empreendedorismo

May 3, 2019 | Author: jorgetbastos | Category: Empreendedorismo, Innovation, Economics, Strategic Management, Profit (Economics)
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Ensino a Distância Disciplina Empreendedorismo e Planejamento

Autora Dalva Santana

Design / Diagramação Tina Perrone Guilherme Cruz da Silveira

Atendimento ao Aluno EAD

DDG 0800.0514131 DDG: 0800.6426363 E-mail: alunoead@ulbr [email protected]  a.br  Campus Canoas:  Av.. Farroupilha, 8001  Av 8001 · Prédio 11 · 2º andar - Corredor Corredor central central - Sala 130 · Canoas/RS Canoas/RS  Atendimento de segunda-feira a sexta-feira: sexta-feira: Manhã/Tarde/Noite: Manhã/Tarde/Noite: Das 8:00hs 8:00hs às 22:30hs 22:30hs  Atendimento aos aos sábados: Manhã: 8:00hs às 12:00hs 12:00hs

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 Apresentação Geral do conteúdo Estimados alunos! O objetivo principal desta etapa é proporcionar a vocês conhecimentos sobre o termo empreendedorismo e também sobre como ser empreendedor. Além disso, veremos as características empreendedoras que devem ser construídas ao longo do aprendizado e a diferenciação sobre empreendimentos em si e abertura do próprio negócio. Algumas temáticas estão vinculadas a inovação, a criatividade, ao potencial empreendedor, ao conceito de empresa, tipos de empreendedores e ao processo de empreender. Outro foco da disciplina será o Plano de Negócios, que todo empreendedor deve não somente conhecer, mas executá-lo ao pensar seu futuro negócio. Esperamos que os objetivos propostos neste módulo sejam alcançados e que os assuntos aqui tratados passem a ser de domínio permanente de vocês, futuros prossionais executivos do mercado e empreendedores. Dalva Santana

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Professora Autora Dalva Santana: é formada em Administração pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), com especialização em Estratégia Empresarial e Gestão de Projetos. Mestre em Educação com a temática sobre Empreendedorismo Juvenil. Professora do curso de Logística da ULBRA Canoas/RS. Atualmente, preside a Diretoria de Logística Reversa e Meio Ambiente do Núcleo de Logística do RS. Possui sua própria consultoria na área de Logística, atuando em projetos empresariais, bem como em treinamentos e palestras nas Regiões Sul, Sudeste e CentroOeste do país. Também atua como palestrante na área de Logística e Empreendedorismo.

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SUMÁRIO 1. Conceitos básicos sobre Empreendedorismo

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2. O Empreendedorismo: conceito de empresa, tipos de empresa e escolha de negócio

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3. As trajetórias e os papéis do empreendedor

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4. O perfil empreendedor

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5. Tipologias de empreendedorismo

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6. Empreendedorismo: uma perspectiva processual

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7. Liderança e empreendedorismo

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8. O que é plano de negócios

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9. Descrevendo a estrutura do plano de negócios

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10. Empreendedorismo, Comunicação e Inovação

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  o    i   r    á   m   u    S 6

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 1 Conceitos básicos sobre empreendedorismo Neste capítulo são abordados os conceitos do termo empreendedorismo. Você, ao terminar o capítulo, deve ser capaz de: compreender os conceitos de empreendedorismo; conhecer a cronologia histórica do termo empreendedorismo.

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Alguns apontamentos sobre o termo empreendedorismo1

A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor. Empreendedor é uma palavra que vem do latim imprendere, que signica “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” ( Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001), “colocar em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo signicado da palavra francesa entrepreneur , que deu origem à inglesa entrepreneurship. Esta última é utilizada para designar o comportamento do empreendedor (MAXIMIANO, 2006, p.1). É comum escutarmos em diferentes programas de televisão ou lermos em textos da mídia impressa os termos “oportunidade”, “desao”, “criatividade” e “liberdade”. Imagina-se o empreendedorismo como algo que deve “ser criativo”, e é condição para “ser mais livre” na dimensão prossional. Este conjunto de termos se vincula diretamente à ideia de empreendedorismo. Há também um imperativo contemporâneo, expresso na palavra c onecte-se, que empresta signicados ao termo empreendedorismo – para ser empreendedor é preciso “estar conectado”, participar deste novo mundo virtual e, ao mesmo tempo, “estar antenado”, ligado, por dentro das tendências atuais do mundo e do trabalho. Dornelas (2001) informa que Richard Cantillon, escritor e economista francês do século XVII, foi um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assume riscos) e o capitalista (aquele que fornece o capital). Posteriormente, com a Revolução Industrial do século XVIII, a diferenciação entre investir e empreender ganha contornos bem mais expressivos. 1 Excerto de Dissertação de Mestrado – Dalva Santana com a temática: “Aprendendo a ser jovem e empreendedor em tempos líquidos: uma análise da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios” . www.ulbra.br/ead

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Gestão Empresarial e Empreendedorismo

O autor supracitado destaca um exemplo signicativo: de acordo com ele, Thomas Edison pôde desenvolver suas pesquisas em química e eletricidade graças ao auxílio de investidores, que nanciavam seus projetos. O empreendedor, aqui, é Thomas Edison, que tem a iniciativa mas não o capital, e os investidores, por sua vez, são aqueles que apostaram (nanceiramente) nos projetos inovadores e num retorno lucrativo. Cabe ressaltar que, muitas vezes, um empresário ou um administrador é visto também – e necessariamente – como um empreendedor. No entanto, vale destacar que os atributos que denem um sujeito empreendedor vinculam-se à exibilidade, ao assumir riscos, ao constante movimento, e nem todo empresário administra seu negócio com este perl. Na formulação dada por Shane e Baron (2007): Empreender signica entender como surgem as oportunidades para criar   algo novo (novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos de produção ou matérias-primas, novas formas de organizar as tecnologias existentes); como são descobertas ou criadas por indivíduos especícos que, a seguir, usam meios diversos para explorar  ou desenvolver  essas coisas novas, produzindo assim uma ampla gama de efeitos. (P.6)

Neste sentido, o empreendedorismo se vincula a capacidades cognitivas e ao hábil aproveitamento dos recursos e condições disponíveis para explorar novos campos de produção e consumo. O empreendedor seria capaz de ler as conjunturas e denir estratégias e utilizar o que está disponível, preparando seu negócio, provocando uma gama de efeitos. Não é, portanto, apenas uma questão de tentativa ou iniciativa, é também (e especialmente) uma questão de êxito e de sucesso. Pensando, também, sobre o sujeito que se lança na “aventura” do empreendedorismo, Maximiano (2006) desta que: A ideia de um espírito empreendedor está de fato associada a pessoas realizadoras, que mobilizam recursos e correm riscos para iniciar organizações de negócios. Embora existam

  o empreendedores em todas as áreas da atividade humana, em seu sentido restrito a palavra   m   s    i   r designa a pessoa que cria uma empresa – uma organização de negócios. (P.2)   o    d   e    d   n   e Nesta acepção, voltada especicamente para o empreendimento em negócios   e   r   p   m especícos, como uma empresa, por exemplo, o sujeito empreendedor é descrito como   e   e   r aquele que está disposto a realizar coisas e a correr riscos.    b   o Articulando os dois excertos, pode-se dizer que empreender requer que o   s   s   o sujeito analise as circunstâncias, identique oportunidades, utilize meios de produzir,   c    i   s    á imagine algo novo e calcule os riscos minimizados necessários para prosperar. Nas mais    b   s diversas atividades, os prossionais são interpelados por estas ideias – aproveitar as   o    t    i   e oportunidades, explorar novos nichos, desenvolver novos produtos ou serviços. Para   c   n   o exemplicar, trago aqui um fragmento da reportagem publicada no caderno Empregos &    C

Oportunidades do jornal Zero Hora, na edição de 31 de maio de 2009:

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Gestão Empresarial e Empreendedorismo Funcionários que sugerem inovações e melhorias para a empresa são uma r aridade no mercado de trabalho. Os chamados intraempreendedores, aqueles que apresentam uma postura engajada no meio corporativo, correspondem a apenas 0,6% dos trabalhadores brasileiros, de acordo com a pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas.

Dessa forma, “ser empreendedor” também se vincula, atualmente, a uma atitude de engajamento no local de trabalho. Dados históricos do empreendedorismo

Desde os primórdios, já no mundo de negócios, houve o espírito empreendedor. Ou seja, já existiam pessoas com ideias que usavam sua criatividade. A fase introdutória representa um compacto da origem do empreendedorismo. Empreender: como faço para ser empreendedor? Empreender é sair para ação. Ser um empreendedor é buscar mais, e para isso é necessário conhecer, planejar, encontrar o melhor caminho, comprometer-se, acreditar e calcular os riscos que se quer correr. Ser empreendedor é saber que tudo depende somente de você!

Temos uma evolução no empreendedorismo: desde os primórdios da humanidade já existiam ideias criativas.

Exemplo 1: após a Revolução Industrial, a produtividade encadeou diversas mudanças na maneira de como se organizar as empresas, e, no nal do século XIX, tivemos Henry Ford, um dos maiores empreendedores do século XX, inovando com muita criatividade a indústria automobilística. Como? A meta de Ford: fazer com que todas as pessoas pudessem ter um automóvel. E ele foi além disso! Ford criou várias soluções: padronização das peças, horas de trabalho, linha de montagem.

Exemplo 2: o barão de Mauá foi um dos grandes empreendedores do Brasil. Criou a Companhia de Navegação do Amazonas, estendeu os cabos de telégrafos no Rio de Janeiro na época de D. Pedro II, ajudou na fundação do Banco do Brasil e estava sempre procurando novos desaos.

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  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e   r    b   o   s   s   o   c    i   s    á    b   s   o    t    i   e   c   n   o    C 9

Gestão Empresarial e Empreendedorismo

Mas, anal, o que é empreendedorismo? O empreendedor precisa saber gerenciar os recursos físicos e humanos e estabelecer metas. Shane e Baron (2006, p.10) denem: Empreendedorismo – um campo de estudos que busca entender como surgem as oportunidades para criar novos produtos ou serviços, novos mercados, processos de produção, formas de organizar as tecnologias existentes ou matérias-primas e como são descobertas por pessoas especícas, que então usam vários meios para explorá-las ou desenvolvê-las.

Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo como um processo e como uma atividade nas quais os empreendedores se envolvem, precisamos considerar os seguintes aspectos: 1. as condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades surgem; 2. as pessoas que reconhecem essas oportunidades (empreendedoras); 3. as técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para desenvolvê-las; 4. os efeitos sociais e econômicos produzidos por tal desenvolvimento. Revisando alguns conceitos importantes

Na visão de Drucker (1998), o empreendedorismo é direcionado às mudanças, e o empreendedor está sempre em busca de novas oportunidades. É o indivíduo inovador, transformador e criativo. Segundo o autor, a nova ordem é a sociedade do conhecimento, baseada na mudança das condições humanas (KUAZAQUI, 2006, p.46). Ainda nessa perspectiva, Drucker (1974) explana que empreendedorismo é: prática; visão de mercado; evolução, e diz, ainda:   o   m   s O trabalho especíco do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios    i   r   o de hoje serem capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente [...]    d   e    d Empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática.   n   e   e   r   p   m Ser empreendedor signica, acima de tudo, a capacidade de realizar coisas novas,   e   e   r    b pôr em prática ideias próprias.   o   s Segundo a teoria do empresário inovador, economista Joseph Schumpeter, o   s   o   c empreendedor precisa ter a capacidade de inovar, revigorando o sistema econômico,    i   s    á    b expandindo o horizonte. Para ele o empreendedor deixa como símbolo a destruição   s   o    t    i criativa, sendo que a postura prossional mexe com desaos e grandes mudanças da   e   c   n economia.   o    C 10

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Gestão Empresarial e Empreendedorismo

Já para Dornelas (2005, p.21) os empreendedores são pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem, não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e imitadas, querem deixar um legado. Desse modo, ser empreendedor é ter visão . A palavra visão vem do termo inglês vision, que tem origens religiosas e signica ver algo que os demais não veem. A capacidade de percepção e intuição permite que certas pessoas enxerguem o que os demais não percebem. Podemos então dizer que o empreendedor precisa ter visão de futuro. As visões de futuro são de grande valor para um empreendedor, para nortear decisões e ações a serem tomadas no presente. Assim, o empreendedorismo costuma ser denido como o processo pelo qual indivíduos iniciam e desenvolvem novos negócios. Pode ser considerado como um complexo fenômeno que envolve o empreendedor, a empresa e o ambiente no qual o processo ocorre. Segundo a denição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido com a inovação de empresas já constituídas. O ponto principal dessa denição é que o empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográcas). Nessa direção, o autor argumenta que o empreendedorismo seria um processo contínuo, ou seja, as novas oportunidades são percebidas pelos indivíduos com visão empreendedora e as exploram, assim como conseguem transformar os problemas em grandes e destacáveis oportunidades. Segundo Timmons (apud DOLABELA, 1999, p.29), “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o século XX”. Sabe-se que o empreendedorismo é um fenômeno cultural, e, segundo Dolabela (1999), [...] é fruto dos hábitos, práticas e valores das pessoas. Existem famílias mais empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões, países. Na verdade, aprende-se a ser empreendedor pela convivência com outros empreendedores [...] o empreendedor aprende em um clima de emoção e é capaz de assimilar a experiência de terceiros.

O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais (DORNELAS, 2005, p.39). www.ulbra.br/ead

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e   r    b   o   s   s   o   c    i   s    á    b   s   o    t    i   e   c   n   o    C 11

Gestão Empresarial e Empreendedorismo

A evolução do empreendedorismo

O empreendedorismo tem uma evolução cronológica que destacamos a seguir: Segundo Kuazaqui (2006, p.7), Em 1895, H. G. Wells escreveu  A máquina do tempo, em que pontuava e comparava o presente situacional e um provável futuro totalmente diferente. Assim, no que se refere às empresas, pode-se dizer que elas podem optar por um futuro provável, ao qual poderão se adaptar e no qual poderão se inserir, utilizando seus recursos a partir da percepção. Mas também pode optar por um futuro ideal, que será construído no presente, para que nele possa atuar no futuro.

Muito signicativo neste ponto é lembrar de Henry Ford. Quem era ele? Não foi nem um gênio administrativo e nem um tecnólogo, mas sim um homem de visão. Ele teve a capacidade de constatar que os automóveis fabricados em linhas de montagem teriam redução de custos e que assim o produto estaria ao alcance de maior número de clientes. Assim sendo, a fabricação industrial do automóvel favoreceu uma grande fatia da população. Analisando a indústria de informática, até a década de 80, a produção era de hardware, o que era considerado o centro de negócio. Os fabricantes de hardware desenvolviam os softwares  e assim eram compatíveis apenas com a sua própria fabricação. Mas com o tempo começaram a vender soluções corporativas. Assim o resultado era: Como negócio se apresentava um pequeno volume com preços e margens muito altos.

  o   m   s    i   r   o    d Os produtos estavam acessíveis para serem adquiridos por grandes empresas,   e    d   n   e bancos, laboratórios de pesquisas e instituições de ensino.   e   r   p Nos dias atuais, podemos citar como exemplo a Microsoft, que é o resultado do   m   e talento empreendedor de Bill Gates. A visão de Bill Gates não era para hardware, mas a   e   r    b   o   s ideia era para software. Foi então que criou a Microsoft e até hoje continua fabricando-a   s   o de forma que se compatibiliza com hardware. Assim, podemos comparar:   c    i   s    á    b   s   o    t    i Bill Gates da informática com Henry Ford dos automóveis, pois seus produtos   e   c   n acessíveis para poucos conquistaram um mercado de massa.   o    C 12

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Já o empresário inovador Joseph Schumpeter é conhecido como o empreendedor de senso de oportunidade. Ele possui a capacidade de desaar novos mercados. A diferença deste empreendedor está na habilidade de lidar com o conjunto de necessidades para gerir bons negócios, tais como capital, tecnologia, etc. Uma citação para lembrarmos o que signica empreendedorismo: “Boa parte do progresso americano é produto do indivíduo que teve uma ideia, foi atrás dela, modelou-a, ateve-se rmemente a ela durante todas as adversidades e então produziu essa ideia, vendendo-a e lucrando com ela” (Hubert Humphrey, 1966). Nesse sentido, Lenzi (2009) argumenta que o empreendedorismo congura-se como principal fator de desenvolvimento econômico e social de um país. O autor considera que é através desse fenômeno que iniciativas isoladas ou conjugadas poderão reverter em crescimento ao país e sua população.

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e   r    b   o   s   s   o   c    i   s    á    b   s   o    t    i   e   c   n   o    C www.ulbra.br/ead

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Recapitulando

Empreendedor é uma palavra que vem do latim imprendere, que signica “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” ( Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001), “colocar em execução” ( Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo signicado da palavra francesa entrepreneur , que deu origem à inglesa entrepreneurship. Esta última é utilizada para designar o comportamento do empreendedor (MAXIMIANO, 2006, p.1). Neste sentido, o empreendedorismo se vincula a capacidades cognitivas e ao hábil aproveitamento dos recursos e condições disponíveis para explorar novos campos de produção e consumo. O empreendedor seria capaz de ler as conjunturas e denir estratégias e utilizar o que está disponível, preparando seu negócio, provocando uma gama de efeitos. Para Shane e Baron (2006, p.10) o conceito pode ser denido: Empreendedorismo – um campo de estudos que busca entender como surgem as oportunidades para criar novos produtos ou serviços, novos mercados, processos de produção, formas de organizar as tecnologias existentes ou matérias-primas e como são descobertas por pessoas especícas, que então usam vários meios para explorá-las ou desenvolvê-las.

Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo como um processo e como uma atividade nas quais os empreendedores se envolvem, precisamos considerar os seguintes aspectos: 1.as condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades surgem; 2.as pessoas que reconhecem essas oportunidades (empreendedoras); 3.as técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para desenvolvê-las; 4.os efeitos sociais e econômicos produzidos por tal desenvolvimento. Segundo a denição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido com a inovação de empresas já constituídas. O ponto principal dessa denição é que o   o    d empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas)   n   a    l   u torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num    t    i   p ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográcas).   a   c   e    R 14

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Atividades

1. De quem é esse conceito? O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais: a) b) c) d) e)

Drucker Dolabela Dornelas Maximiano Baron e Shane

2. Complete: Na visão de o empreendedorismo é direcionado às mudanças, e o empreendedor está sempre em busca de novas oportunidades. É o indivíduo inovador, transformador e criativo. a) b) c) d) e)

Hubert Humphrey Schumpeter Dolabela Drucker Bill Gates

3. Entende-se por essa interpretação que, para entender o empreendedorismo como um processo e como uma atividade nos quais os empreendedores se envolvem, precisamos considerar os seguintes aspectos. Marque a correta: a) As condições econômicas, tecnológicas e sociais das quais as oportunidades surgem. b) As pessoas que não reconhecem essas oportunidades (empreendedoras). c) As técnicas de negócios e estruturas jurídicas que elas usam para não desenvolvêlas. d) Os efeitos sociais e econômicos não são produzidos por tal desenvolvimento.

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A www.ulbra.br/ead

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4. Segundo a denição de Dolabela (1999), desenvolvida dentro de um amplo contexto econômico, “empreendedorismo envolve qualquer forma de inovação que tenha uma relação com a prosperidade da empresa”. Em outras palavras, um empreendedor tanto pode ser uma pessoa que inicie sua própria empresa como alguém comprometido com a inovação de empresas já constituídas. Pensando nisso, podemos dizer que: a) O ponto principal dessa denição é que o empreendedorismo (nos casos de empresas novas ou já há algum tempo estabelecidas) torna-se fator primordial, fazendo com que os negócios sobrevivam e prosperem num ambiente econômico e de mudanças (culturais, sociais, geográcas) b) As novas oportunidades são percebidas pelos indivíduos com visão empreendedora e as exploram, assim como conseguem transformar os problemas em grandes e destacáveis oportunidades. c) O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização. d) A capacidade de percepção e intuição permite que certas pessoas enxerguem o que os demais não percebem. Podemos então dizer que o empreendedor precisa ter visão de futuro.

5. Ser empreendedor signica acima de tudo: a) b) c) d)

ter a capacidade de saber o cenário organizacional a capacidade de realizar coisas novas, pôr em prática ideias próprias. a capacidade de somente colocar em prática o que já conhece ter a capacidade de elaborar um bom projeto

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 16

Gabarito: 1. c / 2. d / 3. a / 4. a / 5. b www.ulbra.br/ead

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Referências Comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos autores principais que permeiam o mesmo: DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas . Rio de Janeiro: Elsevier, XII, 2005. Dornelas argumenta alguns conceitos atuais de empreendedorismo e os exemplica no cotidiano. MAXIMIANO, Amaru César Antônio.  Administração para empreendedores.  1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. O autor Maximiano nessas duas obras enriquece com alguns conceitos de Administração, de empresa e depois utilizamos seu livro de empreendedorismo para construirmos alguns conceitos acerca do empreendedorismo. BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. Nessa obra utilizamos os conceitos de empreendedorismo e origens.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 2 O Empreendedorismo: conceito de empresa, tipos de empresa e escolha de negócio Neste capítulo abordaremos aspectos ligados ao empreendedorismo e seus primeiros usos na história, os tipos de empresa por porte, tipo de produção e quanto à propriedade e a escolha do negócio através do reconhecimento das oportunidades. A palavra empreendedor ( entrepreneur )2 tem origem francesa e quer dizer aquele que assume riscos e começa algo novo. Antes de partir para algumas denições mais utilizadas e aceitas, é importante fazer uma análise histórica do desenvolvimento da teoria do empreendedorismo (HISRISH, 1986). Primeiro uso do termo empreendedorismo Um primeiro exemplo de denição de empreendedorismo pode ser creditado a Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para o Oriente. Como empreendedor, Marco Polo assinou um contrato com um homem que possuía dinheiro (hoje mais conhecido como capitalista) para vender as mercadorias deste. Enquanto o capitalista era alguém que assumia riscos de forma passiva, o aventureiro empreendedor assumia papel ativo, correndo todos os riscos físicos e emocionais. Idade Média

Na Idade Média, o termo empreendedor foi utilizado para denir aquele que gerenciava grandes projetos de produção. Esse indivíduo não assumia grandes riscos, e apenas gerenciava os projetos, utilizando os recursos disponíveis, geralmente provenientes do governo do país.

2 DORNELAS, 2005. 18

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Gestão Empresarial e Empreendedorismo

Século XVII

Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram nessa época, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizar algum serviço ou fornecer produtos. Como geralmente os preços eram prexados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor. Richard Cantillon, importante escritor e economista do século XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendo sido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor – aquele que assumia riscos –, do capitalista – aquele que fornecia o capital. Século XVIII

Nesse século, o capitalista e o empreendedor foram nalmente diferenciados, provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo. Um exemplo foi o caso das pesquisas referentes à eletricidade e à química, de Thomas Edison. Séculos XIX e XX

No m do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisados meramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas sempre a serviço do capitalista. Para Dornelas (2005) todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. O empreendedor tem algo mais, algumas características e atitudes que o diferenciam do administrador tradicional. Mas, para entender quais são estas características adicionais, é preciso entender o que faz o administrador. Essas são algumas diferenciações entre empreendedor e administrador que devem ser consideradas na gestão de um negócio. Conceitos de Empresa

Parece ser algo natural conceituarmos o que é uma empresa, mas será que realmente entender a complexidade que esse conceito envolve? Você sabia, por exemplo, que a empresa teria duas funções ao nascer? Uma empresa tem as funções do lucro, uma vez que se pretende ter lucratividade na atividade além do retorno nanceiro do investimento. Entretanto, tem a função social que estaria voltada a quantidade de postos de trabalho consegue ampliar na atividade. Tem uma responsabilidade social na www.ulbra.br/ead

 ,   a   s   e   r   p   o   m   i   e   c   e   ó    d   g   o   e   n    t    i   e   e   d   c   n   a   o   h   c   l   :   o   o   c   s   e   m   s   e    i   r   a   o    d   s   r   e   e    d   p   n   m   e   e   e   r   e   p   d   m  s    E   o   p    O   i    t 19

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geração de empregos. A partir de uma lógica empresarial clássica, as empresas teriam, ao serem criadas, duas nalidades estratégicas: uma delas é a de cumprir uma função social articulada à geração de empregos e a outra a de gerar lucros, conforme Stoner e Freeman (1999). Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de pessoas, ou de mercados, e com isso obter lucro. O autor enfatiza ainda que para obter lucro e atender o compromisso com sua prosperidade, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema de operações e assumir a satisfação do cliente. Bernardi (2011) enfatiza que a empresa moderna deve fazer a sua estruturação fundamentada nos preceitos da aprendizagem de convivência com as mudanças, com o caos, com a diversicação, variedade, conitos e paradoxos e dilemas que envolvem os dias atuais. Nesse sentido, o autor explica que para isso, necessitaria de novas abordagens e muita percepção, intuição e exibilidade 3 e isso a começar pelo empreendedor. Ser exível é uma das características desejáveis quando falamos em empreendedorismo e negócios. Para conseguirmos o compromisso com a satisfação do cliente precisamos ver como funciona uma empresa. Para isso, uma empresa precisa de “Recursos” (informações e conhecimento, pessoas e recursos materiais), de um “Sistema de Operações” e “Resultados” (entendido como lucro do empreendedor, compromisso com a satisfação do cliente e outras partes interessadas que poderá ser os investidores, clientes, governo, comunidade, etc.), de acordo com Maximiano (2006). Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam: - Competência gerencial do empreendedor (eciência, qualidade e as pessoas); - Satisfação dos clientes; - Desempenho nanceiro

 ,   a   s   e   r   p   o   m   i   e   c   e   ó    d   g Quando falamos na eciência  seria importante considerarmos que indicar a   o   e   n    t    i   e produtividade, ou seja, fazer mais com menos recursos. A qualidade pode ser entendida   e   d   c   n   a como fazer certo e padronizado na primeira vez e por último, saber gerenciar as   o   h   c   l   :   o   o   c   s pessoas da sua equipe. Esses indicadores podem garantir a competência gerencial do   e   m   s   e empreendedor. É importante o empreendedor estar atento e fazer essa reexão quanto    i   r   a   o    d   s   r aos indicadores.   e   e    d   p   n   m   e   e   e   r   e 3 Flexibilidade designa essa capacidade de ceder e recuperar-se da árvore, o teste e restauração de sua forma. Em termos ideais,   p   d o comportamento humano exível deve ter a mesma força tênsil: ser adaptável a circunstâncias variáveis, mas não quebrado por   m  s elas. A sociedade hoje busca meios de destruir os males da rotina com a criação de instituições mais exíveis (SENNETT, 2008).    E   o   p    O   i    t Retirado do Artigo: Entrelaçamentos entre Docência e Empreendedorismo na Revista Nova Escola apresentado em Congresso na UEL – Universidade Estadual de Londrina em 2010.

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A satisfação dos clientes seria uma meta a ser perseguida pelo empreendedor e de forma recorrente estar se perguntando o quanto o seu negócio está voltando ao cliente realmente. Podemos estar nos perguntando que isso seria o “óbvio” da gestão do empreendedor, empreendedor, entretanto, o dia-a-dia nos empreendimentos têm nos mostrado isso de forma diferente. Um exemplo disso seriam os dados de falência das empresas e este seria um dos motivos. Em um negócio é relevante saber o que deseja o cliente, gerenciar na ótica do cliente e não apenas na sua perspectiva. Há uns três atrás, o programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios , da Rede Globo aos domingos, apresentou uma livraria na Grande São Paulo que estava com problemas nas suas vendas. O estoque de loja não girava e a empresária não sabia o que acontecia. Na reportagem é perguntado a ela como eram feitas as compras, por qual metodologia, se ela tinha uma pesquisa de mercado, se pesquisava com os clientes quando vinham até a loja. A resposta a essa indagação foi que não se fazia pesquisa e que ela comprava conforme seu “gosto” pessoal. Cabe lembrar que o empreendedor pode ser intuitivo, mas deve levar em consideração às perspectivas dos clientes, pois vimos nesse capítulo que uma das funções estratégicas das empresas é a busca do lucro. Estar voltado ao cliente é atender às suas necessidades. Nem sempre, como empreendedor o “gosto” pessoal será imperativo para o cliente. O empreendedor deve buscar a pesquisa de mercado, a qualicação na sua atividade e lembrar que suas ideologias pessoais nem sempre podem expandir-se dentro do seu negócio. Voltamos ao conceito de exibilidade em que o empreendedor também deve adaptar-se às necessidades dos clientes e as mudanças de mercado. Para isso, Bernardi (2011) explica que a quantidade e velocidade das mudanças nos tempos atuais e as profundas transformações nos ambientes (social, político, cultural, econômico e empresarial) parecem apontar na necessidade de buscar caminhos e alternativas na forma de gerir seu negócio como uma forma de satisfazer o cliente e a lucratividade. Por último, o desempenho nanceiro seria a diferença que “sobra” entre receitas e despesas. Essa sobra pode ser entendida como o lucro que pode ter algumas destinações, inclusive um percentual pode ser reinvestido no negócio. Para Maximiano (2006, p. 11), o lucro pode ser considerado como a medida básica do desempenho de qualquer negócio e seria determinante na satisfação do acionista. Classicações das Empresas

Segundo CHIAVENATO (2006), as empresas classicam-se em: •

Quanto à propriedade, as empresa são: - Pública: São as empresas de propriedade do Estado. Seu objetivo é prestar serviços públicos fundamentais a coletividade (saneamento básico, segurança www.ulbra.br/ead

 ,   a   s   e   r   p   o   m   i   e   c   e   ó    d   g   o   e   n    t    i   e   e   d   c   n   a   o   h   c   l   :   o   o   c   s   e   m   s   e    i   r   a   o    d   s   r   e   e    d   p   n   m   e   e   e   r   e   p   d   m  s    E   o   p    O   i    t 21

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pública, energia elétrica, etc.) e, por esta razão quase sempre tem a nalidade não lucrativa. São criadas por lei e são de responsabilidade do Estado. Quase sempre requerem investimentos elevados e apresentam retorno lento, sendo pouco atrativas para a iniciativa particular. - Privada: São as empresas de propriedade particular. Seu objetivo é produzir produtos ou prestar serviços a m de obter lucro suciente para remunerar o capital investido pelos investidores particulares. Quanto ao tipo de produção: - Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias e extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de perfuração e extração de petróleo. - Secundárias ou de transformaç transformação ão: São as empresas que produzem bens físicos por meio da transformação de matérias-primas matérias-primas,, através do trabalho humano com o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. É o caso das indústrias, construção civil e geração de energia. - Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas empresas especializadas em serviços (como o comércio, bancos, nanceiras, empresas de comunicações, hospitais, escolas, etc.). Seu objetivo é prestar serviços para a comunidade (empresas estatais) ou para obter lucro (quando são particulares ou privadas). •

Para Maximiano (2006, p. 9), as empresas podem ser classicadas quanto ao seu Para porte em: •

 ,   a   s   e   r   p   o   m   i   e   c   e   ó    d   g   o   e   n    t    i   e   e   d   c   n   a   o   h   c   l   :   o   o   c   s   e   m   s   e    i   r   a   o    d   s   r   e   e    d   p   n   m   e   e   e   r   e   p   d   m  s    E   o   p    O   i    t 22

Quanto ao tamanho: - Empresas Grandes: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários níveis hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa Econômica Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que possui um faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00. São organizadas na forma de sociedades anônimas de capital aberto, com ações livremente negociáveis nas bolsas de valores. - Empresas Médias: Deve possuir um faturamento a partir de R$1.200.000,00 até R$ 35.000.000,0 35.000.000,00. 0. - Empresas Pequenas: Nas pequenas e médias empresas, os proprietários habitualmente dirigem seus negócios. As pequenas empresas, geralmente organizam-se na forma de sociedades por cotas, com responsabilidade limitada, ou sob a forma de sociedade anônima. Geralmente para ser considerada uma empresa de pequeno porte seu faturamento anual deverá ser até R$ 1.200.000.

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- Microempresas: Segundo a Lei 9.841 de 05/10/99, considera-se microempresa a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00. De acordo com os artigos 170 e 179 da Constituição Federal, ca assegurada às microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídicas diferenciadas e simplicadas nos campos administrativas, tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial, visando seu o funcionamento e assegurando o fortalecimento de sua participação no processo de desenvolvimento econômico social. A escolha do Negócio

A escolha de um negócio está voltada ao fato de o empreendedor saber reconhecer as oportunidades. Essa condição colabora na escolha do negócio. Para isso, trazemos Degen (2009) que enfatiza que para identicar essas “oportunidades” que estão por ai, o empreendedor precisará ter “predisposição” “predisposição” e “criatividade” e “saber o que quer”. Sem isso, dicilmente o candidato a empreendedor conseguirá encontrar o negócio certo. Ainda nessa direção, Degen (2009, p. 31) argumenta que o candidato a empreendedor deve ir além de observar e conhecer os negócios a sua volta, ele precisa reconhecer as fórmulas de sucesso, de mediocridade e de fracasso. Nesse sentido, o autor sinaliza que para ajudar a esse candidato o empreendedor a direcionar-se a procura de oportunidades e identicá-las, apontam-se três caminhos que podem ajudar nessa procura: 1. Entender as necessidades necessidades dos clientes dos negócios e procurar procurar necessidades não atendidas. 2. Observar deciências no atendimento das necessidades dos clientes e atender melhor. 3. Entender as tendências que que mudam as necessidades dos dos clientes e atender a suas novas necessidades. Pode-se dizer que as etapas nessa caminhada rumo à escolha do negócio seriam: Pode-se observar os negócios > predisposição > criatividade > saber o que quer > escolher o negócio. As ideias podem alavancar grandes oportunidades. Para isso, Maximiano (2006, p. 21) argumenta que todas as fontes de ideias pertencem a duas categorias principais: a) A criatividade do empreendedor; empreendedor; b) O mercado, que, que, em seu sentido sentido mais amplo, é o ambiente geral da sociedade. www.ulbra.br/ead

 ,   a   s   e   r   p   o   m   i   e   c   e   ó    d   g   o   e   n    t    i   e   e   d   c   n   a   o   h   c   l   :   o   o   c   s   e   m   s   e    i   r   a   o    d   s   r   e   e    d   p   n   m   e   e   e   r   e   p   d   m  s    E   o   p    O   i    t 23

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  Para o autor, um novo negócio pode ser com base num conceito novo ou um novo negócio com base em conceito existente. Os negócios novos partindo de novos conceitos seriam para empreendedores que abrem negócios totalmente inéditos e que a partir dele tem-se uma ampla gama de efeitos; já os novos negócios fundamentados em conceitos existentes seriam aqueles empreendedores que criam negócios reinventando de negócios que já existem no mercado. De acordo com Maximiano (2006, p. 21), algumas fontes de oportunidades de negócios: - novo negócio com base em novo conceito - novo negócio com base em conceito existente - necessidades dos consumidores - aperfeiçoamento do negócio - exploração de hobbies - derivação da ocupação (negócio baseado na experiência prossional do empreendedor) - observação de tendências Com base nisso, podemos armar que muitos negócios podem ser alavancados e fundamentados em conceitos que já existem e ainda serem aperfeiçoados; os negócios podem partir da experiência prossional daquele que empreende ou ainda, podem ser totalmente serem criados dentro de um novo conceito. São algumas variações de como os negócios podem ser impulsionados e criados.

 ,   a   s   e   r   p   o   m   i   e   c   e   ó    d   g   o   e   n    t    i   e   e   d   c   n   a   o   h   c   l   :   o   o   c   s   e   m   s   e    i   r   a   o    d   s   r   e   e    d   p   n   m   e   e   e   r   e   p   d   m  s    E   o   p    O   i    t 24

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Recapitulando

Conceito de empresa:  A partir de uma lógica empresarial clássica, as empresas teriam, ao serem criadas, duas nalidades estratégicas: uma delas é a de cumprir uma função social articulada à geração de empregos e a outra a de gerar lucros, conforme Stoner e Freeman (1999). Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a necessidades de pessoas, ou de mercados, e com isso obter lucro. O autor enfatiza ainda que para obter lucro e atender o compromisso com sua prosperidade, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema de operações e assumir a satisfação do cliente. Bernardi (2011) enfatiza que a empresa moderna deve fazer a sua estruturação fundamentada nos preceitos da aprendizagem de convivência com as mudanças, com o caos, com a diversicação, variedade, conitos e paradoxos e dilemas que envolvem os dias atuais. Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam: − − −

Competência gerencial do empreendedor (eciência, qualidade e as pessoas); Satisfação dos clientes; Desempenho nanceiro.

Classicação das empresas: • •



Quanto à propriedade, as empresa são: pública ou privada Quanto ao tipo de produção: Primárias ou extrativas, Secundárias ou de transformação e Terciárias ou prestadoras de serviços. Quanto ao tamanho: Empresas Grandes, empresas médias, empresas pequenas ou microempresas.

A escolha de um negócio está voltada ao fato de o empreendedor saber reconhecer as oportunidades. Essa condição colabora na escolha do negócio. Para isso, trazemos Degen (2009) que enfatiza que para identicar essas “oportunidades” que estão por ai, o empreendedor precisará ter “predisposição” e “criatividade” e “saber o que quer”. Sem isso, dicilmente o candidato a empreendedor conseguirá encontrar o negócio certo.

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  o    d   n   a    l   u    t    i   p   a   c   e    R 25

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1. Entender as necessidades dos clientes dos negócios e procurar necessidades não atendidas. 2. Observar deciências no atendimento das necessidades dos clientes e atender melhor. 3. Entender as tendências que mudam as necessidades dos clientes e atender a suas novas necessidades.

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Atividades

1. Para Maximiano (2006, p. 7), uma empresa é uma fornecer produtos e serviços para atender a e com isso obter lucro. Complete a frase: a) b) c) d)

que tem o objetivo de de pessoas, ou de mercados,

atividade, iniciativa necessidades, atividade iniciativa, necessidades atividade, necessidades

2. Para medirmos o sucesso da empresa podemos partir de alguns itens considerados relevantes. Para Maximiano (2006) os indicadores para uma empresa de sucesso seriam: a) b) c) d)

Satisfação dos clientes Competência gerencial do gerente Desempenho de Marketing Satisfação dos próprios empreendedores

3. As empresas quanto ao modelo de produção podem ser. Assinale a opção correta: a) Secundárias ou de transformação: São as empresas que não produzem bens físicos por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. b) Terciárias ou prestadoras de serviços: são empresas especializadas em produtos (como o comércio, bancos, nanceiras, empresas de comunicações, hospitais, escolas, etc.). c) Secundárias ou de serviços: São as empresas que produzem bens físicos por meio da transformação de matérias-primas, através do trabalho humano com o auxílio de máquinas, ferramentas e equipamentos. d) Primárias ou extrativas: São as empresas dedicadas às atividades agropecuárias e extrativas (vegetais e minerais), como as empresas agrícolas, de mineração, de perfuração e extração de petróleo.   s   e    d   a    d    i   v    i    t    A www.ulbra.br/ead

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4. As empresas quanto seu tamanho pode ser classicado em: a) Empresas Médias: Requerem uma estrutura organizacional composta de vários níveis hierárquicos de administração e de vários departamentos. Segundo a Caixa Econômica Federal é considerada uma empresa de grande porte, aquela que possui um faturamento anual acima de R$ 35.000.000,00. b) Empresas Pequenas: Deve possuir um faturamento a partir de R$1.200.000,00 até R$ 35.000.000,00. c) Microempresas: Segundo a Lei 9.841 de 05/10/99, considera-se microempresa a pessoa jurídica que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 244.000,00. d) Empresas Grandes: Nas pequenas e médias empresas, os proprietários habitualmente dirigem seus negócios. As pequenas empresas, geralmente organizam-se na forma de sociedades por cotas, com responsabilidade limitada, ou sob a forma de sociedade anônima. Geralmente para ser considerada uma empresa de pequeno porte seu faturamento anual deverá ser até R$ 1.200.000.

5. Pode-se dizer que as etapas nessa caminhada rumo à escolha do negócio seriam: a) Predisposição> criatividade > observar os negócios > escolher o negócio b) Observar os negócios > predisposição > criatividade > saber o que quer > escolher o negócio c) Saber o que quer > criatividade > escolher o negócio > predisposição d) Predisposição > observar os negócios > criatividade > escolher o negócio > saber o que quer

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A

Gabarito: 1. c / 2. a / 3. d / 4. c / 5. b 28

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Referências Comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos três autores principais que permeiam o mesmo: BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. – 1. Ed. – 11. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2011. A utilização dessa obra congura uma importante referência nesse capítulo em que explicamos os conceitos de empresa, os formatos de empresa, a escolha do negócio. Nessa obra, Bernardi trata o empreendedorismo como um verdadeiro manual do empreendedor. DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O autor Degen empresta sua obra nesse capítulo para podermos construir o conceito de empresa, a importância da escolha do negócio, identicação da oportunidade na escolha do negócio e o empreendedorismo como uma opção de carreira. MAXIMIANO, Amaru César Antônio.  Administração para empreendedores.  1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. Maximiano trata o empreendedorismo nessa obra como se fosse um manual em que fornece subsídios na construção do empreendedorismo prático. Nesse capítulo zemos a apropriação de conceitos acerca da empresa, das formas que a empresa pode assumir, porte, segmento de atuação da empresa.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 3 As trajetórias e os papéis do empreendedor Este capítulo discutirá os conceitos do administrador, do empreendedor e suas relações em termos de cargos, níveis e atuação prossional. Conceitos da Administração

O conceito de Administração e seus signicados são uma construção ao longo do tempo. A palavra administração é utilizada de forma frequente e parece não haver dúvidas com relação ao seu signicado. Segundo Maximiano (2008, p. 6), administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também chamadas de funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Para Chiavenatto (2004, p. 8), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a m de alcançar objetivos organizacionais.  A palavra administração sofreu alterações no seu uso e entendimento e atualmente está vinculada a objetivos que assegurem a competitividade no mundo dos negócios cada vez mais complexo e concorrencial. Atuações do Empreendedor Empresário Para iniciarmos esse subcapítulo podemos denir o conceito de Empresário fundamentado na lei como “atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (Código Civil, art. 966). O empresário pode ser uma pessoa física (empresário individual) ou uma pessoa jurídica (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, planeja, organiza uma atividade econômica para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Para Coelho (2007), a produção de bens é a fabricação de produtos e mercadorias e a circulação de serviços é intermediar a prestação de serviços. 30

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Para Degen (2009, p. 08) é aquele que procura um bom negócio e, quando o encontra, está disposto a arriscar o seu dinheiro e o de outros investidores para obter os lucros esperados. A sua realização é o lucro do negócio. Por denição, o empresário é aquele que pratica atividade econômica de modo habitual e prossional com o objetivo de lucro. Administrador O conceito de administrador oriunda das teorizações que envolvem à Administração e que também se diferencia do conceito de empreendedor. O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões estratégicas, táticas e operacionais da organização. Para constituir tal responsabilidade do Administrador reportamo-nos aos atos da Administração: planejar, organizar, direcionar e controlar em que cabe à prossão.

Desse modo, podemos armar que as funções do Administrador são as seguintes: Planejar:  em que o mesmo deverá pensar a longo, médio e curto prazo e estabelecer os objetivos e metas que se quer alcançar e aonde quer chegar; Organizar: seria o “arranjo” das atividades e recursos para alcançar o que foi planejado e isso poderá ocorrer em três níveis: macro (desenho organizacional) e micro (desenho de cargos, atribuições); Direcionar: são as orientações das pessoas e atribuições no sentido de atender os objetivos traçados no planejamento e isso poderá envolver aspectos importantes que circundam o conceito de administração: liderança, incentivos, motivação, comunicação, promoção, etc. Também ocorrerá em níveos macros e micros da organização. Controlar:  visa assegurar e garantir através de monitoramento sistemático o que foi planejado. Essa função permeia pelas funções de planejamento, organização e direção a m de garantir se estão ajustadas e adequadas aos objetivos previstos. Podem ocorrer em três níveis: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curtíssimo prazo leia-se: as tarefas/rotinas diárias). A atuação dos administradores se dá em três níveis, a saber: estratégicos que são aqueles executivos de comando da organização, responsáveis por todo o escopo organizacional. Em suas atribuições estão incluídas o desenvolvimento dos objetivos/ metas e planejamento da empresa; táticos que são os administradores que atuam nos segmentos gerenciais da empresa no que tange ao planejamento de médio prazo e por m, os administradores operacionais que se envolvem com as operações e rotinas de cunho diário, ou seja, de curto prazo. O administrador também desenvolver algumas habilidades que se reportam ao seu modo de agir e atitudes diante dos cenários que se apresentariam. Para isso, apresentamos a seguir as três habilidades do Administrador: www.ulbra.br/ead

  r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   o    d   s    i    é   p   a   p   s   o   e   s   a    i   r    ó    t   e    j   a   r    t   s    A 31

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Figura 1: As três habilidades do Administrador

Fonte: Chiavenatto, (2004, p. 3).

As habilidades técnicas se referem ao uso de conhecimento, métodos, técnicas, experimentos práticos, realização de tarefas, operações que fazem parte do rol da experiência prossional. São habilidades conectadas as formas de realizar o trabalho. As habilidades humanas estão ligadas a maneira de como esse administrador se relaciona com as pessoas na organização. O modo que cria e gera interatividade entre as pessoas num processo ou operação de trabalho. O perl da liderança também compõe essa   r   o    d habilidade humana. Por m, as habilidades conceituais seriam aquelas capacidades   e    d cognitivas no planejamento da organização. Importaria a gestão do conhecimento no   n   e   e   r que se refere ao planejamento, a coordenação, ao raciocínio, ao aproveitamento e   p   m produção de conhecimento, a inovação e solução de problemas.   e   o    d Nessa direção, Chiavenatto (2004) argumenta que para as três habilidades há   s    i    é que se terem as competências que seriam as qualidades de quem é capaz de analisar   p   a   p uma situação, balancear um cenário, apresentar soluções e resolver problemas. O autor   s   o   e alerta que o segredo de um administrador seria de aquisição e desenvolvimento ao   s   a longo da carreira dessas competências: o conhecimento (saber constante, atualizações),    i   r    ó    t   e perspectiva (saber fazer fundamentada pela visão pessoal e experiências) e por m,    j   a   r    t   s a atitude (saber fazer acontecer, o desenvolvimento de atitudes de proatividade e    A iniciativa). 32

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O administrador tem um papel importante nos processos de gestão das organizações. Para isso, Chiavenatto (2004) aponta-nos os dez papéis que o administrador assume dentro do contexto organizacional: Figura 2: Os dez papéis do Administrador

Fonte: Chiavenatto, 2004.

Assim, o administrador assume nos cenários atuais um importante papel na gestão e liderança nas organizacionais em que está focado em como o mesmo interage no processo, em como ele intermedia os processos e as informações que permeiam o âmbito interno e externo da empresa e, por m, em como se vale, das informações para “tecer” suas decisões que, em grande medida, impulsionará uma gama de efeitos por toda a organização. Gestor

Atualmente o uso da palavra “Administração” parece se confundir com a palavra “gestão”, entretanto, são palavras para usos distintos. Nessa direção, a palavra administração4 vem perdendo espaço para a palavra gestão, seja nos discursos da mídia, ou em cursos acadêmicos ou, ainda, no planejamento empresarial. Atuando no campo da Administração, observo que esta área consistia de técnicas seguras, estáveis e com

  r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   o    d   s    i    é   p   a   p   s   o   e   s   a    i   r    ó    t   e    j   a   r    t   s    A

4 Excerto retirado da Dissertação de Mestrado de Dalva Santana. www.ulbra.br/ead

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embasamento cientíco,  pois ela nasceu para permitir que o futuro fosse, de certo modo, administrável. Por outro lado, a palavra gestão aparece em situações de curto prazo, mais exíveis e recheadas de incertezas. Cabe ainda ressaltar os diferentes usos dessas palavras, por exemplo: “conhecimento sistematizado” estaria vinculado à palavra administração e o “saber fazer” mais a palavra gestão. Além disso, a palavra gestão pode estar relacionada a gerência das funções da administração em todas as atividades da empresa. Um gestor também precisaria exercitar o planejamento sistemático e as visões macro e micro da organização. Consultor Uma das funções e atuações de um empreendedor seria a consultoria. Para Rocha et al (2011), a palavra consultoria é recorrente e discutida no mundo empresarial e sua utilização, teria um sentido geral, envolvendo várias funções. Desse modo, o processo de consultoria teria como objetivo a inovação ou melhoria de algum processo. O consultor seria o prossional que orienta ou aconselha uma pessoa, uma empresa, um grupo de pessoas no sentido de assessorar na inovação ou melhoria de um processo. Lembramos que esse prossional não teria poder de decisão e sim de aconselhamento. Ele participaria da elaboração e revisão dos projetos de acordo com a sua área de atuação em processos chamados “gargalos” da empresa. O papel do consultor é de auxiliar na solução de problemas apresentando modelos, atua como um facilitador,, educador no contexto da sua atuação organizacional. facilitador Pode-se Podese dizer que a consultoria é ser um parceiro do cliente, é ter uma postura de facilitador no alcance dos objetivos e metas de quem o contratou e o comprometimento no apontamento das “falhas” valendo-se do seu expertise como consultor. Auditor A auditoria surgiu da necessidade de conrmação por parte dos investidores e proprietários dos valores descritos no patrimônio das empresas que possuíam ou que   r   o    d queriam investir. O auditor é aquele prossional que examina, revisa e acompanha a   e    d   n gestão nas organizações. A auditoria também pode ser realizada pelo Administrador Administrador no   e   e   r que se refere às atribuições de sua competência e em outras competências teremos   p   m   e outros prossionais (contadores, advogados, engenheiros, etc.).   o    d Segundo Attie (1996), a “ auditoria é uma especialização contábil voltada a testar t estar   s    i    é   p a eciência e ecácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar   a   p   s uma opinião sobre determinado dado”. As auditorias podem ser internas (realizada pela   o   e própria empresa) e externas (independentes).   s   a    i   r    ó    t   e Gerente    j   a   r    t A palavra gerente se refere ao ato de gerenciar. Podemos “gerenciar” um setor,   s    A

um departamento, uma loja, um projeto em diversas áreas. O gerente administra,

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em grande medida, a si próprio e a outros em diversas áreas da empresa, caso seja demandado. São considerados os responsáveis pelos objetivos e metas estabelecidos no planejamento estratégico. Autônomo Conforme o art. 12 da Lei 8.212/91 que dene o trabalhador autônomo como “pessoa física que exerce por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com ns lucrativos ou não”. Para Martins (2011, p. 160), o trabalhador autônomo é, portanto, a pessoa física que presta serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, assumindo os riscos de sua atividade econômica. Empregado O conceito de empregado pode ser entendido como aquele prossional que atua mediante remuneração, atividades estabelecidas de acordo com a sua função e sob supervisão de um gestor. Martins (2011, p. 139) esclarece que o empregado poderia ser considerado, num sentido amplo, o que está pregado na empresa, o que é por ela utilizado. No art. 3º da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho é considerada “empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. De acordo com Martins (2011, p. 139) temse cinco requisitos na denição de empregado: pessoa física, não eventualidade na prestação de serviços, dependência (subordinação), pagamento de salário ( todo trabalho deve ser remunerado) e prestação pessoal de serviços. O empregado pode assumir uma atuação mais empreendedora no seu local de trabalho. Ser um funcionário com características empreendedoras, ou seja, empreende através de ideias que impulsionam o seu departamento ou setor. O Intraempreendedor nada mais é do que uma pessoa, funcionário de uma organização, que de uma maneira inovadora trouxe benefícios nanceiros e/ou melhorou o ambiente de trabalho aumentando a produtividade da empresa. Isso pode acontecer tanto com uma alteração signicativa do processo produtivo quanto na criação de um novo produto, ampliação do mercado consumidor, reutilização de recursos que antes não eram aproveitados. O empreendedor pode atuar num amplo leque de possibilidades e ressaltamos que ser empreendedor tem distinção de ser administrador. Nem todo administrador pode ser considerado empreendedor e vice-versa, entretanto, podemos ter um perl empreendedor na excelência quando o assunto é administrar. Quando esses dois mundos se encontram, pode-se dizer que o termo empreender se completa. Por m, Degen (2009) sinaliza que a atuação como empreendedor seria aquele que tem a visão do negócio e não mede esforços para realizar o empreendimento. A sua realização é ver a sua ideia concretizada em seu negócio. Podemos ressaltar que em cada atuação, as motivações e realizações são diferentes. www.ulbra.br/ead

  r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   o    d   s    i    é   p   a   p   s   o   e   s   a    i   r    ó    t   e    j   a   r    t   s    A 35

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Recapitulando

O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também chamadas de funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Para Chiavenatto (2004, p. 8), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a m de alcançar objetivos organizacionais. Empresário: O empresário pode ser uma pessoa física (empresário individual) ou uma pessoa jurídica (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, planeja, organiza uma atividade econômica para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Administrador: O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões estratégicas, táticas e operacionais da organização. Gestor: A palavra gestão pode estar relacionada a gerência das funções da administração em todas as atividades da empresa. Um gestor também precisaria exercitar o planejamento sistemático e as visões macro e micro da organização. Empreendedor: Empreendedor seria aquele que tem a visão do negócio e não mede esforços para realizar o empreendimento. A sua realização é ver a sua ideia concretizada em seu negócio. Empregado: O conceito de empregado pode ser entendido como aquele prossional que atua mediante remuneração, atividades estabelecidas de acordo com a sua função e sob supervisão de um gestor. No art. 3º da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho é considerada “empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. O empregado pode assumir uma atuação mais empreendedora no seu local de trabalho. Ser um funcionário com características empreendedoras, ou seja, empreende   o    d através de ideias que impulsionam o seu departamento ou setor. O Intraempreendedor   n   a    l   u nada mais é do que uma pessoa, funcionário de uma organização, que de uma maneira    t    i   p   a inovadora trouxe benefícios nanceiros e/ou melhorou o ambiente de trabalho   c   e    R aumentando a produtividade da empresa. 36

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Atividades

1. Segundo Maximiano (2008, p. 6), administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões também chamadas de funções. Aponte a seguir a sequencia correta conforme o autor: a) b) c) d)

Planejamento, controle, organização e execução Planejamento, organização, liderança, execução e controle Controle, planejamento, liderança, organização Liderança, organização, planejamento e execução

2. Complete a frase: O empresário pode ser uma (empresário individual) ou uma (sociedade) que dá existência concreta a uma empresa, abre seu negócio, planeja, organiza para a produção ou circulação de bens ou de serviços. a) b) c) d)

Pessoa jurídica, pessoa física, uma atividade econômica Pessoa física, uma atividade econômica e pessoa jurídica Somente pessoa física Apenas uma atividade econômica

3. O administrador é aquele que faz a administração pensando nas questões estratégicas, táticas e operacionais da organização. Desse modo, podemos armar que as funções do Administrador são as seguintes: a) Controlar:  em que o mesmo deverá pensar a longo, médio e curto prazo e estabelecer os objetivos e metas que se quer alcançar e aonde quer chegar; b) Planejar:  seria o “arranjo” das atividades e recursos para alcançar o que foi planejado e isso poderá ocorrer em três níveis: macro (desenho organizacional) e micro (desenho de cargos, atribuições); c) Direcionar: são as orientações das pessoas e atribuições no sentido de atender os objetivos traçados no planejamento e isso poderá envolver aspectos importantes que circundam o conceito de administração: liderança, incentivos, motivação, comunicação, promoção, etc. Também ocorrerá em níveos macros e micros da organização. d) Organizar: visa assegurar e garantir através de monitoramento sistemático o que foi planejado. Essa função permeia pelas funções de planejamento, organização e direção a m de garantir se estão ajustadas e adequadas aos objetivos previstos. Podem ocorrer em três níveis: estratégico (longo prazo), tático (médio prazo) e operacional (curtíssimo prazo leia-se: as tarefas/rotinas diárias). www.ulbra.br/ead

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4. Nessa direção, argumenta que para as três habilidades há que se terem as competências que seriam as qualidades de quem é capaz de analisar uma situação, balancear um cenário, apresentar soluções e resolver problemas. Quem é o autor dessa frase? a) b) c) d)

Drucker Degen Baron e Shane Chiavenato

5. Conforme o art. 12 da Lei 8.212/91 que dene o como “pessoa física que exerce por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com ns lucrativos ou não”. Complete a frase: a) b) c) d)

Empreendedor Consultor Empregado Autônomo

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 38

Gabarito: 1. b / 2. a / 3. c / 4. d / 5. d www.ulbra.br/ead

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Referências comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos três autores principais que permeiam o mesmo: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações . 2ª reimp. 3. Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Nesta obra, Chiavenato aborda de forma ampla as teorias da administração. Nesse capítulo apropriamo-nos de alguns conceitos para explanar a trajetória e atuação do empreendedor, diferenciações entre administrador, empreendedor e outros. DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O autor nesta obra explana o empreendedorismo como uma opção de carreira e por isso fazemos uso dessa obra nesse capítulo porque há ilustrações signicativas das atuações do empreendedor. MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. – 27ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2011. Nesta obra oriunda de um autor teórico da área jurídica, fazemos algumas apropriações teóricas quanto aos conceitos de empresa, empresário, empregado e demais atuações do empreendedor. É uma obra interessante já que os empreendedores também permeiam pela área jurídica em questões de abertura de empresa, contratos e direito do trabalho.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 4 O perfil empreendedorismo Este capítulo aborda temas importantes que mostrarão o perl que o empreendedor deve desenvolver para almejar sucesso. Características do empreendedor

A seguir, algumas características que fazem parte do processo de ser empreendedor: Aceitação moderada de risco

Determinação

Alta necessidade de realização

Dureza e pragmatismo

Alto nível de energia

Rupturas no passado

Autoconança

Exploração de oportunidades

Autoconhecimento

Imaginação

Boas relações

Independência

Capacidade analítica

Inovação

Capacidade de pesquisa

Otimismo

Capacidade de previsão

Ressentimento contra a autoridade

Conhecimento prático

Trabalho duro

Crença no controle de seu destino

Visão

A capacidade de comunicar-se, seduzir e entusiasmar pessoas para se unirem demonstra que o empreendedor está desenvolvendo o seu espírito de líder.

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Dessa forma, destacamos algumas características dos empreendedores de sucesso, segundo Dornelas (2005): são visionários; sabem tomar decisões; são indivíduos que fazem a diferença; sabem explorar ao máximo as oportunidades; são determinados e dinâmicos; são dedicados; são otimistas e apaixonados pelo que fazem; são independentes e constroem o próprio destino; cam ricos; são líderes e formadores de equipes; são bem relacionados ( networking); são organizados; planejam, planejam, planejam; possuem conhecimento; assumem riscos calculados; criam valor para a sociedade. •































Os seres humanos não são iguais, assim como as empresas também não são iguais. Os indivíduos possuem suas qualidades exclusivas. A soma de inúmeras qualidades trazem à empresa verdadeiros sucessos nos negócios. É dentro deste contexto que trago as características do perl empreendedor 5 para dar sentido à palavra empreendedorismo. Observo que as expressões, tais como: aceitação moderada de risco, exploração de oportunidades, alta necessidade de realização, inovação, autoconança, determinação, imaginação, e estes parecem ser alguns imperativos contemporâneos. Olhando o conjunto de expressões, pode-se dizer que um empreendedor denese por atributos como: ser criativo, fazer de forma diferente aquilo que todos fazem de uma forma igual, pensar uma nova maneira, mais prática, melhor, mais barata ou mais rápida de fazer as suas atividades, para conseguir atingir os resultados esperados achar novas soluções para os problemas do dia-a-dia. Cabe salientar que, na contemporaneidade, um produto, uma ideia ou um projeto se torna vendável quando investido de um bom aparato publicitário. Em grande medida, quem tiver a melhor equipe de vendas e ativar melhor uma rede de consumo tornará sua ideia ou seu produto vendável ainda que não necessariamente seja este produto ou ideia imprescindível ou, ainda, a melhor opção disponível no mercado. 5 Excerto retirado da minha Dissertação de Mestrado: “Aprendendo a ser jovem e empreendedor em tempos líquidos: uma análise da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios” . www.ulbra.br/ead

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Nesse cenário, Predebon (2002, p.28) relata sobre uma qualidade que é a criatividade: A capacidade de cada um é utilizada e desenvolvida em função do meio, de seus estímulos, das limitações que apresenta e de bloqueios que impõe. Há muitas limitações, às vezes enormes (...), o simples rompimento dos bloqueios ou a prática pela tentativa, que tende a desenvolver a capacidade, serão sucientes para que o comportamento criativo se destaque da média.

Segundo Drucker (2003, p.277), à medida que um novo empreendimento se desenvolve e cresce, os papéis e os relacionamentos dos empreendedores originais sofrem mudanças inexoravelmente. “Se os fundadores recusamse a aceitar esse fato, eles tolhem o negócio e podem até mesmo destruí-lo.”

Há necessidade de que existam critérios de mediação e capacidade de manter os diferentes talentos nas fases do ciclo de vida prossional. Potencial empreendedor

Quando falamos em potencial do empreendedor, podemos lembrar de várias formas, mas existem algumas questões que são básicas para averiguar esse potencial em um teste especíco. Há alguns itens que podem servir para questionamento, dentre os quais:

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1. Você pode lidar com a incerteza?  A estabilidade (por exemplo, um salário regular) é importante, ou você está disposto a viver com a incerteza econômica e de outros tipos? 2. Você tem disposição? Você tem o vigor e a boa saúde necessários para trabalhar por longas horas durante grandes períodos de tempo para atingir os objetivos que acredita serem importantes? 3. Você acredita em si e em suas capacidades? Você se considera capaz de atingir o que deseja e aprender o que precisa ao longo do caminho? 4. Você pode lidar bem com contratempos e falhas? Como reage a resultados negativos com desânimo, ou com compromisso renovado de ser bem-sucedido da próxima vez e aprender com seus erros? 5. Você tem paixão por seus objetivos ou por sua visão? Assim que você estabelece um objetivo ou uma visão de onde quer estar, está disposto a sacricar quase tudo para chegar lá, pois fazer isso é realmente uma paixão sua? 6. Você é bom com outras pessoas? Você consegue persuadi-las a enxergar o mundo da sua forma? Você se dá bem com elas (por exemplo, lida com conitos, gera conança)? www.ulbra.br/ead

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7. Você é adaptável? Consegue fazer “correções no meio do caminho” facilmente? Por exemplo, você é capaz de admitir que errou e redirecionar seu caminho para corrigir o erro? 8. Você está disposto a assumir riscos ou saltar no escuro? Assim que estabelece um objetivo, está disposto a assumir riscos razoáveis para atingi-lo? Em outras palavras, está disposto a fazer o que puder para minimizar os riscos e, uma vez tendo tomado todas as ações preparatórias, dar o passo adiante?

São indagações importantes de serem feitas, pois, em grande medida, implicam responder ao empreendedor o que ele seria capaz de fazer para alcançar essa exibilidade, velocidade, maleabilidade e desapego ao passado na busca pelo sucesso. O empreendedor contemporâneo é marcado por essas expressões que consolidam o perl e o potencial de quem empreende novos negócios. O ambiente do empreendedor O ambiente de negócios no atual contexto está modicado. Estas modicações são decorrentes da globalização, dos avanços cientícos e tecnológicos. As fortes concorrências resultaram em grandes mudanças no mundo dos empreendedores. O número de empresas vem crescendo drasticamente ao longo dos anos. Podemos citar como exemplo de crescimento as empresas de: segurança, serviços terceirizados de limpeza, manutenção, atendimentos domiciliares, equipamentos hospitalares, alimentação, etc. O crescimento de empresas terceirizadas trouxe oportunidades para inúmeros empreendedores, porém houve uma evolução relacionada com tecnologia e mão de obra que direcionou para um novo perl no papel de empreendedor. Para Kuazaqui (2006, p.46), O empreendedor é aquele indivíduo que agiliza e compatibiliza o atendimento ao cliente de acordo com o perl dele, ou seja, de uma forma personalizada. O cliente solicita o serviço, desenha o produto, repete a ação de compra e também avalia, rejeita ou aceita. Enm, esse é o novo ambiente de negócios.

O novo espaço para empreendimento é atender a população mais envelhecida, que sofre de expressivo consumismo, considerando o poder aquisitivo. A rede de turismo e lazer obteve uma fatia de mercado signicativa nesta mudança no ambiente do empreendedorismo. O novo espaço do empreendedor deve ser propício à criatividade e à inovação. Um exemplo disso seria o modo com se reconguram os espaços de trabalho: a edição 251 da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios  (dezembro de 2009, p.16-17) traz uma reportagem intitulada Meu escritório, que relata como o empresário Eduardo El Kobbi investiu na descontração de um ambiente onde, conforme ele mesmo arma, criatividade é sinônimo de dinheiro . Assim, remodelar os ambientes da empresa seria o mesmo que investir em lucratividade. www.ulbra.br/ead

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  No texto da reportagem, se explica: “À primeira vista, a agência poderia facilmente passar por um parque de diversões disfarçado de escritório. Mas o ambiente descontraído, com redes e bonecos, foi planejado para provocar ainda mais a imaginação dos funcionários” (Edição 251, 2009, p.16). Chama a minha atenção o seguinte aspecto: “Um escorregador liga o mezanino ao térreo. Mas só para descer: a subida é feita por escada. Apesar de inusitada, a instalação transmite a ideia de discrição e não de espalhafato” (idem, p.17). Alguns temas a partir de lmes, músicas, programas de TV trazidos para o contexto do trabalho podem aguçar a imaginação e fomentar um ambiente criativo e inovador. Na entrada da Agência, conforme nos informa a reportagem “Bom humor faz parte da decoração”, destaca-se uma mascote: uma estátua em tamanho natural do personagem Swackhammer , do lme Space Jam. A reportagem ainda mostra um cantinho especial na empresa, dedicado à hora do descanso, que conta com redes, cestas de frutas que são repostas duas vezes ao dia, tudo “para que ninguém que com sono ou com fome”, informa o empresário. O investimento nesse ambiente especial foi contabilizado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e, de acordo com a reportagem, o empresário acredita que um ambiente harmonioso incentiva as ideias e amplia a cumplicidade entre os integrantes da equipe. O empresário informa que todo o investimento utilizado nessa modicação do espaço já teve seu retorno. Outro exemplo são as remodelações em outros segmentos: a rede bancária modicou o seu estilo, não encontramos mais a massa nos bancos, pois os pagamentos podem ser feitos em lotéricas, supermercados, etc., o que resultou em novos negócios para pequenos empreendedores. Também outro item de destaque são as situações ambientais que são vistas de uma forma inovadora no mundo dos negócios. A conscientização voltada para a preservação trouxe para dentro das grandes empresas, como para inúmeras pequenas empresas, espaços para negócios. No mundo globalizado os gestores devem estar abertos para inovar no mundo dos negócios. Há necessidade de que conheçam e estejam conectados com o mercado internacional. Para Carreiro (2003), algumas características moldam a visão multidisciplinar da empresa e demonstram ao empreendedor critérios aplicáveis em seu planejamento: Tendências: são aquelas armações que embasam as organizações e seu desenvolvimento   r   o futuro:    d   e velocidade e mudanças constantes da tecnologia;    d   n   e   e pesquisas e desenvolvimento;   r   p aprendizado constante;   m   e    l sobrevivência e adaptação às mudanças;       r   e   p recursos humanos como força motriz;    O vantagem competitiva pelas pessoas. 44

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são aquelas armativas que desenham o futuro das organizações: pessoas, e não tecnologia; relacionamento interpessoal, em vez de conitos, para obtenção do sucesso empresarial.

Reexões: -

Dilemas: são as armativas que desenham o futuro das organizações: mudanças tecnológicas ou gestão de pessoas? objetivos econômicos ou valores éticos e morais? questões psicológicas pelo m do emprego serão suportáveis pelas pessoas?

Comparando: Sentimentos atuais Solidão Dispersão Isolamento Abandono

Sentimentos Futuros Solidariedade Integração Reciprocidade União

Vantagens e desvantagens de ser empreendedor

A discussão acerca das vantagens e desvantagens de ser empreendedor deve ser considerada na hora de empreender. Tais perspectivas que levem em conta somente as vantagens podem ser perigosas, assim como aquelas de olhar as desvantagens. De certa forma, quem vai empreender deve estudar o termo empreendedorismo, fazer capacitações que desenvolvam as competências e habilidades empreendedoras para que possa de maneira mais segura fazer a abertura do seu empreendimento. Vantagens Uma das grandes vantagens é a “liberdade” de fazer escolhas no seu empreendimento. Cabe ressaltar que a palavra “liberdade” expõe também o lado da responsabilidade pelas escolhas, e por isso a capacitação é fundamental. Algumas vantagens a seguir relacionadas ao empreender: Autonomia Essa é uma das grandes vantagens que envolvem a independência e a liberdade, que seriam os pressupostos mais desejados de quem empreende, ou seja, poder fazer tudo ao seu modo. Ter a satisfação de ser chefe de si mesmo é a melhor sensação que algumas pessoas podem experimentar.

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Gestão Empresarial e Empreendedorismo Desao

Os indivíduos são por natureza adeptos aos desaos. O empreendedor seria aquele também que se rende ao desao de abrir o seu próprio negócio no intuito de explorar uma ideia ou oportunidade. Controle nanceiro

Estar no controle seria outra fonte de vantagem no ponto de vista de quem empreende. Desvantagens Uma das questões mais difíceis para um empreendedor são as diculdades de gerenciar o seu negócio quando o assunto é o auto emprego, ou seja, ele seria seu próprio patrão (salário, contas pessoais, dedicação): Sacrifício pessoal O empreendedor, quando abre seu negócio, deve se dedicar ao máximo e isso requer longas horas de trabalho durante toda a semana. Então, aquela autonomia ganha na tomada de decisão pouco vale nesse requisito e, em grande medida, deverá abrir mão do tempo com a família, com o lazer e amigos. O início de um negócio exige monitoramento constante. Sobrecarga de responsabilidades Ao optar por ser um empreendedor, a responsabilidade do negócio recai totalmente na sua pessoa. Por isso, a preparação inicial é fundamental para saber diferenciar as responsabilidades de empreendedor e de empregado. Esse entendimento faz com que o empreendedor saiba que as metas do negócio são de sua inteira responsabilidade e que precisará contagiar a todos para que sejam alcançadas. As habilidades de iniciativa, perseverança e persuasão são fundamentais nesse requisito. Pequena margem de erro As tomadas de decisão no pequeno empreendimento devem ser planejadas para não haver erros que comprometam o futuro do negócio. Alguns erros em pequenos e médios negócios podem levar à falência.   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e    l       r   e   p    O 46

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Recapitulando

Importante: As características empreendedoras Aceitação moderada de risco

Determinação

Alta necessidade de realização

Dureza e pragmatismo

Alto nível de energia

Rupturas no passado

Autoconança

Exploração de oportunidades

Autoconhecimento

Imaginação

Boas relações

Independência

Capacidade analítica

Inovação

Capacidade de pesquisa

Otimismo

Capacidade de previsão

Ressentimento contra a autoridade

Conhecimento prático

Trabalho duro

Crença no controle de seu destino

Visão

Quando falamos no potencial empreendedor, devemos lembrar-nos de algumas perguntas: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.

Você pode lidar com a incerteza? Você tem disposição? Você acredita em si e em suas capacidades? Você pode lidar bem com contratempos e falhas? Você tem paixão por seus objetivos ou por sua visão? Você é bom com outras pessoas? Você é adaptável? Você está disposto a assumir riscos ou saltar no escuro?

É importante pensarmos nas vantagens e desvantagens de ser empreendedor. Quando pensamos nas vantagens, logo vem à mente a questão da autonomia, liberdade, tomada de decisão, entretanto quando pensamos nas desvantagens podemos relacionar o sacrifício pessoal, a sobrecarga de responsabilidades, muitas vezes a pequena margem de lucro. www.ulbra.br/ead

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Gestão Empresarial e Empreendedorismo

Atividades

1. É uma das vantagens de “ser empreendedor”. Marque a opção correta: a) b) c) d) e)

Ousadia Inovação Perseverança Desao Controle emocional

2. Quando falamos em potencial do empreendedor, podemos lembrar de várias formas, mas existem algumas questões que são básicas para averiguar esse potencial em um teste especíco. Há alguns itens que podem servir para questionamento, dentre os quais podemos assinalar: a) Você tem disposição? Você tem o vigor e a boa saúde necessários para trabalhar por longas horas durante grandes períodos de tempo para atingir os objetivos que acredita serem importantes? b) Você acredita em si e em suas capacidades? Você não se considera capaz de atingir o que deseja e aprender o que precisa ao longo do caminho? c) Você pode lidar bem com contratempos e falhas? Você não reage a resultados negativos com desânimo, ou não tem compromisso consigo mesmo de renovar e ser bem-sucedido da próxima vez e aprender com seus erros? d) Você tem paixão por seus objetivos ou por sua visão? Assim que você estabelece um objetivo ou uma visão de onde quer estar, não está disposto a sacricar quase tudo para chegar lá, pois isso não é realmente uma paixão sua? e) As mudanças sociais e demográcas dão espaço para criação de novos produtos exigidos e aprovados pelos clientes.

3. São as armativas que desenham o futuro das organizações, como, por exemplo, mudanças tecnológicas ou gestão de pessoas? objetivos econômicos ou valores éticos e morais? questões psicológicas pelo m do emprego serão suportáveis pelas pessoas? Que conceito é esse?

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a) b) c) d) e)

Tendências Reexões Dilemas Tamanho do mercado Dispersão

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4. Uma das grandes vantagens é a “liberdade” de fazer escolhas no seu empreendimento. Cabe ressaltar que a palavra “liberdade” expõe também o lado da responsabilidade pelas escolhas, e por isso a capacitação é fundamental. Assinale abaixo a alternativa correta: a) Desao: Essa é uma das grandes vantagens que envolvem a independência e a liberdade, que seriam os pressupostos mais desejados de quem empreende, ou seja, poder fazer tudo ao seu modo. Ter a satisfação de ser chefe de si mesmo é a melhor sensação que algumas pessoas podem experimentar. b) Autonomia: Os indivíduos são por natureza adeptos aos desaos. O empreendedor seria aquele também que se rende ao desao de abrir o seu próprio negócio no intuito de explorar uma ideia ou oportunidade. c) Controle nanceiro: Estar no controle seria outra fonte de vantagem no ponto de vista de quem empreende. d) Liberdade: Ter a satisfação de ser chefe de si mesmo é a melhor sensação que algumas pessoas podem experimentar.

5. Uma das questões mais difíceis para um empreendedor são as diculdades de gerenciar o seu negócio. Pensando nisso, marque abaixo a opção incorreta: a) Sacrifício pessoal: O empreendedor, quando abre seu negócio, deve se dedicar ao máximo e isso requer longas horas de trabalho durante toda a semana. b) Sobrecarga de responsabilidades: Ao optar por ser um empreendedor, a responsabilidade do negócio recai totalmente na sua pessoa. Por isso, a preparação inicial é fundamental para saber diferenciar as responsabilidades de empreendedor e de empregado. c) Pequena margem de erro: As tomadas de decisão no pequeno empreendimento devem ser planejadas para não haver erros que comprometam o futuro do negócio. Alguns erros em pequenos e médios negócios podem levar à falência. d) Controle nanceiro: Estar no controle seria outra fonte de vantagem no ponto de vista de quem empreende.

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A

Gabarito: 1. d / 2. a / 3. c / 4. c / 5. D www.ulbra.br/ead

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Referências comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos os autores principais que permeiam o mesmo: DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O autor nesta obra explana o empreendedorismo como uma opção de carreira e por isso fazemos uso dessa obra nesse capítulo porque há explanações sobre o perl empreendedor. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas . Rio de Janeiro: Elsevier, XII, 2005. Em suas obras, Dornelas enfatiza a importância do perl e potencial empreendedor. KUAZAQUI, Edmir. Liderança e criatividade em negócios. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. Nessa obra, temos referência sobre a criatividade e o autor enfatiza isso em uma de suas citações que utilizamos no capítulo para podermos vincular ao perl empreendedor. DRUCKER, P. F. Inovação e espírito empreendedor : prática e princípios. São Paulo: Pioneira, 2003. A escolhida pelo livro se justica por se tratar de um clássico da gestão em tempos modernos. Apropriamo-nos de uma citação do autor para explanar o perl e potencial empreendedor e a capacidade de mudança.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R 50

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 5   Tipologias de empreendedorismo Este capítulo trata de elencar alguns tipos de empreendedorismo dentro do processo de empreender. Ao estudar atentamente este conteúdo, o aluno deve ser capaz de: Entender as tipologias do empreendedorismo; Identicar diferenciações entre os tipos de empreendedorismo. •



Tipologias de empreendedorismo

O termo empreendedorismo está correlacionado a diversas instâncias de atuação. Para Pessoa (2005), o empreendedor vai além das tarefas normalmente relacionadas aos administradores, tem uma visão mais abrangente e não se contenta em apenas fazer o que deve ser feito. Em seu artigo intitulado “Tipos de empreendedorismo: semelhanças e diferenças”, a autora explica algumas nuances entre essas tipologias, como veremos a seguir: empreendedorismo corporativo: pode ser denido como sendo um processo de identicação, desenvolvimento, captura e implementação de novas oportunidades de negócios, dentro de uma empresa existente. É um processo no qual o indivíduo vinculado à organização se propõe a fomentar ideias e projetos inovadores no interior da empresa. Para tais atitudes, o indivíduo seria um empreendedor com iniciativa, proatividade, criativo e inovador dentro da organização e não necessitaria criar seu próprio negócio para ser considerado empreendedor. Cabe ressaltar que ele seria um empreendedor de si no seu local de trabalho. Nessa perspectiva, podemos ressaltar esse perl como intraempreendedor e fazer o “encaixe” como aquele que também investe no seu local de trabalho; empreendedorismo social: poderia ser considerado como o redesenho de relações entre comunidade, governo e setor privado, com base no modelo de parcerias. O resultado nal desejado é a promoção da qualidade de vida social, cultural, econômica e ambiental sob a ótica da sustentabilidade. Para Pessoa (2005), no empreendedorismo social, o foco seria nos problemas sociais, e o objetivo a ser •



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  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e    d   s   a    i   g   o    l   o   p    i    T 52

alcançado é a solução a curto, médio e longo prazos destas questões. O objetivo nal é retirar as pessoas da situação de risco social e, na medida do possível, desenvolver-lhes as capacidades e aptidões naturais, buscando propiciarlhes plena inclusão social. A comunidade é ao mesmo tempo, protagonista e beneciária dessas ações, em especial as comunidades menos privilegiadas. Para a autora, as principais características são: – cooperatividade; – a produção esta voltada para as necessidades do povo e da nação; – predomínio das “relações” da solidariedade; – foco no desenvolvimento integral dos potenciais materiais e espirituais do ser humano e da humanidade; – promoção de parcerias com organizações sociais, em especial aquelas representativas dos setores sociais mais oprimidos e com governos locais; – atua na dimensão indivíduo – grupo – coletividade – comunidade – sociedade; e – os membros da sociedade são os principais agentes ou sujeitos do desenvolvimento. Para Degen (2009) o empreendedorismo social pode ser congurado pelos agentes socializadores (escolas, universidades, etc.) que tenham interesse de alavancar projetos sociais de negócios, inclusão, sustentabilidade em sua região. Para exemplicarmos, podemos citar a ULBRA em que selecionamos algumas de suas ações sociais: Na Unidade de Gravataí, temos o Projeto Esfera Azul que impulsiona na região as questões ligadas ao meio ambiente e sustentabilidade, na Unidade de Canoas temos o Atelier Comunitário da Moda que se propõe a ensinar melhores práticas e iniciativas de empreendimento nesse segmento e o Projeto da Farmácia-Escola de Recolhimento dos Medicamentos vencidos e orientações à Comunidade, na Unidade de Palmas temos o CIM – Centro de Informações sobre Medicamentos. Podemos ainda citar a ONG Chicote Nunca MAIS, a única organização não governamental, que trabalha no recolhimento de equinos por maus tratos, sua recuperação e inserção através de aposentadoria em local credenciado (padrinhos e tutela supervisionada); empreendedorismo de negócios: o foco seria os imperativos da produtividade e lucratividade acentuado pela alavancagem da criatividade (ideias) e da inovação. Nesse tipo de empreendedor seria aquele que reconheceria uma oportunidade e através disso abriria seu próprio negócio. Para o empresário André Senger, da empresa Reverse – Gerenciamento de Resíduos Tecnológicos, situada na cidade de Novo Hamburgo/RS e com o foco no resíduo tecnológico, o empreendedorismo pode signicar uma oportunidade de negócio e investir com muita vontade antes que outro o faça. Ele relata que sempre acompanhou essas tendências e observou os rumos da legislação quanto aos resíduos e lançou a empresa antes da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos que ocorreu em agosto de 2010. Com isso, largou na frente. Para ele o empreendedor de negócios assume riscos e deve aprender diariamente a fazer melhor para sobreviver em cercados que estão cada vez mais amplos e competitivos. A ideia surgiu nos tempos de faculdade e quando identicou essa oportunidade, abriu o seu negócio.

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Pessoa (2005) enfatiza que as semelhanças entre o empreendedorismo corporativo e o empreendedorismo de negócios são: perseverança, a capacidade de reconhecer, avaliação, a explorar uma oportunidade, a criação de produtos, serviços, processo ou negócios. Enquanto que o empreendedor corporativo está preocupado em melhorar a imagem da marca da empresa, trabalha dentro de uma cultura existente, trabalha com regras claras e horizontes de médio e longo prazos dentro de uma burocracia já estabelecida, o empreendedor de negócios está voltado para a criação de riquezas, e cria as estratégias, num horizonte de curto prazo e a passos rápidos. Nessa direção, a autora explica que seria difícil para o empreendedor corporativo ter o mesmo grau de paixão pelo que faz que o empreendedor startup (empreendedor de negócios ou que abre uma empresa) e o empreendedor social. O retorno do empreendedor corporativo passa a ser o reconhecimento, a promoção, a premiação, etc. Cabe lembrar que o empreendedorismo social não produz bens e serviços para vender, e sim a solução de impactos sociais. O empreendedor social seria a gura de um líder que reconhece uma oportunidade social. Assim, Pessoa (2005) aponta que são pessoas que trazem aos problemas sociais a mesma imaginação que os empreendedores do mundo dos negócios trazem à criação de riqueza. Dessa forma, para Dornelas (2005), o empreendedor social tem como missão de vida construir um mundo melhor para as pessoas. Envolve-se em causas humanitárias com comprometimento singular. Tem um desejo imenso de mudar o mundo, criando oportunidades para aqueles que não têm acesso a elas. Suas características são similares às dos demais empreendedores, mas a diferença é que se realizam, vendo seus projetos trazerem resultados para os outros e não para si próprios. Segundo Dornelas (2005), os empreendedores corporativos são geralmente executivos muito competentes, com capacidade gerencial e conhecimento de ferramentas administrativas. Para ele, Trabalham de olho nos resultados para crescer no mundo corporativo. Assumem riscos e têm o desao de lidar com a falta de autonomia, já que nunca terão o caminho 100% livre para agir. Isso faz com que desenvolvam estratégias avançadas de negociação. São hábeis comunicadores e vendedores de suas ideias. Desenvolvem seu networking dentro e fora da organização. Convencem as pessoas a fazerem parte de seu time, mas sabem reconhecer o empenho da equipe. Sabem se autopromover e são ambiciosos. Não se contentam em ganhar   o o que ganham e adoram planos com metas ousadas e recompensas variáveis. Se saírem   m   s   r da corporação para criar o próprio negócio, podem ter problemas no início, já que estão    i   o    d acostumados com as regalias e o acesso a recursos do mundo corporativo.   e

Dornelas (2004) aponta que o empreendedor serial (ou startup, conforme Pessoa) é aquele apaixonado não apenas pelas empresas que cria, mas principalmente pelo ato de empreender. É uma pessoa que não se contenta em criar um negócio e car à frente dele até que se torne uma grande corporação. Como geralmente é uma pessoa dinâmica, prefere os desaos e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir uma postura de executivo que lidera grandes equipes. www.ulbra.br/ead

   d   n   e   e   r   p   m   e   e    d   s   a    i   g   o    l   o   p    i    T

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Dornelas (2005) e Pessoa (2005) mostram alguns tipos de empreendedorismo que estabelecem diferenciações entre um tipo de empreendedorismo e outro. Em uma reportagem6, no site da Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios  veiculou sobre vários tipos de empreendedores caracterizados pela motivação, pela atividade e até pela idade.  Ainda nessa matéria, selecionamos alguns dos tipos elencados por Hashimoto: Sidepreneuner   que seria conhecido como um “plano B” em que é colaborador numa empresa, mas também teria um negócio paralelo. Assim, ele escolheria uma pessoa de conança para fazer a gestão, atuando nos bastidores sem comprometer o seu emprego. Segundo a reportagem isso seria muito comum no Brasil; Adventurepreuner seriam tidos como empreendedores aventureiros na busca por negócios inovadores, de alto impacto e diferentes do que existe. Esse perl precisaria da adrenalina da incerteza, adoram ser desaados e possuem aquela “capacidade” de adaptação e improvisação, características do perl empreendedor. Segundo a matéria, quanto maior o patrimônio que acumulam mais alto costumam voar em suas aventuras empreendedoras; Socialpreuner  seriam os empreendedores sociais com visão de negócio na atividade social que geraria receita autossustentável o que difere do outro tipo de empreendedor, chamado Ecopreuner que são empreendedores ambientais, mas com foco no impacto ambiental concentrandose no impedimento de ações que prejudiquem o ambiente e por m, o Etnopreuner  que seriam os empreendedores das minorias que montam seus negócios para tender a necessidades de uma comunidade étnica ou cultural fechada. Como exemplo, temos a Faculdade Zumbi dos Palmares de São Paulo que foi destaque no Programa Cidades e Soluções da GloboNews. Destacamos abaixo, algumas informações 7 que apresentam o vanguardismo e a transversalidade com a nalidade de apresentar um dos tipos de empreendedores que abrem um negócio para atender uma demanda especíca e que podemos chamar de Etnopreuner: VANGUARDISMO - A Instituição Zumbi dos Palmares é a primeira faculdade do Brasil e da América Latina que visa à inclusão e manutenção do negro no ensino superior do País, e, com este perl, uma das poucas no mundo. TRANSVERSALIDADE - Em seu currículo, a Instituição apresenta o seu grande diferencial – a transversalidade focada na história, cultura e economia do negro no Brasil, considerando suas raízes africanas.

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n Cabe ressaltar que nessa reportagem continha outros exemplos, mas selecionamos   e   e   r   p alguns tipos para que possam ampliar a reexão que podemos ir além dos tipos que   m   e conhecemos se pensarmos na atividade, na motivação, na idade, nas ideias, no local   e    d   s em que estamos, nas necessidades, etc. Dentre categorias clássicas dos tipos de   a    i   g empreendedores, podemos ter ainda subcategorias.   o    l   o   p    i    T 6 Reportagem de autoria do colunista Marcos Hashimoto no site da Revista PEGN. 7 Informações retiradas do Site da Faculdade Zumbi dos Palmares. 54

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Condições de demanda

A demanda pode ser entendida com relação à quantidade de um bem ou serviço em que seus consumidores desejam adquirir por um preço denido em um mercado. Pode ser considerada como a procura, mas não necessariamente como consumo, pois é possível querer/desejar e não consumir por muitos motivos. Cabe ainda ressaltar que a demanda é o desejo ou necessidade sustentada pela capacidade e intenção de comprar e isso somente poderá ocorrer se o consumidor tiver um desejo ou a necessidade e ainda possuir condições nanceiras para concluir seu desejo e necessidade em posse. Nesse sentido, Porter 8  (1979) argumenta que o microambiente apresenta um conjunto de demandas que se constitui, em grande parte, em oportunidades de negócios para tipos especícos de organizações e que as possibilidades que se manifestem seriam tão amplas que se tornariam necessárias à delimitação de espaço para expressão e canalização de cada um desses conjuntos. Ainda neste cenário, lembramos que a demanda pode ser latente quando referenciamos as demandas já identicadas/mapeadas e pode ser reprimida quando nos reportamos àqueles produtos ou serviços que ainda não são ofertados ao mercado e já teria consumidores na intenção de compra. É considerado fundamental o empreendedor investigar/garimpar as condições de demanda e conhecer o tamanho do seu mercado. Para isso, Baron e Shane (2006, p.42) explica que, “Condições de demanda” é a expressão que os pesquisadores usam para explicar as características da preferência dos consumidores por produtos e serviços em um setor. Os consumidores podem apresentar uma demanda fraca ou forte por produtos. Tal demanda pode estar crescendo ou diminuindo; pode ser estável ou variável; pode ser homogênea ou heterogênea.

Para uma demanda há três pontos fundamentais: tamanho do mercado; crescimento do mercado; segmentação do mercado. •





Está comprovado que novas empresas possuem melhor resultado em grandes mercados por estes serem mais lucrativos. Os custos xos decorrentes das novas empresas podem mais rapidamente ser recuperados com um grande volume de vendas. Dessa forma, quando se trata de crescimento de mercado, as novas empresas atingem um desempenho com maior resultado em mercados de rápido crescimento (nomeados

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e    d   s   a    i   g   o    l   o   p    i    T

8 Este livro é considerado um clássico da área. www.ulbra.br/ead

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de “gazelas”, segundo Dornelas). Para Dornelas 9 há estudos que mostram empresas em rápido crescimento, as chamadas gazelas, que atingem resultados consideráveis com até cinco anos de atividade. Em certos mercados, passa ser necessário ter um crescimento rápido e também de inovação, com incremento contínuo de tecnologia. Em outros mercados, a maturação de uma empresa pode levar muitos anos. Cabe ressaltar que essas empresas de rápido crescimento são nomeadas de “gazelas” por se tratarem de tipos de negócios que atendem alguns requisitos (velocidade, tecnologia, globalização, inovação). Os mercados segmentados estão mais propícios para novas empresas. Possibilitam entrar no mercado e conquistar espaço. Ciclos de vida do setor

Todos os setores nascem, crescem e morrem. Estes fatos são chamados de Ciclo de Vida dos setores. Por que é importante este aspecto? Para os empreendedores estes ciclos são fundamentais, pois permitem decidir quando há necessidade de abrir novas empresas e atuar em outras áreas. No mercado as empresas novas, normalmente, possuem um melhor desempenho. Através de pesquisas apresenta-se que quando os setores existem há muito tempo se direcionam para projetos dominantes. Exemplo: o motor de combustão interna, pois empresas modernas não utilizam mais os motores a vapor.

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e    d   s   a    i   g   o    l   o   p    i    T 9 Professor, palestrante e escritor de vários livros sobre empreendedorismo. Mensagem eletrônica recebida em 4 de março de 2011. Site: www.josedornelas.com.br. Excerto retirado da Dissertação de Mestrado, disponível em: www.ulbra.br/ppgedu. 56

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Recapitulando

Podemos denir de forma clássica que existem 3 tipos de empreendedores: Empreendedorismo corporativo:  pode ser denido como sendo um processo de identicação, desenvolvimento, captura e implementação de novas oportunidades de negócios, dentro de uma empresa existente. Empreendedorismo social: poderia ser considerado como o redesenho de relações entre comunidade, governo e setor privado, com base no modelo de parcerias. Empreendedorismo de negócios:  o foco seria os imperativos da produtividade e lucratividade acentuadas pela alavancagem da criatividade (ideias) e da inovação. Nesse tipo de empreendedor seria aquele que reconheceria uma oportunidade e através disso abriria seu próprio negócio.

É importante lembrar que temos outros tipos de empreendedores que vem ganhando notoriedade e que constam em nossos materiais de aula.

  o    d   n   a    l   u    t    i   p   a   c   e    R www.ulbra.br/ead

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Atividades

1. Segundo Baron (2006, p.42), “Condições de demanda” é a expressão que os pesquisadores usam para explicar as características da preferência dos consumidores por produtos e serviços em um setor. Os consumidores podem apresentar uma demanda fraca ou forte por produtos. Tal demanda pode estar crescendo ou diminuindo; pode ser estável ou variável; pode ser homogênea ou heterogênea.

Para uma demanda há três pontos fundamentais. Marque abaixo um dos pontos fundamentais da demanda: a) b) c) d) e)

Tamanho do mercado. Demanda reprimida. Previsão de vendas. Ciclo de vida do produto. Demanda latente.

2. Compete a frase: Para os empreendedores estes ciclos são , pois permitem decidir quando há necessidade de abrir novas empresas e atuar em outras áreas. a) b) c) d) e)

Essenciais. Básicos. Raros. Fundamentais. Intrínsecos.

3. Complete a frase: O empreendedor corporativo: pode ser denido como sendo um , desenvolvimento, captura e implementação de novas oportunidades de negócios, dentro de uma empresa existente.

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 58

a) b) c) d) e)

Processo decisório. Processo de identicação. Processo de intermediação. Processo de implantação. Processo de conhecimento.

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4. Pensando nos tipos de empreendedores que vimos nesse capítulo, assinale a alternativa correta: a) Empreendedorismo de negócios: pode ser denido como sendo um processo de identicação, desenvolvimento, captura e implementação de novas oportunidades de negócios, dentro de uma empresa existente. b) Sidepreneuner :  poderia ser considerado como o redesenho de relações entre comunidade, governo e setor privado, com base no modelo de parcerias. c) Empreendedorismo corporativo: o foco seria os imperativos da produtividade e lucratividade acentuado pela alavancagem da criatividade (ideias) e da inovação d) Empreendedorismo social que seria conhecido como um “plano B” em que é colaborador numa empresa, mas também teria um negócio paralelo. Assim, ele escolheria uma pessoa de conança para fazer a gestão, atuando nos bastidores sem comprometer o seu emprego. e) Etnopreuner   que seriam os empreendedores das minorias que montam seus negócios para tender a necessidades de uma comunidade étnica ou cultural fechada.

5. Complete: aponta que o empreendedor serial (ou startup, conforme Pessoa) é aquele apaixonado não apenas pelas empresas que cria, mas principalmente pelo ato de empreender. É uma pessoa que não se contenta em criar um negócio e car à frente dele até que se torne uma grande corporação. Como geralmente é uma pessoa dinâmica, prefere os desaos e a adrenalina envolvidos na criação de algo novo a assumir uma postura de executivo que lidera grandes equipes. De quem é essa frase? a) b) c) d) e)

Maximiano Dornelas Dolabela Pessoa Possoli

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A

Gabarito: 1. a / 2. d / 3. b / 4. e / 5. b www.ulbra.br/ead

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Referências comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos os autores principais que permeiam o mesmo: DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O autor nesta obra explana o empreendedorismo como uma opção de carreira e por isso fazemos uso dessa obra nesse capítulo porque há explanações sobre o perl empreendedor. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas . Rio de Janeiro: Elsevier, XII, 2005. Em suas obras, Dornelas enfatiza a importância do perl e potencial empreendedor. PORTER, Michael. Como forças competitivas moldam a estratégia . Harvard Business Review, 1979. Nesse capítulo, Porter comenta em uma frase a importância do microambiente e a questão da demanda como um fatos relevante na canalização de cada conjunto destes em prol do mercado e da competitividade. PESSOA, Eliana10. Tipos de empreendedorismo: semelhanças e diferenças. www. administradores.com.br/informe-se/artigos/tipos-de-empreendedorismo-semelhancase-diferencas/10993/. Acesso em 23 abr. 2013. É um artigo que fala sobre os tipos de empreendedores e semelhanças entre si. Está publicado no site dos Administradores. Em seu texto, Pessoa (2005) argumenta as diferenças e disponibiliza informações interessantes sobre como se articulam no mercado esses tipos de empreendedores.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e 10 Mestre em Educação pela Universidade Católica de Brasília – UCB, com especialização em Administração de Recursos Humanos    R pela Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP/SP e bacharelado em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Goiás - UCB. Também é Professora de Empreendedorismo e Consultora educacional no SEBRAE Nacional em Educação. 60

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 6 Empreendedorismo: uma perspectiva processual Este capítulo aborda o empreendedorismo como um processo: reconhecimento de uma ideia, busca de recursos para implantar, lançamento de novos produtos, colheita dos resultados, entendendo as ideias e o mercado. Espera-se que ao nal deste capítulo você seja capaz de: • • •

entender o conceito de geração de ideias; aplicar os conceitos de empreendedorismo como um processo; identicar os cenários de mudanças.

Empreendedorismo numa perspectiva processual

A tomada de decisão de tornar-se um empreendedor poderá acontecer ao acaso. Entretanto, sempre questionamos ao empreendedor como se deu essa escolha. Para Dornelas (2005), essa decisão pode se dar devido a fatores externos, ambientais e sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos esses fatores, que são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa. O processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador desses fatores possibilita o início de um novo negócio. Desse modo, a escolha de ser um empreendedor parece se estabelecer entre esses fatores ambientais e pessoais que estão vinculados a inovação, evento inicial, implementação e crescimento. O termo empreendedorismo é tido como um processo dividido em algumas fases como destacaremos a seguir: Reconhecimento de uma oportunidade No momento em que vericamos uma oportunidade, estamos diante da possibilidade de um novo empreendimento. Poderão ser novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos de produção, novas matérias-primas, novas formas de organizar tecnologias. As oportunidades surgem da conuência de fatores e das condições de mudanças. www.ulbra.br/ead

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Gestão Empresarial e Empreendedorismo

Mudança social (ex.: rápido aumento no número de mulheres que trabalham fora) Mudança econômica (aumento da renda disponível) Oportunidades Demandas inesperadas Decidir ir em frente e reunir os recursos iniciais

Para Shane, Locke e Collins (2003, p.257-279) o processo empreendedor ocorre porque pessoas especícas tomam essa decisão e agem a respeito dela. Decidir começar uma empresa é uma coisa; realmente fazê-lo é outra. Há necessidade de reunir os recursos: •





Informações básicas – relativas a mercados, questões ambientais e jurídicas, Recursos humanos – sócios, funcionários, Recursos nanceiros – capital próprio e de terceiros.

Lançar um novo empreendimento

Para fazer o lançamento de um novo empreendimento, há necessidade de várias decisões e ações: •

escolher o formato jurídico; desenvolver o novo produto ou serviço; denir os papéis da equipe de alta administração.

   l   a   u   s   s   e   c   o   r   p   a Construir o sucesso   v    i    t   c   e   p   s As empresas precisam se conscientizar de que as pessoas fazem parte importante   r   e   p   a do processo de construção de uma empresa com o sucesso.   m   u   :   o Precisamos de:   m   s    i   r   o    d   e funcionários talentosos;.    d   n   e funcionários motivados;   e   r   p funcionários comprometidos.   m    E •









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Gestão Empresarial e Empreendedorismo

Conceber uma forte estratégia de negócios é um aspecto fundamental para a construção do sucesso.

Colher as recompensas

Nesta fase, esperamos colher as recompensas considerando: •





tempo; esforço; talento.

Por isso, há necessidade de fazer escolhas ecientes para otimizar os resultados. Entendendo oportunidades

Segundo Scott e Shane (2007), uma oportunidade empreendedora é uma situação na qual as mudanças na tecnologia ou nas condições políticas, sociais e demográcas geram o potencial para criar algo novo. Segundo Joseph Schumpeter, economista e professor da Universidade de Harvard, as oportunidades empreendedoras realmente valiosas provêm de uma mudança externa que torna possível fazer algo que ainda não havia sido feito, ou fazer algo de uma forma mais valiosa. A oportunidade identicada pelo empreendedor está relacionada às necessidades do mercado. Tais necessidades podem ser inéditas, ou seja, despertadas pelo próprio empreendedor com seu novo conceito de negócio em um nicho de mercado antes inexplorado. Por outro lado, essas necessidades de mercado podem ser inéditas, mas atendidas, até então, de forma inadequada pela concorrência. (CHER, 2008). No mercado consideramos algumas mudanças fundamentais para o processo empreendedor, sendo que as ideias dos autores reetem sobre o entendimento do que é realmente uma oportunidade de negócios. Um processo de reconhecer e identicar oportunidades, buscar recursos e interagir através de comunicação com sua equipe. Para isso, o empreendedor precisa lidar com as incertezas do nicho escolhido, articular sua liderança junto à sua equipe e monitorar as forças internas e externas do mercado. www.ulbra.br/ead

   l   a   u   s   s   e   c   o   r   p   a   v    i    t   c   e   p   s   r   e   p   a   m   u   :   o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m    E 63

Gestão Empresarial e Empreendedorismo Identicando as oportunidades

Algumas fórmulas de identicação de oportunidades: Para Degen (1989, p.19-32) algumas atitudes podem ser desenvolvidas e ainda ser agregadas como hábitos, e desse modo colaboram na geração de ideias que se transformam em potenciais de negócios. O autor destaca algumas questões que ajudam na identicação das oportunidades: Identicar necessidades

As necessidades potenciais são fontes primeiras do desenvolvimento de novas atividades, pois partimos da demanda. Exemplo: quem tem o seu negócio já consolidado deve estar conectado ao mercado e em alerta às possíveis demandas dos clientes. A oportunidade identicada pelo empreendedor está relacionada às necessidades do mercado. Para Cher (2008) a oportunidade estará, portanto, na maneira diferenciada com que se atuará nesse mercado. O que temos de importante aqui é o seguinte: você precisará relacionar os tipos de necessidades de mercado associadas à oportunidade identicada, e de braços dados com as necessidades estão os benefícios implícitos que seu cliente espera ver atendidos. Observar deciências

A melhor maneira é antecipar-se aos concorrentes e estimular estratégias e ações inovadoras que ajudem a empresa na manutenção de mercado.    l Exemplo: conforme citado por Drucker (1998, p.186): “a única maneira de impedir   a   u   s   s que seu concorrente torne seu produto, processo ou serviço obsoleto é você mesmo   e   c   o   r fazê-lo”.   p   a   v    i    t   c Observando as tendências   e   p   s   r   e   p O fato de estarmos em constantes mudanças também condicionam os negócios a   a   m   u essas mesmas premissas. Numa sociedade de consumidores como a nossa seria preciso   :   o estar alerta às mudanças nas demandas por novos produtos e serviços. Cada vez mais   m   s    i   r nesse cenário globalizado somos constituídos pelo consumo e isso faz com que as   o    d   e    d empresas necessitem estar atentas a essa velocidade na redução do ciclo de consumo   n   e dos produtos. Para Sertek (2007), as mudanças são impulsionadas por três fatores: as   e   r   p   m ameaças externas que afetam a sobrevivência da empresa, ou seja, a inuência das novas    E

tecnologias quando somos cercados pela competitividade globalizada; as oportunidades

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externas que abrem novos campos a serem explorados: novos fornecedores, novos tipos de negócios, novos clientes, e, por último, é necessário ter rapidez de respostas às demandas do mercado. As mudanças

Podemos citar como fonte de oportunidades: •





mudança tecnológica – é considerada a fonte mais importante de oportunidades de empreendedorismo de valor, pois permitem o começo de empreendimentos. Estas mudanças oportunizam empreendimentos pelo fato do prossional inovar com produção mais elevada; mudança política e regulamentar – nestas mudanças nos referimos a ideias novas, compartilhamento de recursos para geração de novas riquezas. Neste processo as pessoas nem sempre recebem de forma produtiva, pois há, muitas vezes, ganhos às custas de outras pessoas. As pesquisas mostram que certas mudanças políticas são fontes de aproveitamento de ganhos particulares; mudança social e demográca – estas mudanças favorecem o consumo e, assim, as negociações. Considerando que as pessoas possuem gostos, preferências e recursos nanceiros diferentes, podemos salientar que isso favorece os empreendedores. Por exemplo: na década de 50, os estudantes usavam ternos para assistirem às aulas, mas na década de 60 predominavam as roupas jeans e camisetas. Os empresários aproveitaram esta mudança.

Por que as mudanças sociais e demográcas são fontes de oportunidade de

empreendedorismo?    l   a   u   s 1. As mudanças sociais e demográcas modicam a demanda de produtos e serviços.   s   e   c 2. As mudanças sociais e demográcas dão espaço para criação de novos produtos   o   r   p   a exigidos e aprovados pelos clientes.   v    i    t   c   e   p Uma única fonte de oportunidade, como uma mudança tecnológica, pode gerar   s   r   e   p cinco formas de oportunidades.   a   m   u   : Nesta fase, vamos lembrar a importância do reconhecimento de oportunidades no   o   m   s    i   r dia a dia do trabalho dentro do mundo dos empreendedores.   o    d   e Podemos considerar a seguinte colocação:    d   n   e   e   r “Quando escrita em chinês, a palavra crise é composta por dois ideogramas. Um representa   p   m    E perigo e o outro representa oportunidade” (John F. Kennedy, 1959). www.ulbra.br/ead

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Para entendermos melhor a geração de ideias, mostramos a seguir alguns exemplos de diferentes formas de oportunidades de empreendedorismo que resultam de mudanças tecnológicas:

Mudança tecnológica

Novo produto ou serviço

Motor de combustão interna

Automóvel

O motor de combustão interna é utilizado para fornecer energia aos automóveis.

Internet

Vendas de livros online

A internet permite que as pessoas vendam produtos sem precisar de lojas.

Navios refrigerados

Os navios refrigerados permitem aos pecuaristas de um país vender sua produção em outro país.

Projetos auxiliados por computador

Os computadores permitem aos projetistas desenvolver os produtos sem a necessidade de protótipos físicos.

Novo mercado

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Justicativa

Forma de oportunidade

Nova forma de organização

   l   a   u   s   s   e   c   o   r   p   a   v    i    t   c   e   p   s   r   e   p   a   m   u   :   o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m    E

Exemplo de uma ideia de negócio em resposta à oportunidade

Refrigeração

Novos métodos Computador de produção

O petróleo é renado

Nova matéria-prima

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Petróleo

Produção de gasolina

sob forma de gasolina para fornecer energia aos veículos.

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Assim, Drucker (1998, p.49) explica que: Os empreendedores têm em comum não um certo tipo de personalidade, mas o compromisso com a prática sistemática da inovação. Ainovação é função especíca de espírito empreendedor e é o meio pelo qual o empreendedor cria novos recursos produtores de riqueza ou investe recursos existentes com maior potencial para a criação de riqueza.

Para Degen (1989) o sucesso na criação de um negócio próprio depende basicamente do desenvolvimento, pelo empreendedor, de três etapas: a) identicar a oportunidade de negócio – coletar informações sobre o mesmo; b) desenvolver o conceito do negócio – a partir das informações coletadas, identicar os riscos, procurar experiências similares para avaliá-los, adotar medidas para reduzi-los, avaliar o potencial de lucro e crescimento e denir a estratégia competitiva a ser adotada; c) implementar o empreendimento – iniciar pela elaboração do Plano de Negócios, denir as necessidades de recursos e suas fontes e a operacionalização das atividades. Destacamos, a seguir, algumas invenções e conquistas do século XX: 1903: Avião motorizado 1915: Teoria geral da relatividade de Einstein 1923: Aparelho televisor 1928: Penicilina 1937: Náilon 1943: Computador 1945: Bomba atômica 1947: Descoberta da estrutura do DNA abre caminho para a engenharia genética 1957: Sputnik, o primeiro satélite 1958: Laser 1961: O homem vai ao espaço 1967: Transplante de coração 1969: O homem chega à Lua; início da internet, Boeing 747 1970: Microprocessador 1989: World Wide Web 1993: Clonagem de embriões humanos 1997: Primeiro animal clonado: a ovelha Dolly 2000: Sequenciamento do genoma humano Apresentamos acima uma amplitude de acontecimentos que possibilitaram importantes descobertas, mas, o contexto apresentado tem como nalidade intensicar o quanto esse processo de empreender pode “render” ideias e descobertas. www.ulbra.br/ead

   l   a   u   s   s   e   c   o   r   p   a   v    i    t   c   e   p   s   r   e   p   a   m   u   :   o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m    E 67

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Recapitulando

Podemos vincular o empreendedorismo como um processo e para tal perspectiva, relacionamos abaixo as fases desse processo de empreender: Reconhecimento de uma oportunidade Decidir ir em frente e reunir os recursos iniciais Lançar um novo empreendimento Construir o sucesso Colher as recompensas Além das fases que o processo de empreender tem, ainda precisamos entender o conceito de oportunidade. Para Scott e Shane (2007), uma oportunidade empreendedora é uma situação na qual as mudanças na tecnologia ou nas condições políticas, sociais e demográcas geram o potencial para criar algo novo. Nesse processo de entender as oportunidades podemos relacionar algumas questões importantes: identicação da oportunidade, a observação das deciências, a observação das tendências. Outra questão relevante desse capítulo são as mudanças que inuenciam o processo de empreender: mudança tecnológica, mudança política e regulamentar e por m, a mudança demográca e social.

  o    d   n   a    l   u    t    i   p   a   c   e    R 68

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Atividades

1 Complete a frase: O processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador 1. desses fatores possibilita o início de um . a) b) c) d) e)

Novo evento Novo prédio Novo negócio Novo nanciamento Novo Plano de Negócios

1. A oportunidade estará, portanto, na maneira diferenciada com que se atuará nesse 2. mercado. O que temos de importante aqui é o seguinte: você precisará relacionar os tipos de necessidades de mercado associadas à oportunidade identicada, e de braços dados com as necessidades estão os benefícios implícitos que seu cliente espera ver atendidos. De quem é essa frase? a) b) c) d) e)

Drucker Dornelas Cher Maximiano Dolabela

2. O termo empreendedorismo é tido como um processo dividido em algumas fases. 3. Marque a opção correta com relação às fases desse processo: a) b) c) d) e)

Rupturas com o passado Decisão de ir em frente e busca de recursos Não reconhecimento de oportunidades Preocupação somente com as recompensas Apenas a busca pelo sucesso

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A www.ulbra.br/ead

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3. Para Degen (1989) o sucesso na criação de um negócio próprio depende basicamente 4. do desenvolvimento, pelo empreendedor, de três etapas. Marque a opção correta: a) identicar a oportunidade de negócio – coletar informações sobre o mesmo; b) implantar o negócio – a partir das informações coletadas, identicar os riscos, procurar experiências similares para avaliá-los, adotar medidas para reduzi-los, avaliar o potencial de lucro e crescimento e denir a estratégia competitiva a ser adotada; c) desenvolver o conceito do negócio – iniciar pela elaboração do Plano de Negócios, denir as necessidades de recursos e suas fontes e a operacionalização das atividades. d) Reconhecer uma etapa - avaliar o potencial de lucro e crescimento e denir a estratégia competitiva a ser adotada.

4. Para 5. , as mudanças são impulsionadas por três fatores: as ameaças externas que afetam a sobrevivência da empresa, ou seja, a inuência das novas tecnologias quando somos cercados pela competitividade globalizada; as oportunidades externas  que abrem novos campos a serem explorados: novos fornecedores, novos tipos de negócios, novos clientes, e, por último, é necessário ter rapidez de respostas às demandas do mercado. De quem é essa frase? a) b) c) d)

Drucker Cher Sertek Baron e Shane

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 70

Gabarito: 1. c / 2. c / 3. b / 4. a / 5. c www.ulbra.br/ead

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Referências Comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos os autores principais que permeiam o mesmo: BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. Os autores permeiam todo o livro, em especial, nesse capítulo em que trazemos que o empreendedorismo tem um processo. Esse processo está constituído por fases e os autores ilustram essa passagem apresentando e explanando sobre as mesmas. CHER, Rogerio. Empreendedorismo na veia: um aprendizado constante. Rio de Janeiro: Elsevier; SEBRAE, 2008. O autor tem duas citações importantes nesse capítulo quando ilustramos o entendimento e o reconhecimento das oportunidades e os seus efeitos quando o assunto é empreender. DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. O autor nesta obra explana o empreendedorismo como uma opção de carreira e por isso fazemos uso dessa obra nesse capítulo porque há explanações sobre o perl empreendedor. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas . Rio de Janeiro: Elsevier, XII, 2005. O autor Dornelas enfatiza a importância do perl e potencial empreendedor interligado as oportunidades e a relevância de aprender a identicar a oportunidade.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 7  Liderança e empreendedorismo O objetivo principal deste capítulo é a compreensão das principais noções de empreendedorismo vinculadas à liderança. Espera-se que, ao terminar este capítulo, você seja capaz de: • •

compreender a liderança conectada ao empreendedorismo; entender as demandas por uma liderança que tenha foco no capital cognitivo (ideias e pessoas).

Empreendedorismo, motivação e liderança

Para Maximiano (2006), os principais determinantes do desempenho no trabalho são: chea, organização do local de trabalho, motivação para o trabalho , qualicações e inuência dos colegas. Ainda nessa direção, a motivação é algo especíco, do coletivo para o individual, e não há uma situação de modo especial que nos leve a concluir que uma pessoa sempre deve ter disposição para tudo. Maximiano (2006) explica que a palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que signica mover. Para o autor, a palavra indicaria o processo pelo qual o comportamento humano é incentivado, estimulado e energizado por algum tipo de motivo ou razão. Cabe ressaltar que incentivo e motivação são questões diferentes, em que “incentivar” uma pessoa a fazer algo poderá resultar numa atitude em que ela possa se sentir estimulada, e nesse processo acontece a “motivação”. 72

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A motivação é uma rede complexa que interage com motivos internos e externos, como veremos a seguir: •



motivos externos: atitudes e valores, necessidades e aptidões e habilidades; motivos internos: recompensas, ambiente de trabalho e natureza do trabalho.

Desse modo, ao se relacionar com a motivação dos seus colaboradores e das pessoas em geral, o empreendedor deve prestar atenção às necessidades e evitar o pensamento simplista. Empreender também está correlacionado à percepção de incentivar um ambiente promissor para as ideias e realizações. Liderança no empreendedorismo

A liderança é a habilidade dos executivos em controlar as próprias emoções e as dos outros que são os fatores primordiais para o sucesso do empreendimento. Existem diferentes fatores que podem conduzir uma empresa ao sucesso. Um deles é o delineamento de um horizonte a ser perseguido, a m de que haja um caminho sem problemas. Para isso, é necessária a construção de uma missão pessoal e empresarial e, particularmente, de uma visão, que terá a gura de um líder para a sua condução. Maximiano (2006, p.152) arma que a liderança é um dos papéis dos administradores de empresas. No papel de líder, o empreendedor inuencia o comportamento de seus funcionários, para que eles realizem os objetivos da empresa. O processo de liderança está estreitamente ligado ao processo da motivação. A motivação dos liderados baseiase na identidade de interesses entre suas necessidades, valores e aspirações e as proposições do líder. “Assim que todo mundo concorda com uma ideia, um líder deve começar a trabalhar na próxima.” (Roger Enrico) É preciso entender as motivações das outras pessoas se quiser ser um bom líder; sem liderança, não há colaboração, não há trabalho em equipe. É interessante lembrarmos que existem alguns tipos de liderança: alguns voltados para a tarefa e outros voltados para as pessoas. Quando a tarefa é o foco, podemos caracterizar algumas situações: decisões são tomadas sem consultar a equipe, preocupação excessiva com a tarefa e não com a equipe, a meta é o principal fator. Porém, quando o foco são as pessoas, temos as seguintes características: as decisões são tomadas em equipe, o foco é o funcionário, ambiente receptivo às ideias, persuasão para que o funcionário entenda suas responsabilidades, compartilhamento, delegação. www.ulbra.br/ead

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e   a   ç   n   a   r   e    d    i    L 73

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Dentro do espírito de empreendedorismo, no papel de líder devem ser considerados os recursos nanceiros, de produção e de capital, mas a motivação dos recursos humanos pode ser o principal ativo da organização. Podemos citar como exemplos as empresas Microsoft, Coca-Cola e Unilever, que veem os talentos humanos como diferencial no mundo dos negócios. Sendo a liderança fundamental no exercício do empreendimento, podemos estabelecer alguns estilos de liderança, tais como: tirania (excesso de autoridade); autocracia (foco na tarefa e na chea); democracia (foco na participação e nas pessoas) e, por m, a demagogia (falta de autoridade). Os líderes podem ser classicados em carismáticos (aqueles que oferecem recompensa à própria missão) e transacionais (aqueles que oferecem recompensas materiais pela realização da missão). Para um perl executivo seriam necessárias algumas características: •







• •

os gestores devem ser altamente competitivos e agressivos: somente desta forma o prossional consegue se acostumar com as tantas mudanças tecnológicas e societárias. os líderes precisam saber guiar grandes equipes: há necessidade de que eles percebam as crises, os fracassos de suas equipes. os gestores precisam ser exíveis: os gestores sistemáticos não conseguem acompanhar o setor. deve haver espírito de empreendedorismo: as mudanças são muito rápidas, os gestores precisam ser proativos, acompanhar os processos e conhecer os seus consumidores. os líderes precisam ter qualicação técnica excelente: há necessidade de que tenham criatividade para sugerir novos produtos.

Para alguns setores dos negócios precisamos de gestores mais agressivos, pessoas rápidas e dinâmicas. Por essa razão, em muitos setores os prossionais não se adaptam e podem ser transitórios. Destacamos, a seguir, um exemplo de liderança.   o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e   a   ç   n   a   r   e    d    i    L 74

Maria Helena Bastos, do Café Helena: Executiva em uma multinacional, um dia Maria Helena decidiu voltar às suas origens. Deixou a empresa e comprou a fazenda de café onde nasceu na cidade de Dourados (SP). Plantou 750 mil pés e esperou. Isso foi há sete anos. Sua primeira colheita encontrou o preço da saca em queda. Ela esperou e, assim que o preço começou a subir, vendeu sua produção, conseguindo se recapitalizar, e lançou o Café Helena, especial, só com os melhores grãos. Ela e o seu café já foram considerados um case de sucesso pela Fundação Getúlio Vargas. (Extraído do site: www.cafehelena.com.br) www.ulbra.br/ead

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Estilos de Liderança

Uma das preocupações do empreendedor é estabelecer a sua liderança entre seus pares e colaboradores e para isso, o entendimento dos estilos de liderança se faz necessário como um mecanismo que poderá servir de ferramenta em seu modelo de gestão. A liderança está presente em todos os momentos e situações, seja na vida pessoal ou organizacional. No livro “O Monge e o Executivo”, James Hunter (2004, p. 25) aponta que liderança é “a habilidade de inuenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identicados como sendo para o bem comum”, ela ocorre com um fenômeno social. Para CHIAVENATO (2006, p.18-19) “A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas, seja em cada um de seus departamentos. Ela é essencial em todas as funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar”. Maximiano (2008, p. 277) argumenta que: Liderança é o processo de conduzir as ações ou inuenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas. Proximidade física ou temporal não é importante no processo. Um cientista pode ser inuenciado por um colega de produção que nunca viu ou mesmo que viveu em outra época. Líderes religiosos são capazes de inuenciar adeptos que estão muitos longes e que têm pouquíssima chance de vê-los pessoalmente.

Os tipos e estilos de liderança devem ser observados pelo empreendedor no ajuste de como se posicionará a frente de seu negócio. Para Chiavenato as teorias abordadas até o momento sobre os traços de personalidade são simplistas e limitadas, enquanto que as teorias da liderança situacional explicam mais detalhadamente que não existe um único estilo de liderar válido para qualquer situação. O autor enfatiza que cada situação requer um tipo de liderança que seria determinada pelas circunstâncias. A teoria situacional é a que mais atrai aos administradores por aumentar as possibilidades de adequação na situação com o objetivo de fazer ajustes ao estilo de liderança utilizado. Ainda nessa perspectiva, o autor alerta que um líder deve se ajustar a um grupo de pessoas, em condições variadas, sendo a sua capacidade de comunicação essencial e não apenas seus traços de personalidade. Numa reportagem da revista Exame 11  é mencionada sobre os quatro tipos de líderes que fazem os funcionários abraçar uma causa. Nessa máteria é apresentado uma pesquisa realizada por Mehrad Baghai e James Quigley, autores do livro “O poder da união – como ações individuais geram uma força coletiva” em que discute como se faz pessoas diferentes, com aspirações e salários distintos acreditarem no propósito da sua empresa. Também nessa reportagem é sinalizada que a pesquisa foi conduzida pela Consultoria Deloitte e que demorou dois anos. Para os autores, esses pers de proprietário, organizador, regente e produtor proporcionariam o sucesso do empreendimento. 11 Reportagem extraída do site da Revista Exame que circulou circulou em 19 de outubro de 2012. www.ulbra.br/ead

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e   a   ç   n   a   r   e    d    i    L 75

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Eles destacam esses pers com características que diferenciam o modo como o negócio seria tocado: o perl proprietário seria para quem controla ativo cujo valor aumenta com a demanda (já mencionado acima anteriormente), tem concorrentes fracos e possui um modelo de negócios que precisaria agregar usuários em escala crescente; o perl organizador de comunidades que funcionaria para quem tem uma causa de apelo popular e quer realizar economias de escala com um grande número de pessoas. Para exemplicar, os autores citam a ascensão do Linux; o perl regente que funciona para quem quer um trabalho feito com precisão e consistência e tem tempo para treinar intensivamente os funcionários e por m, o último perl, o produtor que seria para quem valoriza a criatividade acima de tudo e sabe que precisa da colaboração de outros para o desenvolvimento do negócio. Nesse último perl, os autores exemplicam citando o Cirque du Soleil e a sua magia. De acordo com Chiavenato (2004, p. 104) consideramos três estilos de liderança: AUTOCRÁTICA  





Apenas o líder xa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo; O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma pôr vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo; O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho; O líder é Dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

DEMOCRÁTICA  

  o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m   e   e   a   ç   n   a   r   e    d    i    L 76







As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder; O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os debates; A divisão das tarefas ca a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho; O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregarse muito de tarefas. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios.

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LIBERAL 









Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder; A participação do líder no debate apenas material variada ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem; Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros, ca totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder; O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos; O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado.

Segundo Chiavenato (2004) há uma ênfase para cada estilo de liderança: no estilo Autocrático numa relação entre líder e subordinado, a ênfase é no líder; no estilo Democrático, a ênfase seria no líder e no subordinado (ambos) e por m, no estilo Liberal, a ênfase seria nos subordinados. Para Maximiano (2008, p. 277), a liderança é a realização de metas por meio da direção de colaboradores. A pessoa que comanda com sucesso seus colaboradores para alcançar nalidades especícas é líder. Um grande líder tem essa capacidade dia após dia, ano após ano, em uma grande variedade de situações. Um dos destaques quando falamos em liderança seria observar se a mesma está orientada para a tarefa ou para as pessoas. Quando falamos em liderança orientada para a tarefa está focalizada no trabalho do subordinado ou grupo, preocupada com o cumprimento dos prazos, dos padrões e qualidade. Pode-se dizer que essa liderança compreende os comportamentos classicados dentro de um modelo Autocrático (Maximiano, 2008). Na liderança orientada para as pessoas, o líder tem a preocupação com o ambiente no qual as pessoas sintam-se confortáveis. Nesse tipo de liderança podemos identicar os comportamentos classicados dentro de um modelo democrático em que o funcionário ou grupo seriam considerados os alvos na gestão com ênfase nas relações humanas.

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Recapitulando

Maximiano (2006) explica que a palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que signica mover. Para o autor, a palavra indicaria o processo pelo qual o comportamento humano é incentivado, estimulado e energizado por algum tipo de motivo ou razão. Cabe ressaltar que incentivo e motivação são questões diferentes, em que “incentivar” uma pessoa a fazer algo poderá resultar numa atitude em que ela possa se sentir estimulada, e nesse processo acontece a “motivação”. O processo de liderança está estreitamente ligado ao processo da motivação. A motivação dos liderados baseia-se na identidade de interesses entre suas necessidades, valores e aspirações e as proposições do líder. Os três estilos clássicos de liderança: AUTOCRÁTICA  

 

Apenas o líder xa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo; O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, cada uma pôr vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo; O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho; O líder é Dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

DEMOCRÁTICA  

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  

As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder; O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os debates; A divisão das tarefas ca a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho; O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito, sem encarregarse muito de tarefas. O líder é “objetivo” e limita-se aos “fatos” em suas críticas e elogios.

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LIBERAL 









Há liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, com participação mínima do líder; A participação do líder no debate apenas material variada ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem; Tanto a divisão das tarefas, como a escolha dos companheiros, ca totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder; O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos; O líder somente faz comentários irregulares sobre as atividades dos membros quando perguntado.

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Atividades

1. Dentro do perl executivo, os gestores devem ser altamente competitivos e agressivos. Somente desta forma o prossional consegue se acostumar com as tantas mudanças tecnológicas e societárias. Para que isso aconteça, são necessárias algumas qualidades. Assinale a alternativa que mostra exatamente este perl: a) b) c) d) e)

Não precisam ser exíveis. Não devem ter espírito empreendedor. Os líderes não precisam saber guiar sua equipe. Fatores de risco: seção que descreve sua ideia e a situação atual de seu negócio. Precisam ter qualicação técnica excelente.

2. Maximiano (2006, p.152) arma que a é um dos papéis dos administradores de empresas. Complete o que falta na frase: a) b) c) d) e)

Gestão. Motivação. Atitude. Liderança. Ousadia.

3. A liderança é segmentada em algumas tipologias. Dentre as relacionadas abaixo, marque a INCORRETA: a) b) c) d) e)

Tirania. Liberal. Democracia. Autocracia. Demagogia.

4. A motivação é uma rede complexa que interage com motivos internos e externos. Marque a opção correta:   s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 80

a) b) c) d)

Motivos bilaterais: necessidades e aptidões e habilidades e valores. Motivos internos: recompensas, ambiente de trabalho e natureza do trabalho. Motivos externos: atitudes e valores, necessidades e aptidões e habilidades. Motivos unilaterais: ambiente de trabalho e natureza do trabalho.

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5. Assinale abaixo apenas a alternativa que esteja relacionada ao estilo de liderança autocrática: a) As diretrizes são debatidas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. b) O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham nova perspectivas com os debates. c) O líder é Dominador e é “pessoal” nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro. d) A divisão das tarefas ca a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho.

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A

Gabarito: 1. e / 2. d / 3. b / 4. c / 5. c www.ulbra.br/ead

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Referências Comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos os autores principais que permeiam o mesmo: CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações . 2ª reimp. 3 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Nesta obra, Chiavenato aborda de forma ampla as teorias da administração. Nesse capítulo apropriamo-nos de alguns conceitos para explanar os conceitos de liderança e tipos/estilos de liderança.   MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. O autor Maximiano nesta obra também articula os conceitos de liderança e estilos de liderança dos quais lançamos mão nesse capítulo. MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores.  1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. Para falar da motivação e origem dessa palavra utilizamos algumas citações de Maximiano que, nesta obra, está direcionada aos empreendedores que seria o foco desse livro.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R 82

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 8  O que é um pl plano ano de negócios negócios Neste capítulo abordamos o Plano de Negócios. Para elaborar qualquer Plano de Negócios precisamos de horas de concentração e trabalho com muita decisão. O impacto positivo sobre um Plano de Negócios pode ser o fechamento de um grande negócio. Espera-se que ao nal deste capítulo você seja capaz de: •



entender um modelo de Plano de Negócios e seus requisitos; identicar a importância do Plano de Negócios na condução e no monitoramento do seu empreendimento.

Modelo de plano

Podemos perguntar: que tipo de planos vamos elaborar? Podemos Vamos elaborar um plano simples e objetivo ou longo e detalhado? Considerando que vamos fazer um investimento do qual queremos retorno, precisamos decidir sobre o nosso Plano de Negócios. Requisitos para um plano

O plano de negócios pode ser considerado como um guia de sucesso nas mãos do empreendedor além de ser uma ferramenta técnica de acompanhamento, controle para o seu negócio. O plano de negócios não precisa ser construído somente quando abrimos um negócio, pode também ser elaborado para uma ampliação do negócio ou abertura de unidade como forma de acompanhar, monitorar e controlar. Para Bernardi (2011), os novos empreendimentos, são de certa forma, vulneráveis e sujeitos a muitas restrições e por isso, ter prudência e cautela seria aconselhável para quem quer abrir o próprio negócio. O autor alerta que uma preparação não adequada e supercial seria um prérequisito ao insucesso. www.ulbra.br/ead

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Na concepção de Bernardi (2011, p. 70), um bom plano de negócios deve responder a abranger de forma básica seus requisitos: − −

− −

− −

Sobre a empresa: quem somos, o que vamos vender e a quem? Sobre o mercado: quem são os concorrentes e qual será a diferencial da empresa? Sobre a estratégia: para onde vai à empresa e como fazer para atingir? Sobre as nanças: quanto será necessário? Como nanciar? Que resultados se esperam? Sobre as pessoas: qual a capacidade de gestão e conhecimento? Sobre os riscos: quais são eles?

O Plano de Negócios depende dos critérios adotados para a elaboração. Ao elaborarmos um plano, podemos nos questionar. De acordo com Shane e Baron (2007, p. 188), devemos tecer algumas perguntas-chaves antes do investimento: •

Qual  a ideia básica para o novo produto ou serviço?



Por que esse novo produto é útil ou atraente e para quem?



Como a ideia para o novo empreendimento será realizada, qual é o plano geral





para a produção do produto, para a sua comercialização, para lidar com a concorrência existente e potencial? Quem são os empreendedores, eles têm o conhecimento, a experiência e as habilidades exigidos para o desenvolvimento dessa ideia e para o funcionamento de uma nova empresa? Se o plano for projetado para o levantamento de fundos, quanto é preciso dispor, qual o tipo de nanciamento necessário, como ele será usado e como os empreendedores e as outras pessoas terão retorno sobre seu investimento?

Antes de começarmos diretamente no Plano de Negócios, devemos entender algumas questões importantes. No cenário atual, as ideias fomentam grandes negócios e parte das mesmas a lucratividade e competitividade. Mas, anal, o que é uma ideia?   s A geração de ideias é a única etapa do projeto pertencente exclusivamente ao   o    i   c    ó empreendedor   g empreendedor.. As oportunidades estão por aí, circulando, entretanto, a capacidade de   e   n decidir em frente é decisão sua!   e    d   o   n   a    l O empreendedor deverá escrutinar a ideia de tal maneira que possa tranquilamente   p   m passar ao passo adiante. O objetivo é mostrar se vale a pena investir e levar adiante. De   u    é acordo com Maximiano (2006, p. 194), avaliamos a viabilidade da ideia com as seguintes   e   u   q reexões:    O 84

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− − −

− − − − −

Verique a demanda, a oferta de serviços; Analise os pontos fortes e fracos da concorrência: existencial e potencial; Requisitos operacionais para fornecimento do produto ou serviço (máquinas, instalações, região); Existência de fornecedores para a parte operacional da empresa; Pesquisa; Requisitos legais para o funcionamento do negócio; Permissão para instalação do negócio no local escolhido; Necessidade de investimentos em comparação com os recursos do empreendedor.

Para se obter um Plano de Negócios bem preparado, precisamos objetivar as questões a serem implantadas neste plano. Agora, sim, o Plano de Negócios! Maximiano (2006) diz que se trata de uma descrição detalhada do empreendimento – o produto ou serviço e todos os aspectos da administração da empresa, como se ela estivesse de fato operando. O plano de negócios projeta a imagem da empresa que ainda não existe, mas que se sabe como será, para que se possam analisar antecipadamente os problemas a ser resolvidos e tomar decisões. O sucesso de um Plano de Negócios depende de três aspectos fundamentais: •





ser ordenado; ser sucinto; ser persuasivo.

Apresentação de um plano

O Plano de Negócios pode ser comparado a um cartão de visitas de quem deseja empreender. Para Maximiano (2006, p.195) o Plano de Negócios permite esclarecer qual produto ou serviço o empreendedor pretende fornecer, o mercado e a estratégia para conquistá-lo e as condições necessárias pata transformar a ideia em uma empresa em operação. Nesse sentido, o Plano de Negócios seria mais que uma ferramenta de quem deseja ser empreendedor, pode ser uma necessidade – ou seja, poderá precisar do Plano de Negócios para obter uma licença de funcionamento, pedir um empréstimo, pode ser explicativo para potenciais investidores. www.ulbra.br/ead

  s   o    i   c    ó   g   e   n   e    d   o   n   a    l   p   m   u    é   e   u   q    O 85

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O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. Cada uma das seções do plano tem um propósito especíco (DORNELAS, 2005). Destacamos a seguir o passo a passo de um Plano de Negócios. Organização e formato

a) Para início da apresentação, começamos com a capa, onde devem constar: • • •

Nome; endereço da empresa; nomes e informações de contato (telefone, e-mail, etc.).

b) Na folha seguinte deve ter um índice de plano: •



resumo executivo – após a apresentação de um resumo, devem constar as seções do plano, divididas em tópicos e com clareza; anexos devem estar com apresentação em separado. Por exemplo: projeções nanceiras detalhadas, resumos completos onde constam as pessoas responsáveis pela empresa.

Planos sucintos

O plano deve apresentar seus dados e informações de uma forma muito sucinta, ninguém tem tempo e interesse em permanecer horas e horas estudando planos complexos. Devemos apresentar um plano de maneira clara e inteligente, abordando os aspectos principais dos negócios.   s   o    i   c    ó   g   e   n   e    d   o   n   a    l   p   m   u    é   e   u   q    O 86

Não devemos esquecer: • •

as pessoas que leem os planos são inteligentes e objetivas; os prossionais do mundo dos negócios são extremamente ocupados e objetivos.

Portanto, clareza e objetividade são os segredos para o fechamento do negócio.

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Como elaborar o Plano de Negócios Apresentação sucinta do negócio. Oportunidade que o negócio aproveita. Perspectivas de desempenho: vendas e receitas. Custos da implantação e operação do negócio. Estratégia no Plano de Negócios Objetivos de desempenho. Vantagens competitivas. Projeção do desempenho e perspectivas de crescimento dentro do ramo escolhido. Perspectivas de diversicação. Indicadores e mecanismos de controle do desempenho estratégico. Iniciativas de responsabilidade social. Marketing no Plano de Negócios Identicação e descrição do mercado-alvo. Estratégia de marketing. Preços. Distribuição e vendas. Promoção. Execução no Plano de Negócios Especicações do produto/serviço. Modo de operações. Sistema de gestão da qualidade. Fluxo de fornecimento do produto/serviço. Projeto das instalações. Fornecedores e cadeia de suprimentos. Controle do inventário. Desenhando a estrutura do negócio Estrutura organizacional da empresa. Denição dos cargos principais. Nomes dos ocupantes dos cargos de direção. Gestão de Recursos Humanos no Plano de Negócios Plano de mão de obra – lista de cargos e quantidade de ocupantes necessários. Competências desejadas dos funcionários. Processos de recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento. Política salarial. Benefícios. Sistema motivacional. www.ulbra.br/ead

  s   o    i   c    ó   g   e   n   e    d   o   n   a    l   p   m   u    é   e   u   q    O 87

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Infraestrutura no Plano de Negócios Sites na internet. Softwares e hardwares. Gestão Financeira no Plano de Negócios Análise do ponto de equilíbrio. Cenários de uxo de caixa, balanço, balancete e DRE. Projeção de indicadores. Risco calculado no Plano de Negócios Gestão da Legislação no Plano de Negócios Plano persuasivo

Quando tratamos de negociações, estamos diante de pessoas inteligentes e objetivas. O seu plano desperta atenção ou cria um desinteresse total. Então, um plano persuasivo é fundamental. Segundo Shane e Baron (2007, p.189), As decisões são tomadas com muita rapidez por capitalistas de risco e por outras fontes de nanciamento em potencial e raramente são revertidas, se é que isso acontece. Isso signica que você deve começar com força e continuar assim, se desejar ser bem-sucedido.

As ideias apresentadas e argumentadas com inteligência e competência são o caminho para uma negociação com desfecho favorável para todos os envolvidos no processo. O resumo executivo

No resumo executivo vamos tratar das questões-chave que precisam estar formatadas na apresentação do Plano de Negócios e os pecados dos Planos de Negócios.

  s   o    i   c    ó Tópicos de Plano de Negócios   g   e   n   e    d Destacamos, de modo especial, que o empreendedor deve ter o máximo de   o   n   a informação sobre o empreendimento. Alguns aspectos com relação ao Plano de Negócios    l   p   m são valorosos na manutenção das informações e do acompanhamento. Faz-se importante   u    é a construção do mesmo bem como o monitoramento. Além disso, o Plano de Negócios   e   u   q estabelece algumas condições, como, por exemplo, a abertura para uma negociação e    O

assim obter um nanciamento ou conquista de investidores.

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Ainda nessa perspectiva, Maximiano (2006), argumenta que o plano de negócios permite esclarecer o produto ou serviço que o empreendedor pretende fornecer, o mercado, a estratégia e as condições necessárias para transformar sua ideia em realidade. O autor ainda enfatiza que o plano de negócios pode ser uma necessidade além da abertura do negócio, pode ser a obtenção de licença de funcionamento, pleitear nanciamento, explicar a oportunidade para potenciais investidores ou até mesmo participar de um concurso de empreendedorismo. Existem alguns aspectos fundamentais a serem considerados num plano. De acordo com Shane e Baron (2007, p. 191), fazem parte destes tópicos: •















histórico e nalidade: seção que descreve sua ideia e a situação

atual de seu

negócio; marketing: seção que descreve o mercado de seu produto ou serviço, quem vai querer usar ou comprar e, mais importante, por que as pessoas vão querer fazê-lo; concorrência:  informações sobre a concorrência e sobre como pode ser vencida, preços que serão praticados e questões relacionadas; desenvolvimento, produto e localização:  informamos sobre o ponto em que seu produto ou serviço está em termos de desenvolvimento, como você pretende chegar à produção real ou ao fornecimento do produto ou serviço e (se for relevante para a sua empresa) informações sobre a localização do novo negócio. Pormenores a respeito da operação podem ser incluídos nessa seção, se forem importantes para compreender a função do negócio e para explicar por que têm potencial econômico signicativo; administração:  seção que descreve a experiência, as habilidades e o conhecimento da equipe de administração do novo empreendimento; o que você tem e quais habilidades adicionais podem ser necessárias nos meses seguintes. Dados sobre a propriedade atual devem ser incluídos aqui; seção nanceira: avisa sobre o atual estado nanceiro da empresa e oferece projeções para necessidades futuras, receitas e outras medidas nanceiras. Também deve incluir as informações sobre o valor do nanciamento desejado, quando tais fundos são necessários, como eles serão usados, uxo de caixa e uma análise de ponto de equilíbrio; fatores de risco: discute vários riscos que o novo empreendimento enfrentará e as medidas que a equipe de administração tomará para proteger o empreendimento; colheita ou saída:  os investidores estão interessados em compreender exatamente como lucrarão se a empresa for bem-sucedida. Portanto, pareceres sobre essa questão importante (por exemplo, quando e como a empresa se tornará pública) podem, muitas vezes, ser úteis; www.ulbra.br/ead

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programação das etapas e marcos: deve ser fornecida programação de cada fase do novo empreendimento, de modo que os investidores em potencial saibam quando tarefas-chave (por exemplo, início da produção, momento das primeiras vendas, ponto de equilíbrio projetado) serão concluídas. Essa pode ser uma seção separada ou pode ser incluída em outras seções, conforme for mais adequado; anexos: é a parte em que devem ser apresentadas informações nanceiras e resumos detalhados dos membros da cúpula administrativa.

Os pecados dos Planos de Negócios

O Plano de Negócios poderá ser rejeitado se houver falhas em algum destes aspectos, de acordo com Shane e Baron (2007, p. 201): • • • • • • •

o plano é muito pretensioso; o plano foi preparado de forma deciente e não tem uma aparência prossional; não há denição clara das qualicações da equipe administrativa; as projeções nanceiras são imoderadas e irracionalmente otimistas; não está claro por que alguém iria querer comprar o produto ou serviço; não está claro como está o produto em termos de produção; o resumo executivo é muito longo e não vai direto ao ponto.

A chance do sucesso do empreendimento depende da aprovação ou não de seus planos por investidores. A apresentação por escrito e verbal deve ser de qualidade máxima para obter os resultados satisfatórios. A apresentação do plano de negócios é fundamental quando se busca recursos externos (bancos, investidores, sócios). Nesse sentido, Shane e Baron (2007) apresentam algumas medidas adicionais: −

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Prepare-se ainda mais : Releia o plano, mensure o tempo de apresentação

adequando ao tempo das pessoas que o ouvirão, seja sucinto, eloquente e preciso. Escolha o conteúdo com cuidado : o tempo é valioso de todos que participarão da sua apresentação, então escolha com cuidado o conteúdo por prioridade. Lembre-se de que está tentado persuadir, não subjugar : uma armadilha potencial para muitos empreendedores, em especial, os que têm um histórico técnico em que o uso da linguagem técnica torna-se recorrente e que somente algumas pessoas da área compreendem. Aconselha-se a abordagem mais geral do plano de negócios.

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− −



Mostre entusiasmo, mas coloque pitadas de realidade : conteúdo adequado às

projeções nanceiras. Cuidado com o excesso. Ensaie: treinar a sua apresentação é fundamental. Não negligencie o básico : ao mostrar seu plano de negócios, o básico deve ser levado em consideração e muitas pessoas cam excessivamente concentradas no layout da apresentação, no tom da voz e dicção perfeita.  Adote uma postura cooperativa e útil para as perguntas : Fique a disposição, pois com certeza ao término farão perguntas, anal o empreendedor está ali pedindo recursos para o seu negócio. Leve em conta a experiência dos seus ouvintes.

Ter um bom Plano de Negócios pode garantir seu sucesso!

Os riscos do empreendimento

Todo empreendimento corre riscos, os investidores precisam vencer esses desaos. Existem alguns pontos principais a serem considerados. Vamos relatar alguns riscos fundamentais a serem observados: •





• •





• •

Corte de preços por parte de concorrentes, que se recusam a “pagar para ver” o desempenho do novo empreendimento. Tendências imprevistas no setor que fazem o produto ou serviço do novo empreendimento menos desejável ou menos comercializável. Projeções de vendas que não são atingidas por uma variedade de razões, reduzindo o caixa disponível. Custos de projeto, produção ou distribuição que excedem os estimados. Programação de desenvolvimento de produtos ou de produção que não são atendidas (problemas com pessoas, como pouca motivação do funcionário, podem desempenhar um papel em cada um dos últimos três pontos). Problemas originados da falta de experiência da cúpula administrativa (por exemplo, falta de habilidade na negociação em condições favoráveis de contratos com os fornecedores ou clientes). Tempo de entrega maior do que o esperado para a obtenção de peças ou matéria-prima. Diculdades na obtenção de nanciamento adicional necessário. Tendências ou desenvolvimentos políticos, econômicos, sociais ou tecnológicos imprevistos (por exemplo, nova legislação governamental ou início repentino de uma recessão). www.ulbra.br/ead

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Os empreendedores procuram empresas de capital de riscos, pois elas trazem inúmeras vantagens. Destacamos a seguir alguns tipos de vantagens:

TIPO DE VANTAGEM Capital

A empresa de capital de risco é uma das principais fontes de capital de alto risco para novos empreendimentos.

Credibilidade

O prestígio do apoio da empresa de capital de risco facilita aos empreendedores persuadir clientes, funcionários e fornecedores do valor de seu novo negócio.

Conexão com banqueiros de investimento

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RAZÃO

O alto volume de ofertas públicas iniciais auxiliadas por empresas de capital de risco signica que os capitalistas

de risco têm vínculos próximos com banqueiros de investimentos, o que facilita a abertura de capital.

Conexões com fornecedores e clientes

Capitalistas de risco, em geral, estabelecem relações

Ajuda no recrutamento da equipe de administração

Os capitalistas de risco t6em vínculos fortes com empresas que procuram executivos e podem ajudar os empreendedores a atraírem CEOs e outros talentos de alto escalão.

Assistência na Operação

entre as empresas que nanciam, como fornecedores

e clientes umas das outras.

Muitos capitalistas de risco foram empreendedores e têm experiência signicativa na formação de novas

empresas. Fonte: Shane e Baron (2006, p. 151)

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Cabe lembrar que o suporte do capital de risco conduz a novas empresas. É preciso pensar nos riscos para tomar medidas com antecedência para não prejudicar os resultados negativos. O prossional precisa estar preparado e alerta para os riscos. Enfrentar os desaos é o grande segredo do sucesso de qualquer empreendedor.  Estar diante de informações constantes é um grande desao. Porém o prossional deve estar alerta para: • •

• •

Conhecer quais as empresas que atuam no seu segmento. Pesquisar como esta o faturamento e o crescimento do segmento no contexto Brasil e mundo. Analisar o contexto voltado para pessoas que são desta área. Acompanhar a evolução, analisando o passado e procurando conhecer as exigências para o futuro.

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Recapitulando

Para se obter um Plano de Negócios bem preparado, precisamos objetivar as questões a serem implantadas neste plano. Conceito: O plano de negócios é um documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa. Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente de negócios. Cada uma das seções do plano tem um propósito especíco (DORNELAS, 2005). O sucesso de um Plano de Negócios depende de três aspectos fundamentais: • • •

ser ordenado; ser sucinto; ser persuasivo.

Existem alguns aspectos fundamentais a serem considerados num plano. De acordo com Shane e Baron (2007, p. 191), fazem parte destes tópicos: •







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histórico e nalidade: seção que descreve sua ideia e a situação

atual de seu

negócio; marketing: seção que descreve o mercado de seu produto ou serviço, quem vai querer usar ou comprar e, mais importante, por que as pessoas vão querer fazê-lo; concorrência:  informações sobre a concorrência e sobre como pode ser vencida, preços que serão praticados e questões relacionadas; desenvolvimento, produto e localização:  informamos sobre o ponto em que seu produto ou serviço está em termos de desenvolvimento, como você pretende chegar à produção real ou ao fornecimento do produto ou serviço e (se for relevante para a sua empresa) informações sobre a localização do novo negócio. Pormenores a respeito da operação podem ser incluídos nessa seção, se forem importantes para compreender a função do negócio e para explicar por que têm potencial econômico signicativo;

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administração:  seção que descreve a experiência, as habilidades e o conhecimento da equipe de administração do novo empreendimento; o que você tem e quais habilidades adicionais podem ser necessárias nos meses seguintes. Dados sobre a propriedade atual devem ser incluídos aqui; seção nanceira: avisa sobre o atual estado nanceiro da empresa e oferece projeções para necessidades futuras, receitas e outras medidas nanceiras. Também deve incluir as informações sobre o valor do nanciamento desejado, quando tais fundos são necessários, como eles serão usados, uxo de caixa e uma análise de ponto de equilíbrio; fatores de risco: discute vários riscos que o novo empreendimento enfrentará e as medidas que a equipe de administração tomará para proteger o empreendimento; colheita ou saída:  os investidores estão interessados em compreender exatamente como lucrarão se a empresa for bem-sucedida. Portanto, pareceres sobre essa questão importante (por exemplo, quando e como a empresa se tornará pública) podem, muitas vezes, ser úteis; programação das etapas e marcos: deve ser fornecida programação de cada fase do novo empreendimento, de modo que os investidores em potencial saibam quando tarefas-chave (por exemplo, início da produção, momento das primeiras vendas, ponto de equilíbrio projetado) serão concluídas. Essa pode ser uma seção separada ou pode ser incluída em outras seções, conforme for mais adequado; anexos: é a parte em que devem ser apresentadas informações nanceiras e resumos detalhados dos membros da cúpula administrativa.

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Atividades

1. O Plano de Negócios depende dos critérios adotados para a elaboração. Marque a opção correta: a) Por que esse novo produto não é útil ou atraente e para quem? b) Como a ideia para o novo empreendimento será realizada, qual é o plano geral para a produção do produto, para a sua comercialização, para lidar apenas com a concorrência existente e potencial? c) Quem são os empreendedores, e eles não têm o conhecimento, experiência e habilidades exigidos para o desenvolvimento dessa ideia e para o funcionamento de uma nova empresa? d) Se o plano for projetado para o levantamento de fundos, quanto  é preciso dispor, qual o tipo de nanciamento necessário , como ele será usado e como os empreendedores e as outras pessoas terão retorno sobre seu investimento? e) Informações sobre a concorrência e sobre como pode ser vencida, preços que serão praticados e questões relacionadas.

2. Precisamos deixar a pessoa interessada em querer saber mais sobre o empreendimento. A colocação verbal ou escrita precisa despertar a outra parte para abrir as portas para uma negociação e assim obter um empreendimento. Existem alguns aspectos fundamentais a serem considerados num plano. Marque a alternativa que ilustra bem os aspectos a serem considerados fundamentais:

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a) Marketing: informações sobre a concorrência e sobre como pode ser vencida, preços que serão praticados e questões relacionadas. b) Histórico e nalidade: seção que descreve o mercado de seu produto ou serviço, quem vai querer usar ou comprar e, mais importante, por que as pessoas vão querer fazê-lo. c) Desenvolvimento, produto e localização: seção que descreve sua ideia e a situação atual de seu negócio. d) Administração: seção que descreve a experiência, as habilidades e o conhecimento da equipe de administração do novo empreendimento; o que você tem e quais habilidades adicionais podem ser necessárias nos meses seguintes. Dados sobre a propriedade atual devem ser incluídos aqui. e) Variáveis causais, pelas quais entendemos a estratégia de liderança, as habilidades, o comportamento e as decisões da administração, os programas e a estrutura da organização. www.ulbra.br/ead

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3. O sucesso de um plano depende de três aspectos fundamentais. Assinale abaixo um destes aspectos: a) b) c) d) e)

Ser ecaz. Ser organístico. Ser ordenado. Ser planejado. Ser prático.

4. De acordo com Shane e Baron (2007, p. 191), Existem alguns aspectos fundamentais a serem considerados num plano. Pensando nisso, marque a alternativa correta: a) marketing: seção que descreve sua ideia e a situação atual de seu negócio; b) histórico e nalidade: seção que descreve o mercado de seu produto ou serviço, quem vai querer usar ou comprar e, mais importante, por que as pessoas vão querer fazê-lo; c) concorrência: informações sobre a concorrência e sobre como pode ser vencida, preços que serão praticados e questões relacionadas; d) administração:  informamos sobre o ponto em que seu produto ou serviço está em termos de desenvolvimento, como você pretende chegar à produção real ou ao fornecimento do produto ou serviço e (se for relevante para a sua empresa) informações sobre a localização do novo negócio. Pormenores a respeito da operação podem ser incluídos nessa seção, se forem importantes para compreender a função do negócio e para explicar por que têm potencial econômico signicativo; e) desenvolvimento, produto e localização:   seção que descreve a experiência, as habilidades e o conhecimento da equipe de administração do novo empreendimento; o que você tem e quais habilidades adicionais podem ser necessárias nos meses seguintes.

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5. O prossional precisa estar preparado e alerta para os riscos. Enfrentar os desaos é o grande segredo do sucesso de qualquer empreendedor. Estar diante de informações constantes é um grande desao. Porém o prossional deve estar alerta. Marque a opção incorreta: a) Conhecer quais as empresas que atuam no seu segmento. b) Pesquisar como esta o faturamento e o crescimento do segmento no contexto Brasil e mundo. c) Analisar o contexto voltado para pessoas que são desta área. d) Acompanhar a evolução, analisando o passado e procurando conhecer as exigências para o futuro. e) Muitos capitalistas de risco foram empreendedores e têm experiência signicativa na formação de novas empresas.

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Gabarito: 1. d / 2. d / 3. c / 4. c / 5. e www.ulbra.br/ead

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Referências Comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos os autores principais que permeiam o mesmo: BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. Os autores são utilizados em várias partes desse capítulo, em especial, quando retratamos os problemas que podem ter um plano de negócios. BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. – 1 ed. – 11. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2011. Nesse capítulo, trazemos Bernardi para consolidar o plano de negócios, uma vez que o autor faz todo um descritivo em sua obra sobre o plano de negócios. MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. Nessa obra, Maximiano explica alguns conceitos que servem para corporicar o conceito de plano de negócios. MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores.  1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. O autor contribui com o descritivo do plano de negócios e dicas de como apresentar o mesmo.

Referências Bibliográcas

DEGEN, R. O empreendedor: empreender como opção de carreira. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas . Rio de Janeiro: Elsevier, XII, 2005. PORTER, Michael. Como forças competitivas moldam a estratégia . Harvard Business Review, 1979. PESSOA, Eliana. Tipos de empreendedorismo: semelhanças e diferenças. www. administradores.com.br/informe-se/artigos/tipos-de-empreendedorismo-semelhancas-ediferencas/10993/.

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  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R 99

EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 9  Descrevendo a estrutura do plano de negócios Neste capítulo abordaremos de forma especica o detalhamento dos itens que compõem um plano de negócios. Capa

Na composição da capa do seu plano de negócios constarão as seguintes informações: Nome da empresa; Título do plano de negócios; Endereço completo; Identicação do proprietário ou sócios; Endereço eletrônico do site e contatos; Logotipo; Data da elaboração do plano (localidade, mês e ano); Identicação de quem elaborou o plano. − − − − − − − −

Sumário Executivo

É a primeira parte que será lida por um eventual investidor. Deve conter os pontos principais e mais interessantes do Plano. No sumário Executivo, o empreendedor deve incorporar o conceito do negócio. Logo em seguida, pensar as seguintes questões: − −





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Visão: o que se quer alcançar. Missão: Nossa missão é ter a excelência em nossa atividade de fornecimento de serviços. Valores: denir a forma como a empresa atuará no que tange aos valores éticos, morais, a responsabilidade social, a transparência. Equipes de trabalho: os sócios conforme contrato social e pode ainda destacar os gerentes por setores/departamentos.

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− −





Mercado e Concorrência: uma relação dos maiores com concorrentes. Marketing, vendas e estratégia de crescimento: O empreendedor poderá fazer um descritivo de como serão suas ações referentes a marketing, as estratégias de vendas (interna e externa) e a projeção de crescimento. Estrutura e Operação: uma breve descrição das necessidades de infraestrutura. Previsão de investimento e resultados nanceiros: O empreendedor deve deixar claras a previsão de investimento inicial e destacar o valor e ainda prever o retorno do investimento.

Análise de Mercado e do ambiente

O empreendedor deve apresentar dos impactos positivos e negativos de cada força do macro ambiente. (econômica, demográca, cultural, tecnológica e política). Maximiano (2006), explica que é as tendências econômicas e sociais que criam a oportunidade e inlfuenciam o negócio. Nessa parte do plano de negócios, o empreendedor deverá relacionar os impactos positivos e negativos do ambiente que se quer empreender (concorrentes, forncedores, consumidores, etc...). Maximiano (2006) aponta-nos alguns requisitos: Quanto às tendências: demograa, distribuição de renda e demais tendências que possam aparecer ao longo da execução do plano de negócios. Análise do ramo de negócios: empresas que atuam no mesmo mercado ou com o mesmo produto ou serviço, participação no mercado, vantagens competitivas dos principais concorrentes, capacidade de produção dos principais concorrentes, esforço promocional dos concorrentes, idade do equipamento que usam, tipo de mão-de-obra empregada, pontos fortes e fracos da concorrência. −



Uma ferramenta que pode ser utilizada para essa análise seria a SWOT: Strengths (Forças), Weaknesses (Franquezas), Oportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Essa análise deve ser situada nos fatores internos e externos. A matriz SWOT é uma ferramenta importante quando o assunto é mensurar internamente ou externamente o mercado de atuação do empreendedor. Estratégia

As organizações duradouras trabalham com propósitos, ou seja, há algo em que elas acreditam e todos os colaboradores devem adotar essas diretrizes como uma missão, isto é, deve-se compreender a razão de existir da empresa. www.ulbra.br/ead

  s   o    i   c    ó   g   e   n   e    d   o   n   a    l   p   o    d   a   r   u    t   u   r    t   s   e   a   o    d   n   e   v   e   r   c   s   e    D 101

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A missão é algo que deve ser maior. Ela deve denir algo que, quando atingido, irá fazer da visão uma realidade. Para Maximiano (2006, p. 205), a estratégia deve permear alguns requisitos: a) Objetivos de desempenho: volume de vendas, participação no mercado, posicionamento em relação aos concorrentes; b) Vantagens competitivas: como você pretende se distinguir da concorrência e conquistar os consumidores; c) Projeção do desempenho e perspectivas de crescimento dentro do ramo escolhido. d) Perspectivas de diversicação e) Indicadores e mecanismos de controle do planejamento estratégico (volume efetivo de vendas, crescimento, participação no mercado) f) Iniciativas de responsabilidade social Marketing e Vendas

O planejamento de marketing e vendas é fundamental para uma empresa e por isso, deve estar contemplado no plano de negócios. Baron e Shane (2006) consideram dois aspectos relevantes no processo de marketing de uma nova empresa: as vendas e a denição de preços. Os autores explicam que os empreendedores precisam saber como vender para outras pessoas, entretanto, é necessário descobrir como denir o preço de seus novos produtos e serviços. Maximiano (2006) aponta alguns pressupostos quando referimo-nos ao plano de marketing e vendas: Descrição do mercado-alvo   s   o Descrição do produto ou serviço (produto – tamanho, a forma, ingredientes,    i   c    ó cores, peso, apresentações, embalagem) e se for serviço (qual o serviço   g   e   n prestado ao cliente, tempo de resposta após o pedido, tempo de atendimento,   e    d   o grau de personalização, segmentação desse serviço)   n   a    l Preços (forma de denição, política de crédito, comparação com os preços   p   o    d dos concorrentes)   a   r   u Distribuição e vendas (estratégia de vendas – direta, indireta, internet, redes    t   u   r    t socais, perl do vendedor; a organização da força de vendas, a informação   s   e   a para os vendedores e a forma de remuneração dos vendedores)   o    d Esforço promocional (propaganda, participação em eventos, patrocinio em   n   e   v eventos, promoção nos pontos de venda, informação para os clientes, programas   e   r   c   s de visitas às instalações (escolas, forncedores, clientes), telemarketing,   e    D distribuição de brindes e atendimento de clientes. − −







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Infraestrutura e Operações

Nesse item, o empreendedor deverá descrever a infraestrutura necessária, às especicações com relação ao produto e a interatividade da cadeia de suprimentos. Segundo Maximiano (2006), o empreendedor deve relacionar e organizar seu plano de negócios nesse requisito da seguinte forma: Especicações de produto/serviço Modo de operações: projeto ou atividade contínua (planejamento e controle das operações) Sistema de Gestão da Qualidade (ferramentas da qualidade para assegurar a qualidade do produto ou serviço) Projeto de processo de fornecimento do produto/serviço (uxograma do processo) Projeto das instalações (layout do processo produtivo ou da área comercial, capacidade instalada, balanceamento de uxo e capacidade, tempo) Fornecedores e cadeia de suprimentos (análise e parcerias de fornecedores) Controle de Estoques (sistemas para controle de estoques) − −







− −

Estrutura organizacional

O empreendedor nesse item terá a preocupação em apresentar a estrutura organizacional da empresa de forma detalhada. Nessa parte do plano de negócios constarão as descrições detalhadas dos principais cargos e os nomes dos ocupantes dos cargos de direção. Recursos Humanos

No plano de negócios, o empreendedor deve fazer o plano que inclui uma lista de cargos, ocupantes, postos de trabalho. Para isso, deve prever: um plano de mão-de-obra descrevendo a quantidade de funcionários, de cargos e projeção, deve ainda listar as competências desejadas dos funcionários, as politicas salariais, os benefícios, o sistema motivacional (incentivos e premiações) e por m, os processos de recrutamento, seleção e desenvolvimento das pessoas que farão parte da empresa. Plano de Tecnologia da Informação

O empreendedor deverá planejar toda a infraestrutura que precisará para a sua empresa com relação a tecnologia da informação (sites, mídias sociais, denição das necessidades: softwares, hardwares, redes, contratação de serviços, entre outras.) www.ulbra.br/ead

  s   o    i   c    ó   g   e   n   e    d   o   n   a    l   p   o    d   a   r   u    t   u   r    t   s   e   a   o    d   n   e   v   e   r   c   s   e    D 103

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Riscos

Na preparação do plano de negócios, os riscos devem ser mensurados, ou seja, os principais riscos devem ser identicados, sua probabilidade de ocorrência, impacto aos negócios e quais serão os mecanismos de gestão dos riscos e prevenção de perdas. Cabe lembrar que todo negócio tem seu risco e não há um investimento sem risco. O Empreendedor deve calcular esse risco e torna-lo moderado e controlado através do monitoramento e isso se dá na preparação do plano de negócios. Planejamento Financeiro

O empreendedor deve preparar o planejamento nanceiro no seu plano de negócios em que disponibilizará algumas informações relevantes: investimento inicial, orçamento de implantação e operação, demonstrará os investimentos xos, o capital de giro que é o aporte nanceiro necessário para o funcionamento da empresa, o caixa mínimo que pode ser entendido como o valor em espécie que a empresa possui para cobrir custos e as despesas, até que os clientes paguem pelos produtos e serviços oferecidos (gerenciamento de prazo médio de pagamento e prazo médio de recebimento), investimentos pré-operacionais que são aqueles realizados antes da empresa iniciar, faturamento mensal, análise do ponto de equilíbrio, custos de comercialização, uxo de caixa projetado, balanço projetado, DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício e indicadores de viabilidade: •



Ponto de equilíbrio (o quanto a empresa precisa faturar para pagar os seus custos); Lucratividade  (lucro líquido em relação às vendas; quanto maior, melhor poderá investir nela mesma); Rentabilidade (mede o retorno do capital investido pelos sócios); Prazo de retorno do investimento (tempo necessário para que o investidor recupere o que investiu).

  s   o    i   c    ó   g   e   n   e    d   o   n   a    l Tudo isso será denido no plano de negócios. Uma das partes deste plano é o   p   o    d planejamento nanceiro, que permite projetar os investimentos xos, pré-operacionais,   a   r   u o capital de giro, os custos com comercialização e mão de obra, entre outros pontos    t   u   r importantes. Com isso, o empreendedor terá uma ideia mais clara do quanto deve    t   s   e   a investir.   o    d   n   e   v   e   r   c   s   e    D •



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Legislação

O empreendedor deverá buscar informações no que concerne às leis para abertura de empresa, contratações de funcionários, as questões scais, trabalhistas, etc. Desse modo, ao abrir uma empresa deve consultar prossionais por meio de pagamento de consultoria ou prossionais contratados (contador, advogado).

  s   o    i   c    ó   g   e   n   e    d   o   n   a    l   p   o    d   a   r   u    t   u   r    t   s   e   a   o    d   n   e   v   e   r   c   s   e    D www.ulbra.br/ead

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Recapitulando

Descrevendo a estrutura do plano de negócios  Escopo completo do PLANO DE NEGÓCIOS: Capa Sumário Executivo Análise de Mercado e do ambiente Estratégia Marketing e Vendas Infraestrutura e Operações Estrutura organizacional Recursos Humanos Plano de Tecnologia da Informação Riscos Planejamento Financeiro Legislação Vale ressaltar que esse é o escopo completo do Plano de Negócios e que cada item desses tem especicações estratégicas, táticas e operacionais. Pode-se dizer que o plano de negócios é a direção do empreendedor e seria o local que dá subsídios de orientação e permite o monitoramento sistêmico.

  o    d   n   a    l   u    t    i   p   a   c   e    R 106

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Atividades

1. Na composição da capa do seu plano de negócios constarão algumas informações necessárias de abertura. Assinale a informação que não faz parte da composição da capa: a) b) c) d)

Nome da empresa; Título do plano de negócios; Endereço completo; Missão.

2. O Sumário Executivo é a primeira parte que será lida por um eventual investidor. Deve conter os pontos principais e mais interessantes do Plano. No sumário Executivo, o empreendedor deve incorporar o conceito do negócio. Marque a opção correta: a) Valores: o que se quer alcançar. b) Missão: Nossa missão é ter a excelência em nossa atividade de fornecimento de serviços. c) Visão: denir a forma como a empresa atuará no que tange aos valores éticos, morais, a responsabilidade social, a transparência. d) Marketing, vendas e estratégia de crescimento: O empreendedor não poderá fazer um descritivo de como serão suas ações referentes a marketing, as estratégias de vendas (interna e externa) e a projeção de crescimento.

3. A missão é algo que deve ser maior. Ela deve denir algo que, quando atingido, irá fazer da visão uma realidade. Para Maximiano (2006, p. 205), a estratégia deve permear alguns requisitos. Assinale abaixo a alternativa correta: a) Objetivos de competência: volume de vendas, participação no mercado, posicionamento em relação aos concorrentes; b) Vantagens não competitivas: como você pretende se distinguir da concorrência e conquistar os consumidores; c) Indicadores e mecanismos de controle do planejamento operacional (volume efetivo de vendas, crescimento, participação no mercado); d) Iniciativas de responsabilidade social.

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  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 107

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4. O empreendedor deverá descrever a infraestrutura necessária, às especicações com relação ao produto e a interatividade da cadeia de suprimentos. Segundo Maximiano (2006), o empreendedor deve relacionar e organizar seu plano de negócios. Marque a opção correta: a) Modo de operações: projeto ou atividade contínua (planejamento e controle das operações) b) Sistema de Gestão ambiental (ferramentas da qualidade para assegurar a qualidade do produto ou serviço) c) Projeto de processo de fornecimento apenas de um produto (uxograma do processo) d) Projeto das condições (layout do processo produtivo ou da área comercial, capacidade instalada, balanceamento de uxo e capacidade, tempo)

5. Complete a frase: Baron e Shane (2006) consideram dois aspectos relevantes no processo de marketing de uma nova empresa: as vendas e a denição de preços. Os autores explicam que os empreendedores precisam saber como vender para outras pessoas, entretanto, é necessário descobrir como denir o preço de seus novos produtos e serviços. a) b) c) d)

Denição de produção e faturamento Layout da fábrica e comercial Vendas e a denição de preços Denição de preços e produção

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 108

Gabarito: 1. d / 2. b / 3. d / 4. a / 5. c www.ulbra.br/ead

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Referências Comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos os autores principais que permeiam o mesmo: BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. Os autores são utilizados em várias partes desse capítulo, em especial, quando retratamos os problemas que podem ter um plano de negócios. MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores.  1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006. O autor contribui com o descritivo do plano de negócios e dicas de como apresentar o mesmo em cada item.

Referências Bibliográcas

Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. – 1 ed. – 11. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2011. MAXIMIANO, Antônio C. A . Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008. MAXIMIANO, Amaru César Antônio. Administração para empreendedores.  1 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2006.

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R

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EMPREENDEDORISMO E PLANEJAMENTO

 Capítulo 10 Empreendedorismo, Comunicação e Inovação No contexto deste capítulo, tratamos do termo empreendedorismo conectado à inovação, à cognição e comunicação, que são aspectos valiosos para as metas dos empreendedores serem atingidas. Criatividade e inovação

O termo empreender envolve três pontos-chave: geração de ideias – produtividade de ideias objetivando algo novo; criatividade – potencialização da ideia criada e o reconhecimento de oportunidades – que é um processo em que um indivíduo concluiria a identicação do potencial de criar algo novo com capacidade de lucratividade. Inovar vai além da criatividade, de pensar em coisas novas. Inovar é fazer coisas novas. Numa outra denição, inovação consiste na transformação de uma ideia em produto, serviço ou processo novo ou melhorado. Empreendedorismo e cognição

Saímos de uma Sociedade Industrial para uma Sociedade Informatizada e, atualmente, alterada para uma Sociedade do Conhecimento (Criatividade e Inovação). Portanto, somos impelidos pelas urgências contemporâneas a sermos criativos, inovadores, ou seja, a sermos portadores e responsáveis pela geração de ideias que podem ser dinamizadas e rapidamente serem transformadas em “lucro”. Para Shane e Baron (2007), a tentativa de entendermos a geração de ideias, a criatividade e o reconhecimento de oportunidades sem dispensar a necessária atenção para suas origens cognitivas é como tentar resolver um complexo problema de matemática sem ter conhecimento básico de álgebra e de cálculo, ou seja, em ambos os casos faltam as ferramentas essenciais. A produtividade de ideias não acontece ao acaso e não surgem a qualquer tempo. Existem estímulos internos ou externos que alavancam as condições de nascimento das ideias, tais como: acompanhamento das mudanças sociais ou políticas, alguma 110

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necessidade próxima familiar ou de amigos, alguma situação da qual o indivíduo participou ou que presenciou. De certa forma, ter ideias somente não seria garantia de resultados. Seria preciso também ter potencial para serem dinamizadas e, assim, de modo especial, alcançarem utilidade e lucratividade. A importância da comunicação

Segundo Hersey e Blanchard (1986), há nas organizações três grupos de variáveis para atingir resultados positivos: 1. variáveis causais, pelas quais entendemos a estratégia de liderança, as habilidades, o comportamento e as decisões da administração, os programas e a estrutura da organização; 2. variáveis de ordem intervenientes, as quais estão ligadas ao espírito interno, envolvendo-se com motivação, comunicação e capacidade de interação; 3. variáveis de produção, custos, vendas e lucros, voltadas para a comunicação de metas a serem atingidas, aquisições, mudanças, fusões e desaos a serem atingidos. Na comunicação empresarial há uxos e direções a serem consideradas, sendo:

Fluxos

Direções

Fluxo descendente Vertical Fluxo ascendente Horizontal Fluxo lateral

Comunicação descendente – nesta comunicação as mensagens partem do topo decisório e se encontram nas bases. Nesta comunicação são alimentadas as metas, rotinas e diretrizes para os procedimentos organizacionais.

A diculdade de se direcionar ao topo das decisões é o que dá origem às comunicações informais e de forma lateral.

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  o    ã   ç   a   v   o   n    I   e   o    ã   ç   a   c    i   n   u   m   o    C  ,   o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m    E 111

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Estas comunicações reetem: •











momentos de crises; baixa na produtividade; redução da motivação; equívocos de comunicação; período de tensão; interferência no comportamento das pessoas.

Nas empresas encontramos uma situação crítica – o rádio-peão –, que necessita de solução imediata para não prejudicar os negócios. A melhor maneira de esclarecer o que a “rádio-peão” fala é comunicar, comunicar e comunicar. Ou seja, enquanto você, líder, não reunir sua equipe e esclarecer o que está acontecendo, o colaborador vai imaginando o que quiser e, o pior, vai transmitindo essa informação que ele inventou. Uma dica: como é impossível falar com todos ao mesmo tempo, peça que a área de comunicação, ou de eventos, de sua empresa organize manhãs de contato com seus líderes, em cafés da manhã. Essa área será responsável por convidar os líderes de cada setor. Se a organização em que você atua é muito grande, isso deverá ser feito por etapas. Procure convidar, no máximo, 12 pessoas por vez. O convite deverá ser feito com o intuito de colocar a “prosa” em dia. Com isso, haverá perguntas dos liderados e surgirá uma brecha para que o esclarecimento seja feito. As dúvidas se dissiparão, os colaboradores da base perceberão um movimento diferente, e a “rádio-peão” diminuirá seu papel. Caberá ao líder que participou do café da manhã convocar sua equipe e esclarecer alguns dos mal-entendidos que possam ter surgido. •

Comunicação ascendente – nesta comunicação o uxo sai da base e segue para o nível superior. As informações servirão de base para a tomada de decisões.

  o    ã   ç   a   v   o   n    I O grande desao deste processo é conseguir que os funcionários se comuniquem   e   o    ã com seus superiores, pois aspectos como medo, vergonha, entre outros, atrapalham   ç   a   c esta comunicação.    i   n   u   m   o    C Inovação: conceitos e tipos  ,   o   m   s    i Há muitas denições para o termo. Uma das mais marcantes veio de Ron Johnson, vice  r   o    d  presidente de varejo da Apple: “Inovação é a fantástica intersecção entre a imaginação de   e    d   n alguém a realidade”.12   e   e   r   p   m    E 12 Site Rede de Inovação 112

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A palavra Inovação signica novidade ou renovação. A palavra é derivada do termo latino in novatio, e se refere a uma ideia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores. Nos dicionários, aparece como ato ou efeito de inovar; coisa introduzida de novo; renovação. Reorganização em nível superior. O conceito de inovação é conhecido desde Adam Smith no século XVIII, que estudava a relação entre acumulação de capital e a tecnologia de manufatura, estudando conceitos relacionados à mudança tecnológica, divisão do trabalho e competição. Entretanto, foi com o trabalho de Joseph Schumpeter estabeleceu-se uma relação entre inovação e desenvolvimento econômico (Teoria do Desenvolvimento Econômico, 1934). Partindo do principio que as organizações se inserem num ambiente concorrencial, em que buscam a capacidade de expansão de mercados, Schumpeter (1961) refere que a competição envolve necessariamente a mudança técnica, as variações de qualidade, os esforços de vendas e a apropriação de conhecimento de tecnologias, premiando a rma com a sua permanência no mercado. A inovação pode ser entendida   como um conhecimento aplicado aos produtos e processos que são comercializados ou incorporados à produção , armou Schumpeter (1961). Para ele, a inovação possui características econômicas e o sucesso depende do mercado. Nesse sentido, Schumpeter é o mais famoso por sua teoria da “destruição criativa” - que sustenta que o sistema capitalista progride por revolucionar constantemente sua estrutura econômica: novas rmas, novas tecnologias e novos produtos substituem constantemente os antigos. De forma simplicada, o termo inovação “schumpeteriana” é utilizado para denir inovações que destroem, o modo como se fazia determinada atividade. Degen (2009) quando explica sobre a característica empreendedora citando que uma delas seria o inconformismo irracional com a situação atual das coisas e a ânsia por mudanças, ele menciona o dramaturgo irlandês Bernard Shaw em que o mesmo argumenta que o homem racional adapta-se ao mundo e o irracional tenta adaptar o mundo a si. Portanto, todo o progresso dependeria do homem irracional. Imaginem o que seria do mundo sem os empreendedores inconformados com os produtos e serviços disponíveis em sua época. Para Degen (2009, p. 15), juntando as ideias de Shaw, Schumpeter e McClelland, pode-se descrever o empreendedor bem sucedido como: −





Alguém que não se conforma com os produtos e serviços disponíveis no mercado e procura melhorá-los. É o inconformismo de Shaw. Alguém que, por meio de novos produtos e serviços, procura superar os existentes no mercado. É o agente do processo de destruição criativa de Schumpeter. Alguém que não se intimida com as empresas estabelecidas e as desaa com o seu novo jeito de fazer as coisas. É a necessidade de realizar de McClelland. www.ulbra.br/ead

  o    ã   ç   a   v   o   n    I   e   o    ã   ç   a   c    i   n   u   m   o    C  ,   o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m    E 113

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Tais considerações nos remetem a pensar à inovação ao processo de empreender. A partir destas primeiras ideias, a inovação pode consistir na introdução de um novo bem ou de uma nova qualidade de um bem ou ainda na introdução de um novo método de produção denindo com isso a abertura de um novo mercado. A inovação, assim conceituada, podia também ser obtida pela conquista de uma nova fonte de suprimento de matéria-prima ou o aparecimento de uma nova estrutura de organização de um setor. Assim, podemos também desmiticar a diferenciação entre inovação e invenção. A ideia de inovação está associada a “novidade, renovação”, enquanto a invenção está associada a “criação, descoberta”. Podemos destacar alguns pressupostos que que colaboram nesse entendimento: 



Invenção é a geração de uma ideia, que poderá resultar em um produto ou serviço. Ela está associada à criação, à invenção, à descoberta, ao invento, independentemente de sua viabilidade. Inovação é a conversão da ideia gerada em negócio. Ela está ligada à novidade viável, prática e economicamente, à renovação, à mudança.

No contexto organizacional, a inovação pode ser entendida como remodelação dos negócios, novos mercados, novos processos e métodos. Possoli (2011, p. 17) argumenta que a inovação gera um impacto signicativo para a organização ou para o conjunto de pessoas nela envolvidas, se considerarmos esse processo como um todo e não apenas em seus aspectos envolvidos. Para a autora, o signicado de inovação é, então, diferente do de melhoria contínua, uma vez que esse segundo conceito, de maneira geral, não envolve a capacidade de gerar mudanças duradouras ou vantagens competitivas a médio ou longo prazo.   o    ã O manual de Oslo desenvolvido em conjunto pela OCDE – Organização para a   ç   a   v Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, constitui-se parte de uma família de   o   n    I   e manuais dedicados à mensuração e interpretação de dados vinculados à ciência, a   o    ã tecnologia e a inovação. No escopo desse manual está fundamentado:   ç   a   c    i   n   u Tratamento da inovação apenas em empresas  com atividades de negócios •   m   o (comerciais).    C  ,   o Inovação no âmbito da empresa. •   m   s    i   r Quatro tipos de inovações: de produto, de processo, organizacional e de •   o    d   e marketing.    d   n   e • Aborda a difusão até o ponto de “nova para a rma” .   e   r   p   m    E 114

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Possoli (2011) destaca dois modos de classicação das formas de inovação: o objeto focal da inovação e o impacto da inovação. No primeiro, podemos apontar: − − −

a inovação do produto a inovação do processo a inovação de modelo de empresa

Ainda nessa direção, o Manual de Oslo dene quatro tipos de inovação que parecem contextualizar um amplo “leque” de possibilidades de mudanças nas atividades das empresas:    

inovações de produto, inovações de processo, inovações organizacionais e inovações de marketing.

A segunda forma de classicação seria o impacto da inovação que pode ser de dois tipos: incremental e a radical. (POSSOLI, 2011, p. 20). Quadro 1: Classicação do impacto da inovação Tipo

Descrição

Exemplo

Incremental

Pequenos aprimoramentos em produtos ou serviços.

Carros Flex (tanto álcool quanto gasolina)

Uma ampla transformação drástica no produto/serviço.

Radical

Ford Ka para o novo KA

Fonte: Adaptado de Possoli (2011).

Podemos lembrar que é muito comum vincular a inovação do tipo radical a grandes empresas que teriam mais recursos para mudar drasticamente um produto ou serviço e a incremental estaria mais voltada a pequenas e médias empresas que fariam mais aprimoramentos do que transformações. Ainda nessa direção, podemos apontar mais dois tipos de inovação13: por atores envolvidos:

  o    ã   ç   a   v   o   n    I   e   o    ã   ç   a   c    i   n   u   m   o    C  ,   o   m   s    i   r   o    d   e    d   n   e   e   r   p   m    E

13 Excerto retirado do site Rede de Inovação. www.ulbra.br/ead

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Inovação aberta – Trata-se da inovação desenvolvida por meio de parcerias, compras ou licenciamento de processos de inovação, como patentes, entre diferentes organizações como empresas, universidades e indústrias. Inovação fechada – Processos de inovação desenvolvidos dentro de uma organização, sem apoio externo. Já discutido amplamente em capítulos anteriores, a palavra gestão que em grande medida está voltada ao gerenciamento organizacional. Quando falamos de inovação também devemos vincular à gestão, uma vez que, devemos gerenciar o potencial inovador no meio organizacional.

Segundo Bessant (2009, p 26), a gestão da inovação é essencialmente centrada em três fatores principais: • • •

Geração de novas ideias. Seleção das melhores. Implementação.

O gerenciamento da inovação perpassa a geração das ideias passando a seleção das melhores e o passo seguinte seria a implementação dessa ideia. Cabe ressaltar que as ideias são, em tempos atuais, o maior capital do empreendedorismo. Nessa perspectiva temos a geração de valor em função da produtividade das ideias e sua capacidade de alavancar lucratividade e competitividade. Apresentamos a seguir, cinco diferentes formas pelas quais este valor pode se consolidar: •

Introdução de um novo produto ou mudança qualitativa em um produto ou serviço existente; Desenvolvimento de um novo processo não necessariamente envolvendo um conhecimento inédito; Mudança organizacional, ou seja, novas formas de fazer as mesmas coisas internamente, ou criação de novas rotinas ou cultura de trabalho; Abertura de um nicho de mercado novo no qual uma área especíca do setor ainda não havia penetrado; Criação de novas fontes de provisão para matérias-primas, ou outras contribuições que estimulem a sustentabilidade.

  o    ã •   ç   a   v   o   n    I •   e   o    ã   ç   a   c •    i   n   u   m   o •    C  ,   o   m   s    i   r   o    d   e O processo de inovação pode ajudar a empresa a suplantar seus concorrentes. A    d   n   e inovação é, por assim dizer, a “fonte de juventude” da empresa. O combustível da sua   e   r   p   m longevidade. Por isso é estratégico incutir o pensamento inovador na cultura da    E

organização.

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Recapitulando

O termo empreender envolve três postos-chave: geração de ideias – produtividade de ideias objetivando algo novo; criatividade – potencialização da ideia criada e o reconhecimento de oportunidades – que é um processo em que um indivíduo concluiria a identicação do potencial de criar algo novo com capacidade de lucratividade. Inovar vai além da criatividade, de pensar em coisas novas. Inovar é fazer coisas novas. Quando falamos em empreendedorismo e cognição devemos lembrar que as ideias não surgem ao acaso. A produtividade de ideias não acontece ao acaso e não surgem a qualquer tempo. Existem estímulos internos ou externos que alavancam as condições de nascimento das ideias, tais como: acompanhamento das mudanças sociais ou políticas, alguma necessidade próxima familiar ou de amigos, alguma situação da qual o indivíduo participou ou que presenciou. A importância da comunicação nos negócios e podem ser entendidas como: comunicação descendente e comunicação ascendente. Conceito de inovação: O conceito de inovação é conhecido desde Adam Smith no século XVIII, que estudava a relação entre acumulação de capital e a tecnologia de manufatura, estudando conceitos relacionados à mudança tecnológica, divisão do trabalho e competição. Entretanto, foi com o trabalho de Joseph Schumpeter estabeleceu-se uma relação entre inovação e desenvolvimento econômico (Teoria do Desenvolvimento Econômico, 1934). 



Invenção é a geração de uma ideia, que poderá resultar em um produto ou serviço. Ela está associada à criação, à invenção, à descoberta, ao invento, independentemente de sua viabilidade. Inovação é a conversão da ideia gerada em negócio. Ela está ligada à novidade viável, prática e economicamente, à renovação, à mudança.

O Manual de Oslo dene quatro tipos de inovação que parecem contextualizar um amplo “leque” de possibilidades de mudanças nas atividades das empresas:    

inovações de produto; inovações de processo; inovações organizacionais; inovações de marketing.

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Outros tipos de inovação: Inovação aberta – Trata-se da inovação desenvolvida por meio de parcerias, compras ou licenciamento de processos de inovação, como patentes, entre diferentes organizações como empresas, universidades e indústrias. Inovação fechada – Processos de inovação desenvolvidos dentro de uma organização, sem apoio externo.

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Atividades

1. Com relação à comunicação há nas organizações três grupos de variáveis para atingir resultados positivos, segundo Hersey e Blanchard. Marque a alternativa que pertença a este grupo de variáveis: a) A comunicação é fundamental para não fracassarem os negócios do empreendimento. b) Variáveis causais, pelas quais entendemos a estratégia de liderança, as habilidades, o comportamento e as decisões da administração, os programas e a estrutura da organização. c) Variáveis de informação, custos, vendas e lucros, voltadas para a comunicação de metas a serem atingidas, aquisições, mudanças, fusões e desaos a serem atingidos. d) Variáveis de ordem produtiva, as quais estão ligadas ao espírito interno, envolvendo-se com motivação, comunicação e capacidade de interação. e) É preciso, realmente, agilidade para inovar e exibilidade para lidar com os mais diferentes prossionais.

2. Na comunicação descendente são alimentadas as metas, as rotinas e diretrizes para os procedimentos organizacionais. A diculdade de se direcionar ao topo das decisões é o que dá origem às comunicações informais e de forma lateral. Marque a alternativa que faça reexão com estas comunicações: a) b) c) d) e)

Inequívocos de comunicação. Não Interferência no comportamento das pessoas. Redução da motivação. Alta na produtividade. O aspecto lócus de comunicação é uma grande fonte de oportunidade.

3. Nesse tipo de comunicação o uxo sai da base e segue para o nível superior. As informações servirão de base para a tomada de decisões. Qual a opção correta? a) b) c) d) e)

Comunicação lateral. Comunicação ascendente. Comunicação descendente. Comunicação dupla. Comunicação de alto nível.

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4. A inovação pode ser entendida  como um conhecimento aplicado aos produtos e processos que são comercializados ou incorporados à produção. De quem é essa frase? a) b) c) d) e)

Drucker Possoli Bessant e Tidd Schumpeter Baron e Shane

5. O Manual de Oslo dene quatro tipos de inovação que parecem contextualizar um amplo “leque” de possibilidades de mudanças nas atividades das empresas. Nessa perspectiva, assinale a alternativa que não pertence as quatro tipos de inovação: a) b) c) d) e)

inovações de produto inovações de processo Inovação pelas ideias inovações organizacionais inovações de marketing

  s   e    d   a    d    i   v    i    t    A 120

Gabarito: 1. b / 2. c / 3. b / 4. d / 5. c www.ulbra.br/ead

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Referências Comentadas

Na construção desse capítulo, destacamos os autores principais que permeiam o mesmo: BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. Nesse capítulo, trazemos os autores para contextualizar empreendedorismo e cognição e o aporte das ideias na formatação dos novos negócios atuais. BESSANT, John & TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009. Os autores faz o contraponto quando anunciamos o conceito de inovação, tipos de inovação e as vinculações com o empreendedorismo . Atualmente quando mencionamos a palavra “inovação”, eles são os grandes nomes que aparecem, por isso, circulam pelo nosso capítulo. POSSOLI, Gabriela Eyng. Gestão da Inovação e do Conhecimento . Curitiba: Ibpex, 2011 (Biblioteca Virtual Pearson). Nesse capítulo, a autora traz considerações importantes acerca do conceito, das formas como a inovação circula, suas vinculações com o empreendedorismo e os impactos. Rede de Inovação. O site Rede de Inovação tem uma participação quando nos referimos a uma citação sobre o conceito de inovação e o Manual de Oslo. Cabe ainda ressaltar que a epígrafe que abre nosso subcapítulo de inovação foi extraída do site da Rede de Inovação.

Referências Bibliográcas

ATTIE, William. Auditoria – conceitos e aplicações. 3ª ed. São Paulo. Atlas, 2000 BARON, Robert A.; SHANE, Scott A. Empreendedorismo – uma visão do processo. 1 ed. São Paulo: Thomson, 2006. BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de empreendedorismo e gestão: fundamentos, estratégias e dinâmicas. – 1 ed. – 11. Reimpr. – São Paulo: Atlas, 2011. BESSANT, John & TIDD, Joe. Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009. CHER, Rogerio. Empreendedorismo na veia: um aprendizado constante. Rio de Janeiro: Elsevier; SEBRAE, 2008. CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações . 2ª reimp. 3 ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. www.ulbra.br/ead

  s   a   c        á   r   g   o    i    l    b    i    B   s   a    i   c   n    ê   r   e    f   e    R 121

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Sites consultados

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