Ficha Dos Artigos Criticos ..

December 4, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares Direção de Serviços Região Centro

2019/ 2020 

Curso: Técnico Auxiliar de Saúde

 Ano: 11º

Turma: E1

Data:__/__/____ 

Disciplina: Disci plina: Higiene Higiene Segurança Segurança e Cuidados Gerais Gerais Módulo N.º:4 (UFCD 6563) “Prevenção “Prevenção da infeção na higienização de roupas, espaços, materiais e equipamentos.”

Nome: ___________________________________________________ Nº: ___ 

Ficha de trabalho

Título: Tipos de artigos segundo o risco de contaminação - Limpeza, desinfeção, esterilização e assepsia

Leia o seguinte documento e responda às questões que se encontram formuladas. Classificação de artigos segundo o risco e potencial de contaminação

 As infeções hospitalares constituem um grave problema de saúde pública, tanto pela sua abrangência como pelos elevados custos sociais e económicos. O conhecimento e a conscientização dos vários riscos de transmissão de infeções, das limitações dos processos de desinfeção e de esterilização e das dificuldades de processamento inerentes à natureza de cada artigo são imprescindíveis para que se possa tomar as devidas precauções. O conhecimento e a divulgação dos métodos de proteção anti-infeciosa são relevantes uma vez que, a atuação do profissional de saúde está na interdependência do material que está sendo usado, como veículo de transmissão de infeção tanto para o paciente como na manipulação dos artigos sem os devidos cuidados.  A variedade de materiais utilizados nos estabelecimentos de saúde pode ser classificada segundo riscos potenciais de transmissão de infeções para os pacientes, em três categorias: críticos,  semicríticos   e não críticos. Artigos críticos

Os artigos destinados aos procedimentos invasivos em pele e mucosas adjacentes, nos tecidos subepiteliais e no sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema, são classificados em artigos críticos. Estes requerem esterilização. Ex. agulhas, cateteres intravenosos, materiais de implante, etc. Artigos semicríticos semicríticos

Os artigos que entram em contacto com a pele não íntegra, porém, restrito às camadas da pele ou com mucosas íntegras são chamados de artigos semicríticos e requerem desinfeção de médio ou de alto nível ou esterilização. Ex. cânula endotraqueal, equipamento respiratório, espéculo vaginal, sonda nasogástrica, etc. Página  1 de  de 5 Página Escola Secundária Campos Melo | Rua Vasco da Gama, 40, 6201-01 6201-016 6 Covilhã | [email protected] 27531088 275310880 0

 

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Artigos não críticos

Os artigos destinados ao contacto com a pele íntegra e também os que não entram em contacto direto com o paciente são chamados artigos não-críticos e requerem limpeza ou desinfeção de baixo ou médio nível, dependendo depen dendo do uso a que se destinam destinam ou do último uso realizado. Ex. termómetro, termómetro, materiais usados em banho de leito como bacias, cuba rim, estetoscópio, roupas de cama do paciente, aparelho de medição da tensão, etc. Na prática, a classificação dos artigos não é tão simples quanto parece pois muitas dúvidas surgem, especialmente em relação aos artigos semicríticos. Por exemplo, os equipamentos de endoscopia digestiva seriam a princípio artigos semicríticos, requerendo a desinfeção. No entanto, o risco de traumas durante o procedimento proced imento não é pequeno, pequeno, especialme especialmente nte naqueles naqueles portadores portadores de varizes varizes esofagianas. esofagianas. Percebe-se Percebe-se que estes conceitos clássicos levam a algumas imprecisões. As sondas vesicais são outro exemplo, apesar de serem consideradas semicríticos, são utilizadas exclusivamente estéreis. Então propomos alterações nestes conceitos passando a definir como artigos críticos aqueles que têm contacto direto ou indireto com áreas estére est éreis is do corpo, corpo, indepe independe ndente nte de serem serem mucosas mucosas ou tecido tecidoss epitel epiteliai iais. s. Classi Classific ficamos amos como como artigos semicríticos semicrítico s os que entram em contacto direto ou indireto com mucosa com flora própria ou com lesões

superficiais de pele. Por este conceito a sonda vesical passa ser considerada artigo crítico e utilizada estéril.

1. Porque os artigos críticos devem ser esterilizados e os semicríticos apenas sofrer processo de desinfeção?

2. Corr Correlac elacione ione respetiv respetivame amente nte os artigos artigos críticos, críticos, sem semicrít icríticos icos ou não críticos, críticos, assinalando assinalando a alternativa de acordo com as letras C, SC ou NC. ( ) Seringas e agulhas ( ) Mesa de exame ( ) Mamadeiras e bicos ( ) Fios cirúrgicos ( ) Comadres e papagaios ( ) Dieta enteral ( ) Pias e vasos sanitários ( ) Sonda vesical Página  2 de  de 5 Página Escola Secundária Campos Melo | Rua Vasco da Gama, 40, 6201-01 6201-016 6 Covilhã | [email protected] 27531088 275310880 0

 

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( ) Medicamentos orais ( ) Máscara de inalação ( ) Instrumentais Instrumentais cirúrgicos ( ) Esfigmomanómetro Esfigmomanómetro

Limpeza e descontaminação de artigos médico-hospitalares Limpeza

É o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de asseio os artigos, reduzindo a população microbiana. Constitui o núcleo de todas as ações referentes aos cuidados de higiene com os artigos hospitalares. A limpeza deve preceder os procedimentos de desinfeção ou de esterilização, pois reduz a carga microbiana através remoção da sujidade e da matéria orgânica presentes nos materiais. Estudos têm demonstrado que a limpeza manual ou mecânica, com água e detergente ou produtos enzimáticos reduz aproximadamente 105  do bioburden (consti (constitui tui o número de bactérias que vivem numa superfície superfície que não foi esterilizada). O excesso de matéria orgânica aumenta não só a duração do processo de esterilização, como altera os parâmetros para este processo. O avanço tecnológico tem lançado no mercado equipamentos complexos dotados de estreitos lúmens que tornam a limpeza um verdadeiro desafio. Assim, é lícito afirmar  que a limpeza rigorosa é condição co ndição básica para qualquer processo de d desinfeção esinfeção ou esterilização. “É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem limpar”.

3. Comente o significado da última frase do texto: “É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível 

garantir a esterilização sem limpar”.

Descontaminação de Artigos

Descontaminação e desinfeção não são sinónimos. A descontaminação tem por finalidade reduzir o número de microorganismos presentes nos artigos sujos, de forma a torná-los seguros para manuseá-los, isto é, ofereçam menor risco ocupacional. O uso de agentes químicos desinfetantes como glutaraldeído (o agente maiss uti mai utiliz lizado ado na desinf desinfeçã eção, o, não danifi danifica ca borrach borrachas, as, metais metais,, lentes lentes e outros outros materia materiais) is),, formald formaldeíd eído, o, hipocl hip oclori orito to de sódio sódio e outros outros no proces processo so de descon descontami taminaç nação, ão, prátic prática a largam largament ente e uti utiliz lizada, ada, não tem fundamentação. O agente químico é impedido de penetrar nos microorganismos pois há tendência das soluções químicas ligarem-se com as moléculas de proteínas presentes na matéria orgânica, não ficando livres para ligarem-se aos microrganismos nas proporções necessárias dando uma “falsa segurança” no Página  3 de  de 5 Página Escola Secundária Campos Melo | Rua Vasco da Gama, 40, 6201-01 6201-016 6 Covilhã | [email protected] 27531088 275310880 0

 

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manu ma nuse seio io do mate materi rial al co como mo desc descon onta tami mina nado do.. Além Além di diss sso o o us uso o de dess sses es ag agen ente tess na pr prát átic ica a da descontaminação causa uma aderência de precipitado de matéria orgânica no artigo, prejudicando a limpeza posterior. 4. Explique porque é que a limpeza deve preceder os procedimentos de desinfecção e esterilização dos artigos.

Desinfeção

O termo desinfeção deverá ser entendido como um processo de eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, independente de serem patogénicos ou não, presentes nos artigos e objetos inanimados. A destruição de algumas bactérias na forma esporulada também pode acorrer, mas não se tem o controlo e a garantia desse resultado. No seu espectro de ação, a desinfecção de alto nível deve incluir a eliminação de alguns esporos, o bacilo da tuberculose, todas as bactérias vegetativas, fungos e todos os vírus.  A desinfeção de alto nível é indicada para itens semicríticos semicrí ticos como lâminas de laringoscópios, equipamento de terapia respiratória, anestesia e endoscópio de fibra ótica flexível. O agente mais comumente utilizado para desinfeção de alto nível é o glutaraldeído. Na desinfeção de nível intermediário não é esperada ação sobre os esporos bacterianos e ação média sobre vírus não lipídicos. Esta deve eliminar a maioria dos fungos e atuar  sobre todas as células vegetativas bacterianas. Cloro, iodóforos, fenólicos e álcoois pertencem a este grupo. Os desinfetantes desta classificação, juntamente com os de baixo nível, são tipicamente usados para artigos que entrarão em contacto somente com a pele íntegra ou para desinfeção de superfícies. Na desinfeção de baixo nível não há ação sobre os esporos ou bacilo da tuberculose, podendo ter ou não ação sobre vírus não lipídicos e com atividade relativa sobre fungos, mas capaz de eliminar a maioria das bactérias em forma vegetativa. Compostos com quaternário de amónia são exemplos de desinfetantes de baixo nível. Quando se fala em processo de desinfeção, subentende-se o uso de agentes químicos.  Apesar da grande oferta de produtos químicos no mercado, a escolha do mais adequado não é uma tarefa fácil. Várias características devem ser consideradas nesta seleção: amplo espectro de ação antimicrobiana; inativar rapidamente os microorganismos; não ser corrosivo para metais; não danificar artigos ou acessórios de borrac borracha, ha, plásti plásticos cos ou equipam equipament ento o ótico; ótico; sofrer sofrer pouca pouca interfe interferên rência cia,, na sua ati ativid vidade, ade, de matéri matéria a orgânica; não ser irritante para a pele e mucosas; possuir baixa toxicidade; tolerar pequenas variações de temperatura e de pH; ter ação residual sobre superfícies quando aplicado no ambiente; manter sua atividade mesmo sofrendo pequenas diluições; ser um bom agente umectante; ser de fácil uso; ser inodoro, ou ter odor  Página  4 de  de 5 Página Escola Secundária Campos Melo | Rua Vasco da Gama, 40, 6201-01 6201-016 6 Covilhã | [email protected] 27531088 275310880 0

 

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agradável; ter baixo custo; ser compatível com sabões e detergentes; ser estável quando concentrado ou diluído. 5. Indique Indique quais quais os aspe aspetos tos a ter em con conta ta na aqu aquisi isiçã ção o de produt produtos os químic químicos, os, re refe ferid ridos os no documento.

6. Quais são os aspetos fundamentais a serem considerados no processo de desinfeção?

O professor Pedro Costa

Página  de 5 Página 5 de  Escola Secundária Campos Melo | Rua Vasco da Gama, 40, 6201-01 6201-016 6 Covilhã | [email protected] 27531088 275310880 0

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