DIRECÇÃO DE OBRA_Organização e controlo_ AECOPS

September 20, 2017 | Author: jpteccc | Category: Economics, Engineering, Books, Budget, Civil Engineering
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J.M.MOTA CARDOSO...

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J. M. MOTA CARDOSO

DIRECÇÃO DE OBRA

AECOPS A 5SOC1AÇÃO DE E M P R E S A S DÊ CONSTRUÇÃO C5'" ; -:- PÚBL CAS E S E R V I COS

J. M. MOTA CARDOSO

DIRECÇÃO DE OBRA > ORGANIZAÇÃO E CONTROLO > 3a Edição

Biblioteca AECOPS N°1 l Lisboa 2007

Título DIRECÇÃO DE OBRA (3a Edição) Organização e Controlo Autor J.M. Mota Cardoso

AECOPS - Associação de Empresas de Construção. Obras Públicas e Serviços Design e maquetização Área Tripla Design e Publicidade, Lda Execução gráfica Clássica Artes Gráficas ISBN: 978-972-8197-13-1 Depósito Legal: 269710/08 Tiragem : 5 000 exemplares

ÍNDICE ///////////////y

Pág. Nota à 3a Edição Prefácio à 2a Edição Prefácio à 1a Edição

5 7 11

INTRODUÇÃO Nota Prévia Objectivo Tipo de Obra Exemplificativa

15 15 16

DOCUMENTAÇÃO BÁSICA Projecto Orçamento Planeamento Mapa de Produção Codificação

19 31 37 39

ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIRO Generalidades Mão de Obra Materiais Máquinas Subempreitadas Meios de Apoio e instalações Fixas Serviços a Instalar

47 47 66 86 101 101 118

CONTROLO DOS CUSTOS Recolha dos Elementos Distribuição dos Elementos Valorização dos Elementos Comparação de Custos

121 121 126 129

EXEMPLOS SUBSIDIÁRIOS Exemplo l Exemplo 2

133 140

NOTA A 3A EDIÇÃO Esgotadas há vários anos as duas anteriores edições do livro "Direcção de Obra — Organização e Controlo", da autoria do Eng° JoséManuel Mota Cardoso, tomou a AECOPS conhecimento de que esta obra continua a circular profusamente, em volumes policopiados, em diversos estabelecimentos de ensino superior portugueses, sendo indicada como bibliografia recomendada em várias cadeiras dos cursos de Engenharia Civil. Na verdade, se bem que a maior parte das empresas de construção recorra já actualmente aferramentas informáticas especialmente desenvolvidas para gestão de obras, o certo é que a utilização competente de tais programas pressupõe o conhecimento das realidades que lhe estão subjacentes. E é disso que trata este livro. Por tal motivo, de acordo com o respectivo Autor e tendo consciência de que se trata de um trabalho publicado originalmente em 1985, ou seja, há mais de 20 anos, decidiu a AECOPS editar esta terceira edição do livro "Direcção de Obra — Organização e Controlo", do Eng°Mota Cardoso.

PREFACIO A 2A EDIÇÃO

Torna-se desnecessário realçar o elevado interesse da obra elaborada pelo Eng° J. M. Mota Cardoso. A necessidade de fazer uma nova edição é o melhor realce. Trata-se, com efeito, de uma publicação de base no domínio da "Gestão de Obras", que constitui j á uma referência obrigatória no meio da construção no nosso país, neste domínio do conhecimento. O livro é de leitura obrigatória quer para quadros superiores e médios de empresas de construção e gestores de empreendimentos, quer para os alunos das escolas superiores de engenharia, a nível de graduação e de pós-graduação. O interesse do tema da "Gestão de Obras" é manifesto. Este tema, que se integra no domínio da "Gestão da Construção", poderá ser susceptível de abordagem segundo duas vias: - como área componente da "Gestão da Empresa de Construção", coincidindo ou fazendo parte da "Gestão da Produção"; - como capítulo da "Gestão do Empreendimento", de acordo com a subdivisão clássica deste em fases (Concepção, Projecto, Execução da Obra e Utilização). A publicação que se apresenta é importante como suporte de qualquer das duas abordagens. O interesse do texto, em termos de utilidade, poderá ser observado em correspondência directa com as duas vias atrás referidas: - no primeiro caso, contribuindo para a melhoria da produtividade e da organização das empresas de construção, através da melhoria do funcionamento da função e do aperfeiçoamento da inter-relação desta com as várias outras funções da empresa; - no segundo caso, permitindo a melhoria da relação economia/qualidade das obras, através da racionalização da execução desta e da influência exercida a montante, obrigando à elaboração de orçamentos e de projectos de comunicação à obra adequados e devidamente pormenorizados. Explicitando atrás, deforma breve, o interesse do tema e do livro, apontam-se a seguir alguns pontos relativos ao enquadramento da matéria tratada. A Gestão das Obras inclui, para além da gestão dos objectivos ou indicadores globais estabelecidos para menção das obras, e de funções ou procedimentos

integrados diversos (planeamento e controlo, gestão do risco, gestão de contratos, gestão de recursos humanos e outros), inclui, fundamentalmente, 3 funções componentes de base: - a Gestão dos Prazos ou Tempos; - a Gestão dos Custos e/ou Recursos; - a Gestão da Qualidade. O livro do Eng° Mota Cardoso não só trata de modo cabal, e de uma forma simples e natural, as duas primeiras funções, como, implicitamente, ao exigir uma gestão técnica eficiente, abre caminho a uma implantação posterior da gestão da qualidade. Saliente-se ainda, como aspecto importante, que o texto abrange todos os níveis da Gestão da Obra: - a Gestão Estratégica; - a Gestão Táctica; - a Gestão Operacional. Estes níveis são sobretudo tratados através de prodecimentos de planeamento e de controlo, utilizando não só os conceitos teóricos como, sobretudo, um vasto conjunto de diagramas, mapas e fichas. Refira-se também que, ainda que o livro tenha optado por um certo modelo de Direcção ou Gestão de Obra, tal facto não o limita - poderão, com efeito serem feitas as adaptações necessárias para modelos diferentes, mais ou menos complexos de uma forma fácil. O Autor trata, ainda, a ligação da Gestão da Obra à organização do estaleiro e refere, deforma breve e natural, as ligações às diferentes funções da empresa envolventes - orçamentação, aprovisionamentos, "stocks" e outros. E de salientar, finalmente, que embora não seja referida a questão da informatização, o estudo das matérias do texto é essencial para quem utilize, como hoje é corrente, "software" de gestão de obras. Os múltiplos "packages" existentes actualmente no mercado baseiam-se, todos eles, em maior ou menor grau, na teoria e prática expostas. Apresentado o interesse do tema, e avaliado, deforma geral, o conteúdo da obra, é de salientar que o Autor é uma das poucas personalidades da prática da construção que aliam, ao mesmo tempo, uma experiência conseguida em

várias empresas e numerosas obras, e de uma elevada capacidade pedagógica e interesse pela divulgação dos conhecimentos e experiência adquiridos. Nos últimos anos o Autor tem exercido, em suplemento da sua intensa actividade prática, alguma actividade pedagógica, muito apreciada, através da realização de Seminários e Palestras no âmbito do Curso de Mestrado e Construção "Tecnologia e Economia de edifícios", e de cursos de pós-graduação em "Economia e Tecnologia de Construção", no Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa. Finalmente, fazem-se votos para que este texto possa contribuir para o aparecimento breve de um conjunto de outros textos sobre temas que nele são, implícita ou explicitamente, referidos: - contabilidade analítica e controlo de custos; - ligação do orçamento ao planeamento de obras; - organização de estaleiros (para diferentes tipos de dimensões das obras e das empresas); - segurança e saúde nos estaleiros (em ligação com a Directiva da CEE em preparação); - gestão económico-financeira de empreitadas; - gestão de empresas de construção (para diferentes tipos e dimensões das empresas). Artur A. Alves Bezelga Professor do Instituto Superior Técnico

PREFACIO A1 A EDIÇÃO

O grande interesse do assunto tratado pelo Eng. J. M. Mota Cardoso e a pobreza da bibliografia em língua portuguesa sobre a matéria, justificam sobejamente a publicação do trabalho de muito mérito que temos a honra de apresentar. A pobreza da bibliografia em língua portuguesa, quer sobre problemas de gestão geral, quer relativa à gestão dos estaleiros da construção, é facto de que qualquer estudioso facilmente se poderá dar conta. E acontece ainda que, nas escolas superiores de engenharia, ao assunto não é dado o desenvolvimento que seria de desejar. Como justificação desta afirmação bastará referir que na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, do plano de estudos do curso de engenharia civil, desta área de conhecimentos unicamente f azem parte duas disciplinas semestrais, Organização e Gestão, obrigatória, e Processos de Construção, de opção livre. No que respeita à importância do assunto, duas vertentes principais podem ser consideradas, a relativa à economia, por um lado, e a relativa à penosidade do trabalho, incluída a sinistralidade, por outro. Quanto à economia no campo das estruturas da engenharia civil, aceita-se hoje, pacificamente que, das três origens donde podem resultar reduções de custos, a saber, materiais, projecto e processos construtivos, só esta última pode ser, ainda, fonte de economias significativas. As melhorias de qualidade dos materiais estruturais têm sido, efectivamente, muito lentas e materiais novos aparecem raramente. Em relação à lentidão do processo de melhoria de qualidade dos materiais, note-se, por exemplo, que ofabrico de aço a baixo custo data de 1856 (convertidor de Bessemer) e o fabrico de cimento de qualidade de 1824-25 (data das patentes de J. Aspdin para o fabrico de cimento portland) e que desde então, os melhoramentos verificados têm sido fundamentalmente de pormenor. Relativamente a materiais novos, nos últimos cento e cinquenta anos unicamente há a registar o betão armado, que deu origem a uma verdadeira revolução no campo das estruturas de engenharia civil. A ideia de associar ao betão fios, barras ou varões de ferro e aço, com o objectivo de obter um material com novas características, data efectivamente, de meados do século passado, (barco de Lambot -1849); primeira patente de Monierpara tubos, vasos e depósitos -1867);

e a ideia de utilizar armaduras activas (betão pré-esforçado), embora sem sucesso nas primeiras tentativas, é contemporânea do rodar do século (Doering -1888; Koessen -1907). Relativamente às economias ligadas à melhoria de projecto, verificaram-se progressos muito importantes no período que vai do fim do século passado até tempos recentes. Neste momento admite-se, porém, que serão muito reduzidas as economias que com esta origem poderão ser ainda obtidas. Não deixa de ser sintomático verificar, a este respeito, o facto de as atenções de grande número de investigadores ligados às estruturas se terem dirigido, de ha alguns anos a esta parte, para problemas de segurança e, mais recentemente, para problemas de fiabilidade. É, pois, nos processos construtivos que economias significativas poderão ainda ser obtidas, quer directamente através da escolha, em cada caso, do método mais adequado à execução da obra, quer indirectamente através do aumento de produtividade. No que se refere às condições de trabalho, facilmente se pode compreender que a conveniente organização e gestão dos estaleiros, além de conduzir a uma redução substancial da sinistralidade, tem incidência muito positiva sobre a penosidade do trabalho em geral. Justificado o interesse da obra, façamos a seguir uma breve referência ao seu conteúdo. Trata-se duma obra eminentemente prática, recheada de exemplos de aplicação, modelos de fichas e mapas para variados fins, plantas de instalações de diversas naturezas, etc., mas em que há sempre uma justificação cuidada, embora por vezes curta, de todas as operações. Deste bem conseguido equilíbrio resulta ser esta publicação útil, quer para técnicos deformação média, quer para técnicos deformação superior. A apresentação das matérias tratadas é feita pelo autor em ligação com o caso concreto duma obra realizada, o que tem a indiscutível vantagem de facilitar o seguimento do texto que, em abstraio, seria em muitos casos árido. Além da introdução e dos exemplos finais, o trabalho reparte-se por três grandes capítulos dedicados, sucessivamente, à documentação básica, à organização do estaleiro e ao controlo dos custos. Nestes três capítulos são tratadas, com desenvolvimento adequado, as diferentes matérias. Em particular no capítulo relativo à organização do estaleiro é dado relevo aos problemas da mão-de-obra, dos materiais e das máquinas.

12

Um assunto que, por sair do âmbito do trabalho, não é expressamente tratado, é o que diz respeito às relações com a fiscalização e, em particular, ao pagamento dos trabalhos da empreitada. Não queremos, no entanto, deixar de aproveitar a oportunidade para fazer uma chamada de atenção para as vantagens que poderiam resultar dofacto de serem os elementos referentes à produção elaborados de modo a poderem servir de base, nas empreitadas em regime de medição, à liquidação dos trabalhos. Conhecidas as dificuldades e as demoras que, neste tipo de empreitadas, habitualmente se verificam no pagamento dos trabalhos, e os prejuízos que, particularmente em períodos inflacionários, dai resultam para os construtores, parece que valia a pena fazer um esforço no sentido de se poder aproveitar, da gestão do adjudicatário, o que para o efeito pudesse ser útil. A. DE CAMPOS E MATOS Prof. Catedrático da Fac. de Engenharia da U. P.

13

l - INTRODUÇÃO

1.1 - NOTA PREVIA O presente trabalho resulta de uma reflexão crítica sobre conhecimentos recolhidos e aplicados ao longo de alguns anos, os quais, naturalmente, foram complementados com o estudo e análise de bibliografia disponível. Sem pretensões de natureza científica, está orientado, no essencial, com um objectivo eminentemente prático.

1.2. - OBJECTIVO O responsável pela execução de uma obra de construção terá de dispor de meios que lhe permitam realizar e controlar rapidamente e de forma eficaz a produção prevista para determinado momento. Daí a importância de que se reveste o estudo da organização e controlo de estaleiros, os quais devem ser entendidos como "o conjunto de pessoas, de materiais, de máquinas e equipamentos, de instalações e de serviços, organizados e estruturados deforma a permitir a concretização do projecto com elevado nível técnico, em termos de economia, de racionalidade de processos, de prazo e de segurança". O dimensionamento correcto dos meios relativamente ao número de unidades a executar em cada actividade, assume, assim, carácter de extrema importância; a comparação, no decurso da obra, através de processos simples e rápidos, entre os custos orçamentalmente previstos e os reais, constitui o processo mais adequado de controlo e análise de resultados, já que se traduz no aferímetro único da justeza do dimensionamento e funcionamento do estaleiro. Só assim poderão ser corrigidas e ultrapassadas, no momento oportuno, dificuldades e deficiências surgidas, evitando-se não só os resultados negativos e incumprimento de prazos - consequentemente o encarecimento da obra - mas permitindo também a percepção da viabilidade, tantas vezes possível, de melhorar um resultado positivo. 15

Por outro lado, a obtenção dos custos reais, estudados com pormenor no decurso das obras, permite às empresas possuir elementos de valor extraordinário para o estudo de novos empreendimentos, o que é tanto mais importante quanto é certo que a indústria da construção tem uma natureza bem distinta das outras, especialmente na perspectiva das variações, em termos de custos, a que os materiais e a mão de obra estão sujeitos. Uma vigilância apertada e rigorosa dos resultados económicos, ou seja dum controlo de previsões, metódico e eficaz, nomeadamente de custos, constitui o complemento obrigatório de todo o processo. O principal objectivo deste trabalho é, precisamente, propor soluções simples que, depois de meditadas e se consideradas oportunas, permitam ao técnico a sua implementação para conseguir dar satisfação ao enunciado mas sem interferir com estruturas internas da empresa muitas vezes enraizada em métodos pouco evoluídos. 1.3 - TIPO DE OBRA EXEMPLIFICATIVA Para uma melhor esquematização, vamos imaginar uma obra do tipo daquela que a empresa Construções Técnicas, S.A.R.L., tem vindo a projectar e construir no Porto de Leixões, embora, para facilidade de exposição, a simplifiquemos em alguns aspectos nomeadamente na sua dimensão e complexidade. Consideremos, então, uma obra já adjudicada, que foi entregue a um responsável para a preparar e executar e que, na sua essência (Ver página 17) se resume a um troço de cais de uma doca, estruturalmente projectada em dois módulos iguais, cada um com quatro pórticos transversais, em que os pilares são estacas de grande diâmetro, sendo as duas de trás inclinadas formando cavalete e a frontal vertical, ligadas superiormente por duas vigas de secção rectangular de betão armado uma de coroamento outra de tardoz. As travessas dos pórticos estão também em parte travadas por vigotas préfabricadas que servem de apoio aos terraplenos superiores. No tardoz da viga longitudinal de coroamento apoia-se uma cortina de estacas prancha metálicas que irá suportar os terrenos de tardoz depois de escavados segundo um determinado talude conveniente e sobre os quais apoiarão enrocamentos de protecção dispostos também em taludes convenientes. No pé do paramento será executada uma dragagem.

16

PLANTA

CORTE A-B

CORTE C-D

'//////////////// Fig. 1 - Planta e cortes da obra exemplificativa

17

\X

- >í>

V5 ;*>

II - DOCUMENTAÇÃO BÁSICA

2.1 - PROJECTO E ORÇAMENTO 2.1.1 - Dos documentos básicos à realização de uma obra salientam-se o projecto e o orçamento; há que, portanto, adaptar estes convenientemente às necessidades daquela. Consideramos que adaptar o projecto à obra é, para além da óbvia eliminação de dúvidas, erros e omissões, decompô-lo nos seus diferentes aspectos escritos e desenhados, definindo fases e métodos de execução, preparando desenhos distintos de fabricação e colocação (de cofragens e de armaduras, por exemplo), desenhando pormenores de execução, enfim, é prepará-lo por forma a que fique perfeitamente legível e adequado às responsabilidades e conhecimentos de quem vai executar os diferentes trabalhos de gabinete e de campo. E também medir ou rectificar as quantidades de trabalho a executar de cada tarefa e elaborar memória daqueles aspectos escritos que sejam particulares, específicos, pouco usuais ou desconhecidos. Adaptar um orçamento à obra e transformá-lo naquilo a que chamamos tipo ideal de orçamento e que não é mais do que aquele que resulta numa perfeita divisão das actividades a executar e a controlar, e em que os custos previstos dessas actividades estão convenientemente demarcados em, pelo menos, Mão de Obra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas. Esta divisão é importante, já que sob o ponto de vista de execução e de controlo, as obras estão divididas em unidades de produção, com resultados distintos, cada uma das quais tem de ser vigiada como se de trabalhos independentes se tratassem. 2.1.2 - Assim, e para o exemplo da obra atrás referida, vamos admitir que, depois do estudo pormenorizado sob o ponto de vista de projecto e de 19

M O

Obr 3 N.°

X

Folha N.°

MAPA ORÇAMENTAL ADAPTADO

1

Mês ACTIVIDADES

MÃO-DE-OBRA

MATERIAIS

MÁQUINAS

SUBEMPREIT.

TOTAIS

Quant. DESIGNAÇÃO

N° 1

ESCAV. P. PLAT. TRABALHO

D

2500

Total

Unitário 0,85



Unitário

Total

Unitário

Total

2.125,00€

Unitário 3,00 €

Total 7. 500, 00 €

Unitário

Total

3,85€

9.625,00 €

2

EXEC. ESTACAS MOLD, TERRENO

2.1

FURACÃO E REMOÇÃO

84,00 €

67. 200, 00 €

23,50 €

18, 800, 00 €

146,50 €

117. 200, 00 €

254,00 €

203.200,00 €

2.2

EXECUÇÃO DE ARMADURAS

60

t

342,72 €

20. 563, 20 €

1. 626,40 €

97.704,00 €

3,40 €

204,00 €

1.974, 52 €

11 8.471 ,20 €

2.3

TRANSPORTE DE ARMADURAS

60

t

47,04 €

2.822,40 €

2,10€

126, 00 €

8,40 €

504,00 €

57,54€

3.452740 €

2.4

COLOCAÇÃO DE ARMADURAS

60

t

16,80€

1. 008,00 €

0,43 €

25,80€

3,00 €

180,00 €

20,23€

1.213,80 €

2.5

FABRICO DE BETÃO

800

23,52€

18.816,00 €

72,50€

58. 000, 00 €

8,40 €

6.720,00 €

1 04,42 €

83.536,00 €

2.6

TRANSPORTE DE BETÃO

800

m3

40,32 €

32.256, 00 €

1,00 €

800,00 €

4,20 €

3. 360, 00 €

45,52€

36.416, 00 €

2.7

COLOCAÇÃO DE BETÃO

800

m3

51,10€

40.880,00€

o.eoe

480, 00€

11,36 €

9.080,00€

63,05€

50.440,00 €

1,70 e

10.200, 00 €

0,20€

1. 200,00 €

0,20 €

1.200, 00 €

2,10€

12. 600,00 €

27,44 €

32.928,00 €

800

3

ESCAV. P. EXECUT. SUPERESTRUT.

6.000

m3

4

CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA

1200

m2

13,44€

16.128,00 €

2,00 €

2, 400, 00 €

12, 00 €

14.400,00 €

5

PREP. DE CAB. ESTACAS B, ARM.

36

un

1.024, 80 €

36.892,80 €

72,36€

2.604, 96 €

221, 00 €

7.956,00 €

6

BETÃO DE LIMPEZA

6.1

FABRICO

50

ma

3,36€

1 68,00 €

40,00€

2.000,00 €

1,20 €

60,00 €

44,56 €

6,2

TRANSPORTE

50

m3

1,70 €

85,00 €

0,106

5,00€

0,10€

5,00 €

1,90 €

95,00 €

50

m3

10,00€

500 €

0,20 €

10,00€

0,20€

10,00 €

10,40€

520,00 €

126.734,40 €

6.3

COLOCAÇÃO

1 .318,16 €

47.453,76 €

2.228,00 €

7

ARMADURAS NASUPERESTRUT.

7.1

CORTE E MOLDAGEM

60

t

477,12 €

28.627,20 €

1.628,40 €

97.704,00 €

6,72 €

403,20 €

2.112,24 €

7.2

TRANSPORTE

60

t

218,40 €

13.104, 00 €

3,00 €

180,00€

7,22 €

433,20 €

228.62 €

13.717,20 €

7.3

MONTAGEM

60

1.176,00 €

70.560,00 €

14,00 €

840,00 €

2,00 €

120,00 €

1. 192,00 €

71. 520, 00 €

8

COFRAGEM EM SUPERESTRUT

8.1

EXECUÇÃO

8.2

MONTAGEM E DESMONTAGEM

Subtotais a transportar

700

m2

67,20 €

47.040,00 €

16,00 €

11. 200,00 €

1,00€

700, 00 €

84,20€

58. 940, 00 €

2.100

m2

57,1 2 €

119.952,00 €

0,60 €

1. 260,00 €

3,10€

6. 510, 00 €

60,82€

127. 722, 00 €

528. 927, 60 €

295. 339, 76 €

169.045,40 €

7. 500, 00 €

1.000. 812, 76 €

Obra N.° Mês

x

Folha N.°

MAPA ORÇAMENTAL ADAPTADO ACTIVIDADES

MAO-DE-OBRA Quanl.

B =>

DESIGNAÇÃO



Unitário

Total 528. 927, 60 €

Subtotais transportados f. 1 9

BETÃO EM SUPERESTRUTURA

9.1

FORNECIMENTO

1700

m3

9.2

COLOCAÇÃO

1700

m3

68,14 €

10

VIGOTAS PRÉ FABRICADAS

MÁQUINAS

MATERIAIS Unitário

Total

Unitário

295.339, 76 €

SUBEMPREIT.

Total

Unitário

169.045,40 €

79,20 €

134. 640, 00 €

115.838, 00 €

6,03 €

10.251,00€

30.60 €

52.020,00 €

Total

2

TOTAIS Unitário

7. 500, 00 €

Total 1.000. 812, 7 6 €

79,20€

134.640,00 €

1 04,77 €

178.1 09,00 €

10.1

PREPARAÇÃO ESTALEIRO

1

un

6.814,00 €

6. 814,00 €

288, 00 €

288,00 €

360,00 €

360, 00 €

7.462,00 €

7.462, 00€

10.2

EXECUÇÃO DE COFRAGEM

50

m2

68,14 €

3.407,00 €

14,20€

710, ooe

1,00€

50,00€

83,34€

4. 167, 00 €

10.3

CORTE E MOLDAGEM ARMADURAS

15

7.156,80€

1,628,70€

24.430, 50€

7,20€

108, 00€

2. 113, 02 €

31. 695,30 €

1D.4

MONTAGEM DE ARMADURAS

16

14,00€

210,00€

7,20 €

108,00€

1. 197,20 €

17. 958,00 €

477,12€ t m2"

1.176,00€

1 7.640, 00€

10.5

COFRAGEM (MONTAG. E DESMONT,}

20,16 €

30. 240, 00 €

0,60€

900, 00 €

20,76€

31.140,00€

10.6

FABRICO DE BETÃO

195

23,52 €

4. 586, 40 €

64,80€

12.636, 00 €

9,00 €

1. 755,00 €

97,32 €

1 8.977,40 €

10.7

TRANSPORTE DE BETÃO

195

10.08€

1.965, 60 €

0,80 €

156,00€

4,50 €

877, 50 €

15,38 €

2. 999, 10 €

10,6

COLOCAÇÃO DÊ BETÃO

195

68,14€

13. 287, 30 €

1,00€

195, 00 €

1,80€

351, 00 €

70,94€

13.833, 30 €

10.9

ARRUMAÇÃO DE VIGOTAS ESTALEI.

276

23,52€

6.491, 52 €

2, oo e

552, 00 €

4.50 €

1.242, 00 €

30,02 €

8. 285, 52 €

10.10

TRANSP. VIGOTAS P. APLICAÇÃO

276

10,08€

2, 782, 08 €

0,60€

165, 60 €

1,804

496, 80 €

12,48€

3.444,48 €

10.11

POSICIONAMENTO DE VIGOTAS

276

un

15,12*

4.173,12 €

1,00€

276,00 í

5,40 €

1. 490,40 €

21,52€

5. 939, 52 €

11

ESCAV. INTERIOR ESTAC. PRANCHA

6.000

m3

4,03€

24. 180, 00 €

0,80€

4.800,00 €

3,60 €

21. 600,00 €

15,43 €

92, 580, 00 €

12

COLOCAÇÃO ENROCAMENTO

3.000

t

11,76 €

35.280.00 €

38,20 €

114,600,00€

0,20€

600, 00 €

50,16€

1 50.480,00 €

13

ATERRO FINAL

3.000

m3

8, oo e

24. 000,00 €

8,00 €

24.000,00 €

14

DRAGAGEM

10,000

m'

3,80€

38, 000, 00 €

3,80€

38.000,00 €

15

ACABAMENTO

1

un

34. 500, 00 €

34. 500, 00 €

TOTAL DE CUSTOS DIRECTOS

1.500

m:t

33,600,00 €

33.600,00 €

836.369,42 €

900, 00 €

600. 149,86 €

7,00 €

42. 000, 00 €

900,00 €

251.004,10 €

111.500,00€

1. 799.023,38 €

execução, o responsávei já trabalhou o orçamento por forma a que no início do trabalho aquele se encontre dentro do esquema ideal, ou seja: — Esteja elaborado um mapa orçamental com todas as actividades perfeitamente definidas, bem assim como as respectivas quantidades e custos unitários; estes deverão cncontrar-se subdivididos em Mão de Obra, Materiais, Máquinas e Subempreitadas (ver página 32 ). - Este mapa fornece todas as informações sobre os custos directos, isto é, sobre "aqueles gastos e consumos que podem ser claramente aplicados a uma actividade por ser possível uma determinação real, em quantidade e valorização, de consumo de materiais, de trabalho de mão de obra e de maquinaria". — Os custos indirectos, isto é, "aqueles que não se podem levar a uma só actividade por faltar a determinação precisa da parte consumida ou empregue em cada trabalho", estejam claramente diferenciados dos anteriores e convenientemente divididos em: a) Encargos com o Estaleiro b) Conservação de Equipamento, c) Gastos gerais da Obra d) Serviços administrativos da Obra e) Serviços técnicos cada um dos quais ainda convenientemente subdivididos, por exemplo da forma indicada na páginas 23 a 26. Para tanto, contudo, é necessário ficar o projecto devidamente conhecido e convenientemente esclarecido, com todos os seus elementos elaborados de tal forma que constituam meios de consulta precisos e claros, sem omissões ou incompatibilidades, e coerente para que modificações e ou alterações não apareçam durante a execução dos trabalhos; e, para a execução, escalonar e definir as diferentes fases de trabalho (esquematizadas nos desenhos das páginas 27 a 31), fases de trabalho estas consideradas principais e que serão, por sua vez, objecto de estudo a fim de se escalonar e definir também as diferentes sub-fases. 2.1.3 - A necessidade deste trabalhar do orçamento resulta do facto de o enviado à obra pelos Serviços Centrais de Orçamentação da empresa não estar, na generalidade dos casos, adequado, porquanto: 22

Obra n.° X 1 - ENCARGOS COM O ESTALEIRO Per odo (Meses)

Saláro (Médio)

Totais (Pardas

Geral

10





Designação

Total

1 - Condução dos Trabalhos Encarregados de

Arvorados/Chefe de Equipa

Estacas

2





Cofragens

5





Armaduras

5





Escavações

8



€ €

2 - Manobradores n/ Incluídos no fabrico

De

Tractor Normal

8





Grua Fuchs 301

8



€ €

3 - Diversos 8





Guardas

3x8





Descargas e Arr jmações

2x8





Ferramenteiros

€ €

A Transportar

Obra n.° X ENCARGOS COM O ESTALEIRO Mão de Obra

Designação Transporte

Materiais

Sub Máquinas Empreitadas



4 - Máquinas não inc. no Fabrico



5 - Ferramentas



6 - Mont. e Desm. De Máquinas

Total











7 - Instalações Inst. Sanitárias







Escritórios







Armazém Camaratas













Rede água, elect. e telef.







8 - EPI (Equip. Prot. Indiv.) Vestimenta de trabalho

Total Total Geral











a€

b€

c€

d€

A€

'//////////////// Mapa n° 2 - Custos Indirectos: Encargos com o Estaleiro 23

Obra n.° X

2 - CONSERVAÇÃO DO EQUIPAMENTO Designação

Mão de Obra

Chefe de Oficina 1x8 MesesxC



Mecânicos 1x8 Mesesx€



Serralheiros 1x8 Mesesx€



Soldador 1x8 Mesesx€



Electricistas 1x8 MesesxC



Materiais

Máquinas

Total

Materiais e Acessórios €

Equipamento de Oficina €

Total Geral

a1 €

b1 €

c1€

A1€

X/////////////// Mapa n° 3 - Custos Indirectos Conservação do Equipamento

ou, muito simplesmente e no caso extremo, indica que para realizar a obra se prevê gastar X milhares de euros, não separando sequer os custos directos dos indirectos; ou afirma que prevê gastar X milhares de euros em mão de obra, Y em materiais, Z em máquinas e um outro valor em subempreitadas; ou apresenta as actividades um pouco mais divididas, como Escavações, Cofragens, Armaduras, Betão e Despesas Gerais, mas sem distinguir, por exemplo dentro da rubrica Armaduras, o Fornecimento, Corte e Moldagem, do Transporte para o local de montagem e da sua Montagem, ou, dentro das Despesas Gerais, as suas importantes subdivisões; ou, para cada actividade, apresenta um custo global, não diferenciando a mão de obra dos materiais, das máquinas e das subempreitadas; tal impediria, desde logo, a elaboração de quaisquer cargas previsionais em consonância com o orçamento e o estudo prévio realizado pelo responsável correria o risco da subjectividade e da sua maior ou menor experiência, dado não possuir meios comparativos orçamentados. 24

Obra n.° X 3 - GASTOS GERAIS DA OBRA Designação

Parciais

1 - Correio/Fax/Telefone

Totais €

2 - Encargos das Instalações lluminação/AVAC



Limpeza/Conservação



3 - Expediente de Escrit. e Material de Desenho 4 - Seguros

€ €

De Viatura Da Obra De Equipamento





5 - Despesas com ensaios De Betão



De Material



De

€ a2€

A2€

Total Geral '//////////////// Mapa n° 4 - Custos Indirectos: Gastos Gerais

4 - SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS DA OBRA

Obra n.° X

Período

Salário Médio

Chefe de Serviços

8

e



Escriturários

8





Dactilógrafos

8





Apontadores

3x8





8





Designação

Fiel de Armazém

Totais Parciais

Totais

A3€

Total Geral '//////////////// Mapa n° 5 - Custos Indirectos: Serviços Administrativos 25

Obra n.° X

5 - SERVIÇOS TÉCNICOS Período

Salário Médio

Transp. Desloc.

0,5x10







Técnico de Obra

10







Técnico de Desenho

6







Técnico de Topografia

8







Técnico de Segurança

8







Designação

Totais Parciais

Totais

Pessoal Permanente Engenheiro

A4€

Total Geral ////////////////

Ma P a n° 6

" Custos Indirectos: Serviços Técnicos

Por outro lado, será de toda a importância que, se por exemplo na actividade Betão, se constatar a existência de desvios em determinado elemento de custo, se possa saber se eles provêm do Fabrico, do Transporte para o local de aplicação ou da Colocação, para desse conhecimento se poder actuar racional e convenientemente. Da mesma forma, é necessário conhecer a previsão dos Custos Indirectos e, durante a obra, quais os que estão a sofrer desvios relativamente ao inicialmente previsto e porquê. Por fim o técnico, ao proceder a este estudo, detecta possíveis erros de orçamentação ficando para eles imediatamente alertado. 2.1.4 - Daqui que insistamos na adaptação do orçamento. Veja-se, para o exemplo que vimos apresentando, a diferença entre o orçamento inicial e o adaptado, nas páginas 32 e 20 respectivamente. Enquanto, por exemplo, no primeiro a actividade "Vigotas pré-fabricadas" apresenta custos englobando as diferentes sub-actividades, no segundo está já convenientemente subdividida em 11 tarefas distintas, cada uma delas apresentando as suas previsões orçamentais próprias. 26

//////////////// Fig.

'///////////////,

2

" l a Fase de Execução: Escavação para plataforma de trabalho

Fig. 3 - 2a Fase de Execução: Estacas moldadas no terreno

27

'//////////////// Fig. 4 - 3a Fase de Execução: Escavação para execução de superestrutura

'//////////X///// f ig. 5 - 4a Fase de Execução: Cravação de estacas prancha 28

'//////////////// Fig. 6 - 5a Fase de Execução: Superestrutura

'////////////////

FÍ 9- 7

• 6a Fase de Execução: Escavação interior e dragagem exterior

29

'//////////////// Fig. 8 - 7a Fase de Execução: Colocação de enrocamento

'//////////////// FÍQ- 9 - 8a Fase de Execução: Colocação de vigotas 30

'//////////////// Fig. 10 - 9a Fase de Execução: Aterro e dragagem finais

2.2 - PLANEAMENTO 2.2.1 - Necessariamente que todo o orçamento é elaborado com base num programa de trabalhos. Poderemos então afirmar que o plano de trabalhos é também um documento básico à execução da obra e ao seu controlo. Na realidade o planeamento do trabalho, isto é, o definir a ordem e a forma como se vai executar e em que tempo, constitui uma das principais preocupações de um responsável por uma obra, para evitar interrupções, repetições, custos agravados e outras deficiências; daí o ser-lhe indispensável proceder a um estudo metódico, organizado e aprofundado aos pormenores na procura de soluções que, adoptadas, conduzam a uma execução racional dos diferentes trabalhos. O programa que deu origem, em grande parte, ao orçamento inicial, deverá também, por conseguinte, ser convenientemente estruturado, de tal forma a que, de fácil e rápida análise, se possa dele retirar dados importantes à gestão do estaleiro e à concretização da obra. Interessa que o plano de trabalhos esteja detalhado nas mesmas actividades consideradas no orçamento ideal, nos mostre as interligações entre as diversas actividades, a duração destas, e nos permita, em qualquer momento, saber se determinada ou determinadas actividades estão a ser realizadas no momento oportuno e programado. 31

co

M

Obra N.° Mês

x

ACTIVIDADES Quant. DESIGNAÇÃO



Folha N.°

MAPA ORÇAMENTAL

1

ESCAV. P. PLAT. TRABALHO

2

1

MÃO-DE-OBRA

MÁQUINAS

MATERIAIS

Total

Unitário

Unitário

Total

Unitário

TOTAIS

SUBEMPREIT.

Total

Unitário

Total

Total

3,85€

9. 625,00 €

1 69,70 €

0,00 €

2.410,71 €

0,20 €

1. 200,00 €

2,10€

12.600,00 €

2.400,00 €

12,00 €

14.400,00 €

27,44€

32.928,00 €

72,36€

2.604,96 €

221 ,00 €

7.956,00 €

1.318,16€

47.453,76 €

3,36€

168,00€

40,00 €

2.000, 00 €

1,20 €

0,006

44,56 €

0,00€

477, 12 €

28.627, 20 €

1. 628,40 €

97. 704,00 €

6,72€

126. 331 ,20 €

7, 579.872,00 €

m2

0,00 e

0,00€

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00€

0,00 €

0,00 €

m3

0,00 €

0,00 e

0,00 €n

0,00€

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00 €

0,00€

8, 680, 68 €

91. 588,62 €

2.014,10€

40. 077,50 €

395,20 €

0,00 €

11. 089,98 €

4,03 €

24.1 80,00 €

0,80 €

4,800,00 €

3,60 €

21. 600,00 €

15,43€

92. 580, 00 €

11,76 e

35280,00 €

38,20 €

114.600,00 €

0,20 €

600,00 e

50,16 €

150.480,00 €

2500

m3

0.85€

2.125,00€

EXEC. ESTACAS MOLD. TERRENO

800

ml

0,00



514, 08 €

110.409, 60 €

1.726,936

174.655,80 €

3

ESCAV. P. EXECUT. SUPERESTRUT.

6000

m3

1,70€

10, 200,00 €

0,20€

1. 200,00 €

4

CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA

1200

m2

13,44€

16.128, 00 €

2,00 €

5

PREP. DE CAB. ESTACAS B. ARM.

36

un

1. 024,80 €

36. 892, 80 €

6

BETÃO DE LIMPEZA

50

m3

7

ARMADURAS NA SUPERESTRUT.

60

t

8

COFRAGEM EM SUPERESTRUT.

2,100

9

BETÃO EM SUPERESTRUT.

1700

10

VIGOTAS PRÉ FABRICADAS

276

11

ESCAV. INTERIOR ESTAC, PRANCHA

6.000

m3

12

COLOCAÇÃO ENROCAMENTO

3.000

t

13

ATERRO FINAL

3.000

14

DRAGAGEM

15

ACABAMENTO

0,00



3,00 €

7. 500,00 €

Unitário

•o

S"

TOTAIS CUSTOS DIRECTOS

10.000

m3

1

un

33, 600,00 €

33.600,00 €

168.061,04 €

900,00 €

131.014,39€

7,00 e

42. 000, 00 €

8,00 €

24, 000, 00 €

8,00 €

24. 000, 00 €

3,80 €

38. 000,00 €

3,80 €

38, 000, 00 €

34. 500, 00 €

34. 500, 00 €

900,00 €

47.228,826

111. 500,00 €

8.035.584,01 €

Além disso, o plano de trabalhos deve permitir dar uma resposta imediata a outras questões que surgam na mente do responsável pela obra e que fazem parte integrante das suas preocupações, nomeadamente: - que materiais devem adquirir-se, em que quantidade e em que datas? — quais e quantos operários e máquinas são necessários nas diferentes fases de execução? — quais as quantidades de trabalho que devem ser realizadas por um operário, equipa ou máquina durante um dia ou vários dias? - que outros recursos de ordem técnica e administrativa deverá mobilizar e quando, para a realização do trabalho? - quais as actividades que só podem iniciar-se depois da conclusão das precedentes? - quais as actividades que se podem iniciar simultaneamente com a execução de outras e, exactamente, em que fase destas se poderão processar? — quais as folgas de início ou de conclusão das diversas actividades tendo em vista o cumprimento dos prazos contractuais? — qual o momento em que as instalações, as obras acessórias ou os acabamentos poderão ou deverão ser iniciados? — qual o dimensionamento a dar a essas instalações e obras? — qual o calendário de cargas de mão de obra e maquinaria? — quais os serviços a montar? — qual o calendário de custos? - qual o cronograma financeiro? - qual o plano de recebimentos?

33

(t) Q.

ro

rn ;D

Consideramos que a execução da obra e o seu controlo deve acompanhar o planeamento dos trabalhos nos diversos aspectos acima focados, pelo que deve ser profundamente escalpelizada por forma a permitir a elaboração correcta e sensata dum plano de trabalhos que responda às necessidades enunciadas. Para tal não poderemos também perder de vista a data de início da obra, já que, sendo a indústria de construção profundamente influenciada pelo estado do tempo, o planeamento será diferente conforme a época do ano em que os trabalhos se vão executando. Possuindo um Plano bem elaborado, não há mais do que dele retirar as respostas às questões levantadas, acompanhá-lo de muito perto e, embora nunca um plano de trabalhos deva ditar a um responsável a decisão que ele próprio tem de tomar, deve, no entanto, dar-lhe todos os elementos que lhe permitam conduzi-lo à decisão correcta no momento exacto. De outro modo poderia acontecer que, por exemplo, convocasse meios para uma determinada data que, por fortes razões, fora antecipada ou retardada, com todos os inconvenientes daí decorrentes e que provocariam natural desconfiança relativamente ao seu trabalho. Daí ser indispensável estudar todas as situações de desvio, examinando-se as consequências dos atrasos ou as repercussões de avanços, para se tomarem as tais decisões: reforço ou transferência de pessoal ou equipamento, maior dispêndio de materiais auxiliares, interrupções de frentes, reformulação do plano, etc. 2.2.2 - No caso do exemplo que temos vindo a seguir foi aplicado o método conhecido pelo nome de "método P.E.R.T " (Programa Evaluation and Review Technique), o qual, aperfeiçoado pela Marinha dos Estados Unidos da América do Norte, ter-lhe-ia permitido diminuir em dois anos a execução do projecto Polaris. Estudado que foi o projecto, definidas as tarefas a executar e as diferentes fases de trabalho, o passo seguinte para a organização necessária traduz-se no encadeamento das actividades, na concretização das dependências e no cálculo dos tempos óptimos, péssimos e médios. E evidente que nesta fase de preparação do trabalho entra grandemente a prática e experiência do responsável e de toda a sua equipa, as quais vão ditar desde logo opções. 35

PLANO PERT ACTIVIDADES

Desig.

MONTAGEM DO ESTALEIRO

1

ESCAVAÇÃO PARA PLATAFORMA DE TRAB.

2

EXECUÇÃO DE ESTACAS MOLD. NO TERR. M,

3

IDEM M2

Duraç.

lnicio+ cedo

lnício+ tarde

Fim+ cedo

Fim+ tarde

Marg

30

0

0

30

30

0

15

15

15

30

30

0

2

19

30

30

49

49

0

4

3

19

49

49

68 ^

68

0

ESCAVAÇÃO P/EXEC. DA SUPERESTRT. M,

5

4

5

68

68

73

73

0

IDEM M2

6

5

5

73

87

78

92

14

CRAVAÇÃO ESTACAS PRANCHA METAL. M,

7

5

10

73

73

83

83

0

IDEM Mz

8

6,7

10

83

92

93

102

9

PREP. DAS CABEÇAS DAS ESTACAS B.A. M,

9

7

5

83

83

88

88

0

IDEM M2

10

8,9

5

93

102

98

107

9

BETÃO DE LIMPEZA NO M,

11

9

3

88

88

91

91

0

IDEM M2

12

10,11

3

98

107

101

110

9

CORTE E MOLD. DE FERRO P/SUPEREST. M,

13

1

3

30

88

33

91

58

IDEM M2

14

13

3

33

107

36

110

74

MONTAG. DEARMAD. DASUPERESTR. M,

15

11,13

10

91

91

101

101

0

IDEM M2

16

12,14,15

10

101

110

111

120

9

EXEC. DE COFRAGENS P/SUPERESTR.

17

1

15

30

81

45

96

51

1

1/2,

MONTAGEM DE COFRAGENS M,

18

1/215,17

10

96

96

106

106

0

IDEM M2

19

1/2 16,18,22

10

110

110

120

120

0

BETONAGEM DA SUPERESTRUTURA M,

20

15,18

1

106

106

107

107

0

IDEM M2

21

16,19,20

1

120

120

121

121

0

CURA DO BETÃO PI DESCOFRAGEM M,

22

20

3

107

107

110

110

0

IDEM DE 28 DIAS M.

23

20

28

107

116

135

144

9

IDEM DE 28 DIAS M2

24

21

28

121

121

149

149

0

PREPAR. DO ESTAL. DE VIGOT. PRÉ FABRIC.

25

1

10

30

117

40

127

87

EXECUÇÃO DE COFRAGENS P/VIGOTAS

26

17

5

45

122

50

127

77

EXECUÇÃO DE VIGOTÃS M,

27

25,26

8

50

127

58

135

77

IDEM M2

28

27

8

58

137

66

145

79

CURA DE 8 DIAS DO BETÃO DE VIGOTÃS M,

29

27

8

58

151

66

159

93

IDEM M2

30

28

8

66

153

74

161

87

IDEM DE 28 DIAS M,

31

27

28

58

135

86

163

77

IDEM M2

32

28

28

66

145

94

173

79

ESCAVAÇÃO PI ALÍVIO DA CORTINA M,

33

23

5

135

144

140

140

9

IDEM M2

34

24,33

5

149

149

154

154

0

ENROCAMENTO DE PROTECÇÃO M,

35

33

7

140

147

147

154

7

IDEM M2

36

34,35

7

154

154

161

161

0

COLOCAÇÃO DE VIGOTÃS M,

37

29,35

2

147

159

149

151

12

IDEM M2

38

30,36,37

2

161

161

164

164

0

ATERRO FINAL M,

39

31,38

10

163

163

173

173

0

IDEM M2

40

32.39

10

173

173

183

183

0

DRAGAGENS M,

41

40

15

183

183

198

198

0

IDEMM 2

42

41

15

198

198

213

213

0

ACABAMENTOS M

43

37

8

149

197

157

205

48

IDEM M2

44

38,43

8

157

205

165

213

48

'//////////////// Mapa n° 8 - Plano P.E.R.T.

36

Dependec.

O resultado encontra-se no mapa da página 36a partir da análise do qual poderemos conhecer as dependências, as durações, os inícios e os fins mais cedo, os inícios e os fins mais tarde e as margens de cada actividade. Podemos verificar, por exemplo e analisando também a rede Pert representada na página 34, que a actividade Betão de limpeza do Módulo 2 só poderá iniciar-se ao dia 98, depois de concluídas as actividades Preparação da cabeça das estacas do módulo 2 e Betão de limpeza do Módulo 1. Verificamos também que, embora pudesse iniciar-se nesse dia, para cumprimento dos prazos estabelecidos poderia só efectivar-se no dia 107 já que constatamos uma folga de 9 dias. Seguindo a linha mais grossa da rede, obtemos o chamado caminho inclinado, isto é, o que engloba as actividades cuja execução mais condiciona o prazo de entrega (neste caso com folga ou margem de zero dias) e que facilita o estudo das decisões, levando, por exemplo, a reduzir os prazos à custa de certas despesas, como aquisição de novos materiais, etc., ou ao abrandamento de outras actividades não críticas se o problema puder ser resolvido com mais mão de obra ou equipamento. 2.2.3 - É evidente que a partir deste plano geral — o qual poderá ser adaptado ao cálculo em computador permitindo efectuar as correcções necessárias num curto espaço de tempo — se forjam os planos parcelares (p.e. para montagem do estaleiro) e os mensais e semanais os quais, bastante detalhados, vão permitir ser possível, mais sobre o acontecimento, não só indicar ou confirmar aos diversos departamentos em que dia ou hora têm de responder às solicitações da produção, mas também afinar a distribuição da mão de obra e da maquinaria por forma a poderem trabalhar em pleno rendimento; geralmente são esquematizados em gráficos de barras, constituindo os chamados gráficos de Gantt, e são para orientação sobretudo dos encarregados.

2.3 - MAPA DE PRODUÇÃO 2.3.1 - A partir do mapa orçamental ideial, que já possuimos, vamos elaborar o mapa de controlo de produção. Este conforme poderemos verificar pelo extracto representado na página 38, resulta daquele pela introdução de uma coluna designada por código e pela ampliação de uma para três linhas consignadas a cada uma das actividades: a primeira que indica os custos de fabrico a preços do orçamento, a segunda 37

OJ 00

Obra N.°

x

MAPA DE PRODUÇÃO

Folh£

N.°

4

Mês

ai -a

O Q. C *O QJ! O



ACTIVIDADES

QUANTIDAD.

DESIGNAÇÃO

PREV MENS ACUM

9

BETÃO EM SUPERESTRUTURA

91

FORNECIMENTO

9.2

COLOCAÇÃO

10

VIGOTAS PRÉ FABRICADAS

10.1

PREPARAÇÃO ESTALEIRO

10.2

EXECUÇÃO DE COFRAGEM

10.3

CORTE E MOLDAGEM ARMADURAS

10.4

MONTAGEM DE ARMADURAS

10.5

COFRAGEM (MONTAG. E DESMONT.)

10.6

FABRICO DE BETÃO

ASS.

MÃO-DE-OBRA 1

MATERIAIS

MAQUINAS

TOTAIS

SUBEMPREIT.

COD

Unitário

MENS

ACUM

Unitário

MENS

ACUM

Unitário

79,20 €

MENS

ACUM

Unitário

MENS

ACUM

Unitário

79, 20 €

68,14 €

6,03€

30,60 €

104,77 €

6.814, 00 €

288, 00 €

360,00 €

7.462, 00 €

68,14€

14, 20 €

1,00€

83,34 €

477,12 €

1 .628,70 €

7,20 €

2, 113, 02 €

1.1 76,00 €

14,00 €

7,20€

1.197,20€

20,16€

0,60 €

23,52 €

64,80 €

TOTAIS

20,76 €

9,00 €

97,32 €

MENS

ACUM

os custos reais das actividades e a terceira os possíveis desvios positivos ou negativos; permite ainda inscrever valores mensais e acumulados e deverá também incluir todas as rubricas consideradas nos custos indirectos. Reparemos, antes de mais, que cada uma das actividades nele referidas já o foram no planeamento efectuado, havendo assim possibilidades de as controlar simultaneamente em termos de custos e de tempo, como não poderia deixar de ser. E o preenchimento correcto deste mapa que nos vai permitir, em qualquer momento e a partir duma correlação custos reais na produção efectuada (isto é, gastos dispendidos para a realização de determinadas quantidades de trabalho das diversas actividades) e custos previsionais (ou a preços de orçamento) para as mesmas quantidades, atingir o controlo desejado por uma simples comparação entre o que se poderia ou deveria ter gasto e o que na realidade se gastou. É evidente que a única dificuldade que nos pode surgir é o preenchimento da segunda linha, ou seja, dos custos reais; a primeira, a dos custos orçamentados, facilmente se preenche multiplicando as quantidades efectuadas (Produção) pelos preços unitários de mão de obra, materiais, máquinas e subempreitadas retirados do mapa orçamental. 2.3.2 - Se tivermos toda uma máquina organizada que nos forneça, com a realidade possível, os gastos verdadeiros, as segunda e terceira linhas não terão também qualquer dificuldade. Esta máquina, que nos vai permitir organizar o serviço de controlo, terá de recolher, agrupar, codificar e valorizar todos os elementos necessários a essa verificação. Assim aparece um dos Serviços a implantar e a organizar: o Controlo de Produção. Não é por acaso que é o primeiro Serviço explicitamente citado aqui, pois consideramos que sem Controlo não é possível executar bem.

2.4 - CODIFICAÇÃO 2.4.1 - Focamos pela primeira vez, e no item anterior as palavras código e codificação. A codificação é um elemento básico do controlo, pelo que necessariamente nos merece algumas considerações. Codificar é referenciar as diferentes actividades por um processo que satisfaça, minimamente, a dois requisitos: fácil memorização e difícil confusão. 39

Assim, se por exemplo, agruparmos os custos indirectos numa codificação com o emprego de um só número (vestimenta de trabalho - código 14) e os directos com dois números (colocação de Betão em superestruturas - código 4.6) estamos, desde logo, facilitando a memorização e a não confusão.

Se por outro lado, todos os trabalhos da mesma zona tiverem o primeiro número igual Execução de cofragens para superestruturas Montagem de cofragens em superestruturas Montagem de armaduras em superestruturas

- código 4.1 - código 4.2 - código 4.5

e procurarmos que trabalhos do mesmo tipo, mas em zonas diferentes, tenham o segundo número igual Colocação de armaduras em estacas Montagem de armaduras em pré-fabricados

- código 1.5 - código 5.5

estamos fazendo uma modificação de fácil processamento. 2.4.2 - Após a elaboração do mapa de produção, vamos codificar as diferentes actividades tendo em linha de conta o que atrás se disse. Para o exemplo que temos vindo a seguir poderíamos possuir uma lista de codificação da do tipo que se apresenta seguidamente. Se conseguirmos que todos os gastos, nomeadamente os de mão de obra, de materiais, de máquinas ou de subempreitadas, sejam perfeitamente definidos nas diversas actividades que, na realidade, se executam na obra, mais não basta que codificá-los, agrupá-los e contabilizá-los.

2.4.3 - PLANO DE CODIFICAÇÃO A. CUSTOS INDIRECTOS 1. Condução de trabalhos 2. Manobradores não incluídos no fabrico 3. Ferramenteiros, guardas e plantões 4. Cargas, descargas e arrumações 40

5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24.

Máquinas não incluídas no fabrico Ferramentas diversas Montagem e desmontagem de máquinas Montagem dos escritórios Montagem dos armazéns Montagem de telheiros Montagem de camaratas Montagem das redes de água, eléctrica e telefónica Conservação das instalações Vestimenta de trabalho Conservação do equipamento Correio, telégrafo e telefone Encargos com as instalações Expediente de escritório Material de desenho Ensaios de betão Ensaios de materiais Serviços administrativos Serviços técnicos Topografia

B - CUSTOS DIRECTOS 0 — Escavações 0.1 Escavação para plataforma de trabalho 0.2 Escavação para execução da superestrutura 0.3 Escavação para alívio da cortina de estacas prancha 1 — Estacas moldadas no terreno 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6

Furacão Remoção Execução de armaduras Transporte de armaduras Colocação de armaduras Transporte de betão 41

1.7 Colocação de betão 1.8 Corte e preparação das cabeças das estacas 2 — Cortina de estacai prancha metálicas 2.1 2. 2.3 2.4

Descarga Preparação e transporte Cravação Cortes e remates

3 — Betão de limpeza 3.1 Preparação do terreno 3.2 Regularização 3.3

3.4 3.5 3.6 Transporte de betão 3.7 Colocação de betão 4 — Superestruturas 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7

Execução de cofragem Montagem e desmontagem de cofragem Corte e moldagem de armaduras Transporte de armaduras Colocação de armaduras Transporte de betão Colocação de betão

5 — Pré-fabricados 5.1 5.2 5.3 5.4

42

Execução de cofragem Montagem e desmontagem de cofragem Corte e moldagem de armaduras Transporte de armaduras

5.5 5.6 5.7 5.8 5.9 5.10 5.11

Colocação de armaduras Transporte de betão Colocação de betão Arrumação em estaleiro Transporte para o local de aplicação Posicionamento Preparação do estaleiro de pré-fabricação

6 — Diversos 6. l Enrocamentos 6.2 Aterros finais 6.3 Dragagens 6.4 Acabamentos 7 — Fabrico de betão 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5

Para estacas Para diversos Para betão de limpeza Para superestruturas Para pré-fabricados

8 — Máquinas 818 819 820 822 825 830 834 836 837 838 840

Máquina automática de moldar ferro Idem de cortar ferro Central de betonagem Grua torre de 40 txm Bomba de 6" Grua Fuchs 301 Bomba de 8" Grua torre de 45 txm Grua Pennine Máquina de cortar ferro Compressor VT5

43

841 842 844 849 850 851 858 862 863 864 865 866 867 868 869 871 872 873 874 890 891 892 893 894 895 910 911 912 950 964

Serra de fita Dragline Elba . Rectro escavadora Ford com pá frontal Grua Fuchs 400 Grua Andes Garlopa Pá carregadora CAT 933 Máquina para desentubamento, entubamento e furacão de estacas Máquina executora de estacas Benoto EDF super Compressor VT6 Tractor normal Martelos demolidores * Bombas submersíveis * Máquinas de soldar * Vibradores* Dumper Dumper Dumper Dumper Pilão D 30 Mesa rotativa Rollerbits Tubos c/ l,10m de diâmetro Guia de cravação de estacas prancha Tubos tremie Draga de baldes Batelões* Rebocador Equipamento de furacão de rocha Equipamentos de topografia

Algumas das máquinas, como poderemos verificar (*), foram agrupadas num só código para simplificação; na prática tal não sucede pelos motivos que veremos quando tratarmos do elemento de custo Máquinas.

44

2.4.4 - Estamos agora em condições de planear e organizar o nosso estaleiro entendido em toda a sua dimensão, isto é, como o conjunto de pessoas, de materiais, de máquinas e equipamentos de instalações e de serviços necessários à execução da obra, devidamente implantados. Como, é do que trataremos no capítulo seguinte.

45

- ORGANIZAÇÃO DO ESTALEIRO

3.1 - GENERALIDADES "O estaleiro deve ser planeado e organizado por forma a responder inequivocamente a todas as situações surgidas ou criadas com o desenvolvimento dos trabalhos." "Boa organização é aquela que possibilita a utilização dos meios disponíveis da maneira mais conveniente, de acordo com a importância, os custos e os prazos estipulados para as tarefas a realizar, dispondo aqueles meios de tal forma a conseguirem-se os maiores rendimentos". "A organização existe se facilita a determinação dos meios mais apropriados para os trabalhos em causa e a utilização intensiva dos mesmos". "Procura-se com a organização obter a melhor disposição para as diversas instalações, equipamentos e outros meios auxiliares". "A economia, considerando o prazo de execução e as características da obra, só é possível obter-se com organização porque só esta permite reduzir ao mínimo possível as perdas e os desperdícios de qualquer natureza". " Serão sempre sobre ele que se irão reflectir todas as virtudes ou defeitos da organização do Estaleiro".

3.2-MÃO DE OBRA 3.2.1 - Só o facto de a mão de obra representar uma percentagem sempre elevada, relativamente ao gasto total de uma obra de construção, é razão 47

íí

s9 Sl Qg

48

'//////////////// Gráfico n° 1 - Plano de trabalhos em gráfico de barras

bastante para evidenciar o cuidado que deve haver no estudo das suas necessidades, ao longo das diversas fases do trabalho, e no seu controlo permanente. Sabemos ainda que neste tipo de indústria, sobretudo devido ao carácter temporal das obras, a mão de obra é muito variada e predominantemente eventual e flutuante, logo altamente instável. O cálculo prévio de um custo em função de um salário a pagar e de um determinado rendimento resulta, geralmente, muito alterado na prática; e resulta ainda porque "todo o rendimento é muito variável quando depende essencialmente do elemento humano. Neste o factor moral é o mais importante, pois para se poder dar pleno rendimento é necessário que toda a nossa atenção esteja aplicada no trabalho e para isso necessitamos de serenidade. Esta não pode existir se nos sentirmos instáveis no emprego e inseguros relativamente ao futuro em caso de despedimento, acidente ou doença". Por outro lado, as condições ambientais, como a estação do ano e o estado do tempo, influenciam consideravelmente o rendimento do trabalhador. Ainda a idade e até o ambiente familiar dos operários são factores importantes nos rendimentos que se obtêm. Daí a mão de obra dever ser ainda mais cuidadosamente calculada, organizada e controlada de uma maneira sistemática e de muito perto. 3.2.2 - De posse do orçamento e do plano de trabalhos há que determinar as cargas de mão de obra, isto é, o número e a composição das diferentes equipas necessárias à execução das várias tarefas ao ritmo planeado. A maneira mais prática consiste em passarmos o planeamento a gráfico de barras com a indicação das eventuais folgas. Permite a sobreposição das diversas tarefas, às quais se fazem corresponder as cargas parciais respectivas retiradas do orçamento já adaptado, suas simultaneidades e desfazamentos possíveis. A adição de cargas definitivas, por colunas, dá-nos a variação das cargas ao longo do tempo, isto é, a curva da mão de obra. Assim, para o nosso exemplo, obteríamos um gráfico de barras como o representado no Gráfico n° l, e no qual a cheio se indicava o período compreendido entre o início e o fim mais cedo de cada actividade, a tracejado a folga e a zebrado o período mais vantajoso, se pensássemos unicamente em termos de economia de mão de obra, para a execução das diversas tarefas. 49

SERVENTES

CARPINTEIROS

CONDUTORES MANOBRADORES

ARMADORES DE FERRO

SOLDADORES

O

7

14 21

28

35 42 49

56

63

70 84

91 98 105 112 119 126 133 t40 147 154 161 168 175 182 189 196 203 210 213

'//////////////// Gráfico n° 2 - Cargas de mão-de-obra irregulares 50

Na realidade se aplicássemos as cargas parciais de cada actividade, isto é, as quantidades unitárias de mão de obra previstas como necessárias, ao prazo de tempo do Pert sem folgas, era inevitável a obtenção de curvas com traçado muito irregular, o que significaria ocupação e desocupação de pessoal e de equipamento, em períodos curtos, o que seria manifestamente prejudicial sob todos os aspectos e até impraticável em muitos casos. Para obviar a estes inconvenientes e conseguir-se evitar uma curva de mão de obra como a representada no gráfico n° 2, é normal adaptar-se um dos seguintes processos: a) actuar sobre algumas das actividades adiantando-as ou atrasando-as (por exemplo, iniciando-se as tarefas números 13 e 14, de corte e moldagem de ferro para as superestruturas, não no dia 30 a que corresponderia o dia 36 como o da conclusão mais cedo, mas sim somente no dia 85 por forma a termintar no dia 90, sendo assim possível utilizar esse pessoal especializado — moldadores e montadores de ferro — imediatamente nas operações seguintes de montagem de armaduras nas superestruturas, primeira tarefa das quais é a número 15 com início previsto para o dia 91); podemos acompanhar este exemplo pelo desenho do Gráfico n°3 ( página 52 ); b) dilatar propositadamente o tempo de execução de algumas das actividades com folga, utilizando recursos menores correspondentes (para o mesmo exemplo, supondo que seriam necessários 20 armadores de ferro e 10 serventes para executarem as armaduras nos 6 dias programados, bastariam 2 oficiais e l servente para executar a mesma quantidade de trabalho nos 60 dias que mediavam entre os dias 30 e 90); c) aplicar simultaneamente os dois conceitos anteriores para tarefas distintas. 3.2.3 - Dissemos já que as condições previstas de início raramente se cumprem completamente. Na indústria da construção surgem variadíssimos condicionalismos que há que ter em consideração: atrasos nos fornecimentos originando dificuldades nos abastecimentos dos materiais; avarias mecânicas implicando paragens na execução dos trabalhos; mau tempo, sobretudo o fora de época, provocando paralizações mais ou menos acentuadas e até estragos nos próprios trabalhos, que há que refazer; o absentismo com todas as suas consequências, etc.

51

DIAS ACTIVIDADE?

l

l

l

l

l

l

l

l

l

l

l

l

l

l

1 l

l

l

l

l

l

l

l

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l

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l

l

l

l

_ SUPEREST M1 IDEM M2



MONT. ARAMAD. SUPEREST. M1

4

i

IDEM M2

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'//////////////// Gráfico n° 3 - Plano de trabalhos (parcial) optimizado

Daí que nos pareça demasiado optimista considerar-se como aceitável a utilização do método indicado na alínea a) do item anterior, já que correr-se-ia o risco de, por qualquer das razões citadas, cairmos em situações de atraso já sem folga da mesma dimensão, o que implicaria custos não previstos. Somos defensores da modificação intencional da duração base das actividades, beneficiando-as da quase totalidade das suas folgas, sobretudo se estas são significativas. E isto porque estamos utilizando só mão de obra prevista e estamos sempre em condições de reforçar essa mão de obra se necessário, pois existem folgas de tempo e de recursos. 3.2.4 - Vejam, então agora, como determinar as cargas de mão de obra depois de termos escolhido o gráfico mais aconselhável de programação. Para cada actividade, vamos verificar qual a quantidade e a especialidade de mão de obra prevista no orçamento, consultando a respectiva folha de Custos de Operações, elaborada a quando do orçamento ou da sua adaptação, como as indicadas nas páginas 53 a 56, relativas à Execução de Estacas Moldadas no terreno.

Para esta actividade retiramos os seguintes elementos: l - Para Furacão e Remoção:

\r Manobrador de Benoto todo o período de execução. l Condutor Manobrador de Grua Andes todo o período de execução. 6 Serventes durante todo o período de execução.

52

CUSTO DE OPERAÇÕES CÓDIGO: 2

OPERAÇÃO: EXECUÇÃO DE ESTACAS 0110 MOLD NO TERR

DESIGNAÇÃO

QUANT. PREVISTA: 800ml

M ate ri.

Máqui.

APLICANDO REND. NORM. PI ESTE TIPO DE EST. E TERR.

i'i€

í',€

BENOTO: 046 (-e€ + d€)

i'2€

ff

M. Obra

Fabrico

Subemp

2.1 FURACÃO E REMOÇÃO CONSID. QUE ESTE TRABALHO SE EFECTUA EM 38 DIAS MÃO-DE-OBRA 2 MANOBRADORES (38d x 9M : SOOml)

h',€

6 SERVENTES (38d X 9h-6 : SOOml)

h'2€

MÁQUINAS

ANDES: 006 (-+b€ + a€) REMOÇÃO DE PRODUTOS MÁQUINAS ALUGADAS

íf TOTAL

(h',-i-h'2)€

(i'/i'2)«

(i',+i'2)€

2.2 2.3 2.4 ARMADURAS 2.2 2.3 FORNECIMENTO E TRANSPORTE(ver folha de código 1A

L'€

n'€

g'€

2.4 COLOCAÇÃO MÃO-DE-OBRA 2 SERVENTES ( 38d x 9h-€ : SOOml)

"f 2 SOLDADORES ( 38d x 9M : SOOml)

h'4€

0.06Í1 DE CONDUTOR MANOBRADOR

h'5€

MATERIAIS ELÉCTRODOS: 4X €

i'3«

MÁQUINAS ANDES: 0,06 X (-+b€ + a€)

i'4e

SOLDAR: 0,07 (-+z,€ + Zj€

i'5€

ífi ff

i'€

j'€

TOTAL

'////////////////

Mapa

h'€

n° 10 - Custo da operação "1 ml de estaca"

53

CUSTO DE OPERAÇÕES CÓDIGO: 2

OPERAÇÃO: 1 m3 (= 1ml) DE BETÃO EM ESTACAS

DESIGNAÇÃO

QUANT. PREVISTA: 800M3

M. Obra

M ate ri.

Máqui.

Fabrico

BETÃO 1 ml DE ESTACA 1m3 DE BETÃO 2.5 FABRICO MÃO-DE-OBRA 1 CONDUTOR MANOBRADOR x 38d x 9h x € : 800 m3

h'7€

2 SERVENTES x 38d X 9h x € : 800m3

h'B€

MATERIAIS 1 ,05 x 300 kg DE CIMENTO x €

i',€

1 , 0 5 X 1 000 m3 DE BRITA X €

i'8€

1 ,05 x 0,500 m3 DE AREIA x €



MÁQUINAS CENTRAL x 38d x € : 800m3

J'7«

2.6 TRANSPORTE MÃO-DE-OBRA 0,9 CONDUTOR MANOBRADOR x €

h'9€

MÁQUINAS 0,3 DUMPER ( +g€ + f€)

>\f

J'e«

2.7 COLOCAÇÃO MÃO-DE-OBRA 1 ,5 SERVENTE x €

h',0*

0,2 CONDUTOR MANOBRADOR x €

h'ii€

MATERIAIS 0,5 Kg DE MASSA

h'12€

i'n€

MÁQUINAS 0,18LlBEHERR(+-c€ + m€ 0,08 ENTUBADORA (-+J€ + _2€) TOTAL

'///////l///////!

54

h'€

i',2*

J'9€

i',3*

J',o«

i'€

)'€

(h'+i'+j')€ 0

Mapa n° 11 - Custo da operação "1 m3 de betão em estacas"

Subemp

CUSTO DE OPERAÇÕES CÓDIGO: 1 A

OPERAÇÃO: 1 TONELADA DE AÇO A24 EM ESTACAS

DESIGNAÇÃO

QUANT. PREVISTA: 60 ton.

M. Obra

Materi.

Máqui.

Fabrico

Subemp

VAMOS CONSIDERAR OS RENDIMENTOS ACTUAIS a) EXECUÇÃO MÃO-DE-OBRA ARMADOR DE FERRO x 20h x € SERVENTE x 6h x €

|lf I2€

SOLDADOR x 6 h x €

!3€

MATERIAIS VARÃO A24 11 Ton. x €

h,€

ELÉCTRODOS 60 x €

h2€

ARAME 4kg x €

h2€

MÁQUINAS 4h SOLDAR (-+z1€ + z2€)

h4€

9l€

b) TRANSPORTE MÃO-DE-OBRA 08 SERVENTE x €

U6

14 ARMADOR DE FERRO x €

'5«

MAQUINAS 3h FUCHS (K1€ + K2€ + k3€)

'6€

h5€

ie

h€

g2€ g€

(H-h+g)€

i'€

h'€

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1,0 t 1,0 t

i 1 "D

'Q B ^ S ÍZ

I í:

C

i

^

1,0 t Descargas no armazém

QUANTIDADES

TOTAL DE HORAS

ACTIVIDADE

ARVORADO OU CHEFE DE EQUIPA

4

ARMAD. DE FERRO

101

2

7

9

»

102

2

7

9

»

103

9

9

"

104

9

9

"

105

»

106

SERVENTE

132

"

150

»

165

9

9

9

9

9 2

7

9 9

9

9 9

TOTAL

9

9

15

39

9

CÓDIGO

5.3

5.3

4.4

4.5

4

O Chefe de Equipa

VERIF. DO PONTO

Turno

90 visto

O Encarregado

'//////////////// Mapa n° 14 - Parte diária de Mão-de-Obra

65

3.3 - MATERIAIS 3.3.1 - Regra Geral os Materiais representam, tal como a mão de obra, valores importantes no custo de uma construção. Por outro lado, se é certo que as chamadas grandes obras de engenharia têm consumos profundamente maioritários de matérias elementares e de relativo fácil controlo e previsão, a construção civil pura utiliza uma tal variedade de materiais que impõe, naturalmente, um estudo muito mais pormenorizado e aprofundado. Tal como fizemos relativamente à mão de obra, vamos procurar determinar os elementos necessários à organização do estaleiro em termos de materiais. 3.3.2 - E sabido que, genericamente, se define materiais como sendo artigos, isto é, produtos, mercadorias ou objectos. No entanto para o caso específico da construção, e sobretudo sob o ponto de vista de controlo, esta definição deverá ser completada: "Os produtos, incluindo as matérias primas, as mercadorias e os objectos, só deverão ser considerados como materiais — tal como estão entendidos nos mapas orçamental e de produção — até ao momento em que a mão de obra, ou a maquinaria existente nesta, não os modifica, os transforma ou produza, a partir deles, novos produtos". E isto porque, no momento em que tal acontecer, estamos criando uma nova unidade de produção a qual, como já dissemos, deverá ser encarada independentemente das outras e, obviamente, estudada e controlada em Mão de Obra, Materiais, Máquinas e até Subempreitadas se estas existirem. Atentemos nos seguintes exemplos: - O Betão pode ser directamente adquirido no mercado e, neste caso, deverá ser considerado como um material, razão pelo qual o seu custo entrará integralmente na coluna de Materiais (Ver actividade número 9.1 no Mapa de Produção). No entanto o Betão pode ser fabricado na própria obra, e então o que há a considerar são o cimento, a areia, as britas, a água e os aditivos como materiais directos e, por exemplo, a energia eléctrica, as peças sobressalentes

66

dispendidas nas reparações da central de betonagem e outros produtos necessários à manutenção e conservação desta, como materiais indirectos; mas evidentemente que a mão de obra e as máquinas necessárias ao fabrico do Betão não podem ser consideradas materiais porque o não são. Aparece-nos, assim, o mesmo produto - Betão - mas cujo custo se encontra agora sub-dividido em custos de Mão de Obra, de Materiais e de Máquinas (ver actividade número 10.6 no Mapa de Produção). - As Britas, necessárias ao fabrico do betão na obra, como foi focado no exemplo anterior, podem dar entrada no estaleiro através de fornecedores deste tipo de materiais; acontece algumas vezes todavia que é a própria obra que explora a pedreira; teremos então e também um mesmo produto, cujo custo, conforme cada um dos casos focados, entrará numa só rubrica (Materiais) ou em várias (Mão de Obra, Materiais e Máquinas). Enquanto no primeiro caso não há mais do que um controlo de qualidade e quantidade, no segundo há todo um controlo de produção. — Uma Máquina precisa de sobressalentes e estes são, evidentemente, materiais. No entanto enquanto que um pneu é um material, um veio que teve de ser torneado na oficina da obra é uma unidade de produção, embora não necessariamente prevista. O pneu tem de existir e ser de boa qualidade; o veio teve de ser adaptado, e esta adaptação impõe requesitos não só de qualidade mas também de tempo e custos da sua modificação; ele custou x euros aquando da sua aquisição e é esse valor que encontraremos na sua ficha de Armazém; mas se o fossemos imputar à máquina a esse preço, estávamos cometendo um erro que iria influenciar o custo das operações em que essa máquina interviesse: para esta, o veio entra com um valor não dos x euros da compra, mas de a euros de mão de obra, (x + y) euros de materiais e z euros de máquinas, sendo y o custo dos materiais gastos directamente no seu torneamento ou nas máquinas que o tornearam, e z o custo dessas mesmas máquinas. Com estes três exemplos pretendemos mostrar que: l-Os materiais são encarados de maneiras diferentes conforme a sua classificação: > Para materiais adquiridos no exterior e directamente aplicados sem qualquer interveniência das oficinas da obra de que resulte um outro tipo de

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material, interessa-nos a qualidade, a quantidade e os custos para postos na obra; > Para materiais adquiridos no exterior e posteriormente transformados na obra, interessa-nos a qualidade, a quantidade, os custos postos na obra e os custos de transformação. > Para

materiais produzidos na obra, interessa-nos a qualidade, a quantidade e os custos de produção.

2- Os materiais entrados na obra dificilmente poderão ser como tal considerados, já que obrigam geralmente a um controlo dos outros elementos da fabricação, isto é, da mão de obra e da maquinaria. 3- O presente item é reservado exclusivamente ao estudo do elemento material da produção, considerando esta como unidade de produção. 3.3.3 - Vamos agora tratar da forma como o responsável poderá determinar os diversos materiais de que vai necessitar, suas quantidades, datas nas quais eles deverão estar disponíveis para consumo, etc. 3.3.3.1 - Logo após o estudo do projecto e do orçamento, isto é, quando ambos os documentos estão adaptados à obra, as quantidades totais dos materiais de consumo directo estão definidas, assim como as suas especificações. Então e de imediato deverão ser essas informações transmitidas aos Serviços de Aprovisionamento dos quais nos ocuparemos adiante. No exemplo do Cais que vimos seguindo saberíamos, imediatamente após a elaboração do Mapa Orçamental Adaptado e sua análise, que: a) Seriam necessárias 60 toneladas de varão de aço para executar as armaduras das estacas moldadas no terreno, mais 60 toneladas para o betão armado das superestruturas e ainda 15 toneladas para se executarem as vigotas pré-fabricadas, ou seja, um total de 135 toneladas de varão de aço. Com a ajuda do projecto já adaptado (neste caso com a pormenorização das armaduras) estas toneladas são divididas pelos diversos diâmetros comerciáveis. Para outros materiais, como o arame recozido e os eléctrodos de soldadura, as suas quantidades são retiradas a partir dos consumos orçamentados e indicados nas respectivas folhas de custo de operações: 4 kg de arame e 60 eléctrodos por tonelada de aço em armaduras para estacas, por exemplo.

b) Estavam previstos fabricar na obra 800 m3 de betão para estacas, 50 m3 para betão de limpeza e 195 m3 para vigotas pré-fabricadas. Destes números retiravam-se as quantidades de britas ou godos, areias e aditivos, a partir das classes e dosagens dos betões. Teríamos, por exemplo, se considerássemos um betão D150 para o de saneamento e um C20/25 para o restante:

- Betão D150 Dosagem: 150 kg de cimento 0,800 m3 de britas 0,500 m3 de areia Quantidades, incluindo 5% de perdas: 50m3 x 150 kg/m3 x 1,05 = 7875 kg de cimento 50m3 x 0,800 m3/m3 x 1,05 = 42 m3 de brita 50m3 x 0,500 mVm3 x 1,05 = 27 m3 de areia

• Betão C20/25 Dosagem: 310 kg de cimento 1,000 m3 de britas 0,500 m3 de areia

Quantidades, incluindo 5%. de perdas: 995 m3 x 310 kg/ m3 x 1,05 = 323 873 kg de cimento 995 m3 x 1,000 m3/m3 x 1,05 = l 045 m3 de britas 995 m3 x 0,500 m3/m3 x 1,05 = 523 m3 de areia

Quantidades totais previstas: 331 748 kg de cimento l 087 m2 de britas 550 m2 de areia

c) Se previa a aplicação de 1200 m 2 de estacas prancha metálicas. Os tipos e os comprimentos seriam retirados dos elementos de projecto. 69

d) Se calculara executar na carpintaria 700 m2 de cofragem para serem utilizados como moldes do betão em superestruturas e 50 m2 do betão em vigotas pré-fabricadas. A partir dos dados fornecidos pelos pormenores dos desenhos de preparação, já focados anteriormente no subcapítulo destinado ao Projecto, se determinavam quais os tipos de madeira necessários à execução e correspondentes quantidades. Considerando, por exemplo, que para cada m2 seriam necessários 1,20 m2 de solho aparelhado, 0,013 m3 de barrotes de 10 x 7, 0,018 m3 de vigas de 16 x 8 cm e 0,30 kg de pregos, teríamos então: 750 m2 x (1,2 de solho + 0,013 de barrotes + 0,018 de vigas + 0,3 de pregos), ou seja: 900 10 14 225 e)

m2 m3 m3 kg

de solho aparelhado de barrotes de 10 x 7 cm de vigas de 16 x 8 cm de pregos

Se iriam comprar l 700 m3 de"betão pronto" da classe C20/25 para serem aplicados nas peças constituintes da superestrutura dos módulos.

f) Seriam necessários 3 000 toneladas de enrocamento e 3 000 metros cúbicos de saibro para aterros, enrocamento e saibro com as características definidas nos elementos de projecto. Estaríamos, portanto, em condições de entregar nos Serviços de Compras, e com a antecedência conveniente a uma procura vantajosa nos mercados correspondentes, uma primeira relação de necessidades. 3.3.3.2- Se, deste modo e imediatamente após a adaptação dos primeiros documentos base, foi possível determinar as quantidades totais dos materiais de consumo mais importantes, estamos agora em condições de dar a conhecer as cargas correspondentes, isto é, as previsões de consumo para períodos bem definidos no tempo. De um modo semelhante ao adoptado anteriormente para a determinação das de mão de obra, poderemos calcular as cargas de materiais necessárias à execução da empreitada. Baseando-nos no planeamento e nos consumos unitários retirados das folhas de orçamentação (ver página 53), e aplicando os resultados ao gráfico de barras, isto é, fazendo corresponder as quantidades 70

previstas de materiais ao período de tempo tomado como referência, vamos obter as necessidades desses recursos multiplicando as unidades de produção a realizar nesse período, pelas quantidades unitárias de consumo. Assim, para o mesmo exemplo da página 53, e tomando também em consideração os elementos fornecidos através das folhas de operações relativas às máquinas de apoio (as quais nos dariam, de forma idêntica ao código 1M e relativamente à Benoto, no mapa n° 13 as quantidades de materiais dispendidos com o seu funcionamento e ou conservação, por hora de trabalho), teríamos: l "Por cada metro linear de furacão e remoção: 0,46 x (141 de gasóleo + 2,5 l de lubrificante + 0,4 kg de massa) da Benoto + 0,06 x (111 de gasóleo + 0,1 kg de massa) da grua Andes = 7,11 de gasóleo +1,15 l de lubrificante + 0,19 kg de massa. 2-Por cada tonelada de armadura executada: 1,11 de varão A24 + 60 eléctrodos de soldadura + 4 kg de arame recozido + 4 x 1 terminal (isto relativo à máquina de soldar) 3-Por cada tonelada de armadura transportada: 3 x (l l de gasóleo + 0,2 l de óleo) da grua automóvel Fuchs = 3 l de gasóleo + 0,6 l de óleo 4-Por cada tonelada de armadura colocada: 4 eléctrodos + 0,06 x (11 l de gasóleo + 0,1 kg de massa) da grua Andes + 0,07 x l terminal da máquina de soldar = 4 eléctrodos + 0,66 l de gasóleo + 0,006 kg de massa + 0,07 terminais. 5-Por cada metro cúbico de betão fabricado: 1,05 x (300 kg de cimento + 1,000 m3 de brita + 0,500 m3 de areia) = 325,5 kg de cimento + 1,050 m3 de brita + 0,525 m3 de areia. 6-Por cada metro cúbico de betão transportado: 0,3 x (1,3 l de gasóleo + 0,3 l de óleo) do Dumper = 0,39 l de gasóleo + 0,09 l de óleo. 7-Por cada metro cúbico de betão colocado: 0,5 kg de massa lubrificante + 0,18 x (0,05 de lubrificante + 0,04 de fusíveis) da Grua Torre + 0,08 x (10 l de gasóleo + l l de óleo) da Entubadora = 0,15 kg de massa + 0,007 fusíveis + 0,8 l de gasóleo + 0,08 l de óleo. 71

Aplicando estes valores às quantidades previstas, e tendo em devida nota as 8 semanas de duração das actividades, obter-se-ia:

1- 800 ml x (7,1 l de gasóleo + 1,15 l de lubrificante + 0,19 kg de massa): 8 semanas, ou seja: 710 115 19

l de gasóleo/semana l de lubrificante/semana kg de massa/semana

2- 60 t x (1,1 t de varão + 60 eléctrodos + 4 kg de arame + 4 terminais): 8 semanas, ou seja: 9 450 30 30

t

de varão A24/Semana eléctrodos/semana kg de arame/semana terminais/semana

3-60 t x (3 l de gasóleo + 0,6 l de óleo): 8 semanas, ou seja: 23 5

l l

de gasóleo/semana de óleo/semana

4- 60 t x (4 eléctrodos + 0,66 l de gasóleo + 0,006 kg de massa + 0,07 terminais): 8 semanas, ou seja: 30 5 0,05 0,60

eléctrodos/semana l gasóleo/semana kg massa/semana terminais/semana

5-800 m3 x (325,5 kg de cimento + 1,050 m3 de brita + 0,525 m3 de areia): 8 semanas, ou seja: 32 550 kg de cimento/semana 105 m3 de brita/semana 53 m3 de areia/semana

72

6- 800 m3 x (0,39 l de gasóleo + 0,09 l de óleo): 8 semanas, ou seja: 39 9

l l

gasóleo/semana óleo/semana

7- 800 m3 x (0,15 kg de massa + 0,007 de fusíveis + 0,8 l de gasóleo + 0,08 l de óleo): 8 semanas, ou seja: 15 l 80 8

kg de massa/semana fusível/semana l de gasóleo/semana l de óleo/semana

Para o conjunto destas subactividades teríamos, portanto, a seguinte carga de materiais principais, por semana: 857 115 35 9000 480 30 31 22 32550 105 53 l

l l kg kg

de gasóleo de lubrificante de massa de varão de aço A400 eléctrodos kg de arame recozido terminais l de óleo kg de cimento m3 de brita m3 de areia fusível

73

UNIDADE!i (10 m 3 )

22 20 _ 18 _ 16 _ 14 _ 12 _ 10 _ L ~l

8 6 _



4 _ 2 _ 0 1

2

3

4

r

6

5

7

8

9

10 l

Meses

'//////////////// Fig.15 ' Carga do material "Areia"

Procedendo-se de igual modo para todas as restantes actividades permitirnos-ia, somando coluna a coluna do gráfico de barras, determinar os consumos de materiais previstos ao longo do tempo de execução dos trabalhos. Na figura 15 está representado o plano de cargas do material areia. 3.3.4 - Tal como dissemos então a respeito da mão de obra, também agora estamos conhecedores das necessidades em termos de materiais pelo que poderemos dimensionar as instalações correspondentes, assunto que trataremos mais adiante. Finalmente, multiplicando os custos unitários dos materiais pelo número de unidades a consumir para a realização da produção mensal planeada, 74

obteremos a previsão mensal de custos com aqueles recursos, cuja apresentação poderá ser manifestada através do gráfico já utilizado para a informação de custos salariais. 3.3.5 - Acabamos já de ver que, a partir do Planeamento, o responsável pela obra fica consciente das quantidades, das qualidades e dos prazos de aquisição, fundamentalmente para os materiais destinados ao consumo directo, dependendo já da sua maior ou menor experiência o que se refere aos restantes. Mas como a obra é da sua responsabilidade, e não deseja que todo o seu trabalho de organização e planeamento falhe por inexistência sistemática desses outros materiais - cujo emprego mais ou menos excepcional não invalida da indispensabilidade de os ter imediatamente à disposição em caso de necessidade, como numa avaria de uma máquina, por exemplo - ele deve fornecer o máximo de elementos aos serviços centrais competentes para que estes, utilizando os conhecimentos de toda a sua experiência acumulada, retribuam com informações valiosas relativas aos tipos de materiais e aos níveis de stocks que a obra deve possuir, tendo em consideração as tarefas que vai realizar, as instalações e equipamento que vai utilizar, etc. Fica então a obra totalmente capaz de actuar adequadamente através de um serviço básico: o Aprovisionamento. E definido como "o conjunto das operações que permite por à disposição da obra em tempo oportuno, ao menor custo e na quantidade e qualidade desejadas, todos os produtos e materiais necessários ao seu funcionamento", o que lhe confere, desde logo e para além de outras, duas funções principais: a compra e a armazenagem. Sobre a primeira, que em termos de obra significa aquisição, não necessariamente ao exterior, pouco mais há a dizer para além de que as compras deverão ser efectuadas ao menor custo possível e em quantidades que permitam satisfazer continuamente as necessidades da obra. Isto implica um conhecimento eficaz de gestão económica de stocks, não só a nível da obra mas da própria empresa, devendo estar também perfeitamente definidos os materiais que poderão ser adquiridos directamente pela obra no mercado exterior, e os que só o deverão ser através dos Serviços de Aprovisionamento Central.

75

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2 lilQ Cimento = 200 x 40 = 8 000 kg > Brita = 3 1 1 x 4 0 = 12440 kg > Areia = 412 x 40 = 16 480 kg Código: - 7.1 (já que o betão foi para estacas) Como este mapa é de preenchimento diário teremos, para cada dia e para os diferentes betões fabricados ou inertes dispendidos, os consumos teóricos acumulados. Estes consumos teóricos, depois de convenientemente codificados, são transmitidos diariamente ao Armazém e ao Controlo, os quais consideram requisitados os materiais correspondentes. Em qualquer momento, mas pelo menos mensalmente, o responsável pela obra, mediante as medições, os gastos teóricos e os stocks existentes, calcula as perdas e compara-as com as previstas, dando indicação ao Armazém para as considerar como gastos, e ao controlo para as distribuir em percentagem pelas diversas actividades realizadas e que consumiram esse tipo de materiais. Queremos, finalmente, chamar a atenção para o facto de que, quando qualquer destes materiais for aplicado em trabalhos a que eles não se destinam especificamente (por exemplo, madeira gasta na reparação de instalações), serão tratados como qualquer dos outros aqui primeiramente referidos, isto é, utilizando requisição directa ao Armazém. (Veja-se requisição na página 83).

84

REQUISIÇÃO AO ARMAZÉM QUANT.

5 Kg

DESIGNAÇÃO

APLICAÇÃO

PREGOS GALEOTA

COFRAGEM MÓDULO 1

ÓLEO DE DESCOFRAGEM

5L

100 Kg

AÇO A 24 0 6

REQ. N2

OBRA NS_JL

FORN

preço unitári.

5





4.2

5





4.2

100





4.2

TOTAL

CÓD

1 O Encarregado Data

/

O chefe de equipa

F. Armazém

Visto

/

'//////////////// Fig. n° 19 - Requisição de Materiais totalmente satisfeita

REQUISIÇÃO AO ARMAZÉM

50

REQ. N5

APLICAÇÃO

FORN

preço uniíárt.

TOTAL

CÓD

TRANQUETAS

TUBOS MOLD.DAS ESTAC.

30





1.1

GASÓLEO

LUBRiF. DAS TRANQUET.

1





1.1

MASSA CONSISTENTE

LIMPEZ. DO TUBO "TREM"

1





1.7

0,5





1.7

QUANT.

1L

OBRA NS_J£_

DESIGNAÇÃO

1 Kg 0,5 Kg

DESPERDÍCIOS

i

O Encarregado Data

/

O chefe de equipa

F. Armazém

Visto

/

//////////////// Fig. n° 20 - Requisição de Materiais parcialmente satisfeita

85

3.4 - MÁQUINAS 3.4.1 - As razões que impõem um estudo prévio cuidadoso para determinação da maquinaria e do equipamento necessários à boa execução dos trabalhos e, posteriormente durante estes, à de um controlo apertado, são algo diversas das apontadas para outros elementos já focados nesta exposição: Primeiro, porque não podemos neste caso afirmar, pelo menos com a mesma certeza com que o havíamos feito para a Mão de Obra e para os Materiais, que a maquinaria representa sempre uma percentagem importante relativamente ao custo total de uma obra; na verdade isso depende muito do tipo de construção que se vai realizar pois que, enquanto nas chamadas grandes obras de engenharia se empregam numerosas máquinas cuja maioria, classificada como pesada, é capaz de produzir quase autonomamente, nas pequenas, se essas existem, são em número muito reduzido e por períodos curtos, predominando a maquinaria ligeira que não influencia obviamente com a mesma importância o custo total. Segundo, porque a mão de obra utilizada na condução deste tipo de equipamento é especializada e geralmente não eventual, permitindo preestabelecer rendimentos muito próximos dos reais. Terceiro, porque os custos não flutuam com frequência, sobretudo se as máquinas são pertença da empresa.

3.4.2 - Que tipo de estudo prévio deverá então ser processado? Consideramos necessário realizar três diferentes estudos: o dirigido à perfeita definição do equipamento e da maquinaria mais adequada aos objectivos de realização propostos; aquele que vai permitir determinar o número dessas máquinas e equipamentos e suas permanências; e, como consequência imediata, o que vai fornecer elementos relacionados com consumos, revisões, sobressalentes, conservação, manutenção e funcionamento. 3.4.2.1 - A partir dos elementos fornecidos pelo Projecto e pelo Orçamento adaptados, fácil será definir o equipamento mais adequado à realização da obra.

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Na verdade, após essa adaptação, o projecto está: - perfeitamente identificado — convenientemente esclarecido — sem omissões ou incompatibilidades — coerente

Daí ser possível: — pensar a obra — definir todas as suas fases de execução — determinar métodos de construção - elaborar desenhos de execução - pormenorizar esses desenhos — rectificar quantidades o que permite a escolha adequada do equipamento necessário à execução mais racional da obra, tendo em vista os métodos de construção mais apropriados. Consideramos ser neste aspecto que mais necessidade tem o responsável de utilizar a experiência e o engenho, não necessariamente só dele. Um assunto tão importante como a obtenção dos métodos de execução — os quais vão ser determinantes à boa técnica de construção — não pode ser deixado à experiência e engenho de uma única pessoa, mesmo que ela possua já bastante prática. Esse engenho e essa experiência devem ir beber-se à própria Empresa, isto é, ao conjunto dos seus colaboradores. Não será difícil a uma Construtora habituada concretamente a empreitadas marítimas de grande porte, à execução de obras de fundações de toda a variedade e com curriculum técnico válido, fornecer, tendo em consideração o planeamento efectuado e a quantidades a realizar e para o caso do exemplo que vimos seguindo, a indicação de que deverão ser utilizadas na execução da empreitada as máquinas constantes da lista apresentada nas páginas seguintes. Estaria assim definida a maquinaria principal a utilizar, mantendo-se como incógnita, contudo, o número de unidades e correspondentes curvas de utilização.

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Na realidade, tendo em consideração as tarefas a realizar (Ver, por exemplo, o mapa da página 32), a obra deverá possuir como máquinas principais as seguintes: 1. Para a "Escavação Geral": Máquinas de escavação Máquinas para transporte dos produtos escavados (neste caso foi prevista uma subempreitada razão pelo qual não aparecem referidas no mapa). 2. Para a "Execução de Estacas tipo Benoto": Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas

para moldar as armaduras (818, 819, 868) para o transporte das armaduras (830 e 865) para a colocação das armaduras (850 e 868) para a furacão dos terrenos (850, 862 ou 863, 891, 892, 893 e 950) para a lavagem dos furos (825 e 864) para a remoção dos produtos extraídos (844, 858, 874) para o fabrico de betão (820 e 842) para o transporte do betão (871, 872, 873), para a colocação do betão (822, 836. 862. 863 e 895) para o corte e regularização das cabeças de estacas (840 e 866)

3. Para a "Escavação cotas de trabalho": Máquinas Máquinas Máquinas escavação

de escavação para o transporte dos produtos escavados para compactação e regularização das camadas superiores após (considerada uma subempreitada).

4. Para a "Cortina de Estacas Prancha": Máquinas para corte e soldagem das estacas metálicas (838 e Máquinas para movimentar as estacas prancha (849) Máquinas para transportar as estacas (865) 88

Guias de cravação (894) Máquinas para cravação das estacas metálicas (850, 868 e 890) 5. Para "Betão Armado": Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas Máquinas

para fabricar o betão (considerada a utilização de betão pronto) para o transporte do betão (872 e 873) para colocação do betão (822, 836 e 869) para execução de cofragens (841 e 851) para transporte das cofragens (865) para colocação das cofragens (822 e 836) para executar as armaduras (818 e 819) para transportar as armaduras (865) para colocar as armaduras (822 e 836)

6. Para "Alívio da Cortina": Máquinas para escavação (837) Máquinas para remoção (910, 911 e 912) 7. Para "Colocação de Enrocamento": Máquinas para colocação (837) 8. Para "Aterros Finais": Máquinas de terraplenagem e movimentos de terras Máquinas de compactação (considerada uma subempreitada) 9. Para 'Dragagens": o o Máquinas de dragagem (910) Máquinas de remoção (911 e 912)

89

Resultaria, se não tivessem em conta o planeamento, as seguintes necessidades: Máquina 818-2 unidades Máquina 819-2 unidades Máquina 820 - l unidade Máquina 822 - 4 unidades Máquina 825 - l unidade Máquina 830 - l unidade Máquina 836 - 4 unidades Máquina 837-2 unidades Máquina 838-1 unidade Máquina 840 - l unidade Máquina 842 - l unidade Máquina 844 - l unidade Máquina 850 - 2 unidades Máquina 851-1 unidade Máquina 862 ou Máquina 863 - 2 unidades Máquina 864-1 unidade Máquina 865-4 unidades Máquina 866 - l grupo Máquina 868 - 4 grupos Máquina 869 - l grupo Máquina 871 - l unidade Máquina 872 - 2 unidades Máquina 873-2 unidades Máquina 874-1 unidade Máquina 890 - l unidade Máquina 891-1 unidade Máquina 892-1 grupo Máquina 893 - 2 grupos Máquina 894 - l unidade Máquina 895 - l grupo Máquina 910-2 unidades Máquina 911-2 unidades Máquina 912 - 2 unidades Máquina 950 - l grupo 90

Verificaremos a seguir que, a partir do planeamento, é possível eliminar muitas destas unidades e atingir-se uma optimação de utilização. 3.4.4.2 - Definimos o equipamento e a maquinaria necessários. Tal como fizemos para a mão de obra e para os materiais, vamos agora estabelecer um método de determinação das curvas de utilização de equipamento previstas. Baseando-nos no planeamento efectuado e no orçamento adaptado, e utilizando novamente o gráfico de barras, aplicamos às diversas actividades os rendimentos de funcionamento previstos obtendo-se, pelo produto desses rendimentos pelas unidades de produção a executarem-se num dado período de tempo, os valores teóricos previsionais. E evidente que para este factor de custo, mais ainda do que para a mão de obra, não é possível considerar fracções de unidades ou de permanência, visto que as máquinas entram na obra em número certo e terão de lá permanecer por intervalos de tempo definidos. Vejamos como proceder num caso concreto, utilizando o exemplo já considerado para os dois recursos anteriormente tratados, isto é, como determinar a curva de funcionamento do equipamento necessário à execução dos 800 ml de estacas moldadas no terreno durante um período de 8 semanas. Analisando simultaneamente o plano de trabalhos e as folhas orçamentais retiraríamos: l- Para furacão (em aluviões) e remoção: Máquina Benoto, incluindo tubos benoto: (0,46 h/ml x 800 ml): (38 d x 9 h) Máquina Grua Andes: (0,06 h/ml x 800 ml): (38 d x 9 h) Máquina Rectro escavadora Máquina Pá carregadora Máquina Dumper Super

= 1,08 unidades = 0,14 unidades = l unidade por todo o período = l unidade por todo o período = l unidade por todo o período

91

2- Para execução das armaduras: Máquina de moldar ferro = não há moldagem visto utilizarem-se varões inteiros direitos Máquina de cortar ferro = não há corte pela mesma razão Máquina de soldar: (4 h/t x 60 t) : (38 d x 9 h) = 0,7 unidades 3- Para o transporte de armaduras: Máquina Grua Fuchs 301: (3 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,53 unidades Máquina Tractor Normal (cedida pelo cliente gratuitamente por contrato) = l unidade durante todo o período. 4- Para a colocação das armaduras: Máquina Grua Andes: (0,06 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,01 unidades Máquina de soldar: (0,07 h/t x 60 t): (38 d x 9 h) = 0,01 unidades 5- Para fabricar o betão: Máquina Central de Betão, incluindo drigline = l unidade durante todo o período. 6- Para transportar o betão: Máquina Dumper: (0,3 h/m3 x 800 m3) : (38 d x 9 h) = 0,7 unidades 7- Para colocação do betão: Máquina Grua Torre Liebherr: (0,18 h/m3 x 800 m3 : (38 d x 9 h) = 0,42 unidades Máquina Entubadora, incluindo tubos tremie: (0,08 h x 800 m3) : (38 d x 9 h) = 0,18 unidades Retirávamos então que, teoricamente, seriam necessárias: 1,08 unidades de Benoto 0,15 unidades de Grua Andes 92

1,00 unidades de Rectro Escavadora 1,00 unidades de Pá Carregadora 1,00 unidades de Durnper de Alta Capacidade 0,71 unidades de Máquina de Soldar 0,53 unidades de Grua Fuchs 301 1,00 unidades de Tractor Normal 1,00 unidades de Central de Betão 0,70 unidades de Dumper Normal 0,42 unidades de Grua Torre Liebherr 0,18 unidades de Entubadora Desta previsão o responsável concluiria nomeadamente que: - O rendimento médio da máquina de execução das estacas deveria ser melhorado a fim de ser utilizado somente uma unidade: (0,42 h/ml x 800 ml: 38 d : 9h = 1). - A máquina Entubadora, embora com pequena previsão de utilização, deveria ser mobilizada pois, para além de ser necessário para as betonagens das estacas (já que a Benoto estaria plenamente ocupada na furacão), serviria como reserva à própria Benoto em eventuais paragens por avaria. — Dever-se-ia retardar a montagem da Grua Torre e dar preferência à Grua Andes visto que esta para além de poder executar todas as tarefas previstas para a Liebherr durante a execução das estacas, teria que ser obrigatoriamente utilizada na cravação das estacas prancha metálicas, tarefa anterior às que terão que utilizar a Grua Torre. - A máquina de soldar poderia ser utilizada também em serviços da oficina mecânica visto ter uma folga de cerca de 30% — A Grua Fuchs poderia ser dispensada e utilizar-se nesta fase da obra de ainda pouco serviço de apoio à prevista nos encargos com o estaleiro. — Deveria corrigir as previsões de mão de obra e materiais relacionados com as máquinas. - Teria, relativamente ao orçamentado, um défice de custos da Entubadora da Grua Andes, o qual procuraria compensar durante o desenrolar dos trabalhos. 93

Colocaríamos, então, sobre as barras desta actividade o seguinte equipamento principal: l Benoto + l Grua Andes + l Rectro Escavadora + l Pá Carregadora + l Dumper + l Máquina de Soldar + l Tractor + l Central de Betão + l Dumper Normal + l Entubadora. Procedendo de igual forma para todas as restantes actividades, determinaríamos as cargas de equipamento previstas. 3.4.3 - Conhecido o equipamento necessário dimensiona-se o respectivo parque e suas instalações de apoio. Trataremos mais adiante deste problema. Entretanto poderemos determinar os custos mensais previstos com o equipamento próprio e ou alugado, multiplicando os seus salários de permanência, de funcionamento (que definiremos a seguir) e ou de aluguer pelos respectivos períodos de ocupação. 3.4.4 - Consideramos serem duas as razões fundamentais que justificam a existência de um controlo para a rubrica Máquinas, para além da decorrente de constituir um elemento de custo: — influências correlativas Maquinaria/Mão de Obra; - obtenção de elementos capazes de permitir, para cada caso específico de máquina e de trabalho que realiza, a actualização do seu salário. Relativamente à primeira, atentemos só em quanto pode variar o custo da mão de obra de uma actividade para a qual foi prevista a utilização de uma máquina com um determinado rendimento que não se cumpriu: numa betonagem cujo betão se havia estudado colocar-se por intermédio de um tapete transportador capaz de atingir os 30 mVhora se, por avaria daquele tapete, tiver de utilizar-se uma grua com capacidade não superior a 15 mVhora, logicamente que a betonagem demorará o dobro do tempo e, consequentemente, a actividade, falando já só em custos de mão de obra, ficará também pelo dobro. Quanto à segunda razão apontada consideramos que se caminha para, num futuro mais ou menos próximo todas as empresas de construção estarem organizadas, por forma a que os Serviços de Equipamento Centrais actuem 94

com autonomia funcionando, relativamente ás obras, como uma Empresa dentro da própria Empresa e cuja missão principal será alugar equipamento em boas condições mecânicas e económicas. Para que tal seja possível, aqueles serviços terão de possuir, constantemente renovados, elementos que lhes permitam estabelecer os seus preços de aluguer, os quais deverão cobrir juros do capital empregue, amortizações, reparações, revisões, manutenções, armazenagens, despesas de funcionamento dos Serviços, etc. Caso contrário poderão, no máximo imputar às obras as amortizações das máquinas e, ou não contabilizarão - ficando desse modo sem qualquer possibilidade de conhecerem os custos reais das suas máquinas - ou deixarão ao critério unilateral de cada obra o processo como as restantes despesas são contabilizadas. Estas razões são suficientes para concluirmos da necessidade de um controlo eficaz de cada máquina, nomeadamente em rendimentos, em consumos e em horas de funcionamento, em paragens, em avarias e até em tempos de deslocação; isto, evidentemente e sobretudo, para as classificadas como pesadas. Justifica-se assim plenamente que, na grande maioria das obras, existam equipas especializadas na conservação e manutenção do equipamento, mesmo que sejam diminutas, as quais estarão a cargo da obra ou dos Serviços de Equipamento Centrais, conforme o tipo de manutenção ou conservação que se efectue. Falaremos disso mais adiante. O responsável pela obra sente assim o impacto que o equipamento tem sobre a rentabilidade desta e giza um controlo que, ou já se enquadra perfeitamente na autonomia acima referida, ou permite fornecer à empresa os elementos necessários para se a atingir. 3.4.5 - Para efeitos de controlo todo o equipamento é considerado alugado e a um determinado preço. E dividido em duas grandes categorias: uma que engloba tudo aquilo que vulgarmente se designa por maquinaria (gruas, escavadoras, vibradores, martelos, compressores, etc.) e outra que comporta o chamado equipamento auxiliar (cimbres metálicos, projectores, quadros eléctricos, mobiliário, etc.). Indistintamente cada uma das unidades constituintes paga aos Serviços Centrais um salário-dia de aluguer. Salário este que, independentemente do número de horas de funcionamento ou utilização, terá de cobrir os juros de capital, as amortizações, as manutenções quando em parque — isto é sem utilização em qualquer obra - as armazenagens e as despesas de funcionamento daqueles serviços. 95

BOLETIM DE TRABALHO DE MÁQUINA OBRA N9 X

Data DESIG.

MÁQ. 1^-850-

HORAS GASOLI. GASOLE. DIÁRIAS

ÓLEOS

MASSAS

RELATÓRIO

ENERGIA XW

1

6,0

ESTA MÁQUINA NÃO TEVE AVARIAS

2

3,0

FOI UTILIZADA FUNDAMENTALMENTE

3

4,0

4

5,0

7

5,5

8

3,5

9

6,0

10

6,0

11

8,5

14

7,0

15

5,5

16

5,5

17

5,0

18

6,0

21

7,0

23

5,0

24

6,0

25

5,5

28

6,0

29

assin.

NA CRAVAÇÃO DE ESTACAS PRANCHA

100

METÁLICAS

100

100

4

1

100

15

1

400

19

6,0 112,0

Consumo/horas

gasolina gasóleo

visto

'//////////////// Mapa n° 18 " Boletim de Funcionamento

96

/

GRUA ANDFS

CONSUMOS

FUNC OIA

/

1

3.6

óleos

0,16

massas 3ner kw

l

1

Para além deste salário diário, cada uma das máquinas do primeiro grupo acima classificado vai pagar um outro salário, este horário, em número igual às suas horas de funcionamento, que cobrirá as despesas de reparação (quando não causadas por descuido ou má utilização nas obras e, então, por estas suportadas) e de conservação decorrentes do seu normal funcionamento; as despesas de manutenção e revisão normais são encargo da própria obra (lubrificações, gasóleo, energia eléctrica, etc). Por não se justificar o controlo de horas de funcionamento ou utilização, cada uma das máquinas incluídas no segundo grupo não paga salário-hora, pelo que o diário já inclui uma verba que cobre as despesas normais de conservação e reparação. 3.4.6 - Vimos já que, para a obra que temos vindo a utilizar como exemplificação, a maquinaria mais importante a considerar era indicada no mapa de codificação apresentado no Capítulo II. Todo o equipamento deverá ser entregue aos cuidados do Chefe da Oficina da Obra ou, no caso de este não existir por não o justificar o dimensionamento da mesma, ao Encarregado que supervisionará o trabalho do mecânico posto à sua disposição. Para cada uma das máquinas, o chefe da oficina ou encarregado, abre um Boletim de Trabalho de Máquina (ver página 96), mapa mensal no qual vai anotando, diariamente, as horas de funcionamento e os consumos. Este boletim vai fornecer ao responsável pela obra e aos serviços centrais de equipamento, deste modo e mensalmente, não só os consumos diários — para detenção de qualquer anomalia - mas também as horas de funcionamento, as quais tem a importância que resulta para o primeiro de lhe permitir verificar a maior ou menor utilização da máquina e, para os segundos, de os informar do quantitativo a debitar à obra em horas de funcionamento; será sempre acompanhado de um relatório que permita analisar o comportamento da máquina. A eficácia que se pretende obter deste boletim de máquina depende muito de dois elementos humanos: o manobrador e o seguidor da frente para a qual ela trabalha. Na verdade, tal como o dissemos já para a Mão de Obra, a exactidão do controlo da maquinaria depende, para além da eficiência profisssional de cada um deles, do fornecimento correcto e diário de alguns dado, tais como: — a indicação da tarefa ou tarefas que a máquina realiza em cada dia de trabalho; 97

OFICINA DA CARPINTARIA SAÍDAS DE MADEIRA Obra N" X

Mí.=:

Data Quant 5 un.

Requisição ou Local da Obra

Tipo de Madeira VIGAS DE 22x8 C/ 4m

0,5 m2 SOALHO 1/2 FIO 2 m2

Stock Cód.

COF. MURO FRONTAL

30

REQ. Na 2

100



COF. MURO FRONTAL

88

4.2

20

4.2

10un. BARROTES DE 10x10

4.2

'//////////////// Fig- 21 - Mapa de Consumo de Madeiras

PARTE DIÁRIA DE MÁQUINA Obra Ns X Turno — 1e naãrjnafãn - RRI IA TDRRF - N« R?? Data

/

/ HORAS

Visto do Seguidor

TRABALHO EFECTUADO trabal.

àord.

avaria

MONT. OOF. MURO FRONT. DO MÓD.1

4

1

2

ARRUM. DE VIGOTAS

2

CÓD.

MOVIMENTO DIÁRIO

4.2

Conta horas ou Conta Km

5.8

FINAL 431 INICIAL 425

6 Materiais : GASOLINA GASÓLEO ÓLEO MASSAS TOTAL GERAL HORAS

6

1

2

Condutor Operário DB

categoria:

11

MANO8RAOOR

Observ.

AVAR|ft NQ MOTOR

Nome António Manuel da Silva ELÉCTRICO

'//////////////// Hg- 22 - Parte Diária de Máquinas 98

Visto: horas de trabal.

9

— a indicação do tempo ocupado pela máquina em cada uma das tarefas realizadas nesse dia; — a indicação do número diário de horas no qual a máquina esteve à ordem, isto é, sem ocupação; — a indicação do número de horas diário em que a máquina se encontrou avariada; — a indicação dos materiais de consumo gastos; — a indicação de anomalias que possam ter influenciado o rendimento da máquina. Pelo preenchimento de uma Parte Diária de Máquina, da do tipo indicado na página 98, o manobrador dá todas estas indicações, posteriormente comprovadas pelo visto dos vários seguidores para quem a máquina executou trabalho. Podemos verificar que a máquina Grua Torre n.° 822 realizou as seguintes tarefas, nos seguintes tempos: - Montagem de cofragem no muro frontal do Módulo 1 = 4 horas — Arrumação de vigotas = 2 horas Verificamos ainda que esteve l hora à disposição por falta de trabalho, 2 horas com uma avaria da parte eléctrica, que iniciou o seu dia de trabalho com 425 horas e terminou com 431 horas e que não consumiu materiais. Recolhidos os elementos para o preenchimento do Boletim da Máquina, pelo chefe da oficina, a parte diária segue para o responsável pela frente de trabalho da obra que, depois de analizar convenientemente e tomar as disposições que eventualmente se impuserem, a codifica. Assim, no exemplo indicado anteriormente, teria de colocar, na coluna de código, os números relativos às tarefas executadas: - Montagem de cofragem no muro frontal - código 4.2. - Arrumação de vigotas - código 5.8. O manobrador é codificado à máquina por intermédio da parte diária de mão de obra de manobradores; os consumos, se existissem, seriam codificados nas requisições respectivas, como já vimos quando tratamos dos Materiais, dado que a própria oficina trabalha, para este efeito, como um armazém. 99

SERVIÇO DE EQUIPAMENTO

Obra N» Máquina N 9 _ 822 GRUA TORRE Ord de Rep ar. Na 201 Concluída em Iniciada em / /

/ /

MÃO- DE -OBRA DATA OP. N' HOflAS SALÁR TOTAL 21

2

6,00 € 12,00 €

MÁQUINAS

MATERIAIS

QUANT 3US.UN TOTAL NUME HORA BALAR TOTAL

DESIGNAÇÃO FUSÍVEIS

20

0,50 €

10,00 € 3,00 €

PORCA SEXTAV

30

0,10€

ANILHAS

30

0,05 €

1,50€

GOLPILHAS

30

0,04 €

1,20€

5.01

0.5

j 4,50 €

2,25 €

l

._.____

_. . _

Relatório e Subempreitadas

Resumo

AVARIA NA PARTE ELÉCTRICA E SUBSTITUIÇÃO DE PEÇAS NOS MONTANTES. NÃO HOUVE SUBEMPREITADAS- AVARIA NORMAL PEIO QUE É ENCARGO DOS SERVIÇOS DE EQUIPAMENTO CENTRAIS Assinatura

M-°

12.00 € 1570€ 2,25 € 29.95 €

ENC

23.98 € 53.91 € —— 53 91 €

MAT MÁO

SUBFMP TOTAL

'//////////////// Fig. 23 - Ordem de Reparação

Para maquinaria ligeira, como vibradores, martelos, etc., que não possuem manobrador próprio, as partes diárias são preenchidas pelo seguidor, tudo se processando, no restante, da mesma maneira. 3.4.7 - Temos assim recolhidos os elementos necessários ao controlo de rendimentos, consumos, horas de funcionamento e tempos de deslocação. Vejamos agora como recolher os referentes a conservação, revisão e reparação. Para qualquer destes casos a oficina da obra abre sempre a respectiva Ordem de Reparação. Analizando o mapa da figura 23 concluímos que não há mais do que, desde o início da reparação até ao final da mesma, preencher as colunas de Mão de Obra, Materiais e Máquinas, indicando os custos respectivos; as subempreitadas, se existirem (e pode existir unicamente subempreitadas se o trabalho for totalmente realizado em oficina exterior), são também assinaladas; há que elaborar o indispensável relatório que indica o tipo de reparação executado na máquina, o motivo, etc. 100

Valorizadas, são debitadas aos Serviços Centrais de Equipamento ou à Obra, conforme se trate de, respectivamente: — conservação ou reparação decorrentes do desgaste normal do funcionamento da máquina - manutenção normal ou reparação devida a uma má utilização da máquina e, em qualquer dos casos, enviadas àqueles serviços. Para máquinas verdadeiramente alugadas o controlo restringe-se a rendimentos e custos-hora.

3.5 - SUBEMPREITADAS Consideram-se Subempreitadas todos os trabalhos executados por entidades não pertencentes à obra. Assim, para além dos vulgarmente chamados subempreiteiros ou tarefeiros, das oficinas exteriores, etc., qualquer Serviço Central da Empresa que execute trabalho para a obra, a pedido desta, é considerado subempreiteiro. Interessa a qualidade e os rendimentos em termos de prazos e custos. Para este trabalho importa salientar que as verbas dispendidas nas subempreitadas entram integralmente na coluna de Subempreitadas.

3.6 - MEIOS DE APOIO E INSTALAÇÕES FIXAS Neste subcapítulo apresentaremos metodologia capaz de conduzir ao dimensionamento e à implantação dos parques de equipamento, dos depósitos de materiais, dos armazéns, etc., isto é, indicaremos alguns métodos que, tomados em consideração com o atrás exposto, vão permitir projectar correctamente e implantar eficazmente o chamado Canteiro de Serviço. Efectivamente, para que tal se consiga, as diferentes peças constituintes deste elemento do Estaleiro deverão possuir uma funcionalidade recíproca e interligada que assegure uma exploração conveniente. 101

Nesta fase possuímos: - todos os projectos e disposições reunidos — processos e prazos de execução definidos - pormenores das várias soluções adoptadas — população necessária determinada — materiais mais importantes conhecidos — curvas de consumos fixadas — equipamento escolhido — serviços de apoio encontrados - planos de desenvolvimento dos trabalhos Poderemos então afirmar que tudo está planeado para se conseguir a racionalização desejada? Planeado sim, mas o ter-se escolhido o equipamento e os outros meios auxiliares, calculado as quantidades de materiais e as suas curvas de variação de consumos, distribuída a mão de obra pelas tarefas a realizar, determinado o melhor encadeamento dos trabalhos a executar, estudado as condições particulares em que as actividades se vão processar, procurado atingir os mínimos possíveis em termos de custos, conseguido os métodos de execução mais indicados, escolhido os meios auxiliares mais convenientes, elaborado diagramas que permitem obter os equipamentos, os materiais e a mão de obra nas quantidades necessárias, no local certo e no momento oportuno, tudo isto não é suficiente, pois os meios de apoio e as instalações fixas necessitam de uma "dimensão e de uma implantação adequadas ao volume da obra e ao prazo fixado para a sua execução", para constituirem a entidade lógica de apoio à construção programada. 3.6.1 - Todos nós sabemos que, enquanto o canteiro para apoio à construção de um edifício urbano é geralmente reduzido, o necessário à realização de uma central hidroeléctrica, por exemplo, é sempre de uma grande complexidade. Se, para o primeiro caso, a situação num centro urbano — com acessos fáceis, utilizando pessoal local sem necessidades de alojamento, com redes públicas

102

de água, energia e telefone e até com as dificuldades decorrentes de falta de espaço — aliada ao tipo e tamanho da obra, reduz imenso as suas necessidades, no segundo caso a envergadura do empreendimento e a sua localização habitual — distante dos centros urbanos e industriais - implica um estudo profundo do projecto de instalação e montagem de todo o Estaleiro, incluindo forçosamente o Canteiro de Serviço. Este depende essencialmente: - do tipo de obra > edifícios habitacionais > edifícios industriais > pontes > obras hidráulicas > obras marítimas > estradas, etc. — da envergadura da obra — da localização da obra - das condições locais, nomeadamente, geográficas, topográficas e geológicas - dos métodos de execução — do plano de trabalhos — do prazo de execução da obra. Na verdade, para além de, como dissemos, uma pequena obra não ter as mesmas exigências de uma grande obra de engenharia, é óbvio que: — quanto mais afastada estiver dos centros vitais (populacionais e industriais) maiores serão as exigências em infraestruturas, alojamentos e armazenamentos; — a geologia define a configuração do terreno e portanto as condições de implantação; - o clima influencia os rendimentos; - a área disponível, a facilidade de acessos e de construção influi no tipo de instalações e arruamentos a implantar; 103

— dos métodos a utilizar dependem a mão de obra, os materiais e a maquinaria a utilizar; — prazos apertados ou insuficientes exigem previsões de aumento de mão de obra e de equipamento. Assim, e tomando em consideração o tipo e a envergadura da obra a construir, inicia-se o estudo em questão pela determinação dos diferentes corpos a instalar no canteiro. Referiremos a seguir alguns dos mais generalizados, que serão implantados ou não em função do atrás exposto. 3.6.1.1 - Iniciemos pelos chamados Serviços Auxiliares, isto é, por aqueles que "se destinam a manter o bom estado de funcionamento dos recursos ou à produção de elementos de construções necessárias à obra", tais como: a) Oficina de Reparações Nesta oficina procede-se às reparações e manutenções das máquinas e demais equipamento. Justifica-se por permitir actuações mais ou menos imediatas, evitando-se desse modo os atrasos normalmente provocados quando nos servimos de oficinas estranhas. Deverá localizar-se em zona de acesso fácil, ter possibilidade de ser atravessada de um lado ao outro, possuir terreno livre para eventual ampliação, pé direito mínimo da ordem dos 6,0 m, boa iluminação, pavimento drenado e dimensionado para cargas não inferiores a 5 t/m2, e uma fossa de montagem. Nela se deverá encontrar: l l l l l l l l l l 104

torno mecânico limador máquina de furar máquina de cortar máquina de rectificar bancadas com torno manual forja martelo de mola bigorna máquina de afiar aparelho de soldar eléctrico

l l l l l l l

aparelho de soldar autogénio mesa de soldadura aparelho de carga de baterias aparelho de elevação compressor prensa martelo pilão

b) Carpintaria Embora cada vez mais se tenha generalizado a execução das cofragens em Oficinas Centrais, com evidentes vantagens, a carpintaria é sempre necessária numa obra, de maior ou menor dimensão. Genericamente, quanto maior for o volume de betão armado, maior é a importância desta instalação de apoio na execução de cofragens e respectivas reparações. Deverá possuir acesso fácil, ter à sua disposição meios de carga, descarga e movimentação, e estar dividida, pelos menos, nas seguintes zonas: — de depósito de madeiras — de depósito de cofragens - de limpeza e reparação de cofragens - de traçagem e execução de cogragens. Serão localizadas no conjunto, por forma a que os depósitos sejam acessíveis por camiões a descarregar directamente.

m?.í-tf í'íl]|n ESCRITÓRIO

OFICINA

•i

DEPÓSITO DE MADEIRA

was

/

!

ESTRADO DE MADEIRA

TTM j l

j i

DEPÓSITO DE COFRAGENS

i i

LOCAL COBERTO

'//////////////// FÍ 9- 24 - Planta Possível de "Carpintaria" 105

Máquinas a implantar na zona destinada à execução > serra de disco > serra circular > serra de fita > garlopa > tupia > serras manuais > bancadas Na figura 24 apresentamos uma planta possível de oficina de carpintaria, a partir do exame da qual se pode verificar a existência de um escritório próprio que deverá, sempre que possível, integrar uma sala de desenho para estudo e preparação de cofragens.

c) Instalação para execução de armaduras Destina-se a preparar as armaduras projectadas e a incorporar nas peças estruturais. De acesso fácil a camiões de grande tonelagem, deverá possuir meios próprios de carga, desdescarga, elevação e movimentação dos varões, e das próprias armaduras quando pré-fabricadas em oficina, e constituir uma instalação totalmente coberta a fim de ser sempre possível trabalhar em quaisquer condições atmosféricas. A sua montagem, sempre junto ao armazém, deverá ser condicionada à sequência das tarefas a executar: — descarga e empilhamento de varões — depósito de varões por diâmetros - corte e depósito de varões cortados - moldagem de varões — depósito de varões moldados — pré-fabricação de armaduras

106

MÁQ. MÓVEL DE CORTE ACESSO

o
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