade científica”.

2. RESENHA

O texto faz um excelente apanhado das principais características da História Cultural da Ciência, apresentando diferenças com a “história tradicional”, bem como as preocupações de um historiador cultural da ciência. Também achei que os exemplos utilizados pelo autor deixa o artigo mais fácil de ser compreensível. Gostaria de ressaltar um ponto do texto que me remeteu a outro artigo. No início o autor aborda, de maneira rápida, a conferência de Charles P. Snow, sobre as “duas culturas”. Isso me chamou a atenção, pois já havia estudado e visto outros autores falarem sobre essa conferência em outro “tipo de estudo”. No caso, os autores utilizam essa conferência para abordar questões referentes a Corrida Espacial e a sua ‘midiatização’, relacionando, também, com o gênero musical do “Rock”. Os autores do artigo são Emerson Ferreira Gomes e Luís Paulo de Carvalho Piassi (acho que vale dizer que durante a graduação eu desenvolvi alguns trabalhos de pesquisa com ambos), e o título do artigo é: “Corrida Espacial, Mídia e Rock n’ Roll: A Exploração Espacial em seu contexto Midiático e sua Representação na Cultura Pop” (Intercom - 2014).

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