O Foro de São Paulo Graça Salgueiro

June 11, 2024 | Author: Anonymous | Category: N/A
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O Foro de São Paulo: A mais perigosa organização revolucionária das Américas Copyright © 2016 por Graça Salgueiro 1ª edição - Primavera 2016 Editores Alex Pereira e Graça Salgueiro © Os direitos desta edição pertencem ao Observatório Latino www.observatoriolatino.com ISBN 978-0-692-80388-2 Reservados todos os direitos desta obra. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição, total ou parcial, por meio ou forma, seja ela eletrônica ou mecânica, fotocópia, gravação, ou qualquer outro meio de reprodução, sem a autorização expressa dos editores.

FICHA CATALOGRÁFICA S164f Salgueiro, Graça. O Foro de São Paulo: a mais perigosa organização revolucionária das américas / Graça Salgueiro. São Paulo (SP): Observatório Latino, 2016. 216 p.: 18x11 cm Inclui bibliografia. ISBN 978-0-692-80388-2 1. América Latina - Política e governo. 2. Foro de São Paulo (Organização). 3. Socialismo - América Latina. I. Título. CDD-320.98

“A primeira regra é: não acredite no que é oficialmente mostrado; procure o que está oculto”. (Viktor Suvorov - “O grande culpado”)

A meu filho Matheus, amor da vida inteira.

SUMÁRIO CAPÍTULO 1

APRESENTAÇÃO CAPÍTULO 2

O PRÉ-FORO DE SÃO PAULO CAPÍTULO 3

HISTÓRICO CAPÍTULO 4

PARTIDOS E ORGANIZAÇÕES: ONTEM E HOJE CAPÍTULO 5

CRONOLOGIA DOS ENCONTROS E CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO (GT) CAPÍTULO 6

OBJETIVOS DE CADA ENCONTRO CAPÍTULO 7

AS SUCURSAIS DO FORO DE SÃO PAULO: FÓRUM SOCIAL MUNDIAL, MERCOSUL, ALBA, UNASUR E CELAC CAPÍTULO 8

DESFAZENDO MITOS E MENTIRAS CAPÍTULO 9

ANÁLISE DE CONJUNTURA CAPÍTULO 10

CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA

CAPÍTULO 1

APRESENTAÇÃO “Na Academia fomos ensinados a não confiar em ninguém, questionar todo e qualquer fato, verificar cada detalhe, duvidar de tudo. Se uma centena de agentes secretos relatava determinada ocorrência de um modo, e apenas um relatasse diferente, mesmo sem fazer sentido, deveríamos conversar com ele. Ninguém acreditaria nele nem em você; todos ririam e caçoariam. Mas é assim que grandes descobertas são feitas. É fácil repetir fatos conhecidos, mas é muito mais difícil descobrir algo que ninguém sabe. Se for você a descobrir, será mal interpretado e muito desmentido no princípio. Mas, quando você encontrar provas, convencerá os superiores. Foi exatamente o que fiz".

(Viktor Suvorov, “O grande culpado”) Quando em 1999 telefonei para Olavo de Carvalho, meu então professor de filosofia, virtual, ele falou-me de uma mega-organização chamada “Foro de São Paulo” da qual ninguém comentava mas que estava interferindo nos governos das nações latino-americanas para implantar o falido modelo comunista. Fiquei muito impressionada e tomei a decisão de

pesquisar e estudar a respeito. Foi o que fiz desde então até os dias de hoje, com dedicação exclusiva. Olavo tomou conhecimento dessa organização através do advogado Dr. José Carlos Graça Wagner e durante 15 anos falava praticamente para as paredes em suas colunas de grandes jornais do Brasil e, por conta disso, foi declarado persona non grata, ao mesmo tempo em que ia sendo demitido desses órgãos de imprensa com as desculpas mais descabidas possíveis. Sabíamos que era por sua insistência em falar daquilo que deveria permanecer oculto do público por ordens do próprio Lula, uma vez que nos outros países envolvidos não só a imprensa, mas estudiosos e pessoas comuns, falava-se abertamente sem qualquer restrição. Quando comecei a pesquisar e estudar o Foro, havia farto material no site da organização porque esse era um tema que ninguém comentava, e então eles não tinham porque ter receio de que as informações sobre seus planos fossem cair inadvertidamente em mãos não desejáveis. Porém, quando Olavo começou a denunciar publicamente e eu o ajudava divulgando seus artigos enquanto pesquisava, a situação começou a mudar. Eles passaram a trocar o nome do site, depois a não divulgar todas as resoluções estabelecidas nos Encontros e no Grupo de Trabalho e dávamos como numa briga de gato e rato: eu 'perseguindo” as informações, e eles mudando o domínio e o nome constantemente para que eu não as encontrasse. Mas minha persistência me rendeu bons frutos, uma vez que os documente s relativos aos primeiros anos foram compilados e publicados no site Mídia Sem Máscara1, onde podem ser vistos até hoje. Em julho de 2005 quando o Foro completou 15 anos, Lula disse em seu discurso: “Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política”2. Nesse momento foi dada a “luz verde” para que a imprensa pudesse falar na organização, e

assim fizeram como se desde a fundação, em 1990, esse fosse um tema recorrente em suas páginas e redações. A citação de Viktor Suvorov posta acima, embora se referisse à Rússia e ao ex-KGB de onde foi membro ativo, descreve com exatidão o que Olavo (primeiro) e eu (depois) passamos durante todo esse tempo de encobrimento do Foro de São Paulo e agora, que já não é mais segredo, pede-se o fim do Foro em qualquer manifestação pública que haja Brasil afora, sem de fato saber quem é este inimigo tão temível que deve ser exterminado do planeta, qual seu raio de ação e seus mecanismos de atuação. A imprensa passou da “não-existência” à referência corriqueira, sem contudo denunciar os malefícios e as pretensões criminosas da organização, até que a expressão “Foro de São Paulo” se esvaziasse totalmente de seu conteúdo, sentido e malignidade. Este livro se propõe a desmascarar mitos e desmontar muitas mentiras existentes em torno ao tema de forma clara e sucinta, de modo que qualquer pessoa, por mais simples e inculta que seja, possa lê-lo e compreender a ameaça que nos ronda, suas origens, estratégias empregadas, quem são seus membros participantes e os êxitos que já obteve nesses 26 anos de existência. Esse é o primeiro de uma série que virá s — seguida, numa trilogia intitulada “O Continente Vermelho”. Espero que seja de utilidade e que aproveitem. Agradeço antes de tudo a Deus, que me iluminou, protegeu e me deu as condições para que este trabalho fosse concretizado. Não posso deixar de registrar minha mais profunda gratidão a Alex Pereira pela insistência para que eu escrevesse esse livro, quando não me sentia capaz ainda, e todo o apoio, respeito e carinho nessa jornada que empreendemos juntos na Rádio Vox.3 A Heitor De Paola, meu "fratello”, pela amizade e companheirismo de mais de uma década, apoio constante que nunca me deixou desanimar. A Edson Camargo, meu “bossinho” e amigo, que sempre deu destaque aos meus artigos no Mídia Sem Máscara e sonhou esse livro junto comigo. A Roxane Carvalho, minha “hermanita”,

por sempre torcer e acreditar em mim. A Alejandro Peña Esclusa, meu amigo venezuelano - hoje preso-político da ditadura chavista em prisão domiciliar e amordaçado por força de lei, por denunciar incessantemente os crimes dessa organização em seu país a primeira pessoa de fora do Brasil que falou do Foro de São Paulo comigo e com quem troquei muitas informações e experiências valiosas. Agradeço ainda, postumamente, a dois amigos-irmãos que não viveram o suficiente para ver a coroação do meu trabalho através dessa obra, do qual sempre foram grandes incentivadores: Claudio Buchholz Ferreira e Márcio Del Cístia. E, finalmente, ao filósofo e escritor Olavo de Carvalho, meu professor e amigo, por ter-me mostrado o caminho das pedras ainda no século passado, e por ter acreditado que eu cumpriria a “missão” de desmascarar o Foro de São Paulo, em nome da verdade. A todos, meu sincero agradecimento. A autora

CAPÍTULO 2

O PRÉ-FORO DE SÃO PAULO Quando se fala no Foro de São Paulo a maioria ias pessoas que tem algum conhecimento da organização crê que ela surgiu em 1990, a convite de Luiz Inácio Lula da Silva e do ditador Fidel Castro. Isto é uma meiaverdade, posto que seu embrião foi gerado bem antes disso, sua semente plantada décadas atrás. Em 3 de janeiro de 1967, Cuba organizou em Havana um evento denominado Conferência Tricontinental dos Povos Africanos, Asiáticos e Latino-Americanos, que reuniu 83 grupos de vários países dos três continentes, com 513 Delegados, 64 Observadores e 77 Convidados representando 24 países, sendo a delegação da União Soviética - que há pouco havia criado o Que se denominou a “Crise dos Mísseis” contra os Estados Unidos em 1962 -, a mais numerosa, tom 40 membros. Havana foi designada para ser o quartel-general para "apoiar, dirigir, intensificar e coordenar operações guerrilheiras e terroristas nos três continentes1 A Resolução Geral, aprovada naquele encontro, serviu de base para todo o projeto do que viria a ser mais tarde o Foro de São Paulo. Observem que os males do universo inteiro eram O “imperialismo ianque” e por isso urgia destruí-lo. Senão, vejamos: 1. Condenação do imperialismo ianque; 2. O imperialismo ianque é o maior inimigo de todos os povos do mundo;

3. O imperialismo ianque constitui a base para a opressão dos povos; 4. Proclamou o direito dos povos de enfrentar o imperialismo com violência revolucionária, as “guerras de libertação nacional”; 5. Condenou vigorosamente o imperialismo ianque pela “agressão” ao Vietnã do Sul; 6. Proclamou a solidariedade com a luta armada dos povos da Guatemala, Peru e Colômbia; 7. Condenou a política agressiva do governo americano e seus aliados “fantoches" contra o Camboja e outros povos da Indochina; 8. Condenou o embargo americano contra Cuba. O brado final foi ‘formar vários Vietnãs em escala tricontinental para a derrota final do imperialismo".2 Com o êxito da Conferência Tricontinental, meses depois, em agosto de 1967, foi criada a OLAS (Organización Latinoamericana de Solidaridad), composta por diversos movimentos revolucionários e “antiimperialistas" da América Latina que compartilhavam os ideais e propostas estratégicas da Revolução Cubana. Em sua primeira declaração a OLAS fez um balanço sobre as estratégias empregadas até o momento e apostou na luta armada e na guerra de guerrilhas como forma de estender a revolução em toda a América Latina. Com a morte de Che Guevara na Bolívia, entretanto, em 8 de outubro desse mesmo ano os ânimos arrefeceram, pois contavam com ele para organizar e coordenar o projeto guerrilheiro, esfriando os planos da OLAS até que, em 1970, ela havia se transformado em apenas um centro de divulgação das lutas havidas sem nenhuma capacidade de uma coordenação efetiva que pudesse dar continuidade ao projeto revolucionário comunista.

Então, congelaram o embrião até que o momento oportuno surgisse para “ressuscitá-lo”. Em 1989 Lula perde as eleições presidenciais para Fernando Collor de Melo e de 31 de maio a 3 de junho de 1990, ocorre o VII Encontro Nacional do PT, onde o tema central debatido foi a situação no Leste Europeu, o iminente fim da URSS e o crescimento do “neoliberalismo” na região. Foi assim que Lula resolveu convocar, junto com Fidel Castro, um encontro com todos os partidos e organizações comunistas-socialistas da América Latina e do Caribe para discutir essas questões, que viria a ocorrer entre os dias 2 e 4 de julho de 1990, e que se conhece hoje por Foro de São Paulo.

CAPÍTULO 3

HISTÓRICO “Em outubro de 1917 separamo-nos do mundo antigo, rejeitando-o de uma vez por todas. Vamos em direção a um novo mundo, um mundo de comunismo. Nós nunca desistiremos desse caminho".

(Trecho final do discurso OFICIAL de Mikhail Gorbachev sobre a Perestroika, que o mundo democrático não conheceu). Na década de 80 do século passado a situação econômica da Rússia não andava bem, asam como as relações deste país com Cuba. Em 1985 Mikhail Gorbachev propôs uma política r União das Repúblicas Socialistas Soviéticas URSS) que denominou de “Perestroika”, desencadeando mobilizações pela independência de vários países do bloco, o que viria a gerar o fim da URSS em 31 de dezembro de 1991. Em 1986 os negócios dos irmãos Castro com : tráfico de drogas ia de vento em popa, porem, numa visita que Gorbachev fez aos Estados Unidos em 1988 os americanos comentaram a esse respeito e lhe disseram que, se não pusesse um fim nisso, eles seriam obrigados a fazer com Cuba o mesmo que fizeram com o general Noriega no Panamá. Pouco depois, em princípios de 1989, Gorbachev visita Cuba e o que resultou disso foi a detenção e execução por fuzilamento do General Arnaldo Ochoa, dentre

outros, transmitido em cadeia nacional de televisão, para que servisse de exemplo aos cubanos e os Estados Unidos engolissem a farsa de que os Castro não tinham nada a ver com aquilo e combatiam com rigor esse tipo de delito. A ideia funcionou e o DEA (departamento de repressão ao tráfico de drogas americano) acreditou na farsa e desistiu de investigar Cuba. Em 9 de novembro de 1989 foi derrubado o Muro de Berlim e a “Guerra Fria”, confronto entre Estados Unidos (capitalismo) e União Soviética (comunismo), chegava ao fim. Com a Perestroika1, a queda do Muro de Berlim, e o fim da ajuda econômica da União Soviética a Cuba, Fidel Castro temeu pelo fim do comunismo. O negócio com as drogas ia bem, pois a transação era feita de madrugada em águas internacionais mas, como era uma atividade ilícita, ele não podia revelar essa fonte de renda, que servia apenas para encher as arcas pessoais dele, e continuou alegando dificuldades econômicas por falta de apoio da Rússia e o embargo americano para justificar a miséria e as condições precárias da própria ilha, que parecia haver congelado no tempo. Por outro lado, as exportações de açúcar cada vez diminuíam mais, pois de tanto explorar a terra para esse cultivo, o solo já não rendia tanto e em consequência entrava pouco dinheiro desse comércio.2 Fidel Castro já havia visitado o Brasil e fez-se amigo do pseudo frei Betto. Diante dessas preocupações financeiras e ideológicas, Betto vai a Cuba com um convidado e ali apresenta ao ditador Castro seu amigo Lula, naquela ocasião líder sindical do ABC paulista e presidente do recémcriado e ainda desacreditado Partido dos Trabalhadores (PT). Dessa visita, muito frutífera para eles, Fidel resolve “descongelar” a falida OLAS e propõe um novo encontro para "recuperar na América Latina o que perdeuse no Leste Europeu". Naquela altura talvez só Fidel Castro, raposa velha e matreira, imaginava que esse encontro não seria apenas uma reunião casual como tantas já havidas anteriormente, mas que teria continuidade e selaria o futuro das Américas se estabelecendo como uma mega organização que

garantisse, não só a sobrevivência do comunismo, como também a sua própria. Foi então que o PT, junto com o Partido Comunista Cubano, convocou seus aliados para o “Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe", que ocorreria entre os dias 2 e 4 de julho de 1990, no Hotel Danúbio (hoje extinto) em São Paulo capital. A esse encontro compareceram 48 delegações de 14 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Cuba, El Salvador, Equador, México, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Esse encontro foi marcado por uma certa dispersão, uma vez que estava ocorrendo o final da Cepa do Mundo onde disputavam Argentina e Itália no mesmo horário marcado para a sessão de trabalho e encerramento, e os brasileiros estavam tristes com a derrota já sofrida tele Brasil. Como atrasaram a reunião para assistir ao jogo, o delegado do Peru teve que se ausentar antes da assinatura da "Declaração de São Paulo” porque não conseguiu adiar seu voo. Essa declaração foi confeccionada pelo PT do Brasil, a Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, o Partido Comunista de Cuba (PCC) e o Partido Unificado Mariateguista do Peru (PUM). A Declaração de São Paulo deixou claro que os .leais dos participantes eram “de esquerda, socialistas, democráticos, populares e antiimperialistas". Os temas abordados foram, além do “embargo norteamericano” que se discute até hoje: primeiro, “As alterações na ordem internacional e seu significado para a América Latina e o Caribe", subdividido para tratar, por uma parte, “As mudanças no sistema capitalista mundial” e “O impacto da ofensiva neoliberal” e por outra, “A crise do chamado socialismo real”; segundo, “Balanço das lutas pela democracia e o socialismo no continente”, e terceiro, “Os problemas estratégicos da luta pelo socialismo”.3 Além da Declaração de São Paulo, acordou-se, ainda, que fariam um segundo Encontro na cidade do México em finais de fevereiro e princípios

de março de 1991, um seminário para discutir temas econômicos e o capitalismo no Uruguai, em novembro de 1990, e em dezembro de 1990, em São Paulo, um intercâmbio de experiências dos partidos de esquerda que exerciam governos locais.

CAPÍTULO 4

PARTIDOS E ORGANIZAÇÕES: ONTEM E HOJE No primeiro Encontro, em 1990, compareceram 48 delegações representando 14 países, segundo informa Roberto Regalado, fundador do Foro na delegação de Cuba. Entretanto, conforme ele mesmo diz, esse dado não é preciso uma vez que - só para citar um exemplo -, a delegação da Frente Ampla (FA) do Uruguai abrigava várias organizações-membros com direito a voz e voto. Quer dizer, como veremos mais adiante, muitas organizações terroristas pertenceram e ainda pertencem oficialmente ao Foro, mas não aparecem porque estão abrigadas dentro de outras siglas. Enumero então, só para ilustrar1, alguns partidos ou organizações dos países mais relevantes que participaram da fundação do Foro, - que hoje não mais aparecem no site para não m velar o verdadeiro caráter dessa organização e maquiar - ou negar - que desde o princípio o Foro abrigou - e ainda abriga - organizações terroristas. Hoje só se encontra a relação atual dos países e partidos-membros2. Argentina: compareceu com 9 organizações, dentre as quais se destacam: Partido Comunista Argentino, Partido Intransigência Revolucionaria, Partido Revolucionário de los Trabajadores e Unidad Socialista. Bolívia: 2 partidos/organizações: Eje de Convergência Patriótica e Partido Comunista Boliviano. Brasil: Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido Comunista Brasileiro (PCB), Partido Democrático

Trabalhista (PDT), afiliado à Internacional Socialista, e Partido Socialista Brasileiro (PSB) fundado por Miguel Arraes. Colômbia: Partido Comunista Colombiano (PCC) e União Patriótica (UP). Vale salientar que as FARC foram criadas pelo PCC e que a UP foi o primeiro partido político desse bando narcoterrorista. Quer dizer, embora as FARC não apareçam ainda, e só tenham entrado oficialmente como membros do FSP poucos anos depois, elas já estavam presentes através do PCC. Chile: Partido Comunista do Chile e Movimiento de Izquierda Revolucionária (MIR). A propósito do MIR, vale ressaltar que quando ingressou no FSP esse bando terrorista já havia :a extinguido. Em 1986, após derrotas e perda - combate de seus líderes, dividiu-se em duas partes: o MIR-militar e o MIR-político, ambos se dissolvendo em 1990. Depois surgiram o MIR-Ejército Guerrillero del Pueblo (MIR-EGP) e o MIRJuventud Rebelde Miguel Enriquez (MIR-JRME) que funcionou na clandestinidade por um certo tempo mas abandonou a estratégia da luta armada em 1997. Atualmente exercem ‘trabalho” junto aos estudantes e sindicatos e continuam publicando uma revista chamada El Rebelde. Cuba: Partido Comunista Cubano El Salvador: Frente Farabundo Marti de Liberación Nacional (FMLN) Equador: Partido Comunista do Equador, Partido Socialista do Equador. México: Partido de la Revolucíón Democrática (PRD) e Partido Popular Socialista. Paraguai: Corriente Patria Libre (que depois viria a ser o Partido Patria Libre, braço político do bando terrorista EPP Ejército del Pueblo Paraguayo) e Partido Comunista Paraguayo.

Peru: Partido Comunista Peruano, Partido Mariateguista e Partido Comunista Revolucionário.

Unificado

República Dominicana: Partido Comunista Dominicano Uruguai: Frente Amplio Venezuela: Partido Comunista da Venezuela e Causa R. Arenas 3 anos depois, no Encontro em Havana, Cuba, já participavam 30 países e o número de participantes por partido-organização havia se multiplicado exponencialmente3. Do Brasil passou a integrar como membro pleno o Partido Popular Socialista (PPS) de Roberto Freire, que recebia ajuda direta do antigo KGB; da Colômbia entrou a Alianza Democrática M19 [M-19), que naquela altura havia feito um acordo com o governo e “deixado as armas", sendo anistiados de todos os seus crimes, inclusive o que ficou conhecido como o Holocausto do Palácio da Justiça; do México entrou o Partido del Trabajo (PT), que hoje pensa em fundir-se com c PRD. A Nicarágua, que não havia participado do Primeiro Encontro, incorporou-se a partir do segundo com a Frente Sandinista de Liberación Nacionai (FSLN) do terrorista Daniel Ortega. O Paraguai foi quem compareceu com mais organizações. Além dos partidos comunistas e socialistas já citados, aderiram “organizações” reconhecidamente terroristas: MLN Tupamaros, Frente de Izquierda de Liberación, Movimiento Revolucionário Oriental e Movimiento 26 de Marzo. O PPL seguia em sua transição apenas no nome, passando de “Corriente" para “Movimiento", sem contudo abandonar sua prática terrorista. No IX Encontro, ocorrido em 2000 em Manágua, Nicarágua, (que pode ser visto apenas no site Mídia Sem Máscara4 já citado, que salvou os documentos originais que o site do Foro já não publica mais), pode-se ver a presença do Movimiento Revolucionário Tupac Amaru e dos bandos narcoterroristas FARC (Fuerzas Armadas Revolucionárias de Colombia) e

ELN (Ejército de Liberación Nacional), ambos da Colômbia que o PT tanto se esmera em negar a participação. Conforme nos relata Alejandro Peña Esclusa5. “Em dezembro de 1994, depois de sair da prisão pelas intentonas golpistas de 1992, Hugo Chávez viajou a Cuba, onde foi recebido com honras de chefe de Estado, para selar publicamente uma aliança com Fidel Castro. (...) Posteriormente, em maio de 1995, Chávez viajou a Montevidéu para inscrever no Foro de São Paulo, que fazia lá seu Encontro. Os membros do FSP decidiram dar seu apoio ao tenente-coronel golpista, em troca de uma retribuição uma vez chegasse ao poder na Venezuela”. Em 2008, quando foi abatido Raúl Reyes, o número dois das FARC, nas selvas do Equador em fronteira com a Colômbia, Chávez fez esta declaração que confirma o afirmado por Peña Esclusa: de que as FARC eram membros do FSP. Ele apenas se confunde quanto ao ano do Encontro de El Salvador, que foi em 1996. Leiam a transcrição: “Nós rendemos um tributo a um bom revolucionário que foi Raúl Reyes. O conheci pessoalmente. O conheci pessoalmente. O conheci. Lembro que quando saí da prisão em 1994 e andava por estas ruas de Caracas, na Praça Caracas, bairros, aqueles povoados, eu recebi um convite em 1995 para assistir ao Foro de São Paulo, que se instalou naquele ano em San Salvador. O convite me foi foi feito por um bom amigo, comandante revolucionário falecido há pouco, Shafik Handal. E aí eu fui a San Salvador e uma das pessoas que conheci foi - naquela ocasião eu já conhecia Lula, entre outros - e chegou alguém em meu lugar ali na reunião, a uma mesa de trabalho onde estávamos um grupo conversando, e lembro que ele pôs a mão por aqui (aponta para o braço esquerdo) e me disse: “homem, quero falar com você”. E eu lhe disse: “quem é você?” "Raul Reyes, um dos comandantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia”. Nos reunimos nessa mesma noite

em algum bairro humilde de San Salvador. Nunca mais o vi, até que surgiu aquele processo do Caguán”.6 Lula sempre negou a existência do FSP, enquanto lhe foi necessário e o PT sempre negou a participação das FARC na organização criminosa, mas estas não-somente eram membros, com direito a voz e voto, como presidiram um dos Encontros. Numa entrevista dada a Fabiano Maisonave, da Folha de São Paulo em 24 de agosto de 2003, Raúl Reyes confirma pertencer ao Foro e conhecer não apenas Lula mas outros brasileiros “ilustres”. Leiam um trecho muito revelador dessa entrevista, dada algum ponto da Amazônia colombiana”:7 “Folha de S.Paulo - O sr. conheceu Lula? Reyes - Sim, não me recordo exatamente em que ano, foi em San Salvador, em um dos Foros de São Paulo. Folha de S.Paulo - Houve uma conversa? Reyes - Sim, ficamos encarregados de presidir o encontro. Desde então, nos encontramos em locais diferentes e mantivemos contato até recentemente. Quando ele se tornou presidente, não pudemos mais falar com ele. Folha de S.Paulo - Qual foi a última vez que o sr. falou com ele? Reyes - Não me lembro exatamente. Faz uns três anos. Folha de S.Paulo - Fora do governo, quais são os contatos das Fare no Brasil? Reyes - As Farc têm contatos não apenas no Brasil com distintas forças políticas e governos, partidos e movimentos sociais. Na

época do presidente [Fernando Henrique] Cardoso, tínhamos uma delegação no Brasil8. Folha de S.Paulo - O sr. pode nomear as mais importantes? Reyes - Bem, o PT, e, claro, dentro do PT há uma quantidade de forças; os sem-terra, os sem-teto, os estudantes, sindicalistas, intelectuais, sacerdotes, historiadores, jornalistas... Folha de S.Paulo - Quais intelectuais? Reyes - [O sociólogo] Emir Sader,frei Betto [assessor especial de Lula] e muitos outros" Mais uma confirmação da pertinência das FARC ao FSP, numa exposição feita em 2007, no XIII Encontro em El Salvador. O presidente Álvaro Uribe estava apertando o cerco e as FARC vinham mantendo um baixo perfil, não podendo ter participação presencial e por isso enviaram por escrito suas opiniões e sugestões que pedem sejam consideradas:9 “Mesa Diretora, Companheiros Delegados e Companheiras Delegadas ao XIII Foro. San Salvador, El Salvador. Recebam nossa carinhosa e bolivariana saudação, muitos êxitos em suas deliberações. Ao não podermos nos fazer presentes em tão importante evento, lhes entregamos este documento com nossos pontos de vista e agradecemos de antemão o fato de tê-lo em conta nas deliberações...”.

Do mesmo modo, o Primeiro-Comandante :: ELN, Nicolás Rodriguez Bautista, vulgo "Gabino”10, também prova sua filiação ao FSP, enviando uma mensagem aos “camaradas" membros do XVIII Encontro que aconteceu em Caracas em 2012, provando que estava a par do Documento Base e do que ia ser discutido naquela ocasião: “Em um entorno mundial complexo e volátil, que bem recolhe o Documento Base para o debate neste Encontro, a construção de um bloco sul-americano e regional é uma obrigação de sobrevivência e responsabilidade histórica". (...) “Neste XVIII Encontro nos encontramos com muitos Partidos do Foro, que tiveram experiências de governo em nível nacional ou local, depois de lutar contra as oligarquias de seus países com as armas na mão”. “O Exército de Libertação Nacional da Colômbia, como destacamento do povo colombiano em armas, avalia indispensável refletir com vocês sobre a urgência da paz como imperativo para a Colômbia”. Montanhas da Colômbia, pelo Comando Central do ELN, Nicolás Rodriguez Bautista”. O que demonstra a pertinência à organização não é a presença física, pois em várias ocasiões ira necessário manter um baixo perfil, do mesmo modo que para o Foro não era conveniente que o mundo soubesse da presença dessas organizações terroristas em seu meio, e naquele ano muitas denúncias de que tanto as FARC como o ELN tinham bases e acampamentos em território venezuelano, cobriam os noticiários locais e internacionais, até denúncias feitas à ONU. Por isso eles enviavam suas

propostas que eram discutidas e levadas em conta pelos membros oficiais do Foro, pois tratava-se das reivindicações de outro “respeitado” membro. Tudo isso me remete a um trecho do livro “O grande culpado - O plano de Stalin para iniciar a Segunda Guerra Mundial" de Viktor Suvorov11, porque ele reflete perfeitamente o que se observa em relação ao Foro de São Paulo: "Em 1919, em Moscou, Lenin e Trotsky criaram a Internacional Comunista, abreviada para ‘Komintern'. Essa organização definiase como 'quartel-general da revolução mundial’. O objetivo da Internacional Comunista era a criação de uma ‘República Socialista Soviética Mundial'. Assim começou o processo de criar e fortalecer partidos comunistas em todos os continentes. Tais partidos constituíam braços da Internacional Comunista e a ela estavam subordinados". “Supostamente, todos os partidos comunistas do mundo, incluindo o da Rússia, eram do mesmo nível. Todos contribuíam para o banco comunal da Internacional Comunista. Delegados de todos os partidos comunistas do mundo organizavam congressos, desenvolviam estratégias e táticas, e elegiam um grupo líder comum - o Comitê Executivo da Internacional Comunista. Esse órgão supervisionava todos os comunistas do mundo. Oficialmente, o Partido Comunista da Rússia era o braço da Internacional Comunista, em pé de igualdade com os demais partidos, e sujeito a aceitar as decisões formuladas em comum". Quer dizer, do mesmo modo que o Partido Comunista da Rússia “parecia” atuar em pé de igualdade com os outros partidos do mundo, era seu Comitê Executivo quem tinha o controle de >todas as ações a serem postas em prática pelos restantes países-membros, quem dava a última palavra a quem deviam obediência. Do mesmo modo, é a Secretaria

Executiva do PT quem ocupa a Secretaria Executiva no Foro de São Paulo e quem tem o controle de todas as ações a serem postas em prática pelos países-membros, como se observará mais adiante. E do Brasil, hoje, participam do Foro de São Paulo, além do PT, o PDT, o PCdoB, o PCB, o PPS, : PSB, o MST e o bando terrorista MR-8 que recentemente foi oficializado como “Partido Pátria Livre”, copiando o mesmo nome do partido paraguaio “Partido Pátria Libre”, braço político do bando terrorista EPP já citado.

CAPÍTULO 5

CRONOLOGIA DOS ENCONTROS E CRIAÇÃO DO GRUPO DE TRABALHO (GT) “O povo foi domado aos poucos, e tudo foi lacrado. Ensinado a gritar quando deveria estar silente, quieto ficou quando deveria esbravejar”.

(“Medo” - Yevtushenko) I. São Paulo, Brasil - 2 a 4 de julho de 1990 II. Cidade do México, México - 12 a 15 de junho de 1991 III. Manágua, Nicarágua - 16 a 19 de julho de 1992 IV. Havana, Cuba - 21 a 24 de julho de 19 9 3 V. Montevidéu, Uruguai - 25 a 28 de maio de 1995 VI. São Salvador, El Salvador - 2 6 a 2 8 de julho de 1996 VII. Porto Alegre, Brasil - 31 de julho a 03 de agosto de 1997 VIII. Cidade do México, México - 29 a 31 de outubro de 1998 IX. Manágua, Nicarágua -17 a 21 de fevereiro de 2000 X. Havana, Cuba - 4 a 7 de dezembro de 2001 XXI. Antigua, Guatemala - 2 a 4 de dezembro de 2002 XXII. São Paulo, Brasil -1 a 4 de julho de 2005 XXIII. San Salvador, El Salvador - 12 a 14 de janeiro de 2007 XXIV. Montevidéu, Uruguai - 22 a 25 de maio de 2008 XXV. Cidade do México, México - 20 a 23 de agosto de 2009

XXVI. Buenos Aires, Argentina - 17 a 20 de agosto de 2010 XXVII. Manágua, Nicarágua - 15 a 20 de maio de 2011 XXVIII. Caracas, Venezuela - 4 a 6 de julho de 2012 XXIX. São Paulo, Brasil - 31 de julho a 4 de agosto de 2013 XX. La Paz, Bolívia - 25 a 29 de agosto de 2014 XXI. Cidade do México, México - 29 de julho a 1 de agosto de 2015 XXII. El Salvador - 23 a 26 de junho de 2016 Bem, durante esses 26 anos de existência do Foro não houve Encontros em cinco ocasiões: 1994, 1999, 2003, 2004 e 2006. As razões para tal nunca foram expostas no site e certamente só o núcleo duro da mega-organização sabe os motivos. A propósito disso, sempre afirmei que nem tudo o que se discutia nos Encontros estaria acessível ao público através do site, mesmo à militância dos partidos e organizações-membros, mas era restrito a um grupo seletíssimo que chamo de “núcleo duro” onde, naturalmente, encontram-se o PT e o PC cubano. Isto se confirma em pelo menos duas ocasiões: primeiro, escrito por Valter Pomar - Secretário de Relações Internacionais do PT e Secretário Executivo do FSP de 2005 até 2013 - em seu blog, ao expor o “Plano de Ação” aprovado e debatido no XIX Encontro ao qual toda a militância deveria tomar conhecimento, menos uma parte, “secreta”, que ficaria reservada ao núcleo duro. Disse ele (traduzido): ""Não se inclui, portanto, as ações que serão executadas pelas organizações-membros"1. E no livro já citado do cubano Roberto Regalado, ele é explícito em seus esclarecimentos: “Neste livro não há “revelações” dos “segredos" do Foro, nem “denúncias públicas” das atitudes de uma ou outra pessoa ou força política, embora devo confessar que, ao repassar alguns fatos, tive a tentação de fazê-lo. Entretanto, consegui vencê-la e espero que o resultado seja um texto que aporta toda a informação necessária

para fundamentar suas conclusões, e no qual se omitem os elementos desimportantes que podem afetar pessoas ou forças políticas que, à margem das diferenças ideológicas que tenhamos, merecem - como merecemos todos - um trato ético".2 Quer dizer, o que foi publicado no livro já passou por um filtro rigoroso, de modo que as decisões mais importantes e secretas não sejam conhecidas das pessoas comuns - e até inimigas - que queiram ler a obra. O que ele chama de "elementos desimportantes” é aquilo que não tem importância para a militância obreira, que só executa ordens sem discussão. O Encontro ocorrido em São Paulo não tinha, a princípio, a intenção de ser um foro permanente e por isso, segundo Valter Pomar, participaram partidos e grupos de várias correntes ideológicas. Entretanto, ao concluir o evento com a “Declaração de São Paulo”, os participantes deixam claro que aquele foi o primeiro de muitos outros que viriam para solidificar essa aliança em prol do socialismo. E assim estabeleceu-se que no ano seguinte repetiriam o evento a ser realizado no México. Nos parágrafos finais de tal declaração, lê-se: "Neste marco, renovamos hoje nossos projetos de esquerda e socialistas, nossos compromissos são a conquista do pão, da beleza e da alegria, nosso afã de conseguir a soberania econômica e política de nossos povos e a primazia de valores sociais, baseados na solidariedade. Declaramos nossa plena confiança em nossos povos, que mobilizados, organizados e conscientes forjarão, conquistarão e defenderão um poder que torne realidade a justiça, a democracia e a liberdade verdadeiras. Aprendemos dos erros cometidos, assim como das vitórias. Armados de um inegociável compromisso com a verdade e com a causa de nossos povos e nações, nos colocamos a andar, seguros de

que o espaço que abrimos agora o encheremos junto aos demais agrupamentos da esquerda latino-americana e caribenha com novos esforços de intercâmbio e de unidade de ação como cimentos de uma América Latina livre, justa e soberana”?3 O segundo encontro marcado para o ano seguinte no México seguia sem uma definição do nome. Alguns queriam chamá-lo de “Encontro de Partidos e Organizações Democráticas e Populares da América Latina e do Caribe" mas não vingou. Então, o Comitê Organizador pediu a Lula e Cuauhtémoc Cárdenas, anfitrião do encontro no México, que conversassem com os divergentes e no final esse “agrupamento" político passou a chamarse oficialmente “Foro de São Paulo”, por ter sido nessa cidade brasileira que a organização nasceu. O Encontro do México contou com a participação de 68 organizações e partidos políticos provenientes de 22 países da América Latina e Caribe, mais a assistência de 12 organizações e partidos políticos da Europa, Canadá e Estados Unidos. Desde o primeiro encontro criou-se um Grupo de Coordenação que decidia quais os temas a serem debatidos, onde seria o evento, normas para o funcionamento do Foro etc., mas as divergências - talvez a ganância por protagonismo - sobre “quem” poderia participar da coordenação, fizeram com que apenas dois dias antes do III Encontro este grupo fosse rebatizado de Grupo de Trabalho (GT). O Grupo de Trabalho seria o órgão coordenador e executivo dos acordos do Foro de São Paulo entre um encontro e outro. Assim que, a cada 3 meses, o GT se reúne para estabelecer metas, preparar a pauta para o Encontro seguinte, emitir notas de apoio, etc. Esse GT é reorganizado a cada ano pelo plenário do Foro com base na proposta apresentada pelo GT anterior, após um processo de consulta ampla com os membros do Foro, sendo o partido ou movimento anfitrião do próximo Encontro um participante obrigatório. Vale salientar que, embora haja um rodízio nos

participantes do GT, o PT sempre participa em todos, o que corrobora a citação anterior de Viktor Suvorov acerca do Partido Comunista da Rússia. Foi o GT quem elaborou o projeto de normas para o funcionamento do Foro de São Paulo e seu Grupo de Trabalho. Segundo este projeto, eram membros do Foro de São Paulo “os movimentos e partidos políticos da América Latina e Caribe que aderissem e apoiassem as resoluções dos Encontros, e contribuíssem à unidade dos povos da América Latina e Caribe"4. E é tão rigorosa a seleção daqueles que serão admitidos como membros da organização que, segundo palavras do Secretário Executivo do Foro, Valter Pomar, “As normas do Foro, normas que nos permitiram chegar inteiros até aqui, estabelecem que para que uma organização ingresse, é necessário o consenso de todos os partidos nacionais, depois o consenso do Grupo de Trabalho e depois o consenso da Assembleia do Foro”. Ora se existem “normas”, “consenso” e um filtro tão rigoroso e praticamente unânime para a admissão de um novo membro na organização, é porque ela é muito mais do que uma simples reunião de pessoas que pretendem "discutir” política e trocar opiniões entre pessoas com as mesmas ideias como ocorrem em seminários e congressos! “A política do Foro seria a de não fazer convites. Todavia, poderiam assistir como observadores todas as forças políticas que o desejassem, dentro de um quadro construtivo e de respeito em relação às deliberações e objetivos do Foro”.5. Quer dizer, quando Lula afirmava que o Foro de São Paulo não passava de um grupo de partidos e movimentos de esquerda que se reuniam para “discutir” a conjuntura política da América Latina e do Caribe ele sabia que estava mentindo, uma vez que essa organização tem caráter deliberativo, ou seja, toma decisões que devem ser acatadas, assinadas e postas em prática por todos os membros permanentes do Foro, como veremos mais adiante.

CAPÍTULO 6

OBJETIVOS DE CADA ENCONTRO "Confundir o inimigo e o público: esta é a tarefa, enquanto se faz o que deve ser feito”.

(Vladimir Ilyitch Ulianov - Lenin) Cada vez que o FSP realiza um Encontro se estabelecem os objetivos gerais e os específicos. Durante um certo tempo foi possível encontrar no site a “Resolução Final” e as “resoluções específicas (sobre gênero, negros, juventude, mudança climática, de apoio a países, governantes e/ou causas, etc.), porém, como eu disse anteriormente, depois de um certo tempo eles passaram a publicar apenas a Resolução Final, o que dificultava mais ainda saber quais seriam seus próximos planos. Assim sendo, enumero a seguir o que me pareceu mais relevante nesses Encontros - não necessariamente todos -, pois em sua quase totalidade são textos repetitivos, cansativos, tendo como mote principal em todos eles, o apoio a revolução cubana, a condenação ao “bloqueio estadunidense" e a exigência de que libertem os “cinco heróis cubanos”; a luta contra o “imperialismo”, o neoliberalismo e o capitalismo; a defesa dos “direitos humanos”, defesa da soberania, “autodeterminação dos povos” e a “não-intervenção”, embora tudo isso não passe de palavras soltas, frases de efeito, uma vez que eles mesmos foram e são os primeiros s interferir de maneira vergonhosa nos assuntos internos dos países-membros, como se verá mais adiante, e de jamais respeitar os direitos individuais de quem é

considerado “contra-revolucionário”. Tais Resoluções Finais podem ser vistas na íntegra no site do próprio Foro enquanto eles permitirem a consulta pública.1

III Encontro Demandas: • O encerramento do “bloqueio” contra Cuba; • A restituição de Jean Bertrand Aristide à presidência do Haiti; • Condenação do "golpe militar” que impôs um regime ditatorial e militarizado no Peru;2 • Agilização no processo de paz na Guatemala - uma proposta de “solução pacífica” ao conflito armado; • Cessar a ingerência e intromissão dos Estados Unidos nos assuntos internos da Nicarágua; • Desconhecimento do governo ilegítimo imposto no Panamá pela invasão dos Estados Unidos, retirada de todas as tropas e respeito ao tratado Torrijos-Carter; • Respeito ao povo de Porto Rico à livre determinação e à independência, e o fechamento das bases militares nesse país; • Restituição das Ilhas Malvinas à Argentina; • Continuidade do processo de negociação, para uma solução política e não militar ao conflito interno da Colômbia, e a retomada do diálogo entre o Governo e a Coordenadora Simón Bolívar;

Decisões:

• "Dar a conhecer as posições políticas e econômicas expressadas em nossos trabalhos e eventos, promovendo o reconhecimento institucional do Foro e o estabelecimento de uma comunicação permanente com foros e instâncias análogas”; • “Promover a ação unitária dos parlamentares, dos partidos do Foro de São Paulo, nos parlamentos regionais, no Parlamento Latino-Americano e na União Inter-Parlamentar Mundial”.

IV Encontro Participaram 112 organizações-membros, 25 observadores da região, observadores representantes de 44 instituições e forças políticas da América do Norte, Europa, Ásia e África. As discussões e deliberações foram praticamente as mesmas dos Encontros anteriores, destacando-se apenas: • “A integração deve ocorrer em primeiro lugar, no interior da América Latina e do Caribe, como um processo político e econômico que nos articule como um bloco político e que nos potencialize com vontade de complementar e compensar as diferenças de nossas economias”;3 • Críticas à guerra do Iraque, à ocupação na Somália, à ameaça imperialista sobre a Coreia do Norte e às sanções à Líbia; • Denúncia da cumplicidade do Conselho de Segurança da ONU com as agressões de Israel contra os palestinos. Em 1º de janeiro de 1993, o Foro de São Paulo criou a revista “América Libre” para difundir o pensamento e as deliberações dos Encontros, no qual se incluem realizar seminários, oficinas, debates, comemorar datas importantes, etc. A publicação está dividida em sessões

que enfocam artigos, entrevistas, eventos e história, tudo de acordo com a visão deles, não necessariamente a realidade. Lá é possível encontrar uma entrevista muito reveladora feita a Manuel Marulanda Vélez, “Tirofijo”, Comandante-em-Chefe do Estado Maior Central das FARC, pelo jornalista Patricio Echegaray, Secretário-Geral do Partido Comunista Argentino em 19984. Nessa entrevista evidencia-se o vínculo das FARC com o Foro de São Paulo, uma vez que Echegaray diz na apresentação que Tirofijo “integra o Conselho Editorial” da revista - e seu nome permanece até hoje, mesmo depois de sua morte -, fato que até hoje é reiteradas vezes negado, seja por Lula, Valter Pomar, José Dirceu (“Comandante Daniel”), Marco Aurélio Garcia (MAG) ou qualquer outro membro do PT. A revista é pautada por Emir Sader e (pseudo) Frei Betto, e coordenada por Rubens Paolucci Jr. do CEPIS no Brasil. É editada na Argentina, impressa no Chile e distribuída para todos os países do continente. Constam ainda como membros do Conselho Editorial, além de Tirofijo das FARC: Leonardo Boff, Chico Buarque de Holanda, Antonio Cândido, Gilberto Carvalho, Joâo Pedro Stédile e Luis Eduardo Greenhalgh do Brasil; Fernando Cardenal e Miguel D’Escoto da Nicarágua; Shafik Handal de El Salvador (falecido); Marta Harnecker, Volodia Tetelboim (falecido) e Gladys Marin (falecida) do Chile; Rigoberta Menchú da Guatemala; Bispo da Igreja Evangélica Metodista Federico Pagura e Patricio Echegaray da Argentina; Narciso Isa Conde da República Dominicana; James Petras dos Estados Unidos; Alí Rodriguez Araque da Venezuela; cantor Silvio Rodriguez de Cuba e Milton Hernández (falecido) do ELN da Colômbia. Ao que tudo indica a revista parou de ser editada ou então deixaram de atualizar a versão eletrônica, pois os artigos mais recentes são referentes ao número 22, de 2007. Muitos artigos constantes, sobretudo nos primeiros números, estão : em link, o que dificulta o acesso, mesmo pesquisando em

buscadores eletrônicos, mas ainda é possível encontrar artigos bastante reveladores. Nesse mesmo ano, em janeiro de 1993, Lula e Fernando Henrique Cardoso tiveram um encontro em Princeton, Estados Unidos, com o então Secretário de Estado do presidente Bill Clinton, Warren Christopher. Nesse encontro firmaram um pacto entre o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano (Dl). O Dl tinha propostas para a América Latina que percebia como enfraquecida politicamente após a dissolução da URSS. Da parte dos Estados Unidos, havia um temor da massiva imigração latino-americana ao seu país, então, Warren Christopher propôs que bandos guerrilheiros se transformassem em partidos políticos tomando o poder pelo voto, acreditando que isso evitaria uma guerra revolucionária e diminuiria a imigração. A partir daí o Foro começou sua campanha para que os bandos terroristas fizessem acordos de paz e se legalizassem como partidos políticos, obtendo êxito em países como El Salvador, Guatemala e Nicarágua, no passado, e atualmente luta pela mesma conquista com as FARC e o ELN na Colômbia. Como esse é um tema correlato ao Foro de São Paulo e do qual meus conhecimentos não são tão profundos, sugiro aos leitores o livro O Eixo do Mal latino-americano e a Nova Ordem Mundial”, do Heitor De Paola.5

VI Encontro Esse foi um dos Encontros mais importantes dentro do espectro do Foro, porque foi aí que as FARC presidiram o evento e houve a primeira participação de Chávez como membro efetivo, conforme já citado no Capítulo 4. As deliberações foram as mesmas já repetidas nos Encontros

anteriores, por isso, destaco apenas as seguintes que foram específicas desse Encontro: • “O Foro se afirma em sua caracterização como um espaço antiimperialista de encontro, ação, solidariedade e formulação de projetos alternativos no movimento democrático e revolucionário da região, no qual convergem correntes de origens diversas. A diversidade que no passado foi a causa de muitas divisões, hoje se converte em um fator de enriquecimento do debate de ideias, de propostas e ações comuns, partindo da imperiosa necessidade de derrotar o neoliberalismo”; • Primeiro Encontro dos Jovens da América Latina e do Caribe do Foro de São Paulo.

VII Encontro • “Para que as forças de esquerda sejamos consequentes articuladores de amplos movimentos de oposição e coalizões de governo, resulta fundamental que possuamos nitidez programática, flexibilidade tática e instrumentos de ação capazes de assegurar nosso peso específico e independência”; • “As organizações políticas do Foro estamos derrubando definitivamente as barreiras artificiais entre o político e o social como elemento imprescindível de verdadeiras alternativas. Esta perspectiva coloca a luta de classes no centro de nossa atividade e reflete uma vontade expressa de uma nova maneira de fazer política”; • "Precisamos promover uma efetiva democratização dos meios de comunicação massiva";6

• "Devemos estabelecer políticas de ação afirmativa que assegurem o acesso das mulheres aos postos de decisão em todos os níveis”; • “No Foro existem organizações que optaram pela luta armada e outras que, sem praticá-la, a consideram como uma opção válida para determinados contextos e ainda os que se opõem a essa forma de luta. As diferenças baseiam-se na inexistência de um consenso na valoração das novas expressões de luta armada, e o quê representam estas expressões nesta fase das lutas sociais”.

VIII Encontro • “Nossa meta é a revolução, quer dizer, uma profunda transformação da sociedade, a qual haverá de se realizar reafirmando e recriando a democracia, aspecto essencial de todo projeto alternativo”. • “O objetivo não é meramente chegar ao governo, senão chegar para transformar a sociedade. E como isso não é tarefa de uns poucos anos, senão um processo complexo e longo, será imprescindível consolidar e ampliar os respaldos sociais para a construção de um projeto estratégico que permita manter-se no governo e realizar as grandes mudanças revolucionárias que nossas sociedades demandam”.

IX Encontro • “A esquerda deve assumir os novos problemas que a intelectualidade progressista estabelece em torno da defesa da universidade e da educação públicas como patrimônio da cultura democrática”.

• Que o sequestro em Miami do menino cubano Elián González7 é uma mostra da irracionalidade e do ódio contra o povo cubano. • Saudamos as importantes medidas do governo venezuelano para garantir a soberania nacional e rechaçamos qualquer ingerência estrangeira que possa pôr em perigo o desenvolvimento e avanço pacífico desde processo revolucionário”. Bem, com o que foi estabelecido nesse primeiro item pode-se observar a intensificação da doutrinação marxista nas escolas e universidades, de modo especial no Brasil, assim como a introdução da ideologia de gênero e aulas de “orientação sexual” para crianças do pré-primário. Passados 16 anos dessa determinação, é praticamente impossível encontrar hoje em dia um jornalista formado depois de 2000 que reporte fatos da realidade como ela é. A sua quase totalidade é incapaz de escrever um texto ou artigo de opinião que não esteja repleto de chavões comunistas (como “oligarquia”, “polícia truculenta”, “homofóbico”, “misógino”, “direita fascista” “comunidade carente”, “ativista de direitos humanos”, “grupos insurgentes ou rebeldes”, “movimentos sociais”, etc.) e termos “politicamente corretos”, quando não descaradamente omitindo a verdade em prol da defesa de um partido político comunista.

X Encontro Onze anos depois de fundado o FSP, o X Encontro ocorrido mais uma vez em Havana contou com 518 delegados provenientes de 81 países da América Latina e Caribe, América do Norte Europa, Ásia, África, Oriente Médio e Austrália representantes de 74 partidos e movimentos políticosmembros e de 127 partidos e organizações convidadas. Como se pode ver, o número n partidos, organizações e participantes cresceu bastante mas, ainda assim, a mídia nacional não divulgava nada, como se um aglomerado de

presidentes de tantos países juntos num evento que durava em média 4 dias, não era motivo 7 ira, no mínimo, curiosidade em saber do que tratava! Este foi também o ano da criação do Fórum Social Mundial, um braço operacional do FSP, do qual falarei mais adiante. • “O X Encontro do FSP confirma a vitalidade, pertinência e vigência deste espaço, que se identifica de esquerda, anti-imperialista, antineoliberal, contra todas as manifestações de colonialismo, solidário e participativo na formação de projetos alternativos para os povos da América Latina e do Caribe, convencidos de que “um mundo melhor é possível.8 • “O FSP se solidarizou de imediato com as vítimas desses atos criminosos e reclamou o caminho da paz e da justiça, como o único válido para derrotar o terrorismo, reiterando sua solidariedade com todos aqueles que sofrem suas consequências”.9 • “Rechaçamos toda tentativa de apresentar como terroristas os movimentos de libertação nacional, ao chamado movimento antiglobalização, a esquerda, os movimentos sociais e progressistas”. • “Reafirmamos o direito de nossos povos a saber a verdade e a conseguir justiça acerca dos terroristas de Estado que hoje continuam impunes”.10 • “Os partidos do FSP assumem o compromisso de desenvolver estratégias, programas e políticas públicas dirigidas a fomentar a igualdade de direitos e oportunidades entre os gêneros”. • “Propomos a criação de bancos interestatais de desenvolvimento”.

XI Encontro

• Sobre a vitória de Lula nas eleições presidenciais: “Assinalamos com satisfação que a maior parte dos partidos integrantes da aliança têm ativa participação no Foro de São Paulo desde sua origem”. • “Ao triunfo de Lula soma-se a vitória de Lucio Gutiérrez, candidato da aliança Sociedade Patriótica 21 de Janeiro, e o Movimento Pachakutik”. A propósito da vitória de Lucio Gutiérrez, é interessante demonstrar o caráter decisório e a influência que o Foro exercia e continua exercendo sobre os países-membros, uma vez que elegeu e depois, insatisfeito com sua “independência” de ação contrária aos planos do Foro, organização estabeleceu estratégias para inviabilizar o governo equatoriano ao ponto de forçar o presidente a renunciar, rotulando-o de “ditador” em pouco mais de 2 anos de mandato. Eles têm o poder de pôr e tirar, fazer e desfazer a seu bel-prazer. Observem as duas notas, do antes e depois:

“RESOLUCIÓN SOBRE EL TRIUNFO EN EL ECUADOR 11 El XI Encuentro dei Foro de São Paulo reunido en Antigua, Guatemala del 2 al 4 de diciembre de 2002, aprobó la siguiente resolution sobre el Ecuador: 1. Saluda a las fuerzas populares y de izquierda del Ecuador que, con ocasión del proceso electoral, lograron un espado de unidad para alcanzar el triunfo presidential del Coronel Lucio Gutierrez. 2. Aspira que este acuerdo electoral, se fortalezca para coadyuvar favorablemente en las expectativas de cambio que la inmensa mayoría de Ecuatorianos expresó al votar

mayoritariamente por las candidaturas que confrontaron el modelo neoliberal todavia prevaleciente en el Ecuador. Antigua, Guatemala, 4 de diciembre de 2002".

“Declaração Política12 Os Partidos políticos da região meso-americana: FMLN de El Salvador, FSLN da Nicarágua, UD de Honduras e ANN e URNG da Guatemala, membros do Foro de São Paulo, reunidos em Antigua, Guatemala, nos dias 23 e 24 de abril do 2005: 8. Expressamos nosso reconhecimento e solidariedade aos partidos políticos e organizações populares de Equador que saíram às ruas na luta pela defesa de sua dignidade e que logrou depor o ditador Lucio Gutierrez e reivindicar os direitos dos povos desse irmão país. Também demandamos aos governos e à OEA o respeito ao direito da autodeterminação do povo equatoriano. Reivindicamos o papel que os partidos políticos de esquerda tivemos na democratização de nossos países e a contribuição que estamos fazendo para construir uma esperança de mudanças em nossos povos. Os partidos do Foro de São Paulo da região meso-americana agradecem à URNG e ANN, da Guatemala, pelo esforço e êxito na organização deste foro. Antigua, Guatemala, 24 de abril do2005" • “Avançar nas propostas de mudança dos atuais processos do MERCOSUL, Comunidade Andina de Nações e CARICOM”.

• “Os partidos do FSP, além disso, deverão implementar mecanismos de seguimento que assegurem o cumprimento desses programas e planos”. • “O FSP rechaça a política do Estado de Israel de ocupação e genocídio nos territórios palestinos, em violação reiterada das resoluções da ONU. Ao mesmo tempo, se pronuncia contra toda forma de violência que provoque vítimas civis13 e reitera a necessidade da retomada das negociações de paz”.

XII Encontro - 15 anos do Foro de São Paulo Apesar desse ter sido o Encontro de comemoração dos 15 anos de fundação do FSP, o número de participantes foi menor que o décimo: 364 participantes de cerca de 150 partidos políticos, entidades e organizações sociais. Como foi no Brasil, houve participação de seu fundador, Lula, em cujo discurso afirma o que negou durante 15 anos: que “participou desde o começo e todos os Encontros".14 Nesse evento deu-se destaque ao Brasil - pelo rompimento com o FMI e pelo “combate implacável à corrupção por parte do governo Lula” -, Venezuela, Uruguai e as eleições presidenciais na Argentina, onde venceu Néstor Kirchner. Esses são os destaques desse Encontro: • Enaltecem a luta do povo chileno pela busca da “verdade e justiça" contra o governo Pinochet. • Ressaltam o derrocamento dos Governos de Gonzalo Sánchez de Lozada (Bolívia 2003), Lucio Gutierrez (Equador 2005) e Carlos Mesa (Bolívia 2005), com o qual somam 6 governos neoliberais derrocados pelos movimentos populares desde 1997.

• Destacam a resistência da Revolução Cubana; a derrota da tentativa de desestabilizar e derrocar a Revolução Bolivariana da Venezuela e o governo de Hugo Chávez: o triunfo eleitoral de Lula em 2002 e Tabaré Vázquez em 2004; o triunfo das esquerdas nas eleições municipais na Colômbia e no Equador. • Destacam o impulso gerado desde o GT-FSP para a visita de parlamentares de diferentes países a fim de impulsionar uma agenda negociada ao conflito interno e o acordo humanitário, para fazer sentir a solidariedade da América Latina com a Colômbia. • Criticam a declaração de Condoleezza Rice sobre a Venezuela, de que esse país é “um estorvo para os Estados Unidos • Ressaltam os sistemas de integração que exercem um papel importante na “lógica integral”: a Comunidade Andina de Nações (CAN), o MERCOSUL, agora com vários países-membros associados: Bolívia, Chile, Peru, Venezuela, Colômbia e Equador, e a Comunidade Sul-Americana de Nações, criada em 2004. • Destacam a criação da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas), TeleSul, Petro-Sul e Petro-Caribe, salientando que um princípio importante é “promover ações para conseguir uma adequada equidade” - quer dizer, os países mais abastados devem ajudar os mais pobres, à revelia e em detrimento da vontade do povo. • Denunciam a exploração sexual infantil.15

XIII Encontro

• Comemoração das vitórias eleitorais para a Presidência da República de camaradas de partidos-membros: reeleição de Lula, no Brasil; reeleição de Hugo Chávez, na Venezuela; eleição de Rafael Correa, no Equador; eleição de Daniel Ortega, na Nicarágua. • Citação de vitórias anteriores: Tabaré Vázquez, do Uruguai em 2004; e em 2005, Evo Morales, da Bolívia; Michelle Bachelet, do Chile; Néstor Kirchner, da Argentina e René Preval, do Haiti. • Luta contra o Plano Colômbia e a Iniciativa Regional Andina de combate ao narcotráfico. • Homenagem ao recém-falecido Shafik Handal, fundador do FMLN e membro destacado do Foro de São Paulo desde a primeira hora. O GT-FSP estabeleceu como metas para o ano ir 2007: • Publicação de um boletim eletrônico mensal; • Constituição de uma escola continental de formação política; • Realização de um festival politico-cultural; • Criação de um observatório eleitoral; • Desenvolver uma política dirigida à juventude16 e de promoção de arte e cultura.

XIV Encontro Nesse Encontro realizado em Montevidéu, sob a consigna "não vivemos uma época de mudança mas uma mudança de época", compareceram 844 delegados de 35 países. Havia uma certa “euforia” com

o sucesso do Foro uma vez que, tendo atingido a maioridade, quem começou com apenas um país com governante membro da organização, agora contava com 12 diretamente vinculados ao Foro e 2 que não eram eles mesmos membros mas os partidos com os quais fizeram coalizão. São eles: Raúl Castro, que se tomara ditador hereditário com o afastamento em 2006 do ditador-mor de Cuba, Fidel Castro; Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil; Hugo Chávez, da Venezuela - o primeiro eleito depois da fundação do Foro -; Tabaré Vázquez, do Uruguai; Evo Morales, da Bolívia; Rafael Correa, do Equador; Daniel Ortega, da Nicarágua; Martin Torrijos, do Panamá, René Preval, do Haiti e Fernando Lugo, do Paraguai, recém-eleito. Apoiados na coalizão por partidos-membros do FSP, Cristina Kirchner, da Argentina e Michelle Bachelet, do Chile. Havia também uma certa consternação somada à revolta pois meses antes, em 1º de março, as Forças Militares da Colômbia haviam dado baixa no número 2 das FARC, Raúl Reyes, e nesse mesmo mês, no dia 26, fora anunciada a morte por problemas cardíacos do fundador e Chefe do EstadoMaior Central das FARC, Manuel Marulanda, Tirofijo”. Houve discursos chorosos lamentando i morte de dois “grandes combatentes”, o “exemplo” que eles deram e o “legado” que deixaram. Centre as resoluções destacamse: • Condenam a “ofensiva direitista” comandada pelos Estados Unidos, no ataque que deu baixa a Raúl Reyes no Equador.17 • Saudação ao povo paraguaio pela eleição de Fernando Lugo. • Impulsionam os projetos de integração: MERCOSUL, COMUNIDADE ANDINA, CARICOM, ALBA-TCP e UNASUL. • Saúdam a criação da UNASUL que engloba iniciativas como o Banco do Sul e o Conselho Sul-Americano de Defesa. • Luta contra o narcotráfico, incluindo os países consumidores como co-responsáveis e a não-criminalização dos cultivos.

Nesse último item fica demonstrada a mentira como método, uma vez que os maiores produtores e comercializadores de coca do mundo são as FARC e seus sócios no FSP, sobretudo Venezuela, Cuba e Equador, além da Bolívia que tem produção própria, e o Brasil que é um dos maiores produtores de maconha da região e o segundo maior consumidor de cocaína das FARC, dito por seus próprios chefões.

XV Encontro Esse encontro ocorreu logo após a deposição do ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya que, como vinha sendo subornado e orientado por Chávez e o FSP para para burlar as leis do país e preparar um referendo para instituir uma Assembleia Constituinte que é proibido pela Carta Magna daquele país, foi legal e constitucionalmente deposto. Mas seus camaradas logo gritaram, como aqui no Brasil: “É golpe!” Nesse Encontro ocorreu a primeira reunião de "Escolas e Fundações do Foro de São Paulo”. • Avaliar permanentemente as estratégias da direita para evitar que prosperem. • Denunciam golpe de Estado em Honduras, apoiando a luta do povo para exigir a restituição imediata e incondicional do presidente Zelaya ao cargo de presidente. • Brasil permite que Zelaya ocupe sua embaixada em Honduras.18 • Denunciam a IV Frota americana como uma ameaça direta ao Equador, Venezuela e Bolívia.

• Criação de organismos supranacionais de gestão política, econômica, social e ecológica. • Apoiar os processos eleitorais de 2009 e 2010, com dois objetivos: não ceder nenhum governo à direita e ampliar o espaço da esquerda. • Reformar a Secretaria Executiva (SE) do Foro de São Paulo para que adiante se componha de uma SE indicada pelo GT. • Realizou-se pela primeira vez, de modo paralelo, o Primeiro Encontro de Juventudes do FSP.

XVI Encontro • Ressaltam as mudanças devido à ALBA e UNASUL, que teve um papel importante na Bolívia no caso de Pando19, e na reconciliação entre a Colômbia e a Venezuela com a ascensão de Juan Manuel Santos. • Afirmam que a CELAC é o escalão superior da dinâmica de integração.

Avanços: • Reeleição em 2009 na Bolívia e no Equador, nova vitória no Uruguai, com a eleição de José Mujica, e em El Salvador, com Maurício Funes.

Metas:

• Consolidar os governos e não ceder nenhum espaço para a direita. • Apoiar os partidos de esquerda que ainda não são governo. • Acelerar o processo de integração. • Universalizar a luta contra o racismo e a xenofobia. • Reconhecem o papel estratégico da cultura na luta política. • O FSP recebeu Manuel Zelaya e decidiu incorporar a Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) como membro do Foro. • Reclamam a necessidade do respeito ao Direito Internacional Humanitário e os Direitos Humanos. • Que se acabe com a prática dos sequestros, do desaparecimento forçado e as detenções arbitrárias, o direito das vítimas à verdade e à justiça, à reparação e à não-repetição desses fatos.20 • Saúdam o surgimento do Conselho Sul-Americano de Defesa da UNASUL.

XVII Encontro • Apoio às eleições na Argentina, Peru - apoio explícito a Ollanta Humala -, Nicarágua, e a Rigoberta Menchú na Guatemala. • Felicitaram Rafael Correa pela vitória no referendo que permite a reeleição indefinida. • Felicitaram os processos revolucionários contra o imperialismo da Revolução Cubana, Revolução Sandinista da Nicarágua, Revolução

Bolivariana da Venezuela, construção do Estado Pluri-Nacional da Bolívia, Revolução Cidadã do Equador, mudanças no Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina. • Reafirmam que enquanto Zelaya não for restituído ao cargo, não aceitam Honduras nos espaços internacionais como a OEA. • Denunciam violação à soberania da Líbia. • Rendem homenagem ao falecido Néstor Kirchner, primeiro secretário da UNASUL.

XVIII Encontro • Denunciam duas tentativas de "golpe de Estado” e um de magnicídio na Bolívia e em 2010 no Equador. • Denunciam o derrocamento de Fernando Lugo, do Paraguai, alegando que “a direita está disposta a utilizar vias violentas e/ou manipulação das vias institucionais para derrocar governos que não sirvam aos seus interesses"21 • Saúdam as vitórias nas eleições presidenciais de Dilma Rousseff do Brasil, Daniel Ortega da Nicarágua, Cristina Kirchner da Argentina e Danilo Medina da República Dominicana. • Suspensão do Paraguai do MERCOSUL, por considerar o novo governo golpista e aprovação da Venezuela como membro pleno da organização. • Apoio à Venezuela e ao chanceler Nicolás Maduro, contra acusações do Paraguai de “ingerencismo”.22

• Apoiam o povo paraguaio, desconhecendo o governo de Federico Franco e anunciam ações continentais em favor da “democracia”. • Expressam solidariedade aos candidatos Xiomara Zelaya, Rafael Correa e Hugo Chávez que concorrem à eleição para a Presidência da República.23 • Convocam as forças progressistas e de esquerda a respaldar a democracia venezuelana e a rechaçar as tentativas de desestabilização da direita. • Opõem-se à intervenção armada na Síria e no Irã.

XIX Encontro • Enfrentar e vencer as disputas eleitorais presidenciais, em: Honduras, Chile, El Salvador, Costa Rica, Colômbia e Panamá. • Exigem que se retire Cuba das lista de países terroristas. • Advogam pela incorporação de “outros insurgentes" no processo de paz na Colômbia. • Denunciam as manobras políticas da direita brasileira de tentar sabotar o governo de Dilma. • Rendem homenagem a Chávez. • Manifestam integral apoio e solidariedade a Maduro, rechaçando as ações da direita que denunciam o golpe.

• Solidarizam-se com Evo Morales pelo sequestro de 4 governos europeus. • Felicitam Correa pela sua reeleição. • Felicitam os nicaraguenses pelos 34 anos da Revolução Sandinista. • Solidarizam-se com os africanos pela enfermidade de Nelson Mandela. • Mônica Valente, mulher do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, assume a Secretaria de Relações Internacionais do PT e Secretaria Executiva do Foro de São Paulo, substituindo Valter Pomar que exerceu ambos os cargos de 2005 a 2012.

XX Encontro • Saúdam as vitórias eleitorais em: El Salvador, com Salvador Sánchez Cerén, Costa Rica, com Luis Guillermo Solis e Chile, com Michelle Bachelet. • Condenam as ações golpistas contra Nicolás Maduro, ressaltando que na Venezuela o povo é consciente, mobilizado e organizado, e tem umas Forças Armadas cuja disciplina tem como fundamento “sua consciência patriótica em defesa da Revolução”. • Rechaçam a tentativa do governo dos Estados Unidos de sequestrar o general Hugo Carvajal em Aruba.24 • Solidarizam-se com o povo venezuelano que enfrenta uma guerra econômica e midiática promovida pelos grupos oligárquicos e o Departamento de Estado norte-americano.25

• Alertam sobre o perigo da "restauração conservadora” que introduz uma ampla gama de instrumentos subversivos dirigidos e coordenados pelos Estados Unidos.26 • Denunciam os “fundos abutres” da Argentina como planos antidemocráticos, que constituem uma ameaça à soberania política e econômica da América Latina e Caribe.27 • Destacam o protagonismo de Cuba na II Cúpula da CELAC. • Chamam a acelerar o processo do Banco do Sul do MERCOSUL. • Respaldam o diálogo de paz em Havana e a abertura formal de negociações com o ELN e o EPL. • Convocam a batalha de respaldo às eleições presidenciais no Brasil, Bolívia e Uruguai.

XXI Encontro Nesse Encontro os membros do Foro se gabam de nunca terem perdido governos conquistados, entretanto, não sabiam que seu declínio estava apenas começando. Os governos que conquistaram a vitória conseguiramna através de massivas e grosseiras fraudes, pois o povo, cansado de tantas promessas mentirosas, de viver numa miséria implacável promovida pelo socialismo-comunismo já não se ilude mais, nem aceita estar subjugado a uma meia-dúzia de tiranos. A Venezuela é hoje o cartão postal de toda essa desgraça. Participaram 105 partidos de 26 países e o evento espera a participação de mais de 200 pessoas. Os anfitriões desse Encontro foram os partidos PRD e PT do México.

Um fato curioso ocorreu um dia antes da abertura desse Encontro. O grupo terrorista ETA basco (Euskadi Ta Askatasuna - que se denomina um “exército de libertação nacional”) através de seu braço político, Euskal Herria, enviou emissários mas estes não puderam entrar no México por determinação do presidente Enrique Peña Nieto e tiveram que voltar do aeroporto mesmo. Depois enviaram esta mensagem que foi lida no plenário: “Por mais que lamentemos não estar presentes, tenham por certo que a voz e a mensagem de Euskal Herria se escutarão no XXI Encontro do Foro de São Paulo". Com isso, fica demonstrado que esta organização pertence ao FSP, por mais que Lula, Pomar ou Marco Aurélio Garcia (MAG) insistam em negar. É isso o que exigem na Resolução Final: • “É necessário ter claro que nosso inimigo é o imperialismo e a direita oligárquica”. • “Continua sendo um desafio para os partidos de esquerda e revolucionários o reconhecimento da agenda feminista como um eixo transversal da agenda das mulheres e um correto enfoque de gênero nas políticas, programas e ações que se desenham na luta contra a direita, o capitalismo opressor, depredador e patriarcal, e a contraofensiva imperial destes tempos”. • Exigem do Conselho de Segurança da ONU a vigilância dos Direitos Humanos nos territórios ocupados pelo Marrocos. • Saúdam o presidente da RASD (República Árabe Saharauí Democrática), Mahmud Abdelaziz, instando os países da América Latina e Caribe a reconhecer este governo e permitir a abertura de sedes diplomáticas em seus países. • Solidariedade ao povo grego.

• Respaldam a decisão de Cuba de restabelecer as relações diplomáticas com os Estados Unidos sem fazer concessão alguma. • Demandam a suspensão do “bloqueio” e a desativação e devolução da base militar de Guantánamo. • Exigem a libertação dos presos-políticos em Honduras e Guatemala. • Solidarizam-se com o governo de Michelle Bachelet pela ideia de uma Assembleia Nacional Constituinte.28 • Acompanhar as eleições municipais da Venezuela em 6 de dezembro. • Denunciam a “tentativa de golpe” contra o PT, o governo Dilma e o ex-presidente Lula por parte das forças da direita, com o apoio do Poder Judiciário, da imprensa e dos Poderes Públicos, se solidarizando com a esquerda em defesa da “democracia, legalidade constitucional e do legítimo mandato da presidente Dilma”. • Demandam respaldar a “Proclama da América Latina e o Caribe como Zona de Paz e Livre do Colonialismo”, aprovado na II Cúpula da CELAC. • Apoiam os esforços da CELAC no caminho da construção de um projeto estratégico de integração genuinamente latinoamericano e caribenho. • Pedem para acelerar os processos de integração e as cadeias de fornecimento regionais, a integração energética e de infraestrutura, os planos estratégicos, a ação social e a consolidação do Banco do Sul. • Convocação de todos pela batalha nas eleições presidenciais na Argentina, respaldando e apoiando o candidato do Foro Daniel

Scioli. • Grande preocupação pelo retrocesso produzido pelo governo do Peru que, havendo ganhado as eleições com as forças de esquerda que formam parte do Foro de São Paulo e os movimentos sociais, está atualmente alinhado com as forças ideológicas e econômicas do neoliberalismo extrativista.29

CAPÍTULO 7

AS SUCURSAIS DO FORO DE SÃO PAULO: FÓRUM SOCIAL MUNDIAL, MERCOSUL, ALBA, UNASUR E CELAC

Fórum Social Mundial Quando o Foro de São Paulo foi inaugurado em 1990, dos partidos e organizações - terroristas ou não - que tornaram-se membros, apenas Fidel Castro governava o país com mão de ferro e à ponta dos fuzis. Em 1998 elegeu-se Chávez, cujo país era um dos mais ricos em petróleo do mundo, mas que até então não tinha qualquer influência no resto do continente, quer seja em termos políticos ou geo-estrategicamente. Em 2001 é fundado o “Fórum Social Mundial”, em Porto Alegre, que viria a ser, embora todos neguem, um braço operacional do FSP. Seu fundador é o empresário do ramo de brinquedos e presidente da ABRINQ, Oded Grajew, um israelense naturalizado brasileiro, que foi assessor especial de Lula entre janeiro e novembro de 2003 e é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Como bem explica o site CubDest, “o Fórum Social Mundial (FSM) é um evento alter-mundialista organizado por movimentos sociais de muitos continentes, com objetivo de elaborar alternativas para uma transformação social global”.1 Seu slogan é “Um mundo melhor é possível” e foi concebido para ser um “contraponto” ao Fórum Econômico de Davos na Suíça, que se realiza anualmente em janeiro. Durante um certo tempo as

datas dos dois eventos coincidiam, mas o FSM fez seu último evento consecutivo em 2012. O trabalho do FSM é pôr em prática as atividades programadas nos Encontros do FSP embora haja debates, seminários e oficinas durante os eventos. A forma de atuação é o das chamadas redes transversais”, um tipo de “(des)organização que não possui estruturas hierárquicas nem centro de direção, contando apenas com 'nós' em cujas intercessões unem-se ‘horizontalmente' centenas e milhares de organizações contestatárias” (sic), do mesmo modo que operam o “Fora do Eixo” a “Mídia Ninja”, os “Anonymous” e o “Movimento Passe Livre”, por exemplo. Os organizadores afirmam que essa “rede transversal” “funciona como uma estratégia ‘liliputiana, reportando-se à história de Gulliver, que consiste em tecer uma rede mundial tão abrangente quanto possível, ganhando constantemente espaços de influência ante a opinião pública para obter isolamento, desprestígio e cerco ‘sempre mais estreito e denso’ em torno do Gulliver atual, representado pelo governo conservador norteamericano e pelo chamado neoliberalismo”.2 Ainda segundo os organizadores do FSM, outra tática das redes é a “invisibilidade” na ação, inspirada nas guerrilhas zapatistas de Chiapas, “que torna difícil ao adversário detectar a identidade do que se lhe opõe”. Isso foi claramente observado nas primeiras manifestações de rua em 2013, com a desculpa de protestar contra o aumento das passagens de ônibus. Viase muitas pessoas mascaradas ou com os rostos encobertos por camisa, garantindo o anonimato e não-vinculação a qualquer movimento já estabelecido, como os conhecidos MST, MTST, militância petista e assemelhados, mas que usavam táticas de guerrilha urbana3 depredando patrimônio público e privado, explodindo coquetéis Molotov, queimando pneus, etc. Por não se conhecer a identidade dos vândalos e por conivência com o governo do PT que os estimulava a praticar aqueles atos de barbárie e selvageria - embora nunca faltasse o discurso de “paz” e de que era uma

“manifestação pacífica” -, nunca se soube de alguém que tenha sido punido legalmente ou que tenha pago pelos prejuízos causados. Durante um dos Fóruns ocorrido na Universidade Federal de Porto Alegre, um amigo meu, estudante daquela universidade, contou abismado que o ambiente lembrava um Woodstock tupiniquim, pois o que mais se via era sexo, drogas (sobretudo maconha) e revolução. Multidões de zumbis com olhos vidrados e camisas e boinas do porco Che Guevara, chinelões e bolsa a tiracolo, perambulavam pelos corredores da universidade sempre gritando palavras de ordem e louvando a revolução cubana. Nesse ano de 2016 houve uma reedição sem muito sucesso, comemorando os 15 anos de fundação. Analisando-se as “declarações de princípios” e resoluções do FSM, não resta dúvida de que suas propostas e ideologia são as mesmas do FSP4. Além disso, o sociólogo Emir Sader, que é o Diretor Geral da revista “América Libre",5 órgão de difusão do Foro de São Paulo, é desde 2001 o representante pelo CLACSO (Conselho LatinoAmericano de Ciências Sociais) no Conselho Internacional do Fórum Social Mundial.

MERCOSUL Somente com a eleição de Lula, em 2002, a situação do Foro começou a mudar, considerando que o Brasil é um país continental, o mais rico e expressivo entre seus vizinhos que o consideram o “império” sulamericano. Logo depois da eleição de Lula, ainda antes da posse, em dezembro de 2002, os petroleiros venezuelanos estavam em greve. Através de acordos de bastidores do FSP Lula faz o presidente Fernando Henrique Cardoso, seu parceiro no Diálogo Interamericano, enviar dois navios petroleiros à Venezuela para suprir as necessidades daquele país, “furando” a greve dos venezuelanos que foram punidos com uma demissão em massa de 22.000

trabalhadores qualificados, sendo imediatamente substituídos por cubanos sem qualquer conhecimento do mister. Lula esqueceu seu passado de líder de greves no ABC Paulista para atender as necessidades do seu camarada no Foro. A partir de 2003, quando Lula já havia assumido seu primeiro mandato, o MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) começou a mudar. Criado em 26 de março de 1991 com a assinatura do Tratado de Assunção no Paraguai, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai uniram-se para formalizar a construção de um bloco aduaneiro de zona de livre comércio e integração entre os países-membros, uniformizando as taxas de juros, índices de déficit e taxas de inflação. Os presidentes na época eram Carlos Menen, da Argentina, Fernando Collor de Melo, do Brasil, Andrés Rodriguez, do Paraguai e Luis Alberto Lacalle, do Uruguai. Transformado em mais um braço do FSP, o desejo de Lula era trazer para dentro do MERCOSUL todos os países-membros dessa organização e foi assim que, aos poucos, foi-se “empurrando” a Venezuela do “companheiro” Chávez, primeiro participando das reuniões anuais onde era recebido como personagem de honra, até a votação entre os paísesmembros originais. Para o ingresso de outro país no bloco é necessário que haja unanimidade na aceitação, e como o Congresso do Paraguai recusouse, alegando faltar democracia na Venezuela, o ingresso desse país ficou em compasso de espera. Após a deposição de Lugo da presidência o Paraguai foi suspenso do bloco, até que se “devolvesse” o governo ao presidente legalmente deposto, e imediatamente os três países restantes - Argentina, Brasil e Uruguai aprovaram o ingresso da Venezuela. Esse foi mais um golpe do Foro de São Paulo - nisso eles são mestres! uma vez que não só a Venezuela mas qualquer outro país só pode ser admitido no bloco se o Congresso de todos os demais países-membros estiverem de acordo. Em 2013 a Bolívia e o Equador manifestaram seu desejo de ingressar no MERCOSUL e têm

participado dos encontros como "ouvintes” e já mostram o mesmo interesse o Chile e o Peru. A respeito da suspensão do Paraguai do MERCOSUL, o ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, conta em seu livro "Una oveja negra al poder - Confesiones e intimidades de Pepe Mujica”6 que quando Lugo foi destituído do poder e antes de ocorrer a reunião da Cúpula do MERCOSUL, certo dia recebeu um telefonema de Marco Aurélio Garcia (MAG) dizendo que Dilma desejava ter uma conversa com ele. O funcionário da presidência do Uruguai disse, muito solícito, que poderia pôr os dois presidentes em contato, ao que MAG retrucou dizendo que Dilma desejava falar pessoalmente, que não poderia "haver comunicação nem por telefone, nem por e-mail. É pessoalmente”. Para evitar suspeitas num encontro assim tão repentino e sem nenhum motivo protocolar agendado, Dilma mandou um avião brasileiro (provavelmente da Força Aérea Brasileira) a Montevidéu para trazê-lo até Brasília. Lá chegando, tiveram dois minutos de conversa formal e em seguida Dilma interrompeu dizendo que queria conversar “coisas nossas”. O intérprete que acompanhava o presidente uruguaio tomou um bloco e começou a anotar, ao que Dilma interrompeu dizendo “sem anotações”, mandou o rapaz rasgar o papel e em seguida disse: “Essa reunião nunca existiu”. Durante a conversa Dilma apresenta fotos e gravações telefônicas, e diz a Mujica que aquele material foi conseguido com os serviços de Inteligência do Brasil (provavelmente ABIN), de Cuba e da Venezuela que registravam como foi gestado o “golpe de Estado da máfia fascista” no Paraguai. Se trabalhando coordenadamente não fica claro mas, de todo modo, ela tinha acesso ao que os serviços secretos daqueles países faziam e vice-versa. Depois dessa revelação, Dilma diz a Mujica que "o Brasil necessita que o Paraguai fique fora do MERCOSUL”, porque o Foro de São Paulo queria a Venezuela como membro definitivo do bloco. E foi o que aconteceu em princípios de julho de 2012. A conversa que “nunca

existiu” vazou nesse livro, pois Mujica “esqueceu” que ele não era mais presidente mas a autora do encontro, Dilma Rousseff sim, e continuou exercendo seu cargo, e com isso expôs um dado gravíssimo que os brasileiros nunca deveriam ter tomado conhecimento. Melhor para nós! Para que se tenha uma ideia da importância de MAG7, tanto no FSP como no Partido-Estado (PT), transcrevo parte de uma entrevista que ele deu em 2011 ao jornal O Estado de São Paulo: “Há rumores de que, com a transição entre Lula e Dilma, o senhor perdeu espaço no governo. Meu gabinete continua do mesmo tamanho (risos). Em novembro, havia um movimento quase consensual para que eu substituísse o ex-presidente argentino Néstor Kirchner como Secretário-Geral da UNASUL. Vários governos haviam se manifestado nessa direção. Como a eleição (de Dilma) já havia ocorrido, eu expus a situação à presidente. Ela me pediu que eu continuasse como assessor de política externa. Eu aceitei e aproveitei para solicitar uma estrutura maior. A presidente esteve de acordo”. Marco Aurélio Garcia é o homem todo-poderoso, o cérebro por trás do PT e do FSR Esteve no Foro desde a sua fundação, junto com Lula e Fidel, e permanece hoje articulando tudo que diz respeito às Relações Exteriores e, embora tenha o pomposo cargo de "Assessor Especial da Presidência do Brasil para assuntos internacionais”, seu verdadeiro cargo é o de Chanceler do Itamaraty de fato, não de direito. Ele é a figura invisível, onisciente e onipresente que conduz todos os movimentos do PT-FSP desde a criação de ambos. Em 2006 escrevi um artigo para o Mídia Sem Máscara em que demonstrava como o MERCOSUL havia se transformado numa sucursal do Foro de São Paulo que me parece bastante pertinente ainda hoje, sobretudo depois que a mídia ‘descobriu” que essa organização está tomando rumos

distintos daqueles para o qual foi criado. Chama-se "O Mercosul e o Foro de São Paulo”. Ao comemorar seu 25º aniversário, nada mudou mas tudo mudou. Mudou a essência, os objetivos, criou um passaporte e placas de carro unificadas que começaram nesse 1º de abril a funcionar na Argentina e muito em breve será obrigatório nos demais países-membros. As facilidades aduaneiras, a flexibilização das taxas de juro para o comércio com os países do bloco que eram seus objetivos precípuos, isso foi jogado na lata do lixo porque, afinal, não serve para a unificação da “pátria grande bolivariana” tão cara a Chávez e ao Foro de São Paulo.

O Mercosul e o Foro de São Paulo © 2006 MidiaSemMascara.org

Uma semana após o encerramento da XXX Cúpula do Mercosul muitas análises, críticas e opiniões ainda circulam pela mídia, entretanto, nenhuma delas vai ao fulcro da questão que é a relação direta e indelével do “novo” Merco sul com o Foro de São Paulo, organização da qual nenhum jornal brasileiro ousa sequer admitir a existência, obedecendo religiosamente ao patrulhamento ideológico a serviço do comunismo internacional. Só para lembrar, já que estamos em ano eleitoral, o Foro de São Paulo foi criado em julho de 1990, por Fidel Castro e Lula da Silva, após o fim da URSS e para substituir a falida OLAS, pois era necessário “recuperar na América Latina o que se perdeu no Leste europeu", segundo palavras de Castro em sua fundação.8 O coração e o cérebro do Foro de São Paulo residem no Grupo de Trabalho que se reúne três vezes ao ano, com o objetivo de traçar as metas para os encontros anuais do Foro. Essas metas são mais tarde debatidas nos Encontros e de lá saem as resoluções que vão ser postas em prática, em ações coordenadas, por todos os países membros do Foro.

Explicados esses detalhes técnicos, vejamos desde quando o Mercosul é objeto de desejo do Foro de São Paulo. Em 24 de julho de 2000, o presidente Chávez deu uma declaração ao informativo “La insignia” em que dizia ser partidário de uma união política, econômica e militar do Grupo Andino e do Mercosul. "Deve ser uma integração plena, não só econômica. Há que avançar para a integração, não só para a integração econômica e política”. Continuou o presidente: “Há um ano eu dizia: se existe a OTAN, por que não pode existir a OTAS, uma Organização do Tratado do Atlântico Sul, que se some à África do Sul?”. Mais tarde, em setembro de 2003, reuniram--se nas instalações da Escola Militar de Montanha em Bariloche, Argentina, os Comandantes dos Exércitos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai para tratar da “integração militar no Mercosul". Estiveram presentes os comandantes: Tenente-general Roberto Bendini (Argentina), General-de-Exército Francisco Albuquerque (Brasil), Juan Cheyre Espinosa (Chile), Santiago Pomoli (Uruguai), Luis Barreiro Spaini (Paraguai) e César López Saavedra (Bolívia). Nesta ocasião, o general Francisco Albuquerque teria dito: "Esse é um exemplo para o mundo", referindo-se à “integração militar” que mais tarde Chávez iria sugerir a criação das Forças Armadas da América Latina, coordenadas pelo Mercosul. Nos dias 16 e 17 de fevereiro de 2004, o Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo reuniu-se na cidade de São Paulo e em sua Declaração comunica, dentre outras tantas metas, a seguinte: “1. Os partidos e as forças políticas participantes do Grupo de Trabalho debateram a estratégia comum dos movimentos sociais e

da esquerda frente aos temas da integração e do comércio global. Com relação a isso, reafirmam a necessidade de uma verdadeira integração de nosso continente e rechaçam a proposta da ALCA, da forma apresentada pelo Governo dos EUA, assim como os tratados de comércio sub-regionais e bilaterais promovidos por este país. Defendemos uma integração e relações comerciais solidárias, que respeitem a soberania dos países de nossa região e promovam o direito inalienável dos povos ao desenvolvimento econômico e social, deixando claro nossa posição a favor da inclusão de Cuba no sistema inter-americano e condenação do bloqueio estadunidense a esta nação." Como se pode observar, a inclusão de Cuba ao Mercosul já era uma meta antiga e determinada pelo Foro de São Paulo. Em dezembro de 2004, o sociólogo comunista germano-mexicano Heinz Dieterich, guru de Chávez e Fidel, em uma entrevista cedida ao site de extrema-esquerda Rebelión afirmava o seguinte: “Bem, a única forma de resistir a esta imposição dos tratados de livre comércio é esse Bloco de Poder, com um programa próprio. A luta contra a ALCA tem sido defensiva porém, com a defensiva não se ganha uma guerra e esta é uma guerra contra o Império. Necessita-se de uma proposta estratégica própria. Hugo Chávez a formulou na ALBA: Alternativa Bolivariana para a América Latina. Tem-se dado passos para integrar um eixo Venezuela-Cuba, por uma parte, e um eixo Venezuela-Argentina por outra, porém não há sustentação teórica; é uma integração bilateral que segue a lógica das vantagens comparativas de David Ricardo, e o que necessitamos é um salto qualitativo para conseguir a constituição de um Estado regional que é o MERCOSUL ampliado,

aprofundado, democratizado com a Venezuela, com Cuba e em uma segunda fase com Evo Morales na Bolívia e com a CONAIE (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador) no Equador, que realize a integração o quanto antes nas quatro esferas sociais fundamentais do ser humano: a econômica, a política, a cultural e a militar" E, finalmente, na reunião da Região Cone Sul do Grupo de Trabalho do Foro, ocorrida em Montevidéu em 7 de dezembro de 2005, em sua “Declaração” ficou acordado o que retransmito no original, em espanhol, para que não reste qualquer dúvida: "REUNIÃO DA REGIÃO CONE SUL-2005 DECLARAÇÃO (Original unicamente em espanhol) Montevideo, diciembre 7 de 2005 A los Presidentes y Cancilleres de los países del MERCOSUR y asociados, Los pueblos de América Latina avanzan hoy con firmeza hacia su integración haciendo por fin realidad los esfuerzos de los próceres de nuestra independencia para lograr la unión continental. En este Primer Encuentro de la regional Sur del Foro de São Paulo realizado en Montevideo los dias 6 y 7 de diciembre de 2005 y en la Cumbre de Presidentes del MERCOSUR que se reúne en Montevideo el9y 10 de diciembre, se consagran muchas iniciativas que son decisivas para nuestra integración: - La incorporación de Venezuela como miembro pleno del MERCOSUR, >que significa que toda la costa atlântica de

América dei Sur se integra en un solo bloque regional de más de 250 millones de habitantes. - La creación dei Parlamento regional, que significa que de la unión econômica y comercial se avanza en la integración política e institucional. - La puesta en práctica defondos estructu-ralesy el anillo energético. En la Cumbre de Mar del Plata se demostro que el MERCOSUR era capaz por primera vez de defender los intereses de la region frente a los planes de los países dei norte, representados en el proyecto del ALCA, con el apoyo de la Cumbre de los Pueblos y una extraordinária movilización. Los partidos políticos de izquierda y progresistas tenemos una tarea fundamental en esta nueva etapa en que ciudadanos y ciudadanas de nuestros países deberán dar sustento a un MERCOSUR que defienda y profundice la democracia y la vigência de los derechos humanos en la region. El respeto a la diversidad y el desarrollo de políticas activas contra la discriminación de todo tipo deberán ser base sustancial de este MERCOSUR ciudadano. Saludamos los esfuerzos de nuestros gobiernos para desarrollar una política de paz para la region y el mundo, en contraposición a las políticas de guerra desplegadas por la potência hegemônica y asi mismo manifestamos nuestra preocupación por la presencia de tropas y bases militares extranjeras en la region. Consideramos fundamental la consolidación de la democracia y el respeto a la libre expresión ciudadana en los comidos a realizarse en la region, Chile y Bolivia en lo inmediato. Finalmente nuestro MERCOSUR (quer dizer, o MERCOSUL do Foro de São Paulo!) se seguirá ampliando hacia formas más

profundas de integración latino americana, por el desarrollo econômico y social, y hará más justa la distribución de la riqueza y defendiendo nuestros recursos naturales, estratégicos y el medio ambiente. Viva la integración de nuestros pueblos!" Quer dizer, de um bloco de países sul-americanos reunidos em torno do objetivo único de fortalecer o intercâmbio comercial entre si, o Mercosul sofreu um desvio radical de sua origem, passando a atuar no plano políticoideológico (e futuramente militar) como uma sucursal do Foro de São Paulo! Portanto, não foi surpresa nem foi à toa a inclusão da Venezuela, tampouco a presença de Fidel Castro (cujo país situa-se no Caribe e não na América do Sul) na Cúpula de Córdoba com vistas à integração no Mercosul. Na redação inicial do Merco sul, quando da sua constituição, há uma cláusula que especifica que só podem participar do grupo países cujo regime seja democrático e por esta razão, Cuba, que é inegavelmente uma ditadura, está impedida oficialmente de pertencer ao bloco mas isto não impediu que se assinasse um acordo comercial com este país. Resta saber o quê Cuba tem a oferecer como mercadoria para os novos sócios e com qual dinheiro pagará suas dívidas, pois é sabido no mundo inteiro que Cuba é um Estado falido. E, para concluir, provando que TODA a política latino-americana vem sendo delineada pelo Foro de São Paulo, lemos no site do próprio Foro que o próximo encontro do Grupo de Trabalho será no Uruguai, entre 18 e 20 de agosto, para redigir o texto-base do XIII Encontro que ocorrerá em El Salvador, e cujo tema geral será “Integração latino-americana e caribenha”. A comissão deste Grupo de Trabalho será composta por membros do Partido da Revolução Democrática (PRD de López Obrador, do México); Partido dos Trabalhadores, do Brasil; Partido Comunista de Cuba, e Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional, de El Salvador”.

ALBA A ALBA surgiu como uma espécie de contraposição à ALCA (Acordo de Livre Comércio para as Américas). Inicialmente chamada de “Alternativa Bolivariana para as Américas”, a ALBA foi constituída em Havana, Cuba, em 14 de dezembro de 2004, num acordo entre Hugo Chávez e Fidel Castro. Em 29 de abril de 2006 a Bolívia somou-se ao grupo, a partir do Tratado de Comércio dos Povos, e em 25 de junho de 2009 foi rebatizada como “Aliança Bolivariana para as Américas” ALBATCP. A ALBA se propôs a ser, no início, um órgão como o MERCOSUL, para a facilitação e integração do comércio entre os países-membros. Entretanto, com o tempo e à medida em que o MERCOSUL sofria drásticas modificações de seu modelo original, a ALBA resolveu acompanhar. Foi assim que, segundo imaginavam Chávez e Fidel Castro, fortaleceu-se com a criação do Acordo de Cooperação Energética Petro-Caribe que, na realidade, beneficiava apenas os países que dependiam do petróleo venezuelano. Em troca de (mais) poder e submissão desses países a Chávez em votações na ONU ou OEA, por exemplo, Chávez entregava o petróleo venezuelano - como se fosse seu - a repúblicas falidas, miseráveis ou com regime ditatorial a preço de banana ou muitas vezes de graça, como é o caso de Cuba, (que Maduro mantém até hoje), que recebe 100 mil barris diários de petróleo, a maior riqueza do povo venezuelano. Fazem parte da ALBA e dependem diretamente da Petro-Caribe: Antigua y Barbuda, Bahamas, Belize, Cuba, Dominica, Granada, San Cristóbal y Nieves, San Vicente y Granadinas, Santa Lucía, Suriname e agora há pouco, El Salvador. A ALBA ainda coordena "movimentos sociais” de 21 países da América Latina e Caribe, dentre os quais encontram-se: Argentina

(Quebracho, Piqueteros de Luis D'Elia e assemelhados); Brasil (em 2014 o ex-vice-presidente Elias Jaua esteve reunido no Brasil com o MST dando "instruções” e firmando acordos de cooperação)9, Chile, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, República Dominicana, Cuba, Haiti, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, México e Venezuela (os “Círculos Bolivarianos”, as “Milícias Bolivarianas” e os “Coletivos”, sendo os mais conhecidos por número e violência armada “Carapaica”, “Tupamaros” e “Alexis Vive”). Mais tarde, por volta de 2009, a ALBA sofreu outra mutação em seu nome a passou a se chamar “Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América”, nome que segue até hoje. São considerados países-membros: Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Honduras, Equador, San Vicente y Granadinas e Antigua y Barbuda. Dentre os projetos da ALBA encontram-se o Banco da Aliança Bolivariana, o Alba Cultural, o Alba-Med e o Sucre, uma moeda comum criada para atender a área monetária, mediante o estabelecimento da Unidade de Conta Comum (um Sistema Unitário de Compensação Regional - SUCRE) e de uma Câmara de Compensação de Pagamentos. Isto de certa forma isola os países--membros dos mercados mundiais que operam com o dólar, numa estupidez que até hoje não se tem notícia se vingou ou ficou apenas no papel porque, como se verá até o final do livro, criam--se mil organizações com os mesmos objetivos e funções que no final das contas não resolvem nada e que, finalmente, só “vinga” o que já tenha sido idealizado pelo Foro de São Paulo. Como se pôde observar, os projetos e objetivos da ALBA seguem a mesma linha de postulações do MERCOSUL, apenas voltado para o Caribe e os países mais ao norte do continente sul-americano e que, por sua vez, seguem as diretrizes gerais do Foro de São Paulo.

UNASUL

A UNASUL, União das Nações Sul-Americanas, foi oficialmente fundada em 23 de maio de 2008, na III Cúpula dos chefes de Estado em Brasília.10 O documento foi assinado pela República Argentina, República da Bolívia, República Federativa do Brasil, República do Chile, República da Colômbia, República do Equador, República Cooperativista da Guiana, República do Paraguai, República do Peru, República do Suriname, República Oriental do Uruguai e República Bolivariana da Venezuela e o documento foi escrito em espanhol, português, holandês e inglês. Foi acordado que a sede da organização seria em Quito, Equador, o Parlamento sul-americano em Cochabamba, Bolívia, e a sede do Banco do Sul, em Caracas, Venezuela. Seu primeiro Secretário-Geral, escolhido por unanimidade, foi o falecido ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner, em 4 de maio de 2010, para um mandato de dois anos. O Tratado entrou em vigor, de fato, em 11 de março de 2011, tornando-se uma entidade jurídica durante a cúpula de Ministros dos Negócios Estrangeiros em Mitad dei Mundo, Equador, onde foi colocada a pedra fundamental para a sede do Secretariado-Geral da União. A ideia mesma da organização surgiu em 8 de dezembro de 2004 na Cúpula Sul-Americana onde 12 países assinaram a Declaração de Cuzco11, anunciando a fundação da então Comunidade Sul-Americana de Nações. Esses representantes dos 12 países queriam fazer dessa comunidade algo como a União Europeia, com unificação de passaporte, parlamento e futuramente uma moeda comum a todos como é hoje o Euro. Em 25 de dezembro de 2005, o ex-ministro do Exterior chileno propôs o nome “União das Nações Sul-Americanas” que foi o que vingou até hoje. O primeiro Secretário-Geral da UNASUL foi o ex-presidente equatoriano Rodrigo Borja, mas ele renunciou alguns dias antes do encontro em Brasília, em maio de 2008. Foi então eleito Néstor Kirchner, da Argentina, em 4 de maio de 2010 e por isso é considerado o primeiro presidente de direito e de fato, mas não cumpriu :odo seu mandato de 2 anos pois faleceu em 27 de outubro desse mesmo ano. Em 9 de maio de

2011 foi nomeada Maria Emma Mejia, da Colômbia, que já foi Ministra da Educação e de Relações Exteriores, pertence ao partido pró-FARC e membro do Foro de São Paulo, Polo Democrático Alternativo. Desde há oito anos pertence à comissão de facilitação entre o governo e o ELN visando a um processo de “paz” igual ao das FARC. Presidiu o secretariado até 11 de junho de 2012, quando assumiu o terrorista venezuelano e amigo íntimo dos chefões das FARC, Alí Rodriguez Araque. Araque assumiu o posto em 11 de junho de 2012 e permaneceu até 31 de julho de 2014. Atualmente a Secretaria-Geral da entidade está nas mãos do colombiano e ex-presidente Ernesto Samper, desde 1º de agosto, devendo passar o bastão no segundo semestre desse ano. Samper é conhecido na Colômbia por ter tido sua campanha eleitoral financiada pelo poderoso narcotraficante Pablo Escobar e por isso é impedido pelo Governo dos Estados Unidos de pisar em solo norte-americano. A UNASUL é estruturada através de Conselhos: Conselho de Economia e Finanças, Conselho de Defesa Sul-Americano, Conselho de Saúde Sul-Americano e Conselho Eleitoral12. No documento constitutivo da UNASUL, citado na nota 10, pode-se ver detalhadamente todo o funcionamento da organização mas quero me deter em apenas dois: o Conselho Eleitoral e o de Defesa, para demonstrar a estreita relação e subordinação aos desígnios do Foro de São Paulo.

Conselho Eleitoral No Estatuto do Conselho Eleitoral13, quanto aos Princípios, lê-se: “Artigo 2º - O Conselho Eleitoral da UNASUL se regerá pelos princípios reitores do Tratado Constitutivo da UNASUL, de irrestrito respeito à soberania, autodeterminação dos povos, solidariedade, cooperação, paz, democracia, participação cidadã,

transparência, pluralismo, respeito aos direitos humanos universais, indivisíveis e interdependentes, e pelos princípios que inspiram o Protocolo Adicional ao Tratado Constitutivo da UNASUL sobre Compromisso com a Democracia"

E nos Objetivos Específicos: 1. Promover o intercâmbio e a transferência de conhecimentos, experiências e assistência técnica dos organismos, autoridades e técnicos eleitorais. 2. Propiciar a criação, uso e aplicação de tecnologias nãodependentes para o desenvolvimento dos sistemas eleitorais em matéria de inovação e modernização tecnológica, assim como boas práticas de sistemas nos processos eleitorais" No mesmo ano em que a UNASUL redigiu os Estatutos do Conselho Eleitoral (2012), do qual destaquei esses dois “objetivos específicos” o governo brasileiro, através do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assinou um contrato com a empresa Smartmatic de urnas eletrônicas, por um período de 12 meses e avaliado em aproximadamente US$ 63 milhões14. Essas urnas foram implantadas por Hugo Chávez na Venezuela desde 2005 pois, apesar da empresa garantir absoluta segurança no sistema informático da máquina, elas não são auditáveis permitindo fraudar as eleições como Chávez fez - e Maduro continua fazendo - durante todo o tempo em que governou a Venezuela. Como elas exigem a verificação biométrica do eleitor, na Venezuela ficaram conhecidas como “máquinas capta huella literalmente “capta (ou caça) digital”. Segundo informa o site, entre os serviços previstos no contrato “estão incluídos o teste das urnas eletrônicas, limpeza, remoção dos selos, testes funcionais, triagem para manutenção corretiva e preparação para o

armazenamento, entrada de dados, instalação e atualização de software, juntamente com outras tarefas. O consórcio ESF também será responsável por receber e transmitir os relatórios de mídia do sistema de votação”. Como as urnas não são auditáveis, quer dizer, depois de transmitidos os dados gravados durante o processo de votação nada mais fica armazenado, e não temos voto impresso, o governo brasileiro tem renovado o contrato com a empresa Smartmatic até os dias de hoje. E foi por saber que essa urna eletrônica é passível de fraude que o TSE realizou o escrutínio das últimas eleições presidenciais numa sala fechada com apenas 23 funcionários do TSE escolhidos a dedo, contrariando o que diz a Lei nº 10.408 de 2002, que é uma alteração da lei anterior de 1997, em seu Art. 66 e primeiro parágrafo deste artigo: “Art. 66. Os partidos e coligações poderão fiscalizar todas as fases do processo de votação e apuração das eleições e o processamento eletrônico da totalização dos resultados. § 1º Todos os programas de computador de propriedade do Tribunal Superior Eleitoral desenvolvidos por si ou sob encomenda utilizados nas urnas eletrônicas para o processo de votação e apuração, serão apresentados para análise dos partidos e coligações na forma de programas-fonte e programas--executáveis, inclusive os sistemas aplicativo e de segurança e as bibliotecas especiais, sendo que as chaves eletrônicas privadas e senhas eletrônicas de acesso se manterão no sigilo da Justiça Eleitoral".15 E ainda o Art. 87 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997: “Art. 87. Na apuração, será garantido aos fiscais e delegados dos partidos e coligações o direito de observar diretamente, a distância não superior a um metro da >mesa, a abertura da urna, a abertura e a contagem das cédulas e o preenchimento do boletim".16

Naquele tempo se utilizava o voto impresso mas tanto nesta Lei de 1997 - que permanece em vigor, sofrendo alteração apenas em alguns artigos por causa das urnas eletrônicas - quanto na mais recente, de 2002, era garantido aos partidos políticos o direito à participação na apuração dos votos de modo que o resultado fosse transparente, uma vez que havia observadores de partidos de todas as tendências e ideologias. Do modo como foi realizada a apuração nas eleições de 2014 para a Presidência da República, a portas fechadas e sem a presença de observadores dos diversos partidos, não se pode aceitar o resultado apresentado como válido e legítimo e afirmar que o que foi informado à Nação é o resultado real, a vontade da maioria do povo brasileiro. Apuração a portas fechadas sem a presença de observadores dos partidos, foi a primeira e maior fraude da eleição presidencial de 2014 já cometida e que jamais se viu no país! Foi Chávez quem inventou esse método de fraudes, de urnas eletrônicas e de apuração sem a presença de observadores diversos e a portas fechadas. No seminário internacional ‘‘Democracia Liberal Democracia, Liberdade e o Império das Leis", promovido pelo Mídia Sem Máscara e coordenado por Heitor De Paola entre os dias 15 e 16 de maio de 2006 em São Paulo, Alejandro Peña Esclusa em sua brilhante exposição explica como Chávez encontrou a forma de se perpetuar no poder, usando a democracia para destruí-la através do voto, um instrumento da própria democracia.17 O método foi aprovado pelo Foro de São Paulo e copiado aqui no Brasil com êxito, apesar dos reclamos populares que não deram em nada, ima vez que o Ministro do TSE é egresso do próprio PT, foi quem decidiu pelo sigilo da apuração e, evidentemente, não aceitou as denúncias. Puseram o lobo para cuidar do galinheiro.

Conselho Sul-Americano de Defesa

O site do Itamaraty afirma que a criação do Conselho Sul-Americano de Defesa ocorreu em 15 de dezembro de 2008, tendo em sua composição os ministros da Defesa da Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Uruguai, Paraguai, Suriname e Venezuela, com : objetivo de “elaborar políticas de defesa conjunta, promoção do intercâmbio de pessoal entre as ~orças Armadas de cada país, realização de exercícios militares conjuntos, etc". Entretanto, nada disso é verdade; nem seus objetivos e muito menos sua data de criação. C projeto vem de mais longe. Em maio de 2008 após a divulgação da criação desse conselho, escrevi o artigo abaixo que demonstra mais uma mentira do Foro de São Paulo.

Conselho Sul-Americano de Defesa: a serviço de quem? “No passado 14 de abril o ministro da Defesa Nelson Jobim, esteve na Venezuela reunindo-se com o presidente Hugo Chávez para tratar da proposta do Conselho Sul-Americano de Defesa numa reunião que realizouse a portas fechadas. Jobim negou que houvesse uma carreira armamentista na América do Sul mas ressaltou a importância de que os países-membros adquiram armas, porque "a projeção de poder na América do Sul é dissuasiva ante eventuais inimigos Lá, Jobim teria dito que a iniciativa da proposta partiu de Lula, depois de a Colômbia ter atacado uma base das FARC no Equador e que Chávez mostrou-se muito receptivo, demonstrando um interesse muito forte neste projeto que será implantado em outubro de 2008. E em notícia no site do PT, diz-se que "...terá o papel de elaborar políticas de defesa conjunta, intercâmbio de pessoal entre as Forças Armadas de cada país, realização de exercícios militares conjuntos, participação em operações de paz das

Nações Unidas, troca de análises sobre os cenários mundiais de defesa e integração de bases industriais de material bélico”. A história, entretanto, não é bem essa. Ela remonta, pelo menos, ao ano de 2001, quando Chávez enviou seu então ministro da Defesa, General Hurtado Sucre à Brasília que apresentou ao presidente Fernando Henrique Cardoso a proposta de integração militar latino-americana; este gostou da ideia mas já estava quase de saída e o projeto não avançou. Em dezembro de 2004, o marxista germano-mexicano Heinz Dieterich escreveu um artigo intitulado “A doutrina militar e o Bloco Regional de Poder Militar”,18 onde faz uma análise da situação das Forças Armadas na América Latina e Caribe, e afirma que os dois estrategistas militares mais importantes do continente latino-americano são Fidel Castro e Manuel Marulanda “Tirofijo” comandante das FARC. Afirma ainda que Cuba oferece um paradigma militar para o futuro Bloco Regional de Poder Militar latinoamericano (BRPM) que então começa a se delinear. Diz que o “novo Fidel” é Chávez porque ele “saberá encontrar a fórmula para que a vanguarda e o bloco do centro [que Dieterich destaca como sendo Lula, Néstor Kirchner - que era o presidente à época - e Tabaré Vázquez] se encontrem em uma nova dinâmica de libertação, digna dos próceres da Pátria Grande Entre os dias 27 e 29 de outubro de 2006 aconteceu em Sucre, Bolívia, o encontro fundacional do Bloco Regional de Poder Popular, organizado por Dieterich e patrocinado pelo governo boliviano de Evo Morales, e que estabelecia quatro elementos para garantir o “avanço do processo revolucionário regional”. O quarto desses elementos, diz: “Organização de um plano militar de caráter defensivo integrado regionalmente, para enfrentar a eventual agressão e intervenção militar direta do imperialismo e que deverá estar baseado na concepção da ‘guerra de todo o povo'. Esse organismo seria denominado Bloco Regional de Poder Militar" (BRPM). E no artigo intitulado “Brasil, Argentina e Venezuela constituem um Bloco Regional de Poder Militar" escrito em 28 de fevereiro deste ano,

Heinz Dieterich não esconde sua alegria pela decisão de Lula em encabeçar a formação do BRPM. Afirma ele que o “Conselho Sul-Americano de Defesa será o órgão dirigente do BRPM", quer dizer, este Conselho criado por Lula e Jobim ratifica o BRPM, não vem para fortalecer o papel das nossas Forças Armadas na defesa do nosso território e soberania mas para formar, junto com os outros países do continente, uma força conjunta preparada para agir contra a "invasão do império”. Dieterich alega que “o império” está perdendo sua hegemonia financeira, econômica e política por isso recorre aos métodos de dominação pela força militar. Diz ele: “Esta é a mais profunda razão histórica e legitimação da constituição do Bloco Regional de Poder Militar e seu Conselho Sul-Americano de Defesa na Pátria Grande”. Nesse contexto, não é delírio supor que, quando houve o ataque militar colombiano ao acampamento das FARC em 1º de março, se este Conselho já existisse o Brasil teria, junto com os outros países do Bloco, se voltado contra a Colômbia desencadeando talvez uma guerra desnecessária e insana de proporções inimagináveis. No dia seguinte, Pedro Echeverría V. exulta com a criação deste Conselho no artigo, do qual cito alguns trechos: “Por isso me deu uma enorme alegria ler o interessante artigo de Heinz Dieterich na revista ‘Rebelión’. No artigo ele detalha a formação do Bloco Regional de Poder Militar (BRPM) latino-americano encabeçado pelo presidente brasileiro, Inácio ‘Lula’ da Silva”. (...) “Na América Latina e no mundo não deveria haver exércitos; porém, ante a ameaça e as permanentes invasões ianques não se pode viver sem um organismo armado internacional de defesa, organizado por governos anti-imperialistas”. (...) “O exército será nacionalista, anti-imperialista, defenderá os interesses dos povos da América Latina frente ao império ianque ou outro grande país”. O Brasil possui um “Conselho de Defesa Nacional”, criado em 11 de abril de 1991 pela Lei nº 8.183, que cumpre perfeitamente seu papel de

defender o território e a soberania, claramente explicitados nos Art. 5º e Parágrafo único deste artigo; Art. 5º - O exercício da competência do Conselho de Defesa Nacional pautar-se-á no conhecimento das situações nacional e internacional, com vistas ao planejamento e à condução política e estratégica para a defesa nacional. Parágrafo único - As manifestações do Conselho de Defesa Nacional serão fundamentadas no estudo e no acompanhamento dos assuntos de interesse da independência nacional e da defesa do estado democrático, em especial aos que se refere: I - à segurança da fronteira terrestre, do mar territorial, do espaço aéreo e de outras áreas indispensáveis do território nacional; II - quanto à ocupação e à integração das áreas de faixa de fronteira; III - quanto à exploração dos recursos naturais de qualquer tipo e ao controle dos materiais de atividades consideradas do interesse da defesa nacional. Se o interesse real é defender o país de possíveis agressões, por quê a necessidade de criar um outro conselho de defesa? O que será feito deste já existente, vai ser anulado? Como vimos, os objetivos deste Conselho SulAmericano vão além das nossas fronteiras territoriais. Um documento do XIV Encontro do Foro de São Paulo que realiza-se entre os dias 22 e 25 de maio em Montevidéu, Uruguai, reafirma a "necessidade’ desta integração. Vejam o que diz este trecho do documento: “A maioria dos Governos de esquerda e progressistas têm entre seus delineamentos e Programas de ação a Integração Regional e

Continental como objetivo fundamental... (...) para avançar na coordenação e execução dos projetos integracionistas e conformação de Blocos Regionais”.E na V Cúpula de América Latina, Caribe e União Europeia em Lima, Peru, Lula afirmou sem pudor que o Foro de São Paulo serviu--se da democracia para alcançar seus objetivos de dominação. Disse ele: “Esse foro, que nós criamos, esse foro foi educando a esquerda para compreender que existia a possibilidade de disputar eleições e ganhar pela via democrática”. Ao mesmo tempo, Jobim e Chávez mostram toda sua valentia ante a Quarta Frota americana. Chávez disse à agência russa Ria Novost: “Vamos enterrar o império americano neste século, quando entrarmos numa nova era de governos de esquerda”, e Jobim vociferou em coro: "Eles não poderão atuar em áreas jurisdicionais brasileiras. Aqui não entra!”. Ambos, como de resto toda a esquerda e os eternos nacionalistas antiamericanistas, seguem o que já ditou Fidel Castro do fundo de seu sarcófago, em uma de suas “Reflexões”: "...os porta-aviões e as bombas nucleares com que se ameaça nossos países servem para semear o terror e a morte, porém não para combater o terrorismo e as atividades ilícitas”. E concluiu que os grandes gastos e o destino dessas armas “deveriam servir também para envergonhar os cúmplices do império e multiplicar a solidariedade entre os povos". Lula percebeu que o momento está tenso para o Brasil com a confirmação da autenticidade dos documentos encontrados nos computadores de Raúl Reyes (não esqueçam que ele recebeu uma carta de saudação das FARC19 por ocasião de sua reeleição e que isto fatalmente deve estar lá, pois foi assinada pelo próprio falecido!) e resolveu então aplicar a estratégia das tesouras: enquanto Chávez e Jobim vociferam fanfarronices contra “o império”, ele tenta - muito simpático e solícito uma aproximação com os presidentes Álvaro Uribe, da Colômbia e Alan

García, do Peru, corroborando a ideia farsesca para os Estados Unidos de sua “ruptura” com a esquerda latino-americana mais radical, que pode apaziguar os arroubos chavistas e assim continuar agindo sem ser incomodado. O que não se pode esquecer, em todo este maquiavelismo torpe, é que Lula, seu governo e o Partido-Estado são membros do Foro de São Paulo e, portanto, jamais irão trair suas deliberações; os dois discursos de Lula, aparentemente antagônicos em Lima neste fim de semana, são as duas faces da mesmíssima moeda furada. Está claro a “quem” servirá este Conselho de Defesa Sul-Americano?” E para corroborar que a ideia desse Conselho é mais antiga do que se afirma e que a sua criação partiu de Lula, ou seja, do Foro de São Paulo, traduzo trechos do artigo de Heinz Dieterich citado no artigo acima: "Brasil, Argentina e Venezuela constituem um Bloco Regional de Poder Militar"20 - Heinz Dieterich “Em uma importante decisão contra a Doutrina Monroe, o Presidente brasileiro Inácio “Lula” da Silva decidiu encabeçar a formação do Bloco Regional de Poder Militar (BRPM) latinoamericano. Em 10 de julho de 2007 ele havia anunciado a autorização dos fundos “para concluir” o primeiro submarino de propulsão nuclear da Marinha de Guerra do Brasil. Posteriormente, seu Ministro da Defesa declarou que a soberania da Amazônia ‘não é negociável' e o Comando Militar da Amazônia (CMA) advertiu que a Amazônia seria defendida com a ‘guerra de guerrilhas"’. (...) “Não menos importante é a constituição de um ‘Conselho Sul-Americano de Defesa’ em outubro de 2008, que será o órgão reitor do BRPM. O Conselho, organismo de defesa regional latinoamericano-caribenho é necessário, disse Jobim, para que as Forças

Armadas dos países da região deixem de ‘depender de estrangeiros’ em áreas de defesa". (...) “No ano de 2003, o Presidente (Chávez) propôs a Lula converter as Marinhas de Guerra de ambos os países na ponta-delança de um projeto de integração concreto sobre a navegação do rio Orinoco com o rio Amazonas, ‘e com isso fortalecer a soberania da Amazônia’. Posteriormente, os dois líderes conversaram sobre a instalação de uma Academia de Guerra latino-americana; projeto urgente, porém que não avançou por rivalidades entre Brasília e Buenos Aires e inércias burocráticas na Venezuela”. (...) "Outros empenhos do Presidente Chávez foram a proposta de fundar a Organização do Tratado do Atlântico Sul (OTAS) e as ‘Forças Armadas da ALBA'. Na VI Conferência dos Ministros de Defesa das Américas em 2004, a Venezuela ajudou o Brasil e as Forças Armadas do Equador a derrotar o plano de Bush e Rumsfeld, de converter os militares latino-americanos em uma guarda pretoriana a serviço de Uribe e do complexo militarindustrial norte-americano”. (...) “Hoje, finalmente, amadureceram as condições objetivas políticas que permitem realizar a constituição do BRPM em 2008, em uma tardia consumação dos sonhos integracionistas dos libertadores da Pátria Grande. Esta é a mais profunda razão histórica e legitimação da constituição do Bloco Regional de Poder Militar (BRPM) e seu 'Conselho Sul-Americano de Defesa' na Pátria Grande”. Em 2010 o site chavista “Taringa” publicou uma matéria onde aponta os números dos soldados de cada país que comporão esse exército do Conselho que servirá para dar segurança, prevenção para qualquer paísmembro “quer seja para choque, defesa, solidariedade e ante eventos onde

se os requeira".21 Quer dizer, não sabemos quando, em que situações e contra quem esses soldados serão chamados a lutar. Quem esse Conselho de Defesa irá defender? Contra quem lutarão? Que tipo de eventos necessitarão de um exército desse porte? Ninguém sabe ao certo, pois os motivos são tão difusos quanto os da Constituição cubana que manda prender quem “desestabilizar a ordem pública” sem especificar o que significa essa "desordem”. O que assombra verdadeiramente é o contingente de cada país e, sobretudo, a afronta de se criar um exército paralelo, ou seja, milícia, sem consultar o Congresso Nacional, sem informar a população. Em 2010 os números eram os que seguem mas não sei se ampliou-se, uma vez que naquela ocasião o presidente colombiano era Álvaro Uribe que se opôs a fornecer seus soldados, pois já enfrentavam os terroristas das FARC em seu país. Mas hoje, com Juan Manuel Santos, cujo partido não pertence (ainda) ao Foro de São Paulo mas suas políticas seguem a cartilha dessa organização criminosa, é possível que tenha posto à disposição desse Conselho o Exército Colombiano. Esperava-se ainda naquela ocasião os contingentes do Uruguai, Paraguai e Peru, e o Chile ainda mostrava-se um tanto resistente: • 18.600 soldados do Brasil • 15.300 soldados da Venezuela • 13.000 soldados da Argentina • 8.250 soldados da Bolívia • 5.000 soldados do Equador Cabe ainda acrescentar que no dia 30 de agosto de 2013, durante a VII Reunião Ordinária do Conselho de Chefes de Estado da UNASUL, foi escrita a "Declaração de Paramaribo” onde se destacava o trabalho do Conselho de Defesa Sul-Americano e a iniciativa da criação de uma Escola Sul-Americana de Defesa (ESUDE), concebida como um centro de altos

estudos e de articulação de redes entre as iniciativas nacionais dos Estadosmembros, para a "formação e capacitação de civis e militares em matéria de defesa e segurança regional, do nível político-estratégico". Com a instabilidade política observada em alguns países-membros como a Venezuela e agora o Brasil, e como um dos objetivos é a “solidariedade" entre os membros do bloco, não podemos descartar a hipótese de que esses “Cascos Rojos" (Capacetes Vermelhos, como são chamados os soldados dessas tropas) apareçam em nosso território para “defender a democracia" contra o “golpe”, pois para isso eles foram criados.

CELAC A “Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos” (CELAC) alberga 33 países das Américas e Caribe, menos Estados Unidos e Canadá. É uma remanescente do “Grupo do Rio" e foi criada em 23 de fevereiro de 2010, embora só tenha tido sua primeira reunião de cúpula entre os dias 1 e 4 de dezembro de 2011 em Caracas-Venezuela. A Primeira Cúpula, entretanto, só veio a ocorrer entre os dias 26 a 28 de janeiro de 2013 no Chile. O primeiro presidente pro tempore foi Sebastián Piñera. A respeito dessa Cúpula, escrevi na ocasião o artigo abaixo:

O trágico destino da América Latina “De 26 a 28 de janeiro ocorreu no Chile a II Cúpula da CELAC (Comunidade de Estados Latino--Americanos e do Caribe), organismo fundado por Chávez em fins de dezembro de 2011 em Caracas, que á uma espécie de OEA sem os Estados Unidos e Canadá. Nessa cúpula o presidente do Chile, Sebastián Piñera, passou a presidência pro tempore a ninguém menos que o ditador hereditário cubano, Raúl Castro, que foi

recebido com honras de chefe de Estado e eleito para o cargo por unanimidade. Quer dizer, 33 países livres e democráticos acordam deixar nas mãos de um sanguinário ditador, responsável junto com seu irmão Fidel pelo assassinato de mais de 100 mil pessoas inocentes, o destino de seus países, sem levar em conta o sofrimento do povo cubano, escravizado há 54 anos. Causou revolta e estranheza nos cubanos e venezuelanos exilados que Piñera; que é de direita e foi eleito democraticamente, tenha concordado em que Raúl Castro assuma a direção do organismo, esquecendo que os Castro são responsáveis pelo assassinato de um senador chileno e pelo apoio logístico e ideológico da ditadura de Allende na década de 70. Mais revolta causou ainda que Raúl Castro tenha acusado os opositores venezuelanos de fomentar “uma campanha de descrédito contra o Governo da Venezuela por parte do império e da oligarquia golpista”. Todos se perguntam com que direito um ditador que nunca foi eleito por ninguém, que se apossou literalmente do país e tem seu presidente sequestrado, que desrespeita absolutamente todos os direitos individuais e comanda uma ditadura sangrenta, possa se referir aos venezuelanos, que buscam apenas que se respeite sua Constituição, venha lhes afrontar de tal forma. Que moral tem este homúnculo para criticar quem quer que seja, se toda a sua vida foi devotada a assassinar, semear o mal, financiar guerrilhas e ditaduras sangrentas mundo afora? Causa estupor que todos os 33 governantes mais seus chanceleres tenham avalizado tal nomeação, uma vez que dentro das próprias cláusulas da entidade exige-se que os países-membros devam “preservar a democracia e os valores democráticos, o respeito às instituições e o Estado de Direito". Quais desses requisitos Cuba satisfaz plenamente? No entanto, todos aplaudiram a nomeação ilegítima, e deram seu aval para que uma ditadura “vigie e sugira punições” para os que descumpram seus regulamentos. Em seu discurso de posse o ditador Castro, além de fazer críticas indevidas à oposição venezuelana, declarou seu apoio às punições

sofridas pelo Paraguai pela destituição do então presidente Fernando Lugo e falou na possibilidade de “reativar” a pena de morte em Cuba. Estas foram suas palavras textuais: “Nossas leis permitem a pena de morte, está suspensa, mas está aí, de reserva, porque uma vez a suspendemos e a única coisa que fizemos com isso foi estimular as agressões e as sabotagens contra meu país ao longo destes 50 anos”. E acerca da destituição legal e constitucional do então presidente Fernando Lugo, metralhou c ditador: “Compartilhamos e apoiamos a resolução e oportunidade com que a UNASUL atuou frente ao golpe parlamentar no Paraguai". E acrescentou: “Em uma região que sofreu décadas de ditaduras sangrentas, impostas e mantidas pelos Estados Unidos, não se pode permitir impunidade aos setores violentos e golpistas". Que ele diga isto é natural, pois faz parte da mentalidade revolucionária atribuir aos outros aquilo que ele pratica. Entretanto, é inadmissível que mandatários de países democráticos, sobretudo o Chile que é considerado um dos países mais democráticos do mundo, aceite, aplauda e avalize isto de alguém que leva 54 anos numa ditadura sangrenta e golpista! Ao longo de mais de uma década venho estudando o fenômeno da ditadura cubana e sua longevidade incólume, e nunca consegui entender o que realmente a mantém até os dias de hoje. A dissidência interna se expõe até o limite do inimaginável, muitos morreram assassinados pelo regime, outros estão encarcerados e outro tanto clama desde o exílio, espalhados e separados de suas famílias ao redor do mundo. Muitos são os países de corte comunista que oferecem seu apoio material ou monetário, mas o que a mantém, de fato, é a covardia de dirigentes de países livres e democratas ante as botas assassinas dos irmãos Castro. São pessoas como o senhor Sebastián Piñera22, que não se envergonha nem ruboriza em confraternizar e aplaudir o assassino do seu próprio povo. São homens desfibrados, como o presidente Ricardo Martinelli do Panamá, que cedeu às pressões cubanas através de Nicolás Maduro e destituiu seu

embaixador perante a OEA, Guillermo Cochez, porque ele exigiu o óbvio e cumpriu com o seu dever. Ou presidentes cúmplices e sedentos de poder, honrarias e glória como o traidor da pátria Juan Manuel Santos da Colômbia que, sonhando com um Prêmio Nobel da Paz, está vendendo seu país ao bando narco-comuno-terrorista das FARC com o apoio dos irmãos Castro. Ou ainda como os presidentes norte-americanos que acreditam que apenas embargando Cuba economicamente, todos os problemas daqueles 11 milhões de escravos está resolvido, pois eles >não sabem o que é ter de pedir permissão ao Estado para viajar de uma cidade para outra. De não ter comida, água corrente na torneira ou energia elétrica todos os dias. Todos lavam as mãos e olham para o outro lado, cúmplices, servis, omissos. É este o destino trágico que se nos avizinha. Que nossas vozes não se calem, pois, porque não tarda a chegar a nossa vez”. Em 2014 a CELAC realiza sua II Cúpula em Havana-Cuba, uma vez que a presidência pro tempore fora dada ao ditador Raúl Castro. Para o evento foi construído um mega complexo chamado Pabexpo, que seria um centro expositivo e de convenções, com amplo auditório e luxuosa sala de imprensa. Tudo com o nosso dinheiro, que á dado a fundo perdido pelo BNDES. O relato daquele evento expus no artigo que segue.

Entre Davos e Havana, o coracão da presidente elege o socialismo “Entre os dias 25 e 29 de janeiro de 2014, a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) celebra seu II Encontro em Havana, Cuba, reunindo representantes de 33 países para “debater” assuntos de interesse dessas regiões. Cabe salientar que a CELAC é mais um braço do Foro de São Paulo (FSP) e foi criada em 2011 pelo falecido Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela. Seu primeiro encontro deu-se oficialmente no ano passado no Chile, que ostentava a presidência pro

tempore da organização e foi passada para Cuba, na pessoa do ditador Raúl Castro. Do mesmo modo que nos Encontros do FSP, a CELAC inicia com um encontro entre os coordenadores nacionais, que são os chanceleres dos países membros, onde estes estabelecem as metas e preparam o “documento final”, o que significa que nada será de fato debatido nos dias oficiais que, nesse caso, são 28 e 29, e posteriormente mais 20 declarações especiais serão dadas a conhecer. Como nos tribunais revolucionários, a sentença chega pronta antes do julgamento do réu. A presidente Dilma esteve em Davos, Suíça, onde participou do encontro com países capitalistas e de lá deveria seguir para Cuba para participar da CELAC. Entre os endinheirados do mundo dona Dilma passou o pires, pedindo que investissem no Brasil, enquanto gasta o dinheiro desses investimentos com ditadores de republiquetas comunistas como a Cuba dos Castro. Antes de seguir para Havana ela resolveu fazer uma “parada técnica” em Portugal, alegando necessidade de abastecer o avião, e hospedou--se, ela e a enorme comitiva de “aspones”, nos dois hotéis mais caros de Lisboa, cuja despesa total custou a bagatela de R$ 71.000,00. À noite saiu para jantar no restaurante mais caro da cidade e no domingo rumou para Havana onde deveria beijar as botas dos ditadores e inaugurar a primeira etapa do porto de Mariel. Dentre as asneiras ditas em seu discurso destaco as seguintes: "O Brasil acredita e aposta no potencial humano e econômico de Cuba". “O Brasil quer tornar-se parceiro econômico de primeira ordem para Cuba (...) parceria bilateral de comércio em equipamentos para a saúde, medicamentos e vacinas, nos quais a tecnologia de ponta e dominada por Cuba”. Dispenso os comentários, uma vez que todo mundo sabe que Cuba é um fracasso tecnológico e não tem nada a exportar, além de sua ideologia assassina e seus espiões que já se encontram aqui, na forma de “médicos”. O discurso completo pode-se ver no final deste artigo.23

Além dos bilhões doados aos cofres pessoais dos Castro com o programa “Mais Médicos”, dona Dilma financiou 80% da construção do porto de Mariel com dinheiro do BNDES, ou seja, de todos os brasileiros que sequer foram consultados, sendo - segundo palavras dela própria - 802 milhões de dólares na primeira etapa, e 290 milhões de dólares na segunda etapa, com recuperação de rodovias e ferrovias de acesso ao porto. Enquanto isso, as rodovias federais brasileiras continuam fazendo vítimas fatais todos os dias, por falta de sinalização e buracos no asfalto. Nos hospitais públicos pacientes são atendidos no chão dos corredores por falta de leitos disponíveis, e muitos pacientes morrem por não terem exames e tratamentos atendidos em tempo de salvar-lhes a vida. Com toda essa dinheirama caída do céu, construiu-se um mega edifício especificamente para a CELAC que diz "buscar aprofundar a integração política, social e cultural da América Latina e do Caribe, >baseado no pleno respeito pela democracia e direitos humanos". O que Cuba entende por democracia e que direitos humanos são respeitados, uma vez que uma semana antes de ocorrer o encontro da CELAC a polícia começou a “advertir” e perseguir a dissidência, recolheu da rua os mendigos e as prostitutas, desconectou os celulares, redobrou a vigilância dos domicílios e prendeu alguns dissidentes? Os opositores ainda procuram pelo paradeiro de José Daniel Ferrer e Oscar Elias Biscet que foram detidos quando se dirigiam às Embaixadas da Espanha e Hungria em Havana. 72 horas antes do encontro começar, já haviam 250 dissidentes detidos alguns dos quais se desconhece o paradeiro. O foro paralelo que a dissidência pretendia fazer foi abortado por vários fatores, dentre eles a vigilância ostensiva e a prisão domiciliar compulsória nas residências dos líderes opositores, além de muitos deles estarem detidos em lugares completamente desconhecidos de seus familiares. A respeito dessa cúpula paralela, o chanceler Bruno Rodriguez disse em uma coletiva de imprensa: "Não haverá aqui uma cúpula de governos e uma cúpula alternativa dos povos. Havana é o lugar onde

podem confluir e confluem naturalmente governos e povos em uma só sala, em um só lugar, em um só evento", ratificando o autoritarismo ditatorial que não respeita a democracia, a divergência de opinião, nem a liberdade de expressão, malgrado afirme cinicamente que a CELAC é o lugar onde "podem confluir governos e povos”. Cuba ser anfitriã e pertencer a uma organização que diz defender esses princípios é uma bofetada na cara dos povos livres, cujos governos se curvam e se calam ante todos os crimes que se cometem naquela ilha há 55 anos. Nesse encontro a OEA foi convidada a participar, e seu Secretário Geral, José Miguel Insulza, aceitou o convite. Isso gerou ações de repúdio dos chilenos e da velha guarda cubana em Miami, que denunciam a conivência dos países livres com tamanha opressão e falta total de liberdades, alegando que Insulza deveria cobrar pluralidade de partidos, liberdade de expressão, associação e crença religiosa, direito de ir e vir e que se cumpra a Carta Democrática Interamericana24. Cuba foi suspensa da OEA em 1962 por ser declaradamente um país comunista, mas em 2009, por ser comunista e apreciar a ditadura cubana, o próprio Insulza retirou a suspensão, mesmo que NADA tenha mudado no regime, mas os irmãos Castro rechaçaram a oferta. Também foi convidado o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, que em seu discurso fez um chamado a “fortalecer o sistema de direitos humanos” e expressou sua confiança de que este encontro “contribuirá para a paz, o desenvolvimento e os direitos humanos na região”. Palavras ao vento, formalidades protocolares mas nenhuma crítica efetiva ou condenação ao regime de escravidão a que são submetidos 11 milhões de seres humanos. Todos, sem exceção, se curvam e se rendem aos crimes cometidos pelos ditadores Castro e os tratam com respeito e admiração. TODOS os presentes são coniventes com o genocídio cometido há 55 anos contra gente inocente, ainda hoje, durante este evento. O presidente do México, Henrique Pena Nieto, que ainda não havia visitado Cuba desde sua eleição em 2012, correu a fazer o beija-mão (ou beija-botas), e resolveu

“anistiar" 70% da dívida de 487 milhões de dólares que a ilha contraiu há mais de 15 anos. TODOS fazem caridade e financiam uma ditadura maldita com o dinheiro do povo, desavergonhadamente! Além de falar dessas abstrações, a CELAC “defende" a “independência" da Costa Rica que, segundo eles, é uma “colônia do império", a erradicação da pobreza e da fome, e uma declaração de reconhecimento a Chávez como idealizador da organização. Porém, a mais cínica e sórdida das proposições desse encontro é a que declara que a América Latina é uma “zona de paz", e que “desterra-se para sempre a ameaça e o uso da força em nossa região". Certamente isto foi imposto pelas FARC que estão lá em Havana com a farsa do “acordo de paz" com o governo da Colômbia e que, provavelmente, participarão dos encontros dos dias 28 e 29. Já está agendado oficialmente um encontro entre o terrorista presidente do Uruguai, José Mujica, com representantes das FARC, que disse ter a intenção de se colocar como “mediador” entre o bando terrorista e o governo colombiano. Num encontro ocorrido em Miami com a velha guarda opositora e convidados, a médica epidemióloga venezuelana, Dinorah Figuera, citou a influência cubana em seu país, fazendo denúncias muitíssimo graves, sobretudo para o Brasil que agora escancarou suas portas para a infiltração desses agentes. Disse a doutora Dinorah:25 “A corrupção e o escasso recurso humano devastaram a saúde pública na Venezuela. Hoje a Venezuela tem a mais alta taxa de mortalidade da América Latina, a primeira taxa de gravidez precoce, há um grave problema de saúde pública, de malária, de dengue, de tuberculose que eram enfermidades que haviam sido reduzidas, mas procura-se remediá-las só com médicos cubanos que substituem os médicos venezuelanos”.

Cabe salientar que, quando os médicos cubanos começaram a chegar no Brasil, Cuba passava por uma forte epidemia de dengue e cólera que já vinha de vários anos, mas isso foi criminosamente omitido da sociedade brasileira. E eles não param de chegar, porque este é um ano eleitoral e, coincidência ou não, o governo brasileiro tem como meta contratar 13 mil no total. E no discurso de abertura o ditador hereditário Raúl Castro disse com a maior desfaçatez, de cara para os Secretários da OEA e ONU, de cujas entidades fazem parte os Estados Unidos, que aquele grupo que reúne os países das três Américas, menos Estados Unidos e Canadá, deveria cooperar entre si como “um antídoto contra a espionagem dos Estados UnidosOra, Cuba sempre espionou e continuará espionando quem lhe dá na telha, e todos aplaudem este engodo talvez porque prefiram ser espionados por Cuba em vez do império... E para este mega evento foi construído um moderníssimo edifício intitulado Centro de Imprensa que deve ter custado uma fortuna mas isso para os Castro não é problema porque somos nós, os otários brasileiros, que estamos pagando. A imprensa nacional não denuncia nada disso, limitando-se apenas a reportar alguns fatos, com a candura de quem informa um evento esportivo. Nada é o que parece, se tomarmos apenas o que sai na mídia. Tal como ocorreu com o FSP, a CELAC será mais uma organização que a mídia tratará com displicência enquanto seus membros conspiram contra a liberdade de sua própria gente”. A presidência pro tempore para a III Cúpula da CELAC foi dada à Costa Rica, na pessoa de sua presidente Laura Chinchilla que não chegou a participar pois estava em fim de mandato. O evento ocorreu entre os dias 28 e 29 de janeiro de 2015, já sob o governo de Luis Guillermo Solis e seu ministro de Relações Exteriores, que passou a presidência pro tempore do IV Encontro ao Equador, na pessoa de seu presidente Rafael Correa.

O “tema” dessa cúpula foi “Como dar segurança alimentar e tratar de erradicar a pobreza e a fome". Para o evento foram creditados 1.200 correspondentes de jornais de todo o mundo, o que chama a atenção para o fato de o Foro de São Paulo ter levado 16 anos no mais absoluto sigilo no Brasil, pois em nada difere desses encontros onde dezenas de chefes de Estado estão presentes e reunidos durante alguns dias. Como naqueles anos Lula havia proibido até a simples menção à organização, um evento dessa magnitude ocorria sem que a impressa noticiasse uma notinha de rodapé sequer, como se nunca houvesse existido.

IV Cúpula da CELAC, Santos, FARC e Maduro Entre os dias 27 e 28 de janeiro de 2016 celebrou-se a IV Cúpula da CELAC em Mitad dei Mundo, no Equador, cidade que leva esse nome por ficar no marco zero da linha do Equador que divide os hemisférios norte e sul. Seu anfitrião, o presidente Rafael Correa, abriu a sessão no prédio da UNASUR que leva o nome do ex--presidente argentino Néstor Kirchner, fazendo menção às memórias deste e de Hugo Chávez da Venezuela. A presidência pro tempore foi entregue por Correa ao presidente da República Dominicana, Danilo Medina. Como nesses encontros de incontáveis siglas criadas para dar apoio e reforçar o plano estratégico do Foro de São Paulo, dos 33 países membros apenas 22 participaram. Na II Cúpula, ocorrida no Chile, Cuba foi a grande estrela do evento, talvez porque já se impulsionava o reatamento de relações diplomáticas com os Estados Unidos mas este ano não foi mencionado o nome de qualquer representante da ilha-prisão. Os temas citados como pontos de discussão foram: trabalho, ciência, tecnologia, desenvolvimento e mudança climática, entretanto, o que estava em questão mesmo era o apoio irrestrito ao tal “acordo de paz" entre Santos e o bando terrorista FARC, além do respaldo à ditadura venezuelana.

O tempo fechou-se quando a vice-presidente argentina, Gabriela Michetti, mencionou a preocupação do seu país e especialmente do presidente Macri (que não pôde ir em decorrência de restrições médicas) quanto à situação dos presos-políticos venezuelanos, uma vez que, atualmente, a Argentina tornou-se um peixe fora d’água nesses encontros. Mais cedo Michetti mencionou a possibilidade, já em estudo, da extradição do terrorista chileno da FPMR Galvarino Apablaza que vive em Buenos Aires na qualidade de “refugiado político”, que responde em seu país pelo assassinato de um senador em 1991, do mesmo modo como o Brasil concedeu status de “refugiado político” ao terrorista das FARC “Oliverio Medina”. O traidor presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pavoneava-se como se fosse a cereja do bolo, pois além de contar com o apoio da quase unanimidade da CELAC ao seu intento de entregar o país às FARC, a ONU criou uma resolução instituindo uma “missão especial” para avaliar o “cessar fogo bilateral definitivo” e o abandono das armas, coisa que as FARC sempre anunciaram que não vão cumprir. Ele afirmou que “a resolução saiu nos termos em que pedimos, exatamente como se acordou na Mesa de Conversações”, quer dizer: conforme a vontade dos terroristas, uma vez que os representantes do Governo estão lá como convidados de pedra que não abrem a boca a não ser para dizer “sim senhor” às FARC. Ainda segundo Santos, as despesas e segurança dos membros dessa missão, que será durante um ano, correrão totalmente por conta do governo colombiano, isto é, pelos contribuintes que bancam a traição à revelia. No dia 28, através de uma vídeo conferência ante a Euro-Câmara entre o negociador das FARC, Iván Márquez e o negociador do governo, Sergio Jaramillo, o Parlamento Europeu apoiou por unanimidade o acordo de impunidade que arquivará os crimes das FARC. Márquez aproveitou para pedir aos deputados que tirem o nome das FARC da lista de organizações terroristas, que provavelmente será acatado, tão-logo terminem o acordo final em Havana. Dias atrás as FARC propuseram ao Governo colombiano a

“desmilitarização” das Forças Armadas e de Polícia, alegando que, sem conflito armado, não se justifica o alto custo que se tem com a manutenção das Forças, cobiçando, sem dúvida, o direito exclusivo de terem e usarem armas de todos os tipos e calibres. E para concluir, a nova Assembleia Nacional venezuelana está pondo em andamento a investigação da real nacionalidade de Nicolás Maduro, amparada em uma petição pública que conta com o apoio de inúmeras figuras de destaque da Venezuela, tais como o ex-diplomata Diego Arria, o empresário Mareei Granier (da RCTV, expropriada por Chávez), o jornalista Napoleón Bravo, entre outros. Na petição alegam que, “segundo o artigo 96 da Constituição Política da Venezuela, Nicolás Maduro é colombiano de nascimento, por ser filho de mãe colombiana e por ter vivido em território colombiano durante sua juventude. Falta comprovar se ele é venezuelano. Em caso afirmativo, teria dupla nacionalidade o que o impediria de exercer o cargo de Presidente da República, segundo estipula o artigo 41 de nossa Constituição”. Três anos atrás Maduro negou ser colombiano, após acusações do exembaixador do Panamá ante a OEA, Guillermo Cochez, que apresentou um documento supostamente emitido pelo Registro Civil de Cúcuta, na Colômbia que respalda essa acusação, motivo pelo qual dirigentes opositores insistem que Maduro usurpou o cargo. Como se pode ver, Argentina e Venezuela estão retomando o caminho da democracia e a um passo de mandar para o quinto dos infernos o maldito totalitarismo comunista. E o Brasil, quando chegará a nossa vez?

CAPÍTULO 8

DESFAZENDO MITOS E MENTIRAS “Os mitos desmoronam por si mesmos, mas só podem ser totalmente banidos pela verdade".

Dmitri Volkogonov Tenho visto muitas coisas serem ditas como sendo “obra" do Foro de São Paulo mas algumas são tão patéticas e inverídicas que me vi na obrigação de corrigir. Quando começaram os processos da “Lava Jato” muita gente, que não sabe do FSP nada além da expressão mesma, tem dito: “Agora vai! Agora vamos derrubar a Dilma, fechar o PT e acabar com o Foro de São Paulo!". Lamento dizer mas isso não passa de mito, sonho de uma noite de verão. É preciso compreender, antes de tudo, que o “Foro de São Paulo” não é o “foro jurídico” da cidade de São Paulo mas uma mega organização supranacional com representantes nos quatro cantos do mundo, com poder e dinheiro, alinhada às determinações da ONU e da Nova Ordem Mundial. Não se acaba com uma instituição dessa natureza como se acaba com uma empresa ou um clube de futebol, a começar pelo fato dela não ter uma sede física e, ao que tudo indica, sequer tem CNPJ próprio. Durante muitos anos venho, junto com alguns amigos, tentando descobrir por todos os meios legais de que dispusemos, o CNPJ dessa organização e até a presente data não obtivemos sucesso. É possível que o Foro de São Paulo, enquanto tal, não tenha mesmo personalidade jurídica

própria mas seja parte integrante da Secretaria de Relações Internacionais do PT (que, este sim, tem CNPJ), uma vez que todos os que ocuparam o cargo de Secretário Executivo do Foro, desde Marco Aurélio Garcia (MAG), passando por Valter Pomar e agora Mônica Valente, também ocupam o cargo de Secretário de Relações Internacionais do partido, conforme afirma o próprio PT: “A Secretaria é também encarregada da Secretaria Executiva do Foro de São Paulo"1 Assim sendo, fica difícil de se fazer uma devassa na organização, tal como uma auditoria nas contas como sugeriu o professor Olavo tempos atrás, uma vez que ela não existe juridicamente por si mesma. Quem financia o Foro de São Paulo? Essa pergunta tem que ser feita ao próprio PT, pois no Encontro ocorrido no Brasil no ano de 2013 a Secretaria Executiva do Foro, quer dizer, a Secretaria de Relações Internacionais do PT na pessoa de Valter Pomar, emitiu uma nota isentando do pagamento de inscrição - que seria de US$ 50 por membro inscrito - a todos os participantes para "ampliar a participação”2. Deve-se considerar como financiadores da organização, o que envolve Encontros, reuniões do GT que ocorrem em vários países quatro vezes ao ano, participações como observadores de eleições nos países-membros, etc., o próprio PT (hoje sabemos das ações bilionárias que estão em curso nas operações conjuntas do Ministério Público e Polícia Federal e que muito raramente são para proveito próprio), as PARC, os petrodólares venezuelanos - da época de Chávez porque hoje a Venezuela está falida -, e do megainvestidor George Soros, através das incontáveis ONG que pertencem e participam dos eventos, segundo nos relata o expert em estratégia de organização, o Major da Cavalaria do Exército da Argentina (r), Jorge Mones Ruiz, meu amigo pessoal, n entrevista ao site Pro Justicia? 3

A respeito do poderio financeiro das FARC, em um artigo publicado em 15 de abril de 2016, o jornal El Colombiano4 refere em um artigo que a revista britânica The Economist afirma que as FARC tinham uma fortuna

superior a 10 bilhões de dólares no período compreendido entre 1990 e 2000, que podem muito bem ter financiado o Foro de São Paulo. Leiam este trecho que traduzi: “Em um artigo intitulado “Dinheiro sem graça", a revista britânica The Economist afirma que o Governo colombiano tem um informe secreto no qual estimam que as FARC têm uma fortuna superior aos 10 bilhões de dólares. “É um assunto importante, entre finais de 1990 e princípios de 2000, as FARC tiveram 18.000 combatentes e uma caixa de guerra cheia de dinheiro em espécie produto da extração ilegal de ouro, da extorsão, do sequestro e do tráfico de drogas. Estima-se que os ingressos anuais das FARC neste período foram dos 200 a 3,5 bilhões de dólaresSantos disse “desconhecer" esses dados mas os Estados Unidos continuam insistindo que são verídicos e que Santos sabe mas não quer revelar por causa do tal “acordo de paz” que está realizando com o bando terrorista em Havana, Cuba, sob as bênçãos dos ditadores Castro. Outro mito é o de se atribuir às expressões “bolivariano” e/ou “bolivarianismo” uma ideologia própria do Foro de São Paulo. Nada mais falso, a partir do momento em que nem uma palavra nem a outra expressam em si mesmas uma nova ideologia. A ideologia por trás do “bolivarianismo" é o velho e criminoso comunismo, sem mais nem menos. Essa expressão foi criada por Hugo Chávez pouco tempo depois de assumir o primeiro mandato, ao referir-se a si próprio como uma reencarnação de Simón Bolívar, conforme expliquei mais acima. Como é comum nos líderes comunistas se apropriar de um personagem histórico de seus países, deturpar seus ideais e transformá-los em “revolucionários”, Chávez reescreveu a história do Libertador das Américas (como Bolívar é conhecido), assim como Fidel Castro reescreveu a história de José Marti, conhecido como o “Apóstolo de Cuba”.

A partir daí, Chávez modificou o nome do país, que era apenas República da Venezuela, para “República Bolivariana da Venezuela”, e tudo o que se referia a essa “nova república” teria que ser “bolivariano”. Criou milícias às quais deu o nome de “Milícias Bolivarianas”, depois vieram os “Círculos Bolivarianos” que abriram suas filiais por todo o continente, inclusive o Brasil, e mais adiante as PARC, suas aliadas e parceiras no narcotráfico e no FSP, criaram o “Movimento Bolivariano” que sustentaria todas as suas ações práticas como partido político, recrutamento de militância, atos públicos e de terrorismo, etc. Portanto, “bolivarianismo” é nada mais que COMUNISMO, inspirado falsamente em Simón Bolívar, assim como “guevarismo”, “marxismo" “stalinismo", “maoismo”, “leninismo" ou "castrismo" são todas expressões que indicam o líder no qual se inspiram para pôr em prática a ideologia comunista. Tanto é assim, que mesmo dentro dos partidos comunistas - e disso o PT é um ótimo exemplo - há correntes que se inspiram em cada um desses líderes sanguinários, porém todas professando a mesma ideologia assassina. Outra bobagem enganosa é atribuir o conceito de “Pátria Grande Bolivariana” ao Foro de São Paulo. Isso não é verdade, apesar da organização ter abraçado essa ideia que também é preconizada por suas sucursais, ALBA, MERCOSUL, UNASUL e CELAC. Quem primeiro cunhou esse termo foi o sociólogo e politólogo germano-mexicano Heinz Dieterich, que durante muitos anos foi o ideólogo de Fidel Castro e Hugo Chávez, autor também do malfadado "Socialismo do Século XXI". Segundo Heinz, com a ascensão de Chávez ao poder seria possível resgatar o sonho de Simón Bolívar de que todo o continente SulAmericano se transformasse numa grande pátria sem fronteiras. Na nossa “Constituição Cidadã” de 1988, no Título I - Dos princípios fundamentais, o Art. 4º diz que: A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

(...) Parágrafo único: A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latinoamericana de nações". Este adendo foi posto pelo atual vice-presidente da República, Michel Temer, que declarou orgulhosamente em uma entrevista. Quer dizer, o sonho de “integração” com os demais países do continente é um sonho antigo dos políticos de esquerda também do Brasil. Ocorre que também nesse aspecto o pensamento de Bolívar foi deturpado, uma vez que o que ele quis expressar com esse desejo de uma “pátria grande” não incluía o fim dos Estados Nacionais, nem muito menos acabar com as fronteiras, como querem os partidários desta excrescência e que foi bem aceita pelos membros do FSP. O sonho de Bolívar referia-se à união entre todos os povos, sem conflitos nem guerras, onde todos pudessem conversar e se entender como uma grande família que, apesar das discordâncias, convivem em harmonia. E, finalmente, outra expressão que vejo com uma frequência assombrosa ser atribuída ao Foro de São Paulo, é a URSAL, “União das Repúblicas Socialistas da América Latina”. Essa expressão é de autoria do meu amigo Heitor De Paola, sugerida em princípios dos anos 2000, quando participávamos de um grupo de estudos estratégicos criados por Olavo de Carvalho. Nesse grupo seletíssimo e pequeno com apenas 12 membros, investigávamos e fazíamos análises do avanço do comunismo no mundo mas sobretudo na América Latina. Estudávamos as resoluções do Foro de São Paulo quando, certa vez, em uma de suas brilhantes exposições Heitor sugeriu esse nome para expressar o que vinha sendo proposto pelos integrantes da organização. Enfim, espero que depois de conhecer o que é mito e o que é mentira acerca dessa organização criminosa as pessoas, ao saírem nas manifestações

pedindo o fim Foro de São Paulo, saibam realmente do que estão falando.

CAPÍTULO 9

ANÁLISE DE CONJUNTURA Fazendo uma leitura sequenciada de tudo o que ocorreu nessas mais de duas décadas, posso dizer que assisti à ascensão e ao declínio do Foro e me parece claro que seu objetivo já foi cumprido. O FSP teve seu apogeu entre os anos de 2003 e 2010, quando elegeu 15 presidentes, modificou Constituições, fez acordos e patrocinou ditaduras do Oriente Médio e África, elevou a ditadura dos Castro a um patamar nunca antes imaginado. Quando Fidel Castro resolveu criar essa organização com Lula, seu desejo, primeiro e último, era colocar Cuba - e seu nome - no centro do mundo. E conseguiu. Sagaz e astuto como uma serpente, Fidel escolheu Lula não por seus conhecimentos mas por perceber sua capacidade de aglutinar, de lidar com as massas tão necessárias e manipuláveis para dar robustez aos seus planos. Ele sabia que Lula era tosco, rude e com um Ego enorme. Tinha afinidades com ele, pois ambos sempre usaram o povo da forma mais perversa enquanto o desprezava e oprimia, e com elogios e afagos sabia que o conquistaria como seu fiel aliado. Depois veio Hugo Chávez, outro indivíduo grotesco e manipulável que precisava ser conquistado para manter a ilha com o petróleo tão necessário mas inexistente em seu território. Chávez não era seu delfim, esse era Nicolás Maduro que para tal foi treinado, mas foi o que a sorte lhe pôs no caminho e Fidel percebeu que foi melhor do que a encomenda e soube tirar bom proveito do presente que lhe caíra dos céus. Fidel sabia que estimulando Chávez com o conto de ser a “reencarnação de Simón Bolívar” poderia tê-lo na palma de sua mão, realizando todos os seus caprichos, e foi

assim até que perdeu a serventia e necessitava ser substituído, não permitindo que ele buscasse tratamento adequado para o câncer porque queria controlá-lo até o último suspiro, dizer “quando”, “como” e “onde” ele deveria morrer. Ambos, Lula e Chávez, encantados e se sentindo honrados por merecer atenção especial do “mito” Fidel, fizeram tudo, absolutamente tudo que o velho abutre lhes ordenou: empobreceram seus países financiando a ditadura cubana e restauraram perante o mundo a imagem de uma ilha paradisíaca, só faltando nela jorrar leite e mel. Os Castro conseguiram se manter - sim, porque a dinheirama que entrava não era para o país, que continuava tão miserável quanto antes, mas para os cofres pessoais dos irmãos Castro e sua Nomenklatura - durante esses 17 anos de governo Chávez-Maduro, através dos petrodólares da Venezuela. Do Brasil de Lula-Dilma sugaram, através do BNDES, o financiamento da reforma do Porto de Mariel e do Aeroporto José Marti, a compra milionária de vacinas inócuas ou vencidas, os bilionários contratos dos espiões disfarçados de “médicos” cubanos que vieram exportar sua “revolução” e prescrever remédio para cavalo a pacientes humanos. E, finalmente, com o muçulmano Barack Hussein Obama, reatar relações diplomáticas e comerciais porém continuando com a mais férrea e brutal repressão, sem modificar ou ceder um milímetro como contrapartida. Conseguiram que Obama retirasse Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo; tiveram seus terroristas de estimação - os “5 heróis” devolvidos, livres; vão receber de volta a base militar de Guantánamo e ainda pedem uma bilionária indenização em dólar pelas indústrias americanas que tiveram que deixar a ilha causando-lhes “prejuízos”, mas não falam em reparar as centenas de famílias americanas que tiveram todos os seus bens - sobretudo imóveis e obras de arte - “expropriados” em nome da revolução comunista. Agora, a Cuba só falta encerrar o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos que, para desgraça dos Castro, é decidido pelo Congresso e

não pelo presidente de turno. E, se depender dos parlamentares cúbanoamericanos, ou americanos filhos de cubanos exilados como Ileana Ros Lehtinen, Mario Díaz Balart ou Marco Rubio, isso não acontecerá nunca se Cuba permanecer num regime comunista autoritário-ditatorial, sem nenhum tipo de liberdade nem respeito pelas vidas humanas dos cubanos “a pé”. Não foi à toa que Regalado afirmou no prólogo do seu livro “Encuentros y desencuentros de la izquierda latino americana", já citado, que “a condição preliminar é que, como todo organismo político, o Foro de São Paulo está submetido à influência de circunstâncias cambiantes que podem prolongar sua existência tal como é, obrigá-lo a se modificar ou fazê-lo desaparecer". Como membro do Departamento de América do Comitê Central do Partido Comunista Cubano e praticamente o porta-voz de Cuba no Foro, ele sabia a que estava se referindo quando falou isso. Enquanto escrevo esse livro o Congresso Nacional brasileiro discute o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a Justiça, através dos desdobramentos do “Mensalão” vai mostrando ao país a face mais obscura da política brasileira, a política da venda de consciências onde cada um tem seu preço, das negociatas sujas e dos roubos bilionários que empobrecem cada vez mais nossa gente. O Planalto virou um grande balcão de negócios onde a presidente fica apelando a políticos que aceitem um carguinho aqui, outro ali, como modo de comprar votos contrários ao impeachment. Não vai funcionar. O mundo está de olho no Brasil e essas mazelas palacianas expõem todo o país ao vexame e escárnio mundial. Dilma pode cair, Lula pode vir a ser preso - se conseguirem provar seus atos ilícitos, o que me parece difícil pela blindagem monumental que o envolve em todas as instâncias de poder e centenas de parlamentares podem perder seus cargos e serem indiciados como reles ladrões. Entretanto, isso não resolve o nosso problema pois não há instituições a serem defendidas do jeito que se encontram, pois elas todas, a partir do STF, estão podres, carcomidas pelos cupins ideológicos do maldito comunismo.

O Congresso Nacional transformou-se num grande rendez-vous, onde os julgadores do processo de impeachment não têm moral nem para julgar um ladrão de galinhas porque eles mesmos, uma centena, são réus nos processos da Lava Jato e Petrolão, mas agem como se fosse os últimos bastiões da decência e moralidade do país. Se Dilma sofrer o impeachment, a única vantagem do ato é que ela passará a ser investigada e julgada como uma cidadã comum, como qualquer um de nós e aí poderá pagar por seus crimes, mas nada mudará enquanto o PT continuar existindo. Eles seguem lutando para que isso não aconteça porque significa sair do centro do poder, a única coisa que de fato interessa ao PT, interessa ao comunismo. No XIX Encontro do Foro que ocorreu no Brasil em 20131, Lula deixa claro que o PT é a peça principal da articulação entre os países integrantes do FSP no processo de integração, que ele chama de “animadores do processo”, e cita a falta que Chávez faz porque os dois juntos é que davam suporte e sustentação para a concretização desse processo. Chávez morreu e o PT está agonizante. O desespero do PT de um modo geral e de Lula em particular, não é porque sua roubalheira está sendo investigada e seus crimes envolvendo dinheiro s mal havidos estejam vindo a público. Não. O desespero é que isso possa levar à perda do poder. Manter o poder a qualquer custo recorrendo à utilização da combinação de todas as formas de luta, mesmo que isso acarrete em perda de seus melhores “quadros” - que não é exatamente o caso de Dilma como ocorria na Rússia stalinista e na Cuba castrista, para preservar seu líder maior, no nosso caso, Lula da Silva. Quem estudou o processo revolucionário comunista internacional2, sobretudo na União Soviética, sabe que os membros fiéis ao partido deixam-se até ser imolados em prol de salvaguardar a causa, o partido, para preservar o “grande líder”. Observem o que ocorreu no Brasil desde o início do julgamento do Mensalão: o PT deixou que fossem julgados e presos José Genoíno, José Dirceu, Delúbio Soares, João Vaccari Neto e Silvio Pereira, seus melhores e mais importantes “quadros” que se deixaram imolar no

altar da fidelidade ao partido e seu projeto de poder. Nenhum deles abriu a boca para denunciar Lula, quando indagados e quando puderam, do mesmo modo que em Cuba o General Arnaldo Ochoa aceitou o veredito de “traidor da Pátria” e “narcotraficante” que lhe foi imposto pelo tribunal de exceção castrista, deixou-se fuzilar sabendo-se inocente e não se defendeu para preservar o “grande líder” Fidel Castro. Ele iria morrer para preservar os ideais revolucionários e o “grande líder”, e porque sabia que não passava de um “quadro”, uma peça no xadrez do Partido Comunista Cubano cujas movidas eram feitas por aquele que até hoje vive, o ditador Fidel Castro. E isso fica bem patente quando o Foro de São Paulo, através de seu Grupo de Trabalho, emite uma nota oficial no dia 18 de março pp., em defesa do “povo brasileiro”, da presidente Dilma mas enfaticamente em defesa de Lula, demonstrando sua importância dentro do processo revolucionário comunista. O texto está original e unicamente em espanhol, por isso traduzi para que ficasse registrado, conforme segue abaixo. "Toda a solidariedade com o povo brasileiro e ao ex-Presidente Lula", pelo Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo3

“Resolução do GT-FSP: Os Partidos e organizações do Foro de São Paulo expressam sua solidariedade irrestrita com o Brasil, e o governo nacional da Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Lula. A ofensiva conservadora, de caráter continental, assume cada vez mais abertamente um caráter nitidamente golpista, seja pelo uso de instrumentos como o terrorismo econômico, a violência, a fraude, seja atentando contra a própria democracia. Estas tentativas antidemocráticas e golpistas no Brasil tendem também a modificar a política exterior brasileira em sua relação com os BRICS, CELAC, UNASUL, MERCOSUL, etc., infringindo um duro golpe no processo de integração e, especialmente na América Latina e

no Caribe, onde o Brasil desempenhou um papel importante nos próprios processos de integração regional. No Brasil, uma aliança entre os partidos reacionários e neoliberais, a mídia empresarial, o capital financeiro, setores do aparato judiciário e policial, tratam de perpetrar um golpe midiático-judicial, através da manipulação sem pudor de uma investigação sobre corrupção na empresa estatal de petróleo brasileira, a Petrobras, procurando fomentar o caos, derrubar a Presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, assim como criminalizar o Partido dos Trabalhadores e seus aliados. Um novo e ousado passo neste sentido foi dado em 04 de março quando, ignorando-se direitos individuais consagrados pela Constituição Nacional, o ex-Presidente Lula foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para, sob falsos pretextos, prestar esclarecimentos sobre supostas acusações. O Instituto Lula teve sua sede invadida pela polícia. Tão grave violação a princípios básicos levou juristas de diversos matizes a apontar que, ou estes abusos e parcialidades têm fim, ou o próprio esqueleto que sustenta as garantias e liberdades dos cidadãos estará em risco. O Grupo de Trabalho do FSP reprova essa ação ilegal e arbitrária contra o ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva, ao ser um agravo ao Estado de Direito e em si, um agravo ao povo brasileiro. Lula, idealizador e fundador do Foro de São Paulo, foi, junto com Chávez, Fidel e Néstor Kirchner, um dos responsáveis pela nova e avançada fase da integração de nosso continente. Graças às políticas que Lula liderou, milhões de brasileiros saíram da miséria, milhares conquistaram a oportunidade inédita de frequentar o ensino superior, entre outras conquistas. Por tudo isso, Lula é hoje o maior líder popular do Brasil e respeitado em todo o mundo. A direita partidária, policial e judiciária, e a mídia hegemônica que lhes suporta mediante o acosso e incessante tentativa de destruição da liderança do ex-Presidente Lula e o projeto do poder popular iniciado no Brasil em 2003, não perdoa isso, entretanto, não lhes será fácil

de ser implementado, pois no mesmo 4 de março, milhares de democratas e patriotas por todo o país improvisaram atos nas ruas e sindicatos, que assumiram caráter massivo, mostrando que a resistência está crescendo. Os partidos e organizações do Foro de São Paulo, ao mesmo tempo em que expressam sua solidariedade, têm confiança na capacidade de luta do povo brasileiro, que não permitirá que os golpistas prosperem em suas tentativas de solapar a democracia para atacar os direitos sociais, a soberania nacional e a integração solidária da América Latina e o Caribe. Em consequência, o Grupo de Trabalho acorda articular de todas as maneiras possíveis, a solidariedade internacional, por todos os meios segundo as condições de cada país para manifestar nosso respaldo a Dilma e a Lula, iniciando no próximo dia 18 de março de 2016 e com vistas às ações convocadas no Brasil em 31 de março do mesmo ano. Lula, os povos da América Latina e do Caribe estão contigo!”. Nesse mesmo sentido, vários partidos e organizações membros do FSP enviaram mensagens de solidariedade a Lula4 e não a Dilma como seria de esperar, afinal, o que está ocorrendo de mais grave no Brasil hoje é a possibilidade de ser depor a mandatária, provando o que venho afirmando nestas linhas sobre a importância de se salvar o líder, o partido e o projeto de PODER. Isso é o que de fato importa! Mais recentemente, no dia 13 de abril, a Regional Cone Sul do Foro de São Paulo emitiu esta nota: "Declaração da Regional Cone Sul do Foro de São Paulo a respeito do Brasil5 Os representantes dos partidos políticos do Cone Sul, filiados ao Foro de São Paulo, vem a público se manifestar em defesa intransigente da democracia e contrariamente ao golpe de Estado em marcha contra a Presidenta Dilma Rousseff do Brasil por meio

da tentativa de aprovação de um impeachment no Parlamento brasileiro sem causa que o justifique. Esta iniciativa, que conta com a participação de setores do Poder Judiciário, dos meios de comunicação e de parlamentares corruptos como o presidente da Câmara de Deputados do Brasil, visa extinguir as conquistas políticas e sociais dos últimos 13 anos e levar de volta ao governo as políticas neoliberais que tanto malfizeram ao Brasil em passado recente. Em defesa da democracia, contra a corrupção, contra o arbítrio e em favor da integração cada vez maior de nossos países e de seu progresso econômico, político e social é fundamental que este Golpe de Estado seja interrompido imediatamente. Desta forma, nos declaramos em vigília permanente atentos ao desenrolar dos acontecimentos. Não vai ter golpe! São Paulo, 13 de abril de 2016” O Foro de São Paulo pode se diluir dando lugar à CELAC, conforme foi insinuado no XVI Encontro quando dizem que ela é “o escalão superior da dinâmica de integração” ou podem inventar outro organismo, as celas das prisões podem ficar abarrotadas de políticos “corruptos” brasileiros, mas para os Castro isso não importa mais porque o Foro já cumpriu sua missão em relação a Cuba, tanto que a Venezuela foi deixada às moscas por Raúl Castro que só se importa com seu mais novo melhor amigo, os Estados Unidos, até que conquiste todos os seus objetivos. E tanto isso é verdade que os Castro não emitiram nenhuma nota e muito menos demonstraram pessoalmente algum apoio à Dilma, presidente do país a quem eles devem tanto, como fizeram inúmeras vezes com Chávez. Apenas o Ministério de Relações Exteriores emitiu uma nota de repúdio meio protocolar, mais em apoio a Lula do que propriamente a Dilma, mas isto foi em 6 de março6 e nunca mais disseram nada.

Outro dado interessante a registrar é que durante mais de cinquenta anos os Estados Unidos foram odiados por Cuba em razão do embargo, no entanto, desde que começaram as negociações pelo degelo no rompimento das relações entre os dois países, toda aquela gente que desde o primeiro Encontro do Foro de São Paulo não fez outra coisa senão demonizar o “império”, não viu nada de estranho nesse súbito interesse e imediatamente passou a apoiar como se fosse a coisa mais natural do mundo. Para pessoas normais isso soa incoerente, esquizofrênico, mas em se tratando de psicopatas comunistas isto é tão correto e banal quanto assassinar inocentes e pôr a culpa na vítima. Esse foi, a meu ver, um dos maiores triunfos de Fidel Castro desde que fundou o FSP, pois conseguiu trazer de volta para a ilha uma legião de falsos capitalistas ávidos por dinheiro que nunca se questionaram se seus investimentos iriam melhorar a vida do povo que parece ter vindo do túnel do tempo, com apenas um canal de televisão estatal, um jornal do PCC, que sofre restrições à literatura, que não sabe o que se passa no mundo a não ser o que o Partido diz ou permite saber, que passa fome, que não é dono nem da própria vida. Me questiono sobre que espécie de gente é essa que, como nos tempos de “abertura” da China comunista, brilhava os olhos, escancarava um sorriso medonho e vendia a alma ao diabo para fazer negócios com aquela ditadura tão infame e cruel quanto a cubana. A vida do cubano comum, o “a pé”, não vai mudar nada com o apoio desses abutres dinheiristas que gozam de total liberdade em seus países e estão pouco se importando com a vida daquelas pessoas. Eles querem tirar proveito e de vez em quando visitar o paraíso caribenho com suas delícias naturais sem se importar que o cubano que o serve no hotel de luxo sequer pode levar para casa o sobejo de seu prato, mesmo sabendo que sua família passa fome, ou vai continuar vendendo seu corpo por um prato de comida. É preciso ficar claro que comunista não tem amigos, mesmo dentre seus camaradas: comunista tem objetivos e planos que podem levar décadas

para se concretizarem, mas eles esperam e investem, pacientes e disciplinadamente. Os resultados estão aí para quem quiser ver. Resta agora saber se o PT do Brasil vai conseguir se livrar de todos esses percalços que surgiram com as denúncias de corrupção, para se manter no poder (com ou sem Dilma), ou se será finalmente derrotado. E se isso acontecer, o castelo de cartas dos membros do Foro de São Paulo vai ruir, justificando o desespero e o apoio a Lula de todos eles.

CAPÍTULO 10

CONCLUSÃO De tudo que se pôde observar aqui, entre análises e documentos muitos deles de fonte primária ou de pessoas insuspeitíssimas por serem parte integrante e membros fundadores do Foro de São Paulo espero ter demonstrado o que é e o que pretende essa organização criminosa que há 26 anos domina a América Latina. Em janeiro escrevi o artigo abaixo que reflete o momento político que estamos vivendo. O Foro de São Paulo está cambaleando, com suas estruturas fortemente abaladas não só pelas perdas evidentes ocorridas pelos revezes que lhe ofereceram a Venezuela, com a “limpeza” na Assembleia Nacional; a Argentina, com o fim da era Kirchner e ascensão de Maurício Macri que, malgrado posições ortodoxas como o aumento excessivo das tarifas, está rompendo com tudo o que respeita aos acordos e conchavos feitos por Cristina Kirchner com seus camaradas do Foro de São Paulo, mas sobretudo pela situação do Brasil, sede e berço do Foro. A Bolívia se enfraqueceu quando os bolivianos deram um rotundo não às pretensões do cocalero presidente Evo Morales em um referendo que o permitisse se perpetuar no poder indefinidamente; e agora o Brasil, com a atuação correta e firme do juiz Sergio Moro e da Polícia Federal na operação Lava jato, onde figuras expressivas do PT que antes arrogantemente se achavam intocáveis e continuavam cometendo seus crimes, estão sendo levados às barras dos tribunais, julgados e condenados, além do julgamento de impeachment da presidente fraudulentamente eleita Dilma Rousseff que, se for aprovado na Câmara dos Deputados, irá

para o Senado para ser julgado. Isso ainda não é tudo mas é muito para o prepotente PT. Se vitorioso o impeachment na Câmara e no Senado teremos vencido uma batalha mas a guerra ainda continua, pois não basta tirar o PT do topo da cadeia de poder: é preciso tirá-lo definitivamente da vida pública, pois só assim enfraqueceremos o Foro de São Paulo e suas sucursais “irmãs”, ALBA, MERCOSUL, UNASUL e CELAC e com muita luta extinguiremos o comunismo do nosso país.

E agora. Foro de São Paulo? “O ano de 2015 fecha com alguns revezes para o Foro de São Paulo, embora isso não signifique, como muitos imaginam, o começo do fim da organização criminosa. Para acabar com o Foro é preciso mais, muito mais, entretanto, nada me deixa mais alegre ao vê-lo acumular perdas significativas. Refiro-me às eleições presidenciais na Argentina, que destronou a dinastia Kirchner elegendo o conservador Maurício Macri, e na Venezuela, onde a coalizão que conforma a Mesa de Unidade Nacional (MUD) mudou todo o cenário na Assembleia Nacional (AN) obtendo 113 cadeiras do total de 167, destituindo o poderoso presidente daquela casa parlamentar, o chefe do “Cartel dos Sóis" Diosdado Cabello. Macri tomou posse no dia 10 de dezembro e já nos primeiros dias de seu governo tem demonstrado querer “limpar” o país das lambanças criminosas deixadas por sua antecessora. Criou uma secretaria de Estado para dar seguimento à causa AMIA (Associação Mutual Israelita Argentina) e à morte do procurador Alberto Nisman. Também derrubou, através do promotor Raúl Pleé, a apelação feita por Cristina Kirchner sobre o tratado internacional com o Irã, decretando sua inconstitucionalidade, e a reabertura da denúncia por encobrimento feita pelo promotor Alberto Nisman, contra a ex-presidente e o ex-chanceler Héctor Timerman em favor dos cinco

iranianos acusados de ser os autores ideológicos do atentado terrorista de 1994 contra a AMIA. Na Venezuela Maduro “aceitou” a derrota contra seu partido (PSUV), depois que acordou-se revelar os resultados reais das urnas. Nessas eleições a MUD agiu de forma totalmente distinta das outras vezes, pois entendeu que denunciar as sucessivas e grosseiras fraudes não surtia o menor efeito, uma vez que todas as instâncias jurídicas do país foram sequestradas pelo governo ilegítimo, além de serem referendadas por organismos internacionais como a OEA e o Centro Carter. Então, decidiram impedir que as fraudes fossem cometidas: primeiro, criaram o plano “Canta Claro” de inteligência eleitoral, onde 7.000 eleitores foram treinados para atuar em 4.500 centros de votação como garantidores da transparência do processo eleitoral, e depois, instalaram 1.600 bloqueadores de celular nos locais de votação, impedindo que a militância pudesse realizar a fraude se comunicando com os comandos externos. Um dia depois de ter “aceitado” a derrota em cadeia nacional, Maduro volta à carga e tira da gaveta um projeto antigo de Chávez, que foi aprovado pela AN mas que até então não havia sido posto em prática, por eles serem maioria absoluta no Parlamento: é o chamado “Parlamento Comunal”. Esse “parlamento” é constituído por 600 líderes das “comunas”, algo do tipo orçamento participativo, e cuja função é resolver os problemas das comunas sem a interferência do parlamento. Entretanto, seus poderes restringem-se apenas às comunas, não podendo ser tomado como leis ou decisões com força de lei. Maduro armou o golpe para que os novos parlamentares não possam legislar, e está fazendo uso das “Leis Habilitantes” que lhe permitem governar por decreto. E se aproveitando disso, o Comitê de Postulações Judiciais da Assembleia Nacional publicou a vacância de 13 cargos de magistrados do Tribunal Supremo de Justiça, que pretendiam mudar com maioria simples no dia 23 de dezembro, antes que se renove o novo Parlamento. Mas não deu certo, pois um forte grupo de ex-magistrados e

juristas impugnou a candidatura de 382 aspirantes por irregularidades no procedimento de postulações judiciais e ausência de informação sobre as aptidões dos aspirantes ao cargo de magistrado. Esses magistrados destacam fraude constitucional, pois eles consideram que a verdadeira intenção do Parlamento "não é cumprir o mandato da Carta Magna para designar magistrados, senão cobrir esses cargos - alguns não vencidos - com cidadãos que têm vínculos partidaristas com o Poder Executivo”. Esse é um processo que se estenderá até depois de 15 de janeiro e tem que ser aprovado pela nova Assembleia. Antecipar a eleição, seria mais um golpe para colocar magistrados que julgariam não de acordo com a Lei, mas com a orientação do governo. Além disso, esses postulantes têm que comprovar ter exercido a advocacia durante um mínimo de 15 anos, que têm um título universitário com pós-graduação em matéria jurídica, ou se foram professores universitários titulares no mínimo por 15 anos. Além disso, como exige a Constituição, têm que comprovar que foram juízes superiores por no mínimo 15 anos em exercício. A ex-magistrada Blanca Rosa Mármol assegurou que o oficialismo só atropela a Constituição ao pretender designar 13 magistrados de forma violenta, e ao instalar um “Parlamento Comunal” que busca usurpar funções que não estão na Carta Magna."Isso não está na Constituição e, portanto, tão-logo a nova Assembleia tome posse, pode deixar esse “parlamento” sem efeito”. Como pôde-se ver, ainda há juízes na Venezuela e o Foro de São Paulo perdeu dessa vez. Como diz o ditado, “não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe”. Ainda não é o fim, mas já é um bom motivo para se comemorar 2016”. Espero que esse livro ajude os leitores a compreender o que de fato é, faz, pretende, planeja e executa o Foro de São Paulo para, uma vez embasado, saber como e com que armas lutar pelo bem de nossos filhos e netos, pois esta luta apenas começou e dependerá de cada um de nós, dentro

de suas possibilidades, dar o seu melhor com disciplina e empenho, como fazem os comunistas, para mudar o cenário nacional de nossa Pátria. Que Deus nos dê força, coragem, sabedoria e discernimento, nos defenda, proteja e abençoe a todos! Nota: O livro já estava pronto quando ocorreu o julgamento do impeachment, entretanto, como não havia sido publicado ainda, achei por bem fazer esta última análise que acredito trará o fechamento de tudo o que foi escrito nesta obra.

O golpe do PT e do Foro de São Paulo Durante alguns meses que antecederam a votação final do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o que mais se ouviu, do PT e dos partidos coligados, foi que estava-se planejando um “golpe” contra a “democracia” e a “Constituição Cidadã”. É preciso repetir, porque há muitas pessoas que não sabem que, em primeiro lugar, democracia não faz parte do ideário comunista. É apenas uma palavra a ser sacada quando necessita-se enganar incautos e ignorantes, sobretudo para ganhar votos em época de eleições. Em segundo lugar, o PT não assinou a tal Constituição, portanto, não tem o direito de pedir respeito por algo que eles mesmos desrespeitaram desde sua criação e mais presentemente conforme se verá mais adiante. O PT sabia que essa deposição era fato consumado e pouco importava a “pessoa” Dilma. O que estava em jogo era, depois de ficar 13 anos no poder, vê-lo escorrer por entre os dedos. Nunca admitiram que as megamanifestações que levaram às ruas mais de 1 milhão de pessoas só em São Paulo pedindo a cabeça da presidente, estavam fartas, não só dela mas do próprio partido.

O Foro de São Paulo (FSP) por sua vez, através dos partidos e organizações-membros, encheram as páginas do site com cartas e notas de repúdio a este “golpe” orquestrado pela “direita raivosa”1, mas poucos se referiam a esta nefasta criatura, pois a preocupação era tão-somente a perda do poder. O PT foi o criador do FSP e foi através dele que muitos outros países-membros chegaram também ao poder, muitos permanecendo até hoje depois de criar uma Assembleia Nacional Constituinte e implantar um regime castro-comunista, como Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Equador, por exemplo. Chegado o dia da votação e diante da iminência da perda do poder, o PT resolveu desrespeitar a Constituição - ao mesmo tempo em que denunciava a oposição por este “desrespeito” - e “fatiar” o Art. XV, parágrafo único que diz textualmente: “Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis" Ora, jamais se viu na história do Direito Constitucional algo parecido, uma vez que para toda condenação há uma punição que, neste caso, foi totalmente abolida e a ré premiada, com a aquiescência do presidente do STF, o ministro Ricardo Lewandowski, que seria supostamente o guardião máximo da Constituição! Mais incompreensível ainda quando na “primeira parte" do artigo, que trata do impedimento, 61 senadores foram favoráveis, enquanto no “fatiamento” 42 pediram a inabilitação, 36 pediram a permanência e 3 se abstiveram mas o presidente do STF deu como vencedor a permanência dos direitos políticos. Quer dizer, para a “primeira parte” do

artigo era condição indispensável que dois terços dos votos decidissem o julgamento mas na “segunda” isso não valeu? Além disso, vários senadores alegaram - e Lewandowski sabia disso que para alterar qualquer artigo da Constituição seria necessária uma “emenda" que seria primeiro proposta e depois votada numa sessão própria. Nada disso ocorreu, uma vez que a matéria em votação naquele momento não era nem a alteração da Constituição e muito menos a proposta de uma emenda mas um processo de cassação em curso, que chegava à sua última fase. E a pergunta que se impõe agora é: como fica a Constituição com esse artigo que foi criminosamente violado, com o único intuito de proteger e beneficiar uma pessoa? Vão criar uma Comissão para legitimar um ato ilegítimo referendado pelo presidente do STF ou ele serviu apenas para essa situação e essa pessoa específica e nada mais vai ser feito? O que se viu naquele fatídico 31 de agosto de 2016 foi uma vitória de Pirro, um circo macabro e infame quando, dessa vez sim, a Constituição foi rasgada, pisoteada, manipulada e escarnecida diante dos olhos de toda a Nação, num golpe infame urdido pelo PT e o Foro de São Paulo com as bênçãos do órgão máximo das Leis do país. Com isto fica claro o que há tempo denuncio: a saída de Dilma da Presidência não vai mudar os rumos do país, uma vez que seu vice, agora Presidente de direito e de fato, Michel Temer, é parte do problema há 6 anos, e todos os órgãos foram aparelhados e atuam de acordo com a ideologia comunista. A última pá de cal foi dada pelo STF ao permitir essa inconstitucionalidade sem rubor ou peso na consciência.

BIBLIOGRAFIA

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http://www.pt.org.br www.taringa.net http://www.oas.org http://www.elnuevoherald.com

Notas Capítulo 1 1. www.midiasemmascara.org 2. Leiam o discurso completo em: http://www.info.planalto.gov.br download/discursos/pr812a.doc 3. www.radiovox.org

Capítulo 2 1. “O Eixo do Mal Latino-Americano e a Nova Ordem Mundial”, De Paola, Heitor. 2- Edição, Editora Observatório Latino, 2015, p. 155. 2. Ibid., p. 156

Capítulo 3 1. Perestroika significa “reestruturação”, mas não foi do modelo econômico, agora aberto para o mercado como se acreditou, e sim da estrutura interna do Kremlin e do KGB, que passou a chamar-se FSB. Foi apenas uma máscara com aparência de “mudança”, ao velho estilo "mudar tudo para não mudar nada”, conforme atesta a epígrafe acima. 2. La Mafia de La Habana - Nuestra Cosa Nostra, de Peralta Morell, Luis Grave. 1st Books, 2002. 3. Encuentros y desencuentros de la izquíerda latino americana - Una mirada desde el Foro de São Paulo, Regalado, Roberto, Editora Ocean Sur, 2008, p. 37 e 38.

Capítulo 4 1. A lista completa encontra-se no livro já citado de Roberto Regalado, às páginas 264 e 265. 2. http://forodesaopaulo.org/partidos/ 3. Ibid., p. 265 a 269. 4. http://www.midiasemmascara.org/attachments/007_atas_foro_sao_paulo.pdf

5. El Foro de São Paulo contra Álvaro Uribe, Pena Esclusa, Alejandro. Ediciones Fuerza Produtiva C. A., primeira edição, abril de 2008, p. 16. 6. Reações ante a morte de Raúl Reyes (https://www.youtube.com/watch?v=4ehPQ30ByyE) 7. http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u62119.shtml 8. A “delegação” a que ele se refere é ao terrorista Francisco Antonio Cadena Collazos, vulgo “Oliverio Medina", também conhecido como “Cura Camilo” ou “Padre Camilo”, que recebeu asilo político dado pelo CONARE e continua vivendo livremente no Brasil, enquanto continua articulando a entrada de terroristas das FARC em nosso território, assim como a entrada de armas, drogas e até outras práticas ilícitas, como sequestro. 9. A publicação original já não se encontra disponível no site das FARC mas foi recuperado através do http://web.archive.org/web/20070310215800/www.farcep.org/?node=2,2513,1 Outra publicação do

mesmo

texto

pode-se

encontrar

no

site

da

Pravda

russo

em

português: http://port.pravda.ru/mundo/25-01-2007/15168-farcsaudacao-0. 10. Publicado no site próprio do ELN, traduzido por mim: http://www.eln-voces.com/j15/index.php? option=com_content&view=article&id=1294:saludo-del-eln-al-xviii-encuentro-del-foro-de-saopaulo&.catid=26:artculos&.Itemid=69 11. "O grande culpado - O plano de Stalin para iniciar a Segunda Guerra Mundial", Viktor Suvorov, Ed. Amarilis, p. 17

Capítulo 5 1. Ler em: http://valterpomar.blogspot.com.br/2013/08/plan-de-action_13.html 2. Encuentros y desencuentros de la izquierda latinoamericana - Uma mirada desde el Foro de São Paulo, Regalado, Roberto. Editora Ocean Sur, 2008, p. 9 3.

http://forodesaopaulo.org/wp-content/uploads/2014/07/01-Declaracion-de-Sao-Paulo-

19901.pdflaradon-de-Sao-Paulo-19901.pdf 4. Foro de São Paulo - Construindo a integração latino-america e caribenha. Pomar, Valter e Regalado, Roberto. Editora Fundação Perseu Abramo, 2013, página 36. 5. Id.

Capítulo 6 1. http://forodesaopaulo.org/declaraciones_finales/ 2. AIberto Fujimori foi eleito presidente do Peru de 1990 a 2000. Em 5 de abril de 1992 ele dissolveu o Congresso, fechou o poder Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal Constitucional e o Conselho da Magistratura, em colaboração com as Forças Armadas, que ficou conhecido como o “auto-golpe de 1992”. Os comunistas odeiam Fujimori porque ele exterminou o bando terrorista “Sendero Luminoso” - que hoje já se reergueu -, e foi condenado a 25 anos de prisão por “crimes de lesahumanidade onde é responsabilizado por dois massacres. Entretanto, terroristas do Sendero, das FARC e do ELN são tratados como insurgentes” e os ditadores Castro como presidentes, todos gozando de plena liberdade e muito respeito, exatamente pelos seus "grandes feitos” criminosos. 3. Quer dizer, os países que têm mais, “ajudam” os países que tem menos ou, “a cada um conforme sua necessidade”, e isso se evidenciou muito claramente em pelo menos duas ocasiões: no pagamento ilegal ao Paraguai pela energia de Itaipu, exigido pelo então presidente Fernando Lugo; e mais tarde, na invasão e expropriação da Petrobras na Bolívia, pelo presidente cocaleiro Evo Morales, com total aquiescência do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 4. http://www.nodo50.org/americalibre/anteriores/13/echegarayl3.htm 5. "O Eixo do Mal latino-americano e a Nova Ordem Mundial", De Paola, Heitor. Ed. Observatório Latino, 2ª edição, 2015. Ler o Capítulo XII:"O pacto entre o Foro de São Paulo e o Diálogo Interamericano", da página 227 à 249. 6. Observem que desde 1997 eles tentam controlar os meios de comunicação, seja a mídia impressa ou eletrônica, assim como a internet e as redes sociais. "Democratização”, é quando o PartidoEstado controle tudo com mão de ferro. 7. Elián González é um balsero sobrevivente, cuja mãe faleceu no Mar do Caribe tentando fugir do “paraíso cubano” e foi encontrado pela Guarda Costeira em Miami. Na época ele tinha 5 anos. O objetivo da mãe de Elián era ir viver com os parentes que já moravam nos Estados Unidos mas não teve sorte. A família o acolheu, realizando o desejo de sua mãe. Fidel Castro aproveitou-se da publicidade que a mídia deu ao caso e resolveu fazer disso uma bandeira para culpar os Estados Unidos, mais uma vez, pela miséria imperante na ilha-Cárcere. O presidente Bill Clinton, comunista como Fidel, acabou cedendo as pressões e mandou sequestrarem Elián à força, numa desproporcional operação de "resgate” digna dos melhores filmes

policiais, com uma tropa militar armada de metralhadoras, com grande cobertura da mídia. O pai de Elián, até então mais um cubano a pé”, cuja existência não passava de um número e que já não vivia com Elián e sua mãe há tempo, foi levado aos Estados para buscar o filho numa encenação bizarra, com direito a litros de lágrimas e transmissão direta para a televisão estatal cubana em 29 de junho de 2000. Ao chegar em Cuba foram tratados como heróis com direito a recepção direta de Fidel no aeroporto, mas o tirano não estava minimamente preocupado com a vida ou a felicidade dessa dessa criança, apenas em usá-lo para mostrar o seu poder e o da sua revolução”. Elián foi feito “pionerito” e mais tarde entrou para Forças Armadas cubanas. Seu sorriso de felicidade enquanto viveu em Miami com seus parentes deu lugar a uma profunda tristeza refletida no olhar e em todo seu semblante após lavagem cerebral severa de que foi vítima desde que voltou a Cuba. 8. este é o slogan do Fórum Social Mundial, desde sua criação até hoje. 9. Isto é de um cinismo repugnante, pois enquanto o mundo assistia estarrecido e paralisado pelo horror ao ataque terrorista às Torres Gêmeas em 11 de setembro, Fidel Castro e a terrorista "avó da Praça de Maio" argentina, Hebe de Bonafini, dançavam e gargalhavam felizes com a "derrota” infligida aos “malditos yanques". 10. Isto se refere às comissões da “Verdade, Reparação e Justiça" implantadas na Argentina - que depois seria copiada também no Brasil e no Chile -, cuja finalidade única era transformar terroristas em heróis nacionais com direito a gordíssimas indenizações. Para beneficiar todos os camaradas, inventou-se o absurdo e falso número de 30.000 pessoas dadas como mortas ou desaparecidas, mentira que se repete até hoje como um mantra, e que foi desmentida por Luis Labrana, autor da cifra mentirosa no Prólogo do livro “Mentirás tus muertos” de José D’Angelo, El Tatú Ediciones, Buenos Aires, 2015. 11. http://www.midiasemmascara.org/attachments/007_atas_foro_sao_paulo.pdf 12. Ibid. 13. Mais uma vez o cinismo dos comunistas fala mais alto. Nas resoluções escritas dizem “rechaçar toda forma de violência que provoque vítimas civis”, entretanto, não se ouviu UMA SÓ PALAVRA de rechaço ao brutal ataque das FARC a uma igreja repleta de civis em Bojayá-Chocó, em 02 de maio de 2002 portanto nesse mesmo ano da declaração, que deixou um saldo de 119 mortos pela explosão de um cilindro-bomba. As vítimas . em sua maioria mulheres, crianças e idosos cujos corpos — gerados ficaram pregados nas paredes, e que estavam ali se abrigar das balas a convite do padre da paróquia.

As FARC, membros ativos do FSP, disputavam com as AUC (Auto-defensas Unidas de Colombia) o controle da (ver no livro) e o acesso ao Rio Atraco para escoar as drogas. Jogar esse cilindro-bomba num local onde não havia nenhum terrorista abrigado, ou soldado, e que eles sabiam só haver civis, demonstra bem o caráter inumano desta gente. A "paz"das FARC e do Foro de São Paulo é a paz dos cemitérios. Vídeo com as imagens do terrível massacre de Bojayá-Chocó: https://youtu.be/Mj5UlnkvhM 14. Aqui a parte destacada em que Lula afirma sua participação em todos os Encontros: www.youtube.com/watch?v=XaWz_BuN48Q&feature=youtu.be 15. Os países e organizações-membros do FSP denunciam esse abuso no mundo mas fecham os olhos, criminosamente cúmplices, aos abusos cometidos pelos chefões das PARC contra meninas sequestradas para servir de escravas sexuais a degenerados pedófilos, incontáveis vezes denunciado pela mídia colombiana há décadas, e que depois, se engravidam, as obrigam a abortar. Aqui apenas um exemplo: http://www.eltiempo.com/politica/justicia/delitos-sexuales-de-las-farc/15516882 16. Foi dessa maneira que começaram a aparecer livros de clara doutrinação marxista nas escolas e universidades, além de outros de conteúdos obscenos visando a uma “educação sexual" desde a mais tenra idade. 17. " Quando o Exército da Colômbia deu baixa em Raúl Reyes, atacando seu acampamento localizado em Santa Rosa de Sucumbíos, Equador, o então presidente Álvaro Uribe telefonou para Rafael Correa para informá-lo de que havia sido abatido :elas Forças Militares colombianas em seu território, um terrorista das FARC. A operação foi realizada em solo colombiano, desde a cidade fronteiriça de Putumayo, a 1.800 quilômetros de Sucumbíos, e nesse momento tudo o que Correa disse é que suas fronteiras eram bem guarnecidas e que desconhecia esse acampamento. Horas depois, quando Chávez toma conhecimento, diz a Correa rue não deve aceitar o comunicado de Uribe e, por determinação ir FSP, a Venezuela, o Equador, a Bolívia e a Nicarágua voltam-se contra a Colômbia, alegando “invasão do território nacional equatoriano”, como se o ataque tivesse partido de dentro do Equador. Na ocasião o Notalatina acompanhou e reportou tudo, conforme pode-se ler aqui: http://notalatina.blogspot.com.br/2008/03/edicao-do-notalatina-de-hoje-traz_6044.html#links 18.

A

esse

respeito,

leiam

este

meu

artigo

publicado

no

Mídia

sem

Máscara:

http://www.midiasemmascara.org/artigosgoverno-do-pt/8935-brasil-opcao-preferencial-pela-ilegaliiade-parte-2.html/

19. Sobre esse fato e o monstruoso relatório feito pela UNASUL, recomendo o artigo "O massacre de Pando e a esquerda boliviana” escrito por Alejandro Peña Esclusa, traduzido por mim e publicado no Mídia Sem Máscara: http://www.midiasemmas-;ara.org/artigos/internacional/america-latina/7558-o-mas-sacre-de-pando-e-a-esquerda-boliviana.html 20. Vendo-se dessa maneira, parece que estão se referindo às FARC mas não é, pois estes são seus sócios nos "negócios” e membros efetivos do Foro. Na verdade eles se referem aos militares colombianos que são acusados pelas FARC de cometer os crimes que eles cometem, como o caso dos "falso-positivos”, onde alegam que os militares foram pagos para matar inocentes dizendo que eram milicianos das FARC. Por causa disso, há incontáveis militares honrados e inocentes condenados a até 30 anos de prisão, julgados por uma justiça parcializada pró-terroristas, e baseadas em testemunhas e testemunhos falsos. 21.

Explico

a

legalidade

da

deposição

de

Lugo

neste

artigo;

http://www.midiasemmascara.org/artigos/internacional/america-latina/13192-o-golpe-do-mercosul-edo-foro-de-sao-paulo.html 22. O FSP tem como premissas - ao menos verbalmente - a “auto-determinação dos povos" e a "nãointervenção nos assuntos internos" de outros países. Entretanto, foi exatamente o que fez Nicolás Maduro, então chanceler da Venezuela, no dia 22 de junho quando seria votado no Senado do Paraguai a destituição de Fernando Lugo como presidente. Uma hora antes de se dar o veredicto, Maduro, junto com Julio Prado, embaixador equatoriano no Paraguai, participou de uma reunião na sala do Gabinete Militar do Palácio do Governo, convocada pelo chefe de gabinete, o general-dedivisão Angel Vallovera, que convi-iou ainda os comandantes das três Forças. Maduro queria que os comandantes se sublevassem e assinassem um documento reconhecendo Lugo como o legítimo presidente. Esse encontro foi filmado pelas câmeras de segurança e foi entregue à Ministra da Defesa, Maria Liz García que, por ordens de Federico Franco tão logo tomou posse, entregou cópia da gravação à imprensa porém sem o som, que fora editado. Nele, á possível ver Maduro chegando e entrando numa sala acompanhado de vários militares, e depois de 10 minutos sair. Os militares não aceitaram a “proposta” mas mesmo assim foram destituídos de seus cargos. As provas são insofismáveis, mas para o Foro de São Paulo, tudo não passa de uma farsa montada pelo “império”. Aqui o vídeo: https://youtu.be/7E9Yy7MeGxs 23. Chávez havia se candidatado à terceira reeleição e como estava com um câncer avançado, que acabou vitimando-o em 30 de dezembro de 2012 - embora só fosse anunciado no ano seguinte, em 5

de março, data da provável morte de Stalin -, antecipou-se as eleições de 6 de dezembro para 7 de outubro. Para o FSP era fundamental garantir a eleição de Chávez, mesmo sem as mais mínimas condições físicas de concorrer, porque com a costumeira fraude eles sabiam que teriam a vitória e poderiam garantir que ele tomasse posse e elegesse seu vice, para perpetuar o poder nas mãos dos ditadores Castro, do PSUV e do Foro. 24. O general Carvajal foi preso no Aeroporto Internacional Queen Beatrix, de Aruba, pois já constava na lista do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, desde 2008, pela participação no narcotráfico em conluio com as PARC. Carvajal havia sido nomeado cônsul em Aruba desde janeiro mas até então não havia ido tomar posse. Ao saber da prisão do juiz venezuelano Benny PalmeriBachi em Miami, quando ia com a família para a Disney, “el Polio" Carvajal fugiu para Aruba e quando viu que estava sendo preso, apresentou um passaporte diplomático falso com sua foto, negando que já havia entregado antes o verdadeiro. Ele era considerado o Pablo Escobar venezuelano, um dos cabeças do “Cartel dos Sóis”, que é formado por militares de alta patente do Exército Venezuelano, que atua no narcotráfico junto com as FARC a quem sempre deram abrigo e proteção dentro do território venezuelano e até mesmo dentro dos quartéis. Após conversações de Nicolás Maduro com autoridades holandesas, de quem Aruba depende, Carvajal foi liberado e voltou para o seu país, livre. 25. Os comunistas nunca admitem seus fracassos - assim como seus crimes - e sempre atribuem a outros os erros decorrentes de sua incapacidade, inépcia e corrupção. Com o dólar controlado pelo CADIV que limita a utilização a quem não pertence à Nomenklatura, os empresários não estão podendo comprar matéria-prima ou mercadorias, promovendo o de-sabastecimento. A inflação fechou o ano de 2015 em 800%, as prateleiras dos supermercados vivem vazias e as filas para adquirir um frango, ou um rolo de papel higiênico chegam às vezes a quilômetros. Mas, como tudo o mais, a culpa é do "império”! 26. Quando começaram as manifestações de rua em 2013, sob a alegação de que protestavam pelo aumento das passagens de ônibus, nem o governo, nem o PT, nem o FSP fizeram qualquer comentário porque sabiam que aquele movimento havia sido orquestrado por eles mesmos. Pouco depois,

Wladimir

Pomar

escreveu

um

artigo

defendendo

o

“povo

nas

ruas”

(http://forodesaopaulo.org/o-povo-voltou-as-ruas-lamu/) e a Executiva Nacional do PT - que é a mesma do FSP - emitiu uma nota em apoio aos vândalos, ao prefeito Fernando Haddad (do PT), e condenando

a

ação

da

Polícia

do

estado

de

São

Paulo

(http://www.pt.org.br/noticias/view/comissaeo_executiva_do_pt_sp_divulga_nota_oficial_sobre_ma nifestacoees_na_ci - versão copiada: http://archive.is/N6fPQ) http://archive.is/N6fPQ. Entretanto,

quando o povo insatisfeito com o governo começou a ir às ruas em manifestações cada vez mais numerosas, desde o Foro acenderam os alarmes de que poderiam perder o controle da situação. E apesar de serem sempre absolutamente pacíficas, para o PT e o Foro só o fato de “ousarem” se manifestar contra já se configurava "subversão” que, também como sempre previsível, eram “dirigidas e coordenadas pelos Estados Unidos”. 27. “Fundos abutres” foi a denominação dada pelos Estados Unidos a uma operação de calote dado pela Argentina a investidores americanos - mas também argentinos - que aplicaram suas economias e quando foram fazer o resgate não havia nada. A Argentina havia se apossado de todo o dinheiro, uma soma bilionária que não lhe pertencia absolutamente, mas não queriam pagar e a presidente Cristina Kirchner ainda se sentiu "ofendida” com a cobrança feita pelo Tesouro Nacional dos Estados Unidos. Passados quase dois anos, a situação continua pendente. 28. Esse é o objetivo de todos os países-membros do Foro, pois á a partir daí que reformam a Constituição onde subordina-se iodos os poderes ao governo, fecha-se o Congresso Nacional promovendo eleições onde apenas o partido do Governo e outros comunistas sejam eleitos, permitese a reeleição indefinida - como já acontece na Venezuela, Nicarágua e Equador -, plenos poderes ao presidente para que possa governar por Decreto, dentre outras medidas autoritárias ditatoriais. 29. Cabe aqui lembrar do que ocorreu com o Coronel Lucio Gutierrez, no Equador, e alertar que é muito provável que no próximo Encontro, a ocorrer em maio em El Salvador, Ollanta Humala seja escrachado e banido da organização, embora as novas eleições presidenciais ocorram um mês antes do Encontro e ele não esteja concorrendo à reeleição.

Capítulo 7 1. http://www.cubdest.org/0306/gfsm03redp.html 2. Ibid. 3.

Ver

o

“Mini

Manual

do

Guerrilheiro

Urbano”

do

terrorista

Carlos

Marighela:

http://www.documentosrevelados.com.br/rp-content/uploads/2015/08/carlos-marighella-manual-do-guerrilheiro-urbano.pdf 4.

Aqui

pode-se

ler

as

coberturas

https://pt.wikipedia.org/wiki/F0mm_Social_Mundial 5. http://www.nodo50.org/americalibre

e

Carta

de

Princípios

do

Fórum:

6. Una oveja negra al poder - Confesiones e intimidades de Pepe Mujica", Danza, Andrés e Tulbovitz, Ernesto, páginas 226 e 227. 7. Entrevista completa aqui: http://forodesaopaulo.org/entre-vista-marco-aurelio-garcia—asesorespecial-de-la-presiden-cia-del-brasil-para-asuntos-internacionales/

Arquivado

em

http://archive.li/LbG8N 8. Quanto a essa frase, há controvérsias: há quem afirme que foi cunhada por Marco Aurélio Garcia (MAG), enquanto outros afirmam que foi dita por Fidel Castro. Infelizmente, nunca tive como comprovar quem é o verdadeiro autor. 9. Ver meu artigo “O que se pretende esconder com a visita de Elias Jaua ao Brasil?”. http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/noticiasfaltantes/foro-de-sao-paulo/l5559-2014-11-2722-53-06.html 10. http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_integracao/docs_UNASULZTRAT_CONST_PORT.pdf 11. http://www.comunidadandina.org/documentos/dec_int/cusco_sudamerica.htm 12. http://www.itamaraty.gov.br/ixnages/ed_integracao/docs_UNASUL/RES23.2012ANEX0I.pdf 13. http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_integracao/docs_UNASUL/RES2 3.2012ANEX0I.pdf Documento completo no original em espanhol. 14.

Com

informações

fornecidas

pelo

site

Business

Wire:

http://www.biisinesswire.com/news/home/20120725006689/pt/ 15. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10408.htm 16. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9504.htm 17. A partir do minuto 9:30 Alejandro passa a explicar a questão das urnas eletrônicas: http://fuerzasolidaria.org/?p=1118 18. http://www.rebelion.org/noticia.php?id=8223 19.

http://lahora.com.ec/index.php/noticias/show/502646/-

l/FARC_felicita_a_Lula_por_reelección_y_promete_respetar_soberan%C3%ADa_de_Brasil.html#. Vw-wOmNlfeQ

20. http://www.rebelion.org/noticia.php?id=63862 21.

http://www.taringa.net/posts/info/8139100/Creacion-Cascos-Rojos-para-proteger-democracias-

UnaSur.html 22. https://youtu.be/CHtIhmwJQ6o 23. https://youtube/_VuYCcBxhyw 24. http://www.oas.org/OASpage/esp/Documentos/Carta_Democratica.htm 25. http://www.elnuevoherald.com/noticias/sur-de-la-florida/article2030340.html

Capítulo 8 1. http://www.pt.org.br/secretaria/relacoes-internacionais/ 2. http://forodesaopaulo.org/exencion-de-valor-para-todosas-losas-participantes-del-xix-encuentro/ 3. http://www.projusticia.org.pe/site.php?plantilla=nove-dad&ncategoria1=4&ncontenido=6546 4. http://www.elcolombiano.com/colombia/paz-y-derechos-humanos/las-farc-tendria-una-fortuna-de10-billones-de-dolares-the-economist-LN3971872. Aqui

o

artigo

original

em

inglês

do

The

Economist:

http://www.economist.com/news/americas/21697008-government-may-never-get-its-handsguerrillas-ill-gotten-gains-unfunny-money

Capítulo 9 1. https://www.youtube.com/watch?v=25bxzqkKbi4 2. Recomendo para tal o livro "A Hidra Vermelha”, Azambuja, Carlos Ilich Santos. Editora Observatório Latino, 2- Edição, 2016. 3. http://forodesaopaulo.org/toda-solidaridad-con-el-pueblo-brasileno-y-el-ex-presidente-lula-por-elgrupo-de-trabajo-del-foro-de-sao-paulo/ 4. http://forodesaopaulo.org/relacao-de-comunicados-em-apoio-ao-lula-relacion-de-comunicados-enapoyo-de-lula/ 5. http://forodesaopaulo.org/declaracao-da-regional-cone-sul-do-foro-de-sao-paulo/

6. http://forodesaopaulo.org/declaracion-del-ministerio-de-relaciones-exteriores-de-cuba-en-apoyo-alula

Capítulo 10 1.

Para

ver

todas

as

mensagens,

a

maioria

em

espanhol,

acesse

o

link:

http://forodesaopaulo.org/comunicados-ante-el-golpe--de-estado-contra-la-presidenta-dilma-roussefy-pt-de-brasil/

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