EsFCEx 2011 CFO QC 2012 Prova Comentada
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IPM Resolve CONCURSO DE ADMISSÃO – 2011 ao CFO/QC - 2012
Parabenizamos à Banca Examinadora da prova de conhecimentos gerais do Concurso de Admissão ao CFO/QC 2012 pelo excelente exame. O certame apresentou um nível de complexidade elevado, mostrando-se um desao até mesmo para os candidatos mais bem preparados. Acreditamos que aqueles que estudaram com anco e buscaram na bibliograa a onte de consulta adequada conseguiram responder a maior parte das questões. Elaboramos esta solução comentada para ajudar os candidatos na conecção de possíveis recursos e para tentar elucidar possíveis dúvidas. Obviamente sabemos que há questões polêmicas, principalmente na prova de História do Brasil, que com certeza, oi a que se apresentou mais diícil no Concurso deste ano. Agradecemos a todos que colaboraram neste projeto que ora se inicia e cujo objetivo é dar a todos aqueles que desejam ingressar na Escola de Formação Complementar do Exército condições de enrentar seu exigente concurso de admissão. Em especial agradecemos a Cleber Olympio, dono da comunidade do Orkut Rumo à EsAEx, EsAE x, e Emanuel Peixoto, dono da comunidade Rumo à EsFCEx, cumpricumpri mentando-os pelo trabalho realizado e pela criação de espaços democráticos de discussão que ajudam todos que almejam ingressar no Exército Brasileiro.
IPM Preparatório à EsFCEx
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susc itou dúvidas. Mas vale lembrar a todos os candidatos COMENTÁRIO: A prova de História com certeza oi a que mais suscitou que a História, como uma área do saber das ciências humanas, está sujeita às discussões e críticas que naturalmente contribuem para o processo de entendimento do processo histórico considerado, principalmente quando associado a outros campos do saber, como a Antropologia, Geografa, Literatura, Sociologia, dentre muitos. Por isso, é comum e recorrente posições complementares, divergentes e até antagônicas de um mesmo ato histórico, analisados por autores dierentes, dependendo da corrente teórica e da historicidade de cada um. A proposta do Concurso de Admissão à EsFCEx é explorar justamente essa subjetividade, claramente identifcada nas opções bibliográfcas indicadas no edital. Portanto, é normal e previsível que haja divergência, e não equívoco, entre o gabarito divulgado preliminarmente preliminarmente pelos cursos e o apresentado ofcialmente ofcialmente pela banca. Apesar disso, a Equipe do IPM não se urtou em disponibilizar, desde o primeiro momento, uma proposta de gabarito deixando claro que as opções ofciais da EsFCEx deveriam ser aguardadas para análises mais proundas. E mesmo agora, com essa divulgação liberada, os proessores do Curso IPM mantém suas respostas e comentários com o único intuito de auxiliar os candidatos a encontrar uma argumentação consistente e historicamente correta para eventuais recursos. 1. Sobre as relações entre colonos e jesuítas, no que diz respeito ao uso da mão de obra indígena, analise as armativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta. I. O uso da mão de obra escrava pelos colonos não confitava com os interesses da Coroa e nem com os dos jesuítas, mas ao insistirem no cativeiro indígena, os colonos despertaram a oposição dos inacianos. II. As relações contrárias aos padres jesuítas por parte dos colonos acentuou-se pelo ato de os lusos acreditarem que os inacianos retardavam o desenvolvimento desenvolvimento de suas atividades econômicas ao dicultar o uso da mão de obra indígena. III. Os jesuítas oram expulsos da Capitania de São Vicente porque os colonos os denunciaram por transormar índios aldeados em escravos da
Companhia. (A) somente I está correta (B) somente II está correta (C) somente III está correta (D) somente I e II estão corretas (E) somente II e III estão corretas
Solução IPM ALTERNATIVA (D)
A armativa I deve ser considerada CORRETA uma vez que o uso da mão de obra escrava a que se reere a primeira parte do texto pode ser interpretada como sendo em relação ao instituto da escravidão, sem especicar a origem de tal trabalhadores. Na segunda parte do texto, no entanto, há um direcionamento quanto ao uso do indígena que, por orientação papal, devia ser protegido pelos membros da Companhia de Jesus. O papa Urbano VIII vetou denitivamente o cativeiro dos índios em 1639, 1639, mas, mesmo antes disso, a igreja em parceria econômica com a coroa portuguesa estimulou o tráco transatlântico, que representava uma prática altamente lucrativa para ambos. Existia uma orte complementariedade entre o tráco negreiro e as leis régias e bulas papais editadas em avor da liberdade dos índios nos séculos XVI e XVII. A introdução da escravidão negra aricana na América portuguesa tem relação direta com este ato. Segundo Caio Prado Jr, em Formação do Brasil Contemporâneo, “Aqui no Brasil tratou-se desde o início de aproveitar o índio, não apenas para a obtenção dele, pelo tráco mercantil, de produtos nativos, ou simplesmente como aliado, mas sim como elemento participante da colonização. Os colonos viam nele um trabalhador aproveitável; aproveitável; a metrópole um povoador para área imensa que tinha de ocupar, muito além de sua capacidade demográca. Um terceiro ator entrará em jogo e vem complicar os dados do problema: as missões religiosas. Estas, e particularmente a dos jesuítas, que tanto pelo vulto que tomaram, como pela consciência e tenacidade que demonstraram na luta EsFCE x - 2011
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por seus objetivos, se destacam nitidamente nesta questão, as missões religiosas não intervêm como simples instrumentos de colonização, procurando abrir e preparar caminho para esta no seio da população indígena. Elas têm objetivos próprios: a propagação da é, os interesses da Igreja ou das ordens respectivas, não importa; mas objetivos que, pelo menos nos métodos adotados pelos padres, orçados a isto pelas circunstâncias ou não, se aastam e até muitas vezes contradizem os objetivos da colonização leiga.” (p.86). Pelas Leyes Nuevas de 1542, os índios nasciam e permaneciam livres. Este preceito de liberdade natural não oi estendido aos aricanos nesse período. Assim, os jesuítas aziam orte distinção entre os indígenas nativos das colônias e os negros comprados na Árica. A armativa II versa sobre as relações entre os portugueses instalados no Brasil e os jesuítas quanto ao viés exploratório da atividade colonial. Podemos considerar que as restrições emanadas pelos inacianos quanto ao emprego do índio pelos colonos oram consideradas desavoráveis aos lucros pretendidos pelos lusitanos. Esse confito ideológico gerou, em dierentes pontos da colônia, atritos que culminaram inclusive com a expulsão dos inacianos de algumas capitanias, como no Maranhão e em São Vicente. Portanto, a armativa II está CORRETA. Porém, a armativa III computa a expulsão dos jesuítas da capitania de São Vicente ao ato de transormarem os índios em escravos nas reduções, o que de ato não há registros contundentes. Ao contrário, os colonos utilizaram diversas vezes a mão de obra indígena em suas empreitadas pelo sertão paulista. Vale destacar a dierença conceitual entre cativo e escravo, que não era à época meramente semântica. O cativo designava um estatuto transitório e acidental de privação da liberdade. Esse signicado era bem dierente da palavra escravo, que se reeria a característica de um estado jurídico de reticação permanente do indivíduo, adquirido para uso do seu proprietário. O escravo era uma mercadoria enquanto o cativo era um indivíduo livre, temporariamente preso. Assim, a armativa III está INCORRETA.
2. O longo período regencial da monarquia brasileira (1831-1840) teve como um dos seus mais caros debates o que girou em torno das ideias e práticas de descentralização e de centralização. Assinale a opção que contém exclusivamente medidas de cunho descentralizador, considerando a expressiva maioria da opinião dos historiadores:
(A) Ampliação das prerrogativas dos juízes de paz – Tribunal do Júri – habeas corpus. (B) Ato Adicional – Lei de Interpretação do Ato Adicional – habeas corpus. (C) Tribunal do Júri – ampliação das prerrogativas dos juízes de paz – reorma do Código de Processo Criminal. (D) Lei de Interpretação do Ato Adicional – Tribunal do Júri – reorma do Código de Processo Criminal. (E) Ampliação das prerrogativas dos juízes de paz – Tribunal do Júri – Interpretação do Ato Adicional.
Solução IPM ALTERNATIVA (C) Esta questão pode ser uma das mais comentadas pelos nossos candidatos. Antes de iniciarmos os comentários, há que se destacar que, no enunciado da questão, impõe-se na análise das opções a “expressiva maioria da opinião dos historiadores”, o que extrapola toda a reerência bibliográca indicada pelo concurso. A Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834 representou um retrocesso na política descentralizadora implantada a partir do governo regencial. Por isso, devemos eliminar as letras (B), (D) e (E). As opções (A) e (C) dierem apenas quanto às assertivas “habeas corpus” e “reorma do Código de Processo Criminal”, respectivamente. De ato, no Brasil, a expressão habeas corpus surgiu, pela primeira vez, no Código Criminal do Império, em 1830. O Código de Processo Criminal de 1832 regulamentou o instituto. Na época, privilegiava-se o discurso das liberdades individuais já sedimentados na Constituição de 1824. Em que pese a inclusão do HC no texto do Código em questão, o Habeas Corpus em si não representou um avanço descentralizador maior que a revisão do próprio Código do Processo Criminal. Este sim, de acordo com a maioria da opnião dos historiadores, representou uma revolução liberal na esera jurídica brasileira.Segundo o Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul José Antônio Boschi, em mesa redonda no Primeiro Seminário de Política de Memória Institucional e Historiograa do TJ-RS, o Código de Processo Penal oi saudado por Pandiá Calógeras como a mais brilhante vitória do domínio da justiça, e por Aureliano Leal como o mais ormoso monumento do saber jurídico do espírito liberal. Realmente, o Código de Processo Penal de 1932, embora inquisitorialmente permitisse ao Juiz de Paz recolher provas da materialidade (art. 12), e também, de oício, iniciar a ação penal e ouvir as testemunhas, mesmo sem a presença do réu (art. 141), que só poderia contestar as testemunhas se osse preso (art. 142), o novo Código instituiria a ação penal pública a cargo do Ministério Público, a quem também incumbiria promover a execução das sentenças criminais. Isso queria dizer que, de um modelo inquisitivo em que havia absoluto predomínio de ação de um só indivíduo, já se pensava com o primeiro Código de Processo brasileiro em entregar-se a um personagem a unção de acusar, distinto daquele que tinha a unção de julgar. Por isso, rearmamos nossa opção pela letra (C).
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3. Analise as armativas sobre a economia brasileira do século XIX e, em seguida, assinale a opção correta. I. O desinteresse do sudeste caeeiro pela escravidão oi uma orte motivação para a extinção do trabalho escravo nas últimas décadas do século XIX. II. Após 1850, ortaleceu-se um movimento migratório da população escrava, cujo sentido era sobretudo o das azendas de cana-de-açúcar do norte do país. III. Apesar da importância do caé para o conjunto da economia nacional, nas décadas de 1870 e 1880, mais da metade da população escrava existente nas províncias caeeiras estava alocada em municípios, cuja produção voltava-se para a e conomia interna.
(A) somente I é verdadeira (B) somente II é verdadeira (C) somente III é verdadeira (D) somente I e II são verdadeiras (E) somente I e III são verdadeiras
Solução IPM ALTERNATIVA (C)
A armativa I apresenta o desinteresse do caeicultor da região sudeste como sendo um ator motivador para a extinção do trabalho escravo nas últimas décadas do século XIX. No entanto, a substituição da mão de obra escrava oi imposta pela política imperial de extinção do tráco negreiro, que, nas mãos dos saquaremas desde 1848 e temendo uma ação eetiva da Inglaterra, elaborou um projeto de lei, apresentado pelo Ministro da Justiça Eusébio de Queirós, ao Parlamento, visando à adoção de medidas mais ecazes para a extinção do tráco negreiro. O projeto, convertido em lei em setembro de 1850, apoiado nos mais “sólidos princípios do direito das gentes,” ex tinguia o tráco no Brasil. Assim, podemos considerar a armativa I INCORRETA. A armativa II indica o incremento do movimento migratório da população escrava justamente a partir da promulgação da Lei Eusébio de Queirós. No entanto, a região norte não apresentou uma produção açucareira que justicasse o reerido fuxo migratório. Logo, a armativa II está INCORRETA. A armativa III relaciona a produção de caé, principal item da pauta de exportação brasileira, com a orça de trabalho dos escravos aricanos. A partir de 1856, como não houve mais entradas de escravos no Brasil, apareceram as primeiras reclamações sobre a alta de “braços” para a lavoura e a carestia das “peças negras”. O m do tráco negreiro estimulou a imigração de europeus, inclusive de operários qualicados, e liberou grandes quantidades de capitais, até então empregados no comércio de escravos. Assim, a qualicação da mão de obra europeia oi concentrada na produção caeeira, tornando o Brasil ainda mais competitivo na oerta desse produto, enquanto a mão de obra escrava oi deslocada para as regiões de produção de itens de subsistência, com o objetivo de abastecer o mercado interno. Portanto, a armativa III está CORRETA.
4. Sobre a transição do trabalho escravo para o livre na região Centro-Oeste do Brasil, é correto armar:
(A) as relações de trabalho advindas da mão de obra livre eram baseadas no sistema capitalista de as salariamento. (B) o sul de Goiás, por ter sido ocupado por pequenos trabalhadores livres, teve suas relações de trabalho marcadas pelo regime de colonato e de parcerias. (C) o trabalho livre oi implantado para acompanhar o avanço da agricultura de alimentos, da agro- pecuária e, sobretudo, da pecuária extensiva voltada para o mercado interno. (D) o declínio do número de escravos no Centro-Oeste decorreu do tráco interprovincial, uma vez que boa parte dos cativos dessa região oi levada para as lavouras de caé do Sudeste. (E) a ocupação decorrente do avanço da pecuária nessa região, implementada por migrações de mineiros e paulistas, nas primeiras décadas do séc. XIX, mudou as relações de trabalho, ao voltar-se para o mercado de exportação de carnes.
Solução IPM ALTERNATIVA (C)
A armativa I considera a relação empregador-empregado denido pela troca de trabalho por salário, de acordo com o sistema EsFCEx - 2011
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de produção capitalista. No entanto, as primeiras experiências com o trabalho livre ocorridas nas azendas de caé começaram por volta do nal da década de 40 do século XIX, por iniciativa do Senador Nicolau de Campos Vergueiro, político e latiundiário paulista. Ele trouxe amílias inteiras de colonos suíços e alemães para trabalharem em regime de parceria, ao lado dos escravos, em suas lavouras caeeiras. Os imigrantes comprometiam-se a cuidar de certa quantidade de pés de caé em troca de uma porcentagem do que era obtido na venda dos grãos. Os imigrantes podiam ainda plantar pequenas roças de subsistência, partilhando a produção com o proprietário das terras, caracterizando assim uma relação com o modo de produção servil do eudalismo europeu. Assim, a armativa (A) deve ser considerada INCORRETA. No entanto, esse regime de parceria e colonato não oram adotados nas terras de Goiás, uma vez que a produção pecuária dominante nessa região era controlada por amílias tradicionais em grandes latiúndios. Por isso, a armativa (B) está INCORRETA. A armativa (C) pode ser considerada CORRETA uma vez que o emprego da mão de obra escrava era incompatível com a atividade pecuária, na qual o peão devia conduzir o rebanho por vasta extensão de terra, sem a possibilidade de controle e subordinação de seu respectivo senhor. O aspecto da produção de carne ser destinada ao mercado interno não apresenta incoerência, uma vez que, desde o século XVIII, a economia mineira abriu um novo ciclo de desenvolvimento para todas as regiões ao elevar substancialmente a rentabilidade da atividade pecuária, induzindo a uma utilização mais ampla das terras e rebanhos, azendo com que essas regiões se tornassem interdependentes, especializadas umas na criação, outras na engorda e outras constituindo os principais mercados consumidores. Segundo Celso Furtado, “[...] é um equívoco supor que oi a criação de gado que uniu essas regiões. Quem as uniu oi a procura de gado que se irradiava do centro dinâmico constituído pela economia mineira”. ( FURTADO, 1967, p. 84). Apesar da transição do século XIX para o XX não ter alterado o papel de destaque da produção de caé na economia brasileira, o tráco interprovincial não representou um grande fuxo de escravos da região centro-oeste para a região sudeste, uma vez que o país já empregava de orma signicativa mão de obra de imigrantes nas lavouras caeeiras. Portanto, a armativa (D) está INCORRETA. Nas primeiras décadas do século XIX, mesmo após a independência do país, os produtos primários constantes da pauta de exportação eram o açúcar, o algodão e o caé. Produção de carne mantinha-se destinada ao consumo interno. Assim, não justica uma mudança nas relações de trabalho e a armativa (E) está INCORRETA.
5. Analise as armativas sobre a passagem da monarquia para a república no Brasil e assinale a opção correta. I. Uma das importantes motivações para o advento da República no Brasil oi a perspectiva ederalista emanada de algumas províncias. II. Apesar de dividido ideologicamente, o movimento republicano promoveu uma mudança revolucionária quando da instauração da República no Brasil. III. Pode-se armar que a Monarquia oi superada, em grande medida, pela ação unicada do Exército e da Marinha em apoio às camadas agrárias caeeiras.
(A) somente I é verdadeira (B) somente II é verdadeira (C) somente III é verdadeira (D) somente I e III são verdadeiras (E) somente II e III são verdadeiras
Solução IPM ALTERNATIVA (A)
A armativa I destaca o principal debate desse período de transição da monarquia para a república, qual seja, a disputa entre o modelo de governo centralizador e descentralizador. Algumas províncias almejavam a descentralização como orma inequívoca de maior participação das eseras de poder muito concentradas na ase imperial de nossa história. Esse debate até ultrapassou a proposta republicana, pois algumas correntes eram mais ederativas do que republicanas, discutindo-se uma possível descentralização do poder mesmo que mantida a monarquia. De qualquer orma, o discurso ederativo uniu-se mais claramente ao modelo republicano e, portanto, a armativa I está CORRETA. A armativa II reere-se exatamente à divisão ideológica entre liberais e conservadores nas respec tivas propostas do novo pacto ederativo. Porém não julgamos que a instauração da república tenha promovido “uma mudança revolucionária” em quaisquer das relações vigentes, tal qual arma Emília Viotti da Costa em Da monarquia á república: momentos decisivos: “Separação ou ederação, entendida com completa autonomia administrativa, política e econômica, é o dilema que se coloca a partir de então EsFCEx - 2011
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e que nem mesmo a República resolveu totalmente.” (VIOTTI, 1999, P.478). Logo, julgamos que a armativa II está INCORRETA. Na armativa III há uma identicação entre as orças militares do Exército e Armada Imperial com as “camadas agrárias caeeiras” diante das possibilidades republicanas. Não há registros contundentes que houvesse essa unicação nem mesmo dentro de cada orça. Por isso consideramos a armativa III INCORRETA.
6. Sobre a “Política dos Governadores”, analise as armativas abaixo e, em seguida, assinale a opção correta. I. Fundava-se no princípio do respeito à vontade do voto popular quando da eleição dos governantes dos Estados. II. Sustentava-se no reconhecimento da legitimidade das maiorias estaduais pelo governo ederal e, reciprocamente, no apoio das situações estaduais aos governantes em nível ederal. III. Restaurava, após a curta ase ditatorial dos primeiros anos da República, um regime político plenamente democratizado.
(A) somente I é verdadeira (B) somente II é verdadeira (C) somente III é verdadeira (D) somente I e II são verdadeiras (E) somente II e III são verdadeiras
Solução IPM ALTERNATIVA (A)
As armativas I e III deendem um modelo representativo democrático e idôneo quando cita “respeito à vontade popular” e “um regime político plenamente democrático”. Essa proposta não está de acordo com as práticas eleitorais vigentes à época da “política dos governadores”, quando os coronéis impunham o seu voto nos currais eleitorais municipais e estaduais em contrapartida do apoio das eseras ederais na manutenção dos poderes regionais. Assim, ambas as armativas estão INCORRETAS. A armativa II é a que apresenta sucintamente as relações de poder entre as eseras ederal, estadual e municipal, tal qual o arranjo conhecido como a “política dos governadores”. Portanto a armativa está CORRETA.
7. Sobre a política brasileira entre 1930 e 1932, período que antecede à constitucionalização da chamada Revolução de 1930, é correto armar que:
(A) o Tenentismo oi uma orça política em constante ascensão, dadas as suas vinculações com as oligarquias regionais. (B) um dos resultados práticos mais evidentes da Revolução de 1930 oi a centralização das decisões a respeito da política caeeira. (C) a derrota paulista na Revolução de 1932 serviu para aastar ainda mais o núcleo regional de São Paulo das eseras do poder central. (D) crescentemente isolados em São Paulo, os tenentes no poder buscaram aproximar-se da classe média e, sobretudo, das camadas agrárias do Estado. (E) um marco importante para o crescimento político do Tenentismo oi a promulgação da Constituição de 1934, que reerendava a sua política liberal e democrática.
Solução IPM ALTERNATIVA (A)
A armativa (A) e a armativa (D) propõem uma vinculação entre o movimento tenentista e as oligarquias regionais. Como não oram identicadas exatamente quais as oligarquias a que se reere o texto, consideramos a armativa INCORRETA por tratar-se a essência do movimento de uma reação ao modelo de governo arcaico representado pelas oligarquias rurais. A armativa (B) identica uma nova orientação da política caeeira a partir de uma característica marcante do período pós1930 – a centralização do poder nas mãos de Getúlio Vargas. Apesar da Banca ter considerado esta opção correta, julgamos que outras tentativas de salvar a economia caeeira já haviam sido postas em prática anteriormente. Em evereiro de 1906, por EsFCEx - 2011
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iniciativa dos governadores dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais houve uma discussão sobre uma solução para a crise de excesso de produção que estava começando a acontecer. O Convênio de Taubaté oi reconhecido e raticado por Aonso Pena. O Convênio de Taubaté baseava-se na realização de novos empréstimos para a compra dos excedentes de caé, na criação de um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de caé exportado a m de custear os juros destes empréstimos e na adoção de medidas que procurassem desencorajar a expansão de novas lavouras de caé. E isso representou, na prática, um aumento da dívida externa brasileira. Assim, o poder ederal já participava das decisões a respeito da política caeeira. E não julgamos que a Revolução de 1930 possa ser reduzida a um “resultado prático” quanto “a centralização das decisões à respeito da política caeeira”. Diante do exposto, consideramos a armativa (B) INCORRETA. A armativa (C) identica o aastamento das elites paulistas do poder central a partir da Revolução de 1930, agravado pelo insucesso da Revolução de 1932. Há uma corrente de historiadores que propõem essa linha de argumentação nos primeiros anos pós-32, reconhecendo todos eles que, por ainda representar um papel central na economia brasileira, o governo ederal buscou uma aproximação com os produtores caeeiros paulistas posteriormente. Nessa linha, Boris Fausto, no livro História do Brasil, argumenta que “Getúlio maltratou a elite paulista. Ele não teve o jogo de cintura que demonstraria mais tarde com as várias orças sociais”. Por isso julgamos a armativa (C) CORRETA. A armativa (E) identica um crescimento político do Tenentismo a partir da promulgação da Constituição de 1934. Entendemos que desde a instalação da Assembleia Constituinte o Tenentismo estava em declínio. Esse movimento, um dos mais radicais e reormistas da República Velha, oi também a mais séria tentativa de superar o domínio das oligarquias estaduais. Todavia, ideologicamente, o movimento era desprovido de coerência. Da mesma orma, não tinha nenhum programa político sucientemente claro que mobilizasse setores signicativos da sociedade para a reorganização do país. Assim, a armativa está INCORRETA.
8. Sobre o Estado Novo, analise as armativas e assinale a resposta correta. I. A Constituição de 1937 teve como principal característica o predomínio do Poder Executivo sobre as demais instâncias de Poder do Estado. II. Em relação ao operariado, o Estado Novo procurou anular a sua infuência por meio de uma política trabalhista que negava a luta de classes. III. O Estado Novo surgiu de um golpe orjado pela união ampla das elites econômicas com as político-militares.
(A) somente I é verdadeira (B) somente II é verdadeira (C) somente III é verdadeira (D) somente I e II são verdadeiras (E) somente I e III são verdadeiras
Solução IPM ALTERNATIVA (E)
A armativa I apresenta a centralização do poder nas mãos de Getúlio Vargas como “principal característica” do Estado Novo. Esse traço marcante da política nacional entre 1937 e 1945 é inequívoco e, portanto, a armativa está CORRETA. A armativa II coloca a relação do Estado com a classe operária no centro da análise. Sobre isso podemos considerar que todas as tentativas de regulamentação e intervenção na política sindical implementada por Vargas visavam manter uma estabilidade tanto dos grupos de industriais como de trabalhadores, de modo a poder usuruir ben eícios políticos de ambos os segmentos. Ao mesmo tempo em que promovia o desenvolvimento da sociedade de acordo com os interesses das elites econômicas, atuava de orma populista a garantir o apoio das classes trabalhadoras. No entanto, esse jogo político vargista não pode ser denido como uma negação da luta de classes. Assim osse, menosprezaria as potencialidades que os anseios classistas representam na instabilidade de seu governo. Portanto, apesar do GABARITO OFICIAL rearmamos que a armativa II está INCORRETA. A armativa III está CORRETA ao considerar que o Estado Novo surgiu de um arranjo do governo com as lideranças econômicas, políticas e militares tendo como pretexto o chamado Plano Cohen, um documento elaborado por militares alinhados com a Ação Integralista Brasileira (AIB) no qual denunciava um plano comunista de tomada do poder.
9. Sobre o processo político da segunda ase de Getúlio Vargas e do Governo JK, analise as armativas e, em seguida, assinale a alternativa correta. EsFCEx - 2011
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I. Apesar das amplas liberdades consagradas na Constituição vigente, o direito de greve soreu considerável restrição, dependendo de autorização judicial para congurar-se como legal. II. Uma característica importante do período pós-1950, quando da segunda ase de Vargas no poder, oi o retraimento do nacionalismo e do populismo. III. Durante a década de 1950, parte das atitudes oposicionistas advinha de comandantes militares, cuja ideologia era o anticomunismo de inspiração norte-americana.
(A) somente I é verdadeira (B) somente II é verdadeira (C) somente III é verdadeira (D) somente I e II são verdadeiras (E) somente I e III são verdadeiras
Solução IPM ALTERNATIVA (E)
O período considerado para a resposta dessa questão está sob a égide da Carta Magna de 1937, que trouxe em seu bojo redação que descrevia a greve como nociva ao trabalho bem como ao capital. A principal regulamentação do tema surgiu a partir da Consolidação das Leis Trabalhistas 1943, que estabelecia pena de suspensão ou dispensa do emprego, perda do cargo do representante prossional que estivesse em gozo de mandato sindical, suspenso pelo prazo de dois a cinco anos do direito de ser eleito como representante sindical, nos casos de suspensão coletiva do trabalho sem prévia autorização do tribunal trabalhista. Somente a partir da nova ordem jurídica de 1967 que oi garantindo o direito de greve aos trabalhadores, excluindo-se dessa garantia o servidor público e os considerados em atividades essenciais. Sem entrar no mérito do termo “legal”, houve nítidas restrições ao direito de grave dos trabalhadores no período considerado. Portanto a armativa I está CORRETA. A armativa II indica características opostas ao cenário político nacional no segundo governo de Vargas. O populismo e o nacionalismo orma traços marcantes do período e, portanto, a armativa está INCORRETA. A armativa III ressalta o carácter nacionalista do período ao identicar no segmento militar um oco de oposição ao governo varguista, a partir do ortalecimento da ideologia bipolar com o m da II GM. Portanto a armativa está CORRETA.
10. Sobre a conjuntura da superação dos governos militares entre 1984 e 1985, é correto armar:
(A) a aprovação da emenda constitucional das eleições diretas possibilitou a livre escolha de Tancredo Neves pela maioria da população brasileira. (B) a aprovação da emenda constitucional das eleições diretas não oi atingida, pois a oposição não reuniu os dois terços de votos necessários no Congresso Nacional. (C) um ator decisivo para a não aprovação das eleições diretas para Presidente da República em 1984 oi o declínio numérico e político que a campanha soreu nos seus momentos nais. (D) o desgaste político do Governo durante as campanhas de rua pelas eleições diretas criou condições para a vitória do candidato oposicionista pelo voto popular em janeiro de 1985. (E) a instauração do Colégio Eleitoral que escolheu o Presidente da República em 1985 oi o resultado das negociações políticas entre Governo e oposição, como orma de evitar uma situação revolucionária no País.
Solução IPM ALTERNATIVA (B)
A questão retrata a transição do governo militar para o período de governos civis inaugurado com a eleição de Tancredo Neves. A armativa (A) e a armativa (D) estão INCORRETAS por ter sido o Colégio Eleitoral do Congresso Nacional a escolher indiretamente o nome de Tancredo Neves para o cargo de Presidente da República, em substituição a João Figueiredo. A armativa (B) relata exatamente a tentativa que o Congresso Nacional empreendeu a partir da PEC de autoria do Deputado Federal Dante de Oliveira, em realizar eleições diretas em 1985. De ato, a PEC não obteve a votação necessária na Câmara dos Deputados para dar prosseguimento ao processo legislativo. No entanto, ao citar no texto dessa armativa o Congresso EsFCEx - 2011
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Nacional julgo que a proposta não é avaliar o conhecimento do candidato da sistemática de tramitação legislativa e, portanto, entendendo ter sido suspenso a tentativa de realização de eleições diretas por alta de consenso das lideranças políticas do país. Assim, consideramos a armativa (B) CORRETA. A armativa (C) não retrata a realidade dos atos uma vez que a campanha pelas eleições diretas em 1985 oi ganhando adesão popular de orma contundente que, no entanto, não oi legitimamente pelos seus representantes no CN. A armativa está INCORRETA. A armativa (E) está INCORRETA por considerarmos que as negociações ocorridas entre as orças governistas e oposicionistas oram ajustadas naturalmente para um período de transição, tal qual já vinha ocorrendo desde a Lei de Anistia. Esse arranjo político não visava, salvo outro juízo, “evitar uma situação revolucionária no país”.
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COMENTÁRIO: A prova de Geografa seguiu a tendência dos anos anteriores abordando temas como industrialização, urbani-
zação, demografa, energia, comércio internacional e aspectos geomorológicos e climáticos. As questões também apresentaram níveis de difculdade variados o que mostra a sensibilidade da banca na elaboração da prova. A novidade neste ano fcou por conta dos itens sobre extensão territorial e uso horário e problemas ambientais urbanos. Na nossa opnião as questões que suscitaram mais dúvidas oram as de número 12 e 13. 11. Analise as armativas abaixo, colocando entre parênteses a letra “V ”, quando se tratar de armativa verdadeira, e a letra “F” quando a armativa or alsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) O Brasil, com mais de 8 milhões de km², é o quinto maior país do mundo em extensão territorial contínua. ( ) A grande extensão territorial brasileira o coloca em uma posição avorável às relações com os demais países da América do Sul. ( ) Atualmente o Brasil possui três usos horários. Comparando os pontos extremos, quando Rio Branco (AC) assinala 10 horas, em Brasília (DF) são 11 horas e no arquipélago de Fernando de Noronha (PE), 12 horas. ( ) Apesar das suas grandes dimensões, o território brasileiro apresenta uma orma irregular, pois se alarga na porção meridional e se estreita na porção setentrional. (A) F – V – V – F (B) F – V – F – F (C) V – F – V – V (D) V – V – F – V (E) V – F – F – V
Solução IPM ALTERNATIVA (A) F – V – V – F
(F) O Brasil é o 4o país mais extenso do mundo usando o critério das terras contínuas. Alguns candidatos podem ter esquecido que os EUA ultrapassariam o Brasil em extensão se or computado as áreas não contínuas. Assim, com a inclusão do Alaska e Havaí, terras separadas, mas pertencentes aos EUA, eles passam de 7.852.185 km 2 para 9.372.614 km2, uma dierença de mais de 600.000 km2 em relação ao Brasil, que tem um a área de 8.514.876 km2 (Coelho e Terra, 2005) (V) Apesar de deixar vago o tipo de relação, julgamos ser verdadeira esta assertiva. Acreditamos que o item trata de relações comerciais, que seria sem dúvida, a principal e mais importante. Nesse caso, a extensão territorial é amplamente avorável, pois permite a diversidade de mercados, oerta de produtos e parcerias comerciais. (V) Aqui vale ressaltar que, pelo novo uso horário do Brasil aprovado em 2008, pelo Presidente Lula (Lei proposta pelo Senador Tião Viana, PT – AC) suprimiu-se um uso horário na região Norte. (F) Nesta assertiva é importante lembrar que: MERIDIONAL = SUL e SETENTRIONAL = NORTE.
12. Analise as armativas abaixo, sobre as características do MERCOSUL, colocando entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de armativa verdadeira, e a letra “F” quando a armativa or alsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) São Parceiros do Brasil no Mercosul: Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Venezuela. ( ) O Brasil apresenta vantagens em relação aos outros parceiros, uma vez que sua economia possui grande capacidade instalada para atender o Mercosul. ( ) O Mercosul tem como objetivo integrar política, social e economicamente os países membros, por meio de medidas sócioeducativas, incentivando todos os tipos de trocas possíveis. EsFCEx - 2011
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( ) O Mercosul tem como objetivo buscar estabelecer uma taria externa comum que é, na realidade, um conjunto de tarias que incidem sobre as importações realizadas pelos países-membros do bloco. (A) F – V – V – F (B) V – V – F – V (C) F – V – F – V (D) F – V – V – V (E) V – F – F – V
Solução IPM ALTERNATIVA (C) F – V – F – V
(F) O Brasil az parte do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), composto pela Argentina, Paraguai e Uruguai. Criado em 1991, o MERCOSUL tem como objetivos a adoção de políticas de integração econômica e comercial, a instalação de uma zona de livre-comércio, a eliminação de barreiras alandegárias e a união aduaneira. O Chile e a Bolívia são membros associados do MERCOSUL desde 1996, não participando da união aduaneira. A aprovação da entrada da Venezuela está na dependência de aprovação do Congresso Nacional do Paraguai, pois os Congressos Nacionais do Brasil, Argentina e Uruguai já aprovaram a sua entrada no MERCOSUL. Muito embora a banca tenha considerado FALSO este subitem, julgamos que o termo PARCEIROS tem uma amplitude maior do que o proposto. Na própria literatura do edital não encontramos este termo, mas sim a reerência aos países membros (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e aos países associados (Chile, Bolívia e Venezuela). Logo a Venezuela e Chile, em nosso entendimento podem ser considerados parceiros do Brasil no Mercosul. Portanto aqueles que erraram este subitem podem, baseados na bibliograa, apresentar recurso à banca examinadora nesses termos. (V) A participação do Brasil no MERCOSUL tem como objetivo ortalecer e consolidar a sua posição no quadro regional para um melhor desempenho no quadro internacional. (F) O Mercosul tem por objetivo criar um mercado comum com livre circulação de bens, serviços e produtos, visa também buscar a adoção de uma política externa comum, a coordenação de posições conjuntas em oros internacionais, a ormulação conjunta de políticas macroeconômicas e setoriais e a harmonização das legislações nacionais, com vistas a uma maior integração. Assim, não é um dos objetivos do MERCOSUL as medidas socioeducativas. Vejamos o caso, por exemplo, dos estudantes brasileiros que cursam medicina na Argentina e, ainda, não tem seus diplomas reconhecidos no Brasil, como já divulgado na mídia nacional. (V) A ormação do MERCOSUL proporcionou a livre circulação de bens e serviços e a adoção uma política comercial comum em relação a outros Estados ou agrupamentos de Estados. Representa então “o incremento do comércio entre os países-membros, utilizando a redução ou eliminação de tarias alandegárias” (ADAS, 2004). O MERCOSUL se enquadra na condição de União Aduaneira, pois, além de reduzir ou eliminar as tarias alandegárias entre os integrantes, também regulamenta o comércio com as nações que não pertencem ao bloco, sendo estabelecidas normas através da TEC (Taria Externa Comum), trata-se de uma taria alandegária unicada a ser cobrada de produtos importados de ora do bloco.
13. Em relação à indústria brasileira do século XXI, pode-se armar:
(A) As atividades desenvolvidas nos pólos tecnológicos independem dos outros setores da economia. (B) Desenvolveu-se a partir dos investimentos do capital internacional, que investiu em transportes, energia e comunicação. (C) O Governo Federal iniciou a implantação de medidas para descentralizar os investimentos públicos e privados, de inraestrutura e investimentos scais. (D) Houve um orte intervencionismo do Estado, como orma de superar as diculdades do empresariado nacional para a realização de investimentos no setor produtivo. (E) No País oram criados vários pólos tecnológicos que concentram atividades de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de ponta, o apoio governamental oi undamental para este acontecimento.
Solução IPM ALTERNATIVA (E) EsFCEx - 2011
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(A) É importante observar que, além de promoverem a interação entre instituições de ensino e pesquisa e empresas, para propiciarem o desenvolvimento cientíco e tecnológico e portanto a obtenção de novas tecnologias, os pólos tecnológicos concentram atividades industriais e de serviços, e dinamizam outros setores da economia. Portanto, são dependentes de outros setores da economia. (B) O capital internacional não oi canalizado para investimentos na inra-estrutura como estradas, portos e aeroportos, produção e linhas de transmissão de energia, mais no estabelicimento de indústias e empresas multinacionais. (C) Apesar dos investimentos no PAC a banca examinadora considerou esta opção alsa. O que de certa orma nós não discordamos por completo, pois o Governo Federal não iniciou as medidas citadas na opção no século XXI e sim deu continuidade às políticas do século XX. (D) Quando se trata de investimento em Ciência e Tecnologia o governo ederal arca com cerca de 80%. Entretanto quando alamos de investimentos produtivos a carga maior ca com o setor privado. Um exemplo disso oi a medida utilizada pelo governo ederal por ocasião da crise de 2009 quando a “única” intervenção oi a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o aumento das vendas no setor automotivo e da chamada indústria branca. (E) Os principais pólos tecnológicos oram criados na década de 1950 (ITA e INPE em São José dos Campos - SP). Desde a década de 1980 houve uma desaceleração nos investimentos em Ciência e Tecnologia. Em 2000 os gastos em Ciência e Tecnologia (C&T) corresponderam a 0,7% do PIB nacional (COELHO, Marcos A. TERRA, Lygia. Geograa do Brasil. 5ª Ed. São Paulo). Apesar de a bibliograa não citar tais pólos tecnológicos, sabemos que alguns oram criados com o apoio governamental. OBS.: Este item fez parte do vestibular da Universidade Estadual do Piauí (UEPI) e sua resposta foi justamente a letra E.
14. As grandes cidades apresentam uma grande densidade de construções urbanas, especialmente nas suas áreas centrais. Essa concentração de equipamentos urbanos refete-se na temperatura, correspondendo ao enômeno denominado:
(A) Massa de ar (B) Eeito estua (C) Ilha-de-calor (D) Inversão térmica (E) Aquecimento global
Solução IPM ALTERNATIVA (C)
(A) Massas de ar – São grandes porções de ar que apresentam condições internas de temperatura, pressão e umidade relativamente homogêneas, infuenciadas pela região onde são ormadas. (B) Eeito estua – Os gases presentes em excesso na atmosera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), permitem a passagem da luz solar, mas bloqueiam a irradiação do calor da Terra, impedindo-o de voltar ao espaço, podendo provocar o aumento médio da temperatura da Terra. Algumas previsõesindicam que a temperatura da Terra pode subir 5,8oC no decorrer do século XXI (COELHO, Marcos Amorim. Geograa do Brasil, 2005, Moderna. P. 352.). (C) Ilha-de-calor - É o nome que se dá para o aumento da temperatura em áreas centrais urbanas em relação às áreas de maior arborização ou circulação de ar ao redor. (D) Inversão térmica – Trata-se um enômeno atmosérico comum nos grandes centros urbanos industrializados, principalmente naqueles localizados em áreas cercadas por serras ou montanhas. Este processo ocorre quando o ar rio (mais denso) é impedido de circular por uma camada de ar quente (menos denso), provocando uma alteração na temperatura. (E) Aquecimento global - é uma conseqüência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Consta que a temperatura média da Terra soreu uma elevação de 0,6% (COELHO, Marcos Amorim. Geograa do Brasil, 2005, Moderna. P. 352.).
15. O setor de transporte brasileiro tem passado por mudanças signicativas. Pode-se armar que a alternativa que refete es ta mudança é:
(A) O crescente investimento do Estado visando a recuperação e manutenção da inr aestrutura do setor de transportes. (B) A exclusão da participação do setor privado em atividades de exploração de trechos de rodovias e errovias ederais. EsFCEx - 2011
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(C) A privatização do sistema hidroviário, mediante transerências ou concessões à iniciativa privada de sua estrutura operacional. (D) A participação crescente do setor privado, por meio de concessões estatais, em atividades de exploração de trechos de rodovias estaduais e ederais. (E) A extinção do monopólio estatal nos setores de transportes tecnologicamente mais avançados, a exemplo dos gasodutos e oleodutos
Solução IPM ALTERNATIVA (D)
(Observe que a questão se reere a mudanças signicativas no transporte brasileiro solicitando a alternativa que refete esta mudança.) (A) Não há um crescente investimento do Estado visando a recuperação e manutenção da inraestrutura do setor de transportes. (B) Não há uma exclusão e sim uma participação gradativa do setor privado, ainda que modestada. A partir de 1995, oram eitas privatizações de rodovias por meio de concessões, a iniciativa privada já controla 10 mil quilômetros de estradas estaduais e ederais. (C) Embora que desde agosto de 1995, a navegação costeira ou de cabotagem deixou de ser monopólio do governo ederal, uma vez que o Congresso Nacional aprovou emenda a Constituição Brasileira em 1988 que permite a participação de empresas estrangeiras na navegação costeira e na do interior. A privatização do sistema hidroviário vem se processando paulatinamente por meio do arrendamento das instalações e operações de serviços. Mas não houve mudança signicativa. Segundo Marcos Amorim Coelho, 2005 na navegação de longa distância, mesmo com as privatizações, o setor portuário está longe de ser um exemplo de eciência, tecnologia e inormatização. (D) O ato de o Brasil ter optado por um meio de transporte rodoviário onde grande parte dos produtos e pessoas circulam trouxe mudanças signicativas na recuperação de trechos ederais e estaduais. (E) As privatizações no transporte brasileiro oram mais signicativas para o rodoviário do que para qualquer outro meio. Os gasodutos e oleodutos, por exemplo, é uma representação pequena em relação a importância das signicativas mudanças ocorridas no transporte rodoviário.
16. Sobre a população brasileira, é correto armar:
(A) A população absoluta do Brasil e sua grande extensão territorial permite-nos classicar o País como povoado, porém pouco populoso. (B) A região Centro-Oeste tem sido um lugar de partida de grandes movimentos migratórios. Isto, sem dúvida, está associado à desigualdade na distribuição de renda. (C) Os movimentos migratórios têm se reduzido em direção à região Sudeste. No Nordeste este movimento caracterizou-se mais pelo seu caráter intra-regional. (D) O dinamismo atual da nossa industrialização oi capaz de resolver o problema de demanda de emprego, além de signicar um importante ator de redistribuição da população entre os dierentes setores da nossa economia. (E) A partir de meados da década de 1980, a população urbana passa a ser mais numerosa que a população rural, em razão do processo de industrialização que se acentua desde o nal da década de 1960, provocando mudanças do campo para a cidade.
Solução IPM ALTERNATIVA (C)
(A) O Brasil, na verdade, é classicado como um país populoso e pouco povoado com uma população absoluta de densidade demográca de 21,608, segundo os dados estatísticos do IBGE de 2007*. Portanto, lembramos aqui que o povoamento de um lugar está relacionado com a densidade demográca que é o número de habitantes pela área. * Populacao recenseada e estimada, area total e densidade demograca, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federacao – 2007 com adaptações. Grandes Regiões e Unidades da Federação EsFCEx - 2011
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População recenseada e estimada: 183 987 291 Área (km²): 8 514 876,599 Densidade demográca (hab./km²): 21,608 Fonte: http://www.ibge.gov.br/vamoscontar/guias_fipbook/guia_ensino_medio.pd. Acessado em 12/set/2011
(B) Segundo Marcos Amorim Coelho (2005) “os principais fuxos migratórios, que se dirigiam em geral para o Sudeste, cada vez mais dirigem-se às regiões Norte e Centro-Oeste. Entre 1960 e 1999, as maiores taxas de crescimento populacional estavam exatamente nestas regiões. (D) Como todos sabem, o Brasil ainda carece de vagas de trabalho e inelizmente a industrialização não resolveu esse problema por completo. (E) Segundo Marcos Amorim Coelho (2005) “o processo de urbanização ganhou intensidade a partir da década de 1950.
17. Em relação às ontes de energia no Brasil podemos armar:
(A) As regiões Sudeste e Sul juntas participam com quase 75% da produção e 30% do consumo total de energia elétrica. (B) O petróleo, devido a opção pelo transporte rodoviário, transormou-se em insumo energético undamental para a economia. (C) O programa nuclear, para atender às necessidades de ampliação da base industrial, instalou suas usinas em dierentes pontos do território. (D) O aproveitamento dos nossos rios de planalto é de aproximadamente 92%, donde se conclui que o Brasil deve buscar outras ontes energéticas, como as nucleares e as alternativas. (E) O carvão mineral é uma importante onte de energia, sendo que as principais vantagens das jazidas brasileiras são os baixos custos de produção, porém, tais recursos são insucientes para atender a demanda interna.
Solução IPM ALTERNATIVA (B)
(A) A Região Sudeste é a maior produtora e maior consumidora de Energia elétrica. Responsável pelo consumo de mais de 60% da energia consumida no país. A área também concentra 70% do potencial gerador nacional. (C) A produção de energia nuclear está concentrada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. (D) A energia nuclear não é a melhor opção para um país que possui grande potencial hidrelétrico como o Brasil, e ainda, o aproveitamento hidrelétrico, também chamado de potencial instalado estava em torno de 25%, diz Eustáquio de Sene (2011). (E) O carvão mineral possui altos custos de produção e, no Brasil, ele realmente é de baixo teor calórico.
18. Em relação às planícies brasileiras, pode-se armar:
(A) Correspondem a 59% do território, sendo que os planaltos, ocupam os 41% restantes. (B) São ormadas por estruturas geológicas antigas do período terciário e quaternário (cenozóico). (C) Ocupam extensões menores que os planaltos, apesar da sua grande expressão na Amazônia. (D) Equivalem em área aos planaltos, pois as áreas classicadas como depressões, azem parte do conjunto das planícies. (E) São consideradas superícies nas quais predominam o processo de desgaste, e consequentemente são as áreas mais baixas do território.
Solução IPM ALTERNATIVA (C)
(A) Segundo a classicação do relevo de Jurandyr L. Ross, as unidades de planalto são em número de onze e abrangem a maior parte do território brasileiro. (COELHO, Marcos A. TERRA, Lygia. Geograa do Brasil. 5ª Ed. São Paulo. Pag. 78) EsFCEx - 2011
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(B) As unidades das planícies correspondem às áreas de relevo essencialmente plano, ormadas pela deposição recente de sedimentos de origem marinha, fuvial e lacustre. (C) Na proposta de Jurandyr L. Ross, as planícies ocupam, relativamente aos planaltos e as depressões, pequena superície. (COELHO, Marcos A. TERRA, Lygia. Geograa do Brasil. 5ª Ed. São Paulo. Pag. 78) (D) As unidades das depressões relativas continentais oram geradas por processos erosivos ocorridos no contato das extremidades das bacias sedimentares com maciços antigos. Esses processos erosivos originaram os dierentes tipos de depressões existentes no território brasileiro: periéricas, marginais, interplanálticas e outras. (COELHO, Marcos A. TERRA, Lygia. Geograa do Brasil. 5ª Ed. São Paulo. Pag. 78) (E) Nas planícies o processo de deposição é maior que processo erosivo, por isso é menor o desgaste.
19. Em relação às características da divisão das regiões geoeconômicas brasileiras, analise as armativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta. I. É dividida em 3 regiões: Amazônica, Nordeste e Centro-Sul, os critérios dessa divisão seriam os processos socioeconômicos de cada porção do território e de acordo com esse critério, os limites entre essas regiões não obedecem aos limites políticosadministrativos dos estados. II. Além de considerar os aspectos históricos e socioeconômicos, considera também o conceito de região natural e para acilitar o planejamento regional, assim como as regiões do IBGE, obedecem aos limites político administrativos dos estados. III. Foram criadas pelo geógrao Pedro Pinchas Geiger, no nal do século XX, dividiu o Brasil em três regiões: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul, de acordo com o meio técnico - cientíco inormacional que cada uma delas apresentava. Esse critério leva em consideração o desenvolvimento da técnica, da ciência e da inormação.
(A) somente I está correta (B) somente II está correta (C) somente III está correta (D) somente I e II estão corretas (E) somente I e III estão corretas
Solução IPM ALTERNATIVA (A)
A divisão em regiões geoeconômicas é uma proposta de estudo do espaço brasileiro com base em três grandes unidades territoriais: Amazônia. Nordeste e Centro-Sul, individualizadas segundo critérios geográcos e econômicos. Trata-se de uma proposta não ocial, elaborada em 1967 pelo geógrao Pedro Pinchas Geiger (observe o mapa abaixo).
Nesta divisão, ao contrário do que ocorre com a do IBGE, os limites das regiões não coincidem com os dos estados. Signica que um estado pode ter parte do seu território em uma região e parte em outra. É o caso do Maranhão e de Minas Gerais, por exemplo. Fonte: COELHO, Marcos A. TERRA, Lygia. Geograa do Brasil. 5ª Ed. São Paulo. Pag. 130. EsFCEx - 2011
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20. Numere a coluna da direita em conormidade com a da esquerda e, a seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência encontrada.
1. É um dos biomas mais importantes para a preservação da biodiversidade brasileira e mundial. É uma ormação vegetal densa com árvores altas em setores mais baixos do relevo.
( ) Cerrado
2. Possui grande diversidade de espécies vegetais e animais. Seu clima característico é o tropical, apresenta três extratos: mata de igapó, várzea e terra rme.
( ) Caatinga
3. Apresenta árvores e arbustos baixos coexistindo com gramíneas. Existem, no entanto, outras sionomias que vão de campos limpos até ormações arbóreas. Abriga uma importante biodiversidade e apresenta grande quantidade de espécies endêmicas ainda pouco conhecidas.
( ) Mata Atlântica
4. É uma ormação bastante heterogênea e apresenta grande variedade de espécies. Sua vegetação é xeróla, na qual predominam arbustos caduciólios e espinhosos. No verão, em razão da ocorrência de chuvas brotam olhas verdes e fores. (A) 2 – 4 – 1 (B) 3 – 2 – 1 (C) 3 – 4 – 2 (D) 3 – 4 – 1 (E) 4 – 3 – 2
Solução IPM ALTERNATIVA (D)
Nessa questão o candidato deve car atento às inormações do texto. Portanto, mata de igapó, mata de várzea e terra rme (Caaetê) são os grandes conjuntos de vegetações amazônicas para os quais não há opção na coluna da direita. Outra inormação importante está no item 4 quando que diz: “sua vegetação é xeróla” . Ou seja, especíca do clima semi-árido do Sertão Nordestino.
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COMENTÁRIO: A prova de Lígua Portuguesa seguiu a tendência dos anos anteriores, com um nível de difculdade
adequado não trouxe grandes problemas aos c andidatos.
21. Assinale a alternativa cuja sentença esteja de acordo com as regras de ortograa e acentuação.
(A) Órgãos da preeitura contrataram prossionais expertos para resolverem os problemas da cidade. (B) A noite, com as ruas iluminadas por explêndidas ogueiras de São João, as pessoas dançavam na rua. (C) Devido às opniões divergentes na Câmara de Vereadores, a preeitura desistiu de elevar o IPTU. (D) As discursões sobre o reforestamento infuênciaram na votação avorável ao projeto do governo. (E) Aos improváveis visitantes aquelas paragens se juntaram os uncionários da preeitura.
Solução IPM ALTERNATIVA (A)
(A) Órgão é uma palavra paroxítona terminada em ão, sendo obrigatória a acentuação gráca. A palavra expertos , segundo o dicionário Houaiss, signica especialista, perito. (B) À noite é uma locução adverbial portanto deve ser graada com o acento indicativo de crase. (C) Opiniões está graada de orma incorreta. (D) Discussões está graada incorretamente e infuenciaram não é acentuada. (E) O correto neste caso seria:” ..... daquelas paragens...”
22. Assinale a alternativa correta de acordo com as regras gramaticais canônicas.
(A) O que sua empresa tem para mim oerecer hoje? (B) Meu proessor de violão mora à Rua Ari Barroso. (C) Esse caso é análogo daquele do último julgamento. (D) O carioca Vinícius de Moraes radicou-se na Bahia. (E) A estratégia apresentada visa um aumento da receita.
Solução IPM ALTERNATIVA (D)
(A) o verbo oerecer é transitivo direto. No lugar do pronome oblíquo tônico ”mim”, deveria estar o pronome oblíquo “me”, completando o sentido do verbo oerecer. (B) O verbo morar exige a preposição em, logo “...mora na Rua Ari Barroso.” (C) Neste caso o correto seria “... análogo àquele...”. (E) Neste caso o verbo visar é utilizado no sentido de ter em vista, ter como objetivo ou objetivar é transitivo indireto, portanto “...visa a um aumento de receita.”
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23. Assinale a armativa correta.
(A) Os substantivos paz e quietude são sinônimos pereitos. (B) Os verbos dormir e acordar são antônimos contraditórios. (C) Duas palavras homônimas são necessariamente sinônimas. (D) Os substantivos largura e estreiteza são antônimos graduais. (E) Os euemismos são as principais causas dos tabus linguísticos.
Solução IPM ALTERNATIVA (B)
Antônimo contraditório ocorre quando os signicados das unidades se excluem mutuamente. O signicado de uma pode ser denido como a negação do signicado de outra. Portanto, dormir e acordar são sinônimos contraditórios.
24. Analise as armativas abaixo, com base nas sentenças A, B e C, e, em seguida, assinale a alternativa correta. A. Vou tomar duas Brahmas hoje. B. A proessora canta como um passarinho. C. Nosso chee é uma cobra. I. Em A, há uma relação de correspondência. II. Em B, ocorre uma metáora zoomórca. III. Em C, a metáora é causada por “uma cobra”.
(A) somente I é verdadeira (B) somente II é verdadeira (C) somente III é verdadeira (D) somente I e II são verdadeiras (E) somente II e III são verdadeiras
Solução IPM ALTERNATIVA (A) A. Embora não seja comum o emprego da terminologia “correspondência” na gramática. No período “Vou tomar duas Brahmas hoje.” há uma relação de troca. Essa troca só é possível entre palavras que apresentam entre si uma contiguidade (proximidade) de sentidos. B. O conectivo “como” estabelece uma comparação no período. Logo, não há metáora zoomórca. C. A relação do sujeito com o predicativo é causada pelo verbo de ligação. Logo, ao substituirmos o verbo por outro, com conectivo, “age como”, por exemplo, teríamos uma comparação sem alterar sujeito e predicativo. Assim, caria: “Nosso chee age como uma cobra”. Portanto, observa-se que o elemento “uma cobra” aparece nos dois exemplos, não sendo ela responsável pela classicação gurativa.
25. Assinale a alternativa em que os vocábulos são acentuados seguindo a mesma regra, de acordo com a gramática normativa.
(A) cajá – ímãs – avó (B) viúva – útil – júri (C) vênus – você – Irecê (D) saúde – viúva – Grajaú EsFCEx - 2011
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(E) cátedra – cálido – órceps
Solução IPM ALTERNATIVA (D)
As palavras Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, são acentuadas pela regra do “u” e do “i”, que recebe acento agudo quando ormam hiato com a vogal anterior,
26. Assinale a alternativa em que a lacuna pode ser preenchida por qualquer uma das ormas verbais indicadas entre parênteses, de acordo com a gramática normativa:
(A) Homens e mulheres cada um___________do seu valor (sabe – sabem) (B) Naquela tarde, ____________ meu lho, minha mãe e eu para um passeio. (saiu – saímos) (C) Nem um nem outro ____________ os seus erros. (reconheceu – reconheceram) (D) A maior parte dos uncionários _________ no atual diretor da aculdade. (votou – votaram) (E) Cada um dos candidatos à vaga de recepcionista _________ enviar uma oto 3x4. (deve-devem)
Solução IPM ALTERNATIVA (C ou D)
Segundo as regras de concordância, para as expressões nem um nem outro, o verbo poderá vir em duas ormas: singular ou plural. Para isso, basta observar se a ideia apresentada no período é caso de inclusão ou exclusão. Para a ideia de inclusão, usase o verbo no plural. Para a ideia de exclusão, usa-se o verbo no singular. Na expressão partitiva a maior parte de... caso os complementos estejam no plural, poderá ser estabelecido o uso verbo no singular, ou no plural. Concordando com a expressão ou com o substantivo plural após a expressão. Para responder à questão 7, considere o trecho abaixo:
“De acordo com pesquisa americana publicada no periódico BMC Public Health, pessoas que acumulam mais de 17 anos de estudo bebem e umam menos e apresentam um índice de massa corporal (IMC) mais baixo do que aquelas que se dedicam menos à escola.” Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudar-tambem-pode-ajudar-saude-do-coracao. Acesso em 14 de março de 2011.
27. Analise as armações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta. I. Em “pessoas que acumulam mais de 17 anos de estudo [...]”, o que é um pronome relativo. II. Em “pessoas que acumulam mais de 17 anos de estudo [...]”, o que introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa. III. Em “aquelas que se dedicam menos à escola.”, o que é uma conjunção integrante. IV. Em “aquelas que se dedicam menos à escola.”, o que introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva.
(A) somente I e II são verdadeiras (B) somente I e IV são verdadeiras (C) somente II e III são verdadeiras (D) somente II e IV são verdadeiras (E) somente III e IV são verdadeiras
Solução IPM ALTERNATIVA (B) EsFCEx - 2011
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Na armativa I - o que é pronome relativo, está em uma oração adjetiva. Para conrmar, basta trocar o pronome relativo que por quem. Na armativa II, o que, pronome relativo introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva. Na armativa III, o que é um pronome relativo. Na armativa IV, a ausência das vírgulas, a ideia de restrição e o que , sendo pronome relativo, introduzem uma oração subordinada adjetiva restritiva.
28. Assinale a alternativa em que todos os itens lexicais tenham passado pelo processo de composição, de acordo com a gramática normativa.
(A) cavalaria – arvoredo – boiada (B) bisneto – aguardente – celeste (C) elizardo – humano – bondoso (D) amplitude – beleza – dignidade (E) passatempo – boquiaberto – malcriado
Solução IPM ALTERNATIVA (E)
O comando da questão pede para que seja assinalada a alternativa com o processo de composição. Na alternativa E, nas três palavras, há processo de ormação por composição, passatempo - composição por justaposição; boquiaberto - composição por aglutinação e malcriado - composição por justaposição.
Para responder às questões 9 e 10, considere o trecho abaixo:
1.
“O ser humano evoluiu, tornou se bípede, mas continuou caminhando.
2.
E passou a usar a caminhada para outros ns que não o de chegar a um
3.
lugar especíco: o de buscar determinada coisa. Praticar exercícios
4.
ísicos é algo relativamente recente, mesmo porque, no passado,
5.
o sedentarismo era a exceção antes que a regra; caçadores, agricultores,
6.
trabalhadores em geral jamais pensariam nisso.”
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/a_arte_de_caminhar.html. acesso em 11 de março de 2011.
29. Analise as armações abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
(A) No primeiro período, as vírgulas oram utilizadas para separar um pleonasmo. (B) No segundo período, os dois pontos oram utilizados para caracterizar textualmente o discurso do interlocutor. (C) Em “caçadores, agricultores, trabalhadores em geral jamais pensariam nisso.”, as vírgulas oram utilizadas para separar termos coordenados. (D) Em “Praticar exercícios ísicos é algo relativamente recente, mesmo porque, no passado, o sedentarismo era a exceção antes que a regra;” as vírgulas oram empregadas para separar orações adjetivas restritivas. (E) Em “o sedentarismo era a exceção antes que a regra; caçadores, agricultores, trabalhadores em geral jamais pensariam nisso.”, o ponto e vírgula oi utilizado para separar as orações adjetivas de valor explicativo.
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Solução IPM ALTERNATIVA (C)
(A) A vírgula separa elementos coordenados. (B) Os dois pontos indicam um aposto explicativo. (C) É a resposta correta (D) Neste caso a vírgula oi usada para separar adjuntos adverbiais intercalados. (E) Neste caso o ponto e vírgula é utilizado para separar orações de orma denitiva, ou seja, separar orações coordenadas.
30. No texto, “mesmo porque” (linha 4) estabelece uma relação de:
(A) adição (B) nalidade (C) causalidade (D) temporalidade (E) condicionalidade
Solução IPM ALTERNATIVA (C)
A relação estabelecida por “mesmo porque” é de causalidade, por se tratar de uma oração adverbial causal.
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