E-Book Teoria Musical Harmonia e Louvor
March 28, 2023 | Author: Anonymous | Category: N/A
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Sobre a Versão Digital deste Livro Esta versão digital do livro sofrerá atualizações de tempos em tempos. Portanto, recomendo que você volte ao site site www.programaaprendiz.com.br www.programaaprendiz.com.br e confira se você está com a versão mais recente.
Este livro está registrado nos arquivos da Biblioteca Nacional (www.bn.gov.br) e está devidamente protegido pelas leis do Direito Autoral. Número ISBN: 978-85-924459-0-4 978-85-924459-0-4
Sumário O que é este livro? ......................................................................................................- 4 - Este livro é para você? ..................................................................................................- 6 - Como ler este livro? ....................................................................................................- 8 - Introdução – Conceitos Conceitos Básicos da Música ......................................................................... - 11 - Escalas Diatônicas – Escalas Escalas Maiores ............................................................................... - 21 - Escala Cromática Simples ............................................................................................ - 39 - Escala Cromática Composta ......................................................................................... - 50 - Acordes – Conceito Conceito e Formação .................................................................................... - 53 - Acordes Dissonantes .................................................................................................. - 63 - Campo Harmônico – Conceito e Prática........................................................................... - 71 - Graus da Escala ........................................................................................................ - 82 - Escala Menor Natural, Harmônica e Melódica .................................................................... - 85 - Funções Harmônicas – Introdução Introdução .................................................................................. - 99 - Funções Harmônicas Secundárias ................................................................................. - 105 - Acorde Diminuto – Conceito, Conceito, Formação e Uso Prático ....................................................... - 111 - Transposição – Conceito Conceito e Técnicas .............................................................................. - 118 - Modulações e a Cadência II – V V – II ............................................................................... - 123 - Prática de Banda / Conjunto no Louvor ......................................................................... - 133 - Palavras Finais ........................................................................................................ - 151 -
Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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O que é este livro? livro? Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém. Romanos 11:36
EM PRIMEIRO LUGAR este livro é um trabalho de gratidão a Deus. Se não fosse por Ele nada existiria. Se não fosse por Ele não existiria música. Se não fosse por Ele nada faria sentido. Nem eu nem você estaríamos aqui. Eu só aprendi o que sei sobre música porque um dia Deus me permitiu ouvir e cantar hinos a Ele. Depois, apesar de minhas muitas limitações, Deus me permitiu aprender a tocar um instrumento. i nstrumento. E por fim, Deus colocou em mim um desejo de aprender mais sobre música e me proporcionou os meios para que eu conseguisse atingir esse objetivo. Em segundo lugar este livro é um trabalho de ensino de música para qualquer pessoa. Minhas raízes musicais são de origem cristã, mas as teorias da música que serão ensinadas aqui são aplicáveis em qualquer estilo ou instrumento musical. No entanto, o conteúdo do livro não é focado em música clássica ou outros estilos musicais mais complexos. Meu intuito é abordar os temas mais comuns à maioria das pessoas, particularmente aos novos instrumentistas que tocam em igrejas. Isso não quer dizer que os conceitos que serão ensinados sejam superficiais ou de pouca utilidade. Pelo contrário, o que você vai aprender te dará ferramentas para iniciar e evoluir na sua trajetória musical. Meu objetivo não é ser perfeitamente preciso nos termos e fundamentos teóricos. Este livro não é um trabalho acadêmico. Quero ser o mais didático o possível e ensinar aquilo que, na minha opinião, é realmente importante para que você adquira ou aprimore conhecimentos.
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No decorrer do livro haverá diversos exemplos práticos e exercícios para você estudar e praticar. Eu gosto de usar linguagem simples e direta, como se eu estivesse conversando com você. Espero que assim as coisas fiquem mais fáceis de entender.
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Este livro é para você? Tudo quanto tem fôlego louve louv e ao Senhor. Louvai ao Senhor! Salmos 150:6
ESTA PERGUNTA é muito importante. Eu gosto de começar meus textos com ela. O motivo da pergunta é que não quero que você perca tempo lendo algo que não é para você. Tempo é um recurso escasso e valioso, por isso eu o valorizo muito. Considerando isso, eu diria que este livro li vro é para pessoas que: Querem aprender música de forma mais completa, ficar independente de cifras e/ou
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escalas prontas. Querem poder tocar de ouvido, saber tocar qualquer música, em qualquer tonalidade. Querem ter uma noção melhor de como improvisar sem ficar “chutando” notas aleatoriamente (e errando). Não querem tocar de forma robótica e “quadrada” “quadrada”,, sem entender o que estão tocando. Querem entender melhor seu papel na música e no louvor l ouvor a Deus.
Nas explicações dos conceitos do livro, sempre partimos do princípio que você ainda não toca nenhum instrumento e não conhece muito sobre música. Então, pode ser que para alguns leitores o texto pareça um pouco detalhado demais. Eu optei por essa abordagem visando atingir o máximo de pessoas que for possível. Porém, mesmo se você já toca algum instrumento, acredito que o conteúdo desse livro pode enriquecer seu conhecimento. O propósito do meu trabalho não é ensinar tudo que há sobre teoria musical. Não tenho essa pretensão, até porque estou longe de saber tudo. A ideia é te ajudar na construção das bases do conhecimento, para que você entenda a música de uma forma mais ampla e assim possa andar com as próprias pernas no futuro. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Acredito verdadeiramente que se você acompanhar as lições, estudar e praticar, seu aprendizado será muito proveitoso e sem dúvidas você será um instrumentist instrumentistaa melhor. E por fim, este livro não é focado em um instrumento musical específico. A teoria musical é praticamente igual para todos os instrumentos i nstrumentos.. Por isso, tentarei ser o mais abrangente o possível para que qualquer pessoa possa aproveitar o conteúdo. No entanto, para facilitar a compreensão de alguns temas, em alguns momentos vou usar desenhos de teclas de piano ou do braço de um violão para ilustrar melhor alguns conceitos, pois são instrumentos mais populares e mais didáticos.
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Como ler este livro? Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1 Coríntios 10:31
PARECE UMA PERGUNTA com uma resposta óbvia, mas não é. Este livro não é apenas para ser lido. É para ser estudado. No livro não há respostas para todas as perguntas sobre teoria musical, e muitos temas exigem que você estude o que leu e pratique em seguida. Como escritor e professor, é muito difícil de se prever o quanto do livro você vai conseguir absorver. Mas uma coisa eu tenho certeza: se você não praticar, você não absorver muito. Lembre-se que qualquer coisa na vida exige tempo. Algumas pessoas têm mais facilidade do que outras em alguns assuntos, e por isso o tempo de estudo e prática varia. Mas independente disso, você precisa se dedicar. Após muitos anos dando aulas, concluí que há 2 atitudes que mudam totalmente o aproveitamento dos alunos: 1 - Não passe para a próxima lição antes de dominar a lição anterior. Essa é a atitude número 1 quando se diz respeito a aprender algo. Isso vale para música e para qualquer outro assunto que você queira aprender bem. Lembre-se que eu disse que você precisa estudar e praticar. Com estudo, prática e a quantidade certa de tempo, você vai dominar o conteúdo.
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E como saber se o conteúdo já foi dominado? Minha dica para esse ponto é a seguinte: se você conseguir dar uma aula de 5 minutos para alguém (pai, mãe, filho, esposa, marido, amigo, papagaio, etc.) sobre o tema que você está estudando, quer dizer que já tem um domínio suficientemente bom. Mas essa aula precisa ser boa e o seu “aluno aluno”” precisa entender, senão não vale, ok (tirando o papagaio)? 2 - Não fique com dúvidas! Nas aulas presenciais esse é um tema que sempre abordo insistentemente. Muitos alunos ficam com dúvidas e não fazem perguntas para esclarecê-las. Aí, passam para a próxima lição sem entender a lição anterior. Com isso acumulam dúvidas e no fim não aprendem nada direito. Como aqui não estamos num ambiente de aula, esse problema pode se acentuar. Por isso eu me coloco a sua disposição para tirar suas dúvidas. Entre em contato comigo pelo e-mail e esclareça suas dúvidas. Eu farei o possível para te responder da melhor forma que eu puder. 3 - Atitude Extra – Pratique o que puder no seu instrumento Como eu mencionei antes, o conteúdo deste livro não é focado num instrumento específico. Então, o que for possível de se praticar no seu instrumento, pratique! Mesmo que você tenha acabado de começar a tocar, tente aplicar o que puder. Depois que você entender um tema, tente transportar o conhecimento para alguma música que você já conhece, ou para alguma melodia que você já toca. Tendo essas atitudes, acredito que você terá um excelente aproveitamento do livro. *** Em alguns trechos do livro há algumas opiniões particulares que podem ser consideradas um pouco polêmicas. Eu sempre vou destacar esses trechos para você saber. Quando aparecer um desses assuntos, saiba que ali está expressa a minha opinião, que você pode concordar ou não. Por fim, no início de cada capítulo haverá um pequeno texto para reflexão baseada em versículos bíblicos e um resumo do que você vai aprender. Meu objetivo com isso é te fazer parar para pensar por alguns poucos minutos. Nossa vida é corrida e geralmente nós só queremos chegar no resultado, mas esquecemos que o caminho até ele também é muito importante.
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Mesmo se você não for cristão, te convido a ler e meditar no tema que for trazido. Talvez parar um pouco para pensar possa fazer alguma diferença na sua vida. Uma coisa é certa: você não tem nada a perder, e essa é uma boa oportunidade para você conhecer um pouco melhor como é viver debaixo dos cuidados e da atenção de Deus. E se nem em Deus você acredita, tudo bem. Os conceitos sobre Teoria Musical se aplicam da mesma forma e sem dúvidas o livro terá utilidade para você. Vamos começar nossa jornada!
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Introdução – Conceitos Conceitos Básicos da Música Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai v ai completá-la até o dia de Cristo Jesus. J esus. Filipenses 1:6
O que você vai aprender neste capítulo: Divisão da Música As Notasfundamental Musicais e suas Ci fras Cifras O que é uma Pauta / Partitura Conceito e Tipos de Claves Conceito e Principais Fórmulas de Compasso Notação Musical – Musical – Figuras Figuras Positivas e Negativas
*** NESTE INÍCIO DOS ESTUDOS vamos abordar temas mais genéricos, aplicáveis a qualquer instrumento. Meu intuito nesta parte não é ser extremamente preciso nos termos e definições, mas te explicar as coisas de forma fácil de entender. Vamos começar pelos fundament fundamentos. os. A música se divide em 3 partes básicas: Melodia: Melodia: é é a sequência de sons sucessivos, uma nota após a outra. Ex.: dó, ré, mi, fá, fá,
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fá, dó, ré, dó, ré... Harmonia: Harmonia: é é o conjunto de sons (notas) tocados ao mesmo tempo, geralmente formando acordes. Ritmo: Ritmo: é é a velocidade, cadência em que as notas são tocadas.
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Toda música possui som (óbvio), mas o silêncio também é parte essencial. Vou falar sobre isso mais para frente. Os sons na música são divididos em 7 notas musicais (e suas variações), que com certeza você já conhece. Estas notas podem também ser representadas pelas seguintes letras (chamamos isso de cifra): Nota
Cifra
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
C D E F G A B
É importante já se acostumar com essa nomenclatura. Na maior parte deste livro vou me referir às notas na forma de Letras (Cifra)
Eu digo sempre que música é como um idioma. Você começa aprendendo aos poucos. Aprende o alfabeto, depois forma sílabas, depois forma palavras, depois forma frases e depois forma textos, poemas, diálogos, etc. Assim como qualquer outro idioma, aprender música tem etapas e fases, e normalmente cada uma dessas etapas é pré-requisito pré -requisito para outras. Muita gente pula pula etapas e aprende esse idioma musical “na raça”, e por isso acaba não aprendendo a falar direito. No fim, ficam com um vocabulário muito pequeno e limitado. Para evitar isso é que estamos aqui. E assim como num idioma, na música há a parte sonora e a parte pa rte escrita. A parte sonora diz respeita a tocar um instrumento ou cantar. É quando você aprende a “falar” o idioma. A parte escrita diz respeito à escrita musical, ou Notação Musical, que é quando você aprende a “escrever e ler” o idioma. Diferentemente dos idiomas normais, a música é algo universal, e em qualquer parte do mundo, tanto a escrita quanto a parte sonora seguem os mesmos princípios. Obviamente, cada parte do mundo tem seus “sotaques”, mas a essência é a mesma. Existe um padrão para a escrita musical, que é feita no que chamamos de Partitura ou Pauta. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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A partitura é constituída por 5 linhas paralelas e 4 espaços entre as linhas. Ela serve para que as notas sejam escritas e depois lidas pelos músicos / cantores, que “verbalizam” esse texto musical texto musical em forma de som.
Linha Espaço
Toda partitura sempre inicia com um símbolo, que chamamos de Clave, Clave , que é o símbolo musical que serve para dar nome às notas. Cada linha e cada espaço servem para indicar uma nota musical que pode variar de acordo com a clave. Além dessas 5 linhas, é possível (e muito comum) desenhar linhas adicionais tanto acima quanto abaixo da pauta padrão (veja mais à frente). Infelizmente, neste livro não vou abordar em detalhes a parte de escrita e leitura de partituras. Isso por si só daria um livro. l ivro. Mas vou te mostrar o básico para que você, quando olhar para uma partitura, não fique totalmente perdido.
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Existem três tipos de Clave: a Clave de Sol, a Clave C lave de Fá e a Clave de Dó As claves são descritas pelos seguintes símbolos:
Clave de Sol
Clave de Fá Clave de Dó Na figura acima temos uma sequência básica de notas. Perceba que a sequência é seguida usando as linhas e os espaços, tanto subindo quant quanto o descendo. A posição das Claves na pauta pode variar, e, dependendo de em qual linha a Clave se encontra, as notas na pauta mudam:
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No caso acima, a clave de Sol se inicia na 2° linha (conta-se de baixo para cima; o começo da clave é onde começa a curvinha). Isto quer dizer que a nota que se encontra nesta linha será a nota Sol, já que esta é a Clave de Sol. E é por isso que a clave dá nome às notas.
A clave de Sol é usada na maior parte dos instrume instrumentos ntos musicais, e é sempre usada na 2° linha (de baixo para cima).
A Clave de Fá é normalmente usada na 4ª linha da pauta, mas há variações. É usada por instrumentos como piano (mão esquerda), violoncelo, baixo elétrico e acústico, entre outros. É usada para escrever notas mais graves.
A Clave de Dó D ó também pode ser usada em diversas linhas, de acordo com o instrumento. i nstrumento.
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Uma observação importante: Depois importante: Depois de posicionada a Clave, as notas ganham seus nomes e, salvo se houver uma mudança de clave, esses nomes não se alteram. alteram . Como assim? Por exemplo, como mencionado anteriormente, a Clave de Sol sempre é posicionada na segunda linha da pauta. A nota desta linha ganha o nome de Sol. A partir desse momento, a segunda linha SEMPRE será chamada de Sol. Como depois da nota Sol vem a nota Lá, o espaço acima da segunda linha SEMPRE será chamado de Lá. Da mesma forma, a nota do espaço abaixo da segunda linha SEMPRE será a nota Fá. Essa lógica vale para todas as notas, em todas as Claves. Veja abaixo uma Pauta com a Clave de Sol.
Em resumo, depois de posicionada a Clave, todas as linhas e espaços recebem suas respectivas notas e essas notas só podem ser alteradas por uma mudança de Clave. Esse conceito é importante pois é assim que se aprende a ler uma partitura. Imagine se as notas ficassem mudando de nome com frequência. Isso dificultaria o processo de escrita e leitura.
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Bom, agora seguindo em frente, temos que levar em conta também outro ponto: o tempo de duração da nota. Para podermos entender melhor esse ponto, precisamos antes que conhecer o conceito de compasso: Compasso: Compasso: Tempos. determina a divisão das notas musicais na partitura. O compasso é dividido em Existem várias formas de descrever um compasso. Essas formas ou Fórmulas de Compasso vão determinar quantos tempos (divisões) o compasso terá. Ainda está confuso, não é? Já vou explicar melhor, mas antes preciso que você entenda outro conceito: as Figuras Musicais. É aqui que a maioria das pessoas começa a se perder. Existem várias figuras musicais na notação musical. Uma figuradessas musical é como letra de um alfabeto. Você precisa memorizar o significado de cada uma figuras parauma poder entender uma partitura. Em primeiro lugar, existem figuras para determinar períodos com som e períodos de silêncio. Cada figura representa uma quantidade de tempo que a nota deve ser tocada (figura positiva) ou a quantidade de tempo de silêncio (figura ( figura negativa). Com essas figuras são escritas praticamente todas as músicas que existem. Também existem figuras para determinar intensidade, volume, ritmo, pausas, repetições, etc. Vou detalhar apenas as Figuras Positivas, que são aquelas que devemos tocar, que produzem som. Elas são as seguintes:
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Explicando o quadro acima:
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O número em AZUL AZUL é “código”, “código”, o valor que representa re presenta cada figura; Abaixo deste número temos o NOME NOME de de cada figura; VERMELHO é é a quantidade de Tempos que cada figura tem. E em VERMELHO Quanto mais “pernas”, menos tempo a figura tem tem,, e quanto menos tempo, mais curta é a duração da nota. Por exemplo, uma Colcheia vale metade da Semínima, o que quer dizer que para preencher o mesmo espaço de uma Semínima, são necessárias 2 Colcheias. O tempo de duração de uma nota representada por uma Colcheia é a metade do tempo de uma nota representada por uma Semínima. Uma Semicolcheia vale ¼ de uma Semínima, ou seja, são necessárias 4 Semicolcheias para preencher o espaço de uma Semínima. E assim por diante.
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Essa divisão das figuras também representada da seguinte forma:
Espero que você tenha compreendido. Por exemplo, uma Semibreve (nota mais longa) equivale à 4 Semínimas, ou à 32 Fusas, e assim por diante. As figuras para representar o silêncio (figuras negativas) seguem o mesmo raciocínio, ou seja, quanto mais “pernas”, menos tempo de silêncio. Veja: Veja :
O silêncio faz parte da música. Ficar em silêncio pode ser tão importante quanto tocar. Aprenda isso desde já.
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Seguindo em frente, vamos voltar a falar sobre Compassos. Na frente da clave, há um número sobreposto sobre o outro. O número de cima dirá o número de tempos e o de baixo é a figura de compasso, ou seja, a figura que determinará a duração de cada tempo. Esses números são o que chamamos de Fórmula de Compasso. Compasso. Fim do Compasso
Obs.: Se não houver nenhum número na frente da Clave, é sinal que o compasso é 4/4
Por exemplo, um compasso 4/4 tem 4 divisões e cada divisão tem a duração de uma Semínima (código 4 na nossa tabela anterior). Como a Semínima vale 1 tempo, um compasso 4/4 possui 4 divisões de 1 tempo. É a clássica contagem 1, 2, 3, 4 na música (sabe aquelas batidas com as baquetas da bateria para iniciar uma música?). Outro exemplo: Num compasso 2/4 temos 2 tempos de semínimas. semínimas . Você conta 1,2 e o compasso acabou. Num compasso 3/4 temos 3 tempos de semínimas. É o compasso típico da Valsa. 1,2,3...1,2,3... 1,2, 3... E se fosse um compasso 2/2??? Seriam 2 tempos de Mínima. A Mínima vale 2 tempos (ou duas Semínimas). Isso quer dizer que este compasso é mais longo, com mais notas longas. E um compasso 4/8? São 4 tempos de Colcheia. A Colcheia vale val e metade de uma Semínima. Neste caso, o compasso é mais curto, com mais rápidas. Os compassos mais usados são os compassos simples e têm a seguinte fórmula: 2/4, 3/4 e 4/4 (compassos simples). 6/8 e 12/8 (compassos compostos). Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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O tema Notação Musical é bem extenso e, infelizmente, não é foco deste livro. Saber ler partitura é importante e ajuda bastante. Assim como aprender a ler qualquer idioma, exige muito estudo e prática. Quanto mais você pratica, mais fluente você fica. Se ler partitura é seu objetivo, há muitos métodos e cursos que você pode seguir. Na internet há bastante conteúdo. O que eu quis trazer aqui é apenas uma introdução, para te dar uma noção e você não se assustar quando olhar para uma partitura. Para fazer uma aplicação prática do que ensinei aqui sugiro que você dê uma olhada em algumas partituras para identificar as figuras, as notas, os compassos, etc. Assim você já vai ficando mais familiarizado. Provavelmente você não saberá ler a partitura logo de início, mas pelo menos você poderá identificar os componentes dela. A partir daí fica a critério de cada um aprofundar ou não o tema.
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Escalas Diatônicas – Escalas Escalas Maiores Maiores Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês v ocês estão servindo. Colossenses 3:23-24
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Escalas Tom e Semitom Acidentes musicais Tipos de Semitons Escalas Diatônicas Maiores – Maiores – Conceito Conceito e Regra de Formação de Escalas Dobrado Bemol e Dobrado Sustenido Quadro de Escalas Maiores ***
ESTE PRIMEIRO TEMA É VITAL. É ele quem vai criar os alicerces do conhecimento para todo nosso estudo, tanto da parte sobre melodia quanto da parte sobre harmonia, e por isso, este primeiro capítulo é um pouco mais longo. Não avance nos estudos se não compreender muito bem o que for ensinado aqui. Não é um tema difícil, mas, dependendo do seu conhecimento prévio sobre o assunto, pode exigir de você um pouco mais de tempo para fixação dos conceitos. Vamos lá! Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Em primeiro lugar, o que é uma Escala Musical? Escala é uma sequência de notas que seguem uma orientação, um padrão, baseada em uma nota Escala é principal, a TÔNICA. Essa definição pode não ser totalmente precisa do ponto de vista técnico, mas é a melhor forma que encontrei de definir uma escala de forma que seja fácil de se compreender. Existem dezenas de tipos de escalas na música. Escalas Maiores, Menores, Harmônicas, Melódicas, Ciganas, Exóticas, Nordestinas, etc. Cada uma respeita um tipo de padrão e é utilizada em um tipo de situação específico. Mas por enquant enquanto o não se preocupe com isso. Antes de entrarmos a fundo nesse assunto das escalas, é necessário você entender o conceito de Tom e Tom e Semitom Semitom:: Um Semitom é o espaço mínimo que existe entre entr e uma nota e outra. É a “distância mínima” entre duas notas. Também é chamado de Meio Tom.
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
A distância entre Dó e Dó# é de um Semitom.
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó No piano, piano, o semitom acontece entre duas teclas “vizinhas”, que podem ser brancas ou pretas.
Semi Tom
1ª Casa
No violão, o semitom (ou meio tom) acontece entre duas casas “vizinhas” “vizinhas” do braço do instrumento. Isso também vale par paraa a guitarra, baixo, cavaq cavaquinho, uinho, alaúde, viola caipira, e outros instrumentos que possuem “casas” no braço. Mas na verdade, dizer que o semitom é o espaço mínimo entre duas notas não é inteiramente verdadeiro.
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Há uma subdivisão do semitom chamada COMA COMA.. Um semitom pode ser dividido em 4 comas e meio. Existem instrumentos que não possuem casas ou outras marcações para dividir os semitons. São os instrumentos de escalas “não “não-temperada -temperadas”. s”. O violino é um bom exemplo disso. Não há casas casas no braço no violino, e por isso no início é muito difícil aacertar certar as notas corretamente. Muitas vezes você tenta fazer a transição entre 2 notas e acaba desafinando. O que acontece nesses casos é que, por exemplo, você deveria ter alcançado os 4 comas e meio, mas acabou só alcançando 3 comas e meio. É necessário haver uma boa dose de precisão no movimento. Outro bom exemplo é o trombone de vara. A vara não possui marcações. Se o músico não a posicionar corretamente, a nota não fica afinada. O mesmo conceito se aplica para a voz. Em alguns casos, alguma nota muito aguda ou muito grave não é alcançada corretamente, ficando alguns comas acima ou abaixo, o que caracteriza a desafinação. Mas algo que nodos nosso estudo Hátema. algumas técnicas e estilos que usamisso essaé abordagem comas, masnão nãovamos vamosconsiderar. entrar nesse Voltando aos Semitons... Existem dois símbolos muito importantes na Música, que são usados quando queremos alterar uma nota em um semitom. Chamamos esses símbolos de Acidentes Acidentes.. Os principais são:
Sustenido (#): é (#): é a alteração ascendente, ou elevação de uma nota em um semitom.
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Ex.: DÓ-DÓ#. Elevou-se a nota DÓ em um semitom (a nota ficou mais aguda) Bemol (b): ): é é a alteração descendente, ou diminuição de uma nota em um semitom.
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Ex.: RÉ-RÉb. Diminui-se a nota RÉ em um semitom (a nota ficou mais grave)
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Existem dois tipos de semitons: Semitom Diatônico Diatônico - é o semitom é formado por duas nota notass de nome diferente.
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Exemplo: Mi para Fá. É um intervalo de meio tom (semitom), mas formado por duas notas com nomes diferentes.
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Semitom Cromático Cromático - é aquele formado por notas de mesmo nome, mas com entoaçã entoação o (sonoridade) diferente. Exemplo: de Dó para Dó#. É um intervalo de meio tom com notas de mesmo nome (Dó), porém com entoação (som) diferente.
Dó# Ré# Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Por enquanto isso é tudo que você precisa preci sa saber sobre Semitons.
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Um Tom é formado de dois semitons consecutivos (não tem um jeito muito melhor de explicar isso). Exemplo: A distância entre o Dó e o Ré é de dois semitons, portanto é uma distância distância de um tom.
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Neste caso, partimos do Dó, passamos pelo Dó# (1 semitom) e avançamos até o Ré (mais 1 semitom).
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Outro exemplo. De Ré# para Fá também temos dois semitons. Ou de Sol# para Lá#.
Dó# Ré# Réb
Fá# Solb
Sol#
Lá#
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Partimos do Ré#, avançamos 1 semitom para chegar ao Mi e em seguida mais 1 semitom para chegar ao Fá. De Sol# para Lá# o processo é o mesmo.
Tendo entendido isso (se não entendeu entendeu volte) o resto fica fácil. Você deve ter percebido que as teclas pretas do piano podem ter nomes diferentes (por exemplo, Dó# ou Réb). Se você não compreendeu isso ainda, não se preocupe. Vamos entrar nesse detalhe em seguida.
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A Escala Diatônica. Escala Diatônica é aquela em que as notas não se repetem, ou seja, têm as 7 notas musicais. A Escala Diatônica, pode ser uma Escala Maior ou Escala Menor. Há diferenças importantes entre elas, e por enquanto vamos nos ater apenas às Escalas Maiores. Maiores. Então, de agora em diante, sempre que eu me referir à Escala Maior ou Escala Menor, estaremos falando de uma Escala Diatônica, ok? Voltando ao assunto...antes de mostrar como construir uma Escala Maior preciso que você entenda a importância desse assunto. As Escalas Diatônicas são essenciais para a música. Em primeiro lugar, é a Escala Diatônica que dita a tonalidade ou o tom da música. Você provavelmente já ouviu (ou vai ouvir) a seguinte pergunta: Pergunta: “ EEssa ssa música está em que tom? Qual é o tom dessa música? ”” Resposta: “ Ah, essa música está em Dó. Dó.” ” Quando se diz que uma música está em Dó, quer dizer que ela está na tonalidade da Escala Maior de Dó, e que significa que a maioria das notas da melodia / harmonia deve respeitar esta escala. Via de regra, se você tocar uma nota que não respeita essa regra, que não faz parte da Escala da tonalidade da música, música, essa nota soará estranha, errada. É o que chamamos de “nota fora do tom tom ou fora da escala”. escala” . Há exceções para essa regra. Algumas vezes, notas “fora da escala” soam bem e SEMPRE há uma explicação esses posteriorespara deste livro.“acidentes” bonitos. Algumas dessas explicações vou mostrar em capítulos Mas eu diria que pelo menos 90% das músicas populares, cristãs ou não, respeitam a Escala de sua tonalidade. Ou seja, uma música em Dó Maior terá, predominantemente, notas da Escala Maior de Dó. Uma música em Sol Maior terá notas da Escala Maior de Sol, e assim por diante. Por fim, eu diria que esse assunto você deve dominar completamente completamente.. Você tem que saber esse negócio de cabo a rabo, de trás para frente, de cabeça para baixo, etc.
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Como eu mencionei no início do capítulo, toda escala segue um padrão, uma receita de bolo, uma fórmula.. fórmula Para se formar uma Escala Maior, usa-se a seguinte fórmula: Tônica (T)
Tom (t)
Tom (t)
Semitom (st)
Tom (t)
Tom (t)
Tom (t)
Semitom (st)
Explicando: Tomando a nota básica, a Tônica (T), avançamos um tom, depois outro tom, depois um semitom, e assim por diante. Por último avançamo avançamoss outro semitom, retornan retornando do à Tônica. Calma...se você não entendeu nada, acompanhe o exemplo abaixo. Exemplo: Tomando como Tônica a nota Dó, deve-se substituir a letra T da fórmula pelo Dó. Depois só seguir a fórmula. Substituindo temos: Tônica (T) DÓ
Tom (t) RÉ
Tom (t) MI
Semitom (st) FÁ
Tom (t) SOL
Tom (t) LÁ
Tom (t) SI
Semitom (st) DÓ
Veja o passo a passo: De Dó para Ré existe um tom (Dó-Dó#-Ré). Se ficar em dúvida olhe no desenho abaixo mais uma vez
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
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Continuando... De Ré para Mi existe um tom (Ré-Ré#-Mi). De Mi para Fá existe um semitom (Mi-Fá). De Fá para Sol existe ex iste um tom (Fá-Fá#-Sol). De Sol para Lá existe um tom (Sol-Sol#-Lá). De existe mais um tom(Si-Dó). (Lá-Lá#-SI) E deLáSipara paraSiDó há um semitom
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Fácil, certo? Sim, é fácil. Mas aí há uma armadilha. Geralmente o pessoal acha que Escalas é um tema muito fácil e aprende de qualquer jeito, isto é, aprende errado. O que quero dizer é que 99% das pessoas esquece que uma Escala Diatônica precisa ter todas as 7 notas musicais. Vamos continuar fazendo outras Escalas Maiores e você já vai entender onde quero chegar. Agora a Escala de Ré Maior (substituímos a tônica por Ré e seguimos a fórmula): Tônica Tom Tom Semitom Tom Tom Tom (T) (t) (t) (st) (t) (t) (t) RÉ MI FÁ# SOL LÁ SI DÓ#
Semitom (st) RÉ
Bom, ainda está fácil, certo? Temos todas as 7 notas musicais de novo, não importa se uma está com sustenido. Um Fá# continua sendo um Fá e por aí vai. Agora mais uma, a Escala de Mi Maior: Tônica Tom Tom Semitom (T) (t) (t) (st) MI
FÁ#
SOL#
LÁ
Tom (t)
Tom (t)
Tom (t)
Semitom (st)
SI
DÓ#
RÉ#
MI
Mais uma vez temos as 7 notas musicais. Sem mistério.
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Agora já muda uma pouco com a Escala de FÁ. Tônica (T) FÁ
Tom (t) SOL
Tom (t) LÁ
Semitom (st) ?????
Tom (t) DÓ
Tom (t) RÉ
Tom (t) MI
Semitom (st) FÁ
E agora? Qual é a nota que vem depois do Lá? Sabemos que da 3ª para a 4ª nota temos que avançar um semitom. Nesse caso temos duas hipóteses:
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Podemos ter um Lá# ou um Sib. Qual devemos usar? Acredito que depois de dar tantas dicas ficou fácil de responder, certo? A nota correta nesse caso é o Sib Tônica (T) FÁ
Tom (t) SOL
Tom (t) LÁ
Semitom (st) SIb
Tom (t) DÓ
Tom (t) RÉ
Tom (t) MI
Semitom (st) FÁ
Por que não pode ser Lá#? Simples: porque já temos uma nota Lá na escala, e não pode haver outra na mesma Escala Diatônica, porque senão iria faltar uma das notas musicais, no caso a nota Si.
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Aqui muita gente fala o seguinte: “ Ah, mas na prática é a mesma mesma coisa... coisa...” ” Ao ouvido é a mesma coisa sim. As duas notas soam exatamente iguais. Estão na mesma posição.
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Mas na hora de se ler uma partitura de uma música em Fá Maior, dificilmente você vai encontrar um Lá#. Vou explicar isso melhor agora.
Essa é a escala de FÁ Maior na partitura. Preste atenção agora senão você não vai entender bem. Vou repetir o que já falei anteriormente para não ficar dúvidas: 1 – Cada linha / espaço numa pauta só tem um nome. Por exemplo, a linha central (3ª linha de baixo para cima) da Clave de Sol só pode se chamar Si. Não existe nenhuma nenhuma hipótese hipótese de a linha central da Clave de Sol mudar de nome. Faça chuva ou faça sol, ela sempre será a nota Si. E se quisermos alterar a entonação (o som) da nota dessa linha central (ou de qualquer outra linha/espaço)? Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Neste caso temos que usar Sustenidos (#) ou Bemóis (b ( b), e foi exatamente isso que fizemos no desenho acima. Note que há um bemol na linha central, na frente da Clave. Isso torna a nota Si em Sib. 2 – Toda Escala Diatônica precisa OBRIGATORIAMENTE possuir TODAS as 7 notas musicais. musicais. Ou seja, toda e qualquer escala vai ter um DÓ, um RÉ, um MI e assim por diante. TODAS AS ESCALAS DIATÔNICAS SÃO ASSIM! E na partitura, você sabe qual escala está tocando primeiramente por uma “coisa” chamada chamada Armadura da Clave. Eita...começou a complicar né? Calma...vou explicar. A Armadura da Clave Clave são os Sustenidos ou Bemóis que ficam do lado do desenho da Clave. Colocar os sustenidos ou bemóis ao lado da Clave altera todas as notas das linhas / espaços em questão na partitura que estivermos lendo.
Neste exemplo temos uma Armadura da Clave com 2 Sustenidos, o que nos diz que a tonalidade principal da música é Ré Maior, e todas as notas Dó e Fá serão sustenidas
Como assim? É como se fosse uma “pré“ pré-configuração” configuração” da pauta. Você configura a pauta colocando os sustenidos ou bemóis de acordo com a tonalidade da música, e a partir daí escreve sua música, que vai respeitar sua configuração inicial. No exemplo que estamos tratando, da escala de Fá Maior, do lado do desenho da Clave de Sol havia um Bemol na linha central cen tral (nota Si), e isso indica que, a não ser que haja alguma indicação, TODAS as notas Si da música em questão serão “bemolizados”, “bemolizados” , ou seja, só teremos Sib nesta música.
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Se, neste caso da escala de Fá Maior, você precisar de uma nota Si normal, sem o bemol, você precisará utilizar uma outra figura de Notação Musical chamada Bequadro. O Bequadro Bequadro é um símbolo especial elimina qualquer Sustenido ou Bemol daquela nota em questão, independente da armadura da Clave.
Mas cuidado! O Bequadro deve aparecer antes da nota que você quer “limpar”, e ele vale somente para aquela nota, no compasso em vigor. Quando o compasso acaba, volta a valer o que está definido na Armadura da Clave.
Veja abaixo todos os símbolos que podem alterar uma nota numa partitura: part itura:
Nessa hora os alunos costumam falar assim: EITA! Dobrado Sustenido? Sustenido? Dobrado Bemol? Eu sempre dou risada. Sim, existe um Dobrado Bemol e um Dobrado Sustenido. Vou te mostrar logo mais onde usar esses símbolos. Bom, aqui é bom fazer uma pausa e revisar o que você leu. Pode ser que haja alguma dúvida e é importante que você esteja com os conceitos bem fixados para que as próximas etapas sejam proveitosas.
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Vamos retomar o estudo praticando um pouco mais algumas escalas. Mas dessa vez não vou preencher toda tabela. Vamos fazer a escala de Lá Maior. Tônica (T) LÁ
Tom (t) SI
Tom (t) DÓ#
Semitom (st)
Tom (t)
Tom (t)
Tom (t)
Semitom (st)
Tente preencher o restante. Se precisar use o desenho do piano que está nas páginas anteriores. Um jeito fácil de saber se você acertou é o seguinte: 1 – – A A escala sempre começa com uma nota (a Tônica) e acaba com a mesma nota. 2 – – Lembre-se Lembre-se que toda escala possui as 7 notas musicais. Se faltou alguma você com certeza errou. Agora vamos falar sobre mais um erro comum quando se estudam as escalas. Muita gente acredita que não existe Mi# e Si#. ISSO É TOTALMENTE INCORRETO!!! Em primeiro lugar, já falamos várias vezes que qualquer Escala Diatônica (seja Maior ou Menor) possui as 7 notas musicais. Só isso seria suficiente para derrubar essa história que não existe Mi# e Si#. Si#. Mas há alguns outros pontos que você deve entender. Veja o seguinte: Escala de Dó Maior Tônica Tom (T) (t) DÓ RÉ
Tom (t) MI
Semitom (st) FÁ
Tom (t) SOL
Tom (t) LÁ
Tom (t) SI
Semitom (st) DÓ
Até aqui nenhum problema.
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Agora a escala de Dó# Maior Tônica Tom Tom (T) (t) (t) DÓ# RÉ# ???
Semitom (st) FÁ#
Tom (t) SOL#
Tom (t) LÁ#
Tom (t) ???
Semitom (st) DÓ#
Aqui começa a dar nós na cabeça de alguns. Qual é a terceira nota da Escala? E a sétima nota? Estamos aqui e precisamos avançar um tom (2 semitons)
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Após avançar 2 semitons semitons paramos aqui
Após avançar 2 semitons semitons paramos aqui
O erro que a maioria das pessoas comete aqui é usar um FÁ como terceira nota. E no espaço da 7ª nota, seguindo a mesma lógica, muitas pessoas colocam um DÓ. Aí ficaria assim: Tônica (T) DÓ#
Tom (t) RÉ#
Tom (t) FÁ
Semitom (st) FÁ#
Tom (t) SOL#
Tom (t) LÁ#
(errado)
Tom (t) DÓ
Semitom (st) DÓ#
(errado)
Se considerarmos que deveria haver as 7 notas musicais na escala, ficaram faltando 2 notas (Mi e Si).
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Lembra da Armadura da Clave? No nosso exemplo acima, temos dois Dó e dois Fá na Escala, um Natural e um Sustenido. Como ficaria a Armadura A rmadura da Clave nesse caso?
Se você colocar um # no espaço do Dó (figura acima), todos as notas Dó desta música seriam Sustenidas. Mas a nossa escala fictícia (errada) também tem Dó natural (sem o sustenido). O mesmo problema para a nota Fá. Temos Fá Natural e Fá# na mesma escala. E agora? Como representar is isso so na Armadura da Clave?? Na armadura não é possível. Você teria que encher sua pauta de Bequadros, o que deixaria ela extremamente poluída. Então, no fim, a escala CORRETA de DÓ# é: Tônica Tom Tom Semitom (T) (t) (t) (st) DÓ# RÉ# MI# FÁ#
Tom (t) SOL#
Tom (t) LÁ#
Tom (t) SI#
Semitom (st) DÓ#
Agora temos as 7 notas musicais, e, dessa forma, é possível representar a escala na Armadura da Clave. Ficaria assim:
Nessa Armadura da Clave há 7 sustenidos, o que indica a tonalidade de Dó# Maior.
Ufa!
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Para finalizar esse assunto, vamos falar do Dobrado Sustenido e Sustenido e Dobrado Bemol. Bemol. O conceito aqui é muito parecido com o que já estudamos. Um Dobrado Sustenido eleva a nota 2 semitons. O Dobrado Bemol diminui a nota em 2 semitons. Simples. Um exemplo rápido da aplicação desses símbolos: Escala de Fáb Maior Tônica Tom (T) (t) FÁb SOLb
Tom (t) LÁb
Semitom (st) SIbb
Tom (t) DÓb
Tom (t) RÉb
Tom (t) MIb
Semitom (st) FÁb
Simplesmente coloquei um bemol na frente de cada nota da escala de Fá. A nota Si da escala de Fá natural já tinha um bemol. Como reduzimos meio tom a escala como um todo, a nota Si, ganhou mais um bemol, ficando com o Dobrado Bemol. Assim respeitamos a regra básica de termos todas as 7 notas musicais na escala e, dessa forma, seria possível desenhar uma Armadura de Clave dessa escala. Agora, na prática, não faz sentido tocar ou escrever nada na escala de Fá bemol. Seria bobeira. A sonoridade de Fáb e de Mi é exatamente a mesma, mas uma partitura escrita em Fáb é muito mais complicada de ler. Então, para que dificultar? Basta escrever tudo na escala de Mi e aí fica muito mais fácil de escrever, ler e executar. No fim, não se escreve nada em tonalidades que possuam Dobrados Sustenidos Sustenidos / Bemóis.
*** ALERTA DE POLÊMICA *** Porém, se você já toca algum instrumento, tenho certeza que já viu umas cifras em Sol#, Ré#, Lá#. Não quero ser o chato, mas elas provavelmente estão incorretas. Por exemplo, na escala de Lá# Maior temos um Dó x (Dó Dobrado Sustenido), um Fáx (Fá Dobrado Sustenido) e um Solx (Sol Dobrado Sustenido), ou seja, 3 notas com Dobrado Sustenido. Provavelmente você não vai ver nenhuma dessas notas nessas cifras. O correto seria escrever a cifra em Si Bemol. Porém, por alguma razão do além, as pessoas acham que ler uma cifra com bemol é mais difícil que ler l er uma cifra com sustenido. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Então, se você se deparar com alguma cifra em Dó#, Ré#, Sol# ou Lá# é sinal de que quem escreveu a cifra ou não sabe o que é uma Escala Diatônica, ou não se importa de escrever errado. O mesmo acontece para uma cifra em Fá Maior...o povo insiste em excluir o Sib da escala e colocar um Lá# no lugar. O problema disso é que passamos adiante a herança do “qualquer coisa serve”, ou “tanto faz”. Entendo que se podemos aprender direito, por que insistir em aprender errado e depois ensinar errado? Aí um dia você pega uma cifra em Mib Maior (coisa comum atualmente) e não sabe ler, porque no seu cérebro a nota Mib não existe. Pare de achar que ler notas com bemol é mais difícil que ler notas com sustenido. É questão de aprender direito e praticar. *** FIM DA POLÊMICA *** Enfim...Parece que esses Dobrados Sustenidos / Bemóis são inúteis, mas não são. No nosso próximo tema de estudo esses conceitos serão necessários. Minha sugestão para você agora é praticar, praticar, praticar. Escreva várias escalas, memorize, faça de trás para frente, etc. Com a prática você vai ver que não é difícil difíci l e possivelmente você vai identificar um ou outro padrão. Eu poderia colocar aqui a tabela com todas as escalas diatônicas, mas não vo vou u fazer isso, porque senão você não vai querer treinar, só copiar, e se assim acabará não aprendendo. Saber as escalas é FUNDAMENTAL. Se você não souber, com certeza vai ter muito mais dificuldade para tocar. Vai improvisar errado. Vai ensinar errado por aí. Esse é o primeiro tema teórico que eu abordo e talvez seja um dos mais importantes, prérequisito para todo resto do conteúdo deste livro. ESTUDE!
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Vou deixar aqui um quadro para você preencher as escalas, com a fórmula para você se basear. Essas são as tonalidades mais comuns na música em geral. Fique a vontade para preencher o restante do quadro com outras escalas. Tônica (T) Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó# Fá# Mib Láb Sib
Tom
Tom
Semitom
Tom
Tom
Tom
Semitom
(t)
(t)
(st)
(t)
(t)
(t)
(st)
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Escala Cromática Simples O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; todos os que cumprem os seus preceitos revelam bom senso. Ele será louvado para sempre! Salmos 111:10 Pois o Senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procedem o conhecimento e o discernimento. Provérbios 2:6
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Escalas Cromáticas Conceito de Intervalos Intervalos Simples e Compostos Regra de Formação de uma Escala Cromática Quadro com Escalas Cromáticas
***
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AGORA A COISA VAI ESQUENTAR UM POUCO, por isso, se você não entendeu bem o capítulo anterior, meu conselho é que você volte e estude mais um pouco. Vamos agora começar o estudo das Escalas Cromáticas. Cromáticas. Em primeiro lugar, estudar Escalas Cromáticas é a chave para desenvolver a habilidade de tocar qualquer música, em qualquer tom, em qualquer estilo. Além disso é com os conceitos que você vai aprender aqui que será possível você harmonizar melodias, fazer aquelas grades de vozes de coral, criar solos interessantes e muito mui to mais. É extremamente importante entender o que chamamos de Cromatismo (uso das escalas cromáticas). Praticamente todo restante do conteúdo deste livro usará os conceitos que vou explicar neste capítulo. Por exemplo, talvez você já tenha ouvido falar em acordes dissonantes, ou dissonância. Se não ouviu, não se preocupe, pois vou explicar tudo mais para frente. Mas esses acordes podem fazer uma harmonia “pobre” virar uma harmonia bonita e rebuscada. E para formar esses acordes mais ricos, você necessariamente precisa entender e aprender o que é uma Escala Cromática. Fique tranquilo, pois o assunto é fácil, só demanda um pouco mais de tempo de estudo. E por fim, num primeiro momento, pode parecer que esse assunto não tem aplicação prática. Mas confie em mim que q ue entender bem o tema fará muita, mas muita diferença mesmo! Obs.: A partir desta lição, vamos nos referir às notas pelas letras (cifras) correspondentes. Só revisando: Nota
Cifra
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
C D E F G A B
Se ainda não memorizou, a hora é agora! Vamos lá! Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Como foi dito antes, semitom cromático é aquele que tem o mesmo nome da nota anterior. Por exemplo, C > C# C#.. São duas notas iguais (dois Dós) com um semitom de diferença. Ou E > Eb, Eb, F > F#, F#, e assim por diante. Obviamente Obvi amente que o som delas é diferente, mas o nome é igual. Então, o que é uma Escala Cromática? Simples! É uma escala com 12 notas, formada por semitons cromáticos consecutivos. É mais ou menos como um Raio X das Escalas Diatônicas. Como assim? As escalas cromáticas são formadas por semitons consecutivos, iniciando numa Tônica e terminando novamente nesta Tônica (assim como nas Escalas Diatônicas). Veja no piano (Escala Cromática de Dó):
Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó E no Violão (em vermelho a Escala Cromática de Mi na 6ª Corda): Mi
Ré#
Ré
Dó# Si#
Si
Sib
Lá
Sol# Sol
Fá#
Fá
Mi
Lá
Sol#
Sol
Fá# Fá#
Fá
Mi
Ré#
Ré
Dó#
Dó
Si
Lá# Lá
Ré
Dó#
Dó
Si
Lá#
Lá
Sol#
Sol
Fá# Fá#
Fá
Mi
Ré# Ré
Sol
Fá# Fá#
Fá
Mi
Ré# Ré#
Ré
Dó#
Dó
Si
Lá#
Lá
Sol# Sol
Si
Lá#
Lá
Sol#
Sol
Fá#
Fá
Mi
Ré#
Ré
Dó#
Dó
Si
Mi
Ré# Ré#
Ré
Dó# Dó#
Si#
Si
Sib
Lá
Sol#
Sol
Fá# Fá#
Fá
Mi
12ª Casa
1ª Casa
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Lembrando que no violão, cada Casa do braço representa uma nota diferente (de semitom em semitom). No exemplo acima estamos olhando para a 6ª Corda (notas destacadas em vermelho), que quando está solta é a nota Mi. E a partir daí, para cada casa aumenta-se um semitom. O mesmo vale para todas as outras cordas. Aí, normalmente nessa hora, os alunos costumam não entender nada. A Escala Cromática é simplesmente uma nota depois da outra, sem nenhuma regra? Calma, não é bem assim. Em primeiro lugar, via de regra, uma Escala Cromática não foi feita para ser tocada inteira na sequência, ou seja, você não deve querer tocar todas as notas na sequência num solo ou numa melodia qualquer. Em segundo lugar, o objetivo maior de entender as Escalas Cromáticas tem mais relação com a parte harmônica da música (acordes), apesar de também ser importante para a parte melódica. mel ódica. Como eu disse antes, uma Escala Cromática é formada por 12 semitons consecutivos. Um semitom após o outro. Bem simples, certo? Normalmente os alunos dizem: Sim! Aí então eu peço para eles preencherem a Escala Cromática de Dó. Faça você também. Preencha a tabela abaixo: 1 C
2
3
4
5
6
7
8
9
10 10
11 11
12 12
Em 90% das vezes, a resposta que eu recebo é mais ou menos igual a essa aqui: 1 C
2 C#
3 D
4 D#
5 E
6 F
7 F#
8 G
9 G#
10 10 A
11 11 A#
12 12 B
Se você também preencheu assim, lamento dizer, mas você ERROOOOOU! Aí começam os questionamentos: “ Ah, professor, mas não er am am 12 semitons consecutivos? “ Sim, e de fato, da forma como foi preenchido acima, há 12 semitons consecutivos. Mas, por exemplo, no lugar do C# C#,, você poderia ter usado Db Db,, concorda?
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E aí, mais uma vez vem aquela conversa de que usar sustenido é mais fácil que usar bemol. Meu conselho para você é que você tire isso da sua cabeça e se acostume com os bemóis. É uma questão de hábito e é muito importante, principalmente se você pretende ler partitura. Mas enfim, assim como todas as outras escalas que existem, exis tem, a Escala Cromática também tem uma regra de formação, uma fórmula. É em função dessa regra de formação que o preenchimento da escala anterior estava incorreto. Você vai entender isso melhor em breve. Nas Escalas Cromáticas cada semitom recebe um nome diferente. Chamamos isso de INTERVALOS.. INTERVALOS Normalmente esses intervalos subdivididos e apresentados de duas formas diferentes. Forma 1: 1 -2
2
-3
+3
4
-5
5
+5
6
-7
+7
8
Forma 2: 1 b2
2
b3
3
4
b5
5
#5
6
b7
7M
8
A distribuição é a mesma, porém muda a forma de se escrever. No nosso curso vamos usar a Forma 2. 2. Essa subdivisão dos Intervalos é a nossa Fórmula da Escala Cromática. Além de variar a forma de se escrever o nome dos intervalos, há também formas diferentes de se falar os nomes de cada um.
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A forma mais comum é usar os nomes dos numerais ordinais. Mais ou menos como abaixo (há variações): Intervalo
Nome
1 b2
Primeira Segunda Menor
2 b3 3 4 b5 5 #5 6 b7 7M 8
Segunda Terça Menor Terça Maior Quarta Quinta Diminuta Quinta Quinta Aumentada Sexta Sétima Menor Sétima Maior Oitava
Para fins didáticos, eu adotei as algumas definições: - Os intervalos que não têm nenhum símbolo (b ou #) vamos chamar de Intervalos Naturais (você também pode chamá-los de Intervalos Justos). - Alguns intervalos possuem formas MAIORES, MENORES, AUMENTADAS e DIMINUTAS. Por exemplo o 5º intervalo i ntervalo pode ser Natural (5), Aumentado / Maior (#5) ou Diminuto / Menor (b5). - Até onde sei, não existe um cons consenso enso sobre a forma de falar o nome d do o Intervalo, e por isso vamos padronizar de acordo com a tabela acima, ok? Os intervalos podem ser SIMPLES OU COMPOSTOS.
•
•
São SIMPLES quando contidos dentro de uma oitava (8ª), ou seja dentro dos 12 primeiros semitons. São COMPOSTOS quando passam da 8ª (esse ponto será explicado em detalhes no próximo capítulo).
É por isso que muitas vezes se diz: “Toca uma oitava acima!” acima! ” Isso quer dizer que deve se tocar no Oitavo Intervalo acima (que é a mesma nota, porém, 12 semitons mais agudo).
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Agora que já demos as definições principais, vamos usar a Escala Cromática de Dó para exemplificar uma escala completa. 1 C
b2 b2 Db
2 D
b3 b3 Eb
3 E
4 F
b5 b5 Gb
5 G
#5 #5 G#
6 A
b7 b7 Bb
7M 7M B
8 C
Explicando: Veja que eu marquei em vermelho alguns intervalos. São os Intervalos Naturais e se você reparar bem, eles nada mais são do que as notas da Escala Diatônica Maior de Dó. A Escala Cromática e a Escala Diatônica têm tudo a ver uma com a outra. Por isso eu chamei a Escala Cromática de Raio X da Escala Diatônica (é como se você estivesse olhando por dentro dela). Vamos ver agora o preenchimento da Escala Cromática. A 1ª nota da Escala Cromática é a nota da escala que queremos (é lógico). É a Tônica da escala. Temos aí um C. Como a escala é cromática, temos que pegar o próx próximo imo semitom. Então temos o Db Db.. Mas por que não é C# C#?? Não é a mesma coisa?? A regra de ouro para entender isso é a seguinte: A Escala Diatônica é quem manda na Escala Cromática Cromática Como assim? Vou tentar explicar de forma bem simplificada. Pergunta: Qual é a segunda nota da Escala Diatônica de Dó Dó?? Resposta: É a nota Ré. Ré. Então o Intervalo 2 da Escala Cromática de Dó será a nota Ré. E isso vale para todas as subdivisões do Intervalo 2.
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Para ficar mais claro, veja o seguinte: Nós temos 2 subdivisões do Intervalo 2 (em vermelho). 1 C
b2 b2
2 D
Sabemos que o Intervalo 2 da Escala Cromática é a nota Ré. Qualquer subdivisão dest destee Intervalo terá que ser alguma variação da nota Ré. Entre a nota Dó e a nota Ré podemos ter Dó# ou Réb. Porém, para preencher este espaço, precisamos de uma variação da nota Ré, então só nos resta o Réb. Ficou claro? Outro exemplo: O 3º intervalo é a nota E. 1 C
b2 b2 Db
2 D
b3 b3
3 E
Qual nota devemos usar para preencher o espaço, sabendo que todas as variações do Intervalo 3 devem ser notas Mi?
Só pode ser o Eb! Essa regra vale para todos os Intervalos. Então guarde esse passo a passo: 1. Escreva os 12 Intervalos 2. Preencha as notas da Escala Diatônica nos espaços dos Intervalos Naturais 3. Preencha os demais espaços de acordo com as subdivisões de cada Intervalo.
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Veja um exemplo da aplicação do passo a passo: Escala Cromática de Ré: 1 – – Escreva Escreva os 12 Intervalos 1 b2 b2 2 b3 b3
3
4
b5 b5
5
#5 #5
6
b7 b7
7M 7M
8
2 – – Preencha Preencha as notas da Escala Diatônica nos espaços dos Intervalos Naturais 1 b2 b2 2 b3 b3 3 4 b5 b5 5 #5 #5 6 b7 b7 D E F# G A B
7M 7M C#
8 D
3 – – Preencha Preencha os demais espaços de acordo com as subdivisões de cada Intervalo. 1 b2 b2 2 b3 b3 3 4 b5 b5 5 #5 #5 6 b7 b7 7M 7M Ab A A# B C C# D Eb E F F# G
8 D
Deixei os Intervalos e suas subdivisões coloridos para você ver bem. Ficou feio, mas o importante é você entender Agora outro exemplo para você praticar. Escala de B b2 b2 1 B Resposta: 1 b2 b2 B C
2
b3 b3
3
4
b5 b5
5
#5 #5
6
b7 b7
7M 7M
8
2 C#
b3 b3 D
3 D#
4 E
b5 b5 F
5 F#
#5 #5 ???
6 G#
b7 b7 A
7M 7M A#
8 B
Bom, se você obteve esse resultado você está indo bem. Parabéns! Mas nesse caso falta uma nota, a #5. Qual é ela?
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O 5º intervalo é um F#, então todas as subdivisões deste intervalo só podem ser notas Fá, não interessa qual Fá. b5 b5 F
5 F#
#5 #5 ???
Como o 5º Intervalo é F#, um semitom antes (b5) é um F. E agora o #5 é um semitom a mais que o F#. Então só pode ser um Fx (Fá Dobrado Sustenido). Viu só que esse tal de Dobrado Sustenido serve para alguma coisa? A mesma lógica pode ser aplicada para alguns intervalos menores. Pode ser que em algum caso você precise diminuir uma nota que já é bemol, e aí ela vai ser dobrada bemol. No fim, o assunto não é tão difícil, certo? Ainda não apareceu nenhuma aplicação prática do tema, mas não se preocupe, logo você verá o poder que uma Escala Cromática vai te dar. Para fechar esse assunto minha sugestão para você é fazer uma tabela com TODAS as Escalas Cromáticas. Eu te garanto que será muito útil na sua vida musical.
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Vou deixar um espaço para você preencher as escalas e praticar. 1
b2 b2
2
b3 b3
3
4
b5 b5
5
#5 #5
6
b7 b7
7M 7M
8
C C# D D# E F F# G G# A A# B Cb Db Eb Fb Gb Ab Bb
Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Escala Cromática Composta Composta Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento; Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino. Provérbios 3:13,14
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Escalas Cromáticas Compostas Intervalos Compostos Divisão mais comum dos Intervalos Compostos Quadro de Escalas Cromáticas Compostas ***
ATÉ AQUI, no nosso estudo das Escalas Cromáticas, falamos apenas das Escalas Cromáticas Simples, que são as que possuem 12 notas, que começam numa Tônica e terminam uma oitava depois, na mesma nota (de Dó a Dó, por exemplo). exe mplo). As Escalas Cromáticas Compostas nada mais são que a sequência, a continuação de uma Escala Cromática Simples. Sem muito segredo. Se você entendeu bem o capítulo anterior, não terá dificuldade nesse.
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Só para você entender a ideia, é algo como o seguinte: Intervalos Compostos
Intervalos Simples 1
b2
2
b3
3
4
b5
5
#5
6
b7 7M
8
9
10
11
12
13
14
C
Db
D
Eb
E
F
Gb
G
G#
A
Bb
C
D
E
F
G
A
B
B
Num primeiro olhar parece ser algo meio mei o sem utilidade, pois não passa de repetição de notas. Porém, os intervalos compostos possuem subdivisões um pouco diferentes dos intervalos simples. Repare que no exemplo acima não coloquei os semitons na parte dos intervalos compostos. Isso foi proposital, apenas para você entender a ideia. Agora, na prática, a parte composta da escala cromática tem as seguintes divisões de intervalos
Intervalos Compostos 1 b2 2 b3 3 C Db D Eb E
#13 14 4 b5 5 #5 6 b7 7M 8 b9 9 #9 10 11 #11 12 b13 13 #13 F Gb G G# A Bb B C Db D D# E F F# G Ab A A# B
Repare que as divisões são diferentes, porém uma coisa se mantém: os Intervalos Naturais (em azul) continuam iguais, tanto na parte Simples quanto na para Composta da Escala Cromática. Isso porque a Escala Diatônica continua sendo a base, o alicerce da Escala Cromática Composta. As divisões dos intervalos são diferentes por causa da formação de Acordes, e isso i sso eu vou explicar melhor no próximo capítulo. No dia a dia, na prática, não é comum usar todos os intervalos da Escala Cromática Composta. Os intervalos mais usados, e que você precisa se preocupar em memorizar são os seguintes: 1 C
b2 Db
2 D
b3 Eb
3 E
4 F
b5 Gb
5 G
#5 G#
6 A
b7 7M b9 Bb B Db
9 D
#9 11 b13 13 #13 D# F Ab A A#
Veja que a regra de nomeação dos intervalos continua valendo. Por exemplo, as três subdivisões do intervalo 9 sempre serão notas Ré. O mesmo vale para os outros out ros intervalos. Por fim, para encerrar o assunto de Escalas Cromáticas, minha sugestão para você é escrever todas as escalas de todas as tonalidades. Sim, dessa vez é importante escrever todas as escalas.
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Sei que ainda parece não haver muita aplicação prática para tudo isso. Mas confie em mim. Você vai usar isso em breve. Com as escalas prontas, os estudos dos próximos capítulos vão se tornar muito mais simples e rápidos. Vou deixar aqui um espaço para você pode usar para preencher as escalas, assim como no capítulo anterior, com os intervalos já predefinidos. 1
b2
2
b3
3
4
b5
5
##5 5
6
b7 7M b9
9
#9
11 b13 13 #13
C C# D D# E F F# G G# A A# B Cb Db Eb Fb Gb Ab Bb
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Acordes – Conceito Conceito e Formação E os sacerdotes, serviam em seus ofícios; como também os levitas com os instrumentos musicais do Senhor, que o rei Davi para louvarem ao Senhor, porque a sua benignidade dura duratinha parafeito, sempre... 2 Crônicas 7:6
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Acordes Principais tipos de Acordes Regra Básica de formação de Acordes (Tríades) Quadro com Acordes Maiores e Menores M enores Dicas sobre formação de Acordes
*** NESTE CAPÍTULO VAMOS FALAR SOBRE OS ACORDES. Acordes são notas tocadas simultaneament Acordes são simultaneamentee ou em sequência, que seguem uma orientação, uma regra de formação. Acordes são a base, o alicerce para as melodias. Os acordes formam a harmonia das músicas. Um fato importante sobre harmonia é que praticamente toda e qualquer melodia ou solo tem uma harmonia por trás. E são os acordes dão sentido à harmonia. Em resumo, os acordes formam a harmonia e a harmonia emoldura a melodia. Ou como a gente diz no jargão popular: “a harmonia faz a cama para a melodia”. Se toda essa conversa parece maluquice para você, não se preocupe. Logo você vai entender. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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*** ALERTA DE POLÊMICA *** Veja que eu fiz questão de dizer que acordes podem ser notas tocadas simultaneamente ou em sequência. Quando você toca as notas de um acorde em sequência, você está fazendo um Arpejo, e os Arpejos são extremamente comuns na música. Esse conceito é importante, pois há muitas pessoas que estudam pelo meu método e tocam instrumentos melódicos, ou seja, instrumentos que não fazem acordes, só melodia, tipo flauta, sax, trompete, etc. Essas pessoas normalmente têm dificuldade de entender onde o conhecimento dos acordes pode fazer alguma diferença para elas. Elas só querem aprender escalas, solos, improvisação, etc. O ponto é que, como já falei, praticamente TODO E QUALQUER solo, melodia, improviso é construído sobre uma harmonia, e a harmonia é formada pelos acordes. A melodia e a harmonia andam juntas, o tempo todo, em qualquer música, qualquer estilo, qualquer ritmo. Para improvisar então, nem te falo...é fundamental você entender a harmonia e os acordes. Na minha opinião, a falta de conhecimento sobre a formação de acordes é segunda maior causa de erros de improvisação e execução de solos. Só fica atrás do não conhecimento das escalas (maiores, menores, pentatônicas, etc.) Se você toca algum instrumento melódico, acredite em mim, saber os acordes e suas regras de formação podem fazer toda diferença para você. Então, continue conosco. *** FIM DA POLÊMICA *** Em muitos casos, os instrumentistas novos iniciam seus estudos já aprendendo as escalas ou os acordes, sem ter nenhuma ou pouca noção de música. Eles querem tocar, não importa como. E aí viram uma espécie de robô. Só conseguem tocar o que foram “programados “programados”” para fazer. Tocam sem realmente entender o que estão tocando, e quando precisam sair do padrão, travam. Experimente tirar a cifra ou a partitura de um desses instrumentistas para você ver o que sai. Não sai nada, ou pior, sai cacofonia. Eu confesso que foi assim que aprendi. Vou contar minha história resumidamente. Se você quiser, pode pular essa parte do livro. Mas recomendo você ler, pois pode ser que a sua história seja parecida com a minha e assim você evita alguns erros que eu cometi. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Me lembro bem da primeira vez que eu segurei um violão. Eu tinha 12 anos na época, era novo na igreja que eu frequentava. A igreja era muito simples, só tinha uma irmã que tocava um teclado bem ruim e um irmãozinho que tocava violão. O detalhe é que ele era mais novo que eu. Aquilo me fascinou. Pensei que se ele podia tocar, eu também podia. Só tinha um problema: eu não tinha violão, e o irmãozinho lá não me deixava levar o dele para minha casa. Naquela época não era tão fácil ter um instrumento musical, então todo dia depois do culto eu dava um jeito de segurar um pouco o violão dele, tocava as cordas meio sem jeito e era isso. Mas aí, um dia ele me emprestou o violão. E junto com o violão, havia uma apostila com os desenhos de 7 Acordes Maiores e 7 Acordes Menores. Aquela era minha chance. Eu me lembro l embro de ter ficado o dia todo com o violão. Eu toquei até não conseguir mais. Num único dia eu memorizei todos os acordes, treinei até conseguir fazer sair som de todos eles, até os que tem pestana (quem toca violão sabe do que estou falando). E a noite eu consegui tocar um hino. Se chama O Telefone do Céu é a Oração. Oração. Talvez você já tenha ouvido. É mais ou menos assim:
O telefone do Céu é a Oração O telefone do Céu, é joelho no chão Você liga uma vez, duas ou três Se não atender, se não atender você disca outra vez!
É um corinho, só tem 4 acordes, é bem facinho. Mas para mim, conseguir tocá-lo foi uma grande vitória. Depois disso, demorou mais de um ano até que minha mãe, com muito sacrifício, conseguisse comprar para mim um violão bem básico. Lembro-me desse dia como se fosse hoje. E aí, com o violão na mão, continuei com as apostilas decorando os formatos dos acordes e lendo cifras. Eu até tocava direitinho, mas não entendia o porquê das coisas. Não sabia nada sobre Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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escalas, tonalidade, etc. Eu era um dos robôs. Se não tivesse uma cifra na minha frente, não saía nada. Mas enfim, não estou contando essa história para você se comover, longe disso. Só quero mostrar o caminho que eu segui. Quem me dera eu, naquela época, ter alguém para me ensinar música. O fato é que muita gente aprende como eu aprendi. E essa forma não é necessariamente ruim, pois você aprende rápido e já pode tocar alguma coisa. No entanto, a maioria das pessoas que segue esse caminho depois fica travada, não evolui, fica no mesmo “reco“reco-reco”, achando que não consegue melhorar e se dá por satisfeita com a mediocridade. Não tenho nada contra (muito menos a favor). Cada um sabe de si. Mas eu decidi dar o melhor para Deus, em gratidão por tudo que Ele me fez, e por isso não me contentei com o “reco“reco -reco”, o basicão, o arroz com feijão, o quebra quebra-galho... -galho... Eu entendo que se você chegou até aqui no livro, é porque também quer ir além. Então vamos lá! Entender a formação dos acordes te dará um nível de liberdade enorme quando você for tocar. Existem inúmeras formas de se construir acordes, e, sabendo as regras de formação, você poderá escolher a forma que te agrada mais, que encaixa melhor com a música. Assim tudo fica mais fácil e mais bonito. Como você já sabe bem como formar as escalas, entender a formação de acordes vai ser moleza.
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Assim como as Escalas já estudadas, os acordes também possuem “fórmulas”, ou regras de formação. De modo geral, existem três tipos básicos de acordes: NATURAL:: formado pelos 1ºs, 3ºs e 5ºs intervalos da Escala Cromática. Estes três intervalos NATURAL formam o que chamamos de TRÍADES. Os acordes podem ser:
MAIORES quando usamos a 3ª Maior (3). Ex.: Dó Maior, Fá Bemol Maior, Sol Sustenido Maior
MENORES quando usamos a 3ª Menor (b3). Ex.: Dó Maior, Fá Bemol Maior, Sol Sustenido Maior
•
•
DISSONANTES: acorde construído com o acréscimo de outros intervalos à Tríade (Ex.: 7, 6, b5, 11, DISSONANTES: etc.). Teremos um capítulo específico para tratar destes acordes. DIMINUTOS: acorde que possui todos os intervalos MENORES, ou DIMINUTOS, com exceção da DIMINUTOS: TÔNICA (1º (1º intervalo) intervalo).. Será melhor explicado posteriormente em um capítulo específico. Vamos focar no acorde NATURAL por enquanto. Vamos usar nossas Escalas Cromáticas para entender melhor sua formação. Escala Cromática de Dó 1 b2 b2 2 b3 b3 Db D Eb C
3 E
4 F
b5 b5 Gb
5 G
#5 #5 G#
6 A
b7 b7 Bb
7M 7M B
8 C
Tomando a escala de C como exemplo, vamos formar o acorde Dó Maior. Vamos usar sempre os Intervalos 1, 3, 5 (Tríade). No caso de Dó, teremos então as notas: C, Eb Eb ou E e G. Por que Eb ou Eb ou E? Lembre-se que o Acorde Natural pode ser Maior ou Menor, e isso é definido pelo Terceiro Intervalo (a Terça).
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Se usarmos a Terça Maior (3), o acorde será Maior. No caso do Dó Maior teremos as notas C(1), E(3), G(5). Se usarmos a Terça Menor (b3), o acorde será Menor. No caso de Dó Menor teremos as notas C(1), Eb(b3), Eb(b3), G(5). E é isso! Viu só como entender a formação de escalas facilita a vida para a formação dos acordes? Outro exemplo: Escala Cromática de Ré: 1 b2 b2 2 b3 b3 D Eb E F
3 F#
4 G
b5 b5 Ab
5 A
#5 #5 A#
6 B
b7 b7 C
7M 7M C#
8 D
Sabendo a fórmula básica das Tríades (1, 3, 5) é mamão com açúcar. Ré Maior = D, F#, F#, A Ré Menor = D, F, A Poxa vida, todo esse drama por causa desse negócio super fácil??? Sim! Por incrível que pareça, esse negócio super fácil é o segundo assunto mais negligenciado pelos músicos iniciantes. O povo até sabe os acordes mais comuns, mas pede para um desses instrumentistas te explicar como se forma um Ebm Ebm (Mi (Mi Bemol Menor), um Abm Abm (Lá (Lá Bemol Menor) ou um F# (Fá F# (Fá Sustenido Maior). As chances são grandes de ele não conseguir. Agora é hora de praticar. Vou deixar abaixo um espaço para você preencher todos as Tríades dos Acordes Maiores e Menores mais usados Use as tabelas com as escalas e scalas criadas anteriormente para facilitar sua vida. Se você já tem seu instrumento, pode (e deve) tentar praticar as tríades nele também. Aí vai ter gente pensando o seguinte: ah, mas meu instrumento não toca acordes.... Faça os arpejos então! Toque as notas na sequência. Você vai se surpreender com a quantidade de melodias que são construídas basicamente sobre arpejos. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Quer ver um exemplo? Procura aí no YouTube a música “Jesus a Alegria dos Homens” que faz parte da Cantata 147 de Johann Sebastian Bach, composta em 1716 (não importa se você é cristão...essa música é superfamosa e você provavelmente já ouviu) Essa música é praticamente puro arpejo. Ouça para você entender. Preencha as tabelas com os acordes maiores e menores.
Com os Acordes Maiores e Menores é possível tocar praticamente qualquer música popular, de qualquer estilo musical. Sim, qualquer uma.
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Se seu objetivo é só aprender a tocar músicas mais simples e não tem interesse em evoluir mais, você poderia parar os estudos neste capítulo. O que te restaria seria apenas praticar. Mas lembre-se que você pode formar essas tríades de várias formas diferentes. Você pode, por ex exemplo, emplo, repetir as notas da Tríade para “engordar” o acorde. Veja o exemplo abaixo: abaixo:
Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Se você tocar todas as notas circuladas em vermelho estará fazendo um Dó Maior no Piano. Repare que só temos notas da tríade de Dó Maior ( C, E, G), porém repetindo o Dó e o Mi, uma oitava acima da Tônica (primeiro Dó da esquerda para direita). No Violão é exatamente isso que se faz quando se aprende os acordes da forma tradicional. Você usa vários dedos e várias cordas para tocar as notas da tríade, e na maioria das vezes repete as notas sem nem saber. Veja:
Dó Mi Dó
Sol
Mi Repare que a nota Dó e a nota Mi aparecem duas vezes. Isso não é necessário. Para formar o acorde Dó Maior, bastam as 3 notas da tríade, mas podemos repeti-las repeti-las para “engordar” o acorde. aco rde.
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Sabendo disso, você poderia formar o acorde Dó maior de diversas formas, pois as notas Dó, Mi e Sol aparecem várias vezes, em diversas regiões do braço do violão. Veja:
Mi
Mi
Sol Dó Sol
Sol Dó
Dó
Mi
Mi
Sol Dó
Sol Dó Mi
Mi Mi Sol
Sol
Dó Mi
Pode parecer um pouco confuso olhando assim, mas essas são todas as notas Dó, Mi e Sol que existem no braço de um violão, até a 12ª casa. Qualquer combinação de Dó, Mi e Sol que seus dedos conseguirem alcançar vai formar um acorde Dó Maior. Veja a quantidade de possibilidades! Se você já toca violão, experimente formar o acorde Dó Maior de formas diferentes da que você já está acostumado. Cada formato vai trazer uma sonoridade diferente, que pode deixar uma música mais bonita. O negócio é experimentar! Esses raciocínios valem para quaisquer instrumentos musicais. As tríades são iguais, não importa se seu instrumento é de sopro, cordas, percuss percussão ão (tímpano, por exemplo), etc. Só para finalizar essa primeira parte do estudo dos Acordes, há um tipo popular de acorde que eu não mencionei anteriormente. Ele é popularmente chamado de Acorde com Baixo ou, Baixo ou, o que é mais correto, Acorde Invertido. Invertido. De forma bem simples, o nome já diz bem o que esse acorde é: ele é um acorde cuja ordem das notas é invertida. Como assim? A tríade convencional é sempre nessa sequência: 1, 3, 5. Porém, caso seja adequado, você pode inverter essa ordem. Você pode fazer, por exemplo, a sequência 5, 3, 1. No caso do acorde Dó Maior ficaria: G, E, C.
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E por que popularmente chamam essa inversão de Acorde com Baixo? Simples: porque via de regra, a primeira nota que você toca é sempre a mais grave, ou seja, ele será o Baixo do acorde. Se você tocar a sequência C, E, G, o baixo está na própria Tônica. Nada novo aqui. Se você tocar a sequência E, C, G, o baixo está na Terça. E aí chamamos o acorde de Dó com Baixo Baix o em Mi (se escreve C/E C/E). ). Ainda é o acorde Dó Maior, porém invertido. E não se esqueça que você pode repetir outras notas da tríade como quiser (ou como seus dedos permitirem). Por exemplo, você poderia tocar a sequência G, C, E, G, C (em vermelho)
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó# Ré# Réb Mib
Fá# Solb
Sol# Láb
Lá# Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Mi Mi Sol Sol
Mi Mi
Dó Dó
Mi Mi Sol Sol
Dó Dó
Mi Mi
Dó Dó
Mi Mi Sol Sol Mi
Sol Sol
Dó Dó
Sol Sol
Mi Mi
Dó
Dó Dó Sol
Mi
Veja que na prática só temos 3 notas (C ( C, E e G). Então estamos falando de um acorde Dó Maior. Como a primeira nota é um Sol, o acorde é um Dó Maior Invertido, ou Dó Maior com Baixo em Sol (se escreve C/G C/G)) Mas nem sempre será assim. Mudar a sequências de notas de um acorde pode transformá-lo em outro acorde. Vamos falar sobre isso na sequência. Por fim, se você já toca um instrumento, experimente tocar os acordes maiores e menores de formas diferentes das que você está acostumado. Acrescente notas, inverta o acorde, explore sonoridades diferentes. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Acordes Dissonantes Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nadapois os vocês abale.sabem Sejamque, sempre dedicados à obra do Senhor, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil. 1 Coríntios 15:58
O que você vai aprender neste capítulo: Uso dos Acordes Dissonantes Regra de Formação dos Acordes Dissonantes Nomenclaturas dos Acordes Dissonantes Acordes Suspensos Principais Acordes Dissonantes
***
ANTES DE COMEÇAR A EXPLICAR os Acordes Dissonantes preciso Dissonantes preciso fazer um alerta, contando mais uma história pessoal. Fique à vontade para pular, mas recomendo a leitura. Como eu contei anteriormente, eu comecei a tocar violão quando tinha por volta de 12 anos. Porém, só aos 16 anos foi que eu resolvi estudar música. Até então eu só sabia tocar o básico, daquele jeito meio mecânico que a maioria das pessoas aprende. Um dia eu estava passando na frente de uma banca de revistas e vi um livreto que dizia: Aprenda 614 Acordes no Violão.
Eu parei e pensei: sabe de uma coisa...vou aprender esses acordes para ver se melhoro alguma coisa. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Então comprei o livreto e fui para casa feliz da vida. Abri o livro e comecei a ver os inúmeros desenhos de acordes. Acordes cheio de letras e números...tipo C7(9,#11) C7(9,#11) (Lê-se (Lê-se Dó Maior com Sétima, Nona e Décima Primeira Aumentada). Eu não entendi nada, mas tentei fazer o acorde conforme o desenho do livro. Se você tocar esse acorde ele até tem uma sonoridade interessa interessante. nte. Mas havia 2 problemas: 1 - Eu não fazia ideia do que estava tocando. 2 – – Eu Eu não tinha a mínima noção de onde usar esse acorde novo tão diferente. No fim, eu memorizei os que achei mais bonitos e tentei usá-los na igreja. O resultado é que só um ou outro ficava bom. A maioria dos acordes novos ou não encaixava com a música, ou destoava muito do que os outros instrumentistas estavam tocando, e como eu era o diferente, parecia que eu estava fazendo alguma coisa errada (e estava mesmo!). No fim fiquei frustrado. Para que saber 614 acordes no violão se el eles es não serviam para nada? Foi aí que eu decidi estudar para entender o que eu estava tocando. Minha frustração virou uma motivação para aprender. E não foi fácil. Não existia professor de música a quem um pudesse recorrer. Naquela época não existia Internet (sim, faz bastante tempo...). Não tinha Google nem YouTube. Qualquer material que falasse de música para mim era importante. Livros velhos, apostilas velhas, qualquer coisa. Depois de alguns meses buscando conhecimento, como se estivesse juntando peças de um grande quebra cabeça, eu finalmente entendi de onde vinham os 614 acordes e aprendi como poderia usá-los. Bom, depois de contar essa história o alerta que eu quero te dar agora é o seguinte: - Acordes cheios de notas não necessariamente são melhores que acordes mais simples; - Não adianta saber um monte de acordes se você não entende o que está tocando; - Tocar pensando no grupo é mais import importante ante do que tocar “difícil”. Guarde essa frase: “ Acordes Dissonantes: use com moderação”. moderação”. Parece piada, mas não é
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Agora chegou a hora de você aprender a fazer todos os acordes do Universo. Universo . Quantos você quiser. Do jeito que você quiser (ou como seus dedos conseguirem). Os Acordes Dissonantes Dissonantes nada mais são que tríades turbinadas. É aqui que nossas Escalas Cromáticas vão fazer toda a diferença. O exemplo que eu dei anteriormente é um bom exemplo. O acorde C7 (9, #11) #11) Esse acorde com vários “sobrenomes sobrenomes”” nada mais é que o acorde Dó Maior com 3 notas a mais. Como você já sabe tudo sobre Escalas Cromáticas, não vai ter nenhuma dificuldade de entender. Como formar esse acorde “difícil”? “difícil”? Vamos começar pela nossa Escala Cromática Composta de Dó. Abaixo ela está completa, com todos os intervalos. 1 b2 2 b3 3 C Db D Eb E
4 b5 5 #5 6 b7 7M 8 b9 9 #9 10 11 #11 12 b13 13 #13 14 F Gb G G# A Bb B C Db D D# E F F# G Ab A A# B
Bom, vamos formar nosso acorde C7 (9,#11). (9,#11). A primeira coisa a se observar é que o acorde é um Dó Maior. Se fosse um Dó Menor h haveria averia a indicação (C (Cm m). Então começamos sempre pela Tríade (1,3,5) e depois acrescentamos as notas relativas aos Intervalos 7, #9 e #11 1 C
3 E
5 G
7 Bb
9 D
#11 F#
E aí está nosso acorde! ac orde! Moleza, certo? Obs.: Sempre que numa Cifra aparecer um 7 (ex.: C7 C7), ), estaremos falando do intervalo b7. Isso só vale para esse intervalo.
Aí vem a pergunta: “Poxa, de novo todo esse drama por causa de um negócio tão fácil assim? “ Sim! É super fácil. fácil . Molezinha. Mas só é fácil porque você aprendeu Escalas Diatônicas, Cromáticas e Tríades. Eu diria que, tirando músicos profissionais, entre 80- 90% dos instrumentistas por aí não sabe como formar um Acorde Dissonante. Eles até podem saber alguns, mas provavelmente aprenderam com alguma “receita de bolo”, tipo o meu livrinho de 614 acordes e não entendem direito o que estão tocando. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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Então, parabéns! Você agora faz parte do seleto grupo que vai ter consciência plena do que está tocando! Bom, vamos retomar nosso estudo. Vamos transportar as notas do nosso acorde “difícil” para o piano. C7(9, #11): Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Aí está! No violão, você poderia formar esse acorde assim: Dó Mi Sib Ré Fá#
Agora se vire com seus dedos para conseguir fazer sair som desse acorde, rsrs :D
Um detalhe importante: sempre que um acorde usar Intervalos Compostos, você obrigatoriamente estará usando notas em oitavas diferentes. Como assim? Repare que no nosso exemplo temos a nota Mi (3) e a nota Ré (9). Se você tocar essas duas notas na mesma oitava, ou seja, uma seguida da outra, a sonoridade de um acorde assim ficaria, no mínimo, estranha. Faça o teste se você tiver um instrumento que toque notas simultâneas (piano, teclado, violão, guitarra, etc.). Toque um Mi e um Ré na mesma oitava, ao mesmo tempo. O que achou? Ficou um pouco estranho, certo?
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Só para não restar dúvidas, pense nos seguintes acordes: C2 e C9. Veja na nossa escala cromática que, tanto o intervalo 2 como o intervalo 9 são a mesma nota (Ré). Então as notas de ambos os acordes seriam as mesmas (C, D, E, G). Porém, na hora de formar esses acordes num instrumento, eles seriam diferentes. di ferentes. Veja: C2 (Dó Maior com Segunda): Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó C9 (Dó Maior com Nona): Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Se você tem um piano / teclado, toque os dois acord acordes es e você verá que, apesar de ambos serem formados pelas mesmas notas, a sonoridade é diferente. Mas apesar disso, não existe nenhuma regra que obrigue você a sempre usar intervalos compostos.. Você poderia formar um acorde como esse abaixo: compostos
Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Analisando as notas do acorde acima nós temos: 1 3 4 C E F
5 G
6 A
7M B
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Então esse é um C7M (4,6) (Dó (4,6) (Dó Maior com Sétima Maior, Quarta e Sexta). Agora se o som dele vai ficar legal vou deixar você decidir. Minha dica é a seguinte: forme acordes com consciência, procurando a sonoridade que você quer. Pode ser que usar o intervalo 6 fique melhor do que usar o intervalo 13 (são a mesma nota). Tudo vai depender de como você quer que o acorde soe, como você quer que ele se encaixe na música. Você é quem manda. Agora você tem o poder de formar o acorde que quiser. quiser . Por exemplo, você pode fazer o acorde C7(6,9,11,13) C7(6,9,11,13),, ou o acorde Dm(4/b5/#9/b13). Seus Seus dedos são o limite. Só para fechar o tema, há um outro detalhe importante: quando você está formando um Acorde Dissonante, você pode suprimir suprimir notas da Tríade. Como assim? Vamos usar como exemplo o acorde C4 (Dó Maior com Quarta)
Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb
Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Veja que há 3 notas muito próximas uma da outra (Mi, Fá e Sol). Isso normalmente não soa bem, pois a frequência da vibração de cada nota é parecida e isso gera um conflito no ouvido. Quando a distância entre as notas é de apenas um semitom, isso se intensifica (faça o teste tocando essas notas). No nosso caso temos a nota Mi e Fá conflitando bastante, pois a distância é de um semitom. Você poderia deslocar a nota Fá para outra oitava (mais aguda, por exemplo) para resolver o conflito, mas aí o acorde passaria a ser um C11 (Dó Maior com Décima Primeira), e essa mudança pode não trazer a sonoridade que você quer. Para resolver esse problema o que fazemos é suprimir a Terça (3). Ficaria assim:
Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
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Fazendo essa alteração, reduzimos o conflito entre as notas. Chamamos esses acordes de Acordes Suspensos.. Suspensos Como esses acordes não possuem a Terça, e é justamente a Terça que determina se o acorde é maior ou menor, os Acordes Suspensos não são nem maior, nem menor. No nosso exemplo acima, o acorde se chama Csus4 (Dó Suspenso de Quarta). Só usamos a suspensão da Terça quando queremos destacar o 4º (Ex.: Csus4) ou o 2º intervalo (ex.: Csus2). Se você suprimir a Terça e não colocar nenhuma outra nota no lugar (a Quarta, por exemplo), o acorde não será nem maior, nem menor, nem nada. Isso é muito comum para os guitarristas. Suprimir a terça e manter a Quinta cria o que chamamos chamamos de “Powerchord”. Esse tipo de acorde é muito usado quando se toca com distorção, pois a ausência da Terça deixa o menos tenso e mais pesado. Você também pode suprimir a Quinta, sempre que precisar precisar.. Acordes com a quinta suprimida não tem um nome específico. específico. Fizemos isso quando montamos o acorde C7(9,#11) no violão, algumas páginas atrás. Suprimir a Quinta, via de regra, não gera grandes prejuízos ao acorde. Se seus dedos não forem suficientes para montar um acorde qualquer, experimente suprimir a Quinta e veja se o som fica bom para você. Existem algumas outras nomenclaturas para Acordes Dissonantes como por exemplo Add, Aug, Dim, Maj. Essas são formas de escrever dissonâncias muito usadas nos EUA, mas seguem a mesma lógica que já expliquei:
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Acordes com Add Add são são acordes com notas adicionadas. Por exemplo, Cadd9 é um Dó Maior com Nona Acordes com Aug Aug são são acordes com Quinta Aumentada. Por exemplo Caug é um Dó Maior com Quinta Aumentada Acordes com Dim Dim são são acordes menores com Quinta Diminuta. Por exemplo Cdim é um Dó Menor com Quinta Diminuta Acordes com Maj Maj são são acordes com Sétima Maior. Por exemplo Cmaj é um Dó Maior com Sétima Maior.
No fim é só uma forma diferente de escrever os acordes.
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E aí vem a pergunta: Quais acordes devo memorizar ? Bom, eu reforço que você deve entender a formação dos acordes antes de mais nada. Se você souber a fórmula, saberá construir qualquer acorde. Mas há alguns acordes que são mais usados na música em geral. Vou dar os exemplos em Dó, mas se aplica para qualquer tonalidade, acordes maiores e menores. Eu começaria por estes aqui:
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Csus4 C#5 (ou Caug) C6 C7 C7M (ou Cmaj) C9 (ou Cadd9) C7(b5) C7(#5) C6(9) C7(9) C7(b9) C7(13) C7M(9) C11 C7(9, 11) C7(9, #11) C7(9, 13)
Longe de ser uma lista completa, essas são apenas algumas sugestões de acordes bastante usados na música em geral. Use as tabelas com as Escalas Cromáticas que você preencheu no capítulo anterior para ajudar nos estudos. E por fim, se você tem um instrumento que forma acordes (piano, teclado, violão, guitarra, etc.), após escrever o acorde, tente tocar para conhecer a sonoridade. Pratique bastante!
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Campo Harmônico – Conceito Conceito e Prática
Que pois? Orareicantarei com o espírito, mas também orarei com ofarei, entendimento; com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. 1 Coríntios 14:15
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Campo Harmônico Importância do Campo Harmônico na Música Tétrades Formação do Campo Harmônico Dicas de Formação do Campo Harmônico Quadro com Campos Harmônicos
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ATÉ AQUI, O QUE VOCÊ APRENDEU TE DÁ LIBERDADE PARA TOCAR A MAIORIA DAS MÚSICAS , em qualquer tonalidade maior, pois você já sabe tocar as escalas e formar qualquer acorde. No início do livro eu prometi que você também seria capaz de tocar as músicas de ouvido se estudasse todo o conteúdo. E é neste capítulo que começamos a falar sobre esse ponto. Vamos falar sobre Campo Harmônico. Harmônico. O Campo Harmônico, em palavras simples, nada mais é que o conjunto de acordes básicos de cada tonalidade. É mais ou menos como o conjunto dos acordes que são mais prováveis de aparecer em uma música.
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O que eu quero dizer com isso é que se você souber o Campo Harmônico de cada tonalidade, você saberá previamente quais acordes provavelmente serão usados em uma música, independente do tom. E aí, sabendo tocar esses acordes, você começa a ficar apto para tocar de ouvido, sem cifras ou partituras. É claro que há exceções para essa regra. Mas de forma geral, salvo nos casos onde a música troca de tom com muita frequência, ou possui uma harmonia complexa, sabendo o Campo Harmônico você ficará muito mais independente para tocar qualquer coisa de ouvido. Basta conhecer a melodia e a tonalidade. Na igreja que eu frequento nós temos um repertório de mais de 1.000 músicas. E eu te digo, sem medo de errar, que todas que eu conheço a melodia eu sei tocar. Talvez algo em torno de 700 músicas. Posso até errar a letra, l etra, mas a harmonia eu consigo tocar sem grandes problemas. Isso não é para impressionar ninguém, até porque saber tocar 700 músicas de ouvido não é nenhum grande feito (você também vai conseguir). Isso não tem só a ver com memória. Tem a ver com ter o conhecimento teórico que embasou a composição de todas essas músicas. Vou explicar isso em detalhes. de talhes. Porém, antes de começar a falar sobre Campo Harmônico, preciso te apresentar um outro conceito sobre acordes. Até aqui, quando falamos da construção de acordes, usamos sempre acordes em Tríades Tríades.. Porém, existe uma outra regra de formação de acordes que é mais completa, mais “sofisticada”. Estamos falando das Tétrades Tétrades.. Como o próprio nome sugere, as Tétrades são acordes com 4 notas. A regra de formação das Tétrades é praticamente a mesma das Tríades. Nós usaremos sempre os intervalos 1, 3(b3), 5 e por fim o intervalo 7. Talvez você tenha reparado que, no capítulo anterior, no nome de todos os acordes dissonantes que possuíam uma Sétima, ela (a Sétima) vinha antes dos outros intervalos. Por exemplo: O acorde C7(6,9,11,13) C7(6,9,11,13).. Veja que na cifra, o 7 ficou antes dos outros intervalos e fora dos parênteses. O motivo disso é que esse é um acorde em Tétrade. Então, em resumo, todo acorde com Sétima é uma Tétrade, e esses acordes (as tétrades), se não tiverem outros intervalos adicionados, não são considerados necessariamente dissonantes. Por exemplo, o acorde Dó Maior Tétrade ficaria assim:
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1 C
3 E
5 G
b7 Bb
7M B
E aí só temos que decidir qual 7ª usaremos. O que vai decidir qual 7ª usar será, num primeiro momento, a Tonalidade da música. Via de regra, re gra, sempre usamos como base (tanto para a melodia quanto para a harmonia), a Escala Diatônica do tom da música. Por exemplo, se a música está na tonalidade Dó Maior, vamos basear os acordes, tanto Tríades como Tétrades, nas notas da Escala de Dó Maior. Veja: Escala de Dó Maior: 1 2 C D
3 E
4 F
5 G
6 A
7 B
8 C
Se a tonalidade da nossa música é Dó Maior, a princípio, tanto na melodia (solos) quanto na harmonia (acordes), só teremos notas da escala de Dó Maior. Qualquer nota fora da escala soará errada (essa é a regra geral). Obviamente há exceções para esta regra, mas, por enquanto, vamos nos ater a essa regra geral, que se aplica à maioria das músicas. Bom, se todos os acordes precisam se basear nas notas da escala de Dó Maior, na construção das tríades e tétrades também só podemos ter notas desta escala. Então, no nosso caso da Tétrade do Dó Maior qual 7ª nós usaremos? 1 C
3 E
5 G
b7 Bb
7M B
A resposta é fácil. Usamos a 7M, pois a nota Bb (b7) não faz parte da escala de Dó Maior. Então nosso acorde será um C7M (Dó com Sétima S étima Maior). Entendeu?
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Vamos ver outro exemplo, ainda numa música em Dó Maior. Se tivermos que formar um acorde Ré, quais notas usaremos? Primeiro, vamos dar uma olhada na Escala Cromática de Ré (sempre formamos acordes baseados na Escala Cromática). 1 D
b2 Eb Eb
2 E
b3 F
3 F#
4 G
b5 Ab
5 A
#5 A#
6 B
b7 7M C C#
A primeira coisa que temos que olhar é quais notas da escala Cromática de Ré não fazem parte da Escala Maior de Dó. Eliminando essas notas temos: 1 D
b2
2 E
b3 F
3 F#
4 G
b5
5 A
#5
6 B
b7 7M C C#
Agora vamos formar a Tétrade de Ré na tonalidade de Dó Maior, escolhendo a Terça e a Sétima que se encaixam na tonalidade. 1 D
b2
2 E
b3 F
3 F#
4 G
b5
5 A
#5
6 B
b7 7M C C#
Então temos um Dm7 (Ré menor com Sétima). Deixei a Terça Maior (3) e a Sétima Maior (7M) na tabela (em cinza) para te mostrar que esses dois intervalos sempre vão variar. Ou seja, os acordes de um Campo Harmônico podem ser Maiores ou Menores, com Sétima (b7) ou com Sétima Maior. Esse raciocínio que fizemos se aplica para qualquer acorde. Então para formarmos um Campo Harmônicos aplicamos essa regra, transformando as notas da escala em acordes. Em resumo, para fazer o Campo Harmônico de Dó Maior, transformamos todas as notas da Escala de Dó Maior em Acordes A cordes (de preferência Tétrades). Ainda não entendeu?
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Vamos ao um passo a passo de formação de Campo Harmônico: 1 – – Escreva Escreva a Escala Diatônica referente ao Campo Harmônico desejado; 2 – – Cada Cada nota da escala deverá ser harmonizada, ou seja, deve ser convertida em um acorde; 3 – Use – Use as Escalas Cromáticas de cada nota da escala para saber se o acorde será Maior ou Menor, com Sétima ou Sétima Maior Aplicando esses 3 passos à escala de Dó Maior temos o seguinte: 1 - Escala de Dó Maior: 1 2 3 C D E
4 F
5 G
6 A
7 B
8 C
2 – – Devemos Devemos converter as notas em acordes. A nota Dó deverá ser convertida em um Acorde Dó. A nota Ré deve ser convertida em um acorde Ré, e assim por diante. Lembrando que quando falamos de Campo Harmônico, devemos usar preferencialmente as Tétrades. 3 – – Agora Agora vamos usar as Escalas Cromáticas e ver se os acordes serão Maiores ou Menores, com Sétima ou Sétima Maior. Se você preencheu as Escalas Cromáticas anteriormente, essa etapa fica fácil. Na tabela abaixo, temos todas as notas da Escala de Dó com suas respectivas Escalas Cromáticas. Na prática nós não precisamos da Escala Cromática inteira, mas não custa colocar ela completa para você. E em cada Linha da tabela, estão marcadas em AZUL as notas que vamos usar para formar as Tétrades. 1 C D E F G A B
b2
2 D E F# G A B C#
b3 Eb F G Ab Bb C D
3 E F# G# A B C# D#
4 F G A Bb C D E
b5
F
5 G A B C D E F#
#5
Fx
6 A B C# D E F# G#
b7 Bb C D Eb F G A
7M B C# D# E F# G# A
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No Campo Harmônico de Dó Maior teremos as seguintes Tétrades: 1 – – C7M C7M – C, – C, E, G, B 2 – – Dm7 Dm7 – D, – D, F, A, C 3 – – Em7 Em7 – E, – E, G, B, D 4 – – F7M F7M – F, – F, A, C, E 5 – – G7 G7 – – G, G, B, D, F 6 – – Am7 Am7 – A, – A, C, E, G 7 - ??? Ficou mais fácil de entender agora? Espero que sim. Mas faltou um acorde, o último (acorde Si). Vamos analisar o que temos. Veja a última linha da tabela anterior. Temos a nota Si (1), a nota Ré (b3) e a nota Lá (b7). Então sabemos que é um Bm7. Porém, está faltando a Quinta. Na escala de Si, o Intervalo 5 é F#, porém esta nota não faz parte da escala de Dó. Muito menos o Fx. Então só nos resta o F (b5). Portanto, o último acorde do Campo Harmônico de Dó Maior é Bm7(b5) Bm7(b5) (Si (Si Menor com Sétima e Quinta Diminuta). Ante de finalizar o assunto, preciso esclarecer um ponto: Não é obrigatório você usar Tétrades no lugar das Tríades. O Campo Harmônico é escrito com Tétrades para ficar mais completo, mas na grande maioria dos casos, as Tríades são totalmente suficientes para tocar. Na verdade, é muito mais comum usarmos Tríades. A dica que eu te dou é: experimente tanto a Tríade quanto a Tétrade. Por exemplo, se numa música tem um acorde Dó Maior, experimente o Dó Tétrade (C7M ou C7, de acordo com o tom da música). O que ficar mais bonito você usa.
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E agora? Já sei o Campo Harmônico. Como isso me ajuda? É muito simples. Sabendo os acordes do Campo Harmônico, você consegue saber quais os acordes provavelmente farão parte de uma música. Se uma música qualquer é em Dó Maior, ela provavelmente só terá acordes do Campo Harmônico de Dó. Isso sozinho já te dá uma grande ajuda na hora de tocar qualquer música de ouvido. As chances de você errar reduzem drasticamente. Pense só...sabendo que o Campo Harmônico de Dó Maior possui apenas 7 acordes, você já elimina todo os outros acordes existentes. Por exemplo, a chance de aparecer um acorde F#m ou um D#7 em uma música em Dó Maior é mínima. Considerando que existem centenas de acordes possíveis, saber que você precisará saber apenas 7 facilita as coisas um pouco, não acha? Escolha uma música qualquer e veja a cifra dela (pega no Google, sei lá). A chance é muito grande de que só haja acordes com Campo Harmônico do Tom da Música. Para te dar um exemplo, veja a cifra do hino Grande é o Senhor (um hino bem conhecido por muitos). A tonalidade mais comum é tocarmos esse hino em Sol ou Lá Maior, mas eu alterei para Dó Maior só porque você já tem o Campo Harmônico pronto na página anterior. Você verá que só temos acordes do Campo Harmônico na música. Veja a cifra na próxima página.
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Grande é o Senhor (Cifra Simplificada) Steve McEwan (Trad.: Adhemar de Campos)
F C C Grande é o Senhor e mui digno de louvor F Am Na cidade do nosso Deus seu Santo Monte
Veja que temos praticamente todos os acordes do Campo Harmônico de Dó Maior:
C Dm Em F G A alegria de toda a Terra
C Dm Em F G Am
F C C Grande é o Senhor em quem nós temos a vitória F
Am
Que nos ajuda contra o inimigo C Dm Em F G Por isso diante dele nos prostramos C Em Queremos o Teu nome engrandecer Em Dm G F E agradecer-te por Tua obra em nossas n ossas vidas C
Em
Confiamos em Teu infinito amor F Em Pois só Tu és o Deus eterno Dm G C Sobre toda Terra e céu
Só não temos o Bm(b5) Bm(b5),, pois o último acorde do Campo Harmônico é menos usado.
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Para fixar melhor o conteúdo, minha sugestão para você agora é formar o Campo Harmônico das tonalidades mais comuns. Vou deixar abaixo um espaço para você preencher. Se você fizer a lição de casa, tenho certeza que você vai descobrir algo muito interessante sobre os campos harmônicos.
1 C7M D E F G A B Eb Ab Bb
2 Dm7
3 Em7
4 F7M
5 G7
6 Am7
7 Bm7/b5
8 C7M
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Tabela Completa dos Campos Harmônicos: 1 C7M D E F G A B Eb Ab Bb
2 Dm7 Em7 F#m7 Gm7 Am7 Bm7 C#m7 Fm7 Bbm7 Cm7
3 Em7 Em7 F#m7 G#m7 Am7 Bm7 C#m7 D#m7 Gm7 Cm7 Dm7
4 F7M G7M A7M Bb7M C7M D7M E7M Ab7M Db7M Eb7M
5 G7 A7 B7 C7 D7 E7 F#7 Bb7 Eb7 F7
6 Am7 Bm7 C#m7 Dm7 Em7 F#m7 G#m7 Cm7 Fm7 Gm7
7 Bm7/b5 C#m7/b5 D#m7/b5 Em7/b5 Dm7/b5 G#m7/b5 A#m7/b5 Dm7/b5 Gm7/b5 Am7/b5
Eu não costumo dar as respostas dos exercícios que eu passo porque alguns alunos são meio preguiçosos, rs. Mas nesse caso eu coloquei a tabela preenchida por uma razão especial. Se você preencheu a tabela “na raça”, raça”, provavelmente percebeu que existe um padrão. Esse padrão é o seguinte (para um Campo Harmônico Maior): O primeiro acorde é sempre Maior com Sétima Maior (7M (7M)) O segundo acorde é sempre Menor com Sétima ( m7 m7)) O terceiro é sempre Menor com Sétima (m7 (m7)) E assim por diante. No fim, todos os Campos Harmônicos (qualquer tonalida tonalidade) de) têm a seguinte estrutura: I7M
IIm7
IIIm7
IV7M
V7
VIm7
VIIm7/b5
Repare que substituí as notas por algarismos romanos. Isso tem um bom motivo e vou te contar no próximo capítulo. Por fim, agora que você já entendeu bem a formação dos Campos Harmônicos, vou te ensinar um macete para não ter que ficar dependendo das Escalas Cromáticas C romáticas na hora de construí-lo. A regra é muito simples: todos os acordes de um Campo Harmônico só possuem notas da escala em questão (tonalidade da música). Então para construir os acordes, basta seguirmos o seguinte padrão:
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Escala de Dó Maior = Campo Harmônico de Dó Maior. Então começamos escrevendo a escala de Dó Maior em 2 Oitavas: I II III IV V VI VII I II III C D E F G A B C D E
IV F
V G
VI A
VII B
IV F
V G
VI A
VII B
A partir daqui é só pegar as notas da escala fazendo “pulos”. Assim: Assim: Pulo
I C
II D
Pulo
III E
IV F
Pulo
V G
VI A
VII B
I C
II D
III E
Explicando: Você escolhe a nota que quer transformar em acorde (neste exemplo o acorde C), pula uma, pega a próxima (E), pula uma, pega a próxima(G), pula uma, pega a próxima (B). Então o primeiro acorde do Campo Harmônico será formado pelas notas C, E, G, B. Temos assim um C7M C7M Agora para o segundo acorde: Pulo
I C
II D
III E
Pulo
IV F
V G
Pulo
VI A
VII B
I C
II D
III E
IV F
V G
VI A
VII B
V G
VI A
VII B
Temos as notas D, F, A, C = Dm7 Dm7 Só mais um exemplo. Se quisermos o sexto acorde do Campo Harmônico: Pulo
I C
II D
III E
IV F
V G
VI A
VII B
Pulo
I C
II D
Pulo
III E
IV F
Temos as notas A, C, E, G = Am7 Am7 Essa regra se aplica para todos os acordes, todas as tonalidades. Saber os Campos Harmônicos é essencial para progredir no estudo da Harmonia. Portanto, se dedique a estudar este tema. Se você já toca algum instrumento, use as músicas que você já conhece para identificar, entender e praticar o conhecimento do tema. Você verá que cerca de 90% ou mais dos acordes faz parte do Campo Harmônico da tonalidade da música.
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Graus da Escala Esforçai-vos, e animai-vos; não temais, nem vos espanteis diante o Senhornem teu Deusteé o quedesamparará. vai contigo; não deles; te porque deixará Deuteronômio 31:6
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Graus da Escala Nomes e Funções Harmônicas dos Graus O Grau Sensível Tensões e Resoluções na música
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ESSE ASSUNTO É BEM FÁCIL E BEM CURTO . Porém, é importante tratarmos dele agora para podermos começar a falar de Escalas Menores e Funções Harmônicas, dois assuntos extremamente importantes. Lembra que no fim do último capítulo comecei a usar algarismos romanos para simbolizar as notas das escalas? Pois é, tem tudo a ver com os Graus da Escala. Escala. Então o que é um Grau da Escala? Um Grau nada mais é que a posição da nota dentro de uma escala. Por exemplo o grau I, é a primeira nota da escala, o grau II é a segunda nota e assim por diante.
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Aí vem a pergunta: “Então para isso serve? “ Cada Grau da Escala recebe um nome e esse nome tem a ver com sua Função Harmônica, assunto que trataremos logo. Os nomes dos Graus da Escala e suas Funções Harmônicas são os seguintes: Grau I II III IV V VI VII
Função Harmônica Tônica Supertônica Mediante Subdominante Dominante Superdominante Sensível
Alguns Graus são mais importantes que outros, mas nesse momento só quero falar do último grau. O nome dele é Sensível Sensível,, e não é à toa. Vou te explicar o porquê. Experimente fazer o seguinte: em qualquer instrumento toque a Escala de Do Maior, porém pare na última nota (na nota Si). O que achou? Obs.: Se você não fez o teste, faça! faça! Caso Caso contrário você não vai entender nada que eu vou falar a seguir. Toque rápido, devagar, não importa. O importante é você tocar a sequência e parar na nota Si. Você pode até misturar as notas. Você pode inventar uma melodia qualquer usando a escala de Dó Maior. Mas sempre finalize na nota Si. Bom, se você parar essa melodia (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) no grau Sensível da escala existe uma grande chance de a melodia parecer incompleta. A Sensível fica pedindo uma nota...Meio que desesperadamente. Chamamos esse tipo de situação de Tensão Tensão.. É por isso que o sétimo grau é Sensível...ele fica muito tenso. E ao contrário do que pode parecer, tensão é algo bem importante e muito comum na música. Além da Sensível, a Subdominante também gera uma tensão razoável (experimente para na nota Fá). Vou falar muito sobre isso no próximo capítulo.
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No nosso exemplo, da escala de Dó D ó Maior, para acabar com a tensão que foi gerada pela parada na Sensível o que fazemos é o que chamamos de Resolver a Tensão. Tensão. Experimente tocar a melodia que você usou anteriormente, porém, depois de fazer uma pausa na nota Si, finalize com a nota Dó. Faça o teste!!! Entender e perceber as tensões e resoluções de tensões é algo muito importante. Quanto mais você aprofundar seu conhecimento e sua percepção musical, mais você vai entender e sentir as tensões e resoluções. A necessidade de Resolução de uma Tensão é o que vamos tratar no próximo capítulo sobre as Escalas Menores e em seguida no capítulo sobre Funções Harmônicas. Eu disse que esse capítulo era curto, e é mesmo. Então acabou!
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Escala Menor Natural, Harmônica e Melódica Louvai ao SENHOR, porque Ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre. Salmos 107:1
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Escala Menor Características das Escalas Menores Regra de Formação das Escalas Menores Quadro de Escalas Menores Escala Menor Harmônica Escala Menor Melódica Campos Harmônicos Menores
*** CHEGOU A HORA DE FALARMOS DAS ESCALAS MENORES. Vamos tratar sobre todos os principais aspectos dessas escalas neste capítulo, portanto ele é um pouco mais longo.
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Talvez você esteja se perguntando por que eu demorei tanto para entrar nesse assunto. Há alguns bons motivos para isso:
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Boa parte dos alunos se confunde quando tratamos a Escala Maior e a Menor ao mesmo tempo; A maioria das músicas são escritas em Tons Maiores; Maiores ; Existem algumas aplicações mais complexas para as Escalas Menores, e, sem uma boa base teórica, talvez você se perdesse nas explicações; Existe mais de um tipo de Escala Menor, o que normalmente gera confusão nos iniciantes; Os Campos Harmônicos são diferentes, mais complexos.
Eu poderia continuar dando motivos para você, mas acredite em mim, agora que já passamos por um bocado de conteúdo, entender a formação e aplicação das Escalas Menores vai ser moleza. Vou começar falando de algumas características das Escalas Menores. Para começar, uma Escala Menor também é uma Escala Diatônica, Diatônica , então, tirando a regra de formação (que é diferente), tudo que eu falei sobre as Escalas Maiores é aplicado a ela. Outro ponto é que normalmente as músicas em tons menores (Dó menor, por exemplo) tem um “sentimento” mais triste, mais calmo, talvez um pouco mais “escuro “ escuro”” que músicas em tons maiores. Conversa Con versa de maluco essa, né? Música mais escura? Música com “sentimento”? É isso mesmo! Mas essas características não são regras, e mais para frente eu vou te mostrar que, inclusive, é possível você alterar o tom de uma música, de Maior para Menor, sem mudar nada na melodia. Vamos então falar da regra de formação das Escalas Menores. I Tônica (T) C
II Tom (t) D
III Semitom (st) Eb
IV Tom (t) F
V Tom (t) G
VI Semitom (st) Ab
VII Tom (t) Bb
I Tom (t) C
Veja que o que mudou foi a posição dos Semitons. Mas no resto, seguimos os mesmos princípios. Temos as 7 notas musicais, sem repetição. Essa regra de formação gera a Escala Menor Natural. Natural. Se olharmos a formação do acorde Cm Cm (Dó (Dó Menor), e olharmos a Tríade dele (1,3,5) na escala cromática de Dó, veremos as notas C, Eb, G. Conforme vemos acima (em vermelho), a formação de um acorde menor segue também a Escala Diatônica Menor.
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Obs.: Quando falarmos apenas o termo Escala Menor, sempre estaremos nos referindo à Escala Menor Natural. Então, nesse momento a sugestão que te dou é que você monte todas as Escalas Menores. É só seguir a regra de formação.
I Tônica (T) C D E F G A B Eb Ab Bb
II Tom (t) D
III Semitom (st) Eb
IV Tom (t) F
V Tom (t) G
VI Semitom (st) Ab
VII Tom (t) Bb
I Tom (t) C
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Ok, agora com as Escalas prontas, é hora de olharmos para os Campos Harmônicos Menores. Menores. A lógica de formação dos Campos Harmônicos Menores é a mesma dos Campos Harmônicos Maiores. Relembrando os 3 passos de formação de um Campo Harmônico: 1 – – Escreva Escreva a Escala Diatônica referente ao Campo Harmônico desejado; 2 – – Cada Cada nota da escala deverá ser harmonizada, ou seja, deve ser convertida em um acorde; 3 – – Use Use as Escalas Cromáticas de cada nota da escala para saber se o acorde será Maior ou Menor, com Sétima ou Sétima Maior Use o macete que ensinei no capítulo sobre campos Harmônicos, que mostra como você forma os Campos Harmônicos usando as notas da Escala Diatônica (o macete dos “pulos”). Só tenha cuidado porque nos Campos Harmônicos Menores o padrão dos acordes é diferente, então não adianta simplesmente copiar do capítulo anterior. Recomendo que você preencha a tabela para descobrir o novo padrão. Vou deixar o espaço para você preencher os campos Harmônicos das tonalidades mais comuns: I Cm Dm Em Fm Gm Am Bm Ebm Abm Bbm
II
III
IV
V
VI
VII
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Bom, agora que você já preencheu a tabela, deve ter percebido que da mesma forma que no Campo Harmônico Maior, há um padrão nos Campos Harmônicos Menores. O padrão é o seguinte: Im7
IIm7(b5)
III7M
IVm7
Vm7
VI7M
VII7
Se o seu padrão ficou diferente di ferente deste acima, revise o que você preencheu. pree ncheu. Ótimo! Com essas 3 etapas cumpridas (Escalas, Acordes e Campos Harmônicos) fizemos com as Escalas Menores tudo que fizemos com as Escalas Maiores. Depois que você já tem toda a base de conhecimento, fica bem mais fácil, não é? Agora começaremos a falar sobre aspectos mais complexos da d a Escala Menor. A primeira coisa que você pode já ter notado, caso tenha tocado uma escala menor, é que a sonoridade é diferente de uma Escala Maior. Se você não fez o teste, faça agora. Toque a escala de Dó Maior... Agora toque a escala de Dó menor. Repita algumas vezes, devagar. Toque a Escala Maior e em seguida a Escala Menor. Obviamente que elas têm sonoridades diferentes, afinal as notas não são as mesmas. Mas não é disso que estamos falando. Vamos voltar àquela conversa maluca sobre a “cor e o sentimento” do som. A regra geral é a seguinte: Uma Escala Maior Maior tem um “sentimento” mais alegre. Uma escala menor tem te m um “sentimento” mais melancólico. Numa Escala Maior temos um grau Sensível (VII) que gera bastante tensão. Numa Escala Menor o grau Sensível (VII) é “menos sensível “, “, ou seja, tem menos tensão.
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Se você ainda não conseguiu perceber isso faça o seguinte: Toque a escala de Dó Maior e pare na nota Si (VII). Perceba a tensão que fica no ar. Agora toque a escala de Dó Menor e pare na nota Sib (VII). Perceba que a tensão é bem menor. Se ainda estiver difícil de você perceber a diferença, não se preocupe. Essa sensibilidade vem com o tempo. Vou falar mais sobre isso i sso num capítulo mais adiante. Voltando à Escala Menor... Eu trouxe esse assunto das diferenças entre o grau Sensível da Escala Maior e da Escala Menor porque foi exatamente essa diferença que fez com que surgisse um outro tipo de Escala Menor. Se você parar para pensar, o que gera a tensão do Grau Sensível é o fato de que entre a última nota (VII) e a Tônica (I) existe apenas 1 semitom de distância. Por exemplo, de Si para Dó na escala de Dó Maior. Essa diferença de 1 semitom não existe na Escala Menor. A distância entre as notas é de 1 tom e isso não gera a mesma quantidade de tensão. Então, para deixar a Escala Menor mais sensível, mudamos a posição da última nota, nota, e aí a Escala fica assim: I Tônica (T) C
II Tom (t) D
III Semitom (st) Eb
IV Tom (t) F
V Tom (t) G
VI Semitom (st) Ab
Agora experimente tocar a escala acima e pare na última nota (VII). Faça o teste senão você não vai saber a diferença! Sentiu a tensão? Toque mais algumas vezes. Agora toque a Escala Menor Natural de novo. Consegue perceber a diferença, certo? É bem notória.
VII 1 ½ tom B
I Tom (t) C
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Essa Escala Menor nova tem um nome que é importante que você grave: Escala Menor Harmônica.. Harmônica Essa escala é muito importante. Praticamente em todas as músicas em tom menor, em algum momento você vai encontrar um trecho com uma Escala Menor Harmônica. Perceba que eu disse que em um trecho da música música e não na música toda. É muito raro uma música estar inteiramente escrita em uma Escala Menor Harmônica. Há vários estilos musicais que usam e abusam das Menores Harmônicas, como músicas flamencas e orientais. Minha dica para você agora é você escrever todas as Escalas Menores Harmônicas e depois praticar bastante. Essa nova sonoridade vai te dar algumas opções muito interessantes de improviso e também vai aumentar sua percepção musical.
I Tônica (T) C D E F G A B Eb Ab Bb
II Tom (t) D
III Semitom (st) Eb
IV Tom (t) F
V Tom (t) G
VI Semitom (st) Ab
VII 1 ½ tom B
I Tom (t) C
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Aí vem uma pergunta comum: comum: “ Em Em que momento de uma música devo utilizar uma Escala Menor Harmônica? ” ” Vou responder essa pergunta logo mais. Guarde ela aí com você. Muito bem, já temos 2 tipos de Escala Menor: A Menor Natural e a Menor Harmônica. Há ainda mais um tipo. Depois que a Menor Harmônica foi criada e popularizada, começou a surgir um questionamento, pois em alguns casos, a distância de um tom e meio entre a sexta e a sétima nota é um pouco difícil de se executar. Para ajustar essa situação, surgiu a Escala Menor Melódica, Melódica, cuja regra de formação é a seguinte: I Tônica (T) C
II Tom (t) D
III Semitom (st) Eb
IV Tom (t) F
V Tom (t) G
VI Tom (t) A
VII Tom (t) B
I Tom (t) C
Experimente tocar a escala e perceba as diferenças. Toque a Menor Natural... Em seguida a Menor Harmônica... Agora a Menor Melódica... Agora pode variar à vontade... O importante é que você entenda e sinta as diferenças. Assim você vai aumentar consideravelmente seu leque de percepção musical.
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Perceba que agora só temos 1 semitom na escala, a nota Eb, que é a Terça do acorde Cm Cm.. Temos o grau VII Sensível S ensível (meio tom de distância da Tônica). Agora preencha as Escalas Menores Melódicas das principais tonalidades. I Tônica (T) C D E F G A B Eb Ab Bb
II Tom (t)
III Semitom (st)
IV Tom (t)
V Tom (t)
VI Tom (t)
VII Tom (t)
I Tom (t)
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Agora que já temos as nossas Escalas Menores prontas, temos uma série de observações a fazer. Aqui vou retomar o ponto sobre onde aplicar as escalas na prática. Para isso vou usar uma Escala Menor de um tom diferente, que talvez seja mais familiar para a maioria das pessoas. Escala Natural Harmônica Melódica
I A A A
II B B B
III C C C
IV D D D
V E E E
VI F F F#
VII G G# G# G#
I A A A
Aí estão as 3 Escalas Menores. As diferenças de formação são sutis (em vermelho), mas a sonoridade é bem diferente. E não é só isso que diferencia as Escalas. Não sei se você reparou, mas usei a escala da Lá Menor Menor por um bom motivo. Se você observar bem, a escala de Lá Menor Natural é Natural é quase idêntica à escala de Dó Maior. Maior. Só o que muda é a ordem das notas. Você pode dizer que a Escala de Dó Maior e a de Lá Menor são equivalentes. O mesmo vale para a Escala de Ré R é Maior e a de Si Menor, Mi Maior e Dó Sustenido Menor e por aí vai. Lembra que eu falei que é possível tocar uma música que é em um tom maior maior usando usando uma Escala Menor?? Menor A explicação para isso começa por aqui. Sempre há uma Escala Menor equivalente à uma Escala Maior, e vice-versa. Por isso, há formas de você substituir os acordes maiores por acordes menores sem alterar a melodia da música. Sempre o Sexto Grau da Escala Maior é a nota da Escala Menor equivalente (C = Am). Sempre o Terceiro grau da Escala Menor é a Escala Maior Equivalente (Am = C). Em resumo, uma música em Dó Maior pode ser tocada como se fosse em Lá Menor. Uma música em Lá Menor pode ser tocada como se fosse uma música em Dó Maior. É claro que essas substituições precisam ser bem feitas, senão a música pode ficar esquisita. Vou ensinar você a fazer essas substituições depois de falarmos sobre as Funções Harmônicas, no próximo capítulo.
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Agora vamos falar da aplicação prática das Escalas Harmônica e Melódica. Pense agora num campo harmônico de uma Escala Menor Harmônica. O que muda em relação ao campo harmônico da Escala Menor Natural? Se você olhar as duas escalas na tabela anterior, verá que a única diferença entre elas é a nota Sol Sol. Na Menor Harmônica temos um Sol# no lugar do Sol. O fato de termos trocado a nota Sol pela nota Sol# Sol# afeta afeta todos os acordes do campo harmônico que possuíam a nota Sol. Veja o que aconteceu: Campos Harmônicos Menores: Escala I II Natural Am7 Bm7(b5) Harmônica Am7M Bm7(b5)
III C7M C7M(#5) C7M(#5)
IV Dm7 Dm7
V Em7 E7 E7
V VII F7M F7M
VII G7 G#dim G#dim
Veja quantas mudanças! O que aconteceu foi que todo acorde que tinha uma nota Sol em sua formação passou a ter uma nota Sol# no lugar. Por exemplo, vamos olhar a composição do primeiro acorde Na Menor Natural havia um Am7 formado pelas notas A, C, E, G (intervalos G (intervalos 1, b3, 5, b7)
•
Na Menor Harmônica agora temos um Am7M, com as notas A, notas A, C, E, G# (intervalos 1, b3,
•
5, 7M) Mudar uma nota mudou o acorde! Obs.: Não se preocupe com o último acorde (um acorde diminuto). Vou falar dele num capítulo específico. A mesma lógica se aplica ao campo harmônico Menor Melódico. Além de um Sol# teremos também um Fá#, o que vai mudar diversos acordes. Veja como fica: Escala Natural Harmônica Melódica
I Am7 Am7M Am7M
II Bm7(b5) Bm7(b5) Bm7 Bm7
III C7M C7M(#5) C7M(#5) C7M(#5)
IV Dm7 Dm7 D7 D7
V Em7 E7 E7 E7
Os campos harmônicos mudam quase totalmente. Não se assuste, rs!
VI F7M F7M F#m7(b5)
VII G7 G#dim G#dim G#7(b5)
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O que fizemos foi só ajustar os acordes com as novas notas. E no fim, onde tocar uma Menor Harmônica? Simples! Se você estiver tocando uma música em Lá Menor e Menor e de repente aparecer um acorde E7 E7,, pode mandar uma Escala Menor Harmônica com fé! Vai ficar top! Por que? Olhe para os Campos Harmônicos acima novamente. Em qual Campo Harmônico temos um acorde E7? Nos Menor Harmônico e no Menor Melódico. E se, na mesma música (ou qualquer outra em Lá Menor) aparecer um acorde D7 D7,, manda uma Melódica que vai encaixar. Por que? Pelo mesmo motivo citado acima: no Campo Harmônico Menor Melódico temos o acorde D7. O que NÃO PODE é PODE é numa música em Lá Menor aparecer um acorde E7 E7 e e você tocar uma Escala Menor Natural. Vai ficar feio, e com razão. Você estará tocando uma nota Sol quando que no acorde há uma nota Sol#. O contrário também é verdadeiro. Se a música é em Lá Menor, e o compositor da melodia colocou um Sol# em algum lugar, o acorde não pode ter a nota Sol, pois não vai casar com a melodia. *** ALERTA DE POLÊMICA *** Conheço pouca gente que conhece bem esse assunto das Escalas Menores. Infelizmente. A maioria dos instrumentistas acaba parando parando os estudos antes de chegar aqui. O problema disso é que vira e mexe você está lá, tocando uma música em Lá Menor, aí pinta um acorde E7 e o bonitão entra com um improviso do além e mete uma nota Sol no meio do solo. Sabe o que é pior? É que muitas vezes a pessoa nem percebe que errou. Isso é extremamente comum para os instrumentistas que tocam instrumentos melódicos (sax, flautas, violinos e afins), pois, em sua maioria, eles não estudam harmonia. Aí não sabem bem a diferença entre um Em7 Em7 e e um E7 E7.. A diferença é sutil, sim...apenas uma nota. Mas se você seguiu minha orientação e tocou as 3 Escalas Menores, você percebeu o quão diferente é a sonoridade das escalas. Enfim, fico feliz que você tenha chegado até aqui no livro, pois você não será um desses instrumentistas. ***FIM DA POLÊMICA ***
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Conseguiu entender a importância de conhecer a parte harmônica? Se você não conhece a harmonia e suas regras, na hora de tocar a melodia você vai errar. Isso se aplica tanto para tons maiores quanto para tons menores. Eu vou falar muito sobre isso no capítulo seguinte. Mas cuidado! Essas alterações de escala (para Harmônica ou Melódica), só se aplicam ao trecho da música onde há o acorde com a nota alterada (Sol# ou Fá#). Lembre-se que é raríssimo uma música estar inteira escrita numa escala Harmônica ou Melódica. Em resumo, você precisa conhecer a harmonia (campos harmônicos) e a melodia (escalas). Sabendo as duas coisas você dificilmente vai errar. Aqui minha recomendação para você é escrever mais alguns campos Harmônicos menores, e se possível, tocar os acordes para conhecer as sonoridades. Para finalizar esse capítulo, te convido a procurar músicas em tons menores para você poder ouvir e /ou tocar. Perceba as diferenças, veja onde aparecem as escalas menores harmônicas e melódicas, as diferenças de sentimento, etc. Como sugestão, veja esse exemplo da próxima página.
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Restitui – Toque no Altar Bm G Os planos que foram embora Bm7
Em7 E o tempo que roubado foi A
O sonho que se perdeu G
Não Em7 poderá se comparar A tudo aquilo que o Senhor A Tem preparado ao que clamar Em7 D/F# Creia porque o poder de um clamor A G Pode ressuscitar
O que era festa e agora D/F# Em7 É luto do que já morreu F#m7 Não podes pensar que este é o teu fim G Não é o que Deus planejou D/F# Em7 Levante-se do chão! A Erga um clamor! A4 A G Em7 Restitui! Eu quero de volta o que é meu A4 A G Em7 A Sara-me! E põe teu azeite em minha dor G A A4 A Restitui! E leva-me às águas tranquilas G Em7 A4 A Lava-me e refrigera a minh'alma Bm G9 Bm9 G9 Restitui
A4 A G Em7 Restitui! Eu quero de volta o que é meu A G E põe teu azeite em minha dor Em7 A A4 Sara-me! G A A4 A Restitui! E leva-me às águas tranquilas G Em7 A4 A Lava-me e refrigera a minh'alma Bm G9 Bm9 G9 Bm Restitui
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Funções Harmônicas – Introdução Introdução Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. Romanos 12:4-5
O que você vai aprender neste capítulo: O Conceito de Funções Harmônicas e Harmonia Funcional Principais Funções Harmônicas Cadência I – I – IV IV – – V V Exemplos Práticos
*** ESSE ASSUNTO É MUITO INTERESSANTE E EXTREMAMENTE IMPORTANTE . Conhecer as Funções Harmônicas completa o conhecimento necessário para você ficar independente das cifras e vai te fazer enxergar as músicas com um olhar muito mais amplo. Talvez, no início pareça que esse assunto não tem muita aplicação prática, mas conforme formos progredindo nos estudos, você vai começar a identificar essas aplicações. Funções Harmônicas exige de você todos os conhecimentos anteriores. Então se alguma coisa ainda não ficou clara, é importante você voltar e revisar o que ainda não está claro. Tendo entendido tudo até aqui o assunto não é difícil. di fícil.
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O que são as Funções Harmônicas? Harmônicas? Quando falamos de harmonia, normalmente estamos falando de acordes. Então, as Funções Harmônicas nada mais são que as funções que cada acorde de um campo harmônico exerce dentro da música. Lembra dos Graus da escala? Os nomes dos Graus também têm a ver com sua Função Harmônica. Estudar e aplicar os Graus de acordo com sua Função Harmônica também é conhecido como Harmonia Funcional. Funcional. Neste primeiro momento vamos focar nos graus I, IV e V, pois são os mais usados. O grau I é a Tônica Tônica.. É o grau que dita a tonalidade da música e determina o campo
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harmônico. A Tônica é o grau que normalmente inicia os trechos de uma música e é o grau que mais resolve as tensões criadas dentro de uma harmonia. O grau IV é o Subdominante Subdominante.. É um grau de transição, que gera uma tensão relativamente
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baixa. Para você perceber isso, experimente tocar uma harmonia qualquer que pare no grau IV. Por exemplo, toque o acorde C (I) e depois o acorde F (IV) e pare por aí. Repita essa sequência algumas vezes. Você vai perceber que quando você para no grau IV parece que fica faltando algo. Quando você recomeça no grau I, parece que o que estava ffaltando altando apareceu. Isso quer dizer que o grau I resolveu a tensão gerada pelo grau IV. O Subdominante normalmente faz a transição para a Tônica ou para o Dominante, ou seja, ela exerce um efeito de atração para esses graus. O grau V é o Dominante, que é um grau de tensão alta. Na maior parte das vezes, essa
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tensão é resolvida pela Tônica, pois na composição do acorde Dominante há um intervalo chamado de Trítono, que vou explicar logo mais. Faça o mesmo teste anterior, agora acrescentando o acorde G na sequência. Toque os acordes C, F e G e pare por aí. aí . Repita a mesma sequência algumas vezes. Veja que agora a sensação de que falta alguma coisa é ainda maior. Isso porque a tensão do grau V é maior.
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Quando você volta para o acorde C aí temos a resolução da tensão. É por isso que dizemos que a Dominante exerce uma atração forte para a Tônica. Essas transições entre os graus chamamos de Cadência Cadência.. A Cadência mais comum na música em geral é a I - IV - V - I. I. Iniciamos na Tônica, depois temos uma transição para a Subdominante, que atrai a Dominante, que, por fim, atrai a Tônica para resolver a tensão. No caso do tom Dó Maior, a cadência seria C - F - G - C. A sequência normal da cadência é essa, mas qualquer variação da sequência ainda é válida. Por exemplo, a cadência poderia ser algo como I – – V V – – IV IV – – V V – – IV IV – – I, I, ou C, G, F, G, F, C se C se a música for em Dó Maior. Para tons menores os graus e suas funções seguem o mesmo princípio. Uma cadência I – – IV IV – – V V no tom Lá Menor teria os acordes Am Am (I), (I), Dm ou ou D (IV) e Em Em ou E (V). A variação no IV e no V acontece por causa da Escala Menor Harmônica e Melódica, que alteram as notas dos acordes desses graus. Por exemplo, se a escala for a Menor Harmônica, teremos um acorde E no lugar do Em.. Dê uma olhada nos campos harmônicos no capítulo anterior, caso tenha dúvidas. Em Seguindo a lógica da cadência I - IV – IV – V, V, uma música qualquer em Sol Maior poderia ser tocada com apenas 3 acordes: G (I), C (IV) e D (V). Quer ver um exemplo? Vamos ver a primeira estrofe do Hino Grande é o Senhor:
Grande é o Senhor - Cifra original G C G Grande é o Senhor e mui digno de louvor C D Em Na cidade do nosso Deus seu Santo Monte G Am Bm C D G A alegria de toda a Terra
Veja que neste exemplo temos vários acordes, ou seja, temos vários graus da escala sendo utilizados...
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Agora vamos tocar o mesmo trecho usando apenas acordes da cadência I, IV, V
Grande é o Senhor - Cifra Alterada C G G Grande é o Senhor e mui digno de louvor C D G Na cidade do nosso Deus seu Santo Monte
Agora só usamos 3 acordes para tocar o mesmo trecho.
G C D C D G A alegria de toda a Terra
Tente tocar com essa segunda cifra. Tocou? Veja que, apesar de não ficar tão bonito, é possível tocar assim. Isso quer dizer que a maioria das músicas (tirando as que naturalmente possuem harmonia complexa) pode ser tocada usando apenas as 3 principais Funções Harmônicas. Não está acreditando? Escolha uma outra música em tom maior (para ficar mais fácil) e dê uma olhada na cifra dela. Você verá que boa parte dos acordes está nesse grupo dos graus I, IV e V. E muitos casos, os demais acordes podem ser ignorados ou substituídos sem grandes prejuízos à melodia. Veja esse outro exemplo (só o primeiro verso)
Castelo Forte – Cifra Completa
Castelo Forte – Cifra Simplificada
D A F#m Bm E A Castelo forte é nosso Deus,
D A D A Castelo forte é nosso Deus,
D B Em A D Bm F#m G Es pa da e bom es cu do
D A G D GAD Es pa da e bom es cu do
Esse hino (Castelo Forte) é famoso por ser um desafio para os instrumentistas, por causa da quantidade de acordes.
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Mas veja que é possível tocar com 3 acordes (I, IV, V V). ). Daria para simplificar a cifra do hino quase todo. Obviamente não fica muito bonito, bonito , mas dá para cantar sem grandes prejuízos.
Veja mais um exemplo, agora em um tom menor:
O Meu Louvor é Fruto – Cifra Original Asaph Borba
Dm Dm/C Gm7 A7 O meu louvor é fruto do meu amor por ti Jesus, Dm/C Bb7M Gm7 C7(9) Dm De lábios que confessam o teu nome F7M Bb7M É fruto de tua graça A7 Em7(b5) A7 E da paz que encontro em ti Dm/C Bb7M Asus4 A Dm E do teu Espírito que habita em mim Dm Que habita em mim
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O Meu Louvor é Fruto – Cifra Simplificada Asaph Borba
Dm Gm7 A7 O meu louvor é fruto do meu amor por ti Jesus, Gm7 Am7 Dm De lábios que confessam o teu nome Dm7 É fruto de tua graça A7 Gm7 A7 E da paz que encontro em ti Dm Gm7 A E do teu Espirito que habita em mim Dm Que habita em mim Esse hino é muito mui to bonito e, provavelmente, Asaph Borba (o compositor do hino) vai ficar chateado comigo por ter simplificado tanto a cifra, rsrs. Só usamos os graus I, IV e V da escala de Ré Menor. Eu sei que não fica tão bonito! Mas o fato é que, ainda assim, é possível simplificar uma cifra que originalmente possui vários acordes sem perder a essência da música. Pessoas com ouvidos menos aguçados cantariam o hino com a cifra simplificada e possivelmente nem perceberiam que estão faltando vários acordes. Quando falamos de músicas em tons menores, a simplificação da harmonia tem a tendência gerar a perda de algumas nuances importantes, justamente porque as escalas menores são sonoramente mais complexas. Nesse hino mesmo temos vários trechos com a Escala Menor Harmônica (sempre que aparece um acorde Lá Maior). Temos também um trecho em que a música muda de tom para Fá Maior (vou te explicar isso mais adiante), e, por eu ter alterado a cifra, esse trecho perdeu essa característica (mudança de tom). Mas enfim, o fato é que a cadência I – I – IV IV – – V V (e suas variações) é muito comum na música. É importante você saber identificá-la. Quanto mais você entender esses aspectos e padrões, menos você vai depender de cifras. Vamos prosseguir entendendo este tema no capítulo seguinte.
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Funções Harmônicas Secundárias O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução. Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de tua mãe, porque serão como diadema gracioso em tua cabeça, e colares ao teu pescoço Provérbios 1:7-9
O que você vai aprender neste capítulo: O Conceito de Funções Harmônicas Secundária Substituições Harmônicas Conceito de Trítono Exemplos Práticos
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FALEI BASTANTE NO ÚLTIMO CAPÍTULO SOBRE A CADÊNCIA I –– IV –– V. Ela, de fato, é muito comum e boa parte das músicas é escrita com base nela. Mas calma, isso não quer dizer que apenas 3 acordes resolvem todos os problemas. problemas. Não te ensinei a formar todos os acordes do Universo Uni verso para você, no fim, só usar três. Além das Funções Harmônicas principais (I, IV e V), os outros graus exercem o que chamamos de Função Harmônica Secundária, Secundária, por causa da composição dos acordes.
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Vou explicar dando um exemplo: O grau II pode exercer a Função Secundária de Subdominante Subdominante. Como assim? Por exemplo, numa música em Dó Maior, você poderia substituir o acorde Fá Maior (IV) pelo acorde Ré Menor (II) sem grandes prejuízos. Por que isso? Simples, porque os dois acordes são bem parecidos. Veja só as Tétrades de cada acorde: Grau IV II
Acorde F7M Dm7
1 F D
3 / b3 A F
5 C A
7 E C
Veja que os acordes são quase iguais (notas em vermelho). Apenas uma nota diferencia os dois acordes (emoutros azul).graus. Por isso é possível fazer a substituição. Essa semelhança entre os acordes se aplica para Veja a lista dos graus com suas respectivas Funções Harmônicas Secundárias: Grau II III VI VII
Função Principal Supertônica Mediante Superdominante Sensível
Função Secundária Subdominante Dominante (fraco) Tônica Dominante
O que essa tabela quer dizer? Quer dizer que existem possibilidades de substituição de um grau por outro que tenha Função Harmônica equivalente. Chamamos isso de Substituição Harmônica. Vamos analisar as principais substituições (ainda na tonalidade Dó Maior). Repare que a diferença entre os acordes é sempre de apenas 1 nota (notas em azul) Substituição do grau I pelo VI: Grau I VI
Acorde C7M Am7
1 C A
3 E C
5 G E
7 B G
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Substituição do grau V pelo III (Dominante Fraco): Grau V III
Acorde G7 Em7
1 G E
3 B G
5 D B
7 F D
Mais uma vez, apenas uma nota de diferença entre os acordes. Mas repare que substituição do grau V pelo III eu escrevi Dominante Fraco, Fraco, porque o grau III, apesar de ser bem parecido com o grau V, não tem uma característica muito importante. Essa característica é um intervalo harmônico chamado Trítono Trítono.. O Trítono é um intervalo muito importante na música, que é responsável pela tensão do acorde dominante. Ele se chama Trítono porque é um intervalo composto por 3 tons entre a Terça e a Sétima do acorde Dominante. Veja: Acorde Dominante do tom Dó Maior = G7 G7 Acorde G7
1 G
3 B
5 D
7 F
Distância = 3 Tons
Esse intervalo de 3 Tons tem uma característica bem especial. Se você parar para analisar, tanto a nota Si quanto a nota Fá, na escala de Dó Maior (nosso exemplo), têm uma outra nota da escala muito próxima delas, com uma distância de 1 semitom. Só para não ficar dúvidas, veja só: I C
II D
III E
IV F
V G Semitom
VI A
VII B
I C Semitom
É por causa dessa distância curta entre as notas III III – – IV IV e VII – VII – I I que existe tanta tensão no acorde Dominante. Então, quando você toca um acorde Dominante, o mais comum é você resolver a tensão com a Tônica, justamente porque no acorde Tônica, você elimina esse espaço de semitom.
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Observe: Acorde G7 C7M
1 G C
3 B E
5 D G
7 F B
O que acontece é que você resolve a tensão da nota Si indo para a nota Dó (em azul), e resolve a tensão da nota Fá indo para a nota Mi (em vermelho). Experimente tocar as notas Si e Fá simultaneamente e depois tocar as notas Mi e Dó simultaneamente também. Se você fizer isso vai conseguir perceber bem a resolução da tensão. Um detalhe importante é que tanto faz a ordem das notas do Trítono. Pode Si e Fá, ou Fá e Si. E a resolução também independe da ordem das notas. Pode ser Dó e Mi, ou Mi e Dó. É por isso que dizemos que você pode resolver a tensão “fechando” ou “abrindo” o “abrindo” o acorde. Veja: Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Réb Mib
Solb
Sol#
Sib
Réb Ré#
Fá#
Sol#
Sib
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Neste exemplo, nós “abrimos” o acorde para resolver o Trítono.
Neste exemplo, nós “fechamos” o acorde para resolver o Trítono.
No fim das contas, III tem função secundária Fraco pois, apesar de possuir quase todasoasnosso notasgrau do grau V, não possui o Trítonode naDominante sua composição.
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Por fim, falta falar da última substituição que seria a do grau V pelo grau VII. Essa substituição tem tudo a ver com o Trítono, e precisa de um pouco mais de explicação, explicação , por isso vou falar sobre ela no próximo capítulo. Mas antes de terminar este capítulo, lembra que eu falei que é possível você tocar uma música que é originalmente em tom Maior usando uma escala Menor? Então, agora que você já sabe praticamente tudo sobre Funções Harmônicas, você já consegue fazer isso. Basta substituir os acordes do tom Maior por seus equivalentes Menores. Não entendeu? Vou te dar um exemplo. ex emplo. Vamos analisar as Funções Harmônicas do hino Grande é o Senhor.
Grande é o Senhor - Cifra original G (I) (I) C (IV) G (I) Grande é o Senhor e mui digno de louvor
Entre parênteses temos as Funções Harmônicas de cada acorde.
C (IV) D (V) (V) Em (VII) (VII) Na cidade do nosso Deus seu Santo Monte G (I) Am (II) Bm Bm (III) (III) C (IV) D (V) G (I) (I) A alegria de toda a Terra
Agora vamos considerar as possibilidades de substituições harmônicas usando os graus com funções harmônicas equivalentes do Campo Harmônico de Sol Maior Acorde G Am Bm C D Em F#m7(b5)
Grau I II III IV V VI VII
Grau Equivalente VI IV V II III ou VII I V
Acorde Equivalente Em C D Am Bm ou F#m7(b5) G D
Repare que as substituições ocorrem nos dois sentidos. sentid os. Por exemplo, é possível substituir o grau I pelo grau VI, ou substituir o grau VI pelo grau II.. Vai da intenção e do gosto do freguês. Agora vamos usar as Funções Harmônicas Secundárias e fazer as substituições:
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Grande é o Senhor - Cifra Alterada Em7 (VI) Am7 (II) Em7 (VI) (VI) Grande é o Senhor e mui digno de louvor Am7 (II) Bm7 (III) G (I) (I) Na cidade do nosso Deus seu Santo Monte
Neste exemplo todos os acordes da cifra original foram substituídos por seus acordes e ui uiva vale lent ntes es..
C (IV) D (V) Am7 (II) F#m7(b5) (VII) Em (VI) (VI) Em7 (VI) A alegria de toda a Terra
Experimente tocar essa cifra agora. Gostou? Enfim, aqui é realmente questão de gosto. Eu troquei todos os acordes por seus equivalentes. Mas isso não é obrigatório nesses casos de rearmonização. Você substituir apenas os que você achar que ficam melhor. E lembre-se que tons menores tendem a ser mais solenes, escuros, melancólicos, etc. Então você precisa ter sensibilidade para não “estragar” a intenção da letra e da melodia. O inverso também é verdadeiro, se você for rearmonizar uma música que é originalmente em tom menor, cuidado para não deixar a harmonia desenquadrada com a letra e a melodia. Mas enfim, saber usar as Funções Harmônicas e as Substituições Harmônicas te dá esse poder de entender e tocar uma música conscientemente. A independência das cifras vai depender de você estudar e praticar. Comece a olhar para as cifras com esse olhar mais técnico, analise e veja onde cada Função Harmônica entra. Com o tempo isso fica fácil e quase automático. É nesse momento que você começa a ficar independente das cifras. Enquanto você toca seu cérebro já começa a processar as funções harmônicas e te mostra qual será o próximo acorde. Parece até mágica! Pratique e você verá isso acontecer com você!
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Acorde Diminuto – Conceito, Conceito, Formação e Uso Prático Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Tiago 1:4,5
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Acorde Diminuto Regra de Formação do Acorde Diminuto Características do Acorde Diminuto Equivalência de Acordes Principais utilizações Exemplos Práticos
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CHEGOU A HORA DE FALAR DO ACORDE DIMINUTO. Fiquei o livro todo ensaiando falar sobre ele e isso tem pelo menos 2 bons motivos: 1 – – Não Não adiantava eu falar do Acorde Diminuto antes de explicar o conceito de Trítono 2 – – O O Acorde Diminuto não é muito usado na música em geral 3 – – Motivo Motivo Extra: O livro l ivro é meu e eu escrevo na hora que eu quiser, rsrsrs (brincadeirinha).
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O Acorde Diminuto é um tipo de acorde com uma sonoridade complexa, mas a formação dele é muito simples. A razão de ele ter esse nome é simples: ele é um acorde que tem todos os seus intervalos “diminuídos”, ou diminutos. Existem duas formas de se escrever um Acorde Diminuto numa cifra. Por exemplo, o acorde Dó Diminuto pode ser escrito como: Co ou Cdim Cdim Sem mais delongas, vamos à prática. Vamos formar o acorde Dó Diminuto e aí explico um pouco mais onde e como usar um Diminuto. Di minuto. Escala Cromática de Dó: 1 b2 b2 2 b3 b3 C Db D Eb
3 E
4 F
b5 b5 Gb
5 G
#5 #5 G#
6 A
b7 b7 Bb
7M 7M B
8 C
Já estamos carecas de saber que um acorde é formado pelos intervalos 1, 3, 5 e 7. O Acorde Diminuto também é, porém, como eu já falei, ele tem todos os seus intervalos “diminuídos”. Então se o acorde Dó é formado pelas notas C, E, G e B (C7M), nós diminuímos todos os intervalos, com exceção da Tônica. Aí teremos as notas: C, Eb, Gb, Bb. Esse acorde é um Cm7(b5), que já é conhecido nosso (é o acorde do grau VII). Porém esse ainda não é um Acorde Diminuto. Chamamos esse acorde de Meio Diminuto. A razão para isso é que o Acorde Diminuto sempre terá terá Função Harmônica de Dominante. Considerando isso, o acorde Diminuto precisa ter um Trítono, e um acorde com 7M não tem (foi tem (foi o acorde que usamos no exemplo acima). Só você observar que, no acorde C7M C7M,, a distância entre a Terça (nota Mi) e a Sétima Séti ma Maior (nota Si) não é de 3 tons, e sim de 3 tons e meio (veja na escala cromática acima). Para um acorde Dó ter um Trítono, ele precisa ser um C7 C7 (Dó (Dó com Sétima Menor). Por isso, é a partir deste acorde que construímos o Acorde Diminuto.
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Vamos “diminuir” todos os Intervalos do acorde C7 em C7 em meio tom Acorde C7
1 C
3 E
5 G
b7 Bb
8 C
Acorde Cdim
1 C
b3 Eb
b5 Gb
bb7 Bbb
8 C
Aí está nosso acorde Dó Diminuto. Sim, ele tem um intervalo dobrado bemol! bemol ! Aí os doidos, tipo eu, e u, olham para esse acorde e acham a estrutura dele a coisa mais linda. Veja só: Entre a Tônica e a Terça (C – (C – Eb) Eb) temos 1 tom e meio
3 Tons = Trítono Trítono
Entre a Terça e a Quinta (Eb – (Eb – Gb) Gb) temos 1 tom e meio Entre a Quinta e a Sétima (Gb – (Gb – Bbb) Bbb) temos 1 tom e meio Entre a Sétima e a Oitava (Bbb – (Bbb – C) C) temos 1 tom e meio
3 Tons = Trítono Trítono
Veja que interessante: num acorde Diminuto temos 2 Trítonos! Aí vem a pergunta: “ Ok, Ok, e daí que tem 2 Trítonos? ”” Vamos lá. Existem dois fatos muito relevantes nesses 2 Trítonos. O primeiro é que 2 Trítonos geram mais possibilidades de resolução do acorde, quando usado com função de Dominante. O segundo fato, que tem muita relação com o primeiro, é que a formação do acorde Diminuto faz com que ele seja considerado por alguns como um “Acorde Perfeito” . Isso porque o Acorde Diminuto é perfeitamente dividido em intervalos de 1 tom e meio. Perceba que o Acorde Diminuto é uma Tétrade totalmente simétrica. Essa simetria faz com que o Acorde Diminuto se torne uma espécie de “acorde coringa”.
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Para você entender esse negócio de acorde coringa vou representar as notas do Acorde Diminuto em 2 oitavas, simplesmente mantendo a distância de 1 tom e meio entre as notas. Veja: Tônica C
1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom Eb Gb Bbb C Eb Gb Bbb C
Pare um pouco e tente entender a mágica que existe aqui. Muitas pessoas não conseguem enxergar essa mágica logo de cara, por isso vou te dar uma ajuda. Lembre-se que a formação de um Acorde Diminuto sempre segue a regra básica de intervalos int ervalos de 1 tom e meio a partir da Tônica. Para te ajudar a perceber isso, vou mudar a Tônica de lugar. Pense agora no acorde Ebo (em vermelho) 1 ½ Tom C
Tônica Eb
1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom Gb Bbb C Eb Gb Bbb C
Agora pense no acorde Gbo 1 ½ Tom 1 ½ Tom Tônica C Eb Gb
1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom Bbb C Eb Gb Bbb C
Conseguiu perceber o que está acontecendo aqui? Se ainda não percebeu, vou te dar mais uma chance, mudando a tônica de lugar de novo. Pense agora no acorde Bbbo 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom C Eb Gb
Tônica Bbb
1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom 1 ½ Tom C Eb Gb Bbb C
Espero que você tenha conseguido perceber, mas o que eu quero que você veja é que todos os acordes são compostos pelas mesmas notas, apenas em ordem diferente. Dê uma olhada nas tabelas acima novamente agora. Acredito que agora esteja fácil de perceber a mágica. Eu sei que se fossemos olhar as escalas Cromáticas de cada Tom os nomes das notas seriam diferentes, mas ignorando isso, os acordes Co, Ebo, Gbo e Bbbo são simétricos. É como você pegar um quadrado (figura com 4 lados iguais) e virar de cabeça para baixo. Ele continua sendo o mesmo quadrado, só o que mudou foi o lado que ficou para cima.
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C
Bbb
Eb
Se você girar esse quadrado, a nota que fica em cima muda, alterando o nome do acorde. No entanto, as 4 notas que formam o novo acorde continuam sendo as mesmas.
Gb
Se for mais fácil para você entender, pense que o acorde Co = D#o = F#o = Ao = Co Na prática, quer dizer que em qualquer cifra onde aparecer um acorde Co, você poderia perfeitamente substitui-lo por um D#o, ou um Ao, ou um F#o. Tudo depende de gosto pessoal, sonoridade desejada, etc. Então seguindo nessa lógica, temos a seguinte lista de acordes Diminutos e seus equivalentes: Co = D#o = F#o = Ao C#o = Eo = Go = Bbo Do = Fo = G#o = Bo E é isso...você pode mudar o nome do acorde se quiser, para adequá-lo à escala da tonalidade da música. Por exemplo, ao invés de G#o você pode usar Abo (num caso onde a tonalidade da música tenha um Ab na escala diatônica). Mas a lógica é sempre a mesma. Espero ter sido claro o suficiente para você entender a formação do Acorde Diminuto. Para finalizar este capítulo, vou só falar rapidamente sobre a aplicação prática de um Acorde Diminuto na música. Há 2 situações muito comuns de aplicação do Acorde Diminuto.
1 – Uso como acorde a corde Dominante. Mas cuidado aqui. Para você usar um Acorde Diminuto como Dominante você precisa respeitar o Trítono do acorde do grau V. Como assim? Se uma música é em Sol Maior, o grau V (Dominante original) tem o Trítono Fá# – – Dó, Dó, que está presente no acorde D7 D7.. Qual Acorde Diminuto tem esse mesmo Trítono? Pense aí antes de ler a resposta. Basta olharmos na nossa “cola” da lista anterior:
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Co = D#o = F#o = Ao Esse grupo de Acordes Diminutos tem o nosso Trítono Fá# – – Dó. Então, qualquer um desses acordes pode substituir o acorde D7 D7 numa numa música em Sol Maior. Quer ver na prática? Vamos mais uma vez usar o hino Grande é o Senhor. Vou substituir os acordes D (Dominante) por um dos Diminutos para você ver.
Grande é o Senhor - Cifra Alterada G (I) (I) C (IV) G (I) Grande é o Senhor e mui digno de louvor C (IV) D#o (V Substituto) Em (VII) (VII) Na cidade do nosso Deus seu Santo Monte
Você pode usar qualquer um dos Diminutos equivalentes equivalentes (simétricos) na substituição do acorde Dominante original.
Am (II) Bm Bm (III) (III) C (IV) F#o (V Substituto) G (I) (I) G (I) A alegria de toda a Terra
Usei 2 Acordes Diminutos equivalentes só para você ver a diferença que há na sonoridade e na aplicação. Se ficou feio ou bonito aí é gosto pessoal. O fato é que o Acorde Diminuto cumpriu sua função de Dominante.
2 – Uso como Acorde de Passagem Um Acorde de Passagem é um acorde que faz uma “ponte” entre 2 outros acordes . Usamos Acordes de Passagem quando queremos dar ênfase em algum trecho da harmonia. Por exemplo, na cadência I – I – IV IV – – V, V, pode ser que você queira enfatizar a transição entre o IV e o V. Numa música em Dó Maior a cadência seria C – C – F F – – G, G, e para dar ênfase na transição entre o F e o G usamos o Acorde Diminuto que está entre esses dois acordes, no caso um F# o Ficaria assim: C – F – F#o –– G G
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Vou usar esse recurso na cifra anterior para você ver como ficaria:
Grande é o Senhor - Cifra Alterada G Bo C G Grande é o Senhor e mui digno de louvor C D D#o Em Na cidade do nosso Deus seu Santo Monte
Você também pode usar qualquer um dos Diminutos equivalentess (simétricos). equivalente
G#o Am A#o Bm Bm C C#o D G G A alegria de toda a Terra
O Acorde de Passagem funciona em praticamente toda transição de acordes. É claro que não recomendo você usar isso o tempo todo, todo, como eu fiz aqui. Mas vale a pena explorar as possibilidades. Essas são duas utilizações comuns do Acorde Diminuto, o que não quer dizer que você não possa dar a ele outras aplicações. O importante é entender sua formação e depois praticar, praticar, praticar. Conforme você memoriza a sonoridade dos acordes fica mais fácil você encaixá-los na música.
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Transposição – Conceito Conceito e Técnicas Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus Filipenses 4:6,7
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Transposição Técnica da Contagem Técnica da Substituição por Graus
*** AGORA QUE VOCÊ JÁ SABE TUDO sobre escalas, acordes, campos harmônicos e funções harmônicas, entender o tema deste capítulo é bem tranquilo. Eu até podia ter tratado esse tema antes, mas preferi dar atenção para o que eu en entendo tendo ser mais importante primeiro. Mas vamos lá!
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O que é Transposição Transposição?? É o ato de você alterar a tonalidade de uma música ou um trecho de uma música. Se você já toca algum instrumento provavelmente já passou por alguma situação onde você teve que alterar a tonalidade da música para adequar à voz de alguém, ou a algum arranjo, ou a algo parecido. Algo assim: “Fulano, toca esse trecho 2 tons acima!” Ou “Fulano, essa música é em Dó Maior? Toca To ca em Bb Maior, por favor”. Em geral, diante de pedidos como esses, a reação da maioria das pessoas é uma mistura de pânico, medo, ansiedade, frustração, e o resultado é sempre silêncio (a pessoa não consegue tocar nada) ou cacofonia (a pessoa até tenta, mas toca tudo errado). Normalmente as pessoas sofrem muito quando alguém pede para transpor uma música, justamente porque essas pessoas não estudaram teoria musical suficientemente bem. Aí ficam dependentes de uma cifra que está escrita num tom específico. Pedir para trocar o tom é quase como tirar a cifra da pessoa. Mas agora isso não será mais um problema para você. Na verdade, se você vem seguindo minhas orientações, tem escrito as escalas, acordes e campos harmônicos e tem praticado no seu instrumento, é bem provável que tudo que eu vou falar agora não pareça nada novo para você. Mas, independentemente disso, vou te ensinar uma técnica simples para transpor qualquer música para qualquer tonalidade.
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Na verdade, existem 2 métodos comuns de transposição: 1 – O Método da Contagem Esse é o método mais comum, e el elee funciona bem para transposições simples, de até 2 tons para cima ou para baixo. Ele funciona simplesmente contanto a quantidade de tons e semitons e ajustando a cifra. Vou explicar com um exemplo: Imagine que temos que transpor uma música originalmente em Dó Maior para Ré Maior. Com o método da contagem nós contamos quantos semitons existem entre o tom original e o tom transposto. No caso de uma transposição de Dó para Ré, temos uma distância de 2 semitons “para cima” cima”. Então todas as notas da melodia e todos os acordes precisam ser aumentados em 2 semitons. Cifra Original: Cifra Original
C
Am
F
G
C
D
Bm
G
A
D
+ 2 Semitons
Transposta Simples, certo?
A mesma lógica se aplica para para transposições “para baixo”, por exemplo de Dó para Lá. Neste caso temos uma diferença “para baixo” de 3 semitons, ou, como é mais comum, uma “terça abaixo”.
Cifra Original
C
Am
F
G
C
A
C#m
D
E
A
- 3 Semitons
Transposta
A maioria das pessoas tem mais dificuldade d ificuldade em pensar “para baixo”. Isso é comum, mas com treino você se acostuma. Bom, até aqui está bem fácil, certo? Só contar os semitons e ajustar as notas.
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2 – Método dos Graus da Escala Agora vamos mudar um pouco o cenário. Faça a transposição abaixo (de Si para Fá): Cifra Original
B
Transposta
F
E
F#
G#m
E
B
Deu nó na cabeça? Você ficou na dúvida se contava ““para para cima” ou “para “para baixo”? baixo”? Pois é. Apesar de não ser comum esse tipo mudança drástica de tonalidade, pode ser que ela aconteça, principalmente se você toca instrumentos de sopro que não são afinados em Dó. Por exemplo, instrumentos com afinação padrão em Eb. Mas enfim, como fazer essas transposições sem sofrer muito? É bem simples, na verdade. Basta usarmos os graus das escalas Vamos olhar a escala de Si. S i. Marquei em vermelho as notas que usamos na nossa cifra. I B
IIm C#
IIIm D#
IV E
V F#
VIm G#
VII A#
Então, agora que sabemos quais graus estamos usando, basta usarmos os mesmos graus na tonalidade nova. Como queremos transpor a cifra para Fá, basta usarmos os graus I, IV, V e VI da escala de Fá. Assim: Tom
I
IIm
IIIm
IV
V
VIm
VII
Original
B
C#
D#
E
F#
G#
A#
Transposto
F
G
A
Bb
C
D
E
Por fim, ajustamos as notas em acordes, conforme a cifra original. Se, na cifra original, o acorde era Maior, na cifra transposta também será Maior, e assim por diante. Isso inclui dissonâncias, inversões, etc.
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Transpondo a cifra então temos: Cifra Original
B
E
F#
G#m
E
B
Transposta
F
Bb
C
Dm
Bb
F
Esse método funciona para qualquer transposição, tons maiores e menores. Pode parecer difícil, mas com o tempo fica muito natural fazer esses ajustes. Se você ainda não memorizou as principais escalas, aqui eu reforço a importância que isso tem. Um conhecimento sempre te ajuda em outro. Memorizando as escalas, você tem mais facilidade de memorizar os acordes, que te ajudam a entender os campos harmônicos, que te ajudam a entender as funções harmônicas e por aí vai. Estude e pratique, só assim você vai melhorar de fato.
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Modulações e a Cadência II – V V – II Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por po r obras, para que ninguém se glorie. Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos. Efésios 2:8-10
O que você vai aprender neste capítulo: Conceito de Modulação Cadência II – II – V V – – I I Análise harmônica Modulações usando a cadência II – II – V V – – I I Dominantes Secundários Exemplos práticos
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ESTAMOS FINALIZANDO terminarmos.
NOSSOS ESTUDOS
e acredito que este assunto é um bom assunto para
Mais uma vez, para você entender bem este capítulo, é essencial que você tenha compreendido os demais, pois vou começar a trazer harmonias mais elaboradas. Este é o capítulo do livro que mais vai exigir de você. Leia tudo com calma, tentando aplicar o conhecimento aos poucos.
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Primeiro vamos definir o que é Modulação, pois ela se confunde com a Transposição. Modulação é a transição de tonalidades dentro de uma harmonia. Também é conhecida como Modulação é Modulação Harmônica. Então, qual é a diferença entre Modulação e Transposição? Tecnicamente poderíamos até dizer que não diferença. di ferença. Tanto a Modulação como a Transposição alteram a tonalidade da música. Porém, na prática, a grande diferença é que, quando transpomos uma harmonia, nós mudamos a tonalidade de um trecho grande ou da música como um todo. Quando fazemos uma modulação, muitas vezes fazemos uma transição breve entre tonalidades diferentes, não necessariamente alterando a tonalidade de uma música toda. Um sinal comum de que estamos fazendo uma Transposição é que temos uma alteração na Armadura da Clave da música. E numa modulação só alteramos algumas notas ou um pequeno trecho da música. Há controvérsias sobre essas definições, portanto não vou ficar gastando energia com isso. O que importa é que quando eu falar sobre Modulação, entenda que estaremos falando sobre alteração da tonalidade. Vamos falar agora sobre a Cadência II – V – I, também chamada de Segundo Cadencial Cadencial (ou II Cadencial). Junto com a nossa famosa cadência I – – IV – – V – – I, I, que estudamos no capítulo sobre Funções Harmônicas, o II Cadencial é a cadência mais comum na música. Dependendo Dependendo da composição, ela até pode aparecer mais que a I – I – IV IV – – V V - I. Mas o que ela tem de tão especial? O II Cadencial é uma cadência de “preparação”. Assim como a cadência I – IV – IV – – V V prepara sempre a Tônica (por causa da resolução do Trítono), o II Cadencial serve para preparar praticamente todos os outros graus. Como assim? Se, por exemplo, em uma música eu tiver a sequência C – – Am Am,, eu poderia usar um II Cadencial para preparar essa transição. Logo mais darei exemplos. O II Cadencial também é importante pois prepara a maioria das Modulações.
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O II Cadencial tem um padrão: O Grau II é sempre um acorde Menor Menor O Grau V é sempre um acorde Maior O Grau I pode ser um acorde Maior Maior ou ou Menor Menor
• • •
Esse padrão faz com que o II Cadencial também seja muito representado por IIm – V – I I.. Lembre-se que quando falamos de música sempre há exceções. Tudo depende da composição, melodia, etc. As aplicações do II Cadencial são muito importantes e para explicá-las vou usar muitos exemplos. Vamos começar com algo simples. Vamos dar uma olhada na cifra do hino Cristo Nome Mais Alto, Al to, que é bem simples.
Cristo (Nelson Nome Ned) Mais Alto – C Maior C (I) Am (VI) Cristo, nome mais alto Dm (II) (II) Salvador nosso G (V) (V) Glorioso Senhor C (I) (I) Am (VI) Emanuel, Deus é conosco Dm (II) (II) G (V) (V) Fonte da vida C (I) (I) Cordeiro de Deus Coro: Coro: F (IV) C (I) (I) Emanuel, Emanuel G (V) (V) Seu nome é C (I) (I) Emanuel
Procurei manter a cifra o mais próximo do original. Sei que há outras versões mais elaboradas. Mas veja que a cifra é muito simples, com poucos acordes, porém temos aqui dois II Cadencial (em azul), bem como um trecho com I – I – IV IV – – V V (coro). Além do que eu marquei em azul, há mais um II Cadencial na cifra. Veja se consegue encontrá-lo. Achou? Se não encontrou, olhe mais um pouco...
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No II Cadencial formado pelos acordes Dm (II) (II) – – G (V) (V) – – C (I) (em (I) (em azul), o acorde Dm Dm está está fazendo função de Subdominante. Você poderia substitui-lo por um acorde F sem grandes prejuízos, formando uma cadência IV – IV – V V – – I. I. Talvez você se pergunte: “Por que no lugar do F há um Dm , sendo que o F é é o Subdominante principal? ” ” Simples! Porque na melodia, no momento do acorde Dm Dm,, a nota tocada é um Ré (no momento da palavra “nosso” da letra). Num acorde F não temos uma nota Ré. Normalmente quando as notas do acorde encaixam com a nota da melodia, temos uma harmonia mais encaixada. Se você colocar uma nota Ré na composição do acorde F, criando um F6 (Fá F6 (Fá com Sexta) aí você resolveria esse problema. No entanto o Dm Dm,, formando o II Cadencial, ainda ficaria melhor (faça o teste, se quiser) Bom, aí vem a segunda pergunt pergunta: a: “Onde está o outro II Cadencial dessa harmonia? ”” Lembre-se quedaeuescala. disse que o II para Cadencial transições para praticamente todos os outros graus Só que você prepara enxergarasisso você precisa olhar para cada grau individualmente. Como assim? O melhor jeito de eu explicar isso é dando um exemplo. Cada acorde de um campo harmônico corresponde à um grau deste campo harmônico. Por exemplo, o acorde Am Am no no campo harmônico de Dó Maior é o grau VI. Porém, o acorde Am também pode ser analisado como o grau I (Tônica) do seu próprio campo harmônico, seja, oÉcampo harmônico de de Am. Am. analisamos Se você coloca foco no acorde Am, as análises harmônicas ou mudam. isso que fazemos quando o II oCadencial. Eu sei que é confuso. Eu mesmo demorei um pouco para entender isso. Então, vou compartilhar com você a forma que eu achei para colocar esse conceito na minha cabeça.
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Acompanhe meu raciocínio. Vou quebra-lo em várias etapas: 1. Se eu tenho uma sequência de acordes C – – Am Am (como (como na primeira linha do hino), e eu quiser preparar a transição para o Am Am,, eu tenho que colocar minha atenção no Am Am.. 2. Se eu pensar que passa o Am Am é o meu principal, tenho que pensar nele como Tônica. Então agora tudo a égirar emacorde torno da Escala de Lá Menor. 3. Se o Am Am é é a Tônica, quem seria meu grau II (para formar a cadência II - VV - I)? 4. Na escala de Lá Menor, o grau II é a nota Si. Então para eu formar um II Cadencial de Lá Menor, vou precisar de um acorde Si. 5. Seguindo a mesma lógica, precisarei do grau V da escala de Lá Menor. 6. O grau V da escala de Lá Menor é a nota Mi. Precisarei, então, de um acorde Mi. 7. Certo, mas qual acorde Si e qual acorde Mi vou usar? Maior, menor? 8. Para saber qual acorde usar, precisamos considerar 2 coisas: O Campo Harmônico de Lá Menor e o padrão IIm – IIm – V V – – I. I. 9. Analisando o Campo Harmônico de Lá Menor, qual acorde Si nós temos? Temos um Bm7(b5).. Bm7(b5) E qual acorde Mi temos? Temos um Em7 Em7 ou ou um E7 E7.. Porém, para o II Cadencial, precisamos de um acorde V Maior. Então vamos usar o E7 10. Então, concluindo nosso raciocínio, o II Cadencial de Am é a sequência Bm7(b5) – E7 – Am. Para o nosso exemplo, ao invés de tocarmos a sequência C – – Am Am,, tocaríamos a sequência IIm – – V – – I C – Bm7(b5) – E7 – Am. Ufa! Se você se perdeu em alguma coisa releia a sequência de passos novamente. Mas, em resumo, sempre que você quiser usar um II Cadencial, você tem que pensar no acorde final, ou o acorde que resolve o II Cadencial. É por isso que eu falei anteriormente que nós, às vezes, mudamos de tom no meio da música.
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Isso quer dizer que durante o II Cadencial você está fazendo uma Modulação. Neste nosso exemplo, estamos Modulando de Dó Maior para Lá Menor Harmônico. Se você fosse improvisar uma melodia neste trecho do II Cadencial, você teria que, obrigatoriamente,, usar a Escala de Lá Menor Harmônico, caso contrário você estaria obrigatoriamente improvisando errado. Entendeu? Vou te dar um exemplo: Lembra dessa cifra aqui? Ela tem dois II Cadencial (em azul) O Meu Louvor é Fruto – Cifra Original (Asaph Borba)
Dm louvor é Dm/C O meu fruto do Gm7 meu amor por A7 ti Jesus, Dm/C Bb7M Gm7 C7(9) Dm De lábios que confessam o teu nome n ome F7M F7M Bb7M É fruto de tua graça Em7(b5) A7 A7 E da paz que encontro em ti Dm/C Bb7M Asus4 A Dm E do teu Espírito que habita em mim Dm Que habita em mim
Lembra que eu simplifiquei essa cifra num capítulo anterior? Lembra que eu falei que essa música mudava de tom? Lembra que eu falei que o fato de simplificar a cifra fazia com que a gente perdesse essa característica? Então...consegue entender isso agora?
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Veja só o que acontece: No II Cadencial formado por Gm7 – C7(9) – F7M F7M,, em qual tonalidade estamos estamos?? Fá Maior.
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Gm7,, o V é o C7(9) C7(9) e e o I é o F7M F7M.. Lembre-se que temos tomar como base o Por isso o IIm IIm é Gm7 campo harmônico da Tônica que resolve a cadência (no nosso caso, Fá Maior). Nestre trecho, a escala que você teria que tocar num improviso seria baseada na escala de Fá Maior, que é o acorde que resolve a cadência. No II Cadencial formado por Em7(b5) – A7 – Dm Dm,, em qual tonalidade estamos? Ré Menor
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Harmônico. Mais uma vez, temos que considerar o campo harmônico da Tônica do II Cadencial, no caso, Ré Menor. Como temos um acorde A7 A7,, estamos então no campo harmônico de Ré Menor Harmônico. Obs.: Se você não está conseguindo entender, tente revisar o capítulo sobre Campos Harmônicos e Escalas Menores. Aí sempre tem alunos que têm uma sacada e perguntam: “Professor, mas a escala de Fá Maior e a de Ré Menor não são iguais? “ As escalas são parecidas? Sim. As escalas são iguais? Não! Não! Primeiro que uma escala é Maior (alegre, feliz, brilhante) e outra é Menor (triste, solene, escura). A sonoridade e o sentimento são diferentes. d iferentes. Segundo que neste exemplo estamos em uma escala Menor Harmônica, que tem uma nota Dó#. Então, não é a mesma escala. *** ALERTA DE POLÊMICA *** Mesmo que você só toque instrumentos melódicos e só faça solos, você precisa entender a harmonia.. Se você não compreender bem o que está acontecendo, você vai errar feio! harmonia Eu nunca vou me cansar de dizer isso. E espero que você, como meu aluno, compre essa briga comigo. Fala para o seu irmão saxofonista, flautista, trompetista, tocador de triângulo, campainha, etc., vir estudar com você. Os violonistas, baixistas, guitarristas, pianistas, tecladistas, gaitistas, sanfonistas, e tantos outros que tocam acordes deveriam ser proibidos de tocar sem entender de harmonia. *** FIM DA POLÊMICA ***
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Enfim, vamos olhar mais alguns exemplos e fazer as análises da harmonia. Tu És Fiel, Senhor (Harpa Cristã)
D G7M A7 D4 D Tu és fiel, Senhor, meu Pai celeste
D Bm7(11) E7 A G Pleno poder aos teus filhos darás.
A D Am7 D7 G7M Nunca mudaste: tu nunca faltaste:
G#o D Em7(9) A7 D Tal como eras, tu sem - pre serás.
Nesta cifra temos 3 II Cadencial, para Tônicas Diferentes: II Bm7(11) Bm7(11) Am7 Am7 Em7(9) Em7(9)
V E7 E7 D7 D7 A7 A7
I A G7M G7M D
Observe que em cada II Cadencial, como regra geral, devemos obedecer ao Campo Harmônico e Escala da Tônica que resolve a cadência (acima, em vermelho).
Rude Cruz (Harpa Cristã)
G Go G C Am Rude cruz se erigiu! Dela o dia fugiu D D7 G D7 Como emblema de vergonha e de dor G Go G C Am Mas contemplo esta cruz, porque nela Jesus D Am7 D7 G Deu a vida por mim pecador p ecador G G7 D Sim, eu amo a mensagem da cruz G/B C Am7 D7(9) G D7 Até morrer eu a vou procla mar C G Levarei eu também minha Cruz Am7 G D D7 G Até por uma coroa trocar
Nesta cifra quis deixar as coisas coi sas mais simples para te mostrar que não é porque podemos usar o II Cadencial que vamos abusar dele. Todos os II Cadencial usados são da própria tonalidade da música (Am (Am – D – G G)) Eles foram incluídos apenas para fins estéticos, para “enfeitar” e deixar a harmonia um pouco mais “gorda”. Seria totalmente possível excluir os acordes do II Cadencial e ficar apenas com os acordes I – I – IV IV – – V, V, sem nenhum prejuízo à melodia.
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Alfa e Ômega (Comunidade do Rio de Janeiro)
Bm7 E D A F#m7 A Tu que estás assentado no trono Bm9 B7(9) E A Sempre reinando sobera - no Bm7 E D A F#m7 Anjos cantando, cantando, homens llouvando ouvando B7(9) E Bm9 Deus reunido, com o seu po - vo
D/F# E/G# A4 A G#m7(b5) C#7 Oh, oh Al fa, Omega, F#m7(11) Em7(11) A7 Cristo, Filho D D#o A/E F#7(#5) Oh, oh, vem, oh, oh vem, Bm7 E7 A Oh, oh, vem, Senhor Jesus
Nesta cifra temos algumas utilizações do II Cadencial, bem como alguns outros recursos (acordes dissonantes e diminutos). Os dissonantes foram colocados para encaixar com a melodia. O diminuto (D# o) está ali como acorde de passagem, que faz a subida dos baixos dos acordes, que fica bem interessante. Experimente tocar para ouvir a sonoridade dessa harmonia. Não se assuste com a quantidade de acordes, pois eles têm bastante tempo de transição entre eles.
Quero aproveitar este último exemplo para te apresentar um outro conceito de harmonia funcional, que é bem simples, e, por isso, não quis dedicar um capítulo inteiro a ele. Estou falando do Dominante Secundário O Dominante secundário é um acorde “fora da escala” que tem função de Dominante de um acorde “dentro da escala”. No nosso exemplo acima, ele aparece neste trecho:
Bm9 B7(9) E A B7(9) Sempre reinando sobera - no
O acorde B7 não faz parte do Campo Harmônico de Lá Maior (tonalidade da música). O correto seria um Bm7, por isso ele é um “acorde fora da escala”, como se diz no jargão popular. E por que ele se encaixa tão bem na harmonia?
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A melodia melodia em si explica um pouco isso. Se você olhar as notas da melodia, na palavra “soberano” “soberano” a nota da melodia é um Dó#, que não faz parte do acorde B7 (é B7 (é na verdade o intervalo 9, por isso coloquei ele ali). Então por que fica bom? Por um motivo: ele é um Dominante Secundário. Mas o Dominante do campo harmônico de Lá é o acorde E7, correto? Sim! Porém, agora que você já entende o assunto Modulações, sabe que nem sempre devemos olhar para o campo harmônico da tonalidade da música. O acorde B7 é o dominante do acorde E. Ele é o grau V do campo harmônico de Mi Maior, e tem o Trítono que atrai a resolução do E, e por isso fica bonito. Se você pensar bem, todo II Cadencial tem um Dominante Secundário. Em resumo, se você quiser preparar algum grau específico numa harmonia, você pode usar o II Cadencial ou poderia usar também apenas o Dominante Secundário. Aí é questão de gosto, de sonoridade e criatividade na hora de harmonizar. Acredito que com esses exemplos você já tenha entendido um pouco melhor como funcionam as modulações e o II Cadencial. Ambos são recursos muito importantes na música, usados com frequência. O que eu mostrei aqui foi apenas a essência do assunto. Vale a pena estudar, pesquisar outras cifras com aplicações das Modulações e do II Cadencial e praticar.
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Prática de Banda / Conjunto no Louvor É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque porq ue maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas. Se um cair, o amigo pode ajudá-lo ajudá -lo a levantar-se. Mas pobre do homem ho mem que cai e não tem quem o ajude a levantar-se! E se dois dormirem juntos, vão manter-se aquecidos. Como, porém, manterse aquecido sozinho? Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade. Eclesiastes 4:9-12
O que você vai aprender neste capítulo: Importância de se tocar em Grupo As fases de um músico Menos é mais! Sobre Improvisação O papel principais instrumentos O papel dos das vozes no louvor
*** *** ALERTA DE POL POLÊMICA ÊMICA *** Este capítulo inteiro é um assunto polêmico para muitas pessoas. Eu deixei esse tema para o final porque, apesar de o tema ser muito importante, minha opinião pode divergir da sua. No entanto, como professor, não posso deixar de tocar no assunto. Tudo que está escrito aqui é opinião minha. minha. Fique à vontade para discordar.
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Porém, ao escrever o que escrevi aqui, meu único intuito é fazer com que tocar em grupo seja algo harmonioso e que cumpra seu real objetivo: passar a mensagem de Deus adiante. adiante. Sobre o que vamos falar neste capítulo? Vamos falar muito sobre o que não fazer e vamos falar pouco sobre o que você deve fazer quando você estiver tocando. Serão muitos “Não” e poucos “Sim”. E para tudo isso há excelentes motivos, que eu espero conseguir te explicar de forma simples e clara. Não é sobre você! A primeira coisa que quero te dizer é que você, como instrumentista para Deus, não é o mais importante. O louvor não é seu, por você ou para você. É de Deus, por Deus e para Deus. Eu digo isso porque eu dou aulas há muitos anos, toco há muitos anos e depois de tanto tempo é muito visível o padrão de comportament comportamento o dos músicos. Para mim existem 4 fases de um músico: 1. O Aprendiz Nessa fase a pessoa não sabe nada, é humilde e aceita ouvir sugestões. Se empenha para aprender porque quer tocar alguma coisa logo. A frase que o define: “Quero “Quero aprender a tocar logo!” logo!” 2. O Iniciante Nessa fase o aprendiz já aprendeu a tocar o básico. Já consegue tocar nos grupinhos de amigos, nas reuniões e nos cultos, mesmo que com problemas na execução, umas engasgadas, chiadas, zumbidas, etc. Muitos não entendem bem os “porquês “porquês”” da música, mas conseguem se virar e tocam com apoio de uma cifra / partitura. Nessa fase você normalmente se acha até legal porque nem todo mundo sabe tocar um instrumento, mas você sabe. A maioria dos músicos para aqui e não progride muito mais. Frase que o define: “O “O arroz com feijão tá bom...Deus aceita assim mesmo porque é de coração”. coração”.
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3. O Estudioso Essa é a fase onde o Iniciante resolve estudar e levar a sério o seu instrumento. Ele treina, estuda, lê livros como esse aqui, assiste vídeos, fica copiando os solos famosos, as harmonias complexas dee jazz bossa nova, etc. Nessa fase ele quer tocar rápido e difícil. Aprende várias técnicas quere se destacar. E então, ele se torna uma metralhadora carregada com muita munição teórica e técnica. Está pronto para disparar rajadas de conhecimento musical, escalas e acordes. O povo que se cuide, porque ele está pronto para impressionar! impressionar!!! !! É nesse momento que a coisa desanda. O Estudioso deixa de se importar com os outros e começa a tocar sozinho, mesmo estando numa banda ou num grupo. Às vezes nem se lembra que está tocando para Deus. E ainda há uma variação do Estudioso, que é ainda pior: O que pensa que é Estudioso. É o cara que acha que sabe mais, porém, na prática, só está bagunçando tudo, errando escalas e fazendo acordes fora de contexto, improvisando sem parar. Frase que o define: “Ó “Ó quão cego andei, e perdido vaguei...”
4. O Músico Aqui você finalmente entende que ser músico é trabalhar em equipe, de forma harmoniosa. Não é sobre você. Não é para você. É aqui que você entende um conceito mágico da música: Menos é Mais! Mais! Isso não quer dizer que você tem que se limitar ao arroz com feijão. fei jão. Mas aqui você entende que não adianta destoar do grupo, querer todo destaque para você ou querer julgar os demais e se achar superior. É nessa fase que você consegue entregar o melhor para Deus. Você tem o conhecimento e a consciência. Você consegue entregar o melhor arroz com feijão, e, de quebra, um bife e uma batata frita. A maioria dos músicos só chega aqui após passar pelas outras fases. Frase que o define: “Menos é Mais!”
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Mesmo que você não seja cristão, o fato de você estar num grupo, conjunto ou banda já é o suficiente para você entender que não deve ser egocêntrico ou egoísta. Música é um ato de trabalho em equipe. Cada um tem sem papel, seu momento. Entender isso é algoos muito difícil para algumasnão pessoas. Eu mesmo já harmonia. passei por Ninguém isso. Parasabia mim era algo inaceitável outros instrumentistas quererem estudar fazer um acorde com Sétima Maior. Eu pensava: “Que absurdo isso...” isso...” Mas não é bem assim. Não quero dizer que você deve se limitar e parar na fase 2. Muito pelo contrário! Não incentivo a mediocridade de forma alguma! Se é para Deus, façamos nosso melhor, pois foi isso que ele fez e faz por nós todos os dias. Continuo achando muito ruim as pessoas se contentarem com pouco. Há um universo de novas possibilidades para quem estuda. E esse também é um motivo pelo qual que escrevi esse livro, para ajudar a todos a passarem por todas as fases de forma tranquila. Por mais difícil que possa ser, sugiro a você que tente entender em que fase você está. Faça uma autoavaliação sincera. Pode ser que você tenha características de várias fases, ou esteja fortemente inserido dentro de uma fase só. O importante é ter consciência e a partir daí ver como se posicionar. Meu sonho é que todos os músicos cheguem na fase 4, e para chegar nela é necessário ter conhecimento. Entender o que você está tocando é fundamental para saber como se deve tocar. Sempre vai haver momentos de simplicidade, mas também haverá momentos onde o conhecimento e a técnica mais elaborada el aborada farão toda a diferença.
Prática de Bada / Grupo Bom, e como funciona esse negócio de Prática de Banda? Prática de Banda é o conjunto de técnicas, métodos e melhores práticas práticas para se tocar de forma harmoniosa em conjunto. A complexidade desses métodos depende muito do estilo musical, formação da banda e conhecimento musical dos membros da banda. Mas independente disso, há algo que é comum a todos os tipos de banda. É necessário entendimento sobre: 1 – – Música Música 2 – – Seu Seu papel na Música
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E o que fazer para entender esses 2 pontos? Simples: ouvindo muita música e estudando. Ouça muita música! Quando falo isso nas igrejas sempre tem gente que questiona: “Ah, mas eu tenho que ouvir Rock / Pagode / Sertanejo / (qualquer outro estilo estilo musical que você não goste)?” A resposta resposta é “SIM”. Lembra que eu falei que música é como um idioma? Quanto mais vocabulário, melhor você se comunica. Ouvir música amplia esse seu vocabulário. Você não precisa gostar de todos os estilos musicais. Eu mesmo não gosto de alguns. Mas eu preciso pelo menos entender o que diferencia um do outro. Você não precisa ouvir muito, virar especialista no estilo. Você também não precisa sair tocando por aí. Mas o fato é que cada estilo musical tem características próprias que podem ser úteis na hora de você tocar seu instrumento. Por exemplo, se você toca acordeom, deve saber que, via de regra, este instrumento não combina muito com uma música no estilo pop rock. O contrário também é verdadeiro: uma guitarra com distorção não vai soar muito bem numa música estilo guarânia ou meio estilo bolero. Esses estilos são mais adequados ao acordeom. Só que você só consegue saber isso ouvindo tanto pop rock quanto guarânia / bolero. Aí sempre tem que diga: “ Ah, “ Ah, mas eu nunc nunca a vou ttocar ocar acordeom / guitarra / bandolim / (qualquer outro instrumento que você não goste)...” goste)...” Tudo bem, então não ouça o estilo musical próprio desses instrumentos. No entanto, saiba que não é porque um instrumento é próprio de um estilo que ele não possa ser usado em outro. Eu dei o exemplo do acordeom porque é um instrumento menos comum atualmente nas igrejas. Mas se você pesquisar um pouco é possível encontrar gente tocando jazz, pop, rock, etc. com um acordeom. Só que nesses casos, o músico conhece jazz, pop, rock, etc. e adaptou seu instrumento ao estilo musical. Guitarra é outro bom exemplo. É um instrumento muito popular hoje, usado em praticamente qualquer estilo musical. Sabendo adaptar a sonoridade e a técnica ao estilo musical, fica muito bom.
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No fim, o que quero dizer com isso é que há instrumentos que são mais indicados para alguns estilos musicais. Porém isso não é uma lei, e se você souber adaptar seu som ao estilo, é possível tocar quase qualquer coisa em qualquer estilo. Essa percepção mais aguçada de onde e como cada instrumento brilha mais, vem de ouvir música. Éo vital você conhecer o papel do seu na música. Saiba o que ele faz e também que ele não faz (principalmente o próprio que ele instrumento não faz). Sobre música secular (ou “música do mundo”) Esse tema é bem controverso. Não quero gastar muito tempo falando sobre isso, mas como anteriormente falei sobre ouvir muita música, sobre pagode e sertanejo, etc., tenho certeza que alguns leitores ficarão incomodados. Calma! Eu acredito que podemos desenvolver nossa musicalidade muito bem apenas ouvindo músicas cristãs. Há bons grupos, bandas e cantores cristãos em todos os estilos musicais. Há músicos fantásticos em todos os instrumentos. Há pessoas que acham que alguns estilos musicais não servem para o louvor. Como eu mencionei anteriormente, eu não gosto de todos os estilos de música, mas dizer que não são adequados para o louvor seria um pouco de presunção da minha parte, como se eu fosse conhecedor pleno daquilo que agrada a Deus. Goste você ou não, todo estilo musical pode ser usado para dar glória a Deus. Talvez você não concorde comigo, e tudo bem em relação a isso. Não há na bíblia nenhuma menção explícita sobre um ritmo ou estilo musical adequado para o louvor. Não há sequer menção às notas musicais. A música só foi introduzida no culto na época de Davi. Se formos usar a Bíblia pra decidir o estilo de música a ser tocado na igreja ficaremos com uma lacuna. O que de fato vale é a intenção da música e a letra. Não existe melodia cristã, existe letra cristã. Se você simplesmente ouvir uma melodia (bonita ou não), dificilmente conseguirá saber se é uma melodia cristã ou não. Só depois que você tiver a letra dessa música é que será possível identificar do que a música trata. Porém cada um faça o que sentir ser adequado. Eu particularmente procuro só ouvir música cristã, e creio que há referências muito boas para nos inspirarmos no meio evangélico. O que importa no fim é você se sentir bem e em paz com Deus.
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Principais aplicações dos Instrumentos Instrumentos Não vou falar sobre todos os instrumentos i nstrumentos,, até porque existem muitos. Mas gostaria de dar minha opinião sobre como alguns instrumentos devem se comportar no contexto do grupo, afim de se obter uma experiência mais harmoniosa. Regra Geral: MENOS É MAIS! Independentemente do instrumento que você toca, procure tocar menos na maioria das vezes. Em 90% das ocasiões, o que você vai querer é dar foco para a letra e melodia da música. Se você ficar tocando demais, fazendo solos, improvisos, acordes complexos, etc. etc., o foco vai vir para você. E isso normalmente não é bom. O silêncio faz parte da música música.. Não se esqueça disso, por favor. Mesmo que você seja um excelente instrumentista, com muito conhecimento e técnica, lembrese que o foco não é você. O foco é o grupo, a mensagem da música, a adoração a Deus. Repito: você não está tocando para conseguir destaque. Você está tocando para que Deus seja louvado. Via de regra, se houver alguma menção honrosa sobre a parte musical, musi cal, ela deve ser para o grupo e não para um músico apenas. Esse deve ser seu mantra de agora em diante: Menos é Mais, Menos Menos é Mais, Menos é Mais... Se você tem dúvidas disso, faça o que eu falei anteriormente: ouça música. Você verá que os músicos, via de regra, tocam simples. E o mesmo vale se você é arranjador. Por favor, não escreva arranjos que os músicos da sua igreja não vão conseguir executar. Se o povo tem baixo conhecimento / técnica, não adianta escrever uma sinfonia complexa. Um arranjo simples e bem executado provavelmente ficará mais bonito do que um arranjo complexo, porém mal executado.
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Sobre Improvisação – Todos os Instrumentos Antes de especificamente sobre os instrumentos, quero falar sobre improviso, que abrange todos os instrumentos. Improvisar é ofazer ápicee da vidanão do músico, naele. minha opinião. É quando você domina seu instrumento e sabe o que o que fazer com Lembra daquela história de que música é um idioma? Pois então, o improviso é quando você tem fluência neste idioma. Se você já fez aula de algum idioma sem ser o seu idioma mãe (portugûes, no caso dos brasileiros), você deve entender bem o que estou falando. No início você sabe só algumas frases, e você meio que adapta as frases que você já sabe ao contexto em que você está inserido. Na é igual. Depois O estudante umaessa frase, umnuma trechooutra legalmúsica em uma música efazendo aí “tira”as o solomúsica e/ou aisso harmonia. ele vaiouve e aplica frase qualquer, adaptações necessárias. Isso é perfeitamente comum e, na minha opinião, é até o mais indicado no início (se for bem feito, obviamente). Isso porque se a frase é bonita, provavelmente é porque quem a escreveu sabia o que estava fazendo, e, ao copiar essa frase, você estará reproduzindo algo que foi bem escrito. O problema é que alguns músicos músi cos aprendem só mei meiaa dúzia de frases e depois acham que já podem sair inventando coisas por aí sem ao menos entender de fato o que ele aprendeu quando “tirou” as frases legais. Éque como muitossair brasileiros que aprendem de o palavras emexiste. espanhol e depois achama já podem por aí falando o tal domeia “po rdúzia “por tunhol”, que não Se você perguntar alguém que é espanhol de verdade (ou que é de um país cujo idioma oficial é o espanhol), é possível que esse nosso “improvisation” chegue a ser cômico, trágico e até ofensivo. Para finalizar essa explicação, lembre-se: “Não fica de brinqueichon br inqueichon na improvisation” Brincadeiras a parte, existem livros inteiros sobre improvisação, mas fique com o seguinte recado: Não tente improvisar falando um idioma que você não conhece direito. Só improvise com as frases que você conhece e busque aumentar seu repertório de frases estudando, praticando e ouvindo música de qualidade. E não se esqueça: Menos é Mais! Pra falar bonito você não precisa falar difícil. difíci l.
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Piano O Piano é um instrumento extremamente versátil. Acredito que ele se encaixe em praticamente qualquer estilo musical. No entanto há alguns cuidados que os pianistas devem tomar: Existem igre jas que são “viciadas” no piano. Se não tiver um piano tocando não dá para iniciar o louvor. Só o piano inicia as introduções. i ntroduções. Só o piano faz os solos. O piano faz o baixo, a harmonia, a melodia, e, se bobear, faz o ritmo. Até é possível fazer tudo isso, mas não deveria ser assim. Salvo em ocasiões onde o Piano é o solista, o pianista deve tocar na região média aguda do teclado. Não adianta o pianista querer fazer baixos profundos com notas da primeira e segunda oitava. Tocando sozinho, pode até soar bem, mas em conjunto embola com o contrabaixo. A função do Piano também não é preencher a harmonia com acordes cheios. Por exemplo, o pianista não deve querer fazer um acorde com 8-10 8 -10 dedos. Não há necessidade e provavelmente vai sujar muito o som. Isso não quer dizer que o piano não deve construir acordes sofisticados, na verdade o piano é o instrumento com mais possibilidades de sofisticação de acordes, já que você pode tocar muitas notas simultaneamente. Só tome cuidade para embolar com os outros instrumentos e sujar o som. E por fim, o pianista, no contexto de uma banda, deve focar muito mais na mão direita (área aguda) do que na esquerda (área médio-grave). O que se espera é que se use a mão esquerda para montar o acorde e a direita para fazer os arranjos. Atualmente, no contexto da música cristã não clássica, o piano não costuma ter muito destaque. As inserções são pontuais e simplistas, o que não quer dizer que não tenha importância e beleza. Se você é pianista, sempre que for ouvir música, preste atenção no que o piano faz e principalmente o que ele não faz. faz.
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Teclado / Sintetizado Sintetizadores res O Teclado e o Piano muitas vezes se confundem, mas estamos falando aqui da parte mais eletrônica do Teclado. Eu sei que todo Teclado tem som de Piano, Piano Elétrico, Rhodes, etc. Nesses casos se aplica tudo que falei anteriormente sobre o Piano. Hoje, o principal papel do Teclado é fazer um fundo musical para o resto dos instrumentos. Normalmente se usam os sons de “Pads”. Não sei se você sabe, mas uma das traduções da palavra “Pad” é “Pad” é Almofada. E é exatamente isso que você deve fazer quando tocar teclado. No jargão popular, a gente fala em “fazer a cama” para os outros. Isso quer dizer que o teclado vai dar a base harmônica para a melodia e arranjos. Então, quando você estiver usando Pads, faça acordes e só. E evite usar muitos dedos, pois isso vai fazer o som ficar carregado demais. Além dos pads, os teclados também podem fazer solos com alguns sons sintetizados e também podem usar os timbres de Órgão, tanto para momentos mais reflexivos quanto para momentos mais agitados. Nos estilos mais pop rock o som do órgão é muito bemvindo. Mas lembre-se do que falei anteriormente: é preciso saber adaptar o som do instrumento ao estilo musical. Não queira tocar órgão clássico num pop rock e vice-versa, vai ficar muito feio. Também há casos onde o tecladista usa sons de Strings (cordas) para enriquecer a música. Sem problemas, há excelentes simulações. No entanto, para você não sujar o som, você precisa saber o que uma orquestra de cordas faz. Enfim, ouça música e preste atenção no que os tecladistas fazem.
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Contrabaixo O Contrabaixo (ou Baixo) é um instrumento muito importante no contexto de uma banda. Isso porque, em geral, o Baixo toca a Tônica do acorde no primeiro tempo do compasso. Isso, por si só, já costuma ser suficiente para você fazer a melodia. Um bom baixista conhece muito bem a formação de acordes e sabe como usar as notas de cada acorde adequadamente, seja tocando a Tônica ou fazendo as inversões dos acordes, de acordo com as funções harmônicas. Um cuidado que os baixistas precisam ter é para não confundirem o Baixo com um instrumento de solo, como a guitarra. Esse erro é muito comum no instrumentista que está transitando entre a Fase 2 e a Fase 3. O baixista sai do que é o básico e começa a querer encher a música de notas e “slaps” e, e, em alguns casos, até fazer acordes completos (não aperjos), como se fosse um violão. Essa não é a função do Baixo! Se você quer solar, troque o baixo pela guitarra e estude pra não sujar o som. Isso não quer dizer que não seja possível incrementar um pouco as coisas. Há grupos musicais com baixistas muito bons, que conseguem cumprir a função do baixo (dar o “chão” para a harmonia) e ainda fazer frases (os chamados “riffs”) que são bem contagiantes. Mas cuidado! Esses incrementos não podem sobrepor a função principal do instrumento e precisam ser bem executados. Outra característica de um bom baixista é que ele consegue acompanhar o bumbo da bateria. Isso dá peso às notas e reforça ainda mais a base. Dizem que um bom baixista consegue fazer a audiência “dançar”. De certa forma isso é verdade, pois como o baixo marca os tempos fortes da música e faz o que chamamos de “groove” (ritmo), é normal ver as pessoas pelo menos balançando a cabeça com uma música com um bom baixo. Se você seguir meu conselho e começar a ouvir música com um ouvido mais crítico, provavelmente você vai ver que em muitos momentos só se ouve o baixo e a bateria. Então se você é baixista, fique feliz e satisfeito por fazer um trabalho tão importante.
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Bateria A função da bateria é dar ritmo ri tmo e manter o grupo dentro de um andamento. Para isso, o baterista precisa conhecer os diversos estilos musicais e ter uma boa noção de tempo. Normalmente para por todo músico, nadesenvolver verdade). essa habilidade usa-se um metrônomo (o que deveria ser feito Existem várias técnicas de bateria, viradas complexas, contratempos contratempos e coisas do tipo, mas via de regra, tocar o básico costuma ser o melhor. Mais uma vez, se não acredita em mim, ouça música e preste atenção. Lembre-se amigo baterista: Menos é Mais. Como baterista seu objetivo deve ser manter todo mundo no ritmo certo. Se você sai “quebrando o tempo”, fazendo viradas, batendo loucamente nos pratos, é muito provável que ao invés de ajudar, você atrapalhe. Além de manter o povo no ritmo, cuide para que o andamento (velocidade) não fique nem rápido nem lento demais. Músicas mais solenes, tristes, reflexivas costumam ser mais lentas e músicas alegres, animadas costumam ser mais rápidas. No entanto, cuidado com a dose de animação ou de solenidade. A velocidade tem que ser condizente com a letra e também precisa ficar confortável para quem for cantar e tocar. Um bom baterista sabe a hora certa de crescer e diminuir a música, e consegue guiar o resto do grupo nesse sentido. Há outro ponto sensível para os bateristas, que é a questão do volume. Esse é um ponto controverso. Há igrejas que não gostam de som alto, mas a bateria, para obter o som correto dos pratos, caixa e tomtons, precisa ser tocada com uma certa intensidade. É por isso que é muito comum os bateristas ficarem dentro de “aquários” de acrílico. Assim eles podem tocar com a intensidade certa sem incomodar na questão do volume. É importante também cuidar com as variações de volume no decorrer da música. Aumentar o andamento não significa necessariamente que você deve aumentar o volume. Isso vale para todos os instrumentos, inclusive.
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Violão Grande parte dos músicos começa a vida musical tocando violão. E de fato é um instrumento muito bom para começar, pois te dá oportunidade de estudar harmonia, melodia e ritmo em um único instrumento. Muitos iniciantes começam os estudos em um violão com cordas de nylon. E até aí não há nenhum problema. De fato, o nylon é mais macio, machuca menos os dedos e é mais fácil de tirar som. No entanto, o violão com cordas de nylon não é o mais recomendado para tocar em banda. Isso porque o principal papel do violão na maioria das formações de banda é ajudar na parte rítmica/harmônica, e nisso o violão com cordas de aço é muito melhor. Se você não concorda comigo, mais uma vez te convido a ouvir música e prestar atenção no que você está ouvindo. ouvindo. Eu diria que pelo menos 95% das ba bandas ndas usam violões de aço nas composições. O violão com cordas de nylon é excelente para alguns estilos de solo e dedilhado. Música flamenca, bossa nova, bolero e outros ritmos mais latinos fazem bom uso dele. Porém, os violões com cordas de aço tendem a ser muito mais versáteis. Bem regulados e equalizados, fazem praticamente tudo que eu violão com corda de nylon faz e ainda são muito bons para a parte rítmica. Uma dica que eu te dou, caso você toque violão, é que você desenvolva a sensibilidade da força que você deve aplicar sobre as cordas com a mão direita. Vejo muita gente que não consegue tirar um som bom do instrumento porque aplica força demais, tem a mão muito pesada. O volume do violão tem um limite, e não adianta espancar o coitado para fazer sair mais som. Nesse caso, use um violão com captação elétrica. Se houver mais de um violão tocando na banda, é importante combinar o que cada um fará. Se os dois vão tocar os mesmos acordes, na mesma oitava, então o correto é os dois tentarem fazer o mesmo ritmo. Isso é importante para não deixar o som sujo. Por fim, na maioria dos casos, o violão não é um instrumento que aparece muito. Quanto mais instrumentos há numa banda, menos o violão tende a aparecer. Não se chateie com isso e nem tente compensar aumentando o volume. Para amenizar um pouco esse ponto, você pode usar um capotraste para tocar em regiões mais agudas do violão e assim tocar numa frequência um pouco diferente dos demais instrumentos instrumentos.. A função do violão não é ter destaque, e sim dar apoio rítmico e harmônico. Ouça música com atenção e veja o que o violão faz.
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Guitarra Muitos guitarristas (acredito que a maioria) começam tocando violão e depois migram para a guitarra. Essa transição é bem natural, já que o violão e a guitarra são muito semelhantes. Ambos Am bos têm a mesma afinação, a mesma distribuição das notas, tamanhos parecidos, etc. No entanto são instrumentos com propósitos e técnicas diferentes. Não é raro ver alguém tocando uma guitarra como se fosse um violão. Não necessariamente isso é um problema, porém, sem os devidos cuidados isso pode soar muito ruim. A guitarra atualmente é um dos instrumentos mais usados no cenário da música cristã. Na verdade, da música como um todo. É raro você ver uma banda sem uma guitarra. E a maioria das bandas tem pelo menos duas. É um instrumento muito versátil e nas mãos certas faz muita diferença no grupo. Ainda assim, em algumas igrejas do Brasil, a guitarra é um instrumento que sofre preconceito. Por muito tempo a guitarra era usada em bandas de Rock, e esse estilo e stilo de música era quase que proibido nas igrejas. Mas não é só por isso que há preconceito. Boa parte da culpa, atualmente é dos próprios guitarristas. Como eu mencionei, muitos guitarristas vêm do violão, e a transição para a guitarra costuma acontecer acontec er entre a Fase 2 e a Fase 3. A pessoa aprendeu o “basicão” no violão e quando q uando começa a tocar guitarra descobre que precisa estudar escalas. Aí começa a desenvolver velocidade, técnicas e tudo mais. Aí compara uma pedaleira cheia de efeitos, põe distorção em tudo que toca, fica sujando o som, tocando sem parar, e aí já era...a coitada da guitarra vira a vilã da história. Se você é guitarrista já deve ter visto algo assim. Felizmente, com a popularização de grupos que tocam o estilo que hoje é conhecido como Praise & Worship, onde a guitarra tem um papel importante, esse preconceito diminuiu muito. Nesse estilo, o Hillsong talvez seja o grupo mais conhecido mundialmente, caso você precise de uma referência. No fim, gostaria que você entendesse que: 1 – – A A guitarra é 90% instrumento de base 10% instrumento de solo. Assim como a maioria dos instrumentos, você não precisa ficar tocando o tempo todo. E quando chegar sua vez de tocar, em geral você fará base (acordes e ritmo). Solos são pontuais e exigem treino e técnica. 2 – – A A guitarra tem muitas técnicas que precisam ser aprendidas e aperfeiçoadas. Então não basta saber escalas e acordes. Você precisa desenvolver essas técnicas para sua “pegada pegada”” ficar legal.
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3 – – A A guitarra não precisa de dezenas de efeitos para soar bem. Efeitos são só para destacar / realçar algumas características do som. Dizemos que os efeitos servem para “molhar” o som, para não ficar muito seco. Há momentos que os efeitos são importantes e dão um “tchan”, mas muitas vezes você precisa só de um reverb, delay ou um chorus (e olhe lá). As vêmnão comsedezenas efeitos diferentes, sendo que a maioria é inútil ou pouquíssimo útil.pedaleiras Cuidado para empolgar. Ouça música para ver o que normalmente os músicos profissionais usam. 4 – – Distorção Distorção faz parte do som da guitarra. Faz parte da técnica e da característica do instrumento, então você pode usar distorção no som. No entanto, você precisa entender quando e como usar distorção. E para isso só tem um jeito: ouvindo música. Se na sua banda há duas guitarras, todos esses cuidados devem ser dobrados, e é necessário muito entrosamento entre os guitarristas para não sujar o som. Mas treinando e ensaiando bastante o resultado normalmente é muito positivo. Por fim, mais uma vez, ouça música. Há inúmeros exemplos de boa música usando guitarra. Seja música limpa, música pesada, não importa. O importante é você saber usar seu instrumento adequadamente no contexto que você está inserido.
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Demais Instrumentos Sei que há muitos outros instrumentos nas bandas por aí, mas seria difícil falar sobre todos. Nas formações que incluem instrumentos de sopros (naipes) e cordas (orquestras) há muita complexidade envolvida no som. Mas a regra geral é que não deve haver improviso, salvo se o improviso estiver previsto no arranjo que foi escrito. Nos casos onde só temos 1 instrumentista de cada instrumento, vou só dar alguns “pitacos pitacos”” rápidos sobre os que vejo mais frequentemente: Violinos
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Eu amo violinos. Já estudei violino por mais de um ano, por isso sei como é difícil tocar e sei como é bonito um violino bem tocado, com técnica correta. E também sei o quão terrível é um violino mal tocado. Por isso peço o seguinte: amigos violinistas, por favor, toquem afinado e não toquem o tempo todo. Acima de tudo, toquem afinado. Se você só consegue afinar na primeira posição, não tente tocar na segunda, terceira, etc. Saxofones
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Caprichem na embocadura para tirar o som real do instrumento. Muitos instrumentistas se contentam em apenas tirar qualquer som. Eu sei que a boquilha influencia o timbre, mas a embocadura é o mais importante. Sax precisa ter som de sax. Já vi gente tocando saxofones de mais de 10 mil reais tirando som de flauta, som de trompete, som de trombone, som de buzina, etc. Se você tem dúvida se seu timbre está bom, ouça música. Aí compare seu som com o som que você ouve nas músicas. Outro ponto é que nem toda introdução / solo é para o sax. Não sejam “fominhas” :D :D Flautas
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Flautas são lindas, mas também têm uma embocadura difícil. Então pratique. Principalmente para tocar na terceira oitava da flauta. Se sua embocadura estiver boa, você não precisará fazer tanta força para tocar notas agudas e aí o timbre fica suave, redondo. Caso contrário, o som sai estridente e não é muito agradável.
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Vozes
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Muita gente não considera os cantores das igrejas como músicos, mas a voz é um instrumento muito poderoso. E os cantores muitas vezes também não se consideram músicos, e por isso acabam achando que não precisam estudar escalas, acordes, harmonias, etc. Esse talvez seja um dos maiores preconceitos que vejo por aí. Se você, além de tocar um instrumento, canta no seu grupo, por favor, treine sua voz assim como você treina seu instrumento. Voz tem timbre, afinação, técnica, entonação, etc. Não Nã o despreze esses aspectos. Fora isso, há um ponto que gostaria de mencionar: Nem tudo precisa ser solo, e nem tudo precisa ser coral. Minha preocupação em relação à voz é que é ela que transmite a mensagem da música. A música em si pode até trazer alguma emoção, algum sentimento, porém é a letra que carrega a mensagem. Quando estudamos o processo de comunicação, há sempre 2 atores principais: - O Emissor, que é aquele que envia a mensagem - O Receptor, que é quem recebeu a mensagem. Só consideramos que a comunicação de fato ocorreu se o Receptor teve entendimento exato do que o Emissor quis dizer. Qualquer coisa di diferente ferente disso é não comunicação. As vezes o Receptor até recebeu a mensagem, mas não compreendeu exatamente o que ela queria dizer, ou interpretou de forma incorreta o sentido da comunicação. Esse processo de comunicação é o que acontece quando cantamos. Queremos que os ouvintes recebam e entendam perfeitamente nossa mensagem. Se o cantor, por exemplo, encher a melodia de “firulas”, mel ismas, técnicas avançadas e tudo mais, e o ouvinte não entender a letra, tudo foi em vão. No fim, o ouvinte ouviu um show, uma apresentação musical. Quando é um coral que canta, a mesma ideia se aplica. Se houver 4-5 vozes diferentes, um arranjo cheio de contrapontos, melodias sobrepostas e tudo mais, é muito provável que o ouvinte não entenda nada do que está sendo cantado. Aí caímos no mesmo problema: tudo não passou de uma apresentação musical, que pode
até ter sido linda, tocante, emocionante, mas que não transmitiu a verdadeira mensagem. Teoria Musical – Harmonia e Louvor – Luciano Iwanaga Pacheco - versão 1.1
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No fim, se uma música tem uma letra de louvor, de exaltação a Deus, de salvação, essa letra carrega uma mensagem que precisa ser entendida por quem ouve. Portanto, todos que cantam e que escrevem arranjos vocais devem ter um cuidado redobrado. Sejam críticos e se perguntem: a mensagem será entendida? Para finalizar este capítulo, quero reforçar que tudo que está escrito aqui é para que as coisas funcionem bem no grupo. Deus merece nosso melhor, e nem sempre o nosso melhor quer dizer tocar muito, ou tocar difícil ou tocar rápido. Se cada músico do grupo tiver um bom nível de conhecimento teórico e técnico, e aliar a isso a consciência de grupo e a importância de comunicar a mensagem do louvor, acredito que aí estaremos oferecendo o melhor a Deus. Há ainda muitos outros temas sobre música que não foram abordados nessa versão do livro. Se esforce, se dediquem e se aperfeiçoem para que Deus possa usá-los grandemente em suas mãos.
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Palavras Finais Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. et ernamente. Amém. Romanos 11:36
Tudo que eu escrevi neste livro poderia ser resumido no versículo que está acima. Eu fiz o possível para que o conhecimento que Deus me permitiu adquirir fosse transmitido a você de forma simples, fácil e direta. E tudo isso só tem um único objetivo: Engradecer o nome de Deus e dar a Ele toda glória que é possível. Lembre-se que não é sobre você, sobre seu talento, sua técnica, sua capacidade de compor e executar arranjos lindos. É sobre Deus e mensagem Dele. É para Ele que tocamos e cantamos. Em primeiro lugar precisamos compreender e viver isso. Deus, sem dúvidas, vê e se agrada do nosso empenho em fazer algo bonito. Mas tenho certeza que Deus se agrada mais quando, além de nos preocuparmos em oferecer algo bonito, focamos em transmitir a mensagem de salvação e edificação. Eu espero que com o que você aprendeu, seja muito ou seja pouco, sirva para que você, de alguma forma, dê glórias a Deus. Afinal, é só para isso que estamos aqui. Que o louvor seja aperfeiçoado na sua vida, na sua igreja, na sua comunidade. Que você seja um portador da mensagem viva da salvação em Cristo Jesus. Que a música possa ser um instrumento valioso nas suas mãos para realização dos propósitos de Deus. Glorificado seja o Senhor, pois nos deu a oportunidade e o privilégio de louvá-lo e engrander seu santo nome! Deus te abençoe! ****
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