Discurso de Formatura

 

DISCURSO DE FORMATURA

Ilustríssima Coordenadora do Curso de CIENCIAS CONTABEIS, Profª CARLA AGOSTINI. Ilustríssimo Patrono da turma: Profº LEONARDO HENRIQUE DE ALMEIDA SILVA. Ilustríssimo Paraninfo da turma: Profº CAIO RODRIGUES VALE; Ilustríssimo Profº Homenageado da turma: KAIRO CARVALHO. Ilustríssimo Profº Homenageado da turma: CLODOALDO LACERDA. Caros formandos, queridos mestres, prezados familiares e amigos, é com imenso prazer e alegria que nos reunimos aqui nesta noite, para comemorarmos o tão aguardado dia, em que passamos de alunos do curso de Ciências Contábeis, para profissionais da área contábil. Em outras palavras, estamos aqui festejando a nossa tão sonhada formatura. Primeiramente agradecemos a Deus, a fonte e a essência de todo saber e conhecimento, o qual nos presenteou, até o dia de hoje, com o dom da vida, para que pudéssemos suportar as muitas dificuldades e superar os inúmeros obstáculos que surgiram durante esses anos.  Aos nossos pais, parentes e amigos, sentimo-nos honrados em tê-los aqui presentes neste memorável dia, para compartilhar conosco da alegria e do prazer de dever cumprido. Somos gratos pela presença de todos que acreditaram, mesmo em meio a tantas dificuldades, que concluiríamos a graduação. Nossos mestres. Para uns professores e educadores, para muitos de nós, amigos. Faltam palavras que expressem o sentimento de gratidão pelo o que fizeram por pessoas tão limitadas como nós. A arte de compartilhar o conhecimento reside de fato em cada um de vocês.  A vocês, nossos educadores, a seguinte frase de Rubem Alves os definem: “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naquele cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O  professor, assim, não morre jam jamais ais”. ”. Com toda certeza o que vocês nos legaram não se resume a conhecimento técnico somente, mas, a valores, que unidos as vossas pessoas permanecerão por toda a vida dentro de nós. Muito obrigado. Caros amigos, e a partir de hoje colegas de profissão. Acabou! Chegou ao fim! Quatro anos de uma vida dedicada à suprema arte do débito e do crédito. Oito períodos vivendo um triângulo amoroso entre o Ativo, Passivo e o Patrimônio Líquido. Quarenta e oito meses em um relacionamento sério com a ciência que

 

estuda e controla o patrimônio de uma entidade, e as modificações que nele ocorrem. Mil quatrocentos e sessenta dias acordando e dormindo com a mais bela de todas as ciências: A CONTABILIDADE. No início, como sempre, tudo era muito novo, imaginávamos que a contabilidade consistia apenas em um trabalho que envolvia o cálculo de tributos, impressão de boletos para que os empresários providenciassem seu pagamento, e ao término do ano apresentava aos mesmos o lucro que obtiveram. Mas com o passar do tempo vimos que o exercício da profissão contábil não se baseava em algo estático, mas numa das profissões que necessitam de um dinamismo e de uma presteza que às vezes parece fugir da realidade humana.  Aprendemos que ser contador nos dias atuais significa ser simultaneamente advogado, administrador, psicólogo, pedagogo, político, consultor, pai ou mãe, filho ou filha e se sobrar tempo pode tirar um cochilo. Mas a sala de aula não se resumiu a aulas de teoria ou cálculo, foi um lugar onde pudemos conviver com pessoas dos mais variados tipos, gostos e pensamentos. Nesse ambiente “feliz e aconchegante” aconchegante”, havia uma mistura de pessoas que estavam ali para estudar e fechar todas as provas, outras que estudavam um pouco menos e não fechavam todas as provas, algumas que estudavam menos ainda e pelo menos pegavam média e aqueles que estudavam menos que todos estes, se é que estudavam, e se davam bem em tudo, até hoje não consegui entender como vivem tais pessoas. E depois de estudar com tanto afinco, merecíamos um descanso. E para alguns era hora de beber, encher a cara, aliviar a pressão, o termo técnico usado pelos exemplares alunos para tal ação era: “BORA BEBER NO OSNIR?”. Esse cara ficou rico. Osnir, uma lenda, que fez fortuna principalmente nas sextas-feiras. Mas como nem tudo são flores, passaram-se os períodos e como um pesadelo do qual se quer acordar a todo custo, chegou a temida e impiedosa MONOGRAFIA. Quer saber quais são os seus efeitos? Pergunte a cada um destes nobres guerreiros que aqui estão, sobreviventes, e verão que ela não é tão difícil assim de ser encarada e vencida. Algumas lágrimas, noites sem dormir, insônia, disfunção intestinal são alguns de seus sintomas. Mas ninguém ni nguém morreu. Vencemos!

 

E agora, depois deste longo trajeto, aqui estamos. Preparados? Nem tanto, mas, sabedores de que o mercado e o mundo dos negócios são lobos devoradores e imperdoáveis. Não teremos tempo, nem prazo como na faculdade para corrigir os erros, não ouviremos mais o barulho de uma régua chata de ferro da Marluvas, batendo na mesa em plena sexta-feira para ser chamados a atenção. Nada disso. Qualquer erro que cometermos a partir de agora iremos arcar com ele. Então, não pense que a conclusão do curso é um fim em si mesmo.  Atualize-se. Recicle seus conhecimentos. Preze pela idoneidade, verdade, sinceridade, clareza e humildade quando na realização ou prestação de seus serviços. Não sejam bons profissionais, mas sim excelentes. Segundo Augusto Cury, autor do livro O Código Código da Inteligência, “bons “bons profissionais são atropelados em um mercado altamente competitivo; só os excelentes sobrevivem” . Ainda segundo este célebre autor, “bons “bons profissionais corrigem erros, enquanto que excelentes  profissionais os previnem” previnem”..  Vivemos em um país que tem passado por uma crise em todos os seus setores, crises ideológicas, familiares e uma corrupção que está tão disseminada em nosso meio que parece invisível. Mas, isso não quer dizer um motivo a mais para nos conformarmos e deixarmos a situação como está. Se quisermos a mudança, comecemos a mudar a nós mesmos, feito isso, poderemos influenciar os demais que nos rodeiam a compartilhar da mesma atitude. Como disse Mahatma Gandhi: “Seja “ Seja a mudança que você quer ver no mundo”.  mundo”.  Meus amigos, chegou o dia que mais aguardávamos, porém, não fomos preparados durante esses quatro anos, para dizermos adeus. Adeus denota separação física, distanciamento entre pessoas. Porém amigos de verdade não dizem adeus, mas sim, até breve, até logo ou quem sabe até amanhã. William Shakespeare já dizia:”...que dizia: ”...que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias” di stâncias”..  Então, encaremos esta despedida como uma noite de sexta-feira. Lembram quando nos despedíamos e dizíamos: Até segunda? Pois bem, por coincidência hoje é sexta-feira, porém a segunda pode ser amanhã, daqui um mês, um ano, dez anos ou daqui algumas décadas, o importante é não nos separarmos para sempre, ou nos despedirmos como se nunca mais fossemos nos ver.

 

Para este momento a última estrofe da aludida Canção da América de Milton Nascimento é suficiente: Pois seja o que vier, venha o que vier Qualquer dia, amigo, eu volto  A te encontrar encontrar Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar. Sejam muito felizes, tenham sempre em mente de que a vida é curta, mas cabe a cada um de nós fazer com que ela não seja pequena pequena.. Uma vida se torna pequena quando vivemos apenas para nós mesmos, buscando os nossos próprios interesses, não perdoando os que nos ofenderam ou feriram. A maior virtude de um ser humano não reside na capacidade de pagar com a mesma moeda, mas em estender a mão até mesmo para aquele que o derrubou ou que o quisera ver cair. Que Deus, o supremo arquiteto do universo, abençoe a vida de cada um de vocês. E como diz o Salmo de número 37, verso 4: “Ponha a sua vida nas mãos do SENHOR, confie nele, e ele o ajudará”  ajudará ” .