+ ESTUDO VIDA DE PROVÉRBIOS

February 6, 2017 | Author: Alex Assis | Category: N/A
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ESTUDO­VIDA ESTUDO­VIDA   DE  PROVÉRBIOS

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Witness Lee

CONTEÚDO

Mens. 1: Uma Palavra Introdutória   Mens. 2: Os Princípios para o Homem Viver uma Vida Humana Adequada   Mens. 3: Os Preceitos Detalhados para o Homem Viver uma Vida Humana Adequada  (1)   Mens. 4: Tocando a Palavra de Deus por meio do Nosso Novo Homem   Mens. 5: Os Preceitos Detalhados para o Homem Viver uma Vida Humana Adequada  (2)   Mens. 6: Chegando à Provérbios para Desenvolver Nosso Homem Regenerado   Mens. 7: Os Preceitos Detalhados para o Homem Viver uma Vida Humana Adequada  (3)   Mens. 8: Usando Provérbios para Edificar o Novo Homem  

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ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM UM UMA PALAVRA INTRODUTÓRIA Leitura bíblica: Pv 1:1­6 Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos são livros particulares. Com esta  mensagem começaremos o estudo­vida de Provérbios.   I. O TÍTULO Provérbios   em   hebraico   é  mishle,   significando   “similitudes,   provérbios,   pará­ bolas”, para representar verdades gerais.   II. OS ESCRITORES Provérbios são uma coleção das palavras de sabedoria. Os principais escritores e  coletores   são:   Salomão   que   escreveu   três   mil   provérbios   (1Rs   4:32;   cf.   Ec   12:9),   e 

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Ezequias,   que   adicionou   alguns   provérbios   dos   antepassados   nos   capítulos   vinte   e  cinco a vinte e nove.   III. O TEMPO O tempo dos escritos deste livro foi por volta de 1000 a.C. Considerando que a  porção de Salomão foi escrita por volta de 1000 a.C., a porção de Ezequias foi escrita  aproximadamente trezentos anos depois.  IV. O LUGAR Provérbios foram escritos provavelmente em Jerusalém.   V. O TEMA O   tema   de   Provérbios   é   que   este   livro   consiste   em   palavras   de   sabedoria  ensinando o povo a como se comportar e a como construir seu caráter na vida huma­ na. Humanamente falando, esta é a grande questão, e todas as religiões e filosofias  estão relacionadas a ela. As questões de comportamento e a construção do caráter têm  sido os assuntos de ensinamento desde que a humanidade veio a existir.   VI. A POSIÇÃO DE PROVÉRBIOS NA REVELAÇÃO  DIVINA DAS ESCRITURAS SAGRADAS

Agora precisamos considerar a posição de Provérbios na revelação divina das  Escrituras Sagradas.   A. A Revelação Divina é Progressiva A revelação divina nas Escrituras Sagradas é progressiva, desde a criação do  homem   à   imagem   de   Deus   no   primeiro   capítulo   de   Gênesis,   passando   por   muitos  processos no Antigo e no Novo Testamento, para a consumação da Nova Jerusalém nos  últimos dois capítulos de Apocalipse.   Milhares de coisas são abordadas na Bíblia. A  primeira   coisa   é   a   criação   de   Deus   dos   céus   e   a   terra,   e   a   última   coisa   é   a   Nova  Jerusalém. Entre essas duas extremidades, a revelação divina segue junto com o curso  da história humana.   B. Dificuldade para Localizar Como Provérbios é uma coleção das palavras de sabedoria de muitos séculos até  Ezequias no sétimo século antes de Cristo, é difícil localizá­los na revelação divina nas  Sagradas Escrituras.   C. Um Suplemento para a Lei

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Considerando que os provérbios foram reunidos principalmente por dois reis de  Judá na era da lei, o livro de Provérbios pode ser considerado um suplemento da lei. A  lei é o retrato de Deus, ordenando ao Seu povo que a guardasse para que pudessem ser  feitos   cópias   de   Deus   para   Sua   expressão   e   glorificação.   Provérbios   como   um  suplemento da lei ajuda o povo de Deus a guardar a lei.  Porque a lei foi escrita segundo o que Deus é, a lei diz ao homem como proceder  e como edificar­se segundo os atributos de Deus. Deus é amor e luz, e Deus é santo e  justo. Estes são alguns dos atributos de Deus. Para Deus criar o homem à Sua própria  imagem significa que Deus criou o homem segundo o que Ele é, isto é, segundo Seus  atributos. A lei, a qual foi escrita segundo os atributos de Deus ordena que o homem  proceda   e  edifique­se  segundo   Deus. Com  relação a  isto,  Provérbios   são uma  parte  suplementar da lei, instruindo o povo a como proceder e a como edificar­se segundo o  que Deus é. Isto nos ajuda a ver em que posição Provérbios provavelmente está na  revelação divina nas Escrituras.   D. A Sequência dos Cinco Livros de Poesia A sequência  dos cinco livros  de poesia—Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e  Cântico dos Cânticos—em seus significados espirituais são excelentes e doces.   1. JÓ Jó enfatiza que Deus quer que o homem O busque e O ganhe unicamente sem  qualquer outra bênção e prosperidade, e que deseja que o homem O busque para seu  aperfeiçoamento   e   não   para   sua   integridade.   Disto   vemos   que   Deus   deseja   que   o  homem busque o tipo de perfeição que é o próprio Deus, não uma perfeição baseada em  justiça e integridade humana.   2. SALMOS Salmos enfatizam a busca do homem e seu contato com Deus por meio de seu  louvor,   orações,   e   cânticos   com   exultação.   A   maneira   de   buscar   e   contatar   Deus   é  louvando­O, orando a Ele, e cantar com exultação.   3. PROVÉRBIOS Provérbios enfatizam a sabedoria que o homem recebe de Deus por meio do seu  contato com Deus e que ensina o homem a como proceder em sua vida humana.   4. ECLESIASTES Eclesiastes enfatiza a vaidade das vaidades de todas as coisas debaixo do sol, as  quais são percebidas pelo homem por meio da sabedoria recebida de Deus. As coisas  debaixo   do   sol   são   vaidade,   mas   as   coisas   nos   céus   são   realidade.   Se   você   tem  5

contatado Deus   e recebido sabedoria  de  Deus, você  verá  que  tudo debaixo do  sol  é  vaidade, é correr atrás do vento.   5. CÂNTICO DOS CÂNTICOS Cântico dos Cânticos enfatizam que Cristo é o cântico dos cânticos, a satisfação  das satisfações para vida humana que é contrário à vaidade das vaidades de todas as  coisas debaixo do sol. Somente Cristo é a satisfação, tornando­Se nosso cântico que  cantamos a Ele porque estamos satisfeitos. Um amante de Cristo deve ser alguém que  é atraído pelo Seu amor e atraído por Ele em Sua doçura para buscá­Lo para sua satis­ fação completa.  O livro de Provérbios é um livro particular entre os livros da Bíblia. Tem um  caráter particular; isto é, apresenta a nós as palavras de sabedoria através de muitos  homens   sábios   antigos   que   são   considerados   bons   por   unanimidade   por   todas   as  pessoas que o leram. Mas se é realmente bom ou não depende de que tipo de leitor você  é.   Se você é uma pessoa ética com uma mente forte e tem um desejo de ser aper­ feiçoado como uma pessoa moral genuína, seguramente esse livro o ajudaria a fazer  um sucesso em sua busca de perfeição. Mas ele o ajuda a se cultivar, isto é, cultivar a  “virtude brilhante” humana criada para homem por Deus segundo os Seus atributos,  isto é, segundo o que Ele é. Entretanto, ele não o ajuda a ser uma pessoa que vive em  seu   espírito   segundo   o   Espírito   de   Deus   que   habita   em   você   para   a   realização   da  economia   eterna   de   Deus,   que   é,   produzir   e   edificar   o   Corpo   de   Cristo   que   se  consumará na Nova Jerusalém como o desejo do coração de Deus e a última meta. Jó  no   Antigo   Testamento   foi   exatamente   essa   pessoa.   Ele   estava   satisfeito   com   sua  integridade, com sua busca da perfeição humana. Mas isso não era o que Deus queria  dele; antes, ele substituiu o que Deus queria dele e então se tornou um inimigo de  Deus  ao  ser frustrado,  um  homem  criado por  Deus  para  cumprir  Seu propósito. O  propósito de Deus ao criar o homem era para que o homem fosse enchido com Ele para  ser Sua expressão, não uma expressão da perfeição humana. Assim o sucesso de Jó na  perfeição   humana   foi   derrubado  por  Deus.   Nesse   derrubar   de   Deus,   Deus   também  demoliu Jó. Jó ficou perplexo, não sabendo o que fazer. Então Deus veio para revelar­ Se a Jó, indicando que era Ele a quem Jó deveria buscar, possuir e expressar. Então Jó  teve uma grande virada de sua busca pela perfeição humana para buscar o próprio  Deus.   Se você é uma pessoa que é um guardador da lei, seguramente você apreciará  todos os provérbios neste livro como palavras de homens sábios, pensando que eles  poderão ajudá­lo a ser um bom ou até mesmo o melhor guardador da lei. Nesse caso,  você deve fazer muitos provérbios, muitas leis e cair na armadilha de guardar a lei  como fazem muitos judeus, que não conhecem o propósito de Deus na Sua dispensação  da lei, quer é, expor a fraqueza do homem caído.   6

Se você é uma pessoa que ama o Senhor e busca Cristo, não a autoperfeição, e  que ama a palavra do Senhor em toda a Bíblia e a lê com um espírito de oração, não  pela busca da doutrina de letras, mas para buscar o Espírito e a palavra da vida, não  obter qualquer ajuda para cultivar o ego, mas para a nutrição de seu espírito para que  você possa viver uma vida cristã que não é perfeita em virtudes humanas, mas nas  virtudes divinas que são as expressões dos atributos divinos, então este livro retribuirá  a  você  pepitas  e pedras  preciosas para fortalecer sua vida  de buscar Cristo para  o  cumprimento  da   economia   de Deus   na  produção  e edificação do Corpo de  Cristo.    Além   disso,   Deus   não   quer   que   nós   busquemos   somente   o   conhecimento,  doutrina, verdade, teologia e revelação nas letras. Deus quer que O busquemos para  que possamos ganhá­Lo e que possamos encher­nos com Ele mesmo para Sua expres­ são. Ele é o Espírito e nós O adoramos e O contatamos em nosso espírito. A letra mata,  mas o Espírito dá vida. A palavra falada a nós pelo Senhor deve tornar­se Espírito e  vida  a nós (Jo 6:63). Se estudarmos a Bíblia por meio das letras, não por meio  do  Espírito e da vida, faremos da Bíblia, independente de que parte, um livro de letras. A  maioria   dos   cristãos   hoje   faz   do   Espírito   e   da   vida   do   Novo   Testamento,   o   Antigo  Testamento de letras. Para o apóstolo Paulo até mesmo o Antigo Testamento era como  o   Novo   Testamento,   do   Espírito   e   de   vida.   Muitos   cristãos   têm   tornado   o   Novo  Testamento   em   provérbios,   preceitos,   exortações   e   instruções   de   letras.   Nossos  estudos­vida têm feito de todo o Antigo Testamento, como a Palavra de Deus, livros de  Espírito e de vida. Por isso temos que perceber que o que o livro de Provérbios será  para   nós,   dependerá   de   que   tipo   de   pessoas   somos   e   por   qual   caminho   nós   o  tomaremos.   VII. A ATITUDE SADIA QUE OS CRENTES DO NOVO TESTAMENTO  DEVEM TER PARA COM PROVÉRBIOS O próximo assunto que precisamos ver é a atitude sadia que os crentes do Novo  Testamento devem ter para com Provérbios.   A. Crer Que Ele É Uma Parte da Palavra Sagrada Como crentes do Novo Testamento, devemos crer que Provérbios é uma parte da  palavra sagrada nas Escrituras Sagradas de Deus. B. Perceber Que Ele É o Sopro de Deus Devemos perceber que Provérbios é o sopro de Deus para inspirarmos para que  possamos receber o suprimento de vida de Deus (2Tm 3:16).   C. Lendo­O Em seguida, devemos ler Provérbios estando cheios com a abundância de Deus  em nosso espírito (Ef 5:18­19), no Espírito e vida do Novo Testamento (Rm 8:2), com  7

nosso espírito regenerado, e orando­lendo para mesclá­lo com espírito e vida (cf. Jo  6:63).   VIII. AS SEÇÕES Provérbios têm quatro seções: a coletânea de Salomão (caps. 1­24), a coletânea  de Ezequias (caps. 25­29), a palavra de Agur (cap. 30), e a palavra de Rei Lemuel (cap.  31).  

ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM DOIS OS PRINCÍPIOS PARA O HOMEM VIVER  UMA VIDA HUMANA ADEQUADA Leitura bíblica: Pv 1­9; 31 O que o livro de Provérbios é para nós e o que a Bíblia toda é para nós depende  do tipo de pessoa que somos. Para o apóstolo Paulo, cada livro do Antigo Testamento  era   Espírito   e   vida.   Mas   para   muitos   cristãos   hoje,   a   Bíblia,   inclusive   o   Novo  Testamento, é principalmente um livro de provérbios. Tais cristãos não compreendem  um   versículo como  Efésios   3:8, que  fala  das  insondáveis   riquezas  de  Cristo para  a  produção da igreja para cumprir a economia de Deus. Eles não têm nenhum interesse  nestes assuntos. Porém, eles têm muito interesse no que Efésios 5 diz sobre maridos  que   amam   suas   esposas   e   sobre   esposas   que   se   submetem   aos   seus   maridos.   Isto  ilustra a forte tendência entre os cristãos para tentar entender o Novo Testamento de  acordo com sua mente ética. Eles não estão interessados em qualquer coisa que não  possa  ser  entendida  de maneira  ética. Particularmente,  eles  não entendem  a Nova  Jerusalém   e   não   buscam   entendê­la.   Disto   vemos   que   o   tipo   de   pessoa   que   somos  determina o que a Bíblia será para nós.  Nesta mensagem consideraremos a partir de Provérbios, os princípios para o  homem viver uma vida humana adequada. Cada um desses princípio—adorar a Deus,  8

necessidade de sabedoria, honrar os pais e preservar o casamento em honra—é uma  pepita.   I. ADORAR A DEUS O primeiro princípio para o homem viver uma vida humana adequada é adorar  a Deus. Não somente devemos adorar a Deus, mas também devemos reverenciá­Lo.  Reverenciar a Deus é considerá­Lo e estimá­Lo em tudo, nunca nos esquecendo de que  Ele é o Deus maravilhoso que nos criou. Quando estivermos a ponto de perdermos  nossa  paciência, devemos  adorar  a  Deus.  Adorar  a  Deus  nos   impede de  fazer  mal.  Adorar a Deus também faz com que sejamos tocados pelos sofrimentos dos outros e  mostremos misericórdia e compaixão a eles.   Embora tenha nascido no cristianismo, antes de crer no Senhor Jesus, eu nunca  adorei   a   Deus.   Mas   desde   o   dia   em   que   fui   salvo,   comecei   a   adorar   a   Deus.   Eu  respeitava e considerava Deus em tudo. Isso causou uma grande mudança em minha  vida.   A. Temer a Deus Adorar a Deus é temer a Deus. O temor do Senhor é o principio da sabedoria, e o  conhecimento   do   Santo   é   prudência   (1:7;   9:10;   15:33a).   Conhecimento,   sabedoria   e  compreensão vêm de Deus. Se O temermos, enquanto O adoramos, esta será nossa  possessão.   Se   buscarmos   sabedoria   como   prata   e   como   a   tesouros   escondidos   a  procurarmos, então entenderemos o temor do Senhor e acharemos o conhecimento de  Deus (2:4­5). O temor do Senhor consiste em aborrecer o mal (8:13). O temor do Senhor  prolonga os dias, mas os anos dos perversos serão abreviados (10:27). O que anda na  justiça teme ao Senhor, mas o que anda em caminhos tortuosos, esse o despreza (14:2).  No temor do Senhor tem o homem forte amparo, e isso é refúgio para os seus filhos. O  temor do Senhor é fonte de vida, para evitar os laços da morte (vv. 26­27). Melhor é o  pouco havendo o temor do Senhor, do que grande tesouro, onde há inquietação (15:16).  Se formos ricos no temor do Senhor, teremos paz.   B. Confiar em Deus Adorar   a   Deus   é   também   confiar   Nele.   Provérbios   3:5­8   nos   incumbem   de  confiar no Senhor de todo nosso coração e não confiar em nosso próprio entendimento.  Devemos   reconhecê­Lo   em   todos   os   nossos   caminhos,   e   Ele   endireitará   as   nossas  veredas. Não devemos ser sábios aos nossos próprios olhos; devemos temer o Senhor e  devemos apartar­nos do mal. Isto será saúde para o nosso corpo e refrigério para os  nossos ossos.   O que atenta para o ensino, acha o bem, e o que confia no Senhor, esse é feliz  (16:20). Em minhas frequentes viagens de avião, muitas vezes Satanás ameaçava­me  interiormente, dizendo que meu avião iria colidir. Nesses momentos eu falava com o  9

Senhor, dizendo, “Senhor, eu não estou num avião; eu estou em Ti. Tu és meu avião.”  Isto é confiar no Senhor. De acordo com 3:26 o Senhor será a nossa segurança, e Ele guardará nossos pés  de serem presos. Toda palavra de Deus é provada; Ele é um escudo para aqueles que  refugiam­se   Nele.   Não   devemos   acrescentar   nada   às   Suas   palavras,   para   que   não  sejamos   reprovados   e   sejamos   achados   como   um   mentiroso   (30:5­6).   Não   devemos  mudar   Sua   palavra   acrescentando   algo   a   ela   segundo   nosso   ponto   de   vista.   Isto   é  perigoso.   C. Honrar a Deus Adorar a Deus significa que também honramos a Deus. Provérbios 3:9­10 diz  que devemos honrar a Deus com nossos bens e com as primícias de toda a nossa renda.  Então   se   encherão   fartamente   nossos   celeiros   e   transbordarão   de   vinho   os   nossos  lagares. Se ganharmos mais dinheiro para economizar riquezas para nosso futuro, isto  é lamentável. Pelo menos um décimo, as primícias, de nosso produto devem ser dadas  a Deus. Devemos sempre ser muito generosos em dar daquilo que Deus nos deu. Isso  honra a Deus.   II. A NECESSIDADE DE SABEDORIA O segundo princípio, a segunda pepita, é a necessidade de sabedoria. Note que  não   digo   buscar   sabedoria,   mas   necessidade   de   sabedoria.   Nós   sempre   estamos  carentes da sabedoria de Deus.   A. Aquele Que Acha Sabedoria É Bem­aventurado Bem­aventurado é o homem que acha sabedoria, pois o seu lucro é melhor que o  da prata, e a sua renda é melhor que o ouro. Ela é mais preciosa do que as pérolas, e  nada do que desejamos se compara a ela. O alongar­se da vida está na sua mão direita;  na sua esquerda riquezas e glória. Os seus caminhos são caminhos deliciosos, e todas  as suas veredas são paz. Ela é árvore de vida para os que a alcançam, e felizes são  todos aqueles que a retêm (3:13­18; 8:11).  

B. Não Deixar a Sabedoria Apartar­se de Nossa Visão Não devemos deixar que a sabedoria se aparte de nossa visão, mas devemos  preservar a verdadeira sabedoria e prudência. Elas serão vida para nossa alma e um  adorno   gracioso   para   nosso   pescoço   (3:21­22).   A   verdadeira   beleza   é   sabedoria   e  prudência.   10

C. Os Sábios Herdarão Honra 35).  

Os sábios herdarão honra, mas os tolos aumentarão sua própria desgraça (v.  D. Adquirir Sabedoria e não Abandoná­la

Devemos   adquirir   sabedoria.   Não   devemos   abandoná­la,   e   ela   nos   guardará;  devemos   amá­la,   e   ela   nos   protegerá   (4:5­6).   “O   principio   da   sabedoria   é:   Adquire  sabedoria; com tudo o que possuis adquira entendimento. Estime­a, e ela te exaltará;  se a abraçares, ela o honrará; dará à tua cabeça um diadema de graça, e uma coroa de  glória te entregará” (vv. 7­9).   E. Dizer Que a Sabedoria É Nossa Irmã De acordo com 7:4 devemos dizer à sabedoria, “Tu és minha irmã.”   F. A Sabedoria tem Edificado Sua Casa A sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas (9:1).   G. A Sabedoria Personificada de Deus Em   certas   porções   de   Provérbios   a   sabedoria   de   Deus   é   personificada.   Esta  personificação da sabedoria de Deus é o segundo da Trindade, o Filho de Deus. Cristo é  a sabedoria personificada de Deus.   1. O SENHOR por meio da Sabedoria Fundou a Terra O SENHOR por meio da sabedoria fundou a terra; com inteligência estabeleceu os  céus (3:19). Esta Sabedoria por meio de quem o SENHOR fundou a terra e estabeleceu os  céus é Cristo que é a sabedoria de Deus.   2. O SENHOR Possui Sabedoria Desde o Início de Sua Obra Em 8:22­31 a sabedoria personificada diz que o SENHOR a possuía no início de sua  obra,   antes   das   suas   obras   mais   antigas.   A   sabedoria   foi   estabelecida   desde   a  eternidade,   desde   o   princípio,   antes   de   a   terra   existir.   Quando   não   havia   nenhum  abismo, a sabedoria foi produzida, quando nenhuma fonte abundante de água havia.  Antes   de   as   montanhas   serem   estabelecidas,   antes   das   colinas,   a   sabedoria   foi  produzida; quando Ele, contudo, não havia feito a terra e os campos, nem o primeiro pó  do   mundo.   Quando   estabeleceu   os   céus,   a   sabedoria   estava   lá;   quando   traçava   o  horizonte   sobre   a   face   do   abismo,   quando   firmava   as   nuvens   de   cima,   quando  estabelecia as fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas  não   transpassassem   os   Seus   limites,   quando   compunha   os   fundamentos   da   terra;  então a sabedoria estava com Ele, como um arquiteto. Dia após dia a sabedoria era as  11

Suas delícias, regozijando sempre diante Dele, regozijando em Sua terra habitável; e a  delícia   da   sabedoria   estava   com   os   filhos   dos   homens.   Novamente,   essa   sabedoria  personificada se refere a Cristo.   3. A Sabedoria Habita com a Prudência Nos versículos de 12 a 21 temos dito que a sabedoria habita com a prudência e  encontra   conhecimento   e   discrição.   Conselhos   e   sabedoria   são   dela.   A   sabedoria   é  entendimento   e   tem   poder.   Por   meio   da   sabedoria   os   reis   reinam,   e   os   príncipes  decretam   justiça.   Por   intermédio   da   sabedoria   os   príncipes   governam,   e   todos   os  nobres  julgam corretamente. A  sabedoria  ama  aqueles  que  a amam, e aqueles  que  buscam sabedoria diligentemente a acharão. Riquezas e honras estão com a sabedoria,  bens   duráveis   e   justiça.   O   fruto   da   sabedoria   é   melhor   que   o   ouro,   do   que   o   ouro  refinado, e o seu rendimento do que a prata escolhida. A sabedoria anda no caminho  da justiça, no meio das veredas do juízo, essa sabedoria pode fazer com que aqueles  que a amam herdem bens e encham os seus tesouros. Uma vez mais, essa sabedoria  personificada tipifica Cristo. Se tivermos Cristo como sabedoria, teremos tudo, inclu­ sive coisas espirituais e coisas materiais.   4. A Sabedoria Personificada de Deus é  Cristo Como Sua Realidade

No   Novo   Testamento   a   sabedoria   personificada   de   Deus   é   Cristo   como   sua  realidade. Primeira Coríntios 1:24 diz, “Mas para os que são chamados, tanto judeus  como gregos,  pregamos  Cristo, poder de Deus e a sabedoria de Deus.” O versículo 30  continua, “Mas vós sois Dele, em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de  Deus, sabedoria: justiça, santificação e redenção.” Cristo se tornou sabedoria para nós  da   parte   de   Deus   em   três   coisas   vitais   na   salvação   de   Deus:   justiça   (para   nosso  passado) por meio da qual temos sido justificados por Deus, para que pudéssemos ser  regenerados em nosso espírito para receber a vida divina (Rm 5:18); santificação (para  nosso presente) por meio da qual estamos sendo santificados em nossa alma, isto é,  transformados   em   nossa   mente,   emoção  e  vontade,   com   a   vida   divina   (6:19,   22);   e  redenção (para nosso futuro), isto é, a redenção do nosso corpo (8:23) pela qual seremos  transfigurados em nosso corpo com a vida divina para ter a Sua semelhança gloriosa  (Fp 3:21).   III. HONRANDO SEUS PAIS A terceira  pepita, o terceiro princípio, é honrar nossos pais. Depois de Deus,  devemos respeitar nossos pais, ter consideração por eles, honrando­os e obedecendo­os.  Honrar nossos pais prolongará nossos dias. Reverenciar a Deus e honrar nossos pais  são mencionados juntos em Provérbios. Nos Dez Mandamentos os primeiros quatro,  diz respeito a Deus, e o quinto, com respeito a honrar nossos pais, estão na primeira  12

das duas tábuas. Isso indica que nossos pais estão no mesmo nível com Deus. Honrar  nossos pais é lembrar­nos de nossa origem. No final das contas, se seguirmos nosso  passado   até   nossa   fonte,   chegaremos   a   Deus.   Portanto,   honrar   nossos   pais   é   equi­ valente a reverenciar a Deus. Se reverenciarmos a Deus, honraremos nossos pais.   A. Ouvir o Ensino de Nosso Pai Devemos ouvir o ensino de nosso pai e não devemos rejeitar a instrução de nossa  mãe; porque eles serão um diadema de graça para nossa cabeça e colares para nosso  pescoço (Pv 1:8­9).   B. Receber as Palavras de Nosso Pai e Entesourar  Seus Mandamentos Dentro de Nós

Devemos   receber   as   palavras   de   nosso   pai   e   entesourar   seus   mandamentos  dentro de nós, e fazer atentos os nossos ouvidos a sabedoria e inclinar nosso coração ao  entendimento.   De   fato,   se   clamarmos   por   discernimento   e   alçarmos   nossa   voz   por  entendimento e a buscarmos como a prata e a procurarmos como tesouros escondidos,  então entenderemos o temor do Senhor e acharemos o conhecimento de Deus. Porque o  SENHOR dá sabedoria; da Sua boca vem a inteligência e o entendimento (2:1­6).   C. Não Esquecer os Ensinamentos de Nossos Pais Provérbios 3:1 e 2 nos encarregam de não nos esquecermos dos ensinamentos de  nossos pais, mas guardar seus mandamentos em nosso coração; para que se prolon­ guem os nossos dias, e anos de vida e paz sejam acrescentados a nós. Aqui longevidade  e   paz   estão   relacionadas   a   honrar   nossos   pais.   O   versículo   4   continua   falando   de  acharmos favor e boa reputação diante de Deus e dos homens. No versículo 5 nos diz  para   confiar   no  SENHOR  de   todo   nosso   coração   e   não   confiar   em   nosso   próprio  entendimento. Não devemos rejeitar a disciplina do SENHOR, nem nos enfadar de Sua  repreensão; pois o  SENHOR  disciplina a quem ama (vv. 11­12). Os versículos 21 e 22  dizem, “Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos; guarda a verdadeira  sabedoria e a discrição; porque serão vida para a tua alma, e adorno para teu pescoço.”  D. Ouvir e Receber as Palavras de Nossos Pais O escritor diz em 4:3 que ele era filho na companhia de seu pai, tenro e o único  amado aos olhos da sua mãe. Nos versículos 10 a 13 ele diz, “Ouve, filho meu, e aceita  as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida. No caminho da sabedoria te  ensinei, e pelas veredas da retidão te fiz andar. Em andando por elas, não se embara­ çarão os teus passos; se correres, não tropeçará. Retém a instrução e não a largues;  guarda­a, porque ela é a tua vida.” Os versículos 20 a 22 dizem, “Filho meu, atenta  para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. Não os deixes  13

apartar­se dos teus olhos; guarda­os no mais íntimo do teu coração. Porque são vida  para quem os acha e saúde, para o seu corpo.” E. Ouvir Nosso Pai Provérbios 8:32, 34­35 dizem, “Agora, pois, filhos, ouvi­me, porque felizes serão  os que guardarem os meus caminhos. Feliz o homem que me dá ouvidos, velando dia a  dia às minhas portas, esperando às ombreiras da minha entrada. Porque o que me  acha acha a vida e alcança favor do SENHOR.”   F. Um Filho Sábio Torna um Pai Feliz O filho sábio alegra a seu pai, mas um filho insensato é a tristeza de sua mãe  (10:1).   G. O Olho Zombeteiro É Arrancado Pelos Corvos Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe,  corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos (30:17, 11). Esta  é uma séria advertência com relação a honrar nossos pais.  

IV. PRESERVANDO O CASAMENTO EM HONRA A   quarta   pepita   é   preservar   o   casamento   em   honra.   Para   viver   uma   vida  humana adequada, temos que preservar o casamento em honra.   Eu amo a América, mas a vida matrimonial na América me aborrece muito. Na  sociedade americana o contato entre homens e mulheres é muito liberal, sem restrição.  Neste sentido, os Estados Unidos hoje é como Sodoma. Preocupo­me com isso, porque  ofende Deus ao máximo.   O casamento não só produz crianças, mas também pais. De forma que o homem  possa existir na terra para continuar a economia de Deus, honrar os pais e preservar o  casamento em honra são necessários. Espero que todos os santos na restauração do  Senhor sustente um testemunho forte de honrar seus pais e preservar o casamento em  honra.   As mulheres sempre devem ser restringidas por um senso honroso de vergonha.  Hoje na América as jovens têm contato físico com os jovens sem nenhuma vergonha.  Esse tipo de contato libertino pode conduzir facilmente à fornicação. Os cooperados que  servem o Senhor e frequentemente contatam as pessoas devem ser cuidadosos. Muitos  servos úteis do Senhor foram estragados por causa do seu contato descuidado com o 

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sexo oposto. Reverenciar a Deus, honrar nossos pais e preservar o casamento em honra  são uma verdadeira proteção a nós.   A. A Fidelidade do Homem É a Base A fidelidade do homem em preservar o casamento é a base. Com respeito a isto,  Provérbios 5:5­19 nos adverte sobre a “mulher adúltera” cujos pés descem a morte; e  cujos passos conduzem rapidamente ao inferno. Ela não pondera  a vereda da vida;  anda errante nos seus caminhos, e não sabe (vv. 5­6). Os versículos de 7 a 14 são uma  incumbência aos jovens para manter seus caminhos longe dela e não chegar perto da  porta da sua casa. “Agora, pois, filho, dá­me ouvidos e não te desvies das palavras da  minha boca. Afasta o teu caminho da mulher adúltera e não te aproximes da porta da  sua casa; para que não dês a outrem a tua honra, nem os teus anos, a cruéis; para que  dos teus bens não se fartem os estranhos, e o fruto do teu trabalho não entre em casa  alheia; e gemas no fim de tua vida, quando se consumirem a tua carne e o teu corpo, e  digas: Como aborreci o ensino! E desprezou o meu coração a disciplina! E não escutei a  voz dos que me ensinavam, nem a meus mestres inclinei os ouvidos! Quase que me  achei em todo mal que sucedeu no meio da assembleia e da congregação.” Os versículos  de 15 a 19 concluem com uma advertência aos homens casados a beber água da sua  própria cisterna (a esposa) e das correntes do próprio poço. Suas fontes não devem ser  derramadas pelas ruas como ribeiros de águas, mas devem ser somente para si, e não  para estranhos. Os versículos 18 e 19 dizem, “Seja bendito o teu manancial, e alegra­te  com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela graciosa. Saciem­te os seus  seios em todo o tempo; e embriaga­te sempre com as suas carícias.”   B. As Virtudes da Mulher É a Estrutura Considerando que preservar o casamento em honra, a fidelidade do homem é a  base,   as   virtudes   da   mulher   é   a   estrutura.   Uma   mulher   graciosa   alcança   honra  (11:16a). Uma mulher virtuosa é a coroa do seu marido (12:4a). A mulher sábia edifica  sua casa—14:1a. Considerando as virtudes da mulher, precisamos ler 31:10­31.  

ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM TRÊS OS PRECEITOS DETALHADOS PARA O HOMEM  VIVER UMA VIDA HUMANA ADEQUADA (1) Leitura bíblica: Pv 10­30 15

Quando chegamos não somente à Provérbios, mas a qualquer livro da Bíblia,  especialmente   Efésios,   o   livro   mais   espiritual,   devemos   ser   pessoas   corretas.   Na  leitura da Bíblia, uma pessoa correta é alguém que ama Cristo, que O busca, e vive  uma vida de negar­se e de ser conformado à morte de Cristo. Isto quer dizer que, do  lado negativo, temos que negar o ego, ter todos os aspectos de nosso ser crucificado,  incluindo nosso ego, nosso homem natural, nosso velho homem, nosso caráter, e tudo  que   temos   desde   o   nascimento.   Temos   que   colocar   todas   estas   coisas   na   cruz.   Em  outras palavras, temos que experimentar a cruz de Cristo que nos crucifica em todos  os sentidos.   A   salvação   de   Deus,   no   entanto,   não   tem   somente   um   aspecto   negativo—a  terminação. Após a terminação há um aspecto positivo—a germinação. Após a morte  há ressurreição. A morte termina e a ressurreição germina. A vida humana, a vida  caída,   corrupta   e   corrompida   que   se   tornou   satânica,   deve   ser   terminada.   Na  ressurreição Cristo dispensa a vida divina que foi liberada pela Sua morte. No último  passo da Sua morte, Ele liberou a vida divina de Sua humanidade, e em ressurreição  dispensou essa vida divina liberada para dentro de nós por meio da regeneração. Isto é  germinação. Agora temos um novo começo com uma nova vida e uma nova pessoa.  Esta nova vida é uma vida de divindade e humanidade. Isto é maravilhoso.   Como amantes de Cristo, precisamos perceber que, do lado negativo, estamos  terminados, acabados. Não obstante, do lado positivo temos o Deus Triúno processado  e consumado para nos substituir como uma nova vida. Então, devemos viver diária­ mente   por  essa   vida.   Temos   sido  crucificados.  Agora   devemos   ser  capazes   de  dizer  como Paulo disse em Gálatas que não era mais ele quem vivia, mas um outro “Eu”, o  Próprio Cristo como nossa pessoa, vive em nós e nós vivemos com Ele. Devemos viver  tal   pessoa   pelo   poder   de   ressurreição   e   pela   provisão   abundante   do   Espírito   todo­ inclusivo de Jesus Cristo.   Quando   somos  tais   pessoas,  podemos   ir  à  Bíblia   não  meramente  exercitando  nossa  mentalidade,  mas   principalmente por  exercitar   nosso  espírito.  Nosso  espírito  controlará   nossa   mente.   Em   nosso   espírito   há   o   Espírito   maravilhoso,   magnífico,  processado, todo­inclusivo, sete vezes intensificado que dá vida. Vivemos com Ele, e  Ele vive conosco. Agora quando formos à Bíblia exercitando nosso espírito, deixando o  Espírito   mover­Se   em   nós,   cada   palavra   da   Bíblia,   no   Antigo   Testamento   como  também no Novo Testamento, se torna espírito e vida. Então nossa leitura de qualquer  versículo na Bíblia nos reavivará. Porém, se exercitarmos somente a nossa mente, as  palavras da Bíblia se tornarão morte para nós.   Posso testificar que após alguns minutos de comunhão com o Senhor, sou ali­ mentado, nutrido e despertado. Então quando vou à Bíblia, toda palavra se torna uma  pedra preciosa. Todos nós precisamos ler o livro de Provérbios dessa maneira.  Assim  16

cada palavra de Provérbios se tornará espírito e vida para nós. Cada palavra será viva  e se tornará uma pedra preciosa para fortalecer nossa vida de buscar Cristo para o  cumprimento da economia de Deus ao produzir e edificar o Corpo de Cristo.   Quando tivemos um estudo­vida sobre Provérbios em Taipei muitos anos atrás,  estudei   e   classifiquei   todos   os   provérbios   detalhadamente.   Há   pelo   menos   setenta  itens, com muitos itens contendo vários versículos. Esses provérbios são os preceitos  detalhados para o homem viver uma vida humana adequada. Cada preceito é uma  pedra preciosa. Vamos agora começar a considerar esses preceitos.   A. Um Contraste entre Fazer Justiça com  Sabedoria e Fazer Maldade na Loucura Nos capítulos de dez a dezenove, muitos provérbios nos mostram um contraste  entre fazer justiça com sabedoria e fazer maldade em loucura.   1. Sabedoria versus Loucura O   primeiro   contraste   é   o   contraste   entre   sabedoria   e   loucura.   O   filho   sábio  alegra a seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe. O sábio de coração  aceita   os   mandamentos,   mas   o   insensato   de   lábios   vem   a   arruinar­se.   Os   sábios  entesouram o conhecimento, mas a boca do néscio é uma ruína iminente (10:1, 8, 14).  Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará  mau (13:20). A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos  derrama a estultícia. O filho sábio alegra a seu pai, mas o homem insensato despreza a  sua mãe. (15:2, 20). O entendimento, para aqueles que o possuem, é fonte de vida;  mas, para o insensato, a sua estultícia lhe é castigo. (16:22).   2. Justiça versus Maldade A justiça é contra a maldade. Os tesouros da impiedade de nada aproveitam,  mas a justiça livra da morte. (10:2). Sobre a cabeça do justo há bênçãos, mas na boca  dos  perversos mora  a  violência. A memória do justo é abençoada,  mas o nome  dos  perversos cai em podridão. (vv. 6­7). A boca do justo é manancial de vida, mas na boca  dos perversos mora a violência. (v. 11). A obra do justo conduz à vida, e o rendimento  do perverso, ao pecado. (v. 16).   3. Diligência versus Preguiça O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a  enriquecer­se. O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que  envergonha   (vv.   4­5).   A   mão   diligente   dominará,   mas   a   remissa   será   sujeita   a  trabalhos forçados. O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem  é   ser   ele   diligente   (12:24,   27).   O   preguiçoso   deseja   e   nada   tem,   mas   a   alma   dos  17

diligentes se farta (13:4). Quem é negligente na sua obra já é irmão do desperdiçador  (18:9).   A   preguiça   faz   cair   em   profundo   sono,   e   o   ocioso   vem   a   padecer   fome.   O  preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca (19:15, 24). 

4. Integridade versus Desonestidade Quem anda em integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos  será conhecido (10:9).   5. Amor versus Ódio O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões (v. 12).   6. Lábios Moderados versus Muitas Palavras No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente (v.  19). O que guarda a boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios a si  mesmo se arruína (13:3). Em todo trabalho há proveito; meras palavras, porém, levam  à penúria (14:23). Quem retém as palavras possui o conhecimento (17:27a).   7. Humildade versus Orgulho Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria  (11:2). Está na boca do insensato a vara para a sua própria soberba, mas os lábios do  prudente   o   preservarão.   O   sábio   é   cauteloso   e   desvia­se   do   mal,   mas   o   insensato  encoleriza­se e dá­se por seguro (14:3, 16). Todos os dias do aflito são maus, mas a  alegria do coração é banquete contínuo. O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria,  e a humildade precede a honra (15:25, 33). A soberba precede a ruína, e a altivez do  espírito, a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o  despojo com os soberbos (16:18­19). Antes da ruína, gaba­se o coração do homem, e  diante da honra vai a humildade (18:12).   8. A Mulher Virtuosa versus a Mulher Insensata A mulher graciosa alcança honra. Como jóia de ouro em focinho de porco, assim  é a mulher formosa que não tem discrição (11:16a, 22). A mulher virtuosa é a coroa do  seu   marido,   mas   a   que   procede   vergonhosamente   é   como   podridão   nos   seus   ossos  (12:4). A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a  derriba (14:1). O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR  (18:22).   A   casa   e   os   bens   vêm   como   herança   dos   pais;   mas   do  SENHOR,   a   esposa  prudente (19:14).   9. Misericórdia versus Crueldade 18

O homem bondoso faz bem a si mesmo, mas o cruel a si mesmo se fere (11:17).   10. Perfeição versus Perversidade Abomináveis para o SENHOR são os perversos de coração, mas os que andam em  integridade são o seu prazer (v. 20).   11. Alma Generosa versus Mesquinhez A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém  mais do que é justo, ser­lhe­á em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá  a  beber  será  dessedentado.   Ao   que  retém   o  trigo,   o   povo   o   amaldiçoa,   mas   bênção  haverá sobre a cabeça do seu vendedor (vv. 24­26).  

12. Amor para Correção versus Ódio para Reprovação Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é  estúpido   (12:1).   Pobreza   e   afronta   sobrevém   ao   que   rejeita   a   instrução,   mas   o   que  guarda a repreensão será honrado (13:18). O insensato despreza a instrução de seu  pai, mas o que atende à repreensão consegue a prudência. Os ouvidos que atendem à  repreensão salutar no meio dos sábios têm a sua morada. O que rejeita a disciplina  menospreza a sua alma, porém o que atende à repreensão adquire entendimento (15:5,  31­32).   13. Praticalidade versus Vaidade O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é  falto de senso (12:11).   14. Ouvir Conselhos versus Ser Hipócrita O caminho do insensato aos  seus  próprios  olhos  parece  reto, mas  o  sábio  dá  ouvidos aos conselhos (v. 15).   15. Conter a Ira versus Ser Propenso a Ira A ira do insensato num instante se conhece, mas o prudente oculta a afronta (v.  16). O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a  loucura (14:29). O homem iracundo suscita contendas, mas o longânimo apazigua a  luta (15:18). Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu  espírito,   do   que   o  que  toma   uma   cidade  (16:32).   O   sereno   de  espírito   é  homem   de  inteligência (17:27b). A discrição do homem o torna longânimo, e sua glória é perdoar  as injúrias. Homem de grande ira tem de sofrer o dano; porque, se tu o livrares, virás  ainda a fazê­lo de novo (19:11, 19). 19

16. Veracidade (ou Fidelidade) versus Falsidade O   lábio   veraz   permanece   para   sempre,   mas   a   língua   mentirosa,   apenas   um  momento. Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR, mas os que agem fielmente  são   o   seu   prazer   (12:19,   22).   A   testemunha   verdadeira   não   mente,   mas   a   falsa   se  desboca em mentiras (14:5).   17. Fingir Ser Pobre versus Fingir Ser Rico Uns se dizem ricos sem terem nada; outros se dizem pobres, sendo mui ricos  (13:7).   18. Riqueza Obtida pelo Trabalho Diligente versus Riqueza Obtida pela  Vaidade   Os bens que facilmente se ganham, esses diminuem, mas o que ajunta à força do  trabalho terá aumento (v. 11).   19. Castigar Cedo versus Reter a Vara O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina (v.  24). Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá­lo  (19:18).  

20. Ser Cauteloso versus Crer Facilmente O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos  (14:15).   21. Graciosidade ao Necessitado versus Opressão do Pobre O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se  compadece do necessitado (v. 31). O que escarnece do pobre insulta ao que o criou; o  que se alegra da calamidade não ficará impune (17:5). Quem se compadece do pobre ao  SENHOR empresta, e este lhe paga o seu benefício (19:17).   22. Brandura versus Dureza A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira (15:1).   23. Pobreza com Amor versus Riqueza com Ódio Melhor é um prato de hortaliças onde há amor do que o boi cevado e, com ele, o  ódio (v. 17). Melhor é um bocado seco e tranquilidade do que a casa farta de carnes e  contendas (17:1).   20

24. Uma Língua Serena versus uma Boca Perversa A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama  a   estultícia   (15:2).   A   língua   serena   é   árvore   de   vida,   mas   a   perversa   quebranta   o  espírito (v. 4).   25. Odiar Subornos versus Ser Ganancioso por Lucros O que  é ávido por lucro desonesto transtorna a sua casa, mas o que odeia o  suborno, esse viverá (v. 27).   26. Tomar o Senhor como o Único Amigo versus Fazer Muitos Amigos O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do  que um irmão (18:24).   27. Os Caminhos de Vida versus os Caminhos de Morte Vários provérbios contrastam os caminhos de vida com os caminhos de morte.   a. Os Caminhos de Vida Os caminhos de vida envolvem temer o Senhor, confiar Nele e refugiar­se no Seu  nome.   1) Temer o Senhor O que anda na retidão teme ao SENHOR, mas o que anda em caminhos tortuosos,  esse o despreza (14:2). No temor do SENHOR, tem o homem forte amparo, e isso é refúgio  para os seus filhos. O temor do  SENHOR  é fonte de vida para evitar os laços da morte  (vv. 26­27). Melhor é o pouco, havendo o temor do SENHOR, do que grande tesouro onde  há inquietação. O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a  honra (15:16, 33). Pela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa; e pelo temor do  SENHOR os homens evitam o mal (16:6). O temor do SENHOR conduz à vida; aquele que o  tem ficará satisfeito, e mal nenhum o visitará (19:23).   2) Confiando no Senhor O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do  SENHOR. O coração do homem traça o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos  (16:1, 9). O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no SENHOR, esse é feliz.  A sorte se lança no regaço, mas do  SENHOR  procede toda decisão (vv. 20, 33). Muitos  propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do SENHOR permanecerá (19:21).   3) Refugiar­se no Nome do Senhor 21

Torre forte é o nome do SENHOR, à qual o justo se acolhe e está seguro (18:10).   b. Os Caminhos de Morte Há   caminho   que   ao   homem   parece   direito,   mas   ao   cabo   dá   em   caminhos   de  morte (14:12; 16:25).  

ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM QUATRO 22

TOCANDO A PALAVRA DE DEUS POR MEIO  DO NOSSO NOVO HOMEM Leitura bíblica: Ef 4:22­24; 6:17­18 Efésios 4:22­24 diz­nos claramente que um crente em Cristo tem dois homens— o velho homem e o novo homem. O velho homem vem de Adão por meio do nosso nasci­ mento natural, e o novo homem vem de Cristo por meio de um novo nascimento, a  regeneração.   VIVER UMA VIDA DE DESPOJAR­SE DO VELHO HOMEM  E REVESTIR­SE DO NOVO HOMEM De acordo com minha observação, muito poucos crentes em Cristo e amantes de  Cristo vivem uma vida continuamente de se despojarem do velho homem e se reves­ tirem do novo homem. Em nossa vida diária vivemos principalmente uma vida ética,  cuidando espontaneamente de questões de certo e errado. Aqueles que vivem tal vida  ética dão o melhor de si para fazer o que é certo e evitar fazer o que é errado.   Que tipo de vida você vive no seu dia a dia? Sua vida diária é uma vida do novo  homem? Em seu viver diário você se despoja do velho homem e se reveste do novo  homem? Em sua vida matrimonial, é sua prática amar sua esposa ou marido pelo novo  homem   ou   pelo   velho   homem?   Não   devemos   pensar   que   amar   no   velho   homem   é  justificado   por   Deus.   Esse   tipo   de   amor   é   segundo   a   lei,   de   acordo   com   a   velha  dispensação, não segundo a economia neotestamentária de Deus nem segundo a nova  criação.   Um   irmão   pode   amar   muito  sua   esposa,   mas   seu   amor   pode  ser   da   velha  criação, não da nova criação.   Entre nós na restauração do Senhor hoje, quem está vivendo eticamente uma  vida diária não de acordo com o certo e errado, mas de acordo com o novo homem por  meio de despojar­se do velho homem e revestir­se do novo homem? Quando dizemos  que um irmão particularmente é um bom irmão, normalmente queremos dizer que ele  é um irmão ético, que ele não está errado de forma alguma com sua esposa e família,  com os irmãos e irmãs na igreja, e com os presbíteros. Nossa base para dizer que ele é  um bom irmão é que ele parece ser correto com os outros. Esta avaliação é de acordo  com a velha criação. Por outro lado, podemos criticar determinado irmão por causa do  seu temperamento ou sua falta de paciência. Esta crítica é baseada na velha criação.  Avaliar e criticar os outros dessa maneira indica que estamos vivendo uma vida ética  de acordo com o velho homem e que nossa vida diária não é baseada na nova criação.  Onde podemos encontrar uma pessoa que está vivendo de acordo com a nova criação?   O livro de Eclesiastes nos diz que tudo debaixo do sol é vaidade. Somente a nova  criação   está   acima   do   sol   e   assim   não   é   vaidade.   Não   importa   quão   bom,   quão  23

excelente, quão maravilhoso, e quão magnífico algo possa ser, contanto que ele seja da  velha criação, faz parte da vaidade das vaidades debaixo do sol.  

ESTUDANDO A BÍBLIA POR MEIO DO VELHO  HOMEM E POR MEIO DO NOVO HOMEM Precisamos   ter   essa   percepção   quando   formos   à   Bíblia.   Podemos   estudar   a  Bíblia por meio do velho homem ou por meio do novo homem. Muitos cristãos estudam  a Palavra de maneira natural, de acordo com o seu velho homem. Quando você lê a  Palavra de Deus, você a lê por meio do velho homem ou por meio do novo homem? Se  exercitarmos   nossa   mente   apenas   para   obter   conhecimento   da   Palavra,   estamos  lendo­­a por meio do velho homem.   Ler a Bíblia por meio do novo homem é muito diferente. Mesmo antes de ir à  Bíblia, uma pessoa no novo homem deve exercitar seu espírito para contatar o Senhor.  Ele   pode   confessar,   dizendo,   “Senhor,   sinto   muito   por   viver   tanto   em   meu   velho  homem,   não   exercitando   meu   espírito   para   contatá­Lo,   para   viver   pelo   meu   novo  homem, como alguém da Sua nova criação. Senhor, perdoa este pecado.” Quando nos  achegarmos à Bíblia dessa maneira, exercitando nosso espírito, teremos uma profunda  sensação e sentimento de que estamos nos aproximando, tocando e contatando Deus.  Não quero dizer com isso que a Bíblia é Deus, mas que ao ir à Bíblia estamos indo para  contatar Deus.   ORAR­LER A PALAVRA DE DEUS Quando formos à Bíblia para contatar Deus, não só devemos ler, mas devemos  orar­ler a Palavra. Não importa quem somos, se lermos a Bíblia sem orar, estaremos  lendo­a por meio do velho homem. Ler a Bíblia sem orar é contatar a Palavra por meio  do velho homem. A leitura genuína da Bíblia por meio do novo homem nunca pode ser  separada da oração.   Ler a Bíblia Piedosamente O termo orar­ler tem sido usado há mais de trinta anos. Porém, isto não quer  dizer que antes de inventarmos esse termo, não havia tal coisa como orar­ler. Muitos  santos praticavam o orar­ler a Palavra sem usar essa expressão para descrever o que  estavam fazendo. Vários cristãos buscadores mostraram que a melhor maneira para  ler a Bíblia é lê­la piedosamente. Li certos livros que diziam que deveríamos ler a  Bíblia de maneira piedosa. Ler a Palavra piedosamente de fato é orar­ler a Palavra.   Posso testificar que antes de começarmos a falar de orar­ler, essa era a minha  prática de ler a Palavra com oração. Por exemplo, me lembro da leitura de João 3:16 e  24

orado, “Ó Deus, Te agradeço. Tu amaste tanto o mundo tanto. Ó Deus meu Pai, Tu me  amaste  tanto  que  deste  Teu Filho, o Unigênito, para  mim.”  Tive o  sentimento  que  tinha tocado Deus e que Ele tinha me tocado. Através da minha oração, João 3:16 se  tornou Espírito e vida para mim.   Orar­ler por Exercitar Nosso Espírito Meu encargo nestas mensagens sobre Provérbios é ajudar­lhes a tocar a Palavra  de Deus por meio do seu novo homem, exercitando seu espírito para orar­ler. Orar­ler  transforma   as   letras   da   Bíblia   em   Espírito   e   vida.   À   parte   de   orar­ler,   o   livro   de  Provérbios é meramente uma coleção de provérbios. Mas quando oramos­lemos Provér­ bios, nosso orar­ler faz todos os provérbios se tornarem palavras de Espírito e vida  para nós.   Efésios 6:17­18 revela a questão de orar­ler, e nossa invenção do termo orar­ler  foi baseada nesses versículos. Efésios 6:17­18 nos diz que “recebamos o capacete da  salvação e a espada do Espírito, o qual Espírito é a palavra de Deus, por meio de toda  oração  e  súplica,  orando  em  todo  tempo  no espírito.”  Aqui  vemos  que  não  somente  devemos receber a palavra de Deus exercitando nossa mente para entender, mas por  meio de toda oração e súplica, orar exercitando nosso espírito. Oração é geral; súplica é  particular.   Nós   recebemos   a   palavra   pela   leitura.   Entretanto,   receber   (ler)   sem   orar   é  totalmente uma questão na mente. Junto com nossa leitura temos que orar. Quando  oramos­lemos a Palavra exercitando nosso espírito, a palavra preto no branco se torna  Espírito   imediatamente.   Dessa   maneira   o   Espírito   e   a   palavra   são   um.   Quando   a  lemos, ela é uma palavra. Quando orarmos com o exercício de nosso espírito, a palavra  se torna Espírito e vida. Sempre que formos à Palavra temos de orar, e não somente  devemos orar com a mente, mas com o espírito.   A BÍBLIA É O SOPRO DE DEUS A Bíblia é o sopro de Deus. Deus está soprando a Si mesmo como a palavra (2  Tm 3:16a). Isto quer dizer que a Bíblia é o exalar de Deus. O exalar de Deus na Bíblia  está esperando por nós para inalarmos. Quando lemos qualquer versículo e oramos,  esse orar se torna nosso inalar da respiração de Deus. Por isso a Palavra se torna  Espírito e vida a nós em nossa experiência. Se esta não for a nossa situação, então até  mesmo em nossa leitura da Bíblia não estaremos no novo homem, mas ainda estamos  no velho homem.   INDO À PALAVRA DE DEUS NÃO PARA SE TORNAR PERFEITO  POR CULTIVAR O EGO, MAS RECEBER NUTRIÇÃO  E ILUMINAÇÃO POR ORAR NO ESPÍRITO 25

Temos mostrado que em Provérbios há muitos preceitos detalhados para homem  viver   uma   vida   humana   adequada   e   que   todo   preceito   é   uma   pedra   preciosa.   Até  mesmo   se   uma   pessoa   aceita   todas   essas   pedras   preciosas   e   é   bem   sucedida   em  guardá­las, ela somente edificará a si mesmo para ser um homem perfeito cultivando o  ego.  Mas  o  Senhor Jesus  disse que quem  quisesse segui­Lo teria  que  negar­se  (Mt  16:24).   Em sua  leitura  de Provérbios  e até mesmo de  toda  a Bíblia, muitos  cristãos  recebem somente ensinamentos, advertências, exortações, provérbios e preceitos para  cultivar seus egos e edificar o homem natural que foi completamente condenado por  Deus. Temos que aprender a ir à Palavra de Deus como aqueles que se aproximam de  Deus, não para receber provérbios e ensinamentos, mas receber nutrição e iluminação,  de   forma   que   possamos   saber   que,   de   acordo   com   Deus,   devemos   sempre   ser  conformados   à   morte   de   Cristo   pelo   poder   da   Sua   ressurreição   (Fp   3:10)   que   é   o  Espírito consumado, que é a realidade da ressurreição de Cristo.   Determinado   ensinamento   na   Bíblia   pode   ser   muito   bom,   mas   não   devemos  tomá­lo como algo para cultivar nosso ego e edificar nosso homem natural. Temos que  rejeitar o egocentrismo e condenar a edificação do homem natural. Precisamos mudar  a Bíblia de um livro que nos ensina a cultivar o ego e edificar o homem natural para a  um livro que é cheio de vida, espírito, nutrição espiritual e iluminação espiritual. Isto  demolirá   nosso   ego,   quebrará   nosso   homem   natural   e   nos   suprirá   com   o   Espírito  consumado do Deus Triúno. Então não viveremos uma vida por meio do nosso homem  natural, pelo nosso velho homem, e pelo nosso ego, mas por meio do Senhor Jesus que  é nossa vida e pessoa que vive em nosso espírito.   Precisamos   aprender   a   exercitar   nosso   espírito   diariamente   em   nosso   viver  diário, especialmente em nosso estudo da Bíblia. Precisamos nos voltar da mente para  o espírito orando em nosso espírito. Se entrarmos dessa maneira na Bíblia, estaremos  tocando a Palavra por meio do novo homem e ela se tornará para nós um livro de  Espírito e vida.  

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ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM CINCO OS PRECEITOS DETALHADOS PARA O HOMEM  VIVER UMA VIDA HUMANA ADEQUADA (2) 27

Leitura bíblica: Pv 10­30 Nesta mensagem consideraremos mais dos preceitos detalhados para o homem  viver uma vida humana adequada. Cada um destes preceitos é uma pedra preciosa em  Provérbios.   B. Advertências e Ensinamentos Os   capítulos   de   vinte   a   vinte   e   nove   contêm   muitas   advertências   e   ensina­ mentos.   1. Concernente à Glutonaria, Amantes do 

Vinho e Amantes dos Prazeres  

O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles  é vencido não é sábio (20:1). Quem ama os prazeres empobrecerá, quem ama o vinho e  o azeite jamais enriquecerá (21:17). Não estejas entre os bebedores de vinho nem entre  os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão caem em pobreza; e a sonolência  vestirá de trapos o homem (23:20­21). Quando te assentares a comer com um gover­ nador, atenta bem para aquele que está diante de ti; mete uma faca à tua garganta, se  és   homem   glutão.   Não   cobices   os   seus   delicados   manjares,   porque   são   comidas  enganadoras. Não comas o pão do invejoso, nem cobices os seus delicados manjares.  Porque, como imagina em sua alma, assim ele é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu  coração não está contigo. Vomitarás o bocado que comeste e perderás as tuas suaves  palavras (vv. 1­3, 6­8). Os versículos de 29 a 35 dizem, “Para quem são os ais? Para  quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas  sem   causa?   E   para   quem,   os   olhos   vermelhos?   Para   os   que   se  demoram   em   beber  vinho, para os que andam buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando  se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente. Pois ao cabo  morderá como a cobra e picará como o basilisco. Os teus olhos verão coisas esquisitas,  e o teu coração falará perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar e como  o que se deita no alto do mastro e dirás: Espancaram­me, e não me doeu; bateram­me,  e não o senti; quando despertarei? Então, tornarei a beber.”   2. Concernente ao Ódio e Contenda

Honroso é para o homem o desviar­se de contendas, mas todo insensato se mete  em rixas (20:3). Não te apresses a litigar, pois, ao fim, que farás, quando o teu próximo  te puser em apuros? (25:8). Sem lenha, o fogo se apaga; e, não havendo maldizente,  cessa a contenda. Como o carvão é para a brasa, e a lenha, para o fogo, assim é o  homem contencioso para acender rixas (26:20­21). O insensato expande toda a sua ira,  mas o sábio afinal lha reprime. O iracundo levanta contendas, e o furioso multiplica as  transgressões (29:11, 22).   28

3. Concernente ao Pecado Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado? (20:9).  O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa  alcançará misericórdia (28:13). Provérbios 28:13 é um bom versículo. Devemos pedir ao  Senhor que nos ajude a não encobrir nossas transgressões, mas confessá­las e abando­ ná­las. Em 22:8 temos dito que aquele que semeia a injustiça segará males; e a vara da  sua indignação falhará.   4. Concernente à Falsidade e Perversidade Dois pesos e duas medidas, uns e outras são abomináveis ao SENHOR. Dois pesos  são coisa abominável ao SENHOR, e balança enganosa não é boa (20:10, 23). Espinhos e  laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira­se para longe deles  (22:5). Suave é ao homem o pão ganho por fraude, mas, depois, a sua boca se encherá  de pedrinhas de areia (20:17).   5. Concernente à Soberba, Auto­confiança,  Auto­exaltação e Auto­estima Provérbios 21:24 diz que o Soberbo, o Arrogante e o Escarnecedor são os nomes  daqueles que procedem com arrogância e orgulho. A soberba do homem o abaterá, mas  o   humilde   de   espírito   obterá   honra   (29:23).   O   que   confia   no   seu   próprio   coração   é  insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo (28:26). Não te glories do dia de  amanhã, porque não sabes o que trará à luz. Seja outro o que te louve, e não a tua  boca; o estrangeiro, e não os teus lábios (27:1­2). Não te glories na presença do rei, nem  te ponhas no meio dos grandes; porque melhor é que te digam: Sobe para aqui!, do que  seres humilhado diante do príncipe. A respeito do que os teus olhos viram (25:6­7).   6. Concernente a Alguém Buscar a Própria Glória Achaste mel? Come apenas o que te basta, para que não te fartes dele e venhas  a vomitá­lo. Comer muito mel não é bom; assim, procurar a própria honra não é honra  (vv. 16, 27).   7. Concernente à Preguiça e o Amor ao Sono O preguiçoso não lavra por causa do inverno, pelo que, na sega, procura e nada  encontra. Não ames o sono, para que não empobreças; abre os olhos e te fartarás do  teu próprio pão (20:4, 13). Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio  das   ruas   (22:13).   Porque   o   beberrão   e   o   comilão   caem   em   pobreza;   e   a   sonolência  vestirá de trapos o homem (23:21). Provérbios 24:30­34 dizem, “Passei pelo campo do  preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento; eis que tudo estava cheio  de espinhos, a sua superfície, coberta de urtigas, e o seu muro de pedra, em ruínas.  29

Tendo­o visto, considerei; vi e recebi a instrução. Um pouco para dormir, um pouco  para tosquenejar, um pouco para encruzar os braços em repouso, assim sobrevirá a tua  pobreza   como   um   ladrão,   e   a   tua   necessidade,   como   um   homem   armado.”   Diz   o  preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas. Como a porta se revolve  nos seus gonzos, assim, o preguiçoso, no seu leito. O preguiçoso mete a mão no prato e  não quer ter o trabalho de a levar à boca. Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios  olhos do que sete homens que sabem responder bem (26:13­16). O preguiçoso morre  desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar (21:25).   8. Concernente a Tornar­se um Fiador Provérbios 20:16 diz, “Tome­se a roupa àquele que fica fiador por outrem; e, por  penhor, àquele que se obriga por estrangeiros.” Não estejas entre os que se compro­ metem   e   ficam   por   fiadores   de   dívidas,   pois,   se   não   tens   com   que   pagar,   por   que  arriscas perder a cama de debaixo de ti? (22:26­27). Tome­se a roupa àquele que fica  fiador por outrem; e, por penhor, àquele que se obriga por mulher estranha (27:13).   9. Concernente à Boca e a Língua O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias (21:23). O  mexeriqueiro revela o segredo; portanto, não te metas com quem muito abre os lábios  (20:19). Provérbios 29:20 diz, Tens visto um homem precipitado nas suas palavras?  “Maior esperança há para o insensato do que para ele.” Laço é para o homem o dizer  precipitadamente: É santo! E só refletir depois de fazer o voto (20:25).   10. Concernente ao Insensato Como a neve no verão e como a chuva na ceifa, assim, a honra não convém ao  insensato. Como o pássaro que foge, como a andorinha no seu vôo, assim, a maldição  sem causa não se cumpre. O açoite é para o cavalo, o freio, para o jumento, e a vara,  para as costas dos insensatos. Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia,  para   que   não   te   faças   semelhante   a   ele.   Ao   insensato   responde   segundo   a   sua  estultícia, para que não seja ele sábio aos seus próprios olhos. Os pés corta e o dano  sofre quem manda mensagens por intermédio do insensato. As pernas do coxo pendem  bambas; assim é o provérbio na boca dos insensatos. Como o que atira pedra preciosa  num montão de ruínas, assim é o que dá honra ao insensato. Como galho de espinhos  na mão do bêbado, assim é o provérbio na boca dos insensatos. Como um flecheiro que  a todos fere, assim é o que assalaria os insensatos e os transgressores. Como o cão que  torna ao seu vômito, assim é o insensato que reitera a sua estultícia. Tens visto a um  homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há no insensato do que nele  (26:1­12).   11. Concernente a Mulheres Contenciosas 30

O gotejar contínuo no dia de grande chuva e a mulher rixosa são semelhantes;  contê­la seria conter o vento, seria pegar o óleo na mão (27:15­16). Melhor é morar no  canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa. Melhor é morar  numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda. Melhor é morar no canto  do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa (21:9, 19; 25:24).   12. Concernente a Mulheres Estranhas e Meretrizes Cova profunda é a boca da mulher estranha; aquele contra quem o  SENHOR  se  irar cairá nela (22:14). Pois cova profunda é a prostituta, poço estreito, a alheia. Ela,  como salteador, se põe a espreitar e multiplica entre os homens os infiéis (23:27­28).  Mas o companheiro de prostitutas desperdiça os bens (29:3b).  

13. Concernente às Riquezas A   posse   antecipada   de   uma   herança   no   fim   não   será   abençoada   (20:21).   O  homem fiel será cumulado de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não passará  sem castigo. Aquele que tem olhos invejosos corre atrás das riquezas, mas não sabe  que há de vir sobre ele a penúria (28:20, 22). Provérbios 23:4­5 diz, “Não te fatigues  para   seres   rico;   não   apliques   nisso   a   tua   inteligência.   Porventura,   fitarás   os   olhos  naquilo que não é nada? Pois, certamente, a riqueza fará para si asas, como a águia  que voa pelos céus.” Trabalhar por adquirir tesouro com língua falsa é vaidade e laço  mortal. O cobiçoso cobiça todo o dia, mas o justo dá e nada retém (21:6, 26). O príncipe  falto   de   inteligência   multiplica   as   opressões,   mas   o   que   aborrece   a   avareza   viverá  muitos anos (28:16). Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado  é melhor do que a prata e o ouro (22:1). Melhor é o pobre que anda na sua integridade  do que o perverso, nos seus caminhos, ainda que seja rico (28:6).   14. Concernente à Verdade, Sabedoria e Conhecimento Há   ouro   e   abundância   de  pérolas,   mas   os   lábios   instruídos   são  jóia   preciosa  (20:15). Filho meu, saboreia o mel, porque é saudável, e o favo, porque é doce ao teu  paladar. Então, sabe que assim é a sabedoria para a tua alma; se a achares, haverá  bom futuro, e não será frustrada a tua esperança. Com a sabedoria edifica­se a casa, e  com a inteligência ela se firma; pelo conhecimento se encherão as câmaras de toda  sorte de bens, preciosos e deleitáveis (vv. 3­4). O homem que ama a sabedoria alegra a  seu pai (29:3a). Provérbios 23:23 nos incumbe, dizendo, “Compra a verdade e não a  vendas; compra a sabedoria, a instrução e o entendimento.” O versículo 19 diz, “Ouve,  filho meu, e sê sábio; guia retamente no caminho o teu coração.”   31

15. Concernente à Longanimidade e Mansidão A longanimidade persuade o príncipe, e a língua branda esmaga ossos (25:15).   16. Concernente ao Trabalhador Provérbios 22:29 diz, “Vês a um homem perito na sua obra? Perante reis será  posto; não entre a plebe.” Os planos do diligente tendem à abundância, mas a pressa  excessiva, à pobreza (21:5).   17. Concernente a Corrigir as Crianças A   estultícia   está   ligada   ao   coração   da   criança,   mas   a   vara   da   disciplina   a  afastará dela (22:15). A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si  mesma vem a envergonhar a sua mãe (29:15). Provérbios 23:13­14 dizem, “Não retires  da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás  com   a   vara   e   livrarás   a   sua   alma   do   inferno.”   Provérbios   22:6   nos   encarregam   de  treinar uma criança de acordo com o caminho que ela deve andar; e mesmo quando for  velha, ela não se desviará dele. Finalmente, 29:17 nos adverte, dizendo, “Corrige o teu  filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma.”   18. Concernente ao Açoite e Repreensão Os vergões das feridas purificam do mal, e os açoites, o mais íntimo do corpo  (20:30).  O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz será quebrantado  de repente sem que haja cura (29:1).   19. Concernente às Orações O que  tapa  o ouvido ao clamor do pobre também  clamará e não será  ouvido  (21:13). O  que desvia  os  ouvidos   de  ouvir  a  lei, até a  sua  oração  será  abominável.  (28:9).   20. Concernente ao Sacrifício Exercitar justiça e juízo é mais aceitável ao SENHOR do que sacrifício. O sacrifício  dos perversos já é abominação; quanto mais oferecendo­o com intenção maligna! (21:3,  27).   21. Concernente aos Elogios dos Homens Como o crisol prova a prata, e o forno, o ouro, assim, o homem é provado pelos  louvores que recebe (27:21).   22. Concernente a Associar­se com Outros 32

Não te associes com o iracundo, nem andes com o homem colérico (22:24). Filho  meu,   não   te   associes   com   os   revoltosos   (24:21b).   O   mexeriqueiro   revela   o   segredo;  portanto, não te metas com quem muito abre os lábios (20:19). O que guarda a lei é  filho prudente, mas o companheiro de libertinos envergonha a seu pai (28:7).  

ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM SEIS IR À PROVÉRBIOS PARA DESENVOLVER NOSSO  NOVO HOMEM REGENERADO

Leitura bíblica: Ef 4:22­24; Gl 2:20; 2T 3:16a; Ef 6:17­18a 33

Nesta mensagem gostaria de dar uma palavra com respeito à maneira adequada  de ir ao livro de Provérbios.   CINCO QUESTÕES REVELADAS NA BÍBLIA Deus A Bíblia primeiramente revela Deus (Gn 1:1). Todo o universo é um mistério, e o  centro desse mistério é Deus. Deus criou os céus e a terra. Sem Deus nada existiria.   A Palavra A segunda questão que a Bíblia nos mostra é o falar de Deus, a palavra de Deus.  Hebreus 1:1­2a diz, “Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes e de muitas mane­ iras aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou no Filho.” Assim, na Bíblia  temos primeiramente Deus, e então temos o falar de Deus, a palavra que procede da  Sua boca.   A Palavra Tornando­se Carne Gênesis 1:1 diz, “No princípio criou Deus”, e João 1:1 diz, “No princípio era a  Palavra.” Esta Palavra tornou­se carne (v. 14). Primeiro é Deus, então a Palavra, e  então a Palavra tornou­se carne.   Estamos acostumados a dizer que Deus encarnou­se. Porém, podemos ser mais  precisos ao falar que a Palavra tornou­se carne. Esta Palavra que tornou­se carne é  Cristo na carne como a corporificação de Deus. Agora temos três: Deus, a Palavra e  Cristo na carne. A Palavra, Cristo o Filho de Deus, tornou­se carne.   O Espírito que dá Vida Quarto, o Filho de Deus na carne como a Palavra tornou­se o Espírito que dá  vida (1Co 15:45b). Então, temos Deus, a Palavra, Cristo na carne e o Espírito.   O Espírito É a Palavra Efésios 6:17 diz, “E tomai... a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.” A  gramática grega neste versículo não se refere à espada, mas ao Espírito, indicando que  o Espírito é a palavra. Isso corresponde à palavra de Cristo em João 6:63: “As palavras  que Eu vos tenho dito são espírito e são vida.” Por esta razão, temos Deus, a Palavra,  Cristo na carne como a corporificação da Palavra, o Espírito, e a palavra novamente.

Cinco Fatores Que Estão Agora Mesclados com o  Espírito Humano Regenerado 34

No   livro   intitulado   Os   homens­Deus,   mostrei   que   a   Bíblia   nos   mostra   os  homens­Deus, o novo homem, a nova criação, o Corpo de Cristo e a Nova Jerusalém.  Aqui   quero   mostrar   que   todos   estes   procedem   de   Deus,   a   Palavra,   Cristo   como   a  corporificação   da   Palavra,   o   Espírito   e   o   Espírito   como   a   palavra.   Sem   estes   cinco  elementos como os fatores, não podemos ter os homens­Deus, o novo homem, a nova  criação, o Corpo de Cristo e a Nova Jerusalém. Além disso, estes cinco fatores são um.  Deus é a Palavra; a Palavra é Cristo; Cristo é o Espírito; e o Espírito é a palavra. Hoje  todos estes cinco estão em nosso espírito humano regenerado e estão mesclados com  nosso espírito como um só espírito (1Co 6:17).   O LIVRO DE PROVÉRBIOS NÃO É  PRECISAMENTE A PALAVRA DE DEUS O livro de Provérbios está registrado na Palavra de Deus, mas não é precisa­ mente a palavra de Deus. Antes, é a palavra de muitos homens sábios, especialmente  Salomão. Da mesma maneira, a maior parte da Bíblia não é precisamente a palavra de  Deus. Porém, muito do Antigo Testamento é o falar de Deus, como Gênesis 1:3, onde  Deus disse, “Haja luz.” Embora Provérbios seja um livro na Bíblia, quando o contata­ mos pelo nosso homem natural, ele não é a palavra de Deus a nós.   A PALAVRA TORNA­SE ESPÍRITO E VIDA PARA NÓS  POR MEIO DO EXERCÍCIO DE NOSSO ESPÍRITO Em 1 Coríntios 7:25a Paulo disse algo concernente ao casamento, “Não tenho  mandamento do Senhor, mas dou  minha  opinião.” Aqui Paulo diz claramente que o  que ele está a ponto de falar não é a palavra de Deus, mas sua opinião. No versículo 40  ele continua a dizer, “E penso que eu também tenho o Espírito de Deus.” Esta é uma  ilustração do fato de que a Bíblia está cheia de palavras humanas, as palavras do povo  de Deus. Essas palavras são a palavra de Deus porque estão na Bíblia, e a Bíblia é o  sopro de Deus (2Tm 3:16a), o exalar do Próprio Deus.   Quando contatamos a palavra na Bíblia pelo nosso homem natural, pela nossa  mente, ela não é a palavra de Deus para nós. Mas quando formos à Bíblia exercitando  nosso espírito para contatar Deus, a palavra se torna o Espírito. Esta deve ser nossa  experiência   quando   lemos   o   livro   de   Provérbios.   As   palavras   neste   livro   são   as  palavras de homens sábios, mas quando contatamos essas palavras exercitando nosso  espírito no espírito de oração, toda palavra se torna espírito e vida a nós. É crucial que  todos nós vejamos isto.   NOSSA NECESSIDADE DE TERMOS PROVÉRBIOS ADEQUADOS  E ESPIRITUAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DO  NOSSO NOVO HOMEM REGENERADO 35

Como crentes em Cristo, não mais estamos no velho homem—estamos no novo  homem.   Porém,   não   importa   quão   novos   possamos   ser,   nós   ainda   temos   nossa  humanidade. Em  vez  de jogar fora  nossa  humanidade criada, Deus  regenerou  essa  humanidade.   Sim,   o   Cristo   crucificado,   terminou   o   velho   homem   caído,   mas   Ele  regenerou, fez brotar novamente nossa humanidade criada por Deus com a vida de  Deus.   Nossa Humanidade Ressuscitada A ressurreição segue a crucificação, e sem ressurreição não pode haver regene­ ração (1Pe 1:3). O que Cristo terminou na cruz foi a humanidade caída, o velho homem  caído, contudo, a humanidade criada por Deus permaneceu para ser ressuscitada. Em  ressurreição o elemento divino elevou a humanidade regenerada. Agora após termos  sido regenerados para ser um novo homem, nós ainda temos nossa humanidade, mas é  uma humanidade regenerada, ressuscitada.   Por  ser  esta   uma  questão difícil   para   os   crentes   entenderem,  precisamos   ter  uma visão clara com respeito ao velho homem e o novo homem. Por um lado, nossa  velha   humanidade,   caída,   foi   terminada   na   crucificação   de   Cristo;   por   outro   lado,  nossa humanidade criada por Deus foi germinada, regenerada, pela ressurreição de  Cristo. Dessa forma, fomos terminados e também fomos germinados. A humanidade  que temos hoje não é a velha, terminada, caída, mas a nova, germinada, a humanidade  elevada.   O “Eu” Crucificado e o “Eu” Regenerado Na   primeira   parte  de   Gálatas   2:20   Paulo   diz,   “Estou   crucificado   com   Cristo;  logo,   já   não   sou   eu   quem   vive.”   Se   prestarmos   atenção   apenas   a   esta   parte   do  versículo, podemos pensar que Paulo está dizendo que sua humanidade foi terminada  completamente, porque ele diz, “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.”  Mas onde e em quem Cristo vive? Paulo responde esta pergunta quando diz, “Cristo...  vive em mim.” Além disso, Paulo em seguida continua a dizer, “E a vida que agora vivo  na carne, vivo na fé.” Primeiro, Paulo declara, “Estou crucificado... já não sou eu quem  vive”, entretanto ele diz, “Eu vivo.” O “eu” crucificado é o velho “eu”. O “eu” que vive é  o novo “eu” regenerado, a humanidade regenerada.   Indo a Provérbios para Desenvolver Nosso Novo homem Agora podemos entender o lugar que Provérbios deve ter em nossa vida cristã.  Por   ainda   termos   nossa   humanidade,   precisamos   dos   provérbios   adequados,   espiri­ tuais, não para desenvolver nosso homem natural, mas desenvolver nosso novo homem  regenerado.   Por   exemplo,   determinado   irmão   pode   ser   capaz   de   falar   muito   sobre  doutrinas, mas pode ser muito indolente, descuidado, e desordenado com muitas coisas  36

em sua vida diária. Tal pessoa precisa certamente ter sua humanidade regenerada  desenvolvida pelo livro de Provérbios.   Todos   nós   precisamos   de   Provérbios   para   o   desenvolvimento   de   nosso   novo  homem. Precisamos ir a Provérbios como um novo homem exercitando nosso espírito  com o Espírito para contatar a palavra. Então a palavra em Provérbios se tornará  espírito e vida a nós, não para desenvolver nosso homem natural, mas desenvolver  nosso novo homem regenerado.  

ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM SETE OS PRECEITOS DETALHADOS PARA O HOMEM  VIVER UMA VIDA HUMANA ADEQUADA

(3) Leitura bíblica: Pv 10­30 Nesta mensagem continuaremos a considerar as advertências e os ensinamentos  encontrados nos capítulos de vinte a vinte e nove. Então veremos as palavras gerais de  sabedoria no capítulo trinta.   23. Concernente ao Lidar do Senhor com o Homem Várias porções em Provérbios falam do lidar do Senhor com homem.   a. Dirigindo os Passos do Homem Os   passos   do  homem   são  dirigidos   pelo  SENHOR;  como,   pois,  poderá   o  homem  entender o seu caminho? (20:24).   b. Controlando o Coração do Homem Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo  o seu querer, o inclina (21:1).   37

c. Pesando o Coração do Homem Todo caminho do homem é reto aos seus próprios olhos, mas o SENHOR sonda os  corações (v. 2).   d. Concedendo Justiça ao Homem Muitos buscam o favor daquele que governa, mas para o homem a justiça vem  do SENHOR (29:26).   e. Concedendo Vitória ao Homem Não há sabedoria, nem inteligência, nem mesmo conselho contra o  SENHOR. O  cavalo prepara­se para o dia da batalha, mas a vitória vem do SENHOR (21:30­31).   f. Preservando o Homem com Seus Olhos Os olhos do  SENHOR  conservam aquele que tem conhecimento, mas as palavras  do iníquo ele transtornará (22:12).   g. Ocultando as Coisas do Homem A glória de Deus é encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinhá­las  (25:2).  

24. Concernente à como Lidar com o Senhor Provérbios também falam de lidar com o Senhor.   a. Temer ao Senhor O galardão da humildade e  o  temor do  SENHOR  são riquezas,  e  honra, e vida  (22:4).   Não   tenha   o   teu   coração   inveja   dos   pecadores;   antes,   no   temor   do  SENHOR  perseverarás todo dia (23:17). Feliz o homem constante no temor de Deus; mas o que  endurece o coração cairá no mal. (28:14).   b. Buscando o Senhor Os   homens   maus  não  entendem  o que  é justo,  mas  os  que  buscam  o  SENHOR  entendem tudo (28:5).   c. Esperando pelo Senhor Não digas: Vingar­me­ei do mal; espera pelo SENHOR, e ele te livrará (20:22).   d. Confiando no Senhor 38

Provérbios 22:19 dize, “Para que a tua confiança esteja no SENHOR, quero dar­te  hoje   a   instrução,   a   ti   mesmo”.   O   cobiçoso   levanta   contendas,   mas   o   que   confia   no  SENHOR  prosperará (28:25). Quem teme ao homem arma ciladas, mas o que confia no  SENHOR está seguro (29:25).   e. Tomando o Espírito do Homem como a Lâmpada do Senhor  para Esquadrinhar Todas as Suas Partes Interiores O espírito do homem é a lâmpada do  SENHOR, a qual esquadrinha todo o mais  íntimo do corpo (20:27).   25. Concernente à como Lidar com os Pais A quem amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar­se­lhe­á a lâmpada nas mais  densas trevas (20:20). Em 23:22 o escritor diz, “Ouve a teu pai, que te gerou, e não  desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer.” O que rouba a seu pai ou a sua mãe e  diz:   Não   é   pecado,   companheiro   é   do   destruidor   (28:24).   Provérbios   23:25   diz,  “Alegrem­se teu pai e tua mãe, e regozije­se a que te deu à luz.”   26. Concernente à como Lidar com os Outros Parcialidade não é bom, porque até por um bocado de pão o homem prevaricará  (28:21). Quem teme ao homem arma ciladas, mas o que confia no SENHOR está seguro  (29:25).   27. Concernente à como Lidar com os Vizinhos Provérbios 25:17 diz, “Não sejas frequente na casa do teu próximo, para que não  se enfade de ti e te aborreça.” O homem que lisonjeia a seu próximo arma­lhe uma  rede aos passos (29:5). Como o louco que lança fogo, flechas e morte, assim é o homem  que engana a seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira (26:18­19). Maça, espada e  flecha aguda é o homem que levanta falso testemunho contra o seu próximo (25:18).  Provérbios 25:9­10 nos encarregam, dizendo, “Pleiteia a tua causa diretamente com o  teu próximo e não descubras o segredo de outrem; para que não te vitupere aquele que  te   ouvir,   e   não   se   te   apegue   a   tua   infâmia.   De   acordo   com   22:28   e   23:10­11,   não  devemos   remover   os   marcos   antigos   que   estabeleceram   nossos   pais,   ou   entrar   nos  campos   dos   órfãos;   porque   o   Vingador   deles   é   forte   e   lhes   pleiteará   a   causa   deles  contra nós.   28. Concernente à como Lidar com o Pobre O que dá ao pobre não terá falta, mas o que dele esconde os olhos será cumulado  de maldições (28:27). O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não  será ouvido (21:13). O que oprime ao pobre para enriquecer a si ou o que dá ao rico  39

certamente empobrecerá. Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem oprimas em juízo  ao aflito (22:16, 22).   29. Concernente à como Lidar com os Homens Maus Provérbios   24:1   nos   diz   que   não   devemos   ter   inveja   dos   homens   maus,   nem  desejar   estar   com   eles.   Não   devemos   nos   enfurecer   por   causa   dos   malfeitores   nem  devemos ter inveja dos perversos (v. 19).   30. Concernente à como Lidar com os Inimigos Concernente à como lidar com os inimigos não devemos dizer, “Vingar­me­ei do  mal; espera pelo SENHOR, e ele te livrará (20:22). Não devemos dizer, “Como ele me fez  a mim, assim lhe farei a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.” (24:29). Não  devemos   nos   alegrar   quando   nossos   inimigos   caírem,   nem   devemos   deixar   nosso  coração exultar quando ele tropeçar; para que o SENHOR não veja isso, e lhe desagrade,  e Ele desvie dele a Sua ira (vv. 17­18). Se o nosso inimigo tiver fome, devemos dar­lhe  pão para comer; e se ele estiver sedento, devemos dar­lhe água para beber; porque  assim amontoaremos brasas vivas sobre a sua cabeça, e o  SENHOR  nos recompensará  (25:21­22).   31. Concernente à Proceder Consigo Mesmo Como   cidade  derribada,   que  não   tem   muros,   assim   é  o  homem  que   não  tem  domínio   próprio   (v.   28).   Feliz   o   homem   constante   no   temor   de   Deus;   mas   o   que  endurece o coração cairá no mal (28:14).   32. Concernente às Visões Não havendo profecia, o povo se corrompe (29:18a).   C. Palavras Gerais de Sabedoria No capítulo trinta temos palavras gerais de sabedoria.   1. Não Ter o Conhecimento do Santo Os versículos de 2 a 4 dizem, “Porque sou demasiadamente estúpido para ser  homem;   não   tenho   inteligência   de   homem,   não   aprendi   a   sabedoria,   nem   tenho   o  conhecimento do Santo. Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos  seus   punhos?   Quem   amarrou   as   águas   na   sua   roupa?   Quem   estabeleceu   todas   as  extremidades da terra? Qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho, se é que o  sabes?” 2. Toda Palavra de Deus É Provada 40

Toda   palavra   de   Deus   é   pura;   ele   é   escudo   para   os   que   nele   confiam.   Nada  acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso (vv.  5­6).   3. Duas Coisas são Requeridas Nos versículos de 7 a 9 o escritor pede duas coisas. Ele diz, “Duas coisas te peço;  não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me  dês   nem   a   pobreza   nem   a   riqueza;   dá­me   o   pão   que   me   for   necessário;   para   não  suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido,  venha a furtar e profane o nome de Deus.”   4. Não Caluniar um Servo para Seu Mestre O versículo 10 nos diz para que não caluniemos o servo diante de seu senhor,  para que aquele te não amaldiçoe e fiques culpado.  5. Quatro Gerações Detestáveis Os versículos de 11 a 14 falam de quatro gerações detestáveis: “Há daqueles que  amaldiçoam a seu pai e que não bendizem a sua mãe. Há daqueles que são puros aos  próprios olhos e que jamais foram lavados da sua imundícia. Há daqueles­quão altivos  são   os   seus   olhos   e   levantadas   as   suas   pálpebras!   Há   daqueles   cujos   dentes   são  espadas, e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessi­ tados entre os homens.”   6. A Sanguessuga Tem Duas Filhas A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se  fartam, sim, quatro que não dizem: Basta! Elas são a sepultura, a madre estéril, a  terra, que se não farta de água, e o fogo, que nunca diz: Basta! (vv. 15­16).   7. O Olho Que Escarnece ao Seu Pai Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe,  corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos (v. 17).   8. Três Coisas Que São Muito Maravilhosas Nos versículos de 18 a 19 o escritor fala de três coisas que são muito maravilho­ sas para ele, realmente quatro que ele não entende: o caminho da águia no céu, o  caminho   da   cobra   na   penha,   o   caminho   do   navio   no   meio   do   mar   e   o   caminho   do  homem com uma donzela. Tal é o caminho da mulher adúltera: come, e limpa a boca, e  diz: Não cometi maldade (v. 20).   9. Sob Três Coisas a Terra Treme 41

Sob três coisas estremece a terra, sim, sob quatro não pode subsistir: sob o servo  quando   se   torna   rei;   sob   o   insensato   quando   anda   farto   de   pão;   sob   a   mulher  desdenhada quando se casa; sob a serva quando se torna herdeira da sua senhora (vv.  21­23).   10. Quatro Coisas Que São Pequenas,  mas São Excedentemente Sábias   Há quatro coisas mui pequenas na terra que, porém, são mais sábias que os  sábios:   as   formigas,   povo   sem   força;   todavia,   no   verão   preparam   a   sua   comida;   os  arganazes, povo não poderoso; contudo, fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos  não têm rei; contudo, marcham todos em bandos; o geco, que se apanha com as mãos;  contudo, está nos palácios dos reis (vv. 24­28).   11. Três Coisas Que São Imponentes em Seu Andar Há três que têm passo elegante, sim, quatro que andam airosamente: O leão, o  mais forte entre os animais, que por ninguém torna atrás; o galo, que anda ereto, o  bode e o rei, a quem não se pode resistir (vv. 29­31).   12. Sendo Tolo em Exaltar a Si Mesmo O   versículo   32   diz,   “Se   procedeste   insensatamente   em   te   exaltares   ou   se  maquinaste o mal, põe a mão na boca.”   13. O Estimular da Ira Gera Discussão Porque o bater do leite produz manteiga, e o torcer do nariz produz sangue, e o  açular a ira produz contendas (v. 33).  

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ESTUDO­VIDA DE PROVÉRBIOS MENSAGEM OITO USANDO PROVÉRBIOS PARA EDIFICAR O NOVO HOMEM Leitura bíblica: Rm 8:20­21, 23; 1Pe 1:18­19; Ef 4:30; 2Co 4:16 Nesta mensagem gostaria de dar uma palavra adicional concernente à maneira  adequada para receber e usar o livro de Provérbios.   A POSIÇÃO DE PROVÉRBIOS, ECLESIASTES E CÂNTICO  DOS CÂNTICOS NO ARRANJO DOS LIVROS DA BÍBLIA A Bíblia foi soprada por Deus por meio de mais de quarenta pessoas diferentes.  A sucessão dos sessenta e seis livros da Bíblia foi arranjada por Deus. De acordo com  esta sucessão, Deus reuniu Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos e os colocou  logo antes dos profetas.   Há dois ministérios no Antigo Testamento: o ministério da lei, representado por  Moisés, e o ministério dos profetas, representado por Elias. Provérbios, Eclesiastes e  Cântico dos Cânticos são colocados no final da seção da lei, logo antes dos profetas.  Estes livros pertencem à lei ou aos profetas? Eu diria que eles pertencem à seção da  lei. Particularmente, Provérbios podem ser considerados um suplemento, ou auxiliar  para a lei.   SABEDORIA, VAIDADE E SATISFAÇÃO Salomão,   o   escritor   de   Provérbios,   Eclesiastes   e   Cântico   dos   Cânticos,   foi   o  último escritor nesta seção. Deus o elevou ao pico mais elevado da humanidade. O que  ele era, o que teve e o que fez foi inigualável. É duro acreditar que, por fim, ele tenha  43

se degradado ao máximo. Esses três livros foram escritos por Salomão, os últimos dois  depois da sua degradação, arrependimento e retorno para Deus.   Desses três livros, o primeiro é sobre sabedoria; o segundo, sobre vaidade e o  terceiro, sobre satisfação. Provérbios é sobre a verdadeira sabedoria, e Eclesiastes é  sobre   o   verdadeiro   significado   da   vida   humana   debaixo   do   sol   que   é   vaidade   das  vaidades, um correr atrás do vento. Cântico dos Cânticos é a satisfação das satisfações.  À parte de Cristo, não há satisfação em todo o universo. O Cristo único, a corpori­ ficação de Deus, não somente é a única satisfação para o homem, mas para todo o  universo, o qual tem sido sujeitado à vaidade (Rm 8:20). O fato de que a criação está  agora sujeita à vaidade, quer dizer que tudo debaixo do sol é vaidade. Hoje Deus está  corporificado   em   Cristo,   e   Cristo   é   percebido   como   o   Espírito   composto,   sete   vezes  intensificado,   todo­inclusivo,   que   dá   vida   que   é   a   consumação   do   Deus   Triúno  processado. Essa Pessoa que habita interiormente é nossa satisfação subjetiva.   NOSSA NECESSIDADE DE CONHECER A MANEIRA  ADEQUADA PARA TOMAR O LIVRO DE PROVÉRBIOS Podemos conhecer a posição de Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos  na   Bíblia,   mas   podemos   não   conhecer   a   maneira   adequada   de   tomar   o   livro   de  Provérbios. Provérbios nos dão sabedoria para sermos uma pessoa adequada e fazer as  coisas certas. Mas para quem é dado essa sabedoria, e como essa pessoa deve usá­la? A  sabedoria em Provérbios é para o homem caído? O Antigo Testamento não revela a  maneira adequada para tomar o livro de Provérbios porque a revelação divina não  tinha   progredido  a   tal   ponto  na   época  de  Salomão.  Salomão não  recebeu   muito   da  revelação divina. Antes, ele escreveu Provérbios, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos  segundo suas observações da humanidade e do universo e de acordo com suas expe­ riências de abandonar Deus, de se arrepender e de se voltar a Deus.   A REDENÇÃO DE DEUS É UMA GRANDE  PARTE DE SUA ECONOMIA   Para usar o livro de Provérbios corretamente, temos que conhecer a economia de  Deus. A economia de Deus é que Deus tornou­se homem de maneira que homem possa  tornar­se Deus em vida e em natureza, mas não na Deidade para produzir o organismo  do Deus Triúno, o Corpo de Cristo que consumará a Nova Jerusalém.   A Necessidade de Redenção Uma grande parte da economia de Deus é a Sua redenção. Redenção indica que  algo está errado, requerendo um salvamento e uma reparação. Redenção é necessária  porque depois que Deus criou o homem para o cumprimento de Sua economia, o sutil,  Satanás,  veio  para  seduzir  o  homem   da   linha   da   economia   de  Deus   para   pecar.   O  44

homem   caiu   em   pecado,   e   o   pecado   como   a   natureza   pecaminosa   de   Satanás,   foi  injetado   por   ele   na   natureza   humana.   Como   resultado,   o   homem   criado   por   Deus  tornou­se pecado, envenenado por Satanás.   A Maneira de Deus Levar a Cabo Sua Redenção Como Deus leva a cabo a Sua redenção para resgatar o homem caído? Nenhum  dos   sistemas   teológicos   tradicionais   fornece   uma   resposta   clara   e   adequada   a   esta  pergunta. A resposta pode somente ser encontrada por um estudo cuidadoso, completo  e detalhado da Bíblia.   Entender   a   Bíblia   não   é   fácil.   Temos   despendido   mais   de   setenta   anos   para  estudar a Bíblia. A Bíblia é como um grande quebra­cabeça com milhares de peças  espalhadas   ao   longo   dela.   Precisamos   reunir   todas   as   peças   para   ter   o   quadro  completo. O irmão Nee leu cerca de mais de três mil livros clássicos cristãos sobre  vários assuntos e selecionou muitos artigos preciosos, ou “peças”, deles, os quais ele  passou   para   mim.   Durante   os   últimos   setenta   anos   temos   reunido   as   peças   desse  grande “quebra­cabeça.” Agora temos um quadro de toda a Bíblia, e podemos ver de  maneira detalhada como a redenção de Deus está relacionada à Sua economia e como  Sua redenção é levada a cabo.   Terminando o Velho homem Caído A Bíblia mostra­nos que o homem caiu e precisava ser redimido. Na redenção de  Deus, a primeira parte é terminar, destruir, o velho homem caído.   Resgatando a Humanidade Criada por Deus A segunda parte é resgatar o que foi criado por Deus, a humanidade criada por  Deus. Algo permanece da humanidade criada por Deus, e Deus não está disposto a  deixá­la. Ele a criou, e embora tenha caído, Ele a manterá e a trará de volta a Si.  Portanto, na Sua redenção, Deus, por um lado, destrói o que estava caído e, por outro,  resgata o que foi criado por Ele.   Elevando a Parte Redimida do Homem Criado Na terceira parte de Sua redenção, Deus eleva a humanidade resgatada criada  por   Ele.   Às   vezes   quando   determinada   coisa   que   fizemos   se   perde   e   é   danificada,  encontramos essa coisa e a consertamos, tornando­a melhor do que era originalmente.  Isso é o que Deus fez na Sua redenção. Ele fez do homem criado por Ele melhor do que  era no princípio. Isso significa que Deus elevou a humanidade redimida dispensando a  Si mesmo para dentro dela.   A   humanidade   criada   por   Deus   era   muito   boa,   mas   não   tinha   nada   de   Sua  natureza. Era apenas humano, sem divindade. Após essa humanidade cair, na Sua  45

redenção Deus destruiu a parte caída, resgatou a parte criada, e então Se dispensou  para dentro dessa humanidade redimida.   Nesta conjuntura precisamos mostrar que, de acordo com a Bíblia, a redenção de  Deus  não somente inclui  morte, mas também ressurreição.  Sem  ressurreição, Deus  não poderia trazer de volta a Si o homem criado e perdido. Trazer de volta o homem  perdido e criado por Deus é na verdade ressuscitar o homem criado. Em ressurreição,  Deus usou Sua própria, natureza e elemento como a substância para elevar o homem  criado e redimido. Além disso, ao ressuscitar a humanidade morta, Deus Se colocou  dentro do homem. Agora esse homem é regenerado e elevado, tendo tudo o que Deus é  dentro dele. O Deus completo entrou nesse homem ressuscitado, regenerado e elevado.  Esse homem é o que a Bíblia chama de o novo homem (Ef 4:24).   A intenção de Deus não é mais com o velho homem. Aos olhos de Deus, o velho  homem foi terminado, acabado, e, portanto, já não existe mais. Em Sua redenção, os  olhos de Deus estão sempre sobre o novo homem. Todos nós precisamos ver isto.   A Redenção de Deus É Segundo a Sua Economia A redenção de Deus é segundo Sua economia. Em certo sentido, a redenção de  Deus já foi realizada, mas a aplicação, ou a prática, da redenção de Deus requer um  longo   processo.  Na   visão  da   economia  de  Deus,   nós  caímos   em   Adão  seis   mil   anos  atrás,   (Rm   5:12);   Cristo   como   o   Cordeiro   de   Deus,   foi   morto   desde   a   fundação   do  mundo (Ap 13:8); e fomos regenerados por meio da ressurreição de Cristo quase dois  mil anos atrás. Esta é a visão segundo a economia de Deus.   Selado com o Espírito até o Dia da Redenção Contudo,  na   economia   de  Deus   é  necessário  experimentarmos   a   redenção   na  morte de Cristo, na ressurreição de Cristo, e no Espírito todo­inclusivo que dá vida.  Fomos selados pelo Espírito quando fomos salvos inicialmente, e este selar continuará  até o dia da redenção (Ef 4:30). Redenção aqui não significa redimir nosso espírito ou  nossa alma, mas redimir nosso corpo. Nosso corpo ainda permanece sem remissão. A  redenção em sua totalidade foi realizada por Deus num instante, mas na prática e  aplicação, a redenção ainda não está terminada.   Quando   cri   no   Senhor   Jesus,   experimentei   a   redenção   na   Sua   morte,   mas  naquele momento eu não conhecia a redenção por meio da ressurreição. Então comecei  a amar o Senhor, buscá­Lo, e amar a Bíblia. Estudei a Bíblia por muitos anos e por fim  aprendi que a redenção não é somente pela Sua morte; é também por meio da Sua  ressurreição. Sem a ressurreição de Cristo, Deus como vida não poderia germinar­nos  através da morte (1Pe 1:3).  

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Após minha salvação inicial, por mais de setenta anos aprendi uma lição: seguir  o   Espírito,   andar   no,   de   acordo   com,   e   com   o   Espírito,   estar   no   Espírito   e   com   o  Espírito, e estar mesclado e entremesclando com o Espírito. Eu ainda estou apren­ dendo isto. Nos meses recentes tenho frequentemente confessado, dizendo, “Senhor,  sinto   muito   por   não   ter   feito   isso   segundo   o   Seu   Espírito.   Ó   Senhor,   me   perdoe.  Quando falo com minha esposa, não falo segundo o Seu Espírito.” Eu não terminei de  aprender essa lição.   No último passo da Sua redenção, Deus redimirá nosso corpo na plenitude dos  tempos.   Na   vinda   de   Cristo   Ele   transfigurará   nosso   corpo   (Fp   3:21).   Isso   será   a  completação da redenção de Deus.   Não temos, contudo sido redimidos completamente, mas estamos à caminho. Por  um lado, a Bíblia diz que fomos redimidos (1Pe 1:18­19). Por outro lado, diz que fomos  selados pelo Espírito até o dia da redenção. Romanos 8:23 diz que nós, que temos as  primícias do Espírito, gememos em nosso íntimo, aguardando ardentemente a filiação,  a redenção do nosso corpo. Quando os outros nos perguntarem se somos redimidos,  devemos dizer, “Sim, eu fui redimido, contudo ainda preciso ser redimido.” Mesmo se  temos sido redimidos em nosso espírito e nossa alma, nós ainda estamos esperando  para sermos redimidos em nosso corpo.   Deus É Paciente Conosco e Faz as Coisas Lentamente Quando   Paulo   recebeu   uma   abundância   de   revelações,   tendo   sido   levado   ao  terceiro céu e ao paraíso, Deus ficou preocupado de que ele pudesse ficar orgulhoso  (2Co 12:1­7). Então, a Paulo foi dado um espinho na sua carne por um mensageiro de  Satanás. Isto foi permitido por Deus, e foi um verdadeiro aperfeiçoamento para Paulo,  que não tinha sido, contudo purificado e poderia ter ficado orgulhoso. Assim, Deus o  purificou, o aperfeiçoou, por meio de uma aflição no seu corpo. Esta é a economia de  Deus. Nosso Deus é onipotente, contudo para nós Ele tem que ser muito paciente e  fazer as coisas lentamente.   O Homem Exterior Se Deteriora e o Homem  Interior É Renovado Dia após Dia

Segunda Coríntios 4 nos diz que “embora nosso homem exterior seja consumido,  contudo, nosso homem interior é renovado dia após dia” (v. 16). Dia após dia nosso  homem exterior está se deteriorando, sendo consumido, e nosso homem interior está  sendo   renovado.   Isto   indica   que   não   é   fácil   Deus   nos   renovar.   Isto   não   pode   ser  realizado apenas por meio de nossa oração. Deus precisa usar Sua “terapia” para nos  renovar.  

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O LUGAR DO LIVRO DE PROVÉRBIOS  NA ECONOMIA DE DEUS Agora   podemos   ver   o  lugar  do   livro   de   Provérbios   na  economia   de   Deus.   De  acordo com Sua economia, Provérbios não deve ser usado para edificar o velho homem.  Os grandes provérbios, como pepitas, e os pequenos, como pedras preciosas, não são  para   edificarmos   nosso   velho   homem,   cultivar   nosso   ego   e   nosso   homem   natural.  Antes, eles são para edificarmos nosso novo homem. É para este propósito que eles são  úteis. Enquanto nós ainda estivermos vivendo neste corpo, precisamos de Provérbios  para nos dar instruções de como viver corretamente em tantos aspectos para edificar  nosso novo homem.  

                       

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