Didi-Huberman Georges _ Pueblos Expuestos Pueblos Figurantes _ Completo

September 4, 2017 | Author: AnnaGMote | Category: Science, Philosophical Science
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Didi-Huberman Georges _ Pueblos Expuestos Pueblos Figurantes...

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Georges Didi-Huberman

Pueblos expuestos, pueblos figurantes

MANANTIAL B uenos A ires

Título original: P euples ex p o sés, p eu p les figurants.

L ’œ il d e l’histoire, 4 Les Editions de M inuit © 2 0 1 2 Les Éditions de M inuit CO LEC C IÓ N T E X T U R A S : D IR EC C IÓ N G ER A R D O YO EL T R A D U C C I Ó N D E H O R A C I O PONS Diseño de tapa: E du ard o lluiz Cet ouvrage a bénéficié du soutien des Programmes d ’aide à la publication de l’Institut français. Esta obra se lia beneficiado del apoyo de los program as de ayuda a la publicación del Institut français. Didi-Huberman, Georges Pueblos expuestos, pueblos figurantes. - la ed. - Ciudad Autónoma de Buenos Aires : Manantial, 2 01 4. 2 7 2 p . ; 2 2 x 1 4 cm. Traducido por: Horacio Pons ISBN 9 7 8-9 S 7-5 0 0-1 79 -4 I. Estética. 2. Política. I. Horacio Pons, trad. CDD 7 0 1 .1 7 H echo el depósito que m a r ca la ley 1 1 . 7 2 3 Impreso en la Argentina © 2 0 1 4 de la traducción y de la edición en castellano, Ediciones Manantial SRL', Avda. de M ay o 1 3 6 5 , 6 o piso (1 0 8 5 ) Buenos Aires, Argentina Tel: (5 4 -1 1 ) 4 3 8 3 - 7 3 5 0 / 4 3 8 3 - 6 0 5 9 i n fo @ e m a n antia l.com . ar w w w.ema n a n tía I. c o m . a r Impresos 2 0 0 0 ejemplares en febrero de 2 0 1 4 , en Elias Porter y CIA SRL, Plaza 1 2 0 2 , CABA, Argentina Derechos reservados Prohibida la rep roducción parcial o total, el alm acen a m ien to , el alquiler, la transmisión o la tra n sfo rm ación de este libro, en cualquier fo rm a o por c u a l­ quier med io, sea electrónico o m ec án ico , mediante fotoco pias, digitalizacíón u otros m éto do s, sin el permiso previo y escrito del editor. Su infracción está penada p o r las leyes 1 1 . 7 2 3 y 2 5 . 4 4 6 .

índice general

1. Pa r c e l a s d e h u m a n i d a d e s ....................................................... E sp erar ver a un h o m b re................................................................

11 11

S ob reexp ü estos y su b exp u esto s...................................................

14

Peligros de p a la b r a s ..........................................................................

16

R esistir en la len g u a..........................................................................

19

R o s tro s , m ultiplicidades, diferencias, in te rv a lo s

21

P a ra que a p arezca una p arcela de h u m a n id a d ...................

23

E x p o n e r a los sin n o m b re .............................................................

26

L a “zon a su cia” del asp ecto h u m a n o ......................................

31

R o stro s d esnudos, n acid os, so sten id o s...................................

36

2 . R e t r a t o s d e g r u p o ^ ....................................................................

51

P atbos del ro stro o logos del d isp o sitiv o ............................... Del h u m an ism o , o la personalidad s o b e r a n a .....................

51 54

Del civism o, o el re tra to de g ru p o .............................................

58

Del m ilitarism o , o el retrato de t r o p a s ...................................

62

D e la clín ica , o el p o d er de e n cu a d ra m ie n to .......................

67

P olítica del en cu ad re: el gesto de a c e r c a r s e ..........................

73

M ir a r co n t a c t o .................................................................................. R o stro s en co n s tru c c ió n ..................................................................

76 78

3 . R e p a r t o s d e c o m u n id a d e s ....................................................... E q u ív o co s de la cu ltu ra : el h um anism o h erid o................... El in con fesab le lu gar de lo co m ú n .............................................

95 95 99

L a exp o sició n puesta en r e p a r t o ................................................

102

El re p a rto fo rm a liz a d o ....................................................................

105

“ Pavera, e n u d a , vai F ilo so fía ”................................... A voz en cu ello ..................................................................... “ Un hom bre libre, sea quien fuere, es m ás bello que el m árm o l” .................................................................... G estos sobrevivientes, cuerpos p o lític o s ............... 4.

P o e m a s d e p u e b l o s .......................................................................

Salidas de la fáb rica, entradas en e s c e n a ............... El pueblo im a g in a rio ....................................................... L o s fig u ra n te s....................................................................... F igu ración , realism o, p a s ió n ......................................... C u erp o s d o cu m en tad o s, cu erp os l í r i c o s ............... “ Fulgu racion es figurativas” .......................................... A b g io in , poem as de acciones: h acer que los co n flicto s bailen................................................................... Figu ran tes del in fie rn o ..................................................... En busca de los pueblos p erd id o s............................... La im agen al a ce ch o .......................................................... E p í l o g o d e l h o m b r e s i n n o m b r e .......................................

A gujero, h om bre, cá m a ra . Seguir co n la m irada ¿im ágenes de m iseria o im ágenes de trab ajo ? L a leña seca, la supervivencia del bien c o m ú n .... Saber hacer fru ctificar a p a rtir de casi nada: técn ica y dignidad del p o b r e ......................................... A ras de ¡as co sas: en cuad re, d u ració n , son id o... D ire cto e in d irecto: delicadeza de la fo r m a

.

U n a iirmgo bu m ilis de las “ tran sfo rm acio n es silenciosas” efectuad as por algunos g e sto s........... N ota biblio g ráfica

“ E s a búsq ued a de p erso n aje s s e c u n d a ri o s , que e n cu en ­ t r o en las novelas, o b r a s de t e a t r o , etc. ¡El se ntim iento de solid aridad que e x p e ri m e n to en to nces! E n L a s d o n cella s d e

B isc b o fsb erg (¿se l la m a r á así?) se habla de dos co s t u r e ra s que co sen el aju a r de la única n ovia de la o b ra. ¿Q ué es de esas m u ch acha s? ¿D ónde viven? ¿Q u é habrán hecho para no p o d e r interv enir en la o b r a ? O b lig a d a s a q uedarse afu era ,

frente al arc a de N o é , a h o g á n d o s e casi bajo la lluvia to r re n ­ cial, so lo p ueden a p r e t a r p o r ú ltim a vez las c a r a s co n tr a el vidrio de un o jo de buey, de m a n e r a que el e sp e cta d o r de la platea solo vis lu m bra en él, d u r a n te un instante , una m era so m b ra o s c u r a . ” F r a n z K a f k a , e n tr a d a del 16 de diciembre de 1 9 1 0 ,

en Jo u r n a u x , tra d u c c i ó n de M . R o b e r t , París, G a ll im a rd , 1 9 8 4 , p. 1 2 [trad. c a s t .: D ia rio s, 1 9 1 0 -1 9 2 3 , B u e n o s A ire s, E m e c é , 1 9 5 3 , p. 2 2 ] . “ Es m á s difícil h o n r a r la m e m o r i a de quienes no tienen n o m b r e ( d a s G ed ä c h tn is d e r N am en lo sen ) que la de las p e rso n a s r e c o n o c i d a s [p a la b ra s ta c h a d a s : festejad as , sin que p oe tas y pensad ore s sean una excep ció n ]. A la mem oria de los sin n o m b r e est á d e d i c a d a la c o n s t r u c c i ó n h ist ó ri c a .” W a l t e r B e n j a m i n , “ P ara lip onrènes et v ariantes des

‘T h è se s su r le c o n c e p t d ’histo ire’” ( 1 9 4 0 ) , en E crits fra n ça is, t ra d u c c i ó n de J . - M . M o n n o y e r, P aris, G a ll im a r d , 1 9 9 1 , p. 3 5 6 [trad. c a s t .: “ P a ra l ip ó m e n o s y v arian te s de las ‘Tesis so bre el c o n c e p t o de h ist o ri a ’ ”, en E scrito s fra n ceses, B u e n o s A i re s , A m o r r o r t u , 2 0 1 2 , p. 4 0 5 ] , “ La c o m u n i d a d [ .. .] es lo que e x p o n e al e x p o n e r s e . Incluye la ex te r io r id a d de ser que la excl uye. E x te r io r id a d que el p e n s a m ie n to no d o m i n a . ” M aurice B lanchot,

L a C o m m u n a u té in a v o u a b le,

P arís, É d itio n s de M i n u i t , 1 9 8 3 , p. 2 5 [trad. ca st.: L a

c o m u n id a d in c o n fes a b le, M a d r i d , A r e n a L ib ro s, 2 0 0 2 ] ,

Parcelas de humanidades

ESPERAR VER A UN H O MB R E

L os pueblos están e x p u esto s. N o s g u staría mucho que, apoya­ dos en la “era de los m ed ios”, esta p roposición quisiera decir: los pueblos son hoy m ás visibles unos p ara o tro s de lo que nunca lo fueron. ¿N o son ellos el objeto de todos los docum entales, todos los tu rism os, todos los m ercados com erciales, todas las telerrealidades posibles e im aginables? Tam bién nos g u staría poder significar con esta frase que los pueblos están hoy, g racias a la “victoria de las d em o cracias”, m ejor “ rep resen tad o s” que an tes. Y sin em bargo, solo se trata de exactam en te lo co n tra rio , ni m ás ni menos: los pue­ blos están exp u esto s por el hecho de estar am enazados, justamente, en su representación -p o lític a , e s té tic a - e incluso, com o sucede con d em asiada frecuencia, en su existencia m ism a. L'os pueblos están siempre ex p u esto s a d esa p a recer. ¿Q ué h acer, qué pensar en ese estado de p erpetua am enaza? ¿C óm o h acer p ara que los pueblos se exp ongan a sí m ism os y no a su desaparición? ¿Para que aparezcan y cobren figura? A p arecer: ser -n a c e r o r e n a c e r- bajo la m irada de otro. “ Ser un h om b re”, sugería Prim o Levi en las últim as palabras de su relato sobre A uschw itz, acaso equivalga sim plemente a poder esp era r ver a un h o m b re , o tro hom bre, un am igo: esperar “volver a verlo algún d ía”, p ara que reap arezca o tro día, un día m ás: “ Y espero volver a verlo algún d ía”.1 C om o si se introdujera, resum ida en lo extrem o de esa exp ecta tiv a , la posibilidad m ism a de hacer un pueblo. Que los pueblos estén exp uestos a d esap arecer y que en ellos resista,

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Pueblos expuestos, pueblos figurantes

persista pese a tod o la voluntad de reap arecer, de volver a su figura - c o m o d iríam os, de 1111 hom bre en peligro de a h o g a rse , que vuelve a la su p erficie-, es lo que M au rice B lan ch o t habría querido llam ar la “ab ru m ad ora responsabilidad” de ca d a hom bre en fren tad o a la d esastrosa historicidad de la totalid ad de la especie h um an a: Que el hombre pueda ser destruido no es, por cie rto , algo tranquilizador; pero que, a pesar de ello y a causa de ello, en ese m o v im ie n to mismo, el hombre siga siendo lo indestructible: eso es lo verdaderamente abrum ador, porque ya no tenemos posibilidad alguna de vernos jamás desembarazados de nosotros m ism os, ni de nuestra responsabilidad.2 . A u n cu a n d o los pueblos estén e x p u e sto s a d e sa p a re ce r, aun cu an d o nos dem os cu enta, frente a la h istoria, de que “no hay límite a la d estru cción del h om b re”,2 no ten d ríam os que dejar de asu m ir, pese a to d o , la simple resp on sabilid ad co n sisten te en o rg a n iz a r n uestra espera p ara esperar v e r - p a r a r e c o n o c e r - a ün h om bre. Y eso, a despecho de tod o el pesim ism o h acia el que la h isto ria no cesa de llevarnos. En L a esp ecie h u m a n a , el g ran libro de R o b e rt A nrelm e, hay un m om ento p arad ig m ático de ese d fa m a , cu an d o el n a rra d o r, en una b a rra ca del ca m p o , busca a su am igo K . y no lo en cu e n tra , sen cillam en te porque no tiene ya m a n e ra de r e c o ­ n o ce rlo p or m u ch o que yazga allí, bajo sus o jo s. S en cillam en te p orq ue la m áquina de d estru cció n co n cen tracio n ar'ia h a logrado h acer d esaparecer a K . a los ojos de sus p ropios am ig o s, la m a n e ­ ra final de hacerle p e r d e r la fig u ra - c o m o se dice de alguien que efectivam en te se ha ah ogado, que ha term in ad o p o r perd er p ie -, h acerle perder la c a r a .4 En un co m e n ta rio de ese e p iso d io , Je a n -P ie r re F ay e v io el m om en to e x tre m o del relato de A n telm e, aquel, tal vez, en que “cu lm in a la d escrip ción del e n o rm e a p a ra to de d e stru cció n que el im p erio de las SS c o n stru y ó en el c írcu lo del o d io ” . 5 P ero la e xisten cia m ism a de ese relato, co n la com u n id ad de lectores que su scitó y no deja de recrear, por co n ta cto s sucesivos “ b o ca a b o c a ”, m u estra tam bién que el episodio, al co n tarse de esta m a n e ra , habría de te rm in a r p or ro m p er el aisla m ie n to p ro d u cid o en K . p o r su terrible desaparición : al devolverle la figura -u n a figura e s c r i ta - a los ojos de los o tro s, de n o so tro s, de to d o s n o so tro s, y rein teg rarlo ,

Parcelas de h um anidades

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en co n secu en cia, a los pueblos de la “especie h u m a n a ”. H ay en ello una dignidad devuelta -a lle n d e la v id a, allende la m u e rte -, una “presencia que ningún p od er, aunque sea el m ás form idable, podrá a lca n z a r salvo al precio de su prim irla, y es ella la que contiene, por sí m ism a y co m o afirm a ció n fin al, lo que R o b e rt A ntelm e llama sen tim ien to ú ltim o d e p e rt e n e n c ia a la e s p e c ie ”.6 ¿C ó m o o rg an izar en ton ces, cu an d o los pueblos están expuestos a d esap arecer, nuestra espera p a ra e s p e ra r v e r a u n h o m b r e ? Sobre la base del testim on io de A n telm e, M a u rice B lan ch o t responde dos co sas, dos co sas que se co rresp o n d en en cu a n to la una no va sin la o tra : ante to d o , “ h acer justicia a la p a la b ra ” , en la gravedad del “p o d er hablar a p a rtir de lo im posible”;7 a con tin u ació n , h acer jus­ ticia a la m irad a en la graved ad de una sem ejanza hum ana sacad a de la d esaparición m ism a, de m o d o que “el ‘an tro p o m o rfism o ’ sea el últim o eco de la verdad, cu an d o to d o deja de ser cie rto ”.8 E sperar ver a un hom bre sería pues volver a p o n e r en juego la necesidad de un r e c o n o c im ie n to d e l o tro , lo cu al supone re co n o ce rlo a la vez co m o sem ejante y co m o h ablante. En esas condiciones, ¿cóm o sorprenderse de que el propio Antel­ m e, al p resen tar su relato - e n 1 9 4 7 y bajo el signo, no del yo, sino del n o so tro s , no del a u to r, sino del p u e b lo -, haya en un ciado la necesidad de una pala b ra gan ad a a la so fo cació n y la de una im a gi­ n a ció n gan ad a al sentim iento de lo inim aginable? Antelm e escribe: D u ran te los prim eros días que siguieron a nuestro regreso fuimos presa -to d o s , c r e o - de un verdadero delirio. Queríamos hablar, que por fin nos escucharan. N os dijeron que, por sí solo, nuestro aspecto físico era bastante elocuente. Pero acabábam os de volver, traíam os con nosotros nuestra memoria, nuestra experiencia bien viva, y sentíamos un deseo frenético de relatarla tal cual era. Y sin embargo, desde los primeros días nos pareció imposible llenar la distancia que descubríam os entre el lenguaje del que disponíamos y esa experiencia que, en el caso de la m ayoría, aún proseguía en nuestro cuerpo. ¿C óm o resignarnos a no intentar explicar cóm o habíam os llegado a eso? Allí estáb am os, tod avía. N o obstante, era imposible. N o bien em pezábam os a co n tar, nos sofocábam os. N osotros mismos encontrábam os inim aginable lo que habíamos empezado a decir. A continuación, esa desproporción entre la expe­ riencia que habíamos vivido y el relato que era posible hacer de ella no hizo sino confirm arse. Sin duda estábam os, pues, frente a una

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Pueblos e x p u e s to s , pueblos figurantes

de esas realidades de las que se dice que superan la im aginación. De ahora en m ás resultaba claro que, para tra ta r de decir algo de ella, solo podíam os hacerlo por elección, es decir, una vez m ás, por la im a gin a ció n .9 En un te x to un p o c o m ás ta rd ío - d e 1 9 5 2 - tam bién titu lad o “L a especie h u m an a”, G eorges B ataille te rm in a ría p o r sugerir que entre la “dignidad prop ia del h o m b re ” y la indignidad que lo lleva a h acer d esap arecer a sus sem ejantes -d ic h o esto co m o in tro d u c­ ción a una an tro p o lo g ía del ra cism o , en e co co n la o b ra de R u th B en ed ict, P a ttern s o f C u ltu re [E l h o m b r e y la c u lt u r a ]- , se nos asigna finalm en te una doble ta r e a : re co n o ce r al sem ejante en el o tro - e n el m om ento m ism o en que el o tro nos p arece m ás e x tra ñ o y m ás e x tr a n j e r o -, a la vez que re c o n o c e m o s lo desem ejan te en n osotros m ism os co m o la “persistencia en el ser de una n eg ació n ” imposible de co n ten e r en lím ite a lg u n o .10 C o m o si el “esp erar ver a un h om b re” pudiera d arse sin una in terro g ació n cruel sobre la in h um anid ad de aquello que, en la h isto ria , “ el hom bre h ace al h om b re”. 11 C u estión de p e n sa r el “p rin cip io e sp e ra n z a ” 12 en su fragilidad de siem pre, p ero tam b ién , y p e se a to d o , en su necesidad de cad a in stante.

SOBREE XP UE ST O S Y SUBEXPUEST OS

L o s pueblos están exp u esto s a d esap arecer porque están -f e n ó ­ m eno hoy m uy flag ra n te , intolerablem ente triu n fan te en su equivocidad m is m a - s u b e x p u e s to s a la so m b ra de sus p uestas bajo la cen su ra o , a lo m ejor, p ero co n un resu ltado equivalente, s o b re e x puestos a la luz de sus puestas en esp ectácu lo. L a subexposición nos priva sen cillam ente de los m edios de ver aquello de lo que p o d ría tratarse: b asta, p o r ejem plo, con no enviar a un rep o rtero -fo tó g rafo o un equipo de televisión al lugar de una injusticia cu alq u iera - s e a en las calles de París o en el o tro e x tre m o del m u n d o - p a ra que esta tenga to d as las posibilidades de q u ed ar im pune y, así, a lc a n z a r su objetivo. Pero la sob reexp o sició n no es m ucho m ejor: dem asiad a luz ciega. L os pueblos exp uestos a la reiteración estereotipada de las im ágenes son tam bién pueblos exp u estos a d esap arecer. Por ejem ­ plo, el pobre pueblo hum ilde de las “ telerrealid ad es”, que se p arte

Parcelas de h um anid ade s

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ae risa, cree sin ceram ente brillar pero p ron to llo ra rá , ap iad ad o de sí m ism o -sie m p re bajo c o n tra to , perdedor p ro g ra m a d o - an tes de d esap arecer en los cu b os de basura del esp ectácu lo. E s probable que los historiadores del futuro tengan m otivos para asom b rarse de una situación de hecho que reúne so b reexp o sició n y subexp osición en la m ism a imagen de los pueblos co n tem p o rán eo s. H a y innum erables fo to g rafías, innum erables secuencias televisivas donde “la g en te” se e x p o n e , es cie rto , p ero “ b o rro sa ”, co m o sue­ le d ecirse. A lgún d ía h ab rá que cu estio n ar la sim etría q u e, v ista desde lejos, reú n e las cen su ras o rig in ad as en sistem as p o lítico s que se p ro cla m a n opuestos: por un lado, los ro stro s velad os; p o r o tro , los ro stro s b o rro so s. Por un lad o, los ro stro s en g u erra san ta d estin ad os a la exp lo sió n y la llam a; por o tro , los ro stro s en san ta ap atía d estin ad os a la im plosión, la cen iza de los pixeles o de la nieve electró n ica. P u eb los b o rro so s : se o sa h ab lar -¿ a n tífra s is c ín ica o in co n s­ c ie n te ? - de d e r e c h o a la im a g en . L a im agen m an tien e, es v erd ad , u n a re la c ió n a n tro p o ló g ic a de m uy larg a d a ta c o n la c u e s tió n del d erech o civil, el esp acio p úb lico, la rep resen tació n p o lít ic a .12 P ero ese d erech o -q u e h acía de la im a go ro m a n a u na p re rro g a ­ tiva in sep arab lem en te ligada a la d ign ita s r e p u b lic a n a -14 se ha c o n v e rtid o , h oy m á s que n u n ca, en una cu estió n de p ro p ie d a d p riv ad a: lo c o n tra r io , p o r lo ta n to , de una dign id ad rep u b lican a que n in gú n su jeto , en te o ría , tiene d erech o a atrib u irse y m en os aún a co m p ra r. E n una breve e incisiva reflexión so b re ese p ro b le­ m a , Ja cq u e s R a n ciè re ha m o stra d o que, en el c o n te x to a c tu a l, la d ign id ad m o n etizad a p o r in term ed io del “d erech o a la im a g e n ” está b ru talm en te asim ilad a a una cu estió n de p r o p ie d a d p riv a d a d e la im a g e n ; m ien tra s que m u ch as c o m u n id a d e s , p riv a d a s d e im a g e n , están ex p u e sta s a d esap arecer con a rm a s y b agajes bajo la ley del te rro r m ilita r: L o que los genocidios y las limpiezas étnicas niegan es, en efec­ to, un prim er “derecho a la imagen”, anterior a toda propiedad del individuo sobre “su” imagen: el derecho a ser incluido en la imagen de la com ún hum anidad. (,..] Casi nadie espera ver a las víctim as kosovares venir a dem andar indemnizaciones por la publicación de su imagen en la prensa francesa.Is

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Pueblos exp uestos, pueblos figurantes

¿C ó m o se m irará, m añ an a, a los pueblos? ¿C ó m o se los m ira boy? ¿En qué está, p o r ejem plo, la tra d ició n fo to g rá fica “d o c u ­ m e n ta l”, 16 esa tradición que puso a nuestro a lcán ce los ro stro s de los pueblos de W eim ar (A ugust Sand er), la N o rte a m é ric a pobre (W alk er Evans), el P arís n o ctu rn o (B rassaí) e incluso el M é x ic o rev o lu cio n ario (M an u el A lv arez B rav o )? ¿N u e stro s pueb los se h ab rán co n vertid o hoy -p e r o ¿en v irtu d de qué m ald ició n de la im a g e n ?- en pueblos sin rostros?

PELIGROS DE PALABRAS

L o s peligros de m uerte se fo m en tan , se a n ticip an o ferm en tan en el uso de las p alab ras. Si los pueblos están e x p u e sto s a d e sa p a ­ re ce r, es tam bién porque se h an co n stitu id o d iscu rso s p a ra que, aunque ya no veam os n ad a, p o d am o s aún creer que to d o nos sigue siendo accesib le, to d o p erm an ece visible y, c o m o suele d e cirse , “ bajo c o n tro l”. En su “ Pequeña h isto ria de la fo to g ra fía ” W alter B enjam ín introdu jo co n m a e stría la cu estió n de la le g ib ilid a d d e las im á g e n e s , som etien do a estas a un d e scifra m ie n to co n ceb id o 110 p ara d ar a las p alab ras la ú ltim a p alab ra sob re ellas sin o , al co n tra rio , para p oner unas y o tra s en una relación de p ertu rb ació n re c íp ro c a , de cu estio n am ien to p o r m ed io de un vaivén siem pre re a ctiv a d o . Una rela ció n crítica , p a ra d ecirlo to d o . C u a n d o esta relación no se co n stru y e , cu an d o las im ágenes c o n v o c a n “ n a tu ­ ra lm e n te ” a las p alab ras que deben a c o m p a ñ a rla s , o bien c u a n ­ do las p alab ras co n v o ca n “e sp o n tá n e a m e n te ” im ágenes que les co rre sp o n d a n , p odem os d ecir que e stas ú ltim as - c o m o aquellas m is m a s - han quedado reducidas a una n adería d e'm ín im o v a lo r: a estereo tip o s.

.

A sí, cu an d o los “clisés visuales no tienen o tro efecto que el de su scita r por aso ciació n clisés lin g ü ístico s (s p ra c h fic b e [...] K lis ­ chees) en quien los m ira ”, escribe B enjam ín, es porque la p artid a ya se ha perdido, tan to en el plano de la im agen corno en el del lenguaje y el p en sam ien to.17 B erto lt B rech t - a quien B enjam ín se m u estra aquí muy c e r c a n o - decía por su p a rte que “ una foto de las fáb ricas K ru p p o de la A. E . G . no revela casi n ada de estas in stitu cion es” .18 E s to , para d ar a entender con clarid ad que una im agen solo puede e x p o n e r co rre c ta m e n te su tem a si im p lica la rela ció n co n el len­

Parcelas de hum anidades

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guaje que su visualidad m ism a es ca p a z de su scitar al p ertu rb arla y d em an darle siem pre que se reform ule y se ponga en entredicho. Y B enjam ín concluye: “ ¿N o es m ás que an alfab eto el fotógrafo que no sabe leer sus p ropias im ágenes (d e r s ein e e ig e n e n B ild e r n ich t lesen k a n n fi ¿L a leyenda (B e sc h riftu n g ) no va a con vertirse en el elem ento esencial del clisé?” .19 En esta d ialéctica to d o fu n cio n a rig u ro sa m e n te en to d o s los sentidos. H a b la r de la leg ib ilid a d d e las im á g en e s no es solo decir, en efecto , que estas recla m a n una d escrip ción (B e s c b re ib u n g ), una co n stru cció n d iscu rsiva (B e s c h r ift u n g ), una restitu ció n de senti­ do (B e d e u t u n g ). E s d ecir tam bién que las im ágenes son cap aces de co n ferir a las p ala b ra s m ism as su legibilidad in ad vertida. En 1 9 2 6 , m ien tras la gente se en treten ía co n to d o s los estereotip os lingü ísticos sobre los “ h o rro res de la g u e rra ” - y hacía lo posible p ara co n so larse de in m ed iato , p ara n o im a g in a r las co sas m ism as de las que h ab lab a, p a ra e m p o b r e c e r de h ech o to d a su c a p a c i­ dad de c o n t a r l a s - ,20 B e rto lt B re c h t, sin c o n tra d e c ir su p ro p o si­ ción p reced en te, aco n sejab a ir a verlos de m ás c e rc a , valiéndose de d o cu m en to s fo to g rá fico s. E n respuesta a una en cuesta literaria sobre “los m ejores libros del a ñ o ”, d e cla ró : “ P o r el p recio de un d isco de villan cicos navideños uno puede co m p ra r a sus hijos ese m o n stru o so libro de im ágenes que se lla m a G u e r ra a la guerra-. son d o cu m en tos fo to g rá fico s que m u estran un re tra to con sum ado de la h u m an id ad ”21 (figura 1). Se com p ren d e entonces que la exp resión “re tra to con sum ado de la h u m an id ad ” equivale e strictam en te a la “ jeta r o ta ” de los solda­ dos de in fan tería, esos p ro letario s de las trin ch e ra s, esos pueblos d esfigu rad os p or la g u e rra . E n la exp resió n elegida por B rech t no solo hay u n a iro n ía so m b ría. T am b ién se tr a ta de la restitu ción de una p a rte de verdad que los n acion alism os de entonces - y los im pu lsos m ístico s de la “ m o v ilizació n to t a l” que en co n tra m o s, sobre to d o , en los libros publicados en esa m ism a ép o ca p or E rn st J ü n g e r -22 q u erían cu b rir a to d a co sta co n un velo de som b ra o silencio. N o debem os a so m b ra rn o s de que K rie g d e m K rieg e! p ro ­ p onga, bajo la dirección de E rn st Friedrich , un m ontaje de imágenes que se co n trad icen violentam ente (p o r ejemplo cu an d o se m uestran lado a lado una decisión del E sta d o M a y o r y su con secu encia en las trin ch eras, a saber, un m on tón de cad áv eres),23 pero tam bién de im ágenes que co n trad ice n co n igual violencia las p alab ras im pre-

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Figura 1. F o t ö g r a f o a n o n i m o , “ ‘J e t a r o t a ’ de la g u e r ra 1 9 1 4 - 1 9 1 8 ”. T o rn a d o de E r n s t F ri e d r i c h , K rieg d e m K rieg e!, 1 9 2 4 , p. 217.

sas en frente (p or ejem plo cu a n d o las fo to g rafías de m utilados de gu erra se a co m p añ a n de los d iscu rsos n acio n alistas y triu nfalistas que las p reced ieron , y en los que se invoca el esplendor del “pueblo co m b atien te” ).24

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D esco n fiem os, p o r lo ta n to , de las p alab ras que acom p añ an la exp o sició n de n u estro s pueblos. H a y p alab ras de las que no se quiere ver que no quieren decir sino en dem asía lo que dicen: por ejem plo, la palabra s e le c ció n , a la que p arece con sagrad o en su totalid ad el relato de F ran ço is Em m anuel titulado L a cuestión h u m a n a , así co m o el reciente filme hom ón im o de N icolas Klotz y É lisabeth P ercev al. 25 En ellos se sigue, en cie rto m od o, el tr a ­ yecto de lenguaje - d e terrible eficacia sobre los c u e rp o s - que va de la “selección ” p ara h acer d esaparecer pueblos enteros (por el buen funcionam iento de la decisión política que los nazis llam aron E n d ló s u n g )... a la “selección” para h acer trab ajar a pueblos enteros en el buen fu n cion am ien to de la industria y el “ libre” m ercado. Pero hay p alab ras, sin duda aún m ás n um erosas, de las que no se quiere ver que pretenden decir e x actam en te lo co n trario de lo que en realidad dicen: por ejem plo, y ya que estam o s, la palabra p u e ­ blo. Una palabra que hoy, y p o r la vía de su norteam ericaniz.ación com o p e o p le , quiere designar tod o aquello de lo cual el pueblo real está ostensiblem ente excluido: a saber, los ricachones, los fam osos, quienes “tienen una im agen”, la poseen y la adm inistran en lo mejor del m ercado sim bólico y las apuestas del prestigio. Al no m o strar m ás que p e o p le , nuestros m edios censuran pues con la m ayor de las eficacias tod a representación legítima y toda visibilidad d el p u e b lo . Y al utilizar la palabra im agen para decir “im agen de m a r c a ” e “ im agen de s í”, nuestros co n tem p orán eos consiguen con la m ayor de las eficacias despojar a esa palabra de sus sign ificacion es fu n d am en tales. ¿Una im agen no com ienza a ser interesante - y no co m ien za, sin m á s - solo al darse com o una im a gen d e! o tro ?

RESISTIR EN LA LENGUA

L as im ágenes, co m o las p a la b ra s, se blanden co m o arm as y se disponen co m o cam p o s de co n flicto s. R eco n o cerlo , criticarlo , in tentar con ocerlo con la m ayor precisión posible: esa sea tal vez una prim era responsabilidad política cuyos riesgos deben asum ir con paciencia el h istoriad or, el filósofo o el a rtista . De allí el valor ejem plar del trabajo filológico -q u e fue tan arriesgado com o pacien­ t e - llevado a cab o por V icto r Klem perer durante la Segunda Guerra

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Pueblos exp uestos, pueblos figurantes

M undial. Su análisis clandestino de lo que llam aba LT1 - L in g u a Tertii Im peri, o sea la “ Lengua del T ercer R eich”- fue para él “ un medio de legítima defensa, un SOS enviado a [sí] m ism o”.21’ Para nosotros, que la leemos hoy, esa lengua aparece co m o una descrip­ ción irreemplazable de lo que puede ser una lengua to ta lita ria . Una lengua en la que florecen ciertos prefijos y no o tro s, 27 por ejemplo; una lengua de verdugos que se insinúa a través de tan tos giros obli­ gados que las víctim as m ism as term in an p or envolverse en ellos. Así, Klemperer escribe: El efecto más potente no fue producido por discursos aislados, ni por artículos u octavillas, ni por carteles o banderas; no fue el producto de nada de lo que estábamos obligados a registrar por el pensamiento o la percepción. El nazismo se insinuó en la carne y la sangre de la multitud a través de las expresiones aisladas, los giros, las formas sintácticas que se imponían a millones de ejemplares y que se adoptaron de manera m ecánica e inconsciente. [...] Yo observaba cada vez más minuciosamente la manera de hablar de los obreros en la fábrica, la de los brutos de la Gestapo, y cóm o nos expresábamos entre nosotros, en ese jardín zoológico de los judíos enjaulados. No había diferencias notables. N o, a decir verdad no había ninguna. Todos, partidarios y adversarios, aprovechadores y víctimas, tenían com o indiscutible guía los mismos modelos.28 A n osotros, que leemos hoy estas p alab ras, ¿no nos to ca escu ­ char las palabras del hoy, prevenidos de las torsiones, las p erver­ siones que, al m enor g iro o in flexió n , pueden a fe cta rla s? ¿Q ué pasa cu and o el exp lo ta d o r im pone su v o cab u lario al exp lo ta d o , cuando el in docum entado se ve obligado a d eclinar su estado civil con las palabras escogidas por el fu n cio n ario de la P refectu ra, y solo con ellas? Es preciso, pues, resistirse a esas lenguas: resistirse en la lengua a esos usos de la lengua.29 N o ab an d o n ar al enem igo la palabra -e s decir la idea, el territo rio , la p osib ilid ad - de la que él intenta apropiarse, prostituyendo, a sabiendas o no, su significación. N o será entonces el populism o el que logre que nos dé asco la palabra pueblo-, no serán las co b ard ías de los seu d od em ócratas las que nos aparten de la palabra d em o c ra c ia , y no será el régim en deletéreo de nuestras im ágenes m ed iáticas el que nos haga ren u n ciar a la atención debida a toda im a g en que se respete.

Pincelas de humanidades

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Fue así com o Gilíes Deleuze y F élix G uattari supieron responder -sin descuidar ninguna de sus exigencias filo só ficas-al vocabulario ya co m ercializad o dél a co n tecim ien to o el c o n cep to : Cuanto más tropieza la filosofía con rivales desvergonzados y necios, más los reencuentra en su propio seno y más bríos siente para cumplir la tarea, crear conceptos, que son más aerolitos que m ercancías. Ríe con una locura que le arranca lágrimas. Así, en consecuencia, la cuestión de la filosofía es el punto singular donde el concepto y la creación se relacionan uno con o tro.-10 M á s recien tem en te, E ric H a z a n ha d ia g n o stica d o una v er­ sión co n tem p o rán ea ele la L T I al an alizar los “eufem ism os”, las “denegaciones in vertid as” o los “centrifugados sem án ticos” que la L Q R -lé a se L in g u a Q u in ta e R esp u b lica e, “ Lengua de la Q uinta R epública”- sabe infligir a las palabras en el lenguaje que, en tod o m om ento, nos rod ea y nos con dicion a31 (por desdicha, p u e b lo e im agen no form an p arte de su repertorio sem ántico). Por e star los pueblos exp uestos a d esaparecer, tanto en el uso de las palabras com o en el de las im ágenes, hay que “ resistirse en la len gu a” y reco n stru ir, sin d escan so , las condiciones de una reap arición de los pueblos en el esp ectácu lo de nuestro mundo.

ROSTROS, MULTI PLICIDADES, DIFERENCIAS, I NTERVALOS

Al plan tear esta cu estión de a p a rició n , ¿no nos in d in am os por privilegiar la apariencia de los pueblos -s u “ im agen”- , diferenciada de algo m ucho m ás fundam ental y mucho menos ilusorio, algo que, eventualm ente, defina su esen cia (puesto que, adem ás, desde Platón los filósofos h an tom ad o la costu m b re de esgrim ir la op osición can ó n ica entre esencia y apariencia)? La respuesta es que tal cu es­ tión, p or venerable que sea, se revela sin duda m al planteada. Lina expresión co m o “los pueblos” no apunta en nada a la unidad de una esencia, de una entidad con referencia a la cual pueda glosarse su fo rm a u na, inteligible y verdadera, com pletam ente distinta de su apariencia múltiple, sensible y ficticia. ¿Pasará con los pueblos com o con esos “viles ob jetos” -p e lo s, b arro, m u g re - a cu yo res­ p ecto S ócrates, en el P a n n é n id e s, dudaba de que hubiese “ una Idea de ellos” ?32 Las distinciones y los axio m as de la filosofía idealista

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Pueblos e x p u e s to s , pueblos figurantes

se ap lican m uy m al a esas co sa s, h u m an as y d em asiad o h u m a n a s, que llam am os “pueblos”, “ m asas” o “ m ultitudes”. H a n n a h A ten d í, que in ten tó a lo larg o de to d a su vida no dejar p a sa r n u n ca una ap arien cia ficticia o una m en tira p o lítica ,33 no vacilaba en in teg rar a lo que d ab a el nom bre de “ vida del esp íritu ” - c o s a que tam bién es la vida p o lític a - un verd ad ero p e n s a m ie n to d e la a p a rie n c ia .34 T od as las co s a s h u m a n a s, a firm a A re n d t, “ tienen en co m ú n el hecho de p a re c e r y p o r eso m ism o e sta r h ech as p a ra verse, e scu ­ ch arse, to c a rs e , ser sentidas y g u sta d a s”, a p un to tal que se to rn a n ecesario d ecir: “ Ser y p a re ce r coin cid en ”.35 E ste punto de p artid a muy general tiene una con secu encia d irec­ ta y co n cre ta en el p lan o de la exp erien cia p o lítica , co m o bien lo ha co m en tad o E tienne T assin: El espacio público [debe serJ definido com o dom inio de apa­ rición para la palabra y la acción. [...] N o estam os c o n d en a d o s a la apariencia y, por ende, tam p oco a una presunta autenticidad. Ser y apariencia son rea lm en te lo mismo. Solo hay política de la apariencia, y esa es su nobleza. La relación del ser con la apariencia no debe comprenderse com o una relación m im ética, pero tam poco en una oposición de lo oculto y lo presentado, lo encubierto y lo exhibido: la política está siempre del lado de lo que se presenta [...]. E sa presentación es tan e x tra ñ a a una prob lem ática de la representación [en el sentido clásico] com o a una problem ática de lo impresentable.36 ¿C ó m o h ay que en ten d er en to n ces ese a p a r e c e r p o lític o , ese a p arecer de los pueblos? P ara resp on d er, H a n n a h A ren d t acu dió a c u a tro p arad ig m as: ro s tro s , m u ltip licid ad es, d iferen cias, in te r­ valos. R o s tro s : los pueb los no son a b s tra c c io n e s , e stá n h ech o s de cu erp o s que h ab lan y a c tú a n . P re se n ta n , e x p o n e n sus ro stro s. M u ltip licid a d es, desde luego: to d o esto co n stitu y e una m ultitud sin n ú m ero de sin g u la rid a d e s -m o v im ie n to s s in g u la re s, d eseos sin gu lares, p alab ras sin g u lares, accio n es s in g u la re s - cu y a sín te­ sis no p o d ría h a ce r n in gú n co n c e p to . P o r eso no hay que d ecir “el h o m b re ” o “el p ueb lo”, sin o, en v e rd a d , “ los h o m b re s”, “ los p u eb lo s”. “ L a p o lític a - d i c e A r e n d t- , se b asa en un h e ch o : la p lu ralid ad h u m a n a . D ios c re ó a l h o m b re ; los h o m b re s so n un p ro d u cto h u m an o , te rre n a l, el p ro d u cto de la n a tu raleza h u m an a. Por o cu p a rse siem pre d e l h o m b re , la filo so fía y la te o lo g ía [...]

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n u n ca e n c o n tra ro n una resp u esta filo só ficam en te v aled era a la p regu n ta: ¿qué es la p o lítica ?” .37 E l ap arecer p olítico es pues una ap arición de d ife re n c ia s : “ La p olítica se o cu p a de la com unidad y la recip rocid ad de seres d ife­ rentes [...]. L a diversidad original se borra con tan to m ay o r eficacia cu a n to que la igualdad esencial de todos los hom bres es d estru id a no bien se tra ta d e l h o m b re”.38 En definitiva, p ensar la co m u n id ad y la recip rocid ad de esos seres diferentes equivale, por lo ta n to , a p ensar el esp acio p olítico co m o la red de los in terv a lo s que em p al­ m an las diferencias unas con o tras: La política nace en el esp a cio-que-está-entre los hom bres, y por consiguiente en algo fundamentalmente ex terio r-a l hombre. N o hay, pues, una sustancia verdaderamente política. La política nace en eLespacio intermedio y se constituye com o relación. [...] La política organiza de entrada a seres absolutamente diferentes, considerando su igualdad relativa y'haciendo ab stracción de su diversidad relativa.39 P lan tear en ton ces la cu estión de la ex p o s ic ió n d e los p u e b lo s - o de la exp o sició n en cu an to p arad ig m a p o lític o - eq uivald ría a em b arcarse en lo que A by W arb u rg llam aba con ta n to a cie rto una ico nolo gía d e los interv a lo s, una exploración del “esp acio-q u e-estáen tre” (Z w iscb en ra u m ), el espacio p o r donde pasan y se constituyen las relaciones en tre diferencias en un co n flicto p erm an en te entre m o n stra y astra o , co m o decía W alter B enjam in, en tre “ b a rb a rie ” y “c u ltu ra ”. C o n flicto en el que se cu en ta, co m o en un p erp etu o nuevo m ontaje de los espacios y los tiem pos, tod a la historia trág ica de la exp o sició n de los pueblos.

PARA Q U E A PA RE ZCA UNA PARCELA DE H U M A N ID A D

E n un célebre d iscu rso pronunciado en o p o rtu n id ad de la recep ­ ción del prem io Lessing, otorgado por la ciudad libre de H am b u rg o el 2 8 de septiem bre de 1 9 5 9 , H a n n a h A rend t decidió p la n te a rse la cu estión de la h um anidad -e n un juego co n el doble sen tid o de la k u m a n ita s co m o especie h um ana y co m o sabiduría h u m an a o p o é ­ tica del c o n o c im ie n to -, la hum anidad tal co m o q u e rría m o s verla n o d esap arecer en las ép ocas de opresión p olítica aquí lla m a d a s,

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en una referencia a Bertolt B rech t, “ tiem pos de o scu rid a d ” (V o n d e r M en sch lich k eit ¡11 fin steren Z e ite n ).40 ¿Q ué so n , pues, los “ tiem pos de o scu rid a d ” ? A rend t pretende h ab lar ante to d o de la época de las gu erras -g u e rr a s m undiales o gu erras “ frías”- , p ero por nuestra p a rte , en esta é p o ca c o n te m ­ p o rán ea, tam bién debem os p ensarlos en el sim u lacro o rg a n iz a d o , al m enos en O cciden te, alreded or de la m en tira de que el tiem po de las gu erras habría term in ad o . O sc u ra s g u e rra s d e cla ra d a s u o scu ras presuntas paces, los fin s te re n Z e ite n se c a ra c te riz a n sobre to d o , a juicio de H an n a h A rend t, p o r el hecho de que “el dom in io público ha perdido [en ellos] el p od er de ilu m in a r”.41 E igu alm en ­ te o scu ro s se revelan los tiem pos en que la vida p ú b lica, la vida de los pueblos, se organiza - c o m o se o rg an izó exp lícitam en te en los regím enes “com u n istas”, y co m o siem pre se o rg a n iz a , p ero de m an era im plícita, en nuestros regím enes “ liberales”- en to rn o del “co n cep to de una verdad ú nica” del h om bre. E s, en realid ad , la in h u m an id ad la que to c a en su erte a las sociedades cap aces de blandir así al hom bre o al pueblo, en d e tri­ m ento de los hom bres o los pueblos.42 Al ser la p o lítica h u m an a el esp acio de las diferencias, roda verdad situada fuera de ese espacio, ya traiga felicidad o infe­ licidad a los hombres, es inhumana en el sentido literal del térm ino, y no por el hecho de que pueda levantar a los hombres los unos contra los otros y separarlos. Muy por el co n trario , lo es porque podría tener la consecuencia de que todos los hombres coincidieran de súbito en una opinión única, de modo que la pluralidad llegara a ser una, com o si sobre la Tierra tuvieran que vivir no los hombres en su pluralidad infinita, sino el hombre en singular, una especie y sus representantes. De suceder eso, el mundo, que no se form a sino en el intervalo entre los hombres en su pluralidad, desaparecería de la T ierra.43 C iertos hom bres, ciertas mujeres se sin gu larizan - e n el ejercicio del a rte , del p ensam ien to, de la h istoria o de la p o lític a - al h acer de los ro stro s, las m ultiplicidades, las diferencias y los in tervalos su prop ia inquietud de h u m a n ita s. Ellos m ism os se sitú an en la diferencia o el intervalo, sin perjuicio de “ e n tra r en co n flicto con el m undo de la vida pública” cu an d o esta se o rg a n iz a en to rn o de la in h u m a n ita s de una verdad ú n ica .44 En ese p u n to co b ra to d o

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su sentido en el d iscu rso de A ren d t el elogio de Lessing, escritor, d ram atu rg o y pensad or cuya “retirad a fuera del m undo [fue] to d a ­ vía útil al m u n do, y cu ya a ctitu d , “ rad icalm en te c rític a ” y hasta rev olu cio n aria, articu lab a p o esía y a c c ió n en un m ism o y p ertin az en fren tam ien to de tod os los p reju icios.4-1 E n la persp ectiva abierta p or A ren d t, Lessing, sin d ud a, se dirige por lo ta n to a los p u eb lo s: Lessing se retira en el pensam iento sin replegarse sobre su yo; y si hubo para él un vínculo secreto entre acción y pensamiento [...], ese vínculo consistía en el hecho de que acción y pensamien­ to advienen am bos bajo la form a del movimiento y, por ende, la libertad, que los funda a am b os, es la libertad de m ovim iento. [...] El pensar de Lessing no es un hablar consigo mismo sino la anticipación d e un hablar co n otros 46 A h o ra bien, en n uestros días esa an ticip ació n solo tiene sentido c o n tra un fondo de d esastre: “ N o s b asta co n m an ten er los ojos a b ie rto s”, escribe A ren d t, “ p a ra ver que nos e n co n tra m o s en un v erd ad ero ca m p o de e sc o m b ro s ”.47 Se tra ta en ton ces de p ro cu ra r que, p e s e a to d o , a p a rez ca una fo rm a sin g u lar, una “p arcela de h u m a n id a d ”, p o r h um ilde que s e a , en m ed io de las ru in as o la o p resió n . E s lo que su ce d e , p o r ejem p lo , cu a n d o los escrito re s fran ceses de los siglos X V I I I

y

X I X se co n sa g ra n cad a vez con

m ay o r p recisió n a la su erte de los p ueblos “ o p rim id o s ”, de los “p erseg u id o s”, los “e x p lo ta d o s ”, los “ h u m illa d o s”, los “ m isera­ bles”.48 O cu a n d o los p o e ta s p ro d u cen una “ queja que se eleva de la re m in isce n cia ” - e s G o e th e , al e scrib ir: “ E l d olor ca m b ia , la queja repite / D e la vida el v ag ab u n d eo la b e rín tico ”- a fin de in d icar un “sentido p ara el o b r a r ” sob re la base de una historia na rra b le: “ El p o e ta , en un sentido m uy g en eral, y el h isto riad o r, en un sentido muy p a rtic u la r, tienen la ta re a de d esencaden ar esta n a rra ció n y g u iarn o s en ella”.49 En este p un to es p reciso volver a la “ p olítica de la p iedad” y, en esp ecial, de la am istad (p h ilia ) que H a n n a h A rend t an aliza tan bien, sobre to d o en la o b ra de Je a n -Ja cq u e s R ou sseau , sin om itir p ro lo n g a r su tra y e c to ria h a sta B e rto lt B re ch t, W alter Benjam ín o F ra n z K a f k a .50 “D o n d e q u ie ra que triu n fe en esta é p o ca una am istad sem ejante [...] , dondequiera que esta se haya m antenido en su p u reza, es decir, sin falsos com p lejos de cu lp a, p o r un lado, y falsos com plejos de su perioridad o in feriorid ad , p o r el o tro , se

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Pueblos ex p u e s t o s , pueblos figurantes

habrá realm en te co n q u is ta d o u n a p a rc e la de h u m an id ad en un m undo devenido in h u m a n o ”. 51

E X P O N E R A LOS S I N N O M B R E

C o n q u ista r u n a “ p a rce la de h u m a n id a d ”: de eso d eb ería ser ca p a z u na obra' de a rte ; co n la co n d ic ió n de h a ce r la “ h isto ria n arráb le”, co n la co n d ició n , tam b ién , de p ro d u cir.la “ an ticip ació n de un hablar con o tro s ”. Al m en cion ar esta cap acid ad del arte co m o h u m a n ita s, H a n n a h A ren d t ten ía en m en te, sobre to d o , algu n as grandes ob ras p o ética s: de E squ ilo a B erto lt B rech t, de L essing a K afka o de Shakespeare a René C h a r. Pero tam bién n o so tro s p o d e ­ mos e x a m in a r la p rod u cció n de o b ras visuales co n fo rm e al criterio de esa m ism a exigen cia. ¿C o n q u ista r una “p arcela de h u m an id ad ” haciendo una im agen? ¿C ó m o puede ser aún posible, en una ép o ca que p arece tan lejos de los D esa s tre s de C o y a e incluso del G u e rnica de P icasso? Al com ienzo de su libro D e C a lega ri a H itler, Siegfried K ra ca u e r quiere prevenir a su lector de que, a despecho de su c a rá cte r visual y, por lo ta n to , de su fo rm a exp u e sta a to d o s, las o b ras c in e m a to g rá ­ ficas - y esto vale en la m ism a m ed id a, no cab e d ud a, p ara las ob ras p ictó ricas, escu ltó ricas o fo to g rá fic a s - p a rticip a n de una “ h istoria secreta”, una historia sin to m a l en la que se d eclin arían , dice aquel, las “disposiciones in teriores del p ueblo” : “ M á s allá de la h istoria m an ifiesta de los cam b io s e co n ó m ico s, de-las exigen cias sociales y de las m aquinaciones p o líticas, hay una h istoria secreta que involu­ cra las disposiciones interiores del pueblo alem án . La revelación de esas disposiciones p o r co n d u cto del cine alem án puede co n trib u ir a la com p ren sión del ascen so y el ascendiente de H itle r”.52 P arad o ja de una historia visual que no dice ni exp lícita aquello cu yo síntom a ofrece, es d ecir, la e x p o s ic ió n y el m isterio a la vez. C on esta p arad o ja , K ra ca u e r no h ace sino reiterar p a ra la his­ toria del cine lo que o tro s h isto riad o res, an tro p ó lo g o s o so ciólogos ya h ab ían señ alad o en lo co n cern ien te a la dim ensión “e s té tic a ” de to d a realid ad so cia l. A sí, A b y W a rb u rg b u sca en las fo rm a s figurativas - y h asta o rn a m e n ta le s - el su rgim ien to sin to m al de los co n flicto s religiosos, p o lítico s y cu ltu rales m ás p ro fu n d o s.53 Así, M arcel M au ss sitúa los fenóm enos estético s en tre o tro s gran d es

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p arad ig m as - t é c n i c a , eco n o m ía, d erech o, m o ra l, re lig ió n - n e c e ­ sarios p a ra llevar a buen puerto cualquier análisis a n tro p o ló g ico de una cu ltu ra d a d a .54 Así, G eorg Simmel descubre que to d a re a ­ lidad so cial tiene co m o único destino el de to m a r fo r m a ; esto es, requiere en un m om en to determ inado que nos in terrogu em os sobre sus m o d o s de ap arició n o exp o sició n .55 N o es una ca su a lid a d , p o r o tra p a rte , que estos tres autores h ayan con sid erad o n ecesario que sus “ investigaciones so cia le s” pudiesen e x a m in a r cen tralm en te las nociones de individuo, sujeto o persona a través de los valores de exp o sición del ro s tro , la m á sca ra o el re tra to .56 E n ese d o m in io inestable del p en sam ien to , W a lte r B en jam ín rep lan teó de m an era decisiva la cuestión p olítica de las im ágenes. T od os co n o ce n - o deberían c o n o c e r - su llam ad o a una p o litiz a ­ ció n d e l a rte co n tra la “estetización de la p o lítica ” p ra ctic a d a co n m étodo p o r los fascism os europeos en las décadas de 1 9 2 0 y 1 9 3 0 .57 Pero el p rob lem a general es, en realid ad, m ás com p lejo de lo que lo sugiere esta ú nica in dicación en form a de co n sig n a. E n e fe cto , en el m ism o te x to - a saber, el fam o so artícu lo sobre “ L a o b ra de arte en la é p o ca de su reproductibilidad té cn ica ”, e scrito en 1 9 3 5 y revisad o en 1 9 3 8 - B enjam ín com ien za p o r to m a r n o ta de una co n m o ció n h istó rica que habría de m a rc a r p ro fu n d am en te el uso m o d ern o y laico de las im ágenes, en co n traste co n su uso religioso de los tiem pos pasados: “A medida que las diferentes p rácticas a rtís­ ticas se em an cip an del cu lto [religioso], se to rn a n m ás n u m ero sas las o p o rtu n id ad es de exp on erlas [...] (en especial) en la fo to g ra fía , [donde] el valor de exp osición (A u sstellu n gsw ert) co m ien za a h acer retro ced er en to d a la línea el valor cu ltu al (K u ltw e rt)” .58 L a distinción entre valor cultual y valor d e ex p o sició n se p resen ­ ta d en tro de una reflexió n m ás am plia -q u e p o d ríam o s c a lific a r de n eo h eg elian a- sobre la evolución general de las a rte s. Se tr a ta , dice Benjam ín, de “representar la historia del arte co m o la co n fro n tació n entre [esos] dos polos en el seno m ism o de la o b ra de a r t e ”. 59 Al a firm a r que en la ép o ca de la fo to g rafía y el cine la o b ra de a rte , “en vez de ap oyarse en el ritual [religioso], se fu n da a h o ra en [...] la p o lítica”, 60 Benjam ín no plantea la cuestión de m an era unilateral sino, en verd ad , d ialéctica : si C harles C haplin h ace un film e co n la realid ad so cial de los T iem p o s m o d e r n o s y Eisen stein lo h ace con el acon tecim ien to h istórico de O c t u b r e , no es solo que en lo sucesivo el artista elija e x p o n e r a los p u e b lo s; sucede tam bién que,

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p olíticam en te, ¡o s p u e b lo s , al estar exp u estos a d esap arecer, co m o ya o cu rrió en 1 9 1 4 -1 9 1 8 , han d ecid id o e x p o n e rs e p o r sí m ism o s de lina m an eta m ás radical y decisiva, p o r ejem plo m ed ian te el re sta ­ blecim iento de los lazos con la gesta rev o lu cio n aria del siglo X I X ; en una p alab ra, m ediante la vuelta a las calles p a ta h acer lo que se llam a de m odo tan pertinente “ m an ifestacio n es” (que Eisenstein y C haplin representan, desde luego, de dos m an eras m uy diferentes). Por eso Benjamín no vacila en juzgar p o lítica m en te las d em o cra­ cias m od ern as con form e al criterio de su cap acid ad de ap arecer, su p o d e r d e exp o sició n : “ L a crisis de las d em o cracias puede co m p ren ­ d erse”, escribe, “co m o una crisis de las condicion es de exp o sició n (ais ein e K rise d e r A u s s te llu n g s b e d in g u n g e n ) del h om b re p o líti­ c o ”.61 En la econ om ía to ta lita ria esas con dicion es de exp o sició n están reglam en tad as p o r una “selecció n ” v io len ta, una selección “de la cu al el cam p eó n [d eportivo], la v ed e tte y el d icta d o r salen v en ced o res”.62 P ero, al m ism o tiem p o , la e x ig en cia d e m o crá tica señala que “cad a uno puede hoy reiv in d icar legítim am ente ser fil­ m a d o ”:65 reivindicación legítim a, p o r cie rto , pero cu yo uso -h a b r á de c o n sta ta rse -p u e d e llevar ta n to a lo m ejor co m o a lo p eor, según que los pueblos sean simples ju g u e te s puestos en escen a p o r un jefe (pensem os en el ejército de trab ajad o res de E l triu n fo d e la v o lu n ­ tad de L eni R iefenstahl) o los au tén ticos 'actores de su exp o sició n (pensem os en las m uchedum bres de O c t u b r e o L a h u elga ). C o m o quiera que sea, la exp osición de los pueblos se ha co n v er­ tido en un objetivo fundam ental de la vida pública y p olítica - n o solo, en ton ces, de la vida a r tís tic a - co n te m p o rá n e a . E n el m o m en ­ to de red actar su testam ento filosófico, o sea, sus tesis “ Sobre el co n cep to de h istoria”, de 1 9 4 0 , W alter B enjam ín se en co n trab a en la situación desesperada de re co n o ce r en la “ selección ” to ta lita ria - e n tr e los d esap arecid o s y los a p a re cid o s, así c o m o P rim o Levi podía h ablar de los “ n áu fragos” y los “ sobrevivientes”- la in stan ­ cia victoriosa de esa lucha p o r la exp o sició n p o lítica. E ra la ép o ca en que las fuerzas de la resistencia se o cu lta b a n en el m o n te, las octavillas circu lab an bajo cu erd a y la esp eran za solo se sosten ía, m uchas veces, de la transm isión llena de interferencias de las ondas de R ad io L on d res. En esa situación, la d esesperación lúcida - e l “ p esim ism o ”, la “ tristeza”, dice simplemente B e n ja m ín - con sistía en re co n o ce r que la historia legible p o r el m ayor n úm ero es escrita ante to d o p o r los

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vencedores, ese “enem igo [que] no ha term in ad o de triu n fa r” y cuyo “ b o tín ” co rre m uy ráp id am en te el riesgo de identificarse con todo “lo que llam am o s bienes cu ltu ra le s”.64 Pero Benjam ín bien sabía - y hoy, tra tá n d o se de n uestra propia co n tem p o ran eid ad , todavía lo s a b e m o s - que frente o al m argen de esa “ tradición de los ven­ ced o res” que nos m iente, resiste, sobrevive y persiste una menos legible “tra d ició n de los o p rim id o s” .65 T ra d ició n de los pueblos cuya ex ig e n c ia ten d rían a su c a rg o v o lv er a e x p o n e r , “a co n tra p e ­ lo”, tan to el h isto riad o r y el p en sad or co m o el a rtis ta . M e parece m uy prob able que la situ ación de desesp eración h istórica en que se en co n trab a B enjam ín cu a n d o escribió esas líneas condicione en n otable m edida la g ra n p arad o ja de sus form u lacion es p ara una exigen cia co m o aquella. P or un lad o, en efecto , B enjam ín p arece pedirlo to d o , co m o si exigiera lo im posible: de allí el to n o m esián ico de algunos de sus p á rra fo s; de allí, tam b ién , la idea de que “n ad a de lo que ha tenido lugar alguna vez está perdido p a ra la h isto ria ”, p o r lo cu al p od ría im agin arse una p ráctica h isto rio g ráfica p ara la que “el p asad o [se hubiera] con v ertid o en ín tegram en te citab le”.66 L a única m an era, al p arecer, de no olvid ar a nadie en la exp o sició n de los pueblos. E sa sería, en cierto m o d o , la vertiente m a n ía ca -p e r o aquí m a n ía ­ c a h asta la d esesp eració n , porque la “ fu erza m esián ica” de la que habla B enjam ín en su te x to solo se califica desde la perspectiva de la “debilidad”- de las tesis “ Sobre el co n ce p to de h isto ria”. L a o tr a v e rtie n te , d ep resiv a o m e la n c ó lic a , ya ca si no pide n ad a; se co n te n ta co n el m ás m a g ro k a iro s, una sim ple p arcela de m em oria in volu n taria ap arecid a en m edio de la ca tá stro fe : “ H a ce r ob ra de h isto ria d o r [...] sign ifica a p o d e ra rse de un recu erd o , tal .com o surge en el in stan te del p e lig ro ”.67 P o d ría m o s en ton ces p re ­ gu n tarn os: ¿no hay que olvid ar n ad a, c ita r ín tegram en te, represen­ ta r a to d o s los pueblos de la h isto ria, vencidos con vencedores? ¿O bien b asta co n ap o d e ra rse de u nas m igajas in ad v ertid as, restitu ir una p arcela, exp o n er un m ero vestigio de h um anidad ? Si “el sujeto del co n o cim ie n to h istó rico es [verdad eram ente] la clase o p rim i­ d a ”, 68 es d ecir, la clase e x p u e sta a d e sa p a re ce r o , co m o m ín im o, a verse “s u b e x p u e sta ” en las rep re se n ta cio n e s co n sen sú ales de la h isto ria , ¿c ó m o , e n to n ce s, h a c e r visible y legible su g ig an tesca p a rte m ald ita? ¿C ó m o h a c e r la h isto ria de los pueblos? ¿Dónde h allar la p alab ra de los sin n o m b re, la e scritu ra de los sin papeles,

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el lu gar de los sin te c h o , la re iv in d ica ció n de los sin d e re ch o s, la dignidad de los sin im ágenes? ¿D ónde h a lla r el arch ivo de aquellos de quienes no se q uiere co n sig n a r n a d a , aquellos cu y a m em o ria m ism a, a v eces, se quiere m a ta r? 69 L a p arad o ja de B enjam in p a re ce p aten te, pero no p o d ría red u ­ círsela a una co n tra d icció n filosófica y ni siquiera p rá ctic a . A dife­ ren cia de un p ro b le m a , u na p a ra d o ja n o se “resu elv e”. P ero se “zan ja”. Im plica un a cto de c o rte que asu m e to d a su significación - s u resp o n sab ilid a d - p o lítica. D esde un p u n to de vista filosófico, Benjam in zanja en lo co n cern ien te a la n o ció n de h istoricid ad al distinguir la inm ensa y n ecesaria h isto ria de los pueblos de toda “ h istoria u n iversal” co n sid erad a co m o la cu lm in a ció n co n fu sa del historicism o y el p ositivism o. “ L a h istoria universal no tiene a rm a ­ zón te ó rica . P ro ced e p o r ad ición : m oviliza la m asa de los hechos p ara llenar el tiem p o h o m o g én eo y v a cío .” C o n tra eso , concluye B en jam in , h ay que d o ta rse de un “ p rin cip io c o n s tru c tiv o ” cu yo m odelo h ab rían de p ro p o rcio n a r las a rte s m o d ern as, desde P rou st y Jo y ce h a sta el cin e de V erto v o E ise n ste in , bajo la fo rm a del m o n ta je.10 E n la p rá ctica , esto quiere decir que solo se zan jará la p arad o ja de la h istoria -e n tr e la im posibilidad de una historia “ in teg ral” y la vanidad de una h istoria “ u n iversal”- si se vuelven a e x p o n e r tod as las co sas p or m edio de un n u e v o m o n ta je d e los tiem p o s p erd id o s tal co m o “surgen en el in stan te del p e lig ro ”. ¿N o es e x a cta m e n te eso lo que B enjam in p ro p o n ía en su in m en so L ib ro d e los p a sa jes, fundado en un “m on taje lite ra rio ” que no d ice ni dem u estra sino que m uestra y e x p o n e los m ovim ientos de su propía-m ateria históri­ c a ? 71 ¿N o es eso lo que h ab rían d e in ten tar, desde en ton ces, Claude Simón o W . G . Sebald en sus novelas “d o cu m en tales”, pero tam bién A rtavazd Pelechian en su filme N u e stro siglo, Basilio M a rtín Patino en sus C a n cio n es para d e s p u é s d e u n a g u e r r a , Je a n -L u c G o d ard en sus H istoria(s) d el cin e, Y ervant G ianikian y Angela R icci L ucchi en su m ontaje D e l Polo al E c u a d o r, o bien H a ru n F aro ck i en sus B ild er d e r W elt u n d In s c h rift d es K rieg e s [L a s im á g en es d e l m u n d o y la in scrip ció n d e g u e r r a ]} ¿L o s a rtista s de nuestros días - d e A lfredo J a a r a P ascal C o n v e rt, de Je ff W all a Sophie R iste lh u e b e r- no son decisivam ente in citad o s p o r este re cu rso del m ontaje d o cu m en tal p ara e xp o n er a los sin nom bre? T h e L a st S ilen t M o v ie , o b ra m uy reciente de Susan H iller, cuyo

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trab ajo exp lo ra desde hace tiem po las condiciones o las a p o rta s del testim on io y él a rch iv o ,72 presenta un dispositivo sim ple y a d m ira ­ ble p a ra esa p ara d ó jica exp osición de los sin n om bre. Se tr a ta de un film e sin o tra s im ágenes que los subtítulos que trad u cen p a la ­ bras in com prensibles de inflexiones muy e x tra ñ a s p a ra n u estro s oídos. E s un m ontaje en el que se exp resan - s e exp lican , sa lm o d ia n , cu en tan , ríen, se la m e n ta n - veinticinco locutores de veinticinco len­ guas d esap arecid as o en vías de d esap arició n :73 w a im a a de T im o r O rien tal, xo k len g de B rasil, y u cag u iro del su r de R u s ia ... E s p a r ­ ticu larm en te estrem eced o r co m p ro b ar la can tid ad im p o rta n te de lenguas -le n a p e , p o ta w a to m i, w a m p a n o a g , k la lla m , b la c k fo o t, cajú n , c o m a n c h e - que desaparecen en el territo rio m ism o , E sta d o s U nidos de A m é rica , donde florecen por o tra p a rte ta n to s m e m o ­ riales, tan to s m useos y tan tas bibliotecas u n iversitarias. ¿N o nos había prevenido W alter Benjam in del terrible lazo que im plica to d o arch ivo de lá cu ltu ra co m o archivo de la barbarie?

LA “ Z O N A SUCIA” D EL ASPECTO H U M A N O

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O rg a n iz a r el p esim ism o , e x p o n e r a los pueblos p ese a to d o . D igo p e s e a to d o p a ra referirm e a la elecció n - e l a c to de re sis­ te n c ia - que se to r n a n ecesario e fe ctu a r en las c o n d icio n e s m is­ m as que in citan al p esim ism o, porque vem os co n c la rid a d a los pueblos exp u esto s p e s e a n o so tros a d esap arecer, an te to d o en la su b exp o sició n , la cen su ra , el ab an d o n o , el d esp recio , y luego en la s o b re e x p o sició n , el e sp e ctá c u lo , la p iedad m al e n te n d id a , el h u m an itarism o g estio n a d o con cin ism o.74 ¿N o h ay que e n ca ra r, en to n ces, el difícil tra b a jo de e x p o n e r esa m ism a e x p o s ic ió n de los pueblos a h u n d irse, a desaparecer? Es el trab ajo que im ag in o en ejecu ción en el fo tó g ra fo Philippe B azin cu a n d o su rg e frente a n o s o tro s , en u n a superficie en cu a d ra d a p o r él, u n a su p erficie cu ad rad a de Veintisiete centím etros de lado, el ro stro de un an cian o en el u m b ral: p ro b ab le -p e r o in c a lc u la b le - de la m u e rte (figu ra 2 ). N o es ta n to el tem a de una im agen sem ejante el que d ebería ser ob jeto de n u estra in terro g ació n : en la h isto ria m ás clá sica del retrato no faltan los ro stro s de an cian o s, desde los bustos ro m a n o s h asta G h irla n d aio y desde T izian o h asta R ic h a rd A ved on . Será p reciso, m ás bien, tr a ta r de com prender la o rg a n iz a ció n , si no del

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F ig u ra 2 . Philippe B azin , V ieillards, f 9 8 5 - 1 9 8 6 . F o to g r a f í a (copia a n aló g ic a), 2 7 x 2 7 c m . C o l e c c ió n del a r t i s ta .

p esim ism o, sí al m enos del trab ajo que ha cu lm in a d o en la deci­ sión de exp o n er a plena luz del día una cu a re n ten a de tra b a jo s, e xp u esto s de p o r sí a la e x tin ció n . E sa serie de F a ces [“ R o s tro s” ], co m o la llania B azin , d ata de 1 9 8 5 - 1 9 8 6 . T ien e su punto de p a rtid a en una e x p e rie n cia m uy p a rticu la r y ta n to m ás significativa cu a n to que no ten ía p o r v er­ d aderas fuentes ni el género del re tra to , ni el oficio fo to g rá fico , y m enos aún la “ voluntad a rtís tic a ”. Al térm in o dé sus estu d ios de m ed icin a, en 1 9 8 0 , Philippe B azin fue d estin ad o ) p a ra cu m p lir su período de in terno, al servicio de “ larga e sta d ía ” [lo n g sé jo u r]

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de un h o sp ital que m ás ad elan te d ecid iría lla m a r “ X ” . Fue allí donde resolvió escribir su tesis de d o cto ra d o en m edicina titulada “A sp ectos h um anos y psicosociales de la vida en un cen tro de larga estad ía”.75 E n un principio cre e ría m o s e sta r en presencia de la más p erfecta - e s d ecir la m ás im p e rs o n a l- d escrip ción de un servicio g eriá trico , si no fuera porque el estilo con vencional de la literatu ra m édica se ve ya sutilm ente co n tra d ich o , p e rtu rb a d o , p o r algo así co m o un tem b lo r del v o c a b u la rio : lo “ p s ic o s o c ia l” se en fren ta a la cu estió n ya m en os lo ca liz a b le de los “ a sp e cto s h u m a n o s”, se e x a m in a el “ce n tro de la rg a e sta d ía ” en lo co n cern ien te a su im palpable “vid a” y la “ p asan tía in te rn a ” se co n sid era, no com o la exp erim en tació n de un o ficio , sino c o m o la “e x p e rie n cia ” de una intersubjetividad. Pero ¿qué son exactam e n te esos a sp ecto s h u m a n o s que Philippe B azin decide entonces e x a m in a r? Se co n stitu y en , quizá, con todo lo que sucede en un gru p o de p erson as de quienes se dice que están “ h ospitalizadas de p or vid a”, sin que nadie se atrev a dem asiado a co n clu ir que e sta rá n , sobre to d o , “ hospitalizadas hasta la m uerte”. E ste es el in tervalo m ism o que requiere la d escrip ció n e x tre m a ­ d am en te p recisa a la que, en lo su cesivo, va a ap licarse el joven m éd ico: el d esp ertar, hacia las seis y m ed ia, “ sin que, no ob stan te, p uedan m overse”, cu an d o “ la p rim era p reocu p ación de cad a cual es d eglu tir” p ara suprim ir en la m edida de lo posible los efectos del som nífero; m om ento en que se com prueba que “hay quienes esperan y quienes ya no esperan nada [...] , quienes m iran y quienes ya no ven n a d a ”.76 El lector de este m od esto trab ajo acad ém ico descubre entonces que la “puesta en a sp e c to ” de esa h um anidad no podría ser unilateralm en te fá ctica , clínica o d iag n ó stica. Será, de en trad a, fe n o m e n o ló g ic a : d escrip ción de co sa s, p ero tam bién de estados y 'entes, d escripción de cu erp o s, pero tam bién de gestos y sensaciones ‘de los que el o b servad o r n unca sale indem ne. Se tr a ta , p o r ejem plo, de los ruidos m uy precisos que m arcan la llegada del d esayun o al p asillo; de los gestos - “ se ven m anos que se aferran co n frenesí a las sáb an as, las fra z a d a s, la cam isa de d o rm ir, m an os tem b lo ro sas”- que aco m p a ñ a n el aseo; de la des­ cripción del d orm itorio co m o dispositivo supuestam ente funcional, pero tam bién co m o esp acialidad de an gu stia y ab an d on o; de las co m id as que escan d en la jo rn a d a , en m edio de to d o ese tiem po del “ languidecer”.77 El análisis institucional - l a s m odalidades prácticas

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del “in greso en larg a e sta d ía ”, el sistem a de aten cion es geriátricas co m p arad as co n la p ed ia tría , la relativa com plejidad de relaciones econ óm icas en las que la m uerte n un ca está a u s e n te -78 se realiza aquí a la p a r co n un análisis de los c o n ta c to s físicos m á s p asajeros, las relaciones de aten ción e incluso de h um illación y, a veces, de v io len cia.79 L a visita m u e stra en to n ces su fu n d a m e n ta l falta de p re sen cia . Y el joven m éd ico d escu bre, en esa fa lta de p resen cia, que, después de tod o, él m ism o no es o tra cosa que el “engranaje de un sistem a” em p aren tad o co n una verd ad era d e n e g a c ió n d e h u m a ­ n id a d co n stru id a en to rn o del paciente exp u esto a d esap arecer. L os “asp ecto s h u m an os y p sico so ciales” en la vida de ese m o ri­ d era ab ren , pues, una b rech a en la exp erien cia del p rop io agente asistencial. A p a rtir de allí, ¿có m o h a ce r de la visita - e incluso de la pasantía p ro fe sio n a l- una relación de p r e s e n c ia ? L a resp u esta, desde luego, está en el tiem p o : d e d ic a r tie m p o , h a b la r co n ca d a uno, to m arse el tiem po de escu ch a r, de b ro m e a r, dé c o n v o c a r la m em oria, de su scitar un d e se o .80 Pero Philippe Bazin cu en ta que, pese a sus esfuerzos de joven p rofesional deseoso de ca m b ia r las c o sa s, la in h u m an id ad , em p ezan d o p o r el olvido o el d esprecio del o tr o , siem pre p a re cía im pon erse. H a sta que se p rod ujo una exp erien cia sign ificativam ente llam ad a d isp a ra d o r: “Al arch iv a r la h istoria clínica de un en ferm o, me di cu enta de que, quince días después de su m u erte, me había olvidado p o r com p leto de su c a ra . E ra incapaz de d ar una c a ra al nom bre que tenía frente a m í en ese legajo ad m in istrativ o ”. 81 De allí la necesidad de d e d ic a r tiem p o a m ira r m e jo r y co n sid e­ rar p o r sí m ism o, reco n o ce r el ro stro del o tro . E sto es, tra n sfo rm a r la visita en algo que B azin , en lo sucesivo, llam ará sesió n . D ecidí llevar mi cá m a ra de fotos y p a sa r p o r todas las h ab itacio ­ nes para fo tografiar los rostro s de tod os esos an cian os, simplemente para reco rd ar la ca ra que tenían, no olvidarla y poder ponerla frente a un nom b re. [...] Así em pezó la co sa . C u an d o las vi p o r prim era vez, las fo tografías m e tra sto rn a ro n p o r co m p leto , porque descubrí en ellas lo que tenía ante mi vista y era in cap az de ver desde hacía sem an as y sem an as. Fue una búsqueda que d uró nueve m eses. A la m añ an a aten d ía, cu m p lía mi papel de m éd ico; a la tard e volvía co n mi c á m a r a fo to g ráfica p a ra h ab lar co n los viejos, fo to g rafiarlo s y ob servar to d o lo que p a s a b a .82

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F ig u ra 3. Philippe B a z i n , L a h a b ita c ió n , 1 9 8 3 . F o to g r a fía (co pia a n a ló g ic a ), 2 7 x 1 8 , 3 c m . C o l e c c ió n del a r t i s t a .

El d isp a ra d o r, por lo tan to : una e xp erim en tació n , m ed ian te el uso del equipo fo to g rá fico de la m irad a, con cebid a p a ta tra n s fo r­ m ar el ojo clínico y su n ecesaria gestión técn ica en o /o a la e s cu ch a , p or d ecirlo de alg ú n m o d o . B azin d escrib e esta p r á c ti c a , en la que h ab lar y m ira r se conjugan en la m ism a te m p o ra lid a d , c o m o una in icia ció n - u n “viaje ín iciático”, dice m ás e x a c ta m e n te - e n el re co n o c im ie n to d e los o tro s y, con ello, de sí m ism o. “ En sus o jo s, en su ro stro , ap ren dí a re co n o ce rm e .” 83 Por eso su tesis de m ed ici­ na, al ca b o de unas sesenta páginas, se con vierte en un verd ad ero ensayo fo to g ráfico en el que “se m ezclan ro stro s fo to g ra fia d o s de cerca, situaciones de rep o rta je , de d o cu m en tal so cia l, de realism o p o é tico ”.84 C u erp o d esm o ro n ad o en un rin có n de la h a b ita ció n (figura 3), delgadez de los m iem bros, muebles ridículos, .frialdad de los p asillos, gestos de la en ferm era, p rim eros planos de las m an o s o las a rru g a s, m irad as cap tad as entre la triste z a , la d ig n id ad , la m alicia o el a g o ta m ie n to .83 Si las p rim eras fo to g rafías de a n cian o s, en ese hospital de p ro ­

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v in cia, son to d av ía la m u estra de u na e x p e rim e n ta ció n e rrá tica en tre géneros fotográficos b astan te h eterogén eos, es porque Bazin b u scab a, me p arece, hacer visibles dos dim ensiones m uy diferentes de su exp erien cia: p o r una p a rte , un relev a m ien to d e los lugares (la dureza del espacio institu cion al), y p o r o tr a , un relev a m ien to d e l tiem po (la fragilidad de una piel, el tra z a d o de una a rru g a , la crispación de una m an o , la fatiga o la intensidad de una m irad a). El relevam ien to de los lugares supone un c o n flic to en tre lo que B azin llam a “zona lim pia” hospitalaria y la “zona':sucia” donde los cu erp os parecen replegarse en su p ropio d olor: “¡Los viejos están d epositados en una zona sucia rod ead a de lim pieza. E sta lim pieza n o debe m an ch arse en ningún ca so . L a zon a su cia debe ser lo m ás pequeña posible, de la dimensión de una c a m a ”.86 L a “zon a lim pia” es el pasillo, p or ejemplo, o la habitación m ism a, que se limpia todas las m añ an as, pero “ ese c u a rto no está h ech o ”, com p ru eb a B azin , “ p ara estar h ab itad o ”.87 En cu an to al relevam iento del tiem p o, supone un dilerna aún m ás crucial p ara el fotógrafo: ¿cóm o exp on er el d orm ir del anciano? ¿C ó m o m o strar que ya casi no ve? ¿C ó m o c a p ta r )o que nos p arece una parcela de hum anidad p ero que, en realidad,^concentra en un solo ro stro la hum anidad en tera, y no hablo de la h um anidad en general o la universal hum anidad sino, en verdad, ¡de la h um anidad to talm en te co n cre ta e intensam ente eficaz en el m ero esfuerzo de un solo instante para alzar los ojos hacia el o tro (figura 2)?

ROSTROS DESNUDOS, NACIDOS, SOSTENIDOS

Por lo tan to, habría al menos dos m an eras diferentes de exp o n er la hum anidad co m o “p arcela”, a la vez en cu a n to resid u o exp uesto a d esap arecer y resistencia o su p erv iv e n c ia destin ad a a m an ten er, pese a to d o , su p ro y e cto v ital. El p rim e ro de esos dos c a m in o s se funda en un relevam ien to de los lu gares y, en c o n s e c u e n c ia , p roced e co n form e a un e n c u a d re a m p lia d o que perm ite una esp e­ cie de m ontaje: m u estra, en efecto , el co n flicto de la h um an id ad co m o “ p arcela” y de lo que hem os de llam ar, co m o es o p o rtu n o , el “en cu ad re in stitu cion al” que se em peña en red u cir sus m ovim ien ­ to s. Se tra ta en este ca so del c u e rp o a c u rru c a d o de la p acien te, verd ad ero residuo de vida p aralizad a en el esp ació h o sp italario - e s

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decir, co m o se ve con cla rid ad , no h o s p ita la rio - de la habitación de “ larga estad ía” (figura 3). La segunda m an era exige un e n c u a d re d e d eta lle, que pase de la visión h o rizo n talizad a (según el fo rm a to habitu al de 2 4 x 3 6 m ilím etros) a un nuevo eq uilib rio rig u ro so de las orientacion es, p erm itido por el fo rm a to cu a d ra d o . L o que se m u estra entonces es el co n flicto in trín seco de la h um anidad co m o residuo, pero ta m ­ bién co m o fuerza -a u n q u e sea en vías de a g o ta r s e - de resistencia. Es el ro stro m irad o en su propio tu m u lto , en su d ra m a co rp o ra l -te lú ric o , d iría m o s - en que luchan en tod o sentido las fuerzas del vivir a ú n y las del p erecer ya, en la tensión vital hacia o tro s y el repliegue m o rtífero en sí m ism o (figura 2 ). A cced em os aquí a la extrem a p roxim id ad - e x t r e m a porque el en cuad re de la im agen no logra siquiera ca p ta r la to talid ad de la cab eza, y tam bién porque su fo rm ato re a l88 dem uestra ser m ás gran d e que nuestro ro stro que lo m i r a - de una lucha íntim a en tre dos m ovim ientos: m ovim iento del tiem po que pasa (c h ro n o s ) y que casi ha term in ad o de reducir ese ro stro co m o una hoja de papel que uno a rru g a antes de tirarla a la b asu ra, y el del tiem p o que resiste (aiorí) y no term in a de dirigir su p regunta, su súplica, su ira, su rech azo , su energía de supervivencia. El en cuad re coi to red u ce, es cie rto , la persp ectiva. Pero impone la fuerza del c a ra a c a ra . E m m an u el L ev in as, se sabe, describía la “situación del ca ra a c a r a ” co m o “el cum plim iento m ism o del tiem ­ p o ”.89 Pero ¿de qué tiem po se tra ta e x a cta m e n te ? ¿El de la “ m uerte m irad a de fren te”, co m o sugiere B e rn a rd L am arch e-V ad el, o “ la vida m ism a [vista] en plena c a r a ” y en la “singularidad irreductible [que] ca d a ro stro [opone a] la d esp erson alización in stitu cio n al”, co m o lo p rop one C h ristian e V ollaire?90 En térm in o s deleuzianos, .se p o d ría su gerir que el e n cu a d re a m p liad o (el relevam ien to de los lugares) exp on e un tiem p o d e Ia h isto ria en el sentido de que la h istoria (c h ro n o s ) “designa el co n ju n to de las con dicion es, por recientes que sean ”, en cuyo espacio puede tener lugar “ una efectua­ ción en los estad os de c o s a s ”; m ientras que el en cuad re de detalle (el relevam iento del tiem po al que p robablem ente hacía referencia L evinas) exp o n e el tiem p o d e l d e v e n ir, el del “ a co n te cim ie n to ” (aion), el que N ietzsch e llam ab a “ lo in tem pestivo”, y que Deleüze h ace suyo p ara señ alar en él “ la única posibilidad de los hom bres [de] responder a lo intolerable” .91 En su habitación de “ larga e sta d ía ”, el cu e rp o de la vieja mujer

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(figura 3) está a la vez solo y e m p a reja d o . L a im agen de Philippe Bazin nos m u estra, aq u í la vida residual en fren tad a a su em presa de “g estió n ”, es d e cir de p ro te cció n y c o n tro l, p ero tam b ién de su bexp osición o d esap arició n so ciales. E n el en cu ad re de detalle del in stan te en que su ro s tro es sorp ren d id o, al c o n tra rio (figura 2 ), el o tro cu erp o de a n cia n o está a la vez d e s n u d o y so sten id o . E xp o n e su devenir trá g ic o en p rim er plan o, p ero en una tensión hacia el o tro que d e sta ca a las c la ra s la intensidad -a u n q u e esté vacía de c o n te n id o - de su m ira d a y su o rien tació n v e rtica l, a la que B azin atrib uye una im p o rta n cia de p rim erísim o ord en . P or un lado e stá , pues, la desnudez de ese ro stro : es eso lo que hace decir a B ern ard L atn arch e-V ad el que las c a ra s de Bazin son m enos retratos que desnu d os.92 Y es eso lo que, frente a estas im ágenes, nos a cerca ab ru p tam en te a la “ nuda vid a” - l a “ vida im personal, y sin em b argo sin gu lar, que desprende su p uro a co n te cim ie n to ”- y la in m an en cia en cu a n to ta le s.93 Pero por o tro lado está la co m p acid ad v ertical de los ro stro s , su n atu raleza, casi, de estelas. C o m o si la resistencia al languidecer se torn ara piedra. C o m o si la vida residual y a cu rru cad a se con virtiera, en la op eración fo to g rá fica , en una vida erguida que se nos im pone en su fro n talid ad , su p recisió n , su d im en sión . Y Philippe B azin reivindica, en esa elección fo rm al, una dim ensión ética inherente a la totalid ad de su trab ajo : La ética de la fotografía es la responsabilidad que tengo con respecto a cada persona que fotografío.-Procuro erguir a la gente. De una m aneta u o tra , sea en el hospital donde están tendidas en sus cam as, o en la institución que las aplasta, las personas están física o simbólicamente acostadas. M i deseo es devolver a cada una de las personas cuyo rostro fotografío la dignidad del ser hum ano verticalizado.94 Dignidad de la m irada que hay que sostener. Sin d ud a, es en ese sentido, ya, que las c a ra s de Philippe B azin llevan a la p ráctica la exigen cia form u lad a p o r W a lte r B enjam ín, la de e x p o n e r a los sin n o m b re . U na fo to g ra fía , es cie rto , no devuelve la p alab ra al sujeto fo to g ra fia d o . A d em ás, las im ágenes de B azin , tal c o m o se nos m u e stra n en se rie s, no restitu y en sus n o m b res propios a las p erso n as cu y o s ro stro s se e x p o n e n . Su em presa no está en la órbita ni del m em o rial ni de la investigación so cio ló g i­ ca. Pero ergu ir los ro s tro s, sosten erlos, devolverlos a su p o d e r d e

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en ca ra r, ¿no es ya exp o n erlo s en la dim ensión de una posibilidad de p alab ra? É n el m a rc o de una elab o ració n m e ta p sico ló g ica de la situ ación p sico a n a lítica , Pierre Fédida en trelazab a de m an era notable to d o s estos tem as, al definir el “ sitio del e x tr a ñ o ”, co m o tan bien lo llam ab a, m ediante una conjunción esp acial y tem p o ral com pleja en la que ningún elem ento debe sep ararse de los d em ás: m an ten erse “ál m ism o tiem po atrás y ad elan te”; asu m ir el “ re ch a ­ zo de lo f a m ilia r” d en tro m ism o de la p ro x im id a d , el “ c o n tr a ” d en tro m ism o del en cu e n tro ; ap elar a “ la ú n ica c o m u n id a d que es posible —la jle n g u a - [según] la con d ición aco m u n ica cio n a l [que] depende de la m era existencia del lenguaje”; constituirse a p a rtir del “m ovim ien to de la v ertical que engendra en la p alab ra la m em o ria del lenguaje”, y ace p ta r, p o r últim o, la im agen co m o “el in stan te de la superficie que se fo rm a co n el a ire ”, entre el alien to que se exh ala de un sujeto y el ro stro que se exp one a la m irad a del o tr o .93 E x p o n e r a los sin nom b re, acoger al o tro . B e rn a rd L a m a rc h e Vadel veía co n m u ch a justeza, en el gesto de B azin , una decisión p olítica tan rad ical co m o m od esta y local: G esto inaudito, gesto único, verdadero gesto hum ano de un joven m édico el de rom per con su tarea adm inistrativa pata insta­ larse a la cabecera de sus viejos pacientes y hablarles, m irarlos a la c a ra , fotografiarlos. Gesto político de verdadera política hum ana, a saber, gesto de protección de la visibilidad de cada quien y sobre todo de aquellos que, para ser m irados, deben en contrar fuera de sí mismos y casi por azar la manera de acceder a su propio rostro y a la posibilidad de que se los encare y se los represente.96 ¿C ó m o asom b rarse entonces de que Philippe Bazin haya d ecid i­ do e x p lo ra r un ca m p o m ás vasto y p rolon gar su o p eració n de c a ra a c a r a , de d e s n u d e z so ste n id a , en o tro s lugares (otros c o n te x to s in stitu cio n ales) y o tra s tem p o ralid ad es (o tra s ed ades de la vida hum ana)? Después de los m oribundos, que ya no h ablan m á s, Bazin habría de fo to g ra fia r, p o r lo ta n to - e n la in stitu ción m ism a que tiene la m isión de p rep ararles la vid a, o sea, el se cto r o b sté trico de un h o sp ita l-,Ja niños recién nacidos, seres librados a su nuda vida y que aún d istan m u ch o de h ablar.97 Serie preced id a en 1 9 8 8 p o r fotog rafías de lactan tes y ro stro s de p artu rien tas (ellas, en quienes la p ru eb a física e stra n g u la la p alab ra). Serie que c o e x is te , p a ra term in ar, c o n un trab ajo sobre los adolescentes y o tro d ed icad o a

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rostro s de jóvenes alienados m entales (ellos, en quienes la prueba psíquica impide la p alab ra).98

/:

La serie de los N é s [“N a c id o s ” ! se revela ta n im p resio n an te co m o la de los V ieiü a rd s [“A n c ia n o s ” ] y, tal co m o el co n tra su je to de una fu ga, le resp on de en m u ch o s a sp e cto s (figu ras 2 y 4 ). En am b o s ca so s, en el prim er p lan o de to d o p ro y e cto de “ r e tr a to ” se sitúa la p erten en cia a la e s p e c ie h u m a n a . B azin reivin dica a veces, sin duda, la intención de “m o stra r la an im alid ad presente en cad a ro stro h u m an o ”.99 Pero lo que se nos m uestra en esos ro stro s tan c e rca n o s p a re c e , ju stam en te, volver a p la n te a r la cu e stió n , form u lad a p or G eorges B ataille y re to m a d a p o r P ierre F éd id a, de com p ren d er “p o r dónde com ien za el c u e rp o h u m a n o ”.100 En los dos caso s -r e c ié n n acidos o a n c ia n o s - se tra ta pues de co n sid e ra r el devenir hum ano bajo la fo rm a o , m ejor, las fo r m a s d e l p a sa je. Así, el an cian o (figura 2 ) lleva en el ro s tro los e stig m a s del tiem po p asad o , el tiem po de su vida e n te ra , que tiene su m an ifes­ tació n m ás esp e cta cu la r en las h o n d u ras de las a rru g a s : estigm as de tiem po tra n scu rrid o p ero , ig u alm en te, signos p re cu rso re s del tiem p o p ara d erru m b arse, del repliegue fin al, de la d esecació n . T am bién el recién n acido (figu ra 4) lleva los estig m as del p a s a ­ je: los h u m o res de su m a d re to d a v ía e stá n a h í, a flo r de piel (o tro s recién n acidos de la serie e stá n aún m a n ch a d o s de san gre o p arecen untados de líquido a m n ió tico ); tiene la frente to d a v ía d eform ad a -a r r u g a s del n acim ien to y no de la v e je z - p o r el ard u o p a rro ; to d o su ro stro se m u estra c o m o una fo rm a d e fo rm a d a , no p or la d esecación sino por la p lasticid ad m ism a de su m ateria aún m aleable. E n uno y o tro ca so , de esas fo rm as en devenir se da a d ed u cir un trabajo: aquí, el tra b a jo , ai'm, de un n a cim ie n to , a llá , ei tra b a jo , ya, de una agon ía. ; L o que llam a p o r fin la aten ción en esas im ágenes es el estatus p arad ó jico que en ellas asum e la m ira d a a s o s te n e r en ta m a ñ a s p roxim idades. La tem poralidad hum ana elegida p o r Pliilippe Bazin excluye de en trad a toda p sicología, to d a co m u n ica ció n . L a s m ira ­ das deben sostenerse, no in tercam b iarse. Pero dejan a los esp ec­ tad o res -n o s d e ja n - en la m ás co m p leta soled ad ,[p orq ue el recién n acid o todavía no m ira; él, que p o r a h o ra no ha visto n ada de este m u ndo, no ve nada pero abre ya ojos que sentim os o scu ram en te tendidos hacia la vida, ya intensos, ya co n cen trad o s, ya in vocan tes, ya ob servad ores. En cu anto al a n cian o - é l , que ha visto ya to d o o

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Fig u ra 4 . Philippe B a z i n , N és. F o t o g r a f í a (copia a n a ló g ic a ), 4 5 x 4 5 c m . C o l e c c ió n del a rtista.

d em asiado de la v id a -, es probable que v e rd a d e ra m e n te ya no m ire. L o que Bazin llam a “an im a lid a d ” no se refiere tal vez sino a esa h um an id ad co n cen trad a en la suerte de m ín im o vital en que cad a intensidad se debate co n tra la a m o rfía , ca d a gesto, con su propia im posibilidad de efectu ació n . B ern ard L am arch e-V ad el deduce de ello la ob scen id ad , la in d e c e n c ia de esas im ágen es, en ta n to que C h ristian e V ollaire ve, al c o n tra rio - p e r o , sin d u d a, no habría que ju zgar aq u í en térm in o s de c o n tra s te esas difíciles elecciones de v o c a b u la rio -, la d ig n id a d m ism a de una p o sición de la cu al “ se ha abolido tod a ob scen id ad ”.101

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¿O b scen a d ign id ad? F ren te a esos d esafío s p lan tead o s a n ues­ tras ca te g o ría s h ab itu ales de juicio e sté tico o m o ra l, quizás habría que volver a las fó rm u las de A n to n in A rta u d , y me refiero a su form u lación de la c r u e ld a d enten did a co m o exigen cia cru cia l p ara cu alq u ier im agen y cu alq u ier te a tro de los cu e rp o s. Philippe B azin p ro d u ciría im ágenes “cru e le s”, en el sen tid o de que m u estran una h u m an id ad red u cid a a m iserab les p a rce la s de nuda v id a, ro stro s sin gu lares que son o tra s ta n ta s “fu erza[s] va cía [s]” o “cam p o fsj de m u e rte ”.102 Son ro s tro s e x tre m a d a m e n te frágiles - e n el c a s o de los recién n a cid o s, a veces so sten id o s en el h u eco de una m a n o a d u lta - y en los que d o m in a el p a th o s , no en ten did o c o m o una exp resió n p sico ló g ic a , sino en el sen tid o m ás a n tig u o , m ás re a l­ m ente tr á g ic o , de un c u e rp o m o s tra d o en su riv a lid a d c o n el tiem p o, co n el su frim ien to - e l p ad ecer, la p a c ie n c ia - fu n d am en tal p a ra to d o ser en el m u n d o . P e ro , al m ism o tie m p o , son ro s tro s fr ía m e n te exp u esto s: p uestos a d ista n cia p o r su e n cu a d re , su p re ­ cisión m ism a y su co n d ició n lu m in o sa (en las im ágenes de B azin no hay p rá ctica m e n te so m b ra s in cid en tes). Y e so , a d esp ech o de su “ o b s c e n a ” p ro x im id a d . L le g a m o s e n to n ce s a p re g u n ta rn o s có m o , entre path os y friald ad , lo g ran esas im ágenes c o n stru ir algo p arecid o a una visión p o lítica del “a s p e c to h u m a n o ” e x p u e sto a su p rop io d estin o g en érico y g e n e a ló g ico , so cia l e h istó rico : su d estin o de e s p e c ie h u m a n a .

NOTAS

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1. Primo Levi, Si c ’est un ho m m e (1947), traducción de M . Schruoffeneger, París, Julliard, 1 9 8 7 (reedición, París, France loisirs, 1 9 9 7 ), p. 186 [trad. cast.; Si esto es un h o m b re, B arcelona, M uchnik Editores, 1 9 8 7 ]. 2 . M aurice Blanchot, “ L’espèce hum aine” (1 9 6 2 ), en L ’E n tretien infini, Paris, G allim ard, 1 9 6 9 , p. 1 9 2 [trad. cast.: “ La especie hum ana”, en La conversación infinita, M adrid, Arena Libros, 2 0 0 8 ]. 3. Ib id ., p. 2 0 0 . 4 . R obert Antelme, L’E sp èce h u m a in e (1 9 4 7 ), edición revisada y corregida, Paris, G allim ard, 1 9 9 0 , pp. 1 7 8 -1 8 0 [trad. cast.: La especie h u m a n a , M adrid, Arena Libros, 2 0 0 1 ]. 5. Jean -P ierre Faye, “ Les trous du visage”, en Daniel Dobbels (com p.), R o bert A n telm e. T extes inédits sur L’Espèce humaine, essais et tém oignages, Paris, G allim ard, 1 9 9 6 , p. 8 8 .

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6. M . Blanchot, “L’espèce hum aine”, op. cit., p. 195. 7. îb id ., p. 199. 8. Ib id ., p. 1 9 4 . 9. R. Antelm e, L ’E sp è ce hum aine, op. cit., p. 9. 10. Georges Bataille, “ L’espèce hum aine” (1 9 5 2 ), en Œ u v res c o m ­ plètes, vol. 1 2 , Paris, Gallim ard, 1 9 8 8 , pp. 2 2 1 -2 2 5 . 11. M yriam Revault d’Ailonnes, Ce q u e l’h o m m e fait à l’h o m m e. Essai sur le m al politique, Paris, Seuil, 1 9 9 5 (reedición, Paris, F lam m a­ rion, 2 0 0 0 ) , pp. 11-20 [trad. cast.: L o q u e el h o m b re h a ce al h o m b re. E nsayo so b re el m al político, Buenos Aires, A m orrortu , 2 0 1 0 ]. 12. E rn st Bloch, L e P rincipe espérance (1 9 3 8 -1 9 5 9 ), tres volúm e­ nes, traducción de F. W ullm art, Paris, G allim ard, 1 9 7 6 -1 9 9 1 [trad. cast.: E l prin cip io esperanza, tres volúmenes, M adrid, T ro tta , 2 0 0 4 ­ 2 0 0 7 ], . 13. Cf. en:especial C ostas Douzinas y Lytida N ead (com ps.), Laiv and the Im a ge. T h e A uthority o f A rt a n d the A esthetics o fL a w , C hi­ cago y L ondres, University of C hicago Press, 1999. 14. Cf. Georges D idi-H uberm an, “L’im age-m atrice. H istoire de l’art et généalogie de la ressem blance” (1 9 9 5 ), en D ev a n t le tem ps. H isto ire d e l’a rt et a n a ch ro n is m e des im a g es, P a ris, E d itio n s de M inuit, 2 0 0 0 , pp. 5 9 -8 3 [trad. cast.: “La im agen-m atriz. H istoria del arte y genealogía de la sem ejanza”, en A n te el tiem p o . H is to ­ ria del arte y a n a cro n ism o de las im ágenes, Buenos A ires, A driana H idalgo, 2 0 0 5 ], 15. Jacques R ancière, “Un droit à l’image peut en chasser un autre” (1999), en C h ro n iq u es des temps consensuels, Paris, Seuil, 2 0 0 5 , pp. 17-18. C f. asim ism o el análisis de M arie-José M o n d zain , L ’Im a g e peut-elle tuer?, Paris, Bayard, 2 0 0 2 , pp. 17-18: “La expresión ‘derecho a la imagen’ supone la m ás completa confusion y no hace sino o cu l­ tar, bajo el pretexto de la protección de los inocentes y las víctim as, el establecimiento de un nuevo m ercado: una imagen no se tom a así com o así, se paga a su propietario”. 16. Cf. Olivier Lugon, L e Style d o cu m en ta ire. D ’A u g u st S a n d e r à Walker E vans, 1 9 2 0 - 1 9 4 5 , Paris, M acu la, 2 0 0 1 [trad. ca st.: E l estilo docum ental. D e A ugust Sander a Walker Evans, Salam anca, Ediciones Universidad de Salam anca, 2010]. 17. W alter Benjam in, “ Petite histoire de la photographie” (1931), traducción de M . de Gandillac revisada por P. Rusch, en Œ u v res, vol. 2 , Paris, G allim ard, 2 0 0 0 , p. 3 2 0 [trad. cast.: “Pequeña historia de la fotografía”, en O bras, libro 2, vol. 1, M adrid, A bada, 2 0 0 7 J . 18. B ertolt B recht, “D er Dreigroschenprozess”, en D reig ro sch en -

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huch. Texte, M aterialien, D o k u m en te, edición de S. Unseld, Frankfurt, Suhrkamp, I 9 6 0 , p. 9 3 , citado en ib id., p. 318. 19. Ibid., pp. 3 2 0 -3 2 1 . 2 0 . W alter Benjam in, “E xpérien ce et p auvreté” (1 9 3 3 ), trad u c­ ción de P. R u sch , en Œ u v res, vol. 2 , op. cit., pp. 3 6 4 - 3 7 2 jtrad. casr.: “E xperiencia y pobreza”, en O b ra s, libro 2 , vol. 1, op. cit., pp. 2 1 6 -2 2 2 ]. 21. B ertolt B recht, “ Sur l’a rt ancien et l’a rt nouveau” (1 9 2 6 ), en E crits su r la littérature et l ’a rt, vol. 1, S u r le c in é m a , trad u cció n de J .-L . Lebrave y J.-P. Lefebvre, Paris, L’A rche, 1 9 7 0 , p. 6 0 [trad. casr.: “Los mejores libros del añ o 1 9 2 6 ”, er> “ Sobre a rte viejo y arte nuevo”, en El co m prom iso en literatura y a rte, B arcelona, Península, 1 9 8 4 ], La obra en cuestión es la com pilación fotográfica de E rn st Fried rich , K rieg d em K rieg e!, B erlin, Freie Jungend V erlag, 1 9 2 4 (reedición, M unich, Deutsche V erlags-A nstalt, 2 0 0 4 , sobre la base de la edición de 1 9 3 0 ). 2 2 . Cf. Ernst Jünger (comp.), K rieg u n d K rieg er,[Berlin, Junker & Dünnhaupt, 1 9 3 0 , así como la severa crítica de esta obra que hace W al­ ter Benjamin, “Théories du fascisme allemand. À propos de l’ouvrage collectif G u erre et gu erriers, publié sous la direction d’E rn st Jü n ger”, traducción de P. Rusch, en Œ u v res, vol. 2 , op. cit., pp. 1 9 8 -2 1 5 [trad. cast.: “Teorías del fascismo alem án”, en Para una crítica de ¡a violencia y otros ensayos, M adrid, Taurus, 1 9 9 1 ]. ' 2 3 . E . Friedrich, K rieg d em K rieg e!, op. cit., pp. 5 8 -6 1 , 7 8 -7 9 , 9 8 -9 9 , etcétera. • 24. Ib id ., pp. 1 8 7 ,1 8 9 -1 9 1 ,1 9 3 - 1 9 4 , 2 1 6 -2 1 7 , etc. El hecho de que la guerra modifica profundamente la lengua se deja ver ya en 1 9 1 8 en la obra de Albert D auzat, L'Argot de la g u erre , d ’après u n e en q u ête auprès des officiers et soldats, Paris, Librairie A rm and C olin, 1918 (reeditado en 2 0 0 7 ). 2 5 . François Emmanuel, La Q uestion h u m a in e, Paris, Stock, 1 9 9 9 (reedición, Paris, France loisirs, 2 0 0 7 ) [trad. cast.: L a cuestión h u m a ­ n a , M adrid, L osad a, 2 0 0 2 ], y N icolas K lotz (director) y Elisabeth Perceval (guionista), La Q uestion h u m a in e [La cuestión h u m a n a ], filme de 2 0 0 7 . Sobre este filme, cf. el análisis de M athilde G irard, “Le ciném a, la mémoire sous la m ain”, C him ères. R ev u e des schizoanalyses, n° 6 6 -6 7 , 2 0 0 7 -2 0 0 8 , pp. 2 5 7 -2 7 8 . 2 6 . V ictor Klemperer, L T I, la langue d u IIIe R eich. C a rn ets d ’un philologue (1947), traducción de É . Guillot, Paris, Albin M ichel, 2 0 0 6 , p. 31 [trad. cast.: L T I. La lengua d el T ercer R eich. A p u n tes d e un filólogo, B arcelona, M inúscula, 2 0 0 2 ].

Parcelas de humanidades

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27. Ibid., p. 21 (sobre la proliferación de las palabras comenzadas en E n t-, es decir en “des-” ). 2 8 . Ib id ., pp. 3 4 y 38. 29. Cf. Alain Brossât, “Postface. Résister dans la langue”, en ibid., pp. 3 6 3 -3 7 3 . Cf. asimismo la síntesis de Karlheinz Barck, “ Intellectuals under H itler”, en David E . W ellbery y Judith Ryan (comps.), A N ew H istory o f G erm á n Literature, Cam bridge, Belknap Press of H arvard University Press, 2 0 0 4 , pp. 8 3 0 -8 3 5 . 3 0 . Gilles Deleuze y Félix G u attari, Q u ’est-ce q u e la philosophie?, Paris, Éditions de Minuit, 1 9 9 1 , p. 16 [trad. cast.: ¿ Q u é es la filosofía?, B arcelona, A n agram a, 19 9 3 ]. 31. Éric H azan, L Q R . La propagande du quotidien, Paris, Raisons d’agir, 2 0 0 6 [trad. cast.: L Q R : la prop a ga n d a d e cada día, M adrid, La Oveja R oja, 2 0 0 7 ] . 3 2 . Platon, P arm enide, 1 3 0 c-d, traducción de L. Robin, en Œ uvres co m plètes, vol. 2 , Paris, G allim ard, 1 9 5 0 , pp. 1 9 8 -1 9 9 [trad. cast.: P arm énides, en D iálogos, vol. 5 , M ad rid , Gredos, 19 8 8 ], 3 3 . Cf. H annah A rendt, D u m en s o n g e à la vio len ce. Essais de politique contem poraine (1 9 6 9 -1 9 7 2 ), traducción de G. Durand, Paris, Calm ann-Lévy, 1 9 7 2 (reedición, Paris, Presses pocket, 1 9 9 4 ) [trad. cast.: Crisis de la rep ública , M adrid, Taurus, 1 9 9 8 ]. 3 4 . H annah Arendt, L a Vie d e l'esprit (1 9 7 5 ) (1981), traducción de L. Lotringer, Paris, PU F, 2 0 0 5 , pp. 3 7 -9 6 [trad. cast.: La vida del espíritu, Buenos Aires, Paidós, 2 0 0 2 ], 35. Ib id ., p. 37. 3 6 . Étienne Tassin, “La question de l’apparence”, en Politique et p en sée. C o llo q u e H a n n a h A ren d t, Paris, Payot, 1 9 9 7 (reeditado en 2 0 0 4 ), pp. 109 y 112. 37. H an n ah Arendt, Q u ’est-ce q u e la politique? (1 9 5 0 -1 9 5 9 ), tra­ ducción de S. Courtine-Denamy, Paris, Seuil, Í9 9 5 (reeditado en 20 0 1 ), p. 3 9 [trad. cast.: ¿ Q u é es la política?, B arcelon a, Paidós/IC E de la Universidad Autónom a de B arcelona, 1 9 9 7 ]. ; 3 8 . Ib id ., p. 4 0 . 39. Ib id ., pp. 4 2 -4 3 . 4 0 . H an n ah A rend t, “ De l’hum anité dans de ‘sombres tem ps’. R éflexions sur Lessing” (1 9 5 9 ), traducción de B. Cassin y P. Lévy, en Vies politiques, Paris, G allim ard, 1 9 7 4 (reeditado en 1 9 8 6 ), pp. 11 -41 [trad. cast.: “Sobre la hum anidad en tiem pos de oscuridad. R eflexiones sobre Lessing”, en H o m b re s en tiem pos de oscu rid a d , Barcelona, Gedisa, 2 0 0 1 ], 41. Ib id ., p. 12.

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Pueblos e xp u e s to s , pueblos figurantes

4 2 . Ib id ., p. 37. 4 3 . Ib id ., p. 41. 4 4 . Ib id ., p. 12. 4 5 . Ib id ., pp. 13-15 . 4 6 . Ib id ., p. 18; las bastardillas son nuestras. 47. Ib id ., p. 19. 4 8 . Ib id ., p. 2 3 . 49. Ib id ., pp. 3 0 -3 1 . 5 0 . Ib id ., pp. 2 1 -2 3 y 3 4 -3 8 . 51. Ib id ., p. 3 3 . Se en co n trará un com en tario de estas posicio­ nes en M yriam Revault d’Allonnes, “A m o r m u ndi. La persévérance du politique”, en Politique et p e n s é e ..., op. cit., pp. 5 5 -8 5 , y Fragile hu m anité, Paris, Aubier, 2 0 0 2 , pp. 5 3 -1 1 6 . 5 2 . Siegfried K racauer, D e Caligari à blitler.U ne histoire p sy ch o ­ logique du ciném a allem and (1 9 4 7 ), traducción de C . B. Levenson, Lausana, L’Âge d’H om m e, 1 9 7 3 (reedición, Paris, Flam m arion, 1 9 8 7 ), p. 12 [trad. cast.: D e Caligari a H itler. Una historia psicológica del cine a lem á n , B arcelona, Paidós, 1 9 8 5 ]. 53. Cf. Aby W arburg, “ La divination païenne et antique dans les écrits et les images à l’époque de Luther” (1 9 2 0 ), en Essais flo ren tin s, traducción de S. Muller, Paris, Klincksieck, 1 9 9 0 , pp. 2 4 5 -2 9 4 [trad. cast.: “Profecía pagana en palabras e imágenes en la época de Lutero”, en E l renacim iento del paganism o. A portaciones a la historia cultural de! R enacim iento eu ro p eo , M adrid, A lianza, 2 0 0 5 , pp. 4 4 5 -5 1 1 J. 54. Cf. M arcel Mauss, M anuel d ’ethnographie (1 9 2 6 -1 9 3 9 ) (1 9 4 7 ), París, Payot, '1967, pp. 8 5 -1 2 2 [trad. c a st.: M a n u a l d e etn o g ra fía , Buenos Aires, Fondo de Cultura E conóm ica, 2 0 0 6 1. 55. Cf. Georg Simmel, Sociologie. É tu d e su r les fo rm es d e la socia­ lisation (1 9 0 8 ), traducción de L . D eroche-G urcel y S. M uller, Paris, PUF, 1 9 9 9 , pp. 3 7 3 -3 7 8 , etc. [trad. cast.: Sociología. E stu d io so bre las form as de socialización, M adrid, A lianza, 1 9 8 8 ]. Sobre estos p ro­ blemas, cf. asimismo Hannes Böhringer y Karlfried Gründer (comps.), Ästhetik u n d Soziologie um die Ja h rh u n d ertw en d e. G e o rg Sim m el, Fran k fu rt, V ittorio K iosterm ann, 1 9 7 6 . 5 6 . Cf. Aby W arburg, “ L’a rt du p ortrait et la bourgeoisie florenti­ ne. D om enico G hirlandaio à Santa T rinità. Les p ortraits de Laurent de M édicis et de son entourage” (1 9 0 2 ), en Essais flo ren tin s, op. cit., pp. 1 0 1 -1 3 5 [trad. cast.: “ El arte del retrato y la burguesía florentina. D om enico G hirlandaio en Santa T rinità. Los retratos de L oren zo de M edici y su fam ilia”, en E l ren a cim ien to d el p a g a n ism o ..., op. cit., pp. 1 4 7 -1 7 5 ]; M arcel M au ss, “ Une catégorie de l’esprit hum ain. L a

P arcelas de h u m an id a d e s

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notion de personne, celle de ‘m oi’” (1 9 3 8 ), en S o cio lo g ie et a n th ro ­ p o lo g ie (1 9 5 0 ), P aris, PU F, 1 9 8 0 , pp. 3 3 1 -3 6 2 [trad . c a s t.: “ Una categoría del espíritu hum ano. La noción de persona y la noción de yo”, en Sociología y antrop o lo gía , M adrid, T ecnos, 1 9 7 1 ], y G eorg Sirnmel, “Lai signification esthétique du visage” (1 9 0 1 ), en L a Tra­ g éd ie d e la culture. E t autres essais, traducción de S. C orn ille y P. Ivernel, P aris, R ivages, 1 9 8 8 , pp. 1 3 7 -1 4 4 [trad. c a s t.: “La signifi­ cación estética del ro s tro ”, en E l in d iv id u o y la lib erta d . E nsa y o s d e crítica de ¡a cultura, B arcelona, Península, 1 9 9 8 , pp. 1 8 7 -1 9 2 ], y “ L e problèm e du p o rtra it”, en P hilosophie d e la m o d e rn ité , vol. 2 , E sth étiq u e et m o d ern ité, co n flit et m o d ern ité. T esta m en t p h ilo ­ so p h iq u e (1 9 1 2 -1 9 1 8 ), traducción de J .- L . V ieillard -B aro n , P aris, Payot, 1 9 9 0 , pp. 1 4 9 -1 6 3 . 57. W alter Benjamin, “ L’œuvre d’a rt à l’époque de sa reprôductibilité technique” (1 9 3 5 ), traducción de R , Rochlitz, en Œ uvres, vol. 3 , Paris, G allim ard, 2 0 0 0 , p. 113 (version de 1 9 3 8 , ib id ., p. 3 1 6 ) [trad. cast.: “L a obra de arte en la época de su reproductíbilidad técn ica”, en O bras, libro 1, vol. 2 , M adrid, A bada, 2 0 0 8 , pp. 9 -4 7 ]. 5 8 . Ib id ., pp. 7 9-81 (version de 1 9 3 8 , ib id., pp. 2 8 4 -2 8 5 ) . 59. Ib id ., p. 7 9 (version de 1 9 3 8 , ibid., pp. 2 8 2 -2 8 3 ). 6 0 . Ib id ., p. 78 (version de 1 9 3 8 , ib id ., p. 28 2 ). 61. Ib id ., p. 93 (pasaje eliminado en la version de 1 9 3 8 ). 6 2 . Ib id ., p. 9 4 (pasaje eliminado en la version de 1 9 3 8 ). 6 3 . Ib id ., pp. 9 4 -9 5 (version de 1 9 3 8 , ibid., p. 2 9 6 ). 6 4 . W alter Benjamin, “Sur le concept d’histoire” (1 9 4 0 ), traducción de M . de G andillac revisada por P. Rusch, en O bra s, vol. 3 , op. cit., pp. 4 3 1 -4 3 2 [trad. cast.: “ Sobre el concepto de h istoria”, en O b ra s, libro 1, vol. 2 , op. cit., pp. 3 0 3 -3 1 8 ], 6 5 . Ib id ., p. 4 3 3 . 6 6 . Ib id ., p. 4 2 9 . 67. Ib id ., p. 4 3 1 . 6 8 . Ib id ., p. 437. 6 9 . P reg u n ta que ap are ce p o r doquier en la o b ra de M ich el F o u cau lt y, tras él, en los trabajos de A riette F a rg e , L e G o û t de l’a rchive, P aris, Seuil, 1 9 8 9 [trad. ca st.: La a tra cció n d el a rch iv o , V alencia, Alfons el M agn ánim , 1 9 9 1 ], y E ffu s io n e t to u rm e n t. L e récit d es co rp s. H isto ire du p e u p le au X V I I I e s iècle, P aris, O dile Jacob, 2 0 0 7 [trad. cast.: E fusión y torm ento. E l relato d e los cu erp o s. H istoria d el p u eb lo en el siglo X V I I I , Buenos A ires, K a tz , 2 0 0 8 ] (obra que se inicia, justam ente, con una doble referencia a B enja­ min y Fo u cau lt). C f. tam bién A riette Farge (com p.), Sans visages.

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Pueblos exp uestos, pueblos figurantes

L ’im possible regard su r le p a u v re, Paris, B ayard, 2 0 0 4 , así com o la obra del C ollectif M aurice Florence, A rch iv es de l ’in fa m ie, Paris, Les Prairies ordinaires, 2 0 0 9 . ■ 70. W. Benjamin, “ Sur le concept d’histoire”, op. cit., p. 4 4 1 . 71. Walrer Benjamin, Paris, capitale du X I X e siècle. L e livre des passages (1 9 2 7 -1 9 4 0 ), traducción de J. L aco ste, Paris, C erf, 1 9 8 9 , p. 4 7 6 [trad. cast.: L ibro de los pasajes, M adrid, A k al; 2 0 0 5 ]. 7 2 . Cf. Jam es Lingwood (com p.), Susan H iller. R ecall. Selected W orks, 1 9 6 9 - 2 0 0 4 , Basilea y Gateshead (G ran B retañ a), Schw abe/ Baltic, 2 0 0 5 . 73. Es sabido que, de las 6 .9 1 2 lenguas habladas en nuestros días -c ifra informada en septiembre de 2 0 0 8 - , la mitad habrá desaparecido antes de fines del siglo X X I , de modo que, estadísticam ente, cada diez días desaparece una lengua del planeta. 74. Cf. Christiane Vollaire, H u m a n ita ire, le c œ u r d e la g u e rr e , París, L’Insulaire, 2 0 0 7 . 75. Philippe Bazin, “Aspects humains et psycho-sociaux de la vie dans un centre de long séjour. À propos d’une expérience en stage inter­ ne”, tesis de doctorado, Universidad de N antes, Unidad de Enseñanza e Investigación de Medicina y Técnicas M édicas, 1 9 8 3 . [Revisada, la tesis se publicó más adelante con el título de L o n g séjour, Bruselas y París, Editions Ah!/Éditions Cercle d’a rt, 2 0 0 9 (n. de t.).] 76. Ibid., p. 11. 77. Ibid ., pp. 1 2 -2 3 . 7 8 . Ibid., pp. 2 7 -4 1 . ' 79. Ibid., pp. 2 3 -2 6 , 3 4 -3 7 y 4 1 -4 5 . 8 0 . Ibid., p. 37. 81. Philippe Bazin, “Entretiens. Propos recueillis p ar C hristiane Vollaire”, Agora. É th iqu e, m édecine, société, n° 3 9 ,1 9 9 7 - 1 9 9 8 , p. 65. 8 2 . Ib id ., pp. 6 5 -6 6 . , 83. P. Bazin, “Aspects h um ain s...”, op. cit., p. 5 2 . 8 4 . P. Bazin, “E n tretien s...”, op. cit., p. 6 6 . j 85. P. Bazin, “Aspects h um ain s...”, op. cit., fotos 1-2 0 . 8 6 . Ib id ., p. 4 2 . 87. Ibid., p. 5 6 . ;; 8 8 . En los rieles sobre los que Bazin expone sus fotografías, pero tam bién en las obras que concibe para publicarlas. } 89. Emmanuel Levinas, L e Tem ps el l’autre, París, PU F, 1 9 8 3 , p. 69 [trad. cast.: E l tiem po y el O tro , Barcelona, Paidós, 1 9 9 3 ]. 9 0 . Bernard Lamarche-Vadel, “Faces protégées”, en Philippe Bazin, Faces, 1 9 8 5 - 1 9 8 8 , Rennes y París, École nationale de la santé publi­

Parcelas de humanidades

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que/La Différence, 1 9 9 0 , p. ii, y Christiane Vollaire, “ La radicalisation du m onde”, en Philippe Bazin, La Radicalisation du m o n d e, Lectoure (Francia), L’Été photographique, 2 0 0 0 , p. 4. 91. Gilles Deleuze, “ Contrôle et devenir” (1 9 9 0 ), en Pourparlers, 1 9 7 2 - 1 9 9 0 , Paris, Éditions de M inuit, 1 9 9 0 , p. 2 3 1 [trad. cast.: C o n ­ versaciones, 1 9 7 2 - 1 9 9 0 , Valencia, Pre-Textos, 1 9 9 5 ]. 9 2 . B. Lam arche-V adei, “Faces protégées”, op. cit., pp. i-iv. Por su parte, Dominique Baqué hiperbolizó recientemente esa desnudez, al extrem o de hablar -d e m anera errónea, me p a re c e - de “carne viva”, como si el rostro estuviera aquí anatom izado y hasta putrefacto: “Toda esa podredumbre de la carne viva, ¿puedo seguir llamándola rostro?”. Cf. Dominique Baqué, Visages. D u m a sq u e g re c à la g reffe du visage, Paris, Éditions du R egard, 2 0 0 7 , p. 113. 9 3 . Cf. Gilles D eleuze, “ L’im m an en ce, une v i e ...” (1 9 9 5 ), en D e u x régim es de fo us. T extes et en tretien s, 1 9 7 S -1 9 9 5 , edición de D. Lapoujade, Paris, Éditions de M inuit, 2 0 0 3 , p. 361 [trad. cast.: “ La in m an en cia, una vida”, en D o s re g ím e n e s de locos. T extos y entrevistas (1 9 7 5 - 1 9 9 5 ), Valencia, Pre-T extos, 2 0 0 7 ]. 9 4 . P. Bazin, “E n tretie n s...”, op. cit., p. 74. 95. Pierre Fédida, L e Site d e l’étranger. L a situation psychanalyti­ q u e, Paris, PUF, 1 9 9 5 , pp. 5 3 - 6 9 [trad. cast.: E l sitio d el ajeno. La situación psicoanalítica, M éxico , Siglo X X I , 2 0 0 6 ]. 9 6 . B. Lam arche-V ardel, “ Faces p ro tég ées...”, op. cit., p. iii. Cf., más recientemente, Virginie Devillers y Jacques Sojcher (comps.), P or­ traits de l’a utre, B ruselas, Les Am is de la Revue de l’Université de Bruxelles, 2 0 0 6 , pp. 2 7 4 -3 0 1 . 9 7. B ern ard L am arch e -V a d e l, “ N é s ”, y C h ristian e V ollaire, “L’in traitab le”, en Philippe Bazin, N és, Paris y M aubege, Éditions M éréal/Idem + A rts, 199 9 . 9 8 . T hierry de Duve, “ L’âge in g rat”, en Philippe Bazin, A doles­ cents. S érie calaisienne, 1 9 9 3 - 1 9 9 5 , Calais y Burdeos, Le Channel/ W illiam Blake & C o ., 1 9 9 5 . Estas series se interpenetran en P. Bazin, F a c e s ..., op. cit., obra prologada por B. Lam arche-Vadel. 99. P. Bazin, “E n tretie n s...”, op. cit., p. 79. 1 0 0 . G eorges B ataille, “ B ouch e” (1 9 3 0 ), en Œ u v res com plètes, vol. 1, Paris, G allim ard, 1 9 7 0 , pp. 2 3 7 -2 3 8 [trad. cast.: “ B o ca ”, en La conjuración sagrada. E nsayos 1 9 2 9 - 1 9 3 9 , Buenos Aires, Adriana Llidalgo, 2 0 0 3 ], y Pierre Fédida, Par où co m m e n c e le corps hum ain. R eto u r sur la régression, Paris, PUF, 2 0 0 0 , pp. 2 9 - 4 4 [trad. cast.: ¿Por d ó n d e com ienza el cu erp o h u m a n o ? R eto rn o a la regresión, M éxico, Siglo X X I , 2 0 0 6 ],

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Pueblos e x p u es to s , pueblos figurantes

1 0 1 . B. L am arche-V adel, “ N és”, op. cit., pp. 8 -9 , y C . Voltaire, “L’intraitable”, op. cit., p. 87. 1 0 2 . A ntonin A rtau d , “ Le visage h um ain” (1 9 4 7 ), en Œ u v res, edición de É . G rossm an, Paris, G allim ard, 2 0 0 4 , p. 1 5 3 4 [trad, cast.: “El rostro hum ano”, A rtefa cto , 1, 1 9 9 6 ].

Retratos de grupos

PATHOS DEL ROSTRO O LOGOS DEL DISPOSITIVO E n 1 9 2 6 , al c a lific a r de “ re tra to co n su m a d o de la h u m a n i­ d a d ” el im p lacab le atla s fo to g rá fic o K r ie g d e m K r ie g e ! (fig u ra 1), B e rto lt B re ch t p reten d ía , sin lu gar a d u d as, d e s ta c a r que la h u m a n id a d so lo se ap reh end e al re v e la r su d im e n sió n - y , co n d em asiad a fre cu e n cia , su violenta d im e n s ió n - h is tó r ic a , s o c ia l, c o le ctiv a , p o lític a .1 Solo se h a ce un “re tra to de la h u m a n id a d ” cu a n d o , c o m o lo m u e stra n tan bien los m on tajes de E rn s t F ried ric h ,2 se reú n e una g ra n can tid ad de sin g u larid ad es d isp u estas en series. R e stitu ir a ca d a singularidad la c la r id a d de su a s p e c to , reu n ir en s e rie s las “p arcelas de h u m a n id a d ” así e x p u e s ta s : no se h ace co n ello m ás que reiterar los dos prin cip ios fu n d a m e n ta le s del g ra n “estilo d o cu m e n ta l” - d e A u gu st S ander a W a lk e r E van s y m ás a l l á - 3 del que el trab ajo de Philippe B azin a p a re c e , h a sta cie rto p u n to , co m o un h ered ero d ire cto . N o es pues el ro stro m ism o, sino la c o m u n id a d d e los ro stro s, la que, en ese tra b a jo , puede rem itirse a un posible “ re tra to de la h u m an id ad ” (figura 5). E se re tra to solo existe, p o r con sigu ien te, a) con stitu irse co m o retrato de g ru p o . Allí donde F rie d rich e x p o n ía la insostenible gestión política de la gu erra to tal -e x p lo ta c ió n de la “carn e de ca ñ ó n ” y censura co n co m itan te de to d a visibilidad no h e ro ica -, Bazin nos m u estra de ah ora en m ás la am bivalente gestión institucional de una paz social bajo co n tro l, que exp lo ta los cu erp os y cen su ra la visibilidad de ciertos estados de vida m a rg in a d o s por su p ropio p a th o s: gestión del nacim iento, gestión del “ final de la

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Pueblos exp uestos, pueblos figurantes

v id a”, gestión del “atraso m e n ta l” o de la an o rm alid ad en general. T o có a M ichel F o u cau lt, co m o es sabido, a n a liz a r los m ecan ism os discursivos y policiales - e l logos p rescrip tivo y las disposiciones c o n c r e ta s - de esa puesta bajo co n tro l.4 . Pero una co sa es a n a liz a r los m e ca n ism o s in stitu cio n ales de un hospital de “larga estad ía” y o tra , ex p o n e r, en'un cu a d ra d o de veintisiete cen tím etros de lad o , el “ a sp e cto h u m a n o ” de un a n cia ­ no cuyos ojos tod avía se sublevan, im p lo ran o bien se inquietan p o r el tiem po m ism o de su exp o sició n al a p a ra to fo to g rá fico . El g r u p o , en el sentido sociológico del térm in o , ¿puede en cajar bien con el retra to , aun serializado? T o d o el tra b a jo de B azin p arece m overse en el co razó n de esa tensión. R azó n p o r la cu a l, a c a so , sus im ágenes no suscitan nunca una adhesión sin reserv as, el “¡esto es así, tal c u a l!” que R oland B arth es siem pre co m en zab a p o r b uscar en una fo to g ra fía .5 L as c a ra s d esnu d as de B azin no b u scan ni en cu en tran la adhesión, toda vez que la friald ad del en cu ad re y de la luz siempre co n trad ice el p a th o s del ro s tro ; que la p ro xim id ad del cu erp o h um ano siempre co n tra d ice la friald ad del en cu ad re; que el an o n im ato de la serie siem pre co n tra d ice lá p ro x im id a d , y que el d ram a inherente a ca d a ra sg o , ca d a a rr u g a , c a d a m irad a siem pre con trad ice el an o n im ato . Y así de seguido. E so es lo que hace tan difícil situ ar estas im ágenes co n fo rm e a las divisorias estéticas y filosóficas co rrien tes. C h ristian e V ollaire ha prop uesto la bella expresión de ra d ica liza ció n d e l m u n d o p ara c a lific a r el trab ajo fo to g rá fico de Philippe B a z in .6 P e ro ¿es esta “rad icalizació n ” una exp osición de las raíces d e l asp ecto h u m a n o , lo cu al supone un “ h um anism o”, no, c la ro e s tá , de la “ filan trop ía benevolente que ra tifica los tab ú es”, sino un h u m an ism o “en su sentido m ás áspero: el de un cu estio n am ien to ob stin ad o de nuestra relación co n stitu tiv a, n atu ral y cu ltu ral co n la violencia del m u n ­ d o ” ?7 ¿O será, al co n tra rio , que esa “ra d ic a lid a d ” no h a ce m ás que p resen tar los ro stro s antes d e su h u m a n id a d , es d ecir, en un re ch a z o ca teg ó rico de tod o h u m an ism o , tal co m o lo ha sugerido T h ie rry de D uve?8 A este aparente dilem a, Philippe Bazin responde co m o si siempre p ro c u ra ra trab ajar, si se me p erm ite d ecirlo, en los dos cu a d ro s a la vez. Su p royecto m ás general ya está form u lad o p o r m edio de la reivindicación de la serie y la s in g u la rid a d :

R e t r a t o s de grupos

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Figura 5. Philippe Bazin, Nés, 19 9 8 -1 99 9 {dieciocho imágenes de una serie de treinta y siete). Fotografías (copias analógicas), 45 x 45 era. Colección del artista.

Tengo la ambición de m ostrar, del nacimiento a la muerte, cuál es el estado de nuestra sociedad, nuestro m undo, a través de los rostros de la gente. Siempre trabajo por serie, porque fotografiar a una gran cantidad de personas me permite dejar surgir su singula­ ridad más insoslayable. [...] Todos esos rostros que avanzan hacia nosotros, que nos m iran, y cuya carne tiene una presencia extrem a, van a reconstituir mentalmente el sentimiento de un pueblo.9 P ero B azin a cla ra , co m o si debiera c ritica r en cad a oportu n id ad lo m ism o que asu m e, que la serie no ten d rá n ad a de co n cep tu al y que el ro stro n un ca será tra ta d o co m o lo h a ría un re tra tis ta .10 P or un lad o, reivindica el pa th o s de los ro stro s cu an d o se refiere a D reyer o , en el p lan o literario , a la C o m e d ia h u m a n a y a G ogol; p o r o tr o , reivindica la frialdad y la lucidez de to d o relevam iento de los lugares cu an d o con fiesa su a d m ira ció n p o r A ugust Sander o W alk er E van s, y reivindica incluso el logos de la crítica institu­ cio n al, dado que apela al trab ajo de M ichel F o u c a u lt.11 Pero ¿no es significativo que su ob ra “cien tífica” inicial - s u tesis de m ed icina­ haya estad o dedicad a a ese fo tó g ra fo “ h u m a n ista ” p o r excelencia

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que fue Je a n D ieu zaid e?12 E sa sería pues la doble p ersp ectiva n ece­ saria p ara este tipo de tra b a jo y exig en cia: no es posible ocu p arse del a sp ecto h u m a n o sin a b o rd a r, en el peligro del espacio ín tim o, el pathos del ro stro , sin arriesgarse a la em patia de cu erp os afrontados -m i p rop io ro stro que envejece frente al del a n cia n o en el o c a s o de su v id a - que se m iran de c e rc a . P ero , a la inversa, no es posible ocu p arse de la e sp ecie h u m a n a sin to m a r la p ersp ectiva an alítica de la friald ad , la im personalid ad y h asta la cru eld ad objetiva. El o b stácu lo no es aq u í la h um an id ad co m o ta l, sino la ab u ­ siva p erson alización de las co sa s. N o es el p a th o s co m o tal -¿ n o escribió H egel que, en térm in o s generales, “ las co sas vivas tienen el privilegio del d olor (die le b e n d ig e n D in g e h a b en da s V o rrec h t d es S c b m e rz e n s ) frente a las que ca re ce n de vid a” ? - , 13 sino el p a te tis­ m o, el sen tim en talism o, la ilusión que nos h ace cre e r que el m undo podría considerarse sobre la base exclusiva del “ y o ”. L o que hay que exp o n er son los pueblos y no los “ yo s” . Pero hay que a b o rd a r los cuerpos singulares p a ra exp o n er a los pueblos en una co n stru cció n -u n a serie, un m o n ta je - cap az de s o ste n e r sus rostros entregados al destino de estar en tregad os al o tro , en la desdicha de la alienación o la dicha del en cuen tro.

DEL H U M A N ISM O , O LA PERSONALIDAD SOBERANA

En general se co m eten dos errores sim étricos co n resp ecto a la palab ra h u m a n ism o . U no consiste en reivin dicar de m an era u nila­ teral el térm ino co m o parad igm a de toda “ciencia con co n cien cia” y transm isión de valores tradicion ales que supuestam ente g aran tizan el bien m oral aun en nuestra h isto ria p re se n te .14 O tro con siste en rech azarlo unilateralm en te a p a rtir de una prop osición célebre con la cu al M ichel F o u cau lt ponía p un to final a su investigación sobre la h istoria de las llam ad as cien cias “ h u m a n a s”: “ El hom bre es una invención cu ya fecha reciente m u estra con facilid ad la a rq u e o lo ­ gía de n uestro p ensam iento. Y tal vez su ce rc a n o fin ”. 15 Al leer la “especie h u m an a” según P rim o Levi y R o b e rt A n telm e, G eorges Bataille y M au rice B la n ch o t, no es posible q uedarse en ese dilem a teó rico . Por o tra p a rte , las reflexion es de H a n n a h A rendt sobre la necesidad de un p u n to de vista de la h u m a n ita s en un c o n te x to de te rro r p olítico - l o s “ tiem p os de o scu rid a d ”- b a sta n , me. p a re ce ,

R etra to s de g r u p o s

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p ara ev itar la doble tram p a del angelism o y el cin ism o , el e n c a n ­ tam ien to ingenuo y el d esencantam ien to rad ical ligado al uso de las p alab ras h u m a n is m o o h u m a n id a d ,té L a am bición propia de Philippe Bazin - “m o strar, del n acim iento a la m u erte, cu ál es el estad o de nuestra socied ad , n u estro m u n d o, a través de los ro s tro s de la g en te” - , ¿no tro p ieza sin fa lta c o n los lím ites im p u estos p o r el esta tu s a n tro p o ló g ico y so c ia l que esa socied ad , ese “m u n d o ” m ism o quieren d a r a la rep resen tació n del ro stro y de la h u m a n id a d ? B azin , es cie rto , quiere e v ita r que lo entien d an co m o un retratista . M ás allá de su referen cia inicial a Je a n D ieu zaid e, term in ó incluso p o r rom p er to d o s los puentes co n la co rrien te que en F ran cia recibe el nom bre de “ h u m an ism o fo to g rá fico ”. ! 7 Pero no puede ev itar la persistencia de los valores aso ciad os desde h ace m u ch o, en O ccid en te, al género m ism o del re tra to . A h o ra bien, esos valores están fu n d am en talm en te ligados a aquello que, en tre la A ntigüedad y el R en acim ien to , se d enom ina h u m a n ism o . D esde u na p ersp ectiva co m o esa se to rn a p rá ctica m e n te im p o ­ sible “reso lv er” la cu estión que nos o cu p a , saber c ó m o se e xp o n en o se rep resen tan los pueblos, las socied ad es, los “m u n d o s” . P uesto que el re tra to - e l re tra to antiguo y h u m a n is ta - se niega dos veces a rep resen tar a los pueblos: una p rim era vez p o r el h ech o de fu n ­ d arse en u na jerarq u ía social y una divisoria p o lítica en que los hom bres de p od er son los únicos investidos del privilegio de e x is tir en im ágenes (en ese sen tid o, la rep resen tación de los p e o p le en las revistas “p o p u lares” de nuestros días ap arece co m o una su p erv i­ vencia de esa divisoria: se dirige a los pueblos, c o m o d e stin a ta rio s fascin ad os, u n a rep resen tación a la que no tienen d erech o co m o sujetos co n to d as las de la ley). E n el co n te x to de la R epública ro m a n a , p o r ejem plo, solo los a ristó cra ta s, en aptitud de convertirse en “ a n c e stro s” m ás allá de su m u erte, ten ían acceso a esa función jurídica muy p recisa lla m a ­ da im a g o .ls Y a sea co lo sal o se presente bajo la fo rm a de b usto o m oneda a cu ñ a d a , el re tra to ro m an o jam ás ca re ce de una fu n ción de rep resen tación p olítica en la que p o d e r y g e n e a lo g ía van o b li­ gatoriam en te de la m a n o .19 N o h abrá sin duda o p o rtu n id a d alg u ­ na de a d m ira r una colecció n antigua en la que se h aya p lasm ad o una teoría a rticu la d a de plebeyos, esclavos y p erso n as sin n om b re “m irados” p or sí m ism os. En la Edad M edia solo los santos (a través

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Pueblos expuestos, pueblos figurantes

do sus bustos-relicarios) y los prelados de la iglesia (a través de las escu ltu ras de sus rumbas) tenían derecho al re tra to .20 Un tabú se rom pe violentam ente -p o lític a m e n te - cu and o Federico II o B onifa­ cio V III exp onen en vida sus propias efigies co lo sales, a la m an era de los em peradores p ag an o s.21 Desde los so b eran o s m edievales de In glaterra basta Luis X IV , el re tra to se identifica entonces co n la exp osición de la cara so b era n a , co n fo rm e co n prem isas teo lógico políticas cuya d ialéctica fundam ental habría de escla re ce r E rn st K an ro ro w icz, y cu yos co m p o n en tes, p or o tra p a rte , en co n traría L ouis M arín hasta la época c lá s ic a .22 C om o es evidente, las cosas se re o rg an izarán de m an era clara y d uradera en la era del h um anism o. T an to en Flan d es co m o en F lo ­ rencia el retrato, en apariencia, se “d em o cratiza”, porque burgueses, co m ercian tes y banqueros, en cu a n to donan tes de retablos y luego a títu lo individual, em piezan a verse re tra ta d o s en los m uros de las iglesias y los p alacios.2 ’ Pero la función del re tra to no ha cam b iad o, sin duda, de m an eta tan fu n dam ental: p o r h aber to m ad o el p od er p olítico - y querer m o strarlo , exp o n erlo a los ojos de to d o s y de sí m is m o -, el com ercian te florentino acced e así a la so b eran ía de su representación individual. E n co n secu en cia, si el en cuad re se ciñe a los rasgos del ro stro , es p ara a ce n tu a r en él algo así co m o un cu lto de la p e rso n a lid a d ,24 L o cu al habría de h acer del h u m an ism o , en la m ente de m uchos historiad ores, una asu nción de la h u m a n id a d com p ren d id a según la categoría d om in an te de la in d iv id u a lid a d ,ls De tal m od o, Loren zo de M édici fue tan to m ás retratad o cu an to que era políticam ente p oderoso. A un la im agen que lo m u estra en la m ayor fragilidad - s u m ás cru d a y cruel h u m an id ad , su asp ecto m o rtificad o en la m áscara fu n eraria (figura 6 ) - co n serv a la eleva­ da soledad del hom bre indiviso, es d ecir, del su jeto a p a rte, ro s tro vuelto sobre sí m ism o, lejos de los pueblos e incluso de “ su” p rop io p u eb lo.16 El re tra to hum anista negaría pues al pueblo la so b e ra ­ nía de la c a r a , una prim era vez al regirse exclu sivam ente p or las figuras del p oder político -la s bien llam ad as “p erso n alid ad es”- , y una segunda al atenerse solo a la interioridad p sicológica del ser individual. Por eso los pintores m ism os, que acced en a través de las academ ias al prestigio de las “artes liberales”, g an an al m ism o tiem ­ p o el privilegio de p ra ctica r en form a sistem ática el a u to rre tra to .27 Por un lado, el en c u a d re se ciñ e al ro stro de acu erd o co n un m odelo ya exp erim en tad o en la pin tu ra religiosa, el de la “d ra m a tiz a ció n

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Figura 6. Anónimo florentino, Máscara funeraria de Lorenzo de Mèdici, 1492. Yeso. Florencia, Società Colombaria. Fotografía de G. D.-H.

p o r m edio del p rim er p la n o ”.28 P o r o tr o , la se rie p ro lifera hasta llegar, p o r ejem plo, a la fascin an te galería de a u to rre tra to s cread a en F lo ren cia en el “ C o rre d o r de V a sa ri” co m o p rolon gación del m useo de los Uffizi (figura 7 ).

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Pueblos e x p u e s to s , pueblos figurantes

Figura 7. Stefano Gaetano Neri, Sala de los autorretratos de los Uffizi en Florencia, hacia 1760 (detalle). Dibujo. Viena, Oesterreichische National­ bibliothek. Fotografía Dll.

DEL CIVISMO, O EL RETRA TO DE GRUPO

C uan d o una serie de retrato s individuales se con stituye a p a rtir de una regla de inteligibilidad co m ú n , se dispone, al p a re ce r, de algo que p od ríam o s llam ar retrato d e g ru p o . Así, por ejem plo, los cortejos de santos y los personajes de la co rte im perial que se e x p o ­ nen de frente, unos al lado de o tro s - y casi siem pre a uno y o tro lado de un personaje cen tral o de una alegoría de la o m n ip o ten cia, Jesu cristo o so b era n o , C ru z o libros s a g ra d o s - en los m u ros de las iglesias bizan tin as. A sí, los d o cto re s de la Iglesia en los frescos de la E dad M e d ia .19 A sí, en los retab lo s, los d o n an tes incluidos en gru p os (hum anos) en el g ru p o (celestial) de los san tos p a tro n o s y los m ártires. L a secu larizació n del re tra to de g ru p o co m ien za co n los uo m in i fa m o si h u m an istas que im itan los bustos de los filó so ­ fos ord en ados en filas en las b ib liotecas de la A n tig ü ed ad , y co n los con ju ntos de retrato s d in á stico s30 que, ellos tam b ién , vuelven a rep resen tar la larga d u ració n del vín cu lo en tre p od er p o lítico y gen ealogía fam iliar. H ab rá que esp erar h asta co m ien zo s del siglo X X - p a r a ser m ás p recisos, el añ o m ism o en que Aby W a rb u rg publica su m agistral estudio sobre el re tra to burgués flo re n tin o - p ara que A lois Riegl

R e tr a to s de gru p o s

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Figura 8. Dirck Jacobsz, Compañía de guardias civiles, 1529 (detalle). Óleo sobre tabla. Amsterdam, Rijksmuseum. Fotografía DR.

elabore una h isto ria razon ad a del re tra to de g ru p o co m o género por derecho propio en el co n te x to flam enco y holandés de los siglos X V I y X V I I .31 E stu d io fundam ental, en cu a n to in tenta a rtic u la r las cuestion es de form a -e s p a c io y en cu ad re, d istan cia y p ro x im i­ d a d - co n las cu estio n es so ciales, p o r lo ta n to ética s y p o lítica s, del retrato de gru p o co m o género. D im ensión religiosa, en prim er lugar: los retrato s alineados de los m iem bros de una m ism a h er­ m an d ad , en p a rtic u la r la de los P eregrinos de Je ru s a lé n , donde cada ro stro p in tad o ad o p ta la apariencia de una im agen v o tiv a .32 D im ensión cív ica, enseguida: retrato s que reúnen a los m iem b ros representativos de una m ism a co rp o ra ció n , un m ism o g re m io , una m ism a m ilicia (figura 8 ).33 P o d ríam o s d ecir que con el re tra to de g ru p o co m o g é n e r o lo que pasa a un segundo p lan o es, cu riosam ente, la h um anidad co m o especie. L o s fondos (negros o arq u itectó n ico s, co n p endones o sig­ nos prestigiosos) y la vestim enta (tam bién n eg ra, p ero fu ertem en te escandida p o r los cuellos y las gorgueras) o cu p an to d o el esp acio: los ro stro s están sin duda presentes y p osan y dirigen sus ojos hacia

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Pueblos exp uestos, pueblos figurantes

Figura 9. Rembrandt van Rijn, La lección de anatomía del doctor N ico­ Ines T//I/J, 1632. Oleo sobre tela. La H aya, Mauritshuis. Fotografía DR.

n o so tro s, pero nada se indica de su desnudez, que nos incum biría m ás d ire cta y cru elm en te. T o d o está v estid o y a p a re ja d o (en el sentido tan to del ap arato co m o de la p o m p a). T o d o rad ica en la m arcación política y policial, en la asu nción del p o d er y la fuerza. H ay que esp erar a R em b ran d t y la d écad a de 1 6 3 0 p ara que los ro stro s recuperen algo de su fragilid ad , su desnudez, su vocación to rm e n to sa (en la m an era ta n sin g u lar en que aquel a b o rd a la te x tu ra de esos rostro s atrapad os en tre ca rn e , luz y som b ra). Pero tam bién p ara que p o r fin se exp o n g a el retrato de g ru p o (el d o cto r Tulp con sus alu m n os), e n fren tad o a la cru el sin g u larid ad de la carn e (el cad áver an atom izad o) (figura 9 ).34 Solo entonces podem os co n te m p la r, en un m ism o e sp a cio , la vida ética y la nuda vida -in c lu s o la m u erte cru d a , no a le g o riza ­ d a - que se cu estion an una a o tra . Solo aquí la co n stru cció n óp tica del cu ad ro p ro cu ra in stau rar la dim ensión táctil - “ h á p tica ”, decía R ie g l-35 ligada al desafío que significa para cualquier p in tor rep re­

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sentar el e n ca rn a d o , la piel, el c o n ta cto , co n los solos instrum entos de la p in tu ra. Ya no nos en co n tra m o s, en co n secu en cia, frente al elogio en fático y u nilateral del ro s tro co m o p od er de la “p e rso ­ nalidad”, sino en el d om in io m ucho m ás ag itad o de un encuentro siempre p ro b lem ático en tre la p s y c b é del ro s tro y el s o m a de su desnudez. P or un lado (figu ra 8 ), el re tra to h o lan d és de g ru p o hace perennes los valores del p od er p o lítico , el prestigio social y el cu a d ro de fa m ilia .36 P or o tro (figura 9), el ojo de la historia se con vierte en un ojo que cu e stio n a , un ojo preso en una tensión perpetua entre el aislam ien to del ro stro sin gu lar y su fusión en el gru p o, to d o lo que R iegl ab o rd ab a p o r la vía de una estética de la “a ten ció n ” (A u fm e r k s a m k e it ) que suponía una dim ensión ética hecha de am o r propio (el d o cto r Tulp representado co m o am o de la situación a sus p ropios ojos, a los ojos de los discípulos y a los ojos del esp ectad or) y de reflexión sobre la alterid ad del sem ejante en la m uerte (la m an o a ú n viva del m éd ico to c a casi su propia versión ya m u e rta en el cad áv er tendido). N o carece de interés co m p ro b a r que esta “teoría de la atención” ofrecía a Riegl los instrum entos con ceptu ales para situar la historia del re trato en un d esarrollo psíquico cu yas prem isas recibían los nom bres de “vo lu n tad ” ( W ille) y “ sen sació n ” (E m p fin d u n g ). Con la “ a ten ció n ” (A u fm e rk s a m k e it), to d o el d om inio ético e histórico se con vierte ah o ra en objeto del re tra to p o r el rod eo de una verda­ dera tom a en con sid eración de la relación en tre el ro stro pintado y la m irad a del e sp e cta d o r.37 E n ese m a rc o , la posición estratégica de las L e c c io n e s d e a n a to m ía p in tad as por R em b ran d t en 1 6 3 2 y 1 6 5 6 bien p od ría o b ed ecer al h echo de que una m irada artística se a rticu la aquí ín tim am en te co n la m ira d a clín ica para plan tear la cu estión de la hum anidad entendida a la vez co m o singularidad y co m o especie. Aun antes de que los m éd icos se hiciesen fotografiar con su equipo de asistentes frente a su cam p o op eratorio (figura 10), en co n tram o s, en los alienados de G o y a, los cadáveres de G éricault, los soldados heridos de M enzel o las o p eracio n es q uirú rgicas de T h o m as E ak in s, la m ism a inquietud de incluir el asp ecto hum ano en la especie h u m an a y el eth o s del gru p o en el p athos del cuerpo sin gu lar de cad a sujeto.

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Pueblos e x p u es to s , pueblos figurantes

Figura 10. Fotografía anónima, Operación quirúrgica con éter, hacia 1852. Daguerrotipo. Boston, Massachusetts General Hospital. Fotografía DR.

DEL M ILIT A R ISM O , O EL R E T R A T O DE TROPAS

Pero el hum anism o inherente a las inquietudes de G oya o G éri­ cau lt, ese h um anism o h e te ro d o x o , co n stitu y e una e xcep ció n a la regla social d om in an te, la del re tra to de gru p o . L a regla es justa­ mente que haya u na: un re g la m e n to p ro d u cto r de jerarquías s o cia ­ les, una re g u la rid a d de los p ro to co lo s del re tra to , una reg u la ció n de las form as estéticas d erivadas de ellos. P ara eso es preciso que el grupo no sea ni una jauría inform e (gran peligro que representan los pueblos im previsibles p a ra la m irad a de su policía) ni un con ju nto hecho de sin gu larid ad es d em asiad o fin as, d em asiad o com p lejas. L o ideal es su bsum ir el g ru p o en la au toridad de lo M ism o o de lo U no: m ism id ad de ca d a quien p a ra fo rm a r un solo to d o so cial, unidad de la regla que reúne sociablem ente a ca d a cu al con tod os. En esa p ersp ectiv a, el g ru p o se piensa en el peor de los caso s co m o un reb a ñ o , y en el m ejor, co m o una tropa

R etrato s de g r u p o s

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■Las m ultitudes su scitan un m iedo especial en el siglo X I X (se h a'p ro d u cid o , no lo olvidem os, la R evolución F ran cesa). G u stave Le B on h ace de ello una cuestión an ím ica, pero de lo que quiere hablar en ton ces es del “alm a de la r a z a ”: C on la pérdida definitiva del ideal antiguo, la raza term ina por perder tam bién su alm a. Ya no es más que una polvareda de individuos aislados y vuelve a ser lo que era en su punto de p artida: una m asa. [...] La civilización ya no tiene firmeza alguna y queda a m erced de todos los azares. La plebe es reina y los b árb aros avan zan .38 ■ D e tal m o d o , las teo rías jurídicas de la com plicidad y las o b se r­ vaciones judiciales a ce rca de las “asociacion es de m a lh e ch o re s” se co m p letan , en el siglo X I X , con una verdadera teoría so cia l de la “m ultitud crim in a l”.39 L a p aran o ia m edieval sobre las brujas o los u n to ri [“ u n tad o res” ] de la p este n eg ra es reem p lazad a a h o ra p o r la p a ra n o ia an te el crim en o cu lto en la m ultitud y anónim am en te prod ucido p o r ella (hoy d ecim os: “te rro rism o ” ). La p a ra n o ia , en co n se cu e n cia , será ap arejad a: se in ven tará un a rte del re tra to de g ru p o d estin ad o a e scru ta r las m u ltitu d es, señ alar en ellas las fa cies dudosas y p on er de m an ifiesto los ro stro s de los reincidentes (hoy d ecim os “ v id eo ­ vigilan cia” ). Se cre a rá n g ran d es ficheros fo to g ráfico s en los cu ales ya no pueden d istinguirse re tra to s clínicos y re tra to s se ñ a lé tic o s ,40 Es m en ester, en am b o s c a so s, que los ro stro s tra n sm ita n un valorde d iag n ó stico y p ro n ó stico cap az de iden tificar ta n to el crim en com o el síntom a y errad icar aquel co m o se cu ra este. L os p ro to co lo s de re tra to s señ alético s p rep arad os p o r A lphonse B ertillo n , co n sus en cuad res de la cab eza y la p resentación d etallad a de los labios, las o rejas, el m en tón o la n a riz , m a rca n el triunfo -in c ip ie n te - de una voluntad sem ejante de co n tro l (figura l l ) . 41 L a policía de las im ágenes aborrece al O tro al considerarlo co m o un reb añ o , y ad o ra lo M ism o al con stitu irlo co m o tro p a . Ve a los grupos enem igos co m o jaurías anim ales que es p reciso a c o rr a la r para facilitar su traslad o al m atadero. El estrem eced o r A lb u m d e A u s c h w itz - c orno,; p o r lo d em ás, el con ju nto de las fo to g ra fías que docum entan los asesinatos masivos com etidos por el ejército alem án y las SS en U cran ia ,y otros lu g a re s- no fue, después de to d o , desde el

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