El Silencio de Buda Panikkar
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El Á r b o l d e l Paraíso
¿ P o d e m o s lib e ra rn o s de 1 h is to ria —y d e su D io s ?
R aim o n Panikkar El silencio del Buddha U na introducción al ateísmo religioso
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E d iciones S iruela
1.a e d i c i ó n : o c t u b r e d e 1996 2. a e d i c i ó n : f e b r e r o d e 1997 3. ‘ e d i c i ó n : m a y o d e 1997
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T odo s los d e r e c h o s r e se r v a d o s . N i n g u n a p a r t e de e sta p u b l i c a c i ó n p u e d e ser r e pr od u c id a , a lm ace na da o trans mitida en ma ne ra alguna ni p o r n i n g ú n m e d i o , ya s e a e l é c t r i c o , q u í m i c o , m e c á n i c o , ó p t i c o , de g r a b a c i ó n o de f o t o c o p i a , sin p e r m i s o p r e v i o del editor. En c u b i e r t a : C a b e z a d e B u d d h a ( s i g l o xii-xm) C o l e c c i ó n di ri gi da p o r Vi ct ori a Cirlot, A m a d o r Ve ga y J a c o b o S i r u e l a D i s e ñ o g r á f i c o : G. G a u g e r & J. S i r u e l a © R a i m o n P a n i k k a r , 1996 © E d i c i o n e s S i r u e l a , S. A., 1996 Pl a z a d e M a n u e l B e c e r r a , 15. «El P a b e l l ó n » 28028 M a d r i d . Te l s . : 3*55 57 20 / 355 22 02
T e l e f a x : 355 22 ui P r i n t e d a n d m a d e in Spain
índice P r ó l o g o a la p r e s e n t e e d i c i ó n
15
N o t a s o b r e el l e n g u a j e
24
P r ó l o g o a la p r i m e r a e d i c i ó n e s p a ñ o l a
27
Abreviaturas
31
El s i l e n c i o d e l B u d d h a Introducción
35
A u to s
35
B io s
40
G r a fía
46
EL P R O B L E M A U n e q u í v o c o de l e s a h u m a n i d a d
51
Las d ive rs as o p i n i o n e s
57 58
I.
C i n is m o N ih ilis m o A g n o s tic is m o P r a g m a tis m o P ro b le m a tic is m o D ia lé c tic a A p o f a tis m o
58 59 60 61 63 64
La r e l i g i o s i d a d b u d d h i s t a Las c u a t r o n o b le s v e r d a d e s E l m e n s a je d e l B u d d h a
53
69
■
70 73
II. L O S T E X T O S N a irá tm y a v á d a N o se e n c u e n t r a n i n g ú n s u j e t o p e r m a n e n t e E l a í m a n es i n i d e n t i f i c a b l e E l á t m a n n o es m á s q u e u n s im p le n o m b r e H a y c o n t i n u i d a d e n el c a m b io p o r q u e n o hay átm a n La t r a n s m i g r a c i ó n n o t i e n e s u j e to
N irv a n a N i r v a n a es lo q u e es, ad i f e r e n c i a
d e lo d e m á s N i r v a n a es la e x t i n c i ó n d e lo f e n o m é n i c o E l n i r v a n a es i n c r e a d o E l n i r v a n a es el f in H a y d o s c la s e s d e n i r v a n a E l n i r v a n a e s tá a lle n d e to d a d ia l é c ti c a H a y c u a t r o c la se s d e n i r v a n a E l n i r v a n a n o t i e n e n i s u je to n i o b j e t o P ra tity a s a m u tp á d a F o rm u la c ió n g e n e ra l Es u n a le y p r i m o r d i a l T o d o e s tá m u t u a m e n t e c o n d i c i o n a d o La i n d a g a c i ó n e s c o lá s tic a Los d o c e v ín c u lo s L o i m p o s i b le es la e s t a t i c i d a d Avyákrtavastüni
79 85 89 90 91 94 95 97 103 103 104 104 105 106
110 115 119 127 127 128 132 132 133 135
S ó lo u n a c o s a es n e c e s a r i a La v e r d a d e r a l i b e r t a d es in e f a b le N o h a y r e s p u e s ta a d e c u a d a E l t í p i c o s o s ie g o b u d d h i s t a
150 151 155 156
III. L A H E R M E N É U T I C A
159
L a m u t a c i ó n d e la c o n c i e n c i a e n e l s i g lo d e l B u d d h a y en el n u e str o Las tr e s á re a s d e la c o n c i e n c i a h u m a n a
161
8
161
El M u n d o
162
La D i v i n i d a d
162
El H o m b re
163
L a c r is is d e la c o n c i e n c i a h u m a n a
164
Israel
166
Irán
167
China
168
Grecia
169
India
170
La in n o v a c ió n d e l B u d d h a E l a te ís m o r e l i g i o s o
172 176
El a p o f a t i s m o o n t o l ó g i c o
187
La p o s tu ra d el B u d d h a La p ro b le m á tic a a c tu a l
187 193
L a c o n v e r g e n c i a e n t r e D i o s y el S e r :
194
la d i v i n i z a c i ó n d e l S e r Antropom orfism o
195
Ontom orfismo
199
Personalismo
206
L a d i v e r g e n c i a e n t r e D i o s y el S e r :
210
la d e s o n t o l o g i z a c i ó n d e D i o s La n e g a c i ó n d e l S e r ( A t e í s m o )
213
La f i l o s o f í a d e l os v a l o r e s
213
La m u e r t e d e D i o s
214
El a rg u m e n to teológico
220
La n e g a c i ó n del N o - S e r ( A p o f a t i s m o )
224
El a r g u m e n t o apofático
225
El Dios A m o r
227
El D ios A u s e n te
228
El D ios T r a n s p a r e n c ia
229
El D ios P e r d ó n
230
La e x i s t e n c i a c o m o d e u d a
232 234
La r e l a t i v i d a d ra d i c a l Dios co m o relación genitiva constitutiva
234
d e la r e a l i d a d
235
La p u ra relacio n alid ad
9
La c o n t i n g e n c i a
239
La r a d i c a l i d a d d i v i n a
242
Pcrichárésis t r in i t a r i a
244
Epéxtasis
245
D io s y lo s s e re s
249
R e l a t i v i d a d d e las r e s p u e s t a s
249 251
La i r r e d u c t i b i l i d a d n o - d u a l i s t a
251
La p r o b l e m á t i c a c o n t e m p o r á n e a
252
Incompatibilidad entre ambos
El s i l e n c i o d e l B u d d h a
255
A v e n tu r a r el s ile n c io
255
El a c a l l a m i e n t o d e la p r e g u n t a
255
La ví a m e d i a
260
El s i l e n c i o m e d i t a t i v o
263
Las c u a t r o n o b le s v e r d a d e s
265
T exto
266
Corolarios
267
L a p r e g u n t a p o r la f e l i c i d a d
267
La al eg ría p r i m o r d i a l
270
L a a s p i r a c i ó n a la f e l i c i d a d
271
La p é r d i d a d e la c o n t i n g e n c i a
273
El a s p e c t o c o m u n i t a r i o
275
El s i le n c i o d e l D io s
278 278
Prolegomena El s i l e n c i o o r i g i n a r i o
279
El r u i d o d e l m u n d o
280
El s i l e n c i o h u m a n o
282
El s i l e n c i o d i v i n o e n el h o m b r e
283
El s i l e n c i o d i v i n o e n D i o s
286
La l i b e r a c i ó n
289
N o ta s B ib lio g r a f ía In d ic e e s c r itu r ís tic o ín d ic e o n o m á s tic o I n d i c e d e m a te r ia s
295 369 409 413 421
10
El silencio del Buddha U na introducción al ateísmo religioso
A los que no saben leer ni escribir*
La m ayor necesidad que ten em o s es de callar a este gran D ios co n el apetito y co n la lengua, cuyo lenguaje, q u e él oye sólo, es el callado de am or. San Ju an de la C ru z C arta del 22 de noviem bre de 1587 a A na de Jesús, religiosa en el C o n v en to de Beas
‘ Cf. M t XI, 25; Le X, 21.
I
P r ó l o g o a la p r e s e n t e e d i c i ó n ñ a m o tassa b h a g a va to ara h a to s a m m á s a m b u d d h a s s a '
E ste estu d io representa p rá c tic a m en te u n nuevo libro co n respecto a la p rim e ra ed ic ió n . Se h an in tro d u c id o u n b u e n n ú m e ro de m o d ifi caciones adem ás de las q u e ya figuraban tan to en la ed ició n italiana (1985), c o m o en la inglesa (1989) y en la alem ana (1992). La revisión y re o rd e n a c ió n de las notas, la elab o ració n de los índices, así c o m o el tra b ajo in g e n te de la m ecan o g rafía, h a n c o rrid o a cargo de N . Shántá y del estim ado y ya desaparecido tra d u c to r L u cin o M a rtín e z, A. N ic o lau , J. M .a G arcía y J. C aralt. A to d o s deseo expresar aquí m i ag radeci m ie n to . O tras m o d ificacio n es se d e b ie ro n a J. P ig em y, especialm ente, a U . M . Vesci, co n q u ie n trabajé la e d ic ió n italiana q u e le fue m erec i d a m e n te dedicada. A g rad ezco ig u alm en te al d ire c to r y a los co lab o ra dores de Siruela su ejem p lar esm ero en la difícil co m p o sic ió n de este libro. La presente obra, q u e a p rim era vista p u ed e parecer sui generis, p e rte n ece en realidad a la categoría de las llamadas teologías de la liberación, au n q u e en u n sentido más am plio, ya que p reten d e m ostrar ciertas vías de acercam iento a procesos liberadores, tanto en el ámbito- h u m a n o com o teológico. Su in ten ció n es la de ofrecer u n h o riz o n te más ancho capaz de p ro m o v er una com p ren sió n más profunda tanto de la teología de la libe ración co m o de la liberación de la teología (y de la filosofía) y una m a yor aplicación de sus planteam ientos. Al fin y al cabo, la liberación fue la p reo cu p ació n central de G autam a, el B uddha. H an pasado ya tres décadas desde q u e fue concebida la obra original q u e ahora ofrecem os en su segunda edición. P o r aquella época, dicha obra m arcó u n a pauta existencial en m i vida. D esde entonces, n o m e he retractado de m i b uddhism o, co m o tam p o co he renegado de mis o p c io nes y com prom isos anteriores. C reo, más b ien, haberlos purificado y am
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pliado. Sigo siendo cristiano e h in d ú , au n q u e m e doy cuenta de que aquí n o acaba m i pereg rin ació n . Silvano P anunzio encabeza su perspicaz reseña de la edición italiana co n la frase: «il silenzio di Panikkar... e la risposta di Dio». Tem e que h a ya ido dem asiado lejos - a l m enos desde u n p u n to de vista c ristian o -, a lo cual respondo q u e yo jam ás m e h u b iera atrevido a dar la «respuesta de Dios». Eso sí q u e es ir dem asiado lejos, desde cualquier p u n to de vista. Yo sólo m e he lim itado a p o n e r en relación el m ensaje del B u d d h a con la situación del h o m b re m o d e rn o , sin ren u n ciar p o r ello a C risto ni apar tarm e de las dem ás tradiciones. ¿Por q u é levantar murallas y m a n te n e r ce losam ente las separaciones? El h e ch o de ensalzar una tradición h u m an a y religiosa n o significa m enospreciar a las dem ás. La síntesis entre todas ellas parece im probable y tal vez ni siquiera sea posible, pero ello no quiere d e cir que la única alternativa radique o en el exclusivism o o en el eclecti cismo. N o to d o tiene p o r q u é ser com patible ni siquiera com parable y, al decir esto, n o p reten d o abogar en favor de la esquizofrenia o de la irra cionalidad. El radio, p o r ejem plo, n o es co nm ensurable con la circunferencia, p e ro am bos son reales y están m u tu a m e n te relacionados. Toda circunferen cia tiene u n radio, au n q u e n o p u ed e ser medida p o r él. La circunferencia transciende al radio. A ntes de ser llam ados irracionales, los núm eros (co m o ir) se llam aban numeri surdi (sordos) o incluso ficti (ficticios, es decir, n o verdaderos núm eros). A nálogam ente, n o p o d em o s m ed ir la circunfe rencia de D ios co n el radio del buddhism o. A hora b ien , n o es m i in te n c ió n hacer en el cam po religioso lo que C an to r, D e d e k in d y tantos otros h an h e c h o en el cam po m atem ático. Es decir, q u e n o estoy defen d ien d o u n a mathesis universalís (o, lo que sería peor, u n a p u ra irracionalidad). Sólo p re te n d o dar cabida a la in c o n m e n surabilidad, ya que n o veo la necesidad de m ed irlo todo. El D h am m ap ada [D h XXIII, 4 (323)] se refiere al nirvana c o m o a la reg ió n inalcanzable (agata disa), n o hallada. ¡El radio n u n ca p o d rá alcanzar la circunferencia! Lo creado y lo increado son inconm ensurables. D esde q u e se publicó la p rim era ed ició n de esta obra, m u ch o se ha es crito sobre el tem a que en ella se estudia. Yo m ism o he dado nuevos cu r sos y sem inarios al respecto. N o obstante, n o h e in ten ta d o in c o rp o ra r los nuevos datos y pensam ientos a esta segunda edición. C ada libro, en efec to, posee u n a cierta u n id ad y de h ab er añadido nuevos m ateriales a esta
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obra n o h u b iera h e c h o más que d estruir su propia arm onía. Lo que cu en ta en u n estudio de este tipo es más la in tu ic ió n o rig in aria que la in fo r m ació n u lterior. D e ahí que haya q u e rid o evitar esa d eform ación cientí fica que consiste en red u cir el valor de u n estudio filosófico a su consonancia co n las últim as publicaciones. C o n esto no preten d o defen d e r verdades ateinporales, pero sí q u e m e atrevo a afirm ar que seis lustros de puesta a p ru eb a m e p arecen ser un b u e n crite rio para valorar u n a obra co m o la que aquí nos ocupa. D espués de h ab er resistido la ten tació n de escribir más, n o quisiera caer en la de decir m enos. Las nuevas páginas introducidas son aclaracio nes o m odificaciones del p rim e r libro. P o r lo tanto, en co m ien d o ahora lo qu e he escrito (Jn X I X , 22] al lector, confiando en u n d iscernim iento cre ativo (intus-legere) q u e le p erm ita, p o r u n valeroso «cam ino río arriba» [Dh X V I , 10 (218)], alcanzar la Fuente. Tavertet, 6 de enero de 1995 Fiesta de la iconofanía del M isterio anicónico
D espués de revisar de nuevo el m anu scrito y hab erm e avergonzado de los errores tan to de la edición italiana co m o de la inglesa y alem ana, aca so p o r h a b e rm e p reo cu p ad o más p o r el fo n d o (inefable) que p o r la for m a (visible), h e estado de nuevo ten tad o de dejarlo to d o en el silencio —aquel noble silencio m ostrado p o r el B u d d h a y enseñado p o r los sabios de casi todas las civilizaciones, desde la egipcia, la china y las africanas, sin excluir la cristiana y la atea. Si n o he cedido a la ten tació n de caer en el silencio ha sido posible m en te p o r h ab er in tu id o la relación advaita entre el silencio y la palabra. La relación es no-dualista sin subordinacionism o del espíritu al logos, ni del logos al espíritu. D e lo que n o se «puede» hablar es posiblem ente lo ú n ico que p ro p o rcio n a la alegría serena de in ten tar balbucir para no caer en la vanidad de la logom aquia, la gran epidem ia de nuestro tiem po. O dicho de u n a m anera más académ ica y prosaica, este escrito pre tend e ser u n servicio tan to a los estudios buddhistas, sobre to d o en la cul tura de habla hispánica, co m o a nuestros co n tem poráneos que sienten la necesidad visceral de superar la m o d e rn id a d sin p o r eso ten e r que regre sar a tiem pos pasados. N i q u e d e c ir tiene q u e en la relectura del t e x t o ha h abido co m o una nueva gestación de él. El au to r ha v u elto a vivir la terrib le y liberadora experiencia de la co ntingencia. M e refiero n o tanto a la contingencia del ser cuanto a la del pensar, q u erer y hablar. N o to d o lo que cae bajo nues tra conciencia es pensable. N o s dam os cu enta de u n aspecto de la reali dad q u e n o p o d em o s pensar, de algo que se presenta a nuestro espíritu, pero que escapa a nuestra m en te. N o s percatam os de que nuestra v o lu n tad n o es libre de ser libre, y q u e hablam os más de lo que m eram en te pensam os y querem os. D ios n o p u ed e ser o b jeto ni de pensam iento ni de volu n tad sin dejar de ser aquello m ism o que p reten d e ser... ¿A donde quiero ir a parar? —se m e p reguntará, y m uy legítim am ente, p o r aquellos q u e n o h an e x p erim en tad o «el fin de la metafísica», «el fin de la historia» o el callejón sin salida de la civilización tecno-científica con tem p o rán ea, puesto q u e n o se trata de una crisis más. E n p rim e r lug ar n o quiero ir a n in g u n a parte. E sto representaría n o h a b er salido de la últim a fase, la voluntarista, q u e después de N ietzsche c o n figura prácticam en te la cultura post plató n ico -aristotélica-kantiana, esto es, occidental. N o es p o r n in g u n a voluntad de superación p o r la que p o
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drem os superar la situación actual. N o s hace falta una actitud más fem e nina, y desde una perspectiva cristiana, añadiría, más m ariana. [HAfía t no es u n acto de la volu n tad sino la aceptación de la gracia —en este caso p o r la KexapiTW/jLevri (Le I, 28)J. La esperanza n o es u n acto de la voluntad, ni tam p o co de la m ente. N o sería esperanza, sino sim ple espera, más o m en o s resignada, o m era expectación, más o m enos plausible. La espe ranza del nirvana n o es el deseo del m ism o —co m o tam poco el no-deseo, que p erten ece aún a la volu n taried ad —. La esperanza, he dicho y repeti rem os aún, n o es de futuro, sino de lo invisible. Ella es la m ism a aspira ció n del Ser n o ahogada p o r los deseos del ente. E n segundo lugar, n o se trata de ir a n in g u n a p arte —que en este caso sería una fuga mundi, u n escapism o de la co n d ició n h u m ana y una enaje n ació n del h o m b re; del h o m b re digo y n o del animal rationale, o de cual q u ier otra de sus posibles definiciones. El símil de la m u tació n , q u e h e utilizado a m en u do, es inexacto y p o dría in d u c ir incluso a e rro r si se lo in terp reta evolutivam ente co m o la aparició n de otra especie. El salto es m u ch o mayor. La m ayoría de las tradiciones religiosas de la h u m an id ad han q u erid o llevar al h o m b re a dar este salto: un salto fuera de la historia. Pero han caído m u y a m e n u d o en la ten tació n de quererlo describir, y q u erien d o trascender la historia h an caído en la geografía —au n q u e se la llam e del «más allá». M u y significativam ente si la vida del h o m b re es más que historia, tam bién es más que geografía —au n q u e sea u n a geografía celeste. El salto transciende el espacio y el tiem po. Por esto n o es ni siquiera salto. N o se trata pues de ir a n in g u n a parte. E v id en tem en te n o es cuestión de parte alguna, ju g a n d o con las palabras. N o es cuestión de parcialida des -se a de salvar sólo el alm a, el individuo, la sociedad o la m a te ria -. Es cuestión del todo. M e k é r a ro i r á v [«(pre)ocúpate del Todo»], dijo u n o de los siete sabios de G recia (Periandro de C o rin to ). E n tercer lugar, n o se trata de ir, de cam inar, de llegar a una m eta, de conseguir u n fin. «C om o C ervantes sugiere [recordaba O rte g a y Gasset el 14 de enero de 1922], es más sabroso el cam ino que la posada.» N i te leología n i escatología. El nirvana n o está en n in g ú n sitio, ni en n in g ú n final; n o tiene ni g eo grafía ni historia.
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N o creo q u e p odam os negar q u e el h o m b re es historia - q u e hace his to ria y q u e vive en la historia—. Pero tam p o co creo que podam os afirm ar q u e el h o m b re es solamente historia y que n o haya en él u n «algo» que la transciende y p o r tan to que es, «fuera» del tiem po y del espacio. Si la m eta se vislum bra catastrófica, p o rq u e vivim os en una civiliza ción sin futuro (ni la raza h u m an a ni el planeta soportan nuestro tren de vida), se co m p ren d e que el h o m b re occidentalizado que vive inm erso en el m ito de la historia se sienta atraído p o r aquellas culturas que n o viven para el futuro. La atracció n que los occidentales sienten p o r el b u d d h ism o p u ed e te n e r m uchas causas inm ediatas y concretas, desde películas hasta el exilio del p u eb lo tib etan o y el apogeo ec o n ó m ic o del Jap ó n . Pero su últim a ra zó n m e parece ser d ebida a este sentido difuso y am orfo que la civiliza ció n o ccidental tiene de h ab er llegado al fin de su p eriplo, y que está co n su m ien d o tod o s sus recursos —en tod o s los sentidos de la palabra—. N o m e refiero sólo a H eid eg g er, la concien cia ecológica o el new age, para m e n c io n a r ejem plos h etero g én eo s. M e refiero igualm ente al e cu m enism o, al capitalism o y a la tecnocracia. E n to d o ello hay co m o la co n cien cia de q u e se está to can d o u n lím ite, que se está llegando a un fin, que nos estam os acercando a u n m uro, n o p o r invisible y elusivo m e nos real. Este estudio n o afirm a que el b u d d h ism o sea la salvación. Q u ie n lo vea co m o una apología del b u d d h ism o sólo traicionará su deseo p o r él o sus prejuicios —y en am bos casos el libro p u ede ser útil—, Pero su fondo n o es éste. Este libro n o es sobre el b u d d h ism o sino sobre la conciencia profunda del h o m b re co n te m p o rá n e o —que no p u ed o dejar de llam ar conciencia religiosa, p o r utilizar u n sim ple vocablo. Sin insistir sobre la palabra religión este estudio presenta u n aspecto de nuestra situación co n tem p o rán ea, en la q u e los D ioses, los H om bres y la M ateria estam os coim plicados en u n a circum incesíón in terdependiente. La T ierra nos ha m ostrad o sus lím ites; los D ioses nos han revelado sus im perfecciones y los H o m b res se h an desengañado de que p o d rían ser los salvadores de la h u m anidad. T anto las ciencias, las religiones co m o las p o líticas h an perd id o su p o d e r salvífico. La ten tació n de echarlo to d o a rodar, y caer en u n nihilism o, fuerte o suave, es m u y p atente. Pero aquella esperanza co ntra toda esperanza sigue viva en la realidad. Q u ie n am a lo siente; q uien cree lo «experiencia»;
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qu ien desespera lo p ru eb a. Pero la h u m an id ad presiente tam bién que hay otra clase de esperanza. E n este libro n o he in ten tad o teo rizar sobre el buddhism o en general aparte del problem a de D ios que nos 'concierne. U n a sola hipótesis q u i siera avanzar del o rd en de u n a cosm ovisión com parada: una sim ilaridad profunda entre el cristianism o y el buddhism o. A m bos, pero especial m e n te el b uddhism o, superan el paradigm a in m anencia-transcendencia. U n cierto cristianism o in te n tó hacerlo liberándose de la tutela judaica y helénica, pero nun ca consiguió ser u n aspecto d o m in an te de la religión cristiana. D e ahí q u e la m u tu a fecundación que este libro auspicia e n cu en tre a este nivel u n te rre n o propicio. La gran revolución m etafísica de la naciente in tu ició n cristiana, en su esfuerzo p o r in dependizarse tan to de la visión del m u n d o h eb reo com o griego, fue tam b ién la de ap u n tar hacia u n a transcendencia co n v irtién dola en el o tro p o lo de la inm anencia; esto es la T rinidad. Es u n a buena parte de la c o rrie n te m ística cristiana desde C apadocia a R e n an ia y más allá. Pero la c o rrie n te p re d o m in a n te fue la histórica y el cristianism o no p u d o prescindir de apoyarse en u n a cosm ología. La in tu ició n trinitaria se atrofió o se conv irtió en u n a co n cep ció n psicológica p o r em inencia. In cluso la palabra «católico» se in te rp re tó geográficam ente. La E n carn ació n subrayó casi exclusivam ente la inm an en cia divina y la Parousía cerraba el círculo. La in tu ic ió n pro fu n d a del B u d d h a habla otro lenguaje —que aca so en cu en tre resonancias en los arquetipos adorm ecidos del alma occi dental. Podría salpicar de n om bres ilustres y conocidos esta in tro d u cció n , no para explicar sus ideas sobre B uddha, C risto o las dos religiones corres pondien tes, sino para d escribir las creencias —y d u d a s- personales de los tales personajes. N o voy a traicionar confidencias, pero sí quiero sola m en te afirm ar que el problem a de D ios, la cuestión del A bsoluto, de la N ada o sim plem ente del sentido de la vida es u n a p reo cu p ació n univer sal y adem ás personal e íntim a. «El problem a de D ios n o es, pues, u n p ro blem a teo rético sino personal», escribió Z u b iri [1985, pág. 116]. H ay un nivel personal que transciende, o m e jo r dicho, que es previo o sim ple m en te más h o n d o que el de las ideas e, incluso, filiaciones religiosas más o m en o s oficiales. Las libreas del homo religiosus n o son todas «religiosas»,
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y aun debajo de las vestim entas hay una piel hum ana que en su m ism a desnudez siente el enigm a de la vida, el frío de la m u erte, la nostalgia de lo n o dicho, el a rre p e n tim ien to de lo n o h echo, la in certid u m b re sim plem en te delante de lo d esconocido y, n o obstante, acuciante. H ay un p u d o r más cultural q u e in n ato de hablar de esta ultim idad en la que to dos som os igualm ente ignaros. Las o piniones u n e n y desunen a los h o m bres, pero la c o m u n ió n de la ignorancia n o tiene fisuras. P u ed o afirm ar que estas confidencias han n u trid o páginas de este libro aunque el m e ta bolism o filosófico las haya convertido en filosofemas académ icos. D os últim os obstáculos he ten id o aún que superar. C u a n d o la situa ció n m undial es la que es, cuando la urgencia de los rem edios a to m ar no p erm ite dem ora, cuando la praxis se hace im prescindible, ¿no será u n lu jo irresponsable entretenerse en elucubraciones de m era teoría? La respuesta teórica a la o b jeció n consiste en negar la dicotom ía y en m ostrar q u e sin una teoría subyacente la praxis sola no se sostiene. La res puesta práctica estriba en confesar que este libro es fruto él m ism o de una praxis. Y m i reacción personal ha sido siem pre aquella de vivir lo escri to y escribir lo vivido —sin m ayores pretensiones. El segundo obstáculo surge precisam ente de la contestación que aca bo de dar. C u a n d o tan to se ha escrito y aun vivido sobre el particular (y tan p oco se lee y se practica para acabarlo de em peorar), ¿vale la pena ta m añ o esfuerzo para volver sobre u n tem a sobre el que los intelectuales ya han pensado, los hom bres de acción ya han probado, y p o r el que el res to de los m ortales n o se interesa? Justificarm e in g en u am en te d iciendo que hago o digo algo nuevo no convence. Si es algo nuevo lo que hago o digo posiblem ente m añana ya no lo será. La novedad, además, n o es criterio ni de verdad ni de eficacia —antes más bien al co n trario —. Pensar q u e la h u m anidad ha tenido que es perar hasta que yo haga o diga algo nuevo es algo que raya en lo ridículo. Si m e lim ito sólo a regurgitar lo añejo o a im itar a otros, aún vale en tonces m enos la pena —a no- ser que se trate de una simple obra de divul gación o que m e apunte a u n «partido», lo que es perfectam ente legítim o. La ten tació n del silencio es aún m ayor cuando se descubre que u n n ú m ero creciente de autores em pieza a tratar m u y seriam ente el tem a, y que proliferan tam bién g rupos de acción. L eyendo a m uchos escritores y co n o cien d o m uchos m ovim ien to s u n o se da cu enta de que lo que está en
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tela de ju ic io n o es u n a u otra o p in ió n sobre D ios, B uddha, o sobre algo parecido, sino q u e se trata del destino m ism o de la h u m an id ad y que el problem a tiene raíces q u e se re m o n ta n a m ilenios atrás, allá p o r los in i cios m ism os de la historia. ¿Q u ién p u ed e estar entonces cierto de que su diagnóstico está suficien tem en te fundam entado? Es precisam ente esta agnosia y esta skepsis la que ha elim inado m i in decisión y ha ayudado a disipar, p o r lo m en o s parcialm ente, m i duda. Es precisam ente p o rq u e se ventila algo que p erten ece al m ism o destino h u m ano, que to d o aquel q u e siente que debe h acer o decir algo debe in tentarlo, siem pre, claro está, que haya «sufrido» el problem a en su carne, lo haya p o n d e ra d o en su m e n te y vivido en su corazón. N o se sabe, e n tonces, si se dice o hace algo n uevo o viejo. Se sabe sólo que la escritura ha conseguido ser u n a expresión gen u in a de lo que u n o es y p o r tanto ya no hay que justificar nuestros escritos, co m o n o tenem os que justificar nuestro ser. D e to d o esto habla este libro. M u c h o ha llovido (in telectualm ente), m u ch os aluviones han o c u rri do (existencialm ente), m uchas inundaciones h an ten id o lugar (sociológi cam ente), m uchas flores han crecido (personalm ente), en el diálogo budd h ista-cristian o desde la p rim era edición de este libro. Esta obra n o ha afrontado d irectam ente este tem a, aunque haya habi do u n diálogo latente e im plícito debido a q u e planteam os la problem á tica en este siglo y lugar —y debem os p o r tan to ser conscientes de las exi gencias de la sociología del con o cim ien to . U n a observación, sin em bargo, nos parece im p o rtan te: el lugar del diálogo. Este lugar n o es la arena d o ctrin al co m o tam poco la ética o la cosm ológica. E l lugar, au n q u e d ep en d ien te de las coordenadas m e n cio nadas, se sitúa en la ú ltim a ex periencia del h o m b re sobre la realidad. E x perien cia que ambas tradiciones declaran inefable; pero que ambas tam b ién in u n d an de palabras. Es m u y legítim o hacer hablar al silencio; pero tam bién es conveniente, a veces, re c o rre r el cam ino inverso y reto rn ar las palabras a su silencio o riginario. Q u ie n n o ha gustado del silencio n o saborea la palabra. Tavertet Pascua del 1996
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