Primeiro livro de Perls, escrito num período de transição, em que já não se indentificava com a psicanálise, e antes de ...
Dados Internacionais de Catalogaçao da Publicação (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
(CIP)
Perls, Frederick S. Ego, fome e agressão : uma revisão da teoria e do método de Freud / Frederick S. Perls ; tradução Georges D. J. Bloc Boris. São Paulo : Summus, 2002. Título original: Ego, hunger and aggression : a revision of Freud’s theory and method ISBN 85-323-0754-X 1. Ego (Psicologia) 2. Freud, Sigmund, 1856-1939 3. Gestaltterapia 4. Personalidade 5. Psicanálise 6. Psicoterapia I. Título. II. Título: Uma revisão da teoria e do método de Freud.
02-2719
CDD-150.1982 índices para catálogo sistemático: 1. Gestalt : Psicologia 2. Psicologia da Gestalt
150.1982 150.1982
Compre em lugar de fotocopiar. Cada real que você dá por um livro recompensa seus autores e os convida a produzir mais sobre o tema; incentiva seus editores a encomendar, traduzir e publicar outras obras sobre o assunto; e paga aos livreiros por estocar e levar até você livros para a sua informação e o seu entretenimento. Cada real que você dá pela fotocópia não-autorizada de um livro financia um crime e ajuda a matar a produção intelectual em todo o mundo.
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Perls, Frederick S. Ego, fome e agressão : uma revisão da teoria e do método de Freud / Frederick S. Perls ; tradução Georges D. J. Bloc Boris. São Paulo : Summus, 2002. Título original: Ego, hunger and aggression : a revision of Freud’s theory and method ISBN 85-323-0754-X 1. Ego (Psicologia) 2. Freud, Sigmund, 1856-1939 3. Gestaltterapia 4. Personalidade 5. Psicanálise 6. Psicoterapia I. Título. II. Título: Uma revisão da teoria e do método de Freud.
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150.1982 150.1982
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Frederick S. Perls
Uma revisão da teoria e do método de Freud
summus editorial
Do original em língua inglesa EGO, HUNGER AND AGGRESSION Copyright © 1947 by F. S. Perls Todos os direitos reservados por Summus Editorial.
Tradução: Georges D. J. Bloc Boris Revisão da tradução: Denise Maria Bolanho Revisão técnica: Lilian Meyer Frazão Capa: Ana Lima Editoração e Fotolitos: JOIN Bureau de Editoração
sum m us editorial Departamento editorial: Rua Itapicuru, 613 - 7a andar 05006-000 - São Paulo - SP Fone: (11) 3872-3322 Fax: (11) 3872-7476 http://www.summus.com.br e-mail:
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Em memória de Max Wertheimer.
O capitão Frederick Perls de uniforme do Corpo Médico do Exército Sul-Africano durante a Segunda Guerra Mundial.
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c à°s* Assim, as funções mais e menos do metabolismo representam a atividade da tendência básica de todo organismo de buscar equilíbrio. Alguns acontecimentos tendem a perturbar o equilíbrio do organismo a cada momento e simultaneamente surge uma contratendência para recuperá-lo. De acordo com a intensidade desta tendência, podemos chamá-la de desejo, impulso, necessidade, carência, paixão c, se sua realização efetiva é regularmente repetida, dizemos que é um hábito. Déstesdesejos, extraímos a existência dos instintos. Esta é uma con clusão intelectual a partir de observações de comportamento, impul sos e sintomas íisiológicos. Desde que permaneçamos conscientes do fato de que o termo “instinto” é apenas um símbolo verbal conve niente para certas ocorrências complexas no organismo, podemos usá-lo. Mas, se considerarmos um instinto como uma realidade, co metemos o perigoso erro de concebê-lo como prima causa e de cair numa nova armadilha dejdeificação — uma armadilha da qual nem Freud escapou. Com freqüência são feitas tentativas para enumerar e classificar os instintos. Qualquer classificação que não considere o equilíbrio organísmico, contudo, deve ser considerada arbitrária, um produto dos interesses específicos do cientista classificador. Para sermos mais exatos, devemos reconhecer centenas de ins tintos e compreender que eles não sãoabso!utos, mas relativos, dependendo das exigências do organismo respectivo. Considere mos o caso de uma mulher grávida: a criança que cresce dentro dela requer cálcio e ela sente necessidade desse nutriente. Se o menos de cálcio se tornar suficientemente intenso, a realização da contratendência pode evoluir para uma avidez tão “instintiva” por este mineral que são conhecidos casos nos quais a mulher lambe o reboco das paredes. Sob circunstâncias comuns, contudo, não have ría “awareness” deste “instinto” de cálcio, já que usualmente havería bastante cálcio na alimentação diária para prevenir o desenvol vimento de um menos de cálcio. A mesma situação pode ser aplicada aos instintos de vitaminas ou de sal comum. Estas necessidades não são habitualmente percebi das, já que as substâncias em questão estão presentes na alimenta71
ção comum. A ciência pode falar de uma dieta equilibrada apenas se todos os diferentes tipos de instinto de fome forem satisfeitos.2 As deficiências no organismo humano não são exclusivamente de natureza biológica. A civilização, em particular, criou no homem uma série de necessidades adicionais — algumas imaginárias e outras reais, de importância secundária. Um exemplo de necessidades secundárias é o uso de certas dro gas formadoras de hábito (por exemplo, morfina), que produz uma necessidade real no organismo humano. De acordo com a teoria das cadeias laterais de Ehrlich, o sistema de um morfinômano é inundado por moléculas incompletas, que criam uma necessidade de completude genuína. A fome de morfina se tomou um instinto genuíno, apesar de patológico. Que a morfinomania realmente se tomou um instinto também é sugerido pelo fato de que a “força de vontade” nunca consegue curar este hábito. A morbidez desse instinto é óbvia, observada principalmente naqueles indivíduos que se mostram distintamente diferentes da maioria, enquanto em hábitos coletivos é menos evidente. O organis mo de um corretor da bolsa obeso, que tem seu escritório no 40e andar, se modificou a ponto de desenvolver no homem um “instinto de elevador” — na verdade, ele é incapaz de chegar ao escritório senão pelo elevador. Como necessidades imaginárias podemos assinalar passatempos, modismos, jogo e outras coisas não vitais para o organismo, mas que (J consomem intenso interesse. Daqui, é apenas um passo para as obses h sões e fobias (patológicas) tais como diversas vezes certificar-se de que uma porta está fechada, ser incapaz de atravessar uma rua ou ficar num lugar fechado. Não podemos enumerar todos os diferentes instintos do organismo mas podemos organizá-los sob dois títulos, de acordo com as funções essenciais de autopreservação e preservação da espécie. A autopre£
2. Uma expressão interessante do instinto de sal é o sinal para Nacl, que simboliza, na escrita de uma tribo africana, sua importância e a avidez por ele:
w De todas as direções, mãos são estendidas para o mineral tão necessitado. 72
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