FICHAMENTO 2 - Avaliação e linguagem relatórios, laudos e pareceres. Magalhães, Selma marques

March 28, 2019 | Author: esa1108 | Category: Sociology, Interview, Communication, Thought, Time
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FICHAMENTO

Magalhães, Magalhães, Selma marques Avaliação e linguagem: relatórios, laudos e pareceres / Selma Marques Magalhães Magalhães – 3. d. – São !aulo: "eras ditora, #$%%. – &S'rie livros( te)to* 3+ Introdução

A utiliação desse instrumental -acilita nossa atuação, racionalia nosso tempo, direciona eticamente nossa proposta de traalho e – o mais importante – demonstra respeito pelo usurio. Apoio o instrumental t'cnico(operativo concernente a sua pro-issão. 0elaç1es com o usurio ganham um carter de acolhimento. 2ireciona(se a atuação em espaços institucionais voltados  intervenção e aos cuidad cuidados. os. 4unda 4undamen mentad tado o com assist assistent entes es socia sociais is nas "aras "aras da 5n-6n 5n-6ncia cia e da 7uventude, tem como o8etivo propiciar re-le)1es e questionamentos sore o cotidiano institucional, suas di-erentes linguagens e o cuidado que devemos ter como nossa atuação. 9ar 9arte terr aval avalia iatitivo vo de uma uma atua atuaçã ção o propro-is issi sion onal al que que vise vise o cuid cuidad ado, o, a intervenção e se8a e-etivada por meio da comunicação.  O cotidiano de trabalho no espaço institucional

em como -inalidade -inalidade atender  população população usuria, de modo a possiilitar(lhe possiilitar(lhe a e-etivação de seus direitos, garantidos constitucionalmente. constitucionalmente. ; de -undamental import6ncia a interlocução entre os pro-issionais que atuam nos di-erentes espaços institucionais, não só para conhecerem melhor o traalho que cada um desenvolve, como tam'm para avaliar di-iculdades e limitaç1es de cada conte)to de traalho. A hierarquia permeia qualquer espaço institucional institucional e)ercem o papel de agentes de controle. mica &que muitas vees vai determinar, ou não, a elegiilidade para o atendimento naquele espaço de traalho+. Trabalho, cotidianidade e burocracia

As caracter?sticas do viver cotidiano o imediatismo entre pensamento pensamento e ação, a repetição, o economicismo, a o8etividade... A pr)is est inserida na cotidianidade por meio dela que a história vai sendo constru?da e ganhando sentido. m instituiç1es a cultura organiacional tem como ponto -orte a urocracia e a hierarquia, o que possiilita maior visiilidade ao ritmo -i)o,  repetição,  rigorosa regularidade, regularidade, e ao economicismo das aç1es cotidianas. cotidianas. !ro-i ro-isssion siona ais das das rea reass de servi erviço ço soci socia al e psi psicolo colog gia intera terag gem pro-issionalmente pro-issionalmente com pessoas que lhes contam seus sonhos, suas di-iculdades, seus con-litos e at' mesmo suas intimidades. intimidades.

@ seu traalho ' desenvolvido tendo como t>nica o ser humano, se8a no 6mito individual ou social. @ cotidiano ' a es-era da sociedade que mais possiilita a alienação. @ o8etivo do traalho dos pro-issionais que nelas atuam ' o de atender  população usuria. A compet=ncia pro-issional envolve componentes teórico(metodológicos e 'tico(pol?ticos norteadores da pro-issão, como aspectos t'cnico(operativos que permitem sua operacionaliação. @s pro-issionais irão contar com peculiaridades espec?-icas de seu campo de atuação e, em conseq=ncia, evidenciar os limites e as possiilidades de atuação do pro-issional &5amamoto, %BBC, p. %$D+. @s instrumentos t'cnicos que possiilitam dar visiilidade  relação pro-issional que ' desencadeada entre o usurio e o pro-issional. Palavras, linuaens e os !eandros da co!unicação O correto e o incorreto no uso da linuae!

@ homem se comunica no conte)to sociocultural dos di-erentes grupos sociais dos quais -a parte. 0emete  semiótica &' considerada mat'ria transdisciplinar. @cupa(se dos códigos não(verais, ou de outras -ormas de linguagem, como, por e)emplo, o hiperte)to. A semiótica considera ainda o gestual, o audiovisual e o visual como espaços de linguagem. A comunicação tra em si uma estrutura simólica que e)trapola a -ala em si+. Euma relação dial'tica são determinadas pelos di-erentes su8eitos envolvidos no processo de comunicação. Modos de -alar, de olhar ou de se vestir passam a ser caracter?sticos de grupos sociais espec?-icos, comunicando ainda seu estrato social e at' mesmo sua inserção na divisão sócio(t'cnica do traalho. A chamada l?ngua culta ' a que mais se presta ao uso dessas normas e regras. Segundo Fechara &#$$$, p. %G(%H+: Não é a língua que é coerente ou incoerente, mas o pensamento, o ato de pensa. (...) o erro está na articulação do  pensamento. (...) Nunca há erro em português, haverá sempre um erro numa variedade da língua. Eo que tange  l?ngua(padrão, o autor &p.%H(%D+ a-irma que: são consideradas adequadas para a expressão do pensamento em momentos sociais muito deinidos. @viamente, o pro-issional deve ItraduirJ o signi-icado de algumas palavras, especialmente nos lingua8ares ou nas g?rias da l?ngua, os quais identi-icam o grupo social ou de re-er=ncia no qual o usurio est inserido. Ao pro-issional cae esclarecer dKvidas com relação s di-iculdades de compreensão, mas nada 8usti-ica seu uso na comunicação e-etivada entre ele e seu usurio. am'm não lhe cae criticar, mas compreender, captando dados importantes para sua avaliação. 0espeitar o usurio não ' torn(lo IamiguinhoJ, mas manter uma relação de traalho que perpassa pelo respeito quele que chegou  instituição para ser atendido por um pro-issional. "i#loo, palavras e processo co!unicativo

Segundo FaLhtin &%BBB+, a palavra ' a arena onde se con-rontam valores sociais contraditórios. Euma instituição, as interaç1es verais se dão em 6mitos comunicativos di-erenciados: e-etivam(se entre o usurio e seu grupo de conviv=ncia ou de re-er=ncia, entre os pro-issionais e seus pares, entre os pro-issionais e os pro-issionais

de outras reas, entre o usurio e os pro-issionais, e assim por diante. Eessas mediaç1es encontra(se tam'm a comunicação escrita, que muitas vees -a parte do cotidiano de uma instituição, como ' o caso espec?-ico do universo -orense. 9ada pro-issional tem um horionte social que lhe ' próprio, com particularidades concernentes ao seu processo socialiador. A palavra ' um signo ideológico por e)cel=ncia, as enunciaç1es ling?sticas traem, em si, uma naturea social e e)primem a su8etividade inerente aos valores da particularidade de cada conte)to social. @ material privilegiado da comunicação da vida cotidiana ' a palavra. Segundo FaLhtin &iid.+, as ideias são, ao mesmo tempo, pensadas e e)pressas para um auditório social em de-inido. Meta-oricamente, a instituição seria o palco no qual os atores sociais movimentam(se e interagem na diversidade de cada um de seus pap'is e -unç1es, que variam, ainda, con-orme a particularidade do pKlico ao qual ele se destina. 9on-orme Sim1es &#$$$, p. %%G+: ! caráter dial"gico das linguagens imp#e uma visão muito além do ato comunicativo supericial e imediato$ os signiicados em%utidos em cada particularidade devem ser recuperados pelo estudo hist"rico, social e cultural dos sím%olos que atravessam o cotidiano. &ortanto, é uma garantia de  participação ativa na vida social ' para a cidadania deseada no mundo contemporneo ' a relexão so%re a linguagem e seus sistemas, os quais se mostram articulados por m*ltiplos c"digos. A linguagem e)trapola a palavra em si e se revela so di-erentes aspectos, como por e)emplo o gestual, o olhar, o visual, ou at' mesmo o espaço que a ela se destina, que tam'm são I-alasJ e transmitem importantes mensagens. Eo caso do pro-issional, as linguagens v=m carregadas de su8etividades. A linguagem situa(se na história, palavras evoluem ou ganham novos signi-icados, de acordo com as particularidades das con8unturas sócias em que são e)pressas. A linuae! escrita

A comunicação oral -acilita o esclarecimento de dKvidas ou de uma poss?vel Icon-usãoJ no entendimento do signi-icado da mensagem que se quer transmitir. m contrapartida, na comunicação escrita. Eo caso das interaç1es sociopro-issionais, a interlocução -ace a -ace permite o estaelecimento de um dilogo mais atuante, a intervenção pro-issional pode ser imediata. Assim, assistentes sociais... transmitem suas identidades pro-issionais por meio dos relatórios ou laudos que elaoram. ; de se esperar que sigam a norma culta da l?ngua. !ara FaLhtin &%BBB+, qualquer enunciação ' parte de um dilogo, haver um locutor e um interlocutor em qualquer -orma de comunicação. ranspondo(se para o cotidiano das interaç1es institucionais, a interação comunicativa escrita admite um locutor e vrios interlocutores, e)pressos nas -iguras dos diversos leitores que a ela terão acesso. @ te)to escrito por um pro-issional dever ser culta, t'cnica, identi-icada com uma atuação e com um saer: uma linguagem, en-im, que possa demonstrar, em qualquer instituição, a rea de determina compet=ncia pro-issional. O conte$to %orense co!o espaço privileiado da co!unicação escrita

Eum -órum, o destinatrio -inal das interaç1es comunicativas presentes nos autos ' sempre o 8ui.

9onsidera(se que 8ustiça di respeito a toda a sociedade, especialmente quando se pensa em 8ustiça social. oda história dos usurios -a parte de um processo 8udicial, que poder ser encerrado com a decisão do 8ui. "isto de -orma o8etiva o que não est nos autos, não est na vida & +uod non - in actum non est in vita+. @s autos de um processo, al'm de registrarem a documentação e o histórico do caso a ser 8ulgado, são tam'm um importante meio de comunicação entre os pro-issionais que atuam no universo de um -órum. !ro-issionais que atuam em -unç1es susidirias s decis1es 8udiciais – como, por e)emplo, assistentes sociais e psicólogos – tam'm devem registrar neles suas avaliaç1es pro-issionais. @ discurso escrito ' remetido ao universo -orense com um todo, os pro-issionais devem utiliar a linguagem culta, t'cnica, identi-icada com sua atuação e com seu saer.
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