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Os Orixás pertencem a nós ou nós é que pertencemos a Eles? Temos a posse de seu culto e o direito de reclamar esta posse, ou pertencem a quem queira cultua-los fora de nossa realidade? Ou será que Eles, como Divindades, estão muito acima de nossos egos e vaidades? Estão muito acima do direito de posse? Algum tempo atrás acompanhei uma discussão sobre o fato de se cultuar Iemanjá nos rituais de Wicca. A sacerdotisa Wicca defendia que Iemanjá é a deusa, enquanto outras sacerdotisas defendiam que a deusa não poderia ser afro e umbandistas acharam um absurdo “levar” Iemanjá para um ritual Wicca. Sabemos que Iemanjá, ao atender alguém, não lhe pergunta qual a sua religião. Logo, a sacerdotisa que se entenda com Iemanjá.
Já imaginaram o Papa reclamar o direito exclusivo em cultuar e amar a Jesus e os demais santos católicos e dizer que todas as outras religiões cristãs deveriam “devolve-los” para Roma?
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Se fosse assim, nós umbandistas teríamos que nos desfazer de nosso sincretismo com os santos e, inclusive, seríamos acusados de deturpar o culto aos mesmos, já que somamos a eles os valores “afroameríndios”. Ouvimos falar que certos Orixás não são da Umbanda. Bem, de quem eles são então? Divindades têm donos? Podem alguns Orixás ser de Umbanda e outros estarem nela por engano? Ao que sabemos, todos os Orixás tem a mesma Origem Yorubá, a mesma origem nos Cultos de Nação, onde na África cada Nação tinha o culto voltado ao seu Orixá, considerado o ancestral de todos ali.
Mas o Orixá tem vida própria: ele é divindade, é um Trono de Deus, não precisa de nós para existir e sim nós é que precisamos deles para existir, mesmo que muitos de nós não saibamos disso. Para atender as necessidades de diferentes grupos sócio culturais surgem novas religiões, pois a cada dia surgem novas realidades, mas é sempre o mesmo Deus e, claro, as mesmas divindades que ressurgem.
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Às vezes, ressurgem com nomes diferentes e outras vezes com os mesmos nomes. Os Orixás aparecem na Umbanda, mas já dentro de um outro contexto, diferente dos Cultos de Nação, pois é uma religião diferente. O Preto Velho, que para os Cultos de Nação é “egum” e não incorpora no mesmo “chão” que o Orixá, por sua vez nos apresenta os Orixás, todos quantos conhece no Astral, todos quanto cultuam em espírito na “Aruanda”. E aqui na Terra, na matéria, ainda se discute se estes Orixás são de Umbanda. Que dúvida podemos ter?Se quem os apresenta a nós é o mesmo Preto Velho, não há dúvidas, pois somos lhos destes Orixás. O lho reconhece o Pai e o Pai reconhece o lho. Não teria o lho de mudar de religião, para continuar
com o mesmo Pai ou Mãe, já que uma vez reconhecida a paternidade divina dos Orixás, pouco importa o que outros digam: o que importa é que ali ele foi apresentado ao lho. Apesar de termos um Pai e Mãe de Cabeça, somos lhos de todos Orixás!!! Texto extraído do livro “Orixás na Umbanda”, de Alexandre Cumino, Editora Madras.
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Mais uma vez Rubens Saraceni nos surpreende e nos parece que ainda vai continuar surpreendendo por muito tempo. A Editora Madras acaba de lançar na Bienal do Livro dois títulos novos psicografados pelo medium que mudou esta realidade dentro da Umbanda. Mesmo agora depois de seu desencarne ainda somos brindados por dois títulos: “O Guerreiro do Sétimo Sentido” e o segundo é a primeira parte do “Cavaleiro do Arco Iris” o primeiro é totalmente inédito. Tive a oportunidade de ver os originais na Editora Madras, que são inconfundíveis na caligraa do Rubens
que usava sempre a mesma caneta ao escrever todos os seu livros em cadernos universitários, que lhe era uma marca peculiar. Por isso deixou guardados todos os originais de todos os títulos publicamos com sua família que identicou
muitos títulos inéditos os quais esperamos ansiosos pela publicação.
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Isto se dá pelo fato de que o Rubens não psicografava para publicar e sim pela ordem de seus mentores que antes de publicar o Guardião da Meia Noite já haviam redigido dezenas de outros títulos. Sua esposa Alzira e lhas Graziela e Stela
estão fazendo este trabalho magníco
junto da Editora Madras, na pessoa de seu presidente Wagner Veneziani Costa, respeitando a vontade do mestre e a ordem de seus guias com respeito a estes títulos ainda inéditos.
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Não sabemos ainda ao certo quantos títulos inéditos ainda poderão ser publicados, mas a nossa expectativa é de que venham muitos. Toda família esteve na bienal do livro para o lançamento dos novos títulos e ali estiveram muitos discípulos do Mestre que tomaram conhecimento desta boa nova. No momento em que escrevo estas linhas acabo de fazer a leitura do “Guerreiro do Sétimo Sentido” que tem início no Campo Santo e se desdobra em muitas realidades.
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Lá, trabalha o reequilíbrio do ser no Sétimo Sentido da Vida entre encontros e desencontros com guardiões e guias de Umbanda que revelam mistérios por meio de diálise e situações inusitadas bem ao estilo da obra de Rubens Saraceni.
Para quem acompanhou a série de livros dia Guardiões, Cavaleiro da Estrela Guia e Cavaleiro do Arco Íris este livro novo reserva muitas surpresas. Minha eterna gratidão ao Pai e Mestre Rubens Saraceni e a sua família por nos proporcionar esta oportunidade junto à Editora Madras. Muita gratidão, Alexandre Cumino
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Olá umbandistas, Na edição passada do JUS, publicamos a primeira parte deste texto que trata das principais aições de quem está
iniciando na Umbanda. Algumas dúvidas são comuns a todos, com pequenas variações. Lembramos sempre que esta é a opinião da autora do texto e não representa uma verdade absoluta e sim uma reexão acerca dos rituais e práticas que
ocorrem nos Terreiros. É a experiência de um ajudando outros. Vamos a elas:
2 – O que fazer parte de um Terreiro de Umbanda vai mudar na minha vida? Passar a fazer parte de um Terreiro de Umbanda não signica que você vai ter que fazer dezenas de oferendas
por semana, mudar a forma como se veste no dia-adia, andar por aí com 50 guias no pescoço, deixar de ter vida social ou passar a incorporar espíritos sem nenhum controle, em qualquer lugar.
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Não é nada disso. Quando fazemos parte de um Terreiro de Umbanda, temos a oportunidade de vivenciar mais intensamente os fundamentos desta religião e o intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual, que nos proporciona uma enorme ampliação da consciência. Mais do que qualquer outra coisa, a Umbanda tem como objetivo auxiliar os seus seguidores a compreender e aceitar que todos os espíritos são uma expressão divina, que a vida é muito mais do que isso que vemos e tocamos no plano físico, que a caridade é uma forma de redenção e de perdão, que é possível e desejável agirmos sempre com amor, respeito e entendimento do próximo e de nós mesmos/as. Fazer parte de um Terreiro de Umbanda é tentar, todos os dias, ir para o trabalho e não pensar mal do colega, é perdoar a ofensa que um amigo lhe dirigiu, é ir para a Gira e não fazer fofoca dos irmãos de Terreiro, é compreender e respeitar os problemas que as pessoas da assistência trazem e para os quais pedem ajuda.
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Se, para além disso, você quiser realizar as oferendas, andar com uma ou outra guia, optar (sim, optar, não ser obrigado) a vestir sempre uma peça de roupa branca, ou parar de fumar, ou de beber álcool, excelente, tudo isso vai contribuir para o seu crescimento!
Mas não sinta que tudo isso seja uma obrigação.
Isso tudo parece muito clichê, mas não se pode fugir disso. Seguir os fundamentos da Umbanda signica trabalhar para ser uma
pessoa melhor nesta encarnação, com a ajuda daquilo que se vivencia no Terreiro, das experiências de incorporação, do aprendizado da religião, das mensagens das entidades espirituais, e assim por diante.
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Hormônios e mediunidade são uma combinação explosiva. Na fase em que estamos tentando compreender quem nós somos, em um momento de transição e de muitas descobertas, neste período delicado da vida ter de lidar com a mediunidade não é fácil. Eu como jovem, na época, não achava legal ser médium, achava horrível porque já me sentia muito diferente de todos e mais essa para encarar? Foi pesado para mim e acredito que também seja assim para milhares de adolescentes que estão passando por isso, além de ser um grande transtorno para a família, que nem sempre sabe lidar com a situação. Digo isto, porque mesmo sendo de uma família espiritualista e havia umbandistas na família, foi difícil. O pai e mãe muitas vezes vão esperar daquele lho que
ele saiba usar a sua mediunidade como um adulto que tem anos de terreiro, mas não é assim que funciona, pois até nós adultos, muitas vezes camos perdidos em
algum momento de nosso processo de desenvolvimento mediúnico.
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Aos pais e mães, muita paciência e muita informação, buscar conhecimento sobre o que é mediunidade é importante. Não vamos reproduzir nas “crianças” o que nós ouvimos, o que eu ouvi: “Se você não trabalhar viverá doente” ou o contrário “Nunca vi a vida de ninguém que mexe com isso ir para frente”. Sem contar os pareceres médicos que contribuíram bastante para que eu me sentisse cada vez mais constrangida em relação a mim mesma e aos outros. Como adolescente, é barra ter de lidar com um “poder” desse tamanho, é complicado viver tendo que guardar segredo sobre sua relação com os espíritos, é terrível se sentir diferente, excluído, nãopertencente, justamente em uma fase em que todo mundo quer ser parte de um grupo que seja importante para si. Penso que ser médium é um presente, e somo nós quem escolhemos se e quando vamos usar este presente.
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Não cabe ao outro nos dizer quando fazê-lo, essa é uma vontade que brota do fundo do coração, mas para isso, é preciso ter uma série de questões pessoais minimamente esclarecidas, para que o conito externo
e interno não reverbere negativamente no processo de desenvolvimento, e isso demanda tempo. Se você que tem trinta anos ou mais se considera um bom médium espere para ver do que serão capazes os nossos jovens de hoje. Por uma mediunidade de livre escolha e sem o peso de um fardo, apoie, converse, indique boas leituras, mas não coloque mais peso aonde já está pesado.
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No texto do blog Umbanda e Candomblé: temos semelhanças, mas não somos iguais trouxemos um dos questionamentos que ainda está presente nos adeptos não só da Umbanda como também do Candomblé. Vamos reetir sobre a questão da Umbanda ser afro-brasileira ou
genuinamente brasileira. O livro Das Macumbas à Umbanda reete
bem esse momento de transição do reconhecimento da Umbanda pelos intelectuais como uma religião brasileira, a página 104 da obra de J. H. Motta de Oliveira ressalta a seguinte percepção: “O umbandista José Álvares Pessoa alega que a Umbanda seria uma religião genuinamente brasileira, porque reúne as contribuições das três raças que conformam o povo brasileiro… Nela encontraríamos, a experiência do branco, a tradição do índio e a magia do negro.” E porque reetiria, também,
os anseios de um povo que “é cristão por princípio e sentimento, espírita por intuição e que adora as coisas da magia”.
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Portanto, dentro do culto hoje bem mais delineado e podemos dizer em partes “codicado”, entendemos a gura do Preto Velho como a inuência dos povos africanos no
Brasil, e por sua vez, na religião de Umbanda. O mesmo acontece com o Caboclo que é a inuência da cultura nativa nos terreiros, e veja bem, a inuência não é o mesmo
que o resgate dessas culturas; a inuência estará
presente nos ritos, no uso de elementos e até na linguagem, mas tudo isso será formatado em uma nova “roupagem” e um outro ambiente e com um novo sentido. Consolida-se assim, o que já existia em Aruanda e que Pai Rodrigo Queiroz no curso “Entidades de Umbanda” (www.umbandaead.com.br)
vai tratar como Movimento Umbanda Astral, enm, esse
já é assunto para outro texto.
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O que trazemos nesse texto então é a reexão
da Umbanda como uma religião brasileira e não afro-brasileira, porque como dito, quando se diz afro-brasileira fala-se sobre o resgate dos cultos praticados na África em um novo formato aqui, porém a Umbanda marca não só a união das tradições das três principais raças que formam o povo brasileiro, mas também o momento que essas raças já aparecem miscigenadas, ou seja, já traduzidas como o bom e (não tão velho assim) brasileiro. Por essas razões a Umbanda exprime a característica que nenhum outro país tem de tão forte como nós e que o processo histórico ocorrido aqui culminou: a mistura de crenças, tradições, ritos, formas de aprender, de saber, de comer, de se divertir, de se vestir e outras inúmeras maneiras de manifestar a vida que encontramos pelo Brasil afora!
Saravá a Umbanda! Uma religião do povo brasileiro.
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Estou aqui pensando como agradecer por tudo que vivemos na Bienal do Livro com o lançamento do livro “Orixás na Umbanda”. Já pensei em dizer que não tenho palavras à altura de minha alegria e realização, já pensei em fazer um discurso sobre a importância da presença da Umbanda neste universo do livro, já pensei em agradecer o tamanho do carinho e tudo o mais que recebi de sorrisos e olhares mágicos que brilham pela Umbanda. Mas é pouco este meu agradecimento para tudo o que vivemos ali, ainda assim quero agradecer a todos que vieram de longe ou de perto, todos que deixaram afazeres e compromissos de lado, agradecer principalmente pela paciência de enfrentar trânsito (de São Paulo) la de estacionamento, la de ingresso, la para entrar, muvuca de evento grande e ainda la para receber
um autografo.
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E ainda, conseguiram chegar no momento do autografo vibrando alegria e felicidade em estar ali. Desta energia, desta força de vontade, desta determinação é que se faz a diferença na Umbanda. É muito AMOR, muita ENTREGA, muita UMBANDA na veia, na alma, no coração, na mente e na BIENAL. SIM UMBANDA!
POR ELA ESTAMOS AQUI, ALI E EM TODOS OS LUGARES, POR ELA FAZEMOS DE TUDO, EM NOME DELA LEVAMOS O NOSSO MELHOR DE MANEIRA INCANSÁVEL. Por isso A UMBANDA em mim agradece à UMBANDA em você !!!
Minha gratidão maior aos Meus Mestres Pai Rubens Saraceni e Wagner Veneziani Costa (Madras Editora) que um dia acreditaram em tudo isso e abriram as portas para esta realidade.
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Sem o trabalho de Pai Rubens Saraceni e Wagner Veneziani, nenhum de nós estaria ali na Bienal e muito menos escrevendo com o amparo da Umbanda. Minha lista de agradecimentos aos parceiros, irmãos, amigos e alunos é imensa e não cabe nas páginas deste jornal, no entanto a todos que um dia me procuraram ou procuram para estudar teoria ou pratica; teologia, magia ou sacerdócio ca também a mensagem da gratidão
e a dica de ser sempre grato por quem e por todos lhe prepara ou preparou. Rubens Saraceni Pai, Mestre, Amigo e Irmão MIL VEZES MIL meu coração fala sempre o que a boca cala, minhas lágrimas demonstram o que eu guardo e carrego, você vive em mim assim como eu vivo em você. Talvez um dos maiores ensinamentos verbais é que: NINGUÉM FAZ NADA SOZINHO!!! Que eu possa receber sempre a sua benção
em minha missão, na qual você me preparou e conduziu.
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Filho, me ouves? Com sua permissão podemos nos comunicar? Está tudo bem lho? Que bom, assim seja. Está bem lho, mas gostaria de que
enviasse esta mensagem a alguém muito especial. Estou acompanhando toda a sua caminhada e a dela também, num é!
E percebi alguns pontos que a tocou e que estão se estendendo um pouco mais do que ela quer. Sim lho, às
vezes temos uma, algumas provas, e mesmo não merecendo acabamos por passa-las. Mesmo não havendo a tal necessidade que achamos não ter, mas tem, mesmo sendo em momento não apropriado algumas palavras e atos às vezes, elas vem. E não vamos culpar ninguém por estas ações: apenas não julguemos. Mesmo com mágoa, não julgue. Aliás era disso que gostaria de falar. Mágoa é sentido de energia negativa, onde leva a pessoa a car deprimida e só traz desgosto. Este sentimento
somente afasta tudo aquilo que é amor e só o amor é capaz de fazer coisas que a mágoa não permite.
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Exemplo: perdoar. A mágoa faz você agir em causa e efeito a outra: faz você perder a causa, perde o brilho. E o efeito é negativo para você e bebe-la não é a ação mais correta. Mágoa traz desgosto, traz doença, traz dor. Mágoa bloqueia a comunicação, não permite o agradecer. Mágoa não pode fazer parte de um espírito que ganhou de Zambi a permissão de vir aqui corrigir seus erros passados, ser feliz e evoluir. Assim vejo que o desagrado deverá ter sido deixado ao passado, como Deus também o fez. Você é lha da mágoa ou da Umbanda? Deverá ser lha do homem
ou dos Orixás? Pense antes de tudo, não desperdice a gratidão que Zambi tem por você. Tudo passa, resolva internamente, doe energia de alegria e gratidão a estes pensamentos. Você é veículo de comunicação e se car sem se comunicar será prejuízo para sua aura. Não danique
mais sua via de receber pensamentos positivos.
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Não se cobre, porque não será cobrada, a não ser se car magoada e cometer erros irreparáveis.
Não julgue, o tropeço do outro. Dói, doeu, eu sei, mas digo: passa. Se entregue ao espiritual, sem você achar que está sendo punida, porque espiritualidade é amor, e amor é união. Amor é superação, é humildade. Amor é perdão, é respeito....
Amor é vitória! Vencedora, você está acuada pela sombra de uma face da vaidade. Limpe seu coração com amor, jogue fora a mágoa e deixe a face do amor prevalecer. Ela, a mágoa, não serve para nada, somente para te desequilibrar. Como você vai conquistar seu espaço com mágoa? Você só constrói as coisas com amor. E amor é Umbanda. Umbanda é oração. Faça lho! Se
não conseguir, canta um Ponto pro véio e pra véia, pras crianças , pros Orixás quando car magoada, pois também
será uma oração, num é? Aí vou entender que quer mudar. Seja lho, não da mágoa, não dos homens, mas da Umbanda. Seja lho de Deus e
tudo de divino irá lhe amparar sempre. Gratidão a vocês, por terem força, e continuar Até logo meu lho, ca em Paz.
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Sempre quando entro no terreiro reparo no local onde eu estou, tento de alguma forma me sintonizar e conectar com a energia e a vibração. Sinto pessoas ao meu redor, vejo pessoas ao meu redor: pessoas na corrente mediúnica, consulência, espiritualidade em todo lugar; como não me envolver com isso, pois a nossa religião é composta por gente, o nosso forte é gente, seja encarnado ou desencarnado, vivo ou morto, somos gente e lidamos o tempo todo com gente, então porque não querer entender e falar de “gente”? Preto velho, Baiano, Boiadeiro, Marinheiro, Caboclo e outras entidades são gente, consciência, sentimentos, alegria, tristeza, felicidade, amor, carinho, etc., ou você acha que eles não são? São gente igual a gente, porém com um modo diferente de ver a vida, com um modo humano de ver o próximo, entendendo que a cada palavra que sai de sua boca alguém ouve e de alguma forma transforma a vida. Pense e questione quantas “gente” você transformou na sua vida? Qual o exemplo que nos umbandistas levamos a “gente” de outra religião? Lembre-se sempre que o outro é você e você e o outro. Muito Axé a todos
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Um cidadão brasileiro certo dia pronunciou: fé e caridade são prioridades para a sociedade!
Pessoas debocharam, com risos e acidez na boca pronunciavam: “Utópico! Este homem é utópico”!
Mas, o tempo se passou, este regido pelos elementos da Natureza emanados nas forças dos Orixás, e as pessoas que riam começaram a ter o seu ar de deboche tomado pelo desânimo. E aquele cidadão brasileiro de roupas e gestos simples retornou, e em meio a eles pronunciou: a fé e a caridade é a base social! Dessa vez, não riram e tomados
pelo cheiro de rosas que emanava daquele homem, e que vagamente dava lugar ao cheiro de uma baforada de fumo, concentraram-se e concordaram com tal armação.
E um dos incrédulos perguntou ao homem: como fazemos? O homem de modo simples respondeu: está dentro de cada um; preste atenção nos elementos da natureza!
Eles não compõem uma harmonia? Não necessitamos de todos? Ele respondeu sim. Então, dentro da subjetividade das pessoas também há diversas formas de fé e caridade e só deixamos o coração falar e o corpo exercer.
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Nos últimos dias, tenho ouvido muito falar na importância ou obrigatoriedade de desenvolver a mediunidade. As pessoas têm falado sobre o caos gerado na vida das pessoas quando elas decidem parar com a frequência a Casas espirituais para balanço, ou seja, para resignicarem
seus objetivos e necessidade de realinhamento de sua esperança e fé. Tudo isso me impressiona. Anal, co me perguntando se
desenvolver-se não é também se redescobrir? Se redescobrir não é também se reconhecer? Para se reconhecer também não é necessário se respeitar? Analisando esse cenário caótico que estamos vivendo de intolerância e preconceito, percebo que muitas vezes essas agressões partem dessa losoa opressora
que assusta e culpa o irmão de fé que precisa, muitas vezes, se afastar para se reintegrar e reiterar das suas verdadeira convicções e emoções. Anal, se a palavra religião vem de religar-se,
sem dúvida, até nossa máquina corporal, mental e emocional também precisa ir para o conserto às vezes… Por isso, para você amigo (a) que por seus motivos afastouse de sua Casa de fé, co com a sabedoria dos Caboclos de que uma echa só pode gerar um resultado se for
atirada; caso o contrário, nada irá acontecer, ou seja: se você deu férias para seu arco e echa da fé e obstáculos
surgiram à sua frente, isso não é seu espiritual cobrando seu retorno ao desenvolvimento mediúnico.
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Talvez religar-se ou reconectar-se seja dolorido e agressivo, porque conviver com seu próprio Eu pode ser bem mais doloroso do que qualquer demanda ou obsessão. Religião, Desenvolvimento e Fé são ações para frente e não de recuo. Se seu arco e echa estão guardados, use esse momento para identicar suas fraquezas e medos; se
fortaleça e retorne à sua Casa da fé se quiser, mas só faça isso quando tiver certeza de sua autonomia e que já se livrou da sua bengala ctícia para poder caminhar.
SABE AQUELE DIA em que nada parece dar certo e você só quer achar um abraço quente e reconfortante que te acalme e diga: “Vai ficar tudo bem”... Ainda bem que temos nossos avôs e avós de Aruanda! Adorei as almas!
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