December 21, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Epopéia iaFa Farro roupilha eaMaçonariaRiograndense
A ntônio C ésa sar r C elente
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Epopéia Farroupilha e a Maçonaria Riograndense (Relato Histórico)
1ª Edição MAÇONARIA UNIVERSAL
“Le seul bien de létat fait son ambition, il hait la tyrannie, et la rebelion”. (Henry Voltaire)
Antônio César Celente
Casa do Pensamento Livre www.portaldeconhecimento.com.br Rua Marques de Souza, N. 29 – Loja “A” Jardim São Pedro - Porto A Alegre/RS legre/RS - CEP 91040-23 91040-2300
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Copyright do Autor, 2004
Capa, ilustrações e desenhos: Marcelo Lima Celente “Epopéia Farroupilha e a Maçonaria Riograndense”
Antônio César Celente ∴ (Mestre Instalado e Maçom do Real Arco) Participa ou participou: Loja York7 Loja York N. 8 Loja São Jorge Loja Construtores Sociais Loja Philantropi Philantropiaa e Liberdade Loja Casa Real dos Pedreiros Livres da Lusitânia Capítulo Thomas Smith Web / Real Arco Capítulo José Guimarães Gonçalves / Real Arco Delegadoo do GORG Delegad GORGS S Deputado da Assembléia Legislativa Maçônica / RS Grande Loja Nacional Portuguesa Grande Oriente do Rio Grande do Sul Grande Loja Unida do Rio Grande do Sul Primeira Grande Loja Simbólica Nacional Brasileira Loja de Pesquisas Brasil – Londrina/PR Loja de Pesquisas Quator Coronati – Londres Academia Maçônica de Letras do Centro Oeste Associação Gaúcha de Escritores Independentes Portal de Conhecimento Casa do Pensamento Livre Comitê Municipal de Defesa Civil Gabinete de Leitura Continentin Continentinoo Grêmio Beneficente da Maçonaria Fundação Humanitária Renascença Comitê de Combate à Exclusão Digital Instituto Gaúcho de Valorização Humana Home Page: www.portaldeconhecimento.com.br E-mail:
[email protected]
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Céu, Sol, Sul, Terra e Cor Autor: Leonardo
“Eu quero andar nas coxilhas sentindo as flexilhas das ervas do chão, Ter os pés roseteados de campo ficar mais trigueiro que o sol de verão, Fazer versos cantando as belezas belezas desta natureza sem par, E mostrar para quem quiser ver um lugar prá viver sem chorar. É o meu Rio Grande do Sul, Sul, Céu, sol, sul, terra e cor, Onde tudo que se planta cresce, E o que mais floresce é o amor. Eu quero me banhar nas fontes fontes e olhar o horizonte com Deus, E sentir que as cantigas cantigas nativas continuam continuam vivas para os filhos meus, Ver os campos florindo e crianças sorrindo felizes a cantar, E mostrar para quem quiser ver um lugar prá viver sem chorar”.
Canto Alegretense Autores: Antônio Augusto Fagundes - Bagre Fagundes
“Não me perguntes onde fica o Alegrete, Segue o rumo do teu próprio coração, Cruzarás pela estrada algum ginete, E ouvirás toque de gaita gaita e de violão. Prá quem chega de de Rosário ao fim da tarde, Ou quem vem de Uruguaiana de manhã, Tem o sol como uma brasa que ainda arde, Mergulhado no no rio Ibirapuitã. Ibirapuitã. Ouve o canto gauchesco e brasileiro, Desta terra que eu amei desde guri, Flor de tuna tuna camoatim de mel campeiro, Pedra moura das quebradas quebradas do Inhanduí. Inhanduí. E na hora derradeira que eu mereça, Ver o sol alegretense entardecer, Como os potros vou virar minha cabeça, Para os pagos no momento momento de morrer. E nos olhos vou levar o encantamento, encantamento, Desta terra que eu amei com devoção, Cada verso que eu componho é um pagamento, De uma dívida de amor e gratidão”. gratidão”. 5
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ÍNDICE - PREÂMBULO – Prefácio (Rosa Bonini Bonini)) Nota sobre so bre o Autor (Ércio L. Vieira da Cunha) Apresentação Dedicatória Gabinete Gabi nete de Leitura Continenti Continentino no A Escola de Alfabetização de Adultos 15 Extrato do Balaústre 67, de 13 de setembro setembro de 1835. 17 Descrição Maçônica do Brasão do Escudo Riograndense 19 Diploma Dipl oma Maçônico do General Bento Gonçalv Gonçalves es
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O Hino dade Philantropia e Liberdade A Palavra Passe O Quero-quero (Darcy Celen Celente) te) Aquerenciamento Aquerenci amento do Planeta (Prof. Celso Marques) Hino Riograndense
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- A EPOPÉIA FARROUPILHA – Odisséia Farroupilh Odisséia Farroupilhaa (Ivar Ruis Nunes Piazeta) Gen. Bento Gonçalves da Silva Giuseppe Garibaldi - Maçom Carbo Carbonário nário Anita Garibaldi a heroina de dois mundos A Influência da Maçonaria Maçonar ia na Revolução. Revolução . Relato Histórico Duque de Caxias Caxias e a Maçonaria. A Saga Gaúcha Uma Pro Provínci vínciaa Iso Isolada lada Dinheiro Gaúcho pagava dívidas Inglesas Na fronteira o clima clima era de ttensão ensão Charque, produt produtoo de exportação Os canhões Virtuais de Rio Pardo Os mi mistérios stérios ocultos no Chi Chimarrão marrão
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37 39 57 71 77 78 81 82 83 85 86
- FORÇA FEMININA - AS 7 MULHERES VALENTES Anita Garibaldi (183 (1835) 5) – A Hero Heroína ína Farroupilha Farro upilha Maria Franci Francisca sca (1835) – Chi Chica ca Papagaia. Joana Galv Galvão ão (1680) – A Guardiã de Sacramento Apolinária Apoli nária Cardozo (1893) Olmira Olm ira Leal (1923) – Cabo Toco Frutuosa Souza (1923) 95 Zeferina Dias (1924 (1924)) – A Bolachinha
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- CONSIDERAÇÕES FINAIS Uma guer guerra ra equilib equilibrada rada Epílogo Fontes consultadas Obras do Autor
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- PREÂMBULO PREFÁCIO “Revolução Farroupilha”: “Os mesmos ideais pelos quais lutara, ainda hoje estão latentes no coração de todos os gaúchos. O mesmo “garrote” da nosso Metrópole dos idos de 1.831 ressurgiram. Estão presentes no Planalto Central, maneando crescimento e encurtando rédea na corrida para o grande futuro”. Frase futuro”. Frase do autor desta obra histórica.
“Brigada “Bri gada de Ataque da Caval Cavalaria aria Riograndense” Vemos aqui, aqui, neste adentrar caminhando caminhando pel peloo século XXI e na declaração declaração do autor, autor , a imensa tarefa dos brasileiros, do povo Sul-americano e de todos os seres humanos que vivem neste nosso planeta Terra : “o raiar de um grande momento histórico”. Por aceitarmos a reencarnação, podemos declarar tranqüila e serenamente, da possibilidade de que os grandes batalhadores do passado recente, cheios de ideai ideais, s, continuam voltando em corpos e nomes diferentes, mas, com toda a certeza para dar prosseguimento às tarefas não completadas pelas dificul dif iculdades dades de ooutror utrora. a. Ganhar eleições, é compulsoriamente a obrigatoriedade de responder pelos anseios de um povo que elege seus líderes pedindo em primei primeiro ro lugar a paz, sempre dentro da liberdade com responsabilidade, responsabil idade, bem com como, o, a igual igualdade dade e fraternidade no manter o respeito para com todos os seres humanos e à natureza; navegamos todos no mesmo barco chamado Terra. O autor, Ir.´. Antônio César Celente, pesquisou nas páginas registradas no passado, revelando revelan do dado dadoss comprovados em do documen cumentos tos da nobre e rrespeitável espeitável Maçonaria. 9
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É uma obra de cabal importância importância neste momen momento, to, a fi fim m de que os adultos e idosos possam po ssam recordar-se das lutas passadas e os jovens possam reconhecer que uma nação, maravilhosa como o Brasil, se mantém erguida através de honra e dignidade de almas nobres, as quais sempre lutam por ideais de liberdade e justiça. Mesmo quando necessário, com sangue e lágrimas, lágri mas, tendo de lutar por princípios princípios e ideai ideaiss nobres, justos e perfeitos. Sabemos das dores dor es de um parto para despertar este maravilhoso bebê de quinhentos anos; gigante que já acordou em berço esplêndido esplêndido e que continua a crescer robusto e forte. Como educadora podemos declarar que este livro revela dados históricos im importantíssim portantíssimos, os, de conteúdo universitári universitário, o, deve ser divulgado nas escolas de alto nível nível,, as quais mantém mantém bbons ons professores para bons al alunos. unos. A jjuventude uventude atual precisa sentir sentir o que é ser um patriota, o que é a verdadeira ci cidadania dadania,, o que é ser um proteto protetorr da li liberdade berdade dos direitos direitos humanos daqueles que sabem respeitar os direitos e deveres de cada cidadão. Nossa pátria é o planeta Terra, somos irm irmãos ãos e filhos filhos de um mesmo mesmo pai criador e sabemos que a mãe é viuva. viuva. A Maçonaria Maçonaria é Uni Universal versal e assum assumiu iu jjunto unto ao Grande Arquiteto Arquiteto do Universo a mi missão ssão de lutar pela liberdade, liberdade, igualdade e ffraternidade raternidade para todo todoss os povos. Escolas Ocultistas Ocultistas declaram que a part partir ir deste novo mil milênio ênio a Maçônica alcançará um umaa nova e importante important e atividade espiritual que irá aproximá-la da sua verdadeira função, assim, cumprirá o destino previsto há muitos séculos. A nobre Fraternidade Maçônica desceu para um estado bastante sectário e, como outros caiu namais redeimportância do materialismo, então, durante milênios a forma externa teve, aos olhosgrupos, dos maçons, que o significado espiritual interno. Acentuaramse mais aos símbolos e às alegorias, enquanto foram esquecidos aquilo que deveria ser transmitido e revelado aos iniciados, dentro do verdadeiro trabalho que se realiza no Piso Sagrado do Templo. Isso já está mudando e o poder e a eficácia dos trabalhos e cerimoniais da Loja serão demonstrados, então, compreender-se-á o verdadeiro trabalho espiritual e a função de toda Loja nobre, justa e perfeita. Os Grandes Seres S eres que diri dirigem gem os destinos da Humani Humanidade, dade, prin pr incipal cipalmente, mente, o nobre no bre Ser que se acha à frente da “ Magna Obra” para a América Latina neste momento, estão atentos aos ao s grandes núcleos de atividades espi espirituali ritualistas, stas, desde que, seus membros membros estejam em condições de prestar relevantes serviços serviços à causa fraternal de ev evolução olução da humanidade. humanidade. A Maçonaria Maçonaria será a que m maiores aiores servi serviços ços prestará a este trabalho, porém, já já está entendido, após passar por estas mudanças de que tanto vem se ressentindo ressentindo por longo tempo. tempo. Maçons, mister se faz que o “Ramo de Acácia” de todos os tempos não venha a secar sobre o túmulo glorioso dos seus antepassados. Os tempos são chegados meus irmãos e HIRAM vai ressuscitar dentro de cada um daqueles que quiserem seguir e apoiar o eterno gesto do Supremo Arquiteto do Universo, isto é : “construir, edificar coisas belas e perfeitas para a grande Obra da Humanidade e para isso, justiça se faça tem que ser, lado a lado com a mulher. Repetimos Repet imos a iinicial nicial:: “Os mesmos ideais pelos quais lutara, ainda hoje estão latentes no coração de todos os gaúchos. O mesmo “garrote” da Metrópole dos idos de 1.831 ressurgiram. Estão presentes no Planalto Central, maneando nosso crescimento e encurtando rédea na corrida para o grande futuro. Frase futuro. Frase do autor nesta belí belíssim ssimaa obra histórica. R osa T . B onini ni ni de A raújo∴
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NOTA SOBRE O AUTOR Antônio César Celente, nasceu em Porto Alegre, em 4 de março de 1957, filho filho do Ir ∴Darcy Celente, cuja vida maçônica tem sido exemplo de bondade e incessante busca de conhecimento, graduou-se, na vida profana, em Análise de Sistemas e Administração de Empresas e Pós-graduou-se em Engenharia de Software pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. à luta democrática, tendo participado ativamente das lutas acadêmicas pela Habituado redemocratização do país e por uma constituição mais justa. Tendo muito gosto pelo estudo e à pesquisa, o Ir ∴ Cel Celente, ente, encont encontra ra aí, o veículo ideal ideal para alardear seus iideais deais maçônico maçônicoss de cidadão patriota e buscador da verdadeira luz.
(O Autor Auto r na Loja Lo ja Phi Philantropia lantropia e Liberdade) Filho de maçom, cresceu vendo o exemplo do pai, na busca da verdadeira luz, tentando “burilar a sua Pedra Bruta”. Pouco tempo decorreu desde a sua iniciação na Arte Real, até ocupar o Trono de Salomão. Sua personalidade carismática e aglutinadora, associada à uma imensa vontade de trilhar os caminhos caminhos do verdadeiro conhecim conhecimento, ento, tornou-se tornou- se mani manifesta, festa, tanto pela manei maneira ra harmônica harmônica como se conduziu como Venerável, quanto pela sua preocupação constante com a instrução, principalm princi palmente ente dos Aprendizes do Rito de York. Por ser um destacado obreiro foi nomeado para exercer a função de Delegado Adjunto da 1ª Zona Maçônica do G.O.R.G.S. onde teve grande atuação na busca de uma maior integração das Lojas do Rito York e na unificação dos Rituais. Atuou também na aproximação e na dinamização dinamização das relações entre as Potências Maçônicas no Rio Grande do Sul. Exerceu a função de Deputado eleito e digno representante da Loja Philantropia e Liberdade junto à Poderosa Assembléia Legislativa Maçônica, onde destacou-se por um trabalho participativo participativo e renovado renovador. r. 11
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Participou também do Conselho Consultivo do Capítulo Porto Alegre, da Ordem DeMolay, onde foi presidente na gestão onde foram elaboradas novas diretrizes para a ampliação do Capítulo. Acredita que os jovens da DeMolay representam a renovação necessária para a preservação pr eservação dos do s ideais da Maçonaria Uni Universal. versal. Nosso Irmão também atua na comuni comunidade dade Porto Porto-alegrense, -alegrense, pois é o representante da Maçonaria Gaúcha no Conselho Comunitário de Defesa Civil (COMUDEC), órgão componente da estrutura de Defesa Civil do Estado, subordinado ao Gabinete do Governador, Casa Militar, cujos objetivos são de atuar na defesa dos cidadãos e suas famílias. Neste Comi Comitê tê tem se destacado na defesa da natureza, ecologista nato, busca na preservação do ambi ambiente ente e suas fontes naturais a inspi inspiração ração e a força for ça para sua luta. Fazendo da Maçonaria o seu verdadeiro Sacerdócio, pois não se consegue imaginar este abnegado Ir ∴ sem o serviço na Ordem, viabilizou durante a sua gestão como V ∴ M∴, depois de mais mais de 160 anos, a recirculação de “O Contin Continentino”, entino”, jjornal ornal editado pelos “Conspiradores “Conspiradores Marimbondos” Marim bondos” nos anos que antecederam a rebelião gerada no âmago da d a Maçonaria de então. Sua inclinação pela palavra escrita é notória. Sua paixão pela pesquisa faz dele um leitor voraz e um obstinado colecionador de textos maçônicos, sempre impregnados dos mais elevados princípios filosóficos. O objeto desta d esta busca incessante não envolv envolvee apenas o seu própr próprio io desenvolv desenvolvim imento, ento, mas, sempre, o aperfeiçoamento de todos quanto o estiverem ouvindo. Daí a sua Maestria, que não se restringe apenas ao saber, mas ao nobre objetivo de repartir a sabedoria adquirida com seus Irmãos de Ordem. Neste seu trabalho, dedicado à História do Saga Farroupil Farro upilha ha e a influênci influênciaa da Maçonaria Riograndense, Celente apresenta farta gama de conheci conhecimentos mentos inerentes ao assunto com muita muita propriedade, textos texto s relaci relacionados onados com a Epo Epopéia péia Farroupil Farroupilha. ha. Tenho a convicção de que Celente irá seguir adiante, trazendo à luz, proximamente, outros trabalhos seus, o que, não somente será motivo de orgulho para os obreiros da sua augusta oficina, mas se constituirá em preciosa fonte de informações a todos os que deles vierem a se servir. Ércio L. Vieira da Cunha ∴
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APRESENTAÇÃO Esta peça de arquitetura, é a obra de vários anos de trabalho na Ordem Maçônica, onde tive a oportunidade de entrar em contato com os conhecimentos milenares da Sabedoria Universal. Tive a oportunidade de conhecer o trabalho dos Irmãos que fizeram a história do Rio Grande do Sul, do Brasil e do mundo. É um livro dedicado leitorese importante em geral, maçons e não maçons. desvendar uma página tãoaos marcante da história brasilei brasileira. ra. Seu objetivo maior é Neste trabalho são apresentados vários ttextos extos sobre a influênci influênciaa da Maçonaria na história história do Rio Grande do Sul e no contexto sócio-político, selecionados para darem um contribuição efetivaa aos leitores que tiverem a oportunidade de entrar em contato com suas linhas. efetiv linhas. Nesta obra apresentamos um pouco da história do Rio Grande, que está intim intimamente amente ligada ligada à Maçonaria e mais especialmente ao Gabinete de Leitura Continentino e à Loja Maçônica Philantropia e Liberdade, à qual teve grande influência influência no seu destino. Desde já agradecemos a oportunidade de nos dirigirmos aos nossos irmãos que desta forma estão colaborando com a continuidade deste trabalho, desta obra que se propõe à construção de um mundo melhor, mais justo, mais fraterno e mais humano.
“Todos podem comunicar os seus pensamentos por palavras escritas e publicá-las pela imprensa em toda a matéria, sem necessidade de censura prévia, ficando porém, responsáveis pelos abusos que cometerem no exercício deste direito, nos casos e pelo modo que a lei determinar.” (Art. 209 do Projeto de Constituição da República Riograndense, Oriente de Alegrete, ano de 1843 184 3 E.V.)
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DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meus filhos Rodrigo e Marcelo, luzes que Deus colocou no meu caminho cami nho e a todos os meus iirmãos, rmãos, pessoas di dignas, gnas, honestas e buscadores da verdadeira luz, principalm princi palmente ente a Dante Fléri Fléride de Bósio∴, pessoa em que muito me inspirei e que muito me ensinou sobre a Arte Real; a Suzano Jacques Suertegaray∴ com quem aprendi a maior das lições da∴vida a tolerância, a paciência e principalmente persistência; a Claúdio dos Reis Berzagui , com quem aprendi muita coisa sobre a arte dea viver; aos companheiros do Real Arco: Carlos Foltz∴, Aroldo Macan∴, Francisco∴ (Chicão), Paulo Afonso Faleiro da Silveira∴, com quem conheci o verdadeiro sentido da fraternidade; aos companheiros de luta da GLURGS, principalmente os manos: Maurício Kropidlofscky∴, Roberto Macarevich∴, Weber Augusto Marasquim, Lume∴, Jaques Leonel Bica∴, verdadeiros infantes da Nova Onda; a Gilberto Iung∴ e a Silvio Meucci∴, amigos de todas as horas; ao meu irmão Dejair Vargas∴, pela força que sempre me deu; a Juracy Vilela ∴ e a Paulo Nunes Gomes∴ pessoas dignas e atuantes que estão modernizando o modelo de Gestão do GORGS; a José Firmino ∴, incentivador e amigo; a Ivar Ruiz Nunes Piazeta ∴, exemplo de competência, ação e fraternidade; a minha irmã Rosa Bonini∴ madrinha desta obra, pelo apoio recebido; a minha amiga Leila Koneski, mi minha nha colaborado colaboradora ra e iincentivador ncentivadora; a; a tantos tant os outros outr os amigos e amigas amigas aos quais precisaria muitas folhas para descrever. A meu pai e Darcy , companheiro leal de longas jornadas e lutas, fundador de três Lojas Maçônicas e daCelente Grande∴Loja Unida do Rio Grande do Sul, a quem tento humildemente seguir a trajetória. E a tantos outros Guerreiros que já partiram para o Oriente Eterno, tais como: Abel Gonçalves∴, Breno Audibert ∴, Justo Fabrício Krieger ∴, Ércio Landó Vieira da Cunha ∴, Diogo de Assis Brasil Soares∴, Tio Pedro∴, Cabo Rocha∴, Heitor Macan∴(meu grande escudeiro), Manoel Soares Leães∴(o Grão Mestre da Maçonaria Universal), pessoas com quem tive o privilégio de conviver, de compartilhar idéias, crescer como ser humano e como maçom e viver grandes momentos momen tos e emoções.
(Membros da Loja Philantropia e Liberdade - 25/12/1.831)
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Guerreiroo é Luta Guerreir “É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glória, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espirito, que nem gozam muito, nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta, que não conhece vitória nem derrota.” derrota.”
(Proclamação da Repúbli República ca Riograndense) “Rogo ao G∴A∴D∴U∴ que nos oriente e proteja pro teja nesta caminhada cujo objetivo final é a construção de um mundo melhor, melhor, um mundo de amor, compreensão e de Paz Profunda”.
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GABINETE DE LEITURA CONTINENTINO Esta é uma pequena Historinha, não uma Estorinha. Leia provavelmente você ainda não a conhece. Tenha certeza de que a leitura renderá dividendos para o seu acervo de conhecimentos históricos. Váeem frentee ...dois anos passados não existiam agências de propaganda e anunciar Há cento setenta em jornais jornais e revi revistas stas era fazer “reclam “reclame”, e”, seja de produtos ou serviços. Talvez as coisas fossem divulgadas divulgadas de ouvido-a-ouvido... Funcionava porque ainda era o tempo da forte confiabilidade na palavra e no “fio de bigode”. Isso nos leva e revelar alguns tipos de segredos muito diferentes do “segredo de polichinel polich inelo”. o”. Vamos falar de um veículo de comunicação que nasceu aqui mesmo na Porto Alegre do século passado; era no tempo das modinhas, das serenatas, das moçoilas tímidas e dos inesquecíveis saraus ... Naqueles tempos as jovens casadoiras sorriam, escondendo a metade do rosto r osto com o leque perfumado; a poesia po esia e o romantismo romantismo fl flutuavam utuavam no ar qual perfume de manj manjericão. ericão. “O têmpora ! O mores !” No entanto hoje ho je jjáá estamos falando falando em transcomuni transcomunicação. cação. Naqueles dias do século passado, Porto Al Alegre egre era apenas a capital da Província Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. A antiga e hoje ainda muito usada Rua do Rosário apenas talvez um beco de servidão e a noite escura “como breu”. De quando em vez, vultos esgueiravam-se e sumiam em alguma porta que só eles conheciam conheciam.. Quem seriam eles? Por que se escondiam com a noite, quais fantasmas erradios em busca de uma “casa de terço”? ter ço”? Teriam propó propósitos sitos nobres e edif edifican icantes? tes? Provavel Pro vavelmente, mente, sim ! ... Se não o fora, nada justificaria deslizarem, quase colados as velhas paredes, rostos semicobertos, como que fl flutuando utuando sob a cinzenta cinzenta luz bruxuleante de velhos e sonolentos lampiões. lampiões. Naquelas noites se podia ouvir, ouvir, de quando em quando a rouquenta e medrosa voz do “vigilante “vigilante noturno", indagando para a noite : - Tudo em ordem ? Logo, logo apareceriam as “barras” do dia nascendo no horizonte; e as coisas acontecendo com muito sono, noite após noite. As estações do ano iam e viam, sumindo nos calendários... Primavera... Verão... Outono... Inverno... A eterna repetição dos dias, das horas, das semanas, meses e anos a fio e as transformações não aconteciam. As notícias eram sonolentas e antigas e a mesmice a figura mais conhecida. Repetitiva. Era um arrastar bocejante de pensamentos e aos poucos diluíam aos primeiros sopros do vento frio vindo dos lados do rio Guaíba. Tudo ficava por aí...quase sem registro. Escreviamse historias e estórias dorminhocas que não eram questionadas, alguém mandava e todos obedeciam. Era tranqüilo viver assim, não dava complicações; enquanto isso alguém com pressa soprara rapidamente a luz do velho candeeiro sobre a mesa e saíra apressado ... 17
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O dia já estava clareando e as figuras noturnas sumiram todas, como que engolidas pelo “nada”; Beco do Rosário, dos escravos e da santa milagrosa...quanto tempo faz isso ? Eram reuniões e mais reuniões. Eles trabalhavam na angústia do silêncio, tecendo com suas emoções e idealismo um novo pensamento filosófico que dormia tarde e acordava cedo, tentando despertar gentes para o amanhecer pátrio. Afinal do que estamos falando ? ... Você até poderá concluir que este “blá-blá-blá” está tão vazio que nem o redator sabe do rumo a tomar com a narrativa. Na verdade estamos tentando pintar um quadro antigo que nosso im imaginári aginárioo pensa ter existido. Era o cenário onde se processava um grande movimento de transformações sócio políticas, políti cas, em vi vigíl gílias ias noturnas e em fformato ormato de oorações. rações. Aqueles “vultos esguios” bordavam a bandeira libertária, força emblemática de tantas esperanças; esperanças que corcovearam nos corações, loucas para correrem pelos campos e cochilhas, cochil has, vales e serras levan levando do a grande “mensagem a Garcia Garcia”, ”, o Pampa Gaúcho. ...Agora estamos em 2.003 Nos socorr socorremos emos da autoridade do his historiador toriador José Luiz Silveira Silveira ao transcrevermos este trecho de sua obra intitulada (e de domíni domínioo e conhecim conhecimento ento de ttodos): odos): “Revelações históricas da Maçonaria” -pag.147, edição de julho de 1.985: "Em 1.831 foi fundada em Porto Alegre numa rua central, uma Sociedade Secreta, que era um ponto de partida e um núcleo núcleo fomentador das idéias revoluci revolucionárias. onárias. Teve inicio disfarçada de Gabinete de Leitura, a Loja Maçônica Philantropia e Liberdade, a seguir foi denominada “Sociedade Literária Continentino", criando, em anexo, uma Escola de alfabetização de adultos e fundando um jornal “O CONTINENTINO” que sob a direção do Major João Manoel de Li Lima ma e Sil Silva, va, circulou a partir de 1. 1.831”. 831”.
De acordo com o historiador, “O CONTINENTINO” deixou de circular no final de 1.835. Naquele ano do século XIX estava gerada a Revolução Farroupilha, fi filh lhaa legítim legítimaa das noturnas elucubrações lítero-patrióticas nas madrugadas distantes do ano de 1.831 - beco do Rosário. O Continentino deixou de circular em 1.835. Estava cumprida a primeira etapa de sua participação no processo revoluci r evolucionário onário de 1835, a “Revolução Farroupil Farroup ilha”. ha”. Os mesmos ideais pelos quais lutara, ainda hoje estão latentes no coração de todos os gaúchos.
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O mesmo “garrote” da Metrópole dos idos de 1.831 ressurgiram. Estão presentes no Planalto Central, maneando nosso crescimento e encurtando rédea na corrida para o grande futuro. O Continentino foi o arauto do movimento de 1.835. Retornou para seu lugar junto aos demais veículos de comunicação, somando esforços para que seja revertida esta situação que aí está. Reativar O Continentino não foi tarefa fácil, mas muito orgulha os componentes do Gabinete de Leitura e do Portal do Conhecimento. O trabalho continua firme, agora em formato digital, dando condições a que esta idéia fosse revitalizada e hoje O Continentino está novamente circulando, prestando sua contribuição à sociedade. Esta é a Historia do jornal O Continentino contada por gente que está por dentro de suas páginas.
Por certo as informações aqui mencionadas um dia poderão integrar a História da Imprensa - seus veículos de comunicação - e o quanto tem de responsabilidade na construção de uma nova sociedade brasileira.
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A ESCOLA DE ALFABETIZAÇÃO DE ADULTOS O livro é a maior arma para libertação de um povo, neles estão as idéias e os ideais dos maiores homens da história. A Epopéia Farroupilha começou pelas idéias, os ideais estavam nos livros que vinham da Europa e dosjusto, Estados livros que falavamemdepaz, um com mundo possível,e democrático, ondeUnidos todas da as América, pessoas podem convivem liberdade prosperidade.
(Reunião do Gabinete de Leitura Continentino Continentino – 1831) 1831 ) Naquela época, nos idos de 1831, estas obras chegavam a todo momento, momento, fi filh lhos os de estancieiros e comerciantes voltavam dos estudos no exterior trazendo na bagagem muitos sonhos e mui muitos tos livros. livros. Eles reuniam-se em grupos para estudar e discutir as obras, estavam convictos que para um povo ser livre ele ele precisa ser culto e ter acesso irrestrito às informações. O aperfeiçoamento cultural se dava em 3 níveis, o primeiro a alfabetização, o segundo o contato com as obras clássicas do conhecimento da época e num terceiro nível estudavam e se aprofundavam mais especialmente nas sete artes liberais e ciências: a gramática, a retórica, a lógica, a aritmética, a geometria, a musica e a astronomia, todas bem conhecidas entre os Maçons. Em julho de 1831, foi fundada a Sociedade Literária Continentino, onde funcionava o Gabinete Gabi nete de Leitura com o mesm mesmoo nome. 21
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Logo aqueles homens perceberam que tinham um grande problema, tinham os livros, a vontade de evoluir, mas um grande número deles não sabiam ler ou escrever, então o que fazer, eles precisam ter acesso aquelas aq uelas lletras etras que continham tantas novidades. Foi então que foi colocada em funcionamento a primeira escola de alfabetização de adultos que se tem notícia no Brasil, patrocinada pelo Gabinete de Leitura Continentino, apoiada pela Loja Maçônica Philantropia e Liberdade.
(Armas usadas pelos oficiais Farroupilhas)
O trecho do Hino Farroupilha que afirma que “povo que não tem virtude acaba por ser escravo...” certamente teve origem no fato de que só o saber liberta, só seremos um povo livre se formos educados e cultos. Nestas célebres noites, se maravilhavam maravilhavam e vi viajavam ajavam com as obras de Camões, sonhavam com a liberdade, liberdade, igualdade e frater fraterni nidade dade nas obras de Voltaire, se informav informavam am do que acontecia pelo Brasil e pelo mundo com os jornais que chegavam por via marítima. Davam muito valor aos livros, um valor que realmente deveríamos admirar. Um povo culto nunca será vítima de maus governantes ou de governos espúrios, ele impões a sua vontade e os seus valores. Ah, se eu pudesse adentrar no túnel do tempo e participar de pelo menos uma reunião do Gabinete de Leitura e poder conviver comintelectual pessoas admiráveis, realmente amavam conhecimento e buscavam o aprimoramento de um povo,que como mola mestra da suao independência e libertação. Observe bem o lema adotado pela Loja Philantropia e Liberdade, inspirado no pensamento de Henry Voltaire∴, que reflete o espírito revolucionário: “Le seul bien de létat fait son ambition, il hait la tyrannie, et la rebelion”. Desculpe o meu francês: “O só bem do Estado faz sua ambição, ambição, ttraz raz a tirani t iraniaa e a rrebeli ebelião”. ão”.
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“Balaústre Nº 67 de 13 de setembro de 1.835” “No ano em que se comemora 172 anos de Fundação da Loja Philantropia e Liberdade, fundada em 25 de dezembro de 1.831, publicamos o extrato do *Balaústre Nº 67, o qual retrata muito dos fatos da maior importância da nossa História Riograndense, a Epopéia Farroupilha, mantendo sua identidade original, apenas atualizando alguns termos para os dias atuais.”
Balaústre nº 67 Aos treze dias do mês de setembro do ano de 1.835 da E ∴V ∴ e 5.835 da V ∴ L∴ , reunidos em sua sede, sito à Rua da Igreja, Nº 67, em um lugar Claríssimo, Forte e Terrível aos tiranos, situado debaixo da abóbada Celeste do Zenith aos 30º e 5’ de Latitude da América Brasileira, ao Vale de Porto Alegre, Província do Rio Grande do Sul, sob os auspícios da Sereníssimo Grão Mestre de Héredom, nas dependências do Gabinete de Leitura, na Rua da Igreja N.67, onde funciona a Loja Maçônica Philantropia e Liberdade, com o fim de especificamente, traçarem as metas finais para o início do movimento revolucionário com que seus integrantes pretendem resgatar os brios, os direitos e a dignidade do povo Riograndense . A sessão foi aberta pelo Ven∴ Mestre Ir ∴ Bento Gonçalves da Silva . Registre-se, a bem da verdade , ainda as presenças dos IIr. José Mariano de Mattos, Ex-Ven., José Gomes de Vasconcellos Jardim, Pedro Boticário, Vicente da Fontoura, Paulino da Fontoura, Antônio de Souza Neto e Domingos José de Almeida o qual serviu como Secretário e lavrou a presente ata. Logo de início, o Ven. Mestre, depois de tecer breves considerações sobre os motivos da presente reunião, de caráter extraordinário, informou a seus pares, que o movimento estava prestes a ser desencadeado. A data escolhida é o dia 20 do corrente, isto é, daqui a uma semana. Nesta data, todos nós, em nome do Rio grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no país. 23
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Na ocasião, ficou acertada a tomada da Capital da Província, pelas tropas do IIr. Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão permanecer, com seus homens, nas imediações da Ponte da Azenha, aguardando o contingente que deverá se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Tanto Vasconcellos Jardim como Onofre, ao sserem erem informados, responderam que estariam à postos , aguardando o momento para agirem. Também se fez ouvir o nobre Vicente da Fontoura, que sugeriu o máximo cuidado, pois certamente, o Presidente Braga seria avisado do movimento. Tronco de Beneficência fez a sua circulação e rendeu a moeda cunhada de 421$000 contados pelo Ir. Tes. Pedro Boticário. Por proposição do Ir ∴ José Mariano de Mattos, o Tronco de Beneficência foi destinado à compra de uma Carta de Alforria, de um escravo de meia idade, no valor de 350$000, proposta aceita por unanimidade. Foi realizada uma poderosa Cadeia de União, que pela justiça e grandeza da causa, pois em nome do povo Riograndense lutariam pela Liberdade, Igualdade e Humanidade, pediam a força e a proteção do G∴ A∴ D∴U ∴ para todos os Ir ∴e seus companheiros que iriam participar das contendas. Já eram altas horas da madrugada quando os trabalhos foram encerrados, afirmando af irmando o Ven∴ Mestre que todos deveriam confiar nas LL∴do Gr ∴ Arq∴do Univ∴. e como ninguém mais quisesse fazer uso da palavra, foram encerrados os trabalhos, do que , eu, Domingos José de Almeida, Secretário, tracei o presente Balaústre, a fim de que, a historia, através dos tempos, possa registrar que um grupo de Maçons, “Homens Livres e de Bons Costumes”, empenhou-se com o risco da própria vida, em restabelecer o reconhecimento dos direitos desta abençoada terra, berço de grandes homens, localizada no extremo sul de nossa querida Pátria. Oriente de Porto Alegre, aos dezoito dias do mês de setembro de 1.835 (E ∴V ∴ ), 18º dia do sétimo mês, Tirsi, da V ∴ L∴ano de 5.835. Domingos José de Almeida∴ Secretário
(A ntônio deS ouza N eto)
(Be (BentoG onçalvesda S ilva ) (J oséG omesdeV asconcellosJ ardim)
*Balaustre: é a designação dada a uma ATA que registra os acontecimentos de toda a reunião Maçônica, que pode ocorrer semanalmente, mensalmente, etc, mas sempre de caráter obrigatório, que sempre é lida na reunião seguinte para a aprovação dos presentes.
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DESCRIÇÃO MAÇÔNICA DO ESCUDO RIOGRANDENSE
É sabido que a Maçonaria brasileira e seus membros componentes tiveram influência e decisiva atuação nos principais acontecimentos históricos de nossa Pátria, que marcaram indelevelmente várias épocas de nossa vida política. Limitamo-nos, neste espaço, a demonstrar apenas uma dessas influências, relacionada com o Rio Grande do Sul. Trata-se do triângulo existente na bandeira Riograndense, cujo simbolismo maçônico nela representado é dos mais puros e dos mais significativos. Seu autor foi o Conde Tito Lívio Zambiccari, maçom idealista e artista de grande cultura, natural de Bolonha (Itália), da estirpe de um Guiseppe Garibaldi, também italiano, mas ambos gaúchos de coração, imortalizados pela Epopéia Farroupilha. Farroupilha. O emblema da República Riograndense é todo ele simbolicamente maçom e seus vários símbolos encontram-se bem vivos no sinete usado nos papéis oficiais pelos chefes da Revolução Farroupilha, sinete este do qual servimos servimos para exame e análise análise interpretativa. O primeiro símbolo maçônico, que nos fere a vista, está bem no centro do emblema e é constituído por um losango (produto de dois triângulos), que se encontram pela base, ou seja os dois triângulos que formam a estrela de Davi, que se faz descer ou subir até que as bases se encontrem e que representa a Maçonaria Uni Universal. versal. Outro símbolo, e também importante, é o retângulo, que está dentro do losango. Significa ele, em linguagem maçônica, a Loja gravada nas publicações da Ordem. Dentro desse retângulo, pendente da ponta de uma espada (esta também simbólica, pois representa a Maçonaria atuante), está o barrete frígio da República, representativo da República a mostrar, evidentemente, que a República Riograndense teve origem numa Loja Maçônica. Os dois ramos, que saem do copo da espada e orlam orlam a lâmina, lâmina, subindo subindo para o alto, a exaltar a República, antes de serem um de fumo e outro de erva-mate, serão fatalmente ramos de acácia, símbolo contundente da Maçonaria Universal, cuja origem é familiar a todo o maçom. 25
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E nem outra interpretação cabe no caso, se levarmos em conta o espírito maçônico do autor e que todo todoss os elementos, elementos, de que se compõe co mpõe o sinete, são indiscuti indiscutivel velmente mente simboli simbolismos smos maçônicos. O certo, o verdadeiro, para haver coerência com o todo harmônico, é admitir que os dois ramos referidos são de acácia, pois se não fossem, não haveria completa unidade no desenho e nem a harmonia pretendida no seu simbolismo, que representa a Ordem milenar. Há a considerar, ainda, um outro detalhe, simbolicamente importante sob o ponto de vista maçônico, qual seja, a das estrelas existentes nos triângulos, que ficam acima e abaixo do retângulo (Loja). São estrelas de seis pontas, resultantes do enchimento das linhas delimitadoras da Estrela de Davi, formada por dois triângulos que se cortam de tal modo, que formam, internamente, um hexágono. Se, como se viu, as estrelas constantes do emblema original são de seis pontas e, em obediência ao desenho de Zambiccari, de seis pontas as estrelas a figurar na bandeira do Rio Grande do Sul, não se concebe a alteração havida na mesma, onde figuram estrelas de cinco pontas, em total desacordo com a pureza original, fixada por seu autor no desenho. Mas o autor do emblema, parece por dar um perfeito e bem acabado cunho maçônico ao seu trabalho, foi mais longe na aplicação de simbologia da Arte Real. Não satisfeito satisfeito em repr representar esentar a Maçonaria Uni Universal versal pel peloo losango, a Loja pelo retângulo, ret ângulo, a República criada numa Loja pelo barrete frígio dentro do retângulo, a Maçonaria atuante pela espada, os ramos de acácia., os triângulos (maçonaria local) e as estrelas de seis pontas, colocou tudo isto sob a égide ou proteção de duas colunas mestras, sobre as quais se assenta toda a ordem maçônica, e que no sinete estão a ladear o losango. Estas colunas, encimadas pelo globo terrestre, encontra-se em todos os templos maçônicos, figurativamente, por serem ocas, como receptáculos de todos os segredos da Arte Real colocados em seu bojo. Representam, além do mais, lemas tipicamente maçônicos, como força, união, beleza e perfei perfeição. ção. Muito se poderia escrever e gravar sobre os símbolos maçônicos da Bandeira Riograndense. Mas Mas fi ficamos camos por aqui. Do Do sucintam sucintamente ente exposto, podemos po demos afirm afirmar ar que os símbolos existentes no emblema ou escudo Riograndense são totalmente de inspiração maçônica, maçôni ca, sobre o que não pode pairar nenhum nenhumaa dúvida. Obs. O Professor Henrique Carlos de Morais, então diretor do Museu Municipal Pelotense, foi o descobridor do escudo original da República Riograndense, o qual foi pela primeira vez publicado quando das comemorações do Sesquicentenário da cidade de Pelotas, em 1962.
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DIPLOMA MAÇÔNICO DO GENERAL BENTO GONÇALVES Um dos documentos históricos mais importantes de nossos arquivos, pois comprova efetivamente que o então Coronel de Cavalaria Bento Gonçalves da Silva, então com 42 anos era Maçom, colado no Grau 18 de Cavaleiro Rosa Cruz e membro fundador da Loja Philantropia e Liberdade. Trata-se de um documento datado de 1832, emitido sob os auspícios do Sereníssimo Grão Mestre de Héredom que outorga a ele apoio e poderes de se apresentar em nome da Maçonaria, iniciar iniciar Maçons e cr criar iar Lojas de acor acordo do co com m as necessidades.
O documento original encontra-se muito bem arquivado, pois trata-se de uma peça muito valiosa, no Museu Júlio de Castilhos, na Rua Duque de Caxias em Porto Alegre e foi descoberto pelo próprio autor do livro e gentilmente cedido pela direção, para que fosse feita uma cópia digitalizada do mesmo.
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O HINO DA PHILANTROPIA E LIBERDADE “HYMNO” (1831 E.V.) Outro documento histórico de relevante valor, este hino escrito em 1831, que refletia bem o sentimento sentimento de pat patriotism riotismoo e ideali idealismo smo dos nosso valorosos valoroso s irm irmãos. ãos. uma pena que a música músi está per perdida, dida,e talvez para alvez ez numa destas minhas minhas buscasÉ eternas à procura decadocumentos evidên evidências ciassempre, sobre aouhistória histtalv tória do Rio Grande eu encontre por po r aí em algum llugar ugar e co com m certeza numa próxim próximaa edição estará presente neste livro. 1º Salve. ó Astro luminoso l uminoso Throno do Supremo Ser; Os teus raios manifestão Sua Glória e seu Poder. Salve, ó Dia D’união pura!
5º O mais prazenteiro enlace Alfim tudo annuncia; annuncia; Formando uma só cadêa A pura Maçoneria. Maçoneria. Salve, &c. 6º
Nunca nos faltes Na idade futura. 2º Neste Dia Sempieterno Propicio, e venturoso Os teus raios mais reflectem Neste Templo magestoso. Salve, &c. 3º Neste Templo de Virtude Vedado ao vulgo profano, Votos fidos Te rendemos
Quaes trevas que se dissipão Quando dás a luz ao dia, Assim a discórdia hedionda Foge da Maçoneria. Salve, &c. 7º Dá-nos pois de dia em dia Entre júbilo e prazer, A luz da Sabedoria Sabedoria Stabilidade e Poder. Salve, &c. 8º
O’ Architecto Soberano. Salve, &c. 4º Esta Abobada, entre avessas Vontades, e Maçons rudes, Sempre firme sustentaste Jehová, Deos das Virtudes. Salve, &c.
Ao Monarc Monarcha haHeroes do Brazil Progenie de famosos, Tua Aurora apetecida Traga dias venturosos. Salve, &c. 9º A’Egide que nos escuda Dá perpétua duração; Nosso Tymbre, Deos, Transmite a’futura geração.
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A PALAVRA DE PASSE Os Maçons sabem bem da importância da Palavra de Passe, ou Senha como é conhecida nos meios militares. Bem esta Palavra de Passe tem inúmeras referências nos Rituais e Lendas Maçônicas e no passado serviu par paraa ide identifi ntificar car e se resguardar de inimi inimigos, gos, como aconte aconteceu ceu com o povo chamado de Ephramitas.
Na Revo Revolução lução Fa Farroupilh rroupilha, a, certame certamente nte inspirados pelo conhecim conhecimento ento da cultura Maçônic Maçônica, a, nosso nossoss antepassados precisavam de uma Palavra de Passe que identificasse e diferenciasse os gaúchos dos castelhanos, como era conhecido o povo que habitava a região do Prata. A Palavra de Passe escolhida foi “Quero-quero”, que pela dificuldade da língua espanhola era muito difícil de ser pronunciada, pois pronunciavam pronunc iavam “cuero-cue “cuero-cuero” ro” e não “quéro-qu “quéro-quéro”, éro”, este insi insigni gnificante ficante de detalhe talhe custou a vida de in inúmero úmeross inimigos que se infiltravam nas linhas dos Farroupilhas em busca de armas, gado e charque.
A Palavra de Passe foi inspirada nos Rituais Maçônicos, como está exemplificado no relato abaixo: “Em conseqüência de uma disputa que há muito tempo existia entre Jephthah, juiz de Israel e os Ephramitas. estes tem sido um povo obstinado e rebelde, que Jephthah se empenha subjugar com medidas moderadas, mas sem resultado. os Ephramitas altamente enfurecidos, por não serem chamados a lutar e a partilhar do rico despojo da guerra Amnimítica, organizaram uma armada poderosa e passaram sobre o rio Jordão para dar lugar a luta contra Jephthah; mas este, tendo sido notificado da sua aproximação, reuniu os homens de Gilead, vencendo a batalha, pondo o inimigo em fuga; e para completar a vitoria, ele ordenou a colocação de guardas nas diferentes passagens do rio Jordão, recomendando que se os Ephramitas tentassem passar por esses pontos, dissessem “CHI..”; porém sendo eles uma tribo diferente, não conseguiam pronunciar corretamente “CHI...”, mas diziam “SI...”; este insignificante defeito provou-lhes que eram espiões, custando-lhes a vida; foram sacrificados nesta época, nas diferentes passagens do rio Jordão 42 mil”. Assim como a Palavra de Passe “CHI... x SI...”, eliminou milhares de soldados hostis nas diferentes passagens do Rio Jordão. Esta passagem é mais uma dem demonstração onstração da Influênci Influênciaa da Cultura Maçônica neste movimento. Quero-quero foi escolhida como a Palavra de Passe, porque este bichinho frágil, aparentemente indefeso é capaz de agigantar-se de coragem e valentia arriscando a própria vida na defesa do seu ninho, de sua ninhada e de seu espaço.
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QUERO-QUERO Darcy Celente∴ (Benemérito da Loja Philantropia e Liberdade)
Ah! Quero-quero. Eu sei que vives querendo. É nostálgico ouvir-te, quando a tarde vai morrendo. No teu grito gr ito estridente, ficas sempre sempre reclaman reclamando. do. E entristeces o gaudério, gaudério, que no campo vvai ai passando. - Eta! Bicho guapo e valente. És a alma e a vida de uma tarde silente, companheiro eterno do taura gaúcho, na lida do campo, solito e sem luxo. - Na grama gr ama sequinha sequinha é que fazes o teu ninho, a prenda chocando e tu bem sozinho, gritando bem longe, com muito vigor, chamando chaman do a atenção de qqualquer ualquer invasor. invasor. - Tu relembras o nosso guapo Sepé, que lutava ardente, a cavalo ou a pé, enfrentando o inimigo na planície ou na serra, gritando com força que tem dono esta terra. - Sempre atento, atento , na vigí vigíli liaa de hora em hora, tens tudo do gaúcho, até a espora, és ave donoatenta, da cochilha, ao horizonte expande, patriota,que sentinela do RioseGrande. - O penacho na cabeça, uniforme do infante, e a carga corajosa, no teu vôo bem rasante, tens a garra Farroupilha; agressivo e atento, tu encarnas em valor, o grande General Bento. - Tens um porte mui pachola e muito amor ao torrão. No teu peito p eito orgulhoso arde forte for te um fogão. És farrapo na coragem e gaudério nas andanças, tens no bico uma espada e nas asas duas d uas lanças. - Eu te entendo, Quero-quero, pois somos da mesma estampa. Vendo a querência entregue a gaúcho guampa, humilhada, esquecida e sem chance de crescer, eu te juro Quero-quero, até prefiro morrer. 30
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Aquerenciamento Planetário Aquerenciamento Professor Celso Marques Marques Temos na paisagem do Pampa Riograndense um pássaro chamado quero-quero, que é considerado a sentinela do Pampa. O quero-quero, diferentemente de outras aves, faz os seus ninhos no chão, vivendo a maior parte do tempo em contato com a terra e apegado ao lugar onde vive. A este lugar em que o quero-quero, outros bichos e o próprio ser humano costumam ficar, no linguajar gaúcho nós chamamos de “querência”. Em português esta palavra se reporta ao verbo querer. A querência é um lugar que tem uma vontade, um querer originário, conforme a própria etimologia da palavra indica. Mas não é um querer isolado e separado do querer humano, dos animais e das plantas que ali vivem. O querer da querência requer o querer de tudo o que ali vive, de tudo o que pertence ao lugar, inclusive a paisagem. Ser apegado a um determinado lugar é ser aquerenciado. O processo de se apegar a um lugar se expressa com o verbo “aquerenciar”. Ser aquerenciado significa também estar de bem com a vida, estar na posse da plenitude do sentido da vida. Na sabedoria campeira aqui do sul do Brasil, da Argentina e do Uruguai, do gaúcho, a felicidade é o próprio sentido de pertencer a um lugar. A querência é a intimidade com a natureza e com as coisas do local em que se vive. É ser parte das histórias das pessoas, dos animais e das plantas de um lugar. É ter a própria identidade pessoal, a própria histó história ria ind indivi ividual, dual, inse inseparável parável de toda a teia destas histó histórias. rias. É estar em casa no mundo mundo.. Por outro lado a pessoa que é infeliz, que não encontrou o seu lugar no mundo, que está de mal com a vida, é “desaquerenciada”. A pessoa desaquerenciada não tem paradeiro fixo, vive inquieta, sempre a procura de um outro lugar, insatisfeita, no estado de carência, de falta. NaTerra, perspectiva da sabedoria gaúcha, o problema ecológico éangustiada, a humanidade estar desaquerenciada da Mãe da Pachamama, de Gaia, a suprema morada do homem. O Fórum Social Mundial é a uma tentativa planetária de aquerenciar a humanidade na Terra. Mas para que isso aconteça, cada ser humano deve ser alerta e vigilante como o quero-quero, deve exercer a sua condição de cidadania planetária defendendo a Terra e a Humanidade em cada local onde vive. Cada cidadão do mundo pode se inspirar no exemplo da sentinela do Pampa: ao pressentir a aproximação de um perigo, o quero-quero dá o alarme, começa a gritar o canto que deu origem ao seu nome e a fazer investidas contra o intruso através de vôos rasantes. Para nós, ecologistas gaúchos, o quero-quero é o símbolo da soberania política e da cidadania planetária.. Pode ser com comparado parado com uma rrevo evoada ada de quero-q quero-queros ueros que espalha pelo mun mundo do o grito de alerta para o aquerenciamento da humanidade no seio da Mãe Terra. Um novo mundo é possível.
Vanellus chilensis (quero-quero) Vanellus chilensis é uma ave. Suas puas rosadas, grito estridente e ataques com vôos rasantes, são inconfundíveis. Sabe de quem quero-quero falar, não é? O cuidado paterno, materno e o oferecido pelo provável ajudante, são essenciais nas primeiras semanas do filhote. Apesar de já capaz de alimentar-se e emplumado, suas penas infantis não são à prova dos poderosos pode rosos fen fenôme ômenos nos da naturez natureza, a, em constan constante te transformação. O cuid cuidado ado na inf infância ância é esse essencial. ncial. Mas há de chegar o momento onde os pais não ficam tão próximos dos filhotes. Nesse momento os filhotes também não cuidam de si. Todos os elementos da natureza, clima e inimigos, não tem piedade, simplesmente agem. Esse momento é crítico. Muitos vão perecer, consumidos pela natureza. É necessária muita luta, luta pelo seu direito à vida. Não é uma luta contra a natureza, mas o despe despertar rtar de uma grande inti intimid midade ade com ela, para conse conseguir guir preverr seus próximos movi preve movimen mentos, tos, e assim poder caminhar aaoo lado del dela. a. Caminh Caminhando ando com a natureza, desenvolve intimidade com seu próprio ser. Desenvolve suas armas e seus instrumentos de percepção. Aprende a cuidar de si. Cuida de si com muito vigor, com intenso amor próprio, e luta, grita, voa. Sempre confiante em si e intimo com a natureza.
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Como Vanellus chilensis, conheça a si mesmo, confia em ti, seja intimo com a natureza, e lute, a vida é um direito de todos aqueles que nasceram.
Hino Riograndense
“Como a aurora precursora do farol da divindade, foi o Vinte de Setembro o precursor da liberdade. Mostremos valor, constância, nesta ímpia e injusta guerra, sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra. Entre nós revive Atenas para assombro dos tiranos; sejamos gregos na glória e na virtude, romanos. Mostremos valor, constância, nesta ímpia e injusta guerra, sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra. Mas não basta prá ser livre ser forte, aguerrido e bravo, povo que não tem virtude acaba por ser escravo.
Mostremos valor, constânci co nstância, a, nesta ímpia e injusta guerra, sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra.”.
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- A EPOPÉIA FARROUPILHA -
ODISSÉIA FARROUPILHA No princí princípio pio o Grande Arquiteto do Uni Universo verso criou o céu e a terra. A terra, porém, era sem forma e vazia. A um simples desejo seu as águas debaixo dos céus foram reunidas num só lugar e apareceu a porção seca. A terra produziu a relva, ervas que davam semente segundo a sua espécie, árvores que davam frutos, cujas sementes estavam neles conforme conforme a sua espécie. E viu oele, Grande Arquiteto do Universo queviventes, isso era bom. Disse ele, logo apó após: s: produza a terr terraa seres conforme a sua espécie. E assim se fez. No hemisfério hemisfério sul ffez ez o Grande Arquiteto do Universo uma terra abençoada. Com montanhas, lagos, rios, mar, árvores ár vores co como mo a figueira e muito campo, lindo campo. Acrescentou muitos animais. Pássaros como o sabiá, as garças e o quero-quero. Capinchos, sucuris e animais de todas as espécies. Campos! Verdes campos, onde permitiu que se desenvolvessem, magnificamente, vacas, bois e cavalos. cavalos. Importantes cavalos, meio de transporte transport e sem igual. igual. Disse o Grande Arquiteto do Universo, Universo, ainda, quando criava cr iava o mundo: façam façamos os o homem a nossa imagem,, conforme a nossa semelhança. Tenha ele domínio sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra. 33
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E para que o homem tomasse consciência dessa semelhança deu o Grande Arquiteto do Universo, para cada um, uma porção de sua divindade, para que a partir dela buscassem acrescentar as suas as dos demai demaiss homens. Disseminou-os por todo o mundo, dando-lhes como divisa, a justiça e ideais de Liberdade. Criou as raças e os povos. Incutiu-lhes entretanto as idéias de Igualdade. Distribuin Distri buindo-o do-oss na ter terra. ra. Co Colocou locou muitos filhos filhos da Liberdade. Liberdade. Legou-nos avatares, como Jesus e Buda. Deu-nos o princípio da evolução, que transformou os povos e seus sistemas. Com as experiências a humanidade cresce, cresce pelos méritos e pelas carências e insatisfações. Em 4 de julho de 1776, insatisfeitos com o tratamento da Inglaterra os “Filhos da Liberdade” obtém a declaração de independência da América do Norte, porque medidas tomadas pelo Parlamento Inglês reduziam os cidadãos livres em “miseráveis escravos tributários”. Postulantes desses movimentos, homens criados livres pelo Grande Arquiteto do Universo provinham de movi movimentos mentos gregários. De mui muitas tas in instituições, stituições, muitas muitas de Lojas de Pedreiros Livres, de Lojas Maçônicas. De instituições Maçônicas que proclamam a prevalência do Espírito sobre a matéria, o aperfeiçoamento moral a beneficência e a livre investigação da verdade. Com essa motivação geraram também em 14 de julho 1789, a queda da Bastilha. É a Revolução Francesa como a americana postulando justiça e li liberdade berdade e a defesa da “rés pública”, públi ca”, do pr prin incípi cípioo republican republicano, o, que se aprova apr ova em 1791, na França. Esses princípios vinham embalados pela egrégora Maçônica que por seus membros sempre condenou a exploração do homem, bem como os privilégios e as regalias, mas enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviços à Pátria e a Humani Humanidade. dade. Afirmam esses postulados que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade universalidade do espírito, combate a ignorância, a superstição e a tirania. tirania. Para a instituição os homens são livres e iguais em direitos e a tolerância constitui o princípio princí pio cardeal das relações humanas, para que sejam respeitadas respeitadas as convicções e a dignidade dignidade de cada um. Defenderam ainda os Filhos da Liberdade que tais direitos, a partir da doutrina no direito natural, fossem transformados na Declaração Universal do Direitos do Homem, que postula, em resumo, que os homens: Nascem iguais em direitos; Tem direito direito a pro propriedade priedade particular; Tem direito à vida e a liberdade; Tem ainda direito direito a verem reco reconheci nhecidos dos esses direitos direi tos nas leis leis vot votadas adas pelo parlamento. parlamento. O germe do Valor, da Sabedoria, da Bondade, da Beleza e da Força, atributos potenciais do homem, imagem e semelhança do Grande Arquiteto do Universo, permitiram que desde então novos progresso progressoss se mani manifestassem festassem.. Os bons ventos Americanos do Norte e Franceses impulsionaram sensíveis Cidadãos da Provínciaa Riograndense. Provínci Em torno de 1800 é o Brasil Colônia, assim como era até 1776, América do Norte. 34
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Aqui como lá o poder despóticos cerceia a liberdade e cobra tributos sem prévio aviso, injusta e imoderadamente. Tudo para sustentar guerras expansionistas e a perdulária corte. O fim da escravatura, um governo republicano e federalista era reclamado por homens insignes como Manuel Carvalho Paes de Andrade, que advogava a convocação de uma constituinte, para que tivéssemos refletidas “as luzes do séculos” advindas das revoluções americana e francesa. Já em 1828, havia, no Rio Grande do Sul, eleitorado republicano. E as idéias democráticas que, depois dos acontecimentos no 7 de abril de 1831, se haviam expandido por todo o Brasil, não podiam deixar de receber um semelhante impulso na província gaúcha. O Continentino, jornal que, sob a direção de João Manoel de Lima e Silva, que circulou a partir de 1831, foi uma das tribunas em que os insignes Farroupilha pregavam em favor do sistema republicano. Lado a lado com esse pensamento, caminhou o ideal federativo, que surgiu no Brasil, logo depois do 7 de setembro de 1822. O ato prepotente de Dom Pedro I, dissolvendo a Câmara, em 8 de novembro de 1823, fortaleceu aquele desejo e fez prosélitos entre os grandes valores mentais e as altas influências políticas polí ticas do país. Nas plagas sulin sulinas as o sistem sistemaa fede federativo rativo princi principiou piou a ser pregado publicam publicamente ente em 1832, pelas colunas do Recompilador Liberal, dos irmãos Calvet, de Zambiccari e de Manuel Ruedas. Em um dos números desse jornal, do referido ano, se lê: “se as leis existentes não são consentâneas, como podemos dizer que temos leis; que estamos anárquicos. Faça-se, pois a lei do estado: faça-se a Federação Republicana, e eis o remédio dos males da Pátria”. revolução madura, resultado da conjuração princípios Maçônicos e Universais, comdea forçaAdo homem, está impulsionada pelo Grande Arquiteto dodos Universo. Raia então o dia 20 de setembro 1835 com ele nasce a Pátria Farroupilha, que logo será transformada em República. Na ata da proclamação da Repúbli República ca pode se ver sua inspi inspiração ração quand quandoo se refere ao Supremo Ser do Universo.
“Aos 12 do mês de setembro do ano de 1836, no acampamento volante da costa do Rio Jaguarão, achando-se a brigada em grande parada, para da, estando presentes o coronel comandante da mesma, Antônio de Souza Neto, oficiais, e oficiais inferiores que subscrevem, por unanimidade vontade destes e da tropa dita, foi declarado que: A Província do Rio Grande de ora em diante se constitui livre e independente, com o título de República Riograndense, não só por ter todas as faculdades para se apresentar entre as demais Nações Livres do Universo, se não por também obrigada pela prepotência do Rio de Janeiro, que por tantas vezes tem destruído seus filhos, ora deprimindo sua honra, ora derramando seu sangue e
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finalmente desfalcando-a de suas rendas públicas. Por todos os motivos que se declararão em a próxima reunião da Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, protestam ante o Ser Supremo do Universo não embainhar suas espadas, e derramar todo o seu sangue, antes que retroceder de seus princípios políticos e humanitários proclamados em a presente declaração. E que Deus nos ajude!” Lido o documento e achando conforme, firmaram-no os patriotas em número de 52, todos oficiais do Estado-maior e menor da Brigada. Tiradas, após, as cópias necessárias se fez imediatamente lançar por toda a província província a boa nova. Quase dez anos depois, em 1845, estão cessados os combates e feito o armistício pelas mãos do Maçom Duque de Caxias. Não havia mais razão para prosseg prosseguir, uir, uma vez que atingid atingidos os os obje objetivo tivo da Revo Revolução, lução, conform conformee as palavras do líder Bento Gonçalves da Silva, ditas à Mariano Pereira Ribeiro, após 6 anos de luta: “A nossa questão é de princípios, e não de interesses individuais”. Significativas também as palavras de Duque de Caxias, apesar de habitualmente modesto: “Não foi a política por mim seguida nesta Província, nem os meus esforços, a causa deve ser atribuída a pronta pacificação do espírito do povo: elas tem verdadeira origem nos briosos e patrióticos sentimentos Riograndenses. E só a eles cabe tão subida glória. Eu nada mais fiz que cumprir à risca as instruções que, pelo Governo Imperial, me foram dadas na Corte, quando tive a fortuna de ser encarregado de tão árdua comissão”.
(Duque de Caxias) E arrematou o nosso Irmão o Duque de Caxias, patrono do exército brasileiro, em 1º de março de 1845: “Riograndenses! É sem dúvida para mim de inexplicável prazer o ter de anunciar-vos que a guerra civil, que por pouco mais de nove anos devastou esta bela província, está terminada”. “Os irmãos, contra quem combatíamos, estão hoje congratulados conosco, e já obedecem ao legítimo governo governo do Império Br Brasileiro”. asileiro”. “Sua Majestade o Imperador ordenou, por decreto de 18 de dezembro de 1844, o esquecimento do passado e mui positi positivame vamente nte recom recomend enda, a, no mes mesmo mo decre decreto, to, que tais brasilei brasileiros ros não sejam judicialm judi cialmente ente,, nem por outra qualque qualquerr mane maneira, ira, perseg perseguido uidoss ou inq inquietad uietados, os, pelos atos que ten tenham ham sido praticados durante o tempo da da revo r evolução. lução. Esta magnânim magnânimaa deliberação deliberação do Monarca Bra Brasile sileiro iro há de ser religiosamente cumprida, eu o prometo, sob minha palavra de honra”.
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“Uma só vontade nos una, Riograndenses, maldição eterna a quem ousar recordar-se das nossas dissenções passadas. União e tranqüilidade seja de hoje em diante nossa divisa”. “Viva o Imperador Constitucional e defensor perpétuo do Brasil”. Os Riograndenses, Brasileiros e a Humanidade cumpriram mais um desígnio do criador Os Maçons Farroupilhas e Brasileiros mostraram com o cumprimento dos seus princípios que todos são irmãos, independentes de raça, nacionalidade e crença, dando o grandiloqüente exemplo de fraternidade e da fidelidade e devotamento à Pátria. Guilherme Schultz Filho, em seu poema “Gesta de um Clarim”, exalta os bravos Farroupilhas: - Bento Gonçalves da Silva, Austero, nobre e correto; - Antônio de Souza Neto, O Campeador Medieval; - Afonso Corte Real, O Cavaleiro Bizarro; - David Martins Canabarro, Taciturno e silencioso; - Teixeira Nunes, Garboso, Comandante dos lanceiros O primeiro entre os primeiros na missão mais arriscada; - João Antônio, A honrada espada De peregrina conduta, disciplinado na luta, misto de herói e de santo; Neste magi magistral stral poem poema, a, Schultz não esque esqueceu ceu de evo evocar car a mem memória ória de irmão que, vin vindos dos da longínqua Itália, aqui estiveram, irmanados com os Farrapos, lutando pela mesma causa da liberdade: “Românticos Carbonários, discípulos de Mazzini, Castilini,moral Garibaldi, LuizdeRosseti.” A epopéia FarroupilhaZambecari, é um patrimônio e cívico, valor inestimável, que nos foi negado peloss nosso pelo nossoss antepassado antepassados. s. Essa epopé epopéia ia fulgurará para sem sempre pre nas págin páginas as de nossa histó história, ria, com comoo bem disse o Maçom Rui Cardoso Nunes, em seu poem poemaa “Pago Imortal”: “A epopé epopéia ia Farroupilha, Glorioso feito de heróis, em nossa história rebrilha, com resplendor de mil sóis!” Os homens livres de mundo inteiro continuarão a se espelhar nos vultos farroupilhas e em todos que fizeram a evolução da humanidade. Vale dizer, nos combates do tiranismo, da injustiça, da mediocridade e todo e qualquer embaraço ao pleno vive. E, ainda, que todos possam ver os homens e a humanidade crescer com igualdade de condições.
“Os marcantes exemplos do passado continuarão a permitir o combate à vaidade e ao egocentrismo e a viabilizar a prática da bondade, da sabedoria e da tolerância” Em resumo os homens justos e perfeitos serão eternos defensores defensores dos ideais de: Liberdade, Igualdade, Fraternidade Fraternidade Ivar Ruis Nunes Piazeta∴ (Mestre Instalado da Loja Província de São Pedro)
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GEN. BENTO GONÇALVES DA SILVA Falar sobre o general Bento Gonçalves é quase impossível sem narrar episódios da história do Rio Grande do Sul, na qual esteve notavelmente envolvido à partir da idade de 29 anos, especialmente como militar por excelência, patriota incomparável e destemido. Homem simpático sim pático e de est estatura atura elevada, bateu-se gloriosamente contra ooss “castelhan “castelhanos”. os”.
Líder maior maior do Continente de São Pedro, Bento Go Gonçal nçalves ves da Silva Silva nasceu nasceu em Bom Jesus do Triunfo, RS, em 23 de setembro 1788, filho de portugueses, alistou-se como voluntário na campanha de 1817, transferindo-se então para a Província Cisplatina ( atual Uruguai ) e conheceu de perto as lutas dos gaúchos para defender a fronteira do extremo sul do Brasil contra as investidas dos “castelhanos”. Na guerra de 1825 a 1828, contra as Províncias do Rio da Prata, alcançou o posto de Coronel de Guerrilhas, tendo se sobressaído nas batalhas de Sarandí ( 1825 ) e Ituzaigó ( 1928 ). Em 1834 Bento Gonçalves teve que defender-se no Rio de Janeiro contra acusações do reacionário Comandante das Armas, o Marechal Sebastião Barreto Pinto, de manter entendimentos secretos com Luís de Lavalleja, para unir o Rio Grande do Sul à República Oriental do Uruguai, formando uma nova nação. À esse tempo, já era notório o descontentamento dos Riograndenses com o descaso da Corte em relação à administração, à economia e à defesa da Província em suas fronteiras, uma vez que o último baluarte das tropas imperiais estava instalado em Rio Pardo, ficando a maior parte do território gaúcho à mercê de caudil caudilhos hos e das constantes ttentativas entativas de invasão. invasão. Deste modo, nossas fronteiras eram defendidas por insignes Riograndenses, com Onofre Pires, fazendeiro e comandante da fronteira do Alegrete e Bento Gonçalves, comandante da fronteira de Jaguarão. 39
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A Maçonaria há muito tempo já havia se posicionado quanto a tais aberrações políticas, tanto que em 1831, com a participação de Bento Gonçalves, fundara-se em Porto Alegre, no Beco do Rosário, sob o nome disfarçado de Gabinete de Leituras, a Loj∴ Maç∴ Philantropia e Liberdade que trazia em estado embrionário a revolta destinada a mudar o rumo da história. Até que, a 18 de setembro de l835, Bento Gonçalves da Silva, José Gomes de Vasconcellos Jardim, Fontoura, Almeida, reunidos Antônio em de Souza Neto, José Mariano Marian o deVicente Mattos,da Paulino Pauli no da Domingos Fontoura e José PedrodeBoticário, Loja , decidiram deflagrar o movimento que inicialmente tinha como meta exigir a substituição do Presidente da Provínci Província. a. Porto Alegre seria tomada pelas tropas de Vasconcellos Jardim e Onofre Pires na madrugada de 20 de setembro de 1835. Escreve Bento Gonçalves ao Regente Feijó, logo após haver deposto o Presidente da Província Fernandes Braga : “O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. Merece, pois, mais consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigi Exigimos mos que o Governo Imperial nos dê um governo de nossa confiança, confiança, que olhe para nossos interesses, pelo nosso progresso, pela nossa dignidade...”
Em 1836, Bento Gonçalves com suas forças ao tentar atravessar o rio Jacuí são cercados pelas tropas de Bento Manuel Ri Ribei beiro ro e Andrade Neves. Após vi violentos olentos combates co mbates em 2, 3 e 4 de outubro, Bento Manuel impõe a Bento Gonçalves uma rendição honrosa. Preso, é enviado juntamente juntam ente com Onofre Pires e Tito Lívio Lívio Zambecari, Zambecari, à fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. Após tentativa de fuga através de um buraco aberto na parede, por onde não conseguira passar o gordo Conde Zambecari Zambecari,, Bento Gonçalves Gonçalves foi então ttransferi ransferido do para uma fortaleza na 40
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Bahia, onde escapou da morte por envenenamento, quando, desconfiado deu a comida que recebera ao cão, que foi seu companheiro de infortúnio, ao qual deu o nome de Gengis Kan, o cachorro após alim alimentar-se entar-se morreu em seguida, envenenado. envenenado. Bento deu este nome ao cão por ser um estudioso da história e admirador deste grande guerreiro, cavaleiro e estrategista militar, com o qual com certeza se inspirava em suas batalhas batalhas. Na. manh manhãã de 10 de setembro de 1837, ao banhar-se no mar, fugiu fugiu a nado, sendo ajudados por “pescadores” que o levaram para a ilha de Itaparica. Após alguns dias embarca num navio Inglês que, posteriormente aportou em Santa Catarina. Daí, segue por terra até Viamão. Na viagem que Bento Gonçalves Gonçalves fi fizera zera a caval cavaloo pelo li litoral, toral, entre Santa Catarina e Viamão, ocorreu um fato pitoresco : Desejando trocar seu cavalo cansado, chegou a uma estância e sem dar-se a conhecer, pediu um cavalo. A velhinha que o recebeu disse : “Fui rica, hoje sou pobre. Dei tudo o que pude à revolução. As forças legais levaramme o resto. resto. Na Na estância só tenho um cavalo para p ara todo o serviço. Esse eu não dou. Só daria ao General Bento Gonçalves se ele chegasse aqui. Guardo-o para ele quando voltar ao Rio Grande ! senhora - respondeu o chefe farrapo - Bento - Minha senhora - Bento Gonçalves sou eu ! O movimento cresce em meio a feitos de extrema bravura. Antônio de Souza Neto proclamara a Repúbl República ica Riograndense em 1836, no Campo dos Menezes, hoje Municípi Municípioo de Candiota. Canabarro e Garibaldi, integrados ao movimento invadem em Santa Catarina em 1839, onde ocorrem violentos combates com vitória dos farrapos, por terra e por mar. É proclamada, então, por Davi Canabarro, a Repúbli República ca Catarinense, Catarinense, também denominada denominada República Juliana, livre e independente, formando um estado Republicano e Constitucional, confederada à Repúbli República ca Riograndense. Os farrapos perderam batalhas decisivas decisivas contra os “imperiai “imperiais”, s”, comandados pelo pelo Barão de Caxias. Em fins de 1844, Canabarro é derrotado por um ataque de surpresa, em plena madrugada, de Chi Chico co Pedro, o “Moringue”. Luta-se mais mais três meses ai ainda, nda, até a assinatura assinatura da paz em 25 de feverei fevereiro ro de 1845. Bento Gonçalves Gonçalves ret retira-se ira-se então para as atividades atividades do campo sem interessar-se mais por política. Faleceu dois anos depois acometido de pleurisia.
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O Chimarrão Preparando um Amargo... O chimarrão é uma tradição gaúcha que acompanha a peonada do campo e da cidade diariamente, o clima quase sempre frio favorece a prática desse outro costume que além de gostoso revigorante fraternodopoisa cuia passa mão em mão, dando seqüência às trovas e éconversas. E eé também ótimo parceiro churrasco, poisde é diurético e digestivo. Tomas mais um? 1. Comece colocando água para esquentar 2. Coloque a erva em 3/4 da cuia 3. Tape com a mão, e deite a erva até ficar quase vertical, sacuda. 4. Despeje água morna na cuia 5. Deixe inchar a erva. 6. Enterre a bomba na erva tapando a ponta com o polegar. Vá até o fundo. 7. Deixe a água chi chiar, ar, sem ferver. 8. Encha a cuia e tome até roncar, antes de passar para outra pessoa. Dicas para inician iniciantes: tes: Use erva nova . Não ttome ome mui muito to depressa
CHIMARRÃO “Amargo doce que sorvo, Um beijo em lábios de prata, Tens o perfume da mata, Molhada pelo pelo sereno, E a cuia, seio moreno, Que passa de mão em mão, Traduz a hospitalidade, hospitalidade, Da gente do meu rincão”.
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GIUSEPPE GARIBALDI - MAÇOM CARBONÁRIO
O grande guerreiro Giuseppe Garibaldi foi um dos grandes destaques da Epopéia Farroupilha, italiano de nascimento, veio para o Rio Grande movido pela sua paixão pela luta em defesa dos ideais de liberdade e justiça. Era um grande guerreiro, não foi um grande cavaleiro, seu forte não era lidar com cavalos, mas era um grande marinheiro e construtor naval. No seu estalei estaleiro ro im improvisado provisado em Camaquã, hoje muni municípi cípioo de Cristal, Cristal, logo ali próximo próximo as barrancas do Rio Camaquã ele construiu os dois barcos que formaram a marinha marinha Riograndense, eram o Seival e o Farroupilha, os quais causaram terror à poderosa marinha imperial. O que tornava ainda mais terrível aos inimigos a ação de Garibaldi, era a sua mobilidade, pois os lanchões podiam movi movimentar-se mentar-se por ter terra, ra, puxado por po r juntas bois. Várias batalhas se sucederam na lagoa dos Patos, Rio Pardo, Rio Camaquã e inclusive participaram da tomada de Laguna, onde co conheceu nheceu o seu grande amor Anita. A valentia, aliada à sua grande capacidade de lidar com barcos, fez deste homem um Titã Farroupilha. Garibaldi no seu retorno à Itália, após ter comprido sua missão no Sul, ainda foi um grande herói na luta pela unificação da Itália. Em sua carreira ainda teve tempo de ser um destacado Maçom, chegando ao cargo de Grão Mestre Mestr e da Maçonaria Italiana.
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O texto citado abaixo, é uma carta de Garibaldi dirigida a Antônio de Souza Neto, a qual recebeu em campanha na Guerra do Paraguai, cujo conteúdo é o seguinte: “Eu vi corpos de tropas mais numerosos, batalhas mais disputadas; mas nunca vi, em nenhuma parte homens mais valentes, nem cavaleiros mais brilhantes que os da bela Cavalaria Riograndense, em cujas fileiras aprendi a desprezar o perigo e a combater dignamente pela causa sagrada das nações. Quantas vezes eu fui tentado a patentear ao mundo os feitos assombrados que vi realizar por essa viril e destemida gente, que sustentou por mais de nove anos, contra um poderoso Império, a mais encarniçada e gloriosa luta. Não tendo escrito semelhante prodígio por falta de habilitações, porem a meus companheiros de armas, por mais de uma vez tenho comemorado tanta bravura nos combates, quanta generosidade na vitória, tanta hospitalidade, quanto afago aos estrangeiros. E a emoção que minha alma, então ainda jovem, sentiu na presença e na majestade de vossas florestas, na formosura de vossas campinas, dos viris e cavalheirescos exercícios de nossa juventude corajosa, e, repassando pela memór memória ia as viciss vicissitudes itudes de minha vida entre vos em seis anos de ativíssima guerra e da pratica constante de ações magnânimas, como em delírio brado : - Onde estão agora esses buliçosos filhos do Continente, tão majestosamente terríveis nos combates? Onde estão Bento Gonçalves da Silva, Antônio de Souza Neto, Canabarro, Teixeira, Antônio Ribeiro (nosso Clarim) e tantos outros valorosos, que não me lembro? - Oh! Quantas vezes tenho desejado nestes campos italianos um só esquadrão de vossos centauros, avessados a carregar uma massa de Infantaria com o mesmo desembaraço como se fosse uma ponta de d e gado.” Giuseppe Garibaldi∴
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ANITA GARIBALDI A HEROINA DE DOIS MUNDOS Anita Garibaldi - Ana Maria de Jesus Ribeiro - nasceu em 1821 em Morrinhos, Laguna, na então província de Santa Catarina. Seus pais Bento Ribeiro da Silva e Maria Antonina de Jesus, eram pobres, porém honrados.
Do seu pai parece ter herdado a energia e a coragem pessoal, revelando desde criança um caráter independente e resoluto. Em 1835, já falecido o pai, casou aos 14 anos por insistência materna, com Manoel Duarte de Aguiar, na Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos da Laguna. O curto curt o matrimôni matrimônio, o, sem afi afinidades nidades e sem fi filh lhos, os, revelou-se um fracasso seguido de separação. Aos 18 anos conheceu a José Garibaldi que viera com as tropas farroupilhas de Davi Canabarroo e Joaquim Teix Canabarr Teixeira eira Nunes tomar Laguna em jjulho ulho de 1839, fundando a Repúbli República ca Juliana dos Cem Dias. Garibaldi chegara à Laguna com a fama de herói pelo feito épico que acabara de realizar ao transportar, por terra, as duas embarcações “Farroupilha” e “Seival” de Capivari Capiv ari a Tramandaí e posterior salvamento salvamento do naufrágio da prim primeira eira ao sul do Cabo de Santa Maria. Seu encontro com Anita resultou em amor a primeira vista, dando origem a um dos mais belos romances de amor e dedicação incondicionais. A 20 de Outubro de 1839 Anita decide seguir José Garibaldi, subindo a bordo de seu navio para uma expediçã expediçãoo de corso até Cananéia. Cananéia. Sua lua de mel tem lances lances de grande dramaticidade. Em Imbituba recebe seu batismo de fogo ao serem os corsários atacados por forças marítimas legais. Dias depois, a 15 de Novembro, Anita confirma sua coragem ímpar e amor heróico a Garibaldi e à causa na célebre batalha naval de Laguna, contra Frederico Mariath, em que se expõe a mil mortes ao atravessar uma dúzia de vezes num pequeno escaler a área de combate para transportar transpor tar munições em m meio eio de verdadeira carni carnifi ficin cinaa humana. humana. Com o fim da efêmera República Lagunence, o casal segue na retirada para o sul. Subindo a serra, Anita combate ao lado de Garibaldi em Santa Vitória, passa o Natal de 1839 em Lages. 47
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Toma parte ativa no combate das Forquilhas (Curitibanos) à meia-noite de 12 de Janeiro seguinte. Feita prisioneira de Melo Albuquerque, consegue deste comandante permissão para procurar no campo de batalha o cadáver de Garibal Garibaldi di que lhe haviam haviam dito morto. Fugindo Fugindo depois espetacularmente, embrenhando-se pela mata atravessando o Rio Canoas a nado reencontrando as primogênito tropas em retirada e seu depois. Em 16 Setembro de 1840 nasceu seu Menotti em Giuseppe, Mostardas,oito na dias região da Lagoa dosdePatos, no Rio Grande do Sul. Doze dias depois do parto, é obrigada a fugir dramaticamente a cavalo, seminua e com o recém-nascido ao colo, de um ataque noturno de Pedro de Abreu durante a ausência de Garibaldi. Reencontrados depois, Anita e o filho seguiram, também, na posterior grande retirada pelo mortífero vale do Rio das Antas, da qual nos conta o próprio Garibaldi, foi a mais medonha que jamais acompanhou, e que a desesperada coragem de Anita conseguiu meios de salvar o filho à última hora. Em 1841, dispensado por Bento Gonçalves, Garibaldi segue com a pequena família para Montevidéu, onde engajou-se nas lutas uruguaias contra o tirano Rosas. A 26 de Março de 1842, Garibal Garibaldi di casa com Anita Anita na Igreja de São Franci Francisco sco de Assis. Assis. Nos anos seguintes Anita tem mais três filhos: Rosita, Terezita e Riccioti. Rosita não consegue vencer um ataque de difteria, falecendo falecendo aos trinta meses, deixando seus pais desesperados. Em fins de 1847 segue Anita com seus três filhos para a Itália, para Gênova e Nice sendo seguida pelo marido poucos meses depois. Na Itália Anita Garibaldi deu múltiplas demonstrações de aprimoramento intelectual, aparecendo como esposa condigna do herói italiano cuja estrela começa a brilhar internacionalmente. Infelizmente a vida de Anita foi demasiado demasi ado curta. curt a. Em meados de 1849 vai a Roma sitiada pelos franceses ao encontro do marido, e com ele e sua Legião italiana faz a celebre retirada, dando repetidas mostras de grande dignidade e de coragem em lances de bravura frente aos inimigos austríacos. Grávida pela quinta vez e muito doente, não aceita os conselhos para permanecer em San Martino para restabelecer-se. Não quer abandonar o marido quando quase todos o abandonaram. Acompanhado de poucos fiéis, ziguezagueando pelos pântanos ao norte de Ravenna, fugindo ajudasse.dos Austríacos, que prometiam pena de morte a eles, Garibaldinos e a quem lhes José Garibaldi vê definhar rapidamente a mulher que mais amou na vida e de sua coragem disse desejaria muitas vezes fosse a dele. Pelas 19 horas do dia 4 de agosto de 1849 Anita Garibaldi falece nos braços do esposo em pranto, longe dos filh filhos, os, num quartinho do segundo pavimento pavimento da casa dos irmãos Ravaglia Ravaglia em Mandriole, Mandriol e, pró próxim ximoo a Santo Al Alberto. berto.
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A INFLUÊNCIA DA MAÇÔNARIA NA REVOLUÇÃO FA FARROUPILHA RROUPILHA
Por volta de 1830 já hav havia ia llojas ojas maçôni maçônicas cas espalhadas espalhadas pel peloo território da Província Província do Rio Grande do Sul , assim como na Argentin Argentinaa e no Uruguai. Maçons dos três países via viajavam javam constantemente e fi fili liavam-se avam-se nas loj lojas as visitadas, visitadas, comungando das mesmas idéias idéias e dos mesmos interesses . Segundo o his historiador toriador Al Alcib cibíades íades Lappas , sócio correspo correspondente ndente da Academia Academia Maçônica de Letras , ao irromper a Revolução de Maio de 1810 , exis existia tia em Buenos Ai Aires res uma Loja Maçônica, tendo como Venerável o Dr. Julián B. Al Alvarez, varez, entre cujos membros foram selecionados aqueles qque ue secu secundariam ndariam a Alvear, San Mart Martin in e Zapíola, e demais maçons que chegaram na fragata Jorge Canning, para a fundação da Loja Lautaro, de Buenos Ai Aires, res, em 1812. Seus in integrantes tegrantes formaram posteriormente as lautarinas lautarin as das cidades de Santa Fé, Córdoba e Mendoza, na Argentina, Argentina, de Santiago do Chile e de Lima, no Peru. Peru . O General Belgrano fundou a Loja Argentina, na cidade de Tucumán, depois denomi denominada nada Unidade Argentina. Est Estaa loja trabalhou regularmente, com co m carta constitutiva ooutorgada utorgada pela Maçonaria de Nova Granada (Colômbia). (Colômbia). Em 1821, um grupo de constitucional constitucionalistas istas espanhóis chegou a Buenos Aires, fundando a Loja Aurora , debaixoo dos auspíci debaix auspícios os da Maçonaria Espanhola. Com a morte do General Rafael de Riego y Nuñez , vários de seus partidários chegaram a Buenos Aires, formando outra out ra Loja, com o título dis distinti tintivo vo de Lib Liberdade, erdade, sob os auspíci auspícios os do Grande Oriente Oriente Norte Espanhol . 49
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Dessa época, data a Loja Fêni Fênixx fundada sob os auspíci auspícios os da Grande Loja de Maryland, assim como a Valeper , fundada por Lafinur. Em 1825, um grupo de súditos norte-americanos organizou a Estrela Sulina Sulina (Southern (Sout hern Star), com carta constitutiva da Grande Loja Loja da Pensil Pensilvâni vânia. a. A essa Loja pertenceu Bernardin Bernardinoo Riv Rivadavi adavia. a. Em 1829, por força da perseguição do tirano argentino Rosas,formaram seus integrantes emi de constitutiva Buenos Airestambém para Montevidéu, onde a Loja foram A Asil siloo obrigados da Virtude,a emigrar comgrar carta da Grande Loja de Pensilvânia. Pensilvânia. Como se vê, estas eram lojas maçônicas regulares regular es . Durante a tirani t iraniaa rosista, sur surgiram giram num numerosas erosas lojas conhecidas com a denomi denominação nação genérica de Uni Unitárias, tárias, fazendo oposição o posição ao regim regimee sanguinári sanguinárioo de Rosas. Al Algumas gumas delas chegaram até os nossos dias, co como, mo, por exem exemplo, plo, a São João da Fronteira, Fro nteira, da cidade de São João; a Constante União, da cidade de Corrientes; e a Jorge Jo rge Washington, Washington, da cidade de Conceição do Uruguai . Em 1837, Garibal Garibaldi, di, durante sua estada em EntreRios, fundou uma loja em Gualeguaychu. Aqueles americanos e platinos que fundaram em 1829, em Montevidéu, a Loja Asilo Asilo da Virtude, só obteriam a sua carta constitutiva da Grande Loja de Pensilvâni Pensilvânia, a, 3 anos depois, depo is, mas fizeram obra im imorr orredou edoura, ra, pois essa loja tem te m tra trabalhado balhado virtualmente sem interrupção, até a atuali atualidade, dade, contando, portanto portanto,, com quase 150 anos , sendo a mais mais antiga do Estado Oriental e considerada, por esse motivo, a Loja Mãe da Maçonaria Uruguaia. Posteriormente, outras loj lojas as foram fundadas, como as Decret Decretos os da Providência, Providência, Sol Oriente e Benefi Beneficência, cência, com carta constitutiva do Grande Oriente do Brasil; Brasil; a amigos amigos da Pátria Pátr ia (Amis de la Patr Patrie), ie), com carta constitutiva do Grande Oriente de França, a que pertenceu Garibaldi; Garibaldi; e a Loja Acácia, com carta constitutiva da Grande Loja da Irlanda, reorganizada posteriormente sob os auspícios da Grande Loja da Inglaterra (a Grande Loja Mãe do Mundo ). Maçons uruguaios e argentinos visitav visitavam am as loj lojas as do Rio Grande do Sul, e viceversa. E isso servia aos objetivos objetivos polí po líticos ticos de todo todos. s. No duelo polí po lítico tico travado entre Rivera Riv era e Laval Lavallej leja, a, com Rosas por trás de tudo, as loj lojas as maçônicas maçônicas estavam sendo manipuladas mani puladas , na tentativa de carrear adesões para as facções em luta. Lavallej Lavalleja, a, nas suas viagens ao Rio Grande do Sul, filiaram-se a várias gaúchas, intençãoAna de ampliar os seus relacionamentos políticos, nos quais se lojas utilizava até decom suaa esposa, Lavalleja. A Maçonaria não estava ausente dos acontecimentos que culminaram com a ocupação da Banda Oriental pelo General Lecor, em 1817. Par Paraa tanto , veja-se o depoimento depoimento de Vicente Vicen te G. Quesada, em Apontamentos para o Direito Direito Internacional: Internacional: “A invasão fora promovida pelo partido monarquis monarquista ta do Rio da Prata, pelos emigrados emigrados orientais no Rio de Janeiro, pela Loja criada sob a direção de Pueyrredon e pelos que temiam mais as crueldades de Artigas do que o domínio domínio português”. port uguês”. Monarquistas, segundo Souza Docca ,foram: Bolivar, Bolivar, San Martin , Alvea Alvearr ,Belgrano , Rivadavia Riv adavia , Pueyrredon, todo todoss maçons, os três últimos últimos diretamente diretamente envolvidos envolvidos nas negociações diplomáticas diplomáticas para a ocupação . Em 1830, a maçonaria uruguaia procurou organizar-se em torno do irmão Lavalleja, contra Rivera. 50
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Segundo Fernando Osório, a prim primeira eira vez que no Rio Grande do Sul se agiu com armas na mão , em favor de idéias políticas, foi em 26 de abril de 1821, em Por Porto to Alegre, Alegre, quando a tropa e o povo, em altos brados, exigiram exigiram o juram juramento ento iimedi mediato ato da Constituição Lusitana, no no mei meioo da praça. Houve quem afi afirmasse, rmasse, estribado nos nos arquivos do Sul, que o principal princi pal moto motorr dessa prova do espíri espírito to constitucional Sul-rio-grandense foi o Padre José Rodrigues Malh Malheiros eirosdoFrancoso Souto Maior, que, por iisso sso ffoi oi preso e seguiu para o Rio de Janei Janeiro, ro, à disposição Go Governo verno Real. Foi na Chácara da Floresta, do Padre José Custódio Dias, que se reuniram, reuniram, em março de 1831, os líderes nacional nacionalistas, istas, al alii redi redigindo gindo uma representação a D. Pedro I, onde se referiam á Federação, consi considerando-a derando-a “uma questão política política , cuj cujaa decisão penderia do juízo juízo e deliberação deliberação do poder legi legislati slativo vo “ .Dias depois , a 7 de abril , dava-se dava-se a abdicação abdicação do Imperador do Brasil . Inúmeros sacerdotes fi figuraram guraram nas sociedades secretas que então se formaram, formaram, mesclando alvos filantrópicos com políticos e onde , no dizer insuspeito de D. Duarte Leopoldo, arcebispo de S. Paulo, “a independência se enroupou para as galas da liberdade, e era coisa mui muito to diversa dos esforço esforçoss estrênuos das lojas francesas, ital italian ianas as e mesmo alemãs, alemãs, assim como as dos “carbonari”, nas quais se mesclavam os ideais de liberdade com profissionais profissi onais conspi conspiratas ratas e pro propaganda paganda anti-reli anti-religiosa’’. giosa’’. Lado a lado com os padres que abraçaram a causa da Maçonaria sobressaiu-se o considerável contingente de mi mili litares tares , sobretudo da ala jovem, jovem, que se incorporou ao esforço libertador, libertador, favorecidos, em sua causa , pelas contínuas transferênci transferências as de que q ue eram alvos. Entre estes vamos encontrar José Mariano, o Tenente Alpoim, Sebastião Mena , Ulhoa Cintra, Cin tra, João Machado da Silveira Silveira , Serafim de Al Alencastro, encastro, Silvano Silvano José Monteiro de Araújo, Lourenço Júnior, João Manoel de Lim Limaa e Silv Silvaa ( ti tioo de Caxias Caxias ) e tantos outros outro s que constituíram a nata dos intelectuais do movimento , paralelamente com alguns civis de nomeada . Consta que por volta de 1820 foi pela maçonaria fluminense , incumbido de organizar lojas maçônicas maçôni cas no Rio Grande do Sul , o irmão Francisco Francisco Xavier Ferreira , que havia havia de tanto se destacar na gênese e explosão da Guerra dos Farrapos , sobretudo através da iimprensa mprensa maçônica revolucionária . Em 1831 ,dedepois da revolução do 7 de abrilcomo , a maçonaria já estava em condições organizar-se. Masmaçônica fê-lo discretamente, convinh convinhaagaúcha aos propósitos do momento momen to his histórico. tórico. Para isto , podia contar também com aqueles maçons egressos da sociedade secreta de Lisboa, intitulada “ Gruta”, composta exclusivamente de brasileiros, com a finalidade de, ao regressarem ao Brasil, promoverem a proclamação da República. Entre estes, sobressaíram-se: Cândido Cândi do Batista de Ol Oliv iveira, eira, José de A Araújo raújo Ribei Ribeiro, ro, Antônio Antônio Vi Vieira eira Braga, Antônio Antônio Rodrigues Fernandes Braga e outras personalidades que, depois do ato de 7 de abril, tanto influíram sobre os destinos nacionais e provinciais . Em 31 de julho julho de 1831 constituiu-se em Porto Alegre , em uma uma das principais principais ruas da cidade, um pouco acima da Igreja do Rosário, uma sociedade secreta que seria , por excelência , o núcleo núcleo formador da Revolução de 1835. Com Começou eçou ffuncionan uncionando do sob a denomin denominação ação de GABINETE DE LEITURA. Em seguida , abriu uma escola. Depois editou um jornal. Denominou-se Denomi nou-se “SOCIEDADE LITERÁRIA CONTINENTINO”. Em breve, formou uma Loja 51
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Maçônica sob o título distintivo distintivo de “PHILANTROPIA E LIBERDADE”, cujos membros, membros, na noite de Natal de 1831, elegeram Bento Gonçalves Gonçalves da Silva Silva,, como Venerável Mestre. Já se vê que, mesmo mesmo naquel naquelee tempo, as di distâncias stâncias eram curtas, e Jaguarão ( onde servia Bento Gonçalves ), bem como todo to do o Rio Grande do Sul, Maçônicamente estava estreitamente estreitamente ligado à capital da Província . Quando a Loja Philantropia Philantropia dentre todos t odos ente ooss gaúchos proemi pr oeminentes, nome de Bento Gonçalves parae Liberdade seu chefe escolheu, iimedi mediato, ato, aut automaticam omaticamente designou designou quemnentes, seria oo líder líder supremo do movimen movimento to políti político co do Rio Grande do Sul, daí em diante. Antecipou-se, Anteci pou-se, assim assim,, de 4 anos, aos acontecim acontecimentos entos da Revolução de 1835. O jornal criado pela Sociedade chamava-se “Continentino”. Foi fundado pelo maçom João Manoel de Lima e Silva e circulou de 1831 a 1835. Seguiram-se outro outross periódi periódicos, cos, criados pelos pelos maçons , como “Com “Compil pilador” ador” em Porto Alegre, “Recompilador “Recompi lador Lib Liberal”, eral”, “Idade do Pau”, “Eco Porto Portoalegrense alegrense ”, “O Republicano” Republicano” e, ás vésperas da Revolução, “O Continenti Continentista”. sta”. Portugueses e adversários do movimento liberal acabaram por denominar pejorativamente o agrupamento maçônico de “Sociedade “Sociedade dos Marib Maribondos”, ondos”, tal deveri deveriaa ser o enxame enxame e a agressividade dos que se acolhiam sob os seus umbrais . Para manter-se, a Sociedade tinha sóci sócios os contribuintes contribuintes de vários vários matizes matizes políticos políticos ou mesmo sem nenhuma cor partidária, já que os objetivos secretos só eram definidos na loja maçônica “Philantropia e Liberdade”. Não é de admirar, portanto, que até absolutistas de monta a ela pertencessem e colaborassem financeiramente, na ignorância de suas verdadeiras finalidades, como atesta um de seus membros mais conspícuos que foi Antônio Álvaro Pereira Coruja, emérito gramático, latinista e historiador, que deixaria para a posteridade o livro “Antigualhas”, repositório de informações sobre os vultos e os atos da terra gaúcha. Mas, não resta a menor dúvida de que a tradição legalista é unânime em garantir que a sociedade maribondina foi o centro dos trabalhos subversivos, (como testemunha Alfredo Varela ), com João Manoel, José Mariano, Pedro Boticário , Bento Gonçalves , e outros. O próprio plano de operações dos farroupilh farroupilhas as teria sido sido da lavra de José Mariano Mariano de Matos e de João Manoel. A verdade é que os retrógrados desconfiavam de todos esses grêmios, propalando serem eles perfeitosdas conventículos acusando sobretudo ambas a Sociedade Continentino e as Lojas Maçônicas cidades do sediosos, Rio Grande e de Jaguarão, possivelmente fundadas por Bento Gonçalv Go nçalves. es. Não há como negar que os maçons interpretaram, naquele instante instante histórico, histórico, o próprio sentido revolucionário, como asseverou Dante de Laytano . Todos os centros de população da Provínci Pro vínciaa tinham as suas Lojas, as suas Of Oficinas icinas e seus Triângulos, conforme a iimport mportância ância local: Porto Alegre, Rio Pardo, Rio Grande, Jaguarão, Bagé, Piratini, Caçapava, São Borja, Cruz Alta e outros lugares menos populosos. Em 10 de jan janeiro eiro de 1832, em seu número 163 , o jjornal ornal “ A Sentinela Sentinela da Lib Liberdade erdade ” do maçom maj major or Lourenço Júnior, publi publicou cou o seguinte seguinte tópico, que teve o efeito efeito de uma bomba: “Há alguns dias anda muito muito espalh espalhada ada a notícia de que uma facção desorganizadora, composta de pessoas as mais desprezíveis por seus vícios e imoralidades, entretém correspondênci correspo ndênciaa oculta e cr crim iminosa inosa com Frutuoso Rivera, a fi fim m de proclamar proclamar a independência independência 52
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desta Província, desmembrando-a do Império, para erigi-la em Estado Republicano, unido ao da Banda Oriental; cuja notícia havia enchido de espanto homens pacíficos e virtuosos”. Lourenço Júnior, maçom e liberal monarquista, acolhia assim os boatos que circulavam no Rio Grande do Sul e no Prata, de um conluio com Rivera, para a separação da Província, a que não estariam alheios alguns membros proeminentes da Sociedade Continentino, entre os quais Paulino Fontouraoriental. e o marechal de campo Sebastião Barreto, Cmt. Das Armas e conhecido amigo dodacaudilho Em abril desse mesmo mesmo ano o padre Caldas (maçom revolucionário, que havi haviaa transpl tr ansplantado antado a idéia da Confederação do Equador para as plagas gaúchas) achou oportuno deslocar-se de Serro Largo, retomando os seus contatos com os políticos gaúchos. Vai á cidade do Rio Grande , onde obtém sucesso em seus entendimentos, e depois transporta-se para Porto Alegre. Imediatamente entra em ligação com Sebastião Barreto, colocando-o a par do falado movimento reincorporador oriental , prestes a irromper além fronteiras, segundo o padre Barreto, deixa-se iludir pelos sonhos do sacerdote e solicita uma sessão da Sociedade Continentino. A esta comparecem: o médico mineiro Dr. Marciano (nacionalista convicto); o carioca major José Mariano de Matos, Cmt. Do 1º Corpo de Artilharia (depois Regimento Mallet), republicano ferrenho; o porto-alegrense Gabriel Martins Bastos, tesoureiro da Alfândega; e muitos outros liberais do grupo republicano . Segundo H.O.O .Wiederspahn, Sebastião Barreto, nessa reunião não só procurou provar haver mudado de intenções e idéias pró-Rivera, como também declarou-se abertamente partidário de Lavallej Lavallejaa e de sua empresa incorporativista, solicitando, inclusive, o auxílio de “O Recompilador Liberal”, dos irmãos Calvet, de Zambecari e de Ruedas, para amparar a intenção do vencedor de Sarandí (Lavalleja ). Esta reunião deve ter sido aquela a que o padre Caldas compareceu , na afirmação do major F.C. Lobo Barreto, em seu li livro vro “Memórias”. Enquanto isto, em Bagé o tenente Felisberto Fagundes de Souza, do 2º Corpo de Cavalaria, desdobrava-se em tenaz propaganda, procurando angariar adeptos á causa do padre Caldas, “na gloriosa tarefa de libertar os Riograndenses”. A esta altura , florescia mais do que nunca a Sociedade Continentino, antecâmara da loja maçônica maçôni ca Philantropia e Liberdade. Criada com a fi finali nalidade dade de “fomentar “fomentar o progresso, tanto na instrução do povo, como em um mundo de negócios que se esperava recebessem grandes impulsos com a entrada na vida constitucional”, o grêmio, no testemunho dos contemporâneos, sobressaiu-se, não há como negar: “ criando iinstitui nstituições ções e dando combate eficaz ao vergonhoso tráfego de escravos”. Em 5 de maio, ainda de 1832, a Loja Philantropia e Liberdade foi reconhecida pelo Grande Oriente do Lavradio ,ao qual fi ficou cou fi fili liada ada como loj lojaa regular. Depois disto, o movimen movimento to maçônico tomou conta da Província inteira, sendo rara a localidade que não contasse pelo menos com um triângulo maçônico. Em Pelotas, a Maçonaria congregou dois vultos exponenciais: o mineiro Domingos José de Almeida e o gaúcho Davi Canabarro, os padres Antônio Augusto de Assunção e Souza e Ruperto Luzzano, além do cônego Francisco Teodósio de Alm Almeida eida Lem Leme, e, segundo Fernando Osório. Na cidade de Rio Grande não foi fácil fácil ao maçom Franci Francisco sco Xavier Xavier Ferreira manter uma Loja Maçônica em sua residência . Hábil jornalista e político sagaz, Ferreira era redator e proprietário Noticiador”, além ter fei feito to parte da junta governativ go vernativa a da ra Província, Provínci a, de 1822 a 1824;dede“O 1826 a 1829 ttinh inha a sidodedeputado deputad o da Assem Assembléi bléiaa Geral, na primeira primei legislatura. legislatura. 53
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Em virtude virtude de suas funções, m manteve anteve por longos anos contato pessoal e epi epistolar stolar com o irmão irm ão José Clem Clemente ente Pereira, Pereira, desde que este era o presidente do Senado da Câmara, na Corte. Cort e. No Rio de Janeiro, era a ocasião em que a Maço Maçonaria naria preparava a aclamação aclamação do Imperador para 12 de outubro. . Houve, então então,, o im impasse passe criado por aqueles que não queriam quer iam que o Príncipe Regente prestasse o eram juramento prévio Constituição que fosse elaborada Constituinte. Aqueles, é claro, o próprio D. da Pedro e José Bonifácio. Antes, porém, pela que esse impasse se estendesse ás demais províncias brasileiras, Clemente Pereira foi incumbido de remeter uma circular a todas as Câmaras Municipais não apenas para comunicar o fato, mas com a finalidade de ajustar-se todas essas câmaras para a proclamação simultânea, no dia e hora aprazados, em todo o Brasil, pelo menos naquelas províncias que aderissem á Independência. Nessa circul circular ar ainda constava a cláusula cláusula do juram juramento ento prévio e as razões r azões da convocação da Assembléia Geral Legislativa e Constituinte . Foi essa circular, com carta em 17 de setembro ,que Francisco Xavier Ferreira trouxe para o Rio Grande do Sul, como emissário nomeado pela Maçonaria Fluminense. Ainda em dezembro de 1832 foi quando o maçom Lavalleja foi a Porto Alegre, com carta de apresentação apr esentação a Bento Gonçalves Gonçalves,, dirigida dirigida ao irmão irmão Marciano Pereira Per eira Ribeiro. Ribeiro. Tentava ele a formação do célebre Quadrilátero. Entrementes, a Loja Philantropia e Liberdade continuava no seu afã de organizar e dinamizar a Maçonaria Gaúcha. A 4 de dezembro de 1832, uma prancha assinada por Tomaz de Lima Teixeira Gomes, Freitas e Castro e Manoel de Moraes, dava a Bento Gonçalves o direito de “regularizar e fi fili liar ar em tod todos os os municípios municípios ou freguesias das fronteiras do Rio Grande, que vai percorrer... ” Idêntica competência foi dada a Sebastião Mena , que , da Loja de Rio Pardo, recebeu a incumbência da regularização da Maçonaria “nos lugares por onde o espírito dessa expressão andasse...” Em 1833 Bento Gonçalves vai vai a Porto Port o Alegre e num numaa sessão do clube secreto consegue neutralizar os desígnios barretistas, denunciando o marechal como aspirando ao mando autocrático autocrát ico do Ri Rioo Grande do Sul, em combinação combinação com idênti idêntica ca atitude de Rivera, Rivera, no Uruguai. Era o mês de feverei fevereiro, ro, Bento Gonçalves, sabedor de qu quee Rivera enviara enviara emissários emissários a Porto Por to Alegre, segundo denúncias dos jornais da capital gaúcha, viajou para lá e foi direto a Sociedade Continentino. Alfredo Varela narra o episódio: “Levado o recém- vindo ao “vale” para onde o nde confluí confluíam am amb ambas as correntes de vero ou falso tipo republican republicano, o, foi introduzido na sede mais recôndita do grêmio onde fraternizam cristãos-novos e cristãos-velhos . Bateu o martelo do rito o Venerável e teve começo o trabalho dos pedreiros-livres. Realizou-se a memoranda “sessão secreta”, em que ocorreram alterações políticas do máximo vulto e conseqüência. Durante a mesm mesma, a, entrar entraram am estas duas irmandades em pal palestra estra íntim íntimaa com o amigo amigo do peito do padre Caldas ((Bento Bento Gonçalv Gonçalves), es), “i “irmão rmão de nota”, e buscaram entender-se com o homem de farda, como antes se haviam entendido com o homem de batina. Pôde, então, certificar-se Bento Gonçalv Go nçalves es de mui muita ta co coisa isa que ignorava ou apenas entrevia. Exempligratia, Rivera, atéomesmo recente guerra civil no Uruguai, não deixara em intei inteiro ro abandono ttear ear denas suaconvulsões já vetusta intriga ida ntriga captadora, e claro se lhe lhe tornou 54
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em que a rede insidiosa buscava envolvê-lo, com a carta de outubro, que teve oportuno translado. ( Carta em que ele apresentava Lavalleja ao Dr. Marciano). Verificou, a par disso, algo mais. Tamanho caminho fizera a propaganda oculta do grado lindeiro, que gregos e troianos, ali presentes, se lhe mostravam propensos: uns e outros predispostos a uma entente com o remexido presidente president e ( Rivera), Rivera), a fim de obter obter-se -se com ele, o que ffalhara alhara com Lavalleja. Lavalleja. Notada geral incl inclinação, considerou o perigo epronunciar, decidi decidiu-se u-se tomou a conjurá-lo imediatam ediatamente. ente.“um O Coronel adepois de inação, ouvir quantos ouvir se quiseram a mão,im proferindo proferin do discurso que desmoronou os planos” dos “amantes “amantes do despotism despotismoo antigo” e dos liberais liberais assaz levianos para não penetrarem as vistas desses corifeus de um regime odioso. Coube, desta sorte, a Bento Gonçalves, a glória de pulverizar o partido que por último se formara, com os maiss híbri mai híbridos dos elementos, em tor torno no de Barreto. Esbarrondou o heteróclito edifício e impôs silêncio em tudo ao que também se frustara em 1829. Porquanto, os ingênuos que os acolitavam, em vez de assistirem á solene ereção da sonhada Pátria Pát ria Ri Riogr ograndense, andense, enfim unidade soberana e redim redimida, ida, podiam pod iam assistir a uma redonda burla. Presenciariam, Prese nciariam, quiçá escandalizados, ao que eles pró próprios prios classifi classificam cam mais tar tarde, de, com um perfeito rigor, como devendo ser a “Repúbl “República ica de Veneza”, regida por governo de espadas, espiões e nepotismos”, nepotismos”, torpe, negra obra reali realizada zada em grande modernamente, modernamente, e há pouco desmoronada, na América Lusitana, seja dito de passagem”. O fato, em síntese, foi publicado em “O Noticiador ”, do dia 2. Sá Brito comentou comentou para a His História tória o acontecim acontecimento, ento, elogia elogiando ndo a atitude atitude de Bento Gonçalves, dizendo que ele, nessa sessão, “despertou ao mesmo tempo nos bons cidadãos o nacionalismo e o amor á liberdade”. Perguntamos nós: Como Sá Brito estava tão bem informado a respeito de uma sessão secreta, se diz que não era maçom ? Penso que foi aí que Bento Gonçalves realmente assumiu o comando do movimento libertador libertador e im imprim primiu-l iu-lhe, he, de fato o cunho de d e sua personali perso nalidade dade e o rumo cauteloso que deveria ser seguido, infenso, tanto quanto possível e conveniente, às interferências estrangeiras e ao radicalism radical ismoo dos republi republicanos canos extremados. Por volta de 1833 o prestígio pessoal de Bento Gonçalves tinha crescido tanto que se pode dizer que seu nome estava projetado em todos os quadrantes do território gaúcho. Por essa época, era comandante das armas provi provinci nciais ais o marechal Sebastião Barreto Barreto Pereira Pinto, Pinto, que ex exerceu erceu esse cargo de 1831 a 1835. Em 1832 ele ele ainda ainda apreciava as qualidades de Bento Gonçalves, tanto que o havia indicado ao Vice- Presidente da Província para o cargo de Co Comandan mandante te da Fronteira Fro nteira do Rio Grande, como reunin r eunindo do em si os méritos méritos da “confiança pública, ativi atividade dade e préstimo mi mili litar tar”, ”, sendo tal indicação indicação aceita . É verdade que, ainda em 1832 Bento Gonçalves já fora acusado, no Rio de Janeiro, pelo Ministro dos Estrangeiros de intervir nas contendas do Uruguai, em favor de Lavalleja tendo sido, na oportunidade, defendido pelo Presidente da Província, Manoel Antônio Galvão, em ofícioo ao Min ofíci Ministro istro da Guerra. Guer ra. Agora, em 1833, é o próprio comandante das armas Sebastião Barreto que o denuncia ao mesmo Presidente da Província, pelo mesmo motivo e em termos mais graves.
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Em cor correspo respondência ndência oficial chama-o de “indomável” e deso desobediente bediente às ordens ord ens governamentais , protetor ardiloso de Lavalleja e outros emigrados platinos, em benefício de sua corrente corr ente políti política ca e da organização revolucionári revolucionáriaa . Galvão, posto em dois fogos e não vendo como sair da situação, encaminha a denúncia a Regência, com Aviso de 20 de abril desse ano, dizendo, entre outras coisas: “Esta coalizão do Padre Caldas com do o Coronel já eera de siprópria tremenda, pelo gêniotem díscolo (dissidente, (dissi dente, brigão) primei primeiro, ro,Bento cr crédito éditoGonçalves do segundo índole para empresas; em presas; para cumulo de dificuldades, bastante ramificações, e todos esses projetos desvairados, junto ao estado geral ger al das coisas, apresentam um conj conjunto unto de circunstâncias bem bem del delicadas... icadas... ” A verdade verdade é que tanto Bento Gonçalv Gonçalves es como Sebastião Sebastião Barreto Barreto haviam haviam aprofundado as suas divergências divergências des desde de a revolução do 7 de abril de 1831, fosse no campo da política política nacional e provincial, fosse no terreno da política platina. Dizia-se que Barreto era compadre de Rivera , e Bento Gonçalves de Lavalleja, o que significa afirmar que, pelo menos uma vez na vida, houvera laços de amizade suficientemente fortes para chegarem ao compadrism compadrismo, o, por po r coincidência coincidência ou não , em facções políticas políticas opostas. No campo interno, Barreto aderira aos Andradas e defendi defendiaa a restauração de Pedro I, situando-se entre os “retrógrados” e “caramurús” do partido conservador , que pretendia im implantar plantar em to todo do o Império as chama chamadas das “Sociedades Mil Militares” itares” em oposição ás “Sociedades Defensoras da Independência e da Liberdade ”, instituídas pelo partido liberal, do qual no Rio Grande do Sul , Bento Bento Gonçalves era o lí líder der inconteste. Chamado ao Rio de Janeiro, pela Regência, para justificar-se, Bento Gonçalves para lá embarca, munido de copiosa documentação a seu favor, constante de cartas que pessoalmente recebera, como de outr outras as que apreendera em m mãos ãos de emiss emissários ários de Rivera, Rivera, tudo de molde molde a provar que nada se arredara um centím centímetro etro sequer da li linha nha de conduta que se traçara invariavelmente e constante da carta que o Presidente Galvão anexara ao seu ofício de 6 de dezembro de 1832, dirigi dirigida da ao Mini Ministro stro da Guerra. Guer ra. Nela dizi dizia: a: “Observei neutralidade, neutralidade, não obstante inclinar-me a este ou aquele partido; e tenho o desvanecimento de dizer a V. Exa. que em nada comprometi, nem a minha honra, nem a minha dignidade e a Nação”. As cartas de Rivera, subtraídas, punham à mostra o jogo duplo deste: enquanto mantinha oficialmente com o Império as mais cordiais relações, secretamente fomentava a revolução no Rio Grande do Sul e preparava-se para par a inva invadir dir a fronteira, a pretexto pr etexto de combater Lavalleja. Lavalleja. Filiado ao partido liberal da Província e membro da “ Sociedade Continentino” era também o major João Manoel de Lima e Silva, irmão do Regente do Império Francisco de Lima e Silva ( pai de Caxias Caxias ). Outro irm irmão ão de João Manoel, que também serviu no no Rio Grande do Sul, tomando parte na batalha do Passo do Rosário, foi Luiz Manoel de Lima e Silva, que chegou a marechal e escreveu um livro sobre a guerra com o Rio da Prata, de 1825 a 1828. O quarto irmão dessa família ilustre, a cujo pai nunca deram o título de patriarca, foi José Joaquim, o visconde visc onde de Magé, que em 1823 expul expulsara sara da Bahi Bahiaa as tropas port portuguesas uguesas do gen. Madeira. Madeira. Era Brigadeiro Brigadeiro durante a revolução do 7 de abril, abril, tendo si sido do logo após nomeado nomeado pela pela Regência comandante das armas da Corte e da província do Rio de Janeiro. Maçom ativo , em 24 de junho de 1831 ,ajudou a instalar o Grande Oriente Brasileiro ( depois Grande Oriente do Passeio ), ocupando o cargo de Grande Chanceler Interino na administração do Grão-Mestre senador Vergueiro, que havia deixado a Regência Trina sete dias antes (o que é bastante significativo) . 56
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João Manoel, ao ter conhecimento da chamada de Bento Gonçalves ao Rio, conseguiu permissão permi ssão dos seus superiores hierárqui hierárquicos cos para ir, também, também, à Corte, sob um pretexto qualquer, possivelmente para tratar de interesses particulares. Mas, na verdade, sua intenção era socorrer seu correligionário e sentir o ambiente político da capital do Brasil, em confronto com o que estava realiz realizando ando no S Sul. ul. Como era irmão de Francisco de Lima e Sil Silva, va, Regente do Império, tinha grandedofacilidade para isto. Tal era a pressa jovem e ativo agitador liberal em locomover-se para o Rio de Janeiro, que, obtida a licença, empreendeu viagem por terra, a cavalo, chegando ao seu destino nos primeiros prim eiros dias de dezemb dezembro ro de 1833. Desenvolveu, Desenvolveu, ai, uma formi formidável dável campanha campanha contra a adminis admi nistração tração da Província do Rio Grande do Sul e a favor de Bento Gonçalv Gonçalves. es. Não foi difí difícil cil a Bento Gonçalv Gonçalves es desfazer a má impressão a seu respeito. Exibindo Exibindo a farta documentação que trouxera e co com m o apoio apo io dos polí po líticos ticos liberais liberais da Maçonaria local, local, conseguiu justifi justi ficar-se car-se ampl amplamente amente o que poderia ser a sua ruína políti política ca e funcional funcional numa retumbante vitória para a causa que abraçara. Obteve do Regente duas promessas muito importantes para o liberalismo gaúcho: (1º) a nomeação de um gaúcho para a Presidência da Província; (2º) a proibição proibi ção do funci funcionamento onamento das “Sociedades Mil Militares” itares” em território sulino. sulino. No terreno pessoal seu êxito êxito foi completo: foi deci decidido dido mantê-l mantê-loo no Comando Co mando da Fronteira de Jaguarão. Além disto, pelos “relevantes serviços prestados á Pátria nas guerras anteriores”, onde despendera a sua fort fortuna una particular, em benefí benefício cio do País , foi-lhe concedida uma pensão anual de 1:200$000, o que não era muito, haja vista que José Bonifácio obtivera em 1829 da Assembléia 4:000$000. O gaúcho que seria nomeado para a presidência da Província, em substituição ao Dr. José Mariano, empossado em 24 de outubro de 1833, seria o Dr. Antônio Rodrigues Fernandes Braga, egresso da sociedade secreta de Lisboa, intitulada “Gruta”. Só uma coisa Bento Gonçalves não conseguiu e isto seria decisivamente funesto para a manutenção da paz na Província e no Brasil: a demissão do marechal Sebastião Barreto do comando das armas no no Rio Grande do Sul. Forças políticas políticas poderosas o apo apoiav iavam am e não foi achado prudente, no momento, contrariá-las, porque serviam de contrapeso a qualquer excesso possível dos do s liberais liberais gaúchos. Al Além ém disto, Barreto poderia ser útil aos ao s desígnios desígnios do regente Francisco de Lima e Silva. Diz Gustavo Barroso, baseado em A Assis ssis B Brasil rasil,, que Bento Gonçalves, cha chamado mado ao Rio, a cada aperto de mão que trocava sentia os toques rituais da Maçonaria. A verdade é que todos, os pró-homens do governo à ffrente, rente, pertenciam à irm irmandade andade da Acácia. Acácia. Evaristo Evaristo da Veiga, o jornalista jornal ista revoluci revolucionário onário que fazia fazia regentes era irmão irmão da mesma mesma fraternidade. O senador Vergueiro, também. O brigadeiro brigadeiro José Joaquim, irmão irmão de sangue do regente, Francisco, idem. idem. O padre Diogo Antônio Feijó, idem. O 2º Visconde de Caravelas ( Manoel Alves Branco ), também. Vai além além o autor da “História Secreta do Brasil Brasil”: ”: “Afirm “Afirmam am alguns alguns contemporâneos que a idéia da Revolução se assentara definitivamente no ânimo de Bento Gonçalves durante sua permanênciaa na Capital; permanênci Capital; que um plano existia existia ali ali,, concebido por homens como Evaristo da Veiga, de sublevar ao mesmo tempo o País inteiro, para estabelecer-se a Federação, já que , pelos meios legais, se afi afigurava gurava im impossível possível;; que, no Clube Federal, secretamente secret amente se tramava a ruína completa completa do partido ret retrógrado rógrado,, como condição de vida para a Nacionali Nacionalidade dade Brasileira”. Brasileira”. 57
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Chegando ao Rio foi logo procurar políticos e maçons, deparando-se-lhe uma cisão profunda em ambas as esferas: de um lado retrógrados retróg rados e restauradores, restaurador es, tentando a volta de Pedro I ; de outro, liberais moderados e exaltados, em luta contra aqueles, uns pugnando simplesmente pela manutenção da monarquia constitucional, outros pelo federalismo republicano republi cano oouu monárquico. O Ministro que maçom atendeu da a Bento em companhia de Joãodo Manoel Lima e Silva, foi Sepetiba, mesmaGonçalves, escola de Evaristo, de Vergueiro, cônegodeJanuário, de Joaquim Gonçalves Ledo , de Santos Barreto, do brigadeiro brigadeiro José Joaquim de Lima Lima e Silva, Sil va, de Manoel A Alve lvess Branco, do padre Feij Feijóó e de out outros ros que seria ocioso enumerar. Não foi, pois po is ,dif ,difíci ícill a Bento Gonçalves desfazer todas as intrigas espal espalhadas hadas a seu respeito no Rio de Janeiro, estando, como estava, entre amigos e irmãos. Prestigiado pelo pelo Centro, co como mo ni ninguém nguém , e coberto de honrarias , vol voltou tou Bento Gonçalves a Província, em companhia de João Manoel. Coube a Evaristo da Veiga, através da “Aurora Fluminense ”, e com sua indiscutível autoridade moral, definir para o Brasil todo, sem sombra de dúvida, a liderança de seu amigo Bento Gonçalves: “Quando as recompensas são atribuídas ao mérito e ações relevantes, o governo que as dá por algum modo partilha a glória das mesmas ações e mérito, e a Nação, em vez de ser empobrecida por tais t ais recompensas recompensas,, ganha com a sua distrib distribuição uição e se enriquece do que despende . O coronel Bento Gonçalves da Silva tem, com seu valor, adquirido um nome brasileiro: brasil eiro: val valente ente defensor de sua Pátria, contra o in inim imigo igo estrangeiro, por sua probidade, coragem e retidão , conquistou entre os povos da fronteira do Rio Grande do Sul , onde mora um tal conceito que, ao seu nome, toda aquela população se move para o combate, certa de que marcha a vitória e de que tem um chefe leal e um brioso companheiro de armas.” Assim chegando ao Rio Grande do Sul, Bento Gonçalves escreve ao Regente, cientificando-o da situação política gaúcha. A 20 de janeiro, o Regente responde-lhe, felicitando-o pela sua nomeação para comandante da Fronteira e acusando o recebimento da correspondência do Coronel por “ocasião da crise ” e, entrando no assunto principal, diz: “ Não pretendia escrever a V. S.ª sobre o negócio do Regente, porque não só contava com a sua amizade, como para não parecer suspeito . Agora, porém, que chegou a mim a notícia, de um modo terminante e decisivo, que o marechal Barreto, traidora e perfidamente, procura aliciar eleitores dessa Província para nomearem Pedro de Araújo Lima, homem inimigo constante das coisas do 7 de abril, do que tem dado sobejas provas, até traindo a Regência quando foi seu Min Ministro istro nos 40 dias, tudo isto induzido e aconselhado aconselhado daqui por José Carl Carlos os de Almeida Torres e Galvão (desembargador Manuel Antônio Galvão , ex-presidente do Rio Grande do Sul ), autores de toda esta cabala. Dirijo-me a V.Sª que se por desventura aparecer tal homem para Regente, não só não lhe entregarei a Regência, como lhe farei sempre toda a oposição: não foi para ver o Brasil perdido que eu e minha família nos sacrificamos em 7 de abril. Espero que V.Sª me acuse a recepção desta carta e eu vou tomar sobre o marechal Barreto as convenien convenientes tes medidas”. Souza Docca chama esta missiva de “carta branca para conspirar”, pela possibilidade que deu de os liberais liberais atacarem públi pública ca e ostensiv o stensivamente amente o poder po der na Pr Provínci ovínciaa e o comandante das armas, abrindo uma “porta ampl amplaa a Revolução”.
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O jornal “O Continentista” , que surgiu em 18 de junho de 1835, portanto 3 meses antes da Revolução, e funcionou funcionou cerca de um ano, tinha com comoo redato redatores res Francisco Francisco Sá Brito e José de Paiva Magalhães Calvet , o mais célebre dos Calvets. Narra Sá Brito que, dez dias antes do iní início cio da Revolução, portanto a 10 de setembro de 1835, recebeu em sua casa em Porto Alegre a visita do coronel Bento Gonçalves, que se fazia acompanhar do Dr. Marciano Pereira (concunhado Ribeiro, do advogado de Paiva que, Magalhães Calvetse e do capitão Antunes da Porciúncula de BentoJosé Gonçalves) em seguida, retirou . Tratava-se, Trat ava-se, como foi llogo ogo dizendo Bento Gonçalv Gonçalves, es, de faz fazer er uma revolução, para repelir da Província o seu Presidente, Fernandes Braga, e o comandante das armas, Sebastião Barreto. Sá Brito diz que não concordou. Mas a Revolução foi feita, tendo sido o Dr. Marciano o primeiro prim eiro Presidente escolhi escolhido do para a Província, Província, e o Dr. Calvet Calvet preso na reação de Porto Alegre, como um dos três cabeças da separação do Rio Grande do Sul. Já se vê que a Revolução foi tanto Farroupilha como Maçônica. Posteriormente, Sá Brito seria Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça e, interinamente, dos do Interior e Exterior, em plena Revolução. Revolução. Em seguida, deu-se a famosa “Assembléia dos Deportadores”, em que Sá Brito funcionou como Presidente, e o major Mariano de Matos como Secretário. Ocorreu ela a menos de meia quadra da moradia de Sá Brito, a rua do Ouvidor ( ou Ladeira) , no centro de Porto Alegre, muito provavelmente em uma Loja Maçônica, já que Sá Brito faz questão de dizer que nunca identifi identi ficou cou o lugar. Como o identi identifi ficaria, caria, se ele era “vedado aos olhos profanos”? Nessa Assem Assembléi bléiaa foi organizada uma li lista sta de 400 e tantas deportações deportaçõ es de elementos elementos contrários a Revolução, tendo sido nomeada uma comissão para estudá-las, presidida por Mariano de Matos. Em pouco tempo a relação estava reduzida a 40 nomes. E quando foi mostrada, mais tarde, a Bento Gonçalves, este com um simples gesto, arremessou-a para baixo da mesa , dizendo : “ Isto não tem lugar”. Depois da rendição do Fanfa , Bento Gonçalves foi remetido preso para o Rio de Janeiro. Ele ainda não estava são de um ferimento de bala, recebido nas proximidades de Viamão. Esteve na Fortaleza de Santa Cruz e depois foi recolhido a uma prisão denominada “Casa Forte”, juntamente com Tito Tito Lívi Lívioo Zambecari Zambecari,, Corte Real , Onofre Pi Pires, res, Pedro Boticári Bot icário, o, João Maia, José Calvet, Marcian Marcianoo Ribei Ribeiro, ro, e out outros ros Riograndenses. Na fortaleza de Santa Cruz a ali alimentação mentação era precaríssima. precaríssima. Os presos teriam morrido morr ido de fome e nudez se uma mão oculta não lhes ministrasse alimento e roupas. Alberto Faria, panegirista panegiri sta de Mauá, assim narra o episódio: “Rezam as crôni crônicas cas que na ponta do Curvelo, em Santa Teresa, residência, do Visconde de Mauá, encontravam abrigo revoltosos foragidos. Certo é que nessa casa se trabalhava em ffavor avor deles; e veremos que, pela confissão de um, que, para a fortaleza de Santa Cruz, o negociante Irineu fazi faziaa transportar, transport ar, ocultamente e a sua custa, a alimentação alimentação de 30 prisi prisioneiros oneiros ”. E mais adiante: adiante: “Aí se tramou a evasão de Onofre Pires da Silveira, da fortaleza de Santa Cruz. Riograndense de nascimento, e filantropo de alma., é fora de dúvida que, ou tivesse espírito de revolucionário ou não, o morador da chácara de Santa Teresa fez jus a denomi denominação nação que sua casa ganhou: “Q “Quil uilombo ombo Riograndense”. Riograndense”. Esse “quilombo funcionou até o fim da revolução. Depois Bentoem Gonçalves para a fortaleza da Laje, no meio da baía, para maior maior segurança, pr prin incípi cípios osfoi de d etransferido 1837. 59
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Nessa fortaleza, preso com ele, achava-se o Pedro Boticário. Na de Santa Cruz haviam haviam ficado: ficado: Onofre Pires, Cort Cortee Real e Tito Lívio Lívio Zambecari, Zambecari, entre os princi pr incipais. pais. Uma evasão conjunta foi marcada marcada para a noite de 10 de março. Bento Gonçalv Gonçalves, es, depois de desvencilhado dos grilhões , limou pacientemente um varão de ferro da grade existente na pequena jan janela ela de seu cárcere e aguardou, na escuridão, o rumor dos remos da canoa que o viria chegando, transpôs rápido a abertura, pela escada cordasapanhar. e já seEsta achava entre oosgeneral seus salvadores, quando verificou,desceu desapontado, que deo Boticário, por ser muito gordo , não podia escapar. Voltou ao recinto da fortaleza. No mesmo instante, instan te, as sentinel sentinelas, as, percebendo movimento movimento estranho, davam o alarma. Ouvindo o barulho, a canoa mal teve tempo de afastar-se e procurar cumprir a segunda parte de sua mi missão. ssão. Ganhou o costado da fort fortaleza aleza de Santa Cruz, onde o nde se manteve ao largo. Nesta, Onofre e Corte Real, prontos também para fugir, fugir, vendo que a canoa não se lh lhes es aproximava, aproxima va, desceram o parapeito, po porr uma corda, lan lançando-se çando-se na água . Zambecari, Zambecari, que devia acompanhá-los, não sabendo nadar, ficou inerte a contemplá-los, perdendo a oportunidade que lhe seria derradeira. Os dois fugitivos, alcançando a canoa a nado, foram conduzidos a terra firme, onde esconderam-se em casa amiga, provavelmente na de Mauá. Na primeira oportunidade, velejaram para o Prata, e daí para o Rio Grande do Sul, onde se reincorporaram á Revolução. Aumentando as preocupações em torno de Bento Gonçalves, o Governo em pouco tempo mandou transferi-lo para uma das prisões militares da Bahia. Foi embarcado no brigue nacional “Constança”, com destino a Salvador. O barco de guerra que, a 10 de agosto de 1837, levou Bento Gonçalves para Salvador, era comandado pelo português 1º tenente Joaquim José Inácio, depois Visconde de Inhaúma. Embora maçom da Loja “Integridade Maçônica”, do Rio de Janeiro, era um legalista extremado e combateria ao lado do governo, ainda neste ano, contra a Sabinada. Chegaria , em 1863, a Grão-Mestre Adj Adjunto, unto, no Grande Oriente de Saldanha Marinho. Marinho. Durante o trajeto, que durou 16 longos dias, para Salvador, Bento Gonçalves escapou a custo da sanha de seus algozes, algozes, e, na Bahia, Bahia, ao veneno que os portugueses portugu eses llhe he haviam haviam preparado. Quando chegou à capital da província baiana, a 26 de agosto de 1837, não apresentava bom aspecto. O “Jornal ”, de 16 de setembro, ao notici noticiar ar a sua chegada, dá-lo com um “ar seco, aspecto melancólico e sisudo”. E foi com frieza que recebeu a bordo os amigos que o foram receber. Recolhido ao forte do Mar (ou de São Caetano), imediatamente começaram os seus “irmãos” da Maçonaria as articulações necessárias para a sua pronta libertação. Trancado na cela, durante o dia, de noite os escaleres dessa praça de guerra revezavam-se na ronda com o brigue “29 de Agosto”, ancorado à distância distância conveniente. conveniente. Dois dias dias depoi depoiss da chegada do llíder íder farroupilha, farroupilha, nnaa sessão sessão da Loja “Virtude”, “Virtude”, o “Irmão” Secretário apresentou uma prancha do Irmão Bento Gonçalves da Silva, grau 18, da qual a Loja ficou ciente, logo nomeados os irmãos Guimarães, Manoel Joaquim e Marques, para se dirigirem, por parte da Loja, ao dito Irmão e participarem-lhe que ela ficou inteirada, e que faria o que estivesse a seu alcance, a fim de melhorar melhorar a sua so sorte. rte. Dois nesse dias mesmo após após,, naano, lloja ojae que “Fideli “Fidelidade Beneficência”, Benefi cência”, Cap. Joaqu Joaquim im José Veloso, era dade o Cmt.e Do forte do Mar,fundada segundopelo Pedro Tomás Pedreira, 60
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no “Jornal do Maçom”, de Nov. Dez. 976, e cujo Venerável era o padre Antônio do Amaral, teve lugar igualmente igualmente a leitura de uma “prancha”, dirigida pelo iirmão rmão Rosa Cruz Bento Gonçalves da Silva Silva , fazen fazendo do ver o estado em que se achava e, à vi vista sta do que pedia o único único recurso de lhe serem ministrados meios de ser mudado para uma prisão cômoda, onde fosse lícito lícito falar aos seus am amigos; igos; do que, sendo a Loja iinteirada, nteirada, foram nomeados nomeados pelo irmão irmão Venerável Mestre, para visitarem ditoLoja, Irmão lheãos oferecerem socorros dee que ainda precisasse, ou estivesse ao alcance alcanceao da os eirm irmãos Roberto os , Tesoureiro o Orador Adjunto... Nessa noite e nessa Loja, recebeu a investidura Maçônica o português po rtuguês Antônio Antônio Gonçalv Go nçalves es Pereira Duarte, brasileiro adotivo, com 36 anos de idade, católico romano, negociante, morador no Cais Dourado. Esse cidadão é o mesm mesmoo que, no início início do movimento movimento farrapo , era vi vice-cônsul ce-cônsul hamburguês hamburguês em Porto Alegre e recomendou aos colonos alemães de São Leopoldo que não interviessem na luta intestina, o que lhe custou a retirada do “exequatur”, a pedido do presidente Fernandes Braga. Agora, ele estava em Salvador, como capitão e proprietário de um barco que fazia o transporte de mercadoria entre a Bahia e o Rio Grande do Sul. Às 10 horas do segundo domingo de setembro, dia 10, faltando 13 dias para o 49º aniversário natalício de Bento Gonçalves, os seus amigos, depois de lhe darem aviso do plano concertado para a sua fuga, conseguiram com o Cmt. do Forte permissão para que ele fosse tomar banho de mar, na circunvizinhança das baterias, vigiado pelas sentinelas em armas e por uma escuna de guerra, ancorada não mui muito to longe. Velejava Velejava ao largo dos baluartes, baluartes, entre outras baleeiras e embarcações pesqueiras, uma canoa de velas, com seis remos compondo a habitual paisagem da baía, como é vista ainda hoje. O general farroupilha despiu-se, mergulhou nas águas revoltas e nadou displ displicentem icentemente ente de um lado para outro, o utro, distanciando-se distanciando-se lentamente da costa , à medida que sentia que a vigilância esmorecia, pela repetição da cena. Súbito, quando sentiu que não m mais ais podia ser alcançado, alcançado, orientou-se no sentido da posição posição da embarcação combinada, vislumbrada à meia distância. O fato não passou despercebido às sentinelas do Forte. Os artilheiros correram a suas peças mas a pólvora negou fogo . Havia sido molhada, na véspera para que isso acontecesse. Da fortaleza largaram, finalmente, dois escaleres, atrás do fugitivo. O Cmt, valendo-se de um porta-voz, fez ouvir o alarma no barco de guerra. A esta altura, já o líder farrapo ganhara o bote salvador, rumando para a ilha de Itaparica, onde foi recolhido, pelos amigos. Seus perseguidores, desorientados, dispersavam-se pelo Recôncavo. Ficou alguns alguns dias nnaa il ilha, ha, aguardando que a busca serenasse. Depois, transportou-se para a cidade, onde o abrigaram até 7 de outubro, à espera do bergantim do novo maçom Antônio Gonçalves Pereira Duarte, iniciado iniciado no noss mistérios mistérios da Maçonaria, precisam precisamente ente para este efeito. Numa bela tarde de prim primavera, avera, completo o carregamento, o palhab palhabote ote levantou levantou ferros e abrindo as velas à viração deslocou-se mansamente pela baía, no rumo da barra, levando farinha para Pelotas e Montevidéu . No topo do mastro a flâmula auri-verde. O capitão português, portugu ês, de suíças, fumava tr tranqüil anqüilamen amente te o seu cachim cachimbo, bo, agarrado ao leme. leme. Quem diria ( pergunta Pedro Calm Calmon) on) que, entre os sacos brancos, era devolvido devolvido aos pagos o homem da Setembrina, ávido de cobrar em Piratini a dívida do Fanfa? navio o deixou capitaldedanome província de Santa Catarina, onde, a do cavalo, em Ocompanhia de umem fielDesterro, Catarinense, Mateus, penetrou no RiodeGrande Sul, 61
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passando por Torres a 3 e atingi atingindo ndo Viamão Viamão no dia 10 de novembro novembro de 1837, justamente justamente 60 dias após a sua fuga do forte do Mar, e 13 meses e 6 dias, de sua prisão na ilha do Fanfa. Conta Alfredo Ferreira Rodrigues que Bento Gonçalves, antes de chegar a este destino, com o caval cavaloo cansado, par parou ou em um estância. Faltava m muito uito ainda para avistar Viam Viamão, ão, onde o nde o exército republicano, sob as ordens de Onofre, instalara o seu quartel- general, sitiado a capital. Apeou-se à respondendo porta e veio recebê-lo uma Hoje velhinha , a quem velha escusou-se, : “Fui rica. estou pobre.expôs Dei suas tudo necessidades. o que pude Aà Revolução. As forças legais levaram-me o resto. Na estância só tenho um cavalo para todo o serviço. Esse não o dou. Só se me viesse pedir o general Bento Gonçalves. Guardo-o para ele, quando voltar ao Rio Grande ”. O General deu-se a conhecer, encobrindo a custo a comoção que se apoderara dele. A 16 de dezembro de 1837 Bento Gonçalves assume a presidência da República Riograndense, eleito eleito que fora em 6 de novem novembro bro do ano passado, quando se achava preso pelos legalistas. legalistas. O mais importante documento político sobre as causas e a finalidade da Revolução Farroupilha é o Manifesto de 29 de agosto de 1838, assinado por Bento Gonçalves da Silva e Domingos José de Almeida. Nesse manifesto, escrito no período áureo da revolta, quando esta conquistava as principais vitórias militares e tinha quase todo o território gaúcho sob seu domínio, lê-se: “Perdidas, pois, as esperanças de concluírem com o governo de Sua Majestade Imperial uma conciliação fundada nos princípios da justiça universal, os Riograndenses, reunidos em suas municipali municipalidades, dades, solenemente proclamaram pro clamaram e jurar juraram am a sua independência política, políti ca, debaix debaixoo dos auspíci auspícios os do sistem sistemaa republi republicano, cano, dispostos todavia a se federarem, quando nisso se acordem as pr provínci ovíncias as irmãs que venham a adotar o mesmo sistema”. Em julho de 1839, Bento Gonçalves, em companhia de Mariano de Matos, foi conferenciar em São Gabriel com Bento Manuel Ribeiro, que estava prestes a desligar-se pela segunda e última últi ma vez das tropas revoluci revolucionárias. onárias. Este era o ano em que a Capital da República hav havia ia sido mudada de Piratini para Caçapava e Canabarro e Garibaldi haviam proclamado em Laguna, Santa Catarina, a República Juliana . Bento Gonçalves e Marian Marianoo de Matos, este, então então,, na vi vice-presidênci ce-presidênciaa da República, República, e ministro da guerra e relações exteriores, dirigiam-se para a fronteira, a oeste, atingindo posteriormente Al Alegrete, egrete, com a intenção de estabelecer trat tratados ados de ali aliança ança com co m as repúblicas repúblicas vizinhas. Para essas negociações tinha sido nomeado Antônio Manuel Correia da Câmara, mas Bento Gonçalv Go nçalves es queria substituí-l substituí-loo como co mo o faria, pelo general Bento Manuel Rib Ribeiro. eiro. A falta de lojas maçônicas e ante as necessidades do momento, e ainda de acordo com os sublimes “Landmarques” e regulamentos da Ordem, muitos profanos eram feitos maçons “por comunicação”, comuni cação”, lavrando-se do documento cumento escrito, para os efeitos legais. legais. Nessa opor oportunidade, tunidade, Marian Marianoo de Matos, que usava o nome simbólico simbólico de “Bruto”, in inici iciou ou nos mistérios maçônicos o fazendeiro Thomaz Ferreira Valle, conforme certificado que a História guardou nos arquivos da Loja Rocha Negra, de São Gabriel, que seria fundada em 29 de junho de 1873. Transcrevêmo-lo de um artigo de Celso Schröder, na RIHGRGS, de 1936 , tomo IV : “À G ∴do S∴Arq∴ do Univ∴ A TT∴ N ∴CC∴ II ∴ espalhado espalhadoss pela Superfíci Super fíciee da Terra.
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“Certifico que, atendendo às boas quali “Certifico qualidades dades e requisi requisitos tos necessários, que concorrem na pessoa do prof ∴THOMAZ FERREIRA VALLE , natural da Freguesia de Encruzil Encruzilhada, hada, Bispado do Rio de Janeiro, idade de 39 anos, reli religião gião católica, católica, apostólica , romana, e em virtude do meu Sub ∴ G∴ e dos poderes d que me acho revestido pelo G∴ Or ∴ Bras∴, o iniciei Apr ∴Maç∴; devendo dar a jóia de entrada na L∴ em que se houver de filiar. filiar. Em fé fé do que lhe dei o presente certificado; e para que este não possa servir senão ao dito I ∴Valle, fiz-lhe fiz-lhe assin assinar ar seu nom nomee à m margem argem - Ne Varietur. Rogo, portanto portanto,, a TT∴ os CC∴II∴o reconheçam por tal, e lhe prestem tudo quanto nos assegura N ∴A∴ e R ∴O∴. Dado no remanso da Paz, em lugar vedado às vistas dos PProf ∴, em São Gabriel, República Riograndense, aos três dias do 4º mês de An∴ da V∴L∴ de 5.839’ ∴ ( Assinado ) José Mariano de Matos Matos ( Bruto ) 7 ∴ 18 ∴ (Ne Varitur) Varitur) Thomaz Ferr.ª Valle ” Em quase todos os documentos revolucionários transparecem expressões maçônicas, indicativas da alta influência da Sublime Ordem sobre os espíritos dos mais decisivos próceres farroupilhas. Num Alencastre, mani manifesto festo li liberal, beral, deLemos, 18-02-1843, assin por Vicente Vicen te da Sarmento, Silveira Onofre assinado Piresado e Jardim Frazão, estáFontoura, escrito noAmaral final: “Lugar oculto e vedado às vi vistas stas do despotismo... ” João Manoel, em carta de 25-02-1837 ( de Montevidéu : “Vamos dirigir orações ao Supremo Arquiteto do Universo... ” A Câmara Municipal de Piratini em carta cart a a Domingos José de Alm Almeida, eida, datada de 27-0227-0 21841: “esta Câmara diri dirige ge fervorosas preces ao Supremo Supremo Árbitro Árbitro das Nações... ” Vicente Vicen te da Fontoura, no seu diário, diário, em 15-07-1844 : “... O Ente Supremo, que é o único único diretor dos Farrapos, não nos desampare jamais ”. “Às luzes do Século” é a expressão corrente em vários decretos republicanos. republicanos. A República Riograndense sofreu a influência Maçônica até na própria composição do seu “brasão de armas” e em sua bandeira. O brasão tinha ao centro, sobre um fundo azul, as duas colunas do templ t emploo maçônico. Diz Dante de Laytano que o primeiro período revolucionário (os 10 anos de preparação e os cinco de agitação ) é a fase Maçônica dos Farrapos. O jornal “Sentinela da Monarquia”, do Rio, em 1847, escreveu : “...Felizmente, Bento Gonçalves ( o mais hábil para intrigar ) Deus se lembrou de levá-lo para si, pois já andava com os nossos Vitorino e Gaspar metido em revoluções Maçônicas e tinham declarado declarado a Maçonaria da Provín Pro víncia cia independente independente da Cort Cortee e só li ligada gada com NorteNor te- América”. Dizem os historiadores que o que golpeou o coração da República não foram as armas adversárias, mas a discórdia. O assassinato de Paulino da Fontoura, por mãos desconhecidas, foi o estopim esto pim que fez expl explodir odir a desavença entre os principais principais chefes da Revolução. A 30 de jan janeiro eiro de 1844 reuniram reuniram-se -se o gro grosso sso das fforças orças Farroupilhas à gente de Bento Bento Gonçalves e de Souza Neto. Essa reunião, tão almejada, só trouxe ao Exército fatais dissabores. As duas forças reunidas, que, mais do que nunca, se deveriam dar as mãos, fraternalmente, frater nalmente, pareciam, entretant entretanto, o, no local em que acampavam, dois arraias ini inimigos. migos. Com Bento Gonçalves chegaram também Mariano de Matos, Pedro José de Almeida ( o Pedro 63
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Boticário ) e outros próceres exaltados. Onofre Pires ( companheiro de Bento Gonçalves na cela da fortaleza de Santa Cruz, de onde o mesmo Bento deixaria de escapar , por não poder levá-lo junto ), agora partidário de Vicente da Fontoura e, portanto, inimigo de Bento Gonçalves, era, na outra facção, um dos mais exaltados, dizendo abertamente o que sentia dele. Este homem de honra, sobretudo, procurou tirar a limpo o que se passava e escreveu a Onofre, perguntando-lhe, entre outras coisas, se era vverdade erdade que ele ele o chamara em de “ladrão “l26-02-1844, adrão ”. Onofre Pires respondeu-lhe em carta do outro dia, confirmando : “Ladrão da fortuna, ladrão da vida, ladrão da honra e ladrão da liberdade...” Dessa troca de cartas, resultou, no mesmo dia, baterem-se os dois, em duelo, sem testemunhas . O que ficou para a História foram as palavras que Onofre pôde pronunciar, pois sobreviveu sobreviv eu três dias ao duelo, e de Bento Gonçalves a memória memória escrita por um de seus filhos. filhos. Tendo Bento Gonçalves recebido a carta de Onofre, montou imediatamente a cavalo, não consentindo que o acompanhasse acompanhasse seu fi filho lho Marcos Marcos Antônio. Chegando Chegando ao acampam acampamento, ento, dirigiu-se à barraca de Onofre, que estava em companhia de Manoel Lucas de Oliveira e Antônio Vicente da Fontoura. Trocaram estas palav p alavras: ras: “Já sabeis para que vos procuro. Sim , senhor. Por isto esperava eu” . . Saíram os dois a cavalo, apeando-se um quarto de légua distante do exército. Escolheram o terreno, desembai desembainharam nharam as espadas e tomaram posição . Antes que o duelo fosse começado, disse Bento Go Gonçalv nçalves: es: “Pelo fato de vos haver desafiado , deveis vos convencer de que o mesmo faria a Antônio Paulino, cuja morte me imputam, se dele houvesse recebido ofensa à minha honra” honra”.. Onofre respondeu qualquer coisa, co isa, que não satisfez a Bento Go Gonçalv nçalves. es. Os indivíduos indivíduos que fazi faziam am Onofre in instrumento strumento de suas paixões, estavam certos de que bastaria a sua agigantada estatura e comprovada valen valentia tia para amedrontar o adversário. No entanto, esqueciam de que Bento Gonçalv Gonçalves es era um terrível espadachim, espadachim, que aos 18 anos já havia havia venci vencido do mortalmente um dos val valentões entões do lugar, num duelo a espadas. Onofre mostrou-se receoso no princí princípio pio da lluta, uta, permanecendo na def defensi ensiva, va, esquivandoesquivandose de atacar, com saltos para trás. - Sois um covarde covarde - disse-lhe Bento Gonçalves. Com isto conseguiu irritar o adversário . A resposta foi uma chuva de im impróprios, próprios, a que replicou replicou Bento Gonçalve Gonçalvess serem essas ex expressões pressões próprias do caráter de Onofre. Este, irritado ainda ainda m mais, ais, atacou desordenadamente. No ardor da luta, Bento Gonçalv Gonçalves es conseguiu ferir ferir a mão direita direita de Onofre, justam justamente ente aquela com que ele segurava a espada. E genero generosamen samente te disse-lhe que estava satisfeito. Não, meu caro caro ( ( termo de que mui muito to usava On Onofre ofre ) - Um de nós há de ficar aqui para sempre.. sempre Se assim quereis , assim será será , , respondeu Bento Gonçal Gonçalves. ves. Onofre ligou o ferimento com um lenço, já que o mesmo era er a leve , e novamente investiu furioso. Retomada Reto mada a peleja, ainda mais Bento Gonçalves com uma segunda estocada alcançou-o profundamen profundamente te no intensamente, antebraço direi direito, to, ofendendo a artéria. 64
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Onofre, sentindo-se mal, mal, largou a espada e Maçônicamen Maçônicamente te pediu socorro. soco rro.
(Bento Gonçal Go nçalves ves x Onofre Pires) Bento Gonçalves foi em seu auxíli auxílio, o, mas não conseg conseguindo uindo fazê-lo montar a cavalo, correu ao acampam acampamento, ento, onde preveniu do fato a Manoel Lucas e Antônio Antônio Vicente. Vicente. Em seguida apresentou-se a David Canabarro, a quem quis entregar a espada, mas recebeu a seguin seguinte te resposta : Não. Para sustentar a espada de Bento Gonçalves só conheço um homem. E esse homem é o senhor mesmo. Dizem que a malquerença de Onofre datava do combate da ilha do Fanfa. Depois da capitulação capitul ação Bento Gonçalves teria exprobrado àquele, pelo pelo peso que tivera, no consel conselho, ho, o seu voto voto de passarem os Farrapos da terra fi firme rme para a il ilha. ha. Bento Gonçalves Gonçalves,, em carta de 09-03-1844, a Domingos Domingos de Al Almei meida, da, escreve : “ Já meu compadre saberá do fim desastroso que teve o coronel Onofre, que fazia o papel de Santerre na facção desorganizadora desorganizadora que o incitou a provocar-me tão atrevidamente. Essa facção contava com a vitória, porque olha para as coisas como elas parecem, e não como são de fato. A paixão os domina, e por isso vendo aquele homem tão corpulento o julgaram um gigante e eu um pigmeu. Enganaram-se, e depois escondendo todos o rabo, se retiraram dele, ao ponto de não achar-se um só desses malvados a seu lado, ao menos na hora da morte. Eu lamento sua sorte mas, não tenho o menor remorso, porque obrei como verdadeiro homem de honra. Em tais casos, obrarei sempre assim, não me importando com o tamanho e nem a nomeada da pessoa que se atreva a atacar minha honra”. No mesm mesmoo ano, Bento Gonçalv Gonçalves es renuncia renuncia à Presidência Presidência da República República Riograndense, em favor de Gomes Jardim. Em 6 de março de 1845, em carta a Dioní Dionísio, sio, diz o seguinte seguinte : “Finalmente, está concluída a guerra civil que há perto de 10 anos sustentamos contra o poder do Império! Guerra que só podíamos perder, aparecendo, como apareceram, os ambiciosos de mando e ouro, que ou por verdadeiramente maus ou comprados, fizeram com empenho a desunião 65
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entre nós, e até fariam a guerra, se eu não desse o passo que dei, de demitir-me do poder supremo que me haviam confiado. Vós e todos os mais sabeis que, dando aquele passo, me prestei a servir como soldado. Ao obrar assim, não tive por fito outra coisa senão ver se conseguíamos uma paz honrosa, depois da qual seguiria, como sigo, para a minha pequena fazenda, com a glória mui ingrata de achar-me o homem, talvez, mais pobre do País”. E r eferindo-se referin ao General Go Gonçal nçalves, relata Garibaldi: “Era na verdade, filho dileto dado-se natureza, que lheBento deu tudo o ves, que faz umGaribal herói di: . Já com 50 ,anos, quando aocavalo não se lhe daria mais de 25. Montava com graça e desembaraço admiráveis admiráveis.. Valente e feliz, não hesitaria por um instante, qual um cavaleiro de Ariosto, combater um gigante, fosse ele da corpulência de Polifemo e tivesse a armadura de Ferraguz. Oh! Quantas vezes tenho desejado nestes campos italianos um só esquadrão de vossos centauros , avessados a carregar uma massa de infantaria com o mesmo desembaraço com que o faziam a uma ponta de gado! ... ...Onde Onde se ach acham am eles? Que o Rio Grande ateste com uma modesta lápide o sítio em que descansam os seus ossos!” E Apeles Apeles Porto Alegre resume toda a sua vi vida da e a sua obra em poucas palavras palavras : “Síntese “Síntese grandiosaa de virtudes privadas e cí grandios cívicas, vicas, modelo modelo de sentimento sentimentoss el elevados evados e cultos, sublime sublime pela abnegação, notável pelo talento, Bento Gonçalves da Silva Silva personificava personificava no molde de sua individualidade, essa gloriosa geração de 35, tão grande pelo seu valor quão nobre pelos seus sacrifíci sacrif ícios os e que amava a religi religião ão do dever com a intereza intereza de caráter dos Fabríci Fabrícios, os, quando idolatrava a liberdade com o fanatismo dos Brutos e dos Cássios. Soldado e político, guerreiro e estadista, homem de sua bravura, ele engrinaldava em sua fronte uma coroa entrançada dos louros que o espírito inteligente do estadista conseguia com seus conselhos, nos debates agitados da vida vida públi pública ca , em prol da lliberdade iberdade , e os que o batalhador batalhador com a ponta da espada alcançava, com denodo, sobre a tirania nos campos de batalha. Ele concretizava em seu caráter franco generoso todas as grandiosas aspirações da Província, que via em seu vulto homérico, rodeado pelo prestígio de uma popularidade sem rival, não só o depositário de sua ili ilimitada mitada confiança, como a mais sincera e leal express expressão ão da democracia democr acia Riogr Riograndense andense pela bravura e pela virtude ”
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REVOLUÇÃO FARROUPILHA – RELATO HISTÓRICO Em setembro de 1836, nos campos dos Meneses, os revolucionários farroupilhas proclamavam proclamav am a Repúbli República ca Riograndense, um an anoo após haver irrompi irrompido do no Rio Grande do Sul a Guerra dos Farrapos.
O Imperador D. Pedro II, ao assumir o governo do País, em 1840, após ter saído vitoriosa a campanha de antecipação de sua maioridade, encontrou não apenas o Sul conflagrado, mas também o Maranhão, agitado pela Balaiada. Em 1841 o Coronel Luiz Alves de Lima conseguiu pacificar a província maranhense; em 1842, o governo imperial sufocou as revoltas liberais em Minas Gerais e em São Paulo; em 1845 chegou ao fim a Guerra dos Farrapos; em 1848 estourou em Pernambuco a Revolta Praieira, dominada em 1850. O Império entrava numa nova fase. As agitações que determinaram a partida de D. Pedro I para a Europa deixaram o país em difícil situação política e econômica: a decadência do comércio e da indústria acarretava a desvalorização das propriedades e diminuía as ofertas no mercado de trabalho, tudo isto em meio às crises administrativas que continuavam perturbando a vida nacional. Este era o quadro da situação do Brasil, apresentado pelo ministro da Fazenda, Bernardo de Vasconcelos, em discurso perante a Câmara em 1832. E o ministro pedia então, a imediata restauração da ordem pública. Para muitos entretanto, esta restauração restaur ação encontrava-se inti intimam mamente ente li ligada gada a presença de um poder central que, alem de ser respeitado, não fosse contestado: o sistema de regência, com seu caráter eletivo, despertava - segundo os defensores daquela tese - as ambições, insuflando a luta entre os adversários polí po líticos. ticos. Contra a Regência, estes homens defendiam a entrega imediata do governo a um membro da família imperial, acreditando que apenas dessa forma seria possível recolocar o País no caminho da lei, da ordem e do desenvolvimento. A proposta do deputado Luiz Cavalcante para a antecipação da maioridade foi considerada inconstitucional 67
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Assim em 1835, o Deputado Luiz Cavalcante apresentou um projeto favorável a que a declaração de maioridade de D. Pedro Alcântara fosse antecipada, mas a Câmara não permitiu nem mesmo sua discussão, tachando-o de inconstitucional. No ano seguinte, uma outra questão foi levantada: ao completar 14 anos a irmã mais velha de D. Pedro, Princesa D. Januária, foi reconhecida de acordo com a constituição, como herdeira do trono, mas a própria Constituição anular do anular seuimperador, possível acesso ao tronoo ao exigir que, no de impedimento encarregava-se o parente mais de próximo para assumir poder, tivesse no caso mínimo 25 anos. Os adversários políticos de Diogo Feijó - chamados de holandeses holandeses por defenderem a candidatura de Holanda Ho landa Caval Cavalcante cante na elei eleição ção para a prim pr imeira eira regência una - , ao terem certeza de que o padr padree Feij Feijóó sairia vitorioso das urnas, desejavam confiar confiar a regência à Princesa. P rincesa. Este movimento era liderado por Bernardo de Vasconcelos, Miguel Calmon de Pin e Almeida e de D. Romualdo, arcebispo da Bahia, os quais, em defesa de sua pretensão, afirmavam que se a princesa era reconhecida como imperatriz, poderia igualmente assumir a regência. Regente único desde outubro de 1835 até setembro de 1837, o Padre Diogo Antônio Feijó viu, durante seu governo, ini iniciar-se ciar-se a luta pela antecipação da mai maioridade oridade de D. Pedro II. I I. A idéia foi ardorosamente combatida, não conseguindo maiores adeptos. Entretanto, os partidários da antecipação não esmoreciam esmoreciam.. Em mai maioo de 1837, o Deputado José Joaquim Vieira Souto apresentava um projeto declarando o imperador habilitado a assumir o poder, sugerindo que se restaurasse o Conselho de Estado para assisti-lo, criando-se também o cargo de presiden pr esidente te ddoo mi ministéri nistério. o. Este projeto foi apoiado por apenas nove representantes, sofrendo uma oposição maciça, principalm princi palmente ente por parte do Deputado paulista paulista Álv Álvares ares Machado. Tentando conciliar conciliar a situação, o Deputado Rafael de Carvalho apresentou a sugestão de que o Imperador fizesse uma viagem de cinco anos pelo estrangeiro, período em que aprofundaria seus estudos, tornando-se, assim assim,, mais hab habil ilitado itado a oocupar cupar o trono. Esta proposta pr oposta foi igualm igualmente ente combatida e o projeto rejeitado. Nos anos seguintes, principalmente nos últimos meses de 1839, as cessões da câmara combateram freqüentemen freqüentemente te a questão quest ão da maioridade. O problema problema alcançava ampl amplaa divulgação e o que não passava de uma simples manobra política tomara ares de causa nacional.. A part nacional partir ir de 1839 a questão ddaa mai maioridade oridade tor tornou-se nou-se causa nacional. Em março março de 1840, ao completar 18 anos D. Januári Januáriaa voltava a fi figurar gurar como a solução, sendo levantada ainda a questão da ilegitimidade da regência de Araújo Lima, já que D. Januária - na sua condição de princesa imperial - poderia governar como regente caso o imperador se encontrasse impedido “por causa física ou moral”. Os defensores desta tese, aliados aos holandeses, holandeses, consideravam a menoridade de D. Pedro de Alcântara como “ uma causa física”, o que faria com que a princesa estivesse habilitada a substituí-lo até 1842. O essencial para os liberais, era afastar os conservadores do poder. Com o objetivo de acelerar este processo, o Senador José Martiniano de Alencar propôs a fundação Sociedade Promotora da Maioridade com caráter de sociedade secreta e destinada a trabalhar pela antecipação da posse do im imperador. perador. Para presidente da sociedade foi el eleito eito Deputado Antônio Carlos Ribeiro Ribeiro de Andrada Machado e Silva, sendo empossado ainda o Senador Antônio Francisco de Paula e Holanda Cavalcante de Albuquerque (vice-presidente). Senador José Martiniano de Alencar (secretário). 68
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Os membros mais importantes da sociedade pertenciam ao Partido Liberal, na oposição à regência de Araújo Lima, e, entre outros, destacavam-se: o Senador Padre José Bento Leite Ferreira de Melo, o Deputado Antônio Paulino Limpo de Abreu, Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, Cônego José Antônio Marinho, Marinho, Franci Francisco sco Al Alvares vares Machado e Benedi Benedito to Otôni. Criada a 15 de abril de 1840, logo de início a sociedade passou a ser mencionada simplesmente como Clube da Maiori Maioridade. dade. Seus estatutos caracterizavam-se pela preocupação de conseguir novos membros, visando a difusão difusão da idéi idéiaa em todo o País. Os Andradas mais uma uma vez, sentiram-se donos da situação; a presidência presidência de Antônio Carlos distanciou distanci ou o Club Clubee do doss ideais de José Martini Martiniano ano de Al Alencar, encar, que, em conseqüência conseqüência se afastou. Ao próprio imperador, o clube foi apresentado como um simples “movimento dos Andradas e seus amigos”. Em maio, as Câmaras iniciaram as sessões ordinárias, e o novo grupo político começou a agir. Antônio Carlos e Montezuma conseguiram incluir, no projeto de resposta da Câmara à fala do trono, uma referência à maioridade. À simples insinuação, os parlamentares governistas levantaram seu protesto, conseguindo que aquelas palavras “menos próprias” fossem suprimidas já que “encerravam toda a malícia de um plano político”. Os liberais no entanto já haviam conseguido o que desejavam: chamar , mais uma vez, a atenção pública para a causa da maioridade. O Clube da Maioridade foi denunciado denunciado ao im imperador perador como uma manobra dos Andradas. A campanha pela maioridade saiu vitoriosa a 23 de julho de 1840. D. Pedro II era declarado maior e no pleno exercício de seus direitos constitucionais, com 14 anos e sete meses de idade, mas só no ano seguinte seria coroado. - “D. Pedro II”. Félix-Emile Taunay. Museu Imperial - Petrópoli Petrópo lis, s, Rio de Janei Janeiro. ro. Sem perda de tempo, dez dias depois, os liberais, apresentavam dois projetos no Senado onde as forças dos do dois is partidos quase se equili equilibravam bravam.. Pelo primeiro, o imperador era declarado maior de idade, e pelo segundo criava-se um conselho privado da coroa. O projeto de Martiniano de Alencar foi derrotado por uma diferença de apenas dois votos( 18 contra 16). A idéia da maioridade ganhava corpo. Os governistas, tentando neutralizar a ação dos partidários da maioridade maioridade apresentaram a 18 de maio um projeto do Deputado conservador Honório Hermeto Carneiro Leão, pelo qual os eleitores dariam uma procuração especial aos Deputados à próxima legislatura para que o artigo 121 da Consti Constituição tuição - que determi determinava nava a iidade dade de 18 anos anos para a maioridade maioridade do im imperador perador - fosse reformado. O que, na realidade, realidade, não representava uma uma tentativa de resolver resolver o problema, mas simplesmente adiá-lo, já que a próxima legislatura só começaria a funcionar em 1842. Depois de derrotar, a 10 de setembro de 1836, as tropas legalistas comandadas por Silva Tavares, os revolucionários farroupilhas proclamaram a República Riograndense. Havia um ano que Bento Gonçalves da Silva vencera pela primeira vez os legalistas A questão foi discuti discutida da durante dois meses, sendo sendo deslocada para o terreno do Di Direito reito Constitucional. Apressando os acontecimentos, o Senado rejeitou a proposta de adiamento e na sessão do dia 18 de julho o próprio Carneiro Leão pedia a retirada do seu projeto. Aproveitando-se ocasião, os só parlamentares que Machado defendiampropôs a maioridade passaram pugnar pela união deda todos em um partido; Ál Álvares vares a proclamação gerala 69
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da maioridade imperial enquanto Limpo de Abreu sugeria que se encarregasse uma comissão de elaborar os planos exigidos pela nova situação. Clemente Pereira reafirmava seu desejo de que a questão fosse resolvida através de uma fórmula constitucional, embora alguns a quisessem revoluci revolucionariam onariamente, ente, afi afirmando rmando porém que, “desde que a câmara câmara consentiu que o projeto se retirasse, tudo tomou nova forma, as coisas mudaram inteiramente inteiramente de fi figura”. gura”. E continuava: “Perderam-se esperanças haviadecidi de que maioridade apresse perdidas estas esperanças,asquero dizer, que estando decidido do aque não tratase mais mai s de assim, reformae constitucional - poderemos deixar as coisas no estado a que foram levadas? Decididamente não. O negócio é muito grave e urgente. Já não é possível esperar que o imperador chegue aos 18 anos para ser maior maior - não é possív possível. el. Considere pois bem a Câmara a posição em que o Brasil se acha, depois de uma questão de tanta magnitude se ventilou: a opinião está correndo; e hoje não é mais possível que a proclamação da mai maioridade oridade se faça senão por um ato revolucionário revolucionário dos do s povos po vos ou o u do próprio corpo legislativo.... embora seja um golpe de estado. São na verdade lamentáveis os golpes de estado mas admitidos admitidos por po r to todos dos os o s publicistas publicistas em casos extremos”. A sessão de 20 de julho de 1840 começou com os ânimos exaltados e prometendo grandes acontecimentos. Logo após a leitura do expediente da Câmara, o Deputado Limpo de Abreu apresentou formalmente sua sugestão da sessão anterior, para que “se nomeasse uma comissão especial de três membros para oferecer à Câmara com urgência a medida que lhe parecesse maiss convenien mai conveniente te sobre a mai maioridade oridade de Sua Majestade Imperi Imperial, al, o Sr. D. Pedro II”. Considerando que a Câmara já estava suficientemente esclarecida sobre o assunto, o Deputado Rocha Galvão manifestou-se contra tal projeto - que retardaria a solução da crise, requerendo que “por aclamação se decrete desde já a maioridade do Sr D. Pedro II, Imperador constitucional do Brasil”. Defendendo a tese de que em momentos de crise como aquele, “é legal todo ato que satisfaz a vontade do povo”, Martim Francisco apresentava duas fórmulas: na primeira, primeira, pedia que se convocasse o Senado para uma sessão conjunta; na segunda, que se declarasse D. Pedro II “maior desde já”. A sessão de 20 de julh julhoo de 1840 da Câmara começou num am ambien biente te de exaltação... exaltação..... Após outros calorosos pronunciamentos, o projeto de Limpo de Abreu foi colocado em votação e , após sua aprovação, elegeu-se uma comissão especial de três elementos contrários à maioridade. O processo escolhido para resolver a situação parecia agora demasiadamente demorado. E já no dia seguinte Antônio Carlos exigia que a comissão desse seu parecer imediatamente “a fim de que não continue essa im impaciênci paciênciaa e estado de agitação em que se encontra o espírito espírito público públi co nesta capital capital”, ”, afi afirmando rmando ain ainda da que sua sugestão fosse atendida apresentaria, no dia seguinte, um projeto depois de algumas observações o Deputado Carneiro Leão solicitou a apresentação imediata do projeto àquela assembléia no que foi prontamente atendido por Antônio Carlos, sendo levado à mesa a declaração da maioridade de D. Pedro II. “desde já”. Outros deputados pediram a palavra, novos discursos foram pronunciados enquanto o partido governista - através da comissão especial - tentando adiar a solução, propunha que o senado fosse convidado a também nomear uma comissão para, juntamente com a da Câmara, estudar uma solução para o assunto de tamanha importância. Esta manobra fez com que os ânimos se alterassem mais ainda, estabelecendo-se uma grande confusão no Plenário. A discussão de 70
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urgência do projeto de Antônio Carlos ficou para o dia seguinte, com o que os governistas ganhavam mais 24 horas. A sessão de 22 de julho iniciou-se com a aprovação da urgência do projeto de Antônio Carlos, e quando o presiden presidente te da Câmara Câmara se preparava para por o projeto em votação alguns alguns Deputados tentaram tumultuar a tramitação, pedindo que a votação fosse nominal. Uma comunicação oficial viria acelerar os acontecimentos: a nomeação Geral de Bernardo de Vasconcelos para ministro do Império e o adiamento era da Assembléia para o Pereira dia 20 de novembro, sob a alegação de que assim a Câmara teria tempo e calma para com a “indispensável circunspecção e madureza deliberar sobre o assunto tão importante”. A agitação tomou conta do plenário. Álvares Machado, em meio a todo o tumulto, pediu a palavra, fazendo um veemente discurso em que termin terminava ava dizendo: “protesto contra todos os atos praticados por este governo ilegal, intruso, usurpador, ao qual é lícito todo brasileiro resistir: resisti r: vamos para o campo!. campo!. Antônio Carlos exigiu um parecer imediato da comissão eleita pela Assembléia. Os Andradas sempre oportunistas, opo rtunistas, também fi fizeram zeram ouvir suas vozes A notícia do adiamento da Assembléia Geral precipitou os acontecimentos na Câmara E Antônio Carlos declarou então: “Não reconheço legal este ato do governo: o regente é um usurpador desde o dia 11 de março, é um traidor... É um infame o atual ministério....Quero que estas palavras fiquem gravadas como protesto...” A seguir, falaria Martim Francisco: “Quando a Câmara discutia um projeto relativo ao imperador, é nesta ocasião que o governo toma medida de adiar as nossas sessões...e por que? Está claro - é porque não quer o monarca no no trono. trono..... E se não não o quer, a quem fi fica ca entregue o governo? A Bernardo Pereira de Vasconcelos! Fica pois, o governo nas mãos de seu maior inimigo, e a Câmara é o assassino da família imperial se em tal consente. “E levantando mais os ânimos surgia Cunha Azevedo: É um governo só igual a si.... e tão indigno como ele mesmo...e ainda mais indigno do que tudo que há de mais indigno sobre a terra”, no que era seguido por Coelho Bastos: “O governo conspira contra o monarca: os amigos do monarca que o coloquem no trono”. Antônio Carlos mais uma vez assumia uma postura dramática, lançando um novo apelo: “Quem é patriota e brasileiro siga comigo para o Senado! Abandonemos esta Câmara prostituída”. Antônio Carlos acusou o regente de usurpador. Seguidos pelo povo, os deputados deixaram o recinto do plenário. Ao presidente restou apenas mandar lavrar e ler a ata e suspender a sessão. Seguindo pelas Ruas da Assembléia Carioca, os deputados e o povo foram encontrar-se com os senadores que estavam no prédio daquela alta corte. O povo cerca de 3000 pessoas, invadiu suas dependências, espalhando-se por todos os recintos: estava formada uma assembléi assembléiaa revolucionária. revolucionária. O primeiro primeiro ato desta assembléia foi enviar uma comissão ao imperador afim de expor-lhe a situação e os perigos assembléia que ela acarretava, pedindo ainda que ele assumisse o governo. A comissão era composta de oito membros, cinco senadores e três deputados: Nicolau Vergueiro, Martiniano de Alencar, Conde de Lages, Paulo e Holanda Cavalcanti, Antônio Carlos, Martim Francisco e Montezuma, respectivam respectivamente. ente. Uma comissão comissão de 5 deputado deputadoss e tr três ês senadores foi enviada ao im imperador. perador. 71
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Embora o próprio imperador tivesse negado sua concordância prévia com os planos dos deputados maioristas, Teófilo Otôni em sua Circular aos Eleitores Eleitores deixava bem claro que a maioridade foi não “um golpe parlamentar” mas um “golpe palaciano” que teve na vontade do próprio im imperador perador um elem elemento ento decisivo. decisivo. O Regente Araújo Lima Lima - que segundo diversos historiadores, “teria a tentação da renúncia passando o cargo a Bernardo de Vasconcelos, seu substituto legal”,logodeque da idaacompanhado da comissão de à presença de Torres. D. Pedro, dirigiu-se também para o Passo Sãosoube Cristóvão, Rodrigues Assim que a comissão chegou ao Passo Imperial foi conduzida à presença do jovem imperador, encarregando-se Antônio Carlos de ler a mensagem da assembléia, em que apresentava o ato de adiamento das Câmaras com um insulto ao imperador e uma traição do regente, a quem consideravam um usurpador do trono desde o dia 11 de março daquele ano. Levando em conta os riscos que o país estava correndo, rogavam a Sua Majestade Imperial que aceitasse entrar no exercício de suas altas funções, desde já, salvando assim tanto o trono como a nação. O imperador pediu alguns minutos para resolver, durante os quais consultou seus conselheiros e o próprio regente. Não demorou muito para que diante da comissão, respondesse o famoso “quero já”- que alguns historiadores põem em dúvida - , determinando que as Câmaras fossem convocadas para o domingo, ocasião em que prestaria o juramento. A situação, no entanto, não permiti permitiaa novos adiamentos, adiamentos, e a comissão comissão fez um apelo no sentido sentido de que a convocação fosse para o dia seguinte, sendo atendida pelo imperador. Às nove horas da manhã do dia 23 de julho de 1840, mais de 8000 pessoas aglomeravamse dentro e fora do edifí edifício cio do Senado, onde já estava reuni reunida da a maioria maioria dos representantes das duas Câmaras para assistir ao desfecho ddaa campanha pela maioridade. maioridade. Antes de considerar aberta a sessão, o Marquês de Paranaguá fez questão de frisar que não se considerava ali como presidente do Senado, pois o que estava ocorrendo era “uma grande e majestosa maj estosa rreunião eunião popular”. Verificando o quorum para a abertura dos trabalhos, a mesa constatou que 33 senadores e 85 deputados estavam presentes. Declarando, finalmente, aberta a sessão, o presidente do Senado fez a proclamação: Eu, como órgão da representação nacional, em assembléia-geral, declaro desde já maior a Sua Majestade Imperial, o Sr. D. Pedro II, e no pleno exercício dos seus direitos constituci co nstitucionais”. onais”. Ain Ainda da no exercíci exercícioo de suas funções nomeou três comiss comissões: ões: uma que seguiu para o Passo com o objetivo de pedir a Sua Majestade Imperial que se dignasse prestar o juram juramento ento ain ainda da naquele dia, outra para rrecebê-lo ecebê-lo à entrada do edifíci edifícioo do Senado, e a terceira que ficou encarregada de redigir a proclamação com que a Assembléia anunciaria a subida de D. Pedro II ao trono. Às 15h30min, acompanhado de um grande séquito, o imperador chegou ao recinto do Senado, sendo recebido com verdadeiro delírio pela multidão. Logo depois, “com uma serenidade admirável admirável “foi “foi,, aco acompanh mpanhado ado pela mesa da Assembl Assembléia, éia, até o ttrono rono e, co colocando-se locando-se de joelhos, prestou o juramento. No dia seguinte, 24 de julho, D. Pedro II nomeou o seu primeiro prim eiro mi ministéri nistério, o, todo ele composto de li liberais berais partidários da d a campanh campanhaa da maioridade - O “ministério dos irmãos”- já que dele faziam parte os dois irmãos Andradas( Antônio Carlos e Martim Francisco), os dois irmãos Cavalcanti( os futuros Viscondes de Albuquerque e Suassuna), Limpo de Abreu, e Aureli Aureliano ano de Souza e Oliveira Oliveira Coutinho. Coutinho. OOMarquês defoi Paranaguá D.pela Pedro II maioremdedelírio. idade. imperador recebido declarou no Senado multidão 72
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Ao iniciar-se o governo de Pedro II, o país ainda se encontrava sacudido por duas revoltas: uma no Norte, no Maranhão, e outra no Sul, no Rio Grande . O gabinete logo depois de empossado tentou pacificar estas regiões, oferecendo anistia aos revoltosos o que não foi aceito pela maioria dos rebeldes sulistas. No Norte, porém, a anistia já iria encontrar a região praticamente praticamen te pacifi pacificada. cada. Duas revoltas sacudiam o pais iniciofarroupilhas do governo de D. Pedro IIdominar, em fins de 1838, Através de várias vitórias, asno tropas conseguiram grande parte do território gaúcho. Em 1839, passaram á vizinha Santa Catarina, conquistando Laguna a 24 de julho e aí proclamando a Repúbli República ca Catarinense, confederada à Riograndense. Muitas batalhas foram travadas entre as forças farroupilhas e as tropas legalistas. Os principais princi pais combates foram os de Po Porto rto Alegre, Alegre, Ilha de Fanfa, Tapevi, T apevi, Poncho Verde , Piratini, Piratini, Rio Pardo, Laguna, e Taquarí. - “Batalha dos Farrapos “José Washt Rodrigues. Prefeitura Municipal Muni cipal de São Paulo - S. P. O Maranhão encontrava-se em pé de guerra desde 1838, quando, no interior, surgira uma luta entre entre os opositores ao regime regencial - os bem-te-vis - e os governistas - os cabanos - . A região passou então a ser dominada por grupos armados chefiados por Raimundo Gomes Vieira Jutaí ( o Cara Preta), Manoel Francisco dos Anjos Ferreira( o Balaio), cujo apelido deu o nome ao movimento movimento - a Balaiada - e um ex-escravo, ex-escravo, o preto Cosme, que se intitul intitulara ara Tutor e Imperador das Liberdades bem-te-vi bem-te-vis. s. Estes grupos não passavam de bandidos sertanejos que, dotados de muita audácia, assaltavam as propriedades particulares sob o disfarce de reformadores políticos, sem, entretanto possuírem qualquer ideologia - social ou política. O movimento teve início, nas vilas de Itapicorumim e Manga, onde Raimundo Gomes conseguiu reunir um número considerável de adeptos que ajudaram a arrombar a cadeia pública e soltar os presos que iriam se juntar ao seu bando. Pondo-se em marcha, Raimundo Gomes reuniu-se a Manoel Francisco na Vila do Brejo, formando assim uma tropa de mais de mil homens. Ao tomar conhecimento do que estava ocorrendo o governo regencial tratou primeiramente de substituir o presidente da província, Dr. Vicente Camargo - considerado incapaz de enfrentar aquele tipo de situação - pelo Dr. Manoel Felizardo de Sousa Melo. Percebendo imediatamente a gravidade do momento, Sousa de Melo tratou de enviar tropas para combater os revoltosos comandados pelo Major Feliciano Antônio Falcão, que foram vencidas. Continuando em sua jornada audaciosa e devastadora, os balaios balai os tornaram-se t ornaram-se senhores de todo o interior do Maranhão, chegando mesmo em meados meados de 1839 a sitiar a Vila Vila de Caxias. Todos os esforços reali realizados zados pelo presidente presidente da provínci província, a, todos os reforços que as tropas legais receberam do Pará e de outros províncias vizinhas resultaram inúteis nas tentativas de deter as tropas rebeldes. Para socorrer a província onde o Império se achava ameaçado, a Regência resolveu mudar o governo do Maranhão, reunindo em uma só pessoa os cargos de comando de armas e presidente. Para esta importante missão foi escolhido o Coronel Luiz Alves de Lima, homem de inteira confiança confi ança do governo rregenci egencial. al. Sob entusiásticos aplausos da população, Luiz Alves, trazendo consigo auxilio de tropa e munição de guerra, desembarcou a 5 de fevereiro de 1840, e no dia 7 de fevereiro dirigiu uma proclamação aos maranhenses conclamando-os à luta contra os revoltosos. Desde 1838 o Maranhão estava em pé de guerra. 73
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O Coronel Luiz Alves de Lima assumiu em fevereiro de 1840 a presidência e o comando das armas do Maranhão. José Gomes de Vasconcelos Jardim, herói da Batalha da Ponte da Azenha, governou a República Riograndense até que Bento Gonçalves da Silva, em dezembro de 1837, fugisse da prisão. As ações do comandante dascontribuíram armas da Província de Sãoos Pedro Riogaúchos Grande contra do Sul,o Sebastião Barreto Pereira Pinto, para instigar ânimosdodos governo O novo presidente teve de enfrentar situações difíceis pois se viu atacado pelos revoltosos em diversas frentes e praticamente abandonado pelo governo central - que estava mais preocupado com a guerra no Sul do país e não tinh tinhaa uma idéia idéia exata do que qu e estava ocorrendo o correndo no Norte. Após seis meses de avanços e recuos, vitórias, derrotas e sublevações da própria tropa legalista, as forças do governo conseguiram obter vantagens contra os rebeldes na ocasião em que recebiam a notícia da proclamação da maioridade. A 22 de outubro, Luiz Alves de Lima partiu com destino a Caxias, visitando durante o percurso diversas vilas vilas , povoações povoaçõ es e postos posto s mili militares. tares. Em Caxias, fez publicar o decreto de anistia que recebeu havia pouco da corte e enviou uma força contra os revoltosos acampados em São Francisco, intimando-os a que se rendessem sob pena de não sobrar ninguém para aproveitar a magnanimidade imperial. Mandou ainda que os últimos homens do preto Cosme, que andavam por aquela região, fossem perseguidos. Entre os muitos caudilhos deste movimento, Raimundo Gomes - morto em janeiro de 1841 - foi um dos que receberam anistia. Após man mandar dar prender o preto Co Cosme sme no Síti Sítioo do Calabouço Calabouço Luiz Alv Alves es de Lima Lima anunciou anunciou na ordem do dia dia de 19 de jjanei aneiro ro de 1841 - portanto já em pleno governo im imperial perial - o fim fim da guerra civil e a pacificação da Província do Maranhão. Enquanto no norte do pais se desenrolavam estes acontecimentos, o Sul encontrava-se assolado pela mais longa das revoluções brasileiras - a Guerra dos Farrapos ou revolução Farroupilha. Durante 10 anos, de 1835 a 1845, este movimento, ocorrido nas Províncias de São Pedro do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, desafiou a unidade do império. Diversas causas contribuíram para tornar esta rebelião diferente de todas as outras. A proximidade dos governos republicanos republicanos da região do Prata, a solidari solidariedade edade exi existente stente entre gaúchos e platinos, platinos, motivada pela atividade pastoril que ambos exerciam, e o fortalecimento dos políticos exaltados( farroupilhas) contribuíram para cercar os habitantes daquela região de características próprias. Desde o início os gaúchos não aceitaram os presidentes que a Regência Trina lhes impunha, principalmente Antônio Rodrigues Fernandes Braga, a quem hostilizaram em virtude da violência de Pedro Chaves irmão do presidente, e do comandante das armas Marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto. A revolta irrompeu no dia 20 de setembro de 1835, na Ponte da Azenha, perto de Porto Alegre, onde o Coronel Bento Gonçalves da Silva, principal chefe revolucionário venceu a força legalista, entrando vitorioso na Capital abandonada pelo presidente da província. província. Diante disso , o Vice Presidente Marciano Pereira Ribeiro, homem simpático aos revoltosos foi empossado no cargo. Imediatamente algumas aderiramDeaoPorto movimento exceção do Rio Grande, onde seonde organizou o foco de reaçãovilas governista. Alegre com os revoltosos partiram para Pelotas, conseguiram 74
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prender o Major Marques de Sousa. Envi Enviado ado à capital o Major conseguiu libertar-se libertar-se e retomar a cidade, ficando, assim as tropas fiéis à Regência senhoras da Lagoa dos Patos, e portanto dispondo de uma saída para o mar. Para a presidência da província foi nomeado pelo então regente Padre Feijó o futuro Visconde do Rio Grande - José de Araújo Ribeiro - que conseguiu o apoio de um dos chefes revolucionários revolucionários Bento Manoel Ribeiro, Ribeiro, seu parente. A revoluçãoaFarroupilha teve inicio a 20 de setembro de 1835. A 10 de setembro de 1836 foi proclamada República Riograndense. A passagem de Bento Manuel Ribeiro para o lado legalista não enfraqueceu os ânimos dos revoltosos, que a 10 de setembro de 1836 venceram Silva Tavares, proclamando nos campos dos Meneses, a República Riograndense. A 20 de setembro a Câmara Municipal de Jaguarão aceitava esta proclam pro clamação. ação. Os rebeldes não teriam igual sorte na ilha de Fanfa, mas apesar da derrota sofrida por Bento Gonçalves então chefe dos farroupilhas, diante das forças de Bento Manoel Ribeiro auxiliadas pela flotilha chefiada por Grenfell, os revoltosos conseguiram instalar seu governo na Vila de Piratini. Devido à prisão de Bento Gonçalves, o Vice-Presidente José Gomes Vasconcelos Jardim assumiu assumiu o comando.
(Gen. Antônio de Souza Neto) “Antônio de Souza Neto comandou as tropas farroupilhas que venceram as forças de Silva Tavares em Seiva, em setembro de 1836. Sousa Neto lutou pelos farrapos até o fim da guerra. Depois continuou sua vida de guerreiro, incorporando as forças brasileiras na Guerra do Paraguai”. Um erro de Feijó mudou um pouco o rumo dos acontecimentos: O Presidente Araújo Ribeiro exonerou-se sendo substituído pelo Brigadeiro Antero de Brito, que se desentendeu com Bento Manoel Ribeiro. Isto fez com que Bento Manoel retornasse às lides rebeldes, obtendo a seguir div diversas ersas vitórias para as forças farro farroupil upilhas. has.
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Outro fato contribuiu para o fortalecimento dos revolucionários causando ainda, auxiliado por outros fatore, a renúncia de Feijó: a fuga de Bento Gonçalves, que estava preso no Forte do Mar, na Bahia, e que, auxiliado pela Maçonaria conseguiu regressar ao Rio Grande do Sul, reassumi reassumindo ndo a chefia chefia dos rebeldes. Desenvolvendo sua campanha militar, um destacamento sob o comando de Bento Manuel Ribeiro conseguiu aprisionar duas embarcações legalistas, que foram então postas sob as ordens do italiano Giuseppe Garibaldi. Embora contasse apenas com estas incipientes forças, Garibaldi Garibal di pôde entravar a ação de Grenfel Gr enfell,l, na Lagoa dos Patos. Depois da chegada do Barão de Caxias a Porto Alegre, onde assumiu os cargos de comandante das armas e de presidente da província, a sorte da Guerra dos Farrapos mudou. Os revolucionários foram derrotados em Poncho Verde, Piratini, Canguçu, Porongos, e Arroio Grande. A 10 de setembro foi proclamada a República Riograndense. Bento Manuel obteve muitas mui tas vitórias para as forças farroupil farroupilhas. has. Davi Canabarro proclamou em Laguna a República Catarinense. Senhores de grande parte do território gaúcho, os farroupilhas resolveram estender seus domínios domí nios até o sul de Santa Catarina. Davi Canab Canabarro, arro, chefe mili militar tar dos d os farroupil farro upilhas, has, tomou Laguna, proclamou pr oclamou ali a República Catarinense ou Juli Juliana ana nome este devido ao mês em que foi feitarevoluci a revolução. República teve umatropas efêmera: cinco meses as forças revolucionárias onáriasEsta foram venci vencidas das pelas trovida pas do General Soares de depois Andrei Andreia. a. Em 1840 ao assumir o poder D. Pedro II iria encontrar uma situação bem mais favorável aos legalistas que sob o comando do Presidente Saturnino de Sousa e Oliveira, haviam obtido algumas vitórias. O decreto de anistia não chegou a seduzir os farrapos, que se negaram a aceitá-lo, com exceção de Bento Ribeiro. Este, aproveitando a oportunidade, voltou a lutar ao lado das forças fiéis fiéis ao imperador. Como a anistia não tivesse conseguido pacificar o Sul do pais, o Ministério da Maioridade resolveu enviar enviar par paraa aquela região o já então Marechal-de-Cam Marechal-de-Campo po Barão de Caxias, Luiz Luiz Alves Alves de Lima Lima , acumulando os cargo cargoss de comandan co mandante te das ar armas mas e de presidente da proví pro víncia. ncia. Considerando-se donos da situação os farrapos chegaram até mesmo a convocar uma assembléia constitucionalista, que discutiu o projeto de uma constituição, na ocasião em que Caxias Caxi as chegou a Por Porto to Alegre, po pondo-se ndo-se imediatamente imediatamente em ação. Aceitando o auxili auxilioo de Bento Ribeiro, Rib eiro, entregou-lhe o coman comando do de uma coluna en enquanto quanto assumia assumia a chefia chefia de uma segunda e confiava uma uma terceira a Francisco Pedro de Abreu. Depois de tomar providências para que os rebeldes deixassem de receber reforços do Uruguai, Caxias partiu em sua missão pacificadora. Seguiram-se diversas vitórias: Poncho Verde, por Bento Ribeiro; Piratini por Marques de Souza; Canguçú, onde Francisco Pedro conseguiu vencer Bento Gonçalves, Porongos, local em que o mesmo Francisco Pedro bateu Canabarro; e Arroio Grande. Em março março de 1845 foi concedida uma ampla ampla anistia anistia aos farroupilhas, farroupilh as, e através de duas proclamações, Caxi Caxias as (pelo governo) e Davi Canabarro (pelos revoltosos) reconheceram que a região estava ppacif acificada. icada. Herdados do período regencial, não foram porém estes os únicos movimentos revolucionários revoluci onários contr contraa ooss quais o jovem im imperador perador teve que lutar no in iníci ícioo de seu governo. Em 1842 surgiram duas outras revoluções liberais, liberais, uma uma em Mi Minas nas Gerais Gerais outra em São Paulo. Paulo. Ambas fora foram m câmara iigualmente gualmente debeladas por Caxiaspore D. tiveram como origem um mesmo fato fato:: a dissolução da dos Deputados ordenada Pedro II. 76
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O ministério liberal nomeado pelo imperador logo após sua posse manteve-se unido durante pouco tempo. Em março de 1841, Pedro II exonerou-o substituindo-o por um ministério conservador, sendo porém mantido no Ministério dos Negócios Estrangeiros o ministro da gestão anterior, Aureliano Coutinho. Dizia-se que este chefiava um clube político cuja finalidade era exercer influência nas decisões do imperador. O Barão de Caxias através de muitas muitas vitórias conseguiu pacifi pacificar car o Rio Grande. Em 1842 surgiram revoluções liberais em Minas Gerais e em São Paulo. A Catarinense Catar inense Ana Ribeiro da Sil Silva va - Anita Garibaldi - acompanhou acompanho u o marido José Garibaldi Garibal di em Várias batal batalhas has farroupilh farroupilhas, as, tendo chegado certa cert a vez a substituí-lo substituí-lo no comando.
(Gen. Davi Canabarro) “O militar brasileiro David José Martins (1796-1867) adotou o nome David Canabarro em 1837. Nascido em Taquarí, veio a ser um dos grandes comandantes militares da Guerra dos Farrapos (1835-1845). Participou das campanhas militares do Rio do Prata e foi chefe da Revolução Farroupilha. Junto com Giuseppe Garibaldi, tomou Laguna, em Santa Catarina, proclamando a República Juliana em 1839, que durou apenas alguns meses. Aceitou a anistia em 1845 e continuou sua carreira militar dirigindo operações nas campanhas na Guerra do P Paraguai. araguai. Residiu em Santana do . Livramento, onde morreu”
A dissolução da Câmara pelo imperador levantou os liberais mineiros e paulistas O grupo era conhecido como Clube da Joana - assim denominado por serem as suas reuniões realizadas na casa do mordomo do Paço Imperial, Paulo Barbosa da Silva, localizada perto do rio Joana. Al Alegando egando fraude nas elei eleições ções reali r ealizadas zadas para a Câmara dos Deputados - que deveria inici iniciar ar seus trabalhos em 3 de maio de 1842 e que já se encontrava em reuniões preliminares - o novo minis ministério tério conseguiu que D. Pedro IIII a dissol d issolvesse vesse a 1º. de maio. Este foi o motivo pelo qual os políticos de Minas Gerais e São Paulo, sentindo-se prejudicados, prejudi cados, se revoltaram contra o governo que acusavam de reacionário. O movimen movimento to paulista pauli sta contou com o apoio do Padre Diogo Feij Feijó, ó, e a 17 de mai maioo de 1842 o Brigadeiro Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar foi proclamado presidente rrevoluci evolucionário. onário. 77
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Com apoio dos liberais chefiados por Teófilo Benedito Otôni, o movimento mineiro seguiu caminhos cami nhos idêntic idênticos: os: a 10 de junho, em Barbacena, José Feliciano Feliciano Pinto Coelho era proclamado presidente revolucionário. revolucionário. Tanto o movimento mineiro quanto o paulista, no entanto, não contavam com recursos militares apropriados; os revoltosos foram atacados pelas forças legalistas compostas de elementos do Exército e da Guarda Nacional sob o comando geral de Caxias. Antes mesmo de entrar em luta contra os revolucionários paulistas, Caxias soube da derrota sofrida pela coluna rebelde, que pretendia conquistar Campinas, diante das tropas comandadas pelo Tenente Coronel Amorim Bezerra, na batalha de Venda Grande. Gr ande. Sem grande esforço, Caxi Caxias as entrou em Sorocaba, aprisionando alguns revolucionários, entre os quais o já então bastante enfermo Padre Diogo Antôni Antônioo Feijó, e ddeu eu por pacificada pacificada a província. província. De São Paulo, Caxias dirigiu-se para Minas Ferais, onde os insurretos, embora vitoriosos nos combates de Queluz e Sabará não se animaram a atacar a cidade de Ouro Preto, então capital da Provínci Província. a. Colocando-se à frente das Forças legal legalistas istas llançou-as ançou-as ao encontro dos rebeldes, sendo atacado a 20 de agosto de 1842, próximo a Santa Luzia do Rio das Velhas. Graças à chegada de uma coluna legalista legalista comandada pelo Coro Coronel nel José Joaquim Joaq uim de Lim Limaa e Silva Sobrinho (depois Conde de Tocantins), as tropas do governo conseguiram sair vitoriosas. Os chefes rebeldes foram presos e processados, sendo como os paulistas - condenados. Vitimado pela paralisia que se apoderara de seu corpo, o Padre Feijó faleceu a 10 de agosto de 1843. Em 1844, quando o Partido Liberal mais uma vez assumiu o poder, todos os rebeldes foram anistiados. A revolução de fevereiro de 1848 na França - que culminou com a derrubada de Luís Felipe pelo povo - acenderia movimentos semelhantes pela Europa. E na Inglaterra, Áustria ou Hungria, as forças nacionalistas fizeram também com que suas vozes fossem ouvidas. Igualmente sobre a influência da revolução de fevereiro surgiria no Brasil, ainda em 1848, o último movimento revolucionário enfrentado pelo governo imperial: A Revolução Praieira que estourou em Pernambuco. Esta província mantinha ainda o sentimento revolucionário responsável pelos movimentos de 1817 e 1824, uma tradição de luta que começara com a Guerra dos Mascates no início do século XVIII. A tumultuada situação do pais durante o período regencial, naturalmente, encontraria em Pernambuco um campo fértil para que ecoasse eco asse com intensi intensidade. dade. A Revolução de 1848 na França refleti refletiu-se u-se no movi movimen mento to pernambucano pernambucano da Praieira. Praieira. O Italiano José Garibaldi recebeu de Bento Gonçalves a incumbência de dificultar a ação das forças legalistas na Lagoa dos Patos e nos Rios que nela despejam suas águas. Com lanchões capturados aos imperiais, Garibaldi organizou uma frota e auxiliou Canabarro a conquistar Laguna. - José Garibaldi Garibaldi.. Familiarizados com o terreno, onde em tempos de paz desenvolviam suas atividades pastoris, os soldados farroupil farro upilhas, has, durante um largo período per íodo chegaram a domi do minar nar grande parte par te do território t erritório gaúcho, estabelecen estabelecendo-se do-se ttamb ambém ém , embora transitoriamen transitoriamente, te, em Santa Catarina. Cat arina. Al Alguns guns jornais pernambucanos pernambucanos pregavam a separação entre Nor Norte te e Sul do Brasil Instabilidade Instabil idade políti política ca e agitação eram constante co nstante em Pernambuco. A idéia idéiae de colocar D. Januária tronode brasilei brasileiro ro oteve também Pernam adeptos ferrenhos durante muito tempo o no projeto separar Norte do SulemdoPernambuco Pais - buco formando-se 78
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um novo império com a coroa entregue a D. Januária - foi defendido calorosamente, mesmo depois da investidura de D. Pedro II. As discussões sobre o assunto eram feitas abertamente, até mesmo mesmo pela im imprensa: prensa: a favor do projeto estava O Cor Correio reio do Norte; contra O Nicol Nicolau au e A Ordem. Neste último, em sua edição de 30 de outubro de 1841, no artigo O Clube da Rua do Hospício, a situação era claramente denunciada: “Constatamos que sob a presidência do Sr. Peixoto de Brito se instalara na casa do Sr. Coronel José de Barros Falcão de Lacerda uma sociedade secreta que tem por fim dividir o império do Brasil em dois: o do Sul e o do Norte, competindo o cetro do 2º. à Sereníssima Princesa Imperial a senhora D. Januária.” Ainda no mesmo jornal, na edição de 4 de novembro de 1841, eram publicados os nomes dos principais líderes: “Os Senhores Costinhas, Peixoto de Brito, o Jesuíta, José Inácio de Macedo, Roma e outros”. Embora com características, a separação parecia idéia fixa daquela região em que a instabilidade, agitação e inquietude eram uma constante. A situação de desequilíbrio sócio-econômico da província onde uma nobreza rural - dona de vastas extensões territoriais - exerci exerciaa um compl completo eto domíni domínioo do meio meio político-econômico político-econômico era a responsável pela insatisfação da grande massa marginali marginalizada. zada. Os historiadores são unânimes em apresentar a Praieira mais como um movimento de caráter sócio-econômico do que político. E Nabuco de Araújo afirmava: “Não se trata ali somente de questões, e asremontavam questões sociais sãodede1837, grande alcance, são de grande perigo”. As raízes deste desequilíbrio ao ano quando o gabinete de 19 de setembro implantou na província o domínio da oligarquia Cavalcante, o monopólio familiar, com um desenfreado abuso de po poder der em que to todos dos ooss crimes eram possívei possíveiss inclusiv inclusivee o do co contrabando ntrabando de africanos, o do roubo de escravos o da circulação de cédulas falsas, bem como o do assassinato, contando com o apoio eventual do governo. Uma quadrilha popular definia com precisão o panorama local onde Pais Barreto, os Cavalcanti e o presidente da Província, Rego Barros, formavam um grupo unido pela solidariedade de classe e até mesmo por laços de família: “Quem viver em Pernambuco, deve estar desempregado, que ou há de ser Cavalcanti, ou há de ser cavalgado”. A causa aparente da revolução Praieira foi a substituição do gabinete liberal de 31 de maio pelo conservador de 29 de setembro de 1848, mas seus verdadeiros motivos estavam no descontentamento reinante entre as massas oprimidas e no exemplo de revolução francesa de 1848 que demonstrava a forma pela qual deveriam ser derrubados os governos absolutos que transformavam o povo em máquina de produzir dinheiro atra através vés de impostos cada ve vezz mais altos. Em Pernambuco, alem da tradicional luta entre liberais e conservadores surgiria um terceiro partido - da Praia - dotado de características essencialmente regionais características que foram muito bem definidas num artigo publicado em 14 de agosto de 1849;. “Esse Partido da Praia, partido generoso, partido formad formadoo pela reação nece necessária, ssária, contra a imo imoralidade ralidade,, o roubo, o assassinato e todo todoss mais atributos da família nobre. Mas em que posição difícil não se eencontra ncontra a Pra Praia? ia? Era um partido formado co com m cores locais era uma liga da província contra uma parte dela e a Situação era a mais falsa possível...” Foram os próprios adeptos do movimento que resolveram adotar a denominação pejorativa de oposição Praieira com que os governistas se referiam a eles. O nome vinha da localização de seu jornal O Diário Novo na rua da Praia, e os rebeldes resolveram assumi-lo considerando que alem de torná-los conhecidos como às suas idéias, ele resumia bem adeprecária situaçãofechada. em que se encontrava assim a grande massa popular oobrigada brigada a vivermuito às margens uma sociedade
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A revolução Praieira é, portanto o choque entre Cavalcanti e cavalgados, encontrando-se os seguidores destes últimos no meio do elemento popular, em geral trabalhadores rurais. Entre seus lideres estavam Antônio Borges da Fonseca, Nunes Machado, e Pedro Ivo, a principal figura do movimento e que ficou conhecido como o Capitão da Praia. A luta, teve início em novembro de 1848, em Olinda, quando a província era governada por Erculano Ferreira Pena. Após vários combates, sem maior expressão, osndo revoltosos encontraram-se em Apesar Água Preta sob o comando de Joaquim Nunes Machado, organiza organizando ddai ai o ataque con contra tra Recife. da oposição de Pedro Ivo que planejara atacar a cidade com apenas uma coluna, os comandantes resolveram investir com duas colunas: uma atacaria por São José, outra por Soledade. Lançado o ataque em fevereiro de 1849, esta divisão veio a ser a causa do fracasso. As forças rebeldes já naturalmente débeis , com uma organização deficiente e chefes quase todos mal preparados militarmente, ao se dividirem, enfraqueceram-se mais ainda. Os camponeses-combatentes, em sua maioria, não conheciam a cidade, o que facilitou ainda mais o trabalho tra balho das forças legalistas comandadas pelo Brigadeiro José Joaquim Coelho, depois Barã Barãoo da Vitória. Nesta fracassada investida contra Recife faleceu Nunes Machado, um político impetuoso e combativo. Embora não fosse muito favorável à deflagração da revolta, Nunes Machado acabara aderindo a ela completamente. Em setembro de 1852, outro nome importante da Praieira, Borges da Fonseca, escrevia sobre ele em um artigo publicado no jornal A Revolução de Novembro: “Vós sabeis que o imortal Nunes Machado compreendeu e quis a revolução como eu a compreendo e quero, e portanto esse nome hoje é meu e vós o profanais e vós o conspurcais”. Nunes Machado morreu naquela batalha. Pedro Ivo, no entanto, tendo Borges da Fonseca, sob seu comando, conseguiu realizar uma hábil retirada, dirigindo-se para o sul da província, provín cia, enq enquanto uanto Borge Borgess da Fonse Fonseca ca rumava para o norte, conse conseguin guindo do tomar Goian Goianaa e invad invadir ir a Paraíba sua terra natal. Borges da Fonseca, o famoso Repúblico ( apelido herdado dos tempos em que redigira o periódico com esse nome), desde o princípio de sua vida, ainda mesmo como estudante dos seminários de Olinda e do Recife, fizera parte de sociedades secretas em que a luta contra o absolutismo era das mais significativas. Na província que então invadira, Borges da Fonseca iniciara sua carreira jornalística jornalí stica em A Gazeta Paraibana. A partir daí foram inúmeros os jornais que dirigiu, ficando célebres o seu destemor e o seu temperamento irrequieto e rebelde. Este espírito, no entanto não foi suficiente para torná-lo vencedor. Repelido na Paraíba Borges da Fonseca acabou sendo preso. Da Praieira restava apenas o núcleo de Pedro Ivo, que, em Água Preta, mantinha acesos os ideais da revolução. Conhecedor profundo da região, em que combatia, Pedro Ivo depois de conseguir burlar o General Joaquim Coelho em recife, embrenhou-se pela província: adotou então a tática das guerrilhas - chegando a ameaçar a Província de Alagoas. Conduzindo seus maltrapilhos comandados pelo agreste sertão, atacando e escondendo-se, Pedro Ivo transformou-se em uma lenda do Nordeste, sendo glorificado em versos de Alvares de Azevedo e de Castro Alves. Como as tropas governistas não conseguiam exterminar aquele foco de rebeldia, os presidentes das províncias de Alagoas e Bahia - José Bento da Cunha Figueiredo e Francisco Gonçalves Martins - conseguiram convencer o pai de Pedro Ivo, o Tenente Coronel Pedro Antônio Velos da Silveira, a encontrar-se com o filho. Levava ele oferta de uma anistia total, e a muito custo conseguiu convencer o filho. Mas o acordo não foi cumprido por parte do governo. Preso em Alagoas, em 1850, Pedro Ivo foi conduzido para o Rio de Janeiro, ficando encarcerado na Fortaleza da Laje. Auxiliado por alguns elementos do Partido Liberal, conseguiu entretanto, escapar da prisão, embarcando em um navio com destino à Europa. Não alcançou contudo seu objetivo, vindo a falecer, em 1851, em plena viagem. Dos chefes rebeldes presos e processados, nove foram condenados à prisão perpétua na ilha de Fernando de Noronha. Entre estavam da Fonseca, Castro Tavares, José Inácio de eles Abreu e Lima,Borges Filipe Lopes Neto. Bernardo José da Câmara, Vilela de
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Em 1852, era assinado o decreto de anistia para os praieiros, pondo fim à última revolta ocorrida no Segundo Reinado. O Brasil entrava em nova fase.
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DUQUE DE CAXIAS E A MAÇONARIA A vi vida da dos grandes homens homens,, escreveu Carlyle, Carlyle, é a síntese síntese perfei perfeita ta da história história dos povos. Entre os vultos representativos da história naci nacional onal e mesmo mesmo continental do século passado destaca-se a figura marcante e inconfundível do Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias.
(Duque de Caxias) Sua longa longa e lumi luminosa nosa existência de 77 anos enche sozinha o capítulo que vai da nossa emancipação política até os pródomos da república, através de lutas incessantes para a manutenção da unidade nacional, para a preservação pr eservação do equil equilíbri íbrioo polí po lítico tico do continente e para a conservação do ritmo de evolução administrativa do país, em cujos processos influiu decisivamente não só com a força sere serena na de sua espada invi invicta, cta, mas também com o brilho brilho radiante suacorte inteligência privilegiada e a ação benfazeja de seuaocaráter deCidadão escol. uma soma Todade uma de ascendentes ilustres cooperou para legar Grande de virtudes que se acrisolaram acrisolaram no no perpassar do ttempo, empo, provando e eficiênci eficiênciaa das leis leis da hereditariedade . No insigne Marechal, porém , a herança foi sobrepujada pelas qualidades pessoais intrí intrínsecas nsecas do herdeiro, que se constituiu num dos maiores maiores construto construtores res de nacionalidade que o mundo já já conhece conheceu. u. Foi o homem homem provi providencia dencial,l, em cujos ombros fortes repousava in invariav variavelm elmente ente a sorte da Pátria, nos dias de incerteza. Foi o nome tutelar, que o país se acostumou a invocar nos momentos momen tos de perigo, nas horas de afl aflição ição . Foi a figura figura sem par que deu nexo nexo à nossa História. Foi o Condestável do Império, servi servindo ndo de sustentáculo ao trono e de penhor das instituições insti tuições vigentes . Foi um autêntico varão de Plutarco. A Pátria nasceu sob o signo da sua bravura, ajustou-se sob a inspiração da sua lealdade, cresceu ao influxo influxo das suas vi virtudes rtudes e fortifi fortificou-se cou-se ao contato contat o da sua grandeza. Quando o sino da llib iberdade erdade ameaçav ameaçavaa cal calar ar ; quando o edi edifí fício cio da ordem queria desmantelar-se; quando a causa da civilização principiava a ser vencida pela tirania e a 82
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barbárie; quando a integri integridade dade naci nacional onal começava a pericl periclitar; itar; quando os negócios políticos políticos do país pretendiam desorganizar-se, lá estava Caxias, para fazer falar o sino com o desassombro do seu heroísmo, para restabelecer a ordem com a sabedoria de sua ação, para desagravar a civilização com a magnificência da sua generosidade, para manter a integridade, pátria com o magneti magnetismo smo do seu valor, para dirigir dirigir a política política com a majestade majestade da sua ponderação. A estrela de Caxias é a própria estrela dos destinos do Brasil, que opera milagres, que transforma derrotas em triunfos, que aponta o caminho certo quando tudo se afigura perdido , que nos guia em meio da borrasca , como outrora o farol da Ilha de Faros, iluminando as noites do Mediterrâneo . É a estrela do general que nunca foi venci vencido do , do Filho Filho Querido da Vitória, do eleito eleito do Deus dos Exércitos , do guerreiro que jamais deixou de ser um instrumento de paz, do cabo de guerra que fez desfilar impávido pelas ruas de três capitais estrangeiras o pendão que ele foi o primeiro prim eiro a desfraldar, o estandarte glorioso da civili civilização zação brasileira. brasileira. É a estrela do único Duque Brasileiro, possuindo honrarias de príncipe e aliando à dignidade digni dade honorífi honorífica ca a dignidade dos sentim sentimentos entos do caráter, da inteligênci inteligênciaa e das ações. É a estrela do patriotismo, que dá o exem exemplo plo de espartana sobri sobriedade, edade, de severidade severidade de costumes, de icos, sentimentos elevados, de retidão no procedimento, de crepúsculo no de emprego do dinh dinheiro eiro públ públicos, de desprezo do perigo, de genero generosidade sidade para com os venci vencidos, dos, profundo conhecimento dos homens; do patriotismo que não mede sacrifícios, que arrosta a maledicência , a malquerença e a inveja, que supera as próprias limitações da capacidade física, que se devota inteiro ao serviço da Pátria , enquanto resta um sopro de energia, que não conhece um momento momento de descanso quando se trat trataa de defender o bem comum e a fel felici icidade dade total da Nação. Estrela que não se apaga. Acendida com o fogo vivo da tradição no coração dos brasileiros, brasil eiros, cin cintil tilando ando por todos todo s os céus da nossa vastidão geográfica, transmitindo-se transmitindo-se im imutável utável através das gerações sucessivas , arraigada na consciênci consciênciaa de todos os nacionai nacionais, s, é essa estrela que tem tremeluzindo radiosa em todo o processo de desenvolvimento da Pátria, ilumi iluminando nando os campos de batalh batalhaa , as oofi ficin cinas as de trabalho, os gabinetes de estudo, inspi inspirando rando dirigentes e dirigidos, orientando-nos na paz e na guerra , apontando-nos o rumo certo, como a estrela dos pastores. É essa estrela que nos tem guiado em nossa vida vida de povo e de nação, norteado nossa diplomacia, aconselhado o incremento da nossa produtividade e advertido o espírito da nossa administração. Como estrela da Imortalidade, refulgiu nas planícies e montanhas da Itália, levando à Europa a lição da civi civili lização zação do Novo Mundo. Como estrela da Fé, ela resplandece sobre nossas cabeças, acalenta os nossos desejos, impele-nos para o futuro, desperta-nos o propósito de emulação da grandeza da terra em que nascemos, fortifica-nos para os embates da vida e nos enche de confiança nos altos destinos do Brasil. O nosso Irmão, para honra de todos nós brasileiros, por seus méritos Maçônicos, recebeu um documento do Suprem Supremoo Consel Conselho ho do Grau 33º da Inglaterra o nomeando seu Grande Representante junto ao de Supremo Brasil o “Ilustre Irmão de Caxias, 33º. Está datado de 12 outubroConselho de 1869 do e devidamente assinado porDuque quem de 83
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direito. Foi passado em Londres. Nes direito. Nesta ta época , Caxi Caxias as já havia havia regressado do Paraguai e tinha recebido o título de Duque em 23 de março do mesmo ano. Na Maçonaria atingiu o mais elevado grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, que é o 33º, tendo sido Membro Efetivo do Supremo Conselho do Grau 33º , para o Brasil, sem o que não teria sido nomeado Grande Representante da Inglaterra. O Exército sabe perfeitamente o que é a Maçonaria, porque muitos dos seus membros são maçons. E nnão ão só o Exérci Exército to como todas as Forças Armadas, o Governo e os Órgãos da Informação e segurança sabem dos nossos propó propósitos, sitos, dos nossos fi fins, ns, dos nossos objetivos objetivos . Os ideai ideaiss m maçônicos, açônicos, em embora bora sej sejam am em todo o m mundo, undo, os mesm mesmos, os, podem sofrer deturpações, no tempo e no espaço, porque nós não nos julgamos enviados de Deus, mas seres humanos human os em bbusca usca da perfei perfeição, ção, da verdade e de Deus. Se algum Grão-Mestre de Grande Oriente ou Grande Loja de algum país disse alguma alguma vez que “o marxismo e a maçonaria têm o mesmo ideal ideal comum de felicidade felicidade humana ”, isto isto é pensamento pensamen to seu e responsabil responsabilidade idade sua, e nós , maçons do Brasil, Brasil, podemos po demos afirmar, afirmar, com toda segurança, que esse Grão-Mestre, bem como seu Grande Oriente ou Grande Loja, já foram considerados irregulares pelo resto da Maçonaria Regular do M Mundo. undo. Porque a Maçonaria Regular exige a crença em Deus e nnaa Imort Imortalidade alidade da Alma Alma . Assimpara sendo, mesmonão quesão elesostivessem mesmos ideais denafelicidade humana, métodos adotados atingi-la mesmos.osNós acreditamos eficácia do lema: os Liberdade, Igualdade e Fraternidade, e isto não se coaduna com qualquer si sistema stema de ditadura, ditadura, seja de esquerda, seja de direita. Odiamos fervorosamente, os governos de exceção , e, em contrapartida, eles nos odeiam. Em países onde existem governos de exceção a Maçonaria é sempre muito muito perseguida. Al Alguns guns dos nossos supr supremos emos dirigen dirigentes, tes, defensores do “status quo” afi afirmam rmam decididam decididamente ente que a Maçonaria Brasileira tenha mudado. Sinceramente, eu desejo que não. Uma Maçonaria que propiciou a libertação dos escravos, a Independência, a República, a alfabetização de adultos, a liberdade espiritual e a soberania do Governo, não devia mudar nunca. Apraza ao Grande Arquiteto do Universo que ela encontre forças para igualar-se ao passado, como mola propulsora do progresso e da evolução do nosso Brasil Brasil,, tendo à frente homens da mesm mesmaa têmpera de Tiradentes, Tiradentes, D. Pedro I , Bento Gonçalves Gonçalves,, José Bonifácio, Bonifácio, Gonçalves Gonçalves Ledo, Ledo, Andrade Neves, Arruda Câmara, Benjamim Constant, Campos Salles, Deodoro da Fonseca, Padre Feijó, Feijó, E Evaristo varisto da Veiga , Franci Francisco sco Montezuma, Floriano Floriano Peixoto, Silveira Silveira Martins, Martins, Marechal Hermes da Fonseca, Hipólito da Costa , Frei Caneca, Cairú, José do Patrocínio, Saldanha Marinho, Barão de São Gabriel, Visconde do Rio Branco, Duque de Caxias, Gen. Osório, Mário Behring , Frei Montalverne, Nilo Peçanha, Nereu Ramos, Pedro Ernesto, Prudente de Moraes, Pinhei Pinheiro ro Machado, Quintino Quintino Bocaiúva, Rodrigues Al Alves, ves, Rui Barbosa, Sampaio Ferraz, Silva Jardim , Teófilo Ottoni, Tristão Araripe, Venceslau Brás , Veríssimo José da Costa, Viri Viriato ato Corrêa ,Visconde de Taunay Taunay,, Antão Ab Abade ade das Chagas, Chagas, An Antônio tônio Antunes Rib Ribas, as, Frederico Renato Mótula, JJoão oão Abel Gonçalves Gonçalves e tantos outros. outro s. Disse o Padre Franci Francisco sco João de Azevedo: “Só podem ser maçons os que crêem em Deus Infinito Inf inito , os que reconhecem a necessidade de um culto e os que têm uma pátria , cujos direitos e leis devem respeitar ”. Para devemos se abordarnoso permitir tema, quea fazer não éum muito fácil emque face pouca amatéria escrita sobrenoso assunto, preâmbulo nosdahistorie evolução mundial 84
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sistemas governamentais de diversos países, que foram influenciados pela Maçonaria, através de atividades de seus obreiros. A modificação da sociedade começou por volta de 1650 ( século XVII), quando começava a surgir os primeiros movimentos libertários nas movimentações burguesas que começava a surgir, em função de mercantilismo e do comércio. Estas atuações possibilitaram o surgimento de novas classes sociais, novos desejos de melhor vida e principalmente a luta pela modificação dos sistemas de governos. Estas reivindicações eram altamente faladas nas sessões Maçônicas, partindo daí a palavra de ordem para que todos os Maçons, seguissem a determinação dada pelo Grão Mestrado dirigente, com finalidade de conseguir movimentar a sociedade e a partir daí efetivaram os movimentos revolucionários que modificaram a sociedade mundial. Na Inglaterra o parlam parlamento ento se insurge insurge contra o Rei Carlos I, e daí estala a revolução parlamentarista parlam entarista co comandada mandada por Cronwell e seus cabeças redondas que culmi culmina na com a queda e prisão do Rei, e sua decapitação, resultando então a posse do poder pelo Parlamento, Parlamento, que parte para uma séri sériee de modifi modificações cações na estrutu estrutura ra do sistema de governo. A partir deste movimento, na França em 1789, a Queda da Bastilha, em 14 de julho inicia uma nova modificação modificação na sociedade francesa, com o lema lema de “Liberté “Liberté,, Igualité e Fraternité”, Frate rnité”, a república francesa. toma conta do governo com o fim de efetivar as grandes evoluções da sociedade Antes, já nos EE. UU. , a luta pela independência era liderada por Maçons americanos, que queriam a liberdade das colônias, com o fim de conseguirem uma melhor sobrevivência Lá estava Washington Franklin, Lafayete, e muitos outros. Em 1789, também no Brasil, surge o movimento libertário, com origens nos Maçons, que tinham como lideres homens como Tiradentes, Manuel Luiz Gonzaga, Alvarenga Peixoto e outros, era a inconfidência Mineira. Durante o século XIX, no princípio de 1808, estava a Europa com novas lutas. Napoleão enfrentava a todos e queria conquistar as mais diversas nações, Espanha, Alemanha. ( Prúcia), Itália etc. Aproveitando-se destes fatos surgem na América Latina, movimentos de independência. Argentina Chile, Bolívia, Perú, Equador, Venezuela, Colômbia, tinham lideranças de generais como San Martin, Sucre, Bolívar, Artigas, Rivera, todos maçons em seus países, liderando os movimentos revolucionários. No Rio Grande Gr ande do Sul, como não poderia deixar de ser, por ser o Estado mais mais ao sul do Brasil, estava sempre em lutas com seus vizinhos, ora com Argentina, ora com o Uruguai ( provínciaa Cispl provínci Cisplatina). atina). Nossos homens, aprendiam desde cedo a lidar com armas. Na época via viam-se m-se os homens de negó negócios cios do Rio Gr Grande ande do Sul, terem ter em seus prejuízos prejuízos cada vez maiores em função das importações que o Império fazia dos mesmos tipos de mercadorias de países estrangeiros, prejudicando os fazendeiros, xarqueadores e os mais diversos tipos de atividades ativi dades aqui existentes Muito embora ooss reclamos de uma modifi modificação cação na situação, isto não acontecia, e continuava a sangria, diminuindo cada vez mais o poder político dos gaúchos. As Lojas maçônicas existentes no Rio Grande do Sul, debatiam em suas seções a situação e compreendiam que deveria ser feito algo para minorar o problema. Instado o Governador ( na 85
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época Presidente da Província), este deu de ombros como a dizer, o governo central manda e eu obedeço. Ora, todos sabiam que isto não era forma de lidar com homens de valor, como aqueles lideres, que se encontravam entre a espada e a parede. Forçados pelos seus irmãos a tomarem uma atitude, estes resolveram que só havia uma solução para o caso - pegar em armas e tomar o governo, destituindo o Presidente, a fim de que o Governo central nomeasse outro para conseguir um diálogo. Isto Ist o posto, p osto, reuniram reuniram-se -se em sessões nas mai maiss diversas localidades, localidades, com o fim de preparar as forças que precisavam para a luta. Após diversos contatos, em 18 para 19 de setembro, em sessão na Loja Maçônica de Guaíba, ficou acertado que tomariam Porto Al Alegre, egre, no dia 20. Isto feito na noite de 19, Gomes Jardim, Bento Gonçalves, Onofre Pires e outros, comandando uma pequena força atravessam o rio e ficam a beira do riacho, na Azenha, esperando a hora para iniciar iniciar a batalh batalha. a. Era o inici inicioo de uma revolução que durou cerca de 10 anos. Lideres como Vasconcelos Jardim, Bento Gonçalves, Onofre Pires, Souza Neto, Tavares da Silva, Menna Barreto, Manuel Ribeiro, mais tarde Garibaldi, Zambecari e alguns outros como Domingos José de Almeida ( mineiro de nascimento), todos obreiros maçons, lideraram a Revolução Farroupilha. Deve-se notar que os mais diversos da que Revolução, estavam comtinha as marcas maçônicas em ainda, seu contexto.. Há ainda a sesímbolos acrescentar a bandeira tricolor, como lema, Liberdade, Igualdade e Fraternidade, uma trilogia maçônica Sabemos que estas pautas não realizam e nem demonstram como realmente aconteceu a influência da maçonaria na Revolução Farroupilha, pois já afirmamos, que muito pouco existe, por escrito, sobre o assunto assunto,, mas não há como discordar do fato de que realmente as llideranças ideranças e seus feitos, o foram através de oobreiros breiros maçôni maçônicos cos e pr princí incípios pios seus. Por último, deve-se salientar, que na paz de Ponche Verde, estava escrito nos seus doze artigos o que segue: 1º. O indivíduo indivíduo que for pelos republi republicanos canos indi indicado cado Presidente da Provínci Provínciaa e aprovado pelo Governo Imperial, Imperial, passará a pr presidi esidirr a Provín Pro víncia. cia. 2º. A dívida nacional é paga pelo Governo Imperial, devendo apresentar-se ao Barão a relação dos créditos para ele entregar à pessoa ou pessoas para isto nomeadas, a importância a montar a dita dívida. 3º. Os oficiais republicanos que, por nosso comandante e chefe, forem indicados, passarão a pertencer ao Exército do Brasil, no mesmo posto e os que quiserem suas demissões ou não quiserem pertencer ao exército, não são obrigados a servir, tanto na Guarda Nacional, como em primeira linha. 4º. São livres, e como tais reconhecidos, todos os cativos que serviram na República. Segue outros artigos. Eis aí, uma prova de que foi o Rio Grande do Sul, o primeiro estado do país a proclamar a abolição dos escravos e se não no seu todo, por sua maior parte... A estes homens que nos antecederam na Ordem, só nos resta seguir seus exemplos, procurando assumi assumirr nossos deveres na sociedade como lí líderes deres para tentar dirimi dirimirr os sofrimentos dos mais necessitados. e principalmente, conseguir uma nova evolução da sociedade atual.
A PEDRA CHAVE 86
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“Quando o Templo estava chegando a seu término, foi relatado relatado ao ao Rei Salomão que os Obreiros estavam impossibilitados de prosseguir, por falta de uma pedra chave para o arco principal. O Rei Salomão replicou que aquela peça havia sido nosso G.M.H.A, que, poruma suabusca, tão conhecida pontualidade, pontualid ade, semencomendada dúvida já a ao teria executado. Ordenada a pedra foi encontrada nos escombros do Templo, entre as pedras rejeitadas e consideradas sem valor, e no devido tempo, foi colocada colocada no arco”. arco”. “Se tal for vossa conduta, ainda que vos fira a desgraça, ainda que os amigos vos abandonem, ainda que a inveja vos calunie e manche vosso nome e a malícia vos persiga, ainda assim tende confiança de que entre os MM. de M. encontrareis amigos que proporcionarão alívio a vossos pesares e conforto em vossas aflições. Relembrem sempre, como consolo nos momentos adversos e como alento para a esperança de melhores perspectivas, que a pedra que os construtores rejeitaram, dotada dotada de méritos méritos por eles desconhecidos, desconhecidos, tornou-se a principal pedra do Templo”. Templo”.
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A SAGA GAÚCHA O Rio Grande do Sul comem comemora ora em 20 de setemb setembro ro a sua mai maior or revolução, feita quando era uma província isolada, com apenas 14 municípios. Os homens, mulheres e crianças que hoje estão desfilando pilchados, por todo o Rio Grande do Sul, para comemorar o aniversário da Revolução Farroupilha, têm um justo motivo de orgulho. Afinal, eles descendem, se não de sangue, ao menos em espírito, daqueles gaúchos que fizeram a maior revolta que já houve no país. Homens que, há tantos anos atrás, tomaram em armas, movidos pela indignação contra a arbitrariedade do governo central, e pelo sonho de construir co nstruir uma Repúbli República. ca.
E, quando a indignação e o sonho se casam, nasce a revolução. Foi assim que surgiu a Revolução Farroupilha. Ao longo de seus dez anos, teve momentos da estranha poesia, crua suada, que brota da santa loucura dos guerreiros. Como quando os farrapos arrastaram dois lanchões por cem quilômetros através dos campos e banhados, para atingir a Laguna de surpresa. Ou quandoos, ao final desoltaram uma batalha, em sãoos José do Norte, os inimigos gestose humanitários, farrapos prisioneiros, legalistas dividiram com trocaram eles médicos medicamentos. Ao final final de 10 anos, chegou-se a um acordo de paz qque ue não feria, em nada, nada, a honra dos Farrapos. E não há maior glória do que o reconhecim reconhecimento ento do inim inimigo. igo. Porque o do amigo é fácil e certo. Essa glória maior, difícil de ser obtida, foi o louro da vitória dos Farrapos. Praticamente Praticamen te venci vencidos, dos, não assinaram um termo de rendição Foram ao contrário, contrár io, soli solicitados citados pelo antigo inim inimigo, igo, para ajudá-lo a manter a integri integridade dade do país. Ex-farrapos lutaram lutaram na guerra do Paraguai, ombro a ombro com os homens homens que os haviam perseguido. Sempre teremos na lembrança os campos do Ponche Verde, em Dom Pedrito, onde se encerrou a guerra e se assinou o Tratado de Paz, onde a honra e a bravura Riograndenses foram reconhecidas..
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UMA PROVÍNCIA ISOLADA Em 1835, ano em que começou a Revolução Farroupilha, a província do Rio Grande do Sul era, ainda muito pouco povoada. Com não mais que 400 mil habitantes, tinha sua população concentrada na região da Depressão Central e no li litoral, toral, com poucos núcleos núcleos habitacionais na zona de Cima da Serra e nas Missões, e com a Campanha ocupada principalm princi palmente ente por est estâncias âncias de gado. Existiam, Existi am, então, quat quatorze orze municí municípios: pios: Porto Al Alegre, egre, Rio Grande, Rio Pardo, Santo Antônio da Patrulha, Cachoeirinha, Pelotas, Piratini, Alegrete, Caçapava, São José do Norte, Triunfo, Jaguarão, São Borja e Cruz Alta. Entre eles, três se destacavam: Porto Alegre, capital da Província; porto de Rio Grande, por onde se fazia a maior parte das transações comerciais; e Pelotas, onde prosperava a manufatura do charque. Transportes - As comunicações eram bastante precárias. Em 1823, o charqueador Gonçalves Chaves, em seu livro “Memórias Ecônomo-Políticas”, dizia que não existia uma só ponte em toda a provínci província. a. A princi principal pal forma de transporte de cargas eram as carroças, que tinham que enfrentar caminhos intransitáveis durante os períodos de chuva. Isto resultava em um grande isolamento de certas regiões, como a área da fronteira com o Uruguai e Argentina que, tendo dificuldades de se comunicar com o litoral, canalizava sua produção de charque para o porto p orto de Montevidéu. Rios - Também se utilizavam os rios, como o Taquarí, Jacuí e Caí, através dos quais se estabelecia a comunicação com Porto Alegre e, desta, com o porto de Rio Grande. Em 1832 houve um considerável progresso na navegação fluvial, com a introdução de barcos a vapor. Mas a inovação, que tornava o transporte bem mais mais rápido do que o fei feito to pelos vele veleiros, iros, foi prejudi prejudicada cada pela Revolução Farroupilha, Farroupilha, fi ficando cando quase que totalmente estagnada até o seu término. Apesar do isolamento isolamento da provínci província, a, e das dif diferentes erentes zonas dentro dela, gran grande de parte dos produtoss usados no Rio Grande era im produto importada, portada, pois , como nas demais demais regiões do País, a indústria nacional era praticamente inexistente. Vinham do exterior fósforos, vassouras, pregos, sapatos etc. As classes mais ab abastadas astadas podiam encontrar tecidos e acessórios vindos da Europa. O Rio Grande, por sua vez, exportava charque - principalmente para as demais provínci províncias as - , e co couros uros - para exter O isolamento poderia dar oa exterior. falsaior. impressão de uma província pacata, com uma vida quase parada. Isto, Ist o, po porém, rém, não era verdadeiro. Os gaúchos, durante o século anterior, tiveram que lutar ferozmente com os espanhóis para garantir suas terras e, mesmo no início do século XIX, ainda enfrentavam problemas de fronteira, o último dos quais - antes da Revolução Farroupilha - tinha sido a guerra pela libertação libertação do Uruguai, que tinha permaneci permanecido do oocupado cupado pelo Brasil entre 1817 e 1825.
Descontentamento com o controle alfandegário Na região de fronteira do Rio Grande, política política e economia se mi misturavam. sturavam. Ao lado da participação dos brasileiros brasileiros nas questões uruguaias, havia o problem problemaa do co controle ntrole alfandegário, alfandegário, especialmente do gado. Os charqueadores da região de Pelotas - que dependiam do gado gaúcho - defendiam um rí rígido gido controle, pois não queriam que as reses daqui fossem desviadas para o Uruguai. Os estanciei estancieiros, ros, po porr sua vez, queriam o li livre vre trânsito. 89
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Em 1824 foram foram criados postos aduaneiros na ffronteira, ronteira, para controlar o recolhim recolhimento ento do quinto real, do imposto imposto de 640 réis sobre cada ani animal mal e os dízimos dízimos cobrados sobre couro, couro , charque, sebo e gordura. Com a guerra de 1825 a 1828, pela independência uruguaia do domínio brasileiro, o funcionamento desses postos foi interrompido. Após a guerra, como a situação econômica da província não era muito boa, foi proibido o fluxo de gado para o Uruguai. Inspetores - Em 1830 foram adotadas novas medidas. Entre elas, um imposto de 15º. sobre todas as mercadorias entradas no Império, inclusive o gado uruguaio. Isso não agradava a ninguém: aos charqueadores porque não queriam que o gado saísse, mas não tinham objeção a que entrasse. Aos estancieiros porque queriam que o gado saísse e entrasse a seu bel-prazer. Continuava o contrabando de gado. No ano seguinte, o governo instalou instalou quatro postos posto s fi fiscais scais para o recebimento recebimento do dízimo dízimo (taxa de 2º. sobre o gado a ser transportad transportadoo para o Uruguai Uruguai); ); do quinto quinto sobre o couro e de 15º. sobre toda a mercadoria importada do Uruguai, incluindo o gado. Essa última taxa era a que mais iirritava rritava ooss estancieiros, e viria a ser extinta em 1835. Alem disso, o gado de raça não podia deixar a província, sem autorização especial. O do Uruguai tinha que pagar, lá, 800 réis em moeda de prata por cabeça. Isso fez intensificar o contrabando e o descontentamento.
No cotidiano, a importância da fé Testamentos eram uma espécie de acerto de contas espiritual, em que se preocupava garantir a redenção da alma e comandar o espetáculo da morte. Não obstante o “caráter guerreiro”, que mesmo mesmo então era atribuído atribuído ao Rio Grande pelas populações das demai demaiss provínci províncias, as, os moradores daqui conseguiam or organi ganizar zar o seu dia-a-dia de forma pacata. Nas cidades e vilas a grande atração eram as procissões e os atos ligados á religião. As irmandades, organizações de leigos que se dedicavam a festejar um determinado santo ou a certas práticas caridosas, estavam presentes em quase todas as cidades e vilas, e tratavam de dar a pompa necessária ás comemorações religiosas, desfilando pelas ruas com seus mantos coloridos. Os moradores, por sua vez, contribuíam para embelezar a festa colocando colchas trabalhadas nos balcões balcões das casas. Mas nesse Rio Grande de então não só se vivia de forma diferente daquela de agora também se morria morria de forma diversa. A morte era anunciada anunciada pelo si sino no da igreja - com toques específicos específ icos para homens adulto, mul mulher her adulta, moça virgem virgem e crianças. crianças. Isto em certas épocas, chegou a provocar conflitos entre as autoridades civis e eclesiásticas. Quando, no final do século passado, a província enfrentou uma epidemia de cólera, o presidente da província insistiu, junto ao bispo, para que fossem suspensos os toques de sino que anunciavam as mortes, porque “traziam a população em constante sobressalto”.
Testamentos - Um dos principais atos da preparação para a morte era a confecção de um testamento. Ao contrário dos testamentos atuais, em que a preocupação central é realizar uma distribuição de bens, os de então eram uma espécie de acerto de contas espiritual, em que o testador procurava garantir a redenção de sua alma e comandar o espetáculo de sua morte. 90
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Além de determinarem a repartição dos bens, estabeleciam esmolas para os pobres a serem distribuídas no dia da morte do testador, missas a serem rezadas em benefício de sua alma e, em algumas vezes com minúcias incríveis, descreviam como deveria ser o enterro - que, pelo menos até a década de quarenta do século passado, era na maioria das vezes feito bem no centro das cidades, atrás da igreja, onde ficavam os cemitérios. cemitérios. Curiosamente Curiosamen te par paraa nós as pessoas não eram enterradas em caixão. Esse hábito só iria surgir a partir da metade do século século passado. Antes di disso, sso, os caixões eram emprestados ou alugados pelas irm irmandades andades que os possuíam, possuíam, servindo servindo para conduzir o fal falecido ecido até a cova, onde era retirado do caixão e baixado à terra. Os mais devotos requeriam, em seus testamentos, que fossem enterrados vestindo a roupa de algum santo de sua devoção - São Franci Francisco sco de Assis, Assis, com seus trajes marrons, era especialmente cotado. Mas, de maneira geral, usava-se mortalha, pano cozido sobre o corpo do defunto: branca para moças virgens, branca ou azul para as crianças, roxa para as mulheres e homens adultos.
MAÇONARIA - Apesar do enorme peso da religião, não se pode imaginar o Rio Grande de então como um enorme paraíso paraíso de devotos. Se as exterioridades do cul culto to eram apreciadas e mantidas, manti das,ente eram entretanto, Amuitos os dos problemas. Havia iatestantes uma uma falta falta de sacerdotes, princi principalm palmente na campanha. presença primei primeiros rosHav pro protestantes provocava procrônica vocava atritos relativos à realização realização de casamen casamentos tos pelos pastores ao llocal ocal de enterro enterro.. As sociedades maçônicas maçônicas floresciam. A maçonaria, aliás, contava com muita força. Nela estavam presentes até sacerdotes, e a maioria dos homens influentes da província era maçom. Entre os maçons ilustres, destacava-se Bento Gonçalv Go nçalves, es, que organizou diversas Lojas na fronteira e cu cujo jo codinome, na maçonaria era SUCRE.
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DINHEIRO GAÚCHO PAGAVA ATÉ DÍVIDAS COM OS INGLESES Superávit gaúcho não ficava no Estado nem para pagar os credores do Império. Mas, com esses recursos, se pagou os ingles ingleses. es. Havia um descontentamen descontentamento to generali g eneralizado. zado. E a situação era tensa na fronteira, oonde nde Bento fazia ali alianças. anças. A centralização do poder tinha sido a tônica do governo do Imperador D. Pedro I. Pela Constituição de 1824 ( que ele outorgara à Nação), os presidentes de província eram escolhidos escolhi dos pelo poder central, que também defi definia nia um valor determi determinado nado para as despesas de cada província, suprindo-as com dinheiro caso houvesse um déficit, mas, em contrapartida, apropriando-se do dinh dinheiro eiro para aplicá-lo aplicá-lo a seu bel-prazer caso houvesse um superávit. Essa situação era altamente insati insatisfatória sfatória para as elites regionai regionais. s. E, após a abdicação abdicação de D. Pedro, começaram a pressionar o governo com o objetivo de obter uma maior autonomia. Isto resultou, em 1834, na promulgação de um ato adicional que, entre suas diversas cláusulas, previa a substituição dos Conselhos Gerais Consultivos - órgãos que desempenhavam desempenh avam o papel de assess assessorar orar os presidentes de província província - por Assembl Assembléias éias Legislativas Provinciais - que pode poderiam riam estabelecer lei leiss fiscais, desde que não inter interferissem ferissem nas nas arrecadações naci nacionais onais já existentes. Esseum atopouco tinha mais um objetivo princi principalmente palmente conciliatór iatório: procura va contentar cont entar ao aosmanter li liberais beraisa ao dar de autonomia fiscal fiscal às concil províncias; provínci as;io:e procurava aos conservadores, escolha do presidente da província nas mãos do governo central, bem como o controle final dos fundos provinciais
SUPERÁVIT - No Rio Grande do Sul, antes e até depois do ato, existia um grande descontentamento em relação à destinação dos fundos públicos. A província havia acumulado, durante alguns anos, um superávit. Mesmo assim, esse dinheiro não podia ser aplicada em benefíci benef ícioo da provínci província, a, em obras como construção de pontes, e nem mesmo mesmo no pagamento dos credores, que nessa época eram muitos. Hesistiam aqui inúmeros credores do governo que esperavam o pagamento das dívidas que este contraíra durante as Guerras Cisplatinas, de 1825 a 1828. Eram soldados, comerciantes, estancieiros, que haviam servido nas forças de combate ou tinham fornecido víveres , gado e outross bens para tropas, sem sserem outro erem reem reembolsados. bolsados. No entanto, como a legi legislação slação estabel estabelecia ecia uma quantia quantia determi determinada nada para os gastos da provínci provínciaa - e não previa previa o pagamento pagamento dessas dívidas dívi das - não po podiam diam receber , mesmo havendo dinh dinheiro eiro para pagá-los. Por outro out ro lado, o governo central podia llegalm egalmente ente se apropriar do superávit acumulado acumulado para util utilização ização em outro outross locais. locais. Assi Assim, m, em 1832, vi vinte nte e quatro contos de réis do superávit gaúcho foram mandados para cobrir o déficit de Santa Catarina. O governo central, também usou o dinheiro do superávit do Rio Grande para pagar empréstimos feitos junto à Inglaterra. Chegou-se ao ponto de, no início de 1834, o Tesouro da província dispor de mais de 500 contos de réis que não podia utilizar em nenhuma obra pública. Naturalmente, Naturalmen te, essa situação irritava os gaúchos, que viam a renda que geravam ser utilizada em outros locais, enquanto a província carecia de estradas, escolas, pontes e outras obras de infra-estrutura bási básica. ca.
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NA FRONTEIRA, REINAVA UM CLIMA DE TENSÃO Enquanto os problemas referentes à escassez monetária, moedas falsas e retirada do dinheiro público da provín província cia atingi atingiam am a população do Rio Grande do Sul como um todo todo,, alguns grupos econômicos econôm icos enfrentavam situações específicas, que também eram causa de descontentamen descontentamento. to.
Era esse o caso dos charqueadores, que pagavam altos impostos sobre seu produto, tendo queDe concor concorrer co com m produção plati platina na com menoseconômicos imposto impostoss e emais barata.no Uruguai. Durante a seu rer lado, os aestancieiros tinham interesses políticos ocupação da Banda Oriental ( (Uruguai) pelo brasil, de 1817 a 1825, muitos estancieiros gaúchos se estabeleceram lá. Compraram terras e gado, estreitaram laços políticos e familiares. Com a independência daquele país, insistiam em ter livre acesso às pastagens da Banda Oriental; afinal, tinham diversos interesses na área. Mas, para o governo central brasileiro a presença muito intensa de brasileiros no Uruguai representava um problema; terminavam interferindo na política local, provocando queixas freqüentes do governo uruguaio à diplomacia brasileira. Além disso, o nosso governo sofria a pressão dos charqueadores, que não tinham interesse em que os estancieiros levassem seu gado para o Uruguai. PROIBIÇÃO - .Por isto, depois da independência uruguaia, o governo central adotou uma política dura em relação aos estancieiros gaúchos: proibiu que o gado do Rio Grande fosse levado para os países vizi vizinho nhos. s. O Uruguai por sua vez, adotou postura seme semelhante lhante proibin proibindo do que gaúcho gaúchoss engordassem ou criassem gado llá. á. Essa Essass me medidas, didas, entretanto, tinham cará caráter ter limi limitado. tado. A frontei fronteira ra era grande, e era fácil contrabandear gado. Por outro lado, a presença de Riograndenses no Uruguai era muito intensa, e cedo os líderes políticos polí ticos daque daquele le país percebe perceberam ram que não tinh tinham am como evi evitá-la. tá-la. Fructuoso Rive Rivera, ra, presid presidente ente uruguaio, urugua io, ao constatar que não tin tinha ha como contornar a situação, resolveu usá-la em seu provei proveito. to. Autorizou um de seus agentes no Rio Grande passar escritura de terrenos no Uruguai em troca de pagamento pagamen to em gado. Com isto, Rive Rivera ra queria se tornar simpáti simpático co aos gaúcho gaúchos, s, e neutraliz neutralizar ar a influência que seu rival, Juan Antônio Lavalleja, tinha na zona de fronteira.
Essa postura durou pouco tempo. No final de 1832, Rivera começou a confiscar e vender gado e terras daqueles que apoiav apoiavam am Lavallej Lavalleja. a. Entre os brasil brasileiros eiros da fronteira, correu a notícia de que também estava confiscando o gado dos residentes brasileiros naquele pais que eram simpatizantes de Lavalleja. Lavalleja. CONTRABANDO - Bento Gonçalves, o principal articulador do movimento farroupilha, era nessa época comandante da fronteira, em continuava Jaguarão. Na sua opinião, os direitos dos propriedades gaúchos no Uruguai deviam sermilitar mantidos, mas Rivera a confiscar e retirar gado nas próximas próxim as da fronteira, e distribuí distribuíaa - gado e terras - entre os que o apoiavam. Bento Go Gonçalve nçalvess resolve resolveuu então fazer vista grossa quando os opositores de Rivera - ligados a Lavalleja - traziam gado do Uruguai para trocar tr ocar por armas no Brasil. Após inúmeros enfrentamentos entre as suas tropas e as de Rivera, Lavalleja entrou , no final de 1832, no Brasil, sendo recebido por Bento. Ao saber do fato, o presidente da província ordenou que Bento desarmasse Lavalleja e os seus home homens ns e ooss conduzisse para P Porto orto Alegre. Be Bento nto trouxe-os para a Capital, mas não ooss de desarmou. sarmou.
Chegando na capital capital,, o pr presiden esidente te ofereceu o fereceu a Lavalleja Lavalleja duas opçõ opções: es: ou ele iria iria para alguma alguma outra província brasileira, ou para Buenos Aires. Lavalleja escolheu Buenos Aires. O Brasil temia que houvesse uma associação entre Rosas, Lavalleja e Bento Gonçalves para se criar uma república república indepen independente dente ou interferir na polí política tica dos três países. Esse temor, iria regerrecebido o relacionamento autoridades comele Bento. voltou ao Brasil, sendoaliás novamente por Bento.dasMas então tanto comoEm o 1834 outro Lavalleja comandante de
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fronteira, Bento Manoel, em Alegrete, já haviam perdido a confiança do governo. Bento Manoel foi transferido, enquanto Bento Gonçalves foi suspenso.
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CHARQUE, PRODUTO DE EXPORTAÇÃO Com gado abundante nos campos , o Rio Grande encontrou no charque a principal sustentação para a sua economia emergente. A ocupação do Rio Grande do Sul se fez, principalmente, graças ``a pecuária. Foram as enormes manadas de gado solto - que haviam se multiplicado a partir das reses deixadas pelos jesuítas jesuí tas das Mis Missões sões - que atraíram os prim primeiros eiros habitantes fixos da d a região, e foi a exportação de gado vivo para as demais províncias que sustentou a economia gaúcha em seu primeiro século de exi existência stência ( século XVIII ). No iní início cio do século XIX, uma outra atividade, atividade, também ligada ligada à pecuária, tomari tomariaa o lugar da venda de gado vivo: era a exportação exportação de charque que, a partir da instalação instalação das prim primeiras eiras charqueadas no fi final nal do século XVIII, iri iriaa crescer até se tornar a pr prin incipal cipal ativ atividade idade econômica do Rio Grande, só vindo vindo a declinar declinar nas últim últimas as décadas do século XIX. No final final do século XVIII emi emigrou grou para Pelotas um port português, uguês, José Pinto Martins, que até então residia no Ceará, onde fabricava carne seca ( charque). Embora a técnica de produção de charque já fosse utilizada no rio Grande, atribui-se a Martins a instalação da primeira grande charqueada. A partir de então, a atividade só fez crescer. O produto, que em 1814 era o terceiroaitem da opauta de do Rio Grande, trigodoeséculo. couro, passou o cupar ocupar pr prim imeiro eiroexportação lugar, permanecen permanecendo do nessaestando situaçãoatrás até odofi final nal sécul o. em 1821 CONSUMO - Além de problemas com a produção de charques do Nordeste, outros dois aspectos contribuíram para a expansão desse item na província. O primeiro foi a existência de um grande mercado consumidor: afinal, o charque era o principal alimento dos escravos e das populações mais mais pobres do país. O segundo foi a exi existência stência de m muito uito gado. Essa disponibilidade de matéria-prima aumentou ainda mais quando, a partir de 1817, o Brasil ocupou a Banda Oriental ( atual Uruguai), que foi incorporada ao país em 1821, com a denominação de Província Cisplatina. Isto abriu, para os estancieiros gaúchos, a possibilidade de se instalarem naquela área, expandindo suas criações e assim, garantindo um maior fornecimento fornecim ento par paraa as charqueadas Riograndenses. Riograndenses. CICLO - Iniciou-se um ciclo de riqueza para os produtores de charque, que se concentravam principalmente emcompanhias Pelotas. Vem dessa após épocaseaapresentarem fama da cidade de cultura e riqueza. Para lá iam as de ópera, em como Buenoslocal Aires. Seus moradores contavam com o que havia de mai maiss “moderno” na Europa. Euro pa. Mas essa riqueza tinha sua contrapartida. O charque não era só produzido para, mas também por escravos, nos estabelecimentos situados ao longo dos canais São Gonçalo e Santa Bárbara, que eram descritos, por Nicola Dreys, na década de 1830, como locais semelhantes a “penitenciárias”. A população escrava da cidade era, em 1833, de 5.169 escravos, contra 3.555 livres e 1.136 libertos ESCRAVOS - Os charqueadores mais importantes tinham de 60 a cem escravos, que exerciam funções especializadas no processo que ia desde a morte das reses até o embarque do charque. Um grupo desses eera ra capa capazz de processar processar,, durante o vverão, erão, até 30 mil cabeças de gado. Como os escravos representavam o patrimônio do charqueador, que tinha investido uma razoável razo ável quantia em compra, muitas vezes eram empregados homens livres nas operações mais arriscadas - com isto, o proprietário evitava evitava com comprome prometer ter o patrimôn patrimônio. io.
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INTERESSES DIVERGENTES Apesar de sua riqueza, os charqueadores também enfrentavam problemas. O principal era garantir o fluxo de gado para seus estabelecimentos. Nesse aspectos, os interesses de charqueadores e estancieiros divergi divergiam. am. Enquanto os estancieiros estancieiros queriam poder manter manter suas terras e gado no Uruguai, e comercializar seus rebanhos lá quando fosse mais vantajoso, os charqueadores tinh tinham am interesses diam diametralmen etralmente te oopostos. postos. Para eles, era importante que contassem com um fornecimento garantido de gado, para o pleno funcionamento funcionamento de suas charqueadas. Por isto, apo apoiavam iavam a criação, por parte do governo central, de postos aduaneiros na fronteira, que coibissem o contrabando, e de taxas de exportação para o gado destinado aos matadouros do Uruguai - assim, o gado gaúcho não seria desviado desviado par paraa aquele mercado, e eles poderiam contar co com m seu fornecim fornecimento ento garantido. Al Além ém do contrabando de gado, outra queixa freqüente dos charqueadores eram os impostos que pagavam. Calcula-se que, considerados todos os impostos e taxas que recaiam sobre o charque, os charqueadores do Rio Grande do Sul pagav pagavam am 25% . a mais mais sobre o valor do produto produto,, enquanto que seus competidores platinos platinos só pagavam uma taxa de exportação de 4%. Apesar da oposição de interesses, interesses, charqueadores e eestancieiros stancieiros souberam encon encontrar trar um modus Embora a adesão Revolução Farroupilha Farroup ilha durante tenh tenhaa seosdado principalmente nte eentre ntre os estancieiros, vivendi. com pouca participação dosà charqueadores, mesmo dez principalme anos de duração do conflito os dois grupos mantiveram seus negócios - afinal, um dependia do outro.
MOEDAS FALSAS COMPLICAVAM A ECONOMIA GAÚCHA Durante todo o período colonial, o Rio Grande do Sul, sofreu devido à escassez de moeda. Inicialmente, as moedas moedas de ouro compunham cerca de dois terços do dinheiro dinheiro em circulaçã circulaçãoo no Brasil, sendo o outro terço formado principalmente de moedas de prata, com uma pequena parte de moedas de cobre. Quando ao chegar ao Brasil, em 1808, dom João VI abriu os portos às nações amigas e aumentou as importações, causou um desequilíbrio na balança de pagamentos, que agravou a crise das moedas, pois o ouro empregado em sua produção passou a ser destinado à cobertura do déficit na balança com comercial. ercial. A segui seguirr ocorreu o mesm mesmoo com a prata e a solução foi aumen aumentar tar a produção de moedas de cobre. Mas essas essa s moed moedas as logo começaram a ser falsificadas, tanto dentro como como ddoo país. Esse processo continuou a ocorrer depois da independência( em 1822), e mesmo depois da abdicação de D. Pedro I (em 1831). No Rio Grande do sul houve uma verdadeira inundação de moedas falsas. Calcula-se que entre as moedas de 40 e 50 réis, um quinto ou mesmo um quarto eram falsas.. O governo da província tinha medo de tomar medidas drásticas, como a proibição de circulação dessas moedas, e causar pânico entre a população. TROCA - Em 1833 o governo central central rresolveu esolveu que os portadores de moed moedas as em cobre ddeveriam everiam se apresentar dentro de um prazo de dois meses aos tesouros das diversas províncias, para entregar suas moedas e receber, em troca, células que representariam 95% do valor das moedas moedas que en entregassem. tregassem. Essas cédulas passariam a circular como dinheiro legal. Para os gaúchos, a medida cedo mostrou-se complicada. O prazo era muito pequeno, e o número de postos insuficiente. Nesse quadro já confuso, apareceram dois novos problemas: a falta de cédulas em número suficiente e sua falsificação. A situação atingiu tal gravidade gra vidade de devido vido à falta de me meio io circulante e à falsificaçã falsificaçãoo de cédulas, que nesse ano (1833) chegou a se instalar o pânico entre a população. Para acalmar o povo, o Conselho
Geral da província teve que determinar que as moedas de cobre continuassem em uso. como 96
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atenuantes, permitiu-se que o Tesouro recebesse vales como dinheiro, mas persistiu a desconfiança desconfi ança dos gaúchos. UM PERÍODO DE REVOLTAS A Revol Revolução ução farr farroupilha oupilha não foi apenas a mais prolongada, mas também a que levou seus objetivos mais longe. Embora tenha sido a revolta de maior duração que o pais já experimentou, a Revolução Farroupilha não foi a Única que houve no Brasil Império. Especialmente no período regencial, que sucedeu à abdicação de D. Pedro I ao trono, em 7 de abril de 1831, inúmeras rebeliões estouraram em diversos pontos do país. Em comum, essas revoltas tinham o fato de serem uma tentativa por part partee das províncias, de garantir garantirem em uma maior autonomia administrativa e econômica. Por isto, são geralmente chamadas de “revolução federalistas”: queriam que o pais funcionasse como uma federação, em que as unidades da federação teriam maior poder de decisão. EQUADOR - Ainda durante o reinado de D. Pedro I existiam revol revoltas tas federalistas. A Mais importante foi a Confederação de Equador ( 1824), ocorrida em Pernambuco. Foi deflagrada pelos senhores de escravos e alguns setores das camadas médias da população e, embora defendesse maior autonomia, não assumiu totalmente um caráter separatista. Durante o período regencial, as revoltas se sucederam rapidamente. Em 1831 houve a Federação dos Guanais, na Bahia. O ano de 1835 marcou o inicio da revolução Farroupilha, no Rio Grande, e da Cabanagem, no Pará. em 1837 aconteceu a Sabinada, na Bahia: em 1838 a Balaiada, no Maranhão e, fechando o ciclo, já durante o reinado de D. Pedro II, ouve em 1848 a Revolução Praieira, em Pernambuco.
OS CANHÕES VIRTUAIS DE RIO PARDO A capacidade de gerar soluções inéditas para problemas, o jogo de cintura, aliados à criatividade e a improvisação são marcas do povo brasileiro e eram também, motivados pela falte de recursos, o ponto forte forte do doss Farr Farroupil oupilhas. has. Em 1837, os governantes do Império irritados com o vexame sofrido no Rio Grande do Sul, mandaram preparar uma forte esquadra, composta de navios Imperiais mais outros tantos de mercenários e corsários ingleses, armados com canhões por todos os lados. Esta esquadra era composta por navio navioss de vários pa países íses e vin vinham ham para acabar com a Revol Revolução ução que já estava causando proble problemas mas na imagem do Império na Europa. Bem, esta esquadra super bem armada saiu do Rio de Janeiro em 1837 com a missão de acabar com o movimento revolucionário. Aportou em Rio Grande, reabasteceu de mantimentos e seguiu para o “front”. Os Farroupilhas foram avisados da força tarefa e não tinham as mínimas condições de enfrentar tal inimigo. Estava praticamente decretado o fim da revolução, tal o poderio do inimigo. Foi aí que a criatividade, “crise” x “crie” é só tirar o “s”, se manifestou, o General David Canabarro, mandou derrubar seiscentas (600) árvores de eucalipto, pintaram de negro, removeram os galhos, serraram serrar am nnoo fo formato rmato de canhões e espalhara espalharam m pelas barra barrancas ncas do Rio Par Pardo, do, colocando estrategicamente entre as árvores. Pode-se até hoje encontrar estes canhões virtuais no Museu de Rio Pardo. Quando a esquadra Imperial se aproximou, avistaram aquela imensidão de canhões de artilharia, apavorados recuaram. Emoutros reunião dos comandantes, decidiram uns foram de com voltaopara o Riopara de Janeiro, outros tomaram rumos, pois não estavam assim voltar, tão comprometidos Império enfrentar enfre ntar uma aartilharia rtilharia tão pesada e tã tãoo pode poderosa. rosa.
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OS MISTÉRIOS OCULTOS NO CHIMARRÃO Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, estamos certos de que o chimarrão não é um mero vício ou costume do povo gaúcho, nem um simples hábito alimentar sulino aprendido com os antepassados. O chimarrão, muito mais do que isto, é um rico cerimonial ritualístico, revestido de profunda “religiosidade”. É um ato de verdadeira “comunhão”, onde se afirma perfeita integração dos planos visível e invisível. Nessas ocasiões erguemos um brinde ao Criador Incriado e damos boas-vindas boas-vindas a todos os que queiram participar participar da paz e ddaa harmoni harmoniaa reinantes reinantes em nossa “tribo”. Na Am América érica do Sul uuma ma nação intei inteira ra de ín índios, dios, os Guaranis, empregava este ritual, da mesma forma que seus contemporâneos, na América do Norte, ofereciam aos conquistadores o “cachimbo da paz”. Era de tal relev6ancia o seu uso que negar-se a participar de uma dessas cerimônias eqüivalia a uma grande ofensa à divindade, ao chefe da tribo e a todo o seu povo. Era como afirmar o desejo de não integrar-se à sua comunidade. Isso os deixava muito irritados e, não raro, extremam extremamente ente violen violentos. tos. Muitos dos conquistadores não compreenderam esse procedimento e sua importância religiosa e, por esse motivo, passaram por maus momentos em suas relações com os povos nativos. Coube então, aqui no sul, aos padres catequistas da Companhia de Jesus, os Jesuítas, a tarefa de fazer “desaparecer” esse obstáculo. Era preciso incutir uma nova mentalidade religiosa-cristã entre os silvícolas e fazer com que eles abandonassem, abandonassem, por completo, a sua antiga tradição tr adição de pajelança. pajelança. Tentativa inútil e infrutífera... Foram décadas de proibições proibições desobedecidas deso bedecidas e de muito sofrimento sofrimento em ambos ambos os o s lados. Finalm Fin almente, ente, não podendo vencê-lo vencê-lo pela força, a Igreja o cristanizou, transformando-o em “produto de consumo” sem maior importância; um simples hábito, uma simples tradição pagã. É, portanto, fundamental resgatar a sua importância místico-religiosa, está no momento de restabelecer o conhecimento de nossos ancestrais, para o fortalecimento das gerações vindouras. PAZ “Se os senhores da guerra, Mateassem ao pé do fogo, f ogo, Deixando o ódio prá trás, Antes de lavar a erva, O mundo estaria em paz”. Mais do que nunca é preciso que tornemos realidade estas palavras. Acreditamos, firmemente que isto seja possível. Depende exclusivamente do nosso desejo, aliado à nossa vontade inquebrantável, de melhorar o mundo em que vivemos. Descruzemos os braços, preparemos um bom mate e, juntos, busquemos a paz universal! universal! Que assim Tupã nos ajude!
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FORÇA FEMININA – MULHERES VALENTES ANITA ANIT A GARIBALDI (1835) - A HEROÍNA FARROUPILHA
(Anita Garibaldi) Ao apaixonar-se por Giuseppe Garibaldi, acompanhando o corsário Italiano na proa de navios de guerra e no lombo de cavalos, a catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro, a Anita, protagonizou protago nizou capítulos de aberta coragem e devotado amor na Revolução Farroupilha. Farroupilha. Sem medo do estrondo de canhões e das cargas de cavalaria que estremeciam os campos do Rio Grande do Sul, Anita conquistou o que muitos homens homens almejavam almejavam - A coroa de heroína. Ainda hoje, a chamada “Heroína dos dois mundos” é reverenciada no Brasil e na Itália vem merecendo estátuas, livros, piquetes de amazonas, projetos de filmes. Ganhou até homenagem perpétua: A Árvore de Anita, Anita, uma fi figueira gueira bravia bravia que vem sendo replantada em lugares históricos. Anita deixou de ser a insossa dona de casa Ana Maria de Jesus Ribeiro em julho de 1839, quando tropas farroupilhas tomaram Laguna para fundar a República Juliana em Santa Catarina. Transformou-se em Anita ao ser admirada pela luneta indiscreta de Giuseppe Garibaldi, na época com 32 anos. Nas memórias ditadas ao escritor francês Alexandre Dumas, Garibaldi contou que estava a bordo do Itaparica, vasculhando o povoado atrás de mulheres:... “Uma delas, principalmente, atraía-me a atenção”. Enamorado, o italiano desembarcou. Teria sido recebido pelo próprio marido de Ana Maria, o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar, o desafortunado Manoel dos Cachorros. Ao deparar com os olhos negros e sedosos da jovem de 18 anos, o corsário não se conteve: “Virgem, tu serás minha!”. Em outubro de 1839, Anita decidiu acompanhar Garibaldi. Viveram Vive ram um tórrido ro romance mance,, nos bivaques ás m margens argens de riachos m murmurantes urmurantes ou no convés de embarcações enegrecidas de pólvora. O batismo de fogo ocorreu em novembro de 1839, na praia catarinense catarinense de Imbi Imbituba. tuba.
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Uma bala de canhão atingiu a escuna Rio Pardo, matando dois marinheiros e ferindo levemente Anita. Preocupado, Garibaldi ordenou que ela se protegesse no porão da nave. Nas memórias escritas por Alexandre Dumas, autor dos clássicos os Três Mosqueteiros e o Conde de Monte Cristo, Garibaldi lembrou a resposta da mulher; “Sim desço, mas para trazer fora os covardes que ali se esconderam”. Assim era Anita - suave com Giuseppe, intrépida diante do perigo. Em janeiro de 1840, o casal lutou na batalha de Forquilhas, em Curitibanos (Santa Catarina). O livro de Garibaldi e Dumas conta como ela escapou dos im imperiai periais:... s:... Anita Anita enterrou as esporas no ventre do cavalo e, de um salto, passou pelo mei meioo do ini inimi migo, go, não tendo recebido mais do que uma única bala que lhe lhe atravessou o chapéu e levou parte dos cabelos, sem lhe lhe tocar o crânio”.... O primeiro filho dos Garibaldi, Domingos Menotti, nasceu a 16 de setembro de 1840, na localidade de São Simão, em Mostardas, no litoral gaúcho. Mas não havia sossego naqueles tempos de pavios curtos e azeitados. Quando Menotti tinha apenas 12 dias, os imperiais atacaram São Simão, tentando capturar o corsário, que viajara para Viamão em busca de mantimentos. Garibaldi, narrou a fuga da mulher: “Anita tinha sido obrigada a montar a cavalo e, meio nua, com seu pobre fi filh lhoo nos braços, tin t inha ha sido obrigada a refugiar-se na floresta”. Garibaldi e Anita deixaram o Rio Grande do Sul em maio de 1841. Sempre envolvidos em revoluções, moraram no Uruguai e na Itália, onde Anita morreu, em 1849, aos 28 anos. Foi eternizada como a “heroína de dois mundos”. No Estado, vários pesquisadores cultivam a memória de Anita.” Ela foi Heróica”, diz Elma Sant’Ana, autora de oito livros de história e folclore. Um deles, Menott, o Garibaldi Brasileiro, foi publicado na Itália. Em 1992, Elma Sant’Ana fundou o Piquete Anita Garibaldi, reunindo amazonas que já desfilaram até na Itália. O legado de Anita Garibaldi não é perpetuado apenas no bronze. O Farroupilha Grupo de Pesquisas Históricas, comandado co mandado por Cary Ramos Valli, Valli, cultiv cultivou ou e espalhou as sementes da figueira que nasceu na quilha do Seival, o barco de Giuseppe. Vista pela primeira vez, em 1918, a planta frutificou.. Hoje, a chamada Árvore de Anita viceja nas cidades de Cristal, Viamão, Caçapava, Laguna e Porto Alegre.. “É um símbolo vivo dos farroupilhas”, destaca Cary Valli. No próximo dia 20, uma muda será plantada em Mostardas, onde nasceu Menotti.
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MARIA FRANCISCA (1835) CHICA PAPAGAIA - A DESAFORTUNADA DESAFORTU NADA Maria Francisca Duarte Ferreira talvez seja a mais desafortunada das mulheres que ousaram participar da revolução no Rio Grande do Sul. Acompanhou as tropas farroupilhas na insurreição do Brasil( 1835 - 1845), costurar carnes rasgadas por golpes de contra lança oeImpério suportou o desconforto das ajudou longas amarchas, mas não recebeu agradecimentos. agradecim entos. Ao contrário , passou à his história tória como a desven desventurada turada Chica Chica Papagaia - a amante do general farrapo David Canabarro. E o pior: chegou a ser acusada de provocar a derrota na batalha do Cerro dos Porongos, porque estaria entretendo Canabarro dentro da barraca do quartelquar tel- general. Nascida em Santo Antônio da Patrulha, Pat rulha, Maria Franci Francisca sca conheceu David José Martins o Canabarro, em Taquarí. Era um amor proibido, porque ela já estava casada com o farmacêutico farmacêuti co João Duarte Ferreira. O hi historiador storiador Otelo Rosa, no llivro ivro “Os “Os Am Amores ores de Canabarro”, editado em1933 pela livraria do Globo, descreveu a aparência de Chica Papagaia na época da Revolução Farroupilha: “Era uma bonita mulher, Maria Francisca. De estatura mediana, tinha formas bem pronunciadas, fortes e rijas. Os cabelos eram pretos e lo longos, ngos, a tez mo morenorenoclara. O seu encanto maior estava nos olhos negros, rasgados, profundos. Na boca, os lábios úmidos e vermelhos, trazia um constante sorriso, acolhedor e amável...”Em 1844, quando o romance incendiava os bivaques, Chica tinha 31 anos - 17 a menos que o general. É certo que Canabarro encantou-se pelos negros olhos, pelos lábios úmidos de Maria Francisca. Ela e o Boticário João Duarte começaram a prestar serviços aos farroupilhas em 1840, no combate de Taquarí, tratando feridos. Quatro anos depois, João Duarte foi nomeado cirurgião das tropas. Os soldados divertiam-se com a situação. As zombarias aumentaram quando o marido traído apareceu com uma gaiola e um papagaio que aprendera a xingar os imperiais. O historiador Otelo Rosa transcreveu o comentário atribuído a um tal de Manduca Polvadeira: “T “Tenho enho visto gaiola feita de muita madeira diferente. Inté de osso, já vi. Mas gaiola feita de chifre aquela é a primeira que eu vejo”. Foi o que bastou para surgirem os apelid apelidos os de Doutor gaiol gaiola, a, para João Duarte, e de Chica Papagaia. As desventuras de Maria Francisca se conjugaram na madrugada de 14 de novembro de 1844, nas imediações de Piratini, na batalha do Cerro dos Porongos. Região de solo pedregoso e vegetação rasteira. Os 1,2 mil homens de Canabarro dormiam. Subitamente, os insones sentinelas gritaram: “O Moringue! O fuinha!”. Era o imperial Francisco Pedro de Abreu, o Astuto Moringue, atacando com 1170 praças . Foi um desastre: cem farroupilhas mortos, 300 prisioneiros mil cavalos e peças de artilharia apreendidos. Parte da culpa recaiu em Chica Papagaia que teria amolecido o antes vigilante general Canabarro. Elma Sant’Ana, geolografa e pós-graduada em ecologia humana e folclore, observa que Maria Francisca foi injustiçada. Tivesse Canabarro assumido o romance, a exemplo do que Giuseppe Garibaldi fez com Anita, a história seria diferente. Na derrota de Porongos, o mais fácil foi acusar a amante e adúltera. Mas existem outros fatores a considerar. O general Antônio de Souza Neto, que havia proclamado a República Riograndense em 1836, prevenira Canabarro da possibilidade de ataque. Entre os imperiais, também havia oficiais brilhantes. Moringue marchara quatro noites, exigindo que os soldados abafassem o tinir de freios para surpreender os rebeldes. Depois da tragédia, Canabarro saiu ao encalço de Moringue. Otelo Rosa registrou que o general farrapo chamou João “.Duarte a dispensa: mulheres no acampamento. dê lembranças à dona Chicae comunicou Papagaia morreu em “Não 1894, convém em Taquarí, pobre e esquecida. E Sem descendentes, não restou nada dela, nem mesmo a catacumba 548, já destruída.
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JOANA GALVÃO (1680) A GUARDIÃ DE SACRAMENTO Há 323 anos, numa época em que a espada de Portugal e o arcabuz de Espanha disputavam os confins da América, Joana Galvão ajudou a fundar e a defender a Nova Colônia do Santíssimo Sacramento - a fortaleza de onde saíram povoadores para o Rio Grande do Sul. Em meio a soldados revestidos de armaduras, elmos e couraças, Joana enfrentou o primeiro ataque contra Sacramento. Descrita por historiadores como uma “leoa”, acabou sendo perfurada pelas lanças dos índi índios os guaranis a serviço da coroa espanhola espanhola.. Não virou heroína e nem santa - deixou o exemplo dos que preferem resis resistir. tir. O Rio Grande do Sul surgiu oficialmente em 1737, quando o brigadeiro José da Silva Pais construiu o forte fort e Jesus Maria José, no atual muni municípi cípioo de Rio Grande. Mas as origens o rigens gaúchas são mai maiss antigas. O cordão cord ão umbil umbilical ical do continen co ntinente te de São Pedro Pedr o estende-se até a foz do Rio da Prata ( território do Uruguai ), em Colônia do Sacramento, a 500 quilômetros de distância da fronteira Riograndense. Acossados pelas invasões espanholas, muitos moradores de Sacramento vieram colonizar o Estado. A fundação de Colônia do Sacramento ocorreu em janeiro de 1680. Joana Galvão veio na frota de cinco galeões, comandada pelo mestre-de-campo e governador do Rio de Janeiro, Manoel Lobo, 44 anos. Ela acompanhava o marido, o capitão de cavalaria Manuel Galvão. “O simples fato de ela vir de Portugal para uma terra longínqua e selvagem já demonstra uma personalidade personali dade mui muito to fort forte”, e”, ressalta o historiador uruguaio Fernando Assunção, 66 anos. A expedição do fidalgo Manuel Lobo trouxe 200 soldados, alguns oficiais 18 canhões, cem barris de pólvora, alimentos, ferramentas, e tábuas para erguer Colônia do Sacramento às margens do Rio Prata. As famílias de colonos e as mulheres viriam depois. A cidadela portuguesa portugu esa estava somente a 45 qu quil ilômetros ômetros de Buenos Ai Aires. res. Fundada em 1534 como co mo a mais extremada das fortificações espanholas, Buenos Aires contava menos de 20 mil habitantes Joana Galv Galvão ão acostumou-se ao ambi ambiente ente hostil e inóspito. inóspito. Espanha logo percebeu que Portugal pretendia se expandir pela região. Com o enclave de Colônia os portugueses podiam controlar a navegação pela foz do Rio da Prata e o Oceano Atlântico. Dom Manuel Lobo iniciou iniciou a construção da fortaleza for taleza e atraiu povoadores nativ nativos os - na maioria in indígenas, dígenas, eescravos scravos negros e aventureiros. Índios das planícies, os charruas e minuanos corriam velozmente a pé, dominavam cavalos bravios manejavam lanças curtas e arremessavam as temíveis boleadeiras ( pedras do formato for mato de ovo amarradas em corr correias eias de couro). Na madrugada de 7 de agosto de 1680, Antônio de Vera Muxi Muxica ca atacou Colônia de Sacramento, com 250 soldados espanhóis e cerca de 3 mil índios guaranis. O combate foi tão cruento quanto desigual. desigual. Os portugueses recusaram a rendi rendição. ção. Adoentado e convulsi convulsionado onado por febres, Manuel Lobo delegou a resistência resistência para o capitão Manuel Galvão, marido marido de Joana. O historiador Fernando Assunção, que estuda Sacramento desde 1953, observa que não há documentos sobre o casal. “São lendas históricas”, ressalva. Manuel Galvão deveria ter 30 anos. Joana entre 20 e 25 anos. Os portugueses se bateram bravamente, mas era impossível deter a horda guarani. Indignados com o que consideravam invasão de território e açulados pelas promessas de
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saque, eles gritavam Ayuca caraiba ( morte aos brancos). Foram dizimados os 300 inimigos portugueses, portugu eses, arr arrebentando ebentando cabeças, espetando corpos. As setas transpassaram a cota co ta de couro retorcido retor cido de Man Manuel uel Gal Galvão. vão. Então, surgiu Joana, recolhendo a espada do marido marido morto, que seria despojado pelos guaranis. “Ela foi defender a honra do marido”, destaca Fernando Assunção. Autor do livro Epopéia e tragédia de Manuel Lobo e de outras 52 obras, o historiador escreveu que Joana Joana lutou como “um “umaa leoa”, um umaa possuída”. O martírio de Joana Galvão poderia ter sido evitado, se houvesse a rendição. O doente Manuel Lobo, por exemplo, foi poupado pelo comandante espanhol Vera Muxica, numa gentileza entre fidalgos. O fundador de Colônia morreu em 1683, fulminado pelo febrão que tanto o atormentava Os espanhóis voltariam a invadir ou sitiar Sacramento, em 1705, 1735 - 1737 e 1761 1762. No auge, a cidadela portuguesa abrangia cerca de 25º. do atual território do Uruguai. Chamadas de “Jardim da América”, devido a abundância de manadas de gado e plantações de frutas, reunia r eunia perto de 3 mi mill morador moradores. es. Em 1777, Portu Portugal gal entregou definitivam definitivamente ente Colônia à Espanha, recebendo em troca os sete povos missioneiros ( as reduções dos padres Jesuítas e índios Guaranis), que ficavam no Rio Grande do Sul.
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APOLINÁRIA CARDOSO (1893) O sangue e os estertores dos cerca de mil maragatos e pica-paus degolados durante a Revolução Federalista de 1893 pareciam distantes de Apolinária Cardoso de Souza, pequena fazendeira em Santiago do Boqueirão. Mas quase nenhum dos 900 mil gaúchos daquele final de século da mai mais s cruenta eentrou bárbarainvoluntariamente guerra civil que já convulsi convulsionou onou ao o Estado. Em estava agostoa salvo de 1894, Apolinária no conflito, evitar o desaparecimento do cadáver do general maragato Gumercindo Saraiva. Cem anos depois, ganhou uma placa na praça de Itacorubi ( ex distrito de Santiago), com o elogio “Heroína do Rio Grande Antigo). Quando estourou a guerra das degolas, entre pica-paus ( governistas do Partido Republicano Riograndense, identificados pelo lenço branco) e os maragatos ( Partido Federalista de lenço vermelho) , Apolinária de Souza estava viúva de Antônio Moraes. De idade desconhecida, ela cuidava dos rebanhos de gado e ovelha da Estância Velha, cuja casa em estilo colonial português ainda existe.
Os combates se sucediam, com degolas, castrações, pilhagens e estupros. Os soldados quase não disparavam as pesadas carabinas francesas Comblain. Alguns portavam pequenas facas, o gume afiado para secionar carótidas de pescoços inimigos. Em novembro de 1893, o maragato Latorre de 300 pica-paus, às mandou margensabrir do Rio em Bagé. Em Adão abril de 1894,comandou a vingançaa: degola o coronel Firmino de Paula 370Negro, gargantas maragatas, no Capão do Boi Pret Preto, o, em Palmeiras Palmeiras das Missões. Apolinária de Souza entrou na guerra em 1894. O partido Federalista, chefiado por Gaspar Silveira Martins, continuava tentando derrubar o governo de Júlio de Castilhos. A coluna maragata de Gumercindo Saraiva, então com 42 anos, sustentava a revolução. No entanto, a 10 de agosto de 1894, Gumercindo foi atingido por franco-atiradores em Caravi, perto de Santiago. Um tiro acertou o pericárdio( revestim revestimento ento do coração) coração).. O médico médico da tropa, Ângelo Dourado, registrou, no livro Voluntários do Martírio, as últimas palavras do caudilho: “Meus filhos, vocês estão sem mim, eles me mataram...” No dia segui seguinte, nte, Gume Gumercind rcindoo foi sepultad sepultado, o, em apressadas exéq exéquias uias no cem cemitério itério de Santo Antônio dos Capuchinhos ( a 10 quilômetros do atual município de Itacorubi), perto da fazenda de Apolinária. Sempre sendo perseguida pela temível Divisão do Norte, a coluna maragata se dispersou. Ao passar pelo cemitério, o general pica-pau Francisco Rodrigues Lima, veterano da Guerra do Paraguai, mandou desenterrar o corpo de Gumercindo e expo-lo na beira da estrada, como trunfo de guerra. Quando os soldados se retiraram, Apolinária devolveu os restos mortais à tumba. Mas o pesadelo pesade lo de infâm infâmias ias e vio violaçõe laçõess estava apenas com começand eçando. o. A retaguarda da div divisão isão do Norte, vin vindo do logo atrás, também queria desfilar diante do cadáver. Como não encontraram o corpo, oficiais pica-paus bateram na casa de Apol Apolinária. inária. Sob ameaças, ela rreve evelou lou a sepultura. O cadáver voltou a ser mutilado mutilado.. A cabeça de Gumercindo foi cortada ( a ordem teria partido do coronel Firmino de Paula) e posteriormen posterio rmente te enviad enviadaa a Júlio de Castilhos, como troféu. A fazenda continuo continuouu zelando os despo despojos jos do caudilho maragato. Espalhou espinhos ao redor do cadáver decapitado, para afugentar cães vadios e outros animais. Depois, como os soldados soldados pica-pa pica-paus us não voltassem, enrolou o que restava de Gume Gumercindo rcindo numa lona e escondeu no tronco de uma árvore. Em agosto de 1895, ceifadas 10 mil vidas, foi assinado o tratado de paz. Em 1899, o general Aparício Saraiva, irmão de Gumercindo, mandou buscar o cadáver. Em agosto de 1994, a coragem e o humanismo de Apolinária de Souza foram recompensados, com placas na praça de Itacorubi e no cemité cemitério rio do doss capuchinh capuchinhos. os.
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CABO TOCO COMBATEU MARAGATOS EM 1923 A pólvora que atiça os valentes e deixa nauseado os covardes significava perfume para Olmira Leal de Oliveira, a Cabo Toco da Revolução de 1923. “Nunca tive medo de nada, queimava cartucho e acompanhava tudo”, declarou ela em 1987, dois anos antes de morrer. Tanta disposição para o combate rendeu elogios de oficiais da Brigada Militar, uma música e exposição de obj o bjetos etos pessoais no Museu Municipal de Cachoei Cachoeira ra do Sul. Nascida em Caçapava do Sul, Olmira Olmira de Olivei Oliveira ra tinha tinha 21 anos quando eclodiu eclodiu a revolução de 1923. De lenço vermelho ao pescoço, os maragatos da Aliança Libertadora ( embrião do Partido Libertador ) tentavam derrubar o presidente do Estado, Antônio Augusto Borges de Medeiros acusado de se reeleger, pel pelaa quarta vez, medi mediante ante fraude eleitoral. eleitoral. Até mortos teriam votado nele. Ostentando lenço branco, os chimangos do Partido Republicano Riograndense ( P R R) queriam abafar o que consideravam inturgescias de bandoleiros. O conflito durou 324 dias, sobressaltando os 2,2 milhões de gaúchos da época. Olmira de Oliveira alistou-se como enfermeira no 2º. Corpo Auxiliar da Brigada Militar, de Caçapava do Sul, comandado pelo coronel João Vargas de Souza. Carregava uma pequena valise vali se de madei madeira ra com remédi remédios, os, duas seringas, gaze esparadrapo, mas gostava mesmo mesmo era de alçar a mira mira do mosquetão Mauser. Aos 15 anos, já portava um revólver cal calibre ibre 32. Maragatos e chimangos chimangos ainda ainda estavam ressentidos com as degolas da revolução Federalista Federali sta de 1893. Mas o confl conflito ito de 1923 não ffoi oi tão encarni encarniçado. çado. Borges de Medeiros Medeiros mandou os governistas evitarem matanças. Assestadas no topo das cochilhas, as metralhadoras Colt desencorajavam as cargas de cavalaria. O Historiador Artur Ferreira Filho calculou em menos de 1 mil o total de mortos. Não há registros de que Cabo Toco tenha alvejado algum maragato nos tiroteios. Cabo Toco também atuou como espiã. Vestindo-se de homem, ela se aproximava das fazendas, para identificar possíveis inimigos. Audaciosa espionou as tropas de José Antônio Netto, o Zeca Netto, na época com 69 anos. Como teria namorado a Mãe de Cabo Toco, Auta Leal de Oli Oliveira, veira, Zeca Netto co conhecia nhecia a vi visitante sitante chimanga. Ela Ela narrou, na entrevista de 1987, o encontro com o caudilho: “Zeca Netto me mandou descer do cavalo. E eu, com espírito de macaco, cuidava de um lado e de outro. Ele mandou assar uma costela, e eu sempre cuidando para ver se ele não ia envenenar a carne. Começou a me aconselhar a desistir da revolução e voltar para casa... Cabo Toco recusou o conselho. Contou tudo ao coronel João Vargas, que atacou os maragatos na madrugada seguinte, sem êxito. Depois de 23, Cabo Toco voltaria a queimar cartuchos nos movimentos revolucionários de 1924 e 1926. Em 1951, casoucasou-se se com Antônio Martins da Sil Silva, va, mas não teve fil filhos. hos. Em 17 de julho de 1963,o coronel João Vargas atestou os “relevantes serviços ”prestados por Cabo Toco : .... “Não só trabalhando como enfermeira, mas também tomando parte ativa nos combates, onde mostrou destemor e valor pessoal”. Nos últi últimos mos tempos, viúva viúva Cabo Toco morava num casebre, em Cachoeira do Sul. Sempre usando guarda- chuva e casaco escuro semi-comprido, fosse inverno ou verão, ela andava numa carreta verde de duas rodas, fazendo pequenos fretes para sobreviver. O chicote estalando no ar e o im imaginári aginárioo rrevólver evólver escondido na cintura assustavam as crianças.
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“Lá vem a Cabo Toco” gritavam elas, quando viam assomar a carroça tripulada pela carrancuda velhinha velhinha que se in inebriav ebriavaa com o cheiro de pólvora. A professora Rosana Sena dos Santos, 36 anos, era uma das que temia Cabo Toco. Num dia , já adulta, Rosana resolveu descobrir a razão do apelido de Olmira . Medindo 1m58 cm, postou-se posto u-se ao lado da veterana de 1923. “Vi que ela era um pouco po uco menor que eu”. constatou a professora. Em 1987, Cabo Toco ganhou uma músi música, ca, composta por Nil Niloo Brum. Subiu no palco da 5º. Vigí Vigíli liaa do Canto Gaúcho, em Cachoeira do Sul, e foi aplaudida. aplaudida. Logo depois recebeu pensão da Brigada Militar e mais homenagens. Em Ijuí, foi criado o Grupo de Artes Nativas Cabo Toco, congregando civ civis is e mi mili litares. tares. Ela morreu em outubro de 1989, com a aura dos que são batizados no fogo de batalhas.
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FRUTUOSA ENFRENTOU O LEÃO DO CAVERÁ Frutuosa de Souza Américo não temia o matraquear das metralhadoras, os relinchos de cavalos, as imprecações dos feridos, a liv lividez idez dos que tombavam ati atingi ngidos dos por po r balas ou golpes de espada. Ao contrário contr à da vontade nos campos de batal batalha, ha, em meio meiento o aosde fumos dea pólvora e aos canosário doselafuzis. fuzisentia-se s. Chamada Chama de Frutuosa Sil Silveira veira no 2º. Regim Regimento Políci Polícia Montada ( 2º. RPMon) de Santana do Livramento, combateu nas revoluções de 1923 e 24. Tentou ir a São Paulo, para Lutar em 1930 e 32, mas não obteve permissão da Brigada Militar. A trajetória de Frutuosa Silveira foi resgatada pelo jornalista e historiador Ivo Caggiani, 65 anos, de Livramento. Mulher do soldado-clarim Rosalino Silveira, do 2º. RPMon, Frutuosa decidiu lutar na Revolução de 1923 contra os maragatos (Aliança Libertadora) que tentavam derrubar o governo de Antônio Augusto Borges de Medeiros. O batismo batismo de fogo ocorr ocorreu eu justamen justamente te contra contr a o caudilho Honório Lem Lemes es da Silva Silva - um dos mais destemidos generais rebeldes. As tropas do 2º. RPMon, com Frutuosa na retaguarda, se encontraram com a coluna de Honório Lemes em 6 de maio de 1923, no Passo dos Guedes a 15 quilômetros de Livramento. O caudilho vinha com cerca de 1,5 mil homens, para tentar invadir a cidade. Os batedores maragatos teriam t eriam atirado primei primeiro. ro. Mas Honório Lemes precis precisou ou recuar r ecuar po porque rque era im impossível possível enfrentar as metralhadoras Colt somente com alguns mosquetões de repetição Mauser, poucas carabinas carabin as Wi Winchester nchester e as Combl Comblain ain de um tiro só. No relatório ddoo 2º. RPMon, co consta nsta que umas “varejadas de metralha” dissuadiram os inimigos. Os maragatos pegaram em armas porque recusavam a quarta reeleição de Borges de Medeiros pelo Partido Republican Republicanoo Riograndense( PRR). Borges havia havia batido o candidato candidato da Aliança Libertadora, o diplomata e fazendeiro Joaquim Francisco de Assis Brasil, por 106.319 a 32.217 votos. Houve Hou ve várias denúncias denúncias de fraudes nnaa eleição. eleição. O plano dos rebelados era conflagrar o Estado, para provocar uma intervenção do Governo Federal. Última revolução a cavalo, a de 23 registrou combates esparsos. O maior duelo ocorreu entre a coluna de Honório Lemes e a Brigada do Oeste, comandada por José Antônio Flores da Cunha. Cunha. Até m mesmo esmo os chim chimangos angos ( governistas) governistas) destacaram a bravura bravura de Honório Honório Lemes, Lemes, na época com 59 anos. anos. O elogio elogio inscri inscrito to nos registros do 2º. RPMon: RPMo n: “O “O grande adversário desta Brigada foi o general Honório Lemes, o mais mais indômi indômito to guerreiro justamente apelidado apelidado de Leão do Caverá....” Frutuosa Silveira não se assustou com a fama do Leão do Caverá. Em junho de 1923, ela voltaria a se bater contra os maragatos, na Picada do Aipo, a 70 quilômetros de Livramento, também como voluntária. Foi incumbida pelo então tenente Venâncio Batista de alcançar munição aos soldados. Comandados pelo Coronel Chiquinote Pereira, os revolucionários não suportaram suportar am o mel melhor hor armamen armamento to do do2º. 2º. RPMon. O registro do co combate mbate fei feito to pelos oficiai oficiaiss da Brigada “o fogo das armas, se não causo causouu grandes baixas baixas ao inim inimigo, igo, ao menos obrigou-o obrigou-o a abandonar suas posições...
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Depois dos entreveros, Frutuosa lavou roupas para sobreviver. Os principais clientes eram oficiais do 2º. RPMon. Sem filhos naturais, adotou três crianças. “Ela era muito serviçal, prestativa”, diz Maria Maria Edith Severo, 72 anos, uma das adotivas. Maria Edith lembra lembra de histórias de guerra. cortava oo charque carona (couro de sola,galinhas usado nomarchando, lombo do cavaloFrutuosa para amortecer impacto do da almoço sela) e na seguidamente depenava porque quase não havi haviaa tempo para acampar. Um dos netos, Amauri Amauri Severo de Oli Oliveira, veira, 43 anos, anos, recorda narrativas de degola. Os historiadores afirmam que as atrocidades de 1893 quase não se repetiram na Revolução de 1923, mas Frutuosa teria contado aos familiares que abriu gargantas de inimigos feridos. Um dia, já bem velhinha, ela ficou tonta e caiu no açude enquanto lavava roupa. Depois, comentou em casa: “É um dos que ajudei a degolar que está querendo me puxar”. Frutuosa morreu em março de 1968, aparentando cerca de 75 anos. Os familiares não sabem onde e quando ela nasceu.
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Zeferina Dias (1924) Combateu a Coluna Prestes Quando a Coluna de Luiz Carlos Prestes partiu do município de Santo Ângelo disposta a sublevar sublev ar o Brasil, em 28 de outubro de 1924, a voluntári voluntáriaa Zeferina Zeferina Dias, Dias, a Bolachinh Bolachinha, a, acompanhou as Tropas da Brigada Militar ( B M ) na tentativa de deter os revoltosos. Em 3 de janeiro de 1925, Zeferina participou do tiroteio de mais de 12 horas contra as forças de Prestes, no combate combate da Ramada, em Palm Palmeiras eiras das Missões. Missões. Como o gás das metralhas, metralh as, a fumaça dos campos iincendi ncendiados ados e a pólvora pó lvora queim queimavam avam a garganta dos soldados, ela arriscou a vida para buscar água nos riachos. “completamente alheia ao perigo das balas que sibilavam em torno de si, foi distribuindo o ambicionado liquido aos sequiosos combatentes”, elogiou o coronel Orestes Carneiro da Fontoura no relatório da B M. O jornalista e historiador Ivo Caggiani, 65 anos, recuperou a trajetória de Zeferina Dias num livro sobre o 2º. Regimento de Polícia Montada ( R P Mont), de Santana do Livramento. Autor de 10 livros e biografias, Caggiani descobriu que Zeferina destacou-se na Revolução de 1924, contra a Coluna Prestes . Mas não existem maiores informações sobre a combatente. Não se sabe onde nasceu, dat dataa da mort morte, e, nem os motiv motivos os par paraa o apelido apelido de Bolachi Bolachinha. nha. Como outras voluntári voluntárias, as, quase foi esquecida. O combate de Ramada (atualmente (atu almente fica fica em Ajuricaba, que se desmembrou de Palmeiras das Missões) foi cruento, medonho, renhido. As tropas do 2º. RPMon, com Bolachinha na retaguarda, chegaram à região em 2 de janeiro de 1925. Às 8 h. do dia dia seguinte, o confronto. No iní início, cio, tiroteios esparsos, esparsos, entre patrulhas avançadas. Firmadas Firmadas as trinchei trincheiras ras os gatilhos gatilhos não descansaram. O relatór relatório io da Brigada Militar Militar elogiou a estratégia de Prestes, na época com 26 anos de idade: ... “cumpre registrar a manobra astuta do comandante da coluna, nos momentos que precederam o combate, quando queimou queim ou campos para assim esconder e disf disfarçar arçar seus movi movimentos, mentos, prot protegido egido pela fumaça”. fumaça”. As cortinas de fumaça que se desprendiam do capim ressequido, o calor, os gases expelidos pelas câmaras de propulsão das metralhadoras e os fumos de pólvora logo ressecaram gargantas. O coronel Orestes da Fontoura, que lutou como tenente em Ramada, registrou o suplí suplício: cio: “... os homens tinham a boca e a garganta secas, e nos lábios lábios formavam-se uma crosta endurecida que, de momento a momento, era preciso arrancar por incômoda e nauseante”. Quando a sede atormentava tanto quanto as balas inimigas, surgiu Zeferina Dias, a Bolachinha. Com duas garrafas de água por vez, socorria os soldados. Ignorando o zunir dos tiros montava num pequeno cavalo branco e voltava a se abastecer no arroio. O coronel Fontoura descreveu a Sena no seu relatório : “Além do desprezo pelo perigo a que se achava exposta percorrendo a linha, via-se em seu rosto jovem a satisfação com que desempenhava aquele ato de so soli lidariedade dariedade humana Podendo carregar duas garrafas por vez, Bolachinha, conseguia apenas aliviar as gargantas afogueadas. O coronel Fontoura contou como ela tentava distribuir as doses com igualdade: igual dade: “.... “...... quando algum homem homem reclam reclamava ava ou queria forçá-la a dar-lhe maior maior quantidade qu antidade de água, ela, sorrindo, dizia-lhe carinhosamente carinhosamente,, ali ali,, ainda não beberam”.
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O capitão Luiz Carlos Prestes rompeu o cerco, deixando 49 mortos, e iniciou a marcha que se estenderia por 25 mil quilômetros quilômetros e só termin terminaria aria em 3 de ffevereiro evereiro de 1927. Chamado de o Cavaleiro da Esperança, Prestes não conseguiu reformar o país e derrubar o então presidente Artur Bernardes, mas rreali ealizou zou possivel possivelmen mente te a maior marcha da hi história stória militar. militar. As tropas do 2º RPMon não puderam ir atrás dos rebeldes. Não havia munição. Os cavalos estavam estropiados. Os cinco dias de vigília incessante, as 12 horas de “feroz combate” e sede havi haviam am prostrado os soldados. Mas o coro coronel nel Fontoura destaco destacouu a bravura bravura de Zeferina Zeferina Dias: ... Bolachinha deixou em todos um grande sentimento de gratidão e, ao mesmo tempo, de admiração pela sua coragem e dedicação. Seria justiça justiça que este fato constasse na história da Brigada Militar Militar “.
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- CONSIDERAÇÕES FINAIS -
Uma Guerra Equilibrada A Revolução Farroupilha ficou marcada pelo equilíbrio nos combates entre as tropas do Poderoso Podero so Império do Brasil e pelo corajoso e valente valente exército Riograndense, Riograndense, onde o amor à querência e ao torrão gaúcho, transformou homem da terra em verdadeiros guerreiros imbatíveis, os “Centauros do Pampa”. Centauros porque não se podia identificar onde terminava o cavalo e ondeque começava o homem, os dois quando em combate eram uma coisa só, parece par ece que ooss cavalos nascem aqui jjáá nascem fortes e destemidos. Foram 118 confrontos bélicos e escaramuças com 59 vitórias para cada lado, sendo que nos anos de 1835, 1836, 1837, 1838 e 1839, houve ampla vantagem dos farroupilhas sobre os imperiais, o predomínio era marcante. Já de 1840 a 1844 a vantagem foi das forças imperiais, neste período o Rio Grande já estava desgastado por uma guerra tão longo e tão cara, a economia gaúcha estava liquida e a moral das tropas muito ruim. Mas em 1845, finalmente foi assinado o tratado de Ponche Verde, não houveram vencedores nem vencidos, aliás todos perderam e muito, com este acordo a paz voltou a reinar sobre o pampa Gaúcho, marcado por sangue e pólvora. Ficaram os ideais farroupilhas os quais preservamos até hoje, na busca de uma sociedade mais mais justa justa e mais humana. humana. “Liberdade, “Li berdade, Igualdade e Humani Humanidade”. dade”.
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Epílogo Meus IIr ∴ na Arte Real não há epílogo, cada um de nós é a continuidade do trabalho de outro irmão que nos antecedeu. A Ordem Maçônica é a mais importante obra simbólica da humanidade, por isso em nãoprol tem determinado e enquanto vidae mais nesteffraterno. planeta estaremos trabalhando da início construção de um mundo melhor, melhor, existir mais justo raterno.
“Haverão dias em que não mais existirão fronteiras, barreiras, discriminação, racismo e tantas outras chagas que afligem a humanidade, neste dia haverá uma Maçonaria Universal onde todos serão iguais vigorando aí a nova ordem planetária o Reino da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.”
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FONTES DE CONSULTA A Bíblia Sagrada História do Brasil - Bloch Editores - Vol.II Vo l.II A Legenda e a Histórica da Maçonaria - Arão História Secreta - Gustavo Barroso - José Luiz Silveira Revelações históricas da Maçonaria Os Maçons: Vida e Obra – Mo Morival rivalde de Calvet Fagundes O Ensino Universitário Universitário e as Fontes da Rev. Farroupilha Os Maçons Vida e Obra – Morivalde Calvet Fagundes Cancioneiro Canci oneiro da Revolução de 1835 - Apolinário Apolinário P. Alegre Aparas do Tempo - Moysés Velinho - Ed. Erus Estância “poemas Diversos”- Ubiracy Silveira Borges O Continente - Érico Veríssimo Veríssimo - Ed. Globo Jornal O Continentino - 1831 - R. da Igreja, 67 Os Mistérios Ocultos no Chi Chimarrão marrão – Wi Wilson lson Tubin Tubinoo – Ed. Evangraf E vangraf
OBRAS DO AUTOR √ Série de Estudos Maçônicos: “A Pedra Bruta” (01) Curso para Aprendizes e estudiosos de Maçonaria. ð “A Pedra Cúbica” (02) Curso para Companheiros e buscadores da Luz. ð “A Construção” (03) Curso para Mestres Maçons, e a cami caminhada nhada conti continua. nua. ð “Tratado da Pedra Filosofal” (04) Uma viagem viagem pela alma e pela psi psique que Humanas. ð “Tratado de Fil Filosofia osofia Maçôni Maçônica” ca” (05) A verdadeira filosofia Maçônica apresentada de uma forma inédita, através dos diálogos de Lessing. ð “Epopéia Farroupil Farro upilha ha e a Maçonaria Riograndense”(06) Riograndense”(06) A História contada pelos seus próprios personagens. ð
√ Outros Temas: ð
“NO AR ! Ah! Fazer Rádio. A história do Rádio contada co ntada pelos microfones.
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Epopéia Farroupilha PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com