Fedra, Jean Racine (Versión Ocred)
July 5, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
Short Description
Download Fedra, Jean Racine (Versión Ocred)...
Description
O
JEAN RACINE L e r r R A s UNIVERSALES
ndrómaca Fedra Edición e Emilio Náñez Traducción e M ? D olor e s Fern á n dez Lladó
SEXTA EDICIÓN
C TEDR LETR S
UNIVERS LES
Titulo original
de las obras:
Ándromaque
Phédre
1 ? e d i c i ó n , 1985 e d i c i ó n , 2009
6
INTRODU
IÓN
Diseño d e c u b i e r t a : Diego L a r a Hustración d e c u b i e r t a : Susana Narotzky
Á mi fraterno amigo J siempre maestro Reservados t o d o s l o s derechos. E l contenido d e e s t a o b r a e s t á protegido p o r la L e y , q u e e s t a b l e c s penas d e p r i s i ó n y / o m u l t a s , además d e l a s correspondientes indemnizaciones p o r daños y p e r j u i c i o s , p a r a quienes reprodujeren, p l a g i a r e n , d i s t r i b u y e r e n o c o m u n i c a ren públicamente, e n t o d o o e n p a r t e , u n a o b r a liter a r ia , a r t í s t i c a o c i e n t i f i c a , o s u transformación, i n t e r p r e t a c i ó n o ejecución a r t í s t i c a f i j a d a e n cualquier t i p o d e s o p o r t e o comunicada a t r a v é s d e cualquier medio, s í n la preceptiva a u t o r i z a c i ó n .
O
0 De l a introducción, Emilio N áñez De l a traducción y n o t a s : María Dolores Fernández Lladó O Ediciones C á t e d r a Grupo Anaya, S A. , 1 9 8 5 , 2 0 0 9 Juan Ignacio Lu c a d e Tena, 1 5 2 8 0 2 7 M adri d
Depósito l e g a l ; M . 14.734-2009 ISBN: 978-84-376-0 548-7 Printed i n Spain
Impreso e n L a v e l , 8 . A . P o l . I n d . Los Llanos,C/
Gran Canaria, 12 Madrid)
Humanes d e M adri d
Don Manuel Fernández- G a l i a n o ya M a r i b e l , s u encantadora e s p o s a . E m i L t o NáÑez
PREF CIO H e a q u í una vez más, una tragedia cuyo t e m a h a sido t o m a d e E u r í p i d e s , Aunque p a r a c o n d u c i r l a c c i ó n , h e s e g u i d o ca m i no ligeramente d i s t i n t o l s u y o , n o h e d e j a d o d e e n r i quecer mi obra con todo l o que m e h a parecido más brillante e n l s u y a . Aunque s ó l o l e d e b i e r a l i d e a d e l p e r s o n a j e d e F e d r a , p o d r í a d e c i r q u e d e debo l o más n a t u r a l , q u i z á , q u e h e aportado l t e a t r o , No me extraña q u e d i c h o p e r s o n a j e h a y a t e nido un éxito t a n claro e n t i e m p o s d e E ur í p i des , y que haya triunfado c o n t a n t a f a c i l i d a d e n nuestro s i g l o , puesto q u e t i e n e todas las cualidades que Ar i s t ót eles ? c o nsidera necesarias e n el h é r o e d e l t r a g e d i a , y q u e s o n a p t a s p a r a provocar l compas i ó n y e l h o r r o r , En e f e c t o , Fedra n o e s d e l t o d o c u l p a b l e , n i i n o c e n t e d e l todo. S e v e a bo c a d a , por su d e s t i n o y por l cóler a d e l o s d i o s e s , experimentar u n a p a s i ó n i l e g í t i m a , d e l q u e e l l a misma e s l p r i m e r a e n h o r r o r i z a r s e . S e e s f u e r z a t o d o l o p o s i b l e p o t sobreponerse e l l a P r e f i e r e morir confesársela a l g u i e n . Y cu a nd o s e v e f o r z a d a d e s c u b r i r l a , h a b l a de e l l a c o n u n a confusión q u e h a c e v e r c l a r o q u e s u crimen e s más u n c a s t i g o de l o s d i o s e s q u e un i m p u l s o d e s u v o l u n t a d , Me h e esmerado i n c l u s o , e n h a c e r l a u n p o c o menos odiosa d e l o q u e aparece e n l a s t r a g e d i a s d e l o s a n t i g u o s 3 , e n l a s q u e e s e l l a misma q u i e n s e d e c i d e acusar Hipólito, He considedo un
A n t e r i o r m e n t e , R a c i n e se i n s p i r ó e n E u r í p i d e s Poética,
Fedra e Hipólito
gr a ba d o de
l a s Obras d e Racine
1680
cap.
XML.
Eurípides y Séneca habían y
t r a t a d o e l terna,
[149]
l escribir ¿ f g e n í a .
r a d o q u e l a calumnia s u p o n í a u n a b a j e z a y u n a n e g r u r a d e a l m a e x c e s i v a s p á r a p o n e r l a s en b o c a de u r i a prificesá que, p o r o t r o l a d o , t i e n e s e r i t i m i e n t o s t a n n o b l e s y v i r t u o s o s , E s t a b a j e z a me h a p a r ec i d o m á s propia d e uriá n o d t i z a q u e p odtí a tener in clir i o se d e cid e a hacer n a c i o n es m ás s e r v i l e s , y q u e , s i t e mb ar g o f a l s a a c u sa c i ón más q u e p a r a s a l v a r l a v i d a y e l honor d e
esta
s i a señota.
Fedra
no
interviene
sino
porque
se
encuentr
en
un
e s t a d o d e a g i t a c i ó n espi ti tual q u e lá porie f u e r a de s í y u n m o mento d e s p u é s a c u d e c o n l a i n t e n c i ó n d e j u s t i f i c a r l á i n o c e n c i a y proclamar la verdad. L i n Eutípides y e n S é n e c a , Hipólito e s acus ad o d e haber v i o lado r e a l m e n t e a s t e m a d t a s t r a : » í corpus t u f i t . E n c a m b i o , a q u í s o l o es á c i s á d o d e liaber t e ñ i d o e s e p r o p ó s i t o . H e q u e r i d o e v i tar a T e s e o t in a vergiicñza que hiibierá p o d i d o hacerle a p a r ec er r i i e r i o s d i g n o a l o s ojos d e l o s e s p e c t a d o r e s . «E n lo q u e se refiere a l p e r s o n a j e d e H i p ó l i t o , h a b í a a d v e r t i do que los a n t iguo s t e p r o t h a b a ñ 4 Eu rípide s h ab erle p r e s e n t a d o co mo i n f i l ó s o f o e x e n t o d e t o d a i m p e r f e c c i ó n , l o q u e h a c í a q u e l a m u e r t e d e l joven príncipe cá is á r a mucha m á s in d ig n a ción que piedad. C re f que debía atribuirle alguna debilidad que le hiciese u r i p o co cúilpáble respecto a su p adte , siñ i n e n g i a a l . g ú n a , no ob stati te, d e e s a g r a n d e z a de á l t i á c o n l a q u e salvág u a r d a e l h o n o t d e F e d r a y s e d e j a condenát s i t i a c u s a r l a . L l a irio debilidad a la pasión que, a pesar suyo, siente pot Aricia,
que es la hija y lá h e r m á n a
dres,
de los mortales enemigos de su ppa-
E s t a A r i c i a f i o e s u n personaje inve ntad o p o r mí . V i r g i l i o s d i c e q u e H i p ó l i t o l á tomó p o t e s p o s a y t u v o d e e l l a u i h i j o ,
i o ? , y t a m b yi é lnl e v ah -e dl ee ísdpo u é esr i dae l g hu an bo esr á su it door e st e sqiucei t aHdiop ó lpio tr o Ehsacbuíla á p desposado d o a I t a l i a a t i a j o v e n a t e n i e n s e d e noble c u n a , q u e s e l l á i i a b a A r i c i a , y q u e h a b í a d a d o s ú hombre a v i ñ a pequeña c i u d a d d e
tralia.
a e s t a s a u t o r i d a d e s p o r q u e m e h e esmerado e n e s c r u p u l o s a m e n t e a l r e l a t o . He seguido incluso la h i s t o r i a d e T e s e o , t a l co mo a p a r e c e e n P l u t a r c o , E n e s t e h i s t o r i a d o r h e encontrado q u e , l o q u e d i o l u g a r a q u e s e c r e y e r a qu e Teseo b a j ó a l o s i n f i e r n o s p a r a r a p t a r a P r o s er p in a ?, era u n viaje q u e este p r í n c i p e reali z a p o r el E p i r o ha-
Me
remito
cefiirme
c i a l a s f u e n t e s d e l A q u e r o n t e ? , e n l o s dominios d e u n r e y c u y a esposa q u e r í a r a p t a r P i r t t o o , E l r e y h i z o prisionero a T es eo d es p u és d e haber h ec h o morir a P i r i t o o , Así h e tratado d e conservar l a verosimilitud d e l a h i s t o r i a , s i n perder n a da e l o r n a t o de la fábula, que d a g r a n d e s o ca s io n e s d e l u cim ie n t o a l a p o e s í a . Y e l rumor d e l a muerte d e Teseo fundado e n e s e v i a j e l e g e n d a r i o , d a l u g a r a q u e Fedra h a g a u n a declaración a m o r o s a que s e convierte e n u n a d e l a s p r incip ale s caus as d e su desgracia y q u e j amá s se hubiera atrevido a hacer e n tanto hub ie s e creído vivo a su esposo P o r l o demás n o m e a t r e v o a asegurar q u e e s t a o b r a efecto,
de
l a mejor
mis tragedias.
D ej o
a los lectores
sea, en
y a l tiem-
p o q u e d e c i d a n s o b r e s u v e r d a d e r o valor. L o q u e pued o a s e g u r a r e s q u e n o h e e s c r i t o ninguna o b r a e n l a q u e s e a t r i b u y a
mayor v a l o r a l a v i r t u d . L a s menores f a l t a s s o n sev eramente c a s t i g a d a s . E l s i m p l e pensamiento d e l d e l i t o s e contempla c o n tanto horror como el d e l i t o m i s m o . Las d e b ilid ad e s d e l a m o r son c o n s i d e r a d a s como ver d a d er a s flaquezas; l a s p as io ne s s ó l o p recen
ante
nosotros
p a r a mostr r e l desorden
que
causan;
todo, poetas trágicos. v a l ot re aa tb ra on , e s p ourn a encima Su e s c u e l a d ee n l a q u e l o s e r ap r ei sm te ur do isa d a l a v i r t u d , c o n tanta p er f ec c i ón como e n l a s es c u el a s d e l o s f i l ó s o f o s . A s í , 3
Plutarco
Vida de
Tesco.
la i d e n t i f i c a c om o l a P e r f é m o n e g r i e g a , h i j a de Ze us ( j ú p i t e r ) y Deméter ( C e r e s ) . F u e r a p t a d a por H a d e s ( P l u t ó n ) y v i v í a c o n él e n l o s i n f i e r n o s u n a p a r t e d e l año. 1 0 R ío d e l mundo u b t e r r á n e o , que se c o n s i d e r a b a l í m i t e en tre el mundo d e Se
+ «Mi cuerpo ha s u f r i d o s u v i o l e n c i a » ( S é n e c a , F e d r a , v . 8 9 2 ) . > H i j a d e P a l a n t e y h e r m a n a de l o s H a m a d o s p a l á n t i d a s . P a l a n t e e r a h e r m a n o d e E g c o , p a d r e d e T e s e o . É s t e l u c h ó c o n t r a s u t í o y s u s primos p o r el d o m i n l o d e Ate nas y consiguió
dartes
muerte.
e E n c i d a , VW 761-762 Nombre d a d o p o r l o s tomanos a A s c l e p t o , d i o s g r i e g o d e l a M e d i c i n a .
[150]
y
e l v i c i o e s t á pintado siempre c o n c o l o r e s q u e h a c en conocer y o d i a r l a i m perfec c i ón . E s t e e s , prec i sa m en te el objetivo que t o d o hombre q u e t r a b a j a p a r a e l p ú b i c o d e b e f i j a r s e ; y l o q u e
l o s vivos y el
reino d e
l o s mue r t os.
11 H é r o e d a p i t a , h i j o d e D í a y d e Ixión. Á veces s e l e c o n s i d e r a b a Z e u s y d e l a misma D í a . [151]
hijo de
Aristóteles quiso dar nos l a s r e g l a s d e l poem dr amát i co; y S ó c r a t e s , e l más s a b i o de l o s f i l ó s o f o s , n o desdeñaba colaborar en l a s t r a g e d i a s d e E u r í p i d e s . S e r í a de d e s e a r q u e n u e s t r a s o b r a s f u e r a n t a n r i ca s y t a n l l e n a s d e instrucciones ú t i l e s c o m o l a s d e
est o s p o e t a s . S e r í a q u i z á , u n m e d i o d e r e c o n c i l i a r l a t r a g e d i a c o n un g r u p o numeroso d e p e r s o n a s , c é l e b r e s por s u p i e d a d y p o r s u d o c t r i n a ? , q u e l a h a n c o n d e n a d o en e s t o s ú l t i m o s t i e m p o s , y q u e l a j u z g a r í a n , s i n d u d a , más fa vo ra blemen te, s i l o s a u t o r e s pensaran t a n t o en i n s t r u i r a sus espectadores c o m o en d i v e r t i r l o s , siguiendo a s í l a verdadera intención d e l a t r a g e d i a .
2 Alude a b an e l teatro,
m
l o s j a n s e n i s t a s d e Po rt-Ro yal q u e edu c aro n a Racine y condena-
[152]
T r a j e d el a c t o r M r . R o u s s e a u n el p a p e l d e H i p ó l i t o en F e d r a , de R e c b e r c h e s sur d e s co s tu r a s , de L e Vacher d e Charno is 1786-1789).
View more...
Comments