Fichamento Lucas Schuch Teorias da Comunicação LUIS MAURO SÁ MARTINO
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Ficha de leitura de Lucas Schuch da Obra de Luis Mauro Sá Martino (2014)...
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Fichamento Teoria da Comunicação MARTINO MARTINO, Luís Mauro Sá. Teoria da comunicação: ideias, conceito e métodos. 5. Ed. – Ed. – Petrópolis, Petrópolis, RJ: Vozes, 2014. 292 p.
DIVISÕES DO LIVRO SEÇÃO A
SEÇÃO C
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A pesquisa norte americana
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Estética da Recepção
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Escola de Frankfurt
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Teoria das Mediações
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Critica Marxista
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Efeitos sociais da
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Comunicação Interpessoal
SEÇÃO B
Comunicação
SEÇÃO D
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Comunicação e Linguagem
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Em busca de uma região
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Escolas de Semiótica
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Estruturalismo
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Os estudos culturais
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Gêneros, textos, práticas
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Blogs, redes sociais, exclusão
desconhecida
Digital, midiatização
INTRODUÇÃO Esta obra pretende apresentar e introduzir quais as principais escolas e vertentes que compõe a história das Teorias da comunicação, e dar conta da pluralidade de conteúdos e autores disponíveis sobre o tema. Sem a pretensão de constituir um manual das Teorias da Comunicação, o autor dividiu os capítulos para que pudessem ser lidos de maneiras independentes e aleatórias, evitando referências, quando possível, sobre outras escolas que não a do capítulo em questão. O autor trata de explicitar logo nas primeiras páginas a dificuldade de delimitar o que é a Teoria da Comunicação, deixando claro que muitas vezes nem os próprios pesquisadores tem esse conceito claro. Porém ressalta um ponto importante que nos dá indícios do
conteúdo da obra, que o levou a escolha de diversos dos autores trabalhados: não é necessário que o estudo seja especificamente de comunicação, e sim a preocupação em pensar a realidade a partir das relações de comunicação, ou ainda, como os conceitos apresentados apresentados auxiliam a pensar as relações sociais a partir da Comunicação.
Palavras-chave: Dividido em capitulos; breve resumo; sem obrigação de dar conta de tudo; capitulos individuais; I – A A pesquisa norte-americana em comunicação. comunicação. No ínicio do século XX, os meios de comunicação comunicação de massa massa começaram a exercer exercer um papel político fundamental na sociedade. Visto que, nunca se havia tido a possibilidade de uma mensagem impactar centenas de pessoas ao mesmo tempo, apresentou-se apresentou-se a necessidade de entender como essas novas “armas de guerra” poderiam impactar as relações sociais. Nesse cenário, os norte-americanos foram os primeiros a desenvolver pesquisas sobre mídia, conhecido como Mass Communication Research, devido ao alto número de consumo das mídias como cinema, rádio e jornal no país.
Palavras-chave: Norte-americanas; Mass communication research; mensagens atingindo milhões de pessoas; comunicação como arma de guerra. 1 - Neste início cabe destaque ao estudo Public Opinion de Walter Lippmann
(1922), que se tornou um clássico por ser o primeiro estudo dedicados ao tema. O jornalista Lippmann propunha que a seleção de noticias feitas pelos meios, é responsável por definir o que as pessoas saberão. O que conhecemos hoje, erroneamente, por manipulação, pois esta escolha das noticias se dava pela própria rotina do meio, e nem sempre por atitudes de má fé. Lippmann destaca que o jornalismo era responsável pela criação de estereótipos, a medida que se faziam escolhas pelo jornalista no momento de relatar os fatos, dando mais ou menos ênfase a certos detalhes. Estas estereótipos, segundo Lippmann, são os que dariam agilidade à compreensão das mensagens futuras. O que transforma Public Opinion em um clássico, além de ter sido um estudo pioneiro, é o conceito de uma Teoria da Comunicação e suas relações com a sociedade.
Palavras-chave: Walter Lippmann; Esteriótipos dão agilidade; manipulação é diferente de escolha de informações; 2 – Apresentando os modelos teóricos de comunicação, o autor (Martino) faz uma crítica ao uso de modelos nesses estudos, por questões metodológicas que acabam engessando pesquisas posteriores, alertando que a realidade fica muito difícil de ser representada em gráficos e diagramas
3 – O modelos de Lasswell – Harold D. Lasswell, em “A estrutura e a função da comunicação da sociedade, foi um dos primeiros a publicar um estudo sobre o potencial da comunicação na criação e mudança de atitudes, percebendo percebendo que o estudo da politica, passava pela mídia. O modelo teórico de Lasswell propõe uma ampliação do modelo proposto por Aristóteles (Emissor – Mensagem – Receptor). Para Lasswell, para um completo entendimento da mensagem, é preciso responder à perguntas como: Quem? Diz o que? Em que canal? Para quem? Com que efeito? Onde “quem”refere“quem”refere -se ao emissor da mensagem e produçãoo. “Diz o que” está relacionado à mensagem que se está comunicando. “Em que canal” uma análise do meio usado para comunicar. “Para quem” trata -se de um estudo sobre a audiência. E finalmente “Com que efeito” qual a tomada de decisão da audiência após a mensagem. A importância do modelo de Lasswell se dá, a partir do momento que colocou o estudo das mídias como parte central no entendimento da vida em sociedade.
Palavras-chave: Harold Lasswell; Questiona Aristoteles (E-M-R); Responder 5 perguntas Quem? Diz o que? Em que canal? A quem? Com que efeito? 4 – O modelo de Osgood e Schramm – Em resposta ao modelo de Lasswell, o modelo de Osgood e Schramm (1954) aponta que a mensagem não pode ser vista de forma linear, desconsiderando a resposta do receptor inicial, e sim precisa ser entendida como um processo circular, onde sempre haverá uma interação, uma resposta por parte de quem recebe a mensagem. Ou seja, há sempre uma interpretaçãoo e uma nova codificação por parte do receptor original.
Palavras-chave: Osgood e Schramm; Questiona Lasswell; Comunicação não é linear e sim circular; Há interação, uma resposta; 5 – As funções da mídia em Merton e Lazarsfeld – Em 1948, ainda sob os efeitos da Segunda Guerra, esse estudo tinha por ideal levantar quais as funções da mídia na sociedade, e apresentaram 3 funções: a. Conferir e garantir status – os estudiosos propõe que a mídia define o que é importante para a sociedade. Os meios tem o poder de dar valor e status a determinados assuntos ou pessoas. O que se mostra bastante atual hoje. b. Reforço das normas sociais – a medida que apresenta padrões de como se comportar na sociedade, a mídia tem a função de mostrar o que é correto c. A disfunção narcotizante – Um efeito colateral da mídia, segundo os autores, atuar como uma droga que deixa as pessoas menos atenta ao que acontece ao redor, tornando mais fácil impor uma opinião.
Palavras-chave: Lazarsfeld e Merton; Funções da midia; conferir status; reforçar normas sociais; função narcotizante, que torna mais fácil impor uma opinião. 6 – O modelo em espiral de Dance – O primeiro estudo (1967) a levar em consideração as mudanças que a comunicação sofre ao longo do tempo, e não como um processo estático. Para ele, a estrutura de uma relação de comunicação, se altera com a sequencia emissor-mensagem-receptor. Ou seja, a cada nova frase de uma conversa, o emissor não é mais o mesmo que antes, o que alteraria a sua próxima afirmação, e assim sucessivamente.
Palavras-chave: Frank Dance; o emissor não é mais o mesmo após um ciclo E-MR; cada nova frase, altera o emissor, que altera sua próxima frase, etc. 7 – Modelo Geral de Comunicação de Gerbner (GERBNER, George. 1956) – Mais uma resposta ao modelo de Lasswell, o modelo de Gerbner tem sua utilidade por poder se apresentar de diversas maneiras, em função do tipo de comunicação que descreve, o que o torna muito versátil. Resumidamente, um evento pode ser percebido por alguém dependendo do contexto em que está apresentado, esse alguém retransmitirá a mensagem de uma outra maneira, e assim por diante.
Palavras-chave: Gerbner; responde Lasswell; modelo versátil; alguém percebe um evento de uma maneira, e retransmite de outra maneira, e assim por diante. 8 – Os estudos de Newsmaking – Os estudos de produção de noticias, o newsmaking, tenta entender quais os caminhos e regras são usados pelos meio de comunicação para informar, ou formar uma opinião. O tipo de decisão tomada por um jornalista no momento de contar uma história, não tem haver com manipulação, e sim com as escolhas tomadas em qualquer empresa no dia-a-dia. Indo ao encontro do que propunha Lippmann, no seu estudo sobre opinião pública, quando afirmava que a criação dos estereótipos era necessária para o entendimento da informação, e a seleção das mensagens a serem divulgadas se fazia necessária dada o limite de espaço. O jornalista, ou empresa de comunicação, precisa tomar inúmeras decisões no momento da composição da notícia para que isso se torne uma mensagem clara. Eventualmente estas escolhas podem dar mais ou menos destaque a alguns fatos, o que não pode ser encarado como manipulação, e sim decisões do que tornar público e mais compreensível para o público do veículo para qual ele trabalha.
Palavras-chave: entender as decisões de um meio sobre o que informar; decisões não é manipulação; concorda com Lippmann; decisões de uma empresa sobre o que vai publicar;
Os estudos do gatekeeper – Em 1950, David White, realizou o primeiro estudo sobre seleção de notícias. O estudo propõe que há sempre um gatekeeper ou “gua rda dos portões”, seja no ambiente doméstico, que pode ser representado como o pai que decide quais programas e notícias serão consumidos, pode ser visto como o editor de um grande jornal que decide quais conteúdos tem mais identificação com o público receptor daquele veículos. Vários estudos deram continuidade ao estudo de White, como o de Thomas McNelly (1959) e Galtung e Ruge (1965) que sugere 12 fatores de seleção de notícias a serem analisados pelos Gatekeepers. Fatores que vão desde a magnitude do evento, a continuidade, sobre a relevância do assunto entre outros.
Tudo isso vem a corroborar o que afirma Robert Hackett, que checar,
entrevistar, editar os componentes da noticia, não sugere manipulação, e sim uma rotina empresarial do veículo. Principais autores – HACKETT, R.; WHITE, D.; GALTUNG, J & RUGE, M.; TUCHMAN, G.
Palavras-chave: David White; Guarda do portão, seja em casa ou em um jornal no formato do editor; entrevistar, checar, escrever sobre não é manipulação, e sim rotina de uma empresa. 9 – A empresa de comunicação: os modelos de Schramm e de Westley e McLean Em 1957, Schramm identifica uma empresa de comunicação como responsável pela codificação, interpretação e recodificação das mensagens. Estas que são transmitidas a diferentes grupos sociais que respondem com outras mensagens, e o ciclo se completa. Porém dez anos mais tarde, Westley e McLean contestam esse modelo, afirmando que um receptor, pode receber informações de qualquer outras fontes, o que vemos hoje representadas na forma de blogs, e-mails, que não necessariamente tenham um vínculo institucional.
Palavras-chave: Schramm e McLean; empresa de comunicação comunica mensagens; eles mesmo se atualizam; uma pessoa recebe informação de qualquer fonte, mesmo que não institucional: blog, e-mail etc; 10 – O efeito de enquadramento – Framming Effect – O efeito de enquadramento, se refere às referências prévias que o receptor tem e que irão somar a percepção da mensagem. Quando estamos tratando de uma notícia, por exemplo, na reportagem final está a soma da interpretação do editor do jornal, sobre o olhar que o repórter teve da história contada sobre a testemunha. Ou seja, uma soma de percepções, que irá se juntar aos conhecimentos prévios do leitor da notícia. Essa soma de referências e conhecimentos prévios do leitor é o que gera o enquadramento que ele dará a cada mensagem recebida. Dai o nome do efeito. É importante salientar que muitas vezes, essas referências vem, da própria mídia. Ciclo este que torna mais difícil a identificação se o conceito foi gerado pela mídia ou pelo próprio indivíduo. Autores: PAN, Z & KOSICKI, G.
Palavras-chave: PAN KOSICKI; Referências prévias; soma de percepções; uma notícia é a soma da visão da testemunha + a visão do reporter sobre os fatos relatados pela testemunha + a visão do editor sobre o repórter + o conhecimento prévio do leitor sobre o assunto; Referencias do leitor pode vir da propria midia; II – A escola de Frankfurt – Fundada por Carl Grunberg e posteriormente ao período nazista composta por pensadores como Adorno, Horkheimer e Habermas, a escola de Frankfurt tratava-se de um instituto de pesquisa, que desenvolveu estudos em diversas áreas, sempre trazendo a tona questões culturais nas relações sociais. Um desses estudos, intitulado “Arte e cultura de massa”, de Horkheimer , foi o precursor do uso da expressão “indústria cultural”. Termo esse usado até hoje, é onde a cultura passa a ser guiada pelo lucro. Podem ser incluídos no termo indústria cultural, qualquer empresa que fabrique símbolos de cultura como agências de publicidade, gravadoras, rádio e televisão. O autor, ainda destrinchando a obra de Horkheimer, afirma que na lógica da indústria, a arte é uma mercadoria, onde o público está sempre esperando a próxima novidade. Fica evidente que algumas proposições negativas de Adorno e Horkheimer sobre cultura de massa foram superadas, e não mais faz sentido acreditar que a massa não tem capacidade de gerar bens simbólicos relevantes à cultura, como os referidos autores acreditavam. Porém sua visão sobre indústria cultural, se mantém assombrosamente atual, dado o fato de que não conseguimos ver um lugar na sociedade onde não hajam vestígios dessa indústria automatizada na criação de cultura.
Palavras-chave: Adorno, Horkheimer e Habermas; Questões Culturais; Cultura de Massa; Indústria Cultural; Cultura guiada pelo lucro; público esperando a próxima novidade; Autores criticavam a indústria de massa, mas foram superados; indústria cultural se mantém atual, criação de cultura automatizada.
- Importante sobre a escola de Frankfurt – Devido a grande maioria dos pensadores desta escola, terem ideais marxistas, um grande número de estudos desta escola tem por critica ao capitalismo, a cultura de massa e a indústria cultural, que começava a se popularizar à época juntamente com a modernidade. Dado os avanços
tecnológicos que romperam as barreiras da reprodutibilidade de obras, os pensadores desta escola passam a questionar o valor da arte.
Palavras-chave: Frankfurt; marxistas; critica ao capitalismo; autores questionam o valor da arte pela facilidade da reprodutibilidade das obras. - Resumindo a esferas pública e privada e o uso da comunicação, segundo
HABERMAS - Os estudos de Habermas, explicam o que é a esfera pública e como os usos dos meios de comunicação interferiram nas definições das esferas público e privadas da sociedade. Passando pelas mudanças que a imprensa trouxe para o convívio social à época, Habermas canaliza a energia de suas obras para entender os usos estratégicos das mídias e veículos de comunicação, chegando a conclusão de que, a seleção de informações que atinge a esfera pública é o melhor exemplo de estratégia no uso da comunicação. Para tornar mais claro com um exemplo, seria como se um jornalista, entendendo os efeitos que cada publicação causa no público do seu jornal, escolhesse o que seria publicado, estrategicamente, para atingir o retorno que ele espera, vender mais jornais e assim ganhar mais dinheiro com anunciantes, dado o momento em que se vivia, onde os jornais passaram de uma ferramenta politica, para uma ferramenta comercial. O que se mantém atual até os dias de hoje, não trata-se de manipulação da informação, e sim, seleção do que está mais de acordo com o público leitor.
Palavras-chave: Habermas; esfera pública; o que tornar público; para ganhar mais dinheiro; um editor sabe o que o seu público quer ler; ganhar mais dinheiro com anunciante; MAIS UMA VEZ; não é manipulação e sim seleção do que está mais de acordo; concorda com Lippmann e David White (gatekeeper). III A CRITICA MARXISTA MARX E ENGELS – A conceituação de ideologia como sendo um conjunto de ideias que define os indivíduos, e que se baseia em ideais utópicos plantados por uma classe dominante, pode ser definido como o principal acréscimo desses pesquisadores para as relações sociais. Além disso a critica ao sistema capitalista, que se baseou na exploração do trabalho da classe trabalhadora, proletariado, para o maior
enriquecimento da classe burguesa, sob o véu também de uma ideologia: a de que com o esforço da classe trabalhadora poderia-se almejar a vida entre a classe burguesa. A proposta criada por Marx e Engels, está na divisão da sociedade em duas estruturas, a infra-estrutura e a super-estrutura. Sua divisão é simples, a força motriz da superestrutura, ou seja o trabalho e a produção, vinha da infra-estrutura, em outras palavras, o proletariado, a classe menos favorecida, formando a infra-estrutura e alimentando de trabalho e força a super-estrutura, a classe burguesa. Então Carl Marx, propõe o que eles chamam de “falsa consciência”, quando o proletariado, adota conceitos de vida e ideologia da própria burguesia, sem se dar conta, o que faz com que o proletariado produza e trabalhe com a sensação de que pertence a uma classe diferente. Segundo Martino, a própria burguesia não se dá conta disso, e também não saberia dizer onde inicia e onde termina uma classe ou outra, porém ele vai afundo analisando frases do nosso cotidiano como por exemplo, “a nossa empregada é como se fosse da família”, onde se tem uma camuflagem da situação real de empregado e empregador. Em uma relação familiar não há salários e a possibilidade de uma demissão, o que não ocorre em uma relação empregador e empregado. Essa adoção do proletariado das ideologias e modo de vida da burguesia, é o que Marx e Engels propunham como falsa consciência.
Palavras-chave: Marx; ideologia; utopia; classe trabalhadora X burguesia; enriquecer a burguesia sob o veu de uma ideologia: ser rico; critica ao capitalismo. GRAMSCI – Gramsci trata a cultura como poder transformador, e não só a política. A cultura não está apenas na literatura, arte ou música. A cultura é como a sociedade vê e se relaciona com o mundo. Esse conjunto de percepções, são o que Gramsci chama de Senso Comum. O que se torna uma forte arma política, dado o fato de que uma ideologia não é julgada por ela ser verdadeira ou falsa, e sim pela quantidade de pessoas que compartilham dessa ideia. Sendo assim, na visão de Gramsci, nem a mídia, nem nenhuma outra instituição detêm o controle do senso comum, e sim ele é construído baseado nas informações e referências culturais da massa, ou, maior número de pessoas de uma amostra.
Palavras-chave: Gramsci; Definição de Senso comum: cultura não é só politica, e sim um conjunto de percepções sobre música, arte etc; Esse conjunto ele chama de senso comum; força politica; ideologia é verificada pelo número de pessoas que a seguem. ALTHUSSER – Os aparelhos ideológicos, propostos por Althusser, são instituições, sociais conhecidas, que tem por objetivo disseminar uma ideologia, ou seja, os valores de uma classe social, como um estilo de vida, a burguesia. Estas instituições são a igreja, a família, a escola e os meios de comunicação.
Palavras-chave: Althusser; aparelhos ideológicos; igreja, família; escola;
IV – RELAÇÕES INTERPESSOAIS Definição de relações sociais por Max Weber – Alternância de ações sociais, ou seja, uma ação de um indíviduo para outro, que espera uma outra ação social como resposta. Ou seja, em uma relação interpessoal, cada frase ou ação social, gera uma resposta que foi influenciada pela ação anterior e influenciará a seguinte. - O Modelo ABX de Newcomb, propõe que numa relação interpessoal, por exemplo uma conversa entre duas pessoas sem alto grau de intimidade, os indivíduos A e B, tendem a abandonar opiniões divergentes sobre um assunto X até que se chegue a uma situação de equilíbrio
Palavras-chave: Individuo A e Individuo B; sem intimidade; opniões divergentes; equilibrio sobre assunto X - Dissonância cognitiva de Festinger – Em contato com uma fonte de informações, as pessoas tendem a buscar elementos que reforcem seus pontos de vista, ao invés de pontos de vista contrários. A teoria portanto afirma que é mais fácil vivermos em um ambiente social de pessoas que tem as mesmas opiniões que as nossas.
Palavras-chave: buscar elementos que reforcem seu ponto de vista; e não contrários; vivemos em um ambiente que tem as mesmas opiniões que as nossas.
- Luhmann A poética da realidade – O autor propõe que uma mensagem, sempre vai ser ter seu conteúdo original alterado pelo receptor, de acordo com sua bagagem, seu conteúdo.
Palavras-chave: Luhmann; referências; bagagem; receptor B – DO TEXTO AO CONTEXTO
O modelo de Ogden e Richards – Este modelo, apresentado em 1923, propõe o motivo pelo qual uma palavra é associada com determinado significado na nossa mente enquanto nos comunicamos. Porque quando falamos a palavra “cachorro” associamos com um animal de quatro patas? Pois um referente (a palavra cachorro) se refere ao símbolo (animal de quatro patas), e as nossas referencias, que nos foram ensinadas desde pequenos, nos confirmam e estabelecem regras de que estamos tratando de um animal. Sendo assim, a comunicação verbal, estabelece além da comunicação interpessoal, regras para a vida em sociedade e produção cultural de um determinado grupo.
Palavras-chave: Ogden e Richards; porque uma palavra é associada ao significado?; aprendemos desde criança; estabelecem regras para conviver em sociedade. Ludwig Wittgenstein e os limites do silêncio – o autor propõe que os limites do entendimento do mundo ao redor de alguém, está dentro dos limites da linguagem que este carrega. Por exemplo, uma pessoa que tenha passada uma vida inteira vivendo em uma cidade, sem contato com informações externas, não tem capacidade para entender uma cultura diferente, pois não possui referenciais linguísticos para explicar o que acontece nesse outro ambiente. Por isso esse interlocutor trataria com silencio, pois, se o entendimento do mundo depende de como nos referimos à situações do cotidiano, não estaria no vocabulário deste alguém, o que acontece nesta nova realidade, por conseguinte, ele só poderia se calar.
Palavras-chave: Wittgesntein; limites do entendimento está nos limites da linguagem; entendimento do mundo depende de como nos referimos à situações; em uma realidade totalmente estranha só poderíamos nos calar. Austin e os Atos da Fala – Austin não entente mais a linguagem como uma representação da realidade, e sim como uma interferência à realidade. Austin analisa algumas sentenças da nossa linguagem e, em determinadas situações como elas interferem na realidade, como por exemplo o “sim” dos noivos, que alteram a realidade do casal.
Palavras-chave: Austin; a fala interfere na realidade; o SIM dos noivos, alteram a realidade do casal. Linguagem e Pensamento em Jean Piaget – Piaget, conhecido por sua vasta colaboração no âmbito da educação, estuda os mecanismos da linguagem como relação e aprendizado, e como estas características influenciam a realidade das pessoas e seu grau de desenvolvimento da inteligência desde os primeiros anos de vida.
Palavras-chave: Piaget; mecanismos da linguagem; grau de desenvolvimento da inteligência desde os primeiros anos de vida Noam Chomsky, da estrutura sintática à crítica da mídia – O pesquisador, dentro de seus estudos sobre linguistica, propõe que a fala, é uma capacidade inata do ser humano, assim como andar ou respirar. Não se aprender a falar, você aprende a usar determinado grupo de capacidades previamente existentes no cérebro e fazer as ligações com as palavras da sociedade em que se vive, o resultado é a fala, estas ligações ou relações são as Estruturas Sintáticas de Chomsky. O trabalho de Chomsky também ficou conhecido por suas duras críticas à mídia e ao capitalismo, onde ele entende que o monopólio e manipulação da mídia, principalmente a propaganda, está ligada ao que o ser humano absorve, a partir do momento em que a sua teoria inatista está ligada apenas as questões linguisticas e não todas os outros assuntos.
Palavras-chave: Chomsky; não se aprende a falar, se aprende a usar o código da sociedade em que você nasceu; Falar é inato, como respirar; Duras criticas ao capitalismo; a grande mídia; o saber humano.
II – ESCOLAS DE SEMIÓTICA Definições rápidas – Signo é algo que está no lugar de outra coisa, ou seja, que representa outra
coisa. - O Significado do Signo depende do código ao qual ele está inserido, assim um signo pode ter vários significados, conforme o código a qual se refere. Langue e Parole de Saussure Lingua (langue) e Fala (parole) é uma das primeiras distinções feitas por Saussure. Ele propõe que é na fala, que a partir de um conjunto de regras, os códigos, se forma o signo. E o significado deste signo pode ser alterar, de acordo com estas regras, ou códigos, visto que chat, significa uma coisa em francês e outra totalmente diferente em francês, por exemplo. Sobre o Significado, Saussure é bastante categórico ao afirmar que existem inúmeros significados para cada signo, isso é o que gera ruídos na comunicação. Se todos soubessem o mesmo significado, não haveriam problemas de interpretação, porém também perderíamos muito no humor e literatura por exemplo. Saussure define também a organização dos signos de duas maneiras, por proximidade e por contraste. Chamado de Eixo Paradigmático, que permite a substituição de um signo devido a sua semelhança entre os significados, alterando o sentido mas não causando estranheza, por exemplo, em uma loja de roupa, estar a venda um boné, é ok, agora estar vendendo um acessório para tomada não. Já no Eixo Sintagmático, onde os signos são agrupados por contraste, sem causar estranheza. Por exemplo Violão, Guitarra e bateria, formam uma banda de rock. Violão, guitarra e tuba causaria estranheza num concerto de rock.
Palavras-chave: Multiplicidade de significados; Langue e Parole; Eixo Sintagmático e Paradigmático
Peirce e as categorias semioticas Signo, significante e significado, não existem separados. A partir do momento que, qualquer signo pode ter seu significado, alterado, de acordo com o codigo onde esta inserido. Signo = significante + significado. Significante, conjunto sonoro ou a palavra escrita. Significado é o que o signo representa. Os signos são divididos em três tipo: ícones, símbolos e indíces. Ícones são as representações diretas do significado do signo. Esculturas, fotografias, pinturas. Índices não tem relação direta com o significado, e funcionam como indicadores do signo. Fumaça é um indice de que há fogo. Já os símbolos são as representações mais distantes do significado de um signo, não fazem relação nenhuma com o objeto, porém é possível identificá-lo. Por exemplo ao ver o brasao de um time, não há relação nenhuma com o campo ou os jogadores, mas você imediatamente lembra do time em campo.
Palavras-chave: Peirce; Signo = Significante + Significado; Ícones, símbolos e Índices; Semiótica Soviética, por Yuri Lotman A principal contribuição de Yuri Lotman, e a Semiótica proposta na União Soviética, é a criação da Semiosfera. A partir do momento em que o individuo se encontra dentro de um universo de signos – semiótica – ele desenvolve sua própria atmosfera de signos – semiosfera – que vai usar para usa vida. Trata-se da bagagem de cada um, os filmes que viu, os lugares que conheceu, as músicas que ouviu, etc. É o conjunto de signos que define cada um. Ou seja, é a cultura como um sistema de significados.
Palavras-chave: Lotman; Semiosfera; bagagem; conjunto de signos de cada um Mikhail Bakhtin e a intertextualidade O autor discorre primeiramente sobre o que são Discursos, e conclui que o discurso faz relação com a vida cotidiana, a realidade de cada grupo social. Todos os significados linguisticos que esse grupo carrega e retransmite para outras pessoas, fazem parte do discurso desse grupo. Observemos que o discurso de um médico será diferente do de um arquiteto e de um músico por exemplo.
É imprescindível entender o que são discursos para entender a próxima grande contribuição de Bakhtin, a intertextualidade, que se refere ao cruzamento de textos e discursos entre obras e universos. Alguém conversando no escritório sobre política. Esse alguém conversa com alguém no ônibus. Uma terceira pessoa pega fragmentos desse assunto e faz piada com isso em casa. Que levará para o escritório novamente amanhã com outra visão. É comum o ser humano usar suas referências, como base para criação de novos textos. São as referências de cada um que dão base a novas criações. Por exemplo, obra de Fausto, reescrita por Mann e adaptada no seriado Chaves. Um clássico erudito que chegou até a cultura de massa reapropriado. Dentro da intertextualidade existem diversos tipos de apropriação: Paródia, parafrase e carnavalização são alguns deles.
Palavras-chave: Bakhtin; Discurso; Intertextualidade; ouvir no ônibus; paródia; parafrase; ESTRUTURALISMO Para entender o estruturalismo e essa escola de raciocinio, basta pensar que cada coisa ocupa seu espaço, numa estrutura, é essa estrutura que dá a forma. Uma parte que se relaciona com a outra, e a outra e assim sucessivamente.
Palavras-chave: Estruturalismo; Escola; mesa; organização; Roland Barthes – a atividade estruturalista do discurso. Barthes propõe que há muito pouco de acaso na formulação de um discurso qualquer que seja. O discurso é uma ferramenta de poder. Sua maior contribuição foi com a fixação de significados, analisando por exemplo fotografias, como em uma de suas obras. Vendo além da imagem. Conotações, ângulos, objetos em cena – a construção sígnica da fotografia.
Palavras-chave: Barthes; Discurso; Ferramenta de poder; fixação de significados; Conotação; Fotografias; ângulos; semiótica Hiper-Realidade de Umberto Eco – Sua contribuição para a área da comunicação é muito extensa, porém no livro Apocalípticos e Integrados, Eco coloca frente a frente as opiniões dos que são extremamente contra a cultura e indústria de massa – A Escola de Frankfurt – e a escola norte-americana Mass Communication Research. Esta obra foi o ponto de partida para a análise estrutural da narrativa da mídia. O
estudo da mensagem da mídia, sendo entendida como um “texto” é o grande foco do autor.
Palavras-chave: Eco; Apocalipticos e Integrados; Industria Cultural; Frankfurt X Escola Norte-americana As funções da linguagem por Roman Jakobson – Agregando partes ao modelo Aristotélico – E-M-R – Jakobson afirma que por mais que usando os mesmos signos linguísticos, a linguagem tem diferentes usos, como quando se escreve uma carta, fala ao telefone, conversa com um amigo etc. Roman define seis funções da linguagem. A primeira delas do emissor, com sua função expressiva , quando o foco está em quem fala, por exemplo um blog. Temos a função da linguagem quando o foco está no receptor exercendo o papel de função conativa, quando se tem o objetivo que o receptor faça algo, sendo a propaganda o melhor exemplo dessa função. A mensagem também precisa de um canal para que exista, numa relação entre duas pessoas a linguagem utilizada na chamada função fática é apenas isso mesmo, um suporte para a mensagem, como quando demonstramos estar atentos em algum outro emissor com um “oi” para mostrar que estamos ali, ou um “claro” para dizer que continuamos atentos. A função metalinguistica da linguagem é usada para quando ela se autoreferencía, a própria linguagem falando dela mesma, como um making-of por exemplo. Uma outra função dessa linguagem tem a ver com o tempo e o espaço, ou seja, precisa de um contexto (função referencial), que pode ser definida quando se precisa comunicar algo que está além da relação emissor e receptor, por exemplo uma reportagem, onde não se está falando sobre o universo do leitor nem do repórter, por exemplo. E finalmente a mensagem exerce sua função poética, concentra-se exclusivamente na mensagem. A mensagem como um fim, e não um meio para algo, o melhor exemplo, a literatura.
Palavras-chave: Jakobson; E-M-R mais 6 funções; blogar diferente de escrever carta; Expressiva + Conativa + Fática + Metalinguistica + Referencial + Poética; Edgar Morin – Morin destrincha os principais signos da cultura de massa e da indústria cultural, apresentando quais os mecanismos e artifícios dessa indústria para ter sempre um espectador satisfeito ao final de uma experiência. Como por exemplo o Happy End dos filmes de hollywood, a música pop e seus clichês. Segundo Morin, a
cultura de massa é construída sob variações de um grupo de temas, como o romantismo, o erotismo, a violência etc.
Palavras-chave: Morin; Cultura de massa; artificios; clichês; Indústria Cultural Foucault Discurso saber-poder – Foucault nos apresenta seu conceito de poder, não como sendo um discurso violento que se sobrepõe a outros, e sim como o conhecimento na formulação de discursos que fazem o outro aceitar isso como verdade. Sendo assim Foucault define o que chama de episteme como sendo o conjunto de discursos de uma época que a regulam. Visto que por exemplo, o que era entendido como “normal” a certa época, alguns séculos depois já não é mais.
Palavras-chave: Foucault; o poder não é violento; Poder esta no discurso; Episteme da época; Bordieu: Martino apresenta apenas alguns auxiliares da leitura da obra Sobre a Televisão de Pierre Bordieu.
Espaço real e espaço simbólico: uma sala de aula é um espaço simbólico, onde há pessoas movidas por um interesse em comum, e que se relacionam por bastante tempo como um ano letivo. O metrô é um espaço real, onde ninguém tem a intenção de estar ali, por prazer ou interesse.
Campo: Com o conceito de campo estamos falando da área em questão, e esta área acaba sendo dividida em níveis hierárquicos. Ou seja, um campo é qualquer espaço estruturado, onde pessoas buscam a hegemonia simbólica das práticas. Aqui pode ser uma empresa, uma sala de aula, ou roda de amigos.
Dominantes, dominados, aspirantes e marginais: Se fizermos uma analogia a uma empresa, fica fácil visualizar os dominantes como alguém que já tenha hegemonia e influência no campo, como os chefes, os dominados como os empregados, que buscam essa hegemonia e se tornar dominantes, e os marginais como assistentes em disputas apenas parciais. Além disso existem os aspirantes que ainda não ganharam o direito de disputar em campo como os estagiários.
Habitus: Quando um dominado internaliza os processos de um campo, e não mais questiona o porque de cada decisão, isto é o que Bordieu chama de Habitus. Um conjunto de práticas, ações adquiridas pelo agente durante o decurso de sua trajetória em um determinado campo.
Capital simbólico: Cada espaço social tem seu capital específico. Na comunicação o capital intelectual tende a ser mais valorizado que o capital estético por exemplo. Ou seja, o indivíduo vai adquirindo esse capital simbólico de cada campo onde entra, como por exemplo conhecendo os jargões, comentando os assuntos relevantes para aquele grupo social, etc.
Palavras-chave: Bordieu; Campo; Dominante e Dominado; HABITUS; Capital Simbólico
IV. Gêneros, textos, práticas
1.A reality TV: infotenimento e Big Brother Mesmo quando estamos falando sobre TV AO VIVO, a TV não está passando a realidade. Há muito mais fora dos quadros que não é mostrado, e ainda que a cena não tenha nada de combinado previamente, tudo ao acaso, ainda assim, estamos falando de uma programação de TV, algo previamente programado.
A experiência de Lang & Lang Esta experiência comparou quem viu o mesmo evento pela televisão, e quem estava presente. E os relatos são distintos, na verdade dois acontecimentos diferentes.
Os gêneros da realidade Infotenimento e Reality Shows são as duas categorias que a TV se apropriou para apresentar a realidade ao espectador. Seguindo a rotina real das pessoas, se aproveitando de suas relações interpessoais para formar uma programação.
O Infotenimento é a mistura híbrida entre informação e entretenimento. Ou seja, passar informação de maneira rápida e dinâmica, próxima da linguagem cinematográfica, como os programas policiais por exemplo, Linha Direta e 24h.
Já os Reality Shows uma situação artificial é preparada e apresentada como realidade. Ou seja, A realidade está no fato dos personagens não seguirem um roteiro, e suas histórias passarem a ser o aspecto dramatúrgico.
Palavras-chave: Couldry e Bignell; infotenimento; informação e entretenimento juntos; reality show;
2.Cultura das Celebridades – Anteriormente você fazia algo e então se tornava conhecido. Hoje em dia, você se torna conhecido, para quem sabe fazer algo relevante. O que se questiona nesse modelo, é o talento necessário para ser uma celebridade. Se você pode ser criado pela mídia como celebridade, não precisa talento. Vejamos o exemplo oposto de Beattles e Spice Girls por exemplo. A questão não é o gosto pessoal ou talento, e sim as condições dessa produção de cultura. Essa cultura dirige um inesgotável tempo a realimentar fatos das próprias celebridades, coisas que não existiriam fora da mídia, ou seja, os meios de comunicação deixam de ser instrumentos de divulgação, para ser o de criação de celebridades.
3. Pseudoeventos e os Eventos da mídia – Boorstin define pseudoeventos como eventos criados pela mídia, e que sem a mídia não existiriam, para gerar noticia. Por exemplo, a maioria das noticias apresentadas em um jornal diário, não é uma noticia gerada espontaneamente como um assassinato de alguém importante, ou uma tragédia mundial, e sim uma notícia gerada para ser assunto da própria mídia. Nem todos os dias o jornal diário tem notícias suficientes, por isso a própria mídia gera eventos para gerar assunto, como um festival de música, um debate político, uma entrevista com uma celebridade. Já a definição de Eventos da mídia trata-se sim de um evento real, previamente planejado, mas que diferente do pseudoevento, ele não foi gerado pela mídia, como a copa do mundo por exemplo.
Palavras-chave: pseudoeventos; criados pela própria mídia; jornal diário; gerar notícia; 4. A transmissão 24 horas e o Efeito CNN Com a transmissão 24h de notícias de canais como a CNN, inverteu-se o valor da notícia, ou seja, o acontecimento gerava noticias. Hoje em dia muitas noticias geram acontecimentos. A transmissão 24h de noticias em tempo real, faz com que tomadas de decisões politicas importantes aconteçam após o monitoramento da situação global através destes canais por exemplo. Além disso, esse efeito altera dramaticamente o fluxo de produção de noticias de outros meios, como o jornal impresso por exemplo, que após a geração de noticia pela TV e em um dia poder ser amplamente discutido, o jornal do dia seguinte precisa dar sequencia ao fato. É a notícia pautando a notícia.
Palavras-chave: noticias gerando acontecimentos; tomada de decisões; efeito CNN; 5. Meyer e a Mídia, o entretenimento e a democracia Meyer propõe a maneira como a mídia colonizou a democracia, em um tempo onde as propostas são menos importantes que as estratégias de marketing de politicos. Haja visto que hoje, os politicos tem uma equipe formada por marketeiros, produtores de TV, produtores de imagem e um escopo multidisciplinar, ao contrário de alguns anos atrás onde tinhamos os politicos acompanhados de companheiros do partido, parlamentares e uma equipe para ajudá-los com as propostas. Tornando o politico quase uma celebridade, gerando noticia para que ele seja visto.
Palavras-chave: Meyer; político celebridade; equipe multitarefa para o político 6. Entretenimento e política: a hipótese da intersecção de Street Street afirma existir uma intersecção entre entretenimento e política, quando algum político usa o entretenimento para passar uma mensagem, sendo este o último lugar onde se esperaria haver uma mensagem neste sentido.
Palavras-chave: Street; politico; entretenimento; 7. O mundo encantado do kitsch Kitsch é algo que se apropria de uma arte já existente e apresenta esta arte em algo funcional. Por exemplo um chaveiro com um quadro do Romero Britto. Não há traços de novidade, mas a usabilidade continua intocada. É o que torna algo cult, ou seja, faz o que antes estava em uma galeria, popular e acessível a todos.
Palavras-chave: kitsch; popularização da arte; tornar popular 8. Cult; trash; alternativo; nostalgia Mark Jankovich, destrinchando o porque de uma obra se tornar cult, ou trash, tende a classificar a obra devido à possibilidade de acesso do espectador a ela. Não apenas o acesso físico, mas acesso a entender a mensagem por completa, o que acaba tornando uma obra mais seletiva em seu foco, tornando-se assim objeto de culto por uma pequena parte dos espectadores.
Palavras-chave: Jankovich; o que torna algo cult; o acesso restrito a obra; objeto de culto
SEÇÃO C
I. Estética da Recepção – Jauss, em sua obra “A história da literatura como provocação à teoria literária”, define que a recepção de uma literatura ou obra artistica é diferente para cada pessoa. Uma atribuição de sentidos ilimitada, sendo que cada leitor/ receptor pode atribuir um sentido diferente a mesma obra.
Palavras-chave: Jauss; recepção depende da bagagem; diferente para cada receptor II. Teoria das Mediações – Após anos de teorias da comunicação originadas a partir do hemisfério Norte, surge a necessidade de teorias regidas e pensadas pelo outro lado do mundo. Jesus Martin-Barbero, com um dos textos fundadores da desta teoria. Ela propõe que a construção de sentido do receptor depende do meio onde ele está inserido. Que todas as variáveis incluem para a atribuição de sentido a uma mensagem. Mediações podem ser entendidas como as variáveis do meio onde o indivíduo receptor está. Ponto importante: Na teoria das mediações, o receptor nunca é entendido como massa ou público. E sim um indivíduo que vive em sociedade.
Palavras-chave: Martin-Barbero; mediações; receptor; depende do meio onde está inserido; atribui novos sentidos; meio influencia
III. Efeitos Sociais da Comunicação Três principais hipóteses dos efeitos da comunicação na sociedade. A agulha hipodérmica, as teorias dos Efeitos limitados da comunicação, e as teorias dos efeitos a longo prazo.
1. Agulha hipodérmica - Mesmo sem ter um autor, ou nunca ter sido efetivamente escrita, a teoria da Agulha Hipodérmica, também conhecida como bala mágica, propunha que não havia resistência do receptor ao receber uma mensagem. Que ele não oferecia resistência alguma, apenas absorvia a mensagem e tomava como verdade. Dada a época, ela fazia sim muito sentido, se pensarmos que se tratava do início das telecomunicações onde tudo era novidade do ponto de vista tecnológico.
Acreditava-se que o encantamento das pessoas, era entendido como uma não resistência aos meios.
Palavras-chave: não há resistência; o receptor aceita o que a mensagem diz; o consumidor como passivo; 2. As pesquisas sobre usos e gratificações – Berelson, após uma greve dos entregadores de jornais de Nova York, propôs um estudo, perguntando as pessoas qual a falta elas sentiram quando ficaram sem informações dos jornais, para entender o uso que as pessoas viam no consumo de noticias da mídia, e as respostas foram as mais variadas, desde a falta de informação para interpretar as questões públicas, até o prestígio social que “ser bem informado” traz. Posteriormente Kat, Blumber e Gurevich, publicaram um artigo sobre as pesquisas de usos e gratificações das mídias que trouxe também a audiência como parte ativa, e não passiva. Que sabia o que estava vendo, e não era ingênua como se pensava. E que tomava decisões na hora de consumir determinado conteúdo.
Palavras-chave: Berelson; leitor como ativo; sabe o que procura nos meios; não passivo; entende o porque precisa das mídias 3. Grupos primários: Comunicação interpessoal e recepção Riley e Riley, afirmaram em sua teoria de Grupos primários, que a recepção de uma mensagem quando é feita em grupo, tende a alterar o sentido da mesma. A pesquisa, mais voltada para o consumo da TV, propunha que uma mensagem de TV, quando recebida em grupo, o julgamento das pessoas que fazem parte deste grupo altera a percepção de cada receptor, este grupo, Riley e Riley chamaram de Grupo Primário.
Palavras-chave: Riley e Riley; sentido da mensagem é alterada quando em grupo; 4. Fluxo em duas etapas – Proposto por Katz e Lazarsfeld, em um estudo sobre comunicação política, propunha que líderes de opinião eram mais efetivos na comunicação de mensagens do que a própria mídia. Estes líderes, aqui entendidos como pessoas influentes em determinado meio, seriam capazes de comunicar a mensagem aos outros receptores de maneira mais efetiva. Ou seja, ao invés de comunicar a inúmeros receptores, seria mais eficaz identificar estes líderes de opinião formando as duas etapas desta comunicação. Obviamente que este modelo logo
esbarrou em inúmeras adversidades como a definição deste líder de opinião entre outros. Em alguns anos os próprios autores propuseram o Fluxo de Múltiplas Etapas, para dar conta destas inúmeras variáveis que seu próprio modelo continha.
Palavras-chave: Katz e Lazarsfeld; líderes de opinião; comunicar para os líderes; os líderes falam com o resto 5. A Teoria da Cultivação de Gerbner – Gerbner, parte do princípio que quanto mais as pessoas assistem televisão, mais tendem a tomar o que aparece ali como verdade. Quanto mais indicadores culturais são apresentados, mais eles são enraizados no público e tornando o que se vê na tela a realidade do mundo. Para provar sua teoria, Gerbner propôs um estudo monitorando a quantidade de pessoas ligadas a lei, violência ou crime que apareciam na TV no período de uma semana nos estados unidos. Quase 50% do conteúdo da televisão mostrava pessoas com essas características, levando em conta que apenas 1% da população norte-americana correspondia a esse universo. Gerbner então entrevistou pessoas que passavam até 6h em frente a TV por dia, e eles acreditavam que o número de pessoas ligadas a lei ou o crime no país era muito maior que a realidade, provando a distância entre a realidade e a representação da realidade feita pelos indivíduos que ficam muito tempo frente a TV.
Palavras-chave: Gerbner; público toma o que recebe da mídia como verdade; estudo sobre a lei e crime nos EUA. 6. O intervalo de conhecimento – Os professores Tichenor, Donahauen e Olien propuseram essa teoria que identificou uma variável de classe como um dos fatores importantes para o entendimento de mensagens da mídia, colocando em posições opostas pessoas com mais escolaridade e formação, contra pessoas que possuiam menos escolaridade e formação, e expuseram-nas a mesma mensagem da mídia. O que levou a conclusão de que o intervalo de conhecimento destas mesmas pessoas pode se aproximar, mas não se igualar, mesmo com muito tempo de exposição à mensagem. O raciocínio é bastante simples: quanto mais se sabe previamente, mais fácil será de assimilar e aprender mais. Mesmo com as relações sociais ajudando as pessoas com menos escolaridade, pessoas com um passado mais repleto de referências e acesso ao estudo, ficam sempre a frente. O que vem a corrigir a
afirmação comum de que o acesso a informação democratiza o conhecimento. Nada mais distante do que isso em época de informação digital.
Palavras-chave: Tichenor; diferença entre o acesso a informação; quanto mais se sabe, mais se saberá; o acesso a informação NÃO democratiza o conhecimento 7. Efeitos de terceira pessoa – O efeito de terceira pessoa, proposto por Davidson, estipula que não nos consideramos pessoas influenciadas pela mídia, mas consideramos os outros muito influenciáveis. O que pode ser verificado por uma simples frase: “as pessoas são muito influenciadas pela mídia”, frase comum, mas que se analisarmos, nós somos o elemento “as pessoas” de outros interlocutores. Sendo assim, acreditamos que a população é muito influenciada pela mídia, porque tendemos a achar que elas são. Sem ter comprovação nenhuma disso. Davidson pesquisou o quanto as pessoas se interessavam por um assunto banal da mídia X, e quanto estas mesmas pessoas achavam que a população se interessaria por esse assunto. O resultado foi uma inversão proporcional. Quanto menos eu me interesso porque esse assunto é muito banal e eu não sou influenciado, mais as pessoas se interessaram porque elas são influenciadas. Davidson chegou a um paradoxo que os efeitos da mídia são menores do que se imagina. Porém imaginamos eles muito maiores, o que dá efeitos muito mais amplos. Sendo assim, o Efeito da terceira pessoa, é uma tendência a acreditar que a mídia vai influenciar mais os outros do que nós.
Palavras-chave: Davidson; nós não somos influenciados; os outros são; efeitos da mídia são pequenos, mas imaginamos eles muito maiores; 8. O modelo do Agenda-Setting – Para entendermos o modelo do Agenda-Setting, precisamos entender a definição de agenda, como os assuntos pautados por determinado grupo. Por exemplo, a agenda da mídia, são as notícias presente nos meios de comunicação. A agenda pública são os assuntos discutidos pela população. E o modelo do Agenda-setting, propôe que a a Agenda da mídia, pauta em determinada escala, a agenda pública, ditando quais assuntos serão debatidos na agenda pública. Comprovada pelo estudo de Clóvis Barros Filho, que fez uma pesquisa onde em um determinado periodo de tempo, um assunto ficou pautado nas mídias. Após esse periodo ele entrevistou 400 pessoas, perguntando se já haviam ouvido falar desse tema. Todos afirmaram que sim. Após, se já haviam comentado esse tema com alguém. Também, 100% da amostra respondeu que sim. Porém na
última pergunta, apenas 2 pessoas souberam responder com clareza, do que se tratava o assunto. O que comprovou o agenda-setting onde a agenda da mídia pauta os assuntos da agenda do público.
Palavras-chave: a agenda da mídia pauta a agenda pública; agenda = assuntos; os assuntos da mídia pautam os assuntos do povo 9. O modelo da Espiral do Silêncio - O modelo da espiral do silêncio, analisa como a opinião pública torna um assunto como dominante, e como a opinião minoritária tende a se calar, quando percebe que faz parte de um raciocínio muito menor que a maioria da população. Partindo do principio que os seres humanos tem medo de se sentir sozinho em um grupo, há uma situação de desconforto em manter uma opinião diferente do restante do grupo. Ou seja, quando a mídia informa que o pensamento comum é X e que 70% da população tem esse pensamento, os outros 30% tendem a achar que este é o lado correto, até que algumas pessoas se calem, porque manter uma opinião seria ter apenas 30% da população com quem conversar. Seria como se em cada 10 amigos você compartilhasse da mesma opinião de 3, e se calaria frente aos outros 7 amigos, para não sustentar uma opinião contrária. E em casos limites até mudaria de opinião para ser incluído, tornando ainda mais verdadeira e maior o indice de pessoas que acreditam nessa opinião.
Palavras-chave: medo da rejeição; sendo minoria tende-se a ficar calado; desconforto em ficar sozinho no grupo; pesquisa de opinião falsa;
10. A disseminação de informações: o modelo da curva em S de Chaffee Essa teoria da comunicação pode ser entendida como um gráfico de quanto tempo leva para uma informação percorrer todo seu potencial como notícia. O gráfico em S propõe que seja o lançamento de um produto ou uma notícia importante tende a iniciar seu processo de maneira lenta enquanto apenas algumas pessoas sabem. Logo que o processo ganhar força exponencial, que uma pessoa comenta para outra e para outra, ela vai atingir sua popularidade máxima, até o assunto ficar desgastado e todos os vieses já terem sido abordados, e o assunto ter sua data de validade alcançada. Este modelo pode se aplicar a diversas situações como o lançamento de um produto, para planejar uma campanha publicitária, ou planejar quanto tempo antes a oposição deve lançar algum fato que repercuta negativamente no candidato do partido contrário, etc.
Palavras-chave: Chaffee; Curva em S; crescimento exponencial da notícia até o desaparecimento 11. Da estética cognitiva à Neuroarthistory Um dos principais estudos sobre a percepção da realidade e a capacidade da memória é de Atkinson e Shifflin. Esse estudo destaca que frente a uma mensagem, diversos processos neurais acontecem, desde a análise de dados do ambiente, ao registro dos sentidos, o que leva ao cérebro armazenar a informação como apenas uma informação util para aquele momento, ou como um informação util a longo prazo que pode ser resgatada. Contrapondo diversos autores que imaginavam que a recepção era apenas um processo social, mas também psicológico de cada indivíduo.
Palavras-chave: Atkinson e Shiffin; recepção não é apenas fator social e sim psicológico; fatores psicológicos; memória curta e longa;
SEÇÃO D – MODERNO/ PÓS-MODERNO I.
Em busca de uma região desconhecida
1. Pós-modernidade; Pós-estruturalismo; pós-colonial; pós-humano Neste início Martino apresenta a pós-modernidade em contrapartida com sua antecessora, a modernidade. Enquanto Habermas por exemplo, acredita que a modernidade está em pleno curso, teóricos como Bauman afirmam que a modernidade falhou, e que a racionalização de todas as atividades burocratizou os processos. Enquanto a modernidade previa uma ruptura com o passado, com suas inovações, a pós-modernidade traz o passado a tona em forma de nostalgia, remakes de filmes antigos, apropriações de símbolos e estética antigas, evidenciam essa apropriação. Enquanto na modernidade se fugia da facilidade em usar a cultura de massa, na pós-modernidade usa-se essa cultura para criar algo novo, uma combinação de signos, modelos e sistemas.
2. Guy Debord: A sociedade do espetáculo É preciso deixar claro a diferença entre o que se tornou a expressão “A socied ade do espetáculo” hoje em dia, do que Guy Debord tinha proposto há mais de 50 anos. A relação que Guy propunha em cunhas os termos a sociedade do espetáculo, dialoga
muito com o capitalismo e o anti-capitalismo proposto por Marx. O espetáculo a que se refere Debord se trata de como a sociedade precisa criar o que ele chama de “imagens” visuais para “parecer” algo. Se no inicio do capitalismo o homem passou do “ser” para o “ter”, na sociedade do espetáculo ele muda novamente para o “parecer”. Portanto espetáculo aqui não deve ser entendido com a associação comum em que uma sociedade consome a vida alheia com reality shows e outros. E sim como uma sociedade que vive para parecer algo, mostrar uma imagem visual. À critica à mídia e aos meios de comunicação nessa teoria, vem do fato de que expressam imagens visuais de outras pessoas e tornam isso uma mercadoria.
3. Jacques Derrida: Escritas da desconstrução A obra de Derrida é muito vasta em diversos campos, porém vale destacar sua preocupação com o texto, onde ele questiona o porque da atribuição de cada significado para cada signo. Sua obra provoca a atribuição de sentido aos signos e que estes tem seu significado mudado constantemente, o que Derrida chama de desconstrução
4. Gilles Deleuze: Mídia e sociedade de controle Deleuze em seu vasto e denso estudo sobre os signos, afirma, em linhas gerais, que no final do século 20, se acreditava que o conjunto de signos imposto pelo capitalismo fazia parte de um sistema de poder. Porém o regime de signos passa a ser o próprio poder. Na medida em que existe uma dualidade entre os signos a qual expõe. Dualidade essa da mídia que impõe que se trabalhe cada vez mais, mas que vá aproveitar as férias em família. Deleuze aponta entao essa dualidade do sistema capitalista.
5. Jean Baudrillard: Da sociedade de consumo ao deserto do real Uma das principais contribuições de Baudrillard para o estudo da comunicação e das relações sociais, é sua definição de sociedade de consumo onde, para ele, não precisamos de bens de consumo, precisamos ter bens de consumo, a finalidade dos bens passa a ser a propriedade sobre eles. Nesse modelo de sociedade a única atividade esperada da pessoa é consumir, comprar um bem, usá-la o mais rápido possível, para que o ciclo de compra se inicie novamente. A utilidade é mínima em alguns casos, ou nem existe, mas o fato de possuir algo, é que realmente importa.
Outro ponto importante de sua obra é a definição de simulacro e simulações, onde entende-se que um simulacro, é simular uma situação onde não se identifique o que é real e o que faz parte do ensejo. Na sociedade de consumo podemos ver isso claramente quando se mantém uma forma, mas se recicla programas de TV, músicas, livros e elementos da cultura de massa, a fim de simular uma novidade, para manter o espectador atento, ou seja, simulacro.
6. Zigmund Bauman: Comunicação em tempos líquidos Bauman faz uma analogia entre a comunicação na pós-modernidade com a forma líquida destas relações. Não pelo fato de se esvairem ou se perderem pelo ralo, mas a facilidade e rapidez com que se reorganizam. Essas relações interpessoais na pósmodernidade tanto no campo afetivo quanto no campo social tendem a ficar cada vez mais rápidas. A medida que pode-se relacionar-se com mais pessoas, o espaço de tempo entre essas relações também ficaram muito menores do que eram na modernidade. A articulação com a sociedade ficou muito mais rápida, ainda que muito mais individual, através da tela do celular ou gadgets.
7. Dos arquétipos ao Herói de mil faces: Carl Jung O trabalho de Jung e seu colaborador Campbell, descreve a criação de arquetipos na proposição de roteiros. Campbell identificou inúmeras simbologias padrão em diversas obras, que podem ser encontradas desde pinturas da Europa contemporânea até filmes da cultura pop de hoje em dia. O que não precisa ser entendido como uma falta de criatividade dos roteiristas, e sim uma garantia de acerto, de uma história que já foi contada inúmeras vezes, e que ao receber nova roupagem se apropria de elementos e histórias cotidianas do público para recontá-las. Estas etapas, ou arquetipos, ou ainda “imagens fundamentais”, discorrem sobre a jornada de um personagem. O arquétipo nada mais é que uma narrativa.
8. Gayatri Chakravorty Spivak: As margens centrais do discurso A questão principal da obra desta escritora, está em questionar as produções do discurso de quem, teoricamente, vive “às margens” da sociedade. Partindo do principio de que, para estas pessoas, a produção cultural e acadêmica que acontece ali, é o centro da questão, então não cabe para eles uma concepção margem-centro, se eles são o centro. Com um discurso desruptivo e muito baseado na obra de Derrida.
II. Os estudos culturais 1. Os trabalhos fundadores: Williams, Hoggart, Thompson Os principais textos fundadores dos estudos culturais, vieram de teóricos como Hoggart, que em seu estudo, queria entender como as pessoas usavam as mensagens que recebiam da mídia na vida cotidiana. Segundo ele, a vida cotidiana – amigos, família, trabalho – interfere no uso que ele faz das mensagens que recebe. Thompson também vai por um caminho semelhante, onde afirma que para compreender a comunicação, precisa-se entender os usos feitos pelo indivíduo diante da mídia. O indivíduo esse que mesmo pertencente à classe trabalhadora, é produtora de cultura, à medida que tem relações em outros grupos. Ampilação dos estudos culturais proposto na obra de Martino Os fundadores desse grupo são Raymond Williams, Richard Hoggart e Edward Thompson. O período do início deste grupo, viu a TV e a cultura de massa se estruturarem como um desafiador à separação de “alta cultura” e “cultura popular”. Esse grupo vem para estudar o trabalho que era então renegado pelo meio acadêmico, e a “cultura da televisão”, os blockbusters de hollywood, a música pop os videos musicais, não podiam mais ser ignorados. Hoggart, em seu livro fundador dos estudos de recepção, queria compreender os usos feitos pela classe trabalhadora, do que ela recebia da mídia. Ele acreditava que cada mensagem era relacionada por essas pessoas com sua vida cotidiana, articulando com outras informações que ela já tem sobre aquela mensagem. Para Hoggart, esse espectador tem amigos, conversa com outras pessoas, família, e esse contexto interfere no uso que ela faz dessas mensagens recebidas. Já Willians, caminha no sentido de atualizar o conceito de “cultura”, que perde a noção de “cultivo” para “o estado de desenvolvimento de um povo”. E Thompson, em seu estudo fundador dos estudos culturais, afirma que a classe trabalhadora nao se define por suas atividade laboral, mas suas práticas culturais. Ou seja, usar boné e camiseta, tomar cerveja em um pub, são signos da cultura. A cultura para estes teóricos não era apenas arte ou algo para ser observado, mas sim as práticas cotidianas que davam a identidade de um grupo, nesse caso, à classe trabalhadora. Conceitos importantes que foram definidos pelos Estudos Culturais:
1 – Todo espaço de cultura, é um espaço de construção de hegemonia. Já que os meios de comunicação de massa, transformam a cultura em produto. E o entregam em larga escala, se faz necessário analisá-lo como arma política na construção de poder. 2 – Os meios de comunicação não são apenas onde se impõe um padrão de cultura, mas um espaço de disputa pela construção de bens culturais relevantes, já que esta cultura pop produzida pelos meios, é um dos principais elementos de definição do mundo. 3 – Os Estudos culturais entendem “cultura” como qualquer produção da qual o ser humano entende seu mundo. Então em uma cultura pontuada pelos meios de comunicação, entender a cultura de massas é a chave para entender o cotidiano. Em todas as obras, há uma preocupação em entender a apropriação da cultura de massa pelos receptores. 4 – Os Estudos Culturais procuravam entender “massa” como um momento da sociedade, e não sua caracteristica principal. Massa é um estado momentaneo, se pensarmos que cultura as vezes é padronizada e as vezes diversa. Opor a ideia de “minorias” ao conceito de “massa” não é desvio semântico e sim uma questao politica. Resumo Estudos Culturais Surge com o CCCS – Centre of Contenporany Cultures Studies Principais autores Hoggart – Estuda o que as pessoas fazem com as informações recebidas pela mídia. Cada receptor tem suas próprias relações, é um trabalhador que articula seu próprio conhecimento com o que recebe da mídia. Willians – Trabalha o desvio do significado do termo cultura de “cultivo” para “o desenvolvimento intelectual de uma sociedade” ou “nossa maneira de viver a vida” Thompson – Define a classe trabalhadora, além de se definir por sua atividade de trabalho, muito também por seus hábitos e costumes. Então usar camiseta, boné e tomar cerveja em um pub, faziam parte da cultura da classe. Conceitos importantes que sairam destes estudos: - Todo espaço de cultura, é um espaço de construção de hegemonia, e se os meios de comunicação transformam este espaço, é preciso entender a relação entre receptor e estes meios como um todo. O que eles fazem de posse das mensagens que recebem.
- Em uma cultura pontuada pelos meios de comunicação, entender a cultura de massa é a chave para entender o cotidiano. - Massa é um momento na sociedade, e nao uma caracteristica principal.
2. O modelo Encoding/Decoding de Stuart Hall O modelo que Hall propõe reafirma uma premissa básica para os estudos culturais, de que o público receptor não é de forma alguma passiva, e sim como parte integrante do processo, que resignifica o conteúdo da mensagem a cada vez que tem contato com ela.
3. John Fiske: estratégias para ler televisão John Fiske, define que é importante compreender os códigos usados na geração de conteúdo televisivo, para que então se entenda e tenha a perfeita recepção do que está sendo proposto. Entre outras palavras, definir estratégias para ler a televisão ou a mídia que for. Especificamente para Televisão, ele identifica três níveis de códigos presentes: Realidade, ou códigos sociais, presentes na maquiagem, comportamento, ambiente representado. Representação, ou códigos técnicos que dão conta da iluminação, câmera, enquadramento, narrativa, personagens. E por fim Ideologia, ou códigos políticos, que ressaltam valores como classe, gênero, raça, capital etc.
III. Blogs, redes sociais, exclusão digital, midiatização 1. Teoria da Informação – Para entender a teoria da informação, é preciso entender o conceito de informação como sendo um valor novo em um sistema já conhecido. A teoria da informação explica fenômenos estéticos e culturais como a inserção de padrões mais ou menos previsíveis para o entendimento da recepção. Quanto mais familiar e redundante ao sistema, mais fácil a mensagem de ser entendida. É quase como ver por um viés matemático a mensagem e informações.
2. O modelo de Shannon e Weaver O modelo de Shannon e Weaver propõe que é impossível uma comunicação sem ruído algum, ou seja, algo que atrapalhe a comunicação de alguma maneira, um agente externo. O modelo apresentado é uma tentativa de quantificar os dados da mensagem, para que se chegue mais próximo de uma situação de comunicação ideal. Ou seja a principal contribuição foi a ideia de que “ruido” é algo que atrapalha a
comunicação, geralmente apresentado no canal escolhido para comunicar a mensagem.
3. O efeito zapping e a mensagem publicitária A mudança gerada pelo efeito zapping na mensagem publicitária é inegável. Quem está com o controle aproveita o momento dos comerciais para buscar novos conteúdos, e acaba não assistindo a programação comercial. Não por não querer ver propaganda, mas por ir atras de mais conhecimentos. Dai a importância de uma propaganda eficiente logo no inicio, pois um pequeno tédio o receptor pode ir em busca de outra programação. É importante lembrar de fatos que evitam o zapping, como levar em consideração o valor do comercial, o hábito de consumo, a familiaridade com o assunto, tudo isso ajuda a evitar a troca de canal rápida durante um comercial.
4. Da Galáxia de Gutemberg à aldeia global: Harold Innis e Marshall McLuhan Os estudos de Innis e McLuhan, são os mais importantes da chamada “Escola Canadense de Comunicação”. Innis afirma que a tecnologia e a os avanços dos meios de comunicação, influem diretamente na produção de cultura da sociedade. Assim como o papel mudou a maneira como nos relacionávamos, com cartas e publicidade impressa, hoje a tecnologia faz isso mais uma vez. A pesquisa de McLuhan vai também nesse sentido, mas ainda mais futurologística, onde previu, por exemplo a transformação que seria vista anos mais tarde com tecnologias como o walkman e a internet. McLuhan nos apresenta o termo “Aldeia Global”, onde não há mais limites para a conectividade. Se antes tinhamos várias aldeias que não conseguiam se comunicar, hoje temos uma enorme falando todos a mesma lingua com a tecnologia. Provavelmente a maior contribuição de McLuhan seja em relação aos meios, onde entende que os meios interferem nas mensagens, e mais ainda, os meios criam linguagens, por exemplo, no inicio da TV, os programas eram os mesmos do rádio, com imagem, e entao precisou-se da criação de uma linguagem nesse sentido. E ainda traz a definição de meios quentes e meios frios. Onde os quentes são os que exigem total concentração do receptor, como um livro, ou o rádio, que utilizam apenas um dos sentidos humanos. Já os meios frios, como o cinema, a TV, utilizam vários outros sentidos juntos, e tendem a deixar a recepção mais fácil.
5. A teoria da Midiatização da Sociedade de Stig Hjarvar A ideia de midiatização pode ser entendida como a linha onde se funde vida cotidiana, com a mídia, seja pela camiseta de um seriado de TV até a figura de um personagem em um caderno. A mídia transborda para a vida cotidiana. O que vale lembrar que não é apenas porque algo é feito via a mídia que é algo midiatizado. A midiatização é um processo, das relações humanas com as mídias, e onde é muito dificil ver o inicio de uma e o fim de outra.
6. Redes sociais, blogs, guerrilhas virtuais, exclusão digital As redes sociais e as comunidades virtuais O que antes se tratava por comunidade, de pessoas que moravam próximas e tinham em comum a localização, hoje, com a conectividade é entendida como pessoas que não necessariamente precisam morar próximas, mas que podem se reunir em torno de um motivo em comum, como os fãs de uma banda, ou com o mesmo gosto musical. Um dos fenômenos que mais se beneficiou das relações mediadas por computador foram as redes sociais, que mesmo já existindo fisicamente antes da era do computador, foram inegavelmente facilitadas pela internet, onde se pode desde fazer uma rede de contatos até participar ativamente de uma discussão engajada.
Realidade Virtual Mais uma relação social mediada pelo computador é a realidade virtual, onde seres humanos podem usar de equipamentos eletrônicos acoplados ao corpo para vivenciar uma realidade diferente da sua.
Guerrilhas Virtuais Com a possibilidade do anonimato possível na internet, ataques hackers e guerras virtuais deixaram de ser uma projeção da ficção científica para se tornarem reais. A internet passa a ser uma grande arma de poder político-social.
Blogs e a fronteira do entretenimento/informação Os blogs trazem uma grande mudança na maneira como se consumia mídia antes deles, por exemplo, um blog pessoal de alguem que esta no meio de uma guerra, traz
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