Estaleiros de Obra

July 6, 2019 | Author: fernandogomes1971 | Category: Armazém, Guindaste (Máquina), Indústrias, Transporte, Engenharia
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04-04-2011

ESTALEIROS DE OBRA José Amorim Faria

Março 2011

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OBJECTO 1. FORMULAÇÃO E ÂMBITO DO PROBLEMA TRATADO 2. Lista de meios e instalações fixas necessárias a realização de um edifício de habitação com estrutura de betão armado 3. Critérios de escolha do conjunto de meios e instalações fixas 4. Critérios de atribuição de áreas de instalações fixas e de meios de apoio escolhidos para uma dada obra CEC

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1. FORMULAÇÃO E ÂMBITO DO PROBLEMA TRATADO Fontes de produção num empreiteiro

Estaleiro Central (um ou vários); Organizações produtivas de carácter fixo (carpintarias, centrais betão, centrais betuminoso, ...); Estaleiros de obra; Subempreitadas.

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1. FORMULAÇÃO E ÂMBITO DO PROBLEMA TRATADO (2) Definição do problema O arranjo físico do estaleiro de obra consiste na “Disposição das áreas de operação de homens e máquinas interessados na produção da obra em todas as fases do seu desenvolvimento”

ou seja, escolha do tipo de instalações fixas e meios de apoio a deslocar para cada obra e respectivas áreas, respectiva localização física. CEC

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1. FORMULAÇÃO E ÂMBITO DO PROBLEMA TRATADO (3) Fases num estaleiro

o estaleiro varia ao longo do tempo. Para cada fase ⇒ um estaleiro ≠ Fase mais crítica em edifícios é a fase de execução da estrutura

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1. FORMULAÇÃO E ÂMBITO DO PROBLEMA TRATADO (4) Variáveis na definição física do estaleiro fases da obra; tipo de obra (edifícios, estradas, portos,…); no caso de construção de edifícios tipo de edifício (habitação, escritórios,…); área disponível para estaleiro e sua relação com o edifício (urbano, rural, com/sem espaço,…); tipo de organização de produção (onde se faz?; quem faz? Ligações produção/obra,…).

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1. METODOLOGIA SEGUIDA 1 – Definir INSTALAÇÕES FIXAS DE OBRA (ver pontos 4.1 e 4.2 do cap. 6 para listas de serviços e meios a colocar na obra) – o quê? 2 – Atribuir áreas, tipo de construção (barraco, coberto, coberto com estrado, armazém, máquina, armazém ao ar livre) e forma geométrica quando esta for condicionante. -

como? 3 – Implantação física à escala das áreas definidas em 2) sobre planta de implantação da obra a edificar. – onde? CEC

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FASES NUM ESTALEIRO DE EDIFÍCIOS FASE INICIAL – arranque: primeiros barracos, desmatação, limpeza, início movimento terras, marcações/piquetagem,… fase 2 – estrutura fase 3 – acabamentos fase 4– arranjos exteriores

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GRUPOS de instalações Em GOSE total de 6 grupos

A) Instalações fixas de PRODUÇÃO B) Meios de carga descarga e transporte interno C) Depósitos de materiais directamente aplicados no edifício D) Vias de Comunicação E) Instalações de apoio – controlo F) Instalações de apoio – social

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A) PRODUÇÃO Alguns exemplos de instalações

Ferramentaria; Carpintaria cofragens; Oficina de armaduras; Oficina mecânica para pequenas reparações; Armazém; Máquinas fixas; Depósitos materiais anexos às unidades de produção.

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B) Meios de carga descarga e transporte interno Alguns exemplos de meios a instalar/usar

Gruas fixas; Gruas automóveis; Monta-cargas; Outros meios de movimentação de equipamentos ou materiais pesados (tirefonds, garibaldis).

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C) Depósitos Alguns exemplos de meios a instalar/usar

Materiais simples (cerâmicos, mármores, louça sanitária, ...); Pré-fabricados (placas de betão, portas, escadas, pré-lajes,...) Atenção aos materiais perecíveis e não perecíveis (ar livre, armazém aberto – coberto, armazém fechado

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D) Vias de comunicação Constituem os caminhos de circulação na obra Terá de haver local para descargas de camiões Terá de haver local para inversão de marcha ou então hipótese de circular à volta da obra sempre no mesmo sentido Caminhos em geral em bases de AGE permanentemente regularizadas (atenção às águas pluviais – estudar encaminhamento para estaleiro não ficar lamacento)

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E) Escritórios - Controlo Direcção de obra Fiscalização Salas de reuniões Salas de amostras

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F) Instalações - social refeitório, dormitório, posto primeiros socorros – médico/enfermeiro, sanitários, vestiários, lavatórios e duches estacionamentos

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Níveis de arranjo físico • arranjo

geral; escalas; 1/200; 1/500; 1/1000 só com indicação das manchas; LAY-OUT GERAL •concepção interna de unidades de produção (1:20; 1:50; 1/100). Estudo da carpintaria, da oficina de armaduras, ...; LAY-OUT •definição do equipamento e ferramentas a afectar a cada instalação fixa do estaleiro (cadeiras, ferramentas, mesas, máquinas, ...) DETALHE CEC

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Como atribuir áreas ? • Definir

tipo de instalação

•Definir áreas de depósitos com base em racios de armazenamento e estratégia de gestão de stocks

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Tipos de instalação – exemplos (1) Armazém / Escritório / Dormitório / Refeitório – Barracos madeira prefabricados (A.M. Mesquita, SOPREM, …) ou contentores metálicos totalmente amovíveis (A + P , ...) ou barracos construídos em madeira de pinho e não reutilizáveis. As dimensões dos elementos reutilizáveis são as dos elementos disponíveis na empresa. São naturalmente muito variáveis. Os barracos não reutilizáveis terão a forma e dimensões que se adaptarem melhor às necessidades e à obra em questão. Materiais não degradáveis – Áreas ao ar livre eventualmente protegidas das águas das chuvas que correm no terreno de modo a evitar lamas.

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Tipos de instalação – exemplos (2) Motorizadas / Automóveis – cobertos provisórios sem estrado Carpintarias / Armaduras – cobertos não reutilizáveis com estrado. As chapas da cobertura poderão ser de alumínio, aço, ou outros materiais reutilizáveis Materiais sujeitos a degradação devido à chuva – armazém e/ou cobertos com estrado. Vias de comunicação – em estaleiros implantados em terrenos difíceis é necessário assegurar a drenagem das águas das chuvas para evitar grandes zonas de lamas e assegurar caminhos de circulação com o mínimo de capacidade de suporte. Drenagem e infra-estruturas do estaleiro – é imprescindível planear atempadamente todos os trabalhos necessários de modo a minimizar custos associados a alterações/correcções. CEC

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Definição de áreas (1) No caso de barracos as dimensões estarão sujeitas aos meios disponíveis no caso de serem reutilizáveis ou serão livres no caso de não serem reutilizáveis. Em qualquer dos casos será o arranjo de pormenor e a definição do mobiliário e equipamento a instalar que determinará as dimensões. Notar que em muitas situações o problema vai sendo resolvido por aproximações sucessivas. Mandam-se barracos para a obra logo que disponíveis, enchem-se com equipamento e/ou mobiliário e se necessário constroem-se ou deslocam-se mais barracos de modo a instalar todos os serviços necessários.

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Definição de áreas (2) No caso de materiais a área a atribuir dependerá da gestão do respectivo stock. Define-se o prazo de fornecimento e determina-se o stock consumido nesse prazo. Adiciona-se o stock mínimo para desencadear a encomenda e define-se a quantidade máxima a armazenar a que corresponde uma determinada área. A área é definida assim para o stock mínimo adicionado do stock consumido no prazo de fornecimento. prazo de fornecimento = prazo entrega + margem + prazo de negociação e contrato

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Definição de áreas (3) Metodologia: 1) Definir período de armazenamento - t 2) Definir racios de armazenamento - ra 3) Area = t*ra Exemplo: 10000 tijolos em 5 meses Período decidido – 2 meses – 4000 tijolos 90 tijolos/palete de 1*1 m2 com 1 metro de altura 3 paletes no máximo em altura – Área = 4000/270 = 15 m2 ….. 30 m2

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Definição de áreas (4) Alguns indicadores: cimento em sacos dentro de barracos: 17 m2 / 10 toneladas (pilhas até 1.5 m de altura) cimento em silos : silos com Ø ≅ 3/4 metros; cerca de 10/15 metros de altura total aço em varão: altura aconselhada 0.5 m devido ao peso, não deixar o ferro tocar no terreno; 0.5 m2 /ton mas muito variável com os diâmetros utilizados armazém de madeira: altura máxima 2 metros 1.5 m2 /m3 madeira areias e britas: 2 m2 /m3 de material

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Método correlações/análise por grupos (1)

O método das correlações / análise por grupos consiste num processo heurístico de implantação. Não se garante o óptimo mas em cada interacção a solução deverá melhorar em relação à anterior.

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Método correlações/análise por grupos (2) 1) Definir grandes zonas para cada um dos grup os a partir de critérios lógicos de bom senso, custo mínimo de exploração do estaleiro ou outros (ver lista à frente) 2) Implantar as áreas de cada um dos grupos de uma forma ordenada (por ordem sucessiva de importância e tendo em consideração o tipo de construção) 3) Criticar a solução implantada a pa rtir de: matriz de correlações critérios de optimização do estaleiro

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Método correlações/análise por grupos (2) 6 Grupos

A – Produção B – Meios carga, descarga e transporte interno C – Depósitos D – Vias de comunicação E – Instalações apoio – controlo F – Instalações apoio - Social

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Método correlações/análise por grupos (2) Ordem implantação aconselhada – 2º passo:

entradas e saídas / controlo / electricidade, água, porteiro gruas central betão instalações produção (carpintarias, armaduras, prefabricados, ...) depósitos / armazém / ferramentaria instalações sociais vias de comunicação

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Tabela correlações Ordem implantação aconselhada – 2º passo:

entradas e saídas / controlo / electricidade, água, porteiro gruas central betão instalações produção (carpintarias, armaduras, prefabricados, ...) depósitos / armazém / ferramentaria instalações sociais vias de comunicação

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TABELA CORRELAÇÕES   s   n   e   g   a   r    f   o    C   e    d  .   p   e   r    P

  s   a   r   u    d   a   m   r    A   e    d  .   p   e   r    P

   l   a   r   e    G  .   m   r    A

I

I

I

C

MI

I

I

Correlações com Sectores

  a   r    b    O

Obra

  a   u   r    G

A

Grua Prep. de Betão

  o    ã    t   e    B   e    d  .   p   e   r    P

C

Prep. de Cofragens

C

C

 .    f   r   e   p    /   p  .   p   e    D

 .   v    i    D  .    t   a    M  .   p   e    D

I

I

MI

C

I

  s   a   g   r   a   c   a    t   n   o    M

  o   ç    i   v   r   e    S   e    d  .   m   a    C

  e    t   r   o   p   s   n   a   r    T   e    d   s   o    i   e    M

  a   r    b    O   o    ã   ç   c   e   r    i    D

C

MI

A

I

C

C

C

  s    i   e   v    ó   m   o    t   u    A   e    d  .   c   a    t   s    E

  s   o    i   r   a   r   e   p    O    /   p  .    j   o    l    A

  o    ã   ç   a   z    i    l   a   c   s    i    F

 .    t   c   e    l   o    C  .    t   n   a    S

  a    i   r   a   m   r   e    f   n    E

I

C

C

  a   n    i   c    i    f    O   a   n   e   u   q   e    P

  a    i   r   a    t   n   e   m   a   r   r   e    F

C

C

C

A

I

C

C

C

A

I

C

C

C

MI

I

C

C

C

Prep. de Armaduras Arm. Geral

C

C

I

Dep. p/ pref.

C

I

MI

MI

I

I

I

C

Dep. Mat. diversos

  a   r    b    O   a    d   a   r    t   n    E

Montacargas Cam. de serviço

I

C

C

I

MI

C

C

I

I

C

I

MI

Meios de transporte

I

Direcção Obra

C

Entrada Obra

I

C

I

I

I

I

I

Estacion. de Autom.

C

I

C

C

C

C

C

C

C

I

Aloj. p/ Operários

C

Fiscalização

C

C

Sanit. Colectivo

C

Enfermaria

C

Pequena Oficina

C

I

Ferramentaria

A

Absolu tame nt e necessár ia

MI

Mu ito I mpor ta nte

I

I mpor ta nte

C

A consid er ar

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Correlações fundamentais • • • • • • • • • • •

grua – obra: A grua – armaduras: MI grua – cofragens: MI grua – depósitos: I grua – local descarga: A grua – outras unidades produtivas: I produção e depósitos – obra: E central de betão – vias: A obra – vias: A instalações diversas – vias: I armazém – vias: E

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Critérios de optimização Principais • minimização da distância a percorrer em obra; • minimização do número de operações de carga, descarga e transporte dentro de obra; • minimização do número de montagens e desmontagens; Outros • isolamento das áreas sociais do local de construção; • áreas de controlo e estacionamento junto às entradas; • oficinas de produção em zonas recatadas mas com saídas debaixo da acção da grua ou no limite muito próximo do seu raio de acção. CEC

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Exemplos • Estaleiro estilizado – 3 iterações • Estaleiros de vias • Barragem do Baixo Sabor

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Boas práticas ambientais em estaleiros

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CPRP Obrecol Edifer Relatórios de sustentabilidade

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FIM

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