Ergonomia padrão nova1 (reparada) - ERGONOMIA

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HST - Ergonomia Prof.º Lucia Helena Dias Mendes

H S T - E R G O N O M I A

CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Lucia Helena Dias Mendes

Ergonomia Disciplina do Eixo Curricular da Área de Saúde e Meio Ambiente do Curso Técnico de Segurança do Trabalho do CEFET/RJ

Edição: CEFET/RJ – COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Local: Av. Maracanã, 229 – Maracanã Editora: CEFET/RJ Ano de Publicação: 2012

Presidente da República Dilma Rousseff

Coordenador Geral do e-tec no CEFET/RJ Mauro Godinho Gonçalves

Ministro da Educação Aloízio Mercadante

Coordenador Geral Adjunto do e-tec no CEFET/RJ Alexandre Martinez dos Santos

Secretário de Educação Profissional e Tecnológica Eliezer Moreira Pacheco Professora organizadora Lucia Helena Dias Mendes Diretor Geral do CEFET/RJ Carlos Henrique Figueiredo Alves Diretora de Ensino Gisele Maria Ribeiro Vieira Coordenadora da Educação à Distância no CEFET/RJ Maria Esther Provenzano

Coordenador do Curso de Segurança do Trabalho do e-tec no CEFET/RJ Myrna da Cunha Coordenador de Tutoria do e-tec no CEFET/RJ Unapetinga Hélio Bomfim Vieira Professora Pesquisadora do e-tec no CEFET/RJ Lúcia Helena Dias Mendes Colaboradora Luciana Ponce Leon Montenegro de Morais Castro

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central do CEFET/RJ

C977

Curso técnico de segurança do trabalho, módulo V: Ergonomia: Disciplina do Eixo Curricular da Área de Saúde e Meio Ambiente do Curso Técnico de Segurança do Trabalho do CEFET-RJ / Lucia Helena Dias Mendes (org.). Rio de Janeiro: CEFET/RJ, – 2012. 174p. : il. color.

1. Segurança do trabalho. 2. Ergonomia I. Centro Federal deEducação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca. II. Mendes, Lucia Helena Dias. (org.). III. Título.

CDD 363.11

Apresentação do e-Tec Brasil Prezado estudante, Bem vindo ao e-Tec Brasil! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto n° 6.301, de 12de dezembro de 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parecria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino téncnico, seus servidores téncicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação tecnica, - é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional!

Ministério da Educação Janeiro de 2010

Nosso contato [email protected]

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Indicação de ícones

Curiosidades: indica informações interessantes que enriquecem o assunto.

Interrogação: indica perguntas frequentes do aluno em relação ao tema e respostas às mesmas.

Você sabia? : oferece novas informações e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.

Lembrete: enfatiza algum ponto importante sobre o assunto.

Tome nota 1: espaço dedicado às anotações do aluno.

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Tome nota 2: espaço também dedicado às anotações do aluno.

Mãos a obra: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

Bibliografia: apresenta a bibliografia da apostila.

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SUMÁRIO Palavra do Professor – organizador...........................................................................08 Apresentação da Disciplina........................................................................................09 Projeto Instrucional....................................................................................................10 Aula 1

Introdução à Ergonomia .......................................................................13

Aula 2

Estudos Ergonômicos ..........................................................................23

Aula 3

Caracterização do Trabalho .................................................................41

Aula 4

Antropometria .......................................................................................53

Aula 5

Espaços de Trabalho ...........................................................................63

Aula 6

Mostradores e Controles ......................................................................75

Aula 7

Atividades musculares .........................................................................83

Aula 8

Ergonomia e Prevenção de acidentes ...............................................127

Aula 9

Análise Ergonômica ...........................................................................157

Referências Bibliográficas........................................................................................168 Currículo do Professor – organizador.......................................................................173 Palavra do Coordenador..........................................................................................174

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COM A PALAVRA, A PROFESSORA ... Falar sobre Ergonomia é o mesmo que falar em Qualidade de Vida seja no Trabalho ou na vida diária. Nesta apostila aprenderemos como tornar ambientes de trabalho mais salutares, culminando com a análise ergonômica do trabalho que é verificação realizada em todas as

funções existentes nos setores da Empresa para qualificação das

condições de trabalho de acordo com a NR 17 que visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar

um máximo conforto,segurança e

desempenho eficiente . Para isso analisaremos: Sistema organizacional, Posto de trabalho,Postura do trabalhador e o Ambiente Físico. Então ..... MÃOS À OBRA!!!!!

Deixo aqui uma frase para reflexão.

Não sois máquinas; Homens é que sois" Charlie Chaplin

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Apresentação da Disciplina ERGONOMIA

Carga Horária: 40 horas

Espera-se que o(a) cursista desenvolva as seguintes competências:

● Introduzir os conceitos e objetivos da Ergonomia ● Apontar os estudos de que se utiliza a ergonomia, e como eles contribuem para esta disciplina. ● Introduzir a história e a evolução do trabalho humano. ● Conceituar e exemplificar antropometria em ergonomia. ● Definir conceitos referentes a espaços de trabalho e suas recomendações. ● Entender a adaptação da máquina ao homem. ● Passar conhecimento sobre atividades musculares, e o certo e o errado desta na ergonomia. ● Conscientizar os estudantes em relação a prevenção de acidentes. ● Introduzir a metodologia de analise ergonômica do trabalho.

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Projeto instrucional Disciplina: Ergonomia (Carga horária: 40 horas) Ementa: Introdução – Estudos Ergonômicos – Caracterização do Trabalho - Antropometria – Espaços de Trabalho – Sistemas de controle – Atividades Musculares – Mostradores e Controles – Ergonomia e Prevenção de Acidentes – Trabalho Prático – Análise Ergonômica.

AULA

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

CARGA MATERIAIS HORÁRIA (horas)

1- Introdução à Ergonomia

●Conceituar Ergonomia. ●Conhecer as áreas de atuação da mesma. ●Saber os objetivos e a finalidade dela.

2- Estudos Ergonômicos

●Conhecer as disciplinas ligadas Impresso a ergonomia. ●O que a ergonomia estuda. ●Entender quais são os campos de aplicação de ergonomia.

3- Caracterização do Trabalho

●Conhecer fatos históricos que contribuíram pra a evolução do trabalho. ●Saber a trajetória do trabalho humano. ●Conhecer os personagens integrantes desta evolução.

4- Antropometria

5- Espaços de Trabalho

●Saber o que é antropometria. ●Especificar os espaços de trabalho em relação a antropometria. ●Conhecer vantagens e desvantagens de algumas situações de trabalho. ●Definir o que um posto de trabalho. ●Conhecer os enfoques de análises de postos de trabalho. ●Ordenar as etapas de uma análise de postos de trabalho. ●Entender sobre arranjo físico e dimensionamento

Impresso

4

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4

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6- Mostradores e Controles

7- Atividades musculares

8- Ergonomia e Prevenção de acidentes

9- Análise Ergonômica do Trabalho

●Saber o que é o sistema HM ●Conhecer os tipos de controle ●Saber a função e os tipos de padronização

Impresso

5

●Saber o que é biomecânica ●Conhecer os tipos de traumas musculares ●Diferenciar posturas corretas e incorretas ●Entender as atividades musculares

Impresso

5

●Saber sobre Prevenção de acidentes em controle e manejos ●Conhecer a evolução da organização do trabalho ●Jornada de trabalho e suas conseqüência ●Condições ambientais

Impresso

5

●Saber o que é uma AET ●Conhecer as etapas de uma Impresso análise ●Aprender a fazer uma análise ergonômica

5

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Introdução à Ergonomia

Meta: Introduzir os conceitos e objetivos da Ergonomia

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de:  Conceituar Ergonomia  Conhecer as áreas de atuação da mesma  Saber os objetivos e a finalidade dela

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Olá, Saudações Prevencionistas ! Seja bem vindo(a) a nossa primeira aula. Hoje falaremos sobre Ergonomia.

“Segurança é saúde, pratique esta idéia” • Caros alunos, o que é Ergonomia? A palavra “Ergonomia” vem de duas palavras Gregas: “ergon” que significa trabalho, e “nomos” que significa leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência de “conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa”. • Origens e evolução 

Origem Em 1949, um engenheiro inglês chamado Murrel

criou na Inglaterra a primeira sociedade nacional de

Ergonomia também é chamada de Engenharia dos Fatores Humanos, e ultimamente, também se tem preocupado com a Interface HomemComputador. As preocupações com a ergonomia estão a tornar-se um fator essencial à medida que o uso de computadores tem vindo a evoluir.

ergonomia, a “Ergonomic Research Society”. Posteriormente, a ergonomia desenvolveu-se em numerosos países industrializados, como a França, Estados Unidos, Alemanha, Japão e países escandinavos. Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics Association”. Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação Brasileira de Ergonomia”.

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Oficialmente,

a

Ergonomia

nasceu

em

1949,

derivada da época da 2ª Guerra Mundial Durante a guerra, centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidas, bem como sistemas de comunicação mais avançados e radares. Ocorre que muitos destes equipamentos não estavam adaptados às características perceptivas daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes e mortes. Como

cada

soldado

ou

piloto

morto

representava

problemas sérios para as Forças Armadas, estudos e pesquisas foram iniciados por Engenheiros, Médicos e Cientistas, a fim de que projetos fossem desenvolvidos para modificar comandos (alavancas, botões, pedais, etc.) e painéis, além do campo visual das máquinas de guerra. Iniciava-se, assim, a adaptação de tais equipamentos aos soldados que tinham que utilizá-los em condições críticas, ou seja, em combate. Após a guerra, diversos profissionais envolvidos em tais projetos reuniram-se na Inglaterra, para trocar idéias sobre o assunto. Na mesma época, a Marinha e a Força Aérea dos Estados Unidos montam laboratórios de pesquisa de Ergonomia (lá conhecida por Human Factors, ou

Fatores

Humanos),

com

os

mesmos

objetivos.

Posteriormente, com o Programa de Corrida Espacial e a Guerra Fria entre URSS e os EUA, a Ergonomia ganha impressionante avanço junto à NASA. Com o enorme desenvolvimento

tecnológico

divulgado

por

esta,

a

Ergonomia rapidamente se disseminou pelas indústrias de toda a América do Norte e Europa.

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Evolução

 1ª Fase: Ergonomia, referente às dimensões de objetos, ferramentas, painéis de controle dos postos de trabalho usados por operários. O objetivo dos cientistas, nesta fase, concentrava-se mais ao redimensionamento dos postos de trabalho, possibilitando um melhor alcance motor e visual aos trabalhadores.  2ª Fase: A Ergonomia passa a ampliar sua área de atuação, confundindo-se com outras ciências, eis que fazendo uso destas. Assim, passa o Ergonomista a projetar postos de trabalho que isolam os trabalhadores do ambiente industrial agressivo, seja por agentes físicos ( calor, frio, ruído, etc.), seja pela intoxicação por agentes químicos (vapores, gases, particulado sólido, etc.). O que se percebe é uma abrangência maior do Ergonomista nesta fase, adequando o ambiente e as dimensões do trabalho ao homem.  3ª Fase: A Ergonomia passa a atuar em outro ramo científico, mais relacionado com o processo COGNITIVO do ser humano, ou seja, estudando e elaborando sistemas de transmissão

de

informações

mais

adequadas

às

capacidades mentais do homem, muito comuns junto à informática

e

ao

controle

automático

de

processos

industriais, através de SDCD’s (Sistema Digital de Controle de Dados) .Tal fase intensificou sua atuação mais na região da Europa, disseminando-se a seguir pelo resto do mundo. Por fim, na atualidade, pesquisas

mais recentes

estão se desenvolvendo em relação à PSICOPATOLOGIA DO

TRABALHO

e

na

ANÁLISE

COLETIVA

DO

TRABALHO. Especificamente a Escola Francesa de Ergonomia interessou-se por tais ciências e as vem

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divulgando pelo mundo, inclusive no Brasil. • Alunos, porque devemos utilizar a ergonomia? -Novas

tecnologias,

competitividade

de

mercado,

produtividade x qualidade. - Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com: • Eficácia • Segurança • Qualidade Abordagem A ergonomia aborda questões relativas ao trabalho como: •

alto índice de acidentes de trabalho;



problemas associados a doenças do trabalho;



questões relacionadas à redução da produtividade no

local de trabalho, alto índice de absenteísmo, retrabalhos, diminuição de motivação, etc; • Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), proporcionando mais do que um posto de trabalho melhor, mas também uma vida melhor no trabalho.

Figura 1

Custo-benefício da Ergonomia A ergonomia, assim como qualquer outra atividade

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relacionada com o setor produtivo, só será aceita se for capaz de comprovar que é economicamente viável, ou seja, se apresentar custo benefício viável, ou seja, se apresentar uma relação custo/ benefício favorável. A análise do custo/benefício indica de um lado, o investimento (quantidade de dinheiro) necessário para implementar

um

projeto

ou

uma

recomendação

ergonômica, representado pelos custos de elaboração do projeto , aquisição de máquinas, materiais e equipamentos, treinamento de pessoal e queda de produtividade durante o período de implantação. Do outro lado são computados os benefícios, ou seja, quanto vai se ganhar com os resultados do projeto. Aí podem ser computados itens como economias de material, mão de obra e energia, redução de acidentes, absenteísmos e aumento da qualidade e produtividade. Aplicações -ergonomia industrial -hospitalar -vida diária -escolar -transportes -sistemas informatizados Objetivos A Ergonomia tem como objetivo principal, o estudo das capacidades e limitações do homem ao trabalho, determinando-se

os

materiais,

os

equipamentos,

as

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ferramentas, os métodos e os locais mais apropriados ao desempenho de suas atividades produtivas. Em síntese os objetivos

práticos

da

ergonomia

são

a

segurança,

satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com sistemas produtivos. A eficiência virá como resultado.  Eficiência – Se dar por: -Projetos de máquinas e ambientes adequados ao homem - Redução da fadiga e do desconforto. -Redução do absenteísmo por doenças e acidentes. - Aumento de produtividade. - Redução dos custos de produção.  Saúde - A saúde do trabalhador é mantida quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas limitações energéticas e cognitivas, de modo a evitar as situações de estresse, riscos de acidentes e doenças ocupacionais.  Segurança - A segurança é conseguida com os projetos de postos de trabalho, ambiente e organização do trabalho, que estejam dentro das capacidades e limitações do trabalhador, de modo a reduzir erros, acidentes, estresse e fadiga.  Satisfação - Satisfação é o resultado do atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador. Contudo, há muitas diferenças individuais e culturais. Uma mesma situação pode ser considerada satisfatória para uns e insatisfatória para outros, dependendo das necessidades e expectativas de cada um. Os trabalhadores satisfeitos

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tendem a adotar comportamentos mais seguros e são mais produtivos que aqueles insatisfeitos.  Eficiência - É a consequência de um bom planejamento e organização do trabalho, que proporcione saúde, segurança e satisfação ao trabalhador. Ela deve ser colocada dentro de certos limites, pois o aumento indiscriminado da eficiência pode implicar em prejuízo á saúde e segurança. Finalidade - Prevenir acidentes - Melhorar as condições de trabalho - Evitar o erro humano - Promover a integridade física e psicológica - Melhorar a integração - Aumentar a produtividade

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ATIVIDADE 1 Defina Ergonomia em poucas palavras e seus objetivos?

ATIVIDADE 2 Quais questões relativas ao trabalho a ergonomia aborda?

ATIVIDADE 3 Onde a Ergonomia pode ser aplicada?

ATIVIDADE 4 Qual é sua finalidade?

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Estudos Ergonomicos

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Meta: Apontar os estudos de que se utiliza a ergonomia, e como eles contribuem para esta disciplina.

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de: 

Conhecer as disciplinas ligadas a ergonomia



O que a ergonomia estuda



Entender quais são os campos de aplicação de ergonomia

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Olá, Saudações prevencionistas! Vamos conversar agora sobre um aspecto muito importante para o entendimento desta disciplina: Estudos Ergonômicos. “ A segurança faz a diferença no trabalho.” Introdução A Ergonomia estuda: • Ambiente: estuda as características do ambiente físico que envolve o homem durante o trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases e outros.

Abrangência = qualidade do que é abrangente Ato de abranger = alcance, âmbito

• Informações: refere-se às comunicações existentes entre os elementos de um sistema, a transmissão de informações, o processamento e a tomada de decisões. • Organização: é a conjugação dos elementos acima citados no sistema produtivo, estudando aspectos como horários, turnos de trabalho e formação de equipes. • Consequências do trabalho: aqui entram mais as questões de controles como tarefa de inspeções, estudos dos erros e acidentes, além dos estudos sobre gastos energéticos, fadiga e “estress”. •

Abordagem ergonômica Considera as capacidades humanas e seus limites

As contribuições da ergonomia para introduzir melhorias em situações de trabalho dentro de empresas podem variar, conforme a etapa em que elas ocorrem e também conforme a abrangência com que é realizada.

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A abrangência é classificada em: 

Análises

de

sistemas



preocupa-se

com

o

funcionamento global de uma equipe de trabalho usando uma ou mais máquinas, partindo de aspectos mais gerais, como a distribuição de tarefas entre o homem e a máquina e assim por diante. A análise pode se aprofundar gradativamente, até chegar o nível de cada um dos postos de trabalho que os compõe.  Análise dos postos de trabalho - é o estudo de uma parte do sistema onde atua um trabalhador. Faz a análise da tarefa, da postura e dos movimentos do trabalhador e de suas exigências físicas e psicológicas.  Ocasião da abordagem

-Ergonomia do posto de trabalho: abordagem microergonômica . -Ergonomia de sistemas de produção: abordagem macroergonômica.

Analisa as exigências das tarefas e os diferentes fatores que influenciam as relações homem x trabalho, as características materiais do trabalho: •

peso dos instrumentos



forças a exercer



disposição dos comandos



dimensões dos diferentes elementos constituintes do

posto e do sistema. 

Sinais de alarme Existem vários tipos de sinais de alarme ou

indicadores para um estudo ergonômico:

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Fisiológicos: aceleração dos batimentos cardíacos,

quantidade de ar respirado, atividade elétrica cerebral, temperatura corporal.  Em nível de trabalho: repetitividade de erros cometidos em uma tarefa, as baixas na produtividade e na qualidade da performance do operador, aumento do índice de retrabalhos, incidentes de trabalho, acidentes de trabalho (importância vital). 

Subjetivos: queixas eventuais dos trabalhadores

(contraste entre a percepção objetiva e a subjetiva) 

Mudanças de comportamento: ansiedade e irritação

Tipos de abordagem 

Quanto

a

abrangência:

A

abrangência

é

classificada em análises de sistemas e análise dos postos de trabalho. A

Análise

de

Sistemas

preocupa-se

com

o

funcionamento global de uma equipe de trabalho usando uma ou mais máquinas, partindo de aspectos mais gerais, como a distribuição de tarefas entre o homem e a máquina e assim por diante. A análise pode se aprofundar gradativamente, até chegar o nível de cada um dos postos de trabalho que os compõe.

Quanto a contribuição:

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Ergonomia

de

coreção:

Concentra-se

na

modificação ou replanejamento de situações concretas de trabalho

que

apresentam

mostrando-se Normalmente,

nocivas, surge

de

problemas

ou

inadequadas, uma

demanda

disfunções, perigosas. gerada

por

problemas tais como fadiga, absenteísmo, baixa produção, acidentes, rotatividade alta, doenças ocupacionais, entre outras. Ex: modificações de situações existentes. (Atua de maneira restrita modificando os elementos parciais do posto de trabalho, como: ruído, temperatura, dimensões, iluminação, etc...) Ergonomia de concepção ou preventiva: Visa a elaboração de propostas e recomendações fundamentadas em estudos e pesquisas, para o estabelecimento de especificações e exigências ergonômicas

a serem

utilizadas no planejamento de máquinas, instrumentos e sistemas produtivos. Ex: normas e especificações de projeto. •

Ergonomia de produção: Refere-se aos estudos e

pesquisas para otimização de máquinas e instrumentos ou tarefas a fim de que ofereçam o mínimo de risco, esforço e o máximo de eficiência para o operador. Concentra-se, portanto, nas condições e características do trabalho.



Ergonomia

de

produto:

A partir

do usuário

conhecido ou potencial também refere-se a estudos e pesquisas para otimização de máquinas ou utensílios, tendo em vista as características do produto.

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Ergonomia de postos de trabalho: Centra-se em estudos e pesquisas tanto para correção quanto para concepção de um posto de trabalho ou Sistema HomemTarefa-Máquina isolado dos demais, a fim de melhor adaptá-lo

ao

comportamentos

homem.

Envolve

operatórios

e

dos

a

análise mecanismos

dos e

processos subjacentes, ou seja, adaptação da máquina ao homem através do estudo de reações humanas, sem esquecer que o posto está circundado e é influenciado pelo ambiente mais geral. Ergonomia de conscientização: Pode-se dizer que o sistema e os postos de trabalho assemelham-se a organismos vivos em constante transformação e adaptação. Portanto é importante conscientizar o operador, através de cursos

de

treinamentos

e

freqüentes

reciclagens,

ensinando-o a trabalhar de forma segura, reconhecendo os fatores de risco que podem surgir, a qualquer momento, no ambiente de trabalho. Neste caso ele deve saber qual a providencia a ser tomada. Ex: capacitação de pessoas

Quanto a interdisciplinaridade A ergonomia se utiliza dos seguintes conhecimentos: Estatística - Levantamento de dados. Higiene do trabalho - Controle dos riscos ambientais como: temperatura,ruídos,

vibrações,

iluminação,

agentes

químicos, etc. Medicina do trabalho – Controle da saúde do trabalhador.

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Segurança do trabalho - Prevenção dos acidentes corrigindo instalações, máquinas e equipamentos que apresentam riscos e lesões. Relações humanas - Cuida do bem estar do operatório no lar, com seus familiares e na fábrica com seus colegas e chefias. •

Campos de especialização da ergonomia A International Ergonomics Association publicou uma

conceituação que promove uma divisão da ergonomia em três campos de atuação e conhecimento. Ergonomia física Está relacionada com às características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueléticos relacionados com o trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde do trabalhador. Ergonomia cognitiva Refere-se

aos

processos

mentais,

tais

como

percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem computador, stress e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas.

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Ergonomia Organizacional Está relacionada com a otimização dos sistemas

sócio-técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, planos e processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações, recursos da equipe de gerência ,projeto de trabalho, projeto de escalas de trabalho, trabalho em grupo, projeto

participativo,

novos

paradigmas

do

trabalho,

trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da qualidade. Fatores Humanos no Trabalho São

as

características

humanas

que

influem

no

desempenho do trabalho. O estudo a adaptação humana ao trabalho

abrange as transformações que ocorrem

quando o organismo passa do estado de repouso para a atividade

e também aquelas transformações de caráter

mais duradouro, devido ao treinamento. A monotonia, fadiga e motivação são três aspectos muito importantes, que devem interessar a todos aqueles que realizam análise e projeto do trabalho humano. A monotonia e fadiga estão presentes em todos os trabalhos e não podem ser totalmente eliminados, mas controlados e substituídos

por

ambientes

mais

interessantes

e

motivadores. Finalmente, as questões de idade, sexo e deficiências físicas no trabalho são assuntos da atualidade e estão atraindo, cada vez mais, atenção dos pesquisadores. Até agora, o homem adulto de 20 a 30 anos tem sido usado, quase sempre, como paradigma do trabalhador, mas isso tem está sendo cada vez menos real, á medida que outros

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segmentos da sociedade estão participando, cada vez mais, das atividades produtivas Fatores Fisiológicos Ritmo circadiano O organismo humano apresenta oscilações em quase todas as funções fisiológicas com um ciclo de 24 horas. Daí o nome em de circadiano, derivado do latim, circa dies significando cerca de um dia. O ritmo circadiano, bem como os demais indicadores fisiológicos, são comandados pela presença da luz solar. Assim, mesmo no caso de trabalhadores que trabalham á noite e dormem durante o dia, esse ritmo mantém-se quase inalterado, havendo apenas adaptações, que demoram cerca de 2 semanas para ocorrer. Quanto a adaptação ao trabalho, o organismo está mais “disposto” para o trabalho em certas horas do dia, isto implica em redimentos e riscos nestes períodos. Existem ciclos naturais e existem adaptações criadas pelo homem. Os estudos sobre os ritmos circadianos demonstram que há duas variações individuais e que é possível distinguir pelo menos dois tipos: os matutinos e vespertinos. Os matutinos são aqueles que acordam de manhã com mais facilidade, apresentam melhor disposição na parte da manhã e costumam dormir cedo. Os vespertinos são mais ativos á tarde e no ínicio da noite. Demonstram menor disposição na parte da manhã, mas em compensação, são mais adaptáveis ao trabalho noturno.

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Diferenças individuais: - pessoas matutinas: ritmo máximo ás 12 horas. - pessoas vespertinas: ritmo máximo ás 18 horas. Existem resultados comprovados da influência do ritmo circadiano no nível de alerta e desempenho no trabalho. Experimentos

realizados

em

tarefas

de

inspeção,

demonstram que os matutinos são mais eficientes na parte da manhã, para detectar falhas, enquanto os vespertinos são superiores na parte da tarde, com diferenças estatisticamente significativas entre esses dois grupos. O ritmo influencia a nível de alerta e desempenho, e portanto, a frequência de acidentes

Trabalho noturno É influenciado por: - diferenças individuais

Figura 1

- tipo de atividade - ciclo circadiano E influencia: - desempenho - saúde - trabalho e lazer - atividade social

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Consequências: - duração do sono - qualidade do sono - desempenho

Início da atividade - Aquecimento humano São as transformações fisiológicas que ocorrem durante a fase inicial de uma atividade física(principalmente atividade pesada)

relacionadas

ao

metabolismo

muscular,

funcionamento de órgãos, geração de calor, etc. O corpo humano passa por diversas transformações fisiológicas no início da atividade. Isso ocorre, sobretudo quando se exigem

esforços

físicos

pesados.

Esse

processo

assemelha-se ás máquinas térmicas, que precisam ser préaquecidas para entrar em regime normal de funcionamento. Quando

uma

atividade

física

pesada

começa

repentinamente, os músculos trabalham em desvantagem, com um débito de oxigênio. Portanto para um trabalho físico pesado é aconselhável fazer um pré-aquecimento de 2 a 3 minutos, ou iniciar a atividade com menor intensidade, dando uma oportunidade para o organismo adaptar-se, de modo que não haja um grande desbalanceamento entre a oferta e a demanda de oxigênio. Em algumas empresas adota-se a prática da ginástica de aquecimento, antes da jornada de trabalho, assim como os atletas

fazem

aquecimento

muscular

antes

das

competições. A adaptação se dá aproximadamente de 2 a 3 minutos.

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Monotonia É a reação do organismo a um ambiente uniforme e pobre em estímulos. Os sintomas mais indicativos da monotonia são: Reação : sensação de fadiga, sonolência, morosidade e diminuição da atenção. Causas: - atividades prolongadas - atividades repetitivas - curta duração do ciclo de trabalho - restrição de movimentos corporais - local mal iluminados, ruidosos, quentes e isolados socialmente ( pouca possibilidade de contato com colegas de trabalho). Consequências: - diminuição da atenção - aumento do tempo de reação Tarefas motivadoras Uma tarefa monótona e rotineira pode ser transformada em outra, mais interessante e motivadora, tomando-se algumas providências, tais como: estabelecer metas; - desafiar; - Informar;

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- recompensar (mais ganhos,abonos, promoções, prêmios. Fadiga Efeito do trabalho continuado, que provoca uma redução reversível da capacidade do organismo e uma degradação qualitativa desse trabalho. A fadiga é causada por um conjunto

complexo

de

fatores,

cujos

efeitos

são

cumulativos. Em primeiro lugar estão os fatores fisiológicos, relacionados com a intensidade e duração do trabalho físico e mental. Depois, há uma série de fatores psicológicos, como a monotonia, a falta de motivação, e por fim os fatores ambientais e sociais, como a iluminação, ruídos e temperaturas e o relacionamento social com a chefia e os colegas de trabalho. Causas Fisiológicas: Esgotamento das reservas de energia. Causas Psicológicas: - estresse

Figura 2

- monotonia, desmotivação, relacionamento social, etc - emocional Uma pessoa fatigada tende a aceitar menores padrões de precisão

e

segurança.

Ela

começa

a

fazer

uma

simplificação da sua tarefa, eliminando tudo o que não for essencial. A força, velocidade e precisão dos movimentos tendem a diminuir.

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Consequências: Trabalhador aceita menores padrões de precisão e segurança. - aumento de erros - piora nas estratégias de resolução de problemas complexos Como reduzir a Fadiga? - eliminar cargas musculares - eliminar ruídos, temperatura e baixos níveis de luz - melhorar as relações sociais - planejar os turnos (pausas, limites de tempo) - prover acompanhamento médico-psicológico. Influências da idade, do sexo e deficiências físicas No mundo atual ainda existem, infelizmente, muitas discriminações e preconceitos ao trabalho de mulheres, pessoas idosas e aquelas portadoras de deficiências. Em muitos países do mundo houve avanços na legislação. A ergonomia tem mostrado um crescente interesse pelo estudo dos mesmos, pois tudo indica que a participação deles na força de trabalho será cada vez maior. Idade O aumento da idade média profissional, exige adaptações do trabalho, nas áreas: - Antropometria

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- Psicomotricidade - Visão e audição - Memória - Senilidade Sexo Aumento da participação das mulheres no mercado exige adaptações do trabalho, nas áreas: - Antropometria - Capacidade física - Capacidade intelectual Influências das deficiências físicas Deficientes físicos são aqueles que não podem exercer plenamente as suas aptidões físicas, em conseqüência de doenças, acidentes ou causas congênitas. Cada deficiente apresenta um quadro próprio de deficiência. Representam de 5 a 10% da população segundo as categorias: - Em cadeiras de rodas - Com pernas mecânicas, muletas - Cegos (parciais ou totais) - Surdos (parciais ou totais) - Com lesões no sistema nervoso central - As diversas deficiências provocadas pela idade avançada.

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ATIVIDADE 1 Quais são os alvos de estudo da ergonomia?

ATIVIDADE 2 Como é classificada a abrangência ergonômica, e quais soa as suas características?

ATIVIDADE 3 Caracterize os sinais de alarme.

ATIVIDADE 4 Em relação aos tipos de abordagem, diferencie-os quanto a contribuição.

ATIVIDADE 5 Quais são as disciplinas envolvidas com a ergonomia?

ATIVIDADE 6 O que são fatores humanos ?

ATIVIDADE 7 Quais são as causas e as consequências da monotonia?

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ATIVIDADE 8 Quais são os três aspectos muito importantes, que devem interessar a todos aqueles que realizam análise e projeto do trabalho humano??

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Caracterização de Trabalho

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Meta: Introduzir a história e a evolução do trabalho humano.

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de: 

Conhecer fatos históricos que contribuíram pra a evolução do

trabalho 

Saber a trajetória do trabalho humano



Conhecer os personagem integrantes desta evolução

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Olá, Saudações Prevencionistas! Seja bem vindo(a) a aula de hoje. Vamos falar sobre caracterização do trabalho

Figura 1

Introdução O trabalho desempenha papel central na vida das pessoas apesar de vários significados ou conceitos que as pessoas atribuam a ele ainda é considerado muito

-Pagamento de adicional de produtividade sem uma análise da condição de execução do trabalho, ocasionando sobrecarga e fadiga.

importante. Determina a essência da vida humana. O trabalho passou por diversas mudanças e tempos, se auterou ao longo de civilizações, deu origem a pensamentos

diferentes,

sofreu

impacto

de

novas

tecnologias, novas atividades. O homem, desde o início de sua existência, em todo momento se empenhou para chegar ao aperfeiçoamento com o mínimo de esforço em seu trabalho, para obter os melhores resultados possíveis. Basta compararmos o trabalho artesanal antigo com o atual, com os sistemas informatizados. Definições de Trabalho 

Guerin (2001) Aponta que a palavra trabalho abrange várias

realidades,

podendo

ser

utilizada

para designar

as

condições de trabalho: - trabalho pesado, penoso;

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- o resultado do trabalho - um trabalho mal feito; - a própria atividade do trabalho - fazer seu trabalho, estar sobrecarregado de trabalho. Remy (2001) Aponta que o “trabalho é um fator de produção: é portanto um determinante da eficiência. É também a expressão da atividade humana. Sendo assim, o trabalho põe

em

jogo

as

capacidades

físicas,

cognitivas,

psicológicas, os reflexos, as competências e a experiência”. Desta forma, o trabalho está no centro da relação entre o ser humano e a empresa. Se

for

pensar

em

profissionais

diversos,

compreenderemos que cada um deles tem uma visão específica do trabalho, relacionada com sua formação de origem. Por exemplo, o trabalho não evoca as mesmas representações

para

psicólogos,

sociólogos

ou

economistas. Para os psicólogos, está ligado a atividade. Para o sociólogo, evocará uma relação com a qualificação e para os economistas será utilizado com a significação de emprego.

História do Trabalho Uma breve análise mostra que o trabalho sofreu

Os grandes problemas causados pelos princípios de Taylor, Ford e Tempos e Métodos, os problemas percebidos foram: -Impossibilidade de se conseguir um único e correto método para execução do trabalho – pois o ser humano é diferente e complexo. -Alienação do trabalhador do processo decisório. -Trabalho exaustivo até a fadiga -Seleção física e psicológica

diversas mudanças de significado desde os primórdios da história, quando era visto como algo penoso, até o momento atual, quando mede o valor social do indivíduo na sociedade. Essas mudanças ocorreram por meio de fatos e personagens históricos.

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Revolução Industrial

Figura 2 As primeiras fábricas surgidas não tinham nenhuma semelhança

com

a

fábrica

moderna.

Eram

sujas,

barulhentas, perigosas e escuras, e as jornadas de trabalho chegavam a 16 horas

diárias, sem férias, em regime de

semi-escravidão, imposto por empresários autoritários. A generalização do pensamento racionalista que acompanha essa industrialização determina a atitude em relação à técnica e ao saber. Entre vários estudos realizados sobre o assunto, um dos que teve maior repercussão no meio industrial foi o engenheiro norteamericano Taylor (1879).

-Aumento da velocidade da esteira diante da necessidade de produzir mais, gerando, no trabalhador, fadiga e acentuação das lesões. -Colocação de pessoa mais hábil n a primeira posição da linha de montagem, ocasionando correria e sobrecarga tensional para os demais trabalhadores.

Taylor (1879)

Figura 3

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Estudos mais sistemáticos do trabalho começaram a ser realizados a partir do final do século passado. Nessa época surge, nos estados Unidos, o movimento da administração

científica,

que

ficou

conhecido

como

Taylorismo. Taylor considerava que o trabalho deveria ser investigado cientificamente observado de modo que, para tarefa, fosse estabelecido o método correto para executá-la, como um tempo determinado, usando ferramentas corretas. Haveria uma divisão de responsabilidades entre os trabalhadores e a gerência da fábrica, cabendo a esta determinar os métodos e os tempos, de modo que o trabalhador

pudesse

se

concentrar

unicamente

na

execução da atividade produtiva. Os

trabalhadores

deveriam

ser

controlados,

medindo-se a produtividade de cada um pagando-se incentivos salariais aqueles mais produtivos. Para cada tipo de tarefa deveria ser desenvolvido o melhor método de realizar o trabalho, de modo que nada fosse deixado ao livre arbítrio do operário. Esse método era implantado como padrão, a ser seguido por todos. Para cada tarefa era determinado o seu respectivo tempo padrão. As atividades eram

cronometradas

e

os

trabalhadores

recebiam

incentivos salariais, proporcionais ás produtividades de cada um. Os princípios básicos instituídos por Taylor eram: Análise racional do trabalho e instituição da técnica correta; autoridade técnica do engenheiro industrial para fazer análise do trabalho (engenheiro de tempos e métodos); adaptação do homem ao trabalho; pagamento diferenciado

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de produção. Esses conceitos resultaram significativa melhoria de produtividade, nos primeiros anos do século XX, as técnicas de análise de movimentos e tempos ganharam grande expressão para época.  Henry Ford

, Figura 4

Henry Ford e o modelo de organização do trabalho do século XX – O mais expressivo aumento de produtividade

Espaço de trabalho é definido como o espaço imaginário necessário pra realizar os movimentos requeridos pelo trabalho.

desta Época foi conseqüência de aplicação dos princípios de Henry Ford: Organização do trabalho em linha de montagem; ritmo de trabalho

determinado

pela

velocidade

da

esteira;

trabalhador fixo em determinada posição; produção de grandes volumes. Não há duvidas que a aplicação dos princípios de Taylor, de Tempos e Métodos e de Ford deram um enorme impulso à

atividade industrial, com ganhos significativos de

produtividade, reduzindo o preço final do produto do consumidor e criando, inclusive, a possibilidade de inserção do trabalhador como cidadão (enquanto consumidor) no cenário produtivo do mundo. Os

dados de

referência

apresentados, levados em

consideração por Taylor como base para a organização

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científica do trabalho, eram totalmente discutível e deram origem as várias manifestações de rejeição por parte dos trabalhadores

em

todo

mundo,

traduzindo-se

em

sabotagens, greves, absenteísmo, etc. No sentido de minimizar essas manifestações, várias outras teorias organizacionais procuraram reformar a concepção taylorista do trabalho, inserindo outras preocupações de ordem psicossocial. Somente a partir da Segunda metade deste século, com o advento da Teoria dos Sistemas, elaborada pelo biólogo alemão, Ludwig Von Bertalanffy, é que os princípios da organização taylorista começaram a ser questionados cientificamente. De fato, a teoria dos sistemas permitiu o surgimento de novas

disciplinas

como

a

pesquisa

operacional,

a

cibernética e a ergonomia, que permitiram evidenciar o caráter não científico da organização taylorista do trabalho. A organização passou a ser estudada como um sistema aberto, em interação constante com o meio ambiente no qual ela está inserida, constituído por subsistemas que, por sua vez, interagem interna e externamente. Hoje há um respeito maior às necessidades do trabalhador e as normas de grupo e, na medida do possível, procura-se envolver os próprios trabalhadores nas decisões sobre o seu trabalho. Uma das conseqüências dessa nova postura gerencial foi a gradativa eliminação das linhas de montagem, onde cada trabalhador deveria realizar tarefas simples e altamente repetitivas, definidas pela gerência. Essas linhas, consideradas, até tempo atrás, como suprasumo do taylorismo, parece que estão condenadas a serem substituídas por equipes menores, mais flexíveis, chamadas

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de células de produção. Cada célula se encarrega de fazer um produto completo e a distribuição de tarefas de cada trabalhador é feita pelos próprios elementos da equipe. Portanto, há mais liberdade para cada um escolher as suas tarefas, podendo haver rodízios periódicos dentro da equipe, não sendo mais imposta de “cima para baixo”, pela regulagem da velocidade mecânica de uma esteira transportadora. O Trabalho moderno Atualmente poucos trabalhadores dependem da força física, mas principalmente dos aspectos cognitivos. A melhor imagem que se faz de um moderno trabalhador é aquele que está sentado diante de um computador ou painel de controle, onde se requer pouca força física, mas muita atenção, concentração mental e tomada de decisões.

Figura 5

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Resumindo:

Figura 6



O trabalho passou por diversas mudanças e tempos,

se alterou ao longo de civilizações, deu origem a pensamentos

diferentes,

sofreu

impacto

de

novas

tecnologias, novas atividades. •

Existem várias definições de trabalho, assim como as

de Remy e Guerin. •

Revolução Industrial Taylorismo e Fordismo foram de

extrema importância para a evolução do trabalho. •

Taylor estudava os tempos e movimentos.



Ford organizou o trabalho em uma linha de

montagem. •

O trabalho moderno caracteriza-se mais pelo aspecto

cognitivo, e não com a força física.

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ATIVIDADE 1 Defina trabalho, segundo Guerin.

ATIVIDADE 2 Resuma trabalho segundo Remy.

ATIVIDADE 3 Em que contexto histórico surgiram as primeiras fábricas?

ATIVIDADE 4 Resuma em poucas palavras a teoria Taylorista

ATIVIDADE 5 Cite 4 exemplos de problemas surgidos com o Fordismo.

ATIVIDADE 6 Com suas próprias palavras, diferencie o trabalho do passado com o trabalho moderno.

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Antropometria

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Meta: Conceituar e exemplificar antropometria em ergonomia.

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de:  Saber o que é antropometria  Especificar os espaços de trabalho em relação a antropometria  Conhecer vantagens e desvantagens de algumas situações de trabalho

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Olá, estudante! Você sabia que para ser um bom Técnico de Segurança do Trabalho deve-se ter bons conhecimentos sobre Antropometria. Então mãos-a-obra! “Você tem valor, Segurança sempre.”



Introdução A Antropometria trata das medidas físicas do corpo

humano.

Em

Ergonomia

uma

de

suas

grandes

aplicabilidades é no dimensionamento dos espaços de trabalho. Existem inúmeros dados antropométricos que podem ser utilizados na concepção dos espaços de trabalho, mobília, ferramentas e produtos de forma geral, na maioria dos casos pode-se utiliza-los no projeto industrial. Contudo, devido a abundancia de varáveis, é importante que os dados sejam os que melhor se adaptem aos usuários do espaço ou objetos que se desenham. Por isso, há necessidade de se definir com exatidão a natureza da população que se pretende servir em função da idade, sexo, trabalho e raça.

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A Antropometria estudas as dimensões do corpo humano e estas podem ser:  Dimensões Estáticas  Dimensões Dinâmicas



A

Dimensão

dimensões

Estática

do

corpo

considera

quando

o

as

mesmo

encontra-se em uma postura Neutra, sem que uma

atividade

motora

esteja

sendo

desenvolvida. 

A

Dimensão

Dinâmica

considera

as

dimensões dos diversos segmentos corporais quando se encontram em Movimento, ou seja, encarrega-se

das

medidas

relativas

à

execução de atividades. Neste caso vale-se da Biomecânica.

Figura 1

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Antropometria e os Espaços de Trabalhos  Área de alcance na bancada de trabalho (alcance ótimo e máximo) Zonas de trabalho É preciso demarcar bem a zona de trabalho, que é a área da extensão das mãos do trabalhador quando ele movimenta os braços, sem precisar movimentar o corpo. No plano horizontal, temos a zona ótima, adequada para a realização

de

tarefas

mais

precisas,

em

que

são

movimentados os dedos e punhos.

Os critérios para escolha do melhor método do trabalho é o de menor esforço físico.

Figura 2 A zona de alcance máximo dos braços corresponde á área chamada de zona máxima. Álém desse limite, não se recomenda a realização de nenhuma tarefa. Todas as ferramentas, materiais, botões de comando e pontos de operação devem estar sempre posicionados nessas áreas, seguindo sempre que possível á sequência: zona ótima e zona máxima.

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Bancada para trabalho em pé A altura ideal da bancada para trabalho em pé

depende da altura do cotovelo e do tipo de trabalho que se executa. Em geral, a superfície da bancada deve ficar 5 a 10 cm abaixo da altura dos cotovelos. Para trabalhos de precisão, é conveniente uma superfície ligeiramente mais alta ( até 5 cm acima do cotovelo) e aquela para trabalhos mais grosseiros e que exijam pressão para baixo, superfícies mais baixas(até 30 cm abaixo do cotovelo). No caso da bancada fixa, é melhor dimensioná-la pelo trabalhador mais alto e providenciar um estrado, que pode ter altura de até 20 cm para o trabalhador mais baixo. Esse estrado pode ter uma altura diferente para cada trabalhador,

ajustando-se

às

suas

dimensões

antropométricas. Assim, as alturas dos postos de trabalho podem ser ajustadas individualmente, a custos reduzidos. Embora o homem seja, geralmente cerca de 10 cm mais alto que a mulher, no caso de bancadas, bastam 7 cm de diferença na altura das mesmas. 

Assento

Figura 3

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O assento é provavelmente, invenções

que

mais

contribuiu

uma das para

modificar

o

comportamento humano. Na vida moderna, muitas pessoas chegam a passar horas mais de 20 horas por dia nas posições sentada e deitada. Daí deriva-se o termo sedentário, que significa sentado. O problema do assento tem despertado grande interesse entre os pesquisadores em ergonomia.

 Vantagens de trabalhar na posição sentada •

Consome menos energia, em relação à posição em

pé e reduz a fadiga; •

Reduz a pressão mecânica sobre os membros

inferiores; •

Facilita manter um ponto de referência para o

trabalho ( na posição de pé, o corpo fica oscilando); •

A configuração de instalação (em inglês layout) estabelece a relação física entre as várias atividades. O layout pode ser simplesmente o arranjar ou o rearranjar das várias máquinas ou equipamentos até se obter a disposição mais agradável.

Permite o uso simultâneo dos pés (pedais) e mãos.

 Desvantagem de trabalhar na posição sentada •

Aumento da pressão sobre as nádegas e a restrição

dos alcances. Um assento mal projetado pode provocar estrangulamento na circulação sanguínea.( músculo fica contraído e há um aumento da pressão interna).

 Suporte para o peso do corpo Na posição sentada, todo o peso do corpo, acima da bacia, é transferido para o assento, aliviando a pressão

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sobre os membros inferiores. O corpo entra em contato com o assento praticamente só através de sua estrutura óssea. Um estofamento pouco espesso, de 2 a 3 cm, colocado sobre uma base rígida, que não se afunde com o peso do corpo, ajuda a distribuir a pressão e proporciona maior estabilidade ao corpo, contribuindo para redução do desconforto e da fadiga.Contudo, o aumento desse estofamento não melhora o conforto. Ao contrário, pode prejudicá-lo. O material usado para revestir

o

assento

deve

ter

características

anti-

derrapante e capacidade de dissipar o calor e suor gerados pelo corpo, não sendo recomendado plásticos lisos e impermeáveis. Existem assentos,.Eles

seis

princípios

estabelecem

gerais também

sobre os

os

principais

pontos a serem considerados no projeto e seleção de assentos, como se segue: 1) As dimensões do assento devem ser adequadas ás dimensões antropométricas do usuário. 2) O assento deve permitir variações de postura. 3) O assento deve ter resistência, estabilidade e durabilidade. 4) Existe um assento mais adequado para cada tipo de função. 5) O encosto e o apóia-braço devem ajudar no relaxamento. 6)

Assento e mesa formam um conjunto integrado.

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Resumindo:

Figura 4



.Antropometria nada mais é do que o estudo das

medidas físicas do corpo humano. •

A Antropometria se relaciona com a ergonomia no

dimensionamento dos espaços de trabalho •

A área de alcance em uma bancada devem ter

mediadas específicas •

Existem especificidades para trabalhos em bancada

em pé e em bancada fixa. •

Existem vantagens de se trabalhar em pé como:

como consumir menos energia e possibilitar o uso simultâneo dos pés; mas também desvantagens como: aumento da pressão sobre as nádegas. •

Quanto ao suporte para o peso do corpo, existem 6

princípios gerais sobre os assentos, dois deles são: O assento deve permitir variações de postura, O assento deve ter resistência, estabilidade, e durabilidade.

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ATIVIDADE 1 O que é antropometria?

ATIVIDADE 2 Qual é a relação de antropometria com a ergonomia?

ATIVIDADE 3 Como deve ser o dimensionamento da bancada fixa para trabalho me pé?

ATIVIDADE 4 Cite uma desvantagem para o trabalho sentado.

ATIVIDADE 5 Cite os 3 princípios gerais que você considera os mais importantes.

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Espaços de Trabalho

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Meta: Definir conceitos referentes a espaços de trabalho e suas recomendações. ,

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de:  Definir o que um posto de trabalho  Conhecer os enfoques de análises de postos de trabalho  Ordenar as etapas de uma análise de postos de trabalho  Ordenar as etapas de uma análise de postos de trabalho

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Olá, Saudações Prevencionistas! Seja bem vindo(a) a aula de hoje. Vamos conversar agora sobre um aspecto muito importante para o entendimento desta disciplina: Espaços de trabalho.

“A segurança não se conquista, se faz”

Postos de trabalho Posto de trabalho é a configuração física do sistema homem-máquina-ambiente. É uma unidade envolvendo o homem e o equipamento que ele utiliza para realizar o trabalho, bem como o ambiente que o circunda. Assim, uma fábrica ou um escritório seriam formados de um conjunto de postos de trabalho. Naturalmente,para que uma fábrica funcione bem, é imprescindível que cada posto de trabalho funcione bem. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho

devem

ser

adequados

às

características

psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Adequados à natureza do trabalho significa que os equipamentos devem facilitar a execução da tarefa específica, uma série de exigências ergonômicas devem ser respeitadas.

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Análise de postos de Trabalho

Há basicamente dois tipos de enfoques para analisar o posto de trabalho: o Taylorista e o ergonômico.  Enfoque Taylorista (tradicional) É baseado nos princípios de economia e o ergonômico baseado principalmente na análise biomecânica da postura e nas interações entre o homem sistema e ambiente. Baseia-se

nos

estudos

dos

movimentos

corporais

necessários para executar um trabalho e na medida do tempo

gasto

em

cada

um

desse

movimentos.

Resumidamente é o chamado estudo dos tempos e movimentos. O critério para escolha do método de trabalho é o menor tempo gasto na execução da tarefa. O método é desenvolvido através de experiência,dividida em 3 etapas: 1) Desenvolver o método preferido - definir o objetivo da operação, descrever as diversas alternativas de métodos, testar estas alternativas e selecionar o método. 2) Preparar o método padrão - registrar o método escolhido através

de

descrição

detalhada,

especificando

os

movimentos e sequências, fazendo desenhos do posto de trabalho (mostrando equipamentos e peças) e listando as condições ambientais (iluminação, calor, ruído, etc) e outros fatores que possam alterar o desempenho. 3) Determinar o tempo padrão – tempo necessário a um

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operário experiente para executar o trabalho usando método padrão. 

Enfoque ergonômico

Baseado na biomecânica postural (mais moderno)Tende a desenvolver postos de trabalho que reduzem as exigências biomecânicas, procurando colocar o operador em uma boa postura de trabalho.Onde os objetos a serem manipulados ficam dentro da área de alcance dos movimentos corporais.As informações colocam-se em posições que facilite a sua percepção. Neste enfoque as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais são adaptados às características do trabalho e capacidades do trabalhador, visando promover o equilíbrio biomecânico. Etapas da Análise 1)Descrição da tarefa - abrange os aspectos gerais da tarefa e as condições em que ela é executada, geralmente envolve os seguintes tópicos: Objetivo: Para que serve a tarefa, o que será executado ou produzido, em que quantidade e com que qualidades. Operador: Que tipo de pessoa trabalhará no posto, verificando se haverá predominância de homens ou mulheres, experiências

os

graus anteriores,

de

instrução faixas

e

etárias,

treinamento, habilidades

especiais, dimensões antropométricas. Características técnicas: quais serão as máquinas e materiais envolvidos, graus de adaptação das máquinas,

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equipamentos e materiais. Aplicações: Onde será usado o posto de trabalho, localização do posto de trabalho dentro do sistema produtivo, qual a duração prevista da tarefa( meses, anos ou unidades de peças a serem produzidas). Condições operacionais: como vai trabalhar o operador; tipos de postura(sentado, em pé), esforços físicos e condições desconfortáveis, riscos de acidentes, uso de equipamentos de proteção individual. Condições ambientais : Como será o ambiente físico em

Sistema HM = Sistema homemmáquina.

torno do posto de trabalho, condições de temperatura, ruído, vibrações, umidade, ventilação, iluminação, cores no ambiente, etc. Condições organizacionais: Como serão a organização de trabalho e as condições sociais. Horários, turnos, trabalho

em

grupo,

chefia

alimentação,

remuneração,carreira.

2) Descrição das ações – as ações devem ser descritas em um nível mais detalhado do que a tarefa. elas se concentram mais nas características que influem no projeto da

interface

homem-máquina

e

se

classificam

em

informações e controles.As informações referem-se às interações em nível sensorial do homem, e os controles, em nível motor ou das atividades musculares.

Informações – Deve-se considerar: o canal sensorial envolvido (auditivo, visual); tipos e características dos sinais

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(intensidade,

forma,

características

dos

frequência,

duração);

dispositivos

de

tipos

e

informação

(luzes, som, displays visuais, mostradores digitais e/ou analógicos).

Controles: Envolvem o tipo de movimeno corporal exigido; membros acionados no movimento, alcances manuais, características dos movimentos(velocidade,força,precisão,duração);tipos e características

dos

instrumentos

de

controle(botões,

alavancas, volantes,pedais).



Arranjo Físico

O arranjo físico “layout” é o estudo da distribuição espacial ou do posicionamento relativo dos diversos elementos que compõe o posto de trabalho. Ou, em outras palavras, como serão posicionados os diversos instrumentos de informação e controle existentes no posto de trabalho.

Critérios pra um bom arranjo físico Importância – Colocar o que é mais importante em posição de destaque no posto de trabalho, de modo que ele possa ser continuamente observado ou facilmente manipulado.Por exemplo, no radar, o componente mais importante é a tela e, portanto, deve ocupar o centro das atenções.No automóvel o velocímetro e o volante ocupam essas posições de destaque.

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Frequência de uso – Os componentes usados com maior frequência devem ser colocados em posição de destaque ou de mais fácil alcance e manipulação.Por exemplo, para arranjo de uma bancada para montagem, as peças a serem utilizadas com maior frequência devem ser colocadas logo à frente do operador, onde são mais facilmente visualizadas e alcançadas.

Agrupamento funcional – Os elementos de funções semelhantes entre si formam subgrupos, que são mantidos em blocos. Exemplo painel de comando.

A codificação pela forma ajuda sua identificação visual e táctil

Sequência de uso – Aquele que deve ser acionado em primeiro lugar aparece na primeira posição e assim suscessivamente.

Intensidade de fluxo – Os elementos, entre os quais ocorrem maior intensidade de fluxo, são próximos

entre

si.

Ex:

movimentos

colocados

corporais

ou

informações.

Ligações preferenciais – Os elementos entre os quais ocorrem determinados tipos de ligações são colocados próximos entre si. Ex: ligações de controle, visuais e auditivas.

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Dimensionamento dos postos de trabalho É uma etapa fundamental para o bom desempenho

da pessoa que ocupará este posto.Pois é possível que ela passe várias horas do dia, durante anos a fio, sentada ou em



neste

posto.Qualquer

erro

cometido

neste

dimensionamento pode, então, submetê-la a sofrimentos por longos anos.



Dimensionamentos recomendados Deve ser dimensionado de forma que a maioria de

seus usuários tenha uma postura confortável.Para isso diversos fatores devem ser considerados,como postura adequada do corpo, movimentos corporais necessários, alcance dos movimentos, medidas antropométricas dos ocupantes

do

cargo,

necessidades

de

iluminação,

ventilação, dimensões das máquinas, equipamentos e ferramentas e interações com outros postos de trabalho.

Dimensões consideradas mais importantes para adaptação do posto de trabalho aos seus usuários: •

Altura da superfície de trabalho;



Alcance normais e máximos das mãos;



Espaços para acomodar as pernas e realizar

movimentações laterais do corpo; •

Dimensionamento das folgas;



Altura para visão.

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Exemplo: Posto de trabalho com computadores 1 - Objetivo: digitação de texto, planilhas, cad,etc 2 - Operador: xx 3 - Maquinário: mesa, cadeira, microcomputador 4 - Local: escritório 5 - Condição postural: assentado por longos períodos 6 - Condições ambientais: iluminação, ar condicionado, etc

Problemas encontrados com frequência: Fadiga visual, dores musculares no pescoço, ombros e nos tendões dos dedos (LER) PORQUE: Geralmente o teclado/mouse está muito baixo ou muito alto, não existe apoio para antebraço e punho , etc(problemas de condição postural).

Figura 1

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Resumindo:

Figura 2 •

Posto de trabalho é a configuração física do sistema

homem-máquina-ambiente •

A análise dos postos de trabalho podem ser pelo

enfoque Taylorista ou ergonômico •

As etapas da análise da tarefa são descrição da

tarefa e descrição das ações •

Os critérios para ter um bom arranjo física são:

Importância, freqüência de uso, agrupamento funcional, sequência

de

uso,Intensidade

de

fluxo,

ligações

preferenciais. •

As dimensões consideradas mais importantes para

adaptação do posto de trabalho aos seus usuários: Altura da superfície de trabalho; Alcance normais e máximos das mãos; Espaços para acomodar as pernas e realizar movimentações laterais do corpo;Dimensionamento das folgas;Altura para visão.

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ATIVIDADE 1 O que é um posto de trabalho?

ATIVIDADE 2 Diferencia o enfoque Taylorista do enfoque ergonômico.

ATIVIDADE 3 Quais são os processos da descrição da tarefa?

ATIVIDADE 4 De três exemplos para se ter um bom layout.

ATIVIDADE 5 Quais são as dimensões consideradas mais importantes para adaptação do posto de trabalho aos seus usuários?

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Mostradores e controles

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Meta: Entender a adaptação da máquina ao homem.

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de:  Saber o que é o sistema HM  Conhecer os tipos de controle  Saber a função e os tipos de padronização

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Olá, caro(a) estudante! Você deve ser mesmo um(a) aluno(a) nota 10! Deve estar ansioso(a) para saber o que vamos aprender agora: Mostradores e controles “ Abra as portas para a segurança, você é a chave” •

Sistemas de controles As interações do sistema HM se resumem afinal, em

informações

e

ações.

O

ambiente

e

a

máquina

continuamente fornecem informações ao homem e este processa, tomando decisões que se transformam em ações.Vale dizer: Condicionado ao ambiente, o homem age sobre a máquina comandando-a ou controlando-a, através de músculos e do cérebro. Para o perfeito desempenho do sistema HM, é necessário que o ambiente e a máquina sejam adequados às condições do operador. Para aplicação em projetos de controles de máquinas é importante o estudo dos aspectos motores no organismo humano.

Figura 1

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Relação entre mostradores e controles Em um sistema HM, quanto mais simples for o

trabalho atribuído ao operador, mais prontas e menos variáveis serão suas respostas. Considerando que os erros de controle não afetam somente a produtividade, mas também,

o

que

é

trabalho,estudemos

mais

alguns

grave, tipos

de

a

segurança controle

e

do sua

manipulação, associando-os aos respectivos mostradores.



Intermitentes - são os controles que só admitem

duas

posições,

relacionadas

com

dois

estados

de

informação dicotônica dos mostradores, exemplos: botão manual e alavanca do tipo “liga- desliga” ou “acendeapaga”.



Discretos - quando associados a uma informação

qualitativa do mostrador, que apresenta algumas opções. Exemplo: seletor de canais de tv.



Muitos produtos e postos de trabalho inadequados provocam estresses musculares, dores e fadiga, que às vezes podem ser resolvidas com providências simples, como aumento ou redução da altura da mesa ou da cadeira, melhoria do layout ou concessão de pausas no trabalho.

Contínuos - quando regulam continuamente um

mecanismo, associando-se a uma informação quantitativa do mostrador. Exemplo: acelerador

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Padronização Os

controles

dos

equipamentos

devem

ser

padronizados, afim de facilitar a sua identificação, reduzir os erros de acionamento e diminuir o tempo de operação.A codificação certa de um sistema de controles influi decisivamente no desempenho dos operadores e no tempo de adaptação dos mesmos equipamentos. Em geral, os principais métodos de codificação de controles baseiam-se em quatro itens: forma, tamanho, processo e cor. √

A padronização pelo tamanho sugere apenas três

tipos de controles: pequeno, médio e grande, para maior facilidade de identificação. √

A codificação pelo processo ou modo de operação

dos controles atende às seguintes variáveis: direção e sentido dos movimentos, medida do deslocamento,tipo e número de resistências. √

Na codificação pela cor, usa-se de preferência as

seguintes: vermelho, verde, azul, amarelo e laranja. Em geral o vermelho indica “perigo”.

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Resumindo:

Figura 2



Sistema HM – Homem - máquina se resumem em

informações e ações •

No sistema HM, ambiente e máquina devem estar

adequados ao operador. •

Na relação entre mostradores e controle, existem 3

controles: Intermitentes, discretos e contínuos

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ATIVIDADE 1 Como se define o sistema HM.

ATIVIDADE 2 Defina o controle intermitente.

ATIVIDADE 3 Defina o controle contínuo

ATIVIDADE 4 Qual é a função da padronização?

ATIVIDADE 5 Como funciona a codificação por cor?

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Atividades musculares

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Meta: Passar conhecimento sobre atividades musculares, e o certo e o errado desta na ergonomia.

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de:  Saber o que é biomecânica  Conhecer os tipos de traumas musculares  Diferenciar posturas corretas e incorretas  Entender as atividades musculares

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Olá, Saudações Prevencionistas! Seja bem vindo(a) a nossa aula. Hoje

falaremos

sobre

Segurança

com

atividades

musculares.

“Comece com segurança para terminar bem o dia”



Biomecânica A

biomecânica

ocupacional

é

uma

parte

da

As DORT/LER se manifestam com maior freqüência nas mulheres, em decorrência da dupla jornada de trabalho.

biomecânica geral, que se ocupa dos movimentos corporais e forças relacionadas ao trabalho. Assim, preocupa-se com as interações físicas do trabalhador, com seu posto de trabalho, máquinas, ferramentas e materiais, visando reduzir os riscos de distúrbios músculos- esqueléticos. Analisa basicamente a questão das posturas corporais no trabalho,

aplicação

de

forças,

bem

como

suas

consequências. O corpo humano assemelha-se a um sistema de alavancas movido pela contração muscular. São esses movimentos que permitem realizar diversos tipos de trabalho. Contudo essa “máquina humana”possui diversos tipos de

limitações e

fragilidades,

que

devem ser

consideradas no projeto de dimensionamento do trabalho. Início de atividades  O nosso organismo nunca se “desliga”. Ele continua funcionando e consumindo energia, mesmo em repouso. Ao realizar um trabalho, como caminhar ou correr, a taxa de

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metabolismo vai aumentando. Ele precisa de algum tempo(2 a 3 min)para fazer a adaptação do metabolismo às exigências da tarefa. Se o esforço começar repentinamente, os músculos trabalham em desvantagem, com débito de oxigênio.



Trabalho estático O Trabalho Estático é aquele que exige contração

contínua

de

alguns

músculos,

para

manter

uma

determinada posição. Portanto, sendo altamente fatigante, deve ser evitado

AS LER/DORT SÃO CONSIDERADOAS QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA MUNDIAL POR ACOMETER INDISTINTAMENTE TRABALHADORES DE DIVERSAS ÁREAS.

sempre que possível. Quando isso não for possível, pode ser

aliviado,

permitindo-se

mudanças

de

posturas,

melhorando o posicionamento de peças e ferramentas ou providenciando-se apoios para partes do corpo com o objetivo de reduzir as contrações estáticas dos músculos.



Trabalho dinâmico O Trabalho Dinâmico ocorre quando há contrações e

relaxamentos alternados dos músculos, como nas tarefas de martelar, serrar, girar um volante ou caminhar. Esse movimento funciona como bomba hidraúlica, ativando a circulação, o volume de sangue circulado é de até 20 vezes mais em relação à situação de repouso. O músculo passa a receber mais oxigênio, aumentando a sua resistência à fadiga.

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Dores musculares

Figura 1

Em geral, a musculatura humana tem um bom desempenho contínuo quando é contraído até 15% de sua capacidade máxima. Acima disso, o trabalho deve ser seguido de uma pausa para recuperação. A dor é causada pela acumulação dos subprodutos do metabolismo no interior dos músculos. Ocorre sobretudo nos trabalhos estáticos.Se

persistir

pode

provocar

cãimbras,

acompanhadas de espamos e fraqueza.Nessas condições o músculo perde até 50 % de sua força normal.As dores são causadas principalmente pelo manuseio de cargas pesadas ou quando se exigem posturas inadequadas, como torção da coluna. Muitas outras atividades como puxar e empurrar cargas também causam dores, são associadas geralmente a forças, posturas e repetições exageradas dos movimentos. 

Traumas musculares São provocados pela incompatibilidade entre as

exigências do trabalho e a capacidades físicas do trabalhador. Ocorrem basicamente devido a duas causas:

Os maiores problemas no trabalho geralmente são decorrentes dos traumas por esforços excessivos. Eles podem ser responsáveis pela maior parte dos afastamentos dos trabalhadores, em consequência das doenças e lesões no sistema músculoesquelético.Os acidentes por traumas de impacto são menos frequentes nos ambientes de trabalho.

 Trauma por impacto - Ocorre quando a pessoa é atingida por uma força súbita, durante um espaço de tempo,

em

uma

região

específica

do

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corpo.Geralmente é de natureza involuntária e, ocorre por exemplo, nos casos de colisão e quedas. Pode

causar

ambiente úmidos e

traumatismo

domésticos,

os

ou

contusões.

pisos

Nos

escorregadios,

pequenos desníveis de até 5

cm

representam as maiores causas de quedas.  Trauma por esforço excessivo - Esse tipo de trauma ocorre durante a atividade física no trabalho, principalmente quando há cargas excessivas, sem a concessão das devidas pausas. Ela pode decorrer de uma atividade eventual, mas que exijam forças e movimentos inadequados do corpo, como deslocar um peso excessivo. Pode ser causado também por movimentos altamente repetitivos, como nas linhas de montagem ou trabalho de digitação.Tipicamente, provoca lesões como tendinites, tenossinovites, compressões nervosas e distúrbios lombares.

Tipos de traumas musculares

 Tendinite Inflamação aguda ou crônica dos tendões. Se manifestam com mais frequência nos músculos flexores dos dedos, e geralmente são provocados por dois fatores; movimentação frequente, e período de repouso insuficiente. Manifesta-se principalmente através de dor na região que é agravada por movimentos voluntários. Associados à dor, manifestam-se também edema e crepitação na região.

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 Tenossinovite Inflamação aguda ou crônica das bainhas dos tendões. Assim como a tendinite os dois principais fatores causadores da lesão são; movimentação frequente, e período de repouso insuficiente. Manifesta-se principalmente através de dor na região que é agravada por movimentos voluntários. Associados à dor, manifestam-se também edema e crepitação na região.

 Síndrome de DeQuervain Constricção dolorosa da bainha comum dos tendões do longo abdutor do polegar e do extensor curto do polegar. Estes dois tendões têm uma característica anatômica interessante: correm dentro da mesma bainha; quando friccionados, costumam se inflamar. O principal sintoma é a dor muito forte, no dorso do polegar.Um dos principais fatores causadores deste tipo de lesão está no ato de fazer força torcendo o punho.

 Síndrome de túnel do Carpo Compressão do nervo mediano no túnel do carpo. As causas mais comuns deste tipo de lesão são a exigência de flexão do punho, a extensão do punho e a tenossinovite a nível do tendão dos flexores - neste caso, os tendões inflamados levam a uma compressão crônica e intermitente da estrutura mais sensível do conjunto que compõe o túnel do carpo: o nervo mediano.

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 Tipos de trauma por esforço excessivo

 DORT - distúrbios osteomusculares relacionado ao trabalho.  LTC - lesões por traumas cumulativos  LER - lesões por esforços repetitivos

Figura 2

 Principais causas da LER/DORT



Procedimentos rígidos de trabalho;



Postura rígida;



Excesso de trabalho;



Tensão em casa e no trabalho;



Ausência

de

pausas em tarefas que exigem

descanso periódico. Maior incidência •

Digitadores;



Atendentes de Telemarketing;



Operadores de Máquinas em Geral;

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Metalúrgicos;



Empacotadores;



Separadores de Correspondências;



Caixas de Bancos e Supermercados;

 Como identificar as DORT/LER

Sintomas mais comuns: •

dores;



sensação de formigamento;



dormência;



fadiga muscular.

 Complicações da LER/DORT

Dor crônica; Alterações psicológicas: 1) Provocadas pelo medo da incapacidade e preocupações com perdas materiais e sociais; 2) Comprometem o ritmo do sono e o apetite.

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 Ações de Combate a LER/DORT

Ginástica Laborativa - exercícios de relaxamento muscular; •

Práticas esportivas;



Atenção a posturas de trabalho e de repouso;



Acompanhamento médico anual.



Andar com a cabeça erguida e ombros para trás;



Dormir de preferência de lado, com o travesseiro

entre os joelhos; •

Evitar dormir de bruços;



Ter paciência.

Figura 3

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Amigos TST’s, vocês sabem o que é ginástica laboral? Ginástica Laboral é a atividade física orientada, praticada durante

o horário do expediente, visando

benefícios pessoais no trabalho. Tem como objetivo minimizar os impactos negativos oriundos do sedentarismo na vida e na saúde o trabalhador. A ginástica Laboral traz grandes benefícios para as empresas, motivo pelo qual essa atividade física é estimulada e implementada por diversas organizações. Os impactos negativos do trabalho podem ocorrer em diversas esferas, tais como problemas físicos, psicológicos ou sociais.  Ganhos fisiológicos



Promove o combate e prevenção das doenças

profissionais; •

Promove o combate e prevenção do sedentarismo,

estresse, depressão, ansiedade; •

Melhora da flexibilidade, força, coordenação, ritmo,

agilidade

e

a

resistência,

promovendo

uma

maior

mobilidade e melhor postura; •

Promove a sensação de disposição e bem estar para

a jornada de trabalho; •

Redução da sensação de fadiga no final da jornada;



Contribui para a promoção da saúde e da qualidade

de vida do trabalhador;

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Propicia

através

da

realização

dos

exercícios

características preparatórias, compensatórias e relaxantes no corpo humano;  Ganhos Psicológicos



Motivação por novas rotinas;



Melhora do equilíbrio biopsicológico;



Melhora da auto-estima e da auto-imagem;



Desenvolvimento da consciência corporal;



Combate as tensões emocionais;



Melhora da atenção e concentração as atividades

desempenhadas  Ganhos sociais



Favorece o relacionamento social e trabalho em

equipe; •

Melhoria das relações interpessoais.  Ganhos empresariais



Redução dos gastos com afastamento e substituição

de pessoal •

Diminuição

de

queixas,

afastamentos

médicos,

acidente e lesões •

Melhoria da imagem da

instituição

junto

aos

empregados e a sociedade •

Maior produtividade

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 Posturas Postura é o estudo do posicionamento relativo de partes do corpo, como cabeça, tronco e membros, no espaço. A boa postura é importante para realização do trabalho sem desconforto e estresse. A importância da boa postura no trabalho tem sido recomendada desde o séc. XVIII, quando Ramazzini(1999), pai da medicina do trabalho descreveu, em 1700, as consequências danosas de “certos movimentos violentos e irregulares e posturas inadequadas para o artesão”. Desde então,

muitos

pesquisadores

tem

descrito

as

consequências danosas das condições severas de trabalho, ao corpo humano.

Figura 4

A BOA postura é aquela que se caracteriza pelo EQUILÍBRIO

entre

os diversos segmentos corporais

estruturais (ossos e músculos, de modo geral), protegendo o organismo contra agressões e deformidades. Na BOA

Postos de trabalho que implicam na postura sentada são bastante comuns e inúmeros apresentam inadequações em relação à anatomia do corpo humano. Caixas de supermercados, de farmácias, desenhistas, dentistas, bancários, operárias de linhas de produção, datilógrafos, digitadores, são profissionais que se sujeitam diariamente à posturas forçadas quando estão sentados.

postura, portanto, as estruturas orgânicas desempenham suas funções de modo eficiente.

 Posturas inadequadas

 Existem três situações principais em que a má

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postura pode produzir consequências danosas:  Trabalhos estáticos que envolvem uma postura parada por longos períodos;  Trabalhos que exigem muita força;  Trabalhos que exigem posturas desfavoráveis, como o tronco inclinado e torcido. No primeiro caso, a sobrecarga sobre os músculos e articulações pode levar à rápida fadiga muscular, dores e lesões.

Os

trabalhos

que

exigem

uma

sobrecarga

biomecânica, também podem provocar lesões musculares.

 Posturas básicas

Trabalhando ou repousando, o corpo assume três posturas básicas: as posições deitada, sentada e em pé. Existe um certo tipo de postura que pode ser considerado mais adequado para cada tipo de tarefa.

Tais posturas ocorrem porque a relação entre a cadeira na qual sentam as pessoas não está compatível com os planos de trabalho em questão.

Muitas vezes, projetos inadequados de máquinas, assentos ou bancadas de trabalho, obrigam o

trabalhador a usar

posturas inadequadas. Se estas forem mantidas por um longo tempo, podem provocar fortes dores localizadas naquele conjunto de músculos solicitados na conservação dessas posturas.

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A seguir apresenta-se uma tabela com a localização das dores do corpo, provocadas por posturas inadequadas. Postura inadequada

Risco de dores

Sentada sem encosto

Músculos extensores do dorso

Assento muito alto

Parte inferior das pernas, joelhos e pés

Assento muito baixo

Dorso e pescoço

Braços esticados

Ombros e braços

Pegas

inadequadas

em

Antebraço

ferramentas Punhos em posição não-neutras

Punhos

Rotação do corpo

Coluna vertebral

Ângulo

Músculos dorsais

inadequado

Pessoas sedentárias, tendem a sentir o desconforto muito antes do que aquelas que praticam atividades físicas.

assento/encosto Em pé

Pés e pernas (varizes)

Superfície de trabalho muito

Coluna vertebral

baixas ou muito altas

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 Posição deitado

Figura 5

Não há concentração de tensão em nenhuma parte do corpo.O sangue flui livremente para todas as partes do corpo, contribuindo para eliminar os resíduos do metabolismo e as toxinas dos músculos, provocadores da fadiga. É portanto a postura mais recomendada para repouso

e

recuperação

da

fadiga.Contudo,

não

se

recomenda essa postura para o trabalho porque os movimentos tornam-se difíceis e fica muito cansativo elevar a cabeça, braços e mãos. Em alguns caos, a posição horizontal é assumida para realizar algum trabalho, como manutenção de automóveis.Nesse caso,como a cabeça fica sem apoio, a posição pode se tornar extremamente fatigante, sobretudo para musculatura do pescoço. As dores nessa região podem aparecer em alguns minutos.  Posição em pé

Figura 6

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É a posição mais flexível. Amplia a área visual e de alcance manual, além de permitir o emprego de maior força( manobra de alavancas ou volantes).No entanto conduz mais rapidamente à fadiga. Apresenta

vantagem

de

proporcionar

grande

mobilidade corporal. Os braços e pernas podem ser utilizados para alcançar os controles das máquinas. Também

grandes

distâncias

podem

ser

alcançadas

andando-se. Além disso, facilita o uso dinâmico dos braços,pernas e troncos. A posição parada, em pé, é altamente fatigante, sobretudo

porque

exige

muito

trabalho

estático

da

musculatura envolvida para manter essa posição. Quando se está de pé, necessitamos considerar duas situações distintas: de pé com o corpo parado e de pé com o corpo em movimento (andando, por exemplo). DE PÉ, COM O CORPO PARADO Situação

muito

comum

para

vendedores

e

balconistas, tal postura caracteriza-se por um acúmulo de sangue venoso retido junto aos tecidos dos membros inferiores, em função de um esforço muscular estático. Como não há movimentação, ou esta é muito discreta, o sangue tem dificuldade em voltar ao coração, onde é oxigenado. A dor nas pernas em tal situação é comum e até mesmo a sensação de formigamento é relatada.

DE PÉ, COM O CORPO EM MOVIMENTO Quando

andamos,

os

músculos

das

pernas

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encontram-se em contração e relaxamento alternados, o que facilita o fluxo de sangue e consequênte oxigenação do mesmo. Não ocorrendo acúmulo de sangue venoso nos tecidos, estes não ficam entumecidos, concluindo-se que dificilmente haverá dores na região. Contudo, quando caminhamos em rampas (planos inclinados) ou em escadas,

o

dispêndio

energético

aumenta,

pela

necessidade que temos de equilibrar a parte do corpo que está momentaneamente sem apoio.  Posição sentada

Figura 7

Ao contrário do que muitos possam pensar, a postura sentada não implica num relaxamento da musculatura corporal e num trabalho mais facíl e confortável. Tais respostas apenas se verificam em condições especiais, nas quais a cadeira que se usa é perfeitamente adequada às características anatômicas de seu usuário. Normalmente

as

situações

vivenciadas

pelos

trabalhadores que ativam-se em postura sentada resulta em dores e incômodos relevantes, chegando ao ponto em que o trabalhador passa a recusar o assento e dá preferência ao trabalho em postura de pé. De fato, o constante trabalho sentado promove uma flacidez

no

músculos

abdominais,

geralmente

acompanhada por uma indesejável curvatura nas costas,

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desde a região dorsal até a região lombar.Tal postura inclinada resulta na convergência das costelas superiores, o que diminui a amplitude de seus movimentos. Também o espaço onde normalmente atua o diafragma é diminuído. A conseqüência será uma respiração reduzida. A

postura

inclinada

para

frente

é

promovida

geralmente quando não há encosto na cadeira ou quando este existe, mas é inútil, pois o trabalhador se vê obrigado a deslocar o tronco para a frente, a fim de obter o alcance motor e/ou visual em relação ao plano de trabalho (um painel de controle, uma bancada, etc.). Há outra situação em que torna a postura sentada bastante incômoda. Quando não há espaço para colocar as pernas abaixo do tampo de uma mesa, o indivíduo é obrigado a sentar com as pernas “de lado”, rotacionando exageradamente a coluna lombar e dorsal em relação à cintura pélvida. Tal postura acarreta a tensão localizada de determinados grupos musculares das costas, dificultando a oxigenação destes e causando rapidamente dores. Quando trabalha-se sentado de frente a um balcão de mesa muito alta, a coluna fica retificada, com diminuição das curvaturas naturais (lordose e cifose). Ocorre que tais curvaturas são responsáveis pela sustentação do tronco e, diminuídas,

resultam

numa

contração

estática

da

musculatura do dorso, que se reflete na alimentação da coluna vertebral, expulsando o líquido nutriente do interior dos discos.

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 Recomendações para o trabalho sentado

Impossível seria considerarmos que o indivíduo que trabalha sentado deve preocupar-se apenas com a cadeira que usa, visto que o trabalho sentado se dá em relação à uma superfície de trabalho que relaciona-se com o assento no qual está o indivíduo.

 A cadeira

Figura 8

Assim, as recomendações ergonômicas não se limitam à especificações de cadeiras adequadas a tal postura, mas também à superfícies de trabalho à frente da cadeira. A relação dimensional entre os dois componentes do posto de trabalho é muito importante, como veremos a seguir. Observações efetuadas por profissionais de Medicina do Trabalho com funcionários típicos “de escritório”, relatam que há diversas posturas de trabalho sentado no decorrer do dia e que não há postura “padrão”. Tal fato é facilmente justificável na medida em que nosso organismo não suporta condições estáticas, mas sim, gosta da alternância dos movimentos. Já vimos que quando o sistema muscular contrai-se e relaxa alternadamente, há uma boa vasoirrigação dos tecidos, o que evita dores.

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Portanto, permanecemos

quando numa

trabalhamos

única

postura,

sentados, mas

não

adotamos

diversos reajustes posturais. Concluímos, assim, que a cadeira na qual estivermos sentados deverá possibilitar tais ajustes, sendo flexível, nunca fixa (a cadeira onde você está sentado agora possui regulagens?). Tais regulagens devem existir para que sempre que tenhamos que mudar de postura, as partes da cadeira (assento e encosto) se movimentem junto com o corpo, sustentando-o.

 A superfície de trabalho

Tampos

de

mesa,

bancadas,

painéis

de

controle,

pranchetas de desenho, volantes de máquinas, teclados de computadores são superfícies de trabalho que se localizam geralmente à frente de assentos de trabalho. Atividade Muscular O cérebro emite sinais elétricos através dos nervos. Estes sinais, ao chegarem a musculatura, provocam uma reação

química

gerando

a

contração

das

fibras

musculares.Cessados os estímulos elétricos, o músculo volta a posição de repouso. São centenas de músculos em nosso corpo e milhares

de

estímulos

elétricos

durante

movimentos

repetitivos. Movimentos que exigem contração muscular contínua, como exemplo, segurar uma criança no braço, são chamados de movimentos estáticos. Neste tipo de movimento,os estímulos, as reações químicas e contrações são contínuos. Isto pode levar a fadiga muscular (exaustão

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ou cansaço) pela limitação do tempo de recuperação do músculo.A manutenção prolongada de qualquer um destes tipos de movimentos (repetitivo ou estático), pode gerar desconforto muscular . As pausas e/ou micropausas proporcionam o tempo necessário para que as fibras musculares se recuperem do esforço e eliminem os "detritos" gerados pelas reações químicas.

 Pescoço

Figura 9

Nosso pescoço é sustentado pela parte cervical da coluna e por vários músculos. Alguns destes músculos costumam

gerar

desconfortos

causados

por

vícios

posturais, seja no seu posto de trabalho ou fora dele. Outro fator importante no desencadeamento deste tipo de desconforto é psicoemocional: o estresse. Sob estresse, temos tendência a contrair os músculos do corpo. Comece a temos tendência a contrair os músculos do corpo.Comece a observar em seu dia a dia, se está com os músculos dos ombros e pescoço relaxados ou contraídos. Se estiverem contraídos, relaxeos.Este relaxamento tende a tornar-se um reflexoautomático

com

o

treinamento

minimizando

desconfortos nesta região mesmo sob estresse.

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 Ombro e braço

Os músculos do ombro são muito utilizados no trabalho em escritórios. A área do "músculo deltóide" é uma das que geram desconforto quando trabalhamos no computador por tempo prolongado. Isto por ser uma das regiões responsáveis em manter a elevação do braço. O movimento estático (contração) acima, é comum durante a utilização do mouse e teclado. O desconforto muscular neste caso se dá geralmente no ombro e pescoço. A "postura neutra" tenta minimizar esta contração, mas por também não ser nossa postura natural de repouso, poderá gerar desconfortos musculares principalmente na coluna lombar, após algum tempo. Sugestão: movimente-se e faça micropausas

 Músculo Trapézio

Geralmente associa-se também um desconforto na região do "músculo trapézio", pois para mantermos o braço elevado, toda a região do ombro é elevada por ele. Fatores psico-emocionais podem predispor ou piorar o problema. Em períodos de tensão (ou pressão) e estresse, tendemos a manter a região do músculo trapézio contraída (movimento estático). Isto favorece o aparecimento de desconfortos

musculares.

Insistimos

que

mantenha

"posição de trabalho" apenas quando efetivamente estiver trabalhando. Caso contrário, relaxe e utilize o apoio de

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braço enquanto pensa, lê,etc.Faça alongamentos e relaxe nestes períodos.

 Antebraço e mão

A transmissão da força destes músculos até a mão se dá através dos tendões. A inervação do antebraço e mãos é realizada pelos nervos "radial, mediano e cubital" O movimento do dedo indicador mostrado ao lado, é extremamente exigido durante a utilização do mouse. O problema aqui reside no fato de que mantemos o indicador em extensão estática (contração) na maior parte do tempo que movimentamos o mouse, para evitar o "click" do botão. A manutenção desta extensão (contração) por tempo prolongado, pode gerar dor na região dos músculos extensores dos dedos , localizados na área dorsal do antebraço. GRANDE

DICA:

se

não

estiver

efetivamente

utilizando o mouse, solte-o e relaxe ! Se realmente tem trabalho intenso pela frente, programe micro pausas.

 Coluna Lombar

Por um orifício nas vértebras passa a medula nervosa, proveniente do cérebro. Ela é semelhante a um cabo telefônico, com milhões de fios no interior (simulação acima). Estes fios correspondem aos nervos que são

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distribuídos por todo o corpo ao longo da coluna. Os discos intervertebrais, permitem a flexibilidade da coluna, como se fossem de borracha. Nossa coluna é um empilhamento de vértebras, equilibradas pelos músculos e ligamentos ao redor delas. A parte lombar da coluna, sustenta o peso de toda a porção superior do corpo. Ao permanecermos numa única posição por tempo prolongando (sentado ou em pé), pode haver fadiga

desta

musculatura

de

sustentação,

gerando

desconforto nesta região. Dicas: movimente-se, faça alongamentos, abandone o sedentarismo, peça orientação sobre atividades físicas que fortaleçam a musculatura para vertebral.

Certo X Errado  Teclado Os teclados em geral possuem teclas de letras a esquerda e um pequeno teclado numérico a direita. O teclado deve ser centralizado com o monitor de acordo com as suas atividades. Se você digita textos a maior parte do tempo, deve centralizar o teclado considerando apenas as teclas de letras. Este centro geralmente encontra-se entre as teclas "G" e "H". No caso de utilizar o teclado numérico a maior parte de sua jornada de trabalho, deve posicionar o teclado numérico para sua mão dominante (direita ou esquerda). Outra

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Opção é a utilização de um mini-teclado numérico independente. Para a digitação no teclado, seja letras ou números, não é necessário e não se deve utilizar força na tecla. Pode-se utilizar ou não, o apoio de braço da cadeira, dependendo do ajuste final de sua cadeira. A mão deve flutuar sobre as teclas, mantendo uma angulação neutra em relação ao punho, como mostram as ilustrações.

 Mouse O correto é segurar o mouse suavemente. Algumas atividades utilizam muito mais o mouse do que do teclado, como programas gráficos. Estas pessoas devem posicionar o mouse em frente a mão que for utilizá-lo, mantendo também a angulação neutra, semelhante a do teclado, quanto a dobra do punho. Importante: deve

segurar

o

mouse

apenas quando

realmente for necessário. Muitas pessoas tem o mau hábito de segurá-lo enquanto lêem textos, conversam ao telefone, etc.

A melhor coisa é prevenir estes problemas; Mantenha-se sempre na postura NEUTRA; Postura neutra pode significar um dia mais produtivo e mais confortável para você.

Utilização com desvios laterais do punho também são contra-indicadas, como podemos observar nas fotos que se seguem.

Certo ! Av. Maracanã, 229 – Maracanã - CEP 20.271-110 – Rio de Janeiro- RJ – Tel. 2256-3164

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Monitor: entre 45 e 70 cm de distância Regular altura no máximo, até sua linha de visão.Sempre que possível procure "descansar" a vista, olhando para objetos (quadros, plantas, aquários, etc...) e paisagens a mais de 6 metros.

Figura 10 Antebraços, punhos e mãos em uma linha reta (posição neutra).

Figura 11

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ERRADO

CERTO

Figura 12

Amigos, vocês sabem quais são os efeitos de uma má postura?  Dor no Pescoço  Dor nas costas  Dor nos braços ou ante-braço  Dor nas mãos  Sensação de cansaço  Desconforto  Outros problemas de saúde (LER / DORT)

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Dicas gerais A - Iluminação Para evitar reflexos, as superfícies de trabalho, paredes e pisos, devem ser foscas e o monitor deve possuir uma tela anti-reflexiva. Evite posicionar o computador perto de janelas e use luminárias com proteção adequada. B - Cores Equilibre as luminâncias usando cores suaves. C - Temperatura Como

regra

geral,

temperaturas

confortáveis,

para

ambientes informatizados, são entre 21 e 23 graus centígrados, com níveis de umidade entre 40 a 60%. D - Acústica É recomendável para ambientes de trabalho em que exista

As atividades musculares são analisadas segundo critérios de: Velocidade Força aplicada Gasto energético Análise biomecânica

solicitação intelectual e atenção constantes, índices de pressão sonora até 65 dB(A). Por esse motivo recomendase o adequado tratamento do teto e paredes, através de materiais acústicos e a adoção de divisórias especiais. E - Humanização do ambiente Sempre que possível humanize o ambiente (plantas, quadros e quando possível, som ambiente). Estimule a convivência social entre os funcionários. Muitas empresas que estão adotando políticas neste sentido vêm obtendo um aumento significativo de produtividade. Lembre-se que o processo de socialização é muito importante para a saúde psíquica de quem irá trabalhar nele.

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Aplicação das forças Os

movimentos

humanos

resultam

das

contrações

musculares. As forças desses movimentos dependem da quantidade de fibras musculares contraídas.Em geral, apenas dois terços das fibras de um músculo podem ser voluntariamente contraídas de cada vez. Para se realizar um movimento, são necessários no mínimo 2 músculos opostos: enquanto um se contrai, o outro relaxa, isto é, os músculos ocorrem em pares antagônicos ligados á mesma articulação, de modo que, para o mesmo movimento, há simultaneamente um músculo (protagonista)contraindo-se outro (antagonista) relaxando-se.

 Características dos movimentos

Para

fazer

um

combinações

de

determinado contrações

movimento,

musculares

diversas

podem

ser

utilizadas, cada uma delas tendo diferentes características de velocidade, precisão e movimento. Portanto, conforme a combinação de músculos que participem de um movimento, este

pode

ter

características

e

custos

energéticos

diferentes. Quanto à natureza, os movimentos se classificam em: contínuos, intermitentes e repetitivos.

Tanto o alcance vertical como o horizontal indicam que os braços têm pouca resistência em manter cargas estáticas.Os tempos para isso não devem ser maiores que 1 ou 2 minutos.

Movimentos contínuos: São aqueles em que durante a tarefa programada não há interrupção da atividade muscular, controlada seguidamente por um mecanismo de realimentação dos estímulos. Ex: Dirigir um carro por uma estrada, operar uma serra circular, etc.

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Movimentos

intermitentes:

São

movimentos

independentes, que se sucedem uns aos outros, atendendo a diferentes estímulos, durante um período de atividade. Exemplo: assinar documentos, desenhar na prancheta, etc. Movimentos

repetitivos:

São

movimentos

de

mesmo padrão, que se repetem ciclicamente até o cumprimento da tarefa, com um ritmo característico. Ex: martelar um prego, apertar um parafuso, etc.

Precisão Os movimentos de maior precisão são realizados com as pontas dos dedos. Se envolvermos sucessivamente os

movimentos

do

punho,

cotovelo

e

ombros,

aumentaremos a força, com prejuízo da precisão. Isso pode ser

observado

em

operações

manuais

altamente

repetitivas.Quando os dedos fatigam-se, há uma tendência de substituí-los, sucessivamente, pelos movimentos do punho, cotovelo e ombros, com progressiva perda de precisão.

 Ritmo

Os movimentos devem ser suaves, curvos e ritmicos. Acelerações ou desacelerações bruscas, ou

rápidas

mudanças de direção são fatigantes, porque exigem maiores contrações musculares.

 Esforços aplicados

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Controlando sistemas mecânicos modernos, o homem ainda emprega um pequeno esforço muscular, porém, face ao crescente aumento da automação, os simples” apertos de botões” vão substituindo antigas tarefas que exigem a força humana. De acordo com as pesquisas relativas à força muscular de um operador sentado, temos os seguintes resultados: •

As forças resultantes do movimento dos braços,

obedecem à seguinte ordem decrescente de intensidade empurrar, puxar, para cima, para baixo, para dentro e para fora. •

A força advinda do movimento dos braços depende

da posição do antebraço. Assim, tanto empurrando como puxando os movimentos, são mais fortes com o antebraço estendido. Se o antebraço permanece junto ao tronco, os movimentos para cima e para baixo são mais fortes. •

O ato de empurrar com os pés é mais intenso

quando as pernas se inclinam em relação ao piso do que quando perpendicularmente. Relação entre a força máxima da perna e a altura de um pedal.

 Transmissão de movimentos e forças

No posto de trabalho, as exigências de forças e torques devem ser adaptadas às capacidades do operador, nas condições operacionais reais. No caso de uma alavanca por exemplo, significa que a força necessária para movimentála, deve estar dentro da uma faixa que o operador mais fraco consiga movimentá-la e também um certo atrito ou inércia, para evitar acionamentos acidentais.

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 Força para empurrar e puxar

A capacidade para empurrar e puxar depende de diversos fatores, como postura, dimensões antropométricas, sexo, atrito entre sapato e o chão e outros.  Alcance vertical

Quando o braço é mantido na posição elevada, acima dos ombros, os músculos dos ombros e dos bíceps fatigam-se rapidamente.  Alcance horizontal

O alcance horizontal com um peso nas mãos,provoca uma solicitação

maior

dos

músculos

do

ombro

para

contrabalançar o momento criado pelo peso.Isso ocorre devido á distância relativamente grande desse peso em relação ao ombro. Levantamento de cargas O manuseio de cargas é responsável por grande dos traumas

musculares

entre

os

trabalhadores.

Aproximadamente 60% dos problemas musculares são causados por levantamento de cargas e 20%, puxando ou empurrando-as.Isso tem ocorrido principalmente devido à grande

variação

individual

das

capacidades

físicas,

treinamentos insuficientes e frequentes substituições de trabalhadores

homens

por

mulheres.Torna-se,

então,

necessário conhecer a capacidade humana máxima para levantar e transportar cargas, para que as tarefas e as máquinas

sejam

corretamente

dimensionadas

dentro

desses limites.

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As situações de trabalho quanto ao levantamento de pesos podem ser classificadas em dois tipos.Um deles refere-se ao

levantamento

esporádico

de

cargas,

que

está

relacionado com a capacidade muscular.O outro, ao trabalho repetitivo com levantamento de cargas, onde entra o fator de duração do trabalho.Nesse caso, o fator limitativo será a capacidade energética do trabalhador e a fadiga física. Levantamento de cargas  Resistência da coluna

Ao levantar um peso com as mãos, o esforço é transferido para a coluna vertebral, descendo pela bacia e pernas, até chegar ao piso.A coluna vertebral é composta de vários discos superpostos, sendo capaz de suportar uma grande força no sentido axial(vertical), mas é extremamente frágil para

forças que

atuam perpendicularmente

ao

seu

eixo(cisalhamento).Portanto, na medida do possível, a força sobre a coluna vertebral deve ser aplicada no sentido vertical,usando-se a musculatura das pernas, que são mais resistentes.  Capacidade de carga máxima

Varia bastante de uma pessoa para outra.Varia também conforme se usem as musculaturas das pernas, braços ou dorso.As mulheres possuem aproximadamente metade da força

dos

homens

para

levantamento

de

pesos.A

capacidade é influenciada pela sua localização em relação ao corpo e outras características como formas,dimensões e facilidade de manuseio.

As mulheres, além de terem

capacidade menor levantamento dessas cargas, também sofrem uma redução mais rápida com o afastamento das

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mesmas. No caso das tarefas repetitivas, deve-se determinar, primeiro, a capacidade de carga isométrica das costas, que a capacidade máxima que uma pessoa consegue levantar, flexionando as pernas e mantendo o dorso reto,na vertical. Limites de pesos Artigo 198 da CLT (2005), Brasil, In: CARRION, 2005, cita: “ É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher {...} Parágrafo único. Não está compreendida na proibição deste artigo a remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem que sejam exigidos do empregado serviços superiores às suas forças...”. NR17 17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança. 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não comprometer sua saúde e segurança.

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 Panorama mundial

OIT (1988) recomenda no máximo 55 Kg

Figura 13  Deslocar, levantar e transportar cargas manuais

Deslocar, levantar e transportar cargas, define-se como sendo os movimentos e esforços desprendidos por uma ou mais pessoas, objetivando movimentar cargas dos mais diversos tipos, formas ou tamanhos, pelo processo manual. Procedimentos básicos a serem seguidos quando no deslocamento,

levantamento

e

transporte

de

cargas

manuais, objetivando evitar acidentes e consequentes lesões.

Figura 14

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PROCEDIMENTOS BÁSICOS •

Nunca dobrar as costas;



Posicionar-se sempre próximo a carga;



Não torcer o corpo para pegar ou movimentar cargas;



Usar sempre a musculatura das pernas;



Aproximar bem a carga do corpo;



Centralizar a carga em relação as pernas;



Observar quais Equipamentos de Proteção Individual que a carga exige;Jamais tentar transportar quando a carga tiver peso, tamanho ou forma adversas;



Lembre-se que outros colegas de trabalho, poderão auxiliá-lo quando necessário, e; Existem limites para o deslocamento, levantamento e transporte de CARGAS

MANUAIS.

Existem

outros

meios

e

máquinas disponibilizadas para o transporte de cargas.

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Procedimentos Básicos

Figura 15

OBS: Erros como estes podem causar: LESÕES

1. Não manter as pernas esticadas; 2. Não levantar a carga com a coluna; 3. Não ficar longe da carga;

•Cortes/ Perfurações;

4. Não torcer o tronco;

•Dores lombares (lombalgias);

5. Evitar escorar cargas no joelho ou coxas

•Entorse;

Posição das pernas: as pernas devem ficar colocadas

•Distensões musculares;

anterior à iniciação do esforço e devem acompanhar o

•Hérnias, ETC.

sentido de movimento. A utilização correta da força das pernas contribui para diminuir os esforços sobre a coluna vertebral; A coluna deve permanecer ereta.

INCAPACIDADE •Parcial •Total •Temporária •Permanente •Morte

Figura 16

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Certo X Errado

Figura 17 •

Legislação Brasileira



Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho



NR-09 - Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais •

NR-11

-

Transporte,

movimentação,

armazenagem e manuseio de materiais •

NR-17 – Ergonomia



NR 18 – Condições e meio ambiente de

trabalho na indústria da construção. A legislação brasileira tem uma norma para transporte e manuseio de materiais, especificamente para trabalho com sacarias, NR11. Uma outra norma NR 18 estabelece o limite máximo de 60 kg para transporte e descarga individual em obras de construção, demolição e reparos. O levantamento individual é limitado a 40 kg. Assim, para o

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transporte de 60 kg, o levantamento de carga deve ser feito com auxílio de outra pessoa.

RECOMENDAÇÕES A carga unitária deve ter peso máximo de 23kg. Segundo NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health-EUA). Essa seria a carga aceitável para 99% dos homens e 75% das mulheres, sem provocar nenhum dano físico, em trabalhos repetitivos.

Mantenha a carga próxima do corpo - Para transporte de carga com os dois braços, deve-se mantê-la o mais próximo possível junto ao corpo, na altura da cintura, conservandose os braços estendidos. O transporte de cargas com os braços flexionados aumenta a carga estática dos músculos e cria desequilíbrio em relação ao centro de gravidade do corpo. Caixas grandes devem ser transportadas com os braços esticados, bem próximos do corpo, ou com o braço e antebraço formando um ângulo reto, com o corpo ligeiramente inclinado para trás. As mulheres grávidas adotam posturas semelhantes.

Adote um valor adequado para cargas unitárias - De acordo com a equação de NIOSH, a carga unitária deve ter peso máximo de 23 kg. Essa carga deve ser reduzida e acordo com a ocorrência dos fatores desfavoráveis, já apresentados. Entretanto também não se recomendam cargas unitárias muito leves, porque isso estimularia o carregamento simultâneo de vários volumes, podendo

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ultrapassar os 23 kg. Além disso, é preferível fazer poucas viagens com cargas maiores do que muitas viagens com cargas menores. Use cargas simétricas - sempre que possível, deve ser mantida uma simetria de cargas, com dois braços carregando aproximadamente o mesmo peso. No caso de cargas grandes, compridas ou desajeitadas, devem ser usados dois carregadores para facilitar a simetria. Se a carga for composta de diversas unidades, ela pode ser dividida (colocada em caixas) para que possam ser transportadas com o uso das duas mãos. Providencie pegas adequadas - O manuseio tipo pinça (pressão com o polegar dos dedos) deve ser substiuído por manuseio do tipo agarrar. Para isso as caixas devem ter alças ou furos laterais, além disso a superfície de contato entre

a

pega

e

as

mãos

deve

ser

rugosa

ou

emborrachada,para aumentar o atrito. Trabalhe em equipe - O trabalho em equipe deve ser usado quando a carga for excessiva ou volumosa para uma só pessoa. Assim se evitam lesões no trabalhador ou danos à carga. Defina o caminho - O caminho a ser percorrido deve ser aproximadamente definido. Todos obstáculos devem ser removidos. Supere os desníveis do piso – Devem ser transformados em rampas de pequena inclinação, de até 8%,revestido de material antiderrapante.

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Use carrinhos - O transporte de cargas de materiais deve ser feito em carrinhos com rodas, apropriados para cada tipo de material, de modo a facilitar as operações de carga e descarga. Use

transportadores

mecânicos

-

use

correias

transportadoras, transportadores de rolos, pontes rolantes, guinchos e outros meios mecânicos para suspender e transportar materiais.

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Resumindo:

Figura18

•A biomecânica ocupacional é uma parte da biomecânica geral, que se ocupa dos movimentos corporais e forças relacionadas ao trabalho. •O Trabalho Estático é aquele que exige contração contínua de alguns músculos, para manter uma determinada posição. •O Trabalho Dinâmico ocorre quando há contrações e relaxamentos alternados dos músculos, como nas tarefas de martelar, serrar, girar um volante ou caminhar. •Trauma por impacto - Ocorre quando a pessoa é atingida por uma força súbita, durante um espaço de tempo, em uma região específica do corpo •Trauma por esforço excessivo - Esse tipo de trauma ocorre durante a atividade física no trabalho, principalmente quando há cargas excessivas, sem a concessão das devidas pausas. •DORT

-

distúrbios

osteomusculares

relacionado

ao

trabalho •LTC - lesões por traumas cumulativos •LER - lesões por esforços repetitivos •Postura é o estudo do posicionamento relativo de partes do corpo, como cabeça, tronco e membros, no espaço.

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ATIVIDADE 1 O que é biomecanica?

ATIVIDADE 2 Diferencie trabalho estático e dinâmico.

ATIVIDADE 3 Quais são os tipos de trauma por esforço excessivo?

ATIVIDADE 4 De 3 exemplos de posturas inadequadas.

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Ergonomia e Prevenção de acidentes

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Meta: Conscientizar os estudantes em relação a prevenção de acidentes.

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de:  Saber sobre Prevenção de acidentes em controle e manejos  Conhecer a evolução da organização do trabalho  Jornada de trabalho e suas conseqüência  Condições ambientais

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Saudações Prevencionistas! Você sabia que para ser um bom Técnico de Segurança

do

Trabalho

deve-se

ter

bons

conhecimentos sobre Ergonomia e prevenção de acidentes? Então mãos-a-obra!

“NUNCA É DEMAIS UM ACIDENTE A MENOS.”



Prevenção de acidentes

 Manejos e controles

De localização – Colocar os controles a serem acionados sequencialmente, dentro de uma determinada lógica

de

movimentos.

Ex:

ligar

um

conjunto

de

interruptores da esquerda para direita. De orientação – Movimentar o controle na direção em que não possa ser movido por forças acidentais do operador. Ex: botão que precisa ser puxado para ligar( não se liga acidentalmente com esbarrões). Rebaixo – Encaixar os controles em um rebaixo no painel, de forma que não apresentem saliências sobre superfície. Cobertura - Proteger os controles por um anel ou uma caixa protetora ou colocá-los no interior de caixas com tampas.

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Canalização – usar guias na superfície do painel para fixar o controle numa determinada posição- o deslocamento é precedido de um movimento perpendicular ao mesmo,para destravá-lo. Batente – Usar bordas para ajudar o operador a manter uma determinada posição, evitando,por exemplo, que os pés se escorreguem. Resistência - dotar o controle de atrito ou inércia para anular pequenas forças acidentais. Bloqueio – colocar um obstáculo, de modo que os controles



possam

ser

acionados

quando

forem

precedidos de uma operação de desbloqueio, como a remoção da tampa, retirada de um cadeado ou a ligação de energia. Luzes – associar o controle a uma pequena lâmpada que acende, indicando que está ativado. Código - em sistemas computadorizados, exige-se a digitação de um código para permitir acesso ao sistema. Esse código pode ser estar contido em cartões magnéticos.

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Figura 1  Manejos Manejo é uma forma de particular de controle, onde há um predomínio dos dedos e da palma das mãos, pegando, prendendo ou manipulando alguma coisa. A mão humana é uma das”ferramentas” mais completas, versáteis e sensíveis que se conhece.Graças `a grande mobilidades dos dedos pode-se conseguir um a grande variedade de manejos, com variações de força, precisão e velocidade dos movimentos

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Existem diversas classificações de manejo, mas, de forma geral, elas recaem em dois tipos básicos: o manejo fino e o manejo grosseiro.

 Manejo fino - é executado com as pontas dos dedos é chamado também de manejo da precisão  Manejo grosseiro - ou de força é executado com o centro da mão. Os dedos têm a função de prender. Em geral transmite forças maiores, com velocidade e precisão menores que o manejo fino. Exemplos: serrar, martelar, capinar.

Organização do Trabalho Pegado (1991) considera que a Ergonomia tem os seus objetivos centrados na humanização do trabalho e na melhoria da produtividade. As condições de trabalho incluem todos os fatores que possam influenciar na performace e satisfação dos trabalhadores na organização. Isso envolve o trabalho específico, o ambiente, a tarefa, a jornada de trabalho, o horário de trabalho, salários, além de outros fatores cruciais relacionados com a qualidade de vida no trabalho, tais como nutrição, nível de atividade física habitual e todas condições de saúde em geral. O desempenho dos indivíduos dentro de uma organização está diretamente ligado à conformidade entre os seus valores pessoais e os valores da organização, ou

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seja, a cultura, e o clima organizacional. É evidente, também, que em função desta conformidade, o empregado passa a sentir-se como parceiro e participante do processo, resultando a sua conveniência dentro da organização não somente na satisfação das suas necessidades econômicas, mas também, na realização das suas necessidades de auto realização profissional dentro de um ambiente de trabalho bastante agradável. Organização – deve permitir que cada um possa exercitar suas habilidades, com sentimento de autorealização, sem necessidade de controles rígidos sobre cada atividade. As pessoas devem sentir-se respeitadas, sem discriminação, tendo um relacionamento amigável com os seus colegas e supervisores. Na medida do possível, a organização deve ser feita de modo participativo. Ambiente psicossocial – abrange aspectos como sentimento de segurança e estima, oportunidades de progresso funcional, percepção da imagem da empresa, relacionamento social com colegas, chefes, etc. Ambiente físico - abrange o posto de trabalho e as condições físicas como iluminação, cores, temperatura, ruído e vibrações. Destaca-se principalmente a presença de elementos poluidores e nocivos à saúde. Se esses elementos não estiverem dentro da faixa de tolerância humana,

constituem-se

em

fontes

de

estresse

e

insatisfação no trabalho. •

Evolução das formas de organização do trabalho As diferentes formas de organização do trabalho,

desenvolvidas desde o começo deste século, ainda,

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coexistem em nossos dias, com o objetivo comum do aumento da produtividade. Neste sentido, considera-se que cada uma delas assume não apenas necessidades técnicas, mas também, na medida em que consideram a motivação dos trabalhadores, uma certa concepção de homem que lhe atribui o lugar, o conteúdo e as condições de seu trabalho (Proença, 1993).  Contribuição

da ergonomia da definição da

organização do trabalho A contribuição da ergonomia à definição de uma forma de organização do trabalho, numa determinada situação, pode assumir as seguintes abordagens: •

a partir da análise do trabalho, numa situação de

referência, a ergonomia pode contribuir no sentido de evidenciar alguns fatores relativos ao meio ambiente e aos procedimentos técnicos, que podem ter sido subestimados, particularmente os elementos de variabilidade; •

a ergonomia contribui no sentido de evidenciar

situações de ação tipo que deverão ser consideradas na definição; •

a análise do efetivo de trabalho das futuras

instalações permite evidenciar as principais características dessa população, que são importantes para a definição da organização do trabalho; •

Segundo a NR17, a organização do trabalho deve ser adequada às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. Para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo: - as normas de produção; - o modo operatório; - a exigência de tempo; - a determinação do conteúdo de tempo; - o ritmo de trabalho; - o conteúdo das tarefas.

a ergonomia pode, também, contribuir orientando os

organizadores do trabalho em princípios metodológicos sobre determinados pontos da organização; •

quando há várias proposições da organização

futura, a ergonomia pode auxiliar na tomada de decisão,

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evidenciando as vantagens e os inconvenientes de cada forma de organização, do ponto de vista da atividade futura dos trabalhadores; •

enfim, a ergonomia pode favorecer numa evolução

contínua do sistema organizacional, através da análise do trabalho em funcionamento normal e através da formação do próprio pessoal.  Jornada de trabalho

Uma duração diária de 8 horas de atividade profissional constitui um limiar. Uma jornada superior a esse limite, em geral, decai a qualidade e/ou a quantidade de trabalho, sem esquecer os danos à saúde do trabalhador. Outros aspectos também devem ser considerados com relação aos efeitos da duração de trabalho, tais como: a diminuição de rendimento é um sinal indireto de fadiga, mas muitas vezes, os aspectos econômicos (medo de perder o emprego, se não conseguir alcançar a produção exigida) ou técnicos (cadência imposta pela máquina) impedem que o trabalhador diminua a sua produção. Nas últimas décadas, as divisões dos horários de trabalho no decorrer do dia vêm se alterando. Na França e em outros países europeus, existem as jornadas contínuas - com curtas interrupções no meio da jornada, permitindo diminuir o tempo passado longe da família.  Trabalho noturno e por turno

As direções das empresas estão utilizando cada vez mais processos contínuos. Para isto, são empregados diferentes modalidades de organização dos horários de trabalho:

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equipes de 2x8, de 3x8 e de 4x6 com rodízio

periódicos. •

variáveis; trabalho noturno contínuo e horários

irregulares

(exs.:

transportes

coletivo,

empresas

de

aviações, etc.).

 Efeitos do trabalho noturno

O trabalho noturno e em equipes alternadas apresentam restrições específicas aos trabalhadores, não somente é prejudicial a sua saúde, mas também perturba a vida

social

e

afetiva.

Os

trabalhadores

noturnos,

freqüentemente, têm um mau estado geral de saúde e muitos trabalhadores até precisam abandonar o serviço em turnos.

Figura 2 A sociedade está cada vez mais acostumada aos serviços que funcionam 24 horas. Hoje podemos ir ao supermercado, à farmácia ou ao posto de gasolina a qualquer momento. Para atender a essa demanda há um grande número de pessoas que trabalham fora dos horários

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tradicionais. Esses profissionais estão mais propensos a manifestar

fadiga

crônica,

distúrbios

digestivos,

cardiovasculares e problemas no convívio social. O sono é a principal queixa dos trabalhadores noturnos. Durante o dia, o barulho, a claridade e movimentação de pessoas em casa prejudicam o sono, tornando-o menos reparador. A privação do sono provoca fadiga crônica e queda no desempenho, o que contribui para o “erro humano” e os acidentes de trabalho. O risco de ocorrerem acidentes no trabalho noturno é três vezes maior, quando comparado ao trabalho diurno. As doenças apresentadas pelos trabalhadores por turnos em fábricas, tiveram seus primeiros estudos nos países escandinavos, na Noruega, onde foi realizado um levantamento com 1.100 trabalhadores, observando-se as frequências das doenças entre trabalhadores do dia e da noite. O levantamento revelou uma nítida elevação das doenças do aparelho digestivo e perturbações nervosas dos trabalhadores por turnos, conforme tabela.

Doenças (%) segundo

Trabalho

Thiis-Evensen

Diurno

Noturno

Problemas estomacais

10,7

35

Úlcera

7,7

13,4

Problemas intestinais

9

30

Problemas nervosos

25

64

Frequência de doenças em trabalhadores por turnos em fábricas norueguesas.

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Fonte: Grandjean (1998) Hoje podemos falar já em algumas doenças profissionais dos trabalhadores noturnos, como ilustra o quadro a seguir. Sintomas de fadiga crônica •Sensação de cansaço (mesmo após sono)

Pertubações psicossomáticas •Do apetite (inapetência) •Do sono (insônia) Nos órgãos de

•Irritabilidade psíquica

digestão

•Tendência a depressões

•Lesões no estômago (úlceras)

•Pouca motivação e disposição

•Lesões no intestino (problemas

para o trabalho

intestinais) •Nervosas

1)Razões técnicas: quando o processo tecnológico exige funcionamento contínuo, exemplo disso são: as siderúrgicas, as indústrias químicas.

Recomendações Para amenizar os problemas do trabalho noturno consiste em repensar o turno de modo a proporcionar o menor desgaste possível ao trabalhador. Algumas medidas são proposta: -Suprimir ou atenuar o trabalho noturno -reduzir a jornada diária de 8 para 6 horas (conforme aprovada na Constituição de 1988); -Os períodos de recuperação alongados; -aumentar os fins de semanas livres e número de folgas;

2)Necessidade de serviços para a coletividade, atendimento à saúde, transporte e segurança pública. 3)Razões econômica - para amortizar os custos do maquinário, isto é, rentabilizar ao máximo as equipes dispendiosas

Introduzir pausas; - Proporcionar boa alimentação e melhorar a remuneração

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e outras vantagens como forma de compensação; -

Intensificar o atendimento médico.  Estresse

Um dos maiores problemas dos trabalhadores modernos é o estresse, causado principalmente pelas competições, exigências e conflitos. Estes, até certo ponto, podem ser reduzidos pela correta definição e atribuição de tarefas, seleção e treinamento, estabelecimento de planos salariais

e

de

carreira

e

principalmente,

por

um

relacionamento franco e sincero e saudável entre os trabalhadores e a administração da empresa. Causas São muito variadas e possuem efeito cumulativo. As exigências físicas ou

mentais exageradas provocam

estresse, mas este pode incidir mais fortemente naqueles trabalhadores já afetados por outros fatores, como conflitos com a chefia ou até problemas domésticos. Segue algumas principais causas do estresse. Conteúdo do trabalho - Pressão para manter um certo ritmo de produção, isso não ocorre só a nível de produção, mas também no atendimento a pessoas de uma fila ou devido a prazo exíguo para entrega de um trabalho.Contribuem também as responsabilidades,conflitos e outras fontes de insatisfação. Sentimentos de incapacidade - Percepção pessoal da incapacidade de atender à demanda de trabalho ou terminá-lo dentro de um prazo estabelecido. Condições de trabalho - As condições físicas

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desfavoráveis, como o excesso de ruído e calor, ventilação deficiente, luzes inadequadas, ofuscamentos, gases tóxicos ou uso de cores irritantes no ambiente de trabalho. Aqui se inclui também o projeto deficiente do posto de trabalho( como posturas inadequadas ou com dificuldade de visualizar os instrumentos e alcançar controles e demais instrumentos). Fatores

organizacionais

-

Incluem-se

os

comportamentos dos chefes e supervisores que podem ser demasiadamente exigentes e críticos e, portanto pouco encorajadores. Há também as questões de salários, carreira, horários de trabalho, horas extras e turnos. Pressões

econômico-sociais

-

Conflitos

com

colegas de trabalho, dinheiro para pagar contas e a forte pressão

exercida

pela

sociedade

de

consumo

são

elementos de frequentes preocupações.

Redução do Estress O estresse tem várias causas e afeta diretamente as pessoas. Assim, não é possível estabelecer uma forma única para prevení-lo ou combatê-lo. Existem diversas medidas que podem ser adotadas e que são descritas a seguir:  Redesenho do posto de trabalho - Deve verificar condições do ambiente físico se estão dentro dos valores recomendados, dimensões antropométricas se facilitam a movimentação corporal e as posturas.

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Contatos sociais - deve se tomar cuidado para não se provocar isolamento dos trabalhadores. Caso não seja possível providenciar pausas, para que esses contatos sejam possíveis.

 Treinamento - o novato enfrenta uma situação estressante, principalmente se não for bem aceito pelos colegas. muitas empresas não oferecem nenhum treinamento e outras simplesmente colocam o novato ao lado de um mais experiente, para que seja

treinado.Para

reduzir

a

insegurança

é

aconselhável submetê-lo a algum tipo sistematizado de

treinamento,

além

de

desenvolvimento

de

habilidades específicas do cargo, deve-se oferecer informações sobre a empresa e os serviços que ela oferece

aos

seus

empregados.Deve-se

fazer

apresentação formal dos novatos aos veteranos, para que sejam bem aceitos.  Ajudas – Se houver alguma dificuldade, evento inesperado,

ou

emergencial,

como

quebra

de

máquina ou acidente de trabalho, o trabalhador deve saber a quem recorrer.  Exercícios de relaxamento – ginástica laboral, exercícios respiratórios, psicoterapia em grupo.  Mudanças de método - os métodos muito simples e altamente repetitivos têm a desvantagem de exigir sempre

a

contração

os

mesmos

músculos,

contribuindo para a fadiga localizada. Aumentandose a variedade de tarefas, essa fadiga poderá ser melhor distribuída. √ Rigidez organizacional – a rigidez excessiva,

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composição de ritmo artificial, neutraliza a vida mental durante o trabalho, tornando o trabalhador mais suscetível a doenças. Quando o trabalhador têm uma certa liberdade em organizar o seu próprio trabalho, ele o faz de maneira peculiar, cada um promove pequenos ajustes, de acordo com as necessidades de sua personalidade, e com isso proporcionar maior equílibrio emocional. Participação dos trabalhadores – Quando a administração consegue o envolvimento dos trabalhadores na busca de soluções, só poderá obter vantagens, porque ninguém

conhece

melhor

o

trabalho

do

que

eles

próprios.Mesmo que esse trabalho seja cuidadosamente analisado por especialistas, é possível que escapem certos detalhes, que podem ser importantes.



Condições adequadas do trabalho O que muitos gestores não sabem é que um trabalho

realizado em condições adequadas, não apenas contribui para a segurança e a saúde dos trabalhadores, mas também

elevam

os

níveis

de

produtividade

e

consequentemente aumenta a competitividade da empresa. Como futuros Gestores em Segurança no Trabalho, uma das nossas metas será mudar a cultura de alguns empresários de que segurança no trabalho é despesa. Pois, na realidade, segurança no trabalho é um investimento que torna a organização mais forte, influindo positivamente em sua produção e competitividade. Não podemos esquecer, no entanto, que a Ergonomia será uma de nossas poderosas ferramentas em busca desse ambiente de trabalho salubre.

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Ciclo de tarefas Tarefas repetitivas são inconvenientes, pois produzem alienação mental e concentração da fadiga em alguns músculos. Para reduzir os efeitos prejudiciais que existem em trabalhos repetitivos, deve-se determinar ciclos não inferiores a um minuto e meio. Esse tipo de atividade é comum em linhas de montagem. Contatos Sociais Trabalhadores, que passam muito tempo isolados, desenvolvem pessimismo e tédio. Logo, para evitarmos tal fato, devemos proporcionar momentos de contato social que tornará o cargo mais interessante. Esses contatos podem ter os seguintes objetivos: •

Proporcionar ajuda a um colega;



Facilitar a discussão sobre o trabalho;



Debater outros assuntos não ligados ao trabalho.  Cargos interessantes / trabalhadores satisfeitos

Um cargo passa a ser interessante quando ele possui os seguintes aspectos: * É composto por várias tarefas diferentes (fáceis e difíceis); * O trabalhador tem controle sobre sua atividade; * A atividade é adequada ao conhecimento e experiência do trabalhador; * Não é muito repetitivo;

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* Existe a oportunidade de contato social; * O trabalhador pode determinar seu próprio ritmo, método e seqüência de operações; * Existe o acesso a informações necessárias.

 Enriquecimento do cargo As tarefas que proporcionam uma maior oportunidade de aprendizagem e de controle são as de preparação e suporte, por serem menos repetitivas. Um cargo para ser completo deve conter uma seqüência lógica de tarefas de preparação, produção e suporte. Para se enriquecer ou alargar verticalmente um cargo é necessário a introdução de tarefas mais difíceis, por outro lado para se alargar este cargo horizontalmente, faz-se necessário a introdução de tarefas de complexidade semelhante. •

Ergonomia de ambientes Para projetar um ambiente de trabalho ergonômico,

deve-se levar em consideração uma série de componentes: Mobiliário •

Cadeira



Mesa



Acessórios ( estantes, etc)

Ambiente •

Temperatura



Umidade Relativa do ar

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Pé-Direito



Cores para Paredes, Teto e Chão



Iluminação

 Condições ambientais

Produtividade e conforto no trabalho são diretamente influenciados pelos componentes do ambiente de trabalho.

 Temperatura e umidade relativa do ar -A temperatura e umidade relativa do ar, dentro de uma faixa confortável, podem aumentar a produtividade em até 20%. -Equipamentos geram calor exigindo condicionamento de ar eficiente. -Balanceamento

na

remoção

do

calor

através

de

umidificação ambiental. -Ambiente excessivamente seco causa desconforto tais como: tensão no globo ocular, olhos secos (especial atenção aos usuários de lentes de contato).  Fatores térmicos - Superaquecimento causa sensações de cansaço e sono; - Super-resfriamento gera inquietação e aumento de irritabilidade exigindo aumento na atenção e nos estados de alerta. - Fatores térmicos adequados raramente são notados.

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- Condições térmicas ideais devem levar em consideração a soma das atividades exigidas para desenvolver e executar uma tarefa, além de dados funcionais e geográficos. •Dados funcionais são a ocupação do ambiente (nº de pessoas), sua iluminação e equipamentos; • Dados geográficos são a temperatura regional de verão e inverno do país e os extremos de umidade.  Altura do teto (pé direito): influencia no desempenho do trabalho •

Pé direito muito alto: sensação de imensidão, ocasionando dispersão.



Pé direito muito baixo: sensação de compressão, de sufocamento, causando ansiedade.



Altura ideal: entre 2,50m e 3,50m

 Cores das Paredes, Teto e Chão Cores das paredes: de cores suaves chão: tendendo para cores escuras  Ambiente Sonoro -Ruídos tais como impressoras de impacto ruidosas, condicionadores de ar mal instalados, distraem e levam a efeitos

negativos

irritabilidade,

tais

inabilidade

como para

tensão, pensar

stress e

mental, trabalhar

eficientemente. -Para solucionar problemas acústicos deve-se levar em consideração materiais e técnicas de construção, taxas de

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ocupação

do

espaço

de

trabalho,

equipamentos

e

mobiliário.  Iluminação Iluminação

e

acústica

são

fatores

que

influenciam

diretamente no conforto, na produtividade e até mesmo na saúde dos profissionais no ambiente de trabalho. Uma iluminação inadequada, pode atrapalhar o rendimento das pessoas. Os projetos de iluminação dos ambientes de trabalho raramente se preocupam com o tipo de tarefa que será realizada no local mesmo existindo a exigência legal da NBR-5413 (Norma de Iluminação) NR-9 (Norma de Prevenção de Riscos Ambientais). A Tabela abaixo apresenta alguns níveis de iluminância necessários a alguns ambientes e tarefas NÍVEIS DE ILUMINÂNCIA PARA INTERIORES (NBR - 5413) AMBIENTE OU TRABALHO

LUX

Sala de espera

100

Garagem, residência, restaurante

150

Depósito, indústria (comum)

200

Sala de aula

300

Lojas, laboratórios, escritórios

500

Sala de desenho (alta precisão)

1.000

Serviços de muito alta precisão

2.000

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O aparelho usado para medir a iluminância é o luxímetro como o instrumento digital portátil, com tela de cristal líquido (LCD) da figura ao lado, que realiza medidas da iluminação ambiente em LUX na faixa de 1 LUX a 50.000 LUX.

Figura 3

 Ofuscamento

É uma redução da deficiência visual,provocado por objetos ou superfícies de grande luminância , presentes no campo visual, à qual, os olhos não estão adaptados.O ofuscamento é produzido pelo sol, janelas, presença de lâmpadas no campo visual ou reflexões em superfícies polidas.É produzida também por faróis de carros na direção contrária, quando se dirige à noite. Existem vários níveis de ofuscamento, desde o desconforto até a incapacitação visual. O desconforto é provocado pela presença de pontos luminosos brandos no campo visual, que distraem a atenção e provocam fadiga.

 Desconforto

É provocado pela atividade do músculo que controla a abertura do íris..Quando há um objeto brilhante que se destaca em um ambiente escuro, há ações contraditórias entre os músculos que tendem a fechar(adaptação ao claro) e outros que tendem a dilatar(adaptação ao escuro) o irís.

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Causando fadiga, irritação e distração. Isso ocorre em ambientes interiores com iluminação mal planejada ou quando se assiste à televisão numa sala escura. Os casos mais graves de ofuscamento ocorrem quando luzes muito como o instrumento digital portátil, com tela de cristal líquido (LCD) da figura ao lado, que realiza medidas da iluminação ambiente em LUX na faixa de 1 LUX a 50.000 LUX.

 Ofuscamento

É uma redução da deficiência visual, provocado por objetos ou superfícies de grande luminância, presentes no campo visual, à qual, os olhos não estão adaptados. O ofuscamento é produzido pelo sol, janelas, presença de lâmpadas no campo visual ou reflexões em superfícies polidas. É produzida também por faróis de carros na direção contrária, quando se dirige à noite. Existem vários níveis de ofuscamento, desde o desconforto até a incapacitação visual. O desconforto é provocado pela presença de pontos luminosos brandos no campo visual, que distraem a atenção e provocam fadiga.

 Desconforto

É provocado pela atividade do músculo que controla a abertura do íris..Quando há um objeto brilhante que se destaca em um ambiente escuro, há ações contraditórias entre os músculos que tendem a fechar(adaptação ao claro) e outros que tendem a dilatar(adaptação ao escuro) o irís.

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Causando fadiga, irritação e distração. Isso ocorre em ambientes interiores com iluminação mal planejada ou quando se assiste à televisão numa sala escura.Os casos mais graves de ofuscamento ocorrem quando luzes muito intensas surgem repentinamente no campo visual,podendo provocar uma “cegueira” temporária.Esse efeito pode permanecer por alguns segundos, mesmo após a retirada da fonte luminosa.As pessoas idosas são mais sensíveis a esse tipo de ofuscamento.Os ofuscamentos podem ser diretos ou indiretos. Os diretos ocorrem com a presença da fonte de brilho no campo visual. Esses ofuscamentos podem ser evitados removendo-se a fonte, colocando-a fora do alcance visual ou instalando-se um anteparo entre a fonte e os olhos.Os indiretos são causados por reflexão.Podem ser evitados substiuindo-se as superfícies lisas e polidas por outras, foscas.

 Redução do ofuscamento

A

medida

mais

eficaz

para

acabar

com

o

ofuscamento é eliminar a fonte de brilho no campo visual.Quando não é possível, por exemplo uma janela que reflete luz solar, pode-se mudar a posição do trabalhador de forma que essa janela fique de lado ou de costas para ele.

 Ofuscamento em monitores

A superfície envidraçada do monitor pode provocar ofuscamento por reflexão. Isso acontece quando os

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computadores são introduzidos em escritórios, sem uma adaptação do sistema de iluminação.Deve-se posicionar os monitores de forma que evitem tanto o ofuscamento direto como indireto.

 Fadiga visual

É

caracterizada

pela

irritação

dos

olhos

e

lacrimejamento. Diminuindo a eficiência visual. Em grau mais avançado, ela provoca dores de cabeça, naúseas, depressão e irritabilidade emocional. Como consequência, temos quedas de rendimento e trabalho. A fadiga

visual

queda da qualidade do

ocorre

principalmente

nos

trabalhos que exigem grande concentração visual, como em microscópios, monitores, inspeção de peças e revisão de texto.Alguns fatores aumentam a fadiga visual, incluem-se, aí, a má iluminação e fatores organizacionais, tais como

A fadiga visual é provocada principalmente pelo esgotamento dos pequenos músculos ligados ao globo ocular, responsáveis pela movimentação, fixação e focalização dos

rigidez nas rotinas e longos períodos de trabalho sem pausas. Atualmente passamos mais de duas horas em frente ao computador. O uso da informática é cada vez mais comum, seja no ambiente de trabalho ou doméstico. Este hábito tem exigido cada vez mais dos olhos humanos, gerando consequências como a fadiga visual, que atinge entre 70% e 90% dos usuários de informática. Os sintomas são: •

Dor de cabeça



Olhos vermelhos



Lacrimejamento em excesso ou olho seco



Sonolência

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Vista cansada

 Prevenção da fadiga visual

Deve

haver

um

cuidadoso

planejamento

da

iluminação, assegurando a focalização do objeto a partir de uma postura confortável. A luz deve ser planejada também para

não

criar

sombras,

ofuscamento

ou

reflexos

indesejáveis. Recomendam-se pausas frequentes, mesmo que sejam de curta duração. Estas podem ser de 5 min. A cada 1 hora ou até mais curtas e mais frequentes, de 1 minuto a cada 10 min. de trabalho. A definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta o conceito de Saúde como o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade. Esta definição é subjetiva pois é difícil quantificar o bem estar, entretanto, isso favorece a compreensão de que é necessário atuar sobre todos os fatores que venham interferir neste estado. No

ambiente

de

trabalho,

esses

fatores

são

chamados de riscos ocupacionais. As doenças do trabalho, ou doenças ocupacionais/ profissionais, são aquelas decorrentes da exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais, ergonômicos ou de acidentes. Sendo assim os profissionais de Segurança do Trabalho deverão especificar e propor equipamentos, alterações no

arranjo

físico,

obras e serviços nas

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instalações, procedimentos adequados enfim, uma série de recomendações técnicas. Desta

forma,

os

conhecimentos

advindos

da

disciplina de ergonomia no que concerne a contribuição para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torna-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações de pessoas, serão úteis para auxiliar no desempenho das atribuições profissionais dos profissionais de Segurança do Trabalho. A seriedade no tratamento da segurança do trabalho vem avançando nas organizações a partir do advento da corrida por certificações de qualidade com as normas internacionais.

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O quadro a seguir representa a velha e a nova visão da ergonomia sobre o erro humano:

Velha Visão

Nova Visão

O erro humano é a causa de acidentes.

O erro humano é sintoma de problemas profundos do sistema.

Para explicar falhas os investigadores devem procurar falhas

Não tente saber em as pessoas estavam erradas para explicar falhas.

Você deve encontrar falhas de avaliações, decisões erradas e julgamentos inadequados das pessoas.

Procure saber como as avaliações e ações das pessoas faziam sentido para elas na hora em que ocorreram, dadas as circunstâncias que as cercavam

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Resumindo:

Figura 4 •A prevenção de acidentes com manejos e controles referem-se

aos

de

localização,

orientação,

rebaixo,

cobertura, canalização, batente, resistência, bloqueio, luzes e código; •Manejos podem ser finos e grossos; Uma duração diária de 8 horas de atividade profissional constitui um limiar. Uma jornada superior a esse limite, em geral, decai a qualidade e/ou a quantidade de trabalho, sem esquecer os danos à saúde do trabalhador. •As causas do stress podem ser devido ao conteúdo do trabalho, sentimentos de incapacidade, condições de trabalho, fatores organizacionais e pressões econômico– sociais; •O contato social serve para: Proporcionar ajuda a um colega; Facilitar a discussão sobre o trabalho;Debater outros assuntos não ligados ao trabalho; •A ergonomia do ambiente deve ser baseada em mobiliários e condições ambientais; •Ofuscamento, desconforto, fadiga visual, são exemplos de problemas adquiridos com a não aplicação da ergonomia; •Os sintomas da fadiga visual são: Dor de cabeça, olhos vermelhos, Lacrimejamento em excesso ou olho seco, Sonolência, Vista cansada.

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ATIVIDADE 1 Diferencia manejo fino de manejo grosseiro.

ATIVIDADE 2 Defina ambiente psicossocial.

ATIVIDADE 3 De dois efeitos negativos do trabalho noturno.

ATIVIDADE 4 Quais são as condições ambientais ideais de trabalho?

ATIVIDADE 5 O que é fadiga visual e quais são os seus sintomas?

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Análise Ergonimica

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Meta: Introduzir a metodologia de analise ergonômica do trabalho.

Objetivo: Ao final desta aula você deverá ser capaz de:  Saber o que é uma AET  Conhecer as etapas de uma análise  Aprender a fazer uma análise ergonômica

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Olá, Saudações Prevencionistas! Seja bem vindo(a) a aula de hoje. Vamos conversar agora sobre um aspecto muito importante para o entendimento desta disciplina: Analise ergonômica “PARA PREVENIR ACIDENTES, INFORMAÇÃO NUNCA É DEMAIS.”

Introdução - AET A ferramenta principal da Ergonomia é a Análise Ergonômica do Trabalho (AET). O ponto inicial de uma AET é a demanda que reflete um problema. Estuda uma situação de trabalho visando adaptá-la ao homem a partir da análise das condições técnicas, ambientais

e

organizacionais,

buscando

revelar

as

diferenças entre os trabalho formal e o real.

A AET tem em vista o bem estar no ambiente de trabalho.

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Segundo a Norma Regulamentadora 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. A análise ergonômica do trabalho (AET) visa ampliar os conhecimentos da ergonomia para analisar, diagnosticar e

corrigir

uma

situação

real

de

trabalho.

Ela

foi

desenvolvida por pesquisadores franceses e se constitui em um exemplo de ergonomia de correção. O método AET desdobra-se em cinco etapas: 1ª) análise da demanda, 2ª) análise da tarefa, 3ª) análise da atividade, 4ª) diagnóstico, 5ª) recomendações

As três primeiras constituem a fase da análise e permitem realizar o diagnóstico para formular as recomendações ergonômicas. -Análise da demanda é a definição do problema, a partir de uma negociação com diversos fatores sociais envolvidos;

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- Análise da tarefa é o que o trabalhador deve realizar e as condições ambientais, técnicas e organizacionais desta realização; - Análise da atividade é o que o trabalhador, efetivamente, realiza

para

executar

a

tarefa.

É

a

análise

do

comportamento do homem no trabalho. Tarefa é o que é prescrito pela empresa ao operador.Tem como objetivo atingir um fim proposto, com os meios materiais (ferramenta, máquinas, etc) e humanos. Consiste em: o que fazer, por quem, com quê, como e em que condições. Tarefa Prescrita: É a tarefa programada, pré-determinada. Tarefa Real: É a tarefa concluída. A tarefa real pode estar muito distante da tarefa concluída, uma vez que pode ser executada por pessoas diferentes.

Tópicos de pesquisa da análise da tarefa – Identificação geral do cargo ou função, da Organização e do trabalhador (sexo, idade, escolaridade, especialização). – Análise da Organização envolvendo: organograma, posicionamento comunicação

do

cargo

existentes,

ou

função,

processo

de

formas progressão

de e

promoção funcional adotados, sistema de remuneração e demais benefícios. –

Descrição

sucinta

da

função

e

tentativa

de

compatibilização das atividades com os objetivos dos subsistemas organizacionais.

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Descrição

compreendendo:

e

análise

tarefas,

comportamentos

detalhada

operações,

realizados,

da

função

atividades

processos

ou

decisórios

envolvidos (grau de complexidade e autonomia), natureza, freqüência e ciclo das tarefas ou operações. – Levantamento ou análise das tarefas críticas (a partir de critérios de freqüência, importância, dificuldade), tipos de interação e comunicação necessários. – Levantamento e avaliação da natureza e incidência de riscos (identificação dos fatores predisponentes, acidentes e problemas ocupacionais, bem como

dos agentes

causadores). – Levantamento e avaliação de condições físicas do trabalhador e das condições ambientais. -Levantamento e avaliação dos processos e métodos de trabalho incluindo também dos materiais, instrumentos e equipamentos normalmente detectadas. – Levantamento e avaliação das causas de afastamentos, taxas

de

rotatividade

quaisquer

outros

problemas

relacionados à adaptação à função. 

Fases da análise da tarefa

A - Preparação da análise da tarefa: iniciativas e procedimentos que viabilizarão o planejamento geral das atividades e a obtenção da cooperação de todas as pessoas envolvidas: •

Compreensão da natureza do problema através de

avaliação de falhas, repetição e criticidade; •

Conhecimento das distintas percepções e

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Contradições

de

julgamentos

em

diferentes

níveis

(trabalhadores, supervisores, administração, clientes); •

Definição dos problemas através da elaboração de

hipóteses e discussão com os interessados; •

Estudo e explicitação de critérios de avaliação

(qualidade, quantidade, precisão, ausência de defeitos em produtos); •

Operacionalização das sistemáticas de análise de

trabalho através da escolha técnica de coleta de dados (observação, entrevista, experiência pessoal, simuladores, filmes); •

Explicitação e definição de proposta de intervenção

consensual entre as partes interessadas. B – Análise dos fatores do macrossistema: possibilita uma avaliação do contexto organizacional e do meio fundamentais para a avaliação da cultura organizacional, limites de posssibilidade de atuação e intervenção do problema. •

Econômicos - política salarial; situação no mercado

de trabalho e variáveis intervenientes (região, sexo, idade); possibilidade de investimentos; percepção dos indivíduos sobre estas variáveis; •

Organizacionais



copreende,

basicamente,

a

caracterização da Organização a nível estrutural. Inclui as políticas da empresa de segurança e saúde, ergonomia e meio

ambiente;

administração,

desenvolvimento; crescimento);

gestão

acidentes,

(tipo

de

demissões,

rotatividade, licenças, benefícios.

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Sociais – identifica os processos de interação

interpessoal e grupal. Envolve possibilidade de contato, formas de comunicação, tipos de supervisão, sistema de incentivos. •

Técnicos – busca a identificação do grau de

investimento e desenvolvimento dos aspectos técnicos e tecnológicos como: nível de modernização, processos de produção, sistema de manutenção, relação do posto com os demais do

sistema

e

sua

importância

para

a Objetivos:

Organização.

Formulação do diagnóstico-Procura descobrir as causas

Adaptar a atividade ao trabalhador e não o trabalhador a atividade

que provocam o problema descrito na demanda. Refere-se aos diversos fatores, relacionados ao trabalho e á empresa, que influem na atividade de trabalho. Exs:absenteísmos,rotatividade(treinamento

Melhoria das praticas das tarefas com conforto, saúde,segurança e eficácia

insuficiente),acidentes ( pisos escorregadios, sinalizações mal interpretadas , etc)

Recomendações ergonômicas As recomendações referem-se as providências que deverão ser tomadas para resolver o problema diagnosticado.

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Síntese da Análise Ergonômica do Trabalho

Análise da tarefa: análise das condições de trabalho

Análise da demanda: definição do problema

Dados Dados

Análise das atividades: análise dos comportamentos do homem no trabalho

Hipótese s

Hipótese s Caderno de encargos de recomendações ergonômicas

Dados Hipóteses

Diagnóstico: modelo operativo da situação de trabalho

Figura 1

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Resumindo:

Figura 2



A análise ergonômica do trabalho (AET) visa ampliar

os conhecimentos da ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. •

Análise da demanda é a definição do problema, a

partir de uma negociação com diversos fatores sociais envolvidos •

Análise da tarefa é o que o trabalhador deve realizar

e as condições ambientais, técnicas e organizacionais desta realização; •

Análise da atividade é o que o trabalhador,

efetivamente, realiza para executar a tarefa. É a análise do comportamento do homem no trabalho. •

As fases da Análise da tarefa são: preparação para

análise da tarefa , e análise dos fatores do macrossistema •

A finalização da AET é a formulação do diagnóstico e

as recomendações ergonômicas.

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ATIVIDADE 1 O que é AET, e qual a sua importância?

ATIVIDADE 2 Quais são as etapas de uma análise ergonômica do trabalho?

ATIVIDADE 3 De 3 exemplos do que deve ser pesquisado em uma AET.

ATIVIDADE 4 Qual é a função do diagnóstico?

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 Referências Bibliográficas Imagens:

Aula 1 Figura 1 aula 1: http://blogchicao.tripod.com/1abril08.html 05/01/2011 Aula 2 Figura 1 e 2 aula 2: Clip-art Aula 3 Figura 1 aula 3: http://www.blogbrasil.com.br Figura 2 aula 3: http://www.brasilescola.com06/01/2011 Figura 3 aula 3: http://www.espam.edu.br/06/01/2011 Figura 4 aula 3: http://www.auriumsoft.com.br06/01/2011 Figura 5 aula 3: http://nightmarelordspace.blogspot.com06/01/2011 Figura 6 aula 3: http://www.cenasquecurto.blogspot.com

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 Referências Bibliográficas Aula 4 Figura 1 aula 4: http://4.bp.blogspot.com/h_ouNjHjdwQ/TxIEBsJZhhI/AAAAAAAAAVE/t8vULN47WK E/s1600/dinamica.jpg Figura 2 aula 4: http://1.bp.blogspot.com/6ZiUJ842gn4/TVSNgZH_bII/AAAAAAAAAHM/z5yQAS3PVg k/s1600/antro.jpg Figura 3 aula 4: http://unimedribeirao.com.br/11/01/2011 Figura 4 aula 4: http://www.cenasquecurto.blogspot.com Aula 5 Figura 1 aula 5: http://www.poderdasmaos.com/site/pub/bancoimg/bancodei magens/curiosidades/postura%5B1%5D.jpg Figura 2 aula 5: http://cenasquecurto.blogspot.com Aula 6 Figura 1 aula 6: http://ciencia.hsw.uol.com.br14/01/2011 Figura 2 aula 6: http://cenasquecurto.blogspot.com

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 Referências Bibliográficas Aula 7 Figura 1 aula 7: http://www.dicasagora.com18/01/2011 Figura 2 aula 7: http://tstwilliam-ergo.blogspot.com/ Figura 3 aula 7: http://4.bp.blogspot.com/_VlBlP4Ftk78/SGk7_NB81CI/AAA AAAAAABc/s9Hzi8za6kA/s400/ergonomia2.gif Figura 4 aula 7: http://www.bluetie.com.br18/01/2011 Figura 5 aula 7: http://livroseafins.com/17/01/2011 Figura 6 aula 7: http://www.morandosozinho.net17/01/2011 Figura 7 aula 7: http://www.morandosozinho.net17/01/2011 Figura 8 aula 7: http://www.moveisgatopreto.com.br19/01/2001 Figura 9 aula 7: http://www.sogab.com.br/anatomia/suprainfrahioideos.jpg Figura 10 aula 7 : http://m593.photobucket.com/image/postura%20correta%20 no%20pc/leandrobracaroto_01/img8.jpg.html?src=www

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 Referências Bibliográficas Figura 11 aula 7: http://www.compujob.com.br/lounge/wpcontent/uploads/2009/09/postura_computador.jpg Figura 12 aula 7: http://barraodontocare.files.wordpress.com/2011/07/novaimagem-6.png?w=640 Figura 13 aula 7: http://www.drsergio.com.br/ergonomia/curso/IMGcurso/LPR s.jpg Figura 14 aula 7: http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAA3ecAL-2.png Figura 15 aula 7 :http://www.mundoergonomia.com.br/upload/imagem_portal _artigo/1847//3138.jpg Figura 16 aula 7 : http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/erg_peso.gif Figura 17 aula 7: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/carro.gif Figura 18 aula 7: http://cenasquecurto.blogspot.com

Aula 8 Figura 1 aula 8: http://www.sondeq.com.br/imagens/produtos/localtubo_12.j pg

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 Referências Bibliográficas Figura 2 aula 8: http://saudedofuturo.files.wordpress.com/2008/01/trabalhonoturno.gif?w=468 Figura 3 aula 8: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/luxim2.jpg Figura 4 aula 8: http://cenasquecurto.blogspot.com Aula 9 Figura 1 aula 9: http://planetasustentavel.abril.com.br28/01/2011 Figura 2 aula 9

:

http://cenasquecurto.blogspot.com

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Organizadora Lucia Helena D. Mendes Graduação

em

Arquitetura

e

Urbanismo

pela

Universidade Gama Filho (1987). Pós Graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho – (CEFET /2003) fiz também Engenharia de Segurança do Trabalho com especialização em Petróleo e gás pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/2006). Sou professora do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET/RJ), desde de 2008 leciono no Ensino Técnico e Tecnológico presencial e atuo no Ensino à Distância (EAD) desde 2009 . Como arquiteta tenho mais de 20 anos de experiência, atuava na área de planejamento (reformas e decoração de interiores).

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COM A PALAVRA, O COORDENADOR GERAL ... Professor D. Sc. Mauro Godinho Gonçalves

Difundir os conceitos da ciência que preconiza a adaptação dos postos de trabalho ao trabalhador é o principal objetivo deste trabalho, que se reveste de especial importância se considerarmos que a maioria das doenças ocupacionais registradas pelo INSS tem como causa fatores ergonômicos.

Este

material

contempla

os

preceitos

estabelecidos na NR 17, possibilitando aos leitores o conhecimento dos parâmetros que visam proporcionar aos trabalhadores o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Ademais, os conduz, de modo particular, a apreciar como se promove a avaliação das condições de trabalho, requisito que possibilita a adaptação definida na Norma.

A professora Lucia Helena Dias Mendes, autora desta obra, é professora do ensino técnico e da pós em segurança do trabalho na área de ergonomia, e escreveu este material com a propriedade de quem acadêmica e profissionalmente conhece este mister.

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