NBR 14768 de 022021 - Guindastes - Guindastes Articulados Hidráulicos - Requisitos (3771)

July 31, 2024 | Author: Anonymous | Category: N/A
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NORMA BRASILEIRA

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Segunda edição 19.02.2021

Guindastes — Guindastes articulados hidráulicos — Requisitos Cranes — Loader cranes — Requirements

ICS 53.020.20

ISBN 978-65-5659-796-6

Número de referência ABNT NBR 14768:2021 112 páginas

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Sumário

Página

Prefácio................................................................................................................................................xi Introdução...........................................................................................................................................xii 1 Escopo.................................................................................................................................1 2 Referências normativas......................................................................................................1 3 Termos e definições............................................................................................................2 4 Lista de riscos importantes................................................................................................7 5 Requisitos de segurança ou medidas de segurança.....................................................10 5.1 Generalidades....................................................................................................................10 5.2 Cálculo estrutural.............................................................................................................. 11 5.2.1 Informações a serem fornecidas no cálculo.................................................................. 11 5.2.2 Cargas e forças.................................................................................................................13 5.2.3 Combinação de cargas.....................................................................................................15 5.3 Análise de tensões............................................................................................................16 5.3.1 Arranjos mecânicos..........................................................................................................16 5.3.2 Estabilizadores..................................................................................................................16 5.3.3 Segurança para o transporte...........................................................................................18 5.3.4 Ganchos equipados com trava de segurança que atendam a esses requisitos........18 5.4 Sistemas hidráulicos........................................................................................................18 5.4.1 Generalidades....................................................................................................................18 5.4.2 Bomba hidráulica..............................................................................................................19 5.4.3 Reservatório hidráulico....................................................................................................19 5.4.4 Válvulas de alívio da pressão..........................................................................................19 5.4.5 Mangueiras, tubos e conexões........................................................................................19 5.4.6 Precauções contra ruptura da linha hidráulica.............................................................20 5.4.7 Taxa de abaixamento do sistema de lanças...................................................................20 5.4.8 Mecanismo de giro............................................................................................................20 5.4.9 Cálculo dos cilindros hidráulicos....................................................................................21 5.5 Dispositivos limitadores e/ou indicadores ....................................................................21 5.5.1 Generalidades....................................................................................................................21 5.5.2 Limitador da capacidade nominal ..................................................................................22 5.5.3 Dispositivo de descida de emergência ..........................................................................23 5.5.4 Indicadores da capacidade nominal................................................................................23 5.5.5 Válvulas de alívio principal..............................................................................................23 5.5.6 Limitadores de desempenho............................................................................................23 5.5.7 Alarme acústico.................................................................................................................24 5.5.8 Dispositivo de parada de emergência.............................................................................24 5.6 Controles............................................................................................................................24 5.6.1 Generalidades....................................................................................................................24 5.6.2 Símbolos............................................................................................................................25 5.6.3 Leiaute de controles bidirecionais..................................................................................25 5.6.4 Estações de controle em assento elevado.....................................................................26 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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5.7 Estações de controle........................................................................................................26 5.7.1 Generalidades....................................................................................................................26 5.7.2 Estações de controle elevadas........................................................................................27 5.8 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados..............................................................28 5.8.1 Generalidades....................................................................................................................28 5.8.2 Compatibilidade eletromagnética ...................................................................................28 5.9 Instalação...........................................................................................................................28 5.9.1 Generalidades....................................................................................................................28 5.9.2 Instalação...........................................................................................................................28 5.9.3 Estabilidade.......................................................................................................................30 5.9.4 Ruídos................................................................................................................................30 5.9.5 Vibrações...........................................................................................................................30 5.9.6 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados a instalação.........................................30 5.9.7 Componentes hidráulicos................................................................................................31 5.9.8 Acesso às estações de controle elevadas......................................................................31 6 Verificação dos requisitos ou medidas de segurança...................................................31 6.1 Generalidades....................................................................................................................31 6.2 Ensaios e procedimentos de ensaio...............................................................................35 6.2.1 Generalidades....................................................................................................................35 6.2.2 Ensaio funcional................................................................................................................35 6.2.3 Ensaio estático..................................................................................................................35 6.2.4 Ensaio dinâmicos..............................................................................................................36 6.2.5 Ensaio de estabilidade......................................................................................................36 7 Informações de uso..........................................................................................................37 7.1 Generalidades....................................................................................................................37 7.2 Manuais..............................................................................................................................37 7.2.1 Fornecimento de manuais................................................................................................37 7.2.2 Instruções para o instalador............................................................................................37 7.2.3 Manual do operador..........................................................................................................38 7.2.4 Manual de manutenção.....................................................................................................39 7.3 Placas de identificação.....................................................................................................40 7.3.1 Generalidades....................................................................................................................40 7.3.2 Placa de identificação do fabricante...............................................................................40 7.3.3 Placa de identificação do instalador...............................................................................40 7.3.4 Indicações da carga..........................................................................................................40 7.3.5 Marcações especiais em guindastes florestais ou sucateiros.....................................43 7.3.6 Marcação do centro de giro.............................................................................................44 7.4 Treinamentos para operadores de guindastes...............................................................44 8 Responsabilidades dos proprietários e usuários..........................................................44 8.1 Responsabilidades gerais................................................................................................44 8.2 Classificação das inspeções e ensaios..........................................................................44 8.2.1 Inspeções e ensaios iniciais ...........................................................................................44 8.2.2 Inspeções e ensaios regulares........................................................................................44 iv

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8.2.3 Inspeções e ensaios frequentes......................................................................................45 8.2.4 Inspeções e ensaios periódicos......................................................................................46 8.2.5 Inspeções e ensaios eventuais........................................................................................47 8.2.6 Considerações gerais.......................................................................................................48 8.3 Manutenção.......................................................................................................................48 8.3.1 Treinamento de manutenção............................................................................................48 8.3.2 Treinamento de operação.................................................................................................48 8.3.3 Soldas.................................................................................................................................49 8.4 Modificações......................................................................................................................49 8.5 Distribuição de cargas......................................................................................................49 8.6 Transferência de propriedade..........................................................................................49 8.7 Adesivos e marcações......................................................................................................49 8.8 Peças de reposição...........................................................................................................50 8.9 Boletins de segurança......................................................................................................50 8.10 Manuais..............................................................................................................................50 Anexo A (informativo) Exemplos de configurações e montagens................................................51 A.1 Sistemas de lança.............................................................................................................51 A.1.1 Guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança reta...................................51 A.1.2 Guindastes articulados hidráulicos com sistemas de lança articulada......................51 A.2 Exemplos de montagem de guindaste articulado hidráulico.......................................52 Anexo B (informativo) Cálculos estruturais.....................................................................................55 B.1 Generalidades....................................................................................................................55 B.2 Tensões admissíveis.........................................................................................................55 B.2.1 Simbologia.........................................................................................................................55 B.2.2 Aços estruturais não ligados...........................................................................................55 B.2.3 Tensões admissíveis para aços estruturais não ligados..............................................56 B.2.4 Parafusos...........................................................................................................................56 B.2.4.1 Parafusos e prisioneiros fosfatizados ou galvanizados...............................................56 B.2.4.2 Pré-tensão em parafusos.................................................................................................57 B.2.4.3 Tensões na superfície de apoio.......................................................................................57 B.2.5 Esforços combinados.......................................................................................................58 B.2.6 Estabilidade elástica.........................................................................................................58 B.2.6.1 Deformação, método ômega............................................................................................58 B.2.6.2 Flambagem........................................................................................................................59 B.3 Cálculos conforme a teoria da segunda ordem.............................................................61 B.4 Valores de ω para aços estruturais sem liga..................................................................61 B.5 Análises..............................................................................................................................63 B.5.1 Análise geral de tensões..................................................................................................63 B.5.2 Análise da estabilidade elástica......................................................................................64 B.5.3 Análise da tensão de fadiga.............................................................................................64 B.5.3.1 Generalidades....................................................................................................................64 B.5.3.2 Grupos de carga................................................................................................................64 B.5.3.3 Tensões admissíveis.........................................................................................................66 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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B.5.3.4 B.6 Anexo C C.1 C.2 C.3 Anexo D Anexo E Anexo F Anexo G Anexo H H.1 H.1.1 H.1.2 H.2 Anexo I

Tensões combinadas........................................................................................................68 Exemplos de casos de entalhe........................................................................................68 (informativo) Notas explicativas........................................................................................78 Limitadores da capacidade nominal (Ver 5.6)................................................................78 Guindastes florestais ou sucateiros – Ruptura de linhas hidráulicas (Ver 5.5.6.2)....78 Estações de controle (Ver 5.8).........................................................................................79 (informativo) Exemplos de movimentos perigosos.........................................................80 (informativo) Símbolos para trabalho e configuração de funções.................................81 (informativo) Sistema de controle.....................................................................................82 (informativo) Sistema de controle – Leiaute horizontal..................................................84 (informativo) Alavancas de controle para assentos elevados e controles remotos....86 Controles para assentos elevados..................................................................................86 Controles multidirecionais (tipo joysticks).....................................................................86 Controles bidirecionais....................................................................................................86 Controles remotos............................................................................................................86 (normativo) Cabinas para guindastes instalados em veículos com momento nominal de até 250 kN.m.................................................................................................................89 Anexo J (informativo) Exemplos de estações de controle elevadas............................................90 Anexo K (normativo) Estações de controle elevadas – Dimensões de corrimãos, pegadores, escadas e degraus............................................................................................................91 Anexo L (informativo) Instalação de um guindaste articulado hidráulico sobre um veículo.......93 L.1 Generalidades....................................................................................................................93 L.2 Dados mínimos para instalação......................................................................................93 L.2.1 Dados das dimensões do guindaste na posição de transporte...................................93 L.3 Tomada de força (PTO) e capacidade volumétrica da bomba......................................95 L.4 Método de cálculo para dimensionar o sobrechassi.....................................................96 L.4.1 Considerações gerais.......................................................................................................96 L.4.2 Tensões..............................................................................................................................96 L.4.3 Material e tensões admissíveis........................................................................................97 L.4.4 Símbolos e equações........................................................................................................97 L.4.4.1 Geral...................................................................................................................................97 L.4.4.2 Montagem flexível (chassi e sobrechassi)......................................................................97 L.4.4.3 Montagem rígida................................................................................................................97 Anexo M (normativo) Cestos acoplados em guindastes – Especificações e ensaios.................99 M.1 Princípios básicos.............................................................................................................99 M.2 Fatores de segurança estrutural......................................................................................99 M.2.1 Fator de segurança para montagem de cesto acoplado em guindastes...................100 M.2.2 Cálculo de carga equivalente.........................................................................................100 M.3 Controles..........................................................................................................................100 M.3.1 Geral.................................................................................................................................100 M.3.2 Controle superior............................................................................................................100 M.3.3 Comando inferior............................................................................................................101 M.3.4 Parada de emergência....................................................................................................101 vi

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M.3.5 Comando dos estabilizadores.......................................................................................101 M.3.6 Dispositivo seletor..........................................................................................................101 M.3.7 Dispositivo seletor..........................................................................................................101 M.4 Equipamentos de segurança para trânsito...................................................................101 M.4.1 Segurança do equipamento...........................................................................................101 M.4.2 Segurança da caçamba e/ou plataforma.......................................................................102 M.5 Estabilidade.....................................................................................................................102 M.5.1 Estabilidade em superfície plana...................................................................................102 M.5.2 Efeitos do ensaio de estabilidade..................................................................................102 M.5.3 Indicador de inclinação..................................................................................................102 M.5.4 Dispositivo de segurança das sapatas estabilizadoras..............................................102 M.6 Nivelamentos da caçamba e/ou plataforma..................................................................102 M.7 Movimentações da caçamba ou plataforma.................................................................102 M.8 Caçamba e/ou plataforma...............................................................................................103 M.9 Sistemas de força auxiliar de emergência....................................................................103 M.10 Sistemas de operação de emergência..........................................................................103 M.10.1 Plataformas metálicas (condutivas)..............................................................................103 M.10.2 Tensões superiores a 1 000V.........................................................................................103 M.10.3 Tensões iguais ou inferiores a 1 000V..........................................................................103 M.10.4 Serviços em proximidade de linhas..............................................................................104 M.11 Dispositivo ou sistemas elétricos e procedimentos de ensaios................................104 M.11.1 Cesto acoplado................................................................................................................104 M.11.1.1 Geral.................................................................................................................................104 M.11.1.2 Capacidade......................................................................................................................104 M.11.1.3 Alcance vertical da caçamba.........................................................................................104 M.11.1.4 Alcance lateral da caçamba...........................................................................................104 M.11.1.5 Tensão de projeto............................................................................................................105 M.11.1.6 Tensão de qualificação...................................................................................................105 M.11.1.7 Aterramento.....................................................................................................................105 M.11.1.8 Ponto de ancoragem para cinto de segurança............................................................105 M.11.1.9 Controle de qualidade.....................................................................................................105 M.11.2 Manuais............................................................................................................................105 M.11.3 Marcações........................................................................................................................106 M.11.3.1 Marcações aplicáveis......................................................................................................106 M.11.3.2 Marcações de identificação............................................................................................106 M.11.3.3 Marcações operacionais.................................................................................................106 M.11.3.4 Marcações de instrução.................................................................................................107 M.12 Ensaios.............................................................................................................................107 M.12.1 Ensaios de tipo................................................................................................................107 M.12.1.1 Óleo hidráulico isolante..................................................................................................107 M.12.1.2 Dielétrico das mangueiras hidráulicas..........................................................................107 M.12.1.3 Resistência mecânica das mangueiras hidráulicas.....................................................107 M.12.1.4 Esforço estático da caçamba.........................................................................................108 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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M.12.1.5 Absorção de umidade do isolamento do braço...........................................................108 M.13 Aceitação e rejeição........................................................................................................108 M.13.1 Aceitação.........................................................................................................................108 M.13.2 Rejeição............................................................................................................................108 M.14 Responsabilidades de distribuidores e instaladores..................................................108 M.14.1 Responsabilidades gerais..............................................................................................108 M.14.2 Manuais............................................................................................................................109 M.14.3 Instalações.......................................................................................................................109 M.14.4 Controles de qualidade...................................................................................................109 M.14.5 Treinamento.....................................................................................................................109 M.14.6 Treinamentos de manutenção........................................................................................109 M.15 Anexos.............................................................................................................................109 Anexo N (informativo) Seleção de um conjunto adequado de normas de guindastes para uma determinada aplicação.................................................................................................... 110 Bibliografia....................................................................................................................................... 112 Figuras Figura 1 – Principais componentes dos guindastes articulados hidráulicos................................7 Figura 2 – Gráfico da capacidade nominal (w) em relação ao alcance (r)....................................23 Figura 3 – Símbolos para função de trabalho.................................................................................25 Figura 4 – Exemplo de placa de cargas da capacidade nominal com a capacidade indicada em várias posições de fixação da carga ao longo de uma linha horizontal desenhada a partir do primeiro apoio interno do sistema de lanças.................................................41 Figura 5 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga para todas as configurações da lança..............................................................................................................................42 Figura 6 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de cargas para guindaste com guincho de cabo...............................................................................................................................42 Figura 7 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga para guindaste com a terceira lança...................................................................................................................................43 Figura 8 – Área não permitida de aproximação..............................................................................43 Figura 9 – Exemplo de símbolo para guindastes para proibição de uso de gancho..................43 Figura A.1 – Sistema de lança telescópica......................................................................................51 Figura A.2 – Sistema fixo de lança reta............................................................................................51 Figura A.3 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo......................51 Figura A.4 – Sistema de lança articulada com extensão, dobrável ao longo do veículo............52 Figura A.5 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo......................52 Figura A.6 – Guindaste articulado hidráulico montado atrás da cabina.......................................52 Figura A.7 – Guindaste articulado hidráulico montado na traseira...............................................53 Figura A.8 – Guindaste articulado hidráulico montado no meio...................................................53 Figura A.9 – Guindaste florestal montado na parte traseira..........................................................53 Figura A.10 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre trator com cabina......................53 Figura A.11 – Guindaste articulado hidráulico sobre base fixa.....................................................54 Figura A.12 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre picape.........................................54 viii

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Figura B.1 – Tensões resultantes ideais..........................................................................................65 Figura B.2 – Relações entre σf(κ) e σf(– 1).......................................................................................67 Figura D.1 – Exemplos de movimentos perigosos (indicados pelas setas) que devem ser evitados em caso de sobrecarga...........................................................80 Figura F.1 – Exemplo de leiaute vertical..........................................................................................83 Figura G.1 – Sistema de controle com símbolos de leiaute na horizontal afixados nas empunhaduras das alavancas de controle.....................................................................84 Figura G.3 – Sistema de controle com leiaute horizontal – Símbolos indicativos separados em cima das alavancas.............................................85 Figura H.2 – Controles multidirecionais – Disposição de um sistema de controle com duas alavancas e dois pedais...............88 Figura I.1 – Dimensão interna mínima..............................................................................................89 Figura J. 3 – Estações de controle elevada na coluna com degraus de acesso.........................90 Figura K.1 – Dimensão dos corrimãos e pegadores.......................................................................91 Figura K. 2 – Degraus, escadas e escadas internas.......................................................................92 Figura L.1 – Direção dos três eixos e seus símbolos.....................................................................98 Figura L.2 – Dados do guindaste......................................................................................................98 Tabelas Tabela 1 – Lista de riscos significantes e suas exigências associadas.........................................8 Tabela 2 – Valores de β2 e ϕ2min........................................................................................................12 Tabela 3 – Valores de Vh....................................................................................................................12 Tabela 4 – Combinações de cargas a serem abrangidas...............................................................16 Tabela 5 – Métodos a serem utilizados para verificar conformidade com os requisitos ou medidas de segurança......................................................................................................32 Tabela B.1 – Valores nominais das propriedades do material.......................................................55 Tabela B.2 – Tensões admissíveis para aços estruturais sem liga (N/mm2)................................56 Tabela B.3 – Tensões admissíveis para os parafusos (N/mm2).....................................................57 Tabela B.4 – Tensões admissíveis no apoio....................................................................................58 Tabela B.5 – Valores dos coeficientes de flambagem kσ e kτ para chapas apoiadas nas extremidades.....................................................................................................................60 Tabela B.6 – Valores de ω para S 235...............................................................................................61 Tabela B.7 – Valores de ω para S 275...............................................................................................62 Tabela B.8 – Valores de ω para S 355...............................................................................................63 Tabela B.9 – Grupos de carga...........................................................................................................64 Tabela B.10 – Tensões referidas σo – σm das tensões resultantes ideais ^σo – σo.......................65 Tabela B.12 – Valores básicos para as tensões de fadiga admissíveis σf (– 1) (N/mm2) em componentes estruturais para os casos de entalhe K0 a K4 em todos os graus de aço...67 Tabela B.13 – Tensões de fadiga admissíveis de acordo com a Figura B.2, como função de K (– 1), conforme as Tabelas B.11 e B.12...........................................................................68 Tabela B.14 – Tensões de fadiga admissíveis τf(K) para elementos estruturais e soldas e τf(K) e σfl(K) para parafusos e pinos........................................................................................68 Tabela B.15 – Caso de entalhe W0....................................................................................................69 © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Tabela B.16 – Caso de entalhe W1....................................................................................................69 Tabela B.17 – Caso de entalhe W2....................................................................................................69 Tabela B.18 – Caso de entalhe K0.....................................................................................................70 Tabela B.20 – Caso de entalhe K2.....................................................................................................72 Tabela B.21 – Caso de entalhe K3.....................................................................................................74 Tabela B.22 – Caso de entalhe K4.....................................................................................................76 Tabela E.1 – Símbolos a serem utilizados........................................................................................81 Tabela F.1 – Direção da operação de controle e respectivo movimento.......................................82 Tabela K.2 – Dimensões de degraus e escadas..............................................................................92 Tabela L.1 – Medidas do Guindaste..................................................................................................93 Tabela L.2 – Dados do Guindaste.....................................................................................................94 Tabela L.3 – Dados de montagem.....................................................................................................94 Tabela L.4 – Dados para instalação..................................................................................................94 Tabela L.5 – Dados dos cálculos de estabilidade...........................................................................95 Tabela N.1 – Normas para guindastes............................................................................................ 111

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Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalização.

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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996). Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. A ABNT NBR 14768 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos (ABNT/CB-004), pela Comissão de Estudo Guindastes e Gruas (CE-004:010.017). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 18.12.2020 a 18.01.2021. A ABNT NBR 14768:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 14768:2015, a qual foi tecnicamente revisada. O Escopo em inglês da ABNT NBR 14768 é o seguinte:

Scope This Standard specifies the minimum requirements for the design, calculation, inspections and tests of hydraulic articulated cranes, as well as their installation on vehicles or fixed bases. This Standard does not apply to hydraulic articulated boom cranes used on ships or floating structures, nor to articulated boom boom cranes designed as integral parts of special equipment. This Standard refers to hydraulic articulated cranes (including forestry or scrap cranes) manufactured after the date of publication of this Standard. NOTE Cable winches are treated to a specific standard. Cable winches may only be applied with the permission of the crane manufacturer.

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ABNT NBR 14768:2021

Introdução Esta Norma contém instruções e informações para o uso de guindastes, visando a saúde e a segurança do operador, os impactos ao meio ambiente e a integridade do equipamento. Os requisitos específicos para determinados tipos de guindastes são fornecidos nas Normas Brasileiras e Internacionais apropriadas, para cada tipo de guindaste em particular.

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Os riscos abrangidos por esta Norma são identificados na Seção 4. Esta Norma não pretende abranger todos os problemas de segurança associados ao seu uso. É de res-ponsabilidade do usuário desta Norma estabelecer as práticas de saúde e segurança apropriadas e determinar a aplicabilidade das limitações legais antes do uso.

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NORMA BRASILEIRA

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Guindastes — Guindastes articulados hidráulicos — Requisitos

1 Escopo

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Esta Norma especifica os requisitos mínimos para o projeto, cálculo, inspeções e ensaios de guindastes articulados hidráulicos, bem como a respectiva instalação sobre veículos ou bases fixas. Esta Norma não se aplica aos guindastes articulados hidráulicos utilizados em navios ou em estruturas flutuantes, nem aos guindastes com sistema de lanças articuladas projetadas como partes integrantes de equipamentos especiais. Esta Norma se refere aos guindastes articulados hidráulicos (inclusive guindastes florestais ou sucateiros) fabricados após a data de publicação desta Norma. NOTA Os guinchos de cabo são tratados em uma norma específica. A aplicação de guincho de cabo só pode ser realizada sob autorização do fabricante do guindaste

2 Referências normativas Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais, constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 14153, Segurança de máquinas – Partes de sistemas de comando relacionados à segurança – Princípios gerais para projeto ABNT NBR 16092:2018, Cestas aéreas – Especificações e ensaios ABNT NBR 16601, Ensaio não destrutivo – Emissão acústica – Procedimento para ensaios em guindastes articulados hidráulicos com ou sem cesto acoplado ABNT NBR ISO 12100, Segurança de máquinas – Princípios gerais de projeto – Apreciação e redução de riscos ABNT NBR NM ISO 5353, Máquinas rodoviárias, tratores e máquinas agrícolas e florestais – Ponto de referência do assento ABNT NBR NM ISO 13852, Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros superiores ABNT NBR NM ISO 13853, Segurança de máquinas – Distâncias de segurança para impedir o acesso a zonas de perigo pelos membros inferiores ABNT NBR NM ISO 13854, Segurança de máquinas – Folgas mínimas para evitar esmagamento de partes do corpo humano ISO 4413, Hydraulic fluid power – General rules and safety requirements for systems and their components © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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ABNT NBR 14768:2021

EN 12077-2, Cranes safety – Requirements for health and safety – Part 2: Limiting and indicating devices EN 12644-1:2001, Cranes – Information for use and testing – Part 1: Instructions EN 12644-2, Cranes – Information for use and testing – Part 2: Marking

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EN 13001-2, Cranes – General design – Part 2: Load actions EN 13001-3-1, Cranes – General design – Part 3-1: Limit states and proof of competence of steel – Structures EN 13557, Cranes – Controls and control stations EN 13586, Cranes – Access EN 60204-32, Safety of machinery – Electrical equipment of machines – Part 32: Requirements for hoisting machines EN 61000-6-2, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-2: Generic standards – Immunity for industrial environments EN 61000-6-4, Electromagnetic compatibility (EMC) – Part 6-4: Generic standards – Emission standard for industrial environments DIN 15400, Lifting hooks – Materials, mechanical properties, lifting capacities and stresses DIN 15401-2, Lifting hooks for lifting appliances – Single hooks – Finished parts with threaded shank ASTM D877, Standard Test Method for Dielectric Breakdown Voltage of Insulating Liquids Using Disk Electrodes SAE J343, Test and Test Procedures for SAE 100R Series Hydraulic Hose and Hose Assemblies

3 Termos e definições Para os efeitos deste Documento, aplicam-se os seguintes termos e definições. 3.1 acessório fixo para elevação de carga dispositivo com o qual a carga útil pode ser suspensa, que é fixado diretamente à extremidade da lança como parte integrante do guindaste 3.2 acessório para elevação de carga, não fixo acessório intercambiável que pode ser acoplado pelo usuário, direta ou indiretamente, no gancho ou em qualquer outro dispositivo de acoplamento do guindaste, sem afetar a sua integridade 3.3 3.3 alcance hidráulico distância obtida com o acionamento do sistema de lanças

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3.4 alcance horizontal distância horizontal entre o eixo de giro da coluna e o ponto de acoplamento da carga

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3.5 alcance vertical distância vertical entre o solo e o ponto de acoplamento da carga 3.6 assento elevado estação de controle fixada à coluna que, consequentemente, acompanha o giro do guindaste 3.7 base estrutura metálica que contém os pontos para fixação, suporte da coluna giratória e seu sistema de giro 3.8 base fixa (fundação) pontos fixos para a sustentação do guindaste estacionário 3.9 caçamba plataforma componente destinado à elevação e acomodação de pessoas à posição de trabalho 3.10 capacidade nominal carga útil acrescida da carga morta para a qual o guindaste foi projetado, de acordo com as condições de operação (conforme as configurações de lanças e posição da carga) 3.11 carga bruta soma da carga útil e do acessório não fixo para elevação e, se for o caso, de parte do cabo de içamento 3.12 carga máxima de trabalho carga útil máxima que pode ser elevada, sendo a carga mais alta indicada no gráfico de cargas 3.13 cargas mortas soma das partes fixas e móveis do guindaste que agem permanentemente sobre a estrutura enquanto o guindaste estiver em uso 3.14 carga útil carga que é içada pelo guindaste e suspensa por um acessório fixo ou não fixo, ou diretamente no ponto de içamento da carga 3.15 coluna elemento estrutural giratório que suporta o sistema de lanças

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3.16 cilindro de estabilização parte do estabilizador capaz de entrar em contato com o solo para fornecer a estabilidade necessária

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3.17 estabilizador estrutura de sustentação conectada à base do guindaste ou ao veículo, destinada a prover a estabilidade 3.18 estação de controle posição a partir da qual o guindaste pode ser operado 3.19 estação de controle elevada estação de controle localizada acima do nível do solo, isto é, um banco do operador elevado, fixado à coluna do guindaste articulado hidráulico ou uma plataforma posicionada sobre a base do guindaste articulado hidráulico (ver Anexo k) 3.20 extensão do estabilizador parte do estabilizador que pode estender lateralmente o cilindro de estabilização, desde a posição de transporte até a posição de operação 3.21 extensão hidráulica da lança parte da lança que possui movimento telescópico hidráulico, variando o seu comprimento 3.22 extensão manual da lança parte da lança que pode ser estendida ou retraída manualmente 3.23 giro movimento rotacional em torno do eixo da coluna 3.24 guincho de cabo equipamento acoplado ao guindaste articulado hidráulico para elevar e abaixar cargas suspensas, em distâncias predeterminadas, por meio de cabos 3.25 guindaste articulado hidráulico mecanismo operacional, compreendendo uma coluna que gira sobre uma base e um sistema de lanças acopladas na parte superior da coluna NOTA 1 O guindaste normalmente é instalado em um veículo, inclusive em reboque, semirreboque ou em base fixa, sendo projetado para carga e descarga do próprio veículo e para outras tarefas, conforme especificado pelo fabricante no manual do operador NOTA 2 O Anexo A contém exemplos de configurações e instalações.

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3.26 guindaste florestal guindaste articulado hidráulico, especificamente projetado, fabricado e equipado com uma garra para carregar e descarregar madeira

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3.27 inclinação do guindaste ângulo entre o eixo de rotação e uma linha vertical, devido ao trabalho em terreno inclinado ou irregular 3.28 indicador da capacidade nominal dispositivo que, dentro de limites de tolerância especificados em 5.6.2.1, fornece no mínimo uma indicação contínua de que a capacidade nominal está sendo excedida e outra indicação contínua (em determinados tipos de guindaste) de que o limite de capacidade nominal se aproxima 3.29 jib acessório acoplado ao sistema de lanças, composto pelos componentes 16 a 22 do sistema de lanças da Figura 1 3.30 lança elemento estrutural do sistema de lanças do guindaste articulado hidráulico 3.31 limitador de capacidade nominal sistema que previne automaticamente que o guindaste movimente cargas além de sua capacidade nominal (ver Anexo C) 3.32 momento líquido de elevação capacidade nominal multiplicada pelo raio de alcance 3.33 movimento articulado movimento dos elementos da lança em torno de uma articulação, por meio de pinos 3.34 momento máximo de elevação soma do momento de elevação líquido com o momento produzido pelas cargas mortas 3.35 pressão dinâmica pressão nos componentes ou parte do sistema hidráulico, causada pelas forças dinâmicas nos atuadores enquanto a carga estiver sendo movimentada 3.36 pressão máxima de trabalho pressão máxima no circuito da bomba ou em uma função de trabalho individual 3.37 ruptura da linha hidráulica falha de uma linha hidráulica que resulta em uma perda de pressão na própria linha © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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3.38 sistema de controle interface entre as alavancas de operação e os componentes de acionamento que fornecem os movimentos do guindaste articulado hidráulico

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3.39 sistema de lanças sistema completo, composto por lanças, extensões de lanças e cilindros, composto pelos componentes 6 a 13 da Figura 1 3.40 taxa de abaixamento distância dentro de um determinado tempo, em que a carga abaixa, devido a vazamentos internos dos componentes hidráulicos 3.41 válvula de alívio de pressão válvula que libera automaticamente o óleo hidráulico em direção ao reservatório, quando a pressão excede um valor especificado 3.42 válvula de alívio principal válvula que limita a pressão fornecida ao sistema hidráulico do guindaste 3.43 válvula de alívio secundária válvula que limita a pressão fornecida a um atuador hidráulico 3.44 válvula de pretensão válvula unidirecional instalada em linha calibrada para atuar com uma pressão preestabelecida 3.45 válvula de retenção (holding) válvula que está normalmente fechada, mas que pode ser aberta por uma força externa para permitir a saída do fluxo de fluido de um atuador hidráulico 3.46 válvula de retenção sensível ao fluxo válvula que bloqueia o fluxo quando se ultrapassa determinado nível preestabelecido de queda de pressão 3.47 zona de perigo qualquer zona na máquina ou em torno dela, dentro da qual a pessoa está exposta ao risco de sofrer lesões ou prejuízo à sua saúde (ver ABNT NBR ISO 12100)

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Legenda 1

base

12 extensões de lanças manuais

2

extensão do estabilizador

13 gancho principal

3

cilindro de estabilização

14 estações de controles de operação (comandos)

4

mecanismo de giro

15 apoio do cilindro de estabilização

5

coluna

16 adaptador da terceira lança (Jib)

6

braço anterior (primeira lança)

17 terceira lança (Jib)

7

cilindro do braço anterior (elevação)

18 cilindro da terceira lança

8

braço posterior (segunda lança)

19 extensões das lanças hidráulicas

9

cilindro do braço posterior (inclinação)

20 cilindros de extensão das lanças do Jib

10 extensões das lanças hidráulicas

21 gancho do Jib

11 cilindro de extensão das lanças hidráulicas

22 extensões de lanças manuais do Jib

Figura 1 – Principais componentes dos guindastes articulados hidráulicos

4 Lista de riscos importantes A Tabela 1 apresenta uma lista organizada de acordo com a ABNT NBR ISO 12100 e com a legislação vigente, de eventos e situações perigosas importantes que podem resultar em riscos para as pessoas durante o uso normal e o uso incorreto previsível do equipamento. Ela contém também referências cruzadas correspondentes para as disposições pertinentes nesta Norma, as quais são necessárias para reduzir ou eliminar os riscos associados a esses perigos. Antes de utilizar esta Norma, é importante realizar uma avaliação de risco do guindaste. No mínimo, devem ser incluídos na avaliação de risco os riscos cobertos pela Tabela 1.

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Tabela 1 – Lista de riscos significantes e suas exigências associadas (continua) Nº

Riscos

Subseções nesta Norma

Riscos, situações de risco e eventos de risco Riscos mecânicos devidos a: Inadequação de resistência mecânica do guindaste e suas partes

5.1, 5.2, 5.3, 5.5.1, 5.5.4, 5.5.5, 5.5.8, 5.5.9, 5.10.2.1, 5.10.2, 7.2.3.7

1.1

Risco de esmagamento

5.8.1, 5.10.2.3

1.2

Risco de corte

1.3

Risco de ferimento ou amputação

1.4

Risco de emaranhamento

1.5

Risco de aprisionamento ou confinamento

1.6

Risco de impacto

1.7

Risco de penetração ou perfuração

1.8

Risco de fricção ou abrasão

1.9

Risco de injeção ou ejeção de fluido a alta pressão

5.5.1, 5.5.5, 7.2.3.5, 7.2.4.2

1.10

Ejeção de peças

5.4.1.1, 5.4.1.2, 5.4.1.3, 5.4.2, 5.4.3

1.11

Perda de estabilidade

5.6.1, 5.6.2, 5.6.4, 5.6.5, 5.6.6.2, 5.10.3

1.12

Escorregão, tropeço, queda

5.10.8

2

Riscos elétricos devidos a:

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1

Contato de pessoas com partes vivas (contato direto)

2.2

Escorregão, tropeço, queda

2.3

Riscos elétricos devidos a:

2.4

Contato de pessoas com partes vivas (contato direto)

2.5

Radiação térmica ou outros fenômenos, como emissão de partículas fundidas e efeitos químicos de curto-circuito, sobrecargas etc.

3

8

5.6.1.3, 7.2.3.1d

2.1

5.9,

5.10.7,

5.10.6,

Riscos térmicos que resultem em:

3.1

Queimaduras ou outros ferimentos devido ao possível contato de pessoas com objetos ou materiais com temperatura extremamente alta ou baixa, devido às chamas ou explosões e devido à radiação de fontes de calor

5.5.5, 5.10.2.3, 7.2.4.1

3.2

Prejuízo à saúde devido ao ambiente de trabalho quente ou muito frio

7.2.3.7

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Tabela 1 (continuação) Nº

Riscos

Subseções nesta Norma

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Riscos, situações de risco e eventos de risco

4

Riscos gerados pelo ruído

Não significativo para os guindastes que não incluam uma fonte de alimentação. Ver 7.2.3.8 para informações relativas ao ruído

5

Riscos gerados por vibração

5.10.5

7

Riscos gerados por materiais e substâncias (e seus elementos constituintes) processados ou utilizados pelas máquinas

5.10.2.3

7.1

Riscos pelo contato ou inalação de fluidos, gases, névoas, vapores e pós que são prejudiciais

7.2.4.1

8

Riscos gerados pela negligência de princípios ergonômicos no projeto das máquinas, por exemplo, risco de:

8.1

Posturas não saudáveis ou esforço excessivo

5.4.1.3, 5.4.2, 5.4.3, 5.7, 5.8, 5.10.8

8.2

Observação inadequada da anatomia de mão/braço e pé/perna

5.7, 5. 8

8.3

Negligência no uso de equipamento de proteção individual

7.2.4.1

8.4

Iluminação inadequada do local

5.8.1(7.2.4.1, 7.2.3.6 d)

8.6

Erro humano, comportamento humano

5.6, 5.7.1, 5.7.2, 7.2.3, 7.2.4

8.7

Projeto, localização ou identificação inadequada dos controles manuais

5.4.1.3, 5.4.3, 5.7, 5.8

8.8

Projeto ou localização inadequada das unidades visuais de display

9

Combinação de riscos

10

Partida inesperada, aumento inesperado de velocidade (ou similar a mau funcionamento) devido à:

10.1 11

Falha/problema no sistema de controle

5.2.3, 5.2.4

5.5.6.1, 5.5.6.2, 5.6.6, 5.6.8, 5.7.1

5.5.7,

Riscos causados pela falta ou posicionamento incorreto de medidas/meios relacionados à segurança

11.1

Proteções

5.5.5, 5.7.1, 5.10.2.3

11.2

Dispositivos relacionados à segurança (proteção)

5.4.1, 5.4.3, 5.6.3, 5.6.6, 5.6.7

11.4

Sinalizações, sinais e símbolos de segurança

5.4.1.3, 5.6.7, 5.7.2, 7.2.3.5, 7.3.4, 7.3.5

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Tabela 1 (conclusão)

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Riscos

Subseções nesta Norma

11.5

Dispositivos de informação ou alerta

5.6.1, 5.6.2, 5.6.4, 5.6.7, 7.1, 7.2,7.3

11.6

Visibilidade

5.4.3, 5.8.1, 7.3.4.1

11.7

Equipamentos de emergência

5.6.3, 5.6.8

15

Erros de montagem

7.2.2, 7.2.4

18

Perda de estabilidade/tombamento da máquina

5.4.1, 5.6.1, 5.6.2, 5.6.4, 5.6.5, 5.6.6, 5.10.3

27

Riscos mecânicos e eventos perigosos:

27.1

Devido às quedas de carga, colisões, inclinação da máquina, causadas por:

27.1.1

Falta de estabilidade

5.10.3, 6.2.5

27.1.2

Carregamento não controlado – excesso de carga – tombamento por momento excedido

5.5.4, 5.6.1, 5.6.2, 5.6.3, 5.6.4, 5.6.5

27.1.3

Amplitude de movimentos não controlados

5.6.6

27.1.4

Movimentos inesperados/não intencionados da carga

5.5.6, 5.5.7, 5.5.8

27.1.5

Dispositivos/acessórios inadequados de retenção

5.4.2, 7.2.3.6

27.2

Devido ao acesso de pessoas à área de sustentação da carga

7.2.3.1e)

27.4

Devido à insuficiente resistência mecânica dos componentes

5.1, 5.2, 5.3, 5.5.8, 5.5.9, 5.10.2

27.8

Devido às condições anormais de montagem, ensaio, utilização e manutenção

5.10, 7.1, 7.2.7.3

29

Riscos gerados pela negligência de princípios ergonômicos

29.1

Visibilidade insuficiente na posição de controle

5.8.1

5 Requisitos de segurança ou medidas de segurança 5.1 Generalidades As máquinas devem atender aos requisitos ou medidas de segurança desta Seção. Além disso, as máquinas devem ser projetadas de acordo com os princípios da ABNT NBR ISO 12100, no que se refere aos riscos relevantes, embora não significativos, que não são tratados nesta Norma. A capacidade nominal deve ser calculada a partir dos seguintes dados:  a) pressão de trabalho nos cilindros;  b) área dos cilindros que sustentam a carga;  c) geometria; 10

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 d) cargas mortas;  e) combinação de cargas. Para fins de cálculo, a capacidade nominal é igual à carga bruta.

5.2 Cálculo estrutural

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5.2.1 Informações a serem fornecidas no cálculo Devem ser fornecidas nos procedimentos de cálculo (projeto) as seguintes informações:  a) tipo de guindaste e método de operação;  b) número estimado de ciclos de trabalho com carga total;  c) detalhes do sistema de carregamento que refletem as condições reais de serviço, incluindo desenhos e principais dimensões;  d) condições presumidas de carga, incluindo a inclinação do terreno;  e) classificação da unidade de içamento e histórico de fadiga;  f)

material para componentes individuais e articulações;

 g) formas, dimensões e valores estáticos de todos os componentes sujeitos a carregamento na seção transversal;  h) análise separada dos componentes estruturais individuais e das principais conexões;  i)

fatores dinâmicos

5.2.1.1 Efeitos do içamento, da gravidade e da massa do guindaste Os efeitos dinâmicos devidos às vibrações da estrutura quando uma carga está sendo elevada ou abaixada devem ser levados em consideração, aplicando-se o fator ϕ devido às forças gravitacionais que atuam sobre as massas do guindaste. Isto deve ser utilizado para o projeto da estrutura do guindaste em seus suportes. O valor de ϕ1 deve ser o menor dos dois valores, entre 1,1 e ϕ2, ou expresso como uma equação: ϕ1 = mín. (1,1;ϕ2) Em geral, ϕ1 = 1,1. Entretanto, não pode exceder o valor de ϕ2, no caso de ϕ2 ser inferior a 1,1. 5.2.1.2 Efeitos do içamento e da gravidade sobre a carga bruta No caso de elevar ou baixar uma carga, bem como iniciar ou parar um movimento vertical, os efeitos vibracionais devem ser incluídos no carregamento, multiplicando-os pela força da gravidade devido à massa içada pelo fator ϕ2. O fator ϕ2 deve ser tomado como a seguir: ϕ

2

= ϕ2min + β2 x Vh

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ϕ2min e β2 são apresentados na Tabela 2 conforme a classe apropriada de elevação. Para um guindaste articulado hidráulico, são atribuídas as classes de elevação HC1 e HC2 de acordo com as suas características dinâmicas e elásticas:  a) HC1 para guindaste montado sobre o veículo ou em base com flexibilidade equivalente;

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 b) HC2 para guindaste montado em base fixa. Guindastes instalados em bases fixas, equipados com um dispositivo que limite os picos de pressão (por exemplo, um acumulador de pressão) no cilindro do braço anterior, podem ser classificados como HC1. Vh é a velocidade vertical constante do gancho, em metros por segundo, relacionada com o acessório de içamento. Os valores de Vh são apresentados na Tabela 3. Tabela 2 – Valores de β2 e ϕ2min ϕ

Classe de içamento

β2

HC1

0,17

1,05

HC2

0,34

1,10

2min

Tabela 3 – Valores de Vh Combinações de cargas

Tipo de movimentação do guindaste e método de operação HD1

HD4

HD5

A1, B1

Vh máx.

0,5 x Vh máx.

Vh = 0

C1



Vh máx.

0,5 x Vh máx.

onde HD1

é o guindaste operado com velocidade constante;

HD4

é o início do içamento, realizado com velocidade continuamente crescente;

HD5

é um caso de içamento com controle de velocidade automático, que assegura que a influência da velocidade sobre as forças dinâmicas seja desprezada;

Vh máx.

é a velocidade vertical máxima do gancho.

Nas combinações de carga A1 e B1, Vh máx. é a velocidade máxima vertical do gancho que é dada por qualquer acionamento simples do sistema hidráulico. Na combinação de carga C1, Vh máx. é a velocidade máxima vertical do gancho a partir de todos os pontos de articulação hidráulica atuando simultaneamente. Na combinação de carga A e B, assume-se que os picos dinâmicos dos movimentos simultâneos não podem coincidir. Caso haja o evento improvável de que os picos dinâmicos coincidam ou se sobreponham, este evento é coberto pela combinação de carga C1.

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5.2.1.3 Efeito de liberação repentina de uma parte da carga bruta Para guindastes que liberem ou soltem uma parte da carga bruta como procedimento normal de operação, por exemplo, quando são utilizadas garras ou ímãs, o efeito dinâmico máximo no guindaste pode ser simulado multiplicando-se a carga bruta pelo fator ϕ3. O valor dado por ϕ3 = 1 – Δm x (1+β) /m,

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onde m é a massa da carga bruta; Δm é a parte liberada (descarregada) da carga bruta; β é igual a 0,5 para guindastes equipados com garras ou dispositivos semelhantes que soltem a carga lentamente; β é igual a 1,0 para guindastes equipados com ímãs ou dispositivos semelhantes que soltem a carga rapidamente. 5.2.1.4 Efeitos causados pela aceleração e desaceleração do sistema de giro O fator dinâmico ϕ5h deve ter um valor de 1,05 na posição de trabalho do gancho e 1,3 para a caçamba ou clamshell. 5.2.2 Cargas e forças 5.2.2.1 Generalidades As seguintes cargas e forças devem ser levadas em consideração:  a) cargas regulares: — cargas mortas; — carga bruta; — forças dinâmicas; — forças centrífugas;  b) cargas ocasionais: — cargas em serviço devido ao vento; — outros efeitos ambientais e climáticos, como temperatura, neve e gelo; — cargas em escadas de acesso, plataformas e corrimãos;  c) cargas excepcionais: — cargas de ensaio;

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— cargas causadas por movimentos interrompidos repentinamente por um dispositivo mecânico, por exemplo, fim de curso do cilindro de giro, ou por um dispositivo de segurança, por exemplo, parada de emergência, válvula de interrupção da linha hidráulica; — liberação repentina da carga, por exemplo, falha do cabo, falha da lingada; — forças devidas a picos dinâmicos simultâneos causados pela elevação ou abaixamento das cargas, somando-se todas as velocidades verticais de todos os pontos de articulação.

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5.2.2.2 Cargas regulares 5.2.2.2.1 Cargas mortas Ver 3.13. 5.2.2.2.2 Carga bruta Ver 3.11. 5.2.2.2.3 Forças devidas à aceleração ou desaceleração do sistema de giro As cargas horizontais do guindaste e da carga útil devem ser calculadas como a seguir: Fhi = mi. g. tan α onde α ≥ 3° Fhi é a carga horizontal i atuando na carga útil ou o ponto de massa da lança; mi é a carga útil ou o ponto de massa da lança; g é a constante da gravidade; α é a máxima inclinação para o guindaste de acordo com a especificação do fabricante. No entanto, o valor mínimo a ser usado é α = 3°. 5.2.2.2.4 Forças centrífugas (ver Tabela 4) As forças centrífugas que atuam no giro dos guindastes devem ser calculadas apenas a partir da carga morta e dos componentes do sistema de lanças, do contrapeso (quando aplicável) e da carga bruta, sem aplicação dos fatores mencionados em 5.2.2.2 ou 5.2.2.3. 5.2.2.2.5 Forças sobre o estabilizador O cilindro estabilizador deve ser carregado pela ação simultânea da força vertical e horizontal. A força horizontal deve atuar no pé do estabilizador, no comprimento máximo e na direção mais desfavorável. A magnitude da força horizontal deve ser de pelo menos 5 % da força vertical.

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5.2.2.3 Cargas ocasionais 5.2.2.4 Carga dos ventos As cargas dos ventos devem ser calculadas de acordo com a EN 13001-2. Deve ser considerada a força dos ventos apenas para os guindastes em serviço. 5.2.2.4.1 Cargas em escadas de acesso, plataformas e corrimãos

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Ver 5.8.2. 5.2.2.4.2 Cargas excepcionais Estas cargas podem atuar em situações excepcionais (por exemplo, em ensaios, ruptura de linhas hidráulicas). 5.2.3 Combinação de cargas 5.2.3.1 Combinações básicas de carga As cargas devem ser combinadas para determinar as tensões que o guindaste sofrer durante o funcionamento normal. A Tabela 4 mostra as combinações básicas das cargas. NOTA Em geral, as combinações de carga A abrangem as cargas regulares; as combinações de carga B abrangem as cargas regulares combinadas com cargas dos ventos; as combinações de carga C abrangem as cargas regulares combinadas com cargas ocasionais e excepcionais.

5.2.3.2 Combinações de carga a serem abrangidas Para combinações de cargas a serem abrangidas, verificar Tabela 3, conforme especificação a seguir.  d) A1 e B1: Condições normais de serviço de elevação e abaixamento de cargas com picos dinâmicos em qualquer função hidráulica enquanto gira; A1 sem efeitos do vento, B1 com efeitos do vento.  e) A2 e B2: Condições normais de serviço com garra, ímã ou acessório similar que permita a liberação súbita de uma parte da carga bruta enquanto gira; A2 sem efeitos do vento, B2 com efeitos do vento.  f)

C1: Picos dinâmicos simultâneos causados por elevar ou baixar cargas na soma das velocidades verticais máximas de todos os pontos de articulação, tendo em vista a vazão de óleo hidráulico disponível.

 g) C3: Guindaste sob condições de ensaio. 5.2.3.3 Combinação básica para aplicação de carga Combinações básicas de cargas para o cálculo demonstram que os riscos mecânicos do escoamento e da instabilidade elástica e os valores extremos são garantidos, conforme apresentados na Tabela 4. Para verificar a resistência à fadiga, as combinações de carga A1 e A2 devem ser aplicadas a todos os fatores parciais de segurança com yp = 1,00.

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Tabela 4 – Combinações de cargas a serem abrangidas

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Categorias de cargas

Gravidade, aceleração das unidades de elevação

Regular

Aceleração das unidades de giro

Cargas centrífugas

Ocasional Excepcional

Combinação de cargas A

Combinação de cargas B

Combinação Linha de cargas C

A1

A2

yp

B1

B2

yp

C1

C3

Massas do guindaste deslocadas

1,22

ɸ1

ɸ1

1,16

ɸ1

ɸ1

1,1

ɸ1

1

1

Massa da carga bruta

1,34

ɸ2

ɸ3

1,22

ɸ2

ɸ3

1,1

-

-

2

Massas do guindaste deslocadas

1,22 ɸ5h ɸ5h 1,16 ɸ5h ɸ5h

-

-

-

3

Massa da carga bruta

1,34 ɸ5h ɸ5h 1,22 ɸ5h ɸ5h

-

-

-

4

Massas do guindaste deslocadas

1,22

1

1

1,16

1

1

-

-

-

5

Massa da carga bruta

1,34

1

1

1,22

1

1

-

-

-

6

Vento em serviço

-

-

-

1,22

1

1

-

-

-

7

-

-

-

-

-

-

1,1

Cargas yp

Efeitos climáticos

Forças devidas a um efeito excepcional

8

Devem ser incluídas somente forças centrífugas que aumentem os efeitos das cargas Forças que atuem simultaneamente com as forças do vento devem ser aplicadas somente de forma que as forças na unidade de giro nas linhas 3 e 4 não sejam excedidas

5.3 Análise de tensões A robustez da estrutura de aço pode ser avaliada de acordo com a EN 13001-3-1 ou de acordo com as informações constantes no Anexo B. Em último caso, os fatores de carga parcial yp na Tabela 4 devem ser definidos para 1. Os cilindros hidráulicos devem ser avaliados de acordo com a EN 13001-3-1 ou pelo método de tensão admissível; neste caso, utilizar um fator de segurança de 1,5. As condições-limite indicadas na EN 13001-3-1 devem ser usadas em conjunto com uma análise estática realizada para todas as posições das “lanças” e para todas as configurações do guindaste. 5.3.1 Arranjos mecânicos 5.3.2 Estabilizadores 5.3.2.1 Geral Os estabilizadores devem ser instalados, quando necessário, para atender aos requisitos de estabilidade (ver 5.10.3), quando os guindastes articulados hidráulicos forem instalados sobre veículos. 16

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5.3.2.2 Cilindros de estabilização Os cilindros de estabilização devem ter uma base de apoio no solo. A base de apoio no solo deve ser construída para acomodar irregularidades de no mínimo 10° na inclinação do solo.

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Os guindastes florestais e sucateiros podem, no entanto, ter pés de apoio fixos, e, neste caso, o cilindro deve ser projetado para o momento de flexão adicional. A área de cada pé deve ser tal que a pressão máxima no solo resultante seja inferior a 4 MPa. Para os estabilizadores principais, a pressão máxima no solo deve ser calculada como: P = Mdyn/(L . A) onde Mdyn é o momento máximo no centro do giro, incluindo os fatores dinâmicos; L

é a distância do centro de giro até o cilindro estabilizador;

A

é a área do pé estabilizador.

No caso do estabilizador adicional, seus pés devem ter o mesmo tamanho que os dos estabilizadores principais. Alternativamente, um dimensionamento detalhado da instalação completa deve ser considerado ou as forças deste estabilizador devem ser medidas. Quando o cilindro de estabilização dispõe de um dispositivo articulado, ele deve conter meios de travamento que resistam às forças operacionais normais (por exemplo, pinos), para dar segurança ao cilindro de estabilização tanto na posição de trabalho quanto na de transporte (ver 5.4.3). Se o cilindro estabilizador for giratório para cima ou para baixo manualmente, a força máxima para movimentá-los não pode exceder 250 N, medidos no pé do estabilizador. 5.3.2.3 Extensão do estabilizador As extensões dos estabilizadores devem ter marcação para mostrar quando estão sendo utilizadas corretamente. Extensões de operação manual devem ser equipadas com:  a) manípulos para operação manual;  b) dispositivos de travamento nas posições de trabalho e transporte (ver 5.4.3);  c) batentes para o fim de curso. Extensões estabilizadoras de operação hidráulica devem ser equipadas com dispositivos de ravamento para a posição de transporte. Devem ser instalados dispositivos de travamento na posição de trabalho, se os cilindros hidráulicos não resistirem às forças durante a movimentação da carga. 5.3.2.4 Extensões da lança de operação manual As extensões de lança operadas manualmente devem ser providas de batentes mecânicos para o fim de curso e de dispositivos mecânicos de travamento para as posições estendida e recolhida. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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5.3.3 Segurança para o transporte 5.3.3.1 Geral Dispositivos mecânicos devem ser instalados para prevenir movimentos descontrolados do guindaste e dos estabilizadores, quando o veículo estiver em movimento.

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Cada um dos dispositivos de travamento do braço estabilizador deve ser projetado para suportar, sem deformação permanente, as forças resultantes de uma aceleração de 2 g 1, aplicada na direção do movimento. 5.3.3.2 Extensões operadas manualmente Na posição de transporte, os estabilizadores devem estar travados por dois dispositivos separados de travamento para cada estabilizador, sendo no mínimo um deles operado automaticamente, isto é, por meio de tranca por mola e engate automático por mola. Estes equipamentos devem ser fixados ao guindaste ou aos estabilizadores e protegidos contra remoção não intencional, por exemplo, por meio de pinos de trava com clipes de mola. Deve ser claramente visível para o operador se o dispositivo de travamento estiver em posição travada ou destravada. Além disso, com o veículo em movimento, deve ser possível que o operador verifique se os estabilizadores estão na posição de transporte, por exemplo, alarmes luminosos ou sonoros, interligados à posição do estabilizador. 5.3.3.3 Extensões estabilizadoras operadas hidraulicamente As extensões estabilizadoras operadas hidraulicamente devem estar equipadas com um dispositivo hidráulico ou mecânico de travamento automático para a posição de transporte, além de uma válvula de centro fechada. Um dispositivo de travamento hidráulico automático é composto por válvulas para evitar fugas e deve ser conectado diretamente ao cilindro ou por meio de tubos de aço. O dispositivo de travamento mecânico deve ser concebido para suportar, sem deformação permanente, a força devida à tentativa de estender os estabilizadores sem retirar o dispositivo de travamento. 5.3.3.4 Ganchos Os ganchos devem ser projetados de acordo com as DIN 15400 e DIN15401-2. Os ganchos devem ser tais que o descolamento não intencional da carga seja impedido. Isso pode ser alcançado por:  a) um dispositivo de segurança; ou  b) a forma do gancho. 5.3.4 Ganchos equipados com trava de segurança que atendam a esses requisitos

5.4 Sistemas hidráulicos 5.4.1 Generalidades O sistema hidráulico e seus componentes devem atender aos requisitos da ISO 4413.

1

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Aceleração da gravidade, que corresponde a 9,81 m/s2. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Os componentes e linhas hidráulicas devem ser dimensionados de forma que o sistema hidráulico possa ser operado à pressão de serviço necessária (incluindo qualquer pressão exigida durante os procedimentos de ensaio), sem falhas e sem geração de temperaturas excessivas. Os sistemas hidráulicos devem ser projetados de forma que todos os componentes sejam compatíveis, e com o fluido utilizado no sistema nas condições ambientais especificadas. O sistema hidráulico deve conter filtros adequados para garantir que o fluido não seja contaminado.

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Cada circuito hidráulico deve conter os meios de verificação da pressão. 5.4.2 Bomba hidráulica A bomba hidráulica deve ter capacidade para fornecer a vazão e a pressão corretas, conforme especificado pelo fabricante do guindaste para o sistema hidráulico, quando operada a uma velocidade específica. O tamanho da bomba e a velocidade de operação devem ser especificados de forma a assegurar que a capacidade de fornecimento de energia seja utilizada eficientemente. NOTA

Ver Anexo L para orientações sobre o tamanho correto da bomba.

A bomba hidráulica deve ser compatível com a especificação do fluido utilizado no sistema hidráulico. 5.4.3 Reservatório hidráulico O reservatório hidráulico deve ser especificado pelo fabricante do guindaste e deve ter capacidade de fluido suficiente para que a bomba opere corretamente quando todos os cilindros hidráulicos estiverem completamente estendidos, incluindo acessórios. A capacidade também deve ser suficiente para armazenar o fluido do sistema quando todos os cilindros estiverem recolhidos. Também devem ser incorporados dispositivos que possibilitem o monitoramento dos níveis máximo e mínimo do fluido. Para fins de limpeza, deve haver uma abertura de acesso e uma válvula de dreno com tampão. Os níveis mínimos e máximos devem levar em consideração a inclinação máxima transversal e longitudinal permitida pelo fabricante, evitando assim a falta ou o excesso de óleo hidráulico. 5.4.4 Válvulas de alívio da pressão Cada um dos circuitos de carga deve estar equipado com meios automáticos (por exemplo, válvulas de alívio secundárias) que limitem a pressão a no máximo 25 % acima da pressão máxima de serviço, ou deve ser projetado para resistir à pressão máxima que pode ocorrer em condições de operação previstas. O ajuste mínimo de válvulas de alívio de pressão deve evitar a ocorrência de movimentos descontrolados com cargas até 1,3 vez a capacidade nominal, exceto para:  a) guindaste de carga com capacidade nominal menor que 1 000 kg e um momento líquido de elevação de menos que 40 000 N.m;  b) guindastes florestais ou sucateiros (ver 5.6.2.1 e 5.6.2.2). 5.4.5 Mangueiras, tubos e conexões A pressão de ruptura das mangueiras deve ser no mínimo 4 vezes a pressão máxima de serviço para mangueiras sem conexões nas extremidades. A pressão de ruptura de tubos e conexões deve ser no mínimo 2,5 vezes a pressão máxima de trabalho. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Mangueiras, tubos e conexões devem ser localizados e instalados e, quando for o caso, protegidos de forma a não serem danificados por atrito, esmagamento etc. Mangueiras hidráulicas contendo fluido sob pressão acima de 5 MPa ou com temperaturas acima de 50 °C, e localizadas a uma distância de até 1,0 m do operador, devem ser protegidas.

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Qualquer peça ou componente que possa desviar um possível jato de fluido pode ser considerado dispositivo de segurança. As mangueiras previstas para resistirem a pressões acima de 15 MPa não podem ser instaladas com conexões terminais reutilizáveis. 5.4.6 Precauções contra ruptura da linha hidráulica 5.4.6.1 Guindastes de carga, exceto guindastes florestais ou sucateiros Todos os circuitos de carga devem ser equipados com meios automáticos, por exemplo, válvulas de retenção, para prevenir movimentos descontrolados do guindaste em caso de ruptura da linha hidráulica. Válvulas de retenção do fluxo devem ser utilizadas apenas em linhas de equalização e em linhas de controle da pressão. O fluxo máximo nestas linhas não pode exceder 3 L/min. As válvulas aqui utilizadas devem ser acopladas ao cilindro, sendo:  a) integradas ao cilindro;  b) montadas com flange direta e rigidamente;  c) instaladas próximas do cilindro, ou conectadas a ele por meio de pequenos tubos rígidos com conexões soldadas, flangeadas ou roscadas. A pressão de ruptura da matéria-prima dos tubos e conexões entre a válvula de retenção e o atuador deve ter o fator mínimo de 3 vezes a pressão máxima de trabalho. 5.4.6.2 Guindastes florestais ou sucateiros No caso de rompimento da linha hidráulica, a velocidade de descida da carga não pode exceder em mais de 30 % a velocidade de descida máxima da capacidade nominal (ver nota explicativa em C.2). Cilindros estabilizadores devem ser equipados conforme especificado em 5.5.6.1. 5.4.7 Taxa de abaixamento do sistema de lanças A distância de abaixamento medida na extremidade do sistema de lanças, causada por vazamento nos componentes hidráulicos, não pode ser maior que 0,5 % do alcance por minuto. Em guindastes florestais ou sucateiros, esta taxa pode ser de até 2 % do alcance por minuto. A taxa de abaixamento deve ser medida com a capacidade nominal e alcance hidráulico máximo (ou seja, sem extensões manuais). 5.4.8 Mecanismo de giro O mecanismo de giro deve resistir às forças de giro máximas (ver 5.2.3.3.1) para fazer o equipamento parar e sustentar a carga nas condições de operação mais adversas. 20

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5.4.9 Cálculo dos cilindros hidráulicos Os cilindros hidráulicos devem ser calculados para a pressão dinâmica de trabalho com um fator de segurança em relação ao esforço de tensão de 1,5 vez.

5.5 Dispositivos limitadores e/ou indicadores

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5.5.1 Generalidades Os limitadores e/ou indicadores da capacidade nominal devem ser instalados em todos os guindastes com capacidade nominal igual ou superior a 1 000 kg, ou momento de elevação líquido acima de 40 000 Nm, devido à carga. A capacidade nominal deve ser determinada para todos os alcances correspondentes ao sistema de lanças na horizontal. Os limitadores e/ou indicadores da capacidade nominal devem atender à EN 12077-2. Os componentes de sistemas limitadores e/ou indicadores relacionados à segurança devem atender à ABNT NBR 14153, categoria um, exceto componentes eletrônicos do sistema de dispositivos limitadores, que devem estar de acordo com a ABNT NBR 14153, categoria 2. O limitador da capacidade nominal de um guindaste articulado hidráulico normalmente tem três tarefas a cumprir:  a) prevenir que a estrutura seja sobrecarregada;  b) prevenir o risco de tombamento do veículo;  c) prevenir movimentos perigosos da carga. Todos os movimentos que possibilitem a redução de momento de carga no guindaste devem estar sempre disponíveis. NOTA Com referência aos limitadores de capacidade nominal em guindastes articulados hidráulicos, ver também a nota explicativa de C.1. Exemplos de movimentos perigosos para diferentes tipos de guindastes encontram-se no Anexo D.

Guindastes articulados hidráulicos, com capacidade nominal abaixo de 1.000 kg ou momento de elevação líquido abaixo de 40 000 N.m, devem dispor de válvulas de alívio, conforme 5.5.4 e 5.6.5, para proteção contra excesso de carga, quando não houver limitador de capacidade nominal. Nestes guindastes, um indicador de pressão com marcas claramente definidas, mostrando a aproximação da capacidade nominal, visível a partir da posição do usuário, pode realizar a função de indicador de capacidade nominal. 5.5.1.1 Se a capacidade nominal for mais baixa em setores da área do giro, o guindaste deve ser fornecido com limitadores de giro. Estes limitadores de área de giro devem operar anulando os controles do guindaste, quando tentarem girar neste setor com cargas mais altas que a capacidade nominal ou levantar cargas acima das capacidades nominais definidas dentro do setor. O limitador e o indicador de capacidade nominal devem operar em todos os setores da área do giro. 5.5.1.2 Quando o sistema de lanças de um guindaste articulado hidráulico instalado sobre um veículo for colocado sobre a plataforma de carga ou na parte superior da carga durante o transporte, deve ser instalado um indicador. Este indicador, descrito em 7.2.3.3, deve informar ao usuário quando a altura do guindaste estiver excedendo o valor máximo predeterminado.

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Um aviso visual e sonoro deve indicar que o braço anterior não está corretamente guardado, como descrito em 5.4.3.1 e 7.2.3.3. NOTA

O mesmo dispositivo de aviso pode ser usado para cumprir os requisitos de 5.6.1.3 e 5.6.1.5.

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5.5.1.3 Os guindastes equipados com estabilizadores devem ser fornecidos com um indicador de nível claramente visível pelo usuário, na estação de controle dos estabilizadores. 5.5.1.4 Guindastes com extensões estabilizadoras operadas manualmente devem ter uma advertência visível e audível a partir da posição de condução de transporte, que indique quando os estabilizadores não estão travados na posição de transporte. 5.5.1.5 Guindastes com extensões estabilizadoras acionadas hidraulicamente devem ter uma advertência visível e audível a partir da posição de condução de transporte, que indique quando os estabilizadores não estão na posição de transporte. NOTA 5.6.1.5.

O mesmo dispositivo de advertência pode ser usado para atender aos requisitos de 5.6.1.3 e

5.5.1.6 O sistema limitador ou indicador de capacidade de carga nominal não se aplica à utilização de lanças manuais. Para guindastes com capacidade nominal igual ou superior a 1 000 kg, ou com um momento líquido máximo de elevação igual ou superior a 40 000 N.m, o guincho de cabo deve ser incluído no sistema limitador de capacidade nominal. Os guinchos de cabo que possam elevar cargas superiores a 1 000 kg devem ser sempre incluídos no sistema do limitador de capacidade nominal. O fim de curso de içamento do cabo de aço pode ser ativado pela tração máxima do cabo, desde que o contato entre o gancho e a lança seja projetado para suportar a força correspondente. NOTA 1 Mais informações sobre o cálculo de cabos de aço podem ser encontradas na CEN/TS 13001-3-2. NOTA 2 Os requisitos desta Seção não se aplicam aos guindastes florestais e sucateiros.

5.5.2 Limitador da capacidade nominal 5.5.2.1 O limitador da capacidade nominal, dentro das acelerações de operação do guindaste, deve operar entre 100 % e (100 + Δ %) da capacidade nominal. O valor de Δ depende do alcance hidráulico, de acordo com: Δ ≤ 8 + 0,5 R ≤ 20 onde R é o alcance hidráulico, expresso em metros (m). Nos guindastes florestais ou sucateiros, a tolerância de 20 % pode ser utilizada, independentemente do alcance hidráulico. Para guinchos de cabo, a tolerância Δ = 25 % da capacidade nominal pode ser usada, independentemente do alcance. No entanto, a tolerância descrita acima ainda se aplica ao guindaste. 5.5.2.2 Em guindastes florestais ou sucateiros, as válvulas de alívio secundárias, com tolerâncias conforme 5.6.2.1 fornecem a proteção contra sobrecarga, quando não há limitador de capacidade nominal instalado. 22

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5.5.2.3 Para determinação da exatidão do indicador e/ou limitador de capacidade nominal, é feito o gráfico da capacidade nominal x alcance (ver Figura 2), além do citado na Tabela 5.

Figura 2 – Gráfico da capacidade nominal (w) em relação ao alcance (r) 5.5.3 Dispositivo de descida de emergência Para sair da posição de bloqueio do guindaste articulado hidráulico, pode-se instalar um dispositivo de abaixamento. Este dispositivo não pode permitir a extensão de lança. O operador deve estar instruído e habilitado para retirar o guindaste da situação de sobrecarga com segurança. Se este dispositivo de emergência for instalado, deve ser claramente identificado. Deve funcionar apenas enquanto o usuário estiver acionando o controle, por um período máximo de 5 s e em intervalos não menores que 30 s. 5.5.4 Indicadores da capacidade nominal O indicador da capacidade nominal deve alertar o usuário quando a carga exceder 90 % da capacidade nominal. Quando a capacidade nominal estiver sendo excedida, deve haver um alerta de excesso de carga separado para o usuário e para as pessoas que estiverem perto do guindaste. Deve haver uma diferença clara entre o alerta de aproximação da capacidade nominal e o alerta de excesso de carga. Ambos os alertas devem ser contínuos e distinguíveis como alarmes para as pessoas envolvidas enquanto o guindaste estiver sendo operado. O alerta às pessoas na zona de perigo não é necessário para guindastes com menos de 12 m de alcance. 5.5.5 Válvulas de alívio principal Todos os guindastes articulados hidráulicos devem ser equipados com uma ou mais válvulas de alívio principais. A válvula de alívio principal, dentro das acelerações de operação do guindaste, deve operar entre 100 % e 110 % da capacidade nominal. 5.5.6 Limitadores de desempenho 5.5.6.1 Limitadores de movimento Os limites dos movimentos de giro, levantamento, abaixamento e telescopagem devem ser determinados pelo curso do cilindro e batentes apropriados de fim de curso. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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5.5.6.2 Limitadores de velocidade Os limitadores de velocidade devem ser incorporados aos movimentos de giro, levantamento, abaixamento e telescopagem, para assegurar que quaisquer forças resultantes destes movimentos fiquem restritas aos critérios do projeto do guindaste articulado hidráulico.

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5.5.7 Alarme acústico Quando o guindaste possuir um sistema de controle remoto ou um sistema de lanças com alcance maior que 12 m, deve haver um alarme sonoro, por exemplo, uma buzina elétrica. O usuário deve poder acionar este alarme de qualquer estação de controle, a menos que a estação seja utilizada apenas para operar as funções de estabilização. 5.5.8 Dispositivo de parada de emergência Deve haver um dispositivo de controle que leve o guindaste articulado hidráulico à parada total por meio da interrupção do fornecimento de energia ao guindaste. Esse dispositivo deve ser instalado em cada estação de controle e deve iniciar a função de parada pela interrupção do fornecimento de energia, devendo ser projetado, equipado e operado de acordo com o seguinte:  a) deve ser facilmente visível por atuadores de cor vermelha, se possível sobre um fundo amarelo;  b) sua atuação não pode exigir qualquer decisão por parte do operador com relação à função e aos efeitos resultantes, por exemplo, botão de pressionar, com formato de cogumelo;  c) o acesso ao atuador deve ser fácil e não pode envolver perigo para o operador;  d) após a parada do guindaste, não podem ocorrer mais movimentos perigosos do sistema de lanças;  e) o atuador deve travar na posição de operado.

5.6 Controles 5.6.1 Generalidades Os requisitos a seguir especificam o arranjo e a direção dos movimentos dos controles designados para as funções de trabalho, como a coluna giratória, elevação, abaixamento e extensão da lança. As funções dos estabilizadores também estão incluídas. Os requisitos abrangem alavancas de controle bidirecionais e multidirecionais (do tipo joysticks). O leiaute dos controles bidirecionais deve seguir a sequência das funções de trabalho desde a base do guindaste articulado hidráulico até o dispositivo de manuseio da carga. As alavancas de controle para as funções de estabilização do guindaste devem estar separadas das outras alavancas por meio de um espaço ou devem ser claramente distinguidas das outras alavancas (além da diferenciação por símbolos). Todos os controles devem retornar automaticamente à posição neutra, quando forem soltos. Devem ser marcados de forma permanente com símbolos claramente identificáveis, conforme estabelecido em 5.7.2. Todos os controles devem estar em conformidade com os princípios de segurança e ergonomia, conforme especificado na EN 13557. As alavancas de controle devem ser protegidas contra a operação não intencional. 24

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5.6.2 Símbolos

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Os símbolos para operação e ajuste das funções dos guindastes articulados hidráulicos com sistemas de lanças com duas lanças articuladas devem estar em conformidade com o Anexo E. Em guindastes articulados hidráulicos com outros sistemas de lanças, quaisquer símbolos adicionais necessários devem ser derivados do Anexo E. Os símbolos devem ser utilizados como a seguir para as alavancas bidirecionais de controle:  a) pomos das alavancas de controle: setas no pomo indicam o movimento da respectiva alavanca. A combinação deve ser de apenas um símbolo para uma função e uma seta para o movimento da alavanca (ver Figura 3);  b) quando colocados em um painel separado adjacentemente às alavancas de controle, os símbolos podem ser usados sem as setas de movimento das alavancas. Podem ser usados dois símbolos para cada alavanca (ver Figura 3).  c) o tamanho mínimo de um símbolo é aquele circunscrito por um círculo de 15 mm. No caso de multissímbolos, o tamanho mínimo deve referir-se ao menor exemplo, conforme a Figura 3. Pomo da alavanca de controle

Significado da combinação símbolo/seta

Movimentar a alavanca de controle para a esquerda, para elevar a segunda lança, e movimentar a alavanca de controle para a direita, para abaixar a segunda lança Para uma combinação símbolo/seta

Figura 3 – Símbolos para função de trabalho 5.6.3 Leiaute de controles bidirecionais 5.6.3.1 Generalidades Os princípios estabelecidos em 5.7.1 aplicam-se aos arranjos de alavancas de controle vertical e horizontal. 5.6.3.2 Ordem de arranjo vertical de alavancas As informações referentes ao arranjo vertical das alavancas de controle, operadas a partir do nível do solo, encontram-se no Anexo F. 5.6.3.3 Ordem de arranjo horizontal de alavancas As informações referentes ao arranjo horizontal das alavancas de controle, operadas a partir do nível do solo, encontram-se no Anexo G.

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5.6.4 Estações de controle em assento elevado As informações são fornecidas no Anexo H.

5.7 Estações de controle 5.7.1 Generalidades

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5.7.1.1 As estações de controle podem ser dos seguintes tipos:  a) controle a partir do solo;  b) controle elevado a partir de plataforma fixa, plataforma giratória, assento ou cabine elevada;  c) controle remoto;  d) cabina. Quando houver mais de uma estação de controle, deve haver meios de prevenir a operação simultânea de duas estações, a menos que haja ligação mecânica entre os controles (ver C.3). A estação de controle para a função de extensão do estabilizador deve ser posicionada de forma que o operador tenha uma vista desobstruída dos movimentos que estão sendo controlados. As estações de controle devem ser instaladas de forma que o operador não sofra esmagamento ou que as suas roupas fiquem presas pelos componentes móveis do guindaste. Com exceção das situações listadas a seguir, as distâncias de segurança das ABNT NBR NM ISO 13852 e ABNT NBR NM ISO 13853 devem ser observadas. Se houver proteções, não é necessário que elas possam ser usadas para suportar o peso do operador ou que possam ser utilizadas como pegadores de mão, a menos que tenham sido projetadas especificamente para este fim. Onde não for possível instalar proteções, as lacunas entre as partes móveis devem atender às dimensões indicadas nas respectivas normas para prevenir que dedos, mãos ou pés fiquem presos (ver ABNT NBR NM ISO 13854). 5.7.1.2 Devem ser afixados alertas em áreas como:  a) estabilizadores movimentando-se para a posição de transporte;  b) pontos de batente para o sistema de lanças, movimentando-se para a posição de transporte;  c) plataforma de controle e coluna em movimento;  d) assento elevado e primeira lança em movimento, onde não é possível observar as distâncias conforme a ABNT NBR NM ISO 13854, nem as proteções conforme a ABNT NBR NM ISO 13852 ou ABNT NBR NM ISO 13853. No entanto, as estações de controle devem ser dispostas de tal maneira que o uso dos controles não exija que o operador avance para as zonas de perigo, onde há risco de corte ou esmagamento. Todas as estações, exceto as cabinas de controle, devem atender à EN 13557. Guindastes articulados hidráulicos montados sobre veículos geralmente são operados por curtos períodos de tempo e, portanto, normalmente não requerem cabina. Quando há necessidade de uma cabina, por exemplo, devido às condições ambientais, sua especificação deve estar de acordo com a EN 13557, com as exceções especificadas no Anexo J. 26

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5.7.2 Estações de controle elevadas 5.7.2.1 Resistência dos componentes

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Os corrimãos das estações de controle elevadas devem suportar uma força horizontal de 300 N, distribuída em 100 mm. As plataformas devem suportar uma força de 1 500 N, aplicada sobre uma área circular de 125 mm de diâmetro, em qualquer local da superfície. Os degraus devem suportar uma força de 1 500 N, aplicada sobre 100 mm. Os componentes devem resistir a estas forças sem sofrer deformações permanentes e sem deformações elásticas maiores que 2 % da distância entre os apoios ou 10 mm (o que for menor). 5.7.2.2 Assento elevado (ver Anexo K) A construção e a montagem de um assento elevado devem atender aos seguintes requisitos:  a) o acesso ao assento não pode ser inibido pelos controles ou pela configuração do guindaste articulado hidráulico em posições predeterminadas;  b) o assento com os elementos de apoio para fixar o assento ao guindaste deve suportar uma força de 1 500 N atuando no ponto central da área horizontal do assento, sem sofrer deformações permanentes;  c) as posições horizontais devem ser ajustáveis e traváveis sem o uso de ferramentas;  d) o assento deve ser equipado com meios que reduzam o risco de queda quando o operador estiver na posição de operação. Isto não pode obstruir o acesso ao assento. Se houver proteções laterais, elas devem ficar a uma altura mínima de 100 mm do ponto de fixação do assento, conforme estabelecido na ABNT NBR NM ISO 5353.  e) deve haver proteções para impedir que as partes móveis do guindaste prendam o usuário ou a sua roupa;  f)

deve haver uma plataforma para os pés do usuário, com dimensões mínimas de 60 mm x 300 mm para cada pé.

5.7.2.2.1 Plataforma (ver Anexo K) A construção da plataforma deve atender aos seguintes requisitos:  a) em operação, o operador deve ficar protegido das partes móveis do guindaste. Proteções ou outras formas de limitação do ângulo de giro devem ser instaladas quando for necessário;  b) o piso deve ser horizontal, com dimensões mínimas de 400 mm x 500 mm;  c) o piso deve ser fabricado em material antiderrapante. O projeto deve incluir meios para eliminar a retenção de líquidos e detritos;  d) devem ser tomadas as precauções para evitar a queda do operador da plataforma, de acordo com a EN 13586.

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5.7.2.2.2 Acesso e saída das estações de controle elevadas O acesso e a saída às estações de controle elevadas devem atender aos seguintes requisitos:  a) deve ser previsto o apoio de três pontos simultâneos (duas mãos e um pé, ou dois pés e uma mão);  b) saída segura em qualquer configuração de serviço do guindaste;

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 c) os corrimãos e pegadores de mão não podem ter bordas cortantes e, preferencialmente, devem ter seção circular;  d)  d) os degraus e todas as superfícies devem ser antiderrapantes na área de contato dos pés. Não podem ser utilizados degraus arredondados; NOTA

O Anexo L fornece exemplos dos perfis aceitáveis.

 e) os degraus das escadas devem ter no mínimo 300 mm de largura (ver Tabela L.2); degraus com 150 mm de largura são aceitáveis apenas onde as restrições de espaço não permitirem 300 mm de largura;  f)

o ângulo das escadas deve ser de 75° a 90° acima da horizontal.

Para os dados das dimensões, ver Anexo L, EN 13586 e legislação vigente.

5.8 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados 5.8.1 Generalidades O equipamento elétrico dos guindastes articulados hidráulicos deve atender ao especificado na EN 60204-32. 5.8.2 Compatibilidade eletromagnética Para a imunidade, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender à EN 61000-6-2. Para a emissão, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender à EN 61000-6-4. Quando o fabricante do guindaste utilizar componentes certificados no sistema elétrico, que atendam aos requisitos das EN 60204-32, EN 61000-6-2 e EN 61000-6-4, e quando instalar estes componentes de acordo com as recomendações do fornecedor, não há necessidade de ensaiar a compatibilidade eletromagnética de todo o sistema elétrico.

5.9 Instalação 5.9.1 Generalidades Os guindastes articulados hidráulicos podem ser instalados com diversos tipos de montagem. 5.9.2 Instalação 5.9.2.1 Instalação sobre o veículo 28

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O instalador do guindaste articulado hidráulico deve observar todos os requisitos específicos fornecidos pelo fabricante do guindaste e pelo fabricante do veículo, na legislação vigente aplicável e, para instalações fixas, deve observar as condições locais. O sobre chassi de montagem deve ser construído e fixado o chassi do veículo, de forma a suportar as cargas impostas e a atender aos requisitos referentes à resistência do chassi, especificados pelo fabricante do veículo.

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NOTA

O Anexo L mostra o método de cálculo para determinar o tamanho do chassi para montagem.

O guindaste articulado hidráulico deve ser posicionado no chassi de forma a assegurar que toda a instalação atenda à regulamentação rodoviária vigente, no que se refere às capacidades de eixo máximas permissíveis, requisitos de largura, altura e estabilidade do veículo, conforme 5.10.3. 5.9.2.2 Instalação em base fixa A fundação deve ser construída de forma a suportar as cargas impostas e oferecer resistência às fixações do guindaste nos pontos de montagem. O tamanho da base não pode inibir os movimentos normais do guindaste. As dimensões da base no solo devem levar em conta as cargas impostas totais e as condições relevantes do solo. É recomendável a utilização de sistema de amortecimento dos esforços para evitar a fadiga estrutural do guindaste. 5.9.2.3 Localização das estações de controle A localização das estações de controle a partir do solo e de quaisquer estações de controle adicionais, que eventualmente sejam necessárias, também deve ser considerada ao ser determinada a posição do guindaste. As estações de controle devem ser posicionadas:  a) de forma que os operadores não fiquem expostos à inalação de gases de descarga;  b) de forma que os operadores não toquem superfícies quentes durante as operações normais do guindaste. Todas as superfícies com temperaturas acima de 55 °C devem ser protegidas;  c) de forma a minimizar o risco de esmagar ou prender o operador por movimentos de quaisquer funções do guindaste ou do estabilizador. Onde for necessário, deve haver proteções, a fim de evitar que o operador seja esmagado ou fique preso em áreas confinadas entre o guindaste e o veículo. 5.9.2.4 Zonas de perigo Zonas de perigo formadas pelas partes móveis dos estabilizadores e seus respectivos atuadores devem receber proteções e medidas de segurança. Exemplos de zonas de perigo dos estabilizadores:  a) zonas de enlaçamento nas polias ou roletes de apoio do braço do estabilizador;  b) zonas de cisalhamento nas aberturas, na parte móvel da extensão do estabilizador;  c) zonas de enlaçamento das mangueiras da extensão do estabilizador.

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As distâncias de segurança das ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM ISO 13853 e ABNT NBR NM ISO 13854 devem ser observadas com as seguintes exceções:

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Nas áreas do chassi, dos estabilizadores e do contrapeso em movimento, onde não é possível observar a distância segura de acordo com a ABNT NBR NM ISO 13854, nem a proteção conforme a ABNT NBR NM ISO 13852 ou ABNT NBR NM ISO 13853, devem ser afixados avisos de alerta. No entanto, as estações de controle devem ser dispostas de tal maneira que o uso dos controles não exija que o operador avance para zonas de perigo, onde há risco de corte ou esmagamento. As mangueiras hidráulicas contendo fluido a uma pressão acima de 5 MPa ou com temperaturas acima de 50 °C, localizadas no espaço de 1,0 m do usuário, também devem ser protegidas. 5.9.3 Estabilidade A estabilidade de um guindaste articulado hidráulico instalado sobre um veículo deve evitar o tombamento do conjunto em condições previsíveis de operação. A estabilidade deve ser verificada por meio de ensaios com cargas, conforme 6.2.5. Ao determinar a posição de instalação do guindaste, de acordo com 5.10.2, a estabilidade (como referência) pode ser calculada utilizando-se a equação de 6.2.5.3. 5.9.4 Ruídos Com relação aos perigos causados pelos ruídos, no caso em que a fonte de energia é uma parte integrante do guindaste, estes ruídos não são tratados nesta Norma. 5.9.5 Vibrações Os guindastes articulados hidráulicos normalmente são utilizados por curto espaço de tempo, e o efeito das vibrações sobre o operador é considerado insignificante. 5.9.6 Sistemas elétricos e fenômenos relacionados a instalação 5.9.6.1 Generalidades O equipamento elétrico utilizado na instalação de um guindaste articulado hidráulico sobre um veículo ou similar deve atender aos requisitos aplicáveis da EN 60204-32. No caso dos guindastes articulados hidráulicos sobre caminhões, as conexões elétricas com o sistema elétrico do veículo devem ser feitas apenas nos pontos de conexão projetados pelo fabricante. 5.9.6.2 Compatibilidade eletromagnética Para a imunidade, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender à EN 61000-6-2. Para a emissão, para fins de compatibilidade eletromagnética, o sistema elétrico deve atender à EN 61000-6-4. Quando o instalador do guindaste utilizar componentes certificados (para quaisquer itens adicionais no sistema elétrico) que atendam aos requisitos das EN 60204-32, EN 61000-6-2 e EN 61000-6-4 e instalar estes componentes de acordo com as recomendações do fornecedor, não há necessidade de ensaiar a compatibilidade eletromagnética do sistema modificado. 30

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5.9.7 Componentes hidráulicos Os componentes hidráulicos que podem ser acrescentados pelo instalador a um guindaste articulado hidráulico, modificando o sistema hidráulico existente para obter aplicações adicionais e acessórias extras, devem atender aos requisitos especificados em 5.5.

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Os novos componentes hidráulicos devem ser compatíveis com os componentes existentes e dimensionados de forma que o funcionamento do sistema hidráulico modificado atenda às especificações originais do projeto no que se refere à vazão, pressão e temperatura. Componentes hidráulicos adicionais e modificações no sistema hidráulico não podem afetar o funcionamento seguro e a integridade de quaisquer aspectos relativos à segurança do sistema hidráulico original. 5.9.8 Acesso às estações de controle elevadas O instalador do guindaste articulado hidráulico no veículo deve providenciar acesso adequado do solo a qualquer estação de controle elevada no guindaste. O sistema de acesso deve atender aos requisitos especificados em 5.8.2.4.

6 Verificação dos requisitos ou medidas de segurança 6.1 Generalidades O projeto do guindaste articulado hidráulico deve estar em conformidade com todos os requisitos ou medidas de segurança indicados na Seção 5. A verificação deve ser feita por cálculos ou ensaios. Normalmente, o fabricante realiza um controle prévio no primeiro guindaste de uma série de guindastes do mesmo tipo, para conferir a adequação da segurança em relação a todo e qualquer risco por falta de resistência mecânica. Antes de serem utilizados em serviço pela primeira vez, todos os guindastes devem ser verificados pelos procedimentos e ensaios que assegurem a sua aptidão para os fins previstos, a fim de verificar se atendem aos requisitos de segurança desta Norma. A conformidade com todos os requisitos ou medidas de segurança indicados na Seção 5 deve ser verificada pelos métodos detalhados na Tabela 5, por meio dos ensaios e procedimentos detalhados em 6.2. Para calibragem de dispositivos limitadores e indicadores, devem ser utilizadas as cargas e as configurações apropriadas do guindaste, bem como os métodos especificados pelo fabricante. Todas as informações referentes ao uso, detalhadas na Seção 7, devem estar disponíveis juntamente com o guindaste, antes de este ser colocado em serviço.

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Tabela 5 – Métodos a serem utilizados para verificar conformidade com os requisitos ou medidas de segurança (continua)

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Método de verificação

5.1 e 5.2

Cálculos, ensaios de acordo com 6.2.1 a 6.2.4 e análise dos resultados

5.4.1.1, 5.4.1.2, 5.4.1.3, 5.4.2, 5.4.3

Inspeção e ensaio para confirmar se os equipamentos estão funcionando corretamente

5.4.3.1, 5.4.3.2

Inspeção e ensaio para confirmar se os dispositivos de travamento estão funcionando corretamente. Ensaio de eficácia dos dispositivos de travamento do estabilizador, acionando-os no mínimo três vezes em inclinação de 5°. A tranca da mola e o engate automático da mola devem funcionar corretamente em cada uma das ocasiões, independentemente da velocidade da operação. Ensaiar o dispositivo de travamento para extensões do estabilizador com as forças resultantes do cilindro de extensão ou uma força de aceleração de 2 g, a que for maior, aplicadas na direção do movimento. O ensaio deve ser realizado como um ensaio-piloto pelo fabricante do guindaste. Testar se o sinal luminoso de alarme funciona corretamente

5.4.3.1, 5.4.3.2

Inspeção e ensaio para confirmar se os dispositivos de travamento estão funcionando corretamente. Ensaiar a eficácia dos dispositivos de travamento do estabilizador, acionando-os no mínimo três vezes em inclinação de 5°. A tranca da mola e o engate automático da mola devem funcionar corretamente em cada uma das ocasiões, independentemente da velocidade da operação. Testar o dispositivo de travamento para as extensões do estabilizador com as forças resultantes do cilindro de extensão ou uma força de aceleração de 2 g, a que for maior, aplicadas na direção do movimento. O ensaio deve ser realizado como um ensaio-piloto pelo fabricante do guindaste. Testar se o sinal luminoso de alarme funciona corretamente

5.4.3.1, 5.4.3.3

Verificar a especificação do circuito hidráulico e assegurar-se de que as válvulas de retenção estejam instaladas corretamente. A pressão necessária para abrir a válvula de retenção deve corresponder no mínimo à força de aceleração de 2 g atuando sobre a massa do estabilizador. Ensaiar o dispositivo de travamento mecânico para a extensão do estabilizador com forças resultantes do cilindro de extensão ou uma aceleração de 2 g, a que for maior, aplicadas na direção do movimento. O ensaio deve ser realizado como um ensaio-piloto pelo fabricante do guindaste

5.5.1

Verificar a especificação dos componentes e ensaios para confirmar se os dispositivos estão funcionando corretamente. Verificar se o diagrama hidráulico está de acordo com a ISO 4413

5.5.2

Verificar a especificação dos componentes e ensaios para confirmar se os dispositivos estão funcionando corretamente

5.5.3

Verificar a especificação dos componentes e ensaios para confirmar se os dispositivos estão funcionando corretamente

5.5.4

Revisão do diagrama do circuito hidráulico para confirmar se os dispositivos estão instalados de acordo com o padrão estabelecido em 5.5.4. Verificar a regulagem das válvulas de alívio da pressão

5.5.5

Pressão de ruptura: confirmar as especificações do fornecedor. Inspecionar se há desgaste, se há partes presas e as proteções

5.5.6.1

Ensaio com simulação do limite de ruptura e inspeção de montagem

5.5.6.2

Inspeção para confirmar se os dispositivos estão instalados nos guindastes conforme necessário. Ensaio de velocidade de abaixamento

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Tabela 5 (continuação)

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Subseção

Método de verificação

5.5.7

Ensaio conforme 5.5.7. Ensaio realizado com a combinação mais desfavorável de temperatura do fluido, de acordo com as instruções do fabricante

5.5.8, 5.5.9

Cálculos, ensaios e análise dos resultados

5.6.1.1

Revisão das especificações do guindaste para assegurar que os dispositivos adequados estejam instalados. Ver também a EN12077-2, para verificar a conformidade

5.6.1.2

Ensaio de estabilidade de acordo com 6.2.5, para determinar se há necessidade de limitadores de giro. Quando instalados, realizar ensaio funcional para assegurar o funcionamento correto

5.6.1.3

Controle das especificações de instalação do guindaste com relação à exigência de alarme de altura. Quando instalado, realizar o ensaio funcional para assegurar o funcionamento correto

5.6.1.4

Inspeção e ensaio para confirmar o correto funcionamento dos dispositivos. Ver também a EN12077-2 para a conformidade

5.6.1.5

Se houver guincho, ensaiar o funcionamento

5.6.1.6

Controle funcional

5.6.2.1

Determinação da exatidão do indicador/limitador da capacidade nominal: a) fazer um gráfico da capacidade nominal x alcance (ver Figura 2) para obter a configuração horizontal da extensão de lanças; b) adicionar uma carga aproximadamente igual à capacidade nominal do guindaste em 80 % do alcance (w1), com o guindaste em alcance dentro do limite da capacidade nominal (r1); c) levantar a carga de modo que o sistema de lanças esteja de acordo com a posição no gráfico de carga descrita em 7.3.4.1. Guindastes com lanças telescópicas devem estar com as lanças totalmente recolhidas; d) estender lentamente as lanças do guindaste, mantendo a ponta da lança na posição horizontal. Em guindastes com lanças telescópicas, este movimento equivale a estender as seções telescópicas; e) no ponto em que o indicador da capacidade nominal soar o primeiro alerta, medir o alcance (r2). No gráfico, medir a capacidade nominal (w2) do guindaste em r2. Determinar a porcentagem da capacidade nominal, isto é, w1/w2 multiplicado por 100; f) subtrair 90 da porcentagem encontrada na alínea e). Este é o valor do aviso prévio; g) continuar estendendo lentamente o alcance do guindaste da maneira descrita na alínea d), até que o limitador da capacidade nominal interrompa o movimento; h) medir a distância do alcance (r3). No gráfico, medir a capacidade nominal (w3) do guindaste, em r3. Determinar a porcentagem, isto é, w1/w3 multiplicado por 100; i) subtrair 100 da porcentagem encontrada. Este é o valor-limite da capacidade nominal. Este valor não pode exceder as condições prévias; j) o maior valor encontrado nas alíneas f) ou i) deve ser considerado a tolerância do indicador ou limitador da capacidade nominal. Repetir o ensaio com diferentes cargas expandindo a faixa de capacidades nominais do guindaste (ver Figura 3) e utilizando diferentes movimentos do guindaste. Todas as tolerâncias resultantes devem ser menores que a tolerância do limitador de capacidade nominal Verificar se o limitador de capacidade nominal está funcionando para prevenir movimentos perigosos, conforme especificado pelo fabricante do guindaste, e se permite que os movimentos sejam realizados em condições seguras

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Tabela 5 (conclusão)

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Subseção

Método de verificação

5.6.2.2

Assegurar-se de que o guindaste se enquadre na definição de guindaste florestal. Verificar as especificações do circuito hidráulico para as válvulas de alívio secundárias. Verificar se as válvulas de alívio estão funcionando corretamente, prevenindo movimentos perigosos

5.6.3, 5.6.4

Controle funcional

5.6.5

Verificar o esquema hidráulico e o controle funcional

5.6.6.1

Verificar se os dispositivos apropriados, se necessários, estão instalados e funcionando corretamente

5.6.6.2

Verificar o esquema hidráulico e medir a velocidade

5.6.7

Inspeção visual e controle funcional

5.6.8

Verificar que todas as estações de controle tenham dispositivos. Inspeção para assegurar o controle de parada de emergência. Assegurar o funcionamento correto da parada de emergência

5.7.1

Inspeção do guindaste para verificar se as alavancas de acionamento estão instaladas e identificadas de forma correta. Verificar se todas as alavancas de acionamento retornam automaticamente à posição neutra. Ver também EN 13557 para verificar a conformidade

5.7.2

Verificar se a identificação da função está de acordo com os movimentos

5.7.3, 5.7.4

Inspeção visual e controle funcional

5.8.1

Inspeção visual e controle funcional. Se houver cabina instalada, verificar as dimensões. Ver também as ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM ISO 13854, ABNT NBR NM ISO 13853 e EN 13557 para verificar a conformidade

6.2

Cálculos. Ensaio visual, aferição. Ver também as EN 13586 e ABNT NBR NM ISO 5353 para verificar a conformidade

5.9.1

Inspeção da instalação para assegurar que os requisitos sejam atendidos. Ver também a EN 60204-32 para verificar a conformidade

5.9.2

Ensaios de acordo com a EN 61000-6-2

5.10.1, 5.10.2

Verificar as instruções do fabricante do veículo e do guindaste ou verificar com análise estática de acordo com 5.1. Inspeção da instalação para assegurar que os requisitos sejam atendidos. Ver também as ABNT NBR NM ISO 13852, ABNT NBR NM ISO 13854 e ABNT NBR NM ISO 13853 para verificar a conformidade

5.10.3

Verificar a estabilidade conforme os procedimentos descritos em 6.2.5

5.10.4

Verificar se o manual do usuário fornece informações sobre o ruído, conforme 7.2.3.8

5.10.5

Não há necessidade de controle em circunstâncias normais

5.10.6.1

Inspeção da instalação para assegurar que Ver EN 60204-32 para verificar a conformidade

5.10.6.2

Ensaios de acordo com a EN 61000-6-2

5.10.7

Inspeção e ensaios para verificar se os dispositivos estão funcionando corretamente. Ver 5.5.1 a 5.5.5

5.10.8

Verificar a adequação e os requisitos de acordo com 5.8.2.4

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os

requisitos

sejam

atendidos.

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6.2 Ensaios e procedimentos de ensaio 6.2.1 Generalidades Os ensaios devem ser realizados para verificar se o guindaste e a instalação estão em conformidade com os requisitos operacionais especificados pelo fabricante e para verificar a integridade da estrutura e de todos os seus componentes.

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Todos os ensaios devem ser realizados nas piores condições previstas pelo fabricante para uso do guindaste, conforme as suas especificações. No momento dos ensaios, a velocidade do vento não pode exceder 8,3 m/s (30 km/h) e os pneus do veículo devem estar com a pressão estipulada pelo fabricante do veículo. Durante os ensaios, o guindaste deve ser ajustado e controlado de acordo com as instruções do fabricante, detalhadas nos seus manuais. Para a realização de alguns ensaios, pode ser necessário ignorar ou desligar os equipamentos de segurança e os dispositivos limitadores instalados no guindaste. Após a realização dos ensaios, estes equipamentos e dispositivos devem ser ricocheteados, calibrados novamente e verificados novamente. Para calibrar os dispositivos limitadores e indicadores, devem ser utilizadas as cargas apropriadas, as configurações do guindaste e os métodos especificados pelo fabricante. 6.2.2 Ensaio funcional As funções do guindaste devem ser verificadas em toda a extensão dos movimentos permitidos, até as velocidades máximas e até a capacidade nominal, para demonstrar a operação satisfatória do sistema de controle e dos dispositivos limitadores de desempenho instalados. 6.2.3 Ensaio estático 6.2.3.1 Ensaio do protótipo A carga de ensaio deve ser no mínimo 1,25 vezes maior que a capacidade nominal. O fabricante deve realizar ensaios com o guindaste articulado hidráulico nas posições e configurações que imponham as cargas máximas ou tensões máximas aos componentes e estruturas do guindaste. O fabricante deve registrar e guardar estes resultados. 6.2.3.2 Ensaio com o guindaste instalado De forma a garantir a estabilidade do conjunto, o instalador deve realizar o ensaio após o guindaste ter sido instalado em sua posição final de utilização (operação). A carga de ensaio deve ser no mínimo 1,25 vez maior que a capacidade nominal. Os ensaios, conforme detalhados a seguir, devem ser realizados com a carga de ensaio nos seguintes raios:  a) raio máximo com quaisquer extensões manuais;  b) raio máximo obtido com alcance hidráulico;  c) raio correspondente à capacidade nominal máxima. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Em cada raio, a carga deve ser posicionada a cerca de 100 mm do solo e girada lentamente ao longo de todo o arco de giro de serviço do guindaste. O ensaio com o guindaste instalado pode ser realizado como parte integrante do ensaio de estabilidade detalhado em 6.2.5.

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6.2.3.3 Critérios de aprovação do ensaio estático O resultado do ensaio é considerado positivo se não ocorrerem rachaduras, deformações permanentes, pinturas descascadas ou danos visíveis que afetem a funcionalidade e a segurança do guindaste e de sua instalação, e se as conexões não se soltarem nem sofrerem danos. 6.2.4 Ensaio dinâmicos 6.2.4.1 Carga de ensaio A carga de ensaio deve ser no mínimo 1,1 vezes maior que a capacidade nominal. Os ensaios dinâmicos devem ser realizados separadamente para cada movimento do guindaste ou, se constar nas especificações do guindaste para seus movimentos simultâneos, utilizando posições e configurações que imponham a carga máxima ou as tensões máximas aos componentes do guindaste. Os ensaios devem ser realizados com a velocidade adequada para a operação normal do guindaste e devem incluir ciclagens repetidas de cada movimento, em toda a extensão dos movimentos. 6.2.4.2 Critérios de aprovação do ensaio dinâmico O resultado do ensaio é considerado positivo se os componentes em questão demonstrarem que desempenham as suas funções corretamente, de acordo com a especificação do projeto, e se a análise após os ensaios não revelar danos sofridos pelos mecanismos ou componentes estruturais. A temperatura do óleo hidráulico deve estar dentro dos limites recomendados em sua especificação. 6.2.5 Ensaio de estabilidade 6.2.5.1 A estabilidade de um veículo que leva um guindaste articulado hidráulico, deduzida por cálculos, deve ser utilizada apenas para fins de orientação. A estabilidade deve ser verificada por meio das cargas de ensaio. 6.2.5.2 O objetivo do ensaio é verificar a estabilidade do guindaste articulado hidráulico montado sobre o veículo descarregado. Durante os ensaios de carga, um ou mais cilindros de estabilização ou uma das rodas podem elevar-se do solo. No entanto, no mínimo uma das rodas travadas com freio de mão deve permanecer em contato com o solo. O ensaio de carga deve ser realizado com o veículo descarregado e sem motorista. 6.2.5.3 As cargas para o ensaio de estabilidade devem ser determinadas de acordo com a seguinte equação: TL = Ks x P + (Ks – 1) x Get ≥ 1, 25 x P onde

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Ks

é o fator de estabilidade, Ks = 1, 20;

TL

é a carga de ensaio; © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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P

é a capacidade nominal;

Get

é a massa do sistema de lanças relacionada ao ponto de fixação da carga.

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NOTA

A aplicação da carga de ensaio TL constitui a combinação de carga C3 (ver 5.2.4.2).

Como alternativa, a carga de ensaio pode ser dividida em duas partes, sendo uma na ponta da lança e uma mais próxima à coluna, fora da área de estabilização. As duas partes da carga de ensaio devem produzir o mesmo momento de tombamento em relação à linha de tombamento que está sendo considerada em relação à carga de ensaio TL. A parte da carga de ensaio na ponta da lança deve ser no mínimo 1,25 x P. A carga de ensaio máxima permitida na ponta da lança deve ser especificada pelo fabricante do guindaste. 6.2.5.4 O ensaio de estabilidade deve ser realizado de acordo com a configuração menos favorável de extensão de lança dentro de toda a faixa de giro. Se a capacidade nominal for inferior em uma parte do giro, a carga de ensaio, naquelas partes, deve ser determinada de acordo com a capacidade nominal para aquele ponto. Os dispositivos limitadores e indicadores podem ser temporariamente desconectados durante o ensaio. O ensaio de estabilidade deve ser realizado com o guindaste posicionado em uma superfície firme, nas condições mais desfavoráveis especificadas pelo fabricante. As inclinações devem estar dentro do limite de inclinação máximo especificado em catálogo pelo fabricante. 6.2.5.5 Critérios de aprovação do ensaio de estabilidade O resultado do ensaio deve ser considerado positivo se o equipamento e a carga de ensaio permanecerem estáticos, sem evidência de tombamento.

7 Informações de uso 7.1 Generalidades Todas as informações de uso devem estar de acordo com a ABNT NBR ISO 12100 e legislação vigente.

7.2 Manuais 7.2.1 Fornecimento de manuais Os manuais de instruções devem ser fornecidos pelo fabricante do guindaste, junto com o equipamento, e em idioma nacional (português do Brasil). Os manuais devem estar de acordo com a EN 12644-1. 7.2.2 Instruções para o instalador 7.2.2.1 As instruções de instalação para o instalador devem incluir:  a) descrição do chassi do veículo onde o equipamento será instalado;  b) prisioneiros e fixações necessários para instalar o guindaste articulado hidráulico sobre um veículo com ou sem chassi ou sobre uma base fixa;

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 c) massas, centros de gravidade e todas as informações necessárias para: — cálculos e ensaios de estabilidade; — cálculos das cargas sobre os eixos;  d) especificações do sistema hidráulico, incluindo:

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— requisitos de pressão e vazão; — capacidade de óleo do sistema; — especificação do óleo do sistema; — recomendações sobre a capacidade mínima do reservatório; — filtros recomendados;  e) requisitos do sistema elétrico;  f)

valores de TL, Gb e, se aplicável, Δ, para o ensaio de estabilidade conforme 6.2.5.3;

 g) requisitos para acesso e saída para estações de controle (ver Anexo L). 7.2.2.2 Os acessórios acrescentados ao guindaste articulado hidráulico durante a instalação devem ser acompanhados das instruções apropriadas, anexadas aos manuais do guindaste. 7.2.3 Manual do operador 7.2.3.1 O manual deve fornecer os seguintes dados técnicos e informações:  a) descrição do sistema de acionamento, incluindo diagramas e descrições dos símbolos utilizados nas alavancas de controle;  b) descrição dos dispositivos limitadores e indicadores;  c) desenhos apresentando todos os sinais de alerta e as posições em que são afixados no guindaste;  d) alerta de perigo sobre o trabalho próximo a redes elétricas aéreas, conforme legislação vigente;  e) condições de trabalho para o uso previsto e condições de trabalho nas quais o guindaste não pode ser utilizado. 7.2.3.2 Devem ser fornecidas informações sobre a capacidade nominal de todas as configurações e posições da lança, de acordo com a EN 12644-2. 7.2.3.3 O manual deve incluir todas as inspeções pré-operacionais e pós-operacionais a serem executadas antes do início do trabalho, durante a operação e na colocação do equipamento na posição de descanso, após o uso. 7.2.3.4 As inspeções pós-operacionais devem incluir alturas e larguras do veículo na posição de transporte. O manual deve enfatizar que é imprescindível para o operador certificar-se de que todos os mecanismos de segurança para transporte devem estar na posição de travamento antes do veículo iniciar o movimento. 38

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7.2.3.5 O manual deve incluir instruções sobre a necessidade de certificar-se de que as condições do solo ou da base de apoio estão adequadas para as cargas máximas impostas pelo guindaste articulado hidráulico. O manual deve fornecer a carga máxima que o estabilizador vai impor ao solo e a necessidade de o operador assegurar-se de que o solo pode suportar a carga.

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7.2.3.6 O manual deve incluir a seguinte advertência: “Ao desconectar a tubulação e as mangueiras hidráulicas, certifique-se de que não tenha ficado pressão hidráulica retida na linha após desligar a força do sistema e que as partes do guindaste estejam devidamente apoiadas”. 7.2.3.7 O manual deve especificar os requisitos de segurança a serem considerados pelo usuário no planejamento da operação de içamento de cargas. No mínimo os seguintes itens devem ser incluídos:  a) avaliação da carga e suas características;  b) seleção dos acessórios de içamento, uso correto de gancho e cintas, entre outros;  c) instruções explicando a posição correta da chave seletora do modo sistema de lanças e estabilizadores;  d) posição do guindaste, da carga e espaços livres antes, durante e após a operação de içamento;  e) condições do local, incluindo o espaço e as áreas livres para a operação;  f)

condições ambientais existentes e considerações para o caso de a operação precisar ser interrompida, se as condições se tornarem desfavoráveis.

7.2.3.8 O fabricante deve incluir informações sobre a faixa normal de temperatura para operação do guindaste articulado hidráulico. Em caso de temperaturas fora da faixa normal, o fabricante do guindaste deve ser consultado antes da operação. 7.2.3.9 O manual do operador e a documentação técnica descritiva do equipamento devem fornecer informações sobre a emissão de ruídos de acordo com a ABNT NBR ISO 12100. Ver também a EN 12644-1:2001, 5.2.3. NOTA O ruído na posição de trabalho do operador de um guindaste vem essencialmente da fonte de energia e pode dar origem a perigos significativos. Quando a fonte de alimentação não fizer parte da entrega do guindaste, convém que sejam fornecidas informações pelo fabricante do veículo sobre a emissão de ruídos da fonte.

7.2.4 Manual de manutenção 7.2.4.1 Esse manual deve conter as informações e instruções para executar a manutenção segura do guindaste; também deve informar os riscos previsíveis desta operação. Devem ser apresentadas informações e desenhos para identificação das partes que eventualmente precisem ser substituídas durante a manutenção. O manual deve incluir informações sobre as inspeções e ensaios exigidos com o equipamento em serviço, a serem realizados por pessoa competente, a fim de assegurar que o guindaste apresente condições seguras para utilização. As instruções devem detalhar as revisões e ensaios periódicos necessários tanto para o guindaste quanto para os dispositivos limitadores e indicadores. Devem ser listados os prazos específicos e os procedimentos de avaliação. O manual deve conter instruções sobre os ensaios a serem realizados após alterações ou consertos no guindaste, antes de recolocá-lo em operação. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Deve constar a taxa máxima de abaixamento do sistema de lanças. 7.2.4.2 O fabricante deve fornecer instruções sobre como desconectar a tubulação e as mangueiras quando houver pressão retida nas linhas hidráulicas, após a força do sistema hidráulico ter sido desligada. 7.2.4.3 O manual deve incluir informações sobre materiais e peças que exijam técnicas especializadas de reparo.

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7.3 Placas de identificação 7.3.1 Generalidades Todas as placas de identificação afixadas de forma permanente no guindaste devem ser feitas em material à prova d’água. 7.3.2 Placa de identificação do fabricante A placa de identificação do fabricante deve ser afixada no guindaste pelo próprio fabricante, de forma permanente. Essa placa deve conter no mínimo as seguintes informações, conforme a legislação vigente:  a) razão social, CNPJ e endereço do fabricante ou importador;  b) informação sobre tipo, modelo e capacidade;  c) número de série ou identificação, e ano de fabricação;  d) número de registro do fabricante ou importador no CREA;  e) peso da máquina ou equipamento. 7.3.3 Placa de identificação do instalador O instalador do guindaste deve afixar a sua placa de identificação no guindaste ou no suporte do guindaste. Essa placa deve conter as seguintes informações:  a) nome e endereço do instalador;  b) ano de instalação;  c) número de série do guindaste e número do chassi do veículo. 7.3.4 Indicações da carga 7.3.4.1 Generalidades No mínimo, as seguintes informações devem ser fornecidas:  a) uma placa de carga somente na horizontal, indicando a capacidade nominal (ver e Figura 4), com a capacidade indicada em diversas posições de fixação da carga ao longo de uma linha horizontal desenhada a partir da articulação do braço posterior do sistema de lanças, deve ser afixada no guindaste, de forma a ser claramente visível de todas as estações de controle fixas. Também deve constar no manual do usuário. 40

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 b) a carga indicada para a posição mais próxima deve representar a carga máxima permitida. O sistema de lanças deve ser apresentado com o seu alcance máximo permitido ou próximo de seu alcance máximo. Deve haver indicação para os casos de utilização de mais de uma fixação de gancho;  c) a carga indicada para a posição mais próxima deve representar a carga máxima permitida. Todas as capacidades nominais devem ser indicadas nos respectivos alcances especificados. Nos casos em que a capacidade nominal depende de um gancho específico ou de um ponto específico de fixação do gancho, esta deve ser indicada no gráfico de cargas para cada ponto de fixação do gancho com a limitação de capacidade marcada com “Máx xxx kg”.A carg a máxima de trabalho deve ser dada com todas as extensões retraídas. A Figura 4 do sistema de lanças mostra a carga na extensão máxima ou na extensão mínima. Todas as condições relacionadas à capacidade nominal não reduzida, indicadas no gráfico de cargas (por exemplo, posição do estabilizador, ângulo do giro) devem estar indicadas no guindaste.  d) o manual do operador deve conter uma tabela de capacidade nominal de carga para todas as configurações de lança, incluindo Jib e guincho de cabo (ver Figuras 5 a 7). As tabelas de cargas adicionais podem ser afixadas no guindaste em uma posição adequada, além da tabela de carga, conforme a alínea a);  e) se a capacidade nominal for reduzida em algumas partes da área de giro, estas capacidades reduzidas devem ser indicadas na tabela de cargas. Exemplos de gráficos de carga são mostrados nas Figuras 5 a 7;  f)

para um sistema de lanças mais complexo, pode ser necessária mais de uma tabela de cargas. Estas devem constar no manual do usuário.

Figura 4 – Exemplo de placa de cargas da capacidade nominal com a capacidade indicada em várias posições de fixação da carga ao longo de uma linha horizontal desenhada a partir do primeiro apoio interno do sistema de lanças

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Figura 5 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga para todas as configurações da lança

Figura 6 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de cargas para guindaste com guincho de cabo

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Figura 7 – Exemplo de gráfico de capacidade nominal de carga para guindaste com a terceira lança 7.3.4.2 Identificação das extensões manuais da lança As extensões manuais da lança devem receber a identificação: “Máx XXX kg”. NOTA Opcionalmente, caso o fabricante do guindaste assim prefira, as cargas para as lanças manuais podem ser indicadas no próprio gráfico de cargas.

7.3.5 Marcações especiais em guindastes florestais ou sucateiros Guindastes florestais ou sucateiros devem receber as seguintes identificações especiais:  a) na estação de controle e no sistema de lanças, conforme a Figura 8;  b) Um símbolo na segunda lança do guindaste, indicando a não permissão do uso de gancho (ver exemplo da Figura 9).

Figura 8 – Área não permitida de aproximação

Figura 9 – Exemplo de símbolo para guindastes para proibição de uso de gancho © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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7.3.6 Marcação do centro de giro A posição longitudinal do centro de giro deve ser claramente indicada em ambos os lados da base.

7.4 Treinamentos para operadores de guindastes

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Todos os operadores de guindastes articulados hidráulicos devem receber treinamento adequado para atendimento à legislação vigente.

8 Responsabilidades dos proprietários e usuários 8.1 Responsabilidades gerais Os proprietários e usuários devem atender aos requisitos especificados em 8.2 a 8.10. Essas responsabilidades referem-se à inspeção, ensaios, manutenção, modificação, treinamento e transferência de propriedade por parte do proprietário. Estas atividades devem ser realizadas por profissional capacitado.

8.2 Classificação das inspeções e ensaios 8.2.1 Inspeções e ensaios iniciais Antes do uso inicial, todos os guindastes, novos ou modificados, devem ser inspecionados e ensaiados para assegurar que estejam de acordo com os requisitos desta Norma, salvo eventuais modificações autorizadas por escrito pelo fabricante. Inspeções e verificações realizadas pelo fabricante, serviço autorizado do fabricante, instalador final ou empresa credenciada pelo fabricante devem atender ao requisito da Seção 8. 8.2.2 Inspeções e ensaios regulares O procedimento para inspeção de guindastes articulados hidráulicos é dividido em três classificações, baseadas nos intervalos em que os ensaios e inspeções devem ser realizados. Os intervalos seguros devem ser estabelecidos pelo proprietário, com base nas instruções do fabricante. Os intervalos dependem da função de cada componente, seu uso, deterioração e outros agentes que afetem a sua vida útil. Três classificações são designadas para inspeção e ensaios regulares:  a) inspeções e ensaios frequentes: intervalos diários e mensais;  b) inspeções e ensaios periódicos: intervalos de um a 12 meses;  c) inspeções e ensaios eventuais: — máquinas com até 12 meses de fabricação, produzidas de acordo com esta Norma, ficam dispensadas da realização desses ensaios; — máquinas com até nove anos de fabricação: intervalos de 36 meses; — máquinas com mais de nove anos de fabricação: intervalos de 24 meses.

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8.2.3 Inspeções e ensaios frequentes Devem ser inspecionados os itens determinados pelo proprietário, em atendimento às instruções do fabricante, para cada modelo de guindaste articulado hidráulico e seus acessórios, para verificação da existência de defeitos.

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Os seguintes ensaios e inspeções devem ser realizados pelo operador:  a) inspeção visual, procurando por componentes danificados, trincas, corrosão, desgastes excessivos, parafusos deformados, pinos, porcas, dispositivos de bloqueio, calhas e coberturas deformados, desgastados ou faltantes;  b) verificação de todos os comandos e mecanismos associados para operação adequada, incluindo, mas não se limitando a, verificar o seguinte: — o bom funcionamento dos sistemas de bloqueio; — se as alavancas dos comandos, tanto do lado do comando principal quanto do lado oposto, se existente, retornam para a posição neutra quando soltas e se não existem retardos neste movimento; — se as funções de controle e operação estão claramente identificadas;  c) inspeção visual e audível dos recursos de segurança para certificar o bom funcionamento;  d) inspeção visual nos componentes isolantes e em fibra de vidro, para detectar danos visíveis e contaminações;  e) inspeção para verificação da perda ou ilegibilidade de marcações operacionais e de instrução;  f)

inspeção dos sistemas hidráulico quanto a deteriorações e desgastes observáveis, estrangulamentos de tubos e mangueiras e vazamentos;

 g) verificação do nível e aspecto do óleo hidráulico;  h) verificação da existência de algum mau funcionamento, sinais de deterioração ou desgaste no sistema elétrico e seus componentes;  i)

realização de ensaio de desempenho funcional, incluindo, mas não se limitando a: — preparar o guindaste articulado hidráulico para operação, incluindo sapatas estabilizadoras e acessórios; — realizar todas as funções do guindaste articulado hidráulico, incluindo os acessórios, fazendo uma completa gama de movimentos a partir dos comandos inferior e superior, exceto quando a realização da operação de toda a gama de movimentos puder criar algum risco; — verificar a funcionalidade dos comandos de emergência.

Qualquer item suspeito deve ser cuidadosamente examinado ou ensaiado, e uma decisão deve ser tomada por um profissional capacitado para decidir se o item suspeito constitui um perigo para a segurança.

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Todos os itens inseguros devem ser substituídos ou reparados antes do uso, conforme orientação do fabricante. 8.2.4 Inspeções e ensaios periódicos

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Uma inspeção do guindaste articulado hidráulico deve ser realizada nos intervalos preestabelecidos, conforme 8.2.2, dependendo da sua atividade, severidade dos serviços e ambiente de trabalho, como indicado a seguir:  a) realizar inspeção visual, procurando por componentes danificados, trincas, corrosão, desgastes excessivos, deformações ou perdas de qualquer natureza. Peças como parafusos, pinos, buchas, engrenagens, travas, rolamentos, correntes, cabos de aço, dispositivos de bloqueio, calhas, coberturas, cordas sintéticas, roldanas, ganchos, entre outras, devem ser inspecionadas para certificação quanto à ausência de desgastes, trincas e deformações;  b) verificar todos os comandos e mecanismos associados para operação adequada, incluindo, mas não se limitando, a verificar o seguinte: — inspeção visual e audível dos recursos de segurança para certificar o bom funcionamento; — se as alavancas dos comandos, tanto do lado do comando principal quanto do lado oposto, retornam para a posição neutra quando soltas e se não existem retardos neste movimento; — se as funções de controle e operação estão claramente identificadas;  c) realizar ensaio de desempenho funcional incluindo, mas não se limitando a: — preparar o guindaste articulado hidráulico para operação, incluindo sapatas estabilizadoras e acessórios; — realizar todas as funções do guindaste articulado hidráulico, incluindo os acessórios, realizando toda a gama de movimentos a partir do comando inferior e superior (se existente), exceto quando a realização da operação de toda a gama de movimentos puder gerar algum risco; — verificar a funcionalidade dos comandos de emergência; — verificar o ajuste e regulagem das válvulas hidráulicas; — verificar o reservatório hidráulico quanto ao nível de óleo adequado (guindaste em posição de repouso e com braços estabilizadores e cilindros de estabilização recolhidos); — verificar a pressão hidráulica principal do equipamento e o ajuste e regulagem das demais válvulas hidráulicas; — verificar conexões, mangueiras e tubos hidráulicos, procurando por vazamentos, deformações anormais, estrangulamentos e desgastes excessivos; — verificar tomadas de força, bombas e motores hidráulicos quanto à ausência de parafusos, vazamentos, ruídos ou vibrações não usuais, redução da velocidade operacional ou aquecimento excessivo; — verificar válvulas hidráulicas e pneumáticas quanto ao mau funcionamento e trincas visíveis no corpo externo das válvulas, vazamentos e movimento irregular dos carretéis; 46

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— verificar cilindros hidráulicos e válvulas de retenção de carga quanto ao não funcionamento e danos visíveis, como riscos ou batidas nas hastes dos cilindros, ausência do lacre nas válvulas de retenção de carga, vazamentos externos, entre outros; — verificar filtros hidráulicos quanto à limpeza (substituir conforme indicado pelo fabricante) e presença de materiais estranhos no sistema, indicando a deterioração de outros componentes;

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— verificar a necessidade de substituição do óleo hidráulico conforme instruções do fabricante. Na ausência desta informação, o óleo deve ser substituído anualmente; — verificar sistemas e componentes elétricos e eletrônicos quanto a sinais de deterioração ou desgaste, incluindo aqueles que não são facilmente visíveis, nas inspeções frequentes; — efetuar a verificação do indicador da capacidade nominal com uma carga conhecida; — verificar as condições de torque de aperto nos parafusos e outros tipos de fixadores, de acordo com as instruções do fabricante; — inspecionar soldas críticas, conforme especificado pelo fabricante, procurando por trincas ou falhas; — verificar as marcações de instrução operacionais e de identificação para atestar a legibilidade e adequação; — os ensaios periódicos somente são validados com a emissão de laudo de manutenção acompanhado de anotação de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro responsável. Qualquer item suspeito deve ser cuidadosamente examinado ou ensaiado, e uma decisão deve ser tomada por um profissional habilitado para decidir se este item suspeito constitui um perigo para a segurança. Todos os itens inseguros devem ser substituídos ou reparados antes do uso. 8.2.5 Inspeções e ensaios eventuais Deve ser realizada uma inspeção do guindaste articulado hidráulico nos intervalos preestabelecidos, dentro dos limites de periodicidade previstos em 8.2.2, dependendo da sua atividade, severidade dos serviços e ambiente de trabalho, incluindo os itens solicitados nos ensaios periódicos, não se limitando apenas a estes. Devem ser realizadas as seguintes inspeções:  a) ensaio de emissão acústica, conforme a ABNT NBR 16601;  b) verificação dos itens hidráulicos, como mangueiras hidráulicas, vazamentos, estanqueidade de válvulas e cilindros hidráulicos, pressão de trabalho e vedações;  c) verificação dos itens elétricos e eletrônicos, como sistemas de segurança, chicotes e cabos elétricos;  d) aferição de manômetros, transdutores de pressão e sensores de ângulo;  e) verificação dos itens mecânicos, como placas de deslizamento, buchas de deslizamento, sistemas de regulagem, itens de desgaste geral, bem como verificação de possíveis trincas na estrutura do equipamento e itens estruturais que apresentem desgaste excessivo, conforme instruções do fabricante. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Os ensaios eventuais devem ser validados com a emissão de laudo de manutenção, acompanhado de anotação de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro responsável. Por motivos de segurança operacional, as mangueiras hidráulicas devem ser substituídas, independentemente do seu aspecto externo, no intervalo máximo de 72 meses (seis anos) a contar da data da sua instalação ou substituição.

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Qualquer item suspeito deve ser cuidadosamente examinado ou ensaiado, e uma decisão deve ser tomada por um profissional capacitado para decidir se este item suspeito constitui um perigo para a segurança. Todos os itens inseguros devem ser substituídos ou reparados antes do uso. 8.2.6 Considerações gerais Além das inspeções e ensaios periódicos e eventuais, os procedimentos não destrutivos de exame complementar ou outros ensaios para auxiliar na detecção de possíveis danos estruturais podem também ser necessários. Todos os itens considerados inseguros devem ser substituídos ou reparados antes da liberação para uso. A liberação para uso deve ser realizada por profissional capacitado. Relatórios escritos ou devidamente arquivados eletronicamente, datados e assinados, devem ser emitidos para inspeções e ensaios periódicos e inspeções e ensaios eventuais, e mantidos por um período de cinco anos. Após qualquer evento durante o qual elementos estruturais de um guindaste articulado hidráulico estejam sob suspeita de terem sido sujeitos a uma carga acima do projetado, esse guindaste deve ser retirado de serviço e submetido a inspeções e ensaios periódicos e eventuais previstos nesta Seção e obrigatoriamente com a emissão de laudo de manutenção acompanhado de anotação de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro responsável.

8.3 Manutenção A manutenção e a sua frequência devem ser determinadas pelo usuário, de acordo com as recomendações do fabricante do guindaste articulado hidráulico. 8.3.1 Treinamento de manutenção O usuário deve garantir que o pessoal de manutenção e de inspeção de guindastes articulados hidráulicos, próprios ou terceirizados, seja devidamente treinado, de acordo com as instruções do fabricante e com a Seção 8. 8.3.2 Treinamento de operação O usuário deve garantir que o pessoal de operação de guindastes articulados, próprios ou terceirizados, seja devidamente treinado para operar o modelo específico de guindaste articulado hidráulico, de acordo com as instruções do fabricante e com o devido certificado. Tal certificado pode ser do próprio fabricante ou de empresas de capacitação indicadas, por escrito, pelo fabricante do guindaste articulado hidráulico.

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8.3.3 Soldas Reparos de soldagem de componentes ou soldas, especificados como críticos (a serem realizados na base, braços estabilizadores, coluna, braço anterior ou posterior e lanças hidráulicas ou mecânicas, caixa ou braços do estabilizador adicional, e todo e qualquer cilindro hidráulico), somente podem ser realizados com orientação do fabricante ou empresa qualificada, com observância das Normas vigentes e aplicáveis, e obrigatoriamente com a emissão de laudo de manutenção acompanhado de anotação de responsabilidade técnica, documento assinado pelo engenheiro responsável.

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8.4 Modificações Modificações ou adições que afetem a estabilidade, a integridade mecânica ou estrutural, hidráulica ou elétrica ou a segurança de operação do guindaste articulado hidráulico não podem ser realizadas sem a aprovação por escrito do fabricante. Se modificações, alterações ou mudanças forem feitas, as informações de capacidade de operação e manutenção devem ser devidamente alteradas. Em nenhum caso, os fatores de segurança devem ser reduzidos abaixo daqueles especificados pelo fabricante. Caso o fabricante original não exista mais, uma entidade equivalente pode aprovar a modificação necessária. É proibida a alteração ou desativação dos dispositivos de segurança, proteções ou bloqueios, se assim equipado.

8.5 Distribuição de cargas Mudanças na carga ou aditamentos feitos no conjunto do veículo e guindaste articulado hidráulico, após a sua aceitação final, que afetem a distribuição de carga, devem atender aos regulamentos aplicáveis pelos órgãos governamentais. Em nenhum caso, a carga por eixo do veículo totalmente carregado pode exceder a capacidade máxima de peso por eixo especificada pelo fabricante do veículo. Qualquer alteração na distribuição de peso pode afetar a estabilidade.

8.6 Transferência de propriedade Quando ocorrer uma mudança de proprietário do guindaste articulado hidráulico, é responsabilidade do vendedor providenciar:  a) manual do guindaste articulado hidráulico para o comprador;  b) inspeções e ensaios previstos em 8.2.4 e 8.2.5, bem como entrega dos respectivos laudos e ART de manutenção ao comprador. É de responsabilidade do comprador notificar o fabricante do guindaste articulado hidráulico, em prazo de 30 dias, sobre o modelo, número de série e nome e endereço do novo proprietário. Caso o vendedor utilize outras entidades, como agentes (por exemplo, corretores), para a venda ou arranjo da venda de um guindaste articulado hidráulico, as suas responsabilidades especificadas nesta Norma permanecem da mesma forma.

8.7 Adesivos e marcações Os adesivos e marcações nos guindastes articulados hidráulicos não podem ser removidos, desfigurados ou alterados. Todos os adesivos ou marcações faltantes ou ilegíveis devem ser prontamente repostos ou substituídos pelo proprietário ou usuário. © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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8.8 Peças de reposição Quando peças ou componentes forem substituídos, eles devem ser idênticos em especificações e funções às peças ou componentes originais do guindaste articulado hidráulico, ou devem fornecer um fator de segurança igual ou superior.

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8.9 Boletins de segurança Os proprietários e os usuários devem cumprir com os boletins e informações relacionados com o modelo de guindaste articulado hidráulico, quando fornecidos pelo fabricante, distribuidor ou representante, ou instalador.

8.10 Manuais O proprietário e o usuário devem assegurar que o manual de operação ou do operador seja mantido junto ao guindaste articulado hidráulico.

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Anexo A (informativo)

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Exemplos de configurações e montagens

A.1 Sistemas de lança A.1.1

Guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança reta

As Figuras A.1 e A.2 mostram guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança telescópica e sistema fixo de lança reta com apenas uma articulação, respectivamente.

Figura A.1 – Sistema de lança telescópica

Figura A.2 – Sistema fixo de lança reta

A.1.2

Guindastes articulados hidráulicos com sistemas de lança articulada

As Figuras A.3 a A.5 mostram guindastes articulados hidráulicos com sistema de lança articulada.

Figura A.3 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Figura A.4 – Sistema de lança articulada com extensão, dobrável ao longo do veículo

Figura A.5 – Sistema de lança articulada, dobrável transversalmente ao veículo

A.2 Exemplos de montagem de guindaste articulado hidráulico As Figuras A.6 a A.12 mostram exemplos de montagem do guindaste articulado hidráulico.

Figura A.6 – Guindaste articulado hidráulico montado atrás da cabina

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Figura A.7 – Guindaste articulado hidráulico montado na traseira NOTA Os guindastes articulados hidráulicos normalmente são fixos no chassi do veículo, mas podem ser instalados sobre um suporte móvel. Os guindastes também podem ser móveis, instalados sobre trilhos na plataforma do veículo.

Figura A.8 – Guindaste articulado hidráulico montado no meio

Figura A.9 – Guindaste florestal montado na parte traseira

Figura A.10 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre trator com cabina © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

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Figura A.11 – Guindaste articulado hidráulico sobre base fixa

Figura A.12 – Guindaste articulado hidráulico montado sobre picape

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Anexo B (informativo)

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Cálculos estruturais

B.1 Generalidades Na ausência de Normas para cálculos de projeto, os símbolos e cálculos apresentados em B.2 a B.5 podem ser aplicados para o projeto das estruturas de aço. Como base para cálculo podem ser tomadas também como referência as EN 13001-1 e EN 13001-2, entre outras.

B.2 Tensões admissíveis B.2.1

Simbologia

Utilizam-se os seguintes símbolos: fy

Tensão de escoamento (N/mm2)

fu

Tensão de ruptura (N/mm2)

E = 210 000

Módulo de elasticidade (N/mm2)

G = E/ (2 x (1+v))

Módulo de cisalhamento (N/mm2)

v = 0,3

Coeficiente de Poisson

δ5

Tensão de ruptura, considerando cinco vezes a seção transversal original (%)

S

Fator de segurança sobre a tensão de escoamento

B.2.2

Aços estruturais não ligados

Aços estruturais não ligados conforme a EN 10025. A Tabela B.1 apresenta os valores nominais das propriedades do material para determinados tipos de aço. Tabela B.1 – Valores nominais das propriedades do material

a b

Tipo

Tensão de a escoamento fy N/mm2

Tensão de b ruptura fu N/mm2

S235 (Fe360)

235

360

S275 (Fe430)

275

430

S355 (Fe510)

355

510

Módulo de cisalhamento G N/mm2

Módulo de elasticidade E N/mm2

81 000

210 000

Valor-padrão para espessuras até 16 mm. Mínimo.

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B.2.3

Tensões admissíveis para aços estruturais não ligados

Conforme a EN 10025. As tensões admissíveis são calculadas de acordo com a seguinte equação: σo = fy / S Os valores calculados encontram-se na Tabela B.2.

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Tabela B.2 – Tensões admissíveis para aços estruturais sem liga (N/mm2) Combinação de carga

A

B

C

S

1,5

1,33

1,25

Grau do aço

235

275

355

235

275

355

235

275

355

Material básico e solda de topo σa

= σo

τa = σo / √3

157

183

237

176

206

266

188

220

284

90

106

137

102

119

154

109

127

164

Cordão de solda σa

= σo

τa = σo / √2

157

183

237

176

206

266

188

220

284

111

130

167

125

146

188

133

156

201

NOTA As tensões admissíveis indicadas são válidas para espessuras até 40 mm. Em caso de espessuras maiores, recomenda-se que o valor correspondente de fy seja levado em consideração.

Os valores de “r” a serem usados não podem ser menores que 1,28 nem maiores que 1,44. Com base no valor mais baixo da tensão fy ou fy’, as tensões admissíveis devem ser calculadas com os fatores de segurança indicados para aços estruturais não ligados.

B.2.4

Parafusos

B.2.4.1

Parafusos e prisioneiros fosfatizados ou galvanizados

As tensões admissíveis σa e τa são derivadas de X, que é o valor mais baixo de fy e 0,7 x fu.

σa =

τa =

σ

√2 As tensões calculadas encontram-se na Tabela B.3.

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Tabela B.3 – Tensões admissíveis para os parafusos (N/mm2) Combinação de cargas

S

A

1,5

B

1,33

C

1,25

B.2.4.2

Grau

4.6

5.6

6.6

6.8

8.8

10.9

fy

240

300

360

480

640

900

X

240

300

360

420

560

700

σa

160

200

240

280

373

467

τa

113

141

170

198

264

330

σa

180

225

270

315

420

525

τa

127

159

191

223

297

371

σa

192

240

288

336

448

560

τa

136

170

204

238

317

396

Pré-tensão em parafusos

Somente para as classes 8.8 e 10.9 dos parafusos, aplica-se essa pré-tensão. A classe 12.9 não pode ser utilizada, a menos que, para aplicações específicas, os resultados comprovem a sua aceitabilidade (ver EN 1993-1-1 e Eurocode 3). Símbolos: As

Área de tensão de tração do parafuso (mm2)

Fv

Pré-carga (N)

d

Diâmetro nominal do parafuso (mm)

Mt

Torque de fixação (Nm)

Parafusos utilizados uma única vez:

Fv = 0,8 x fy As

Parafusos utilizados diversas vezes:

Fv = 0,7 x 0,8 x fy x As

Torque de fixação: M t =

0,18 xdx Fv 1 000

A tensão aplicada F, em relação à tensão prévia Fv, deve ser:  a) F / Fv ≤ 0,67 para combinações de carga A;  b) F / Fv ≤ 0,75 para combinações de carga B;  c) F / Fv ≤ 0,8 para combinações de carga C. B.2.4.3

Tensões na superfície de apoio

A tensão admissível na superfície de apoio (σL) depende do material básico e é válida tanto para as conexões aparafusadas como para os pinos, conforme a seguir. Conexão solta: © ABNT 2021 - Todos os direitos reservados

σL = 1,3 x σo 57

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Baixa precisão, conexão fixa:

σL = 1,5 x σo

Alta precisão, conexão fixa:

σL = 2,0 x σo

As tensões calculadas são apresentadas na Tabela B.4. Tabela B.4 – Tensões admissíveis no apoio

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Combinação de cargas

A

B

C

Grau do aço (N/mm2)

235

275

355

235

275

355

235

275

355

Conexão solta (N/mm2)

204

238

308

229

268

346

244

286

369

Baixa precisão, conexão fixa (N/mm2)

235

275

355

264

309

399

282

330

426

Alta precisão, conexão fixa (N/mm2)

313

367

473

352

412

532

376

440

568

B.2.5

Esforços combinados

Para partes que sustentam a carga e as soldas de topo, deve ser utilizada a seguinte equação:

Para os parafusos, pinos e soldas de filete, deve ser utilizada a seguinte equação:

B.2.6

Estabilidade elástica

B.2.6.1

Deformação, método ômega

Símbolos: λ

Esbeltez

λ’

Esbeltez específica

ω

Fator de deformação

F

Força de compressão (N)

A

Área (cm2)

M

Momento de flexão (N.cm)

Wc

Módulo da seção; borda de compressão (cm3)

Wt

Módulo da seção; borda de tensão (cm3)

σa

Tensão admissível (N/cm2)

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O fator de deformação é determinado pela seguinte equação:

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Para 0 < λ’ ≤ 1,195

λ’ ≤ 1,195 Para λ’ > 1,195

ω = 1,465 λ’2

Para o fator ω já calculado para aços estruturais sem liga, ver B.1.4 e as Tabelas B.6 a B.8. A esbeltez máxima admissível deve ser considerada como λ = 250. Devem ser atendidas as seguintes condições:

NOTA

Utilizar sigma “a” (σa) como tensão admissível.

B.2.6.2

Flambagem

Símbolos: t

Espessura da chapa (cm)

b

Largura da chapa (cm)

k

Fator dependente das condições de tensão

σe

Tensão de flambagem de Euler (N/mm2)

σki

Tensão de flambagem ideal (N/mm2)

σvki

Tensão de flambagem combinada ideal (N/mm2)

σvk

Tensão de flambagem combinada reduzida (N/mm2)

σ1

Tensão superior (N/mm2)

σ2

Tensão inferior (N/mm2)

σKi

= Kσ × σe

τki = kτ × σe Ψ = σ1/σ2

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A tensão de flambagem reduzida σvk deve ser determinada da seguinte maneira: σvki < 0,7 x fy

σvk = σvki

σvki > 0,7 x fy O fator de segurança mínimo v depende da combinação de cargas.

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Combinação de cargas A = v = 1,71 + 0,180 x (ψ – 1) Combinação de cargas B = v = 1,50 + 0,125 x (ψ – 1) Combinação de cargas C = v = 1,33 + 0,075 x (ψ – 1) O DE REVISÃ ABNTo NBR 14 da 8 flambagem. Os valores Para outras informações, consultar PROJE os métodos aceitos para cálculo OU 202 dos coeficientes de flambagem encontram-se na Tabela B.5.

Tabela B.5 – Valores dos coeficientes de flambagem kσ e kτ e g k τ pa para chapas apoiadas nas extremidades e



Caso

1

Compressão uniforme simples

2

Compressão não uniforme

i

=

a b

 1

kσ = 4

 1

1  kσ = σ    

 1  1

3

4

5

60

Dobramento puro Ψ = - 1 ou dobramento com tensão preponderante

Dobramento com compressão predominante – 1
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