Em Busca da Memória - Eric Kandel

October 19, 2018 | Author: glauciamaga | Category: Memory, Neuron, Synapse, Cerebrum, Psychology & Cognitive Science
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Glaucia Lima de Magalhães Theophilo

EM BUSCA DA MEMÓRIA - ERIC KANDEL

Resenha do Documentário “Em Busca da Memória” da disciplina de Aprendizagem e Memória lecionada pelo Prof. Roberto Sena para obtenção de nota parcial de  AV2 - Curso de Psicologia.

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ NOVA IGUAÇU - RJ 2012

Em Busca da Memória - A Neurociência de Eric Kandel

Ficha Técnica:  Nome: Em busca da Memória - A Neurociência de Eric Kandel  Título Original: In Search of Memory: The Emergence of a New Science of Mind  Gênero: Documentário  Idioma: Inglês  Ano: 2008  Duração: 93 minutos  Diretor: Petra Seeger  Roteirista: Petra Seeger e Eric Kandel

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=========================================================== Resumo:

Produção que mistura autobiografia documental e os avanços da neurociência, para falar de um dos mais importantes cientistas do século 20, Eric Kandel, Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina em 2010, iluminando as descobertas científicas que ampliaram a compreensão do papel do cérebro no registro e preservação da memória. Durante todo o documentário é mesclado informações científicas a respeito da memória e as experiências pessoais do cientista como exemplos, conseguindo cativar a atenção e interesse dos espectadores. ========================================================  A memória está em toda parte. Nas ações do dia a dia, em tudo o que aprendemos, na lembrança de fatos passados, com imagens, sons, emoções. Podese dizer que somos o que lembramos. A memória é a cola que junta a nossa vida. Ela permite uma conexão com o que se fez ontem, há um mês, há um ano. Ela dá sentido à vida e a torna coerente. Kandel define memória como um resgate de informação sobre o passado que é expresso no comportamento e afirma que a memória é um processo plástico de sinapses não fixas. Ele acredita que nós mudamos através de nossas experiências, sendo quem somos porque nos lembramos delas. Segundo Kandel a memória está armazenada em vários lugares diferentes de nosso cérebro. Conforme se aprende algo, as partes provavelmente serão armazenadas em áreas visuais do cérebro, outras talvez sejam guardadas em regiões ligadas à linguagem, ou nas que lidam com as emoções. Cada estímulo modifica o cérebro e influencia a aprendizagem com complexas informações. Quando se evoca uma memória, essas diferentes áreas colaboram umas com as outras para formar uma lembrança. Segundo o neurocientista, acredita-se que as mesmas áreas responsáveis pelo processamento das informações cuidem das lembranças dessas informações  –  as áreas visuais são responsáveis pelas memórias visuais, as táteis pelas lembranças táteis e assim por diante. Não há um único “centro da memória”  no cérebro, responsável por armazenar tudo. As

memórias ficam armazenadas em grande parte, na forma de mudanças estruturais nos neurônios. A cada vez que aprendemos algo, formam-se novas ligações entre as células, ou seja, novas sinapses. A aquisição de novos dados causa mudanças químicas nos neurônios, que induz a produção de novas proteínas e suprime outras.  A memória funciona por associação. Nós no lembramos das coisas em relação a outras. E uma das características importantes dessas relações são o espaço e o contexto em que elas ocorrem. No vídeo podemos ver numa cena em que a esposa de Kandel, Denise tenta se lembrar da entrada de um túnel usado para fugir dos nazistas, e é explicado então, que quanto mais codificada uma informação, mais fácil será sua recordação. Nesse processo também há a influência de dopomina e seratonina que, em experiências marcantes, fortalecem o armazenamento, como, por exemplo, quando Kandel chora ao lembrar de Hitler chegando a Viena. Kandel afirma que quando começou seu estudo não sabia absolutamente nada sobre memória.  Achou que seria útil começar do começo e, para estudar o caso mais simples, pegou o animal mais simples. Na aplísia, como chamam a lesma-do-mar, existe a vantagem de que há poucas células nervosas interconectadas de forma precisa, de modo que é mais fácil estudá-las. Quando estudou a aplísia, se concentrou nas formas mais simples de memória, a chamada “memória implícita”.  Os neurônios humanos fazem mais ou menos as mesmas coisas que os da aplísia, apenas estão em maior quantidade. Em seu estudo Kandel descobriu a proteína CREB-1, responsável por converter lembranças de curto prazo em memórias de longo prazo. A memória de curto prazo envolve um sinal da célula que muda a eficiência do funcionamento das sinapses. Não há mudança anatômica. Mas a memória de longo prazo, que geralmente envolve a repetição, o sinal entra no núcleo e estimula a expressão dos genes, o que leva ao surgimento de proteínas que dão origem a novas conexões sinápticas. E o surgimento dessas novas conexões sinápticas é a memória estável e que se mantém. Essas mudanças nas expressões genéticas ocorrem em células nervosas específicas do cérebro. Elas alteram o número de sinapses que a pessoa tem. Para alguns tipos de memórias no hipocampo e também em outras estruturas para outros tipos. Segundo Kandel, sua pesquisa pode alterar a psicologia. Ele afirma que aprendeu uma quantidade enorme de coisas com a psicologia e possui um respeito enorme por essa disciplina. Para Kandel, toda a ideia de estudar a memória é uma construção psicológica, isto é, todo o seu trabalho deriva da psicologia. Porém, termos como memória de curto e longo prazo eram conceitos abstratos e agora, com o crescimento da neurociência, é possível descobrir o substrato anatômico e fisiológico para estes eventos. Kandel diz que está buscando a integração, colocando a psicologia num nível biológico fundamental e, assim, fundindo as duas disciplinas, onde neurociência e psicologia serão uma coisa só.

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