Manual Do Corretor (Correção ENEM)

January 4, 2025 | Author: Anonymous | Category: N/A
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CORREÇÃO DE REDAÇÃO

MANUAL OFICIAL - 2019 Para mantermos a qualidade das correções entregues para os estudantes, buscamos sempre seguir da maneira mais fiel possível a forma de avaliação exigida pelo ENEM. Por isso, precisamos, enquanto equipe, revisar os critérios propostos pela banca e aprender as mudanças existentes. Mesmo que você tenha certeza de que tem pleno conhecimento dos critérios de avaliação, é fundamental ler todo esse material com atenção para compreender as mudanças que entraram em vigor em 2019 e o que será exigido das suas correções aqui no MS! *Vale lembrar que esse material foi feito com base no manual de leitura do corretor, disponibilizado pelo INEP em 2020.

COMPETÊNCIA I Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa 0

Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.

1

Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, de forma sistemática, com diversificados e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.

2

Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.

3

Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita.

4

Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.

5

Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência.

COMPETÊNCIA II Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. 1

Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de outros tipos textuais.

2

Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão.

3

Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.

4

Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.

5

Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.

COMPETÊNCIA III Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 0

Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema e sem defesa de um ponto de vista.

1

Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista.

2

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.

3

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.

4

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.

5

Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.

COMPETÊNCIA IV Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 0

Não articula as informações.

1

Articula as partes do texto de forma precária.

2

Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequações e apresenta repertório limitado de recursos coesivos.

3

Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequações, e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos.

4

Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.

5

Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.

COMPETÊNCIA V Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. 0

Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não relacionada ao tema ou ao assunto.

1

Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada apenas ao assunto.

2

Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema, ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto.

3

Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

4

Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

5

Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

COMPETÊNCIA I

COMPETÊNCIA I Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa 0

Estrutura sintática inexistente (independentemente da quantidade de desvios).

1

Estrutura sintática deficitária com muitos desvios.

2

Estrutura sintática deficitária OU muitos desvios.

3

Estrutura sintática regular E alguns desvios.

4

Estrutura sintática boa E poucos desvios.

5

Estrutura sintática excelente (admitindo-se uma única falha) E, no máximo, dois desvios.

Algo muito importante que vamos observar nessa competência e que se repetirá em quase todas as outras: textos que tenham características de dois níveis diferentes devem ser avaliados no nível inferior. Assim, por exemplo, se a redação tiver poucos desvios, mas uma estrutura sintática regular, ela será avaliada no nível 3 (120 pontos).

AVALIAÇÃO DE DESVIOS E FALHAS NOS NÍVEIS 4 E 5

Desvios e problemas sintáticos (falhas) são elementos diferentes. Os primeiros envolvem tópicos como ortografia, regência e concordância, e o segundo, por sua vez, envolve paralelismo, frases siamesas ou fragmentadas, entre outros. Assim, por exemplo, se o estudante tiver um problema sintático e outro de acentuação, ele não somará dois desvios e ainda atingirá 200 pontos nessa competência.

Pontos que podem ser salientados nessa competência: -

Pontuação e paralelismo sintático são descontados unicamente nessa competência, mesmo que afetem a coesão, uma vez que são considerados respectivamente desvios gramaticais e falhas sintáticas;

-

Parágrafos com um único período também serão descontados nessa competência, pois afetam a estrutura sintática dos trechos (textos com a maioria dos parágrafos frasais não passa de 120 pontos nessa competência);

-

Muitas vezes, o estudante, ao cometer um desvio em seu texto, usa riscos ou inscrições como “sem efeito” ou “digo” para indicar que uma determinada palavra ou trecho não deve ser considerado pelo avaliador. Nesse caso, deve-se, de fato, desconsiderar o que está destacado, não avaliando a palavra ou o trecho como desvio de qualquer ordem;

-

Quando um participante comete desvios de categorias diferentes em uma mesma palavra, devemos considerar tantos quantos forem cometidos. Porém, quando houver a repetição de um mesmo desvio (por exemplo, se todas as vezes que a palavra professor for escrita, a sua grafia for ‘profesor’), apenas um desvio é contado;

-

O que está escrito fora da área reservada para o texto não deve ser avaliado. Assim, se, por exemplo, metade de uma palavra ficar fora da margem, ela será considerada como tendo um desvio ortográfico, pois não foi completamente escrita;

-

Palavras estrangeiras grafadas incorretamente não devem ser consideradas desvios. Assim, se o participante escreve “feique nius” (fake news) ou “notibuqui” (notebook), não consideraremos desvio. Também não são considerados desvios quando o estudante escreve de maneira incorreta nomes próprios.

IMPORTANTE! É papel do corretor entender a caligrafia do texto. O estudante NÃO pode ser prejudicado pela sua forma de escrita.

Critérios de estrutura sintática

DEFICITÁRIA (40/80)

É claramente identificável quando as diversas falhas de estrutura sintática interferem na fluidez da leitura do texto. Trata-se de textos que apresentam leitura truncada, ao longo dos quais interrompemos a leitura em certa altura e retomamos de um ponto precedente, porque as ideias passaram a não fazer certo sentido, justamente pela pontuação prejudicada.

A estrutura sintática regular ou boa será determinada por um texto que apresenta fluidez de leitura, mas em que se verificam algumas falhas (frases fragmentadas ou REGULAR (120) OU siamesas e excesso de elementos sintáticos). A BOA (160) diferenciação entre estrutura sintática “regular” ou “boa” vai se dar, assim, pela quantidade dessas falhas segundo o conjunto textual apresentado pelo participante.

EXCELENTE (200)

admite uma única falha e, além disso, é caracterizada por um texto com certa complexidade na construção dos períodos, com orações intercaladas, subordinações e até mesmo inversões, que revelam bom domínio da escrita no que tange à organização no interior dos períodos. Com isso, um texto formado apenas por períodos construídos de maneira simplória não poderá ser avaliado como “estrutura sintática excelente”, mas “boa” (característica do nível 4), ainda que não apresente falhas de estrutura sintática, como as que apresentaremos adiante.

Por fim, para que um texto seja avaliado no nível 5, este não pode se enquadrar em nenhuma das seguintes situações: ● nenhuma falha de estrutura sintática e três (ou mais) desvios; ● uma falha de estrutura sintática e três (ou mais) desvios; ● duas (ou mais) falhas de estrutura sintática e nenhum desvio; ● duas (ou mais) falhas de estrutura sintática e um (ou mais) desvios; ● estrutura sintática sem excelência e qualquer quantidade de desvios. * Na prática, ainda precisamos de pelo menos 3 marcações para um desconto de 40 pontos. Em casos em que o desconto se relacionar com uma ‘estrutura sintática sem excelência’ e não existirem desvios, escolha três pontos para sugerir uma melhora na estrutura.

EXEMPLO DE REDAÇÃO 80 - ESTRUTURA SINTÁTICA DEFICITÁRIA + ALGUNS DESVIOS

EXEMPLO DE REDAÇÃO 80 - ESTRUTURA SINTÁTICA REGULAR + MUITOS DESVIOS

EXEMPLO DE REDAÇÃO 120 - ESTRUTURA SINTÁTICA REGULAR + ALGUNS DESVIOS

EXEMPLO DE REDAÇÃO 120 - ESTRUTURA SINTÁTICA REGULAR + POUCOS DESVIOS

EXEMPLO DE REDAÇÃO 160 - ESTRUTURA SINTÁTICA BOA + POUCOS DESVIOS

COMPETÊNCIA II

COMPETÊNCIA II Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. 1

Tangência ao tema

2

Abordagem completa do tema

OU

● ● ●

E



Traços constantes de outros tipos textuais OU Texto composto por aglomerado de palavras 3 partes do texto ( 2 delas embrionárias) OU Conclusão finalizada por frase incompleta

E/ OU

Muitos trechos de cópias dos textos motivadores

3

Abordagem completa do tema

E

3 partes do texto (1 parte pode ser embrionária)

E

• Repertório baseado nos textos motivadores E/OU • Repertório não legitimado E/OU • Repertório legitimado, MAS não pertinente ao tema

4

Abordagem completa do tema

E

3 partes do texto

E

Repertório legitimado E pertinente ao tema, SEM uso produtivo

E

3 partes do texto

E

Repertório legitimado E pertinente ao tema E com uso produtivo

5

Abordagem completa do tema

CONCEITOS FUNDAMENTAIS TEMA - O tema é definido a partir da frase temática apresentada na prova de redação. Em relação à prova de 2018, a partir da frase temática “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”, espera-se que o participante compreenda e aborde o tema de forma completa, apresentando o controle de dados na internet E a manipulação do comportamento e/ou as consequências, os efeitos e os exemplos do ato de manipular o usuário da internet. Portanto, textos que abordem exclusivamente tecnologia, mídia ou outros assuntos, sem sequer mencionar internet ou qualquer elemento do universo da internet, não terão abordado sequer o assunto mais geral da prova e deverão ser avaliados como “Fuga ao Tema”. TANGÊNCIA - A tangência é observada naqueles textos que apenas resvalam no tema. A tangência ao tema caracteriza-se por uma abordagem incompleta dos elementos relacionados a ele. Essa abordagem parcial demonstra dificuldades de leitura e interpretação que prejudicam a avaliação do texto elaborado pelo participante.

MUITOS TRECHOS DE CÓPIAS DOS TEXTOS MOTIVADORES - Há textos que não configuram cópia, como descrito no Módulo 2 (Situações), por apresentarem mais de 7 linhas sem cópia dos textos motivadores, mas ainda assim apresentam muitos trechos copiados. Esses casos deverão ser penalizados na Competência II, não podendo ultrapassar o nível 2.

TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO - Podemos afirmar que o tipo textual está relacionado à forma que ele apresenta, havendo marcas específicas de sua estrutura. No Enem, o tipo textual exigido é o dissertativo-argumentativo, que se fundamenta nas explicitações das relações argumentativas. Esperamos que um texto dissertativo-argumentativo defenda um ponto de vista sobre determinado assunto, por meio de articulações consistentes entre os significados, como argumentos, exemplificações, citações, para convencer o leitor de que a ideia defendida é plausível. Lembramos que a organização e o desenvolvimento da argumentação serão avaliados na Competência III. Na Competência II, identificaremos: a adequação à tipologia exigida ou a presença de traços constantes de outros tipos textuais, a presença ou ausência das partes do texto dissertativo-argumentativo e a proporção entre essas partes, ou seja, se há partes embrionárias.

PARTES EMBRIONÁRIAS - Há partes embrionárias no texto dissertativo-argumentativo quando a introdução, a argumentação E/OU a conclusão são muito curtas devido a sua pouca produção. Importante atentar para o fato de que a existência de duas partes embrionárias impede que o texto do participante seja avaliado nos níveis 3, 4 e 5. Por exemplo, se um texto apresenta introdução e conclusão em 2 linhas, isso é suficiente para manter a avaliação no descritor do nível 2, mesmo que a argumentação seja mais consistente. Convém destacar que, para o nível 3, o texto poderá conter apenas uma parte embrionária.

REPERTÓRIO Elemento importante para a redação do Enem e requisito fundamental para que o participante atinja as notas mais altas na Competência II, o repertório sociocultural configura-se como toda e qualquer informação, fato, citação ou experiência vivida que, de alguma forma, contribui como argumento para a discussão proposta pelo participante. A origem do repertório, a sua legitimação, a sua pertinência ao tema e o uso que o participante faz dele são o que determinará a classificação de um texto nos níveis 2, 3, 4 ou 5. Essa classificação será feita de acordo com as seguintes etapas: ●









primeiramente, é preciso identificar se a origem do repertório está ligada aos textos motivadores ou não; se está ligada aos textos motivadores, é preciso diferenciar textos cujos argumentos são limitados a muitos trechos de cópias dos textos motivadores daqueles apenas baseados nos textos motivadores; se a origem do repertório não está ligada aos textos motivadores, devemos verificar se há ou não legitimação, pelas áreas do conhecimento, de informações, fatos, citações ou experiências vividas; quando o repertório apresenta legitimação, é preciso verificar sua pertinência ao tema, isto é, se o repertório é associado ao menos a um dos seus elementos por sinônimos, hiperônimos ou hipônimos a pelo menos um dos elementos do tema; se o repertório apresenta legitimação e pertinência ao tema, devemos atentar para o seu uso, sendo considerado improdutivo quando não está vinculado à discussão proposta pelo participante e produtivo quando é possível perceber essa vinculação.

Observação: A pertinência ao tema pode ser encontrada tanto na referência direta que o participante apresenta, por meio de conceitos, informações, fatos ou citações, quanto no uso improdutivo/produtivo que o participante faz do repertório legitimado.

TIPOS DE REPERTÓRIO • Repertório a partir de muitos trechos de cópias dos textos motivadores Há textos que não configuram cópia, como descrito no Módulo 2 (Situações), por apresentarem mais de 7 linhas sem cópia dos textos motivadores, mas, ainda assim, apresentam muitos trechos copiados em relação ao conjunto textual produzido pelo participante. Esses casos deverão ser penalizados na Competência II, não podendo ultrapassar o nível 2. • Repertório não legitimado Trata-se de repertório em que se utilizam informações, fatos, situações e experiências vividas SEM respaldo nas Áreas do Conhecimento (científicas ou culturais). • Repertório legitimado Trata-se de repertório em que se utilizam informações, fatos, situações e experiências vividas COM respaldo nas Áreas do Conhecimento. Serão considerados repertórios legitimados por essas Áreas: - conceitos e suas definições; - informações, citações ou fatos e/ou referências a Áreas do Conhecimento, tais como: ● fatos ou períodos históricos reconhecidos; ● referência a nomes de autores, filósofos, poetas, livros, obras, peças, filmes, esculturas, músicas etc.; ● referência a Áreas do Conhecimento e/ou seus profissionais, como Sociologia/sociólogos, Filosofia/filósofos, Literatura/escritores/poetas/autores, Educação/educadores, Medicina/médicos, Linguística/linguistas etc.; ● referência a estudos e/ou pesquisas; ● referência a personalidades, celebridades, figuras, personagens etc., desde que conhecidos; ● referência aos meios de comunicação conhecidos, como redes sociais, mídia, jornais (O Globo, Revista Veja, Rede Globo, Folha de S. Paulo Diário do Nordeste, A Crítica, Diário de Cuiabá e Zero Hora etc.)

PERTINÊNCIA AO TEMA Nos textos em que há repertório com uso produtivo, a pertinência ao tema pode ser encontrada tanto na referência direta que o participante apresenta, por meio de conceitos, informações, fatos ou citações, quanto no uso produtivo que é feito do repertório legitimado. Da mesma forma, observe que, se o texto apresenta repertório legitimado, pertinente ao tema, mas SEM uso produtivo, a pertinência ao tema poderá ser encontrada na referência direta ou no uso que não é produtivo. *A pertinência ao tema NÃO está relacionada com a qualidade da informação ou do seu uso, nem com a organização dessa ideia no texto. Isso é avaliado na competência III.

EXEMPLO DE REDAÇÃO 120 - REPERTÓRIO LEGITIMADO E NÃO PERTINENTE AO TEMA

EXEMPLO DE REDAÇÃO 160 - REPERTÓRIO LEGITIMADO E PERTINENTE AO TEMA, MAS NÃO PRODUTIVO

EXEMPLO DE REDAÇÃO 200 - REPERTÓRIO LEGITIMADO, PERTINENTE AO TEMA E PRODUTIVO

COMPETÊNCIA III

COMPETÊNCIA III Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. 0

Tangente ao tema e sem direção.

1

Tangente ao tema e com direção OU Abordagem completa do tema e sem direção

2

Projeto de texto com muitas falhas E Sem desenvolvimento ou com desenvolvimento de apenas uma informação, fato ou opinião

3

Projeto de texto com algumas falhas E Desenvolvimento de algumas informações, fatos e opiniões

4

Projeto de texto com poucas falhas E Desenvolvimento da maior parte das informações, fatos e opiniões

5

Projeto de texto estratégico E Desenvolvimento das informações, fatos e opiniões em todo o texto

Textos que apresentam contradição grave não devem ultrapassar este nível

Aqui se admitem deslizes pontuais, sejam de projeto e/ou desenvolvimento

Nessa competência, é importante prestar atenção na grade específica, pois ocorreram modificações nos níveis. Além disso, há alguns pontos chave que vão ser avaliados aqui: ● ● ● ● ●

a organização textual; a construção de sentido do texto; os recursos argumentativos utilizados para isso; a defesa de um ponto de vista; a progressão temática.

Vale lembrar que a falta de dados não afeta essa nota. Podemos, inclusive, ter um texto muito bem organizado e com aprofundamento das reflexões sem trazer dados. O resultado disso: uma nota muito boa na competência III, mas não tanto na competência II, pois avaliação específica do repertório trazido pelo estudante é avaliado na competência II.

Informações que podem ajudar na leitura da tabela: ●

● ●



Selecionar argumentos diz respeito à escolha do que o estudante tem disponibilizado nos textos motivadores, além do seu repertório pessoal, para sustentar sua tese Relacionar o estudante deve relacionar seus argumentos a ponto de direcionar o leitor para a sua defesa de ponto de vista Organizar as informações e dados trazidos ao texto diz respeito à progressão temática: maneiras estratégicas de apresentá-los, considerando, também, a estrutura do texto dissertativo-argumentativo. Além disso, o estudante deve ser capaz de interpretar o seu repertório, contextualizando-o. Isso quer dizer o seguinte: ele deve ir além da reprodução de ideias.*

*Um bom desenvolvimento é aquela redação em que as informações, os fatos e as opiniões são desenvolvidos em todo o texto e que, em nenhum momento, deixam para o leitor a tarefa de fazer as relações entre as informações, fatos e opiniões.

IMPORTANTE!

A CII e a CIII

A CIII e a proposta de intervenção

A avaliação da competência II e III deve ser feita de modo individual e independente, a atribuição de nota em uma competência não deve ser induzida pela nota da outra.

Não se desconta nota em duas competências pelo mesmo desvio. Portanto, quando uma redação não consegue abordar totalmente o tema, ela será descontada na competência II por não ler corretamente a proposta e na III por não conseguir selecionar e organizar as ideias.

A CIII avalia a articulação de informações, ou seja, o projeto de texto, considerando o texto como uma unidade, um todo - e isso inclui, necessariamente, a proposta de intervenção. Portanto, é nessa competência que a relação entre a proposta e as discussões desenvolvidas ao longo do texto é avaliada, enquanto, na competência V, é avaliado a abordagem do tema e da proposta de forma completa, bem como os elementos que a compõem. A autoria de um texto também é O que importa, portanto, é que o texto se

O conceito de avaliada na CIII, e diz respeito ao sustente sozinho, sem dependência de projeto de texto e ao conhecimento exterior por parte do leitor, ou autoria desenvolvimento de informações.

mesmo dos textos motivadores, para a formulação de sentido.

EXEMPLO DE REDAÇÃO NÍVEL 0 - TANGENTE AO TEMA E SEM DIREÇÃO

-

Abordagem incompleta do tema/abordagem apenas do assunto mais geral da proposta (nesse caso, internet) Sem direção: não é possível identificar uma defesa de ponto de vista

*O tema a ser levado em consideração nos exemplos é “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet” (ENEM 2018).

EXEMPLO DE REDAÇÃO 40 - TANGENTE AO TEMA E COM DIREÇÃO OU ABORDAGEM COMPLETA DO TEMA, MAS SEM DIREÇÃO

-

Tangente ao tema e com direção (trata da manipulação do usuário, mas não do controle de dados) Por ser tangente, esse tipo de texto NÃO PODE ultrapassar o nível 1 (40 pontos).

EXEMPLO DE REDAÇÃO 40 - TANGENTE AO TEMA E COM DIREÇÃO OU ABORDAGEM COMPLETA DO TEMA, MAS SEM DIREÇÃO

-

Abordagem completa do tema: menciona o controle de dados na primeira linha e a manipulação do comportamento do usuário Sem direção: apresenta informações, fatos e opiniões de forma caótica

EXEMPLO DE REDAÇÃO 80 - PROJETO DE TEXTO COM MUITAS FALHAS E SEM DESENVOLVIMENTO DA MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES

-

Abordagem completa do tema, PORÉM Projeto de texto com muitas falhas Informações, dados e fatos desenvolvidos de forma insuficiente, por exemplo: não explica do que se trata a manipulação mencionada no primeiro parágrafo

EXEMPLO DE REDAÇÃO 120 - PROJETO DE TEXTO COM ALGUMAS FALHAS E DESENVOLVIMENTO DE ALGUMAS DAS INFORMAÇÕES

-

Abordagem completa do tema Projeto de texto perceptível Informações, fatos e opiniões desenvolvidos de maneira precária

EXEMPLO DE REDAÇÃO 160 - PROJETO DE TEXTO COM POUCAS FALHAS E DESENVOLVIMENTO DA MAIOR PARTE DAS INFORMAÇÕES

-

Algumas informações não estruturadas ao longo do texto

desenvolvidas

e

mal

EXEMPLO DE REDAÇÃO 200 - PROJETO DE TEXTO ESTRATÉGICO, DESENVOLVIMENTO PLENO DAS INFORMAÇÕES

-

Projeto de texto claro Progressão de ideias, fluidez

*Nesse nível são admitidos deslizes pontuais de projeto e/ou desenvolvimento

COMPETÊNCIA IV

COMPETÊNCIA IV Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. 0

Palavras e períodos justapostos e desconexos ao longo de todo o texto, o que demonstra ausência de articulação.

1

Presença rara de elementos coesivos inter e/ou intraparágrafos E/OU excessivas repetições E/OU excessivas inadequações.

2

Presença pontual de elementos coesivos inter e/ou intraparágrafos E/OU muitas repetições E/OU muitas inadequações.

3

Presença regular de elementos coesivos inter E/OU intraparágrafos E/OU algumas repetições E/OU algumas inadequações.

Textos em forma de monobloco não excederão este nível.

Presença constante de elementos coesivos inter* e intraparágrafos E poucas repetições E poucas inadequações.

4 *Havendo elemento coesivo de tipo “operador argumentativo” entre parágrafos em, pelo menos, 01 momento do texto. Presença expressiva de elementos coesivos inter** e intraparágrafos** E raras ou ausentes repetições E sem inadequação.

5

**Havendo elemento coesivo de tipo “operador argumentativo” entre parágrafos em, pelo menos, 02 momentos do texto e, pelo menos, 01 elemento coesivo de qualquer tipo dentro de todos os parágrafos.

O QUE NÃO É CONSIDERADO INADEQUAÇÃO - “através de” (fora de contextos literais); - “o mesmo” (usualmente mobilizado em retomadas referenciais); - “onde” especificamente relacionado à “sociedade” e à ideia de “lugar virtual” (site, blog, link...); - A troca entre esse/este, isso/isto etc. também não será penalizada.

COMPETÊNCIA IV superfície do texto

COMPETÊNCIA III X

COMPETÊNCIA IV superfície do texto recursos coesivos

estrutura profunda do texto COMPETÊNCIA I

X

superfície do texto modalidade

OPERADORES ARGUMENTATIVOS Operadores que somam argumentos a favor da mesma conclusão I também, ainda, nem, não só... mas também, tanto... como, além de, além disso (...) Operadores que indicam o argumento mais forte em uma escala a favor da mesma conclusão II inclusive, até mesmo, nem, nem mesmo (...) Operadores que deixam subentendida a existência de uma escala com outros argumentos mais fortes III ao menos, pelo menos, no mínimo (...) Operadores que contrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias IV mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, embora, ainda que, posto que, apesar de (...)

V

Operadores que introduzem uma conclusão com relação a argumentos apresentados em enunciados anteriores logo, portanto, pois, por isso, por conseguinte, em decorrência, resumindo, concluindo (...) Operadores que introduzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior

VI porque, porquanto, pois, visto que, já que, para que, para, a fim de (...)

VII

Operadores que estabelecem relações de comparação entre elementos, visando a uma determinada conclusão mais... (do) que, menos... (do) que, tão... quanto (...) Operadores que introduzem argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou opostas

VIII ou... ou, quer... quer, seja... seja, (...) Operadores que introduzem no enunciado conteúdos pressupostos IX já, ainda, agora (...)

X

Operadores que funcionam numa escala orientada para a afirmação da totalidade ou para a negação da totalidade Afirmação: um pouco, quase (...) Negação: pouco, apenas (...)

COESÃO INTRAPARÁGRAFO E INTERPARÁGRAFOS

Operador argumentativo intraparágrafo em posição inicial

Operador argumentativo interparágrafos

Ao mencionar coesão intraparágrafo, a Grade se refere à presença de elementos coesivos, adequadamente mobilizados, dentro dos parágrafos. Por sua vez, a coesão interparágrafos é a presença de elementos coesivos, adequadamente mobilizados, entre os parágrafos. Esses elementos localizam-se, geralmente, no início das alíneas, mas também podem aparecer ao longo do primeiro período do parágrafo, de forma deslocada, como se observa na ocorrência de “portanto”, no último parágrafo do texto ilustrativo no Quadro 1. Eles funcionam relacionando tanto ideias mais gerais entre parágrafos quanto períodos ou trechos específicos de ideias.

EXEMPLO DE REDAÇÃO 80 - PRESENÇA PONTUAL DE ELEMENTOS COESIVOS

EXEMPLO DE REDAÇÃO 80 - MUITAS REPETIÇÕES

EXEMPLO DE REDAÇÃO 120 - PRESENÇA REGULAR DE ELEMENTOS COESIVOS + 1 DESVIO

EXEMPLO DE REDAÇÃO 160 - PRESENÇA CONSTANTE DE OPERADORES ARGUMENTATIVOS, MAS APENAS 1 OPERADOR ARGUMENTATIVO

EXEMPLO DE REDAÇÃO 200 - PRESENÇA EXPRESSIVA DE ELEMENTOS COESIVOS INTER E INTRAPARÁGRAFOS E RARAS OU AUSENTES REPETIÇÕES E SEM INADEQUAÇÃO

COMPETÊNCIA V

COMPETÊNCIA V Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Elementos: AÇÃO + AGENTE + MODO/MEIO + EFEITO + DETALHAMENTO ●

0

● ●



1

● ●

Ausência ou cópia integral de proposta OU Proposta de intervenção que desrespeita os direitos humanos OU Proposta de intervenção não relacionada sequer ao assunto. Tangenciamento do tema OU Apenas elemento(s) nulo(s) OU 1 elemento válido.

2

2 elementos válidos.

3

3 elementos válidos.

4

4 elementos válidos.

5

5 elementos válidos.

Estruturas condicionais com 2 ou mais elementos válidos não devem ultrapassar este nível

Detalhes importantes da competência V: ●

● ●

● ●

a proposta não é a conclusão do texto, portanto, se o estudante apresentar ela em algum outro momento (desenvolvimento, por exemplo), deve-se avaliar normalmente; a proposta de intervenção deve dialogar com o tema e com a abordagem utilizada durante o texto; não se desconta pontos pela elaboração de mais de uma proposta, porém, é sempre bom lembrar o estudante de que apenas a mais completa será avaliada. não é papel do corretor decidir se a proposta de intervenção poderá ou não ser realizada; descontar pontos por opinião ideológica diferente (isso também vale para a competência III).

ELEMENTOS VÁLIDOS x ELEMENTOS NULOS Elementos válidos

Elementos nulos

AÇÃO

“medidas são necessárias”; “devem respeitar essas pessoas”; “é necessário que se tome uma atitude”, “dar o primeiro passo”; alguém, ninguém, alguns, uns, uns e outros, você; verbo no modo imperativo, desde que não haja identificação do agente: “liberte-se”.

AGENTE

ATENÇÃO! Em 2019, o pronome “nós” e a desinência verbal da primeira pessoa do plural (sujeito oculto) passam a ser considerados elementos válidos para o elemento agente.

MODO/MEIO

O caráter de nulidade não se aplica

EFEITO

O caráter de nulidade não se aplica

DETALHAMENTO

Nessa banca, o detalhamento é aceito em todos os elementos anteriores.

IMPORTANTE! Um elemento nulo não desconsidera o outro. Exemplo: se o estudante apresentar detalhamento de um agente nulo, o detalhamento, por sua vez, deve ser considerado. Devemos considerar um agente que não corresponde especificamente à ação proposta? Sim! Exemplo: “O Judiciário deve propor leis mais rígidas”, apesar de “o Judiciário” não ser o agente ideal para propor leis, mas sim o Poder Legislativo, entende-se que, para um jovem concluinte do Ensino Médio, essas distinções não estão muito claras, portanto, deve-se considerar esse elemento.

ATENÇÃO! Não confundir o modo com estruturas que expressam mais de um agente. Exemplo: 1. “o Ministério da Educação, em parceria com as escolas” → AGENTE 2. “o Estado, através da associação com as escolas públicas” → AGENTE + MEIO

A COMPETÊNCIA V E OS DIREITOS HUMANOS PRINCÍPIOS NORTEADORES Artigo 3o da citada Resolução no 1, de 30 de maio de 2012, o qual estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos: Dignidade humana

Igualdade de direitos

Sustentabilidade socioambiental

Laicidade do Estado

Democracia na Educação

Transversalidade, vivência e globalidade

Reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades

Aspectos relevantes na hora de avaliar: O que é considerado desrespeito aos direitos humanos está fundamentado em documentos, com força de lei, com princípios já estabelecidos. Ou seja, o desrespeito aos DH não configura somente apologia à violência, ofensas ou exibição de preconceitos. Ademais, uma proposta que desrespeite os direitos humanos só será considerada motivo para atribuição do nível 0 quando for uma proposta de intervenção construída pelo estudante, e não quando for uma constatação de opinião ou comportamento expressos por outrem. Cabe observar que para que essa constatação seja considerada como a expressão de uma perspectiva de outrem, isso deve estar explícito e claro. Exemplo: “Alguns grupos defendem que quem usa o controle de dados para manipular o usuário deve ter seu direito à liberdade de comunicação negado, porém a forma mais eficiente de resolver esse problema é informar os próprios usuários sobre a influência indireta que sofrem”, a negação à liberdade de comunicação, que é uma forma de desrespeito aos direitos humanos, não é sugerida pelo estudante, mas é apresentada como uma proposta sustentada por terceiros, portanto a redação não deverá ser avaliada no nível 0 da Competência V.

Caso especial: estruturas condicionais ●

Esse tipo de estrutura terá sua nota limitada ao nível 2 (80 pontos)



Propostas condicionais são aquelas construídas por meio de orações subordinadas adverbiais condicionais, com as conjunções se, caso, desde que, etc

Estruturas reduzidas de gerúndio que possam se referir a uma oração condicional serão avaliadas normalmente, devido à multiplicidade de classificações desse tipo de estrutura. Exemplo: “Informando os usuários, iremos mudar essa situação.” ●

Ademais, o uso de verbos no futuro do pretérito também é aceito normalmente. Exemplo: “O governo deveria orientar os usuários da web sobre o controle de dados.” ●

ATENÇÃO: ●

Nem todas as estruturas condicionais configuram uma proposta de intervenção; portanto, é preciso cuidado na hora de avaliar.

Para ser considerada uma proposta interventiva, a estrutura deve expressar o desejo claro do estudante de sugerir algo para enfrentar e/ou solucionar o problema abordado. Isso não acontece, por exemplo, em orações condicionais que se referem a situações do passado. Exemplo: “Se o Ministério da Educação tivesse investido mais na educação digital, a manipulação dos usuários na internet seria menos frequente.” ●

EXEMPLO DE REDAÇÃO 0 - PROPOSTA QUE DESRESPEITA OS DIREITOS HUMANOS

-

Tangenciamento do tema Desrespeito aos direitos humanos (tortura como forma de enfrentamento à problemática)

*O tema a ser levado em consideração nos exemplos é “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet” (ENEM 2018).

EXEMPLO DE REDAÇÃO 40 - TANGENCIAMENTO DO TEMA / APENAS ELEMENTOS NULOS OU 1 ELEMENTO VÁLIDO

-

Abordagem completa do tema 1 elemento válido (ação)

EXEMPLO DE REDAÇÃO 80 - 2 ELEMENTOS VÁLIDOS ESTRUTURAS CONDICIONAIS

-

Abordagem completa do tema Estrutura condicional

EXEMPLO DE REDAÇÃO 120 - 3 ELEMENTOS VÁLIDOS

-

Abordagem completa do tema 3 elementos válidos, mais de uma proposta; avaliar a mais completa.

EXEMPLO DE REDAÇÃO 160 - 4 ELEMENTOS VÁLIDOS

EXEMPLO DE REDAÇÃO 200 - 5 ELEMENTOS VÁLIDOS

-

Abordagem completa do tema 2 propostas: avaliar sempre a mais completa

EXEMPLO DE REDAÇÃO 200 - 5 ELEMENTOS VÁLIDOS EXEMPLO ANTERIOR:

5 elementos válidos AGENTE

O Estado

AÇÃO

“garantir a segurança dos dados bancários e pessoais dos usuários”

MODO/MEIO

“através de políticas que exijam dos sites informações claras sobre o sigilo dos seus dados”

EFEITO

DETALHAMENTO *aceito em qualquer outro elemento

“Dessa forma, é inegável que a manipulação do comportamento virtual da população será combatida” (do efeito) “salvaguardando o direito ao lazer e ao entretenimento seguro garantido pela Constituição Brasileira de 1988”

ANEXOS

ANEXO I

ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE CORREÇÃO

ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE COMENTÁRIOS GRAMATICAIS

Palavras iniciais Como vocês sabem, estudos linguísticos compreenderão a língua de diversas maneiras, consequentemente, entenderão a vida que se faz pela língua e os sujeitos que dela participam. Nesse sentido, na Correção de Redação do Me Salva! , (1) a compreensão da língua deve estar em jogo com os contextos em que ela está inserida - nesse caso, primordialmente, a redação modelo ENEM, (2) a escrita deve se apoiar em normas de quem usa as expressões privilegiadas da língua - norma padrão escrita, (3) e o sentido deve se construir em negociação com os discursos que preenchem a vida em sociedade. Somos, antes de mais nada, pessoas que buscam, em nosso trabalho como professores/ras, transformar a vida em sociedade por meio de uma prática de ensino atenta, responsável e comprometida com o bem de todos e todas. Em uma sociedade letrada, sabemos a importância da educação na formação de cidadãos e cidadãs que têm habilidades de escrita e leitura. “O papel da escola deve ser o de garantir ao aluno [No MS!, usamos sempre a palavra estudante, ok?] o acesso à escrita e aos discursos que se organizam a partir dela” (BRITTO, A sombra do caos, 1997). A Correção de Redação no Me Salva! compartilha desse mesmo objetivo geral. Em outras palavras, pode ao/à estudante interessar somente o rigor gramatical ou a nota final, já que tem sido comum valorizar essa parte do processo educacional, mas, nós, professores/ras, buscamos, sobretudo, contribuir à sua autonomia, a fim de que escrever, como aponta Simone de Beauvoir, não se torne um ato de indiferença. Na Correção de Redação do Me Salva!, estamos dispostos a auxiliar os estudantes na conquista pelo domínio da forma escrita da língua portuguesa, buscando um desempenho na escola e na vida cada vez melhor. Desse modo, cada inadequação, cada sugestão, cada comentário apontado ou feito deve ser para que o/a estudante entenda o que pode ser melhorado em sua produção textual. Lembre-se de que o/a estudante terá, em tese, apenas nosso comentário para

guiá-lo em sua trajetória de aprendizado. Portanto, a nossa avaliação de textos tem uma importância primordial nesse processo.

Introdução Este material tem por objetivo sanar diversas das suas dúvidas a respeito da correção de redação aqui no MeSalva! Esperamos que, assim, cada vez mais possamos alinhar as nossas correções. É importante termos esse tipo de diretriz pois, para o estudante, é confuso quando as correções não têm um padrão, principalmente em competências tão específicas como a I, que é a que mais abordaremos aqui. Em um dos trechos do manual do corretor de 2019, está explícita a importância de buscarmos o máximo de objetividade dentro da avaliação da CI: “Numa correção em larga escala, com a multiplicidade de atores envolvidos (participantes e avaliadores), é essencial que consideremos que os avaliadores devem ter critérios muito afinados de correção dos textos, haja vista que esses diferem muito uns dos outros, como era de se esperar para um exame que é aplicado para milhões de estudantes em todo o Brasil.” “[...] Faz-se necessário que objetivemos a correção desses textos, de modo a garantir que dois avaliadores, ao atribuírem notas a uma mesma redação, atribuam a mesma nota.” (Trechos retirados do material oficial do INEP de 2019)

O material conta com os seguintes tópicos: ● ● ● ● ●

O que marcar em cada bolinha? O que não é desvio? Notas altas e baixas - quadro de notas da competência I Comentários gramaticais: como fazê-los? Marcações exageradas

O que marcar em cada bolinha?

Ortografia

Acentuação, ortografia, maiúsculas/minúsculas, hífen, separação silábica.

Regência

Regência Verbal e Nominal (omissão ou uso indevido de preposição), regência de pronomes relativos, crase, uso de pronomes oblíquos (o e lhe).

Semântica

Inadequação (paralelismo) e imprecisão vocabular (palavras de sentido amplo), redundância (paráfrase, repetição), ambiguidade.

Concordância

Pontuação

Outros

Concordância nominal e verbal. Adjunto adverbial deslocado, orações subordinadas, elementos intercalados, conjunções coordenadas adversativas, explicativas e conclusivas, aposto, elipse. Flexão verbal, uso indevido de tempos verbais, omissão de termos da oração, colocação pronominal, retomada pronominal, problemas de composição do período (coordenação e subordinação), frases siamesas*, fragmento de frase* (Observação*: Se a pontuação resolver a inadequação, é possível marcar deslize de pontuação.) *Qualquer inadequação ou comentário que não seja abarcado pelas outras cinco categorias.

“Os desvios de convenções da escrita geralmente são os elementos mais evidentes no texto – um problema de acentuação ou de grafia pode ser mais facilmente visualizado, justamente pela natureza dessas questões. Por outro lado, desvios gramaticais, como problemas de concordância, por exemplo, podem não ser tão aparentes, exigindo uma análise sintática mais aprofundada. Já a avaliação da escolha de registro deve sempre levar em consideração que o participante precisa escrever um texto dissertativo-argumentativo, que requer a utilização de um registro formal. Assim, cabe ao avaliador observar se o registro utilizado é adequado ao tipo textual e ao contexto de produção. Por sua vez, os desvios de escolha vocabular dependem, muitas vezes, de uma análise semântica, pois é preciso observar se um determinado vocábulo está sendo empregado em seu sentido correto e adequado ao texto e às ideias apresentadas.” (Trechos retirados do material oficial do INEP de 2019)

O que não é desvio? Essa parte do material tem como objetivo deixar claro o que deve ser marcado e descontado, e o que pode ser marcado no texto, porém, não será descontado na nota final. Como comentamos no início deste material, nós, como professores, nesse caso, especificamente corretores de redação, temos a função de explicar para o estudante os seus desvios textuais, mas, também, apontar melhorias que, mesmo que não descontem na nota final, serão importantes para o estudante no seu processo de escrita. Importante! Não invente desvios. Se você está em dúvida entre fazer ou não uma marcação, cheque o material. Caso não esteja escrito tal desvio em algum lugar, não marque!

→ SOBRE CALIGRAFIA: AS APARÊNCIAS ENGANAM “É importante que não nos deixemos impressionar por uma caligrafia mais bonita, atribuindo-lhe uma nota alta, e que nos esmeremos para corrigir um texto que apresente uma caligrafia de difícil leitura, mas que quase não contenha desvios.” Ademais, não descontamos nota por não entendermos a letra do estudante, beleza? → NÃO MARCAR O MESMO DESVIO DUAS VEZES “Quando um mesmo desvio ocorrer em palavras que se repetem ou em palavras de mesmo radical, deve-se considerá-lo apenas uma vez.” (Trechos retirados do material oficial do INEP de 2019)

→ TÍTULO Aconselhar o estudante a não colocar, explicando que o ENEM não avalia título, portanto, não há motivos para perder uma linha da redação para isso. → GRAFIA DE NÚMEROS Todos os tipos são aceitos. Constituídos de apenas uma palavra, por extenso (Exemplo: um, doze, vinte…) ou constituídos de mais de uma palavra, porcentagens e anos, apenas numérico (Exemplo: 21, 98%, 2014). → FALTA DE MARGEM OU EXCESSO DELA Indicar, comentar a importância. Não é descontado na nota final. *Caso o estudante ultrapassar muito a margem ou as 30 linhas, é ideal comentar que, no ENEM oficial, tudo que estiver fora das margens da folha de redação será desconsiderado do texto. → USO DE ESTE/A, ESSE/A, ISTO, ISSO Não é descontado, não é inadequação. → USO DO PRONOME RELATIVO ONDE Quando relacionado à “sociedade” e à ideia de “lugar virtual” (site, blog, link...), NÃO é descontado. Outras referências, que não forem a lugares físicos/geográficos, deverão ser descontadas normalmente. → NOMES PRÓPRIOS ESCRITOS DE MANEIRA INCORRETA Indicar, porém, não é descontado da nota final. → MENÇÃO A ÓRGÃOS (Ministérios, etc) QUE FORAM EXTINTOS Indicar, mas não descontar na nota final. → ESTRANGEIRISMOS “Palavras estrangeiras grafadas incorretamente não devem ser consideradas desvios. Assim, se o participante escreve “feique nius” (fake news) ou “notibuqui” (notebook), não consideraremos desvio. A exceção em 2018 foi a palavra “internet”, que, por estar presente na própria proposta, foi considerada desvio quando grafada incorretamente.” (Trecho retirado do material oficial do INEP de 2019)

→ ASPAS INDICANDO IRONIA OU ÊNFASE “Ressaltamos que os usos das aspas quando se quer, por exemplo, dar ênfase a uma palavra ou empregá-la fora de seu contexto habitual não são considerados desvios.” Deve ser desconsiderado se foi mal utilizado. Não desconta! “Possivelmente, o participante utilizou as aspas para indicar uma ironia. O fato de o participante ter se valido dessa figura de linguagem, indicada pelas aspas, não o beneficia, nem o prejudica. Para a avaliação da Competência I, é como se as aspas não estivessem presentes.” → RASURAS SÃO VÁLIDAS “Muitas vezes, o participante, ao cometer um desvio em seu texto, usa riscos ou inscrições, como “sem efeito” ou “digo”, para indicar que uma determinada palavra ou trecho não deve ser considerado pelo avaliador. Nesse caso, o avaliador deve, de fato, desconsiderar o que está destacado, não avaliando a palavra ou o trecho como desvio de qualquer ordem. O participante também pode riscar um erro cometido e reforçar essa indicação com parênteses. Esse uso dos parênteses não deve ser penalizado.” → CONCORDÂNCIA DE “SER NECESSÁRIO”

(Trechos retirados do material oficial do INEP de 2019)

Notas altas e notas baixas O que são “alguns” e “poucos” desvios? “Sabemos que a diferença entre “alguns” e “poucos” desvios, por exemplo, pode variar, a depender do olhar do avaliador, o que não é desejável em qualquer processo de correção, ainda mais em um que envolve tantos atores e textos tão diferentes uns dos outros. Devemos considerar que há redações em que a produção textual dos participantes é claramente mais extensa quando comparadas a outras mais inexpressivas em termos de material produzido. Vários são os fatores que podem determinar uma produção textual mais ou menos extensa: quantidade de linhas escritas, tamanho da letra e espaçamento entre as palavras são alguns deles. Notemos que o único elemento objetivo entre esses três é a quantidade de linhas escritas, o que nos coloca diante do desafio de olharmos para o texto considerando os demais elementos, ainda que não tão objetivos. O que denominamos conjunto textual é, assim, a junção de todos esses elementos, os quais não podem ser objetivamente metrificados, mas devem ser observados pelo avaliador, a fim de determinar se um texto apresenta “muitos”, “alguns” ou “poucos” desvios.” O trecho anterior foi retirado integralmente do material do corretor de 2019. Embora o texto se proponha a tornar um pouco mais objetivos os conceitos de “muitos” e de “poucos” desvios, ele ainda pode deixar essa discussão muito aberta. Por isso, nós do MS! definimos uma tabela padrão de equívocos para as nossas correções. Assim, temos parâmetros mais fixos, e o processo fica mais simples.

(Trecho retirado do material oficial do INEP de 2019)

QUADRO DE NOTAS COMPETÊNCIA I

200 pontos

ATÉ 2 DESVIOS MARCADOS (gramática), 1 falha sintática, excelente estrutura sintática

160 pontos

ATÉ 10 DESVIOS (gramática), excelente estrutura sintática

120 pontos

ATÉ 15 DESVIOS (gramática) e/ou boa estrutura sintática

80/40/0

ACIMA DE 15 DESVIOS (gramática) e/ou estrutura sintática precária

AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA SINTÁTICA “Os textos com falhas relacionadas à estrutura sintática geralmente apresentam períodos truncados e justaposição de palavras, ausência de termos ou excesso de palavras (elementos sintáticos). Pode haver ainda a presença de um ponto final separando duas orações que deveriam constituir um mesmo período (truncamento) ou uma vírgula no lugar de um ponto final que deveria indicar o fim da frase (justaposição), o que interfere na qualidade da estrutura sintática. A frequência com que esses falhas ocorrem no texto e o quanto elas prejudicam sua compreensão como um todo é o que ajudará a definir o nível em que uma redação deve ser avaliada.” (Trecho retirado do material oficial do INEP de 2019)

Comentários gramaticais: como fazê-los? Aqui, vamos falar um pouco sobre como fazer os comentários gramaticais. É importante reiterarmos alguns pontos: ➔ ➔ ➔ ➔

os comentários devem explicar o desvio, e não apenas apontá-lo; a linguagem utilizada deve estar entre o técnico e o informal (converse com o estudante!); cuidado com termos amplos, que podem gerar dúvida; dê exemplos!

EXEMPLOS DE COMENTÁRIOS Ortografia ●

Aqui o correto é “a fim de”. "Afim" é um adjetivo e significa igual, semelhante. "A fim" faz parte da locução "a fim de", que significa para, com o propósito, com o intuito e indica finalidade.



Aqui o correto é “há”, pois indica passagem de tempo (tempo decorrido), ou seja, tempo passado. Possui o mesmo sentido dos verbos “tem” ou “faz”.



Estado com letra maiúscula, pois nesse caso representa entidades de direito público administrativo (governo, congresso, forças armadas, poder judiciário, etc.) Regência



Acarretar não exige preposição, é um verbo transitivo direto, portanto, o correto é “acarretar ______”



Crase é a ligação de uma preposição a e um artigo feminino. Palavras masculinas possuem o artigo ‘o’ e não ‘a’ como complemento, portanto, a crase nunca as acompanha.

Semântica ●

Onde é usado apenas para referenciar lugares físicos e geográficos. Substitua por _____, pois você se refere a _____.

Concordância ●

"têm", no plural, concordando com "______"



"vêm", no plural, concordando com "______"

Pontuação ●

Aqui não há vírgula, pois não se separa o sujeito do verbo.



Essa oração é subordinada à anterior (seu sentido depende da ligação com a outra oração), portanto, aqui deve haver vírgula.



A conjunção “mas” é obrigatoriamente precedida de vírgula quando equivale a “porém”, “contudo”, “entretanto”, “todavia”.

Outros ●

Expressões como "se" não são aceitas na proposta de intervenção, pois elas são consideradas estruturas condicionais, de acordo com as novas regras do ENEM 2019, sendo, então, inválida.



Faltou o modo/meio de execução da sua proposta.



Dica: utilizar a expressão "por meio de" ou "através de". Assim, você não esquece de desenvolver o meio.



Faltou o detalhamento (a informação “extra”) vinculado a algum elemento na sua proposta.

Marcações exageradas O número máximo de marcações por texto será de 25 bolinhas. Preestabelecemos esse número pois sabemos que é desmotivador para o estudante receber um texto repleto de bolinhas, em que até mesmo o texto fica “poluído”. Perguntas frequentes ●

O que fazer se o texto ultrapassar 25 marcações?

Caso você terminar a correção e o texto ultrapassar as 25 bolinhas preestabelecidas, será necessário revisar as suas marcações e diminuí-las para 25. Ou seja, você terá que priorizar marcações. ●

Quais marcações priorizar?

Priorizar, nesses casos, marcações mais graves, como pontuação, regência e concordância. É possível, também, fazer um comentário completo sobre acentuação e ortografia, se for o caso, no “outros”, para o estudante saber que esses erros foram recorrentes no texto.

ANEXO II

SOBRE A COMPETÊNCIA II

Tópicos deste material ● ● ● ●

Repertório legitimado, pertinente e produtivo Repertório dos textos motivadores Repertório coringa Tangência e fuga ao tema

O QUE É REPERTÓRIO? “Elemento importante para a redação do Enem e requisito fundamental para que o participante atinja as notas mais altas na Competência II, o repertório sociocultural configura-se como toda e qualquer informação, fato, citação ou experiência vivida que, de alguma forma, contribui como argumento para a discussão proposta pelo participante.” ● ●

Voz externa Pilares de sustentação da argumentação

QUANTOS REPERTÓRIOS É PRECISO TER NO TEXTO? ●

Para nota máxima na CII, o estudante precisa apresentar APENAS UM repertório que seja legitimado, produtivo e pertinente, e que não seja dos textos motivadores.



Se houver repertório legitimado, produtivo e pertinente no texto que seja retirado apenas dos textos motivadores, a nota na CII não passa de 120.



Se houver repertórios de níveis distintos, o repertório legitimado, pertinente e produtivo será o avaliado. Ou seja, se houver um repertório improdutivo e um produtivo no texto, a nota ainda será 200.

REPERTÓRIO LEGITIMADO “Trata-se de repertório em que se utilizam informações, fatos, situações e experiências vividas COM respaldo nas Áreas do Conhecimento. Serão considerados repertórios legitimados por essas Áreas: - conceitos e suas definições; - informações, citações ou fatos e/ou referências a Áreas do Conhecimento • fatos ou períodos históricos reconhecidos; • referência a nomes de autores, filósofos, poetas, livros, obras, peças, filmes, esculturas, músicas etc.; • referência a Áreas do Conhecimento e/ou seus profissionais • referência a estudos e/ou pesquisas; • referência a personalidades, celebridades, figuras, personagens etc., desde que conhecidos; • referência aos meios de comunicação conhecidos, como redes sociais, mídia, jornais (O Globo, Revista Veja, Rede Globo, Folha de S. Paulo etc.)”

REPERTÓRIO PERTINENTE “Trata-se da associação do repertório legitimado ao menos a um dos elementos do tema. Essa associação pode se dar por sinônimos, hiperônimos ou hipônimos”

REPERTÓRIO PRODUTIVO “Ocorre o uso produtivo de repertório legitimado e pertinente ao tema quando o participante vincula esse repertório à discussão proposta, ainda que de forma pontual.”

REPERTÓRIO BASEADO NOS TEXTOS MOTIVADORES “Trata-se de repertório em que se utilizam apenas informações já disponibilizadas pelos textos motivadores. O participante pode tanto realizar uma paráfrase bem próxima ao original (inclusive fazendo uso pontual de cópia), apenas trocando palavras e expressões, por exemplo, ou se apropriar melhor do que leu, mas ainda sem complementar com informações que extrapolem os textos motivadores.”

COMO AVALIAR O REPERTÓRIO? 1) identificar se a origem do repertório está ligada aos textos motivadores ou não; 2) se está ligada aos textos motivadores, é preciso diferenciar textos cujos argumentos são limitados a muitos trechos de cópias dos textos motivadores daqueles apenas baseados nos textos motivadores; 3) se a origem do repertório não está ligada aos textos motivadores, analisamos se informações, fatos, citações ou experiências vividas são ou não legitimados pelas Áreas do Conhecimento; 4) quando o repertório apresenta legitimação, é preciso verificar sua pertinência ao tema, isto é, se o repertório é associado ao menos a um dos seus elementos. Na proposta de redação do Enem 2018, os elementos do tema foram: internet, manipulação do comportamento do usuário e controle de dados. Nesse sentido, o repertório legitimado e pertinente deve estar associado por sinônimos, hiperônimos ou hipônimos a pelo menos um desses elementos do tema. Deve-se destacar que a pertinência ao tema pode ser encontrada tanto na referência direta que o participante apresenta, por meio de conceitos, informações, fatos ou citações, quanto na existência de um uso produtivo que ele faz do repertório legitimado; 5) se o repertório apresenta legitimação e pertinência ao tema, devemos atentar para a existência de um uso produtivo, ou seja, se ele está vinculado à discussão proposta pelo participante. Assim, será considerado sem uso produtivo o repertório em que não for possível perceber essa vinculação.

REPERTÓRIO BASEADO NOS TEXTOS MOTIVADORES “Trata-se de repertório em que se utilizam apenas informações já disponibilizadas pelos textos motivadores. O participante pode tanto realizar uma paráfrase bem próxima ao original (inclusive fazendo uso pontual de cópia), apenas trocando palavras e expressões, por exemplo, ou se apropriar melhor do que leu, mas ainda sem complementar com informações que extrapolem os textos motivadores.”

COMO AVALIAR O REPERTÓRIO? 1) identificar se a origem do repertório está ligada aos textos motivadores ou não; 2) se está ligada aos textos motivadores, é preciso diferenciar textos cujos argumentos são limitados a muitos trechos de cópias dos textos motivadores daqueles apenas baseados nos textos motivadores; 3) se a origem do repertório não está ligada aos textos motivadores, analisamos se informações, fatos, citações ou experiências vividas são ou não legitimados pelas Áreas do Conhecimento; 4) quando o repertório apresenta legitimação, é preciso verificar sua pertinência ao tema, isto é, se o repertório é associado ao menos a um dos seus elementos. Na proposta de redação do Enem 2018, os elementos do tema foram: internet, manipulação do comportamento do usuário e controle de dados. Nesse sentido, o repertório legitimado e pertinente deve estar associado por sinônimos, hiperônimos ou hipônimos a pelo menos um desses elementos do tema. Deve-se destacar que a pertinência ao tema pode ser encontrada tanto na referência direta que o participante apresenta, por meio de conceitos, informações, fatos ou citações, quanto na existência de um uso produtivo que ele faz do repertório legitimado; 5) se o repertório apresenta legitimação e pertinência ao tema, devemos atentar para a existência de um uso produtivo, ou seja, se ele está vinculado à discussão proposta pelo participante. Assim, será considerado sem uso produtivo o repertório em que não for possível perceber essa vinculação.

REPERTÓRIO GENÉRICO/CORINGA → Não há nada no material oficial do INEP que trate do assunto, por isso esses repertórios coringas (clichês) devem ser avaliados da mesma forma que os outros. São legitimados? São pertinentes e produtivos? Se sim, 200! → Se não funcionarem bem, os descontos serão feitos de forma normal. O desconto jamais ocorrerá apenas pelo fato de o repertório ser coringa, e não deve ser comentado o fato de que o repertório é CORINGA/CLICHÊ, mas, sim, improdutivo/não legitimado/não pertinente.

FUGA AO TEMA ● ● ●

deve ser muito bem analisada! ocorre quando o estudante não aborda nenhum eixo da proposta; identificar se não mandou o tema errado.

TANGÊNCIA “A tangência é observada naqueles textos que apenas resvalam no tema. A tangência ao tema caracteriza-se por uma abordagem incompleta dos elementos relacionados a ele. Essa abordagem parcial demonstra dificuldades de leitura e interpretação que prejudicam a avaliação do texto elaborado pelo participante.” EXEMPLO: Democratização do acesso ao cinema no Brasil → texto que aborda a democratização do acesso ao cinema, mas não especificamente no Brasil.

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