Evolucao Da Lingua Portuguesa-By Wata Birro-2018
July 26, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Introdução O presente trabalho insere-se no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, a temática escolhida é a Mudança da Língua Portuguesa, um tema interessante e muito importante para a cultura geral, neste trabalho pretendemos divulgar um pouco mais sobre o contexto biológico da Língua Portuguesa. Este texto procura inicialmente apresentar um pouco da história desta língua, partindo das raízes latinas na Europa até o português moderno. Em seguida, apresentar a situação actual do português nos diversos países e regiões do mundo onde ele é falado. Este texto não é escrito para especialistas em línguas. Destina-se às pessoas em geral que desejam conhecer um pouco mais sobre a língua portuguesa. Trata-se de um trabalho formado a partir de contribuições recolhidas de diversas fontes e por várias pessoas. Por estas razões, pedimos antecipadamente desculpas por eventuais erros e omissões e convidamos todos a acrescentarem seus comentários e sugestões.
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Evolução da Língua Portuguesa no Tempo O surgimento da Língua Portuguesa está profunda e inseparavelmente ligado ao processo de constituição da Nação Portuguesa. Na região central da actual Itália, o Lácio, vivia um povo que falava latim. Nessa região, foi posteriormente fundada a cidade de Roma, esse povo foi crescendo e anexando novas terras ao seu domínio. Os romanos chegaram a possuir um grande império e, a cada conquista, impunham aos vencidos os seus hábitos, as suas instituições, os seus padrões de vida e a sua língua. Existiam duas formas de expressar o latim:
O latim vulgar
O latim clássico
Latim Vulgar O latim vulgar era somente falado. Era a língua do quotidiano, usada pelo povo analfabeto da região central da actual Itália e das províncias: soldados, marinheiros, artífices, agricultores, barbeiros, escravos, etc. Era a língua viva, sujeita a alterações frequentes e por isso apresentava diversas variações.
Latim Clássico O latim clássico era a língua falada e escrita, apurada, artificial, rígida, era o instrumento literário usado pelos grandes poetas, prosadores, filósofos, retóricos. A expressão do latim que os romanos acabavam por impor aos povos vencidos era a vulgar; estes povos eram muito diversificados e falavam línguas muito diferentes, por isso em cada região o latim vulgar sofreu alterações distintas, o que resultou no surgimento dos diferentes romanços (do latim romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"), que deram posteriormente origem às diferentes línguas neolatinas ou românicas. O Português vem do Latim vulgar, sabe-se que o latim era uma língua corrente de Roma. Roma, destinada pela sorte e valor de suas bases, conquista, através de seus soldados, regiões imensas. Com as conquistas vai o latim sendo levado a todos os rincões pelos soldados romanos, pelos colonos, pelos homens de negócios. As viagens favoreciam a difusão do latim.
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Primeiramente o latim se expande por toda a Itália, depois pela Córsega e Sardenha, plenas províncias do oeste do domínio colonial, pela Gália, pela Espanha, pelo norte e nordeste da Récia, pelo leste da Dácia, surgindo daí as línguas românicas ou novilatinas. São línguas românicas porque tiveram a mesma origem: ao latim vulgar. Essas línguas são, na verdade, continuação do latim vulgar. Essas línguas românicas são: português, espanhol, catalão, provençal francês, italiano, rético, sardo e romeno.
Indo-Europeia O estudo comparado com diversas línguas europeia e da Ásia levou os linguísticos a pensar que estar terão derivado de uma língua comum: o indo – europeu europeu com excepcao do básico todas as línguas oficiais dos países Europa ocidental pertencem a quatro ramos da família indo – europeia: o elenico (grego), o românico (português, italiano, francês, castelhano e romeno) o germânico (inglês, alemão) e o cetico (irlandês, e galelico) um quinto ramo, o eslavo engloba diversas línguas actuais da Europa oriental. Do ramo românico fazem parte das línguas que derivam do latim uma das quais que é a língua portuguesa
Do latim as línguas românicas O latim era a língua falada no lacio (Região da Roma) que se propagou alem fronteiras com a romanização – processo processo de conquista territorial e dominação cultural efectuado pelos romanos. O latim apresentava diversas variedades e registos linguísticos: o latim clássico e o vulgar. Foi esta variedade que se expandiu com a romanização. Pois era a língua utiizada pelos legionários, os soldados que participaram na expansão do império romano. Noutros locais entrando em contacto com outras línguas e culturas, o latim sofreu modificações e diferenciações originando primeiro os romanos e depois as línguas românicas ou novilatinas constituídas pelas seguintes línguas: português, espanhol, ou castelhano, italiano, francês, romeno, sardo e provençal.
O abstracto Os povos que habitam a região da península ibérica antes da romanização falavam outras línguas sobretudo a celta. Embora os povos vencidos tenham adoptado a língua dos vencedores romanos 3
foram transportados para o latim termos dessas línguas autóctones. o latim foi assim ganhando novas palavras oriundas da língua celta que se falava na península Iberica. Surperstrato Por volta do século V, a.C, os povos germânicos invadiram a península Iberica, como possuiam uma cultura inferior. Adoptaram a língua dos vencidos (o latim) mas introduziram – lhe lhe palavras da sua línguas. Após a invasão dos Romanos novos povos invadiram a Península, tal comos os bárbaros germânicos, nomeadamente os visigodos. Os árabes foram também um dos povos que invadiram o nosso território após a Romanização. Ainda hoje são visíveis as marcas que esses povos deixaram inclusive os inúmeros vocábulos introduzidos.
Variação histórica do português Antigo Do português arcaico (de fins do Século XII e XVI) Neste período o português evolui sem influencia de outra língua. Ate meados do século XIV. Esteve associado ao galego originando galego – português português ou galaico – português. português. Considera – se se que o português nasceu oficialmente no século XIII, quando o rei Luís legislou que todos os documentos fossem escritos em português.
Do período clássico (do século XVI ao XVII) Com expansão marítima, nos séculos XV e XVI. A língua portuguesa passou a ser falada em muitas regiões de África, Ásia, América, tendo sido nesta altura, inqueridas com vocábulos provenientes dessas culturas. A partir do século XII, com a intensificação das relações comerciais e cultuas de Portugal com outros países europeus, vários termos termos de outras línguas foram adoptadas pela língua portuguesa, são os estrangeirismos.
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Transformação Linguística Preciso constante renovações e modificação da língua e no decorrer dos anos notou-se que o enriquecimento de nosso falar era essencial e indispensável para satisfazer um propósito de uma culta comunicação onde algumas dúvidas estão a cerca da evolução da língua po portuguesa rtuguesa que veremos a seguir. Assim que os Romanos invadem a Península, no século III A.C ,e passam a dominar a mesma onde a romanização afectou muitas áreas , incluindo a língua. Ao longo da sua evolução a Língua Portuguesa, tal como já foi dito, sofreu várias alterações. Chama-se evolução fonética quando os vocábulos sofrem uma alteração no som, enquanto que se dá o nome de evolução semântica à alteração do significado das palavras. Exemplos:
Evolução Fonética - a palavra "calidu" é hoje "caldo". Evolução Semântica - a palavra "Gesto" significava, no Passado, rosto ou semblante, mas nos dias de hoje refere-se a um movimento corporal.
Evolução Semântica Na evolução da linguagem1, deu-se um fenómeno interessante, o da mudança da significação ddas as palavras. É a semântica que trata dessa mudança. mud ança. Na passagem do latim para oportuguês, as palavras, palavr as, além da evolução fonética, sofrer sofreram am por vezes uma evolução de sentido (semântica).
À medida que o mundo se modifica, a língua, como organismo vivo, acompanha necessariamente essamudança. Neste contexto, observam-se o surgimento de palavras novas, ao invés de outras que caem em desuso. Algumas palavras, sobretudo as dos domínios técnicos e científico, dependem do contacto quecom elas se estabeleça para se manterem mais ou menos presentes no nosso léxico mental. Verificamos que a intermitência entre a lembrança e o esquecimento aprofunda o conhecimento de algumas palavras,ao mesmo tempo que constatamos que, para além do significado que já conhecíamos, elas podem na realidade ter dois ou mais significados. Assim, percebemos que as vivências, as transformaçõesculturais, científicas e tecnológicas (sobretudo as de grande impacto), nos conduzem à ampliação do nosso léxico mental, com as 5
palavras que a mente vai gerando para designar novas realidades e,consequentemente, às evoluções semânticas.
Evolução Fonética Na passagem, em lenta evolução, dos vocábulos do latim para o português, operaram-se vários fenómenos fonéticos (transformações de sons), quer vocálicos, quer consonânticos. Mesmo depois de fixada a língua portuguesa, continuaram a verificar-se muitos destes fenómenos que ainda hoje são vivos, quer na língua popular quer na linguagem corrente. Essas transformações visam a facilidade de articulação dos vocábulos e são os seguintes os princípios que as caracterizam:
Lenta evolução: as transformações operam-se lentamente, através dos séculos.
Princípio do menor esforço: inconsciência na evolução, os indivíduos falantes não têm consciência das transformações; resultam elas de uma tendência natural para reduzir de mínimo esforço necessário para a pronúncia de certos fonemas.
Na evolução do latim para o português p ortuguês perde-s perde-see por vezes algumas sílabas das palavras. A sílaba tónica, porém, persiste por ser a que mais feria o ouvido. Mudança que atinge os sons de uma língua, i. e., mudança fonética ou fonológica, e que parece obedecer a um princípio de regularidade: o mesmo som, numa dada língua, por vezes em contexto fonético determinado, evolui no mesmo sentido em todas as palavras dessa língua durante um certo período.
Português de África A língua portuguesa nos países africanos Muitos dos fenómenos linguísticos identificados na LDP coincidem com os existentes nas variedades do português falado actualmente em África. Pode-se depreender que, apesar da distância temporal, apresentam afinidades, que teriam por base as línguas de substrato, maioritariamente "bantu". Em África, a impossibilidade de se impor uma língua africana como língua nacional, unificadora, tem, consequentemente, favorecido a expansão do português. Como qualquer língua viva, o 6
português não é alheio à variação linguística e contém diferentes variantes e variedades, nomeadamente a nível geográfico, social e temporal. Nos países africanos de língua oficial portuguesa, o português é utilizado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. Nas situações da vida quotidiana, são utilizadas também línguas nacionais ou crioulos de origem portuguesa. Essa convivência com línguas locais vem causando um distanciamento entre o português regional desses países e a língua portuguesa falada na Europa, aproximando-se em muitos casos do português falado no Brasil. As mudanças linguísticas nas línguas vivas são inevitáveis e compreensíveis. As diferenças não podem ser utilizadas para criar estereótipos ou, pior ainda, justificar a opressão opres são sobre o Outro. E quando as variantes `acção' e `discurso' entram em interacção, os homens distinguem-se entre si pela sua forma de falar, que contribui decisivamente decisivamen te para a identificação do sujeito que a produz.
Português de Moçambique O português de Moçambique está a atravessar uma fase de grande instabilidade no que diz respeito ao uso dos pronomes objecto. Quanto à colocação do pronome na frase, observa-se às vezes uma tendência para a anteposição do pronome relativamente ao verbo, como no português do Brasil (“Eh, pá, você me está a insultar, ou quê?”) e às vezes uma tendência para a posposição do pronome e m situações em que tal não aconteceria nem no português europeu nem no português brasileiro (“Como ela chama se?”).
Além disso, há grande instabilidade na escolha das formas de acusativo e dativo. Por influência da estrutura das línguas bantas, a tendência é cada vez mais usar sempre lhe(s) quando o pronome refere pessoas, independentemente de se usar com um verbo ve rbo transitivo directo ou não: n ão: “A Ermelinda já chegou da Beira; encontrei-lhe ontem à noite na rua”.
Construção com nem em início de frase Ao contrário do que acontece noutras variantes do português, nas frase iniciadas com nem, com o sentido de “nem sequer”, coloca -se um não antes do verbo: “estava teso, nem dinheiro para beber uma cerveja não tinha”. A construção também é usada pelos moçambicanos q ue têm o português como língua materna.
Redobro no português de Moçambique 7
Chamo redobro à duplicação consecutiva de uma unidade lexical. Em português, usa-se o redobro de nomes e adjectivos (“ele é doido doido” ou “isto é que é medronho medronho”), de quantificadores, em frases negativas (“não gosto muito muito”, “não é assim tanto tanto…”) ou de formas verbais, para formar nomes (chupa -chupa).
Em Moçambique, há algumas destas formas com redobro de forma verbal para formar nomes que não são utilizadas no português europeu. Dois exemplos de que me lembro são ganho-ganho, que significa trabalho remunerado monetariamente, por oposição aos sistemas de ajuda mútua, e mata-mata, para referir o jogo infantil que em Portugal se chama apenas mata. Finalmente, outro uso muito moçambicano do redobro é o que se faz com numerais, quando se fala de preços, para significar “cada um”:
A como está a folha de abóbora? Está (a) mil mil (=mil meticais [antigos] cada molho).
Ou A como estão os cigarros? [em Moçambique, vendem-se na rua cigarros avulsos] Quinhentos quinhentos (=cinquenta centavos cada).
Moçambique
Significado
Agorinha
agora mesmo
Bichar
formar fila
Chima
Pápa de farinha de milho, mapira, mexoeira, mandioca
Caniço
bairro-de-lata (Portugal), favela (Brasil)
Cronicar
fazer/escrever crónicas
Estrutura
autoridade, responsável governamental
Machamba
campo agrícola
machimbombo autocarro (Portugal), ônibus (Brasil)
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Conclusão Depois de tanta pesquisa do trabalho com o tema supracitada conclui que, a língua Portuguesa vem do Latim vulgar, e uniformizou-se a partir do século XVI e adquiriu as características do português actual. Em razão das navegações portuguesas nos séculos XV e XVI, tornou-se um dos poucos idiomas presentes na África, América, Ásia e Europa. Tal como já referimos o IndoEuropeu foi uma língua cujos vários ramos se diversificaram por vastas regiões da Europa e da Ásia. O indo – europeu europeu com excepção do básico todas as línguas oficiais dos países Europa ocidental pertencem a quatro ramos da família indo – europeia. Das diversas línguas que se formaram, surgiu o Latim que se originou através do ramo Itálico.
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Referencias Bibliográficas ANDERSON, JM (1985), « Pre-Roman Indo-European languages of the Hispanic Peninsula» [Línguas prerromanas indoeuropéias da península hispânica], ALMEIDA , Fernando R ( ( 2013.), 2013.), A Origem da Língua Portuguesa, Chiado JEAN-Louis Calvet, A Herança Africana em Portugal» 2014. Williams, Edwin B. (1968). From Latin to Portuguese: Historical Phonology and Morphology of the Portuguese Language. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.
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Índice Introdução ................................................................................................................................................. 1 Evolução da Língua Portuguesa no Tempo .............................................................................................. 2 Latim Vulgar ............................................................................................................................................. 2 Latim Clássico .......................................................................................................................................... 2 Indo-Europeia ........................................................................................................................................... 3 O abstracto ................................................................................................................................................ 3 Surperstrato ............................................................................................................................................... 4 Variação histórica do português Antigo.................................................................................................... Antigo.................................................................................................... 4 Transformação Linguística ....................................................................................................................... 5 Evolução Semântica .................................................................................................................................. 5 Evolução Fonética ..................................................................................................................................... 6 Português de África ................................................................................................................................... 6 A língua portuguesa nos países africanos ................................................................................................. 6 Português de Moçambique ........................................................................................................................ 7 Conclusão .................................................................................................................................................. 9 Referencias Bibliográficas ...................................................................................................................... 10
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