DVD o Sentido Da Fé PDF

December 9, 2022 | Author: Anonymous | Category: N/A
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 APRESE  APRE SENT NTA AÇÃO O

lá! Que bom ter você como aluno da Escola Bíblica da Rede Novo Tempo de Comunicação! Este guia que você tem em mãos aborda assuntos fundamentais do cristianismo. Foi preparado para que as pessoas mais questionadoras possam entender a razão da Fé cristã. Você descobrirá os motivos pelos quais pode crer na existência de Deus, entenderá sobre a antropologia bíblica, descobrirá a razão pela qual pode crer na Bíblia e se aprofundará nos principais assuntos do Texto Sagrado. Esse material vai fortalecer a sua Fé e. ajudar àqueles que precisam desenvolvê-la. desenvolvê-la Boa leitura!

Arilton Oliveira Gerente da Escola Bíblia

DIREITOS DE PUBLICAÇÃO RESERRVADOS À REDE NOVO TEMPO DE COMUNICAÇÃO Rodovia SP 66 – Km 86 Caixa Postal 7 CEP: 12.300-970 / Jacareí, SP Tel: (12) 2127-3121 Email: [email protected] Site: bíblia.com.b bíblia.com.brr   DIRETOR GERAL: Antonio Oliveira Tostes DIRETOR FINANCEIRO: Josias Souza da Silva  AUTOR: Felippe de Amorim Ferreira DESIGN GRÁFICO: Léo Fontes CAPA: Vasjan Leno IMAGEM DA CAPA: ShutterStock TIPOLOGIA: Signika, UniSans IMAGENS: ShutterStock

 

SUMÁRIO CAPÍTULO 0  011 - FÉ NA EXISTÊNCIA DE DEUS ............................................................................... PÁGINA 0  04 4 CAPÍTULO 0  02 2 - O QUE É FÉ? ............... .............................. ............................... ............................... ............................... ............................... .............................. ....................... ........ PÁGINA PÁGINA 0  08 8 CAPÍTULO 0  03 3 - COMO SABER SE TENHO FÉ? ........................................................................... PÁGINA 13 CAPÍTULO 0 BÍBLIA LIA ............... .............................. .............................. ............................... ............................... ............................... ............................... ...................... ....... PÁGINA 15  04 4 - FÉ NA BÍB CAPÍTULO 0  05 5 - A FÉ E A ANTROPOLOGIA BÍBLICA ................................................................. PÁGINA 19 CAPÍTULO 0  06 6 - FÉ FÉ E A COSMOVI COS MOVISÃO SÃO CRISTÃ C RISTÃ ............................ ............................................ ............................... .............................. ................... PÁGINA 2  22 2 CAPÍTULO 0 PÓS-MODERNID RNIDADE ADE .............. .............................. ............................... .............................. ............................... ................... ... PÁGINA 2  07 7 - FÉ E A PÓS-MODE  26 6 CAPÍTULO 0  08 8 - FÉ E A CRI CRIAÇÃO AÇÃO .............. ............................. ............................... ............................... ............................... ............................... .............................. ................. PÁGINA 3  30 0 CAPÍTULO 0  09 9 - FÉ F É E O PECAD PECADO O .............. ............................. .............................. ............................... ............................... ............................... ............................... ................. PÁGINA 3  34 4 CAPÍTULO 10 - FÉ, GRAÇA E OBEDIÊ OB EDIÊNCI NCIA A ............................ ........................................... ............................... ............................... .......................... ........... PÁGINA 3  38 8 CAPÍTULO 11 - FÉ E A MORTE .............. ............................. ............................... ............................... .............................. ............................... ............................... ....................... ........ PÁGINA PÁGINA 4  42 2 CAPÍTULO 12 - FÉ NO CRIS CRISTO TO ............... .............................. .............................. ............................... ............................... ............................... ............................... .................... ..... PÁGINA PÁGIN A 4  45 5 CAPÍTULO 13 - FÉ E O JULGAMENTO FINAL ............................................................................... PÁGINA 4  49 9 CAPÍTULO 14 - FÉ E A RESTAURAÇÃO DA CRIAÇÃO CRI AÇÃO ........................................ ........................................................ ...................... ...... PÁGINA 52 CAPÍTULO 15 - A DECI DECISÃO SÃO DA FÉ F É .............. ............................. ............................... ............................... ............................... ............................... ............................. .............. PÁGINA 56

 

CAPÍTULO: 01

FÉ NA EXISTÊNCIA  DE DEUS É comum, nos espaços acadêmicos seculares, ouvirmos pessoas argumentando contra a existência de Deus. Alguns, inclusive, querem impor a ideia de que é mais “intelectual” descrer da existência do Senhor. O ateísmo cresceu muito desde o século XVIII quando explodiram as teorias iluministas. Com o surgimento do evolucionismo no século XIX o sentimento “anti-Deus” se tornou cada vez mais forte.

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os últimos anos temos escutado com cada vez maior frequência versões diversas da teoria da evolução. A indústria cinematográfica sempre reforça estas teorias lançando algum produto que faz apologia a estas ideias e, até alguns que se di-

Em seu livro “Princípia” escreveu: “este maravilhoso sistema composto pelo sol, planetas e cometas só poderia ter surgido a partir do conselho e domínio de um ser poderoso e inteligente”. Newton escreveu sobre religião tanto quanto escreveu sobre ciência. Em sua biblio-

zem cristãos estão aderindo a uma versão do evolucionismo chamada de “evolucionismo-teísta”. Há uma intencional tendência de ligar os cientistas ao ateísmo, e alguns chegam a afirmar que a ciência e a religião são incompatíveis.

grafia estão livros sobre as profecias de Daniel e Apocalipse, por exemplo.

Antes de avançarmos, é útil que pensemos um pouco sobre esta dita ciência. Não todos, mas uma boa parte dos cientistas são bastante incoerentes. Uma das premissas mais defendidas por eles é a característica da ciência de discutir diversas hipóteses e especulações. Porém quando chega a hora de considerarem a possi-

Outro pai da ciência que se mostrou crente em Deus foi Johannes Kepler (1571-1630). Enquanto demonstrava os movimentos dos planetas em torno do sol em padrão oval e não circular, também estudava a respeito do Deus criador, a ponto de dizer que queria encontrar na natureza “harmonias matemáticas da mente do criador”. Podemos citar ainda Blaise Pascal (1623-

bilidade da nesta existência de Deus, eles não tem entrar discussão, ou seja, não admihá na ciência secular esta universalidade de possibilidade de discussão que eles tanto apresentam.

1662) que lançou as bases da teoria probabilidade matemática. Ele dizia que “oda curso de todas as coisas deve ter como objetivo o estabelecimento e a grandeza da religião”.

Um pensador ateu chamado D. Barker falou a seguinte frase: “Sou ateu porque não há evidência para a existência de Deus. Isso deve ser tudo que se precisa dizer sobre isso: sem evidência, sem crença”. Será que ele estava certo? Realmente não existem evidências da existência de Deus?

  Mas não são apenas os cientistas de séculos longínquos que tinham esta crença. Uma pesquisa realizada em 1996 nos EUA envolvendo mil pessoas do dicionário Biográfico “American Men and Women of Science”, constatou um dado interessante. 40% dos cientistas pesquisados afirmaram: “Eu creio em um Deus que se comunica com a humanidade de maneira

NEM TODOS OS CIENTISTAS SÃO ATEUS

intelectual e afetiva, ou seja, um de Deus a quem podemos orar com a expectativa obter uma resposta. Por “resposta” quero dizer mais do que o efeito psicológico e subjetivo da oração ”. É um número bastante expressivo e que nos mostra que no meio científico também há espaço para a fé em Deus.

Um primeiro ponto importante é sabermos que nem todos os cientistas são ateus. Muitos estudiosos do passado e do presente creem em Deus. Os pais da ciência, por exemplo, criam em Deus como muitos cristãos de hoje. Isaac Newton, o grande estudioso da lei da gravidade era um cristão fervoroso. Além de suas influentes “Leis da física” que são a base da engenharia moderna, ele também escreveu sobre religião.

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EVIDÊNCIAS NA NATUREZA Nossa crença em Deus não está totalmente baseada em uma fé cega. Quando olhamos para a natureza, facilmente podemos perceber as evidências de um criador que a projetou. Listarei

Sem dúvida, nestes exemplos da natureza há uma precisão impressionante e fica difícil crer que tudo isso aconteceu como obra do acaso. É tão difícil quanto crer que da explosão de uma fábrica de papel surgiu uma linda biblioteca com muitos volumes organizados por assunto e

apenas alguns exemplos:

por tamanho.

1. Estrelas: O Físico Freeman Dyson afirma que se a distância entre as estrelas fosse dez vezes menor, haveria a forte probabilidade delas se aproximarem do nosso sistema solar e atrapalhar as órbitas dos planetas.

A FORÇA DO CRIADOR

2. Matéria: Se a massa do próton fosse diferente em apenas uma parte em mil, não haveria átomos ou elementos e consequentemente não haveria nada. 3. Sol: Se o sol estivesse apenas 5% mais próximo ou 1% mais distante da terra, isso eliminaria toda a vida do nosso planeta. 4. Força nuclear forte: Se essa força fosse 2% mais forte, nós não teríamos hidrogênio e, consequentemente, nem sol, nem água, nem vida. Se fosse 5% mais fraca, teríamos apenas hidrogênio e nada mais. 5. O nível de Dióxido de Carbono (CO2): Se o nível fosse maior do que o atual, teríamos um efeito estufa que queimaria a todos. Se fosse menor as plantas não conseguiriam fazer a fotossíntese. 6. Gravidade: Se fosse alterada em 10-37 % (0,00000000000000000000000000000000000 001 %), o sol não existiria. 7. Nunca nenhum cientista conseguiu dar vida a nada. Já deveriam ter concluído que vida somente pode ser dada por Deus.

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Alguns olham para estas evidências e tentam atribuí-las ao acaso. É certo que, no final, tudo é uma questão de escolha. Alguns escolhem não crer em Deus. Mas, com um mínimo de sensibilidade espiritual, ligaremos todas estas características da natureza a Gênesis. 1:131. Lá encontramos a descrição de como todas as coisas se formaram e de como nosso Senhor teve carinho em criar todas as condições para nosso conforto. Neste trecho das escrituras podemos perceber que através de Sua palavra Deus criou tudo. Apenas um “disse Deus” foi suficiente para que tudo se formasse. Não temos por que não crer na existência desse Deus tão t ão poderoso. Mas, o relato da criação contém outra mensagem embutida. Deus criou tudo através de Sua palavra e esta palavra que criou, ainda tem poder de criar e recriar. Em hebreus lemos: Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do queatéqualquer gumes, e penetra a divisãoespada de almadee dois espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus 4:12). Esta é uma das maiores evidências da existência de Deus e do poder de sua palavra: a capacidade que a palavra de Deus tem de transformar vidas. Quantos bêbados se tornaram

 

homens sóbrios e responsáveis. Quantas vidas dominadas pelas drogas foram libertas. Várias famílias desfeitas foram restauradas, muitas vidas infelizes e vazias foram preenchidas com a felicidade vinda do céu. Tenhamais totalcerteza certezaainda da existência de Deus e tenha que Ele ama você e através de sua palavra quer te dar felicidade eterna. Apenas creia!

  1 Idem   2 Não Tenho fé suficiente para ser ateu. Ed. Vida Nova

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CAPÍTULO: 02

O QUE É FÉ?

“Fé”. Uma palavrinha tão pequena, mas tão profunda. O dicionário diz que fé e a “Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; é crença “.

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fé está presente em todas as ações humanas, pois, tudo que fazemos é fruto de fé em alguma coisa, pessoa, filosofia de vida, ideologia. ideologia. É por isso que todas as pessoas exercem fé, independente do conjunto de crenças que cada uma delas

Essa liquidificação também aconteceu com o conceito de fé. Muitas pessoas acreditam que estão exercendo a sua fé quando vestem uma camiseta com motivos religiosos e saem às ruas. Para alguns a fé virou um evento sazonal, ou seja, ela aparece em datas especiais, especi ais, quando

carrega consigo. Cristãos, judeus, muçulmanos, hinduístas, ateus, agnósticos, todos exercem fé em alguém ou em alguma coisa. Alguns creem apenas em si. Mas isso, também é fé!

eu pego meus símbolos religiosos e vou a algum local participar de tais comemorações.

Quando você declara que não tem fé em alguma coisa, automaticamente, está alegando a sua fé em outras, pois, é ontológico ao ser humano colocar sua confiança em algum lugar. As situações cotidianas são uma prova disso. Diariamente exercemos fé nas coisas e nas pessoas. Mas, afinal, o que é fé? Eu gostaria de pensar sobre essa questão com você. Exercemos fé que o padeiro fez o pão com materiais não venenosos, que o médico está receitando o medicamento correto para a nossa necessidade, que o motorista do taxi está habilitado para aquela função, ou seja, a fé está presente em nossa mente sem muitas vezes percebermos, e ela sempre nos leva a uma ação decorrente dela. Esses exemplos nos mostram que a fé não é uma característica apenas dos religiosos! Ela é uma característica dos seres humanos. Todos exercem fé em alguém ou em alguma coisa. O sociólogo e filósofo f ilósofo polonês Zygmunt Zygmunt Bauman, disse que nós vivemos em um mundo líquido, no qual os conceitos se diluem à medida que são tratados de maneira superficial pela sociedade. Bauman oferece o casamento como um exemplo dessa liquidificação do mundo contemporâneo. Ele diz que os casamentos que, até há algum tempo, eram tratados como relacionamentos absolutos e duradouros, passaram a ser tratados como contratos de negócios, onde duas partes fazem um acordo de satisfação mútua e na medida em que uma delas ou as duas não estão mais satisfeitas com “o serviço”, se

Outra evidência de que o verdadeiro conceito de Fé se diluiu na sociedade contemporânea é que algumas pessoas compartimentalizaram a fé. Deixa-me explicar. Existe no pensamento religioso contemporâneo uma dicotomia entre o sagrado e o secular. As pessoas dividiram a vida entre esses dois conceitos e vivem “personagens” em cada um deles. Um exemplo dessa dicotomia pode ser encontrado no de fato de um professor defender,, em sala der aula, c onceitos conceitos nãocristão cristãos, sob o argumento de que a sala de aula não tem nada a ver com a fé, lá seria um ambiente acadêmico e secular. A compartimentalização da fé desse professor, que usamos como exemplo, não permite que sua profissão seja influenciada pelos seus conceitos a respeito de Deus. É como se a fé fosse um artigo restrito ao ambiente da igreja. A fé é algo tão ontológico, ou seja, está tão intimamente ligada à natureza humana, que mesmo quealguma você não creia em seja Deus, sua fé em outra coisa, nacolocará ciência, nas “forças do universo”, na política, em uma ideologia ou em você mesmo. O capítulo 11 de Hebreus é famoso por começar com a mais conhecida definição de fé e por expor a galeria dos heróis da fé. São pessoas que viveram o conceito de fé apresentado no primeiro versículo. Vamos ler a definição de fé apresentada na epístola: “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11:1)

sentem livres para buscar uma nova opção.

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Os heróis da fé de Hebreus 11 têm uma coisa em comum: eles puseram sua total confiança em Deus. Apesar de todas as provações e circunstâncias difíceis, eles triunfaram por causa de sua confiança em Deus. Para o autor, fé é aderir às promessas de Deus, depender da Palavra de Deus e permanecer fiel ao Filho de Deus . Gostaria de dar ênfase nesses três aspectos da fé: É preciso aderir às promessas. Essas promessas chegam a nós quando dependemos da Palavra e, como consequência, permanecemos fiéis aos ensinos bíblicos. Perceba que a verdadeira fé sempre nos levará a ação. Quando vemos o capítulo 11 no contexto geral de Hebreus, o plano do autor para contrastar fé com o pecado da incredulidade (3.12, 19; 4.2; 10.38–39) se torna claro . A definição de fé dada em Hebreus 11:1 está dentro de um contexto maior. No capítulo 10: 32-39, o apóstolo Paulo convoca os seus leitores a olhar para o passado e lembrarem-se da maneira pela qual Deus havia cuidado dos seus antepassados e das promessas que haviam sido feitas. A convocação de Paulo envolve três grandes pilares: As ações de Deus no passado, a perseverança nas promessas e a salvação futura. O apóstolo faz um contraste entre perseverar e retroceder e é possível perceber uma reprovação para aqueles que desistem de continuar firmes na espera pela promessa da redenção em Cristo. Embora Cristo ainda não tivesse voltado para buscar os seus, como ele havia prometido, a fé era a convicção e a certeza de que a promessa seria cumprida. A “fé é o título de propriedade das coisas esperadas” . Existe mais um aspecto bíblico que nos ajudará a entendermos o que é fé. O apóstolo Paulo escrevendo para os habitantes da galácia disse o seguinte: “Porque em Cristo Jesus nem circuncisão nem incircuncisão têm efeito algum, mas sim a fé que atua pelo amor” (Gálatas 5:6). Perceba que nesse texto a fé é mais que um as-

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sentimento intelectual, é mais que apenas saber que algo existe, é mais que “acreditar”. O texto bíblico nos indica que fé é uma confiança que nos impulsiona à ação. A fé é o impulso que nos move em direção a Deus e às suas promessas. Existem muitos outros textos bíblicos que poderíamos usar para esclarecer o conceito de fé, mas, acredito que já está bastante claro que fé é muito mais que acreditar em Deus. A fé é uma confiança que nos move em direção à Sua vontade. Antes de concluirmos esse tema gostaria de levantar mais uma questão. Como fazemos para adquirir essa confiança irrestrita em Deus? É simples. Não conseguimos confiar em alguém que não conhecemos. Imagine que você está andando na rua e alguém desconhecido pede par você segurar um pacote qualquer. Acredito que você não seguraria. Porém, se alguém que você conhece lhe pede a mesma coisa, certamente você segurará o pacote. Só confiamos em quem conhecemos. Partindo desse pressuposto, só conseguiremos ter a verdadeira fé se nos relacionarmos profundamente com Deus. Quanto mais o conhecermos, mais conseguiremos colocar nEle a Fé que nos move em direção ao céu. Por isso, nesse momento, proponho que você decida ser íntimo de Deus através da Bíblia e da oração. Nesse processo de aprofundamento da intimidade, acontecerá o crescimento da verdadeira fé. Decida agora e desfrute da paz de ter uma Fé genuína.

 

CAPÍTULO: 03

COMO SABER SE TENHO FÉ? A Bíblia não tem respostas para todas as perguntas. Se você tiver com dúvidas a respeito física quântica, porfísica. exemplo, terá que de consultar um livro de Da mesma forma, se você precisar saber de detalhes sobre as questões técnicas de construção de um prédio, terá que consultar um livro de engenharia.

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Bíblia apresenta resposta para as principais perguntas no campo da espiritualidade. Nesse momento a pergunta espiritual que, talvez, você se faça e que vamos responder é: como saber se eu tenho fé? Para essa pergunta, o livro sagrado tem uma resposta clara e definitiva, a encontramos na epístola de Tiago 2: 14-26. Nesse pequeno trecho, o autor usa 11 vezes a palavra fé (no original), todas elas tentando explicar como é a vida de uma pessoa que a possui. Os leitores da carta de Tiago tinham dúvidas a respeito da fé. Eles gostariam de saber como se identificava a verdadeira fé e qual a relação dela com as obras. Seguindo o estilo de muitos dos escritores judeus, Tiago começa com a conclusão, afirmando que a verdadeira fé será evidenciada pelas obras de justiça na vida do cristão (V. 14). Em seguida, o apóstolo apresenta quatro exemplos de como a conclusão dele é uma verdade. EXEMPLOS DE VIDAS COM FÉ 

Exemplo 1 – Cuidado com os necessitados Leiamos juntos o seguinte texto: Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: “Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se”, sem, porém, lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta (Tiago 2: 15 – 17).   Tiago apresenta uma situação, possivelmente fictícia, em que uma pessoa (irmão ou irmã) está com fome e precisando

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de roupas (coisas bastante concretas). Ao se deparar com essa situação, um religioso oferece palavras de incentivo para o faminto e necessitado. Uma atitude reprovada pelo apóstolo e que evidencia a falta de fé da pessoa. Essa pessoa que ofereceu as palavras de incentivo ao necessitado parece ter fé, afinal de contas, quem faz parte da comunidade cristã deveria ter fé, mas não é exatamente assim. O texto bíblico apresenta essa pessoa como alguém que até já teve fé, mas deixou com que ela morresse. Se a fé dessa pessoa fosse viva, ela até teria orado, falado palavras de incentivo, mas, também teria providenciado roupas e alimentos para o necessitado. “A menos que palavras e obras andem juntos, a menos que a pregação do evangelho seja acompanhada de um programa de ação social, a menos que a fé seja demonstrada por meio do cuidado amoroso e preocupação, ela está morta” .   Nesse primeiro exemplo, Tiago nos ajuda a entender que a verdadeira fé não consegue ver alguém necessitado, sem fazer alguma coisa para aliviar o sofrimento daquela pessoa. Portanto, a evidência da uma fé viva é a compaixão pelo próximo. EXEMPLO 2 – A CRENÇA DOS DEMÔNIOS

Vamos para mais um trecho de Tiago: “Mas alguém dirá: “Você tem fé; eu tenho obras”. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha fé pelas obras. Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem — e tremem! Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil?” (Tiago 2: 18-20)

 

 Em seu segundo exemplo, Tiago evoca a figura repulsiva dos demônios como reforço da sua tese. Ele usa a crença dos demônios em Deus como uma evidência de que a fé não é algo que se restringe ao campo da intelectualidade. A crença dos demônios em Deus não tem nenhum efeito prático na vida deles. O que eles têm é puramente intelectual. Eles sabem que Deus existe, contudo, não existe abertura para que Deus interfira na vida deles. A fé que esses seres têm não os conduz para a salvação, muito menos para atos de justiça e misericórdia. Através desse segundo exemplo, Tiago reafirma que a fé e as obras são inseparáveis no pensamento bíblico. EXEMPLO 3 – A FÉ DE ABRAÃO

Sigamos para o terceiro exemplo de Tiago: “Não foi Abraão, nosso antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar? Você pode ver que tanto a fé como as suas obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. Cumpriu-se assim a Escritura que diz: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça”, e ele foi chamado amigo de Deus. Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé” (Tiago 2: 21-24). No terceiro exemplo, Tiago dá a impressão de que ele abre as Escrituras para seus leitores e ouvintes. Porque ele leva o pensamento para uma das figuras mais importantes da história dos hebreus: Abraão. Ele era o padrão de fé usado pelos judeus em suas discussões sobre o assunto. O pai da fé é um exemplo das obras da fé. Abraão vem como o exemplo de uma fé disposta a tudo, inclusive a oferecer Isaac, seu próprio filho,

sobre o altar. A fé genuína, evidenciada pelas obras, fez de Abraão “o amigo de Deus”. Gosto de pensar que miseráveis pecadores, iguais a mim e a você, podem ser amigos de Deus! Não é incrível?! EXEMPLO 4

Tiago usa mais um exemplo para nos mostrar como podemos saber se temos Fé. Leiamos juntos: “Caso semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e os fez sair por outro caminho?” (Tiago 2:25) Se Abraão era o padrão de fé para os ouvintes de Tiago, a personagem do próximo exemplo, definitivamente, estava fora dos padrões judaicos de exemplos de fé. “Abraão [era] um hebreu, chamado por Deus para tornar-se pai dos crentes. Raabe é uma gentia, moradora de Jericó, cidade destinada a ser destruída pelo exército israelita “. Isso nos mostra que não importa quem você seja, todos podem ter a verdadeira fé. Raabe evidenciou a sua fé ao arriscar a própria vida em nome de proteger os enviados de Deus. “Sim, é permitido a Raabe ter um lugar ao lado de Abraão, pois ela também demonstrou sua fé no Deus de Israel e agiu pela fé” . Para arrematar seu argumento, Tiago faz uma comparação entre o corpo e a fé (v. 26), segundo ele, a fé sem obras é tão morta, quanto um corpo sem respiração. O ensino bíblico é muito claro, “a fé em Deus por meio de Jesus Cristo é uma certeza que flui de nosso coração, emana até nossa mente e é traduzida em obras” .

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Tiago não está falando nas obras como meio de obter a salvação. Para Tiago e todos os outros autores bíblicos, a salvação é obtida apenas pela graça de Deus, mediante a fé. Resumindo: A fé me justifica diante de Deus e as obras me justificam diante dos homens. “Assim como o motor produz potência porque uma corrente elétrica passa por ele, assim também o cristão produz boas obras porque é movido pela verdadeira fé” . Acredito que tenha ficado claro. Como podemos saber se temos a verdadeira Fé? Através das nossas obras. A Fé que vem de Deus sempre nos impulsiona para sermos solícitos com os necessitados e obedientes a Deus. Espero que essas características estejam em sua vida, pois, sendo assim, você evidenciará a sua Fé.

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CAPÍTULO: 04

FÉ NA BÍBLIA  Infelizmente, a cada dia a Bíblia tem perdido seu espaço no mundo cristão. Isso, apesar de ser um contrassenso, pois é pela Bíblia que conhecemos o autor do cristianismo, é uma realidade. O teólogo John MacArthur declara com tristeza e indignação: “Na igreja contemporânea tudo parece estar na moda, exceto a pregação bíblica” . É preciso devolvermos o valor que a Bíblia tem. A história é testemunha de como a Bíblia é importante:

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o longo da história, milhões de pessoas têm reconhecido que a Bíblia é a Palavra de Deus e fundamentado suas vidas nela, permitindo que seu destino seja definido por ela. Ela dá esperança mesmo para aqueles que estão passando pelo vale da morte. Por sua causa, a bondade tem se prorrogado de forma extraordinária. As nações têm instituído suas leis com base na Bíblia. Muitos têm procurado destruí-la com a mesma intensidade, e o excesso de zelo pela Palavra tem provocado incontáveis males. Ao longo da história, nenhum outro livro foi mais estudado e nenhum outro foi mais atacado do que a Bíblia Sagrada. O salmista Davi dedicou o seu maior Salmo à Palavra de Deus. O trecho do salmo 119 que mais gosto fala muito sobre a importância de estudar a Bíblia. Lemos: “Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a Tua palavra. Eu Te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos Teus mandamentos. Guardei no coração a Tua palavra para não pecar contra ti” (Salmo 119:9-11). Que lindo texto! Aqui Davi nos diz o segredo para termos uma vida espiritual forte. Se não tivermos o hábito diário de estudar as Escrituras, vamos desfalecer espiritualmente. Vamos deixar de depender cada dia mais de Deus e, finalmente, esqueceremos que “o plano de Deus para a nossa vida é que sejamos dependentes” . Fisicamente é impossível viver saudavelmente sem se alimentar todos os dias. Mas algumas pessoas querem fazer isso no aspecto espiritual. Vão à igreja no sábado, leem a Bíblia e são alimentadas por ela. Vol-

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tam para casa, guardam a Bíblia na estante e só pegam nela novamente no sábado seguinte para irem à igreja. Gente assim é a presa mais fácil de Satanás, pois não têm a Palavra de Deus escondida no coração e, por isso, não tem força contra a tentação. O estudo da Palavra de Deus nos proporciona a possibilidade de conhecermos mais a respeito do Único que pode nos salvar e nos dar poder contra o pecado, Jesus. Porém, nossa confiança em Jesus, vai ser diretamente proporcional ao conhecimento que temos de Sua pessoa. Assim como não confiamos em um desconhecido que nos aborda na rua pedindo que guardemos um pacote misterioso, também não confiaremos em um Jesus que não conhecemos. “Necessitamos ter uma visão mais clara de Jesus e uma compreensão mais ampla do valor das realidades eternas. A beleza da santidade deve encher o coração dos filhos de Deus. Para conseguirmos isso, devemos buscar as divinas revelações das coisas celestiais” . Algumas pessoas, infelizmente, ainda desenvolvem um sentimento de desconfiança em relação à autenticidade da Bíblia e sua confiabilidade histórica. Principalmente nos meios acadêmicos, é comum ouvir pessoas questionando a veracidade do texto bíblico. Temos, no entanto, a veracidade e confiabilidade do texto bíblico garantidos pela ciência. O ramo da ciência chamado Crítica Textual, já estudou minunciosamente o texto bíblico e concluiu que ele é confiável. O teólogo Ricahrd M. Davidson nos apresenta alguns argumentos que podem nos dar uma certeza ainda maior em relação às Escrituras. Ele indica sete pontos que pro-

 

vam que a Bíblia é um livro digno de nossa mais íntima confiança. São eles: 1 – O autotestemunho da Bíblia: Existem mais de 1.600 ocorrências no AT afirmando que as palavras ali contidas foram ditas por Deus. 2 – Confiabilidade textual: Existem mais de 5.000 manuscritos gregos de alguma parte ou de todo o texto neotestamentário e a quantidade real de variações relevantes entre esses escritos é muito pequena. 3 – Confiabilidade histórica: A arqueologia tem provado que a Bíblia é um documento histórico de alta confiança. Todos os supostos anacronismos bíblicos já foram esclarecidos pelos estudiosos. 4 – Confiabilidade profética: Duas profecias podem servir de exemplo para este ponto. As profecias a respeito da vinda do Messias e a profecia de Daniel 2. Elas se cumpriram à risca. Muitas outras existem na Bíblia que também se cumpriram fielmente. 5 – Confiabilidade científica: Afirmações feitas na Bíblia sobre cosmologia e fenômenos da natureza revelam notável confiabilidade das Escrituras. A Bíblia fala acertadamente sobre o ciclo hidrológico da Terra (Jó 36:27, 28), sobre as correntes globais dos ventos (Ec. 1:6, 7), dentre outras coisas. 6 – Confiabilidade teológica e espiritual: A unidade e consistência dos temas ao longo da Bíblia é impressionante, considerando seu período de 1.600 anos de escrita e mais de 35 autores diferentes.

7 – A experiência espiritual e o testemunho do Espírito Santo: O Espírito Santo fala pessoalmente ao coração das pessoas, confirmando sua fé e reforçando todas as outras evidências das Escrituras . A Bíblia já teve tantos inimigos ao longo dos séculos, que, se não fosse um livro divino, já teria desaparecido. Além dessa prova de durabilidade sobrenatural da Bíblia, temos todas as provas científicas de sua confiabilidade. Podemos confiar sem medo de que ao colocarmos a Bíblia nas mãos, temos a Palavra de Deus junto de nós. Existem muitos textos inspirados que nos falam a respeito da importância da Bíblia no cristianismo. Jesus falou, por exemplo o seguinte: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8:32). Ele também disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14:6). E para não ficar dúvida a respeito do que significam essas palavras, Cristo completa: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17). As palavras de Cristo são muito claras, Ele é a verdade e a Bíblia o revela, portanto, ela também é a verdade. Portanto, para que tenhamos acesso à revelação de Cristo, o caminho mais confiável é a sua revelação escrita: a Bíblia. O apóstolo Paulo segue no mesmo pensamento dizendo o seguinte: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16,17). As palavras de Paulo nos incentivam a mergulharmos cada vez mais fundo nas Escrituras,

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pois, é em suas páginas que encontraremos a vontade de Deus para a nossa vida. Diante de tudo isso, só me resta convidar você a se dedicar mais ao estudo da Bíblia. A rede Novo Tempo de comunicação pode ajudar você. Esse é o caminho mais seguro para descobrir a vontade de Deus para a sua vida e encontrar a Cristo, do qual receberá a salvação.

  3 Para saber mais, leia o primeiro capítulo de: A Lógica da Fé: Respostas Inteligentes Para Perguntas Difíceis Sobre Nossas Crenças. Organizadores: Humberto M. Rasi e Nancy J. Vyhmeister. Tatuí – SP: casa Publicadora Brasileira, 2014.

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CAPÍTULO: 05

 A FÉ E A  ANTR  AN TROP OPOL OLOG OGIA IA BÍBLICA  Para que a vida humana tenha um sentido é preciso que algumas perguntas sejam respondidas. São as perguntas filosóficas mais fundamentais para os seres humanos: “De onde vim?”, “o que estou fazendo aqui?” e “para onde vou?”. Muitos filósofos já se dedicaram a responder essas perguntas, mas, a maioria o fez excluindo Deus dos fatores importantes para se encontrar essas respostas. Sem Deus como o fator principal, fica praticamente impossível de chegar a uma conclusão satisfatória para essas questões.

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G

ostaria de dar ênfase nesses três aspectos da fé: É preciso aderir às promessas. Essas promessas chegam a nós quando dependemos da Palavra e, como consequência, permanecemos fiéis aos ensinos bíblicos. Perceba que a verdadeira fé

As informações são bastante claras. Deus confeccionou um boneco de barro e lhe deu vida através do Seu poder. Essa informação inspirada tem muitas consequências positivas sobre a nossa vida. Podemos ter certeza de que não somos o fruto de fatos aleatórios que transfor-

sempre nos levará a ação.

maram material inorgânico, em material orgânico e depois seres microscópicos e simples em seres complexos como os seres humanos. Aliás, acreditar nesse processo evolutivo exige muito mais fé do que crer em um Criador, Criador, como o texto bíblico e muitas evidências científicas apontam.

Nos salmos encontramos uma pergunta profunda sobre o Homem: “Senhor, “Senhor, que é o homem para que te importes com ele, ou o filho do homem para que por ele te interesses?” (Salmos 144:3). “O que é o homem” é uma pergunta crucial, por isso, precisamos montar uma trama de informações para desvendá-la. Vamos ver como a Bíblia responde às questões mais cruciais para os Humanos. Vamos Vamos tratar de antropologia bíblica.

COMO SURGIU? A primeira e mais fundamental questão é: “de onde viemos?”. Para respondê-la precisamos ir para o início de tudo, conforme descrito pelo texto bíblico. Lemos o seguinte: Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais grandes de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”.

Nós viemos das mãos de Deus e com essa origem tão nobre, não deveríamos nos sentir desvalorizados em momento algum, pelo contrário, o fato de termos sido planejados e criados por Deus, nos faz seres com alto valor diante do universo.

DO QUE É FORMADO? Outra questão importante sobre a antropologia bíblica é do que fomos formados. Essas informações têm profundo impacto sobre aquilo que pensamos sobre a vida e a morte. O texto bíblico revela o seguinte: “Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gênesis 2:7). Veja do que é composto um ser humano:

Deuso ocriou; homem à sua imagem,osàcriou. imagemCriou de Deus homem e mulher (Gênesis 1:26,27). O autor bíblico completa as informações no capítulo seguinte, acompanhe: “Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele” (Gênesis 2:21,22).

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Pó da éTerra + fôlego vida. O resultado dessa some um ser viventedeou, como dizem algumas traduções, uma “alma vivente”. Aqui precisamos dar uma ênfase. Muitas pessoas, enganadas pelo inimigo de Deus e carentes de mais conhecimento bíblico, acreditam que os seres humanos têm uma alma independente do corpo. Essa não é uma ideia bíblica. Ela nasceu com o filósofo grego Platão e ganha força com o espiritismo moderno. Essa ideia não combina em nenhum grau com o texto bíblico.

 

QUAL O DESTINO?

A Palavra de Deus nos ensina que nós somos uma alma e não temos uma alma. Portanto, quando alguém morre a única coisa que sai de dentro da pessoa é aquilo que foi colocado, ou seja, fôlego de vida, respiração. Nos aprofundaremos mais nesse tema ainda nessa série. Por

Finalmente, chegamos à última questão crucial da vida. Embora venha na última posição, ela é tão fundamental quanto todas as outras. Nós já vimos que viemos à existência pela von-

hora, frisar que somos somado éà importante vida recebida de Deus. Nada corpo mais que isso.

tade e que devemos viver isso parairá a Sua glória.deADeus questão é para onde tudo nos levar?

QUAL O PROPÓSITO? A questão do propósito da existência é bastante importante para todas as pessoas. Alguns se referem a propósito com outro termo: “sentido da vida”. Essa questão é tratada pela filosofia de uma maneira muito peculiar. Especialmente Aristóteles, um dos grandes pensadores da antiguidade, tratava a questão do propósito de distantenasceu da Bíblia. defendiamaneira que cadamuito ser humano comEle uma função no universo e que se não a exercesse não seria feliz. Assim, no pensamento dele, a pessoa que “nasceu para ser professor”, só será feliz de verdade se cumprir o seu propósito de vida. Mas esse pensamento se afasta muito do pensamento bíblico. Ao longo da história, Deus chamou algumas pessoas para funções específicas, mas o propósito de vida, de acordo com a Bíblia é muito mais amplo.

O próprio Cristo nos ajuda a chegarmos à resposta definitiva. O apóstolo João registrou as palavras de Mestre: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver. (João 14:1-3). Nós não estamos em uma existência aleatória que se encerra abruptamente na morte. Cristo nos prometeu que voltaria para nos resgatar. Mesmo aqueles que tiverem que passar pelo estado inconsciente da morte, um dia serão ressuscitados (nós trataremos desse assunto ainda nessa série) e, se morreram em Cristo, serão levados para o destino: a eternidade com Cristo nos Novos Céus e na Nova Terra.

O apóstolo Paulo escreveu o seguinte: “Assim, comam, ou façam qualquer quer outravocês coisa, façam bebam tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31). Aqui está o grande propósito da vida humana. Não importa se você será dentista, empresário, professor ou exercerá qualquer outra profissão, você deve viver para a glória de Deus. Aliás, o texto bíblico nos ensina que qualquer ação que formos praticar, ou mesmo os momentos de ociosidade e descanso, devem ser vividos para a glória de Deus. Esse é o grande e supremo propósito da vida.

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CAPÍTULO: 06

FÉ E A COSMOVISÃO CRISTà Para iniciar o tema sobre cosmovisão cristã usarei um texto bíblico, como forma de demonstrar o quanto a Palavra de Deus é considerada em alta conta por seus escritores. O apóstolo Paulo escreveu: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego” (Romanos 1:16). Este versículo bíblico apresenta a mensagem cristã, não somente como algo potencialmente influenciador influenciador,, mas apresenta a Palavra como o poder de Deus que é capaz de mudar vidas de pessoas em qualquer cultura em que elas tiverem acesso. Tanto Tanto os judeus, principais autores das Escrituras, quanto os gregos tinham a possibilidade de serem alcançados pelo poder da verdade revelada.

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É 

nesse contexto que o estudo sobre as cosmovisões, e mais especificamente sobre a cosmovisão cristã, se faz importante. Isso demonstra que para que a Palavra de Deus alcance o coração e a mente das pessoas de maneira eficaz, é preciso que a

depender de como enxergamos o mundo.

cosmovisão delas seja transformada por essa perspectiva do Evangelho, à medida que compreendam o plano e o propósito de Deus para suas vidas.

cosmovisão nos impulsionará para a resposta que mais combina com ela. A quarta área que será afetada pela nossa cosmovisão é a ética, ou seja, o que consideramos como certo ou errado. As nossas ações em relação ao moral ou imoral serão determinadas pela cosmovisão que cultivamos. Finalmente, a nossa antropologia, ou seja, a forma como enxergamos o Homem será direcionada pela nossa visão de mundo.

Exercemos fé que o padeiro fez o pão com materiais não venenosos, que o médico está receitando o medicamento correto para a nossa necessidade, que o motorista do taxi está habilitado para aquela função, ou seja, a fé está presente em nossa mente sem muitas vezes percebermos, e ela sempre nos leva a uma ação decorrente dela. Esses exemplos nos mostram que a fé não é uma característica apenas dos religiosos! Ela é uma característica dos seres humanos. Todos exercem fé em alguém ou em alguma coisa. Existem diversas definições para cosmovisão. Poderíamos usar algumas bem complicadas, mas vou usar uma ilustração que nos ajudará a entender o que representa esse conceito. Cosmovisão são os óculos através dos quais enxergamos a vida. Se você usa óculos com lentes azuis, enxergará a vida azul. Se você usa óculos com lentes vermelhas, enxergará a vida vermelha, seja,interpreta a sua cosmovisão determinar comoouvocê as diversasvaiáreas da sua vida. A nossa cosmovisão afeta diretamente as cinco principais áreas filosóficas da existência. Em primeiro lugar, a cosmovisão afeta a forma como enxergamos a Deus. Ele existe? Não existe? Interfere em nosso cotidiano ou não? Essas respostas dependerão da nossa cosmovisão. Em segundo lugar, a nossa cosmovisão afeta a nossa relação com a metafísica, que é a palavra que indica as coisas não materiais, não físicas.

Em terceiro lugar vem o conceito de epistemologia, ou seja, como enxergamos a questão do conhecimento. É possível conhecer a verdade? A verdade existe? Ela é alcançável? Nossa

Espero que você tenha compreendido como é importante refletirmos, ainda que brevemente, a respeito das cosmovisões. Aliás, usamos essa palavra porque existem maneiras de no se plural ver o mundo. As mais algumas comuns são o materialismo, ateísmo, deísmo, panteísmo e teísmo bíblico. Cada uma dessas posições filosóficas vai fazer com que a pessoas julgue a vida de maneira diferente. Deixe-me exemplificar. Imagine que alguém muito famoso morreu. O velório está sendo transmitido em rede nacional e tem várias pessoas assistindo. O materialista está pensando: “acabou a vida dessa matéria, agora o material orgânico volta para a natureza. ateísta Épensa: há Deus eOnem vida após O a morte. o fim “Não para sempre”. deísta pensa: “Morreu devido às leis naturais estabelecidas pelo Deus que criou e abandonou tudo para seguir o curso natural”. O panteísta pensa: “Vai voltar a compor a natureza e fazer parte do Deus que está diluído em tudo”. Finalmente, o teísta-bíblico pensa: “Morreu em consequência do pecado que há no mundo. Se aceitou a Cristo, logo ressuscitará para a vida eterna”. Percebeu como as diferentes visões de mundo fazem com que interpretemos a vida de maneiras distintas?

Creremos ou não em algo além do que se vê a

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Não temos tempo de tratar detalhadamente de cada uma das cosmovisões mencionadas. Quero me concentrar na cosmovisão teísta-bíblica ou cosmovisão cristã. Essa é a minha cosmovisão e da maioria da população brasileira e de um terço do planeta. A cosmovisão cristã está alicerçada sobre a Bíblia. É impossível afirmar que enxerga a vida pelos “óculos” do cristianismo e ao mesmo tempo desprezar o texto sagrado. Sem Bíblia não há cristianismo, pois, ser cristão é adorar e imitar a Cristo e não temos como fazê-lo sem conhecê-lo através das escrituras. Existem três pilares que sustentam a cosmovisão cristã, são eles: A criação, a queda e a redenção. Nós cristãos enxergamos a vida, julgamos os acontecimentos e apoiamos as nossas esperanças a partir desses três pilares.

A CRIAÇÃO Os cristãos creem no relato bíblico que nos conta a respeito da semana da criação. Moisés resumiu o relato da seguinte forma: “Assim foram concluídos os céus e a terra, e tudo o que neles há. No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, santif icou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação” (Gênesis 2:1-3). Deus criou tudo o que era necessário para o bom funcionamento do planeta em seis dias literais de 24 horas e, também, criou o sétimo dia para servir de memorial da criação, santificando-o.

A QUEDA Em algum momento, após o ato criativo de Deus, houve o maior e mais trágico acidente da humanidade: o pecado entrou no planeta Terra. Isso se deu através da tentação infringida pelo Diabo sobre Eva e Adão. O apóstolo Paulo nos deu um panorama geral do que aconteceu:

“Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12). O mundo foi criado perfeito por Deus. A natureza era perfeita, a relação do Homem com aperfeita. natureza era perfeita, a moral humana era Igualmente, a liberdade humana era perfeita e, por isso, eles puderam escolher não ficar com a palavra de Deus, pecaram.

A REDENÇÃO Diante do cenário trágico que se instalou no planeta após a queda, Deus estabeleceu um plano de redenção, ou seja, a dívida que os seres humanos adquiriram com Deus por causa da desobediência seria paga por Cristo. Logo depois do episódio da queda, o próprio Cristo fez atrepromessa redenção: envocê e a da mulher, entre“Porei a sua inimizade descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar” (Gênesis 3:15). Esse texto é conhecido como protoevangelho ou evangelho antigo, por ser a primeira promessa que apontava para a Cruz de Cristo. Esse texto se cumpre alguns milênios depois: “Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado! “ Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito” (João 19:30). Na cruz, Cristo garantiu a salvação a todos que aceitaram e muito em breve voltará para buscar todos os salvos e restaurar o mundo ao seu plano inicial.

O QUE ISSO TEM A VER COMIGO? Você pode estar se perguntando: “o que tudo isso tem a ver comigo?”. Eu respondo: tem tudo a ver. Se nós temos consciência da nossa cosmovisão e conhecemos as suas bases, poderemos encarar a vida e julgar as coisas do mundo com mais clareza. Quando você vir uma criança sofrendo de câncer, saberá que Deus não é responsável por aquilo, que o pecado causa aquele sofrimento e que em breve Jesus Voltará para dar fim a todo o mal. Percebe? Quanto mais você

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compreende a cosmovisão cristã e internaliza as suas bases, melhor será a sua relação com a Bíblia, melhor você compreenderá o mundo e maior será a sua esperança na volta de Cristo. Que tal se dedicar cada vez mais à Bíblia e aprofundar seu conhecimento na cosmovisão cristã?

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CAPÍTULO: 07

FÉ E  A PÓ PÓSSMODERNIDADE Possivelmente você já ouviu alguém dizer que a fé cristã é cega, que não podemos advogar em prol de uma verdade absoluta. É bem provável que você já tenha ouvido frases como: “Tudo é relativo” ou “A religião é o ópio do povo”.

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E

sses conceitos e frases estão todos ancorados no que os sociólogos e filósofos contemporâneos chamam de pós-modernidade. A expressão “pós-modernidade” tem sido bastante ouvida atualmente. Mesmo no contexto da igreja é comum ouvir alguma referência a esta corrente filosófica. De fato, a influência do pensamento pós-moderno tem afetado todos os aspectos da sociedade atual. A modernidade encheu o coração das pessoas com a esperança de que os conceitos iluministas resolveriam todos os problemas da humanidade. Difundiu-se a ideia de que através da ciência e da racionalidade humana as doenças, a fome, as guerras seriam, finalmente, extintos da humanidade. Porém, toda esta expectativa foi frustrada quando o resultado desta “cientificização” foram duas bombas nucleares em 1945. Mesmo antes das duas guerras, Nietzsche, filósofo alemão da segunda metade do século XIX, já anunciava o surgimento de uma nova forma de encarar o mundo, que depois seria denominada de pós-modernismo. Essa era é marcada pela desilusão com a religião institucionalizada (idade média) e com o racionalismo humano (idade moderna). É difícil definir “pós-modernidade”, mas podemos descrevê-la e tentar entendê-la um pouco melhor. James W. Sire em seu livro O Universo ao Lado (2009), apresenta sete proposições que nos ajudam a ter uma melhor visão sobre a pós-modernidade. Vamos comparar estas proposições com as ideias de Deus apresentadas em Sua palavra e dessa forma teremos como compro-

var que não existe possibilidade de um ser humano aderir ao cristianismo e ao pós-modernismo ao mesmo tempo.

1 – “A PRIMEIRA QUESTÃO QUE O PÓS-MODERNISMO SUSCITA NÃO É O QUE ESTÁ LÁ OU COMO SABEMOS QUE LÁ ESTÁ, MAS COMO A LINGUAGE LINGUAGEM M FUNCIONA PARA CONSTRUIR SIGNIFICADO. EM OUTRAS PALAVRAS, HÁ UMA MUDANÇA NAS “PRIMEIRAS COISAS” DE SER PARA SABER, PARA CONSTRUIR SIGNIFICADO” (SIRE, 2009. P. 20) Segundo esta proposição, as coisas deixam de ter significado intrínseco, o significado passa a ser “construído”, ou seja, externo a elas. Sendo assim, cada pessoa dá o seu significado próprio àquilo com o qual entra em contato. Isso implica que uma palavra como “fé”, por exemplo, pode ter diferentes significados de acordo com a visão daquele que fala. Esse pensamento pós-moderno está em direta oposição ao pensamento de Deus. Ele define o significado das coisas. Quando precisamos definir fé, por exemplo, devemos apelar para a definição divina: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem.” (Hb 11:1) Encontramos na Bíblia outras ocasiões nas quais o Senhor define as coisas. coisas . Na criação Deus definiu a relação matrimonial heterossexual, o sábado como dia de guarda, a alimentação ideal para o ser humano. Na história da monarquia hebreia, Deus definiu quem seriam os reis. Nos rituais do santuário, Deus definiu o significado de cada

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ritual. Esses são apenas alguns exemplos de como Deus não deixa o significa das coisas para nossa livre interpretação. De maneira geral, o Senhor define o significado das coisas.

Isso incide diretamente sobre a Bíblia. De acordo com este pensamento as histórias bíblicas não têm um valor universal, apenas servem para manter a coesão da comunidade nas quais aconteceram.

2 – “A VERDADE SOBRE A PRÓPRIA REALIDADE ESTÁ SEMPRE OCULTA A NÓS. TUDO O QUE PODEMOS FAZER É CONTAR HISTÓRIAS” (SIRE, 2009. P. 20).

Não é assim que Jesus trata às escrituras. Por diversas vezes, o Mestre usou histórias bíblicas para ensinar princípios que são eternos e universais. Um exemplo disso foi quando Jesus usa a história de Adão e Eva para ensinar como deve ser o casamento que Lhe agrada (Marcos 10:6 -7). Ao utilizar a história de Jonas como ilustração para sua morte e ressureição, Jesus confirma mais uma vez a realidade e valor das histórias bíblicas.

Esta é uma das afirmações pós-modernas mais famosas. Em suma ela diz: “não existe verdade absoluta”. Para os pós-modernos, se existe uma verdade, ela não é alcançável. Não é preciso pesquisar muito para descobrir que a Bíblia não está de acordo com este pensamento. Segundo o pensamento de Deus, a verdade existe e pode ser conhecida de todos nós: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:32). “Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade”. (João 17:17). Esse pensamento pós-moderno a respeito da verdade é extremamente prejudicial e perigoso para o cristianismo, além de estar em total oposição ao pensamento bíblico.

3 – “AS HISTÓRIAS PROPICIAM ÀS COMUNIDADES O SEU CARÁTER DE COESÃO” (SIRE, 2009. P. 21). Segundo esta proposição, cada comunidade tem suas histórias que são fruto da cultura local e ajudam a manter a unidade daquela comunidade específica. Estas histórias, contudo, não têm validade para outras comunidades. Apenas são verdadeiras localmente.

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4 – “QUALQUER NARRATIVA UTILIZADA COMO METANARRATIVA TORNA-SE OPRESSIVA” OPRESSIV A” (SIRE, 2009. P. 21). Esta frase afronta diretamente a Bíblia. Para o pensamento pós-moderno a Palavra de Deus, enquanto metanarrativa, é apenas um jogo de poder, não tem valor normativo. O livro sagrado seria apenas um meio de manipular as pessoas. É lógico que Deus discorda veementemente desta afirmação. Ele afirma: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;” (2 Timóteo 3:16). A Bíblia é a palavra de Deus, a fonte de princípios e normas que devem guiar a vida do cristão.

5 – “NÃO HÁ EU SUBSTANCIAL. OS SERES HUMANOS FAZEM DE SI MESMOS O QUE SÃO PELAS LINGUAGENS CONSTRUÍDAS SOBRE ELES MESMOS” (SIRE, 2009. P. 22).

 

De acordo com este argumento, os seres humanos são o que se descrevem ser. O seu valor está na linguagem e não na sua origem. Desta forma, o ser humano deixa de ser especial por ser criado à imagem e semelhança de Deus e todo o seu valor resume-se a um discurso. Ao longo de toda a Bíblia percebemos que Deus considera o homem como tendo um alto valor. O salmista se admirou com o valor dado ao homem por Deus. “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites?” (Salmos 8:3,4). A própria história da redenção é um grande exemplo de como Deus valoriza o homem. Deus encarna, sofre, morre, tudo para salvar o homem. O valor do ser humano não está no que ele pensa sobre si mesmo, mas em sua origem. Todos saíram das mãos de um criador que ama e cuida.

6 – “A ÉTICA, COMO O CONHECIMENTO, É UMA CONSTRUÇÃO LINGUÍSTICA. O BEM SOCIAL É TUDO AQUILO QUE A SOCIEDADE ASSUME SER” (SIRE, 2009. P. 23). A ética do mundo pós-moderno é individualista. Foi diluída na multiplicidade de linguagens. Cada indivíduo tem a sua própria ética.

Temos recomendações sobre alimentação (Levítico 11), sobre conduta moral e espiritual (Êxodo 20), sobre casamento e divórcio (Marcos 10). Deus é quem estabelece o que é certo ou errado, não os humanos com sua linguagem.

7 – O PÓS-MODERNISMO É INSTÁVEL (SIRE, 2009. P. 24). A instabilidade permeia todos os aspectos do pensamento pós-moderno. As definições, a ética, a religiosidade tudo é mutável. Qualquer afirmação sobre o pós-modernismo que é certa hoje, pode não ser amanhã. Isto está no centro desta filosofia. Deus é o contrário de tudo isso. Ele afirmou sobre si: “Pois eu, o Senhor, não mudo” (Ml 3:6). Deus é integralmente confiável, pois podemos saber exatamente o que esperar dEle, sobre o pós-modernismo não podemos afirmar o mesmo. Espero que você tenha percebido que a pós-modernidade e o cristianismo não são compatíveis. Quem defende os conceitos de um, automaticamente, nega os conceitos do outro. Logicamente, há alguns poucos aspectos da pós-modernidade que podem ser oportunidades ao cristianismo, como a atração pelo espiritualismo, é por isso que se faz necessário estarmos atentos a todos esses aspectos e prevenidos contra aquilo que nos leva para longe do nosso Deus. Esteja atento! Esteja com Cristo!

Para Deus não funciona assim. A ética é baseada no caráter de Deus que é transcendente, bom e se revela a nós. Não é difícil encontrar na Bíblia trechos onde Deus estabelece o que é certo e o que é errado.

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CAPÍTULO: 08

FÉ E A CRIAÇÃO Não faz muito tempo, li a seguinte manchete em um jornal eletrônico : “Big Bang e Teoria da Evolução não contradizem cristianismo, diz Papa”. Na reportagem o jornalista dizia que “O Papa Francisco afirmou nesta segundafeira (27), durante discurso na Pontifícia Academia de Ciências, que a Teoria da Evolução e o Big Bang são reais e criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis, livro da Bíblia, achando que Deus “tenha agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas”. Outro trecho interessante da matéria diz que o pontífice “criticou que quando as pessoas leem o livro do Gênesis, sobre como foi a origem do mundo, pensam que Deus tenha agido como um mago. “Mas não é assim”, explica”.

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E

m outras palavras, a reportagem está nos mostrando que o líder religioso citado não crê no relato da criação como está registrado em Gênesis. Além disso, ele estava fazendo um ataque à literalidade dos primeiros capítulos da Bíblia.

EVOLUCIONISMO TEÍSTA Não é só a igreja católica que tem tomado essa posição. Muitos pretensos cristãos evangélicos estão também tomando uma postura de desconfiar do relato literal da criação em seis dias de 24 horas, conforme descrito pela Bíblia. A maior tristeza, no entanto, é saber que pessoas que criam na criação estão deixando de crer na literalidade de gênesis, para crer em alternativas de explicação das origens do universo e da vida. Uma das explicações alternativas mais aceitas no meio cristão hoje é o evolucionismo-teísta. Segundo essa visão Deus existe, mas não criou o mundo como a Bíblia descreve em Gênesis. Segundo esta visão Deus teria conduzido o processo evolutivo e cada dia da criação descrito na Bíblia seria o correspondente a uma era geológica de evolução das espécies. Essa é uma tentativa de harmonizar a crença em um Deus criador e ao mesmo tempo considerar válido o modelo evolutivo que defende que a vida levou milhões de anos até chegar ao que conhecemos hoje. Alguns desses “cristãos” (coloco entre aspas porque nenhum cristão de verdade – aquele que crê em Jesus Cristo como Deus

– pode crer no evolucionismo teísta. Explicarei o porquê mais à frente), defendem que não é possível harmonizar a ciência e a teologia considerando a literalidade de Gênesis. Porém, eles esquecem que com o olhar correto a ciência e a teologia são irmãs e complementares, como explica Richard Bube:  A ciência e a Teologia elaboram descrições do mundo em que vi-  vemos, bem como o seu relaciona-  mento com Deus, o Criador, Man-  tenedor e Redentor. A descrição completa e detalhada desse re-  lacionamento transcende tanto a experiência como a linguagem hu-  mana. Deus escolheu revelar-Se a nós mediante o uso de descrições teológicas que podemos facilmen-  te entender, e que ao mesmo tem-   po são capazes de nos apresen-  tar visões válidas de Sua verdade. Essas descrições não são, porém, exaustivas, e não deixa de ser apropriado integrá-las com des-  crições científcas autênticas do mecanismo da atividade de Deus no Universo físico .

É perfeitamente possível harmonizar a ciência e a visão bíblica da criação e não será necessário apelar para o evolucionismo-teísta. Um Deus de amor, não se utilizaria de um mecanismo cruel e sanguinário como a evolução das espécies e a seleção natural darwiniana para criar a Terra, fauna e flora. Ele tem poder o suficiente para falar e tudo passar a existir, conforme a Bíblia revela: “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível” (Hebreus 11:3).

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UM PROBLEMA MAIOR Crer que o que Gênesis descreve como o ato criativo de Deus não é algo literal, acreditar que os primeiros capítulos da Bíblia não são fatos históricos, não traz apenas um prejuízo para o criacionismo bíblico. O prejuízo é muito maior do que muitas pessoas imaginam. As principais doutrinas bíblicas têm sua base nos primeiros capítulos da Bíblia e desliteralizar Gênesis seria o suficiente para descaracterizar toda a base do cristianismo. Se os primeiros capítulos da Bíblia não forem literais, então seria melhor jogarmos as Sagradas Escrituras no lixo e gastarmos nosso precioso tempo lendo algo mais útil. Doutrinas como o padrão familiar divino, a existência do pecado, a imortalidade condicional da alma, dentre outras, estariam sem chão. Todas a Escritura passaria a ser apenas um livro antigo cheio de mentiras e ensinamentos sem base, se tirarmos o Gênesis. Anteriormente afirmei que não pode ser cristão uma pessoa que não crê no relato da criação como um relato literal de seis dias de 24 horas. Agora quero explicar a razão de minha afirmação. Para que alguém seja um cristão, é necessário que a pessoa creia nas palavras de Jesus. Seria uma grande contradição ser um cristão e não crer em Cristo. Portanto, todas as pessoas que creem em Cristo precisam crer em gênesis como um relato literal, pois Jesus o via assim. Vejamos dois exemplos. Jesus confirmou a literalidade da criação em Marcos 10: 6-9: “Mas no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por

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esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, ninguém o separe”. O Mestre também confirmou o dilúvio em Mateus 24:37 ao dizer: “Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem”. O apóstolo Paulo também confirmou a literalidade da criação em 1 Timóteo 2:13-14. Ele escreveu: “Porque primeiro foi formado Adão, e depois Eva. E Adão não foi enganado, mas sim a mulher, que, tendo sido enganada, tornou-se transgressora”. Ao falar do acesso à árvore da vida sendo devolvido ao ser humano na volta de Jesus, João confirma a literalidade de Gênesis em Apocalipse 22:2: “no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que dá doze colheitas, dando fruto todos os meses. As folhas da árvore servem para a cura das nações”. Se negarmos o relato histórico dos primeiros capítulos de gênesis, colocaremos Jesus, Paulo e João em condição de mentirosos ou loucos. Isso não é nada cristão!  DEUS É SOBRENATURAL Infelizmente, encontramos alguns cristãos insistindo em dizer que Deus não criou o mundo como está descrito na Bíblia. Querem uma explicação natural para fugir dos milagres. É provável, portanto, que esses cristãos também não creiam na abertura do mar vermelho, nas ressureições feitas por Jesus, no maná enviado do céu. São pesso-

 

as que, em sua mente, diminuem o poder onipotente de Deus. Duvidam do poder criador do Senhor. Deus poderia criar tudo em seis segundos ou em seis milésimos de segundo. Mas ele escolheu criar em seis dias e descansar no sétimo para nos presentear com a sua criação. Uma base frágil arruína qualquer construção Satanás quer destruir a crença no gênesis, porque ele quer tirar a crença em Jesus. No final das contas, como vimos acima, destruir a literalidade de gênesis, atinge em cheio nossa crença no Salvador e Senhor Jesus Cristo. A igreja precisa se manter firme em sua posição, pois essa é a vontade de Deus.   A Bíblia e a ciência apoiam o criacionismo. Não precisamos buscar outras explicações para nos conformar com quem quer que seja. Satanás já tentou desautorizar Êxodo 20:8-11, Deus suscitou a Igreja Adventista para reafirmar esta verdade bíblica. Deus levantou um povo fiel que restaurou esta verdade. Satanás está tentando desautorizar Gênesis 1-3 e novamente o povo de Deus precisa levantar a bandeira da verdade. Deus espera que você e eu empunhemos esta bandeira e a finquemos no planeta sem medo das consequências.  

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CAPÍTULO: 09

FÉ E O PECADO Alguém certa vez disse que antigamente o pecado era tratado como um pitbull raivoso, contudo, mais recentemente, tem sido tratado como um poodle mansinho. A noção de pecado é muito importante para a teologia cristã. Compreendê-lo bem é essencial para uma vida cristã produtiva e madura.

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planeta Terra nem sempre esteve contaminado com o pecado, mas, em um momento específico, esse vírus infectou os humanos. Isso aconteceu no jardim do éden, quando nossos primeiros pais caíram. O relato do pecado original é uma triste página da história. Nele está contido o motivo pelo qual o mundo está na atual situação. O Éden era um lugar de perfeita harmonia. A natureza apresentava em suas diversas cores, toda a plenitude da obra de Deus. Os animais conviviam pacificamente, dividindo o território do Jardim, assim como toda a terra que compartilhava da mesma perfeição do Éden O primeiro casal vivia uma felicidade conjugal plena, entre eles não havia nada além do mais puro amor e de uma atmosfera celestial que marcava o primeiro lar instituído pelo próprio Deus. Todas as tardes o Criador do Universo era recebido pelo casal para uma reunião onde eles ouviriam palavras saídas da suprema sabedoria do Universo. Universo. Que privilégio! Em algum destes encontros Deus contou para Adão e Eva a respeito da guerra que houve no Céu e de como Satanás procuraria tentá-los e induzi-los a pecar contra a lei de Deus. Tanto Deus quanto o Seu inimigo sabiam que se o casal cedesse apenas um pouco em relação aos princípios estabelecidos pelo governo divino, seria o suficiente para que todo o equilíbrio da criação fosse abalado e o clima celestial do Éden ficasse ofuscado. A árvore do conhecimento do bem o do mal era o único acesso que Satanás teria para se aproximar do ser humano. Se o casal edênico se mantivesse afastado dela, estaria eternamente seguro do pecado.

Eva, porém, decidiu arriscar-se chegando perto daquilo que oferecia risco à sua integridade espiritual e física. Este foi o primeiro grande erro da humanidade, chegar perto daquilo que Deus dissera para se manter longe. Sempre que o inimigo tenta enganar alguém, ele usa o que tiver de mais bonito e atrativo para aquela pessoa. Se ele se apresentasse como realmente é, ninguém cairia em suas armadilhas. Eva não percebeu o laço em que estava sendo colocada e aos poucos foi envolvida pela voz suave e melodiosa da serpente-médium. Além da beleza da serpente, o fruto também era atrativo. A Bíblia o descreve assim: “Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu3:6). a seu marido, e ele também comeu” (Gênesis No versículo acima ainda existe outro elemento para o qual precisamos dar atenção. O texto diz que a árvore era desejável para dar entendimento. Esse foi o argumento usado pelo inimigo para enganar Eva e que tem dado certo com muitos no presente século: “Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn. 3:5). Após pecar, Eva tornou-se um agente de Satanás, levando o fruto para seu marido. Ela queria um companheiro para seu pecado. Adão logo percebeu a diferença em sua esposa, o pecado havia retirado dela a pureza e santidade anteriores. A tristeza logo tomou conta do coração de Adão ao perceber que sua companheira, a quem ele tanto amava, havia cometido um grave erro. Adão sabia que a esposa estava errada, ele sabia que não deveria comer daquele fruto. Em seu coração se instaurou um doloroso conflito.

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Ele sabia o que era correto fazer, mas amava muito a esposa. Adão estava diante de um dilema extremamente difícil. Deveria escolher entre a companhia de Deus e a companhia da esposa. Todas as tardes, Deus descia ao Éden para conversar com o casal. Adão apreciava a companhia de Deus, por outro lado, não queria perder sua amada esposa. Adão precisava escolher, e tomou a decisão errada, escolhendo a companhia de Eva. Certamente o amor de Adão por Eva era muito grande, mas nenhum amor pode ser maior do que o amor que devemos ter por Deus. A prova de que sempre nos damos mal quando deixamos Deus em segundo lugar, é que o amor que levou Adão a escolher ficar ao lado de Eva em seu pecado logo se transformou em acusações e censuras contra a esposa. Em Gênesis 3:12, Adão culpa Eva e, também, a Deus ao falar para o Criador: “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, ár vore, e eu comi.” (ARA) A mulher por sua vez mostra em suas atitudes as consequências do pecado. Eva joga a culpa para Deus. Assim está relatado em Gênesis 3:13: “Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi.” É como se Eva dissesse assim para Deus: Por que criaste a serpente? Por que lhe permitiste entrar no Éden? Momentos após o pecado, o ser humano já estava desafiando a sabedoria divina.

pois esta perdera seus privilégios de animal alado e o brilho que sobre ela existia. Mas este texto também nos mostra o juízo sobre o Diabo. Em uma profecia que aponta para a cruz, Deus falou da derrota que já estava preparada para o inimigo dos seres humanos. Outra coisa que sofreu sérios danos como consequência do pecado foi a harmonia que existia no primeiro lar. “E à mulher disse Deus: Multiplicarei grandemente a dor da tua conceição; em dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.” A desarmonia no lar nunca foi da vontade de Deus e, nesta passagem, Ele não estava est ava expressando Sua vontade em relação ao casamento, mas estava apenas falando qual seria a consequência do pecado para o matrimônio. Quando o primeiro casal pecou, imediatamente percebeu sua nudez, pois tinha perdido o manto da justiça de Deus que o cobria. Ao perceberem que estavam nus, colheram folhas de figueira e fizeram cintas para si (Gn. 3:7). Foi solução humana para tentarem cobrir a sua condição pecaminosa. Mas a solução para o pecado não está no homem. Nada do que possamos fazer ou deixar de fazer pode nos salvar da condenação do pecado. Deus, logo após falar da gravidade e da con-

O juízo de Deus imediatamente seguiu ao ato pecaminoso do homem. Então o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás tu dentre todos os animais domésticos, e dentre todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gênesis 3:14, 15). Neste texto podemos

sequência do pecado, faz algo que simbolizaria uma ação Sua muitos anos depois. “E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu” (Gn. 3:21). Um sacrifício foi feito no Éden para que Adão e Eva tivessem o corpo coberto, um abrigo de folhas de figueiras nunca cobrirá nossa nudez. O pecado deve ser removido, e o manto da justiça de Cristo deve cobrir o transgressor da lei de Deus. O homem tem sua nudez oculta, não sob a cobertura das folhas de figueira, mas sob o manto da justiça de Cristo. Cristo fez um sacrifício para satisfazer os requisitos da justiça. Que preço o Céu

identificar juízo sobre a serpente como animal,

teve pagar 20. pelo resgate do transgressor da lei dede Jeová

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Nenhum ato do ser humano pode fazê-lo melhor ou digno de salvação. A tentativa dos homens de se salvarem através dos bons atos é equivalente às folhas de figueiras no Éden. Mas um dia Jesus veio à Terra e fez o supremo sacrifício pelo pecado do homem. Pagou o preço da transgressão e ofereceu as vestes de justiça com as quais, unicamente, o homem poderá alcançar a salvação. A parte do homem em todo este plano é aceitar a salvação pela graça de Cristo e permitir que o Espírito Santo desenvolva neles o Seu fruto.

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CAPÍTULO: 10

FÉ, GRAÇA E OBEDIÊNCIA  Certamente um dos assuntos mais lindos e gostosos de se estudar na Bíblia é a Graça de Cristo. Ao longo de todo o Livro Sagrado encontramos evidências desse inexplicável e incompreensível amor que nos salva apesar de nós mesmos. Diferentemente do que algumas pessoas defendem, é possível encontrar a graça tanto no antigo testamento quanto no novo testamento. Isso acontece porque o mesmo Deus gracioso do novo é também o Deus do velho testamento.

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mensagem da graça é confortante e precisamos tê-la profundamente arraigada em nosso coração. Compreendê-la é um dos fundamentos da fé e um dos segredos para uma vida cristã feliz e produtiva. A Bíblia apresenta o que devo fazer para ser salvo. No diálogo entre Paulo, Silas e o carcereiro lemos: “e, tirando-os para fora, disse: Senhores, que me é necessário fazer para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa”. (Atos 16:30,31). Isso parece muito simples: “creia e será salvo”. E, realmente é simples, tão simples que temos dificuldade de entender. É um paradoxo dos seres humanos, compreendemos coisas muito complexas e temos dificuldades de compreendermos coisas muito simples como a graça de Cristo.

pecados que cometemos todos os dias, eles nos fazem merecedores da condenação à morte. Todos estamos na condição de pecadores e, portanto, na condição de perdidos. Devido à nossa condição caída, a justiça humana não serve para nos garantir a salvação e por isso somos “justificados gratuitamente pela Sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rom 3:24). Percebeu a palavra “gratuitamente”? Que graça! Paulo ainda completa: “concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” (Rom 3:28). A Bíblia é clara quando diz que a nossa salvação vem apenas de Jesus. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie (Efésios 2:8,9). Ninguém

A condição humana pede um amor nas dimensões do amor de Deus pois, “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rom 3:23). Em Romanos 6:23, Paulo escreveu que “o salário do pecado é a morte”. Se todos t odos pecaram e o salário do pecado é a morte, logo, todos nós estamos condenados à morte.

poderá chegardeaoseus céu próprios e dizer que se encontra lá por causa méritos. Todos reconhecerão que estarão salvos por causa do incrível amor de Deus tão bem descrito em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Essa metáfora do salário é bastante interessante. Vamos pensar um pouco mais nela. É provável que você trabalhe como assalariado. Essa é a minha condição também. Você passa

Esse é um conceito que precisa estar muito claro em nossa mente. Se assim acontecer nunca mais teremos dificuldade em sermos obedientes a Deus, porque será muito difícil que-

o mês inteiro se esforçando, suando a camisa, se desagastando em seu trabalho, até que, no final do mês, a empresa deposita o seu salário. Eu acredito que você não envia um recado para o seu patrão agradecendo pelo salário depositado. Você não faz isso porque o salário é algo que você merece. Você fez por onde receber aquela quantia, não tem que agradecer a ninguém.

rermos decepcionar alguém pertence como Cristo que tanto nos amou. A salvação a todos que aceitarem a graça de Jesus.

Era isso que Paulo estava tentando nos dizer ao utilizar a metáfora do salário. Nós merecemos a morte, porque fizemos por onde tê-la em nossa vida, e eu não estou me referindo apenas

Conta-se a história de um menino que morava nos EUA. Um dia ao passear com seu pai por um parque da cidade viu um grande monumento que ficava no meio do parque. O menino puxou a calça de seu pai e disse: “pai quero comprar o monumento para mim”. O pai comovido pela inocência da criança pediu que ela falasse com o policial que estava perto do objeto.

ao pecado de Adão e Eva no Éden, me refiro ref iro aos

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O garoto se aproximou do policial e falou sobre sua intensão de comprar aquele grande objeto. O policial, com um sorriso no rosto, perguntou quanto o menino tinha no bolso. Depois de conferir o quanto tinha, disse ao policial que tinha cinquenta centavos e perguntou se com aquele valor ele compraria o monumento. O policial perguntou se o garoto era americano e a resposta foi positiva, então pediu que o garoto guardasse seu dinheiro e disse: este monumento não está à venda, todo o seu dinheiro não o compraria, mas por você ser americano ele já é seu. É assim com a salvação. Não está à venda, todo o nosso dinheiro não a compraria, mas já pertence a todos aqueles que aceitam o sacrifício de Cristo na cruz.

A GRAÇA NOS ISENTA DA LEI? Há uma grande controvérsia no meio cristão a respeito da relação entre a graça e a lei de Deus. Muitos acreditam que a morte de Jesus na cruz por nós, nos isenta de cumprir a lei, como se o sacrifício de Cristo fosse um passaporte para deixarmos todas as nossas paixões soltas para que cumpram a sua vontade. Mas não é isso que a Bíblia diz sobre a lei de Deus. Não resta dúvida de que somos salvos apenas pela graça, como vimos no tópico anterior, mas a graça de cristo não anulou a lei de Deus. A primeira coisa que precisamos é entender a função de lei. Em Romanos 7:7 lemos: “Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Contudo, eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás”. A função da lei nunca foi salvar. Como lemos anteriormente a lei serve para indicar i ndicar o pecado. A ilustração do espelho é muito útil. Quando vemos a nossa imagem em um espelho e detec-

tamos uma sujeira em nosso rosto não apelamos para que o espelho nos limpe. Vamos até a água para nos lavar. A lei é como o espelho, ao olharmos para ela vemos onde estamos errados, mas somente Jesus, a água da vida, pode nos limpar do nosso pecado. É útil neste momento definirmos pecado. A Bíblia tem uma definição clássica sobre o que é o pecado. Lemos assim: “todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei” (1 Jo. 3:4). Embora a Bíblia tenha algumas palavras diferentes para se referir ao pecado, todas elas se encaixam na quebra da lei de Deus, por isso, essa definição consegue abarcar toda a complexidade do assunto. Apenas a ilustração do espelho e as palavras de Paulo já são o bastante para concluirmos que a lei não foi abolida. Mas pode ser que ainda reste um pensamento de que a graça de Deus nos livra das obrigações da lei. Para resolver essas distorções, Paulo escreveu a carta aos romanos. Nela, o apóstolo coloca tudo em seu devido lugar. “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” (Romanos 6:1). Parece impossível que uma pessoa tenha esse tipo de pensamento tão absurdo, pecar mais apenas para receber mais graça. Mas não é impossível. O apóstolo Paulo está escrevendo aos romanos exatamente para resolver essa distorção. Cada época tem produzido sua cota de tais enganadores. Um exemplo que nos vem imediatamente à mente é o do monge russo Rasputin. Por certo tempo, ele foi um protegido muito influente do imperador Nicolau II. Sua doutrina parece ter sido esta: “Quanto mais uma pessoa peca, mais graça ela receberá. Portanto, peque à vontade” .

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O apóstolo Paulo de imediato oferece uma resposta contundente à essa ideia. Leiamos na Bíblia. “De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:2), ou seja, a salvação pela graça nos livra da escravidão do pecado. Não temos tempo nesse momento para lermos todos os versículos bíblicos a respeito da relação entre lei e graça. Mas acredito que já tenha ficado bastante claro que somos salvos exclusivamente pela graça de Deus e isso nos impulsiona para a obediência às suas leis por gratidão. Aceite a salvação em Cristo e viva como um salvo, em obediência!

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CAPÍTULO: 11

FÉ E A MORT MORTEE “Há muito tempo, no Tibete, uma mulher viu seu filho, ainda bebê, adoecer e morrer em seus braços, sem que ela nada pudesse fazer. Desesperada, saiu pelas ruas implorando que alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre budista, colocou o corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a estava abatendo. O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a sua dor. Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda nascida em uma casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu, exultante, em busca da semente. Foi de casa em casa. Sempre ouvindo as mesmas respostas. “Muita gente já morreu nessa casa”; “Desculpe, já houve morte em nossa família”; “Aqui nós já perdemos um bebê também.” Depois de vencer a cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher compreendeu a lição” .

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quela mulher compreendeu uma verdade com a qual todos se depararão em algum momento da vida: a morte é um evento pelo qual todos nós passaremos cedo ou tarde.

não é bíblica, é platônica. Platão desenvolveu sua filosofia a partir da ideia de que o corpo seria a prisão da alma e, portanto, o corpo seria a parte ruim do ser humano. A parte “nobre” seria a alma, através da qual poderíamos acessar o mundo das ideias, onde as coisas reais esta-

Essa é uma verdade evidente, porém, muito dolorosa. A ciência se interessou por esse assunto e na segunda metade do século XX surgiu a Tanatologia, Tanatologia, que é a ciência c iência que estuda a morte e o morrer.

riam. Platão, o que vemos mundo físico seriamPara apenas sombras do queno realmente tem valor.

A tanatologia diz que quando uma pessoa nasce, começa o seu processo de morte, pois, esse é um processo natural. Essa ciência é interdisciplinar e envolve biólogos, que estudam a fisiologia da morte, psicólogos, que trabalham com doentes terminais em seu processo iminente de morte, os legistas que estudam os corpos, dentre outros. Eu e você estamos em uma caminhada em direção à morte e entender o que isso significa é importante para lidar bem com o assunto. A tanatologia nos ajuda, contudo, a Bíblia nos ajuda a entender os aspectos mais profundos relacionados à morte e, inclusive, qual a única solução definitiva para ela.

A MORTE NA PERSPECTIVA BÍBLICA O ser humano foi criado por Deus com dois elementos bem definidos: “Pó da Terra + fôlego de vida. Está escrito: Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7). O texto Bíblico diz que o homem passou a ser alma vivente. Perceba a diferença. Para a antropologia bíblica o homem é um ser integral, indivisível. O Homem não tem uma alma, o Homem é uma alma. A ideia de que o Homem tem uma alma inteligente que mora dentro do corpo e que ao morrer essa alma sai e tem vida inteligente própria,

Existem muitos textos bíblicos que apresentam a condição do homem após a morte. O primeiro, sobre a criação do homem, já vimos. Não pode sair de dentro do homem algo que não foi colocado lá. Deus não nos deu uma alma, portanto, não podemos ter uma dentro de nós. O profeta Daniel também tem uma declaração esclarecedora sobre a morte. “Muitos dos que no pó da Terra ressuscitarão, unse paradormem a vida eterna, e outros para vergonha horror eterno” (Dn 12:2). Segundo esse texto, a única forma de uma pessoa que morreu voltar a ter consciência é a ressurreição. Jesus afirmou que virá um tempo “em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão” (Jo 5:28, 29), ou seja, a pessoa morreu, foi colocada no túmulo e estava lá desde então. Não existe lógica em haver consciência e vida após a morte e o fato das pessoas ressuscitarem. Uma das duas informações está errada. Se as pessoas morressem e fossem para algum lugar, não haveria necessidade de ressurreição. O sábio Salomão escreveu um dos trechos mais esclarecedores sobre a condição do homem após a morte: acompanhe a leitura: “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles. Para eles o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram; nunca mais terão parte em nada do que acontece debaixo do sol. Portanto, vá, coma com prazer a sua comida, e beba o seu vinho de coração alegre, pois Deus já se agradou do que você faz. Esteja sempre vestido com roupas de

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festa, e unja sempre a sua cabeça com óleo. Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol. O que as

to não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. Mais que isso, seremos considerados falsas testemunhas de Deus, pois contra ele testemunhamos que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Mas se de fato os mortos não ressuscitam, ele tam-

suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria” (Eclesiastes 9: 5-10)

bém não ressuscitou a Cristo. se os mortos não ressuscitam, nem mesmoPois, Cristo ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão” (1 Coríntios 15:12-19).

O recado do sábio é muito claro. O que você tiver que fazer, faça enquanto ainda está vivo. Porque depois da morte não existe mais nenhuma consciência e nem condições para se fazer absolutamente nada. Como Jesus falou na história de Lázaro, a morte é como um sono profundo, ou seja, um estado de completa inconsciência. Saber do ensinamento bíblico a respeito da condição do homem depois da morte é muito reconfortante, pois, temos a tranquilidade de que nossos entes queridos que morreram não estão em algum lugar sofrendo dores horríveis ou nos vendo sofrer aqui neste planeta. Para eles, acabou qualquer tipo de sofrimento. Se você perdeu alguém por causa de uma doença que fez a pessoa sofrer muito, pode ficar tranquilo que a pessoa que você tanto ama não está mais sofrendo agora. O apóstolo Paulo dedicou um trecho grande dos seus escritos para nos explicar que a ressurreição é a nossa grande esperança em relação à morte. Em 1 Coríntios 15, o apóstolo dos gentios explica que a ressurreição de Cristo é a garantia de que um dia todos aqueles que o aceitaram serão também ressuscitados. “Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou; e, se CrisCri s-

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A morte é o evento mais desagradável da história do pecado. Ela nos faz sofrer muito e nos deixa cheios de saudade. Se ela chegar para nós, descansar em paz, pois, pela graçapoderemos de Cristo seremos ressuscitados na volta de Cristo. Se a morte alcançar algum dos nossos queridos, podemos ter a esperança de reencontrá-lo junto com Cristo em Glória. Viver com essa esperança não evirará que soframos com a morte, mas nos dará forças para seguirmos em frente com Cristo!

 

CAPÍTULO: 12

FÉ NO NO CRISTO A identidade de uma pessoa é muito importante para ela mesma e para aqueles que se relacionam com ela. Mas quando falamos de Jesus Cristo, a questão da identidade se torna mais importante ainda. Saber quem ele é faz toda a diferença na maneira como nos relacionaremos com Ele.

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ssa é uma questão tão importante que o próprio Jesus fez essa pergunta aos seus seguidores. No evangelho de Mateus 16:13 ele perguntou: “Quem os homens dizem que o Filho do homem é”? Jesus gostaria que todos soubessem quem ele era

vidas sobre o que Jesus pensava a respeito de si mesmo, mas, vamos buscar outras referências bíblicas.

para que pudessem se relacionar com ele da maneira certa. Essa também é uma questão importante para nós hoje. Vamos nos aprofundar nesse assunto?

sua divindade. Para não ficar dúvidas, vejamos os versículos seguintes. “Novamente os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus lhes disse: “Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar? “Responderam os judeus: “Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus” (João 10:3133).

JESUS É DEUS? A nossa postura diante da figura de Jesus Cristo vai variar de acordo com o que pensamos a respeito dele, ou seja, dependendo de como classificamos a Cristo, vamos desprezá-lo, admirá-lo, segui-lo ou adorá-lo. Por isso, é de suma importância chegar a uma conclusão definitiva sobre a identidade de Cristo. Algumas pessoas consideram a Cristo como um grande sábio que passou pela Terra no passado. Ele falou coisas interessantes e que podem ser seguidas se for conveniente. Outras pessoas/religiões consideram Cristo como um profeta que está no mesmo nível de outros que já passaram pela Terra. Há outro grupo de pessoas que consideram Jesus como sendo Deus encarnado. Como saber quem está certo?

2 – Em João 10:30 Jesus afirmou: “Eu e o Pai somos um”. Aqui ele estava afirmando a

3 – Em João 11:25 Cristo disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, é uma af irmação afirmação que apenas Deusviverá;”. poderiaEssa fazer. Ninguém mais no universo seria capaz de se classificar como aquele que é o detentor da vida. Essas são apenas três declarações de dezenas que poderíamos citar de Jesus afirmando ser Deus. Ele não se via como apenas um mestre sábio ou como um profeta apenas. Quem pensa assim está fazendo uma afirmação sobre Cristo diferente do que Ele mesmo pensava a respeito de si.

Vamos começar pelo caminho mais óbvio. Vejamos o que o próprio Cristo falou a respeito dele mesmo. Existem algumas declarações bastante claras sobre esse assunto. Vejamos: 1- Em João 8:58 Jesus disse o seguinte: Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou”. Nessa afirmação, Jesus está se identificando como o mesmo Deus que se apresentou a Moisés em Êxodo 3:14 como o “Eu Sou”. Ou seja, Cristo está afirmando que Ele é o Deus do Antigo Testamento, aquele que enviou as pragas do Egito, que abriu o mar vermelho, que fez cair maná do céu. Essa afirmação af irmação não deixa dú-

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Contudo você pode estar pensando da seguinte forma: “Qualquer pessoa pode afirmar o que quiser sobre si mesmo. A questão é se o que se afirma é verdade”. Eu concordo concordo com com você. Por isso, precisamos colocar a afirmação de Cristo à prova. Como saber se o que ele falava é verdade?

LOUCO, MENTIROSO OU DEUS Qualquer pessoa que faz uma afirmação tão contundente sobre si mesmo tem três possibilidades de classificação. Essa pessoa pode estar

 

louca, e por isso fala coisas tão absurdas sobre si mesma. Ou essa pessoa está mentindo, ou seja, sabe que não é aquilo que afirma que é. Ou, finalmente, essa pessoa está falando a verdade. Para Jesus, só existem essas três possibilidades: Louco, mentiroso ou Deus. Vamos co-

3 – Percepções estranhas da realidade: Será que Cristo tinha total percepção do contexto em que vivia? A resposta é um sonoro SIM. Cristo nunca perdeu a noção de quem ele era e de onde ele estava. Sua mente sempre esteve muito clara e lúcida, com percepções reais sobre

locar cada uma delas à prova na vida de Cristo?

tudo o que acontecia.

LOUCO Eu não sou especialista em doenças mentais, portanto, não sei quais são os critérios objetivos para classificar alguém como louco. Por isso, fui buscar informações com um especialista, alguém que pudesse responder à pergunta: como saber se alguém é louco? O Dr. Gary R. Collins, doutor em psicologia, é mundialmente conhecido por seus livros na área da psicologia. Foi dele que extraí alguns critérios que podem nos ajudar a avaliar se Jesus era louco. Os Critérios são os seguintes: falas incoerentes, emoções descontroladas, percepções estranhas da realidade, dificuldades nos relacionamentos sociais. Vamos aplicar esses quatro critérios à pessoa de Cristo? 1 – Falas incoerentes: As palavras de Cristo são completamente coerentes. Aqueles que se detêm no estudo cuidadoso da Bíblia perceberão que todas as falas de Cristo estão em harmonia uma com as outras. Ele nunca disse algo que fosse contraditório. Uma das provas de que as falas de Cristo são coerentes é que suas palavras são usadas para fundamentar textos e vidas há mais de 2000 anos. 2 – Emoções descontroladas: O psiquiatra Augusto Curi analisou a vida de Cristo a partir dos relatos dos evangelhos e concluiu que Jesus poderia ser considerado “O Mestre da Vida”. Ele teve total controle sobre suas emoções. Mesmo nos momentos de maior angústia, ele manteve o controle de suas emoções.

4 – Dificuldade nos relacionamentos sociais: É muito claro que Jesus não apenas tinha muita facilidade nos relacionamentos sociais, como os princípios que ele estabeleceu para os relacionamentos humanos são os melhores que alguém já apresentou. Regras como “faça ao outro o que você gostaria que fizessem a você” ou “Devolva o mal com o bem”, viraram valores universais de bons relacionamentos. Definitivamente, Jesus não era um louco. Pelo Elejáfoi o ser humano maisnão equilibradocontrário, que a Terra conheceu. Se Jesus era um louco ao afirmar que ele era Deus, ele poderia ser um mentiroso ao fazer tal afirmação.

MENTIROSO Como saber se Jesus estava ou não mentindo? Não é complicado, mas para responder a essa pergunta, precisamos primeiro responder a outra: Por que uma pessoa mente? Os motivos são diversos, mas todos podem ser resumidos em uma grande razão: as pessoas mentem para ganhar algum tipo de vantagem. Vamos Vam os para alguns exemplos ilustrativos. Um aluno pode mentir para ganhar uma nota maior na prova, alguém pode mentir para ganhar prestígio com o chefe ou colegas de trabalho. É possível que alguém minta para levar vantagem em um negócio. Alguém pode mentir para impressionar os amigos, enfim, ninguém mente pensando em perder algo. As pessoas mentem para ganhar alguma coisa. Agora podemos avaliar a vida de Cristo, se

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CAPÍTULO: 13

FÉ E O JULGAMENTO FINAL Deus é justiça! Essa não é apenas um jargão do cristianismo, é a mais pura e profunda verdade. Perceba bem a construção dessa frase: Ele não faz justiça apenas, Ele é justiça. A justiça não é um produto da sua vontade, mas uma imutável característica da sua natureza. Não existe a possibilidade de Deus ser injusto, porque, para isso, ele teria que deixar de ser quem é, e isso é impossível.

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Bíblia tem diversas referências à justiça divina e, logicamente, não abordaremos todas nesse momento, mas quero destacar algumas características e atributos da justiça divina. A primeira pr imeira está no livro dos salmos. Lemos assim: “O Senhor

para a sua salvação. Só existe uma possibilidade de sermos salvos, é se a justiça de Deus for atribuída aos seres humanos e foi exatamente esse o plano que Deus elaborou para nós. A justiça divina é atribuída ao homem e isso o torna justo. Esse processo é chamado de justificação.

reina para sempre; estabeleceu o seu trono para julgar. Ele mesmo julga o mundo com justiça; governa os povos com retidão” (Salmo 9:7,8).

Acompanhe a explicação do apóstolo Paulo sobre esse assunto: “Porquanto, ignorando a justiça que vem de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se submeteram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê. Moisés descreve desta forma a justiça que vem da lei: “O homem que fizer estas coisas viverá por meio delas”. Mas a justiça que vem da fé diz: “Não diga em seu coração: ‘Quem subirá ao céu?’ (isto é, para fazer Cristo descer) ou ‘Quem descerá ao abismo?’ “ (isto é, para fazer subir Cristo dentre os mortos). Mas o que ela diz? “A palavra está perto de

O texto sagrado é claro ao dizer que um dos muitos atributos de Deus é ser o juiz do universo. Ele tem a capacidade e a soberania para julgar todas as pessoas e assim o fará. Isso não depende da nossa vontade ou autorização. Todos os seres humanos serão julgados em algum momento no santuário celestial. Segundo as profecias de Daniel capítulo 8 e 9, esse processo começou em 1844 e se estenderá até um pouco antes da volta de Cristo. Você deve ter percebido o que o salmista falou no texto que acabamos de ler. O julgamento é feito a partir do trono de Deus, ou seja, do santuário celestial o Senhor faz justiça perante todo o universo. Assim como acontece nos tribunais terrestres, no julgamento que Deus faz e fará, existe um código legal a partir do qual todas as pessoas são julgadas. Se não existe lei, não existe como estabelecer o que é certo ou errado e, portanto, não pode existir julgamento. A justiça sempre está baseada em um código de leis. No acaso da moral, justiça são divina, os 10 mandamentos, sua lei o parâmetro de julgamento. É por isso que não faz sentido dizer, como alguns o fazem, que a lei moral de Deus, os dez mandamentos, foi abolida. Se não há lei, não há justiça e isso invalidaria todas as referências bíblicas a um julgamento presente e futuro.

você; está emdasua em seu proclamando: coração”, isto é, a palavra féboca que eestamos Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo. Pois com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação” (Romanos 10: 3-10). A justificação não é o perdão de um homem sem justiça, mas uma declaração de que ele possui uma justiça que satisfaz perfeitamente e para sempre a lei, a saber, a justiça de Cristo (de acordo com 2 Cor. 5:21; Rom. 4: 6-8) . Essa ésouma realidade Bíblica que deve encher noscoração de alegria e esperança. Veja como o apóstolo Paulo descreve essa verdade: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”. (2 Coríntios 5:21).

Uma coisa é certa e clara: Deus é justo e o Homem é injusto. Não existe a possibilidade de os seres humanos fazerem uso de qualquer justiça

O apóstolo Paulo acrescenta: “Davi diz a mesma coisa, quando fala da felicidade do homem a quem Deus credita justiça independente de obras: “Como são felizes aqueles que têm suas transgressões perdoadas, cujos pecados são apagados. Como é feliz aquele a quem o Se-

própria para estabelecer méritos que contem

nhor não atribui culpa”. (Romanos 4:6-8). Só po-

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demos ser justos porque Ele foi perfeitamente justo. São os méritos de Cristo que carregamos sobre nossos ombros justificados. Como diz o apóstolo Paulo: “Consequentemente, assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um

senhorio os méritos do seu sangue.

só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens” (Romanos 5:18).

os pecados listados naquele livro. Contudo, sobre aquela lista de pecados terá um carimbo vermelho escrito perdoado. Aquela tinta vermelha não é qualquer tinta, é o sangue de Cristo que redimiu você dos seus pecados.

A Bíblia apresenta uma realidade muito especial que está acontecendo nesse momento no céu e continuará por algum tempo até que Cristo volte à Terra para nos buscar. No santuário celestial está acontecendo um julgamento – o juízo investigativo. O nome de cada ser humano que já viveu nesse planeta passará diante do trono de Deus para que seu destino eterno seja julgado. Esse é um fato que não deve nos causar medo, pelo contrário, o juízo de Deus é

Quando for a sua vez de passar diante do tribunal celestial, a cena será mais ou menos da seguinte forma. Chamarão o seu nome e alguém dirá que você realmente cometeu todos

É por isso que não devemos ter medo do juízo de Deus. Ele acontece em favor daqueles que aceitaram a Cristo. Portanto, abra seu coração a Cristo, aceite-o como seu salvador e senhor e permita que ele coloque sobre você o manto de justiça dEle. Assim você será considerado justo.

em favor dos seus filhos. Essa informação deve nos causar esperança e alegria, porque as perspectivas para aqueles que aceitaram a Cristo como seu salvador são muito boas. Como em todos os julgamentos, existem as figuras principais: O juiz, o advogado, o réu e a lei que serve de parâmetro para o julgamento. Deus, o Pai, atua como o Juiz. Jesus Cristo é o nosso advogado. Os dez mandamentos são o parâmetro legal de julgamento. O Homem, eu e você, somos os réus e a cruz é a única solução para o Homem. Como eu falei, as perspectivas desse julgamento são muito boas para nós. O juiz nos ama tanto que deu seu filho para morrer em nosso lugar. O advogado escolheu dar a vida por nós e nunca perdeu uma causa. Nós, os réus, estaríamos irremediavelmente condenados se não fosse a atitude de Cristo de morrer em nosso lugar. É por isso que ele está no santuário celestial, nesse momento, atribuindo a todos os que aceitam seu sacrifício e

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CAPÍTULO: 14

FÉ E A RESTAURAÇÃO DA CRIAÇÃO Quando estamos escrevendo um texto e queremos destacar alguma informação, podemos usar vários recursos como sublinhar,, colocar em negrito sublinhar neg rito ou caixa alta. Nos tempos em que a Bíblia foi escrita não existiam esses recursos. O método dos autores bíblicos para enfatizar um assunto era a repetição.

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S

e existe um assunto repetido nas Escrituras é a volta de Jesus. Existem centenas e centenas de menções diretas e indiretas a este evento que é tão aguardado pelos cristãos e que dará início a uma etapa da história. Na verdade, a volta de Cristo será um retorno ao plano original de Deus para os seres humanos. Moraremos em um ambiente sem pecado, sem dor e tristeza, tal qual Deus criou no início. Será o recomeço da história de um mundo perfeito. O retorno à Terra para buscar os salvos é a promessa que enche o nosso coração de esperança. Jesus prometeu e cumprirá. Vamos relembrar as suas palavras: “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14:1-3). É possível que exista um sentimento pairando no coração de alguns cristãos. É o sentimento de que a segunda vinda de Cristo está demorando. A existência desse sentimento não somente é compreensível, como foi profetizada pelo apóstolo Pedro. É muito útil que dediquemos um pouco de atenção para esse texto. “Amados, esta é agora a segunda carta que lhes escrevo. Em ambas quero despertar com estas lembranças a sua mente sincera para que vocês se lembrem das palavras proferidas no passado pelos santos profetas, e do mandamento de nosso Senhor e Salvador que os apóstolos de vocês lhes ensinaram. Antes de tudo saibam que,

nos últimos dias, surgirão escarnecedores zombando e seguindo suas próprias paixões. Eles dirão: “O que houve com a promessa da sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação” (2 Pedro 3:1-4). Pedro, como outros autores bíblicos, tinham um anseio tão grande pela volta de Cristo que tratava o evento como algo que aconteceria ainda em seu tempo, embora, perceba-se em seu texto que ele compreendia que poderia demorar muito tempo ainda. Ele fala dos escarnecedores como se eles já existissem e, ao mesmo tempo, os colocando como personagens que apareceriam no futuro. Ele diz que “Virão escarnecedores, escarnecendo”. “Essas pessoas conhecem a revelação de Deus e seu julgamento por vir. Por estarem familiarizados com as Escrituras, tornaram-se escarnecedores constantes de Deus e de sua Palavra. O escárnio não deve ser confundido com a zombaria. A zombaria retrata frivolidade, mas o escárnio é um pecado intencional. Ocorre quando, deliberadamente, a pessoa mostra desprezo por Deus e por seu Filho” . Pedro está nos advertindo que a nossa fé seria posta à prova através das palavras de pessoas que conhecem a mensagem da volta de Cristo, mas não creem nela. Essas pessoas “andam segundo as suas próprias paixões”. É interessante essa informação. É como se o apóstolo colocasse em contraste as atitudes dos salvos e dos escarnecedores: Prazer nas coisas espirituais X prazer nas coisas da carne. Esse detalhe será um aspecto distintivo entre salvos e perdidos nos últimos dias. Os salvos apresentarão o fruto do espírito, enquanto os perdidos viverão baseados nas obras da carne, conforme

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Paulo apresenta em Gálatas 6: 16-26). Os escarnecedores ainda afirmam que o mundo permanece do mesmo jeito desde os dias da criação. Observe, eles conhecem as escrituras, falam da criação, mas estão cegados pelo pecado a ponto de desprezarem a degradação do planeta causada pelo pecado, o nascimento, ministério, a morte e a ressurreição de Cristo e suas promessas de retorno. É exatamente aqui que percebemos o quanto o pecado tira a noção das realidades espirituais. Eles desprezam todos os efeitos das intervenções de Deus na história e se esquecem que “a vinda de Cristo mudou tudo, e sua volta um dia trará a consumação. Jesus voltará” . Voltemos para o texto de Pedro, porque tem mais detalhes importantes lá. “Mas eles deliberadamente se esquecem de que há muito tempo, pela palavra de Deus, existiam céus e terra, esta formada da água e pela água. E pela água o mundo daquele tempo foi submerso e destruído. Pela mesma palavra os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo, guardados para o dia do juízo e para a destruição dos ímpios. Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3:5-9). Observe que Pedro usa como argumento de confirmação os eventos relatados em gênesis. A menção à criação e ao dilúvio é um lembrete de que eventos de destruição em massa já foram protagonizados por Deus

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no passado. Jesus também fez algo semelhante. Em Mateus 24: 37-39, ele disse que os escarnecedores ficarão surpresos como nos dias de Noé e em Lucas 17: 28-29 serão surpreendidos como nos dias de Ló. É como se a Bíblia estivesse nos dizendo: “O mesmo Deus que teve poder na criação, no dilúvio e em Sodoma e Gomorra, continua igualmente poderoso para o momento da volta de Jesus. O escárnio dos que duvidam da volta de Cristo não anula o fato de que os sinais estão se cumprindo. “Jesus diz que o crente deve observar os sinais dos tempos. Alguns desses sinais são a proclamação pr oclamação do evangelho em todas as nações (Mt 24.14), o surgimento de falsos cristos e falsos profetas (Mc 13.22), um período de crescente iniquidade (2Ts 2.7) e a vinda do Anticristo (1Jo 2.18). Ao observar esses sinais, os crentes são fortalecidos em sua fé, certos de que Deus está conduzindo a história mundial para o dia glorioso da volta de Cristo” . Devemos ter certeza de que o evento acontecerá no tempo de Deus. Esse é outro ponto importante tratado por Pedro. A noção de Tempo para Deus é diferente da noção de tempo para o homem. Para confirmar isso, o apóstolo repete Moisés (Salmo 90:4), ao dizer que um dia para o Senhor é como mil anos e mil anos como um dia. A demora deve ser chamada de paciência. É essa a razão que Pedro apresenta para a aparente demora. Cristo está dando tempo para que seus amados se decidam por Ele. Mas um dia esse tempo se encerrará e os que não se arrependerem sofrerão as consequências de sua decisão. Apesar de Deus desejar a redenção de toda a raça humana, ele não decretou a salvação universal .

 

“O dia do Senhor, porém, virá como ladrão. Os céus desaparecerão com um grande estrondo, os elementos serão desfeitos pelo calor, e a terra, e tudo o que nela há, será desnudada. Visto que tudo será assim desfeito, que tipo de pessoas é necessário que vocês sejam? Vivam de maneira santa e piedosa, esperando o dia de Deus e apressando a sua vinda. Naquele dia os céus serão desfeitos pelo fogo, e os elementos se derreterão pelo calor. Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça” (2 Pedro 3:10-13) O dia do Senhor, a volta de Jesus, é certa. Aquele será um dia paradoxal, porque será um dia maravilhoso e terrível, a depender da nossa escolha. Por isso, agora é o momento de abrir o coração para Cristo e aceitar a Sua graça que nos salva e nos transforma cada vez mais à Sua semelhança.

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CAPÍTULO: 15

 A DE DECI CISSÃO DA FÉ As ocasiões mais importantes da vida pedem cerimônias púbicas. Quando um novo governante é escolhido, existe uma cerimônia pública de posse. Quando um homem e uma mulher decidem se casar,, existe uma cerimônia pública para casar celebrar o amor e pedir as bênçãos de Deus sobre o casal. Quando decidimos dedicar a vida exclusiv exclusivamente amente para Deus, vivendo sob a graça de Cristo, também devemos marcar essa decisão com uma cerimônia pública, ela se chama batismo. Ele é “o rito tradicional de iniciação ao cristianismo. Seu nome deriva do verbo grego signif banhar, submergir” . É porque issosignifica que oica verdadeiro batismo acontece por imersão.

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O

batismo é uma “ordenança instituída por Cristo” . Foi o Mestre que disse na grande comissão: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:19,20). O batismo é um ponto importante do propr ocesso de salvação de uma pessoa. Ele não foi estabelecido por homens como uma forma de comprometer as pessoas com uma rer eligião. Ele foi instituído por Deus como uma marca daqueles que o aceitaram e querem viver para Ele. Acompanhe as palavras de Cristo: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” (Marcos 16:15-16). Jesus criou um vínculo muito íntimo entre a salvação e o batismo. Se isso fosse feito por qualquer ser humano poderíamos questionar, mas são palavras de Cristo e, como servos dEle, nós aceitamos e pregamos essa verdade.É possível que exista um sentimento pairando no coração de alguns cristãos. É o sentimento de que a segunda vinda de Cristo está demorando. A existência desse sentimento não somente é compreensível, como foi profetizada pelo apóstolo Pedro. É muito útil que dediquemos um pouco de atenção para esse texto. Existem muitos outros exemplos bíblicos de que uma pessoa, ao conhecer a Cristo e suas verdades, deveria se submeter à cerimônia batismal. Um desses episódios aconteceu no dia do Pentecostes, ainda no início da história cristã. O relato bíblico diz que: “Quando as pessoas sentiram uma convic-

ção no dia do Pentecoste, que lhes disse Pedro que elas teriam que fazer? “Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2:38). É importante ressaltar que em todas as ocasiões em que o batismo é apresentado nas escrituras, a cerimônia sempre é uma demonstração pública de uma decisão que já foi tomada anteriormente. O batismo é um símbolo da salvação recebida pela graça de Cristo e não a causa dessa salvação. O importante é aquilo para o qual o batismo aponta e não o ato em si. Mas o que representa o batismo? A Bíblia diz em Atos 22:16 o seguinte: “Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o seu nome.” Inicialmente, o batismo representa o ato de ter a vida purificada dos pecados. Quando somos submersos nas águas batismais estamos atestando publicamente que Cristo, a água da vida, nos lavou de todas as nossas impurezas. Outro significado simbólico do batismo é a morte para o pecado e a ressurreição para a nova vida. O apóstolo Paulo explora esse significado: “Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Colossenses 2:12). É muito clara essa simbologia, nem é preciso dar maiores explicações sobre o texto. Em sua carta aos romanos, o apóstolo Paulo usa novamente o batismo como símbolo de morte para o pecado e ressurreição

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para uma nova vida: “De modo nenhum. Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos ser virmos mais ao pecado. Pois quem está morto está justificado do pecado” (Romanos 6:2-7).

aponta para aquele Domingo em que Jesus saiu da tumba. A guarda do domingo não é bíblica, o dia do Senhor é o sábado.

O apóstolo Pedro acrescenta mais um símbolo à cerimônia batismal. Ele escreveu: “e isso é representado pelo batismo que agora também salva vocês — não a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso de uma boa consciência diante de Deus — por meio da ressurreição de Jesus Cristo” (1 Pedro 3:21). O apóstolo nos diz que o batismo é um símbolo do nosso compromisso de mantermos uma boa consciência diante de Deus, e como isso é feito? Simples. Precisamos nos manter fiéis àquilo que Cristo ensinou em Sua palavra, ou seja, o batismo também aponta para a fidelidade que o cristão deve ter em relação à vontade de Cristo.

Talvez você esteja pensando agora: “quando devo ser batizado?” Essa é uma boa pergunta e se ela surgiu em sua mente é porque o Espírito Santo já está trabalhando em seu coração. A Bíblia nos ajuda a entender o momento certo de ser batizado. Em Atos 8:12 lemos o seguinte: “Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e do nome de Jesus, batizavam-se homens e mulheres”.

É interessante analisar que Pedro e Paulo destacam o batismo como a cerimônia que aponta para a ressurreição de Cristo. Alguns cristãos querem vincular a guarda do domingo como uma cerimônia que comemora a ressurreição do Senhor, mas a Bíblia destaca o batismo como aquilo que

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Cristo é o nosso exemplo em tudo que se relaciona com a salvação. Por isso, ele se submeteu ao batismo. Cristo não precisava ser batizado, afinal de contas, ele não tinha pecados e nem natureza pecaminosa, mas para nos dar o exemplo, deixou que João Batista o submergisse no rio Jordão. Jordão. Mateus 3:16-17 diz o seguinte: “Batizado que foi Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito Santo de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.

No momento em que você crer em Cristo e aceitar viver os princípios do Seu Reino de Graça, estará pronto(a) para passar pela cerimônia batismal. É a decisão de aceitar o sacrifício de Cristo em seu favor e a disposição de obedecer a tudo o que Ele lhe ensinar que marcam o momento de pedir o batismo. É possível que você já tenha tomado essas decisões e, portanto, já esteja pronto(a) para ser batizado(a). Se for esse o caso, pro-

 

cure a igreja adventista do sétimo dia mais próxima da sua casa, lá você será auxiliado(a) nesse processo e passará pela linda cerimônia que marcará a sua morte para o pecado e a ressurreição para uma vida mais completa em Cristo Jesus.

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REFERÊNCIAS 1

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 Kistemaker, S. J. (2006). Tiago e Epístolas de João. (C. A. B. Marra, Org., S. Klassen, Trad.)  Kistemaker, (1a edição, p. 139). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. 9

 Kistemaker, S. J. (2006). Tiago e Epístolas de João. (C. A. B. Marra, Org., S. Klassen, Trad.) (1a edição, p. 139). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. 10

 Kistemaker, S. J. (2006). Tiago e Epístolas de João. (C. A. B. Marra, Org., S. Klassen, Trad.)

11

(1a edição, p. 128). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. 12 MacArthur, John. Com Vergonha do Evangelho. São José dos Campos – SP: Editora Fiel. P, 8  Orr-Ewing, Amy. Por que Confiar na Bíblia? Resposta a Dez Perguntas Pifíceis. Viçosa – MG: Ultimato, 2008. P, 8. 13

 John Stott. O Discípulo Radical..Viçosa, MG: Ultimato, 2011. P. 93.

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15

 FONTE: https://www.significados.com.br/ https://www.significados.com.br/antropologia/ antropologia/

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 Perguntas e Respostas sobre o criacionismo e evolucionismo (duas estruturas conceituais): coletânea de 200 perguntas mais frequentes com respostas elaboradas pela SCB em três níveis distintos de profundidade. Org. Ruy Carlos de Camargo Vieira. Pg. 27 18

 Dezenas de cientistas são filiados à Sociedade Criacionista Brasileira.

19

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20

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 Kistemaker, S. J. (2006). Epístolas de Pedro e Judas. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, p. 436). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. 25

 Kistemaker, S. J. (2006). Epístolas de Pedro e Judas. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, p. 437). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. 26

 Kistemaker, S. J. (2006). Epístolas de Pedro e Judas. (S. Klassen, Trad.) (1a edição, p. 448). São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã. 27

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 Easton, M. G. (1893). In Easton’s Bible dictionary. New York: Harper & Brothers

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