ficha de trabalho 9 ano - alterações_ efeito estufa

March 17, 2019 | Author: Marina Machado | Category: Global Warming, Greenhouse Effect, Oceans, Carbon Dioxide, Atmosphere Of Earth
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FICHA DE TRABALHO

Ambiente e desenvolvimento desenvolvimento sustentável Geografia – 9º Ano

1. Lê os textos textos seguin seguintes tes e respond responde e às questões questões solicit solicitada adas: s: A temperatura global de um corpo no espaço resulta do equilíbrio entre as energias que ele recebe e que ele emite por radiação. A radiação emitida pela Terra é detida pela presença de certos gases na atmosfera terrestre, que aprisionam a energia aquecendo, assim, o planeta: esse fenómeno designa-se designa-se por efeito de estufa. Os gases responsáveis pelo efeito de estufa são principalmente o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Estes gases são formados por moléc molécula ulass triató triatómic micas as,, capaze capazess de absor absorver ver a radiaç radiação ão sol solar ar e terre terrestr stre. e. Os princi principa pais is componentes da atmosfera - o azoto, o oxigénio e o hidrogénio - formados por moléculas diatómicas, diatómicas, têm um papel menos importante no equilíbrio energético. Esse equilíbrio tem sido modificado pela actividade humana. A modificação da composição química da atmosfera depois da Revolução Industrial, não teve paralelo ao longo de toda a Era Quaternária, como evidenciam as análises de amostras de gelo polar recolhidas a grandes profundidades. A concentração de CO2 na atmosfera aumentou mais de 30 por cento e o metano mais do que duplicou. Como resultado, depois de um século, a temperatura média da  Terra aumentou aumentou de 0,3 a 0,6 0,6 ºC e o nível do do mar elevou-se elevou-se 10 a 25 cm. cm. Adaptado de: Science et Vie, Maio de 1999.

De uma forma muito simples o texto explica em que consiste o efeito de estufa, assim como sublinha a crescente intervenção do Homem no equilíbrio do planeta Terra, que se traduz em profundas alterações de todo o sistema. 1.1. 1.1. A atmo atmosf sfer era, a, de de aco acord rdo o com com a com comp posiç osição ão quí quími mica ca do do ar ar e o com compo port rtam amen ento to da da temperatura temperatura pode dividir-se em várias camadas. 1- Define atmosfera. 2- Explica a importância da atmosfera para a existência de vida na Terra. 3- Descreve a estrutura vertical da atmosfera, elaborando para o efeito um esquema que consideres adequado e que se apresente devidamente legendado. 4- Refere a forma como se processa a variação da temperatura em cada uma das camadas. 5- Caracteriza a troposfera. 6- Explica a ocorrência de inversões térmicas que por vezes se verifica nessa camada. Ambiente: Aquecimento global causa fome nos oceanos O aquecimento dos oceanos, expresso num aumento da temperatura da água sobretudo nos 700 700 metro etross ma mais is à sup superfí erfíci cie, e, caus causa a esca escass ssez ez de nutr nutrie ien ntes, tes, am amea eaça çand ndo o a vid vida e a produtividade marinhas. "Com "Com o aume aument nto o da temper temperatu atura ra na faixa faixa super superior ior do ocean oceano, o, a subida subida de nutri nutrient entes es à super superfíc fície ie torna torna-se -se ma mais is difíci difícil, l, causan causando do esc escass assez ez alime alimenta ntarr e reduç redução ão na produ produtiv tivida idade de marinha. O estudo mostra que ocorre um maior aquecimento na faixa superior do oceano, uma vez que o calor não penetra tão profundamente como se pensava. Á medida que o oceano aquece, a principal reacção é uma deslocação dos biomas no sentido dos pólos". Os biomas são sistemas de interacção entre solo, clima, relevo, fauna e demais elementos da natu naturez reza a e Richa Richard rd Matea Matearr acredi acredita ta que que as desloc deslocaçõ ações es "já estão estão a verif verifica icar-s r-se, e, como como se constata em regiões como a Austrália Oriental, e vão continuar a registar-se a um ritmo mais rápido do que se julgava". O perito referiu ainda que os efeitos da penetração de dióxido de carbono antropogénico (aquele que deriva das actividades humanas) nos mares, se sentem de forma mais significativa nos 700 metros mais à superfície. "Essa "Essa penetr penetraçã ação o es está tá a altera alterarr a quími química ca da faixa faixa super superior ior dos dos ocean oceanos os,, causan causando do um decréscimo na concentração de iões de carbonato, o que reduz a capacidade de calcificação dos organismos", organismos", destacou. O impacto será directamente sentido em animais cujo esqueleto externo (exo-esqueleto) é formado por carbonato de cálcio, caso dos caranguejos, lagostas, estrelas e ouriços-do-mar ou corais. Nos últimos dois séculos, 48% do CO 2 lançado pelas acções humanas na atmosfera foi absorvido pelos oceanos e um estudo recente do Centro de Investigação Cooperativa sobre o Clima e IMP.CSM.014-00

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Ecossistema Antárcticos, prevê que, já em 2060, a baixa concentração de iões de carbonato nas águas da Antárctica impeça a produção de aragonite, uma das formas de carbonato de cálcio existente nas conchas dos organismos marinhos. No relatório, divulgado há cerca de um mês, o Centro de Investigação australiano indica que, por volta de 2100, o aumento de acidez dos oceanos – causado pela absorção de CO 2 – deve expandir-se para Norte a partir da Antárctica. E, apesar de as espécies terem capacidade de adaptação às alterações do meio ambiente, a sua evolução decorre ao longo de milhares de anos, pelo que dificilmente poderão acompanhar a rápida acidificação dos oceanos, assinala o documento. Segundo a investigação do Centro de Investigação Cooperativa sobre o Clima e Ecossistema Antárcticos, o fenómeno terá consequências também a nível piscatório e turístico, pois colocará em perigo os ecossistemas que dependem dos recifes, e vai enfraquecer arquipélagos como as Maldivas e o Quiribati, que ficarão mais vulneráveis às tempestades marítimas e tufões. Adaptado: "Agência Lusa",14 de Julho de 2008

Lê o texto com atenção e responde às questões: 1. Identifica o problema ambiental referenciado no texto. 2. Refere os efeitos da penetração do dióxido antropogénico no equilíbrio dos ecossistemas

marinhos. 3. Sublinha no texto o parágrafo que faz referência às consequências económicas decorrentes dos problemas ambientais em discussão. Aquecimento Global

Os cientistas, que estão a participar desde segunda-feira num seminário sobre os efeitos da mudança climática nos oceanos consideraram que o processo "é praticamente irreversível". Ainda que se deixe de emitir totalmente dióxido de carbono para a atmosfera, a temperatura média subirá dois graus durante os próximos 50 anos devido à inércia que adquiriu o fenómeno, declararam os investigadores. As previsões mais optimistas da comunidade científica estimam que nos próximos anos se produzirá uma redução da emissão de gases com efeito de estufa devido à consciência social e política do problema. Contudo, esta redução não será suficiente para inverter o fenómeno, já que o aquecimento global persistirá durante "vários séculos", de acordo com as conclusões dos trabalhos. O simpósio, organizado pelo Centro Oceanográfico de Gijon, do Instituto Espanhol de Oceanografia, reuniu cerca de 450 investigadores de sessenta países, para analisar os efeitos das alterações climáticas sobre os mares. Em dez sessões temáticas, os cientistas debateram cerca de 200 comunicações orais e tiveram lugar 150 painéis de análise e reflexão sobre o problema. O director do Centro Oceanográfico de Gijon, Luís Valdés, que leu as conclusões, alertou para a gravidade da situação e apelou a um "maior diálogo" entre a comunidade científica e os políticos para tomar medidas urgentes para combater o problema. Os peritos concluíram que carecem de uma metodologia precisa para medir a interacção dos efeitos das alterações climáticas na correlação com o mar, com o ar e com a terra. Valdés afirmou que é necessário definir com claridade as acções que o homem pode adoptar para mitigar os efeitos das alterações climáticas. "As alterações climáticas têm uma dimensão que excedeu o regional para se converterem no global e, nesse sentido, necessitam de medidas políticas supra-nacionais", concluíram os investigadores. www.cienciahoje.pt , 25 de Maio de 2008

Lê o texto com atenção e responde às questões: 1. Refere a conclusão a que chegaram os cientistas reunidos em Gijon para discutir os efeitos

do aquecimento global sobre os mares. 2. Explica por que razão o director do Centro Oceanográfico de Gijon é de opinião que para o combate ao efeito das alterações climáticas sobre os mares é necessário implementar medidas políticas supra-nacionais. 3. Faz uma pesquisa (de forma individual ou em grupo, podendo utilizar para o efeito a Internet) com o objectivo de identicares três consequências do aquecimento global sobre os oceanos. Alarme no Árctico IMP.CSM.014-00

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O oceano Árctico poderá ter o primeiro Verão livre de gelo dentro de apenas cinco anos, afirmou Wieslaw Maslowski, da Escola Naval de Monterrey, da Califórnia, numa reunião científica. Citado pela BBC, o académico fez uma previsão alarmante sobre os efeitos do aquecimento global, que reduz em 20 anos a esperada longevidade da camada de gelo naquela zona do planeta. O modelo da equipa de Maslowski (que inclui ainda NASA e Academia Polaca de Ciências) utiliza dados entre 1979 e 2004. O resultado que aponta para um degelo em 2013 surge, assim, sem a série incluir os dois anos mais quentes já registados nesta zona, 2005 e 2007. Só este ano, o recuo de gelo no Árctico foi gigantesco, tendo deixado navegável a famosa Passagem do Noroeste, no Norte do Canadá e Alasca. Calcula-se que a camada de gelo do oceano tenha atingido, este Verão, pouco mais de quatro milhões de quilómetros quadrados. Em 2005, o outro ano muito quente na região árctica, foi de 5,3 milhões de quilómetros quadrados. A média entre 1979 e 2000 cifrou-se em 6,7 milhões. Ou seja, a perda registada este ano atingiu o equivalente a quase 29 vezes o território de Portugal continental, na comparação com a média do final do século XX. Segundo Maslowski, a projecção da sua equipa "poderá já ser conservadora". O cientista estima que as restantes projecções, todas mais optimistas do que a sua, estejam a neglicenciar efeitos que o cientista considera cruciais para o processo de degelo, nomeadamente a forma como a água mais quente flui dos oceanos Atlântico e Pacífico. Os novos dados estão a ser incorporados nos complexos modelos e outros cientistas afirmam ter chegado a conclusões semelhantes às de Maslowski. Um cientista da NASA, Jay Zwally, fala num oceano praticamente livre de gelo em 2012. Na Gronelândia, os cálculos dos peritos apontam para um degelo de 19 mil milhões de toneladas acima do anterior valor máximo. Em volume, o gelo do Árctico, neste Verão, foi igual a metade do valor de 2003. Cientistas noruegueses detectaram nas ilhas Svalbard as temperaturas mais elevadas dos últimos 800 anos, desde o final da Era dos Vikings. Usando núcleos de gelo retirados de glaciares, foi possível perceber que as temperaturas actuais são as mais altas desde o século XIII naquela região. As medições de temperatura atmosférica estão a ser feitas desde 1911. Nessa série, 2006 é o ano mais quente. Adaptado de: "Diário de Notícias", 13 de Dezembro de 2007

Lê o texto com atenção e responde às seguintes questões: 1. Indica a consequênciado aquecimento global do planeta a que o texto alude. 2. Faz um comentário ao título atribuído ao texto.

Alterações climáticas na Europa As alterações climáticas esperadas para o continente europeu, revelam grandes diferenças nos impactos, conforme se trate do norte ou do sul. Por exemplo, a temperatura média na Europa vai certamente aumentar: entre 1,0 ºC e 4,0 ºC , numa projecção mais optimista; ou entre 2,5 ºC e 5,5 ºC, num cenário pessimista. No norte da Europa, esta subida ocorrerá sobretudo no Inverno, com uma consequência energética positiva: haverá menos necessidade de aquecimento nos edifícios. Já no Sul, é no Verão que se espera maior aumento das temperaturas, com a consequência inversa: mais recurso aos aparelhos de ar condicionado. Uma série de impactos positivos estão reservados para o Norte. Entre eles, o aumento na produção agrícola e a expansão das áreas florestais. No Sul prevê-se o contrário. A capacidade de produção eléctrica a partir de barragens também tem uma clara divisão nortesul. A razão é simples: os cenários climáticos apontam para mais precipitação no Norte e menos no Sul. No continente como um todo, antecipa-se um possível declínio de seis por cento no potencial hidroeléctrico até 2070. Mas é o Sul que sofrerá mais, com uma quebra de 20 a 50 por cento. No Norte espera-se até um aumento do potencial, entre 15 a 30 por cento. A disparidade dos efeitos sobre as chuvas vai acentuar as diferenças nos rios. Os caudais poderão subir entre nove a 22 por cento, até 2070, no Norte, aumentando o perigo de cheias. Mas, no sul, cairão seis a 36 por cento, acumulando efeitos com o incremento das secas, que serão mais frequentes, ocorrerão mais cedo e durarão mais tempo. Adaptado de: "Público", 11 de Abril de 2007

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Lê o texto com atenção e responde às seguintes questões: 1. Indica as alterações climáticas que se esperam para a Europa, nos próximos anos. 2. Refere a consequência das alterações climáticas que Portugal poderá ter de enfrentar, no

sector energético. 3. Enumera duas medidas que poderiam ser implementadas a nível global, para ajudar a travar as alterações climáticas.

Corrida ao Pólo Norte As alterações climáticas estão em vias de criar oportunidades excepcionais no topo do mundo, originando uma corrida à rectificação dos limites da soberania por parte dos países que fazem fronteira no pólo norte, como já não se via desde o século XIX colonialistas. Prevê-se que os gelos derretam com o aumento das temperaturas ao ponto de abrir para sempre, por exemplo, a rota de navegação na Passagem do Noroeste (estudos canadianos dizem que estará operacional daqui a 20 anos), ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Deste modo pouparser-ão as embarcações de grande porte a dobrar o cabo Horn, a sul, e os estados fronteiriços do oceano Árctico têm um prazo para requerer a extensão da sua plataforma continental para lá das 200 milhas marítimas (370 quilómetros) a partir da costa, o chamado limite da zona económica exclusiva. Quer isto dizer que, caso tenham provas científicas de que o seu território subaquático se estende além da linha de costa, as suas 200 milhas podem estender-se tanto quanto o respectivo direito de exploração dos recursos vivos do mar, do solo e do subsolo. Em jogo está a promessa de riquezas e vantagens de navegação que o desaparecimento dos gelos vai libertar: pescas, recursos e rotas de navegação com grande impacto comercial. Um estudo geológico americano calcula que 25% dos recursos energéticos não explorados se encontram na zona do Árctico. Os episódios que mais recentemente empurram o Pólo Norte para as notícias internacionais ilustram a disputa que os cinco países fronteiriços alimentam entre si: Os Estados Unidos e o Canadá regateiam os direitos sobre a Passagem do Noroeste; A Noruega e a Rússia guerreiam sobre o mar de Barents; O Canadá e a Dinamarca competem pela posse de uma ilha ao largo da Gronelândia (terrritório dinamarquês); A Rússia recusa-se a ratificar um acordo com os Estados Unidos sobre o Mar de Bering; A Dinamarca reclama para si o Pólo Norte. Adaptado de: "Expresso", 18 de Agosto de 2007

Após a leitura atenta do texto: 1. Localiza no mapa os lugares assinalados no texto com sublinhado. 2. Refere a consequência das alterações climáticas a que o texto se refere. IMP.CSM.014-00

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3. Indica vantagens que, dessa consequência, poderão ser retiradas por parte dos países

afectados. 4. Discute, com os teus colegas, as causas que estão na base das alterações climáticas. Sem neve para esquiar O aquecimento global está a prejudicar a temporada de Inverno nos Alpes, que recebem menos turistas e atletas. A falta de neve reduz as temporadas de desportos como o esqui e o snowboard, actividades de Inverno que atraem 80 milhões de pessoas e rendem milhões de euros. A escassez de neve é um efeito do aquecimento global. Nas últimas três décadas, o aumento da temperatura nos Alpes foi o triplo da média mundial. Como consequência, 90 por cento dos glaciares alpinos estão literalmente a virar água. A cadeia de montanhas europeia é uma das regiões do Mundo mais afectadas pela elevação da temperatura global. Os Alpes são uma barreira geográfica que recebe ventos frios do norte da Europa e correntes quentes vindas do Mediterrâneo. Mas, com o aquecimento global, a influência dos ventos quentes está a sobrepor-se à das massas de ar frio. Adaptado de: "Visão", Semanário de 3 a 9/01/2007

Lê o texto com atenção e responde às seguintes questões: 1. Discute com os teus colegas em que consiste o fenómeno do aquecimento global. 2. Localiza no tempo, de forma aproximada, o momento em que o "aquecimento global"

começa a ser registado com mais frequência e comentado com preocupação.  Tenta encontrar uma justificação. 3. Menciona três consequências decorrentes do aquecimento global e que poderão afectar o nosso país com intensidade. 4. Explica por que razão se pode afirmar que as alterações climáticas se poderão traduzir em graves problemas sociais e económicos na Europa meridional. Ilustra a tua resposta com frases do texto. 5. Elabora uma lista com seis medidas que consideres possam ser facilmente implementadas pelo cidadão comum, no seu dia a dia e contribuam para ajudar a diminuir as alterações climáticas. Alterações climáticas: alerta máximo A mudança climática é tudo menos um mito. Os furacões de 2005 apontam nesse sentido: foram os mais violentos e numerosos de sempre. Os cientistas estimam que a temperatura suba entre 1,4 e 5,8 ºC até ao final do século, provocando a fusão dos gelos polares e subida de, pelo menos, 88 cm do nível médio do mar, o qual já tinha subido 20 cm desde a era pós-industrial. O clima é um sistema muito complexo, determinado por numerosas interacções e variáveis. Basta mexer numa delas, como a temperatura, para os equilíbrios se alterarem e tudo mudar. A década de 90 foi a mais quente dos últimos 50 anos. Daqui podem resultar alterações no regime de chuvas (já evidentes em Portugal), mudanças nas migrações dos animais, impactes eventualmente desastrosos na agricultura (com o consequente risco de fome). As pragas e doenças são um perigo real, porque, de todos os seres vivos, bactérias e vírus são os que melhor se adaptam a mudanças ambientais bruscas. Parece haver uma correlação clara entre o aumento da temperatura média global e a intensidade dos furacões gerados no Atlântico, em 2005. Nesse ano, nas Caraíbas, geraram-se os piores de sempre: 23 tempestades tropicais evoluíram para a categoria de ciclones. Destes, três (“Katrina”, “Rita” e “Wilma”) atingiram o topo da escala, o grau 5, o que significa ventos iguais ou superiores a 251 km/h. No que respeita a intensidade, o “Wilma” bateu todos os recordes: a mais baixa pressão atmosférica registada e a maior velocidade dos ventos (superior a 280 km/h). O “Katrina”, por seu lado, resultou num maior impacto, com 1 200 mortos e 35 mil milhões de euros de prejuízos em Nova Orleães – a maior catástrofe natural ocorrida em território norte-americano. Os transportes são um dos sectores críticos para o efeito de estufa. Em Portugal vão ser tomadas algumas medidas para desencorajar o uso do carro privado, melhorando a oferta, ajudando, assim, a reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e, portanto, a combater as alterações climáticas: – Táxis e autocarros urbanos vão usar mais o gás natural; IMP.CSM.014-00

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– Coimbra e Viseu (a que outras cidades se seguirão) dispõem de mini-autocarros eléctricos a circular na zona histórica; – Obras simples mas eficazes: mais 50 metros de túnel levarão o Metro da Amadora-Este à estação CP da Reboleira. Adaptado de: “Expresso”, 18 de Março de 2007

Lê o texto com atenção e responde às seguintes questões: 1. Explica por que razão no texto se afirma que o clima é um sistema muito complexo. 2. Indica as consequências para a saúde humana que podem decorrer da variação da

temperatura. 3.  Justifica o aumento do número de tempestades tropicais que, nos últimos anos, têm evoluído para ciclone. O gelo derrete... a aldeia muda-se

O gelo derrete-se, as tempestades são cada vez mais frequentes e o subsolo, antes permanentemente congelado, começa a transformar-se em água. A aldeia esquimó Shismaref, no Alasca, é obrigada a mudar de sítio nos próximos quatro anos. Em cima de uma ilha barreira muito estreita no mar de Chukchi, a povoação tem apenas 600 habitantes que todos os dias vêem as ondas cada vez mais próximas da porta de casa. O terreno onde está implantada já “encolheu” tanto, que se tornou um caso de estudo sobre os efeitos das alterações climáticas. Segundo os cientistas, esta será a primeira comunidade norteamericana a mudar-se devido ao aquecimento global. A situação de Shismaref é classificada como sendo de emergência. A erosão nesta ilha é tão dramática que os planos de mudança implicam uma deslocalização para o interior do continente a cerca de 22 quilómetros do sítio onde estavam os inuit. Mas, se vierem tempestades fortes, a acção terá de ser antecipada. De 2001 a 2003, a erosão na ilha avançou entre quatro a sete metros por ano, enquanto que nas décadas anteriores essa subida foi entre um a três metros anuais. O degelo e o aumento das tempestades tornaram-na extremamente vulnerável. Por outro lado, as temperaturas no Alasca subiram uma média de 4,4 graus nos últimos anos, o que contribui para o degelo e para a subida do nível médio do mar. No total, são 184 aldeias no Alasca que correm graves riscos de erosão ou inundação. Quatro delas, incluindo a de Shismaref, planeiam a sua relocalização! Adaptado de: Público , 13 de Junho de 2005

Lê o texto com atenção e responde às seguintes questões: 1. Identifica o problema ambiental que está a afectar o Alasca. 2. Indica qual a consequência referida no texto resultante desse problema. 3. Explica a crescente ocorrência de situações idênticas à descrita no texto, relacionando-as

com a actividade humana.

A Terra teve 11 dos seus 13 anos mais quentes após 1990, altura em que as temperaturas começaram a aumentar devido às alterações climáticas, segundo o secretário da Organização Meteorológica Internacional (OMI), presente no Simpósio Internacional sobre alterações climáticas que decorreu em Pequim. Desde 1976 a temperatura média global aumentou cerca de três vezes mais depressa do que em todo o século, constituindo 1998 o ano mais quente, seguido de 2002. Os níveis de poluição da indústria e transportes rodoviários, responsáveis pela emissão de gases e condicionadores em larga escala das alterações climáticas, foram também relembrados. Chamou-se a atenção para a multiplicação de tempestades e inundações, bem como para algumas das maiores secas de sempre que afectaram a Ásia Central, África Austral e Oriental e Brasil. Portugal não é excepção prevendo-se o aumento da temperatura máxima de Verão até 9 graus entre 2080 e 2100, bem como aumento do nível do mar 25 a 110 centímetros até 2080.

Adaptado de "Jornal de Notícias", 2 de Abril de 2003-11-23

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O Professor: Marina Machado

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