Esult Ura

October 31, 2017 | Author: Maia Dany | Category: Tooth, Dentistry Branches, Dental Anatomy, Mouth, Nature
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Capítulo 4 Escultura dos dentes anteriores INCISIVOS

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Passos da escultura dos incisivos

1.

Demarcar a linha divisória coroa-raiz de acordo com as dimensões do

dente. 2.

Desenhar o contorno mesial numa das faces do bloco de cera.

3.

Recortar o excesso de cera seguindo o contorno desenhado.

Figura 32 - Inscrição do contorno da vista vestibular.

4.

Desenhar o contorno V sobre a face recém-cortada (Figura 32).

5.

Como o formato dos incisivos é diferente dos caninos é muito importante

observar que faremos duas linhas inciso-apicais na face V (e não uma como nos caninos). Essas duas linhas deverão estar localizadas, respectivamente, sobre a maior deflexão ou curvatura de cada lóbulo de desenvolvimento. A bossa será anotada por uma linha horizontal que cortará perpendicularmente as duas paralelas (Figura 33). Por lingual repetiremos essa mesma seqüência usada na V e, pelas proximais, marcaremos apenas uma linha como nos caninos.

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Figura 33-

Marcação das linhas de maior contorno inciso-apicais (duas por vestibular) a localização das bossas.

6.

Os quatro quadrantes dos diedros axiais da coroa serão tratados

conforme descrito para os caninos, obtendo as áreas expulsivas

A

B

Figura 34 - Obtenção da região expulsiva (A) e retentiva (B).

7.

Sulcar com o Le Cron posicionado horizontalmente ao nível do colo até

que o gume atinja as duas linhas longitudinais das faces contíguas simultaneamente. Desgastar obtendo a região retentiva (F2) em todos os quadrantes.

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8.

Face lingual: tiram-se três porções de cera (uma próximo à mesial, outra

próximo à distal a outra central próximo à região de maior convexidade desta face (Figura 35).

Figura 35 - Depressões linguais.

9.

Borda incisal: com uma pequena inclinação para a distal e para lingual.

10. Arredondamento concavidades, etc.

das

arestas,

convergências,

convexidades,

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11. Acabamento: alisamento da cera com Le Cron, flanela seca, algodão embebido em eucaliptol e, em seguida, acetona.

Figura 36 - Fase geométrica concluída.

Figura 37 - Escultura do incisivo central concluída.

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Caracteres diferenciais entre os incisivos centrais e laterais CENTRAL 1. Dimensões maiores

LATERAL 1. Menores

2. Face V borda mesial ligeiramente 2. Borda mesial bem maior que a maior que a distal

distal

3. Borda incisal levemente inclinada

3. Acentuadamente inclinada para

para distal

distal

4. Corte transversal da coroa

4.Ovalar

Triangular

Caracteres diferenciais entres os incisivos superiores e inferiores SUPERIOR 1. O comprimento e a largura se

INFERIOR 1. Comprimento > largura

Aproximam 2. Bordas proximais convergentes

2. Paralelas

para cervical 3. Face V trapezoidal

3. Retangular

4. Coroa não apresenta inclinação

4. Inclinação lingual

Lingual 5. Borda incisal com desgaste

5. Com desgaste vestibular

Lingual 6. Diâmetro M-D > V-L

6. M-D < V-L

7. Face L mais detalhada: sulcos,

7. Menos detalhada

cíngulo, fossas a bordas Marginais

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Figura 38- Incisivo inferior e superior (faces vestibular e mesial)

Figura 39- Comparação entre os incisivos superior e inferior (faces mesial e vestibular)

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Capítulo 5 Escultura dos dentes posteriores PRÉ-MOLARES

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A escultura dos dentes posteriores apresenta uma dificuldade adicional em relação aos dentes anteriores: a anatomia da face oclusal. No entanto, os passos são basicamente os mesmos: 1.

Divisão do bloco de cera entre coroa a raiz.

2.

Desenho do contorno mesial (Figura 40).

Figura 40 - Vista mesial.

3.

Desgastar o excesso de cera (Figura 41).

4.

Desenho da porção vestibular transportando cuidadosamente a linha

divisória entre a coroa e a raiz (Figura 42).

Figura 42 - Inscrição do contorno da vista vestibular após o recorte mesial

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5.

Recortar o excesso de cera.

6.

Demarcar as linhas ocluso-apicais de maior contorno do dente. Observe

que as faces V e L somente terão uma linha cada e, as proximais M e D, duas linhas cada, conforme a Figura 43.

Figura 43- Demarcação das linhas de maior contorno ocluso-apicais e localização das bossas

7.

Demarcamos então as bossas V,

L, M e

D traçando linhas

perpendiculares às arestas longitudinais previamente marcadas. As bossas proximais representam as áreas do futuro ponto de contato com os dentes vizinhos (Figura 43).

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8.

Obtenção da zona expulsiva F1 à semelhança do canino (Figura 44),

repetindo esta manobra para os quatro quadrantes.

Figura 44 - Área expulsiva.

9.

Realizar em seguida o desgaste da região inferior obtendo-se a região

retentiva, repetindo a operação também para os quatro quadrantes, conforme a Figura 45.

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Figura 45 - Obtenção da área retentiva.

10. Término da fase geométrica com exceção da porção oclusal (Figura 46).

Figura 46 - Forma geométrica.

Passaremos agora à descrição detalhada da fase de escultura da porção oclusal dos pré-molares.

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11. A Figura 47 mostra a execução da ceroplastia da porção oclusal de forma seqüencial.

Figura 47-

(a) Aspecto final das áreas expulsivas; (b) Início da operação de corte das vertentes triturantes da cúspide vestibular; (c) conclusão das vertentes; (d) face oclusal terminada.

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12. A Figura 47a representa o estágio de término do contorno externo.

13. A Figura 47b mostra o início da operação de corte de uma das vertentes triturantes da oclusal. As vertentes triturantes serão sempre construídas do vértice de cada cúspide, em direção ao sulco mésio-distal e a uma das fossas proximais. Antes, porém, do início do desgaste das vertentes triturantes, deveremos marcar a profundidade das fossas com um Le Cron a 30 graus com a horizontal, acima da área de contato, como mostra a Figura 48.

Figura 48 - Fase geométrica concluída.

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13. A Figura 47c mostra o término do desgaste das vertentes oclusais e a Figura 47d o término da escultura da porção oclusal.

14. Com o arredondamento das arestas, sulcos secundários, observação das diferenças de tamanho entre as cúspides V e L, etc, concluímos a escultura do pré-molar, conforme Figura 49.

Figura 49 - Escultura do pré-molar concluída.

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Caracteres diferenciais entre os pré-molares superiores

1º PRÉ-MOLAR

2º PRÉ-MOLAR

1. Coroa maior que o 2°

1. Coroa menor

2. Cúspide V mais volumosa que P

2. Cúspides semelhantes

3.Cúspide V mais alta que a P

3. Cúspides no mesmo plano

4. Cúspide V: aresta M> D

4. Mesmo tamanho

5.Sulco M-D um pouco deslocado

5. Sulco M-D centralizado a menor

para P e maior (3,8mm)

(2,4mm)

6.Cristas proximais da face 0

6.Cristas espessas

delgadas

Figura 50- Desenho esquemático do primeiro pré-molar superior

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Figura 51- Desenho esquemático do segundo pré-molar superior

Figura 52- Comparação da face oclusal do primeiro e segundo pré-molares superiores

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Capítulo 6 Escultura dos dentes posteriores MOLARES

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Geometricamente, a escultura dos molares segue os mesmos parâmetros da escultura dos pré-molares. É como se juntássemos dois prémolares. Passos da escultura de molares 1.

Demarcação do limite coroa/raízes.

2.

Desenho do perfil M.

3.

Recorte do excesso de cera.

4.

Desenho do perfil V procurando alinhar a linha do colo com a linha já

recortada do perfil mesial. 5.

Demarcar as linhas longitudinais de maior contorno. Nas quatro faces V,

L, M e D serão demarcadas tantas linhas longitudinais quanto forem os vértices das cúspides visíveis para cada uma delas (Figura 53). 6.

Demarcar com linhas horizontais fazendo a intersecção com as linhas

longitudinais para marcar as bossas (Figura 53).

Figura 53- Demarcação das linhas de maior contorno ocluso-apicais (duas para cada face e que partem sempre do vértice da cúspide correspondente) e das bossas.

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7.

Ligar os pontos de faces contíguas e desgastar as áreas expulsivas de

todas as faces (Figura 54).

Figura 54 - Obtenção da área expulsiva.

8.

Desgastar as áreas retentivas de todas as faces a demarcar o sulco

vestíbulo-lingual no encontro das vertentes lisas das cúspides V e L (Figura 55).

Figura 55- Forma geométrica.

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9.

Demarcar as fóssulas na face V e na oclusal (M a D). As fóssulas M e D

estão localizadas um pouco acima da área de contato.

A seqüência de escultura da face oclusal encontra-se detalhada na Figura 56. A característica principal deste dente é a existência de quatro cúspides, construídas inicialmente com o mesmo tamanho. Observe o sulco cruciforme formado entre elas na Figura 56b. Este sulco não apresenta a mesma disposição para os molares superiores. A Figura 56c mostra as áreas expulsivas e a 56d a escultura das fóssulas.

Figura 56- Seqüência da escultura da face oclusal do segundo molar inferior.

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A Figura 57 refere-se ao primeiro molar superior. Observe as diferenças de tamanho entre as cúspides e a disposição dos sulcos V-L a M-D, que é interrompido pela ponte de esmalte.

Figura 57- Seqüência da escultura da face oclusal do primeiro molar superior.

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Caracteres diferenciais entre os molares inferiores

1° MOLAR

2° MOLAR

1.Cinco cúspides

1.Quatro cúspides

2.Sulcos formam um W

2.Sulcos formam uma cruz

3.Maior que o 2° em todas as

3.Menor

direções 4. Face O retangular

4.Quadrangular

Caracteres diferenciais entre os molares superiores

1° MOLAR

2° MOLAR

1. Quatro cúspides

1. Quatro ou três cúspides

2. Coroa maior

2. Menor

3. Ponte esmalte

3. Ausente

4. Tubérculo de Carabelli

4. Ausente

Caracteres diferenciais entre os molares superiores e inferiores

SUPERIORES

INFERIORES

1.Diâmetro M-D < V-L

1.Diâmetro M-D > V-L

2.Coroa sem desvio lingual

2.Com desvio lingual

3.Face O paralelogramo

3.Retangular

4.Cúspides ML > MV > DV > DL

4.Cúspides linguais =

5.Sulcos em forma de H irregular

5.X, cruz ou W

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BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

1. CANTISANO, W. Escultura dental. Edições Biblos Ltda, 1963.

2. CUNHA,L.M.B, CARLINI, L.A. Anatomia a escultura dentária. Prática de laboratório. Livraria a Editora Santos, 1a edição, 1991.

3. EUGÊNIO, O.S. Anatomia a escultura dental. Teoria a prática de ensino. Livraria a Editora Santos, 1 a edição, 1995.

4. PICOSSE, M. Anatomia dentária. Sarvier, 4a edição, 1983.

5. SANTOS Jr., J. Oclusão clínica. Atlas Colorido. Livraria a Editora Santos, 1 a edição, 1995.

6. SANTOS Jr., J., FICHMAN, D.M. Escultura dental na clínica a no laboratório. Artes Médicas, 4a edição, 1982.

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