Estudo de Caso Final
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[Escrever o subtítulo do documento] Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Instituto Politécnico de Beja Escola Superior de Saúde Hospital José Joaquim Fernandes – Medicina I XXII Curso de Licenciatura em Enfermagem Ensino Clínico em Enfermagem Médica 2º Ano/ 1º Semestre
Discentes: Bruno Ramalho, 9764 Carina Pontes, 9776 Cristele Queixinhas, 9775 Docentes: Maria João Lampreia e Vanda Tiago
Beja, Fevereiro de 2012
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Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
“Cuidar é um fenómeno universal que influencia a forma como pensamos, sentimos e nos comportamos em relação aos outros” (Potter & Perry, 2006)
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SUMÁRIO
0- INTRODUÇÃO
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1- ENQUADRAMENTO TEÓRICO
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1.1- MODELO DE TEÓRICO/PROCESSO DE ENFERMAGEM
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1.2-
FUNDAMENTAÇÃO FISIOPATOLÓGICA
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1.2.1- Definição da Patologia
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1.2.2- Factores de Risco
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1.2.3- Fisiopatologia
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1.2.4- Manifestações Clínicas
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1.2.5- Complicações
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1.2.6- Diagnóstico
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1.2.7- Tratamento
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1.2.8- Cuidados de Enfermagem
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2- APRESENTAÇÃO DO CASO
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2.1-
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
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2.2-
HISTÓRIA DAS ACTIVIDADES DE VIDA
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2.3-
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
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2.4-
PLANO DE CUIDADOS
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2.5-
PLANO DE ALTA
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2.6-
ATITUDES TERAPÊITICAS
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3- CONCLUSÃO
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4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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5- WEBGRAFIA
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ANEXOS:
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ANEXOS I- Norma da Paracentese
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ANEXOS II- Fichas Terapêuticas
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0- INTRODUÇÃO No âmbito do Ensino Clinico – Enfermagem Médica, inserido no XXII Curso de Licenciatura de Enfermagem, realizado no Serviço de Medicina I, no Hospital José Joaquim Fernandes, foi-nos proposto como metodologia de ensino/aprendizagem, efectuar um estudo de caso, sobre algum doente, a quem tenhamos prestado cuidados. A prestação de cuidados tem como objectivo o restabelecimento e promoção da saúde do cliente. “A enfermagem, como parte integrante do sistema de cuidados de saúde, engloba a promoção da saúde, a prevenção da doença e os cuidados a pessoas de todas as idades com doença física, doença mental ou deficiência, em todas as organizações de cuidados de saúde e noutros locais da comunidade.” (CIPE, 2003) A Enfermagem é uma área interdisciplinar, integrando intervenções autónomas e interdependentes, tornando-se fundamental na prestação de cuidados à pessoa. Das diversas patologias que tivemos contacto, no Serviço de Medicina I, escolhemos estudar o caso de uma cliente, cujo diagnóstico é uma Doença Hepática Crónica, acompanhado de uma ascite. Segundo Potter e Perry (2006), doença crónica é aquela que perdura, mais de 6 meses e que pode prejudicar a actividade do individuo, encontrando em períodos onde a doença não se manifesta e outros em que tem graves recaídas. Achámos pertinente abordar este caso, devido à patologia, às suas complicações, ao seu tratamento e pelos cuidados de enfermagem inerentes à situação. Esta metodologia de aprendizagem permite-nos relacionar a teoria com a prática, na medida em estudar a patologia em questão, as suas complicações para a pessoa e os cuidados de enfermagem prestados, em benefício do cliente. A elaboração de um estudo de caso é um de extrema importância para o futuro académico e profissional. Os principais objectivos gerais deste estudo de caso são: compreender o processo de prestação de cuidados de Enfermagem, tendo por base, uma abordagem individualizada, 4
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baseada no modelo de Enfermagem de Roper, Logan e Tierney; uma metodologia cientifica e utilizar uma linguagem actual na prática profissional - CIPE. A linguagem CIPE, tem incidência na identificação e fundamentação de Diagnósticos de Enfermagem. Os objectivos específicos deste trabalho são: realizar uma fundamentação fitopatológica e clínica, elaborar diagnósticos e enfermagem e plano de cuidados. O presente trabalho foca-se na apreciação/interpretação de dados colhidos, através de técnicas de recolha de dados. Após realizada a apreciação/interpretação de dados podemos prestar cuidados de enfermagem personalizados e por conseguinte, definir diagnósticos de enfermagem, através de uma linguagem utilizada actualmente em contexto profissional (CIPE). Este trabalho divide-se em duas grandes áreas: o enquadramento teórico que abrange o Modelo de Roper, Logan e Tierney e fundamentação fisiopatológica e clinica; e a apresentação do caso que engloba o histórico de enfermagem e a historia das actividades de vida. Posteriormente apresentamos os diagnósticos de enfermagem, o plano de cuidados e o plano de alta.
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1-ENQUADRAMENTO TEÓRICO 1.1-
MODELO TEÓRICO/PROCESSO DE ENFERMAGEM
Segundo Roper, Logan e Tierney (2001),o modelo de vida serve de base ao modelo de enfermagem, engloba os quatro conceitos: actividades de vida, a duração de vida, o continuum dependência/independência e os factores influentes, criando assim, um último conceito, denominado Individualidade de vida. “O objectivo de conceptualizar a vida de acordo com os quatro primeiros conceitos do modelo de enfermagem é identificar o padrão individual de vida (e os problemas reais e potenciais em qualquer das ALs) de forma a que o enfermeiro possa individualizar os cuidados de enfermagem àquela pessoa, tomando em consideração o respectivo estilo de vida – e (sempre que se aplique) o da família e outras pessoas significativas” (Roper, Logan e Tierney, 2003, pag 85) De acordo com Roper, Logan e Tierney (2001), é possível fazer uma enfermagem individualizada, colocando na prática o conceito de processo de enfermagem, abrange os quatro conceitos de: actividades de vida, duração de vida, continuum dependência/independência e factores que influenciam as actividades de vida. Como referem, Roper, Logan e Tierney (2001), o processo de enfermagem compreende quatro fases: apreciar, planear, implementar e avaliar, sendo fundamental a participação do doente durante o processo de enfermagem.
1.2-FUNDAMENTAÇÃO FISIOPATOLÓGICA E CLINICA 1.2.1- Definição da Patologia Segundo Phipps, Marek e Sands (2007), Insuficiência Hepática Crónica é a destruição gradual e irreversível da função hepática, ao longo do tempo, sendo geralmente mencionada como doença hepática terminal. Com o avanço da idade, há uma diminuição do número e tamanho das células hepáticas, a circulação sanguínea hapática também diminui, contudo, há uma diminuição da
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síntese de enzimas que contribuem para o metabolismo de fármacos (Phipps, Marek e Sands, 2007). De acordo com Phipps, Marek e Sands (2007), o cliente com problemas hepáticos pode apresentar alterações a nível do seu estado de conforto, estado nutricional, padrão de eliminação, equilíbrio hidroelectrolitico, nível de energia, percepção, motricidade e cognição, e exposição a determinadas toxinas.
1.2.2- Factores de Risco Podemos definir como factores de risco, a presença de características do indivíduo ou do ambiente que o rodeia, que fazem aumentar a possibilidade do aparecimento ou agravamento da doença, como por exemplo: a ingestão de determinados fármacos, a má nutrição, a ingestão de álcool, factores genéticos, vírus e a exposição a algumas hepatotoxinas. A cliente portadora de Doença Hepática Crónica, sofre também, de artrite reumatóide1, causa que pode induzir à ingestão abusiva de analgésicos e anti-inflamatórios.
1.2.3- Fisiopatologia As duas principais causas de desconforto, no indivíduo com doença hepática são: a dor abdominal e o prurido, sendo este associado à icterícia. Relativamente à nutrição, os problemas hepáticos podem causar náuseas, vómitos e anorexia. As pessoas com doença hepática crónica devem realizar uma dieta específica, ou seja, dieta hipossalina e ingestão proteica (Phipps, Marek e Sands, 2007). De acordo com Phipps, Marek, Sands (2007) e Fauci, Braunwald, Wilson e et al (1998), a doença hepática pode estar relacionada com o défice ou excesso de líquidos, sendo este causador de edema, resultante da vasodilatação periférica que desencadeia retenção renal de sódio e água. A hipoalbuminemia provoca a saída de líquidos do espaço
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“Artrite Reumatóide é uma doença inflamatória crónica que afecta principalmente as articulações diartrósicas e os tecidos moles circundantes” (Phipps, Marek, Sands . 2007, p. 1689)
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vascular para o espaço interstecial, formando edema e ascite. Além disso, a acumulação de líquido ascítico aumenta a pressão intra-abdominal, dificultando o retorno venoso. Como refere Smeltzer e Bare (1998), os indivíduos com doença hepática, devido à hipoalbuminemia, podem desenvolver um edema generalizado (anasarca). O padrão de eliminação vesical e intestinal pode sofrer alterações, as fezes podem apresentar-se brancas-acinzentadas ou cor de argila-branca e a urina pode ser escura, acastanhada ou cor de vinho do Porto, se existir obstrução do fluxo de bílis. Os niveis de bilirrubina na urina apresentam-se elevados e podendo existir nictúria ou diminuição do debito urinário (Phipps, Marek e Sands, 2007). Segundo Phipps, Marek e Sands (2007), as actividades de vida diárias podem sofrer alterações, devido à fadiga e falta de força muscular, no indivíduo com problemas hepáticos. Quando existe a presença ascite, pode ocorrer alguma dificuldade respiratória devido ao facto, do líquido ascítico exercer pressão sobre o diafragma. A ocorrência de mudanças de sensibilidade nas extremidades, alterações no estado de memória e capacidade de executar tarefas motoras finas, devem-se às modificações da função neurológica, causadas pela doença hepática crónica (Phipps, Marek e Sands, 2007). A etiologia da doença hepática pode ser: a ingestão de determinados fármacos, álcool, vírus
e
substancias
químicas
industriais
(Phipps,
Marek
e
Sands,
2007).
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Dor
Inflamação hepática
Náuseas, vómitos, disfunção intestinal, flatulência, indigestão e obstipação
Anorexia, Perda de peso, fadiga
1.Necrose Hepática
Diminuição do Metabolismo (hidratos de carbono, gorduras, proteínas, ferro)
Aumento da Pressão Portal
Ascite Edema
Aumento da Pressão Venosa Varizes Esófagicas 2. Insuficiência Hepática Total Encefalopatia Hepática
Coma Hepático
Morte
Figura 1: Evolução da Insuficiência das células hepáticas. Fisiopatologia dos sinais e sintomas que ocorrem na Doença Hepática (Fonte: Adaptado de Phipps de 1995)
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1.2.4- Manifestações Clínicas Num indivíduo com insuficiência hepática crónica pode observar-se um vasto conjunto de sinais e sintomas. Numa primeira fase, o cliente refere os seguintes sintomas: náuseas, vómitos, anorexia, perda de peso, fadiga indigestão, flatulência e obstipação. Os sinais e sintomas posteriores são: icterícia, ascite, edema, hipertensão portal e encefalopatia portossistémica (Phipps, Long, Woods, Cassmeyer, 1995; Phipps, Monahan, Marek, 2007).
Icterícia: Quando há morbilidade do fígado, podem verificar-se problemas de captação, conjugação ou eliminação da bilirrubina. Por sua vez, esta, irá acumular-se no sangue que, ao alastrar-se na pele, para as escleróticas, mucosas, e outros fluidos e tecidos orgânicos, provocam uma pigmentação amarela;
Ascite: é acumulação de líquido na cavidade peritoneal resultante de alterações na hemodinâmica da circulação abdominal.
Hipertensão portal: o sistema vascular portal pode ficar obstruído, o que provoca aumento da pressão venosa portal e dá origem a hipertensão portal;
Encefalopatia
portossistémica:
é
consequência
de
várias
perturbações
metabólicas. Se o fígado for incapaz de metabolizar e limpar o sangue de amónia e mercaptans, verifica-se alterações do nível de consciência e das funções intelectual e neuromuscular. (Phipps, Long, Woods, Cassmeyer, 1995)
A cliente portadora de Doença Hepática Crónica, apresenta ascite, edema, perda de peso e alguma dificuldade respiratória.
1.2.5- Complicações Hipertensão portal “A hipertensão portal ocorre quando existem um aumento persistente da pressão do sistema nervoso portal, como resultado da maior resistência ou de uma obstrução do fluxo sanguíneo através do sistema nervoso portal.” (Black e Jacobs, 1996, p. 1654)
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O fluxo sanguíneo a partir do fígado depende do funcionamento apropriado da veia portal, da artéria hepática e das veias hepáticas. Os processos patológicos que afectam o fluxo sanguíneo proveniente do fígado ou dos seus principais vasos são responsáveis pela hipertensão portal. A pressão portal normal é de 5 a 10mmHg e é considerada hipertensão portal quando se verificam valores superiores a 25mmHg. O baço e outros órgãos em que há trocas sanguíneas com o sistema portal começam a sofrer os efeitos resultantes do congestionamento. (Black e Jacobs, 1996) “Nos clientes com hipertensão portal, a avaliação revela vasos epigástricos ligeiramente tortuosos que se ramificam na área do umbigo e se dirigem para o esterno e as costelas, um baço aumentado de volume e palpável, hemorróidas internas, sopros e ascite” (Black e Jacobs, 1996, p. 1655) Com o aumento da pressão portal as veias rectais superiores, veias da parede abdominal e veias da parede esofágia expandem-se. A principal complicação da Hipertensão portal é a hemorragia. (Black e Jacobs, 1996) A veia portal é formada pela união da veia esplénica com a veia mesentérica superior. O aumento da pressão do sistema portal pode levar a danos no baço. (Black e Jacobs, 1996) “Com o aumento do baço, este tende a destruir as células sanguíneas e especialmente as plaquetas, o que, a seguir, faz aumentar o risco de hemorragia e anemia.” (Bacals e Jacabs, 1996, p. 1655)
Ascite Pode definir-se ascite como um aumento de líquidos na cavidade abdominal resultante de várias modificações patológicas nomeadamente a hipertensão portal, pressão coloidosmótica reduzida e retenção de sódio. (Black e Jacobs, 1996, p. 1657) O bloqueio do fluxo sanguíneo entre os sinusóides hepáticos para as veias hepáticas e veia cava inferior levam a um acréscimo na pressão hidrostática no sistema venoso portal. Este aumento da pressão portal leva a um vazamento do plasma a partir da cápsula hepática e da veia portal para dentro da cavidade peritoneal. (Black e Jacobs, 1996) 11
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“A perda de proteínas plasmáticas para dentro do fluido ascítico proveniente do sistema portal reduz a pressão oncótica no compartimento vascular. A redução na pressão oncótica limita a capacidade do sistema vascular em preservar ou atrair água.” (Black e Jacobs, 1996,p. 1658) O dano nas células hepáticas reduz a capacidade do fígado em produzir quantidades normais de albumina, resultando em hipoalbuminemia, que é aumentada pelo vazamento das proteínas para dentro da cavidade peritoneal. Este factor leva a que haja perda de pressão coloidosmótica devido à diminuição do volume de sangue. Seguidamente há maior produção de aldosterona para estimular a retenção de água e de sódio por parte dos rins. (Black e Jacobs, 1996) Devido ao dano das células do fígado, este é incapaz de parar a produção da hormona aldosterona, levando a que haja continuamente a retenção de sódio e de água, aumentando o volume da ascite. (Black e Jacobs, 1996) “Em resumo os três mecanismos responsáveis pela produção da ascite são:
Hipertensão portal, que resulta em aumento das pressões hidrostáticas, plasmáticas e linfáticas;
Hipoalbuminemia, que resulta em menor pressão coloidosmótica;
Hiperaldosteronismo, que resulta em retenção renal de sódio e água.” (Black e Jacobs, 1996,p. 1658)
De acordo com Rosa e Ramos (2007), as três características que definem a ascite são: a barriga de batráquio, a macicez móvel para zonas de declive e sinal de “onda ascítica”.
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Ascite grau 2
Restrição Na+
Sem edemas periféricos
Com edemas periféricos
Espirolactona
Espirolactona + Furosemida
- 0,5 kg/dia
- 1kg/dia
Terapêutica de Manutenção
Figura 2: (Fonte: Adaptado de Rosa e Ramos, 2007)
Derrame pleural “O espaço pleural situa-se entre o pulmão e a parede torácica e costuma conter uma camada muito fina de líquido. Esta fina camada de líquido serve como sistema de acoplamento entre o pulmão e a parede torácica. Existe derrame pleural quando há um volume excessivo de líquidos no espaço pleural.” (Fauci, Braunwald, Wilson e et al, 1998, p. 1571). Segundo Fauci, Braunwald, Wilson e et al (1998) o derrame pleural pode surgir de duas formas:
Quando ocorrer demasiada formação de líquido pleural;
Quando ocorrer uma diminuição da remoção do líquido pelos vasos linfáticos. 13
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1.2.6- Diagnóstico O diagnóstico da doença hepática pode ser executado, com base nos sintomas do doente, através da anamnese e exames complementares de diagnóstico. Os exames complementares de diagnóstico consistem num hemograma, ecografia abdominal, TAC, ressonância magnética e biopsia hepática. Como refere Phipps, Marek e Sands (2007), a ecografia hepática tem como finalidade avaliar uma icterícia de causa desconhecida, uma hepatomegalia ou uma suspeita de tumor. Este exame informa sobre o tamanho, a localização e forma do fígado, sobre presença de quistos ou abcessos, e também, sobre defeitos de preenchimento e dilatação que possam existir.
Figura 3: Ecografia Hepática (Fonte:http://med.unne.edu.ar/revista/revista116/c_clinicos.html)
Uma Tomografia Axial Computorizada (TAC), possibilita a identificação de problemas a nível hepático à semelhança da ecografia, no entanto, através do meio de contraste podem ser visíveis as estruturas vasculares e o parênquima hepático (Phipps, Marek e Sands, 2007).
Figura 4:Tomografia Computorizada abdominal (Fonte: www.hepcentro.com.br)
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De acordo com Phipps, Marek e Sands (2007), a ressonância magnética nuclear (RMN) permite descobrir tumores hepáticos. Segundo Phipps, Marek, Sands (2007), Smeltzer e Bare (1998), a biopsia hepática, consiste em retirar uma pequena quantidade do tecido hepático, para despiste de malignidade do fígado. A principal complicação deste procedimento é a hemorragia, por isso a biopsia é contra-indicada em caso de infecção do lobo inferior do pulmão direito, ascite, discrasia hemorrágica e problemas de coagulação do sangue.
Figura 5:Biópsia Hepática (Fonte: www.sempretops.com/saude/biopsia-hepatica)
1.2.7- Tratamento Perante o estado actual de saúde da cliente, portadora de Doença Hepática Crónica, foram-lhes prestados alguns cuidados de saúde, com a finalidade de melhoramento e não agravamento do estadio da doença. Para remover a ascite, foi prescrita a administração de diuréticos, ou seja, a Espirolactona (diurético poupador de potássio) e a Furosemida (diurético de ansa). De acordo com Smeltzer e Bare (1998), Black e Jacobs (1996), os diuréticos ajudam a atenuar a retenção de liquidos e as complicações que podem surgir, devido à administração de diuréticos são o desequilíbrio hidroelectrolitico, incluindo a hipovolemia, hipocalemia e hiponatremia, e a encefalopatia. Os clientes que desenvolvem ascite devem cumprir um controlo dietético, ou seja, é essencial realizar uma dieta hiposalina e com quantidade reduzida de sódio (Smeltzer e Bare, 1998).
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Figura 5:Ascite (Fonte:www.medicinageriatrica.com.br/2008/03/05/caso-clinico-cirrose-hepatica)
Posteriormente, foi realizada uma paracentese evacuadora, de finalidade terapêutica (ver anexo I), tendo como principal objectivo remover o líquido existente na cavidade peritoneal. A punção na parede abdominal para extrair o líquido ascitico, permite diminuir a pressão exercida sobre o diafragma e outros órgãos (Smeltzer e Bare, 1998; Menche e Schaffler, 2004; Phipps, Marek e Sands, 2007). Segundo Phipps, Marek e Sands (2007), existem complicações quem advêm da paracentese como por exemplo, a hemorragia peritoneal, perfuração da bexiga, fígado ou intestino, infecção no local de punção, peritonite, e por consequência de retirar líquido da cavidade peritoneal em quantidade excessiva, pode ocorrer hipovolemia e choque.
1.2.8- Cuidados de Enfermagem Os cuidados de enfermagem realizados para o tratamento da hipertensão portal são interligados com o tratamento da ascite. Em parte, o tratamento da ascite consiste na administração de diuréticos e modificação da dietética (hiposalina), sendo da responsabilidade do enfermeiro, a execução destas tarefas. De acordo com Smeltzer e Bare (1998), os cuidados de enfermagem prestados ao doente com ascite englobam também, a avaliação da integridade cutânea, pois é fundamental avaliar as pressões exercidas, utilizando colcha de pressão alternada e elevar os 16
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membros inferiores, para atenuar os edemas. É fundamental vigiar o balanço hídrico do cliente e incentivar a ingestão de líquidos. Devido à pressão exercida do líquido ascítico sobre o diafragma, é importante vigiar os movimentos respiratórios e saber as queixas do próprio cliente. Uma vez que a paracentese está integrada no tratamento da ascite, também devemos ter alguns cuidados e considerar alguns aspectos. Segundo Phipps, Marek e Sands (2007), após a realização da técnica deve-se avaliar os sinais vitais, avaliar o estado do abdómen, em relação à rigidez e à dor, deve-se verificar se existem sinais e sintomas de choque (palidez, taquicardia, oligúria, hipotensão e dispneia). Posteriormente, deve-se vigiar o local de punção para despistar sinais de perda persistente e infecção. O líquido ascítico deve ser observado, analisando as suas características.
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2-APRESENTAÇÃO DO CASO 2.1- HISTÓRICO DE ENFERMAGEM Dados Biográficos
Nome: C.V
Idade: 83 anos
Data de nascimento: -/-/1933
Local de Nascimento: Beja
Estado Civil: Viúva
Profissão: Reformada (antes da reforma trabalhava como empregada na escola secundária Diogo Gouveia de Beja)
Nacionalidade: Portuguesa
Etnia: Caucasiana
Dados Socioeconómicos e Ambientais A Sra. C.V refere estar reformada e viver sozinha numa casa com bons acessos, electricidade e com todas as condições sanitárias. Refere ter tido duas filhas, mas uma já faleceu. História Pregressa
Antecedentes Pessoais: Artrite Reumatóide, Gastroparesia, Esofagite
Hospitalizações: Internada por tromboflebite à cerca de 20 anos, durante um período de 15 dias. (sic, filha) Intervenções Cirúrgicas: Operada aos olhos à mais de 50 anos. (sic, doente) Hábitos nocivos: Nunca teve (sic, doente)
Antecedentes familiares: A irmã teve um AVC (sic, doente)
Vacinas: Tem as vacinas em dia (sic, doente)
Alergias: Penicilina (sic, doente) 18
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Deficiências Motoras: Não tem
Deficiências Sensoriais: Diminuição da acuidade auditiva e visual
História Actual No dia 20 de Janeiro de 2012, a Sra. C.V recorreu ao Serviço de Urgência, por cefaleias durante 3 dias consecutivos e aumento do perímetro abdominal.
Medicação no domicílio: Pantoprazol; Losec; Olcadil.
Diagnóstico Médico: Doença Hepática Crónica
Exames complementares na Urgência:
TAC abdominal e pélvico que revelou, um derrame pleural bilateral, mais extenso à direita. Figado de pequenas dimensões, já em exame anterior era sugerida avaliação da funçaõ hepática em estudo ecográfico (hepatopatia crónica). Definem-se lesões hipotensas no fígado em provável relação com lesões quisticas descritas em exame anterior. Baço moderado aumento de dimensões. Abundante quantidade de liquido livre intraperitoneal. Estomago de paredes espessas, rins empurrados posteriormente pela ascite. Lesão quistica no pólo inferior do rim esquerdo. Útero de pequenas dimensões. TAC Tóracica onde não se observaram adenopatias supraclaviculares, mediastínicas nem biliares. Existem calcificações ateromatosas exuberantes das paredes dos vasos mediastínicos assim como da válvula aórtica. Observa-se derrame pleural bilateral mais abundante à direita com colapso passivo dos segmentos posteriores do lobo superior e do lobo inferior do pulmão direito. No terço superior do hemitórax direito, no0 segmento apical do lobo superior, observa-se nódulo hipertenso com contornos regulares que atribuímos a provável granuloma.
Exames complementares no Internamento: Paracentese, no dia 21/1/2012, drenou 1250 ml de líquido ascítico. Colheita de urina tipo II, no dia 25/1/2012 (não foi possível saber o resultado)
Medicação no internamento: (Ver anexo) o Pantoprazol___________________ 40 mg, por via oral, às 9h o Furosemida___________________ 10 mg, por via oral, à 1h, 7h,13h, 19h
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o Cloranfenicol__________________10 mg, por via ocular, à 1h, 7h, 13h, 17h, 19h, 23h o Espirolactona__________________17 mg, por via oral, às 17h o Hidroxizina____________________25mg, por via oral, às 23h
2.2- HISTÓRIA DAS ACTIVIDADES DE VIDA
Manter um ambiente seguro
No domicílio: A cliente refere ter uma casa com “todas” as condições sanitárias, ter bons acessos e electricidade; tomar a medicação no horário prescrito; que vai a diversas consultas no centro de saúde e realiza exames e análises, com frequência. Não demonstra ter conhecimento acerca da ascite e dos cuidados a ter para prevenir e vigiar a ocorrência de uma nova situação. A filha refere, vigiar o dia-a-dia da cliente e avaliação da tensão arterial. No internamento: A cliente encontra-se orientada no tempo e no espaço, em relação a si própria e aos que a rodeiam. Demonstra compreender a importância da toma da medicação verbalizando: “preocupo-me com a minha saúde.” Colabora com os profissionais do serviço, no sentido de cooperar na administração de medicação, na alimentação, na sua higiene. Em relação à mobilização, a cliente recusase a fazer levante, devido ao desconforto, preferindo permanecer a repousar no leito. Comunicar No domicílio: A cliente refere ter facilidade em estabelecer relações com as pessoas; Conviver com amigos e família, com quem partilha experiências, problemas e emoções; Verbaliza também que, “Sempre fui muito comunicativa e bem-disposta.” No internamento: A cliente está orientada no tempo e no espaço, em relação a si própria e aos que a rodeiam. Não aparenta alterações na memória, está lúcida, consciente e bem - disposta. Apresenta uma comunicação expressiva, um discurso coerente, sem qualquer dificuldade de articulação das palavras. Demonstra capacidade 20
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para tomar decisões e responde ao que lhe é perguntado. Não apresenta lesões no pavilhão auricular. Relativamente à visão, apresenta uma conjuntivite no olho esquerdo. A cliente refere uma diminuição da acuidade auditiva, que segundo ela não afecta a comunicação, e visual, sendo esta última compensada por uso de óculos. Recebe a visita da filha e neta, com quem conversa, contando como é o seu dia.
Respirar
No domicílio: A cliente verbaliza que nunca teve dificuldades respiratórias antes do aumento do perímetro abdominal; começou a ter alguma dificuldade respiratória uns dias antes de se ter dirigido ao Serviço de Urgência. Verbaliza, ainda, que nunca teve hábitos tabágicos. No internamento: A cliente apresenta-se eupneica, com aporte de oxigénio por óculos nasais a 5l/min. Apresenta respiração predominante mente torácica, profunda e de 18 ciclos por minuto. Apresenta saturação periférica de oxigénio de 96%, uma tensão arterial de 96/56 mmhg, avaliada no braço esquerdo, pulso de 86 batimentos por minuto, pulso forte, rítmico e regular. A cliente apresenta ascite e edemas de grau I, nos membros inferiores. Não apresenta expectoração. O nariz não apresenta lesões, secreções e a mucosa está hidratada, íntegra e rosada. Apresenta simetria do tórax. A pele apresenta-se rosada e sem sinais de cianose nas extremidades.
Comer e beber
No domicílio: A cliente refere fazer cerca de 4 a 5 refeições por dia, sendo estas preparadas pela sua filha; Gostar de comer de tudo, no entanto “tem que ser tudo triturado”. Menciona também, beber alguma água ao longo do dia; nunca ter tido hábitos alcoólicos. No internamento: A cliente leva a comida à boca, mastiga-a e alimenta-se até ficar satisfeita. Foi solicitado pela cliente, uma dieta de batidos sem sal, devido a, segundo ela, ter habitualmente dificuldades em “fazer a a digestão” desde que teve a gastroparesia, fazendo 5 refeições por dia. Demonstra dificuldade em recordar-se em ingerir água durante a refeição e ao longo do dia, necessitando de ser estimulada. A 21
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mucosa oral e a língua encontram-se hidratadas e rosadas, sem sinais inflamatórios. Os lábios encontram-se hidratados e sem fissuras. Não tem dentição, com compensação por prótese dentária. A doente refere não ter dificuldade na deglutição e mastigação. A cliente demonstra “algumas” dificuldade em segurar nos talheres com a mão direita, devido às lesões causadas pela artrite reumatóide. A cliente refere ter como preferência a ingestão de água por uma garrafa; refere ter conhecimento em relação ao tipo de dieta que faz.
Eliminar
No domicílio: A cliente refere que defecava todos os dias, em quantidade moderada, apresentando fezes de características pastosas, de cor castanha e cheiro característico; urinava muitas vezes (não sabe especificar quantas), em quantidade moderada, e que a urina era de cor amarela, com odor suis-generis; as eliminações eram realizadas no WC. No internamento: A cliente apresenta eliminação intestinal diariamente (1xdia), fezes são de consistência pastosa, de cor castanha, cheiro característico e quantidade moderada. Encontra-se algaliada, com uma algália de látex, nº16, para contabilização do débito urinário (como referência, salienta-se que no turno da noite, anterior à colheita apresentada); apresentou um débito urinário de 700 ml e no turno da manhã de 350 ml. A urina é alaranjada, sem sedimentos, e com cheiro característico. Apresenta os genitais e o ânus sem lesões.
Higiene pessoal e vestir-se
No domicílio: A cliente verbaliza que no domicílio realizava a higiene no WC, tomando banho com água quente diariamente; vestia-se e despia-se sozinha, mas com alguma dificuldade; gosta de se vestir bem e de ter alguns cuidados com a pele, nomeadamente, a aplicação de creme no corpo e na face. No internamento: A cliente manifesta dificuldade em manter um padrão contínuo de higiene, conservando o corpo limpo, bem arranjado e sem odor corporal. Demonstra dificuldade em vestir e despir a roupa. A cliente apela à colocação de creme hidratante pois refere gostar de cuidar da sua aparência. A cliente realiza a sua higiene oral, autonomamente após cada refeição. A pele apresenta-se hidratada, limpa, sem sinais inflamatórios e úlceras. Apresenta edema (grau I) nos membros inferiores. Apresenta 22
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
um penso no local da Paracentese, situado entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca, no lado esquerdo do abdómen, com saco de urostomia, para drenagem de líquido ascítico, sendo este de cor amarelo claro e sem sedimentos. Drenou 150 ml de líquido ascítico.
Controlar a temperatura do corpo
No domicílio: A cliente relata que a temperatura corporal era avaliada pela sua filha, quando se encontra doente; Gostava de se vestir bem, e usar a roupa dependendo da estação do ano. No internamento: A cliente esteve apirética, com temperatura axilar 35,3 ºC. Manifesta-se quando sente frio ou calor. Apresenta a pele rosada, sem sinais de sudorese, os lábios apresentam-se rosados e hidratados.
Mobilizar-se
No domicílio: A cliente refere que utilizava uma muleta quando saía à rua, no entanto, em casa não utiliza nenhum apoio; não pratica exercício. No internamento: A cliente mostra dificuldade em mover-se autonomamente, em transferir-se da cama para a cadeira ou vice-versa. Mantém os movimentos de flexão e extensão dos membros superiores e inferiores íntegros. Faz elevação dos membros inferiores com almofadas, devido à presença de edemas. A cliente mostra renitência em fazer levante, pois alega “preferir ficar a repousar no leito” verbalizando que se sente mais confortável nessa posição. Apresenta dificuldades em deambular devido à presença de ascite e edemas de grau I nos membros inferiores.
Trabalhar e distrair-se
No domicílio: A cliente menciona que gosta muito de fazer renda e ver televisão, e que estas actividades ajudam a “passar o tempo em casa”; só sai de casa para ir ao médico ou para ir levar o lixo. Verbaliza que recebe todos os dias, em casa a visita dos familiares. No internamento: A cliente está atenta ao ambiente da enfermaria e vê televisão. Recebe a visita da filha e neta, com quem conversa e relata como é o seu dia.
Exprimir sexualidade
A Sra. C.V é viúva e teve 2 filhas, no entanto uma delas já faleceu. 23
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Dormir
No domicílio: A cliente refere que dormia cerca de 4 a 5 horas e que acordava muitas vezes durante a noite. Contudo, diz que se tomasse um comprimido para dormir, dormia durante toda a noite; Tinha o hábito de dormir a sesta. No internamento: A cliente refere que dorme cerca de 4 a 5 horas e que não tem dificuldade em adormecer.
Morrer
A cliente recusa-se a realizar uma colonoscopia, pois refere que: “se tiver que ter algo de ruim, fica nas mãos de Deus”.
24
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2.3-DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
Eixo A:
Eixo B:
Foco
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 2 Pessoa 1A. 1. 1. 2. 2 Acção 1A. 1. 1. 2. 2. 1 Acção relacionada com o próprio 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1 Auto-cuidado 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 1 Autocuidado: Higiene
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 5 Alteração 1B. 5. 1 Alterado 1B. 5. 1. 3 Dependente, em grau elevado, para prestar o Autocuidado: Higiene
Dependente, em grau elevado, para prestar o Auto-cuidado: Higiene
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Eixo A:
Eixo B:
Foco
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano
1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 2 Pessoa 1A. 1. 1. 2. 2 Acção 1A. 1. 1. 2. 2. 1 Acção relacionada com o próprio 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1 Auto-cuidado
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 5 Alteração 1B. 5. 1 Alterado 1B. 5. 1. 2 Dependente, em grau moderado, para prestar o Auto-cuidado: Vestuário
1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 2 Autocuidado: Vestuário
Dependente, em grau moderado, para prestar o Auto-cuidado: Vestuário
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Eixo A:
Eixo B:
Foco
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 2 Pessoa 1A. 1. 1. 2. 2 Acção 1A. 1. 1. 2. 2. 1 Acção relacionada com o próprio 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1 Autocuidado
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 5 Alteração 1B. 5. 1 Alterado 1B. 5. 1. 2 Dependente, em grau moderado, para prestar o Auto-cuidado: Comer
1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 2 Autocuidado: Comer Dependente, em grau moderado, para prestar o Auto-cuidado: Comer
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Eixo A:
Eixo B:
Foco
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 2 Pessoa
1A. 1. 1. 2. 2 Acção 1A. 1. 1. 2. 2. 1 Acção relacionada com o próprio 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1 Autocuidado
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 5 Alteração 1B. 5. 1 Alterado 1B. 5. 1. 2 Dependente, em grau moderado, para prestar o Auto-cuidado: Beber
1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 2 Autocuidado: Beber Dependente, em grau moderado, para prestar o Auto-cuidado: Beber
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Eixo A:
Eixo B:
Foco
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 2 Pessoa 1A. 1. 1. 2. 2 Acção 1A. 1. 1. 2. 2. 1 Acção relacionada com o próprio 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1 Auto-cuidado 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 8 Auto-cuidado: Actividade Física 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 8. 2 Sentar-se 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 8. 3 Transferir-se
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 5 Alteração 1B. 5. 1 Alterado 1B. 5. 1. 2 Dependente, em grau moderado, para prestar o Autocuidado: Sentar-se; Transferir-se; Rodar-se; Erguer-se; Mover-se em cadeira de rodas
1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 8. 4 Rodar-se 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 8. 6 Erguer-se 1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 8. 9. 3 Mover-se em cadeira de rodas
Dependente, em grau moderado, para prestar o Auto-cuidado: Sentar-se; Transferir-se; Rodar-se; Erguer-se; Mover-se em cadeira de rodas
29
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Eixo A:
Eixo B:
Foco
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 2 Pessoa 1A. 1. 1. 2. 2 Acção 1A. 1. 1. 2. 2. 1 Acção relacionada com o próprio
1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1 Auto-cuidado
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 5 Alteração 1B. 5. 1 Alterado 1B. 5. 1. 3 Dependente, em grau eleado, para prestar o Autocuidado: Ir aso sanitário (devido à incapacidade em deslocar-se ao WC)
1A. 1. 1. 2. 2. 1. 1. 5 Auto-cuidado: Ir ao sanitário
Dependente, em grauelevado, para prestar o Auto-cuidado: Ir ao sanitário
30
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Eixo A:
Eixo B:
Eixo F:
Foco
Juízo
Localização Anatómica
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 1 Função 1A. 1. 1. 1. 7 Volume de Líquidos 1A. 1. 1. 1. 7. 3 Retenção de Líquidos 1A. 1. 1. 1. 7. 3. 1 Edema
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 1 Sim/ Não 1B. 1. 1 Sim
1 Fenómeno de Enfermagem 1F. 11. 2. 1 Ambas as Pernas
Edema dos membros inferiores (grau I), presente.
Eixo A:
Eixo B:
Eixo F:
Foco
Juízo
Localização Anatómica
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 1 Função 1A. 1. 1. 1. 7 Volume de Líquidos 1A. 1. 1. 1. 7. 3 Retenção de Líquidos 1A. 1. 1. 1. 7. 3. 2 Ascite
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 1 Sim/ Não 1B. 1. 1 Sim
1 Fenómeno de Enfermagem 1F. 1. 1 Abdómen
Ascite no abdomén, presente em grau reduzido.
31
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Eixo A:
Eixo G:
Eixo B:
Foco
Probabilidade
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 14 Sistema Imunitário 1A.1.1.1.14.1 Infecção
1G Fenómeno de Enfermagem 1G. 1 Risco de
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 1 Sim/ Não 1B. 1. 1 Sim
Risco de infecção relaccionado com a algaliação e a paracentese.
Eixo A:
Eixo G:
Eixo B:
Foco
Probabilidade
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 1 Função 1A.1.1.1.10 Tegumento 1A.1.1.1.10.1 Pele
1G Fenómeno de Enfermagem 1G. 1 Risco de
1B Fenómeno de Enfermagem 1B. 5 Alteração
Risco de alteração da integridade cutânea, devido à ascite.
32
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Eixo A:
Eixo B:
Foco
Juízo
1A Fenómeno de Enfermagem 1A. 1 Ser Humano 1A. 1. 1 Individuo 1A. 1. 1. 2 Pessoa 1A.1.1.2.1 Razão para a Acção 1A.1.1.2.1.1 Autoconhecimento 1A.1.1.2.1.1.2 Cognição 1A.1.1.2.1.1.2.1 Pensamento 1A.1.1.2.1.1.2.1.2 Conhecimento
1B Fenómeno de Enfermagem 1B.13. Demonstração 1B.13.2 Não Demonstrado
Conhecimento acerca da ascite não demonstrado.
33
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
2.4-PLANO DE CUIDADOS
Diagnóstico de Enfermagem:
Auto-cuidado: Higiene, dependente em grau elevado.
Resultados Esperados:
Que até ao dia 31/01/2012, a senhora consiga lavar metade do seu corpo.
Intervenções de Enfermagem:
Lavar as mãos; Reunir
material
para
auto-cuidado
higiene (bacia, toalhetes, esponja, gel de banho, shampoo, creme hidratante, toalha, luvas, avental, fralda, pente, toalha,
luvas,
elixir,
escova
para
higiene oral); Manter a privacidade do doente:
Fechar as cortinas;
Lavar as mãos; Calçar luvas limpas; Remover colcha e almofadas; Posicionar à pessoa em decúbito dorsal; Assistir
continuamente
no
auto-
cuidado: Higiene; Incentivar a pessoa a colaborar no autocuidado de higiene; Incentivar a pessoa a realizar a sua higiene oral; Aplicar creme hidratante e massajar parte do corpo; Colocar fralda; Mudar roupa da cama, se necessário e 34
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
mantê-la sem pregas; Promover o conforto da pessoa; Arranjar o cabelo; Avaliar integridade cutânea.
Resultados Observados:
A senhora conseguiu lavar apenas face.
Diagnóstico de Enfermagem:
Auto-cuidado: Vestuário, dependente em grau moderado.
Resultados Esperados:
Que no dia 31/01/2012, a senhora consiga vestir e despir a blusa do pijama sozinha.
Intervenções de Enfermagem:
Remover a roupa do corpo; Trocar a roupa; Incentivar a pessoa a colaborar no vestir e despir a roupa.
Resultados Observados:
A senhora não conseguiu vestir e despir a blusa do pijama sozinha.
Diagnóstico de Enfermagem:
Auto-cuidado: Comer, dependente em grau moderado.
Resultados Esperados:
Que no dia 31/01/2012, a senhora consiga comer com a mão direita ou tente estimular. 35
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Intervenções de Enfermagem:
Elevar a cabeceira da cama (mínimo 30º) ou colocá-lo o mais próximo possível da mesa de apoio, se este se encontrar de cadeira de rodas;
Providenciar os recursos para junto do doente (babete, palhinha, toalhete, água, tabuleiro da alimentação);
Incentivar a pessoa a alimentar-se;
Vigiar o reflexo de deglutição;
Providenciar
o
material
para
realização de higiene oral;
Promover o conforto após a refeição.
Resultados Observados:
A senhora conseguiu, embora com dificuldade, comer com a mão direita
Diagnóstico de Enfermagem:
Auto-cuidado: Beber, dependente em grau moderado.
Resultados Esperados:
Que no dia 30/01/2012, a senhora consiga ter iniciativa própria para beber água.
Intervenções de Enfermagem:
Resultados Observados:
Incentivar a ingestão de líquidos;
Monitorizar ingestão de líquidos.
A
senhora
mostrou
iniciativa
própria para a ingestão de água.
36
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Diagnóstico de Enfermagem:
Auto-cuidado: Sentar-se; Transferir-se; Rodar-se; Erguer-se; Mover-se em cadeira de rodas, dependente em grau elevado.
Resultados Esperados:
Que no dia 31/01/2012, a senhora consiga posicionar-se na cama, apenas necessitando de ajuda na transferência para a cadeira de rodas, e na deslocação na mesma.
Intervenções de Enfermagem:
Incentivar o doente, elogiando-o e apoiando-o;
Manter a privacidade do doente;
Optimizar a fralda;
Assistir a pessoa no levante;
Assistir o doente a transferir-se da cama para a cadeira de rodas e viceversa;
Vigiar posicionamento;
Verificar o alinhamento corporal após a transferência;
Assistir a pessoa a mover-se na cadeira de rodas;
Promover a segurança e conforto do doente;
Utilizar material de prevenção de úlceras
de
pressão
nos
posicionamentos (almofadas);
Monitorizar os riscos de úlceras de pressão através da utilização da escala de Braden. 37
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Resultados Observados:
A
senhora
dificuldade,
apresentou mas
menos
ainda
não
conseguiu posicionar-se na cama sozinha.
Diagnóstico de Enfermagem:
Auto-cuidado: Ir ao sanitário, dependente, em grau elevado.
Resultados Esperados:
Que no dia 31/01/2012, a senhora defeque na arrastadeira.
Intervenções de Enfermagem:
Providenciar equipamento para o autocuidado; Promover a privacidade;
Vigiar a eliminação vesical (cheiro, transparência, coloração, quantidades);
Vigiar
a
eliminação
intestinal
(consistência, cor, odor, elementos anormais, quantidades);
Realizar massagem abdominal no sentido dos ponteiros do relógio;
Optimizar fralda (se está suja, se se adapta à pessoa, trocar sempre que necessário);
Resultados Observados:
Incentivar a ingestão de líquidos.
A senhora defecou na arrastadeira.
38
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Diagnóstico de Enfermagem:
Edema, presente nos membros inferiores, de grau I.
Resultados Esperados:
Que no dia 30/01/2012, a senhora não
apresente
ou
reduza
os
edemas.
Intervenções de Enfermagem:
Despiste de evolução
do edema
através do sinal de godet;
Verificar integridade cutânea;
Incentivar e vigiar elevação dos membros inferiores durante o repouso;
Administrar diuréticos se prescritos;
Monitorizar líquidos ingeridos;
Monitorizar débito urinário.
Resultados Observados:
A senhora apresentou redução os edemas.
Diagnóstico de Enfermagem:
Ascite, presente em grau reduzido.
Resultados Esperados:
Que no dia 30/01/2012, a senhora não
apresente
ou
diminua
o
aumento do perímetro abdominal.
Intervenções de Enfermagem:
Despiste de evolução
do edema
através do sinal de godet;
Verificar integridade cutânea;
Incentivar e vigiar elevação dos 39
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
membros inferiores durante o repouso;
Resultados Observados:
Administrar diuréticos se prescritos;
Monitorizar líquidos ingeridos;
Monitorizar débito urinário.
A senhora apresentou diminuição do perímetro abdominal.
Diagnóstico de Enfermagem:
Risco de infecção devido à algaliação e à paracentese.
Resultados Esperados:
Que no dia 30/01/2012, a senhora não apresente infecção devido à algaliação e à paracentese.
Intervenções de Enfermagem:
Vigiar permeabilidade da algália;
Desinfecção do meato urinário;
Despistar maceração do meato urinário;
Posicionar o saco colector de urina de forma a não tocar no chão;
Lavar as mãos antes e depois de manipular o saco colector de urina;
Despistar
possíveis
sinais
inflamatórios.
Vigiar local de paracentese;
Desinfecção
do
local
de
paracentese; 40
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Efectuar penso da paracentese;
Lavar as mãos antes e depois da realização do penso;
Despistar
possíveis
sinais
inflamatórios.
Resultados Observados:
A senhora não apresentou infecção ou quaisquer sinais inflamatórios devido
à
algaliação
e
à
paracentese.
Diagnóstico de Enfermagem:
Risco de alteração da integridade cutânea, devido à ascite.
Resultados Esperados:
Que no dia 30/01/2012, a senhora não
apresente
alteração
na
integridade cutânea.
Intervenções de Enfermagem:
Inspeccionar
diariamente,
com
extremo cuidado;
Promover higiene cuidada da pele e hidratar;
Alternar frequentemente de decúbito, proporcionando apoio adequado ao abdómen.
Resultados Observados:
A
senhora
não
apresentou
alteração da integridade cutânea.
41
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
2.5 – PLANO DE ALTA
Diagnóstico de Enfermagem:
Ascite, conhecimento não demonstrado acerca da complicação, tratamento e autocuidado após a alta.
Resultados Esperados:
Que até ao dia 02/02/2012, a senhora ascite,
compreenda/conheça o
seu
tratamento
a e
autocuidado após a alta.
Intervenções de Enfermagem:
Discutir com a cliente as causas da ascite
e
certificar
que
a
cliente
compreende as maneiras de tornar mais lenta a recidiva; Certificar que a cliente compreende a necessidade
de
modificações
alimentares, das restrições de fluidos e das necessidades de cuidados de saúde domiciliares.
Resultados Observados:
A senhora conseguiu compreender a necessidade de modificações alimentares,
das
restrições
de
fluidos e das necessidades de cuidados de saúde domiciliares.
42
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
2.6- ATITUDES TERAPÊUTICAS
Atitudes Terapêuticas (25-01-2012) Atitudes Terapêuticas
Monitorizar Sinais
Intervenções de Enfermagem
Monitorizar Tensão Arterial;
Monitorizar Frequência Cardíaca;
Monitorizar Frequência Respiratória;
Monitorizar Temperatura Corporal;
Monitorizar a Dor através da Escala
Vitais
Horário
Uma vez por dia
da Dor.
Monitorizar SpO2.
Uma vez por turno
Instruir o doente do processo a realizar;
Mudar óculos nasais uma vez por dia;
Oxigenoterapia por
óculos nasais
Regular o gasómetro para dois Optimizar durante litros por minuto;
o turno
Elevar a cabeceira a pelo menos 30º, e de modo a que o doente se sinta confortável
Supervisionar oxigenoterapia.
43
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Optimizar Acesso
Mudar acesso venoso de 4/4 dias;
Mudar válvula de cateter de 3/3 dias;
Mudar sistema de soro de 3/3 dias;
Optimizar cateter venoso periférico:
Venoso Periférico
Verificar a permeabilidade Optimizar durante o turno. em cada turno;
Mudar os adesivos quando
Obturado. Localizado na face posterior do
conspurcados
antebraço esquerdo.
ou
descolados;
Manter medidas de controlo de infecção;
Vigiar sinais inflamatórios (edema, dor, rubor; calor);
Dieta de Batidos s/
Controlar sistema de gotas.
Vigiar ingestão de alimentos;
Vigiar reflexo de deglutição;
Incentivar
Sal
para
a
ingestão
de 9h, 13h, 16h, 19h, 22h
líquidos
Promover a segurança e conforto;
Reunir material necessário para a realização de higiene oral.
Vigiar permeabilidade da algália;
Despistar tracção da algália; o Monitorizar débito urinário e Optimizar durante
Optimizar cateter urinário (algália de látex, nº 16)
o turno
diurese;
Despistar
maceração
do
meato
urinário; 44
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
Posicionar o saco colector de urina abaixo do nível da bexiga para que não haja refluxo de urina e de forma a não tocar no chão;
Prestar cuidados de higiene ao meato urinário;
Lavar as mãos antes e depois de manipular o saco colector de urina.
Lavagem das mãos antes e depois de qualquer contacto com o local de paracentese;
Vigiar permeabilidade do penso;
Efectuar mudança do penso de 3 em dias ou sempre que repassado;
Optimizar penso da paracentese
o Material: Saco branco e saco preto; Soro Fisiológico para lavagem, Compressas, Pinça de Cocher + Dissecção, Campo Esterilizado, Resguardo de celulose, Adesivo. Avaliar características da ferida.
De 3 em 3 dias ou sempre
que
repassado.
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Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
3-CONCLUSÃO Neste trabalho, foi-nos dada a oportunidade de assistir/cuidar uma doente com doença hepática crónica. É de realçar a importância que o processo de enfermagem desempenha na prática de enfermagem e, nomeadamente, na consecução deste caso. As fases do processo de enfermagem são fundamentais, pois permitem adequar de forma cuidada os diagnósticos de enfermagem e, consequentes intervenções de enfermagem à individualidade de cada doente, realizando-se assim, uma mais correcta prestação de cuidados de enfermagem. Para que isso ocorra, é necessária uma correcta apreciação diagnóstica, com a recolha e interpretação da informação, seguidas da formulação de diagnósticos de enfermagem, e posteriormente, o planeamento, a execução e avaliação, igualmente essenciais, para a realização das intervenções de enfermagem, e dar assim, continuidade aos cuidados. Na nossa perspectiva, é fundamental a elaboração da fundamentação fisiopatológica e clínica, na medida de explorar o estudo da patologia e relacionar com o caso real da cliente A realização dos diagnósticos de enfermagem suscitou várias discussões no grupo, que levou a que esta tarefa levantasse várias posições sobre a forma de como organizar e construir os diagnósticos de enfermagem, tendo em conta as actividades de vida afectadas e alteradas na doente. O trabalho, na forma de estudo de caso possibilitou-nos uma visão diferenciada do cuidado de enfermagem aos doentes que sofrem de doença hepática crónica, percebendo assim, a importância do conhecimento científico na assistência de enfermagem adequada a cada situação. Assim, julgamos ser imprescindível adquirir esse conhecimento, sendo bastante útil não futuro académico e profissional, para prestar cuidados de enfermagem de excelência. .
46
Estudo de Caso Bruno Ramalho, Carina Pontes, Cristele Queixinhas
4- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Conselho Internacional das Enfermeiras (2003). Classificação Internacional para a prática de enfermagem (CIPE/ ICNP). Versão ßeta 2 ( 2ª ed.). (A. Madeira, l. Abecassis e T. Leal., trads).Lisboa: APE Black, J.M, Jacobs, E.M (1996). Luckman & Sorensen Enfermagem Médico – Cirúrgica - uma abordagem psicofisiológica (4ª ed.). Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro Fauci, A.F., Braunwald, E., Wilson, J.D. (et al) (1998). Harrison - Medicina Interna.(14ª edição).MC Graw Hill. Rio de Janeiro Long, B.C, Woods, N.F, Cassmeyer, V.L (1995). Phipps enfermagem médicocirúrgica, conceitos e prática clinica (2ªed.). Lusodidacta. Lisboa Monahan, F. D., Sands, J. K., Neighbors, M., Marek, J. F., & Green, C. J. (2007). Phipps enfermagem médico-cirúrgica, perspectivas de saúde e doença (8ªed.) (I. M. Ligeiro, L. C. Leal & H. S. Azevedo, trads.). Loures: Lusodidacta. Portugal, Ministério da Saúde (1996, Setembro 4). Decreto-Lei n.º 161/96, de 4 de Setembro. Diário da República, I Série-A (2005), 2959-2962. (alterado pelo Decreto-lei n.º 104/98, de 21 de Abril ). Potter, P.A. & Perry, A.G (2006). Fundamentos de Enfermagem - conceitos e procedimentos (5ª ed.). Lusociência. Loures Roper, N., Logan, W., Tierney, A. (2001). O modelo de enfermagem de RoperLogan-Tierney (1ª ed.). CLIMEPSI. Lisboa Rosa, A., Ramos, R. (2007). Ascite: diagnóstico e terapêutica Schaffler, A., Menche, N. (2004). Medicina Interna e Cuidados de Enfermagem. Lusociência. Loures Smeltzer, S.C, Bare, B.G (1998). Brunner e Suddarth tratado de Enfermagem Médico – Cirúrgica (8ªed.). Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro
47
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5- WEBGRAFIA
Imagem
de
Ecografia
Hepática
em:
http://med.unne.edu.ar/revista/revista116/c_clinicos.html, acedido a 12 de Fevereiro de 2012.
Imagem de TAC Abdominal em: www.hepcentro.com.br, acedido a 12 de
Fevereiro de 2012.
Imagem de biopsia hepática em: www.sempretops.com/saude/biopsia-hepatica,
acedido a 12 de Fevereiro de 2012.
48
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ANEXOS: ANEXO I – Norma da Paracentese ANEXO II – Fichas Terapêuticas
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ANEXO I (Norma da Paracentese)
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Técnicas e Procedimentos de Enfermagem Colaboração na punção da cavidade peritoneal Paracentese Definição: Consiste na punção da cavidade peritoneal para drenagem de líquidos aí existentes. Finalidades: Diagnósticas – Paracentese Exploradora Terapêuticas – Paracentese Evacuadora Objectivos: Diagnóstico – Paracentese Exploradora – Permite colher e analisar os líquidos existentes na cavidade peritoneal (Detectar presença de sangue, bílis, bactérias ou proteínas); Terapêutico – Paracentese Evacuadora – Através da remoção de líquido da cavidade peritoneal permite reduzir a pressão sobre o diafragma, estômago e hérnia umbilical.
Normas gerais: Utilização de técnica asséptica aquando da preparação e disponibilização do material, da preparação e conexão de sistema de drenagem e realização de penso compressivo durante e após o procedimento. Validação dos sinais vitais, antes da realização do procedimento – (permite ter valores de referência para posterior comparação) Validação dos valores dos factores de coagulação da pessoa de forma a identificar factores que aumentem o risco de hemorragia (e.g., uso de anticoagulantes, valores analíticos de contagem de plaquetas e/ou tempo de protrombina); 51
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O volume máximo de líquido ascítico a drenar não deve ser superior a 4 litros (valores drenados superiores a este volume podem levar à instalação imediata de choque hipovolémico). Procedimentos gerais: Preparação da pessoa: Informar sobre a necessidade da execução do procedimento, explicar todo o procedimento e a importância da sua colaboração; Validar consentimento informado; Salvaguardar a privacidade/intimidade da pessoa; Posicionar a pessoa na posição de Fowler (preferencialmente); se não for possível, em decúbito lateral; Preparação do material Lavagem das mãos (higienização) antes da preparação do material; Providenciar o material e iluminação adequados; Avaliar os sinais vitais, antes da realização do procedimento – Solicitar à pessoa que urine antes da realização do procedimento (quando a bexiga está cheia ou distendida aumenta o risco de perfuração vesical); Posicionar a pessoa na posição de Fowler (preferencialmente), com as costas, braços e pés apoiados; Vigiar a pessoa durante a execução do procedimento; Monitorizar os sinais vitais, durante o procedimento em intervalos regulares, consoante o caso; Avaliação e registo do procedimento/ reacção e conforto da pessoa em relação ao procedimento.
Material necessário: Tabuleiro com:
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Bata, máscara touca e cirúrgicas Luvas esterilizadas Solução desinfectante Taça esterilizada Compressas esterilizadas 10 X 10 Campo esterilizado com buraco Campo esterilizado sem buraco Anestésico local (e.g., Lidocaína a 1%) Seringa de 5cc Agulha diluição e subcutânea Agulha de punção ou cateter Seringa de 20cc ou 50cc Adesivo Tubos esterilizados para colheitas (mediante protocolo), para a paracentese de diagnóstico. Sistema de soro sem câmara de gotejo, para a paracentese evacuadora. Recipiente graduado ou saco colector Resguardo impermeável Luvas limpas Adesivo Contentor para corto-perfurantes
Procedimento
Justificação
1. Explique o procedimento à pessoa e 1. Informa acerca do procedimento, valide
o
seu
consentimento
e valida o consentimento e promove a
colaboração;
colaboração.
2. Lave higienicamente as mãos;
Diminui a ansiedade;
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3. Prepare o material e transporte-o para 2. Previne a infecção; junto da pessoa;
3.
Economiza
4. Confirme a identidade da pessoa;
procedimento;
tempo
e
facilita
o
5. Peça a pessoa que se posicione ou 4. Previne erros; ajude-a a posicionar-se em fowler com as 5. Promove o conforto e facilita a costas, braços e pés apoiados;
execução do procedimento;
6. Exponha o abdómen, garantindo a 6. Facilita o procedimento; privacidade da pessoa;
7. Protege a roupa da cama e promove o
7. Coloque o resguardo impermeável sob conforto; o local a puncionar;
8. Permite a realização do procedimento;
8. Lave higienicamente as mãos;
9. Permite a realização do procedimento,
9. Inicie a preparação da mesa para a com as regras de assepsia necessárias; realização do procedimento;
10. Previne a infecção;
Coloque o campo sem buraco na -Mantém a assepsia; prateleira superior da mesa de trabalho; Coloque sobre o campo:
-Despista precocemente complicações; -Fixa o cateter promovendo a segurança e
-Taça esterilizada com antiséptico;
conforto durante a drenagem do líquido
-Campo esterilizado com buraco;
ascítico;
-Compressas esterilizadas;
11. Detecta precocemente complicações;
-Agulhas e Cateter
12. Despista precocemente complicações;
-Seringas
13. Previne a drenagem do líquido pelo
-Sistema de soro
local da punção;
10. O enfermeiro colabora com o médico:
14. Proporciona conforto, promove a
Forneça ao médico a touca, bata, comunicação, reduz a ansiedade e dá máscara e luvas;
feedback da colaboração;
Segure no frasco do anestésico para o 15. Cumpre normas de separação de médico retirar a anestesia; Observe regularmente a pessoa;
resíduos; 16. Previne infecção;
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Corte o adesivo necessário para fixar o 17. cateter
(no
caso
de
Assegura
a
continuidade
dos
Paracentese cuidados.
evacuadora);
Confirma o procedimento e identifica
11. Observe as características do líquido quem o executou. aspirado/drenado; 12. Avalie sinais vitais; 13. Ao terminar, colabore com o médico na realização do penso compressivo, fornecendo e ajudando a fixar o adesivo; 14. Posicione a pessoa, se necessário. Caso esteja consciente, assegure que o procedimento terminou e reconheça a colaboração; 15. Reúna e acondicione adequadamente o material utilizado; 16. Lave higienicamente as mãos; 17. Registe o procedimento/ reacção e conforto da pessoa em relação ao procedimento.
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ANEXO II (Fichas Terapêuticas)
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Ficha Terapêutica:
Medicamento: Pantoprazol Grupo Terapêutico:
Aparelho Digestivo / Antiácidos e anti-ulcerosos / Modificadores da secreção gástrica / Inibidores da bomba de protões
Via usual:
Indicações:
Oral sólido.
Úlcera péptica, esofagite de refluxo, síndrome de Zollinger Ellison. Erradicação do H. pylori, em associação.
Reacções Adversas:
As alterações digestivas (diarreia, obstipação, flatulência) são as mais frequentes. Podem determinar elevação das enzimas hepáticas e em casos de doença grave está descrita a ocorrência de hepatite e de encefalopatia. Estão descritas perturbações do sono, mialgias e artralgias. Verificaram-se casos de citopenias.
Contra-indicações e precauções:
A terapêutica de combinação com claritromicina não deve ser prescrita em doentes com IH. A diminuição da acidez gástrica favorece a colonização bacteriana aumentando o risco de infecções gastrintestinais.
Interacções:
Posologia:
Não são conhecidas.
Úlcera péptica: 40 mg/dia numa toma única, 4 a 6 semanas. Esofagite
de
refluxo:
20
a
40
mg,
1
vez/dia.
Síndrome de Zollinger-Ellison: doses variáveis, até 120 mg/dia. 57
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Doses superiores a 60 mg/dia devem ser fraccionadas em 2 tomas diárias.
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Ficha Terapêutica:
Medicamento: Losec Grupo Terapêutico:
Aparelho Digestivo / Antiácidos e anti-ulcerosos / Modificadores da secreção gástrica / Inibidores da bomba de protões
Via usual:
Indicações:
Parentérica.
Úlcera péptica, esofagite de refluxo, síndrome de Zollinger Ellison. Erradicação do H. pylori, em associação.
Reacções Adversas:
As alterações digestivas (diarreia, obstipação, flatulência) são as mais frequentes. Podem determinar elevação das enzimas hepáticas e em casos de doença grave está descrita a ocorrência de hepatite e de encefalopatia. Estão descritas perturbações do sono, mialgias e artralgias. Verificaram-se casos de citopenias.
Contra-indicações e precauções:
A terapêutica de combinação com claritromicina não deve ser prescrita em doentes com IH. A diminuição da acidez gástrica favorece a colonização bacteriana aumentando o risco de infecções gastrintestinais.
Interacções:
Potencia os efeitos da varfarina, da fenitoína, do diazepam, triazolam, flurazepam, da imipramina e da clomipramina, reduz a
absorção do cetoconazol e do itraconazol, aumenta as concentrações plasmáticas do tacrolímus, da ciclosporina e dos digitálicos.
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Posologia:
Úlcera péptica: 40 mg/dia numa toma única, 4 a 6 semanas. Esofagite
de
refluxo:
20
a
40
mg,
1
vez/dia.
Síndrome de Zollinger-Ellison: doses variáveis, até 120 mg/dia. Doses superiores a 60 mg/dia devem ser fraccionadas em 2 tomas diárias.
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Ficha Terapêutica:
Medicamento: Olcadil Grupo Terapêutico:
Sistema Nervoso Central / Psicofármacos / Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos / Benzodiazepinas
Via usual:
Indicações:
Reacções Adversas:
Oral sólido.
Ansiedade e sintomas ansiosos.
Sonolência e incoordenação motora, alteração da memória a curto
prazo,
confusão,
depressão,
vertigem,
alterações
gastrintestinais (obstipação, diarreia, vómitos e alterações do apetite), alterações visuais e irregularidades cardiovasculares. Contra-indicações e precauções:
As benzodiazepinas estão contra-indicadas ou devem ser usadas com precaução em idosos (as doses devem ser em geral menores do que no adulto jovem) e em crianças porque, tal como no idoso, podem desencadear reacções paradoxais. Ter atenção ao seu uso em doentes com miastenia gravis ou com insuficiência respiratória grave. As benzodiazepinas estão contra-indicadas na apneia do sono. Habitualmente há necessidade de reduzir a dose das benzodiazepinas quando há IR.
Interacções:
As
interacções
mais
frequentemente
referidas
para
as
benzodiazepinas são com depressores do SNC e com o álcool, por potenciação de efeitos. 61
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Posologia:
Dose média diária 3 a 6 mg em 3 administrações; pode-se atingir os 12 mg se necessário.
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Ficha Terapêutica:
Medicamento: Furosemida Grupo Terapêutico:
Aparelho Cardiovascular / Anti-hipertensores / Diuréticos / Diuréticos da ansa
Via usual:
Indicações:
Oral sólida e parentérica.
À semelhança dos outros fármacos deste grupo (diuréticos da ansa), a furosemida está indicada na remoção de edema causado por IC (nomeadamente o edema pulmonar) e por doenças hepáticas ou renais. Está também indicada em outros tipos de edema mais ligeiros e refractários ao tratamento com tiazidas. É usado em situações de oligúria (em caso de IR aguda ou crónica), no tratamento urgente de hipercalcemia (uma vez que promove excreção urinária de cálcio) e na HTA.
Reacções Adversas:
As reacções adversas mais comuns resultam da depleção e dos desequilíbrios electrolíticos que causam (hipocaliemia, aumento da excreção de cálcio e alcalose hipoclorémica), especialmente nos casos de administrações prolongadas ou em altas doses. Podem manifestar-se com cefaleias, hipotensão, sede, fadiga, oligúria, arritmias, perturbações gastrintestinais e cãibras. Pode causar também hiperglicemia/glicosúria e hiperuricemia, com risco
de
precipitar
ataques
de
gota.
Embora
menos
frequentemente, pode causar rash cutâneo e reacções de fotossensibilidade (que podem ser bastante graves). Pode surgir surdez (sobretudo após infusão de doses elevadas). Os riscos de 63
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ototoxicidade podem ser minorados se a velocidade de infusão for reduzida e se for evitada a associação com outros fármacos ototóxicos. Com doses elevadas pode surgir também pancreatite e icterícia colestática.
Contra-indicações e precauções:
Os diuréticos da ansa devem ser usados com precaução em doentes com hiperplasia da próstata (risco de retenção urinária aguda), durante a gravidez (pelo aumento da excreção de cálcio e riscos de descalcificação), em prematuros (pelo risco de atrasarem o encerramento do ductus arteriosus). Estão contraindicados em caso de falência renal causada por fármacos nefrotóxicos ou hepatotóxicos e em casos de IR associada a coma hepático.
Interacções:
Podem ocorrer interacções entre a furosemida e cefalosporinas (aumento da nefrotoxicidade), aminoglicosídeos e outros fármacos ototóxicos (aumento da ototoxicidade), antiepilépticos (redução de efeito antiepiléptico) e anti-inflamatórios não esteróides (diminuição do efeito diurético).
Posologia:
Edema: [Adultos] - Via oral: As doses de furosemida variam entre 20 e 120 mg/dia ou em dias alternados, de acordo com a resposta; Via IM ou IV: As doses variam em média entre 20 e 120 mg/dia. Em situações graves as doses podem ser mais elevadas, sendo
nestes
casos
preferível
a
infusão
IV.
[Crianças] - Via oral: As doses recomendadas variam entre 1 e 3 mg/Kg de peso/dia (dose máxima diária de 40 mg); Via parentérica: As doses variam entre 0,5 e 1,5 mg/kg peso/dia
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(dose HTA:
máxima 40
a
diária 80
mg/dia,
de
20 por
via
mg). oral.
Oligúria: Recorre-se a infusão IV, num fluxo máximo de 4 mg/min e em doses crescentes de 250 mg a 1 g, ajustadas de acordo com a resposta do doente. A dose capaz de provocar um volume de urina satisfatório deve ser infundida de 24 em 24 horas. Os doentes que não respondam à infusão de 1 g necessitarão, muito provavelmente, de recorrer a diálise. Em princípio, este tratamento é realizado em ambiente hospitalar, recorrendo a formas de apresentação adequadas.
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Ficha Terapêutica:
Medicamento: Cloranfenicol Grupo Terapêutico:
Medicamentos Usados em Afecções Oculares / Anti-infecciosos tópicos / Antibacterianos
Via usual:
Indicações:
Oftálmica.
Tratamento de infecções superficiais (blefarites e conjuntivites) ou de úlceras da córnea de origem bacteriana em caso de falta de resposta aos antibióticos de primeira escolha ou quando a sensibilidade do agente infectante o justifique.
Reacções Adversas:
Irritação ocular passageira e possibilidade de causar anemia aplástica.
Contra-indicações e precauções:
Realizar regularmente hemograma com contagem de leucócitos e plaquetas para despistar a ocorrência de aplasia medular. O seu uso prolongado pode favorecer o aparecimento de infecções secundárias de origem bacteriana ou fúngica.
Interacções:
Possível ocorrência de interacção com a quimotripsina; evitar a associação com outros fármacos que causem depressão medular.
Posologia:
Instilar uma gota em intervalos de 1 ou 2 horas. No caso do gel ou de pomada oftálmica, a aplicação deve ser feita 3 a 4 vezes/dia (quando usados isoladamente) ou apenas à noite 66
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(quando associados a colírio). O tratamento deve ser mantido por 48 horas após o desaparecimento da sintomatologia.
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Ficha Terapêutica:
Medicamento: Espironolactona Grupo Terapêutico:
Aparelho Cardiovascular / Anti-hipertensores / Diuréticos / Diuréticos poupadores de potássio
Via usual:
Indicações:
Oral sólido.
Prevenção da espoliação do potássio resultante da utilização prolongada de certos diuréticos (tiazidas e diuréticos da ansa).
Reacções Adversas:
Pode causar hipercaliemia, o que é mais frequente em idosos, diabéticos ou insuficientes hepáticos ou renais. Pode ainda causar hiponatremia, reacções gastrintestinais, parestesias, rash cutâneo, prurido, cefaleias, ataxia, confusão mental e tonturas.
Contra-indicações e precauções:
Está contra-indicada em situações de hipercaliemia e IR grave. Evitar na gravidez.
Interacções:
As interacções gerais mais relevantes são com os digitálicos (aumento da toxicidade dos digitálicos), com os IECAs ou com suplementos de potássio (hipercaliemia).
Posologia:
Edema: 50 a 400 mg/dia, ajustado de acordo com a gravidade e com a razão sódio/potássio urinários (doses maiores quando a razão
for
Hiperaldosteronismo:
inferior [Adultos]
à -
100
unidade). a
400
mg/dia;
[Crianças] - Dose diária recomendada é de 1,5 a 3 mg/Kg de 68
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peso, em doses divididas.
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Ficha Terapêutica:
Medicamento: Hidroxizina Grupo Terapêutico:
Medicação Antialérgica / Anti-histamínicos / Anti-histamínicos sedativos
Via usual:
Indicações:
Oral líquida, semi-sólido, sólido e parentérico.
No prurido das alergias cutâneas e como ansiolítico, sedativo, hipnótico, antiemético.
Reacções Adversas:
Como para os anti-histamínicos em geral. A injecção IM provoca dor no local de injecção. Nas crianças e idosos podem surgir reacções paradoxais com excitação.
Contra-indicações e precauções:
Como para os anti-histamínicos em geral. Não se deve usar por via venosa pela possibilidade de hemólise. Como ansiolítico usar apenas em adultos. Reduzir posologia na IR. Contraindicada durante a gravidez e o aleitamento.
Interacções:
Posologia:
Não são conhecidas.
[Adultos] - Prurido: 25 mg à noite; aumentar, se necessário, para
25
mg,
2-4
vezes/dia.
Ansiolítico (só em adultos): 25-50 mg, 4 vezes/dia por períodos curtos. Via IM: Ansiolítico: 50-100 mg, a repetir, se necessário 4 ou 6 horas
depois.
Máximo:
600
mg/dia. 70
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Outras
indicações:
25-100
mg.
[Crianças] - Prurido: 6 meses a 6 anos: 5-15 mg, à noite; se necessário, aumentar até 50 mg/dia, em 3-4 fracções; > 6 anos: 15-25 mg à noite; se necessário, aumentar até 50-100 mg/dia, em
3-4
fracções.
Via IM: Ansiolítico: Pré ou pós-operatório: 0,6 mg/Kg de peso. Outras indicações: 1 mg/Kg de peso/dia.
71
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