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April 1, 2019 | Author: Lusineide Silva | Category: Car, Economics, Empreendedorismo, Time, Facebook
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Economia...

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PORQUE COMPARTILHAR É O FUTURO DA ECONOMIA USE TRIALS

Este e-book e-book foi criado criado a partir partir da apresentação:

Tradução: Nadja Nathan Contato: [email protected] Facebook.com/101startup Twitter.com/101startup

Economia compartilhada

No coração da economia colaborativa estão empresas e projetos que surgiram a partir de variações do compartilhamento pessoa-para-pessoa (peer-to-peer), o chamado consumo colaborativo. Carros, alimentos, serviços, motos, moradia, informação, tecnologia, entre outros bens, podem ser compartilhados. Agregar valor em cada nível gera retorno, uma vez que os modelos representam um aumento na maturidade, exigem investimentos e resultam em benefícios para cada nível.

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SegundoaespecialistaRachelBotsman,aeconomiacompartilhada contempla3possíveistiposdesistemas:

ocorre quando um item usado passa de um local onde ele não é mais necessário para onde ele é. Baseiase no princípio do   “reduza,   re-use, recicle, repare e   redistribua”. baseia-se no compartilhamento de recursos, tais como dinheiro, habilidades e tempo. ocorre quando o consumidor paga pelo benefício do produto e não pelo produto em si. Tem como base o princípio de que aquilo que precisamos não é um CD e sim a música que toca nele, o que precisamos é um buraco na parede e não uma furadeira, e se aplica a praticamente qualquer bem.

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Vou falar sobre aquilo que chamo de   ‘malha’ ou ‘mesh’. Ela é, essencialmente, uma mudança fundamental do nosso relacionamento com as coisas, com as coisas em nossas vidas. E está começando a parecer -- nem sempre e nem para tudo -- que, em determinados momentos, o acesso a certos tipos de produtos e serviços será mais significante do que a posse dos mesmos. Então, o   ‘mesh’  é a busca pelas melhores coisas, mais facilmente compartilhadas. E nós viemos de uma longa tradição de compartilhamento. Temos compartilhado o transporte.

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Temos compartilhado o vinho e a comida e outros tipos de experiências maravilhosas nas cafeterias de Amsterdã. Compartilhamos ainda outros tipos de entretenimento -estádios, parques, teatros, bibliotecas, universidades. Todas essas coisas são plataformas de compartilhamento, mas compartilhar essencialmente começa e termina com aquilo que considero a mãe de todas as plataformas de compartilhamento.

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E quando penso sobre o   ‘mesh’   e penso sobre, bem, sobre aquilo que a impulsiona, porque isto está acontecendo agora. Acho que existe um número de fatores que gostaria de apresentar-lhes como fundo. -- que a recessão nos fez repensar nosso relacionamento com as coisas em nossas vidas relativas ao valor -- começando assim, a alinhar o valor ao custo real. . Mais pessoas, espaços menores, menos coisas.

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Mudança climática. Estamos tentando reduzir o estresse em nossas vidas pessoais e em nossas comunidades. e no planeta. Além disso, existe essa desconfiança recente em relação às grandes marcas, grandes marcas globais, em vários e diferentes setores industriais. E isto criou uma abertura. Pesquisas mostram que aqui nos EUA, no Canadá e na Europa Ocidental a maioria de nós está muito mais receptiva às empresas locais, ou às marcas que talvez nunca tenhamos ouvido falar. Ao passo que antes, gostávamos das grandes marcas nas quais tínhamos confiança. E o último fator é que agora, agora, estamos conectados a mais pessoas no planeta do que em qualquer outra época -- a menos que você esteja sentado perto de alguém. 9

Outra coisa que vale a pena considerar é que fizemos um investimento enorme durante muitas décadas, com dezenas de bilhões de dólares aplicados neste investimento que agora é a nossa herança. É uma infraestrutura física que nos permite ir de A a B e locomover as coisas dessa forma. Temos ainda a internet e os celulares que nos permitem ficar conectados e criar todos os tipos de plataformas e sistemas. E o investimento nestas tecnologias e naquela infraestrutura São, de fato, a nossa herança. Ela permite nos engajarmos em caminhos realmente novos e interessantes. 10

Então para mim, um negócio   ‘mesh’,   o negócio   ‘mesh’ clássico, reúne estas três coisas: nossa habilidade de conectarmos uns aos outros -- a maioria de nós, anda por aí com estes dispositivos móveis habilitados com GPS e 'internet' que nos permitem encontrar uns aos outros e localizar as coisas no tempo e no espaço.

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é que as coisas físicas podem ser lidas em um mapa, como restaurantes, uma variedade de locais, e também com GPS e outras tecnologias como a RFID [Identificação por Rádio Frequência] e isto continua a expandir-se além disso, podemos ainda rastrear coisas em movimento, como um carro, um táxi, um sistema de trânsito, uma caixa se movendo no tempo e espaço. E então, isto estabelece o acesso à mercadorias e serviços de forma mais conveniente e, em muitos casos, mais barato do que a posse dos mesmos.

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Por exemplo, eu quero usar a empresa Zipcar. Quantas pessoas aqui já tiveram a experiência de dividir um carro ou uma bicicleta? Nossa, isso é ótimo. Ok, obrigada. Simplesmente a Zipcar é a maior empresa de compartilhamento de carros do mundo. Eles não inventaram o compartilhamento de carros. Isto foi, na verdade, inventado na Europa. Uma de suas fundadoras foi à Suíça, viu isto implementado em algum lugar, e disse:   “Nossa,   isto parece muito legal. Acho que podemos fazer o mesmo em Cambridge”,  ela trouxe para Cambridge e elas começaram -- duas mulheres Sendo Robin Chase a outra pessoa a começar o projeto. 13

A Zipcar acertou em coisas realmente importantes. Primeiro, E então, agiram de forma muito inteligente ao apresentarem o pacote do carro compartilhado. Se você é sócio do clube, quando você é um membro do clube, você é um ‘Zipster’. Os carros que selecionaram não se pareciam com ex-carros de polícia que tinham sido depenados, ou coisa do gênero. Escolheram esses carros sexy. Concentraram-se nas universidades. Asseguraram-se de que a demografia na qual se concentravam e o carro combinavam. Foi uma experiência muito boa. E os carros eram limpos e de confiança, e tudo funcionava. 14

E assim, do ponto de vista da marca, acertaram muito. Elas entenderam que fundamentalmente elas não são uma empresa de carros. Elas entendem que são uma empresa de informação. Porque quando compramos um carro vamos ao revendedor uma vez, interagimos e, damos tchau -- normalmente o mais depressa possível. Mas quando você compartilha um carro e tem um serviço de carro compartilhado, você poderia usar um carro elétrico para ir trabalhar, um caminhão, quando estivesse reformando a casa. Quando fosse buscar sua tia no aeroporto, usaria um sedã. E, indo esquiar nas montanhas, você teria acessórios diferentes instalados no carro para fazer este tipo de coisa. 15

Enquanto isso, esses caras estão calmamente sentados coletam todos os tipos de dados sobre nosso comportamento e como interagimos com o serviço. Enfim, não é somente uma opção para elas, mas acredito que é imperativo para a Zipcar e outras empresas ‘mesh’ nos impressionar, que funcionem como um serviço de  ‘concierge’. Pois lhes fornecemos tantas informações, e elas estão autorizadas a ver como é que estamos nos movendo, elas estão em ótima posição para antecipar o que vamos querer da próxima vez.

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E então, adivinha qual é a porcentagem diária de uso de um carro por uma pessoa comum? Qual a porcentagem do tempo de uso? Algum palpite? Estes [palpites] são realmente muito bons. Eu imaginava algo em torno de 20%, quando comecei. Nos EUA e na Europa Ocidental o número é de 8%. E então, mesmo que você assuma seja de 10%, em 90% do tempo, algo que nos custa muito dinheiro -- e que também nos faz organizar nossas cidades em torno disto e toda a sorte de coisas -- fica 90% do tempo estacionado. Então, por esta razão, penso que um dos outros pontos do [negócio]  ‘mesh’  é que essencialmente se economizarmos bem nas coisas que desperdiçamos, encontraremos muito valor nestas coisas. O que aconteceu com a Zipcar -- Ela começou em 2000.

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Em 2010, duas empresas de automóveis foram abertas, uma, no Reino Unido, chamada WhipCar, e a outra, RelayRides, nos EUA. Ambas oferecem o compartilhamento de carros entre colegas, pois as duas coisas que fazem o compartilhamento funcionar são: um, o carro tem que estar disponível, e dois, estar há um ou dois quarteirões de onde você está. Bom, o carro que está há um ou dois quarteirões da sua casa ou escritório é provavelmente o do seu vizinho, e ele provavelmente estará disponível. Então foi assim que as pessoas criaram estas empresas. A Zipcar começou uma década antes, em 2000. Ela levou 6 anos para ter 1.000 carros em serviço. A WhipCar, que começou em abril do ano passado, levou 6 meses para ter 1.000 carros em serviço. É realmente interessante. 18

Tem pessoas ganhando entre 320 e 1.200 reais por mês ao deixarem seus vizinhos usarem seus carros quando não os estão usando. Então, funciona como o aluguel de carros nas férias. Já que estou aqui --e espero que alguns de vocês no auditório trabalhem no setor automobilístico – (Risos) -- estou pensando que, venho do lado tecnológico das coisas –  vimos [surgir] as TVs a cabo integradas e notebooks com WiFi integrado -- seria ótimo se agora, a qualquer momento, vocês começassem a implantar carros prontos para compartilhar. Porque isto gera mais flexibilidade. Isto nos dá, como proprietários, outras opções. E acho que estamos indo nesta direção, sem dúvida. 19

A oportunidade e o desafio que as empresas  ‘mesh’  oferecem -- e estas são empresas como a Zipcar ou a Netflix que são inteiramente empresas  ‘mesh’, ou outras, nas quais você tem muitas companhias de carro, fabricantes de carros, começando a oferecer seus próprios serviços de compartilhamento de carros como também [oferecendo] uma marca secundária, como um teste, acho eu -- é fazer o compartilhamento irresistível. Certamente temos experiências em nossas vidas quando dividir é irresistível. Mas o que faremos para isto ser recorrente e adquirir escala? Também sabemos, porque nos conectamos nas redes sociais, que é fácil criar prazer em um pequeno local. É contagiante, pois estamos conectados uns aos outros. Então, se tenho uma experiência incrível e posto isto no   ‘Twitter’,  ou conto para cinco pessoas ao meu lado, a notícia voa. O oposto, como sabemos, também é verdadeiro, Muitas vezes mais verdadeiro. 20

Então aqui temos LudoTruck, em Los Angeles, transportando comida   ‘gourmet’,  atraindo muitos seguidores. Geralmente e de novo, talvez porque eu seja uma empresária da tecnologia, vejo tudo como plataformas. As plataformas são convites. Então a criação de Craigslist ou de redes de desenvolvedores para o iTunes ou iPhone, existem todas estas redes -- como o Facebook. Estas plataformas convidam todos os tipos de desenvolvedores e todo os tipos de pessoas para virem com suas ideias e oportunidades para que criem e direcionem um aplicativo para um público-alvo. E honestamente, são muitas as surpresas. Pois não acredito que ninguém aqui nesta sala poderia ter previsto os tipos de aplicativos que surgiram no Facebook, em torno do Facebook, por exemplo, 2 anos atrás, quando Mark [Zuckerberg] anunciou que eles iriam lançar a plataforma.

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Então, do mesmo modo, penso que as cidades são plataformas e certamente Detroit é uma plataforma. O convite para reunir fabricantes, artistas e empresários, ajuda a estimular esta criatividade apaixonante e ajuda a cidade a prosperar. Isto convida a participação. E as cidades tem, historicamente, convidado todo os tipos de participação. Agora, dizemos ainda que há outras opções também. Então, como exemplo, as prefeituras municipais podem fornecer os dados sobre o trânsito.

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O Google disponibilizou dados de tráfego para API [Interface de Programação de Aplicações] e assim, já existem cerca de sete ou oito cidades nos EUA que disponibilizaram informações sobre o trânsito, e vários desenvolvedores estão criando os aplicativos. Eu estava tomando um café em Portland, e estava na metade do   ‘latte’quando   um pequeno painel na cafeteria de repente começa a mostrar que o próximo ônibus chegará em 3 minutos e o trem chegará em 16 minutos. E então são dados confiáveis, reais, bem ali na minha cara, onde me encontro, Portanto, posso acabar de tomar o  ‘latte’. 23

Agora, há esta fabulosa oportunidade por todo o país: aproximadamente 21% de espaços vagos, tanto comercial quanto industrial. Aquele espaço não é vital. Às áreas entorno deles, falta vitalidade, vibração e participação. Tem essa coisa -- quantos de vocês já ouviram falar sobre lojas   ‘pop-up’   (temporárias)Muito bom. Sou uma grande fã disso. E isto é uma coisa bem ‘mesh’.

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Essencialmente, existem todos os tipos de restaurantes em Oakland, perto de onde eu moro. Tem uma loja popup cada 3 semanas. e eles fazem um trabalho fantástico ao organizarem um evento bem social para os ‘foodies’   (amantes da degustação). É super divertido e que acontece nas vizinhanças muito transitórias. Subsequentemente, após um ano de atividade, eles começaram a alugar o local e criam e expandem.

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Uma área antes considerada artística-sofisticada está agora se tornando mais descolada e engajando muito mais gente. Este é um exemplo. O Crafty Fox é dessa mulher que gosta de artesanato, e ela organiza estas feiras de artesanato  ‘pop-up’ em Londres. Mas este tipo de coisas está acontecendo em muitos ambientes diferentes. Na minha opinião, uma das coisas que as lojas   ‘pop-up’  fazem é criarem transitoriedade e urgência. Isto gera uma das expressões prediletas de qualquer negociante: Esgotado! E a oportunidade para realmente focar confiança e atenção é algo maravilhoso.

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Então, muito do que vemos no   ‘mesh’,  e muito do que temos nas plataformas que criamos nos permite definir, aprimorar e adquirir escala. Isto nos possibilita, como empresários, testar produtos, ir à feira, conversar com as pessoas, ouvir, aperfeiçoar algo e retornar. É uma boa relação de custo-benefício, e é muito   ‘meshy’. A infraestrutura possibilita isto.

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Para encerrar, eu apenas gostaria de os encorajar – e estou disposta a compartilhar, inclusive meus fracassos, mas não no palco. Eu gostaria apenas de dizer que uma das grandes coisas é que, quando vemos desperdício e quando vemos maneiras de sermos generosos de verdade e de cooperarmos uns com os outros, mas também nos mobilizarmos para criarmos uma situação econômica melhor e uma situação ambiental melhor, é quando compartilhamos os fracassos. E um exemplo rápido é a empresa Velib, em 2007 ela foi lançada em Pariscom uma proposta muito ousada, um serviço muito grande de compartilhamento de bicicletas. Eles cometeram muitos erros. 28

Mas tiveram também alguns sucessos. Mas eles foram muito transparentes, ou tiveram que ser, na maneira como eles expuseram o que, e o que não funcionou. E então a empresa B.C. em Barcelona e B-cycle, aqui, e a Boris Bikes em Londres -- ninguém precisou repetir as mancadas da versão 1.0 e os caros exercícios de aprendizagem ocorridos em Paris. Assim, quando estamos conectados, temos a oportunidade de também dividir fracassos e triunfos.

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Estamos no início de algo que, o que estamos vendo e a maneira como as empresas   ‘mesh’   estão sendo desenvolvidas, é convidativo, é participação, mas é muito cedo. Tenho uma página na internet, ela é um diretório, e começou com cerca de 1.200 empresas, e nos últimos dois meses e meio já chegou a 3.300 empresas. E a lista está crescendo constantemente, dia após dia. Mais ainda está bem no início. Então, somente quero dar boas vindas a todos vocês nesta  jornada.

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Francis Bacon

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