Eqt11 Teste 3

March 14, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Testes e questões-aula Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.° ano

 

Teste 3 Nome da Escola:

Ano letivo:

Nome do Aluno(a):

Turma:

Professor(a):

Classificação:

Filosofia | 11.° ano

N.°:

Data:

-

-

Grupo I Na resposta a cada um dos itens seguintes, selecione a única opção correta. 1. O problema da demarcação consiste na tentativa de

 A. impor limites àquilo que pode ser estudado pela ciência. B. circunscreve circunscreverr o campo específico da filosofia. C. distinguir o que é a ciência do que não é ciência. D. diferenciar as ciências humanas das ciências naturais. informações, crenças e atividades que não são científicas, mas que se fazem 2.  Ao conjunto de informações, passar por científicas, dá-se o nome de  A. ciências ocultas. pseudociência. B. C. ciência normal. D. ciência revolucionár revolucionária. ia. 3. O cientismo é

 A. a doutrina que considera o conheciment conhecimento o científico como a única forma de conheciment conhecimento o fiável, seguro e rigoroso. B. a doutrina que considera o conhecimento científico ao mesmo nível de outras formas de conhecimento. C. a doutrina filosófica que considera o conhecimento científico científico a única forma de conheciment conhecimento o ilegítimo. D. a doutrina filosófica que considera que a ciência é o mesmo que a filosofia.

s e endireita.” Este enunciado traduz um conhecimento 4. “O que nasce torto tarde ou nunca se  A. filosófico.

C. pseudocientífico.

B. científico.

D. vulgar, de senso comum.

5. Considere os seguintes enunciados, relativos aos conhecimentos vulgar e científico. c ientífico. 1.  A

atitude do cientista é necess necessaria ariament mente e crítica. crítica.

2.  A

atitude científica científica é dogmáti dogmática ca e acríti acrítica. ca.

3.

O conhecimento vulgar responde a situações e necessidades práticas do dia a dia.

4.

O conhecimento vulgar é metódico e sistemático.

Deve afirmar-se que  A. 1 é correto; 2, 3 e 4 são incorretos. B. 3 é correto; 1, 2 e 4 são incorretos. C. 1 e 3 são corretos; 2 e 4 são incorretos. D. 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda

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Testes e questões-aula Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.°

6. Pode dizer-se do conhecimento científico que é um conhecimento

 A. desorganizado, prático e transmitido de geração em geração. B. ametódico, sistemático e explicativo. C. ininteligíve ininteligível,l, descritivo e organizado. D. organizado, explicativo e metódico. 7. Uma afirmação cujo valor de verdade possa ser, pelo menos em princípio, determinado através

da observação ou da experiência é  A. empiricamente

C. dedutivamen dedutivamente te inferível. D. dedutivamente questionável.

verificável. B. empiricamente incontestáv incontestável. el.

8. Um modo de ultrapassar a limitação da inexequibilidade da verificação exaustiva e conclusiva é,

para Carnap,  A. a

C. a refutação. D. a confirmação.

desistênc ia. B. a difusão.

9. Segundo Popper, uma teoria científica é tanto mais interessante e melhor quanto

 A. menos puder ser empiricamente falsificável. falsificável. B. mais falsificada for. intuitivamente forte for. C. D. mais maior for o seu grau de falsificabilidade empírica. 10. Segundo Popper, qual das seguintes opções seria mais interessante para a ciência?

 A. Todos os rubis são vermelhos. B. Alguns rubis rubis são vermelhos. vermelhos. C. Existem rubis vermelhos. D. Alguns rubis rubis não são vermelhos.

Grupo II 1. Distinga o conhecimento científico do conhecimento vulgar e da pseudociência. 2. Que objeção se poderá apresentar ao critério da verificabilidade? v erificabilidade? 3. De acordo com Popper, o que demarca a ciência da não ciência? 4. Caracterize o método científico, de acordo com o indutivismo.

Grupo III 1. Considere o seguinte excerto: EQT11DP © Porto Editora

«A minha visão do método da ciência é, muito simplesmente, que ele sistematiza o método pré-científico de aprendizagem a partir dos nossos erros. Fá-lo através do artifício chamado discussão crítica.» Karl Popper (1999), O Mito do Contexto, Lisboa, Edições 70, p.

Partindo do excerto, apresente as principais críticas que se podem colocar à perspetiva popperiana do método científico. José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda

Testes e questões-aula Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.° ano

 

Cotações Grupo I 1. ............................... ................................................................... ......................................................................... ......................................................................... ............................................................................ ........................................ 5 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos 5 pontos

Grupo II 1. 2. 3. 4.

25 pontos 25 pontos 25 pontos 25 pontos

Grupo III 1.

50 pontos

TOTAL.........................................................................................................................................................

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda

pontos

4

 

4

Testes e questões-aula Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.°

Sugestões de resposta do teste 3 Grupo I 1. C.

2. B.

3. A.

4. D.

5. C.

6. D.

7. A.

8. D.

9. D.

10. A.

Grupo II 1.  A ciência é um tipo de conhecimento conhecimento organizado, organizado, explicativo explicativo e que recorre a métodos métodos para testar testar e avaliar as

suas teorias. O senso comum, ou conhecimento vulgar, é essencialmen essencialmente te prático (voltado para a resolução de necessidades do quotidiano), assistemático (não tem qualquer preocupação em organizar os dados da experiência) e ametódico (não segue um método ou conjunto de procedimentos organizados que permita obter conclusões a partir da análise e relação desses mesmos dados), sendo coletivamente partilhado e transmitido de geração em geração. A pseudociência é uma teoria ou atividade sem qualquer base científica, mas que procura passar por científica.

De acordo com o critério da verificabilidade, uma teoria é científica apenas se consistir em afirmações empiricamente verificáveis, ou seja, apenas se for possível verificar pela experiência aquilo que ela afirma. No entanto, a maioria das teorias científicas expressa-se expressa-se em enunciados universais universais e esses enunciados não são, na realidade, suscetíveis de verificação empírica exaustiva, pelo que o critério da verificabilidade inviabiliza a  justificação completa completa das hipóteses hipóteses e das leis científicas. científicas. Para verificarmos empiricamente empiricamente enunciados enunciados universais, teríamos de observar todos os casos a que se aplicam, o que não é exequível. Um modo de ultrapassar esta limitação seria pela “confirmação”: as hipóteses científicas, embora não possam ser objeto de uma verificação conclusiva, podem ser confirmadas pelo maior número de dados empíricos. 3. Popper, um dos principais críticos do critério da verificabilidade, propõe, em alternativa a este critério, o critério da falsificabilidade. Segundo o filósofo, é na possibilida possibilidade de de falsificar ou refutar as teorias científicas que se encontra a chave para demarcar as teorias científicas das não científicas. Assim, uma teoria é científica apenas se for empiricamente falsificável, isto é, apenas se for possível refutar pela experiência aquilo que ela afirma. Testar uma teoria não consiste em procurar casos que a apoiem, mas sim em tentar encontrar casos que sejam incompatíveis com ela (casos que, a serem observados, a falsifiquem). 2.

4.

De acordo com a perspetiva indutivista do método científico, o cientista parte da observação dos factos ou fenómenos e regista-os de forma sistematizada para procurar encontrar as suas causas. A observação é neutra, isenta, rigorosa, objetiva e imparcial, devendo ser repetida várias vezes. Por intermédio da comparação e classificação dos casos observados, o investigador procura aproximar os factos para descobrir a relação existente entre eles. O cientista parte para a formulação da hipótese, inferindo indutivamente indutivamente um enunciado geral a partir de enunciados particulares ou singulares. Após a formulação da hipótese, os cientistas deduzem consequências dessa hipótese, que usam para fazer previsões, e procuram verificá-las através de testes consequências experimentais – verificação experimental. Se as consequências não se verificarem, a hipótese é rejeitada. Se as consequências se verificarem em cada caso, dá-se a confirmação da hipótese. Em seguida, e recorrendo, uma vez mais, à indução, o cientista generaliza a relação encontrada encontrada entre os factos ou fenómenos semelhantes, estabelecendo uma lei geral, uma lei que expressa as relações constantes entre esses factos ou fenómenos.

Grupo III EQT11DP © Porto Editora

1. De acordo com Popper, as leis ou teorias científicas são conjeturas que o cientista procurará submeter a testes

que visam a sua refutação ou falsificação. O cientista parte de um problema, avança com uma hipótese de resposta explicativa do mesmo e tenta depois a sua refutação por intermédio da observação e de testes experimentais. A ciência é, assim, na perspetiva de Popper, uma atividade crítica, e o método científico exige que o cientista seja crítico em relação às suas teorias. No entanto, esta perspetiva tem sido alvo de várias críticas. Uma delas é a de que o processo de falsificação não parece ser o procediment procedimento o mais comum entre os cientistas. Geralmente, os cientistas procuram confirmar aquilo que as teorias científicas propõem e, mesmo que dada observação implique a rejeição de José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda

 

Testes e questões-aula Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.° ano

uma previsão, isso não os demove de investigar no mesmo sentido. Tudo isto significa que a teoria de Popper  não é descritiva, mas é meramente normativa, apresentando uma conceção idealizada da ciência. Além disso, a história da ciência parece mostrar que a ciência não evolui por meio de conjeturas ou refutações, já que cientistas de renome não abandonaram as suas teorias na presença de factos que aparentement aparentemente e as falsificavam. Há quem considere que Popper também subestima o valor, para o progresso da ciência, das previsões bem-sucedidas. É expectável que o cientista se concentre mais nas previsões bem-sucedidas do que naquelas que são um fracasso. Finalmente, uma outra crítica dirigida a Popper aponta para o facto de o filósofo não dar conta do conhecimento útil da ciência, que tem um carácter positivo. A ciência proporciona avanços tecnológicos e resultados práticos, e, por isso, temos razões para acreditar no conhecimento científico: a nossa confiança na ciência depende do facto de as previsões decorrentes das hipóteses serem verificadas com frequência e não do facto de as hipóteses não terem sido falsificadas.  falsificadas. 

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda

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