Ella Maven - Mates of The Kaluma 04

October 10, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Rescued by the Alien Outlaw by Ella Maven MATES OF KALUMA LIVRO 4

Em vez de um cavaleiro branco, ganhei um alienígena de bronze...

Rain:  Minha vida nunca foi minha, e essas palavras nunca foram mais verdadeiras do que na Galáxia de Rinian. Sempre tive sonhos que me levaram a acreditar que minha vida é maior do que ser serva de alguma rainha cobra alienígena, mas, a cada ca da ano que passa, começo a pensar que meu subconsciente está mentindo para mim. Até ele aparecer… o Kaluma de um olho azul que   nunca esqueci. Mas ele não é quem eu me lembro, e parece que está galáxia quebrou outra alma.

Kazel: Vou resgatar Rain e me recuso a morrer tentando. Ela é a razão de estar vivo, e sempre pago minhas dívidas, mesmo que isso signifique signifiq ue fingir ser alguém que não sou para me infiltrar na fortaleza do inimigo. Mas isso não será fácil. Enquanto embarco na missão da minha vida, sei que precisarei de todo o meu juízo para resgatar a bela e forte humana e então convencê-la de que sou seu futuro... como seu companheiro predestinado.

 

 

TRADUÇÃO E REVISÃO: Sol LEITURA FINAL E FORMATAÇÃO: Lucy  

 

 

Capítulo 1 R AIN  AIN  

A única coisa boa sobre minha situação atual é que, pela primeira vez na vida, tive uma definição muscular em meus braços. Eu os segurei na minha frente e flexionei um pouco, ignorando os gritos de terror ao meu redor. Foi assim que eu lidei com isso. Eu me desassociei+ como uma filha da puta. Enquanto Drukil arrancava a espinha de um de seus descendentes que não tinha surgido um segundo depois de ter sido chamado, eu estava admirando meu físico e fingindo que estava em qualquer lugar menos aqui. Às vezes, quando me concentrei em estar totalmente lúcida, me preocupava com meu estado mental. Peguei um esfregão e um balde próximo e comecei a limpar o sangue do chão de pedra enquanto Drukil pisava forte e dois de seus filhos comiam os restos de seu irmão. Eu era como a Cinderela, se a madrasta da Cinderela fosse uma cobra alienígena chamada Vizpek e suas meio-irmãs fossem Vizpeks gêmeas que me desprezavam. Mas eu não tinha um exército de ratos e certamente não havia baile onde eu pudesse encontrar um príncipe para me tirar desta vida.

 

  Eu nunca sairia daqui, não até ser morta ou morrer de causas naturais. Eu tinha lamentado muitas vezes sobre sobr e como gostaria que a vida humana fosse mais curta, mas eu estava em algum lugar com mais de trinta - o tempo já havia se misturado - então eu tinha muito tempo sobrando. Demais.  —  Mais  Mais rápido! —  Drukil  Drukil gritou para mim. Sem boca, ela falou

através de várias fendas em seu pescoço, então as palavras soaram como seis vozes falando. Limpei com um pouco mais de vigor. Eu me movia devagar o tempo todo de propósito. Eu não queria que ela pensasse que eu era uma humana particularmente forte ou rápida. Ela me tratou como uma subespécie, pouco mais do que um cachorro, o que estava bom para mim. Quando terminei com o chão, ela bateu palmas e fez sinal para que eu a seguisse. Drukil deslizou pelos corredores da caverna, com lanternas ao longo do caminho para mantê-la aquecida, pois ela desprezava o frio. Suas filhas gêmeas - as únicas Vizpek de sangue

 puro que ela criou - a seguiram, e eu fui atrás. As fêmeas Vizpek tinham o dobro do meu tamanho, com quatro seios adornados com joias que balançavam à medida que caminhavam, as joias perfuradas pelas pontas tilintando. tili ntando. Em volta da cintura, eles usavam um cinto intrincado para destacar sua cloaca. Enquanto caminhávamos, passamos por várias portas de salas de

 

  incubadoras. Alguns dos ovos chocariam criaturas tão deformadas que

morreriam

instantaneamente.

Outros…?

Bem,

eles

eram

monstros, sim, mas monstros que Drukil amava, já que eram seu exército. Quando chegamos ao quarto dela, as irmãs forçaram a entrada e deslizaram pela sala, bagunçando as coisas de Drukil. Eu fiquei para trás, parada perto da porta com minha cabeça baixa, tentando permanecer o mais invisível possível. O que eu não daria para poder desaparecer? O quarto de Drukil era o mais bonito da caverna da montanha e do sistema de túneis que ela usava como fortaleza. A mobília brilhava com joias e metais raros, enquanto o chão era revestido com uma areia fofa de que ela gostava. Ela se sentou à mesa e começou a tirar as joias enquanto as filhas se aconchegavam ao seu redor.  Como estão os filhotes? —  Drukil  Drukil perguntou.  —  Como  —  Eles  Eles estão bem, mãe! —  Disse  Disse Prubel.  —  Cruéis!  Cruéis! —  acrescentou  acrescentou Grubel.

Drukil as observou cuidadosamente no espelho sobre a penteadeira antes de endireitar a coroa de joias em sua cabeça. Ela tinha um relacionamento estranho com as filhas que qu e eu não conseguia entender. Ela precisava delas para fins de procriação, mas também parecia vê-las como uma competição. E elas eram astutas. Eu não duvidaria que elas afundassem uma adaga na nuca de sua mãe se

 

  isso significasse que elas poderiam fazer o exército crescer. Vizpeks eram originalmente assexuados e clonavam-se, mas em algum lugar nos últimos anos - os clones pararam de se reproduzir. Drukil, como uma das últimas Vizpek fêmeas, começou a buscar outras maneiras de procriar, já que estava em sua composição genética produzir o maior número possível de descendentes. Ela estava feliz enquanto estava cheia de esperma e botando ovos. Ela sacudiu os dedos de seu braço direito em direção à porta.  Vão ver como estão eles novamente.  —  Vão Prubel, a mais ousada das duas, mexeu o rabo.  —  Mas  Mas pensamos...  —   Eu gostaria de descansar. Nunca é divertido disciplinar

minha prole.  —  Claro.   Claro.  —  Grubel   Grubel disse, agarrando um braço de sua irmã e

puxando-a em direção à porta. —  Chame-nos  Chame-nos se precisar de nós, mãe. As duas deslizaram para fora da porta e a fecharam atrás delas, deixando-me sozinha com Drukil.  —   Prubel está ficando muito confiante, você não acha?  —  

Drukil disse entrando na sala. Minha outra vida na Terra não tinha sido muito melhor do que está, mas pelo menos eu estava livre. Eu também tive um cachorro. Um vira-lata perdido que não parava de contornar a velha garagem onde eu estava e simplesmente ... nunca saiu. Eu conversei com ele,

 

  disse coisas que nunca diria a ninguém, e ele se sentou lá com olhos grandes e ouviu. Talvez oferecendo uma pata de consolo. Foi assim que Drukil me tratou. Quando estávamos sozinhas, eu era o cachorro dela. O cachorro que ouvia e não falava. fal ava. O cachorro que não conseguia repetir ou entender o que dizia - ou assim ela

 pensava. Mas eu arquivei tudo que ela me disse. Achei que nunca iria escapar daqui, mas sonhava em um dia fornecer informações a alguém a lguém que pudesse derrubá-la e destruir todo o império dela. Eu pensei muitas vezes em matá-la. Eu segurava segur ava facas afiadas em minhas mãos e estava a centímetros de distância de afundá-las em uma das órbitas de seu olho, mas no final nunca o fiz. Não fazia sentido. Suas filhas assumiriam o controle e pareciam muito menos previsíveis e mais mortais do que Drukil.  —   Eu dou parceiros a elas...  —   ela dizia.  —   Elas têm seus

próprios filhotes. Elas deveriam ficar felizes com isso. Ela forneceu qualquer espécie aleatória que pudesse encontrar para suas filhas, que então levaram a infeliz criatura para seus aposentos, onde basicamente o foderam até a morte. Drukil nunca permitiu a elas espécies poderosas, então os filhotes eram criaturas fracas que raramente sobreviviam alguns dias após o nascimento. Drukil não tinham apego emocional aos filhotes. Eles eram mais como ... produtos. Como bolos bolo s de uma linha de montagem.

 

  Se um não passasse no controle de qualidade, ele era destruído. Esta montanha inteira era como uma fábrica de ovos gigante. Mudei meu peso de um pé para o outro e estiquei meu pescoço. A pele rígida das minhas costas puxou e eu estremeci antes de relaxar meus músculos. Eu estava faminta. Embora ela nunca tenha me deixado com fome, eu estava em uma dieta bastante rígida que era principalmente rica em proteínas. Eu nunca nu nca fui tão magra em minha vida, e agora me lembrava de meus quadris mais largos que eu tinha na Terra com carinho. Houve uma batida na porta, que se abriu pouco depois para um guarda Rogastix.  —  Ele  Ele está aqui. —  ele  ele anunciou.

A cauda de Drukil tremulou com o que reconheci como excitação.  —  Estou  Estou pronta!

Ela se ergueu em toda sua altura, que era cerca de dois metros e meio, e se esgueirou em direção à porta. Fiquei quieta com minha cabeça baixa, como fui ensinada. Eu não podia esperar até que ela se fosse para poder relaxar um pouco minha postura.  —   Siga-me.  —   ela anunciou, sua voz cortando minha

esperança de paz, e eu quase gemi alto.

 

  Revirando os ombros, girei nos calcanhares e a segui. Fizemos nosso caminho até a entrada principal do assentamento na montanha, que se abriu em uma enorme caverna. Chegar a esta caverna sem instruções explícitas, era sorte e muita ajuda dos guardas Rogastix era quase impossível. Se alguém superasse as condições traiçoeiras do lado de fora, eles teriam que passar por um túnel fortemente protegido que foi fortificado pelas armadilhas de Drukil e revestido com alguns de seus descendentes venenosos. Eu

permaneci

atrás

de

Drukil,

seguindo

rápida

e

silenciosamente sobre meus pés descalços. Eu já tinha desejado sapatos quando minhas solas estavam empoladas e rachadas, mas agora eu tinha a pele dura e preferia andar descalça. Recebi um vestido largo que terminava na altura do joelho. Eu tinha apenas um, então cuidei dele o melhor que pude. A cor ainda estava aparecendo, mas as pontas estavam começando a se desgastar e havia alguns buracos na parte de trás. A caverna zumbia ligeiramente, e pensei que fosse de sua prole gigante parecida com uma mosca, mas era uma multidão de guardas Rogastix parados em um grupo, de costas para nós. Senti uma leve sensação de aperto no estômago, porque isso não era um bom sinal. O que quer que eles tivessem entre eles estava prestes a ter um fim sangrento e doloroso.

 

  Quando Drukil parou, eu permaneci atrás dela, já deixando minha mente vagar livre para que pudesse fingir que estava em qualquer lugar, menos aqui. Drukil falava e Rogastix resmungava, mas eu não estava prestando atenção. Meus olhos estavam nos meus pés sujos, e eu tinha uma memória aleatória sobre a época em que fiz as unhas com minha mãe. Eu tinha escolhido uma cor verde neon para as minhas unhas dos pés que eu sabia que minha mãe odiava, mas ela apenas sorriu e me disse que estava feliz por eu ter escolhido algo que eu gostava. Eu gostei. Bastante. Meu coração bateu forte e eu esfreguei meu peito. Tentei imaginar o rosto da minha mãe, mas ficava mais difícil a cada dia. Eu me lembrei dos abraços dela e do jeito que ela cheirava, então eu me apeguei a essas memórias. Isso tinha ti nha sido antes ... bem, antes da minha vida virar uma merda, muito antes de eu acordar em um foguete no espaço. Meu tempo na Terra também não foi tão bom. Troquei um buraco do inferno por outro.  —  …Kaluma…

Minha cabeça subiu quando uma palavra cortou meus devaneios como uma espada. Dei um passo arrastado para o lado para ver quem estava entre a multidão de Rogastix. Quando meus olhos

 

  pousaram em um olho azul fluorescente, meus joelhos quase dobraram enquanto meu sangue gelava. Nunca pensei que o veria novamente. Na verdade, esperava nunca mais vê-lo novamente, porque isso significava que ele não era mais um prisioneiro. Em minha mente, sempre imaginei que ele estava lutando contra

inimigos,

visitando

sua

família

e

encontrando

uma

companheira. Pelo menos, eu esperava que sim. Os redemoinhos brancos das marcas de matz em seu peito e pescoço destacaram-se em total relevo de suas escamas de bronze. Os espinhos em seus ombros pareciam mortais, e pude ver alguns que tinham crescido novamente, o que me levou a acreditar que já haviam se quebrado. Seus lábios carnudos estavam fechados e sua mandíbula mandíbu la estava ligeiramente tensa. Ele agora usava um tapa-olho e, embora não o tivesse quando o conheci, eu ainda sabia que Kaluma era inconfundivelmente Kazel. Ao longo dos anos, eu o construí em minha mente para ser maior do que a vida. Por que ele estava aqui? Ele tinha sido pego? Mas ele não estava ferido ou acorrentado. Ele usava um machado amarrado às costas com um arreio. Soltei um ruído sem querer. Um suspiro, talvez, e os olhos de Kazel desviaram de Drukil para mim. Eu

esperava

que

sua

expressão

mudasse.

Para

o

reconhecimento acertar. Para qualquer coisa. Qualquer sinal de vida.

 

  Mas, em vez disso, não recebi nada. Nem mesmo um lampejo de interesse. Seus olhos passaram por mim como se eu fosse invisível.  Todos os dias nesta porra de montanha, eu ansiava por ser invisível e nunca fui. Mas hoje mais do que todos os dias, e para este alienígena de todos os alienígenas, eu queria ser visível. Algo dentro de mim rachou e minha sensação de condenação só piorou quando seu único olho bom voltou-se para Drukil e ele se ajoelhou. O Rogastix tagarelava alegremente e Drukil se exibia enquanto ela deslizava para a frente.  —  Estou  Estou às suas ordens. —  disse  disse Kazel.

Com suas palavras, os pedaços restantes do meu coração se espatifaram em pó aos meus pés descalços. Um ruído baixo correu em meus ouvidos, e eu não queria ouvir a conversa entre Kazel e Drukil. Mas minha habilidade de dissociação não estava funcionando. Eu não conseguia desligá-los. Eu só conseguia ouvir cada palavra enquanto batia na minha cabeça como pregos em um quadro-negro.  —  Quero  Quero me juntar à sua causa. —  dizia  dizia Kazel. —  Eu  Eu acredito

no que você está fazendo, e acho que qualquer um que se oponha a você está do lado errado da história.  —  E  E por que eu deveria confiar em você? —  ela  ela respondeu. —  

Da última vez que nos encontramos, você não estava ansioso para se  juntar ao meu lado. E é uma coincidência você estar aqui agora, quando recentemente conheci outro Kaluma.  —  Seu   Seu rabo sacudiu, e

 

  embora eu não tivesse visto esse Kaluma que ela mencionou, eu ouvi histórias sobre ele e uma companheira fugindo de Drukil, um fato que a deixou fervendo por semanas. Ela o olhou de cima a baixo.  —   Pelo Pelo menos você está seguindo minhas regras. Você fica em

branco aqui por um piscar de olhos e mato você. Kazel acenou com a cabeça.  —  Entendido.   Entendido. —  Ele   Ele puxou uma corda que eu não sabia que

ele estava segurando e, no meio da multidão de guardas de Rogastix, tropeçou um alienígena que eu nunca tinha visto antes. Apoiado em três pernas, o alienígena era pequeno, quase infantil, com uma palidez avermelhada e cabelos pretos. Sua pele era coberta por uma camada que parecia veludo. O alienígena tremeu, e um corte acima de seu olho gotejou sangue escuro. Kazel ergueu o queixo. Eu o peguei espreitando do lado de fora. Achei que poderia  —   Eu provar minha lealdade punindo-o por invasão. Minha boca ficou seca. Ele iria machucar esta criatura? O Kazel que eu conhecia não mataria nem mesmo os roedores que entravam e saíam de nossas células. Eu o ouvi falando com insetos. E agora ele puniria este... De repente, a pequena criatura soltou um rugido que parecia muito mais profundo do que seu pequeno corpo poderia produzir. Diante dos meus olhos, ele se transformou. A corda em volta do

 

  pescoço estalou quando ele começou a inchar. Os músculos sob sua pele mudaram e seus ossos quebraram quando ele cresceu uma cabeça mais alto que Kazel, se transformando em uma espécie de criatura bípede semelhante a um lobisomem vermelho com presas e garras. Eu dei um passo para trás sem querer, quando a criatura abriu a boca e apunhalou uma garra em Kazel.  —   O que você pensa que está fazendo? Se trabalharmos

 juntos, podemos acabar com essa cadela nojenta! A esperança chamejou no meu peito, porque eu sou estúpida e não aprendo, mas essa esperança morreu uma morte muito rápida quando Kazel não disse uma palavra, apenas estendeu a mão pelas costas e tirou o machado. Ele o segurou em sua palma enorme antes de apontá-lo para a coisa do lobo vermelho.  Lute comigo, viree!  —  Lute  —   Estúpido!  —   a criatura sibilou e atacou. Eu engasguei

quando os dois se enfrentaram, enquanto Drukil - agora cercada por seus guardas mais próximos - guinchou de suas muitas fendas no pescoço.  —  Mate-o,  Mate-o, Kaluma. Prove sua lealdade e mate-o!

Kazel nem mesmo vacilou com sua escalada de punição para morte. Ele estava ocupado lutando por sua vida, golpeando a viree enquanto ambos abriam feridas um no outro. Ele não podia ficar em

 

  branco, porque Drukil o havia proibido, mas ele era um lutador habilidoso. Apesar de tudo, eu estava torcendo por ele, o que era estúpido, mas sua morte parecia pior. Como se talvez enquanto ele estivesse vivo, ele poderia ser bom novamente, como ele já foi. Se eu pudesse falar com ele ... O viree estava empurrando Kazel perigosamente peri gosamente para perto de algumas das armadilhas na frente da caverna, plataformas falsas que cederiam com qualquer peso, enviando a alma infeliz despencando para a base rochosa da montanha abaixo. Quase gritei para ele tomar cuidado. Minha boca se moveu, mas nenhuma palavra saiu, e eu só pude assistir impotente enquanto ele balançava seu machado, e o impulso de seu corpo o fez pisar na beirada. Eu ouvi o barulho distinto da pedra cedendo, mas no último minuto, ele torceu o corpo e com um golpe, acertou a coronha do machado na lateral da viree. O homem lobo soltou um rugido, mas era tarde demais. Ele colocou um pé na plataforma e ela cedeu. Soltando um grito de derrota, ele caiu fora de vista. Escutei o barulho de seu corpo bater nas rochas abaixo - um som que eu ouvi muitas vezes para contar - mas estava ventando lá fora, e qualquer som foi varrido. Kazel estava no final do buraco, olhando para baixo. Seus ombros gigantescos se ergueram. As pontas de seus ombros tremeram e, quando ele se virou, seu matz brilhou por apenas um momento. Seu único olho encontrou o meu por um breve momento antes de se virar

 

  para Drukil. Ele caminhou em direção a ela e parou a alguns metros de distância, sangrando de um corte no peito e outro no braço, mas por outro lado ileso.  —  Eu  Eu provei minha lealdade a você agora?

Drukil ficou satisfeita porque ela quase vibrou de prazer. Sua cloaca pulsava e eu queria vomitar pensando nela tomando Kazel como um de seus companheiros de cama.  —   Eu não desejo mais acasalar com um Kaluma como

descendência. —  ela  ela disse, e eu soltei um suspiro.  —   Mas...  —   ela acrescentou.  —   Estou curiosa sobre uma

coisa. Eu tenho um último teste.  —  Ela   Ela se virou e me olhou de uma forma que fez meu corpo ficar sólido como uma rocha. As fendas do pescoço vibraram alegremente.  —   Eu quero que você procrie minha humana.

 

 

CAPÍTULO 2 R AIN  AIN  

Eu não conseguia acreditar que isso estava acontecendo. Nós viajamos em direção às câmaras de acasalamento e as paredes e placas familiares me fizeram querer desligar - pensando em meus aromas de vela favoritos ou em como eu costumava adorar fazer compras na Black Friday com minha mãe. Mas eu só conseguia olhar para as costas de Kazel e a forma como seus músculos se moviam sob sua pele como os de uma pantera. Drukil deslizou à frente da procissão, claramente satisfeita consigo mesma. Ela nunca me obrigou a fazer isso antes. Em todas as vezes que ela me trouxe, eu fui ... como um animal de estimação estimaç ão assexuado com polegares opositores. Eu não tinha certeza se ela sabia que eu era um ser fértil. Claramente, ela sabia mais sobre humanos do que eu pensava. O Rogastix de cada lado meu esbarrou em mim com seus ombros e quando olhei para um com o canto do olho, ele estava me observando com interesse. Um olhar malicioso. Eles nunca me olharam assim antes, provavelmente porque eu fui apresentado apr esentado a eles como um ser assexuado, mas agora que eu era fértil?

 

 

Oh Deus! Minha vida estava para ficar muito mui to pior. Porque isso terminaria em cerca de uma hora, e então eu ficaria com as consequências - a nova maneira como os guardas me olhariam, e a mais assustadora de todas - possivelmente uma gravidez. Era difícil para mim pensar no que aquela gravidez produziria. Eu nunca quis ter filhos, mesmo em minha vida na Terra. Dar à luz aqui? Nesta galáxia? Eu não desejaria isso a nenhum ser vivo, especialmente aquele que carreguei na barriga por nove meses. Espere, meu tempo de gestação seria o mesmo com um ... bebê Kaluma? Por um ou dois anos quando eu cheguei que eu não tinha menstruado, provavelmente devido ao estresse e à mudança na minha dieta. Mas meu corpo parecia se adaptar ao estresse, então, como um relógio, sangrei. Eu não tinha certeza de quão regular era - eu não tinha um calendário e os dias aqui não eram iguais aos da Terra, Terr a, mas eu podia sentir as cólicas chegando chegand o com o tempo com todas as outras remessas de suprimentos. Então, isso significava que embora eu não pudesse engravidar facilmente, era uma possibilidade muito real. Merda, merda, merda! Como eu faria isso? Paramos do lado de fora de uma sala em que a porta er era a feita de um filme transparente. Kazel olhou para dentro com os olhos estreitos antes de se virar para Drukil.

 

   —   Eu Eu gostaria de pedir privacidade. Ouvi dizer que acasalar

com humanos é bastante prazeroso e que a implantação é mais bemsucedida se as mulheres têm orgasmos. Quase engasguei com minha própria saliva. Não, de jeito nenhum eu queria que ele tentasse tirar qualquer qualq uer coisa do meu corpo. Ele poderia entrar e sair e acabar logo com isso, obrigado. Drukil se virou e olhou para mim. Eu mantive minha cabeça baixa, mas podia sentir seus olhos em mim como lasers. Finalmente, ela respondeu a Kazel.  —   Estarei fora da porta com alguns guardas. Eu estarei

assistindo, pois este ainda é um teste de sua lealdade. Kazel acenou com a cabeça uma vez.  —  Claro.  Claro.

Um Rogastix plantou a mão na parte superior das minhas costas e me empurrou. Eu caí para frente com um grito enquanto tentava colocar meus pés debaixo de mim. Eu estava prestes p restes a cair de cara no chão de pedra quando uma das mãos de Kazel agarrou meu braço e me endireitou como se eu não pesasse nada. Eu olhei para o rosto pétreo de Kazel. Seus dedos se apertaram em volta do meu bíceps quando nossos olhos se encontraram, e eu não pude disfarçar meu estremecimento com a dor de seu aperto. Um músculo em sua mandíbula saltou quando seu aperto afrouxou.

 

  Drukil balançou o anel na frente da porta e a película transparente se dissipou. Ela gesticulou para dentro com seus dois braços direitos.  —  Se  Se apresse.

Kazel entrou, me puxando atrás dele. Eu rapidamente olhei para o rosto de Drukil e não vi nenhum remorso. Mas então, eu mal era um ser senciente para ela, então ela não se importou que eu não quisesse isso. Quando

entramos

no

quarto,

meus

olhos

pousaram

imediatamente em uma cama redonda e macia no meio do chão. Pelo menos não fomos obrigados a fazer isso no chão frio, mas nada sobre a cama era convidativo para mim. Eu podia imaginar todos os horrores que aconteceram nesta sala, e meu corpo começou a tremer. A cabeça de Kazel se abaixou para me estudar, e enquanto eu tentava me afastar dele, ele me segurou contra ele com força. Eu engoli enquanto a temperatura do meu corpo disparava entre quente e frio enquanto minha cabeça girava e meu estômago se agitava de nervosismo. Enquanto eu estava espiralando, tentando me desassociar pensando em todas as braçadas que eu conhecia, Kazel estava removendo as camadas da roupa roup a de cama. Ele me agarrou pela cintura e me puxou para a plataforma da cama. Assim que minhas costas bateram no colchão macio, todos os meus instintos de voo se manifestaram. Com um grito, me levantei e fui para a porta, mas um

 

  braço forte envolveu minha cintura e me puxou de volta para a cama. Meus olhos encontraram os de Drukil, que estava assistindo a isso com alegria. Seu corpo balançou e sua cauda se contorceu, todos sinais de que ela estava gostando desse show. Meus músculos ficaram moles e eu me deitei enquanto o corpo de Kazel se erguia sobre o meu. Ele jogou um pequeno cobertor sobre nossas seções intermediárias, o que não faria muito para esconder o que estávamos fazendo por baixo. Fechei meus olhos, rezando para que ele não fizesse algo como me acariciar ou me lamber ou qualquer coisa que se parecesse com uma zombaria de preliminares quando eu não tivesse consentido com um aspecto disso. Quando sua mão agarrou a lateral do meu pescoço e uma garra roçou a parte inferior do meu queixo, soltei um gemido. Os lábios tocaram a borda da minha orelha.  —  Sinto  Sinto muito, Rain... —  a  a voz profunda de Kazel sussurrou.

Meus olhos se abriram e eu o encarei. Tão perto, eu não conseguia ver nada além de seu único olho azul fluorescente, mas não estava morto e opaco como estava apenas alguns momentos atrás. Era vívido, brilhante e borbulhante. Confuso como o inferno, pisquei para ele. Seus lábios se curvaram em um sorriso triste.

 

   —   Eu não sabia que esse seria um de seus testes, mas só

temos que fazer parecer real, e então terei a liberdade de tirar você daqui. Eu encarei ele, a mente em branco com a confusão.  Oo... quê?  —  Oo... Seu sorriso se alargou.  —   Minha atuação foi tão boa? Eu pratiquei por um tempo.  — M... M... mas ... —  eu  eu gaguejei.  —  Você matou… 

Ele balançou sua cabeça.  —   Isso Isso foi tudo planejado. Vik me devia porque eu salvei sua

companheira e sua ninhada. Ele está vivo.

Ele estava fodendo comigo? Eu passei muito tempo ignorando a raiva dentro de mim, mas agora meu sangue disparou. Como ele ousa aparecer, criar minhas esperanças, depois destruí-las e, então, pregar essa peça em mim para me tornar complacente?  —  Foda-se!  Foda-se! —  eu  eu sussurrei enquanto comecei a me contorcer

e me contorcer embaixo dele.  —   Foda-se por pensar que pode me enganar para que eu seja cúmplice do meu próprio ataque. —  Eu  Eu soltei meus braços e os balancei em sua cabeça, mas ele el e facilmente agarrou meus pulsos em uma palma gigante e os jogou na cama sobre a minha cabeça. Eu ofeguei enquanto tentava conter as lágrimas. Não fui bem-

 

  sucedida, porém, e pude sentir a frustração quente vazar pelo canto dos meus olhos.  —  Apenas  Apenas acabe com isso, seu idiota!

Eu esperava que ele me batesse ou pelo menos gritasse, mas em vez disso ele soltou um suspiro aliviado quando qu ando seus olhos brilharam.  —   Aí está você. Eu estava preocupado que Drukil tivesse

quebrado você, mas você ainda tem espírito. Obrigado yerk. Esta é a Rain que me salvou! Eu fiquei imóvel e inclinei minha cabeça. Agora foi minha vez de estudar Kazel. Ele esperou, segurando seu corpo alguns centímetros acima do meu. Seu aperto em meus pulsos afrouxou até que ele os soltou completamente. Abaixei minhas mãos e toquei seu rosto, correndo meus dedos em suas bochechas e sobre seus lábios até que escovei levemente o tapa-olho preto esfarrapado. Este poderia ser? Ele realmente veio por mim?  —  Kaz?  Kaz? —  Sussurrei  Sussurrei com uma voz rachada.

Ele engoliu em seco e sua expressão mudou para tristeza.  —  Me  Me desculpe por ter demorado tanto. Procurei por você em

todos os lugares... Eu concordei enquanto abafava um soluço por trás da minha mão.  —  Você  Você não precisava me encontrar.

 

   —   Sim, eu tinha.  —   ele respondeu rapidamente.  —   E eu

queria. Sua mão alisou meu cabelo, que estava puxado para trás em um coque apertado como Drukil pediu. Foi a única maneira de impedila de raspar minha cabeça. Ele E le puxou o laço e a p pressão ressão no meu couro cabeludo diminuiu quando meu cabelo longo e encaracolado caiu de volta na cama. Ele olhou por cima dos ombros espetados antes de mais uma vez encontrar meus olhos enquanto colocava seu corpo sobre o meu. Reagi sem pensar, espalhando minhas pernas para que seus quadris se encaixassem entre elas. Seu polegar esfregou um padrão calmante no meu pescoço.  —  Nós   Nós fingiremos. Eu não vou penetrar em você. Estaremos

fora daqui em duas rotações, no máximo. OK?  —  Eu   Eu podia sentir a pressão de seu pau duro na minha barriga e mexi meu torso. Ele fez uma careta. —  Ignore  Ignore isso. Mas meu coração estava leve. Mais leve do que eu pensei que poderia sentir novamente. A esperança era uma droga poderosa e estava fluindo em minhas veias, fazendo-me sentir quase sem peso. Poderoso.  —  Você  Você está duro porque está atraído por mim?

Seus olhos piscaram e seu polegar parou onde estava me acariciando.

 

   —  O  O quê?

 Você está duro com o atrito ou ...?  —  Você  — Estou Estou duro porque é você, Rain!  —   ele respondeu

rispidamente, de repente extremamente sério. — Não Não pretendo resgatála daqui e mandá-la embora. Tem sido você desde o momento em que te conheci. Antes de você salvar minha vida. Eu quero fazer de você minha companheira. Em minha mente, você sempre foi. Minha boca se moveu antes que meu cérebro pudesse alcançá-la.  —  Eu  Eu quero isso.

Sua mão flexionou em volta da minha garganta.  O que você disse?  —  O Apenas Kazel me tornou impulsiva. Eu ignorei a voz na minha cabeça que me lembrou das consequências da minha última decisão imprudente em relação a Kazel. Eu estava muito presa na esperança, em seu toque, e me sentindo viva pela primeira vez em anos. Eu levantei meus quadris para que pudesse enganchar minhas pernas em volta de suas coxas. Ele exalou com força e desceu os cotovelos acima de mim. Seu peso era bom. Incrível mesmo. Eu não tinha sido tocada como se fosse humana por muito tempo, e ainda mais desde que senti qualquer desejo sexual. Agora ele rugia em minha corrente sanguínea como uma batida b atida de tambor, e minha libido seguia com um canto. Eu sabia mais do que ninguém que era

 

  impossível planejar o dia seguinte. Mesmo na próxima pr óxima hora. Eu queria sentir algo pela primeira vez em anos. Não pensei em Drukil e nos guardas do lado de fora da sala. Para mim, havia apenas a maciez da d a cama nas minhas costas e o corpo aquecido de Kazel em cima do meu. Eu toquei as mechas selvagens de seu cabelo e seu pau pulsou contra meu estômago.  —  Eu  Eu não quero fingir isso.

Os lábios de Kazel se separaram e sua sobrancelha franziu sobre o olho.  —  Rain...  Rain... —  ele  ele sussurrou.  — Não Não me faça implorar. Eu não vou...  —   ele engoliu em seco e deslizou a mão da  — Eu

minha garganta para segurar meu rosto.  — Eu Eu queria nos proteger primeiro. Não era assim que eu imaginava me juntar a você. Não estamos no covil de Drukil.  —   eu disse.  —   Estamos  — Não seguros em seu planeta natal, e vamos tirar uma boa soneca depois e depois comer um banquete. Ele sorriu, mas seus olhos ainda pareciam tristes.  — Fantasie Fantasie comigo...  —  eu   eu implorei.  — É como eu fiz isso por

tanto tempo. Às vezes eu pensava que estava enlouquecendo, mas recentemente percebi que é assim que estou me preservando. Se eu realmente enfrentasse minha situação de frente, já teria me perdido há muito tempo.

 

  Ele ficou quieto por um longo tempo enquanto observava meu rosto.  —   Estamos

em

casa.  —   ele

finalmente

respondeu,

massageando minha têmpora com os dedos. —  Em  Em minha cabana em Corin. Eu escapei do treino com meu irmão porque queria ver você, e você me cumprimentou vestindo nada além de um casaco de pele. Eu sorri enquanto agarrava o cobertor embaixo de mim, fingindo cavar meu dedo em uma pele grossa. Em algum lugar na parte de trás da minha cabeça, uma voz me disse para ter cuidado, mas eu estava longe demais. Meu estômago rodou de excitação e eu podia sentir a umidade cobrindo meu núcleo. Os quadris de Kazel estavam balançando suavemente contra mim, e eu balancei meu corpo até que meu vestido subisse até minha cintura. A cabeça de Kazel se inclinou quando uma de suas mãos deslizou pelo meu peito. Ele parou no meu seio esquerdo. Eu engasguei quando uma garra roçou meu mamilo. Ele puxou o decote do meu vestido do meu ombro e o abaixou até que meu seio ficasse para fora. Ele se moveu para baixo no meu corpo e enquanto mantinha seus olhos em mim, ele abriu a boca e levou meu mamilo para o calor úmido. Fechei meus olhos com um gemido enquanto agarrava sua cabeça enquanto ele trabalhava meu pico sensível. A sucção começou

 

  quase imediatamente, e eu empurrei meus quadris quando o prazer disparou direto para o meu clitóris. Sua mão estava em movimento. Enquanto sua língua trabalhava em meu mamilo, seus dedos desceram até que ele deslizou um dedo grosso pelas minhas dobras molhadas.  —  Kaz!   Kaz!  —  murmurei   murmurei enquanto abria os olhos. Ele tirou meu

mamilo e se mexeu até que nossos rostos estivessem a centímetros centí metros de distância. Lentamente, ele pegou meus lábios antes de deslizar sua língua para dentro. Eu nunca tive um beijo assim na minha vida. Eu estava com medo de não saber mais beijar, mas não importava. Ele assumiu o controle. Ele me dominou com a língua e, quando gemeu, senti o estrondo por toda a minha espinha. Eu estremeci quando ele me beijou enquanto brincava com meu clitóris. Eu agarrei seu rosto enquanto murmurava murmur ava contra seus lábios.  —  Agora!  Agora!  —  Quero   Quero tirar isso...  —  ele   ele ofegou acima de mim. Seus olhos

brilhavam e suas bochechas eram de um marrom avermelhado.

 —  

Para que eu possa te dar prazer.  —  Eu   Eu quero estar conectada agora...  —  eu   eu sussurrei.  —  Por   Por

favor, Kaz. Dentro. Ele era muito mais alto do que eu, então, quando ele avançou, minha cabeça estava alinhada com seu peito. Seu grande corpo cobria

 

  o meu, protegendo-me de qualquer pessoa que estivesse assistindo, não que eles importassem para mim de qualquer maneira.  —   Eu não sei se posso durar muito...  —   ele disse com os

dentes cerrados enquanto a ponta de seu pênis cutucava minha entrada. Eu olhei de seu corpo para seu pênis. Um bronze mais escuro do que o resto dele, linhas brancas combinando com as marcas matz em seu peito pulsavam e cintilavam. A cabeça de seu pênis estava dilatada e parecia estar ... girando. Eu agarrei o eixo e o pressionei contra mim. Mudei para baixo até que sua cabeça entrou em mim. Eu engasguei com a grande intrusão enquanto ele gemia. Todas as veias de seu pescoço p escoço saltaram.  —  Rain!  Rain! —  ele  ele murmurou.

Corri meus dedos para baixo em seus lados antes de agarrar sua cintura.  —  Foda-me,  Foda-me, Kaz.

 

 

CAPÍTULO 3 Kazel Eu respirei fundo e, em seguida, bati meus quadris para frente em minha companheira. Seu calor apertado agarrou meu pau e meus olhos rolaram para a parte de d e trás da minha cabeça com quão perfeita per feita ela se sentia. Eu sabia desde a primeira vez que coloquei os olhos nela que ela era minha companheira. Minha outra metade. Minha linyx. Abaixo de mim, ela estava deitada com os olhos semicerrados e sua juba selvagem de cachos espalhados ao seu redor. A pele pálida ficou rosada, ela era tudo o que eu imaginava que fosse em todos esses ciclos que procurei por ela. Eu fantasiava com ela, na minha mente, já estávamos em casa, sãos e salvos, em minha cabana. Estaríamos Estaría mos em breve, eu tinha certeza disso. De jeito nenhum Drukil tiraria mais da vida de Rain de mim. Uma parte de mim sussurrou em meu ouvido que eu deveria parar com isso e sair. Que este não era o momento ou lugar para me conectar com minha linyx e completar o vínculo. Mas meu corpo queria muito isso, e eu já estava empurrando meus quadris, balançando nossos corpos em um ritmo constante na cama macia.

 

  Os lábios de Rain estavam curvados em um sorriso suave quando alcancei entre nós e esfreguei a ponta do meu polegar sobre seu clitóris. Eu ouvi uma conversa com os outros Kaluma e seus companheiros humanos sobre a anatomia feminina e como dar prazer p razer a elas. A boca de Rain se abriu e seu pescoço se arqueou enquanto ela gemia. Eu curvei minhas costas para que pudesse me inclinar, pressionar minha língua em seu pescoço e chupar um pedaço de pele lá. Marcando-a. Os vurs no meu pau pulsaram rapidamente dentro dela, e a tampa do meu pau girou rapidamente. Eu estava perto, mas queria me segurar o máximo que pudesse para que Rain pudesse sentir o máximo de prazer possível. Eu sabia como Drukil funcionava e não conseguia imaginar tudo o que Rain tinha passado servindo a ela. O fato de ainda ser capaz de lutar e falar sobre o que queria me encheu de orgulho. Eu não tinha certeza se merecia Rain, mas passaria passar ia o resto da minha vida honrando-a.  —   Tão perto! —  ela  ela murmurou enquanto seus olhos castanhos

calorosos se tornavam líquidos de prazer. — Por Por favor, Kaz. Ninguém nunca encurtou meu nome, e eu não deixaria ninguém - a menos que fossem Rain. Ra in. Quando ela dizia isso, eu sempre enchia o peito de orgulho.

 

  Eu toquei seu clitóris com minha garra, e ela engasgou antes de seu corpo ficar rígido. Seus olhos se abriram abr iram antes de ela sussurrar em um tom agudo.  —  Sim!  Sim! —  Seu  Seu corpo tremia enquanto seus quadris resistiam

contra os meus em uma onda de êxtase. Eu não pude segurar enquanto suas paredes internas apertavam meu eixo. Com um grito, meu pênis girou, liberando sementes dentro dela. Ela se agarrou a mim, seu rosto pressionado contra meu peito, quando nos encontramos. Eu não conseguia nem ter certeza dos sons que fazia. Eu só sabia que estar com Rain era o melhor momento da minha vida. Ela fez um som abafado contra minhas escamas, e eu a deixei descansar na cama. Segurando-me acima dela em meus cotovelos, eu tirei seu cabelo úmido de sua testa.  —   Obrigada!  —   ela sussurrou, seus olhos semicerrados

enquanto ela soltava um pequeno suspiro de felicidade. Eu dei um beijo no topo de sua cabeça e rolei para o lado para puxá-la contra mim.  —   Levantaremos Levantaremos logo e faremos uma refeição com meu irmão

e sua companheira. —  eu  eu disse enquanto fechava meus olhos. — Esta Esta noite, é uma celebração.  — Mmmm. Mmmm.  —   ela cantarolou ao meu lado enquanto se

aconchegava debaixo do meu braço. —  Eu  Eu quero marshmallows.

 

   —  O  O que são? —  De  De repente, fui arrancado da cama. Eu puxei

a cintura da minha calça quando cheguei balançando. Meu punho acertou o nariz de um guarda Rogastix assim que minhas escamas começaram a clicar para iniciar meu branco.  —   Não faça isso...  —   a voz de Drukil gritou na sala. Fiquei

imóvel quando me virei para encontrar um guarda guard a com sua arma laser na têmpora de Rain. Ela se sentou no meio da cama de joelhos, o vestido

mais

uma

vez

cobrindo-a.

Tentei

me

comunicar

silenciosamente com ela, mas ela evitou meus olhos com a cabeça baixa. A mão de Drukil roçou meu braço e precisei de toda a minha força de vontade para não puxá-lo. Eu fiquei lá, soprando ar pelas minhas narinas para evitar um colapso. Os olhos de Drukil observavam cada movimento meu.  Desculpe. —  eu  eu murmurei. —  Seu  Seu guarda me surpreendeu.  —  Desculpe. Instinto.  —  Entendo.  Entendo. —  disse  disse Drukil. — Você Você gostou disso mais do que

eu pensei que iria. Mas eu não posso poupá-la novamente, então essa é a última vez que você pode desfrutar de uma boceta humana. Cerrei os dentes enquanto o guarda Rogastix puxava Rain para fora da cama. Seu aperto sobre ela era punitivo, e eu podia ver sua pele já ficando vermelha.

 

  Ela não encontrou meus olhos e eu odiei. Implorei silenciosamente para que ela olhasse para mim, mas ela manteve a cabeça baixa. Eu nos tiraria daqui. Dentro de alguns anos, se eu pudesse balançá-lo. Eu só tinha que continuar agindo por mais um pouco ...  —   Eu terminei com ela agora.  —   Drukil estalou, e minhas

veias congelaram. A cabeça de Rain disparou e seus olhos estavam redondos, o rosto pálido. Drukil olhou para o guarda dela. — Você Você pode matá-la agora. E foi então que fiquei furioso. Eu apaguei e tudo deu errado. Drukil se moveu mais rápido do que eu pensava ser possível com Rain sobre seu ombro. Minha companheira chutou e gritou, e eu rugi enquanto pulei atrás deles, mas Drukil estava fora da porta e fechou e trancou antes que eu pudesse ver. Eu bati com um baque e imediatamente liguei os guardas na sala. Atordoados, seus olhos dispararam ao redor da sala procurando por mim enquanto disparavam disparos de laser aleatórios. Eu os matei antes que eles tivessem a chance de se defender. O sangue manchou as paredes, o chão e eu. O corpo de um guarda Rogastix jazia na cama que outrora fora uma fonte de minha felicidade.

 

  Eu me virei para a porta e bati com meus punhos, mas qualquer filme que cobrisse a porta era indestrutível. Meu machado estava do lado de fora, encostado na parede. Drukil estava parada do outro lado da porta. Rain lutou contra dois guardas, chutando e socando, mas ela não era páreo para as criaturas muito maiores. Eu só pude assistir, impotente, enquanto um pegava sua arma a laser e a acertava na nuca. Quando seu corpo ficou mole, eu juro que senti a dor ecoando em minha própria cabeça. Eu deslizei d eslizei para o chão de joelhos com um gemido.  —  Eu  Eu sabia! —  a  a voz de Drukil zombou de mim. —  Você  Você falhou

neste teste como eu sabia que você faria. Eu nunca mataria minha humana. —   Ela Ela estendeu as duas mãos e as passou pelos cabelos de Rain. Meus lábios se curvaram para trás enquanto eu procurava envolvê-los em volta do pescoço do vizpek. Em vez disso, vou mantê-la e criar sua prole como uma u ma das  —   Em minhas.  — Não! Não! —   Eu Eu gritei, batendo no filme e cortando-o com minhas

garras. — Você Você nunca colocará a mão no meu filho. Seus dedos deslizaram para acariciar a bochecha de Rain. Minha companheira nem mesmo vacilou enquanto pendia inconsciente entre os dois guardas.  —   Esta será uma experiência divertida. Obrigado por

engravidar minha humana. Estou ansiosa para ver o que ela cria.

 

  Soltei outro rugido quando Drukil se virou e deslizou pelo corredor. Os guardas a seguiram, carregando Rain entre eles. Ouvi Drukil dizer a outros dois grupos de guardas:  —   Joguem-no nas minas. Vamos fazer com que ele use um

pouco antes que seu corpo desista. Meus músculos cederam e eu lancei para frente, só me recuperando no último minuto, então meu rosto não bateu na pedra. Eu tinha levantado. Eu só tive que aguentar ag uentar mais um pouco e manter o ardil, mas falhei. Eu falhei comigo mesmo, Rain, e possivelmente com a vida que criamos. Enquanto os guardas entravam, lutei com tudo que pude, mas eram muitos. Depois de sustentar muito fogo de laser, eu deitei caído no canto, quase morto enquanto o sangue derramava do meu corpo e o fedor das minhas próprias escamas queimadas inundava minhas narinas. Eles colocaram uma coleira em mim que me impediu de apagar e então me arrastaram para fora da sala.

 

 

CAPÍTULO 4 R AIN  AIN  

Cutuquei as protuberâncias nos ombros do meu bebê e mais uma vez agradeci aos deuses da genética que Kaluma não nasceu com suas pontas afiadas. A de Harry cresceria por volta da puberdade e se tornaria pontiaguda como a de seu pai. Suas escamas eram de uma cor muito mais clara, como o meu próprio tom de pele. Mas seu rosto era o de seu pai, com olhos que pareciam mais sábios do que alguns meses atrás. Eu cutuquei sua barriga e ele soltou uma risadinha antes de me alcançar com suas mãos rechonchudas. De repente, braços de bronze o pegaram, e eu estiquei meu  pescoço para trás para ver Kazel soprando um beijo no pescoço de Harry. Ele aprendeu isso com seu irmão, que tinha sua própria filha selvagem para enfrentar. Recostei-me na cadeira.  Estávamos —  Estávamos Oh — Oh

sim?

conversando e você interrompeu.

—   Kazel

cruzou os olhos para Harry e fez uma

careta. —  Sobre  Sobre o que você estava falando com sua mãe?  —  Ele disse que está cansado de você roncar à noite.

Kazel engasgou dramaticamente.  Eu? —  Eu?

Ronco?

 

 

Pressionei meus lábios para esconder meu sorriso.  É —  É

alto.

Minha companheira assentiu.  Harry —  Harry

disse que é você.

Foi a minha vez de suspirar de horror fingido. Absolutamente — Absolutamente

não!

Kazel se sentou ao meu lado e colocou Harry em seu peito. Nosso bebê se aconchegou no peito de seu pai, que era seu lugar favorito  para ficar. Já que ele acabou de ser alimentado, eu sabia que ele adormeceria logo, e em poucos minutos, suas costas estavam subindo e descendo com respirações profundas. Kazel deu um tapinha em seu traseiro e recostou-se com os olhos semicerrados.  Eu —  Eu

cuidarei de Harry esta noite. Sozinho.

Eu fiz uma careta.  O —  O

quê?

Ele olhou para mim de lado.  Você —  Você

está tendo uma ...—  ele  ele torceu os lábios l ábios para o lado. —  

Que termo Karina usou? Algo como uma garotas noturnas? Eu ri.  Noite —  Noite

de garotas?

Ele acenou com a mão. —   Algo

parecido. Segundo Karina e Zuri, é essencial para a

sobrevivência. Bloom apenas concorda com tudo o que eles dizem.

 

 

Fazia tanto tempo desde que estive perto de outros humanos, muito menos mulheres, que eu ainda mal conseguia acreditar que vivia em um assentamento com elas, sãs e salvas, onde podíamos cuidar de nossos bebês, cozinhar para nossos amigos e fazer coisas divertidas como ter uma noite de garotas. Claro, Cl aro, não havia clube ou bares aqui em Corin, mas conhecendo Karina e Zuri, elas inventaram algo divertido. Aquelas duas eram problemas juntos, e eu adorei.  Ok, —  Ok, — É

mas sentirei sua falta e Harry.

claro que você sentirá nossa falta!

  Kazel —  Kazel

fungou.

Nós — Nós

somos incríveis. — Você

nunca quer uma noite de garotos fora? Ele torceu o nariz. —  

Eu passo bastante tempo com o Bosa. Não estou me

oferecendo para desistir mais do meu tempo para ouvi-lo ouv i-lo praticar gírias da linguagem humana. Eu ri. Bosa desajeitadamente pronunciou frases que nos ouviu dizer e, embora às vezes acertasse as referências, costumava se enganar.   Bem, —  Bem,

talvez você possa fazer uma viagem de caça sozinha

com seu irmão algum dia. —  eu  eu sugeri. Quando Kazel não rejeitou imediatamente à ideia, eu sabia que era uma possibilidade. Ele estava trabalhando em seu relacionamento

 

 

com Sherif e, embora fosse lento, os dois estavam empenhados em se aproximar. Eu sorri.  Vou —  Vou

falar com Zuri sobre isso.

A mão de Kazel parou no traseiro de nosso filho antes que ele me olhasse com um olho azul brilhante.  —   Graças a você, Drukil não ganhou.

Dei de ombros. — Não Não fui só eu. Você apareceu …   E —  E

então eu precisava do resgate. Obrigada por não n ão desistir de

mim. Se não fosse por você, eu ainda estaria fora da minha mente, brandindo aquela marreta na escuridão. Harry soltou um arroto e Kazel deu um beijo em sua têmpora antes de se recostar na cadeira. —  

Vou tirar uma soneca com Harry. Prepare-se para suas

garotas noturnas. Eu me levantei com uma risada.

 

  Abri meus olhos e comecei no teto rachado sobre minha cabeça. Era a mesma vista que eu tive por anos, mas eu geralmente acordava e fingia que não estava em uma pequena alcova no quarto de Drukil. Agi como se minha refeição matinal não fosse a mesma sopa de aveia de todos os dias e, em vez disso, fosse um delicioso brunch com quiche e batatas assadas. Nos últimos meses, não fui tão boa em fingir. Desde que fui carregada para fora daquela sala nas costas de Drukil e vi Kazel cair sob uma enxurrada de guardas Rogastix ... Eu nunca esqueceria seus rugidos de dor e raiva. Ou tirar o cheiro de seu sangue dos meus sentidos. Drukil agiu como se nada tivesse acontecido. Ela me observou de perto, provavelmente esperando que eu derrubasse derrub asse um ovo no meio de uma sala como uma galinha. Mas ela nunca mencionou Kazel. Ninguém o fez. Era como se ele nunca tivesse estado lá. l á. Todos os dias, eu me perguntava se eles o teriam matado, mas por dentro eu sentia como se ele ainda estivesse vivo. Sonhei com ele quase todas as noites, noit es, e os sonhos eram tão reais, tão vívidos. Eles foram todos ambientados no futuro, como se eu tivesse escolhido um capítulo diferente em um livro de aventuras e estivesse realmente são e salvo com Kazel, Kaze l, em vez de continuar vivendo como serva de Drukil.

 

  Eu podia ouvi-la se mexendo na sala principal e sabia que tinha que me levantar logo e cuidar dela. Ela quereria suas refeições e eu teria que ajudá-la a vestir suas joias. Corri minha mão sobre meus seios sensíveis e para o inchaço macio do meu estômago. Não menstruava há cerca de três meses, segundo minha estimativa. Eu estava com náuseas há semanas, embora me escondesse bem, e agora meu estômago estava inchado e um pouco duro. Eu estava grávida. Não havia como negar agora. Aquela vez com Kazel, aquela chance que tivemos de estar juntos resultou em um filho. Eu estive em negação por um tempo, mas a cada dia, eu ficava mais e mais segura da gravidez. Eu nunca tinha sonhado com meu bebê antes. A noite anterior foi a primeira. O pequeno Harry com seu cabelo branco, protuberâncias nos ombros e rosto rechonchudo. Eu ainda podia sentir seu hálito de leite e sentir sua pele em minhas palmas. Tudo tinha sido tão real e eu estava tão feliz. Limpei as lágrimas escorrendo pelo canto dos meus olhos e funguei. Eu nem tinha percebido que estava chorando, mas podia sentir a ardência das lágrimas enquanto escorriam pelas minhas têmporas. Eu ansiava por ouvir a voz de Kazel e sentir seus braços em volta de mim. Fiz tudo o que pude para descobrir onde ele estava. Perguntei discretamente, mas não tinha aliados aqui e, se deixasse

 

  transparecer, que estava procurando por ele... Estremeci ao pensar no que Drukil faria. Uma porta se abriu, batendo contra a parede, e os gritos familiares de Prubel e Grubel entraram na sala. Tirei as pernas da cama e rapidamente usei meu penico no canto do quarto. Depois de endireitar meu vestido e prender meu cabelo em um coque apertado, abri a cortina esfarrapada e entrei entr ei no quarto de Drukil. Ela estava em sua espreguiçadeira tomando seu café da manhã enquanto suas filhas deslizavam ao seu redor, falando rapidamente. Eu geralmente ignorei a conversa delas, mas desde que fui separada de Kazel, prestei p restei atenção em tudo. Chega de fingir ou dissociar. Eu não podia mais continuar sendo ignorante, caso ouvisse uma palavra sobre Kazel ou seu paradeiro. Apesar de tudo, aquela esperança não havia morrido em meu peito, não importava quantas vezes Drukil tentasse afogá-la. Você tem que fazer algo sobre ela!  —  Disse   Disse Prubel quando  — Você comecei a polir as joias de Drukil.  — Eu Eu falarei com ela.  —   Grubel estava cerrando os punhos

enquanto olhava para a irmã.  — Você Você já conversou o suficiente! —  Prubel  Prubel disparou de volta.  — Mãe, Mãe, o filhote está além da esperança. Ela já passou da maturidade

e ainda está mole demais. Eu não confio nela.  — Fique Fique fora dos meus negócios! —  Grubel  Grubel sibilou.

 

   — Este Este é o meu negócio!  —  Prubel  Prubel bateu com o rabo no chão.

Eu pulei, quase deixando cair uma grande joia, mas felizmente me recuperei. Eu olhei no espelho na minha frente para encontrar as irmãs se enfrentando. Drukil observou com leve divertimento. Não podemos nos permitir um elo fraco.  —   Prubel  — Não continuou. — E aquele seu filhote será nossa ruína. Grubel revirou os olhos.  —  Você  Você é tão dramática.

Prubel cruzou os dois braços.  —  O  O que você acha, mãe?

Vizpek falava com fendas no pescoço, mas eles respiravam e comiam pela boca com presas na base da garganta. Ela jogou uma perna assada de algum tipo ali, com osso e tudo, antes de responder.  —  Traga-a  Traga-a aqui.

Prubel parecia triunfante, enquanto Grubel tremia de raiva e batia com o rabo no chão, quase derrubando uma mesa.  —  Humana!  Humana! —  Drukil  Drukil latiu e eu me virei com um puxão e uma

leve reverência.  —  Leve  Leve os guardas com você e traga o híbrido Uldani de Grubel. Ela é a única da ninhada que sobrou, então ela não será difícil de encontrar.  —  Ela   Ela acenou com a mão, o que significava que fui dispensada, então tive que me mover. Eu rapidamente saí da sala e fechei a porta atrás de mim. Lá fora, os guardas já foram avisados das ordens. Drukil confiava em

 

  mim, mas também achava que eu era um total idiota que não conseguia transmitir instruções. Os guardas lideraram o caminho enquanto caminhávamos em direção ao alojamento de cria de Grubel. A maioria deles teve que ser separada, já que muitas das espécies comeriam outras. O híbrido Uldani era o menos vicioso da espécie. Eles foram supostamente criados para realizar tarefas menos físicas, mas às vezes não eram inteligentes o suficiente ou eram deficientes de alguma forma. Sério, este lugar era como um pesadelo. Como a fêmea mais poderosa, a descendência de Drukil normalmente eclodiu mais avançada - muitas vezes criaturas totalmente formadas com instintos de morte imediatos. Quanto às irmãs ... seus filhotes precisavam de tempo para crescer e um pouco de educação sobre como agir como filhos de um império do mal. Eu senti por muitos filhotes, mesmo aqueles que estiveram perto de me matar quando entrei acidentalmente nas salas da incubadora. Eles não pediram para nascer com os genes que eram, mas essa foi a mão que lhes foi dada e, infelizmente, sofreram as consequências pela maneira como foram criados. Drukil era implacável com a prole de suas filhas. A maioria forá morta e os que sobreviveram até a maturidade foram submetidos a testes rigorosos. Se falhassem, acabariam como seus irmãos expulsos da caverna para a morte.

 

  Cada vez que a ideia de tentar salvá-los passava pela minha cabeça, eu a descartava. Eu não era a mesma Rain que arriscou meu pescoço por Kazel. Eu não seria aquela Rain nunca mais. E a cada novo horror, eu me fechava cada vez mais em mim mesmo, até às vezes veze s misturar meus devaneios com a realidade. Então, agora, saber que teria que enfrentar um teste totalmente ciente do que estava ao meu redor e, ao mesmo tempo, proteger um bebê em crescimento na minha barriga me deu vontade de vomitar. Entramos na sala e meus olhos pousaram imediatamente no filhote que eles queriam - um híbrido Uldani adulto magro. Ao contrário do vizpek, ela tinha pernas e uma cauda grossa semelhante à de um canguru. Com seus quatro braços, ela estava até o cotovelo em uma pia, limpando algumas roupas. Quando eu entrei e fiz contato visual com ela, ela ficou muito quieta com seus olhos cinza arregalados e cautelosos. Pelo que ouvi, ela se parecia muito mais com os Uldani do que com sua mãe vizpek, o que provavelmente era sua sentença de morte desde o nascimento. Ela usava um vestido fino sobre os dois pares de seios e endireitou-se em toda a sua altura quando nos aproximamos. Ela era pequena para uma criatura com sangue vizpek, já que ela era apenas um pouco mais alta do que eu.

 

  Quando ela falou, o som saiu de sua boca, mas ecoou pelas fendas de seu pescoço, o que a fez soar como se estivesse falando em um túnel.  —  Posso  Posso ajudar?

Fiquei em silêncio enquanto um dos guardas Rogastix falava.  —  Drukil  Drukil quer ver você.

Lembrei-me do nome desse filhote então. Era Carew, que achei bonito. Claro, ela nomeou a si mesma. Nenhum dos filhos recebeu nomes verdadeiros. Seus olhos pousaram em mim e, embora normalmente evitasse o contato visual, olhei direto em seus olhos cinzentos redondos. Eu não poderia oferecer garantia, no entanto. Eu não tinha nada além de apoio silencioso. Ela olhou para trás antes de respirar fundo e balançar a cabeça com uma resignação triste. Alguns dos descendentes vizpek não eram nada além de monstros obstinados, mas Carew não era assim. Um guarda liderou o caminho, com Carew e eu lado a lado, e outro guarda na retaguarda. Carew caminhava com passos pesados e torcia as mãos na frente dela. Ao contrário do Drukil careca, Carew tinha cabelos brancos que provavelmente herdou de seu pai Uldani. Fluiu por suas costas de uma forma que admirei. Eu não tinha muita dignidade sobrando, mas ainda era vaidosa quanto ao cabelo. Foi por isso que me recusei a cortá-lo, embora minha vida tivesse sido mais

 

  simples. E talvez se eu saísse daqui, eu cortaria, mas seria minha escolha, não de Drukil. Carew caminhava para a morte. Eu sabia e tinha certeza de que ela também sabia. Eu não tinha certeza do que ela tinha feito, mas se el eles es sentissem que ela não estava se enquadrando em seus objetivos, eles não hesitariam em expulsá-la. Passei os últimos anos ignorando o que acontecia ao meu redor e, embora soubesse que não poderia fazer muito para salvar ninguém, a culpa ainda se acumulava em meu peito como uma parede de pedras. Talvez eu pudesse ter feito mais, me esforçado mais, ser mais inteligente. Mas eu aprendi as consequências de arriscar meu pescoço. Eu tinha feito isso uma vez para Kazel. Uma vez para um filho sem nome quando Drukil me comprou pela primeira pri meira vez. E nas duas vezes eu paguei por isso quase com minha vida. Eu escovei minha mão ao longo do meu estômago. Eu tinha outra pessoa em quem pensar agora. Alguém que não podia escolher, que não tinha a mesma culpa que eu. Quem deveria ter uma chance de viver. Como eu poderia tomar a decisão de arriscar minha vida para salvar alguém sabendo que isso afetaria a nós dois? A indecisão me fez tropeçar e me ajoelhei com um gemido. Minha cabeça girou, a náusea que pensei ter superado voltou com força total. Eu coloquei minha mão sobre sobr e minha boca enquanto lutava

 

  para não vomitar minha última refeição. Quatro mãos pousaram em meus ombros e ergui os olhos para o rosto de Carew.  —  Você  Você está bem?

Não, não, eu não estava bem. E eu não sabia o que fazer sobre nada. Não fui corajoso o suficiente para salvá-la. Eu mal tive coragem de salvar a mim e ao meu bebê. Eu não conseguia me lembrar da Rain que lutou muito para salvar a vida de Kazel. Talvez fosse melhor que estivéssemos separados antes que ele descobrisse que eu não era a mesmo Rain. Esta era uma covarde. Senti as lágrimas picarem no fundo dos meus olhos no momento em que Carew ergueu os olhos para os guardas.  —  Acho  Acho que ela precisa ir para a enfermaria.

O chefe da guarda grunhiu.  —  Não,  Não, ela não precisa. Carew cerrou os dentes.  —  Você  Você conhece anatomia humana?  —   Não fique esperta, híbrida.  —   o outro disse enquanto a

algemava na cabeça. Ela recebeu o golpe sem hesitar e, apesar de sua situação, apesar de saber que eu era apenas um rato na hierarquia deste lugar, olhou-me com preocupação.  —   Eu não sei muito sobre doenças humanas, mas eu já vi

você antes, e você nunca esteve tão pálida.  —   Ela apelou para os

 

  guardas novamente.  —  Eu   Eu realmente acho que ela está doente. Você quer ser responsável pela morte da humana de Drukil quando ela poderia ser ajudada? Os guardas se entreolharam, mudando seu peso para frente e para trás. Finalmente, o Rogastix latiu algumas palavras em seu dispositivo de comunicação antes de girar.  —  Vamos  Vamos lá.

Carew ajudou-me a levantar-me e até me ofereceu um pequeno sorriso. Ela não me deixou ir, suportando a maior parte do meu peso enquanto caminhávamos lentamente para a enfermaria. Eu a observei o tempo todo, e quando ela percebeu meus olhos sobre ela, ela deu um tapinha no meu ombro para se consolar. Essa alienígena, que foi criada em um buraco do inferno e tratada horrivelmente durante a maior parte de sua vida, que sabia tão bem quanto eu que suas horas estavam contadas, estava me confortando, uma espécie que ela aprendera que mal podia ser vista como sujeira sob seus pés. A culpa quase me sufocou enquanto caminhávamos para a enfermaria. Grutick, o curandeiro de Drukil, era um velho urgot de corpo atarracado, pernas finas e andar gingado. Quando Carew bateu em sua porta, nós o ouvimos resmungando do outro lado por um tempo, até que a porta finalmente se abriu.

 

  Ele me encarou e eu o encarei de volta. Eu o conheci uma vez, quando quase morri após minha punição. Lembrei-me de ficar inconsciente e enquanto ele colocava tiras de remédio contra dores nas minhas costas enquanto uma infecção se alastrava na minha pele. Agora, eu suspeitava que tinha algum tipo de infecção no sangue e ainda não tinha certeza de como sobrevivi. Grutick salvou minha vida ou apenas prolongou meu sofrimento?  —  Acho  Acho que o humano está doente. —  disse  disse Carew.

Grutick continuou a me encarar. Seu queixo tremeu ligeiramente quando ele olhou para os guardas Rogastix atrás de mim. Finalmente, ele soltou um rosnado estrondoso e acenou para que entrássemos. Os guardas Rogastix tentaram nos seguir, mas Carew fechou a porta na cara deles. Apesar de seu futuro próximo, ela ainda era uma cria, o que significava que ela carregava certos privilégios neste lugar, que era a única razão pela qual os guardas Rogastix não derrubaram a porta... e então bateram nela. Grutick apontou para um ponto no chão e eu fiquei lá com meus braços cruzados na minha frente.  —  O  O que está errado?

Antes que eu pudesse responder, Carew falou.  —  Ela  Ela tropeçou para fora. A cor dela não é boa, e acho que ela

está tonta.

 

  Eu deixei Carew falar por mim. Grutick cambaleou com alguns de seus instrumentos nas mãos. Eu olhei para eles com cautela. Primeiro, ele olhou para o meu nariz, depois para a minha boca. Finalmente, ele olhou para mim e eu pude ver uma careta humana quase imperceptível quando ele perguntou:  —  Como  Como suas costas estão curadas?

Com meus dentes cerrados, eu balancei a cabeça.  Está bem curado.  —  Está Ele deu a volta nas minhas costas, que ficavam de frente para Carew, e quando ele puxou a parte de trás do meu vestido para verificar minhas cicatrizes, ela soltou um som estrangulado. Fechei meus olhos enquanto Grutick soltou um suspiro e deixou meu vestido cair de volta no lugar.  Drukil não deu a você o creme que eu dei a ela?  —  Drukil O creme? Absolutamente não.  —  Não.  Não.

Ele assentiu quando deu a volta e fez algumas alg umas marcas em um tablet eletrônico. De repente, atrás de nós, veio um estrondo e me virei para encontrar Carew de pé sobre uma bandeja de garrafas quebradas.

 

  Grutick soltou um gemido e arrastou os pés até o conteúdo derramado, pegando pequenas cápsulas de remédio e lamentando o líquido derramado.  —  Eu   Eu sinto muito.  —  Carew   Carew disse enquanto ajudava Grutick

a pegar os cacos de vidro. —  Perdi  Perdi o equilíbrio e meu quadril quadri l esbarrou no carrinho ... Posso descer até o almoxarifado e pegar o que você precisa. Quer fazer uma lista? Grutick tirou as mãos do caminho.   Não toque em mais nada. Fique aqui com a humana, e eu  —  Não irei buscar o que preciso.  —   Tem certeza...  Tenho certeza!  —  ele   ele retrucou para ela. Para uma criatura  — 

tão pequena e razoavelmente dócil, ele com certeza se irritou quando seu escritório foi bagunçado. Ele pegou seu tablet e saiu correndo porta afora. Depois de batê-la atrás de si, ele disse algumas palavras, provavelmente para os guardas Rogastix, Rogasti x, e então pudemos ouvir seus passos recuando pelo corredor. Houve uma batida na porta.  —  Estamos  Estamos entrando.  — Não! Não! —  Carew  Carew gritou. — A humana não está vestida.

Dê-

nos um pouco de tempo. Fiquei olhando para o meu vestido e, quando levantei a cabeça para perguntar a Carew o que estava acontecendo, a encontrei na

 

  minha frente, o rosto contraído de raiva. Com a palma da mão, ela me empurrou de volta contra a parede e produziu um caco de vidro na palma da mão que pressionou contra minha garganta. Eu a encarei, imóvel, enquanto ela engolia e mudava seu peso. peso . Seu rabo bateu no chão quando ela olhou para trás para a porta e depois para mim.  —  Sinto   Sinto muito.  —  disse   disse ela  —  Mas   Mas não tenho escolha. Se eu

sair desta sala, vou marchar para a morte. mort e. —  Ela  Ela lambeu os lábios. —   Certo? Eu respirei fundo e senti a picada da borda do vidro contra minha pele.  Sim. —  eu  eu sussurrei. — Drukil Drukil não confia em você.  —  Sim. Ela bufou antes de olhar para a porta novamente.  —  Olha,  Olha, eu só ia matar você. Sem ofensa, humana, mas ... eu

preciso sair daqui e não quero que nada me impeça. Mas então eu vi suas cicatrizes.  —  Os   Os músculos ao redor de seu nariz se contraíram. Eu me perguntei onde ela aprendeu empatia, porque certamente não era seu lado vizpek.  —  Como   Como você conseguiu essas cicatrizes?  —  ela   ela sussurrou.  — Em Em Zhronx. —  respondi.  respondi.  — Por Por quê?

Eu disse apenas cinco palavras, mas o peso por trás delas caiu entre nós como uma bomba.

 

   —  Eu  Eu tentei salvar alguém.

Sinto muito. —  ela  ela sussurrou.  — Sinto Engoli. — Eu Eu também. A mão que segurava o caco de vidro caiu ligeiramente. Você é mais inteligente do que Drukil pensa que é, não é?  —   Você  —  Sim.   Sim. Quer dizer, não cria expectativas. Ela acha que mal

consigo falar. Mas sou mais inteligente do que ela pensa.  — Então Então o que você quer? Se eu deixar você viva aqui, eles

podem torturá-la para descobrir o que qu e aconteceu. E não posso permitir que isso aconteça.  —   Ela mudou de posição quando seu tempo de escapar foi se esvaindo quanto mais conversávamos. Ela olhou ao redor e pegou algum tipo de ferramenta com cabo de cabeça redonda.  — Eu Eu posso bater em você e deixá-lo inconsciente.  —  Então,  Então, como você planeja partir?

 O quê?  —  O  —  Qual  Qual é o seu plano?  —  Eu  Eu sairei correndo daqui e dar algum tipo de desculpa para

os guardas. Eu só tenho que conseguir... Falar lá fora a fez ficar quieta, mas não ouvimos Grutick. Ela se virou para mim, o pânico em seus olhos.  —   Eu Eu não tenho um plano, ok? Mas eu tenho que sair daqui,

e não vou embora sem meu companheiro.

Um companheiro?  

 

   —  Quem  Quem é seu companheiro?

Ela sorriu com ternura.  —   O O nome dele é Racks. Ele é um ex-guarda Rogastix que foi

banido para as minas. Eu engasguei quando uma voz profunda do meu sonho ecoou na minha cabeça.

Se não fosse por você, eu ainda estaria fora da minha mente, brandindo aquela marreta na escuridão. Sem dúvida, agora eu sabia onde Kazel estava escondido. Eu não merecia perguntar isso a ela, não depois de não ter feito absolutamente nada para salvá-la, e ela não foi nada além de gentil comigo.  —  Me  Me leve com você.

Ambos os braços ficaram moles e pendurados ao lado do corpo enquanto ela dava um passo para trás e me encarava.  —  O  O quê?  —  Eu  Eu preciso ir para as minas também.

Agora ela me olhava como se eu fosse louca.  —  O  O quê? Por quê?  — O Kaluma que esteve aqui há um tempo. Você ouviu falar

dele? Ela assentiu.

 

   —  Ele  Ele está nas minas. Eu sei isso. E não sairei daqui sem ele

também. Ela cruzou os braços sobre o peito e me observou com atenção.  —   Você está tentando me enganar para me dedurar para

Drukil para que possa ganhar algum favor dela? Eu bufei.  —   Você está de brincadeira? Drukil não sabe o que são

favores. Não tenho lealdade para com ela. Você viu minhas costas. Isso foi por ordem dela, e desde que ela assumiu a ssumiu que eu sou um animal d dee estimação obediente. Posso ter agido assim, mas nunca senti lealdade a ela. E eu nunca vou. De repente, Carew correu para mim e me agarrou com tanta força que soltei um grito de alarme.  —   Você está falando sério sobre isso? Você tem um plano

melhor? Eu me desviei do toque de Carew e comecei a andar ao redor da sala em pequenos passos arrastados, Carew me observando com o rabo batendo no chão. Ela girou para me manter em sua linha de visão.  —  O  O que você está fazendo?  —   Estou Estou procurando ... De repente, a cauda de Carew fez um

som oco no chão, onde uma grossa pele o cobria. Ela ficou quieta e

 

  lentamente levantou a ponta para olhar para o chão.  — Uh, Uh, o que foi isso? Eu sorri para ela, me sentindo melhor do d o que há muito tempo.  —  O  O que eu estava procurando.

Eu me agachei no chão e limpei a primeira camada de pó de pedra. Usando a ferramenta que Carew abandonou, quebrei uma fina camada de pedra e rocha para revelar uma placa plana. Carew se abaixou ao meu lado e colocou a palma da mão na placa antes de erguer seus olhos redondos para os meus.  —  O  O que é isso?

Puxei a placa para revelar um buraco e Carew engasgou. Corri minha mão ao longo da borda até que senti um pequeno pé e apoio para as mãos.  —   Eu Eu só soube disso recentemente, e não tinha certeza se os

guardas fofocando sobre isso estavam inventando ou se era real. Há uma série de túneis conectados, como passagens secretas, nesta montanha. A maioria está inutilizável porque desabou e não posso ter certeza, mas deve haver um que leve para o lado la do de fora. Ouvi alguém dizer que eles costumavam transportar suprimentos de volta quando os carregamentos chegavam por água antes de o rio secar. Carew olhou para a porta.  —  Mas   Mas quando eles entrarem aqui, verão que descobrimos a

porta.

 

  Peguei as duas peças de pedra que havia quebrado.  —   Vamos substituir isso o melhor que pudermos e puxar a

pele por cima novamente. Eles vão encontrar eventualmente, tenho certeza, mas espero que até lá estaremos fora desta maldita montanha. Ela estava respirando com dificuldade, a adrenalina fazendo seus olhos brilharem.  —  Você  Você realmente não é uma humana estúpida, é?

Oh, eu tomo decisões estúpidas, tudo bem. Mas isto? —  Eu  Eu  —   Oh, dei um tapinha no meu peito.  —  Eu   Eu sinto no meu coração que está certo. Ela sorriu, e fiquei impressionado com quão bonita ela era agora que não tinha uma nuvem de morte iminente sobre ela.  —  Vamos  Vamos buscar nossos companheiros.

 

 

CAPÍTULO 5  Kazel

O calor do fogo chamuscou minhas escamas quando bati minha marreta em uma pilha de rocha negra e dura que mais tarde seria usada como combustível. Passei a mão na testa e encarei minhas mãos nodosas e manchadas de preto. Queimaduras haviam deformado muitas das escamas em minhas palmas e dedos. Tive ferimentos em outros lugares, mas estava tão escuro aqui que raramente percebia, a menos que a dor se tornasse insuportável.  Trabalhei, comi e dormi. Cada rotação. A mesma rotina. A única maneira que consegui passar foi porque toda vez que fechei os olhos, tive visões dela. Quando eu estava dormindo, éramos felizes. Seguros. Cercados por familiares e amigos. Sua barriga estava redonda com meu filho e ela sorria o tempo todo. Agarrei-me a essas visões como prova de que ela estava viva em algum lugar nesta montanha maldita, e que eu tinha que permanecer alerta para uma oportunidade de voltar para ela. Isso era uma coisa que Drukil não sabia - pelo menos eu tinha certeza. A Rain não era apenas uma companheira. Ela era minha linyx. Assim que eu liberei minha semente dentro dela, o vínculo foi final. E esse vínculo era o motivo

 

  pelo qual ela falava comigo em meus sonhos e por que eu sabia que ela estava viva. E, acima de tudo, eu tinha todas as esperanças de aparecer em seus sonhos também, deixando-a saber que não estava sozinha. Depois que nos separamos, eu perdi a cabeça um pouco. Eu tinha me enfurecido sozinho em uma cela sem comida ou água até que eu estive quase morto. Eles me deram uma opção - trabalhar nas minas e permanecer vivo ou morrer de fome. Eu escolhi o primeiro, porque naquele momento Rain estava aparecendo para mim mesmo quando eu estava acordado, implorando para eu aguentar. Peguei um pedaço de rocha e joguei no carrinho com o resto da pedras que havia extraído naquele turno. Quando estava cheio, puxei a alavanca do freio. Com um empurrão, enviei o carrinho com rodas pelos trilhos até desaparecer em um pequeno túnel. Lá, alguém iria descarregá-lo e enviá-lo para o queimador em um sistema de roldanas. Quando fui enviado para as minas pela primeira vez, permaneci acorrentado em um quarto. Sacos de comida eram jogados jo gados e eu era forçado a mijar onde podia. Os guardas pareciam pensar que eu estava suficientemente intimidado agora. Eles me deixaram juntar-me ao resto dos mineiros, embora eu me mantivesse sozinho. Eu escutei suas conversas para ver se eles tinham alguma informação que pudesse me ajudar a

 

  escapar, mas na maioria das vezes eles discutiam sobre comida e coisas sem sentido. O único outro mineiro que qu e parecia ter meio cérebro era um ex-guarda Rogastix chamado Racks, que havia sido enviado aqui apenas algumas rotações atrás. Ele foi tratado pior pelos guardas, pois era considerado um traidor. Eu ainda não tinha certeza do que ele tinha feito, e o fato de que ele traiu sua própria espécie me deixou cauteloso. Mas ele também era um ex-guarda, então ele sabia como esse lugar funcionava. Um alarme soou, sinalizando que era hora da refeição noturna. Só mais um pouco e então eu poderia fechar meus olhos e ficar com Rain. Desci os trilhos que o carrinho com rodas rod as havia tomado e pulei do caminho para o andar inferior das minas. Alguns mineiros já carregavam suas bandejas de mingau. Peguei minha própria bandeja de comida e vi Racks sentado no chão colocando o mingau em sua boca. Um guarda passou e chutou o pé, jogando a tigela de Racks no chão. O mingau espirrou e Racks olhou para ele com a mandíbula cerrada e os olhos baixos enquanto o guarda se afastava com um sorriso. Racks deu um suspiro e encostou a cabeça na parede, fechando os olhos. Quando me agachei ao lado dele, suas pálpebras racharam e ele me observou com cautela enquanto eu endireitava sua tigela e despejava metade do meu mingau nela. Então me sentei ao

 

  lado dele e comi minha parte. Ele não disse nada por um tempo, então lentamente pegou a tigela e colocou o resto na boca apressadamente. Quando terminou, ele limpou a boca e deixou cair a tigela no chão com estrépito.  O que você quer?  —  O Ele não era estúpido e sabia que eu gostaria de trocar algo por comida. Esse algo era informação. Não olhei para ele enquanto continuava comendo.  O que você fez para ser jogado aqui?  —  O Ele me estudou por um longo tempo antes de responder, r esponder, seus olhos amarelos astutos e avaliadores. Rogastix não era uma espécie atraente, embora Racks fosse o menos feio que eu já tinha visto.  — Eu Eu protegi alguém. —  respondeu  respondeu ele.

Minha cabeça subiu com isso.  Quem?  —  Quem? Ele inclinou a cabeça, interessado em mim agora.  —  Há  Há alguém que você gostaria de ver protegido?

Quando fiquei em silêncio, ele deu de ombros e disse:  — Não Não é ninguém de quem você gosta, tenho certeza. —   —  Ele  Ele fez

uma pausa e me lançou um olhar compreensivo. —  Não  Não é humana. Como guarda, ele teria sido notificado do meu destino. Eu cerrei meus dentes antes de responder a próxima pergunta.  —  Ela  Ela ainda está viva?

 

   —  A  A humana?

 Sim.  —  Sim.  —  Da  Da última vez que soube, sim.

Eu cocei a coleira do meu pescoço, fazendo o meu melhor para não mostrar meu alívio. Eu não queria revelar nada. Para ninguém. Ele dobrou as pernas e apoiou os pulsos nos joelhos.  —  Eu   Eu acho que você tem observado a rotina por aqui, certo?  —   Eu não respondi, apenas escutei atentamente enquanto sua voz

abaixava para o caso de alguém ao nosso redor estar ouvindo.  —  Drukil  Drukil trará alguns suprimentos extras de armamento esta

noite. Ela está se preparando para algo. Os guardas terão poucos funcionários.  —   Ele gesticulou em direção às grandes portas do elevador que os guardas usavam. Eles eram fortemente monitorados e exigiam um código especial para acessar.  —   Pode querer vigiar aquele espaço. Esta noite não será uma em que você queira descansar. Meu coração deu um pulo e começou a bater forte na minha cabeça. Compartilhar metade do meu mingau foi uma boa escolha. Eu não fiz isso por gentileza. Isso era o que eu queria. Informação. Eu balancei a cabeça, e ele acenou de volta antes de fechar os olhos. Claro, eu não tinha nenhum motivo para confiar nele, mas seria uma idiota se não prestasse atenção. Eu prometi a Rain que iria ir ia resgatá-la. E eu não desistiria dessa promessa.

 

 

Eu estava trabalhando para afrouxar as dobradiças da porta da minha cela desde que saí do meu estupor deprimido e decidi lutar pela minha sobrevivência. E liberdade. Quanto à minha coleira estava sem esperança. A menos que eu tivesse uma chave de guarda, não poderia removê-la sem cortar minha cabeça no processo, então apagar ainda ai nda estava fora de questão. Mas se eu pudesse sair da minha cela à noite, eu estaria no meio do caminho para tirar o yerk daqui. E assim que conseguisse acesso ao elevador, encontraria Rain. Eu já estava planejando como tirar um guarda Rogastix para que pudesse escapar desta coleira. Ansiava por sentir o clique de minhas escamas e me deliciar com a proteção de minha camuflagem. Raramente havia muita luz aqui. Uma tocha bruxuleante do lado de fora da minha cela deu um raio r aio de luz pela janela gradeada da minha cela. Os guardas que normalmente patrulhavam não estavam nos corredores fora das paredes, pelo que pude ver. Trabalhei na dobradiça, puxando-a para frente e para trás para enfraquecer o metal. Foi um processo lento, e a dor familiar de uma bolha estourando na palma da minha mão me fez estremecer. O pus escorreu pelo meu pulso, mas continuei.

 

  De repente, uma sombra passou pela minha janela e eu fiquei imóvel. Na luz quase imperceptível, eu poderia jurar que esse era o perfil de Racks. Eu me arrisquei e sussurrei em voz baixa:  Racks?  —  Racks? Não houve resposta e prendi a respiração. respira ção. Houve um farfalhar em algum lugar no corredor e um tapa seguido por um grunhido. Então silêncio. Pressionando meu ouvido na porta, eu esperei. Passos arranharam o chão de pedra se aproximando. Do lado de fora, houve um clique seguido pela batida do parafuso da minha cela. Eu imediatamente recuei para as sombras da minha alcova e estreitei os olhos para que o azul fluorescente não fosse visto. Não tinha certeza de quem estava lá fora. A porta se abriu e eu esperava ver um Rogastix - um guarda ou Racks. E em vez disso, vi uma juba de cabelo encaracolado e uma pequena figura.  Kaz? —  a  a voz feminina sussurrou.  —  Kaz? Meus joelhos quase dobraram quando assumi que era a forma de minha companheira. O alívio durou pouco, porque eu não conseguia entender por que ela estava aqui. Corri para a pequena mancha de luz para olhar para ela. Eu não tinha certeza de quanto tempo fazia desde que nos separamos. Não havia noite ou dia aqui.

 

   —  O  O que você está fazendo aqui?

Assim que ela me viu, seus ombros se arquearam e seu rosto se contraiu.  —   Oh Deus, você está vivo!  —   Ela se jogou em mim,

envolvendo os braços em volta de mim e enterrando o rosto no meu estômago. Eu não queria que ela me tocasse. Eu estava sujo e coberto cober to de feridas, mas quando tentei colocar distância entre nós, ela apenas me agarrou com mais força.  Só me dê um minuto... —  ela  ela fungou. — Estou Estou morrendo de  —  Só vontade de receber um abraço. Eu segurei sua nuca e dei um beijo em seu cabelo.  Não sei por que você está aqui, ou como, mas estou muito  —  Não feliz em vê-la. Ela se afastou e limpou o rosto. Foi então que percebi que Racks estava parado no corredor do lado de fora da porta da minha cela e ao lado dele estava uma mulher que parecia um Vizpek filhote cruzado com ... um Uldani? A visão dela me fez resistir. Isso era algum tipo de armadilha? armad ilha? Mas então Rain se virou e brandiu a mão para o par.  —  Esta  Esta é Carew. Ela e eu escapamos porque Drukil iria matá-

la. Quando ela me disse que seu companheiro estava nas minas, eu sabia que você estaria aqui também. —  Ela  Ela olhou para mim com olhos redondos. —  Você  Você me disse em um sonho.

 

   —  Matar  Matar você? —  Racks  Racks quase gritou, agarrando-se a Carew.  —   Por quê? Eu não disse uma palavra sobre você. Como eles

descobriram? Carew assentiu.  —   Eu não acho que eles descobriram sobre nós. Eu sou

considerada fraca demais para eles. Ele a puxou para seus braços e ela o agarrou com as quatro mãos.  —   Eu sinto muito...  —   ele disse suavemente, beijando seu

rosto.  —   Você não é fraca. Você é melhor do que eles e eles sabem disso. Eu puxei meu colarinho. —  Bem,  Bem, que tal nos movermos então. Estou pronto para deixar esta montanha maldita. Quando olhei para fora da minha porta, vi o corpo caído de um guarda no final do corredor. Racks segurou uma chave do meu colar, e ouvi um bipe seguido pela súbita perda de peso. A coleira descartada caiu no chão com estrépito e eu a pisei. Eu olhei para Racks.  —  Você  Você sabia que as fêmeas estavam vindo?

Ele balançou sua cabeça.  —   Não. Portanto, mudança de planos. Elas conhecem uma

saída daqui que não envolve o elevador. Podemos ter que lutar para sair, mas ...

 

  Eu rolei meus ombros e senti o formigamento das minhas pontas do lado do meu pescoço.  —  Há  Há muito tempo que estou pronto para lutar. —  Eu  Eu agarrei

a mão de Rain. — Você Você fica atrás de mim, certo? Depois que Carew e Rain explicaram brevemente breveme nte o sistema de túneis, fizemos um plano rápido. Eu apaguei e fui à frente com Rain atrás de mim, Carew atrás dela e Racks na retaguarda. Quando saímos das celas e chegamos ao piso principal das minas, peguei um machado e testei o peso com a mão. Não tão boa quanto minha velha arma, mas teria que servir. Ficamos nas sombras, pois havia alguns guardas patrulhando a área. Eu esperava entrar nos túneis sem ser notado, mas então Rain respirou fundo antes de fazer um barulho alto. Eu virei minha cabeça para ela enquanto ela me olhava com olhos arregalados e aterrorizados.  —  Sinto  Sinto muito... —  ela  ela sussurrou. — Eu Eu tive que espirrar.

Um guarda Rogastix próximo soltou um grito de alarme, e então a meia dúzia ou mais de guardas nas minas correram em nossa direção de uma vez. Eu me coloquei na frente do trio, ainda sem expressão, e sorri para mim mesmo. Honestamente, eu ansiava por isso. Passei muito tempo acorrentado e trabalhado até a morte. Mas eu só fiquei mais bravo, mais forte, e agora com minha companheira

 

  para proteger, eles não tinham ideia id eia de que tipo de monstro eu poderia desencadear dentro de mim. Racks parecia saber o que fazer. Ele imediatamente agarrou uma marreta próxima e ficou na frente das fêmeas. Eu vi Rain pegar um pedaço de rocha e Carew brandir um martelo. Eu estava orgulhoso delas, mas se eu tivesse algo a ver com isso, tudo o que elas fariam nesta batalha seria observar. Lambi meus lábios, já sentindo o gosto do sangue dos meus inimigos no ar e comecei a trabalhar. Meus músculos lembravam da sensação de uma arma em minhas mãos enquanto eu girava o machado, cortando membros e cavidades torácicas com facilidade. Eu quebrei alguns pescoços porque estava sentindo que queria minhas mãos sujas e saboreei o som dos guardas moribundos. Eu sabia que mais pessoas estariam voando pelo elevador a qualquer minuto, então, assim que os guardas caíram mortos e morrendo aos meus pés, eu tirei a tampa e me virei para encontrar Racks, Carew e Rain olhando para mim. Limpei o sangue dos meus olhos.  Vamos antes que apareçam mais guardas.  —  Vamos Rain engoliu em seco e acenou com a cabeça antes de apontar um dedo para um dos túneis da trilha do carrinho.  —  Há  Há acesso a um túnel externo por ali.

 

  Depois de tirar uma tocha da parede, Racks entrou primeiro com Carew atrás dele e então Rain. Ao entrar no túnel, ouvi o som familiar do elevador descendo. Ao decolarmos pelo túnel estreito, Carew explicou como eles escaparam do consultório de um curandeiro vazio. Ela disse que provavelmente a rota de fuga deles já havia sido descoberta, mas o sistema de túneis era complicado e muitas passagens eram muito pequenas para um Rogastix passar facilmente. Levou a maior parte do dia para Carew e Rain viajarem para as minas, e elas só alcançaram a caverna da mina um pouco antes de sermos trancados em nossas celas durante a noite. Eu tive uma preocupação.  —  Se  Se os túneis forem muito estreitos para Racks e eu ...  —  Os   Os túneis aqui são maiores.  —  explicou   explicou Racks.  — Os Os que

levam à caverna principal são mais estreitos, usados por pequenas espécies de recados, enquanto os que estão aqui embaixo eram necessários para trazer suprimentos maiores para as minas.  —   Então, você sabia que isso existia o tempo todo?  —   Eu

perguntei. Ele encolheu os ombros.  —  Eu  Eu não iria embora sem Carew.

Eu concordei.

 

   —   Eu entendo. Eles poderiam ter me jogado para fora e eu

teria voltado várias vezes para Rain. Sua mão escorregou na minha assim que viramos à direita do túnel maior para um mais estreito. As paredes de pedra estavam úmidas e em ruínas. Minha cabeça raspou no topo, mesmo quando eu andava agachado. A respiração da Rain podia ser ouvida enquanto ela ofegava. Ela correu com a mão pressionada ao lado do corpo.  —  Você  Você está machucada? —  Eu  Eu perguntei a ela.  —   Cãibra...  —   ela engasgou.  —   Estou bem. Só tenho que

esperar. De repente, Racks soltou um pequeno grito e sumiu de vista. Carew me seguiu, e eu sabia por quê, já que o chão subitamente desceu. Consegui puxar Rain em meus braços enquanto ambos caíamos, deslizando no chão rochoso e escorregadio. Meu estômago afundou e o ar passou por mim, roubando meu fôlego. Minha companheira agarrou-se a mim, com a respiração difícil contra o meu pescoço, enquanto dizia com voz rouca: Isso é muito mais divertido no Six Flags1.  — Isso Eu podia ver o balançar da tocha de Racks à frente, até que ele soltou outro grito e de repente o fogo foi apagado com um assobio. Carew gritou quando fomos mergulhados na escuridão. O túnel mudou de direção e minha cabeça bateu na lateral com um baque.  Tonta, sacudi e vi uma luz fraca à frente. 1 Six

Flags Magic Mountain é um parque temático de 262 acres localizado em Valencia, norte de Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos.

 

 

Deslizamos para uma grande caverna cheia de água. Não era profundo para mim, mas a Rain espirrou ao redor apenas com a cabeça acima da superfície. Eu a agarrei e puxei-a ainda mais. Ela gaguejou e tirou o cabelo do rosto enquanto olhava ao redor. Um buraco no teto da caverna deixava entrar um pouco de luz, e eu estava grato por já ter alguma luz. Talvez fosse de manhã cedo. Racks estava próximos com uma tocha molhada e apagada segurando uma Carew trêmula. Seus olhos ocuparam quase todo o rosto enquanto ela olhava ao redor com admiração.  —  Onde  Onde estamos agora?

 

 

CAPÍTULO 6 R AIN  AIN  

Eu estive apavorada por... mais tempo do que eu queria pensar. Por mais que eu odiasse minha vida com Drukil, era um tanto previsível, mas agora, eu estava me debatendo na escuridão. Literalmente. O frio da água desceu até meus ossos e eu passei meus braços em volta de mim enquanto meus dentes começaram a bater. Paramos com água na altura do pescoço em torno da borda da grande caverna. Eu estava apoiada em uma pequena saliência, então não estava completamente submersa, mas a água ainda batia abaixo dos meus seios. Apenas um único buraco no teto da caverna fornecia luz natural. Eu podia ouvir vagamente o vento lá fora e jurei que podia ouvir o farfalhar das folhas, como se as árvores estivessem por perto, mas minha mente poderia estar pregando peças em mim. Kazel ficou com a mão nas minhas pernas, me segurando no lugar para que eu não escorregasse de volta para a água. Sua palma estava quente e eu encarei seu perfil enquanto ele estudava a caverna com seu olho astuto. O espaço tinha cerca da metade do tamanho de

 

  um campo de futebol e, quando toquei as paredes rochosas, minha mão saiu úmida e coberta por uma espécie de musgo escorregadio. Racks andou mais para o centro da caverna, olhando para o buraco quando de repente ele caiu abaixo da água. Racks! —  Carew  Carew gritou e disparou para a frente. Antes que  — Racks! ela pudesse ir longe, Kazel agarrou sua mão e a puxou de volta para ficar ao meu lado. Ela deu um tapa nele. —  Estou  Estou tentando chegar ao Racks. Eu vou pegá-lo. —  ele  ele rosnou para ela e começou a avançar  — Eu assim que a cabeça de Racks rompeu a superfície da água. Ele se atrapalhou um pouco antes de espirrar para a frente. Ele se levantou da água até a cintura, jogando sua longa trança para trás enquanto gotejava e ofegava. —  O,  O, uh, chão cai lá. Não posso p osso ter certeza de quão profundo é, mas isso não é promissor. Me faz pensar que isso não é apenas uma coleção de água da Rain, mas algum reservatório subterrâneo. —  Ele  Ele acenou para o centro da água.  — Pode Pode haver algum tipo de passagem por baixo aqui e se for

esse o caso ...  —   ele exalou asperamente.  —   É possível que não estejamos sozinhos. Agora que ele mencionou, a água não estava estagnada. Ela ondulou, como se estivesse sendo preenchido de algum lugar abaixo. Não consegui conter o gemido, e as quatro mãos de Carew agarraram a saliência enquanto suas pernas pareciam vacilar.

 

  Racks correu para o lado dela enquanto Kazel continuava examinando a caverna. Ele não deu sinais de pânico. Até Racks parecia inquieto ao falar com Carew em voz baixa.  —   Estamos presos aqui!  —   dizia Carew. As fendas de seu pescoço vibraram rapidamente.  —  Eles   Eles não vão deixar uma polegada

desta montanha sem revirar, e eles vão nos encontrar aqui para nos matar onde estamos. Seu pânico não era irracional, e tentei não me permitir entrar na histeria. Meu estômago revirou e eu pressionei minha mão na minha barriga enquanto imaginava o meu pequeno lá dentro. Eu queria sair dessa água. O frio não pode fazer bem para o bebê, certo? Um arrepio destruiu meus ossos enquanto soprava hálito quente em minhas mãos frias. De repente, grandes palmas de bronze seguraram minhas mãos e eu olhei para o olho azul de Kaz. Ele esfregou minhas mãos e braços antes de dar um beijo na minha testa. Suas mãos subiram sub iram sob minhas axilas e ele me levantou para ficar na borda. Dessa forma, apenas meus tornozelos ficaram submersos. Ele olhou para Racks.  —  A  A pele dela não é tão grossa quanto a nossa, e ela não pode

ficar debaixo desta água por muito tempo. Cuidado para se certificar de que ela não caia. Racks acenou com a cabeça, mas depois franziu a testa.  — Claro, Claro, mas onde você estará?

 

  Kazel apontou para cima.  Escalando.  —  Escalando. Não tive a chance de dizer uma palavra antes que ele fosse embora, escalando as paredes lisas da caverna com movimentos fortes e fluidos. Havia muitos apoios para as mãos e os pés projetando-se das paredes, mas ele escorregou várias vezes, fazendo todos nós ofegarmos. Eu perdi o equilíbrio só de ficar parado, porque a rocha era tão escorregadia, então eu não conseguia entender como ele era capaz de escalar nem mesmo alguns metros. Eventualmente, Racks e Carew ficaram na minha frente para que eu pudesse me apoiar em seus ombros. Enquanto ele se aproximava do buraco no teto, a luz do sol pousou em seus ombros largos. Pela primeira vez desde que nos separamos há meses, pude dar uma boa olhada nele. As minas não foram gentis. Seu cabelo branco estava desgrenhado e com nós, enquanto seu corpo estava coberto de vários cortes e queimaduras. Suas mãos eram as piores, nodosas com queimaduras e bolhas com pus escorrendo. Cobri minha boca com a mão enquanto a raiva frustrada brotou dentro de mim. Por que não tentei mais ainda encontrá-lo? Ele alcançou a borda do buraco e à agarrou. Seus pés escorregaram e eu engasguei quando suas pernas balançaram para

 

  baixo e para fora. Ele se pendurou na borda por três dedos, até que grunhiu alto e se ergueu na borda, com seus músculos salientes. Ele desapareceu de vista e então reapareceu na borda do buraco com uma videira tão grossa quanto minha panturrilha. Ele o abaixou e balançou para frente e para trás até que Racks pudesse alcançá-lo e agarrá-lo. Carew subiu primeiro. Racks tentou me fazer ir em seguida, mas pude ver Carew lutando um pouco.  Vá e ajude-a. Eu seguirei.  —  Vá Ele olhou para Kazel e disse:  —  Sua  Sua companheira não quer que eu espere.

Kazel, que deve ter amarrado a outra ponta de um cipó a uma árvore, porque estava agachado na borda da borda, assentiu.  —   Vá Vá em frente e siga sua companheira. Vou puxar Rain.

Racks acenou com a cabeça e subiu atrás de Carew. Quando ele a alcançou, ele a agarrou e juntos subiram e saíram da caverna. Assisti com uma sensação de vertigem porque mal podia esperar para p ara ver um pouco do céu. Árvores. Respirar ar fresco. Do fundo da caverna, senti um leve cheiro de sujeira e suor da Rain, e quis engarrafá-lo e carregálo comigo para sempre. Nunca mais eu queria o ar empoeirado e mofado da caverna.  —   Enrole Enrole a parte inferior do cipó em volta do seu pé, envolva

seus braços ao redor dela e eu puxarei você para cima. —  Kaz  Kaz instruiu.

 

  Eu balancei a cabeça e fiz o que me foi dito.  Pronto. —  chamei.  chamei.  —  Pronto. Apoiando os pés na borda, Kazel apertou a mandíbula, agarrou a videira espessa com as duas mãos e puxou. Eu segurei, observando enquanto meus pés saíam da água e pingavam na superfície ondulada abaixo. Eu olhei para cima para ver os olhos de Kazel em mim, brilhando ferozmente, e acima dele um lindo céu listrado com nuvens brancas.  Impressionante! —  sussurrei  sussurrei para mim mesma.  —  Impressionante! Olhei para baixo a tempo de ver uma sombra escura se mover sob a superfície da água.  —   Kaz!  —   Gritei no momento em que uma enorme criatura cinza apareceu na superfície, com olhos olho s negros e dentes longos, como uma espécie de víbora das profundezas do mar. Eu gritei enquanto a boca se fechava ao meu redor. Com uma torção violenta, violenta , soltei a corda e arqueei para trás. As mandíbulas da criatura se fecharam em torno da parte inferior da corda onde eu estava enquanto navegava para baixo. Minhas costas bateram na superfície com um tapa e gritei de dor enquanto mergulhava na água escura. Água fluiu em minha boca e meu nariz enquanto eu batia e chutava. Eu não tinha ideia de qual direção era para cima, mas eu sabia que a criatura estava na água comigo. Eu borbulhei um soluço,

 

  socando a água na minha frente, enquanto me preparava para o corte de suas presas em minha pele. Eu vagamente ouvi outro splash, e logo havia sons estranhos de percussão sob a água junto com gritos e rugidos. Estendi a mão às cegas, mas não consegui sentir nada ... até que a água ao meu redor começou a ficar quente. O ferro picante do sangue vazou em minha boca e eu engasguei. Algo me agarrou e eu lutei até sentir a familiaridade das escamas de Kazel. Chegamos à superfície e eu tossi água enquanto olhava nos olhos de Kazel. Ele ofegou, seu corpo quente envolvendo o meu, enquanto navegávamos na água. Sua palma empurrou meu cabelo do meu rosto.  —  Você  Você está machucada?

Eu assenti, mal conseguindo acreditar que estava viva.  O que foi aquilo?  —  O Ele balançou sua cabeça.  —  Não  Não sei, mas não está mais vivo.

Uma videira bateu na superfície perto de nós, e olhamos para cima para ver Racks e Carew parados na borda do buraco da caverna, olhando para nós.  —  

Saia daí antes que apareça outro! —   —  gritou  gritou Racks. Kazel envolveu meus braços em volta de sua cintura antes de

agarrar o cipó com as duas mãos.

 

   —  Aguente  Aguente firme.

Não vou desistir desta vez. —  disse  disse eu. — Não Não importa o que  — Não aconteça. Seus lábios se curvaram no mais breve b reve dos sorrisos antes que ele nos puxasse para cima e para fora da água. Quando chegamos à abertura do buraco, Carew estendeu a mão para mim e me ajudou a levantar. Eu vacilei um pouco antes de recuperar o equilíbrio e tirar meu cabelo molhado do rosto. Uma brisa soprou sobre minha pele úmida e estremeci ao observar o ambiente. Ficamos em uma grande rocha em forma de cúpula, e ao redor da base da rocha havia árvores, até onde eu podia ver. Quando olhei para trás, pude ver a grande montanha erguendo-se à distância com o leito do rio seco serpenteando abaixo dela. Uma grande saliência se projetava, e eu sabia que era a entrada principal para o covil de Drukil. Estremeci ao vê-lo.  —  Precisamos   Precisamos nos mover.  —  disse   disse Racks enquanto Kazel se

levantava.  —   Somos muito visíveis aqui. Quanto mais distância colocarmos entre nós e a montanha, melhor. O ar estava quente e, embora eu não gostasse de caminhar na floresta com os pés descalços, sabia que estaríamos melhor agora do que à noite. Eu não tinha certeza de como ficava gelado quando o sol entrase, mas eu usava apenas um vestido fino que oferecia pouca ou nenhuma proteção.

 

  Kazel acenou com a cabeça e então se ajoelhou na minha frente. Eu encarei suas costas, marcada por cortes e queimaduras.  —  O  O que você está fazendo?  — Suba. Suba. Eu carrego você. Eu posso andar.  — Eu  — Descalça? Descalça?  —   Carew apontou para meus dedos do pé que

balançavam. Eu tinha botas resistentes, assim como Racks e Kazel. Por mais duros que meus pés fossem, eu não estava acostumada a andar lá fora. Por mais que eu quisesse sentir a sujeira e a grama nas minhas solas, isso teria que esperar. Não havia sentido em insistir que eu poderia andar. Se eu fosse teimosa e me machucasse, isso colocaria todos em risco. Eu subi nas costas de Kazel. As pontas de seus ombros tornavam difícil me segurar, mas consegui colocar meus braços entre eles e seu pescoço para que pudesse pud esse colocar minhas mãos em volta de sua garganta. Ele desceu pela rocha, com Racks e Carew na liderança. Ela era ágil com suas pernas moles e usava sua cauda grossa e atarracada um pouco como um canguru. Racks era mais um touro, batendo no mato com um grande galho que pegara. Não comemos desde que chegamos às minas. Roubamos água e alguns lanches do quarto do curandeiro e comemos antes de correr para as celas. E isso tinha t inha sido ... horas atrás. Meu tempo estava todo

 

  confuso. Provavelmente era meio-dia, pois o sol estava alto no céu. Eu não queria dizer nada sobre comida e água, embora minha garganta estivesse tão seca que doía até mesmo respirar. Minha cabeça bateu em uma grande folha roxa e azul enquanto caminhávamos, e estendi a mão algumas vezes para tocar os troncos retorcidos e nodosos das árvores. Eu poderia jurar que alguns galhos pareciam balançar em nossa direção enquanto caminhávamos. À distância, balançando com a brisa, viam-se enormes armadilhas-de-vênus como plantas que provavelmente poderiam me engolir inteira. Felizmente, mantivemos distância delas. De vez em quando, ouvia o uivo de algum animal e o farfalhar de roedores. Eu golpeei alguns insetos, mas nada nos incomodavam enquanto caminhávamos. Paramos uma vez para terminar o resto da água que Carew e eu tínhamos tirado do escritório de Grutick. Kazel passou seus goles para me deixar terminar a garrafa. Quando voltamos a caminhar, percebi que ele colocava as folhas em direção à boca enquanto caminhávamos para pegar o orvalho ou a chuva. Eventualmente, o sol começou a descer, e eu esperava que isso significasse que pararíamos em breve. Meus braços doíam, minhas costas gritavam e me senti tonta por falta de comida. Mesmo assim, recusei-me a reclamar. Mesmo sabendo que era o elo mais fraco, me recusei a retardar nosso progresso.

 

  O terreno começou a se inclinar novamente e ouvi o som distinto de água escorrendo. Carew também ouviu, quando ela levantou a cabeça e começou a falar com Racks com entusiasmo. Ele acenou com a cabeça e viramos à direita em uma área ainda mais densa de mato. Espinhos se prenderam em minhas roupas e cabelos, e deixei escapar um pequeno grito quando algo alado desceu sobre nossas cabeças. Kazel deu um tapinha na minha perna.  —  Apenas  Apenas um grill curioso. Eles não vão te machucar.

Ele circulou sobre nossas cabeças, batendo loucamente.  —  Isso  Isso me lembra um morcego.  —  O  O que é um morcego? —  ele  ele perguntou.  —   Como ratinhos minúsculos com asas de couro e presas.

Eles dormem de cabeça para baixo e chupam sangue como vampiros.  —  Eu   Eu estava meio que delirando por falta de comida e sono, então ri

sozinha. —  Eu  Eu quero chupar seu sangue. Kazel esticou o pescoço para me olhar com preocupação.  —  Você  Você está bem?

Suspirei e coloquei minha cabeça entre suas omoplatas, onde murmurei:  —  Na  Na verdade não.

O mato denso deu lugar a uma pequena clareira perto de um riacho. Racks sentou sobre um tronco no caído e Carew desabou ao

 

  lado dele, com a cabeça em seu colo. Ele passou a mão pelo cabelo escuro dela, enquanto ela o olhava com um sorriso cansado. Kazel se ajoelhou para que eu pudesse escorregar de suas costas. Ele gentilmente me empurrou para baixo na tora antes de se levantar, ainda brandindo o machado que havia tirado das minas.  — Vou Vou buscar comida para nós.

Eu bufei, tonta e fora de mim.  —   Há um

2Wal-Mart

por perto? Eu mataria por algumas

mordidas de bagel. Ele me olhou alarmado.  —  Eu  Eu não entendo suas palavras.

Carew estendeu a mão para mim e seu rosto ficou turvo. Pisquei, mas ela ainda estava fora de foco.  —  Rain,  Rain, você está bem?

 Tentei rir, mas tinha certeza de que saiu um soluço.  —  Eu  Eu não...  —  eu  eu acho que não. —  Eu  Eu lancei para frente, e a

última coisa que vi foi o chão correndo ao meu encontro.

2 Rede

de supermercados nos EUA

 

 

CAPÍTULO 7 Kazel

Eu não queria sair do lado de Rain, então Racks saiu para caçar nossa refeição. Ele voltou rapidamente com alguns corpos peludos e ensanguentados de gorpz pendurados em um pedaço de pau em seu ombro. Enquanto Carew cozinhava a carne em uma pequena fogueira, segurei Rain em meus braços. Sua respiração era superficial, mas seu pulso estava estável. Eu pinguei um pouco de água em sua boca, e ela se encolheu e engoliu em seco, mas não acordou. A culpa me destruiu. Eu deveria ter prestado mais atenção à condição dela. Eu não tinha certeza de por que ela desmaiou, mas podia imaginar que era por falta de comida. Eu sabia que uma humana como ela tinha que comer mais frequentemente do que o resto de nós. Por que eu não a verifiquei? Assim que o cheiro de carne defumada encheu o ar, o nariz de Rain começou a se contorcer. Ela soltou um gemido e então suas pálpebras tremeram. Por um momento, tudo que pude ver foi o branco dos olhos dela, mas então ela piscou e focou no meu rosto. Sua testa se enrugou e ela levou a mão trêmula ao rosto.  —  O  O quê?

 

  Carew me entregou um pedaço de carne. Eu o rasguei em pedaços menores antes de levá-la aos lábios de Rain.  —  Coma.  Coma. —  eu  eu a instruí.

Ela abriu a boca e pegou a carne com a língua, mal mastigando antes de engolir. Gemendo, ela pressionou a mão contra o estômago.  —  Morrendo  Morrendo de fome.  —   Eu Eu sei, mas mastigue bem ou você vai se sentir mal. —   —  Fiz   Fiz

uma pausa com o próximo pedaço de carne.  —  Quer  Quer que eu mastigue primeiro? Ela arregalou os olhos de horror.  Agradeço a oferta, mas não. Eu não preciso ser alimentada  —  Agradeço como um passarinho.  — Pássarinho? Pássarinho?

Ela batia as mãos enquanto mastigava. — Coisas Coisas que voam da  Terra. As mães às vezes digerem a comida de vermes e depois a jogam na boca. Eu engasguei.  —   Eu Eu não estava sugerindo isso. Eu só queria emprestar meus

dentes. —  Eu  Eu estalei meu queixo para ela. Depois de tomar um gole de água, ela deu um tapinha no meu queixo.

 

   —   Você Você tem dentes melhores do que eu. Você tem que fazer

com que sejam verificados ou limpos regularmente?  —  Não.  Não.  —  E  E se você tiver uma cárie ou algo assim?  O que é uma cárie?  —  O  —  Como  Como ... uma infecção em seus dentes. Causa dor.

Encolhi os ombros e apontei para um pedaço de gengiva no lado direito da minha boca. —  Este  Este doeu, então eu o arranquei. Ela parou no meio da mastigação e olhou para mim.  —  O  O quê? —  Eu  Eu perguntei.

Ela assentiu. Nada. Essa é ... essa é uma maneira de fazer tratamento  —   Nada. dentário. Colocando a garrafa de água de volta no chão, ela se levantou e se sentou retirando o cabelo do rosto.  —  Você   Você me preocupou .  —  Envolvi  Envolvi meu braço em volta da cintura

dela, com medo de que ela vacilasse novamente. Ela deu um tapinha na minha perna e suas bochechas coraram.  —  Eu  Eu sinto muito.  —  Você   Você está se sentindo melhor agora?  —  Perguntou   Perguntou Carew.

Ela me entregou uma perna cozida e eu mordi o osso.

 

   —  Sim,  Sim, sinto muito por isso. —  As  As bochechas da Rain ficaram

rosadas.  —   Não acredito que desmaiei assim. Acho que isso nunca aconteceu comigo antes.  —  Eu  Eu me senti perto de desmaiar.  —  Carew  Carew jogou um pedaço de carne na boca. —  Não  Não se desculpe.  — V Você ocê acha que podemos descansar aqui durante a noite?  —  

Racks me perguntou. Peguei um pedaço de carne e mastiguei por um tempo antes de responder.  —   Achei Achei que ouviríamos um grupo de busca atrás de nós, mas

está tudo quieto. Me deixa desconfiado. Drukil tem  —   Eu pensei a mesma coisa.  —   disse Racks.  — Drukil porcos rastreadores de cheiro. Se eles realmente quisessem, eles poderiam estar bem no nosso encalço.  —   Acho que podemos descansar. Vou ficar acordado a

primeira metade da noite e depois você pode ficar com a segunda metade. Deixe as mulheres dormirem. Posso ficar acordada e fazer o turno.  —  Carew  Carew bateu com o  — Posso rabo no chão. Racks esfregou um de seus braços.  —  Por  Por favor, descanse. Eu consigo dormir dor mir menos do que você.

Ela olhou para ele como se não acreditasse nele, mas seu cansaço venceu e ela assentiu.

 

   —  Se  Se você diz.

 Vamos deitar agora para que qu e eu possa descansar um pouco  —  Vamos antes de chegar a minha hora de vigiar. Eles se acomodaram em um tapete musgoso sob uma árvore e se cobriram com folhas grandes. Eles murmuraram baixinho por um tempo antes de ficarem em silêncio. Rain terminou sua refeição, e fiquei feliz em vê-la lambendo a gordura de seus dedos. Você precisa de mais estoques de gordura.  —   eu disse,  — Você cutucando suas costelas. Ela soltou uma pequena risada.  —   Gostaria de voltar no tempo e dizer à Terra para beber apenas a Coca normal em vez da diet, porque um dia, o homem dos meus sonhos me dirá que preciso de enchimento adequado.   É para isolamento.  —  expliquei.   expliquei.  — Você Você não sentiria tanto  —  É frio se tivesse uma camada mais espessa de gordura. gordur a. E então você não desmaiaria por falta de comida tão rapidamente. Ela suspirou e desviou o olhar.  —  Acredite   Acredite em mim, eu adoraria nada mais do que ser mais

grosso do que um Snickers3. Comi tudo o que Drukil me deu e, embora não estivesse morrendo de fome, não era como se eu pudesse comer tanto quanto gostaria. A culpa pesou nas minhas próximas palavras. 3 Marca

de chocolate

 

   —  Eu  Eu sinto muito. Isso foi uma coisa insensível de se dizer.

Ela deu um tapinha na minha mão, mas sua voz ainda estava triste.  —  Tudo  Tudo bem. Quando estivermos em casa, você terá toda a comida que  —   Quando

quiser. Ela quase sussurrou:  —  Isso  Isso parece maravilhoso. Espero que possamos chegar lá.

Nós vamos.  —  eu   eu insisti enquanto a alimentava com mais  — Nós carne. —  Nós  Nós apenas temos que chegar à toca viree para que eu possa mandar uma mensagem para casa. Eles vão enviar um cruzador de resgate. Ela ficou quieta por um longo tempo e eu fiquei inquieto.  —  Rain.  Rain.

Com a cabeça baixa, ela evitou encontrar meus olhos.  —   Eu não sou a mesma mulher que fui que ajudou você a

escapar. Não passou uma rotação que eu não me lembrava de ter deitado na minha cela enquanto esperava outra luta, uma que eu sabia que me mataria. Por muitas rotações, r otações, o Rogastix na fortaleza de Zhronx colocou diferentes espécies juntas para que Drukil decidisse com quem ela queria procriar. Eu lutei e ganhei muitas vezes e tinha as cicatrizes físicas e mentais para provar isso. Mas muitas vezes me

 

  perguntei por que me incomodava. Eu não estava lutando por um prêmio que queria. O que era sobreviver quando q uando tudo que eu faria era ajudar Drukil a continuar a procriar? Rain tinha sido uma serva na época, alguém que entregava comida aos prisioneiros. Sempre a achei fascinante e, apesar de sua situação, que não era muito melhor do que a minha, ela me oferecia pequenos sorrisos e colocava comida extra na minha bandeja. Essa rotação, quando ela chegou na minha cela, eu estava resignado para perder a próxima luta. Eu não tinha mais direção, nunca tive. Embora eu pudesse lutar, nunca foi algo que eu quis.  —   Elimine a próxima criatura que entrar nesta cela.  —   ela

sussurrou em meu ouvido.  —  E   E então corra. Não olhe para trás. Eu também sairei assim que puder. Estamos nos libertando hoje. O próximo corpo que entrou na sala foi um frenético cozinheiro de Rogastix. Eu não pensei, apenas o nocauteei e tropecei para fora da cela para descobrir que os guardas usuais não estavam no corredor. Eu queria desesperadamente esperar por Rain, mas ela me deu instruções e eu não podia deixar a brava humana cair. Eu ainda não tinha certeza de como tinha saído naquele dia, mas consegui escalar a parte de trás do prédio sem atrair os porretes alados e estava correndo para a cobertura das árvores próximas quando parei para esperar por Rain.

 

  Mas ela nunca veio. Eu comecei a viagem de volta para dentro para ela muitas vezes, mas então ent ão andava indeciso. Se eu voltasse, eles nos matariam instantaneamente. Mas como poderia deixá-la para trás? Por fim, tive que sair, forçado a me esconder pelos grupos de busca de Rogastix à minha procura. Eu nunca a esqueci. Depois dessa rotação, toda vez que eu tinha notícias de uma fêmea humana de cabelos escuros, eu investigava se era ela. Viajei de planeta em planeta e nunca desisti da busca, mesmo quando soube que ela estava no coração do covil de Drukil. E agora ela se sentou na minha frente, magra e encolhida em si mesma. Coloquei minha palma na nuca e seus olhos se fecharam.  —   Você não tem que ser a mesma pessoa de todos aqueles ciclos atrás. Não importa. Você me salvou então, e eu nunca esquecerei isso. Ela assentiu.  —   Você não entende. Eu não sou mais corajosa. Drukil

garantiu que eu nunca fizesse algo assim novamente. Eu engoli, meu estômago embrulhando.  —  Eles  Eles sabiam que você me ajudou?

Um som sufocado borbulhou para fora dela.  —  Eles   Eles não sabiam, mas precisavam de alguém para culpar,

e essa pessoa era eu. Meus dedos flexionaram em torno de seu pescoço.

 

   —  Rain...  Rain... —  eu  eu sussurrei. —  O  O que aconteceu?

Ela puxou a parte de trás do vestido, e quando sua pele apareceu no meu campo de visão, eu apenas segurei um suspiro. Longas cicatrizes horizontais e queimaduras marcavam suas costas. Ela foi chicoteada, profundamente, enquanto parte de sua pele foi arrancada quase até o osso. Ela pagou caro pelo que fez por mim. Incapaz de olhar para a lembrança dolorosa, passei meus braços em volta dela e a pressionei contra a minha frente enquanto ela soluçava baixinho.  —   Eu sinto muito.  —   eu murmurei em seu cabelo. Meu

coração batia forte e a fúria rugia em meu sangue enquanto eu lutava para não me enfurecer.  —  Não  Não é sua culpa.

 Isto é. Se não fosse por mim...  —  Isto  —   Foi minha decisão e não me arrependo. Nem um pouco.

Nunca me arrependi. Mas depois disso, eu não arrisquei meu pescoço de novo por ninguém. Nem mesmo eu. Muitas vezes eu poderia ter salvado alguns dos descendentes de Drukil, mas em vez disso, fiquei parada e deixei acontecer, com muito medo do que eles fariam comigo.  —   Seu Seu corpo resistiu com outro soluço, e eu a segurei com mais força, for ça,

com medo de que se eu a deixasse ir, ela se dissolvesse em pedaços. Ela me segurou todos aqueles ciclos atrás. Eu faria isso por ela agora.

 

   —   Carew Carew nos salvou. Eu sabia que eles iriam matá-la e não

disse nada. Porque eu estava com muito medo.  —  Está  Está tudo bem.  —  eu  eu disse a ela.  —  Não  —  Ela  Não está bem. —   Ela bateu os punhos em meus braços.  — 

Não está. Sou fraca e covarde. A vergonha que sinto...

Eu a virei em meus braços e agarrei seu queixo, então ela foi forçada a me olhar nos olhos. Seu olhar deslizou para longe até que eu a sacudi suavemente.  Olhe para mim.  —  Olhe  —  Não.  Não.  —  Por  Por favor, Rain.

Finalmente, seus olhos úmidos encontraram os meus e eu engoli.  —  Você   Você é corajosa, porque está viva nesta galáxia que não fez nada além de tentar matá-la. Às vezes, é corajoso apenas continuar respirando.

Rain

 

 

Há muito tempo que desisti de que alguém entendesse o que eu tinha passado. Nos dias em que sentia tanta saudade de casa que a dor era como uma dor física no peito, ou quando acordei suando frio com a dor fantasma das chicotadas, ou quando tive que assistir à um castigo particularmente horrível de Drukil Druk il ... às vezes, apenas o ato de puxar o ar para os pulmões parecia uma maratona. Eu tinha visto isso como uma fraqueza, como um dano permanente feito à minha psique por causa de todo o trauma. Mas agora Kaz validou como eu me sentia e me forçou a reconhecer que havia força até mesmo em viver mais um dia. Eu nem sabia o que dizer. Nenhuma palavra parecia suficiente, então deixei escapar a única coisa em minha mente naquele n aquele momento.  Estou grávida.  —  Estou Por um momento, ele não reagiu e esperei pela explosão. Mas então, muito sutilmente, sua pele se apertou ao redor dos olhos e seus punhos cerraram-se nas coxas. Ele deu um pequeno aceno com a cabeça.  —   Tudo Tudo bem. Vamos criar a criança como se fosse nossa.

Foi a minha vez de encará-lo.  —  O  O quê?

 

   —   Não Não importa quem gerou a criança, nós daremos a eles a

nunca poderiam  poderiam ter na montanha. vida que eles nunca A realização me ocorreu.  —   Kaz, ninguém mais... -  —  —   eu exalei asperamente.  — Esta Esta

criança é sua. Estou grávida do seu filho.

Ele balançou no tronco e eu o alcancei assim que ele baixou a cabeça entre as mãos. Com minha mão em suas costas, ouvi sua respiração estável. Suas escamas tremeram algumas vezes, e eu tive um breve momento de pânico que ele iria apagar e decolar. Mas ele estremeceu e se controlou antes de erguer a cabeça. Ele me pegou como se eu pesasse um quilo e me colocou em seu colo. Eu montei em seus quadris enquanto suas grandes palmas deslizaram pelos meus braços para descansar na minha barriga.  —  Aqui?  Aqui? —  ele  ele perguntou com voz áspera.

Eu balancei a cabeça, extasiada com a admiração absoluta em seu rosto. Ele engoliu em seco e esfregou os polegares com muita delicadeza. Ele me segurou como se eu fosse quebrável.  —  Essa  Essa única vez foi suficiente?

Eu mordi meu lábio.  —  Acho  Acho que somos compatíveis.

Ele ergueu a cabeça para encontrar meus olhos.  —  Como  Como você sabe?

 

   —  Eu  Eu sei... —  respondi.  respondi. Eu empurrei sua mão para baixo até

que ela descansou na parte inferior do meu estômago, onde a pele estava cada vez mais firme.  —  Sente  Sente isso?  Eu nunca... —  sua  sua voz falhou, e ele tentou novamente.  —    —  Eu

Nunca esperei ter uma família. Eu só queria você, Rain. Só você é o suficiente. Um bebê é ... mais do que eu poderia imaginar.  —   Eu conheço o sentimento.  —   Eu senti as lágrimas se

acumulando atrás dos meus olhos. —  Nunca  Nunca pensei que queria ter um filho neste mundo. Na verdade, eu não queria ter um filho na Terra. Ele inclinou a cabeça.  Você nunca quis ser mãe?  —  Você Minha vida na Terra parecia séculos atrás. Eu mal conseguia me lembrar daquela Rain. Eu pensei que a vida tinha sido difícil então? Eu não fazia ideia.  —   Fui criada por uma mãe solteira.  —   Quando vi que ele

estava confuso, expliquei rapidamente.  —   Meu pai não queria fazer parte de nossas vidas. Seu brilho de um olho só se intensificou e eu me apressei para terminar minha história.  —   Quando Quando eu tinha dezoito anos, minha mãe morreu depois

de passar muito tempo doente. Passei três anos cuidando dela, minhas notas foram prejudicadas e eu não conseguia manter um

 

  emprego porque estava ocupada com seus compromissos. Então, quando ela morreu, eu só fiquei... sem nada. Sem dinheiro, sem habilidades. Apenas a casca de um humano. Eu não pude pagar nosso no sso apartamento e fiquei sem-teto por um tempo...  — Eu Eu olhei para o céu escuro, por algum motivo me lembrando daquele cachorro vadio novamente que tinha sido meu único amigo por pelo menos seis meses.  —   De De jeito nenhum eu queria ter um bebê naquela situação. Eu não conseguia cuidar de mim mesma. Como eu poderia cuidar de uma criança? Suas grandes palmas seguraram meu pescoço, e o peso quente delas me aterrou, me trazendo de volta ao presente e para longe das memórias ruins.  —  E  E você está tentando me dizer que acha que é fraca?

Soltei uma risada que soou mais como um soluço.  Você está certo, eu respirei, não é?  —  Você  —  Você  Você respirou. —  Seus  Seus lábios roçaram os meus.

Peguei uma mecha de seu cabelo.  Você queria ter filhos?  —  Você Ele assentiu.  —  Quando   Quando eu era mais jovem, sim. Eu era o filho mais velho

do pardux - nosso líder - e esperava-se que eu acasalasse logo após a maturidade. Mas então fui roubado de nosso planeta e levado para Gorsich. E então ... eu me senti como você. De jeito nenhum eu

 

  gostaria que algum filho meu fosse trazido para esta situação complicada.  —  E  E agora?  —  E  —  Ele   E agora ... —    Ele sorriu.  —  Agora   Agora eu não quero nada mais

do que você e esta criança.

Eu realmente soltei um soluço, mas desta vez foi feliz.  —   Parece Parece uma bênção. Como se pudéssemos dar a ele uma

vida feliz.  Nós vamos. —  ele  ele sussurrou enquanto passava seus braços  —  Nós grossos em volta das minhas costas e me pressionava contra seu peito. Eu derreti contra ele. Com Kazel ao meu lado, me senti quase qu ase invencível. Eu ainda tinha um longo caminho a percorrer antes de me sentir tão forte por conta própria, mas tinha esperança de que um dia d ia seria capaz de ser a Rain que era. Pelo bem de Kazel, e pelo bem de nosso bebê.  — Rain? Rain?

Eu estava quase dormindo.  Hmmm?  —  Hmmm?  — Q Quando uando você me ajudou a escapar, por que um cozinheiro

entrou na minha cela? Eu bocejei.  —  Eu   Eu disse a ele que ele alimentava você com carne podre e

você estava tão doente que pensei que fosse morrer. E que ele deveria

 

  cuidar de você primeiro, porque se você morresse, Drukil o mataria. Eu disse a ele que iria procurar um guarda em quem confiasse. Ele bufou uma risada.  —  Pequena  Pequena humana inteligente. Uma pergunta.... —   eu disse com um bocejo. — Por Por que você  — Uma  —  eu

está sempre nos meus sonhos? Ele ficou quieto e eu olhei para ele com preocupação.  —  Isso  Isso é estranho?

Ele balançou sua cabeça.  —   Não, eu percebi que deveria ter explicado isso para você

antes. Rain, você é minha linyx. Uh. OK.  — Uh.  —  Isso  Isso significa mais do que apenas um par de companheiros.

Estamos conectados por um vínculo poderoso. Nós nos comunicamos em nossas visões, ou sonhos, e muitas vezes seu visões pode mostrar o futuro. Pensei no bebezinho que tinha nos braços. Oh. Uau!  — Oh.  — Se Se eu disser coisas para você em sua visão, elas

provavelmente significam algo. Preste atenção.  —   É estranho porque muitas vezes esqueço os sonhos no

momento em que acordo, mas estes ficam comigo. Eu vi nosso bebê em um deles, Kaz. Estávamos tão felizes. E seguros.

 

  Seus olhos enrugaram quando ele sorriu.  Nós chegaremos lá. As visões não mentem.  —  Nós Eu planejei tomar essa confiança e seguir em frente. Eu me aninhei nele até minhas pálpebras ficarem pesadas. Desta vez, vez , quando adormeci, foi com um sorriso no rosto.

 

 

CAPÍTULO 8  8  AIN N  RAI

Então, como vocês se conheceram? —  Perguntei  Perguntei a Carew. A conversa parecia tão... normal. Como se estivéssemos conversando enquanto bebíamos em um bar, em vez de sobre a água da Rain coletada com alguns fungos grelhados no café da manhã, enquanto nos sentávamos no chão ao redor de uma fogueira quase apagada. Quando acordamos, Racks e Kaz tinham saído para buscar comida para nós, enquanto Carew e eu lavávamos as mãos no riacho. Pegando algumas folhas de uma planta próxima, Carew esfregou-as até formarem uma espuma que cheirava um u m pouco a hortelã. Ela disse que as folhas continham um agente de limpeza e eu tinha que admitir que meu cabelo e minha pele estavam limpos e macios. Bocejando, Racks deixou cair uma raiz parecida com uma cenoura em sua mão e ela mordeu a ponta com um estalo.  —  Ele  Ele era meu guarda, e nós apenas ... —  ela  ela abaixou a cabeça e um sorriso tímido cruzou seu rosto. —  Nós  Nós nos conectamos. Nós dois sabíamos que nunca poderia funcionar, mas não podíamos evitar. Apoiei meu queixo na minha mão.  —  O  O coração quer o que o coração quer.

 

   —   Quando ele mentiu para me salvar de um castigo, eles

descobriram. Então, foi enviado para as minas. Kaz se recostou e apoiou os cotovelos no tronco atrás de nós.  —  O  O boato era que você traiu alguns outros guardas. Drukil provavelmente teria gostado mais desse motivo. Mas,  — Drukil

em vez disso, assumi a culpa por algo que Carew fez, e isso foi considerado fraco.  — O que você fez? —  Eu  Eu perguntei.

Ela colocou as duas mãos na coxa de Racks.  —  Soltei  Soltei dois filhotes.

Eu não esperava essa resposta. Eu me endireitei e me inclinei inc linei para frente.  —  Você  Você o quê?

Rindo, ela acenou com a cabeça. Sim. Dois dos alados. Eu esqueci que espécie era seu pai.  —   Sim. Eles pertenciam a Grubel ... como eu. Eles foram um dos poucos que nasceram intactos e eram meio que fofos. Eles comeriam na minha mão com seus pequenos bicos. De qualquer forma, os levei para a caverna da frente e os mandei para fora da saliência para que pudessem voar para longe. Quando Drukil descobriu, ela enlouqueceu e Racks disse que ele os soltou por engano. Kaz me cutucou para comer e eu coloquei uma tampa parecida com um cogumelo grelhado na boca.

 

   —  Você  Você acha que ela sabia sobre vocês dois?

Fomos tão cuidadosos.  —   Carew raspou um pedaço de  — Fomos sujeira em seu tubérculo antes de dar outra mordida.  —  Mas  Mas ela tem olhos e ouvidos em todos os lugares. Eu balancei a cabeça e recostei-me ao lado de Kaz.  —  Você  Você tem razão.

Racks se levantou e puxou a gravata que prendia seu cabelo.  —  Vou  Vou me lavar. Você vem, Kaluma?

Kaz ergueu um lado da sobrancelha.  —  Você  Você pode me chamar pelo meu nome, sabe?

Racks riu.  Desculpe, hábito.  —  Desculpe,  —  Drukil  Drukil não gosta de nomes. —  murmurei.  murmurei.  —  Como  Como ela te chamou?

Eu o observei sair pelo canto do meu olho.  —  Humana.  Humana.

Sua mão pousou no topo da minha cabeça e enrolou uma mecha do meu cabelo.  —  Você  Você é Rain. Sempre foi, sempre será.

Ele deu a volta em mim e caminhou em direção à beira do riacho. O sol brilhou através das folhas grandes, criando um padrão em suas escamas de bronze. Racks se aproximou dele, e eu deveria

 

  ter desviado o olhar quando os dois baixaram as calças, mas Carew certamente olhou sem vergonha, então eu também. A pele de Racks era verde escura e manchada de marrom. Seu cabelo grisalho caia em um lençol ondulado pelas costas. Mais baixo do que Kaz, ele era atarracado, com um peito largo e um estômago redondo que me lembrava um boxeador peso-pesado. Kaz estava um pouco mais magro, mas imaginei que quando ele conseguia se fartar, ele normalmente carregava mais peso. Sua bunda flexionou quando ele entrou no riacho, e minha libido, que estava dormindo desde a última vez em que nos encontramos, acordou com um empurrão. Ele era tão ... grande. Forte. Eu sabia como ele se sentia por dentro e, acima de tudo, sabia que tipo de parceiro ele era - atencioso e compreensivo. Ele me permitiu ser vulnerável. Nunca na minha vida pensei que conheceria alguém como ele. Quando o salvei anos atrás, fiz isso porque vi algo em seus olhos que me disse que ele não pertencia a Zhronx, que tinha um propósito maior em minha vida e que poderia realizar mais de três de mim juntos. Ele se abaixou e inclinou a cabeça, depois jogou o cabelo molhado para trás. Ele se virou e olhou para mim por cima do ombro, dando-me um sorriso malicioso. Borboletas explodiram em meu estômago enquanto eu sorria de volta para ele.

 

  Era difícil não pensar nas cicatrizes e queimaduras por todo o corpo, especialmente nas mãos, que haviam deformado alguns de seus dedos. Mas eu não gostaria que ele se concentrasse nas minhas cicatrizes, então me recusei a fazer o mesmo com ele. Ele ainda era Kaz. Ele não tinha sido destruído naquelas minas, e Drukil não tinha me quebrado, não importa o quanto ela tentasse.  —   O que você fará a partir daqui?  —   Carew perguntou,

tirando-me da admiração do meu namorado alienígena. Eu olhei para Kaz.  —  Ainda  Ainda não conversamos sobre isso.

Racks emergiu do riacho, e eu desviei o olhar enquanto ele colocava suas calças. Um corpo quente se estabeleceu ao lado do meu e eu olhei para cima para ver um Kaz pingando sorrindo para mim. Ele estava de calça, mas havia desistido das botas por enquanto. De costas para Carew, Racks inclinou a cabeça para trás enquanto ela trançava agilmente seu cabelo. Eu conheço alguns lugares onde podemos obter refúgio.  —   Eu  —  Vocês  Vocês vão fugir pelo resto de suas vidas. —  disse  disse Kaz.

Racks encolheu os ombros.  —  É  É uma grande galáxia. Pelo menos estaremos juntos.  —   Se meu irmão tiver algo a dizer sobre isso, Drukil será

derrotado no próximo ciclo.

 

  Racks bufou.  Isso é uma ilusão, mas agradeço o esforço.  —  Isso  —   Temos a ajuda dos Drixonianos.

de Kaz.

A cabeça do Rogastix girou lentamente até encontrar o olhar  —  Mesmo?  Mesmo?

Kaz olhou para Carew.  —  Provavelmente  Provavelmente e o Uldani também.

Os dedos de Carew pararam por um momento antes de ela retomar a trança.  —  Duvido  Duvido que meu pai ainda esteja vivo.  — É possível.  —   eu disse.  —   Às vezes, as irmãs tinham

favoritos e, se tivessem um bom desempenho, eram dispensados. Carew estremeceu.  Eu não quero pensar sobre isso.  —  Eu Eu caí para trás.  —  Você  Você está certa, desculpe.

Não, está tudo bem. É a verdade que aconteceu.  —   Ela  — Não, terminou de trançar o cabelo de Racks e deu um tapinha em seu ombro. Ele se moveu ao lado dela e colocou o braço sobre seu ombro antes de pressioná-la contra seu lado.

 

   —   Eu Eu pretendo levar Rain para uma toca viree onde eu posso

contatar meu irmão. Você é bem-vindo para se juntar a nós.  —  disse   disse Kaz. Carew olhou para Racks e sorriu.  —   Acho que vamos seguir em frente por conta própria e encontrar um campo de refugiados onde possamos encontrar algum outro Rogastix. Racks acha que pode encontrar alguns ex-soldados com quem serviu antes de ser contratado por Drukil.  —   Por que você decidiu trabalhar para Drukil?  —   Eu

perguntei honestamente. Ele suspirou.   Achei que seria um trabalho normal. As coisas mudaram  —  Achei depois da guerra Drixonian e Uldani. Houve uma sacudida na galáxia e alguma mudança de poder. Servi em naves de carga por um tempo...   seus olhos se arregalaram  —  mas   mas não em carga humana. Apenas  —  seus suprimentos para Vixlicin. Não achei que Drukil seria muito diferente de alguns dos generais Rogastix para os quais trabalhei.  —   Ele riu secamente.  —   Eu Eu estava errado. E foi só quando conheci Carew que percebi quão perversa era Drukil e como sua missão seria prejudicial para todos.  —   Ele sorriu para sua companheira.  — Não Não posso me arrepender de minhas escolhas porque elas me levaram a Carew e, apesar de algumas das coisas terríveis que fiz, fi z, prometo passar o resto da minha vida mostrando a Carew que a mereço.

 

  Eu coloquei minha mão sobre meu coração e soltei um longo suspiro.  —  Isso  Isso é tão fofo. Estou torcendo por vocês dois.  —   Visite-nos algum dia em Torin.  —   disse Kaz.  —   Você é

sempre bem-vindo lá. Meu irmão, Sherif, é o pardux. Racks sorriu.  —  Podemos  Podemos aceitar.

Enquanto os homens limpavam nosso acampamento para esconder nossos rastros, abracei Carew. Ela deu um tapinha no topo da minha cabeça com carinho.  —  Cuide-se,  Cuide-se, pequena Rain.  —   Sinto por tudo.  —   eu apertei uma de suas mãos.  —   Eu

deveria ter tentado salvá-la e, em vez disso, você me salvou. Ela ficou quieta por um momento até que ela se aproximou e falou em voz baixa.  —   Eu vi suas costas. Eu posso entender porque você não

queria correr riscos. Meus olhos se encheram de lágrimas.  —  Mas   Mas ainda me faz sentir como se estivesse falhando como

pessoa. Ela assentiu.

 

   —   Todos Todos nós fazemos escolhas que achamos que são as certas

no momento. Eu estava preparada para matá-la, então não tenho certeza se você deveria se desculpar. Eu ri enquanto algumas lágrimas escapavam. Com uma fungada, eu os golpeei com as costas da minha mão.  —  Você  Você tem um ponto.  — Estamos Estamos quites.  —   ela me abraçou novamente com os

quatro braços, apertando com força.  —   Espero vê-la novamente em tempos mais felizes, quando estivermos seguros com nossos amigos e familiares.  —  Eu  Eu gosto desse desejo.

 Pronto, Carew? —  Racks  Racks chamou.  —  Pronto, Os homens ficaram lado a lado, cada um segurando uma pequena mochila sobre os ombros, feita feit a de folhas secas, que continha um pequeno número de provisões.  —  Pronto.  Pronto. —  ela  ela respondeu.

Kaz e eu observamos enquanto eles caminhavam na densidade do mato, batendo os ombros e conversando baixinho. Então ele se abaixou e bateu no meu joelho.  —  Levante  Levante os pés.  —  O  O quê? —  Peguei  Peguei sua cabeça para manter o equilíbrio.  —  

Por quê?

 

  Ele ergueu um sapato de aparência tosca com uma sola flexível feita de madeira fina. A parte superior da bota era er a feita de uma folha espessa e coriácea.  —   Nós vamos conseguir para você sapatos adequados em

breve, mas estes devem servir por enquanto.

Enfiei meu pé neles, chocada por eles caberem quando ele enrolou uma videira em volta do meu tornozelo e amarrou.  —  Como  Como você fez isso? Quando?

 Carew os fez durante o turno dos Racks. —   Ele se levantou  —  Carew  —  Ele com um sorriso.  — Eu Eu disse a ela que ficaria com o crédito, mas não posso mentir. Olhei na direção em que Racks e Carew haviam caminhado, pensando em correr atrás deles e jogar meus braços em volta de Carew. Ela foi minha primeira amiga de verdade em muito tempo, que trabalhou nessas botas no meio da noite apenas com a luz de uma fogueira se apagando. Lágrimas pingaram de meus olhos e eu senti o gosto delas. Kaz estendeu a mão para mim.  —  Nós  Nós os veremos novamente algum dia. Eu sei.  —  Espero  Espero que fiquem seguros.

Ele deu um tapinha nas minhas costas.  —  E  E se quisermos ficar seguros, é melhor nos movermos.

Eu assenti e respirei fundo para me recompor.

 

   —   Você Você tem razão. Eu apontei na nossa frente. A todo vapor!  —   Comecei a marchar, mas Kaz gentilmente me girou pela

cintura e apontou em uma direção diferente. Com uma voz divertida, ele disse em voz baixa no meu ouvido:  Estamos indo para lá.  —  Estamos Limpei minha garganta e apontei novamente. —  Certo.  Certo. A todo vapor! —  Saí  Saí pisando duro com Kazel rindo atrás de mim.

 

 

Kazel

Passei uma parte desproporcional da minha vida pensando em Rain, em vez de estar na presença dela. E enquanto caminhávamos em direção à cova de Vik, eu percebi que embora eu a conhecesse seu coração e quem ela representava como pessoa - eu não sabia do que ela gostava ou não gostava ou o que ela considerava divertido. Eu sabia que ela estava grávida do meu filho e que se importava profundamente com os outros.  —   Você acha que Carew e Racks tinham suprimentos

suficientes? —  Ela  Ela caminhava um pouco à minha frente em uma área pantanosa úmida onde a água fria escorria pelas minhas botas e uma brisa causava pequenos solavancos na pele de Rain. Eu gostaria de ter algo para dar a ela para mantê-la aquecida, mas eu não tinha um baú me cobrindo para oferecer.  —   O O primeiro campo de refugiados para o qual eles estavam

indo fica a apenas dois dias de caminhada de onde estávamos. Eles ficarão bem.  —  O  O que você achou de Racks ser um Rogastix?

Dei de ombros.  —   Aprendi que existem coisas boas e ruins em todas as

espécies.

 

  Ela suspirou.  Sim, é um bom ponto.  —  Sim, Eu cocei a pele abaixo do meu tapa-olho, e Rain começou a andar ao meu lado, embora ela tivesse que dar dois passos para um meu.  —  Kaz?  Kaz?  —  Sim?  Sim?  —  O  O que aconteceu com o seu olho?

Eu tendia a esquecer isso, mas quando conheci Rain, eu tinha ambos os olhos.  —  Alguns  Alguns ciclos atrás, ajudei um humano a escapar e fui pego. Um cuddy o furou. Seu queixo caiu.  —  O  O quê? Como você está tão indiferente sobre isso?  — Indiferente? Indiferente?  —   Meu implante tradutor não conhecia essa

palavra. Ela agitou as mãos na frente dela enquanto gaguejava.  —  Isso  Isso significa, tipo, casual. Despreocupado.  —   Bem, na época eu não estava despreocupado com isso.

Doeu como yerk, e sangue correu em meu outro olho, cegando-o temporariamente. Eu pensei que estava completamente cego. Quando eles me jogaram de volta em uma cela escura, eu não pude ver por algumas rotações. Eu finalmente consegui lavar meu rosto, então

 

  quando percebi que um olho ainda estava funcionando ... eu tinha algo para ficar feliz. Apertando os lábios, ela marchou à frente com a cabeça baixa bai xa e pude ver algumas gotas molhadas brilhando em sua bochecha.  Estou bem agora. Saudável como sempre.  —  Estou Ela fungou.  —  Não,  Não, você não está. Eles não te alimentaram o suficiente.  —  Bem,   Bem, isso vale para nós dois. Em breve, estaremos gordos

e felizes. Esfregando a mão sobre o estômago, ela me lança um sorriso em meio às lágrimas.  —   Definitivamente estarei gorda. Você provavelmente será

mais musculoso. Eu dei um tapinha no meu estômago.  Meu pai era um grande Kaluma. Redondo como um tronco  —  Meu de pikua.  — Não Não sei o que isso significa.

 Grande. —  eu  eu disse novamente, e ela riu.  —  Grande.  —  Certo,  Certo, tudo bem. Eu estou segurando você nisso. Para cada

quilo que ganho com este bebê, você também tem que ganhar.  —  Estou  Estou ansioso para comer a comida de Wensla novamente.  —  Essa  Essa é uma das mulheres da sua casa?

Eu concordei.

 

   —  

Uma das melhores. Ela deu à luz antes de eu partir.

 Os Kaluma vão me aceitar?  —  Os  —   Por Por que não? Meu irmão e dois dos outros guerreiros têm

companheiras humanas. Ela parou no meio do caminho e girou sobre os calcanhares.  —  Eles  Eles têm?

Eu balancei a cabeça e ela bateu no meu braço tão de d e repente que eu soltei um grito.  O que foi aquilo?  —  O  —  Como  Como você pôde não me dizer isso? —  Ela  Ela cruzou as mãos

sob o queixo e arregalou os olhos.  —   Vou ver outras humanas? Mulheres?  —   Você Você irá. E elas sabem que saí para te encontrar e te trazer

para casa. Elas provavelmente estão planejando uma festa ou algo assim enquanto conversamos. A boca de Rain abriu e fechou algumas vezes antes de balançar para frente e para trás em seus pés, fazendo barulho na lama.  —  Eu  Eu nem sei como reagir. Esta é a melhor notícia que já ouvi.

Eu terei amigas.  —   Você terá amigas.  —   Avistei uma área seca à frente e

conduzi Rain em sua direção enquanto ela balbuciava sobre algo chamado noite das meninas e babás. Depois de mandá-la sentar em

 

  um pedaço de terra, cavei nossa mochila para pegar um pouco de comida. O humor de Rain havia melhorado consideravelmente enquanto ela mastigava feliz os tubérculos insípidos que eu entreguei a ela.

Apontei para uma série de grandes formações rochosas à

frente - algumas plataformas apenas sustentadas do solo por uma fina coluna de rochas.  —  É   É para lá que estamos indo. O viree tem covis entre as rochas e Vik, o viree que eu fingi matar, mora lá. Ele vai nos fornecer alguns suprimentos e uma maneira de entrar em contato com meu irmão em Torin. Ela mastigou lentamente enquanto estudava as pedras antes de se virar para mim.  —  Então,  Então, me fale sobre o seu irmão.  —  Sherif.  Sherif.

 Sim. Você disse que ele é o líder, hum, o pardux?  —  Sim.  —  Vou  Vou conhecer sua mãe e seu pai?

Eu estremeci com a pergunta e então balancei a minha cabeça.  —  Não.  Não.  — N... N... não?  —  Ela   Ela inclinou a cabeça antes de deixar escapar

um pequeno suspiro. —  Eles  Eles já morreram? Eu sinto muito.  —  Não   Não diga que você sente.  —  Entreguei   Entreguei a ela um frasco de

água que fiz com uma costela de gorpz oca.  —  Eu   Eu tenho que te falar

 

  sobre eles, e acho que agora é um u m momento tão bom quanto qualquer outro. Ela engoliu a boca cheia de tubérculo e assentiu.  —  Ok,  Ok, estou ouvindo.  Eu disse a você que tinha uma vida feliz em Torin com uma  —  Eu

família próxima, mas fui levado logo após a maturidade. Fiquei preso em Gorsich por muito tempo, até que você me salvou, e então... não voltei para casa. Eu nem tinha certeza se era mais minha casa. Eu estive fora por mais tempo do que vivi lá. E eu e u não poderia voltar para casa sabendo que você não estava livre. Expliquei como descobri que meu irmão estava procurando por mim recentemente e o salvei depois que destruíram um dos covis de Drukil.  —   Esse era o seu irmão?  —   ela engasgou.  —   Eu ouvi sobre

isso.  —   Era ele com sua companheira humana. E foi então que

descobri que as coisas em casa ficaram sombrias quando saí. Ainda era difícil para mim aceitar o fato de que, quando fui levado, nossa mãe morreu, e nosso pai se tornou um louco que isolou o assentamento e criou um harém com as fêmeas solteiras, insistindo que ele era o único senhor para a próxima geração de Kaluma. Sherif era jovem, e a crença Kaluma era seguir nosso pardux de qualquer maneira. Não foi até que um drixoniano foi feito

 

  prisioneiro por nosso pai e lutou com ele por uma mulher humana que o louco pardux foi derrotado. Sherif foi nomeado em seu lugar, que carregou a culpa por sua inação por muitos e muitos ciclos. Quando eu disse isso a Rain, ela ouviu em silêncio, muitas vezes estendendo a mão para apertar minha mão.  —   Sinto-me culpado por não ter voltado, embora nosso pai

tenha causado a maior parte do dano quando fui libertado por você. Não sei que diferença eu teria feito.  —  Eu  Eu esfreguei minha testa.  Sherif me procurou porque queria saber se nossa linhagem  —  Sherif estava amaldiçoada. Se ele estivesse condenado a ficar tão louco quanto nosso pai. Ele se recusaria a acasalar até que soubesse.  Oh, isso é tão triste. O trauma que ele deve ter sofrido.  —    —  Oh, Ela assentiu. —  Estou  Estou assumindo que sua companheira mostrou a ele que ele não estava condenado? Eu ri suavemente.  —  Ela  Ela fez.  —  Mal  Mal posso esperar para conhecê-la.

Eu segurei sua cabeça e toquei os cachos grandes.  —  Ela  Ela ficará emocionada em conhecê-la. E o pequeno.

O sorriso de Rain era mais brilhante do que o sol, e eu teria dado qualquer coisa para tocar meus lábios nos dela e pressionar seu corpo contra o meu. Mas este não era o momento nem o lugar, eu não relaxaria até que estivéssemos seguros em uma cova viree.

 

   —   Terminou de comer?

Ela balançou os ombros.  —   Sim, Sim, acho que esse é o seu código para que seja hora de

entrar em ação, certo?  Quer que eu carregue você?  —  Quer Ela fez uma careta.  —   Eu posso andar. Graças a Carew, tenho sapatos pela

primeira vez neste planeta.  —  Ela   Ela bateu os calcanhares antes de se levantar. — Vamos Vamos lá.

 

 

CAPÍTULO 9 R AIN  AIN  

A casa do viree era linda, mas nada convidativa. Grandes formações se erguiam do solo como estalagmites, com plataformas de rocha pesadas de alguma forma equilibradas em colunas finas que desafiavam a gravidade. Eu esperava que um caísse na minha cabeça a qualquer momento. Eu segurei minha mão sobre meus olhos para protegê-los enquanto olhava para o céu.  —  Onde  Onde é que eles vivem?

Kaz apontou para a base das formações que pareciam estalagmite, de onde pude distinguir entradas redondas e escuras.  —   Lá. Eles vivem no subsolo, mas toda essa área está sob

vigilância. Eu parei de repente.  Estamos seguros?  —  Estamos Ele me lançou um olhar divertido.  —  Eu  Eu traria você aqui se você não estivesse?

Eu abri minha boca em um sorriso.  —  Bom  Bom ponto.  —   Seus Seus batedores nos viram chegando por volta do meio-dia.

 

  Para chegar à entrada das tocas dos d os viree, tivemos que descer uma colina coberta de pedras irregulares, caminhar por um riacho e, em seguida, pisar no capim alto. Quando chegamos ao fim do campo, eu estava exausta e meus sapatos feitos pela Carew estavam quase destruídos. Um curto uivo enviou um arrepio pela minha espinha, e eu me preparei assim que uma pequena figura emergiu de uma entrada de pedra. Eu reconheci o viree imediatamente como Vik, a criatura que eu pensei que Kazel havia capturado e matado impiedosamente para provar sua lealdade a Drukil. Em vez disso, ele estava aqui, em carne e osso, caminhando em nossa direção em seu andar único de três pernas. Ele balançou as pernas traseiras para a frente, depois a única perna dianteira, e imaginei que ele poderia dar um bom galope se fosse necessário. Atrás dele estava um grupo de viree, todos cobertos por uma armadura brilhante e carregando lanças. Embora o viree fosse menor do que eu agora, eu tinha visto no que ele poderia se transformar, que era um enorme enor me lobisomem tão grande quanto Kazel. Vik tinha um focinho que me lembrava um doberman e olhos pretos. Seu pêlo avermelhado brilhava ao sol enquanto ele afastava os lábios para revelar uma fileira de dentes brancos e afiados.  —  Eu   Eu não deveria ter duvidado de você.  —  Sua   Sua voz era baixa

e áspera, como se ele fumasse um maço de cigarros por dia.

 

  Kazel sorriu.  Você voltou são e salvo? Eu não queria ter que responder à  —  Você sua companheira se algo desse errado. Vik bufou. Você sabe que ela teria feito pior para você do que Drukil  —   Você  jamais poderia. Kaz inclinou a cabeça em reconhecimento.  —  Estou  Estou ciente.

Os olhos negros de Vik se voltaram para mim.  —  Então,  Então, esta é a humana.

A mão de Kaz apertou a minha.   O nome dela é Rain.  —  Ele   Ele falou com uma severidade em  —  O sua voz que fez o viree armada se mexer desconfortavelmente. Vik não parecia incomodado. Ele apenas sorriu e acenou com a cabeça.  —  Certo.  Certo. Rain. Prazer em conhecê-la. —  Ele  Ele apontou para um  — 

 — 

corte curativo no olho.  Eu tive que pegar isso para você.  Abri a boca para me desculpar, mas ele acenou com a pata com uma risada rouca.  —   Estou Estou brincando. Eu devia a Kazel, como tenho certeza que ele lhe disse. E estou supondo que você está aqui para algum abrigo?  —  Por   Por favor.  —  disse   disse Kaz.  — Eu Eu sei que já cobrei o que você

me deve...

 

   —  Absolutamente  Absolutamente não! —  uma  uma voz feminina estalou atrás de

Vik. Um viree ainda menor trotou ao redor dele e parou na frente de Kazel com uma expressão feroz. Eu dei um passo para trás enquanto Kazel parecia se encolher.  —  Olá,  Olá, Pria.  —  Pagamos  Pagamos o que devemos a você! —  Sua  Sua voz ficou estridente

e eu procurei um lugar para me esconder enquanto Kaz estremecia. Eu esperava ser rejeitada a qualquer minuto, e isso me deu vontade de chorar. Mas eu mordi meu lábio e segurei firme enquanto ela continuava a gritar.  Pagamos o que devemos a você!  —  Ela  Ela chorou novamente,  —  Pagamos girando em torno de Vik, que eu assumi ser seu companheiro.

 —  

Você disse isso a ele? Você disse a ele que levar uma surra o deixou quites? Vik engoliu em seco e sua boca se abriu sem som. Ela jogou as patas no ar antes de se virar e acertar Kazel com um golpe no peito.  —   Como Como você ousa pensar isso? Você não apenas salvou Vik,

você salvou todo o clã. Você salvou meus filhotes e os filhotes de minhas irmãs. Não há nem mesmo, seu idiota Kaluma. Nunca estaremos quites. Agora você pode entrar agora. Sua companheira

 

  está tremendo e pela deusa da lua, o que ela está vestindo? Como isso é quente o suficiente para sua pele sem pelo? Meus joelhos quase dobraram de alívio enquanto ela continuava a reclamar enquanto os virees atrás de Vik lutavam para cumprir sua ordem. Eles se espalharam como um bando de corvos enquanto Vik parecia envergonhado.  —  Doçura,  Doçura, eu nunca disse a Kazel...  —   Eu lidarei com você mais tarde...  —   ela fungou para ele

antes de sorrir docemente para Kazel.  —  Uma   Uma de minhas irmãs está preparando nossa melhor toca. Posso pegar algo enquanto você espera? Uma margarita, —  falei  falei sem pensar. Eu estava delirando de  — Uma novo? Ela piscou para mim antes de virar para atacar Vik.  Pegue um margarita para ela.  —  Pegue  —  Um  Um o quê?  —  Você  Você a ouviu, uma magarita!

Eu acenei minhas mãos freneticamente.

 —  Não,  Não, está tudo bem. Eu não...  —  Vá!  Vá! —  ela  ela gritou para ele, e ele saiu correndo.

Fiquei olhando para ele antes de tentar apelar para Kazel, mas ele assentiu com firmeza e olhos grandes que diziam, deixa pra lá. Então, eu parei.

 

 

O musgo macio revestia a toca do d o viree, mantendo o ar interno quente e úmido, mas também fresco. Entramos em uma grande área semelhante a uma caverna onde viree se sentou em várias mesas longas semelhantes a banquetes e saindo da caverna havia uma série de túneis. Vik levou Kazel em uma direção, enquanto Pria me empurrou em outra. Um pequeno contingente de mulheres viree nos seguiu, conversando em tons sussurrados umas com as outras. Eu sorri sorr i para elas, e todas sorriram de volta com seus focinhos cheios de dentes afiados.  —  Você  Você pode mudar também? —  Perguntei  Perguntei a Pria.

 Oh sim, todos nós podemos. As fêmeas são maiores que os  —  Oh machos, então temos muitas guerreiras. Na verdade, a maioria de nossos melhores guerreiros são mulheres.  Os homens também não aguentam a dor, —  disse  disse uma das  —  Os viree atrás de nós.  —   Muitos choramingos...  —   outra acrescentou com um

pequeno enrugamento do nariz.  —  Eu  Eu não vi nenhuma guerreira atrás de Vik quando ele nos

cumprimentou.

 

   —   Não, elas têm coisas melhores para fazer do que desfilar

com Vik. Como treinar. —  Pria  Pria fungou. Eu abafei uma risada por trás da minha mão. À medida que caminhávamos, o ar ficou mais úmido, até que entramos em uma grande caverna cheia de um líquido opaco e fumegante. Parecia mais espesso que a água, e duas mulheres estavam ao longo da borda oposta da piscina redonda, submersas até o pescoço.  —   Esta é a nossa piscina cheia de lama.  —   Pria pegou um

punhado do líquido. A maior parte dele correu por entre seus dedos, mas uma pequena poça permaneceu na palma de sua pata.  —  Lama?  Lama?

É uma água misturada com uma erva de limpeza. Limpa  —   É você e até tem algumas propriedades curativas.  —   Ela empurrou a mão na minha direção. —  Tente.  Tente. Mergulhei meu dedo na poça e parecia um pouco como uma lama fina. Um cheiro fresco de ervas encheu minhas narinas e eu inalei profundamente. Eu não tinha me banhado totalmente com Drukil. Eu vinha me dando uma espécie de banho de esponja há anos. A ideia de afundar totalmente na lama parecia a realização de um sonho.  —   Vou entrar com você.  —   Pria sorriu. Ela imediatamente

tirou a roupa, revelando um estômago com uma fileira de tetas. Ela entrou na lama e gesticulou para que eu a seguisse. Eu olhei ao redor,

 

  mas as mulheres estavam me ignorando enquanto elas também tiravam suas roupas sem se preocupar com a nudez e escorregavam para a piscina. Respirando fundo, puxei meu vestido fino e sujo pela cabeça. Eu olhei para minha barriga arredondada e pernas cabeludas. Meus seios estavam inchados desde que engravidei, mas eu poderia dizer que ainda estava muito magra. A pasta estava quente, mas também era gelada, quase como usar um sabonete de menta. O cheiro era inebriante e eu escorreguei na água até o pescoço. Pria acenou com a pata.  Cabelo também. Vai limpar tudo.  —  Cabelo Segurando meu nariz, mergulhei na água e voltei para cima. A lama escorria de meus cachos e eu senti um sabor de chá frio em meus lábios.  —  Você  Você gosta disso? —  Perguntou  Perguntou Pria.  —  Eu   Eu gosto disso?  —  Eu   Eu ri.  —  Esta   Esta é a melhor sensação de

todos os tempos.

Ela se recostou na lateral da piscina e eu me juntei a ela, encontrando uma saliência para sentar. Eu me inclinei para trás para p ara que meu corpo ficasse coberto e fechei os olhos.  —  Obrigada.  Obrigada. —  eu  eu murmurei.

 

   —   Você conhece a história de como Kazel salvou Vik? —   ela

perguntou. Eu imediatamente abri meus olhos e virei minha cabeça para encará-la.  Não, ele não me disse.  —  Não, Pria acenou com a cabeça.  —   Kazel gosta de minimizar, mas ele salvou Vik e, ao fazer

isso, salvou toda a toca.  Como assim?  —  Como  —   Estávamos no processo de mover tocas na época, então

éramos nômades durante um ciclo enquanto viajávamos para cá. Vik é nosso alfa, e um dia ele entrou em um campo de refugiados sozinho para reunir suprimentos. Mas ele foi levado por algum Rogastix de Vixlicin que queria usá-lo nas minas.  —  Ela  Ela assentiu.  —   Sem ele ... estávamos perdidos. Vulneráveis. E enquanto

tentávamos reunir os guerreiros, ficamos parados. Seguir em frente e encontrar nossa nova casa ou ficar e se arriscar? Mas Kazel tinha visto o sequestro. Ele salvou Vik antes que ele pudesse p udesse ser levado para fora do planeta, e quando eles nos encontraram novamente, estávamos sob o ataque de um bando de cuddys errantes. Kazel organizou nossos guerreiros e lutamos contra eles. Ele nos ensinou muito sobre como nos defender.  —  Uau!  Uau! —  eu  eu sussurrei. —  Ele  Ele é incrível.

 

   —  Faz  Faz sentido porque vocês são um par.  —  disse  disse ela.  —  Ouvi  Ouvi

dizer que você arrisca sua vida pelos outros também. Imediatamente meu coração saltou uma batida antes de despencar para o meu estômago.  Eu não sei sobre isso. Foi apenas uma vez, e eu nem tinha  —  Eu certeza se estava pensando corretamente ... Sua pata pousou na minha.  —  Às   Às vezes, tomamos nossas melhores decisões por instinto.

Seu instinto foi salvar Kazel. E essa decisão me afetou também. Se você não o tivesse salvado, ele não teria salvado Vik. Você vê a cadeia de suas escolhas? Engoli.  —  Mas  Mas eu poderia ter feito a escolha errada.

Pria encolheu os ombros.  Mas você não fez. E eu acho que quando realmente importa,  —  Mas você faz a coisa certa. Quando ela fechou os olhos e ficou em silêncio, eu também me calei. Eu não tinha pensado em todas as maneiras pelas quais minha salvação a Kazel afetou outros, e ele disse muitas vezes que em sua busca por mim, ele salvou outros em homenagem ao que eu fiz por ele. Carew fez um sacrifício por mim. Racks também. Acima de tudo, Kazel também. Eu tinha que pensar sobre sobr e que tipo de pessoa eu

 

  estaria seguindo em frente. Esfreguei minha mão sobre meu estômago saliente. Que tipo de mãe eu queria que meu filho tivesse?

Kazel

Balancei meu joelho enquanto segurava o tablet com as duas mãos e esperei que o destinatário da minha ligação atendesse. Corri meus dedos pelo meu cabelo. Eu finalmente fiz uma limpeza adequada adequad a em um dos reservatórios subterrâneos do viree. A Rain estava descansando em algum lugar com Pria para se banhar e pegar uma roupa adequada. Não gostei que ela saísse da minha vista, mas ela me disse que estava bem e que gostaria de fazer xixi com privacidade. Usando um par de calças limpas, sentei-me  na beirada da cama no quarto que nos deram para usar. Finalmente, depois do que pareceu uma rotação completa, houve um clique seguido por uma voz e uma tela indistinta indisti nta e trêmula.

 

   —  Olá?  Olá?

Eu apertei os olhos quando a imagem finalmente entrou em foco.  —  Zuri?  Zuri?

Seu queixo caiu e ela deixou cair o comprimido sobre a mesa, de forma que tudo que eu podia ver era o telhado de uma cabana. À distância, eu podia ouvi-la gritando:  —  Sherif!  Sherif! Ele está vivo. Baby, ele está vivo!

Eu fiz uma careta, a culpa arranhando meu peito. Meu irmão  já tinha devastação suficiente em seu passado, e eu não queria ser a causa de mais. Depois de resgatar ele e sua companheira e voltar para casa em Torin, eu lutei com a ideia de ficar, mas não conseguia tirar o rosto de Rain da minha cabeça. Agora, eu sabia que tinha tomado a decisão certa. O tablet se endireitou e de repente eu estava olhando para o rosto do meu irmão. Seu cabelo estava trançado com capricho, cortesia de Zuri, mas sua expressão era tudo menos gentil.  Você tem ideia de quanto tempo faz? —  ele  ele fervia, os olhos  —  Você disparando. Se eu estivesse na frente dele, não tinha dúvidas de que ele me socaria na cara. Eu soltei um suspiro.  —  Estou  Estou ciente.

 

   —  Você  Você está? Você está mesmo? —  Sua  Sua voz ficou estridente e

a mão de Zuri pareceu acariciar seu braço suavemente.  —  Sinto   Sinto muito,  —  cocei   cocei minha testa.  —  Eu   Eu realmente estou.

Eu não queria fazer você passar por isso...  O que há de errado com sua mão? —  Ele  Ele perguntou.  —  O

 — 

Você tem sua mulher. Onde você está? Você está no subsolo? O rosto de Zuri desceu ao lado de sua cabeça enquanto ela falava calmamente em seu ouvido.  Você precisa parar de fazer perguntas e deixá-lo responder  —  Você algumas. As narinas de Sherif dilataram-se enquanto eu tentava remover discretamente minha mão arruinada de vista, mas meu irmão não a deixou ir.  —  O  O que aconteceu com tua mão?  —   Lamento não ter contatado você antes. Eu estava

trabalhando nas minas de Drukil por cerca de ...  —   Eu soltei um suspiro. —  Talvez  Talvez noventa rotações.  Trabalhando?  —   Sherif gritou.  —   Trabalhando? Como em  —  você se voluntariou e foi pago? Eu me mexi na cadeira.  —  Uh,  Uh, ok, trabalhar pode ser um exagero.  —  O  O que aconteceu? —  Ele  Ele gritou.

 

  Rapidamente, eu dei a ele um breve resumo dos eventos desde que deixei Torin. Zuri se sentou ao lado de Sherif, ouvindo atentamente, mas eu sabia que seu objetivo principal era garantir g arantir que Sherif não perdesse a cabeça com o que aconteceu comigo. Cheguei à parte boa rapidamente, sobre como finalmente estava em um lugar seguro com Rain. Eu levantei minha mão e agitei meus dedos.  —  Não  Não é grande coisa. Apenas algumas cicatrizes.  —  Não  Não minimize. —  cuspiu  cuspiu Sherif.

Esses ferimentos devem ter sido dolorosos de sustentar, e  —   Esses eles não parecem curados. Baixei minha mão novamente.  Bem, é claro que doeu, mas eles vão ter tempo para se curar  —  Bem, agora. Sherif desviou o olhar e inspirou profundamente, as pálpebras tremendo antes de expirar. Ao lado dele, Zuri bateu palmas ruidosamente.  —   Bom Bom trabalho nas técnicas de respiração que examinamos.

Eu sabia que você tinha isso em você.

Ele estreitou os olhos para ela em um brilho que teria feito a maioria dos mortais correr, mas Zuri apenas sorriu de volta antes de se virar para mim.

 

   —   Estou tão feliz que você esteja seguro agora. O que você

precisa de nós? Podemos enviar um cruzador de resgate. Os gêmeos estão ansiosos para fazer alguma coisa.  —  Sim,   Sim, precisamos de um cruzador na doca G3.  —  eu   eu disse.

Isso é possível?  — Isso Sherif acenou com a cabeça para Zuri, e ela se levantou.

 —  

Vou avisar os gêmeos. Vejo você em breve, Kazel. Fique seguro.  —   Com um aceno, ela se foi. Fiquei com Sherif, que não parecia mais feliz. Ele E le me encarou até que lentamente a raiva começou a vazar de seus olhos e seus ombros caíram. Ele esfregou a nuca.  Desculpe, se eu gritei com você.  —  Desculpe,  —   Você Você não tem que se desculpar. Eu gostaria mais do que

tudo de não ter tido que deixar você. Mas tomei a decisão certa.

 —  

Eu sorri. —  Ela  Ela está grávida, irmão. Suas costas enrijeceram e ele piscou para mim.  —  O  O que você disse? Eu u explicarei mais outra vez, mas nós nos acasalamos  — E

quando eu cheguei na montanha. Estávamos separados e quando nos vimos novamente, ela me disse que estava grávida. Meu filho. Os lábios de Sherif se separaram e eu pude ouvir o ar escapar de seus pulmões com um silvo.  —  Irmão.  Irmão. —  disse  disse ele em um sussurro próximo.

 

  Eu só pude acenar com a cabeça quando meu coração começou a bater.  —  Irmão.  Irmão. —  ele  ele repetiu.  —  Me  Me desculpe...  —   Não.  —   Ele assentiu enquanto sua voz ganhava força

novamente.  —   Não diga que você está arrependido. Você fez o que deveria fazer, por quem deveria fazer. E você foi recompensado. Mantenha-a segura e saudável. Mal posso esperar para adorar a nova adição à nossa família. Sua voz falhou na última palavra, e eu enrolei meus dedos em minhas palmas para conter a onda de emoção brotando em meu peito. Do lado de fora da porta, eu podia ouvir a voz de Rain, misturada com a de Pria.  —  Eu  Eu preciso ir, irmão.

Ele assentiu.  —  Ligarei  Ligarei quando tivermos detalhes sobre o seu resgate. Você

estará em casa logo.  Em breve. —  eu  eu ecoei.  —  Em A tela ficou preta assim que a porta se abriu.  —  Muito  Muito obrigada. —  disse  disse Rain com a cabeça voltada para o

corredor.  —  Avise-me   Avise-me se precisar de mais alguma coisa. Descanse um

pouco, —  veio  veio a voz de Pria.

 

   —  Eu   Eu vou. Obrigada.  —  Rain   Rain fechou a porta e se virou para

mim com um largo sorriso no rosto. Quase deixei cair o tablet no chão e rapidamente me recuperei a tempo de colocá-lo suavemente em uma mesa lateral. A Rain era ... uma visão. Agora limpa pela primeira vez desde que a conheci, ela usava uma faixa de tecido elástico elá stico em volta dos seios e uma saia longa l onga com duas fendas de cada lado. Seus pés estavam descalços, mas ela deixou cair um par de botas grossas perto da porta. Seu cabelo enrolado em torno de sua cabeça em uma massa castanha de cachos, brilhando na luz fraca da lanterna. Acima de tudo, ela brilhava, dos olhos à pele, à barriga arredondada. Sua mão vagou para seu estômago, provavelmente seguindo onde meu olhar pousou.  — Você Você é linda! —  eu  eu disse com reverência.

Ela soltou um pequeno som, algo entre um suspiro e uma tosse, antes de caminhar descalça em minha direção. Parando na minha frente, ela tocou meu cabelo limpo.  —  É  É tão branco. Não tenho certeza se já vi tão branco.  Eu sempre pareço estar sujo perto de você.  —  Eu

Ela riu. Yerk, eu mal podia acreditar o quanto minha vida havia mudado, e que eu era tão sortudo por ter essa criatura incrível na minha frente. Coloquei minhas mãos em sua barriga, que não era muito grande, mas uma mudança quando o resto dela estava magro

 

  por falta de comida. Eu mal podia esperar para levá-la para casa e vêla crescer. Suas mãos pousaram sobre as minhas e eu encontrei seus lindos olhos castanhos.  —   Um centavo pelos seus pensamentos.  —   ela disse suavemente.  —  O  O quê?

Seus olhos se enrugaram com diversão.  O que você está pensativo?  —  O  —  Que  Que sortudo eu sou.

Uma gargalhada borbulhou para fora dela. Você? Você é sortudo? Kaz, fui eu quem teve a sorte de ser  —   Você? resgatada por você. De todas as mulheres humanas neste planeta que nunca serão salvas ou brilharão pela bondade ...  eu disse. —  Todas  Todas vocês merecem  — E me dói pensar nisso, —  eu viver uma vida feliz nesta galáxia. E eu sou o sortudo sortu do porque sem você, eu não estaria vivo. Ela franziu os lábios enquanto seus olhos brilhavam.  —  Eu  Eu não podia deixar você morrer.  — Por Por que eu? —  Eu  Eu perguntei. —  Havia  Havia outros ...  —  Havia  Havia outros. Mas havia algo em seus olhos que me deixou

desesperada para mantê-lo vivo.  —  E  E agora eu só tenho um.

 

  Ela assentiu. Não são os seus olhos, é o que brilhou através deles.  —   Não

 —  

Seus dedos tremularam sobre o topo da minha cabeça antes de  —  Ela descerem para o meu peito. —  E  E aqui. —   Ela suspirou. — Eu Eu tomei uma decisão inteligente e arriscada para par a salvá-lo, Kaz. E faria tudo de novo

em um piscar de olhos, mesmo sabendo o que sei agora. Não sou quem eu era naquela época, mas talvez um dia serei. Hoje, estou contente em ser corajosa e respirar. Eu a peguei e ela soltou um pequeno grito enquanto eu torcia a cintura para colocá-la de costas no colchão da cama.  — Podemos Podemos fazer um pouco mais do que respirar? —  Eu  Eu cutuquei o

topo de seus seios com meu nariz antes de escovar meus lábios ao longo dos dela. Sua respiração saiu correndo, bagunçando meu cabelo.  Eu ... tudo bem.  —  Eu Eu me afastei um pouco.  —  Tem  Tem certeza?

Balançando a cabeça rapidamente, ela confirmou.

 —  Sim.  Sim.

Corri a mão sobre sua barriga e ela prendeu a respiração.  —  Respire...  Respire... —   —  eu  eu murmurei.

Ela riu e seus seios balançaram.  —  Certo,  Certo, respire. Eu posso cuidar disso.

 

   —   Houve Houve uma coisa em que pensei durante todo o tempo em

que estivemos separados enquanto eu estava nas minas.  —  Eu   Eu desci por seu corpo, pressionando beijos ao longo do caminho. Ela se apoiou nos cotovelos para me observar.  O que é isso?  —  O  —  Quero  Quero saber qual é o seu gosto. —   —  Eu  Eu desatei os nós de cada

lado de sua cintura e lambi meus lábios enquanto o tecido caía para revelar as dobras brilhantes do meu companheiro.  —   Já está molhada? —  Eu  Eu disse enquanto corria um u m dedo de seu clitóris até sua entrada. Ela se sacudiu e abriu as pernas trêmulas.  —  Sua  Sua voz faz coisas comigo, especialmente quando fica toda

rouca assim. E como você sabe ...  —  sua   sua voz falhou em um gemido enquanto eu girava meu polegar sobre seu clitóris. clitór is. —  Como  Como você sabe exatamente onde me tocar?  —   Eu Eu ouvi as companheiras humanas Kaluma conversando.

Elas são bastante abertas sobre suas atividades na cama. Ela fez um som sufocado.

 —  Isso  Isso é tão bom que elas estão abertas com esta informação.

Fazendo a obra do Senhor, de verdade.  —  Quem  Quem é ele?

 

   —  Esquece.  Esquece. —  Ela  Ela engasgou quando eu pressionei a ponta do

meu dedo em sua entrada. Sua cabeça caiu para trás e seu peito arfou.  —  Oh,  Oh, Kaz!

A última vez tinha sido especial, mas agora tínhamos todo o tempo que queríamos e privacidade. Minha companheira iria conseguir o melhor que eu poderia dar a ela. Eu rolei minha língua para fora da minha boca, deixei as pontas destacarem e abaixei minha cabeça entre suas pernas.

 

 

CAPÍTULO 10 R AIN  AIN  

Quando sua língua girou em torno do meu clitóris clitóri s e depois se agarrou com uma sucção quente e úmida, perdi toda a capacidade de funcionar normalmente. Meus cotovelos cederam debaixo de mim, e apertei minhas coxas em torno de sua cabeça. Suas mãos se levantam rapidamente para proteger minhas panturrilhas de seus espinhos, e graças a Deus por isso, porque eu teria me empalado e sangrado até a morte antes de me afastar de seu apêndice magistral. Com o buraco na ponta da língua, ele puxou aquele feixe mágico de nervos como um profissional. Dois dedos deslizaram para dentro de mim, movendo-se no ritmo de sua sucção, e meu corpo começou a tremer. Eu agarrei as peles debaixo de nós e poderia ter arrancado um pedaço de seu cabelo, o tempo todo ele manteve minhas pernas livres de lesões, me fodeu com os dedos e me tirou da cabeça com sua língua. Quando gozei, o orgasmo foi como um gêiser. Eu empurrei sua boca com um grito. Eu posso ter desmaiado porque, quando acordei, eu era um macarrão na cama, e ele estava se levantando sobre mim, punhos cravados nos pelos de cada lado dos meus ombros enquanto lambia os lábios como o gato que comeu o creme.

 

  Eu nunca tinha visto alguém tão satisfeito consigo mesmo, e ele ainda não tinha gozado.  —  Como   Como você está se sentindo?  —  ele   ele perguntou com aquela

voz rouca que fez minhas entranhas apertarem. Eu só pude acenar com a cabeça, e ele riu enquanto desembrulhava o tecido em volta do meu peito para revelar meus seios. Ele beijou meus mamilos e murmurou sobre como eles pareciam maiores. Eu não tinha planejado ficar nua na frente de ninguém nunca mais. Eu estava com cicatrizes, muito magra em algumas áreas, com uma barriga de grávida e seios tortos - meu esquerdo sempre foi maior. Com Kaz, eu estava ciente da minha nudez, mas também não ao mesmo tempo. Eu me sentia bonita na minha própria pele, em vez de me sentir uma criatura nojenta pela primeira vez desde que deixei a  Terra. Finalmente ganhando o controle de meus membros, plantei um pé na cama e nos rolei. Kaz me deixou, caindo de costas com um sorriso enquanto eu me erguia acima dele para par a sentar em sua cintura.  —   Minha vez de jogar.  —   eu disse enquanto corria minhas

mãos sobre seu peito. Ele tinha perdido parte do peso que tinha quando chegou pela primeira vez na montanha, e eu estava ansiosa para vê-lo volumoso e com o peito em barril novamente. Agora, ele

 

  tinha músculos mais magros com uma pele tão marcada quanto a minha. Bem, não tão ruim. Ele usava apenas uma calça larga que não não  fechava, então eu a puxei por suas pernas rapidamente. Quanto ao seu pau ... agora eu poderia aproveitar meu tempo para explorar. A seta estava coberta com as mesmas marcas brancas de seu peito e parecia brilhar e pulsar. Quando envolvi meus dedos em torno do eixo grosso, seu pau estremeceu na minha mão e a tampa em forma de cogumelo se alargou e começou a girar lentamente. Eu olhei para cima para vê-lo me observando cuidadosamente com seus olhos brilhantes enquanto suas pernas tremiam ligeiramente.   Companheira! —  ele   ele sussurrou em um grunhido de quase  —  Companheira! aviso. O som me fez estremecer e me ajoelhei para me posicionar com a ponta de seu pênis na minha entrada. entr ada. Quando eu afundei, nós dois gememos. Seu pau parecia maior agora do que antes, e eu tive que girar meus quadris algumas vezes para colocá-lo todo dentro. Eu caí para frente, apoiando minhas palmas em seu peito enquanto enqua nto ele deslizava suas mãos pelos meus braços para segurar meus ombros de forma protetora. Seu olho estava semicerrado e seus lábios carnudos separados enquanto seu peito arfava.  —  Monte-me,  Monte-me, Rain! —  ele  ele sussurrou.

 

  E eu fiz. Não importa quanto tempo fazia, sexo era um pouco como andar de bicicleta. Eu saltei em seu pau, amando a sensação dele me sentindo, e a forma como as marcas em seu eixo ondulavam ao longo das minhas paredes internas. A cabeça de seu pênis estava fazendo coisas, girando e vibrando, até que comecei a perder o ritmo com as sensações. Com um grunhido, Kaz assumiu o controle, nos rolando para que ficasse por cima. Abrindo minhas pernas com seu  joelho, ele se apoiou em cima de mim e começou a empurrar vigorosamente. Meus seios tremeram, minha garganta doeu de tanto gemer, e quando senti que não aguentava mais, meu corpo assumiu o controle quando outro orgasmo caiu sobre mim. Eu gritei assim que Kaz soltou um rugido e bateu em mim com tanta força for ça que sacudimos a cama. Seu pau pulsava dentro de mim e eu fracamente rolei meus quadris enquanto ele se sacudia algumas vezes antes de abaixar seu corpo em cima do meu. Com a mão trêmula, ele segurou minha nuca e pressionou meu rosto em seu pescoço. Senti seus lábios darem um beijo no topo da minha cabeça.  — Você Você é perfeita, Rain. Tão perfeita!

Mordi meu lábio, mas não fiz nada para conter as lágrimas. Agarreime a ele e ficamos assim por um longo tempo, contentes com nossa boa sorte pela primeira vez na vida.

 

  Os próximos dias foram os melhores da minha vida, e isso incluiu meu tempo na Terra. Terr a. Os virees eram um bando feroz, pequenos quando mudados para sua forma original, mas fragmentados. Eles lutavam constantemente. Todos os dias havia algum tipo de briga por companheiros, discussões sobre comida e desafios sobre quem era o melhor lutador. Vik teria que entrar enquanto Pria gritava de um local seguro que eles a estavam envergonhando na frente dos convidados. Em nossa última noite lá, um banquete foi preparado em sua grande sala, que estava localizada em uma grande caverna com vários feixes de luz no teto alto que me lembrava clarabóias. Amanhã, partiríamos para o cais próximo, onde um esquadrão de resgate de Kaluma nos levaria para casa. Casa. Eu não tinha uma casa desde que minha mãe morreu. Kaz não falou durante a refeição porque estava muito ocupado comendo. Ele estava faminto desde que chegamos aos a os bairros de Viree e já havia engordado. Eu não conseguia mais ver suas costelas. Eu sabia que elas estavam lá, mas agora ele tinha uma boa camada de gordura por cima delas. Eu adorava vê-lo assim, com o cabelo em ondas brilhantes caindo sobre os ombros espetados. Ele olhou para mim com metade da perna de um gorpz saindo da boca. Mastigando mais devagar, ele ergueu uma sobrancelha para mim.  —  Você  Você quer? —  ele balançou um pedaço de carne defumada.

 

  Eu sorri para ele, divertido.  Eu estou satisfeita.  —  Eu Sentamos em uma grande mesa de madeira com bancos de cada lado. Infelizmente, a mesa e os bancos foram feitos para os pequenos viree, o que significava que Kaz se sentava quase agachado. ag achado. Ele parecia um pai sentado na mesa de chá PlaySkool de sua filha. Ele deu um tapinha na minha barriga com seus dedos gordurosos.  Ele está bem?  —  Ele Esfregando meu lado, eu balancei a cabeça.  —  Estou  Estou cheia, então ele está cheio.

Eu fui a um médico viree enquanto estava aqui e, embora ele não soubesse nada sobre anatomia humana, os virees davam à luz como eu. Ele foi capaz de detectar um batimento cardíaco com uma máquina de funil sofisticada que colocou na minha barriga. Eu não precisava da confirmação, mas ainda chorei quando aquele som sibilante encheu a sala. Kaz não disse uma palavra, apenas agarrou minha mão com tanta força que tive que dar um tapinha nele antes que quebrasse os ossos.  —   Você tem certeza que Vik não pode enviar parte de seu

bando com você? —  Perguntou  Perguntou Pria. Kaz assentiu.

 

   —   Você Você já nos deu tanto e quanto maior for o nosso grupo,

maior será a probabilidade de sermos detectados. Ela bufou e cruzou os braços atarracados sobre o peito amplo. Eu aprendi a amar Pria desde que chegamos aqui. Malhumorada e sem medo de falar, ela dirigia a toca como um general cinco estrelas.  —   Se você diz. Eu preparei um pacote de suprimentos para

vocês.  —   Ela apontou para uma bolsa amarrada no canto.  —   E se alguma coisa acontecer, você sabe que estaremos lá para ajudá-lo. Kaz estendeu a mão, a boca agora cheia de algum tipo ti po de purê de vegetais.  Eu sei, Rainha Pria. —   Ele deu um tapinha na mão dela.  —    —  Eu  —  Ele Obrigado.  —  Sim,   Sim, obrigada.  —  eu   eu entrei na conversa.  — Você Você fez muito

por nós. Eu me senti tão confortável aqui.

Ela sorriu brilhantemente e abriu a boca no momento em que uma fruta redonda com uma mordida saiu voando pelo ar para pousar diretamente no meu copo de água com um plop. A mesa ficou em silêncio e eu a encarei. Um segundo depois, Pria soltou um grito que quase sacudiu toda a caverna enquanto dois machos viree do outro lado começaram a atirar feno um no outro. Eu não tinha certeza da

 

  discussão - provavelmente era algo trivial - mas devo ter ouvido algo sobre um roubando a baqueta do outro. Um dos viree acidentalmente deu uma cotovelada em uma viree grávida, que uivou de dor. Seu companheiro entrou na briga e logo todo o lugar era uma luta de comida. Pria Pri a estava quase derretendo e Vik estava tentando acalmá-la. Kaz me prendeu entre suas pernas para que pudesse se inclinar sobre mim de forma protetora e então continuou a comer, mesmo com a comida voando pelo ar. Algumas vezes, seu corpo sacudiu com um grunhido quando uma viree ricocheteou nele, mas fora isso ele mastigou feliz. A salvo sob a enorme massa de seu corpo, eu estendi minha mão e roubei alguns doces de seu prato. Ele riu e eu sorri para ele.  —   Isso é melhor do que TV, honestamente.  —   eu disse

enquanto duas mulheres lutavam na nossa frente, com puxões de cabelo.  —  O  O que é TV? —  ele  ele perguntou.

Como posso descrever a TV? Um tipo de entretenimento que assistimos em telas como  —   Um tablets. —  Pronto,  Pronto, isso era bom o suficiente. Ele soltou outro grunhido e continuou comendo.  —  Mais   Mais ou menos como se estivéssemos em casa. Sinto falta

de Zuri espreitando Sherif para sorrir, Karina provocando Bloom e

 

  Bosa brigando com ... bem, com todos. Todo mundo luta com o Bosa, porque ele é chato. Eu bufei.  —  Mal  Mal posso esperar para conhecê-lo.

Ele deixou cair um conjunto de ossos de costela limpos em seu prato com estrépito e passou um braço enorme em volta do meu peito, me abraçando com força.  —  E  E eu não posso esperar para eles te conhecerem.

 Logo, certo?  —  Logo,  —   Em Em breve. Nada vai nos impedir de voltar para casa agora.

E eu estava tão animada que acreditei nele.

Kazel

Vik estreitou os olhos para mim enquanto colocava as patas em seus quadris largos.

 

   —   Não mostre sua cara em Gorsich nunca mais, está me

ouvindo? Fique em Torin e não volte.  —   Devo Devo ficar ofendido por você não querer me ver de novo? —  

Eu sorri para ele. Ele não esboçou um sorriso.  —  Estou   Estou falando sério, Kaluma. Leve seu cônjuge e viva feliz

longe daqui. Fiquei sóbrio por um momento enquanto olhava para longe, onde mal conseguia ver o topo da montanha de Drukil. —  E  E o que você fará com ela? Ela só ganhará mais e mais poder. Ele bufou.  Nós ficaremos bem.  —  Nós Eu queria discutir com ele, mas Vik era teimoso. Porque não importa o que ele disse, eu voltaria. Sherif e os drixonianos juraram interromper seu reinado de terror antes que ela ganhasse mais poder na galáxia Rinian. Eu dei um tapinha em seu ombro.  Obrigado por tudo que você fez por nós.  —  Obrigado  —  Claro.  Claro. Pria não quer deixar Rain, então é melhor você tratá-

la bem ou aquele redemoinho de uma u ma viree viajará todo o caminho até a té  Torin para derrotar você. Eu ri.

 

   —  Eu  Eu acredito nisso.  —  Eu  Eu assisti a viree se agitar por causa

de Rain, carregando-a com uma grande mochila, o que fez meu companheiro tropeçar com o peso. Ela me lançou um olhar divertido com os olhos arregalados enquanto Pria colocava mais suprimentos na bolsa.  —  Fique  Fique longe, —  disse  disse Vik com sinceridade.  — Vou Vou fazer o meu melhor,  —   respondi, e sabia que ele não

estava satisfeito com a resposta. Depois de um longo adeus em que Pria se agarrou às saias de Rain por muito tempo, subimos na parte de trás de um carrinho flutuante. Rain sentou na minha frente, protegida pelo meu corpo no círculo dos meus braços, enquanto eu agarrava o guidão. A poeira soprou enquanto o buggy subia no ar, e Rain continuou a acenar para Pria e a outra viree enquanto saíamos em disparada. Nós serpenteamos entre as formações rochosas imponentes enquanto nos dirigíamos para a costa à distância. Finalmente, quando eles eram apenas especificações no horizonte, Rain olhou para frente com um longo suspiro. Esfreguei meu queixo no topo de sua cabeça.  —  Sinto  Sinto muito por termos que dizer adeus.  —   É É só que ... ela me tratou com tanta bondade, e ainda tinha

a ferocidade dela para governar toda a toca. Eu gostaria de ser assim.  — Você Você está bem do jeito que está.

 

  Ela fez um som tutting.  Achei que você diria isso.  —  Achei  — Você Você quer que eu diga mais alguma coisa?

Ela se remexeu em seu colo.   Sim. Não. Eu não sei.  —  Seus   Seus dedos agarraram sua saia.  —  Sim.  —   Eu Eu quero que você saiba que eu quero ser mais corajosa e fazer

o meu melhor para superar o que passei. E está tudo bem para você me encorajar nisso. Sim, às vezes há coragem em apenas respirar, mas está tudo bem para mim querer fazer mais do que isso também. Enquanto cavalgávamos por uma planície de grama, pensei no que ela disse.  —   Você Você quer que eu o encoraje para que você seja capaz de

mais? Ela olhou para mim por cima do ombro e seu sorriso tímido me deixou saber que eu estava no caminho certo.  —  Sim  Sim eu gostaria disso. Eu confio em você, Kaz. Você não vai

me envergonhar, mas também quero que me pressione para ser uma pessoa melhor. Todos nós podemos melhorar.  — Então Então você faz o mesmo comigo.  — Sobre Sobre o que você está inseguro?  — Direto Direto ao ponto, hein?

Ela sorriu e apertou meus pulsos.

 

   —  Estamos  Estamos nos conhecendo.

A resposta não foi difícil para dar.  —  Não  Não tenho certeza se sou um bom irmão.

 Torcendo ligeiramente na cintura, ela colocou a mão na minha coxa. Eu mantive meus olhos fixos à frente, para não bater o buggy.  —  Como  Como assim?  —  E   E se eu não for como ele suspeitou? Sou mais velho, mas

Sherif é mais um líder. Ele parece o mais velho. Eu quero apoiá-lo, mas eu realmente não sei como. Seus dedos bateram em minha perna.  —  Você  Você sabe o quê? Tenho certeza de que ele tem as mesmas

preocupações que você. Quando chegarmos em casa, a melhor coisa a fazer é conversar. Eu grunhi.  Não tenho certeza se temos esse relacionamento ainda.  —  Não  —   Ok, mas você pode chegar lá. E se você precisar de um

mediador, fico feliz em sentar-me entre vocês e ajudar na conversa. Eu sorri.  —  Você  Você e Zuri, tenho certeza.

Ela bateu palmas com um pequeno grito.  —  Nunca  Nunca pensei que teria uma cunhada.

Dei um beijo em sua cabeça.

 

   —   Coma Coma alguma coisa. Vou levar a maior parte do dia para

chegar lá. Assentindo, ela cavou em sua enorme mochila e tirou algumas tiras secas de carne. Ela enfiou um na minha boca antes de mastigar o dela. Aproveitando a sensação de seu corpo perto do meu, mantive uma das mãos no guidão e a outra em sua barriga crescendo. Ela colocou a mão sobre a minha e se recostou no meu peito.

Enquanto o sol se punha à nossa direita, o cais se erguia no horizonte como um gigante negro. Esta doca não estava sob o controle de Drukil e raramente era usada. Ainda assim, qualquer aparição de um cruzador desconhecido sem aprovação prévia seria relatado ao conselho - que provavelmente relataria a Drukil. Os gêmeos - Grieg e Uthor - estariam atracando ilegalmente. Eles provavelmente estavam circulando em algum lugar acima, usando um dispositivo de camuflagem em sua nave. Eu tinha um sinalizador no bolso, cortesia de Vik, para alertá-los quando eu chegasse.

 

  Enfiei a mão no bolso e apertei apert ei o botão enquanto a doca ficava cada vez mais perto. Em breve, teríamos que abandonar o carrinho e fazer o resto do caminho a pé para evitar a detecção. Rain tinha sapatos adequados agora, então eu não estava muito preocupado. Eu podia sentir o cheiro do ar salgado das freshas ao longo da costa e podia ver onde a sujeira abaixo gradualmente dava lugar a uma areia granulada. O cabelo cacheado da Rain esvoaçava com o vento forte, muitas vezes batendo no meu pescoço, mas eu não me importei. Ver seu cabelo solto e livre, assim como ela estava agora, fez meu coração disparar. Estacionamos o buggy em um local combinado para que Vik pudesse voltar para buscá-lo - esses buggies não eram fáceis de encontrar. Levei nosso pacote de suprimentos nas n as costas e então, com minha mão na de Rain, decolamos em direção ao cais. Não consegui ver o cruzador Kaluma, mas ouvi o som fraco dos motores. Teríamos que estar prontos para embarcar o mais rápido possível, e até mesmo isso era arriscado. Mesmo assim, era a maneira mais rápida de chegar em casa e confiei nos gêmeos para manobrar a viatura com segurança. Ao nos aproximarmos do cais, senti um estrondo sob meus pés. A Rain vacilou por um momento antes de se endireitar, e a areia ao nosso redor começou a se agitar em um frenesi. Cobrindo a cabeça

 

  de Rain para evitar a picada p icada dos grãos, eu apertei os olhos no ar assim que um cruzador se materializou momentos antes do trem de pouso da aeronave enganchado na doca. Olhei para a cabana de operações e, enquanto a luz estava acesa, não houve movimento e nenhum Rogastix armado veio correndo. Achei isso um pouco suspeito, mas não tive tempo para ruminar quando a porta traseira se abriu. Dois pares de olhos olharam para nós. Grieg e Uthor eram idênticos, com cortes de cabelo iguais - raspado de um u m lado e comprido do outro, exceto que cada um tinha um lado diferente raspado. Essa era uma maneira de diferenciá-los, mas ainda tinha problemas com isso. Claro, eles não deram a mínima sobre mim. Imediatamente, seus olhos se voltaram para Rain e cada um soltou um pequeno suspiro antes de sair da viatura. Foi incrível como esses silenciosos e habilidosos guerreiros Kaluma se transformaram em mingau ao ver uma fêmea humana. Eles desceram a rampa da viatura para o lado de Rain. Um pegou a mão dela enquanto o outro passou o braço em volta de seu ombro. Gaguejando, sua cabeça balançou para frente e para trás entre os dois.  —  Uh,  Uh, oi. Olá.

Eles olharam, e eu rolei meus olhos.

 

   —   Estes Estes são os gêmeos, Grieg e Uthor, que de repente ficam

mudos ao ver uma humana. Um deles olhou para mim - pensei que fosse Grieg - e disse com uma voz áspera. — Estamos Estamos mostrando respeito.  —   Certo, vamos mostrar respeito colocando-a nesta nave e tirando o yerk daqui. Eles assentiram e deram um passo em direção à rampa quando um som de assobio perfurou o ar parado do crepúsculo. Abaixei-me agachado, minhas escamas imediatamente ondulando em branco assim que uma forma escura se materializou acima de nós.  —   O quê!  —   A Rain engasgou assim que uma rede se

espalhou, bloqueando a última luz do sol remanescente e nos prendeu no chão.

 

 

CAPÍTULO 11 R AIN AIN —   E U TENHO QUE COMEÇAR DE NOVO …—    EU RECLAMEI ENQUANTO …—  EU JOGAVA O ENSOPADO ARRUINADO PARA O GADO .  E LES LES BUFARAM ENQUANTO CORRIAM PARA COMER A SUJEIRA . — O

que aconteceu?

—   Kazel

disse, dando um passo ao meu

lado. —   Eu

adicionei muito tempero. Estava tão amargo que nem

consegui comer. Acredite em mim, ninguém queria isso. —  Bati  Bati o pé, me sentindo uma criança, mas estava frustrado.

Bloom — Bloom

tem tentado me

ensinar a cozinhar, mas não tenho certeza se sou talhada para isso. Fiz todo aquele trabalho e agora estou de volta à estaca zero.  —  Qual é a estaca zero?

Eu soltei um cacho que caiu nos meus olhos. —  O

início. Ele franziu a testa.  Você —  Você

não está no começo.

—   Sim

eu estou. Tenho que descascar todos os tubérculos de

novo, selar a carne ...   Você —  Você isso.

—  

não está no começo porque aprendeu algo quando fez

Ele gesticulou para as poças de ensopado na terra verde,

 

 

atualmente sendo inaladas por focinhos bufantes. — Você Você pode ter dado um passo para trás, mas está avançando com tudo que sabe agora. Eu — Eu

sinto que estou ouvindo uma palestra pales tra de autoajuda. —  eu  eu

murmurei, exceto que não me importava muito. Já estava com menos medo de refazer a refeição. Ele bateu na minha têmpora. —  

Você é mais inteligente agora. Mais forte. Com cada

experiência. Não se esqueça disso.

Acordei com paredes de pedra familiares e meu sangue gelou. Rezei para que fosse um sonho e me belisquei, mas quando abri os olhos novamente, ainda estava lá. Meu crânio parecia aberto e meu estômago estava tonto. Quando tentei me sentar, minha cabeça girou. A última coisa que me lembrei foi fo i da rede e, em seguida, inalar algo doce e almiscarado. Depois disso ... nada. Coloquei meus pés no chão e lutei contra contr a a náusea. Abaixo de mim estava minha pequena cama na alcova do quarto de Drukil.

 

   —   Não!  —   eu sussurrei enquanto a bile subia em minha

garganta. Não pode ser. Estávamos tão perto. Eu pulei da cama e puxei a cortina para encontrar Drukil descansando em sua espreguiçadeira com suas filhas de pé atrás dela. Eu parei em minhas trilhas quando todo o ar deixou meus pulmões. Eu balancei, caindo sobre um joelho antes de tropeçar de volta aos meus pés. Drukil observou meu pânico com um olhar entediado.  —  Você   Você terminou?  —  ela   ela perguntou quando eu consegui me

endireitar. Eu lutei para respirar enquanto uma faixa invisível se apertava em volta do meu peito.  Onde ele está? —  Eu  Eu ofeguei.  —  Onde Suas fendas no pescoço tremeram e sua cor escureceu por po r um momento, o que era um sinal de sua raiva.  Você não está preocupado com você mesma? —  Sua  Sua cabeça  —  Você se inclinou. — Você Você tem muito a responder, humana. Meu estômago se revoltou e meu corpo resistiu enquanto eu mal conseguia conter o vômito. Por tão pouco tempo, eu era Rain. Eu tinha sido uma pessoa que amava e era amada e agora a gora estava de volta nas garras deste monstro. Mas não, não, eu não estava preocupada comigo mesma. Provavelmente, ela arrancaria toda a pele das minhas costas, mas primeiro eu tinha que saber onde Kazel estava.

 

   —  Onde  Onde ele está? —  Perguntei  Perguntei de novo.

Ela suspirou dramaticamente e seu rabo tremeu de irritação.  — Humana Humana estúpida!  —   Prubel sibilou de alegria enquanto

batia palmas. Grubel apenas olhou para mim. Drukil finalmente se levantou e deslizou em minha direção. Eu me mantive firme, só porque estava com medo de minhas pernas fraquejarem se desse um passo. Agora, eu estava com meus joelhos travados para me manter de pé. Ela parou na minha frente e se inclinou, seu perfume forte quase me sufocando.  Eu te levarei até ele.  —  Eu Essa foi a única coisa que me fez desbloquear minhas pernas. Corri atrás dela enquanto ela abria a porta e me enxotava para fora. No caminho, procurei uma arma, mas o quarto dela estava estrategicamente vazio. Lá fora, meia dúzia de guardas esperava por nós. Eu sabia que tinha que manter meu juízo sobre mim, mas só conseguia pensar em ver Kazel agora. Ele tinha que estar vivo. Ele apenas tinha que estar. Corri a mão trêmula sobre meu estômago enquanto caminhávamos pelo corredor estreito. Eventualmente, as paredes se abriram para a caverna principal da montanha, o lugar onde eu vi Kazel pela primeira vez

 

  quando ele chegou. Os guardas de Rogastix estavam ao longo das paredes e, quando avistei o que estava no centro, cent ro, meu coração parou. Não! Isso não pode ser. Como? Amarrado a postes no centro da sala, ainda inconscientes, estavam Kaz e os gêmeos. Para meu horror, mais dois postes seguravam Carew e Racks. Racks parecia à beira beir a da morte - seus olhos estavam inchados e fechados, seu único braço pendurado em um ângulo torto e ele estava sangrando tão profusamente que eu não conseguia nem dizer a origem dos ferimentos. Carew, por sua vez, parecia ilesa fisicamente, mas seu olhar de mil metros me congelou até os ossos. Corri em sua direção, mas um guarda agarrou meu braço e me segurou.  —   Carew! —   —   Eu gritei enquanto lutava contra o aperto.  — 

Carew! —   Eu Eu nem me lembrava das lágrimas começando. Um segundo meus olhos estavam secos, e no próximo eu estava uma bagunça de lágrimas e ranho enquanto meus ombros tremiam com os soluços. Sua cabeça se virou lentamente e ela olhou para mim com total derrota em cada linha de seu corpo.  —  Está   Está tudo bem...  —  ela   ela disse em um tom monótono e sem

vida. —  Acabou.  Acabou.  — Não! Não! —  Eu  Eu lamentei, caindo de joelhos.  — Não, Não, não está.

 

   —  Oh,   Oh, está sim. —   —  disse   disse Drukil enquanto ela deslizava entre

os postes. — Está Está muito acabado. Ela bateu na cabeça dos gêmeos e um deles abriu os olhos meio grogue. Quando ele a avistou na frente dele, ele estremeceu com um silvo, acordando seu irmão. Ambos começaram a lutar em suas amarras, e suas escamas tremeluziram, mas o apagamento não importava agora. Eles não podiam ir a lugar nenhum.   começou Drukil,  —  acho   acho que os manterei  —   Esses dois...  —  começou como procriadores para minhas filhas. As irmãs vizpek se alisaram no canto enquanto uma das gêmeas soltou um ruído de vômito.  —  Aqueles   Aqueles dois...  —  ela   ela apontou para Carew e Racks.  — Irão Irão

morrer. E seu Kaluma aqui...  —   ela lentamente caminhou até um Kazel gemendo que parecia estar se recuperando. —   Também morrerá, mas muito mais devagar. E você vai assistir. de pé.

 —  Sua  Sua vadia! —  eu  eu assobiei para ela enquanto conseguia ficar

Ela se encolheu, suas joias tilintando, já que eu nunca tinha falado com ela assim.  —  Do  Do que você me chamou?  —  Ela  Ela olhou para o Rogastix.  — 

O que aquela palavra significa? Meu tradutor não reconhece.

 

   —   É É uma palavra fraca para descrever quão horrível você é! —  

eu ralei, arrancando minha mão do aperto do guarda. Ele me permitiu, mas tirou sua arma de laser e apontou em minha direção.  —  Estou   Estou sem prática em insultos. Kazel gemeu novamente e abriu os olhos com os olhos turvos.  —   Rain!  —   ele murmurou enquanto lutava para manter a

cabeça erguida. Drukil açoitou sua cauda como um chicote.   Cuidado, humana. Há tempo para manter sua punição ao  —  Cuidado, mínimo. Os olhos de Kazel pousaram em mim e sua pupila pulsou até que ele finalmente se concentrou.  —  Rain...  Rain... —  sua  sua voz veio mais nítida agora enquanto ele lutava

contra suas amarras. Suas escamas tremeluziram, e ele ficou branco e mais limpo em rápida sucessão enquanto o pânico se apoderava dele.  —   Tome cuidado.  — Estou Estou desapontada.  —   disse Drukil, puxando o cabelo de Kaz. Ele se desvencilhou dela com um grunhido.  —   Pensei que

mandariam uma equipe de resgate maior. É por isso que deixei você ir, para me trazer mais Kalumas. Kaluma s. Eu até ouvi um pequeno boato sobre eles se alinharem com os Drix, mas eu superestimei o vínculo Kaluma. Esses dois...  —  ela   ela apontou para os gêmeos  —  é   é tudo o que o irmão

 

  do pardux significa para ele? Isso é tudo que ele manda para trazer seu irmão para casa? —  Ela  Ela soltou uma risada. — Patético! Patético! Deslizando até Racks, ela o cutucou, mas ele não respondeu. Eu temia que ele já estivesse morto. Carew não disse uma palavra, apenas fechou os olhos e moveu os lábios em silêncio.  —   Bem, chega de conversa.  —   disse Drukil.  — É hora de

alguns de vocês morrerem.  —   Ela bateu o rabo em uma das plataformas falsas do chão da caverna. Quando a pedra caiu, ela segurou a vara de Racks e o jogou no chão como se ele fosse um saco de farinha.  — Não! Não! —  Eu  Eu gritei. E tudo me atingiu de uma vez. A maneira

como Racks havia caçado para nós e cozinhado enquanto eu estava desmaiado. Os sapatos que Carew fez para mim. A indignação por Drukil pensar que ela poderia ditar como vivíamos. E pensei no meu bebê. Eu estava lutando por ele, e eu estava lutando pela mãe que eu queria que ele tivesse.  Tudo isso veio borbulhando à superfície. Eu dei uma olhada em Kaz, cujos olhos brilhavam intensamente. Sua mandíbula cerrou antes de ele assentir. De repente, uma sensação de formigamento de alfinetes e agulhas tomou conta de mim, como se todo o meu corpo tivesse adormecido. A próxima coisa que ouvi foram os gêmeos arfando. Eu verifiquei meu corpo apenas para ver ... nada!

 

  Eu estendi minhas mãos na minha frente, mas eu não estava lá. Eu tinha ficado invisível de alguma forma. Apagado. À distância, ouvi o grito de Drukil. O guarda ao meu lado disparou sua arma laser em minha direção, mas eu tinha me agachado. Seu tiro passou por cima da minha cabeça e pousou bem entre os olhos de outro guarda, e gritos de raiva encheram a caverna. A voz profunda e rouca de Kaz se ergueu acima do barulho.  —  Isso  Isso é quem você é, Rain!

E isso era tudo que eu precisava. Peguei uma lâmina de um cinto de proteção de Rogastix e uma arma laser de outro e, em seguida, corri em direção a Kaz. Eu cortei suas amarras, que eram mais fortes do que eu esperava, algum material que não queria quebrar. Mas eu estava cheia de raiva e adrenalina. Com um grito de guerra, coloquei minhas mãos sobre a cabeça e cortei para baixo. Algo cedeu e Kaz soltou uma das mãos antes de arrancar a lâmina da minha mão. A lâmina estava cortando o resto de suas amarras quando ele apagou. Ao nosso redor, os guardas atiravam às cegas. Prubel soltou um grito quando um fogo de laser a atingiu em um dos braços. Drukil gritou com toda a força de d e seus pulmões, cortando o ar com sua cauda em um frenesi. Eu mal conseguia distinguir seu contorno quando ele se agarrou a mim e correu para os gêmeos. Ele os libertou em segundos.  —  Carew!  Carew! —  Eu  Eu gritei com ele.

 

  Cortamos seu corpo apático e um dos gêmeos a jogou por cima do ombro enquanto corríamos para a entrada da caverna. Mas não havia como descer - nada além de uma saliência que descia até o leito seco do riacho abaixo. Lá está ela! —  gritou  gritou Prubel, e eu sabia que eles el es tinham visto  — Lá Carew, que era a única que não conseguia apagar.  — Deixe-me! Deixe-me!  —   ela tossiu com os lábios rachados.  — Apenas Apenas

me deixe.  —   Tem que haver um jeito.  —   um dos gêmeos murmurou,

passando as mãos pelas paredes de pedra de cada lado da saliência.  Tiros de laser voaram por nossas cabeças e nos abaixamos quando os guardas finalmente se mobilizaram para nos perseguir. De repente, Carew estava em minhas mãos e pude distinguir as figuras borradas de três Kalumas lutando contra a primeira leva de guardas. Olhei ao meu redor, desamparada, e através da luta encontrei os olhos de Drukil.  Tudo em seu corpo prometia uma retribuição muito dolorosa. Eu tropecei para trás, meus calcanhares quase tocando a borda da saliência. Eu queria que meu bebê vivesse, mas não queria que ele vivesse nas mãos de Drukil. Eu não queria morrer. Eu queria viver, mas esta situação parecia impossível ...

 

  Um zumbido voou em volta dos meus ouvidos e eu o empurrei, pensando que era um inseto, mas o som não foi embora. No mínimo, ficou mais alto, mais estável. Eu olhei para trás e meu queixo caiu. Minha pele formigou e pude ver mais uma vez minhas mãos na frente do rosto. Dezenas de motos flutuantes de um único piloto voaram em nossa direção, subindo pela encosta da montanha. Montados nas motos estavam Kalumas de bronze e enormes alienígenas de pele azul azu l com chifres e caudas. Alguns deles seguravam armas de laser e um alienígena azul com um moicano soltou um grito animado enquanto batia na mão de outro com uma longa trança preta. Em uníssono, eles alcançaram o topo da borda da caverna, levantaram suas armas laser e atiraram. Eu pensei que era um caos antes, mas não era nada comparado a isso! Kaluma, aterrissando, saltaram de suas próprias motos para enfrentar o exército de guarda Rogastix de d e frente. Avistei Drukil atrás, fugindo em direção à cena com alguns guardas e suas filhas. Soltei um grito de raiva e levantei minha arma laser, mas mãos me agarraram antes que eu pudesse disparar.  — Solte! Solte!  —   Eu rugi, girando ao redor para enfrentar um

enorme alienígena azul com ombros do tamanho de pedras. Picos corriam ao longo de seus antebraços, e seu rosto cheio de cicatrizes

 

  parecia uma forma de se acalmar para a situação. Deviam ser os drixonianos.  —  O  O que está acontecendo? —  Eu  Eu suspirei.  —   Eu sou Gar. —   —   ele disse em uma voz profunda. Ele tirou

Carew de meus braços e eu a alcancei, a lcancei, mas ele a passou rapidamente rapid amente para um de seus guerreiros.  —   Estamos tirando a bruxa desta montanha. —   —  Ele  Ele olhou por cima do meu ombro, e eu me virei para ver outro drixoniano enorme. Seu cabelo preto era selvagem e rebelde, e uma grande cicatriz marcava seu peito.

Pegue-a, Lukent,  —    — Pegue-a,

disse ele. O grande alienígena acenou com a cabeça e antes que eu pudesse dizer uma palavra, ele a jogou por cima do ombro e montou em uma moto.  — Kazel! Kazel!  —   Eu gritei, lutando nas garras de ferro do grande

alienígena azul. —   Temos que pegar Kazel. Mas minha voz foi abafada pelo rugido do buggy enquanto ele voava e decolava. Gritei enquanto avançávamos pela saliência, mas quando levantei a cabeça, vi que todas as motos estavam sendo sugadas para nos seguir uma por uma. Drixonian e Kaluma. Eu não conseguia ver Kazel e comecei a entrar em pânico, especialmente quando uma moto flutuante passou por nós. Dirigindo era um Kaluma com longos cabelos brancos e uma linha de mandíbula familiar.

 

   —   Oh meu Deus!  —   eu sussurrei quando avistei o Kaluma

cavalgando atrás dele, e o que ele estava segurando. Eu só poderia descrevê-lo como um lançador de foguetes - uma arma sobre o ombro com uma ponta pontiaguda na extremidade. O motorista - que eu só poderia presumir que fosse o Sherif soltou um apito alto e assobiou, e o passageiro que segurava a arma disparou. O fogo brilhou no final do foguete enquanto ele disparava direto para a boca da caverna. Observei enquanto a moto flutuante rapidamente deu uma guinada em U e disparou atrás de nós, descendo a encosta da montanha. Por um momento, nada aconteceu, e então a detonação soou bem no fundo da rocha. O ar parecia pulsar e então, como um vulcão, todo o topo da montanha explodiu. Pedaços de rocha ergueram-se no ar e gritos de cautela foram ouvidos entre os ciclistas. Enquanto as pedras choviam, nós as evitamos e eu me senti como se estivesse em algum tipo de filme espacial, evitando meteoros. Algumas vezes, eu jurei que íamos tombar ou cairíamos dos ombros do alienígena, mas ele me segurava com firmeza enquanto dirigia com uma das mãos. Assim que alcançamos o leito do rio seco, as motos se endireitaram endir eitaram como um exército de formigas e dispararam para longe da montanha destruída. Drukil poderia ter sobrevivido a isso?

 

  Nós cavalgamos por um longo tempo, tempo suficiente para a adrenalina do dia passar e para minha ansiedade se estabelecer enquanto eu procurava freneticamente por Kazel. Eu não conseguia vê-lo, e me perguntei se ele ainda estava invisível, mas não parecia que nenhum dos outros Kaluma estava.  — Kazel. Kazel.  —   eu sussurrei fracamente e senti um tapinha

estranho nas minhas costas por uma grande palma.  — Ele Ele está vivo.  —   disse uma voz profunda em palavras

afetadas. Eu funguei e me deixei cair em seu ombro.  —  Como  Como você sabe?

Porque esse era o plano.  — Porque Isso foi tudo o que ele disse. E por agora, tinha que ser o suficiente. Logo, pude sentir o cheiro do ar salgado da costa e me perguntei se estávamos perto do cais que foi o cenário de nosso sequestro. Nós pedalamos até que as duas motos da frente conduzidas pelo moicano Drixonian e pelo Drixonian de tranças, ergueram as mãos em algum lugar ao longo da costa. As motos desaceleraram, e os Drixonians mal haviam tocado a parte inferior da moto flutuante no solo arenoso quando eu saltei.  Tropecei no chão macio e caí sobre um joelho, mas então eu me levantei em um segundo, correndo entre as motos, gritando.

 

   —  Kazel!  Kazel! Kaz!

Rain! —  Uma  Uma voz rouca familiar elevou-se acima do barulho baru lho  — Rain! das motos em marcha lenta. Então ele estava lá, correndo em minha direção, sujo e ensanguentado, mas de pé. Eu me joguei nele, e ele me pegou no ar. Abraçando-me em seu peito, ele ofegou no meu ouvido.  —   Oh, obrigado yerk, obrigado yerk. Eles me disseram que

tinham você, mas eu não pude te ver. Oh yerk. Eu não pude ver você! —  eu  eu lamentei em seu pescoço.  — Eu

 — 

Achei que você ainda estivesse naquela montanha.  — Estou Estou aqui! —  sua  sua mão alisou meu cabelo. — Eu Eu estou bem

aqui. De repente, percebi que tínhamos uma audiência, enquanto murmúrios penetravam nas batidas aliviadas do meu coração. Kaz me deixou deslizar por seu corpo até que qu e meus pés tocassem o chão, mas ele não me soltou, enquanto o Kaluma que eu achava que parecia familiar se aproximou de nós.  —   Irmão.  —   ele acenou com a cabeça com uma mandíbula apertada. Kazel levou a mão ao peito com o polegar e o indicador abertos.  —  Pardux.  Pardux.  — Oh, Oh, yerk isso. —  Sherif  Sherif bufou.

 

   — Só Só um pardux poderia ter feito isso. —  Kaz  Kaz gesticulou para

o horizonte onde o topo da montanha antes era visível.  —  O   O quê? Como?  —  Ele   Ele balançou sua cabeça.  —  Achei   Achei que

estava perdido e meu plano era levar o máximo possível deles comigo. Sherif apontou o queixo para um Kaluma parado em silêncio com um arco e flecha amarrados às costas. Eu o reconheci como o manipulador da arma que explodiu a montanha.  —  

Grieg e Uthor não estavam sozinhos. Ruvo estava na nave e

nos alertou assim que você foi levado, depois se escondeu. Suspeitamos que Drukil tentariam algo assim. O resto de nós, incluindo os drixonianos, não ficou muito atrás. Kaz olhou ao redor, e eu também, realmente percebendo pela primeira vez a quantidade de guerreiros alienígenas que estavam ao nosso redor. Dezenas de Kaluma e Drixonians, cada um armado e escondidos, e aparentemente não se incomodaram com a batalha mortal. Dominada pela gratidão, mal consegui soltar um grito: Obrigada.  — Obrigada. O olhar de Sherif se voltou para mim e sua expressão se suavizou.  —  Zuri e o resto das mulheres estão ansiosos para

la, Rain.

conhecê-

 

  Grego e Uthor desceram de suas motos. Um deles acenou com a cabeça para mim.  —  Mesmo  Mesmo sabendo que tínhamos reforços, as coisas não pareciam

boas lá. Graças a você, estamos vivos. Sherif ergueu uma sobrancelha.  —  O  O que aconteceu?  —   Ela ficou em branco!  —   disse um dos gêmeos.  — Roubou Roubou

uma arma e uma lâmina e libertou Kazel. Apesar do meu alívio por estarmos vivos, não conseguia esquecer o catalisador para minha súbita onda de coragem.  —   Onde está Carew?  —   perguntei a Kaz, colocando minha

mão em seu peito. — Ela Ela deve estar arrasada.  —  Você  Você está procurando a híbrida Uldani e o guarda Rogastix?  —  O  O moicano Drixonian disse. Ele empurrou um u m polegar em forma de

garra por cima do ombro. — Lá Lá sendo tratados. Confusa, eu o encarei.  —  O guarda… 

De repente, o lamento de Carew pôde ser ouvido sobre a multidão, e os guerreiros pareceram se separar como o mar quando eu comecei a correr em sua direção. Vendo sua cabeça inclinada, eu parei derrapando para vê-la curvada sobre o corpo de Racks. Eu coloquei minha mão sobre minha boca enquanto caia de  joelhos ao lado dela.

 

   —  Não...  Não... —   —  eu  eu murmurei, com muito medo de tocar seu corpo

ferido. —  Como?  Como? Um drixoniano se curvou sobre a forma inclinada de Racks com uma sacola de suprimentos.  Nós o vimos cair e o pegamos antes que ele se espatifasse. —   —  Nós  —   Ele acenou com a cabeça para Carew.  — Ele Ele não está morto. Quase isso, mas sou bom no que faço.  —  Espere,  Espere, —   —  eu  eu levantei a mão. — Ele Ele não está morto?

O Drixoniano assentiu enquanto enchia uma seringa com o líquido de um frasco antes de injetá-lo no braço de Racks.  —   Não. Não. E se eu tiver algo a dizer, ele continuará vivo.

 Carew. —  agarrei  agarrei os ombros da minha amiga enquanto ela  —  Carew. soluçava em suas mãos. — Ele Ele está vivo. Ele ainda está vivo. Mas ela estava além de ouvir. Toda a situação a havia quebrado e eu não podia culpá-la. Ela provavelmente assistiu enquanto Racks era espancado perto da morte, e então vê-lo cair daquela plataforma ... Eu também ficaria inconsolável. Uma mão azul pousou em seu ombro. Um drixoniano com cabelo curto e piercing no lábio se agachou ao nosso lado. Sua voz era calmante quando ele me deu um sorriso gentil.  — Eu Eu sou Nero e vou sentar-me com ela. Vá em frente e

converse com seu companheiro.

 

  Levantei-me com relutância, mas Carew nem pareceu notar a minha presença. Eu queria ficar e confortá-la, mas quando Nero se abaixou e começou a falar em seu ouvido, ela começou a balançar a cabeça e seus soluços suavizaram um pouco. Confiante de que ela foi deixada em boas mãos, me levantei e voltei para onde Kazel estava com seu irmão me observando. No caminho, localizei o Drixoniano que me arrastou para fora da montanha. Ele estava curvado sobre sua moto, mexendo em uma engrenagem. Limpei minha garganta e sua cabeça se ergueu, olhos violetas penetrantes.  — Hum, Hum, Lukent, certo? —   Ele apenas me encarou. Eu sorri,

então ri nervosamente.  — Eu Eu só queria agradecer. Desculpe, eu ... gritei muito. Ele não respondeu por um momento, até que finalmente se endireitou em toda a sua altura, elevando-se sobre mim, e cruzou os pulsos na frente da garganta.  —   Ela é tudo!  —   disse ele em uma voz rouca profunda que

tinha um tom de reverência a isso, e então, mais uma vez, voltou a mexer em sua moto. O encontro foi estranho, mas não rude, e eu lembrei que Kazel tinha me dito que a maioria dos Drixonianos não tinha estado perto de mulheres por muito tempo em suas vidas.  — Certo. Certo. —   —   eu murmurei em suas costas enquanto me

afastava. — Obrigada Obrigada novamente.

 

  Kazel se aproximou de mim assim que cheguei perto e me puxou para seus braços. Eu localizei alguns cortes em seus braços.  —  Eu  Eu estava tão preocupada que você não saiu a tempo.  — Fui Fui o último a sair, mas consegui.

Suspirei enquanto descansei minha cabeça no meu peito.  —  Você acha que Drukil conseguiu?  —  Eu  Eu sei que ela não fez! —  ele  ele grunhiu.

Eu me afastei para olhar para ele.  Como você sabe?  —  Como Ele segurou meu olhar ferozmente com seu único olho.  —  Eu  Eu fui o último a sair porque eu a matei, Rain. Ela e suas duas

filhas. Ela está morta, assim como seu exército.  —   Ele sorriu.  —   Estamos indo para casa de verdade agora, Rain. Estamos indo para casa.

 

 

CAPÍTULO 12

Kazel

Sherif se recostou na cadeira e cruzou as mãos atrás da cabeça com os lábios curvados em um pequeno sorriso. Isso parece familiar.  — Isso Sentamos na cabine principal de uma grande nave de carga drixoniana no caminho de volta para Torin. Armazenadas na seção de carga estavam todas as motos hover sem as quais o Drix se recusava a lutar. Agora que os tinha visto em ação, entendi por quê. Ao nosso redor havia uma mistura de Kaluma e Drixonianos conversando ou comendo. Outros estavam dormindo em seus beliches. Achei a estrutura drixoniana interessante. Embora tivessem um líder geral - Daz Bakut, que havia ficado fica do para trás em Corin - havia subgrupos menores. A maioria se misturava. O Drix que resgatou Rain da montanha - um guerreiro grande e intimidante chamado Lukent parecia se distanciar de alguns outros Drix. Eles pareciam um pouco mais rudes na aparência, mais marcados e menos sociais. Meu irmão e eu sentamos sozinhos.  —  Você  Você ligou para Zuri?  — Ela Ela está ansiosa para ver você e conhecer Rain.

 

  Eu balancei a cabeça enquanto esfregava minhas mãos. Eu usei o limpador, então enquanto me sentia mais limpa, meus músculos doíam ferozmente da batalha. Tive que lutar para p ara chegar até Drukil e suas filhas com todas as forças que tinha. Quando vi que o resgate estava a caminho, gritei g ritei para alguém tirar Rain o mais rápido possível. Ela já tinha visto violência suficiente, e eu queria poupá-la da cena em que qu e eu cortava as cabeças da rainha vizpek e de suas filhas. Explodir a montanha garantiria que elas não seriam capazes de se regenerar.  — Você Você já contatou o conselho? —  Eu  Eu perguntei.

Sherif acenou com a cabeça.  —   Acontece que estávamos lidando com Drukil porque o

conselho estava lutando entre si - aqueles que estavam dispostos a ficar do lado de Drukil e aqueles que não estavam. Ela os tinha pelas bolas, ameaçando libertar sua prole em todo o planeta. Acho que eles pensaram que poderiam manter o número de baixas se seguissem o plano dela.  —  Eu   Eu concordei.  —  Se   Se eles tivessem entrado em contato conosco ou com os Drix, isso poderia nunca ter acontecido. Eles evitaram uma batalha e, às vezes, uma batalha é a única maneira de resolver um problema.  — Bem, Bem, você certamente trouxe a batalha para Drukil.

Ele sorriu.

 

   —   Nós fizemos. Eu tenho uma reunião com os membros

restantes do conselho em um futuro próximo. Os Ubilques que se alinharam com ela estão exilados da galáxia. Eu me encolhi. —  Punição  Punição severa. Sherif encolheu os ombros, sem se incomodar.  —  Punição  Punição severa para um crime severo.  —   Teremos que ficar de olho no conselho. Pode haver um

pouco de vácuo de poder agora. Daz e eu estamos cientes e estamos mantendo nosso foco  —   Daz neles por um tempo. Eu concordei. — Bom. Bom. Bom. Mas isso pode esperar um pouco. Agora, vamos comemorar  —   Mas sua volta para casa. Eu soltei um suspiro e assentindo.  Eu não queria que você ou qualquer Kaluma tivesse que arriscar  —  Eu nada por mim, mas agradeço por ter vindo em meu auxílio. Ele fechou a cara.   Claro que eu viria em seu auxílio. Você salvou Zuri e eu,  —  Claro lembra?  —  Sim,   Sim, mas...  —  Eu   Eu soltei um suspiro e lembrei de Rain me

dizendo para ser honesto com meu irmão. Que nosso relacionamento não iria crescer se não tivéssemos conversas difíceis.  —  Eu   Eu me senti culpado por deixar Torin. Eu sei que tomei a decisão certa para mim

 

  e para Rain, mas eu não tinha certeza se você achava que isso era egoísta e não no melhor interesse dos Kaluma. Os olhos de Sherif dispararam e ele abriu a boca, mas eu levantei a mão. Me deixe terminar. Eu sei que não passei muito da minha  —   Me vida em Torin, mas ainda sou um Kaluma, e considero isso minha casa. Então, eu me preocupei em estar decepcionando você.  —  Sherif  Sherif esperou com uma sobrancelha levantada e eu dei a ele um sorriso malicioso. —  Eu  Eu terminei agora. Ele suspirou e colocou as mãos no colo.  —   Zuri me disse que íamos ter uma conversa, mas eu a

afastei.  —  Rain  Rain me encorajou a ser honesto.  —   Essas mulheres têm uma maneira de nos tornar o que

temos de melhor, não é? Eu sorri com um aceno de cabeça. Ele se curvou e apoiou os antebraços nos joelhos.  Você não está me decepcionando. Você se recusou a deixar  —  Você alguém a quem você deve sua vida sofrer. Esse é o tipo de irmão que posso admirar. Esse é o tipo de Kaluma que quero que leve nosso assentamento para o futuro. Você e sua companheira estão longe de me decepcionar. São vocês que me encorajam a ser o melhor pardux que posso ser.

 

  O ar deixou meus pulmões com um chiado, e endireitei minhas costas quando meu peito ficou apertado. Meu coração batia forte em meus ouvidos e minhas escamas piscaram algumas vezes enquanto eu tentava manter minhas emoções sob controle. Sherif me observou com os lábios pressionados.  —  Estou  Estou orgulhoso de você! —  disse  disse ele.  — E estou orgulhoso

de ser seu irmão. Eu inalei bruscamente.  —   Quem diria que acabaríamos assim depois de tudo que

passamos? Sua risada ecoou.  Quem diria?  —  Quem Abaixei minha cabeça entre meus ombros.  —   Isso foi exaustivo. Podemos nos poupar de ter conversas

como essa com frequência? Eu não posso aguentar muito. Sherif estremeceu.  —  Sim,  Sim, isso é o suficiente para alguns ciclos, eu diria. Eu empurrei o polegar por cima do ombro.  — Vou Vou pegar um

pouco de comida e levar para a Rain. Quando me levantei, os olhos de Sherif se ergueram para os meus. —  Ela  Ela ainda está com Carew?  — E Eu u só posso fazer com que ela saia do seu lado quando ela

dorme.

 

  Sherif assentiu pensativamente.  Ela se encaixará bem em casa. Além Al ém disso, se Racks estiver  —  Ela acordado, quero dizer a ele e a Carew que eles são bem-vindos para ficar conosco em Torin. Para uma visita ou para sempre. Você me disse o que ambos fizeram por você e Rain. Meu peito se inchou de orgulho. Racks ainda não havia recuperado a consciência, mas o curador Drix estava esperançoso.  —  Obrigado,  Obrigado, pardux.

Ele zombou. — Pare Pare com isso. Olha, acabei de aceitar que qu e Bosa e Cravus me chamam assim. Você ainda não tem permissão. Eu ri e dei um soco de brincadeira no braço dele.  Tudo bem, irmãozinho.  —  Tudo Ele me empurrou e eu fui direto para o estoque de alimentos para pegar algumas barras de Drix tein e algumas frutas secas. Desci alguns dos corredores sinuosos que continham os dormitórios até chegar à enfermaria. Alguns guerreiros sofreram ferimentos durante a batalha, mas todos foram cuidados e foram embora. Apenas Racks permaneceu, deitado em uma cama com Carew e Rain amontoados em um lado. Elas não poderiam ser mais diferentes - Carew com seus grandes olhos cinzentos, quatro braços e cauda forte. Enquanto Rain era pequena e pálida com uma juba de cabelo escuro e encaracolado. Ela olhou para mim quando ouviu a porta e me lançou um sorriso

 

  brilhante. Eu devolvi e caminhei em direção a elas, ansioso para ver por que ela estava tão feliz. Quando me aproximei da cama, a cabeça de Racks se virou e, pela primeira pr imeira vez, pude ver as fendas amarelas d dee suas pupilas através dos olhos inchados. Você está acordado! —  eu  eu exclamei, correndo para o lado de  — Você sua cama para agarrar sua mão livre. A outra estava engessado.  —  Como  Como você está se sentindo?  — Como Como se eu quase morresse... —  ele  ele murmurou.

Carew se preocupou com ele, ajeitando o lençol sobre seu peito e penteando seu cabelo.  — Você Você quase morreu. —  eu  eu disse.

Carew fungou e Rain me lançou um olhar estreito que prometia que nos falaríamos mais tarde.  — Só Só estou falando a verdade... —   murmurei.

O peito de Racks engatou e ele tossiu.  — Não Não me faça rir. Machuca.  — Qual Qual é o dano? —  Puxei  Puxei uma cadeira e me sentei.  — É mais fácil dizer o que não está danificado. —   —   Sua voz

estava áspera.  — Você Você deveria estar falando?

Ele tentou encolher os ombros, mas estremeceu.

 

   —   Talvez não, mas estou tão feliz por estar vivo que não

consigo parar. De qualquer forma, terei cicatrizes por toda parte e serei ainda mais feio, mas Carew disse que ainda ficará do meu lado.  —  Claro,  Claro, eu vou... —  ela  ela retrucou. — Estúpido. Estúpido.

Ela está morta...  —  eu   eu disse a ele.  —  Ela   Ela e suas filhas. Eu  — Ela mesmo as matei e depois explodimos a montanha. Os olhos se abriram um pouco mais e os lábios inchados se contraíram enquanto ele tentava sorrir.  Rain me disse. Bom trabalho.  —  Rain  —  Como  Como eles encontraram você?

Racks começou a história, mas sua voz falhou rapidamente e Carew a terminou. Eles foram para um dos campos de refugiados, mas Drukil tinha olhos e ouvidos em todos os lugares. Mesmo que eles pensassem que estavam disfarçados o suficiente, eles foram reconhecidos e Drukil enviou um esquadrão de Rogastix para pa ra capturálos. Racks havia lutado com tudo o que tinha, o que provavelmente era o motivo de ele ter sido espancado tão severamente, enquanto Carew fora colocada para dormir, como se estivéssemos na rede. Carew falou em palavras hesitantes e finalmente assentiu, incapaz de continuar. Imaginei que o trauma da situação continuaria com ela por um tempo.

 

   — Ainda Ainda não consigo acreditar que estou vivo. vi vo. —   —  Racks  Racks fechou

os olhos e suspirou.  —  Eu  Eu poderia dizer que estava em queda livre, e então de repente ... eu não estava. Eu estava voando em uma moto flutuante. Não posso acreditar que um daqueles daquel es Drix me pegou no ar. Sempre meio que os odiei, mas agora estou em dívida.  —   Qual é o seu plano?  —   Perguntei a Carew.  — Para Para onde

vocês dois querem ir depois disso.  —  Não  Não tínhamos conversado sobre isso, —  disse  disse Carew.

 — 

Ele acabou de acordar e antes disso ... bem, não sabíamos que tínhamos muito futuro.  —   Sherif disse que você é bem-vindo para ficar conosco em

 Torin pelo tempo que quiser - temporariamente ou para sempre. Ele sabe o que você fez por Rain e por mim. Os olhos de Carew ficaram grandes e redondos. Mesmo? E seríamos ... aceitos lá?  — Mesmo? Eu concordei.  —  Os   Os Kaluma não querem mais ficar isolados. Estamos felizes em receber outros. Fique! - disse Rain, agarrando duas das mãos de Carew. —  Eu  Eu gostaria que você ficasse para sempre, mas pelo menos até que Racks esteja curado e você tenha um lugar seguro para ir. Carew olhou para Racks, que deu um pequeno, mas firme aceno de cabeça. Ela sorriu para Rain, e eu pude ver o alívio em seus

 

  olhos cinzentos quando ela mordeu o lábio com um balanço ba lanço de cabeça feliz.  —   Sim, ficaremos um pouco. Obrigada.  —   ela sorriu para

mim.   Vou ter que deixar Zuri, e o resto das mulheres, saberem  —  Vou que estamos tendo muita companhia. Já posso ouvir Wensla gritando conosco se não avisarmos com antecedência para se prepararem.  —   Tem certeza que eles vão m mee aceitar? Eu sou ... eu sou parte

vizpek.  —  Você  Você é Carew. - disse Rain, interrompendo-a. interrompend o-a. —  Isso  Isso é quem

você é, e isso é bom o suficiente. O sorriso de Carew iluminou a sala.

Rain

Segurei a mão de Carew quando saímos da nave na ve de carga para um campo plano. Não muito longe, eu podia ver um trecho de flores silvestres em flor, suas cores iluminadas pela luz do sol brilhante.

 

   Torin não era um planeta feio - não era um deserto como Vixlicin ou algo assim - mas não tinha nada em Torin. A sujeira verde úmida esmagou meus sapatos e a grama alta e azul fez cócegas em meus tornozelos. À distância, árvores enormes do tamanho de sequoias subiam para o céu. Eu podia apenas distinguir as grandes vagens de fungo planas ramificando-se dos troncos onde os Kaluma faziam suas casas. Sax e Xavy, os Drixonians que eu aprendi que estavam no comando da operação de resgate, estavam na rampa da nave de carga, observando nossa descida. Junto com o Sherif, cerca de duas dúzias de guerreiros Kaluma se juntaram à missão de resgate. Eu vim para conhecer os Drixonianos um pouco ao longo da  jornada para casa e os achei imensamente divertidos. Sax, aquele co com m a trança grossa e mamilos perfurados, falava sem parar sobre sua companheira inteligente, Val. Xavy tinha uma história com Kaluma, ele e sua companheira, Tabitha. Eu estava ansioso para conhecer seus companheiros, e eles prometeram nos visitar algum dia. Braços cruzados, Xavy acenou com a cabeça na direção de Sherif.  —  Não  Não seja um estranho.  —   Traga Traga Tabitha às vezes. Wensla e Gurla querem vê-la. Eles

têm um bebê agora. Xavy sorriu e acenou com a cabeça.

 

   —   Ela vai querer vir assim que eu disser. Não se preocupe.

Nos vemos em breve.  —  Obrigado.  Obrigado. —  disse  disse Kaz aos drixonianos. —  Por  Por tudo.

Sax levantou a mão.  Não precisa agradecer. Isso também era do d o nosso interesse.  —  Não E para ser honesto, eu estava louco para atirar em algo. Eu estava perdendo a prática.  —  E   E mostrou...  —  Xavy   Xavy brincou de volta.  — Sua Sua pontaria foi

terrível.  — Melhor Melhor do que a sua.  — Vamos Vamos fazer um concurso quando chegarmos em casa,

então. O vencedor ganha...  —  Parem  Parem de discutir e entre na nave de carga. —   —  Latiu  Latiu o Drix

com cicatrizes faciais, que eu descobri que se chamava Gar.  — Eu Eu tenho bebês para ver.  —  Certo,  Certo, —  Sax  Sax disse, voltando para a nave. —  A  A pobre mulher

está presa a cuidar de seus enormes filhos que comem mais do que o adulto médio. Eu ouvi um tapa forte e um  —  Ow!   Ow!  —  abafado,   abafado, seguido pela risada estridente de Xavy. A rampa subiu com um chiado enquanto o navio se preparava para decolar. Com Sherif na liderança, caminhamos lentamente para o assentamento. Racks estava andando agora, mas mal, então nosso

 

  progresso era lento. Ele insistiu em chegar ao assentamento por conta própria, e eu tinha certeza de que era orgulho. Carew caminhou ao lado dele para se apoiar e os gêmeos pairaram nas proximidades, caso precisassem ajudar em caso de queda. Sua mandíbula estava rígida enquanto ele mancava, e eu sabia com aquela determinação, ele conseguiria. Quando chegamos à beira das flores silvestres, um grito pôde ser ouvido à nossa frente, momentos antes de três figuras explodirem do mato denso.  —  Sherif!  Sherif! —  gritou  gritou uma mulher negra com uma cabeça cheia

de cachos

e um lenço colorido amarrado atrás dela. Seus olhos

castanhos se arregalaram ao me ver, e ela parou derrapando. Atrás dela estavam mais duas mulheres - uma baixa com cabelo castanho e uma mais alta com uma trança e um ... bastão com pontas amarrado nas costas. Seguindo-os em um ritmo mais lento estavam dois Kaluma um enorme com cabelo curto e outro com seu cabelo branco raspado nas laterais e o resto puxado para trás em uma longa trança. Ele também usava um bastão com pontas amarrado às costas. Atrás deles em um ritmo ainda mais lento estavam duas outras figuras que eu rapidamente reconheci como mulheres Kaluma. Eles eram lindos, com pele bronzeada, cabelo branco e olhos grandes e redondos.

 

   —  O   O comitê de boas-vindas chegou!  —  Kazel   Kazel murmurou. Ele

sorriu e pegou minha mão. Zuri, a companheira de Sherif, começou a correr novamente. Sherif abriu os braços e ela se derreteu contra ele. Ele esfregou as costas dela, sussurrando algumas palavras em seu ouvido. Ela imediatamente se endireitou e veio direto para mim, com os olhos úmidos.  —   Olá, sou Zuri. Acho que somos cunhadas.  —   Ela pegou

minhas mãos em seu aperto quente e eu tinha certeza que me apaixonei um pouco por ela.  —   Eu sou Rain.  —   eu disse.  — Eu Eu ouvi muito sobre você e

estou muito feliz em conhecê-la. Ela olhou para Kazel.  —   Todas as coisas boas, certo?

Kaz riu.  —  Claro...  Claro...

Soltando minhas mãos por apenas um momento, ela colocou os braços em volta de sua cintura grossa.  —  Você  Você fez bem em trazê-la para casa.

Ele deu um tapinha no ombro dela.  —  Obrigado.  Obrigado.

Zuri pegou minha mão e me puxou para as outras mulheres. Conheci Bloom, a baixinha com olhos amáveis, assim como Karina, a

 

  que usava o bastão pontudo e tinha uma aparência travessa. Bosa era seu companheiro e parecia igualmente problemático. Cravus, o companheiro de Bloom, era um pouco como um ursinho de pelúcia, se é que os ursos de pelúcia pelú cia eram de bronze com ombros pontiagudos. Wensla e Gurla eram a fêmea Kaluma e faziam parte de uma tríade de companheirismo com um macho. Wensla estava com o bebê nas costas e gorgolejou feliz para mim. Foram muitas apresentações e minha cabeça estava girando quando terminamos - e ainda nem tínhamos chegado ao povoado principal. Racks estava pálido, então continuamos em um ritmo mais rápido enquanto o resto das mulheres conversava.  —   Achamos que você queria descansar primeiro quando

chegou, por isso preparamos a refeição para hoje mais tarde, mais perto do anoitecer. —  disse  disse Zuri.  —   Nós deixamos a cabana de Kazel pronta para você com

roupas de cama limpas, água doce e alguns lanches, apenas para garantir. —  acrescentou  acrescentou Bloom.  Ela está experimentando cozinhar os ingredientes aqui e é  —  Ela uma boa cozinheira. —  Karina  Karina deu um tapinha no braço de um Bloom corado.  —   Ela fez algo que Zuri chamou de amuse bouche, mas nenhum de nós sabia o que era. Zuri suspirou.

 

   — É como uma amostra de algo. —   —  Ela  Ela olhou para mim.

 — 

Você já ouviu falar, certo?  — Oh Oh não...

Zuri acenou com a mão.  Tanto faz, não importa. Bloom é uma boa cozinheira e essa  —  Tanto é a informação importante.  — E ela me deu uma folga na organização das refeições.

 —  

disse Wensla. —  Temos  Temos este pequeno e outro a caminho. Minha mão desceu para o meu estômago.  — Eu, Eu, hã, também tenho um a caminho.

Os olhos de Zuri quase saltaram das órbitas.  O quê?  —  O Eu sorri.  — É uma longa história.

Sherif acenou para mim.  —  Eu  Eu disse a Kazel que estou feliz por vocês dois.  —  Resista.  Resista. —  Zuri  Zuri acenou com as mãos freneticamente antes de virar um olhar perverso para seu companheiro.  —  Você  Você sabia enão

me contou? Os olhos de Sherif dispararam para Kazel e depois de volta para seu companheiro. Eu não tinha certeza se o grande e sério Kaluma poderia parecer assustado. Eu o vi cavalgando para a batalha em uma moto flutuante com um guerreiro armado com um lançador

 

  de foguetes nas costas. Mas com sua companheira o questionando, ele parecia apavorado. Ele engoliu em seco e acenou com a cabeça uma vez, lentamente.  —  Eu  Eu fiz.

 ela gritou.  — E você não me contou? —  ela  —   Achei que fossem notícias deles...  —   ele respondeu

rapidamente. —  E  E não era meu lugar contar. Zuri o encarou por um longo tempo com os olhos semicerrados antes de soltar um bufo.  —   Certo, Certo, tudo bem. Você está fora do castigo por não querer

roubar as novidades de uma mulher grávida. Mas só um pouco fora do castigo.  —  Ela   Ela apontou um longo dedo para ele antes de se virar para mim. Sua expressão mudou completamente para uma de alegria, e eu tive que rir dela. —  Esta  Esta é a melhor notícia de todas. Você está se sentindo bem? Assustada? Eu prometo que há humanas e mulheres Kaluma suficientes aqui para você passar por isso. Além disso, Karina também está grávida, então vocês podem passar por isso juntas. Zuri! —  ela  ela retrucou.  — Zuri!  — O quê? —  Zuri  Zuri atirou de volta.

Karina bateu o pé. — Você Você acabou de roubar minha novidade.  —   Todo mundo já sabe!  —  Ela  Ela não ainda! —  Karina  Karina estendeu a mão para mim, quase

me acertando no rosto.

 

  Zuri apertou os lábios com firmeza antes de soprá-los. Seus ombros caíram.  —  Merda,  Merda, você está certa. Desculpe, Rina.

Karina claramente não ficou brava por muito tempo porque ela jogou o cabelo por cima do ombro e sorriu para nós.  —   Só Só estou dificultando o trabalho, Zuri. De qualquer forma,

estou grávida também, então vamos superar isso juntas.  —   Ela agarrou minha mão e apertou, e quando olhei para seu rosto bonito e sorriso amável, senti as lágrimas picarem a parte de trás dos meus olhos. Fungando, tentei segurá-las. Sinto muito,  —  eu   eu disse.  —  Eu   Eu só ... isso é muito. Amigas,  — Sinto segurança e felicidade. Não achei que fosse possível para mim. Nem na Terra, nem aqui. O sorriso de Karina desapareceu quando ela se aproximou.  —   Entendo. Todos nós entendemos. Vai levar algum tempo

para se ajustar e estamos aqui para ajudá-la com isso. Suas emoções estarão em todo lugar, e especialmente mais ainda que você tenha um monte de novos hormônios em ação. Seja gentil com você mesma. Estamos aqui para ajudá-la. Além disso, Kazel é muito bom, e eu totalmente teria tentado acertá-lo se Bosa não me prendesse primeiro.  —  Eu   Eu ouvi isso!  —  o   o Kaluma trançado retrucou. Ele agarrou

o braço de Karina e a girou. Ela soltou um grito de felicidade

 

  momentos antes dele esmagar seus lábios nos dela. Assim que um deles gemeu, todos nós nos afastamos. Zuri pigarreou.  —   De

qualquer

forma,

descanse

encontraremos para jantar, ok? Eu balancei a cabeça com uma risada.  —  Sim,  Sim, ok.

um

pouco

e

nos

 

 

CAPÍTULO 13 R AIN  AIN  

O assentamento Kaluma era diferente de tudo que eu tinha visto antes. Gorsich, embora desenvolvido, ainda era um pouco confuso, pois o Conselho Riniano bateu de frente com as muitas espécies que ali viviam. Em Torin, os Kaluma eram totalmente autossuficientes. Plantações abundantes balançavam com a brisa, rebanhos semelhantes a porcos de pernas compridas pastavam e um riacho próximo era a fonte perfeita de água doce. Karina, Bloom e Zuri fizeram alguns pequenos toques para trazer um elemento humano para o assentamento. Eles organizaram um sistema de refeições melhor, semelhante a uma lanchonete de escola secundária, que era muito eficiente, e arranjaram amigos designados para ajudar uns aos outros em casa durante as fogueiras barulhentas populares entre os Kaluma. Xavy tinha deixado alguns de seus destilados caseiros, e uma erva de cheiro doce era popular entre os Kaluma para fumar. O cheiro era forte e me deixou um pouco alta. Quando me preocupei com o bebê, Wensla me garantiu que era perfeitamente seguro.

 

  Com a chegada de Kazel e eu, e a queda de Drukil, naquela noite uma grande fogueira se estendeu no céu no centro do povoado. Recostei-me em uma cadeira especial que Wensla me emprestou enquanto Karina se deitava no colo de Bosa enquanto ele lhe dava frutas silvestres. Kazel se sentou ao meu lado, casualmente esfregando meus ombros enquanto falava com seu irmão.  —  Em  Em quanto tempo você acha que devemos visitá-la?

 —  

Perguntou Kazel. Em breve.  —   disse Sherif.  —   Antes que Karina e Rain  — Em ganhem, porque as mulheres humanas ali tiveram vários partos e podem dar conselhos. Da próxima vez, eles disseram que vão viajar para cá. Xavy disse que Tabitha sempre quis ser algo chamado de influenciadora de viagens, mas não sei o que isso significa. Karina bufou.  Estou animado para conhecer essa Tabitha.  —  Estou  — Espere, Espere,  —  tentei   tentei me sentar, mas a fumaça me deixou um

pouco descoordenada.  —   Quantos de seus companheiros humanos têm bebês? Sherif ficou irritado, mas desistiu depois das cinco.  —   Eu não consigo me lembrar. Bastante. Os machos

drixonianos são férteis.

 

   — E Então, ntão, podemos encontrar humanas que deram à luz aqui?

Eles poderão nos dar dicas? —  Eu  Eu engasguei, olhando para Karina. —  Você sabia disso? Ela assentiu com um sorriso.  Tenho perguntado se podemos visitá-los antes que qu e eu fique  —  Tenho grande demais para me mover.  —  Daz  Daz disse que há muitas crianças e companheiras.

 —  

Sherif franziu a testa. —  Vai  Vai ser barulhento e lotado. Kazel riu.  —  Vai  Vai ser bom. Não fique mal-humorado sobre isso. Vejo você

falando com Grim quando Wensla não está olhando.  Grim e eu temos muito em comum.  —  Grim  —   Ele é uma criança.  —   Zuri revirou os olhos enquanto se

sentava ao lado de Sherif com um copo de um líquido claro que cheirava como se pudesse tirar a tinta das paredes.  — Sim, Sim, ele ouve e não fala de volta.

Zuri deu um tapa na cabeça de Sherif com a palma da mão. Ele nem mesmo vacilou, e eu vi os cantos de seus lábios se inclinarem para cima, como se a irritação dela o divertisse.  — Só Só por isso, você está recebendo um castigo extra!  —   ela disse antes de devolver a provocação. Ela sibilou e respirou fundo antes de estremecer. —  O  O que Xavy coloca nessas coisas?

 

  Perto dali, um Racks com os olhos turvos segurava um copo vazio.  —  Parece  Parece forte. —  Ao  Ao lado dele, Carew deu uma risadinha, e a

visão deles abraçados pelo fogo me encheu de imensa alegria. Eu sabia que ainda haveria muito para eles superar. O trauma do que vivenciaram juntos não era algo que pudessem superar em um dia. Mas Racks ficaria mais forte à medida que ele se curasse fisicamente, e Carew ganharia mais confiança em si mesma. As mulheres Kaluma eram gentis com ela, e até mesmo os homens Drixonianos - que tinham relações ruins com os Uldani - a tratavam como uma igual. Ela não pediu para ser metade vizpek vizp ek e metade Uldani. Ela era Carew, de grande coração e apaixonada por seu guarda Rogastix. Ela já havia manifestado interesse em aprender algumas técnicas de cura e Racks queria tentar cuidar do gado. Eu o peguei inclinado sobre a cerca algumas vezes. Eu olhei para cima para Kazel, que parecia ter um sorriso permanente no rosto desde que chegamos em Torin. Vê-lo assim depois de tudo o que passamos aqueceu meu coração. Peguei sua mão e ele imediatamente entrelaçou nossos dedos antes de se inclinar incli nar para tirar meus cachos do rosto. Meu cabelo só tinha ficado mais grosso desde que eu estava grávida, e eu não tinha certeza se eram os hormônios ou essa bebida amarga que Wensla me fazia beber todas as manhãs - a versão Kaluma das vitaminas pré-natais.

 

   —  Precisas  Precisas de alguma coisa? —  Perguntou  Perguntou Kazel.

E por algum motivo, a pergunta me fez rir. rir . Duro. Meu corpo tremia enquanto eu bufava e ria enquanto ele olhava para mim. Finalmente, eu assenti. Não, essa é a parte maluca da minha vida agora. Eu não  —   Não, preciso de nada. Tenho uma casa de novo, pela primeira vez desde os dezoito anos. Quinze anos atrás. Ele sorriu, a pele ao redor de seu olho bom enrugando. Eu acho que você precisa de uma coisa.  — Eu  — Oh? Oh? O que é isso?

Ele se inclinou e me beijou, e eu ri em sua boca.

Kazel

Estávamos em casa havia mais ou menos o que Rain chamava de um mês, e eu não conseguia me lembrar de uma época em que tivesse sido tão feliz. Até a minha infância foi um monte de memórias

 

  fugazes e saber o que veio depois que eu parti azedou as imagens felizes. Deitamos no estrado de cama em nossa cabana. Meu corpo estava doendo de me perder na Rain, e ela estava saciada ao meu lado, bocejando tão alto que eu tive que rir. As fêmeas humanas decoraram minha cabana antes de nossa chegada, enchendo-a com ramos de flores e lençóis macios. Várias peles novas foram estendidas para nós, e Rain disse que, embora amasse todo o povoado, sua cama era seu lugar favorito. favori to. Eu só gostava disso quando ela também estava. Rolei para o lado e coloquei minha mão em sua barriga inchada. Ela estava crescendo a cada dia. Não sabíamos como seria sua gravidez. A gestação de uma fêmea Kaluma era menor que a de um humano, pelo que pudemos descobrir. E Zuri, que esteve ao lado de sua irmã na Terra quando ela teve um filho, observou que as barrigas de Karina e Rain estavam crescendo mais rápido. Rain disse que sentiu o movimento do bebê algumas vezes, mas eu nunca senti isso.  —  Como  Como está o bebê hoje?  —  Com   Com sono.  —  ela   ela murmurou enquanto me observava com

os olhos semicerrados. —  Como  Como uma mamãe.  —  Você  Você ainda acha que é um menino? —  Eu  Eu perguntei.

Ela acenou com a cabeça.

 

   —  Karina  Karina acha que ela terá uma menina.

 O que Bosa acha?  —  O  —   Bosa Bosa está muito preocupado com a gravidez para perceber

que há um bebê no final dela. Ele está tentando ser durão, mas se perde se Karina tropeçar. Ela disse que ele a está deixando louca. Eu ri.  —  Isso   Isso soa como Bosa. Cravus seria um futuro pai calmo e

protetor.  Sherif?  —  Sherif? Eu cantarolei para mim mesmo.  —   Acho que ele verá a paternidade como uma grande

responsabilidade.  — Ele Ele leva tudo tão a sério, não é?  — Ele Ele quer, mas Zuri é boa para ele.

Rain sorriu.  —   As As mulheres aqui são tão amigáveis. Eu estava preocupada

em não saber como agir. Eu realmente não tinha amigas próximas na  Terra, mas nossas experiências compartilhadas nos deram muito para nos unirmos.  —  Percebi  Percebi que você tem falado muito com Bloom.  —   Ela Ela é uma presença tão calma. Eu gosto de sair com ela.

Além disso, ela me convida para assistir o trabalho de Cravus e isso é outra coisa.

 

  Eu estiquei meu pescoço para olhar para ela.  O quê?  —  O De repente, seus olhos se arregalaram.  —  Quero  Quero dizer ... nós o apoiamos. ap oiamos. Em seu trabalho.

 Você o apóia.  —  Você  —  Sim.  Sim.  —  Como  Como assim.  —  Por  Por ... admirar sua, hã, forma.

Eu estreitei meus olhos para ela, e ela abaixou a cabeça.  — 

 — 

 Pega! série de risos.

 Ela murmurou contra meu braço, seguido por uma

Eu ouvi sobre as mulheres fugindo para assistir Cravus forjar suas armas. Aparentemente, elas o acharam muito atraente, a traente, e eu não poderia culpar Rain. Cravus era uma montanha esculpida de Kaluma.   Não tenho problemas com você admirando Cravus. Eu só  —  Não queria que você admitisse.  —   Eu fiz cócegas em suas costelas e ela soltou um grito. Ela ganhou muito peso desde que chegou em Torin, tanto que eu não conseguia mais ver suas costelas. Seus quadris quadr is estavam cheios e a parte interna das coxas agora se tocava quando ela caminhava. Nós dois estávamos emocionados com a forma como ela parecia saudável e o que isso significava para o bebê.

 

  De repente, senti uma leve ondulação ao longo dos meus dedos momentos antes de uma parte óssea do corpo entrar em contato com a palma da minha mão, onde repousava na barriga ba rriga de Rain. Soltei um grito e imediatamente abaixei minha bochecha em sua pele lisa e esticada. Os dedos de Rain pentearam meu cabelo enquanto eu esperava por outro chute ou soco.  —  Vamos,  Vamos, filho! —  eu  eu sussurrei. — Mais Mais um.

Um caroço se conectou à minha bochecha e eu sorri antes de dar um beijo em sua barriga. Meu coração inchou e cada centímetro de mim se aqueceu de orgulho.  Bom trabalho. —  eu  eu sussurrei.  —  Bom Quando olhei para Rain, seus olhos estavam lacrimejando. la crimejando. —  Eu o senti. —  sorri.  sorri. Mordendo o lábio, ela assentiu. — Bom. Bom.  — Como Como se sente quando ele se move?  — É uma sensação muito estranha que não consigo descrever.

Como se eu tivesse com gases, mas esses gases tem braços e pernas. Eu ri.  —   Eu vejo.  —   Fiquei descansando em sua barriga por um

tempo, mas o bebê se acalmou depois depoi s disso. Mesmo assim, gostava de me sentir perto dele e, quando finalmente levantei a cabeça por causa

 

  de uma torção no pescoço, Rain estava dormindo, pequenos roncos saindo de seus lábios. Eu sorri e peguei uma pele que tinha caído da cama e gentilmente coloquei em cima dela. Ela se aninhou na pele, fazendo um barulho de estalo com a boca e, embora eu não estivesse cansado, deitei ao lado dela para observá-la dormir. Entrelaçando nossas mãos, dei um beijo em sua palma.  —  Obrigado,  Obrigado, Rain. —   —  eu  eu sussurrei para seu rosto adormecido.

 Obrigado por me dar a melhor vida que eu poderia imaginar.  —  Obrigado Em seu sono, seus lábios se contraíram em um sorriso.

 

 

Epílogo Rain  

Eu podia ver por que Corin e Torin eram planetas irmãos - eu me sentia quase tão em casa em Corin quanto me sentia em Torin. A vegetação

exuberante

balançava

com

a

brisa,

e

eu

inalei

profundamente o ar fresco. Os drixonianos haviam se separado há muito tempo em grupos chamados clavas, e embora Daz fosse reconhecido como o líder geral da raça drixoniana remanescente, ele não ditava como cada clavas deveria viver em tempos de paz. Andamos nas motos flutuantes de nosso local de pouso até a vila de Night Kings, que estava agitada. Os caminhos de pedra estavam cheios de crianças, animais e uma mistura de humanos e drixonianos, drixonia nos, bem como um trio de criaturas menores que eu nunca tinha visto antes, chamadas hilbobs. Parado na entrada estava um pequeno grupo de mulheres. Uma com cabelos escuros e pele bronzeada que não podia ser muito mais alta do que um metro e setenta deu um passo à frente, um grande gr ande sorriso no rosto. Apesar de sua estatura, sua voz era carregada enquanto ela tagarelava animadamente.  —  Bem-vindos!  Bem-vindos! Sou Frankie, a companheira de Daz ...

 

   —  Pare   Pare de se apresentar como companheira de Daz.  —  disse   disse

uma mulher com cabelo roxo.  — Você Você é como a rainha aqui e tem um propósito além de lidar com o grande rabugento. Frankie olhou para ela.  —   Você realmente acabou de interromper todo o meu

discurso. Tenho trabalhado nisso. A mulher abaixou a cabeça e limpou a terra com os pés.  —  Desculpe,  Desculpe, só estou dizendo ...

Um braço roçou no meu e Bosa deu um passo à minha frente. aqui.

 —   Já está causando problemas, Tab? Acabamos de chegar

O rosto da mulher de cabelo roxo iluminou-se.  —  Bosa!  Bosa!  — O primeiro e único. —   —  Ele  Ele sorriu.

Ela correu e o abraçou. Outra mulher com cabelo escuro e curto e tatuagens levantou a mão com um sorriso malicioso.  —  Olá,  Olá, Kaluma.

Bosa acenou com a cabeça.  —  Justine.  Justine. Como está o seu companheiro?  — Sentado Sentado na frente das telas como sempre. Ele está

hiper-

vigilante quanto à segurança, agora que temos convidados de honra.  — Sério? Sério?  —   Frankie bateu o pé.  —   Eu não consigo fazer meu

discurso?

 

  Uma mulher negra com longas longa s tranças escuras colocou a mão no ombro de Frankie.  —  Claro,   Claro, vá em frente...  —  De   De repente ela parou de falar e seus

olhos se arregalaram. —  Isso  Isso é ... Oh meu Deus, eu vejo outra humana com melanina? Zuri, que estava falando atrás de nós com Sherif e Xavy, soltou um grito ofegante antes de correr em direção à mulher de trança. Elas bateram um no outro com tanta força que eu estremeci, mas elas não se machucaram enquanto uivavam e gritavam com lágrimas. Eu me peguei limpando algumas das minhas que vazaram. Zuri era como uma família para mim agora, e ver sua felicidade aqueceu meu coração. Eu descobri que o nome da outra mulher era Miranda, e seu companheiro era um drixoniano de aparência selvagem que pairava perto dela. Ele me deu um aceno de cabeça e um pequeno sorriso quando me pegou olhando, e embora ele não tenha deixado Miranda fora de sua vista, sua energia não me pareceu negativa. Ele a observou com uma espécie de orgulho protetor. Frankie observou Zuri e Miranda se abraçarem e enxugou as próprias lágrimas antes de acenar com a mão.  —   Esqueçam o meu discurso. —   —   Ela nos lançou um sorriso

largo enquanto batia palmas. — Vamos Vamos comer! Eles prepararam um banquete para nossa chegada e, apesar do cansaço da viagem, fiquei ansiosa para saborear a comida e

 

  conhecer todos. Embora eu tivesse uma boa impressão dos homens drixonianos, ainda não tinha certeza de que tipo de vida eles tinham com suas companheiras e ainda me preocupava com as mulheres, esperando que fossem felizes. Eu não precisava me preocupar. Frankie e seu grupo de mulheres eram saudáveis, contentes e mais do que ansiosas para exibir sua casa. A aldeia foi limpa e decorada. A estação fria se instalou em Corin, e o cheiro do ar me lembrou do outono. As mulheres não ficaram desapontadas ao servirem algum tipo de cidra com especiarias  junto com carnes assadas, purê de tubérculos, montes de vegetais temperados e tortas de frutas de sobremesa. Eles tinham comida um pouco diferente da nossa, mas pude ver Bloom fazendo anotações sobre receitas diferentes para experimentar quando voltássemos para casa. Os gêmeos, Grieg e Uthor, estavam fora de si com a abundância de energia feminina. Quanto às mulheres Kaluma, só trouxemos Hara, a curandeira, e ela foi bajulada baj ulada por Tabitha e o resto das mulheres.  — Wensla Wensla e Gurla estão bem? Mantendo os guerreiros guerr eiros Kaluma

na linha? —  Tabitha  Tabitha perguntou a ela. Hara riu.  —   Claro. Na ausência de Sherif, Wensla está no comando,

apoiada por dezenas de guerreiros Kaluma, e ela provavelmente está

 

  amando dar ordens a eles. Aposto que voltaremos para casa e veremos todo o assentamento reorganizado.  —  Bom  Bom para ela! —   —  Tab  Tab assentiu.

Comemos em uma mesa comprida no centro da aldeia, sob a sombra de uma grande árvore no meio. A brisa era boa depois de ficar confinada em uma espaçonave, e o sol aqueceu minha pele. Sentei-me ao lado de Kazel, que parecia comer sem respirar. Ele tinha tomado minha gravidez como rédea solta para também engordar, e eu tinha que admitir que gostava de sua forma arredondada. Ele ainda estava cheio de músculos, mas agora ele tinha um pequeno acolchoamento extra em cima que eu achei muito melhor para abraçar. Ele olhou para mim e apontou para a minha sobremesa comida pela metade.  Você comerá isso?  —  Você Eu balancei a cabeça negando e afaguei meu estômago.  — Estou Estou cheia.

Ele o pegou do meu prato e engoliu a sobremesa com uma mordida antes de lamber os dedos.  —  Kazel.  Kazel. —  Sherif  Sherif suspirou. —  Eu  Eu não me importo como você

come em casa, mas você poderia ser menos animal aqui? Sax, que estava sentado perto, bufou.

 

   —   Ele Ele está bem. Minha Val fez aquela sobremesa, e ela gosta

de ver as pessoas saboreando a comida. Vá em frente, Kazel. Meu companheiro mostrou a língua para o irmão, um hábito que ele aprendeu com Zuri. Eu coloquei coloqu ei minha mão sobre minha boca enquanto Sherif olhava para sua companheira.  —  Olha  Olha o que você fez.

Ela encolheu os ombros e lambeu o molho de seu utensílio. —   Uso muito apropriado da ação, Kazel. Dez pontos. Kazel sorriu para ela enquanto Sherif esfregava a testa.  — Estou Estou feliz que você gostou.  —   disse Val, que era uma

mulher bonita com pele pálida. Eu descobri que qu e ela era enfermeira na  Terra e fazia parte da equipe de curandeiros curandeir os drixonianos da vila. Sax olhou para a posição do sol antes de cutucar sua companheira.  Invasão.  —  Invasão.  —  O  O quê? —  ela  ela perguntou.

O som de uma porta se abrindo cortou a conversa e gritos animados encheram o ar junto com o bater de pequenos pés. Correndo em nossa direção estava um pequeno exército de crianças. Trazendo as costas estavam dois machos drixonianos e uma jovem fêmea que à primeira vista era drixoniana, mas quando ela se aproximou, percebi que também era parte humana.

 

  As crianças se espalharam para seus respectivos pais, e eu tive dificuldade em manter o controle de quem tinha filhos fil hos e quem não tinha. Havia apenas... crianças em todos os lugares. Um garotinho subiu no colo de Val - ele tinha pele azul, as protuberâncias da sobrancelha como as de um drixoniano e chifres protuberantes. Ele não tinha rabo, e sua pele tinha uma aparência um pouco mais suave do que a dos homens adultos Drixonianos. Ele me encarou com o polegar na boca e eu o encarei de volta. Eu teria um desses em breve. Bem, ligeiramente diferente, já que Kazel era o pai, p ai, e não um Drixoniano. Ainda assim, ver a prova da procriação que as mulheres humanas podem fazer nesta galáxia foi um pouco surpreendente. Val me pegou olhando e me deu um sorriso gentil.  —   Antes de sair, c conversaremos onversaremos

junto co com m Karina. Tenho

certeza de que você tem muitas perguntas e, como pode ver...  —  ela   ela acenou com a mão ao redor da aldeia.  —  Temos   Temos muitas experiências diferentes aqui para compartilhar. Naomi até teve gêmeos.  —   Gêmeos?  —   Eu engasguei e empurrei meu queixo para baixo para olhar para minha barriga esvoaçante.  —  Oh,  Oh, meu Deus, eu nem pensei que fosse uma possibilidade.

Val riu.

 

   —   Eu Eu tenho alguns equipamentos que posso conectar a você.

Nós vamos te classificar antes de você sair. E você pode me perguntar p erguntar o que quiser. Eu soltei um suspiro.   Obrigada. Essa foi uma das razões pelas quais eu estava  —  Obrigada. tão ansiosa para visitar vocês, de forma egoísta. Val assentiu e estendeu o braço sobre a mesa para tocar as costas da minha mão.   Nem um pouco egoísta. Você está no modo mãe agora.  —    —  Nem Ela deu um beijo na cabeça do filho antes de entregá-lo ao pai, que imediatamente começou a fazer cócegas no menino até que ele soltou um grito e saiu correndo rindo.  —   Estou Estou ansiosa pelo bate-papo e sei que Karina também.

Val sorriu.  Claro. Por enquanto, coma e aproveite a paz.  —  Claro.  —  Eu  Eu planejo isso.

 

 

Kazel O moicano laranja de Fenix tombou em sua cabeça enquanto ele caminhava em direção a onde as mulheres estavam reunidas em torno de uma pilha de restos de madeira. Com um sorriso, ele arrancou uma de suas longas luvas pretas e agitou os dedos. As chamas ganharam vida em sua palma, e com um movimento de seu pulso, ele jogou uma bola de fogo na madeira seca. Rain guinchou de alegria e bateu palmas. O laranja das chamas cintilou em seus olhos enquanto um estrondo de aplausos subiu entre as mulheres. Todos eles fizeram amigos rapidamente, unindo-se por meio de experiências compartilhadas e aprendendo como viver com... bem, nós. Não que fosse difícil conviver comigo. Bosa, por outro lado ... Ele estava atualmente brincando com Mikko, um dos quatro homens Drixonianos que haviam sido experimentados pelos Uldani. Não havíamos trazido Carew na viagem, mas Daz nos garantiu que os guerreiros não tinham má vontade em relação a ela e que, na verdade, os drixonianos agora tinham uma trégua com os Uldani restantes.  —  Troquem  Troquem de lugar!  —  disse  disse Bosa a Mikko enquanto eles se

posicionavam diante de um alvo em forma de corpo cheio de grama seca e feijão. —   Mire Mire bem na cabeça. A menos que você queira infligir o máximo de dor possível.

 

  Mikko, um Drixoniano que não conseguia esconder as pontas de seus antebraços como o resto dos Drixonianos, acertou o bastão pontiagudo do Bosa diretamente no peito do alvo. Bosa encolheu os ombros.  Claro, essa é uma maneira de fazer isso.  —  Claro, Mikko brincava com o aperto no taco.  —  Eu  Eu gosto disso.  — Cravus Cravus pode fazer um para você, não é?

Cravus levou um copo de bebida à boca e assentiu silenciosamente. Ele continuou olhando na direção de Bloom, talvez preocupado em como ela reagiria por estar entre tantas mulheres. Suas memórias estavam voltando lentamente, mas ela ainda tinha muitas lacunas. Mas ela parecia perfeitamente à vontade sentada ao lado de Rain.  —   Onde estão alguns dos outros drixonianos que estavam na

missão de resgate?  —  Eu   Eu perguntei a Daz.  —  Acho   Acho que quem dirigia com Rain se chamava Lukent. Daz recostou-se na cadeira e cruzou as mãos na barriga.  —  Ele e o resto de suas clavas não estão por perto. Mandamos recado para ver se eles queriam nos visitar, mas eles gostam de ficar quietos, a menos que haja uma batalha a ser travada,  — Daz Daz estremeceu.  —   Parte disso pode ser nossa culpa, então não posso dizer que os culpo.  —  Como  Como assim?

 

   —   Os preconceitos drixonianos de longa data os tornaram

párias.  —   respondeu um dos curandeiros chamado Shep, que caminhava com uma bengala e se sentava ao lado de sua companheira, um homem mais jovem chamado Hap.  —   Não somos perfeitos. Esperamos um dia estar mais unidos. Eu balancei a cabeça, sem fazer mais perguntas, porque Daz tinha ficado em silêncio, seu olhar em sua companheira. Apreciei o grande Drixonian. Ele me lembrava muito o Sherif - sério demais para o seu próprio bem, embora eu tivesse visto a maneira como ele relaxava quando sua companheira otimista estava por perto. Mikko e Bosa terminaram de acertar o alvo e se juntaram a nós com frascos nas mãos. Eles brindaram com os copos e beberam. Eu vi Rexor - um Drixoniano de cabelo branco que me disseram que tinha asas - revirar os olhos para Zecri, um Drix quieto e cheio de cicatrizes.  — Então, Então, Drukil está morta!  —  disse   disse Sherif.  —  Os   Os Uldani são

governados por líderes responsáveis. As abduções humanas foram retardadas graças a Karina e Bosa. A corrupção no Conselho Riniano foi erradicada, por enquanto. Atrevo-me a dizer que podemos finalmente relaxar e nos concentrar em nossos cônjuges, famílias e lares?

 

   — Está Está tudo quieto há alguns ciclos. —  disse  disse Daz. —  E  E embora

eu aprecie isso, nunca vou me acanhar de atender uma chamada que vai manter a galáxia segura. Sherif acenou com a cabeça.  Concordo. Você veio quando pedimos.  —  Concordo.  —  E  E você veio quando pedimos. Não poderíamos ter derrotado

os Uldani sem vocês. Bosa exalou ruidosamente.  Foi divertido. O que farei sem cabeças para rachar?  —  Foi Mikko riu e eles bateram nos ombros como amigos rápidos. Sherif olhou ferozmente.  —  Calma  Calma com a sede de sangue, Bosa.

Ele encolheu os ombros.

 —  Apenas  Apenas sendo honesto.  — Nós Nós ainda não exploramos totalmente Corin desde que

voltamos. Temos trabalhado arduamente na reconstrução da cidade abandonada. —  Ele  Ele apontou para os grandes edifícios à distância. di stância.  —   Esperamos devolvê-la a um centro comercial novamente. Mas também

planejamos algumas missões exploratórias no planeta.

 

 

Nunca se sabe o que aconteceu aqui enquanto você estava  —   Nunca fora. —  eu  eu disse. Daz acenou com a cabeça, e sua expressão parecia cansada antes de ele balançar a cabeça e tomar outro gole do líquido claro.  —  Mas  Mas isso é uma preocupação para outro dia.  —  Ele  Ele sorriu.

 Esta noite, ouvimos as risadas de nossas mulheres e os roncos de  —  Esta nossos filhos, e agradecemos a Fatas por nos abençoar. Ecos de “ Obrigado, Obrigado, Fatas! ””   foram  foram ouvidos em um coro de vozes profundas. Eu me juntei enquanto observava minha companheira esfregar as mãos sobre sua barriga inchada. Eu não tinha certeza de quem era o responsável pela virada feliz da minha vida, mas não queria correr o risco de nada reverter isso. Eu levantei minha taça de espíritos, encontrei os olhos da minha companheira brilhando em chamas, e sussurrei um abrangente.  Obrigado.  —  Obrigado.

FIM

 

 

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